Ficha Corrida

07/08/2016

Folha de São Paulo bota seu articulista na capa

OBScena: capa da Folha explica porque Lula “teria que saber” mas a Folha, não: Serra aparece; Lula, não!

Fsp 07082016

Lula teria que saber que a Folha sabia de tudo o que se passa sobre seus olhos, afinal ela não é um veículo de informação. Se um veículo de informação, que tem entre seus colaboradores José Serra e Aécio Neves não sabe, porque Lula teria que saber? Seria porque eles reputam Lula mais inteligente que eles?!

A Venezuela é aqui, Clóvis Rossi! Porque desta obsessão com a Venezuela de Maduro mas silencias sobre a Argentina de Maurício Macri? Seria pelos mesmos motivos que silenciam sobre Serra, Aécio, FHC & Alckmin, mas caçam Lula?! Há quantos anos sabes do Rouboanel e nunca te pronunciastes sobre ele?

José Tarja Preta Serra, de São Paulo, Rodrigo de Grandis, de São Paulo, Alstom & Siemens, do Rodoanel, de São Paulo. PCC, FHC, Alckmin, SABESP, todos de São Paulo. E a Folha de São Paulo descobre só agora o que todos estamos carecas de saber.

São Paulo é a loco motiva do Brasil. Sede da Folha, Veja, Estadão e Instituto Millenium onde a plutocracia não só rouba medalhas, compra pato por lebre. Busca ternos em Miami e medalhas nos bolsos do José Maria Marin.

E aí a plutocracia vaza, publica e caça Lula porque ele “teria de saber” de todos os roubos. Mas a Folha, que tem entre seus colunistas José Serra, Aécio Neves, mesmo sendo um veículo de comunicação, que vive de vender informação, não tinha esse conhecimento?! Ora, ora, ora. A Suíça mandou toneladas de informações sobre José Serra e o PSDB, mas o MPF/SP só é rápido para caçar Lula.

E não é acreditável que mais uma vez aparecem nomes dos ilustres arautos do golpe paraguaio e não aparece Dilma nem Lula? Sim, rápida no gatilho a cleptocracia já conjuga o verbo no futuro: “Santana falará à Procuradoria que Dilma sabia de caixa dois, diz revista. A Folha e a Veja leem pensamento mas não sabem o que acontece sob seus olhos. Aliás, como também não sabiam e continuaram fazendo de conta que não sabem que João Dória Jr. lava no Panama Papers. A Dilma sabia como o marqueteiro recebia, mas a Folha não sabia como seu articulista recebia!

Marcelo Odebrecht disse que entregou dinheiro vivo a Michel Temer, Eliseu Padilha, José Serra, Antonio Anastasia. Entendeu porque Lula deve ser caçado? Estão aí as provas. Lula “teria de saber” que a Odebrecht entregava dinheiro vivo aos seus detratores, ora bolas, e não fez nada para impedir! Lula é tão ladrão, mas tão ladrão que o produto do seu roubo é entregue em dinheiro vivo para seus adversários políticos. Isso lá não é motivo para confundir Hegel com Engels?

E o suprassumo dessa hiPÓcrisia do Golpe Paraguaio: José Serra foi designado Ministro das Relações exteriores porque a Odebrecht depositou pra ele no exterior….

A pergunta que não quer calar: Quantos pedalinhos podem ser comprados com R$ 23 milhões?!

José Serra recebeu R$ 23 milhões via caixa dois, afirma Odebrecht

Alan Marques – 1º.ago.16/Folhapress

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 01.08.2016. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, discursa no púlpito da Presidência da República (por engano) durante a Cerimônia para a troca de Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles Oficiais de Carne Bovina entre o Brasil e o EUA (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, discursa em evento

BELA MEGALE
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA

07/08/2016 02h00

Executivos da Odebrecht afirmaram aos investigadores da Operação Lava Jato que a campanha do hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), à Presidência da República, em 2010, recebeu R$ 23 milhões da empreiteira via caixa dois.

Corrigido pela inflação do período, o valor atualmente equivale a R$ 34,5 milhões.

A revelação foi feita a procuradores da força-tarefa da operação e da PGR (Procuradoria-Geral da República), na semana passada, por funcionários da empresa que tentam um acordo de delação premiada.

Durante a reunião, realizada na sede da Polícia Federal em Curitiba, os executivos disseram que parte do dinheiro foi entregue no Brasil e parte foi paga por meio de depósitos bancários realizados em contas no exterior.

As conversas fazem parte de entrevistas em que os possíveis delatores da Lava Jato corroboram informações apresentadas pelos advogados na negociação da delação premiada.
O acordo, entretanto, ainda não foi assinado.

Editoria de Arte/Folhapress

Suspeita de caixa 2 de Serra

Para comprovar que houve o pagamento por meio de caixa dois, a Odebrecht vai apresentar extratos bancários de depósitos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha presidencial do então candidato.

Segundo informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empreiteira doou em 2010 R$ 2,4 milhões para o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República de Serra (R$ 3,6 milhões em valores corrigidos).

Dessa maneira, a campanha do tucano teria recebido, apenas do grupo baiano, R$ 25,4 milhões, sendo R$ 23 milhões "por fora".

DELAÇÃO

Os envolvidos nas negociações consideram o tema um dos principais anexos que integram a pré-delação da empresa. É primeira vez que o tucano aparece envolvido em esquemas de corrupção por potenciais colaboradores da operação que investiga desvios na Petrobras.

Em conversas futuras com os procuradores, os executivos também pretendem revelar que o ministro das Relações Exteriores era tratado pelos apelidos de "Vizinho" e "Careca" em documentos da empreiteira.

ACARAJÉ

O nome do tucano foi um dos que apareceram na lista de políticos encontrada na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, durante a 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, em fevereiro.

A Folha também apurou que funcionários da companhia relatarão que houve propina paga a intermediários de Serra no período em que ele foi governador de São Paulo (de 2007 a 2010) vinculados à construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas.

O trecho em questão teve construção iniciada no primeiro ano da gestão do tucano e foi orçado em R$ 3,6 bilhões na época.

Na última quinta-feira (4), o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, falou pela primeira vez aos procuradores que investigam o petrolão. Ele está preso há mais de um ano na Lava Jato.

A reunião, realizada com nove procuradores e cinco advogados na superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde Marcelo está preso, começou por volta das 10h e terminou quase sete horas depois.
Ao longo da conversa, o executivo foi cobrado pelos investigadores a falar de maneira "explícita" dos atos de corrupção, "sem rodeios".

O ex-presidente do grupo vinha se preparando havia meses para esse dia, com reuniões semanais com advogados. Na véspera da oitiva, ele recebeu as visitas da mulher, Isabela, e das três filhas para lhe dar apoio.

‘LIÇÃO DE CASA’

Além de Marcelo Odebrecht, cerca de 30 executivos da empreiteira deram depoimentos em Curitiba.

As oitivas foram duras. Alguns executivos chegaram a ser chamados de mentirosos pelos investigadores. Parte foi ordenada a fazer a "lição de casa", trazendo mais informações sobre casos que interessam aos procuradores.

OUTRO LADO

O ministro das relações exteriores, José Serra (PSDB-SP), afirmou, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa, que a campanha dele durante a disputa a Presidência da República em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor.

O tucano disse também que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB.

Ainda em nota, José Serra reiterou que ninguém foi autorizado a falar em seu nome.

"A minha campanha foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido", afirmou.

Segundo a prestação de contas da campanha tucana no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República, do PSDB, declarou ter recebido R$ 2,4 milhões da empreiteira na disputa de 2010.

Sobre o suposto pagamento de propina a intermediários do tucano quando ele foi governador do Estado de São Paulo, entre 2007 e 2010, e que teriam relação com a construção do trecho sul do Rodoanel, o ministro disse que considera "absurda a acusação".

"Até porque a empresa em questão já participava da obra quando assumi o governo do Estado."


24/07/2016

Saiba como são os bunkers dos que “patrocinam” caça ao Lula

Nunca ficou tão fácil entender porque o Bolsa Família é tão odiado pela plutocracia brasileira. Encastelados em seus Bunkers, como Faraós, odeiam que seus hebreus fujam do seu Egito. Coincidentemente, são os mesmos que aparecem no Panama Papers

Veja que são os mesmos golpistas que se perfilam ao lado PSDB para alimentarem os boatos segundo os quais os filhos do Lula seriam donos  da Friboi (Daniel Graziano) e de tantas outras grandes empresas, castelos e aviões.

Casas de Safra, Faustão e Doria estão entre as dez maiores de SP

As 10 maiores mansões de SP

ANDRÉ MONTEIRO
ARTUR RODRIGUES
DE SÃO PAULO

24/07/2016 02h00 – FOLHA DE SÃO PAULO

A fachada, decorada com uma pequena bandeira do Brasil, tem 83 metros de comprimento. Atrás do muro, campo de futebol e quadra de tênis são alguns dos atrativos da mansão de 3.304 mil m² de área construída onde mora o empresário João Doria, que deve ser oficializado neste domingo candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB.

Localizada no Jardim Europa, a casa está entre as dez maiores da cidade, em um terreno de 7.031 m². O endereço de Doria também é conhecido pelas reuniões. Muitos políticos são recebidos com frequência na sala de jantar, com parede forrada de quadros de Di Cavalcanti.

O preço de manter uma casa dessas dimensões em um dos bairros mais caros da cidade é alto: em 2016, foram R$ 285 mil só de IPTU.

MANSÕES DE SP – As dez maiores casas da capital

Já a maior mansão da capital paulista pertence à família do banqueiro Joseph Safra, fundadora do banco de mesmo nome. O empresário foi apontado pela revista "Forbes" em 2016 como o banqueiro mais rico do mundo, com patrimônio de US$ 17,2 bilhões.

Do lado de fora, tudo o que se vê é um muro enorme, com 254 metros de comprimento e cerca de cinco metros de altura. A vista aérea lembra o Palácio de Versalhes, na França.

A casa com 130 cômodos, cinco andares e 10.868 metros quadrados em um terreno com o dobro desse tamanho fica no bairro do Morumbi (zona oeste de SP).

Em 2015, o imóvel foi passado para o nome dos quatro filhos de Safra –no documento, consta que a residência do patriarca da família hoje é Crans-Montana, nos Alpes Suíços. Sobrou para os herdeiros também o IPTU, que, em 2016, chegou a R$ 913 mil.

Entre os donos das dez maiores mansões da cidade, catalogados em cadastro aberto recentemente pela prefeitura, há outros nomes famosos, como o do apresentador Fausto Silva, o Faustão.

A maioria dos megaimóveis fica na região do Morumbi, mas há também alguns nos Jardins e Cidade Jardim, todos na zona oeste.

As ruas onde moram os bilionários de São Paulo não são muito movimentadas. Os poucos que andam pelas calçadas são funcionários das casas, como jardineiros, motoristas e seguranças. A desconfiança é a regra entre os empregados, treinados para evitar sequestros dos patrões, encastelados atrás de muros, câmeras e cercas elétricas.

ABANDONO

De frente para a mansão Safra, a segunda maior casa do ranking é de Edemar Cid Ferreira, ex-controlador do Banco Santos, que faliu e deixou um rombo bilionário.

Projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, a mansão com fachada de concreto aparente custou R$ 142,7 milhões, segundo a Folha revelou em 2005. Só a mesa de mogno da sala de jantar, para 20 pessoas, consumiu US$ 390 mil (R$ 1,3 milhão).

A Justiça determinou que o imóvel seja leiloado. E, desde a ordem de despejo de Edemar em 2011, ninguém morou na casa, cujo aspecto de abandono destoa dos demais imóveis da vizinhança.

A residência do Faustão fica num terreno de 4.635 m², com 3.716 m² de área construída. O local tem academia e campo de futebol, mas é famoso pelo anexo onde o apresentador costuma convidar celebridades para pizzadas.

Perto dali, outra mansão do ranking recebeu políticos importantes. Hoje propriedade do empresário do ramo editorial Jorge Antonio Miguel Yunes, chegou a acolher o ex-presidente Juscelino Kubitschek pouco antes de sua morte, em 1976.

A residência foi erguida pelo industrial Horácio Lafer. Depois, ficou conhecida como "Casa da Manchete", ao ser habitada pela família Bloch, dona da antiga revista de mesmo nome.

Uma das mansões mais novas da lista pertence a uma empresa da família Constantino, fundadora da Gol. O imóvel fica no bairro Cidade Jardim. O estilo moderno contrasta com o retrô de outra casa entre as dez maiores e que está na mesma rua, de Rolf Baumgart, da família proprietária do Shopping Center Norte.

Todos os proprietários das dez maiores mansões da cidade foram procurados pela reportagem. Representantes das famílias Ferreira, Constantino, Baumgart, Yonamine e Yunes não foram encontrados. Os outros não quiseram dar entrevistas.

Quando foram construídas – Quando foram construídas as 100 maiores mansões de São Paulo, por década

14/07/2016

Os homens de benz que transformaram a República em Ré Pública

Filed under: Cleptocracia,João Dória Jr.,Plutocracia,PSDB — Gilmar Crestani @ 8:56 am
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Como nos bestiários medievais, a cada dia aparece um novo animal do grande zoológico golpista. Desta feita é João Dória Jr. que, por ser do PSDB, tem imunidade. Aliás, ser do PSDB e ter imunidade e impunidade é uma redundância. Nos tempos bíblicos, os judeus eram o povo escolhido por Deus. No Brasil do golpismo, o PSDB é partido protegido pelos deuses.

No golpe paraguaio em curso, o PMDB é apenas um exército de mercenários a serviço do PSDB. E o PSDB é a longa manus da plutocracia mafiomidiática. Para criminalizar a esquerda e conduzir a cleptocracia rumo ao assalto aos cofres públicos, todos os homens de Benz se unem. A massa bestializada, veste camisas verde-amarelas, os camicia gialla da mafiosa CBF, e se deixa conduzir bovinamente pela égua madrinha do golpismo, a Rede Globo. Enquanto isso, os homens de Benz se preparam para se revezarem aos atuais assaltantes. Dória Jr. tem  cara do golpe. É golpista de primeira hora. E tem os hábitos dos golpistas.

Nunca Jorge Pozzobom, o deputado gaúcho do PSDB, foi tão certeiro em sua afirmação apocalíptica:

Empresa bancou evento de Doria, diz Ministério Público

João Doria

THAIS BILENKY
FOLHA DE SÃO PAULO – 14/07/2016 02h00

Um vídeo mostrando João Doria (PSDB) em jantar bancado por uma empresa entrou na mira do Ministério Público Eleitoral. No evento, em junho, ele fala abertamente como pré-candidato a prefeito de São Paulo.

No entendimento da promotoria, o ato configura doação de campanha por pessoa jurídica, o que o Supremo vetou em setembro de 2015.

O promotor Carlos Bonilha afirmou que já reuniu elementos "fortes" e suficientes para entrar com ação na Justiça contra Doria por abuso de poder econômico. A legislação só permite que a ação seja ajuizada após o registro da candidatura, que pode ocorrer até 15 de agosto.

Se acolhida pela Justiça, a ação pode levar à cassação da candidatura ou do mandato, caso o tucano seja eleito. Se isso ocorrer, ele ficará inelegível por oito anos.

O evento, um jantar realizado em 9 de junho na casa de eventos Club A, teve o custo de R$ 60 mil bancado pela Gocil, empresa de segurança associada ao Grupo Lide, fundado por Doria.

Ao MPE, o PSDB afirmou que o evento não teve conotação política. No entanto, o pré-candidato disse na ocasião que pretendia ser prefeito. "Ao final dos quatro anos –não vou disputar reeleição, depois é renovação– quero ter o orgulho de dizer: cumpri o meu dever e fui um bom prefeito", discursou.

Bonilha ainda usará como base para a ação depoimentos do senador José Anibal (PSDB), do ex-governador Alberto Goldman (PSDB) e do vereador Adolfo Quintas (PSD) dando conta de suposta compra de votos de filiados nas prévias do PSDB.

Ao Ministério Público, Quintas afirmou que Doria chegou a dar até R$ 5.000 para militantes o apoiarem e conseguirem mais votos nas prévias do PSDB.

Doria também teria oferecido transporte para filiados comparecem às prévias e feito propaganda irregular, o que teria sido documentado em fotos. O pré-candidato acusa Quintas de calúnia na Justiça.

Bonilha também analisa se houve abuso de poder político na pré-campanha. Os indícios seriam o uso da imagem do governador Geraldo Alckmin (PSDB)e de cargos de seu governo.

O promotor se refere a passeios de Alckmin com Doria pela periferia e a distribuição de fotos de ambos para favorecer o pré-candidato. Há ainda menção a "loteamento de cargos em troca de apoios partidários". Alckmin negociou cargos com PP, PHS e PV para formar a coligação de Doria.

OUTRO LADO

O advogado do tucano, Anderson Pomini, disse que seu cliente ainda não foi intimado a se manifestar e que tem confiança de que a ação não prosperará.

A defesa de Doria afirmou que o jantar custeado pela Gocil era uma "homenagem" a Doria e "não guarda qualquer relação com as eleições municipais". Já os depoimentos de Aníbal, Goldman e Quintas seriam "mero inconformismo com o resultado das eleições prévias do PSDB da capital, desprovidos de qualquer elemento probatório".

12/07/2016

São todos CUnha!

A criminalização do PT foi cortina de fumaça para proteger PMDB, DEM, PSDB. Não se vê, lê ou se ouça os ventríloquos das velhas mídias criminalizando outros partidos, só o PT. Por que não criminalizam o PMDB do Eliseu Rima Rica, Edurdo CUnha e Michel Temer? Por que o PSDB de Aécio Neves, FHC (Brasif x Miriam Dutra), José Tarja Preta Serra continua sendo tratado como se fosse uma congregação religiosa, quando até as congregações religiosas já não são protegidas pelo Papa? O DEM dos Maias do Rio Grande do Norte e do Rio de Janeiro? O PP gaúcho, da Ana Amélia Lemos e da famiglia ladra de Biscoitos Zezé?!

Os grupos mafiomidiáticos conduziram a manada para derrubar uma Presidente honesta e colocar em seu lugar uma cleptocracia.

Não há dia em que não apareça mais um esqueleto, isso sem contar naqueles dinossauros escondidos por quem deveria investigar: Lista de Furnas, Lista Falciani do HSBC, Lista Odebrecht, Panama Papers. Por aí se explica a criminalização do PT e a caça ao grande molusco: cortina de fumaça para proteger a plutocracia tupiniquim!

Durval Barbosa, o do “panetone” de Arruda, envolve Rosso e Maia em propina

Por Fernando Brito · 12/07/2016

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Então, de repente, surge em cena o personagem Durval Barbosa, que ficou famoso por gravar os vídeos de políticos de Brasília pedindo e recebendo dinheiro, entre eles o ex-governador José Roberto Arruda.

Ganhou repercussão o depoimento do técnico de informática Francinei Arruda, dado há 15 dias à Justiça de Brasilía onde ele diz que, como “editor” dos vídeos gravados por Durval Barbosa, teve acesso e entregou  versões compactas do deputado Rogério Rosso apanhando dinheiro, como publicou o Correio Braziliense.

Não é o primeiro a fazer essa acusação: ano passado, segundo o mesmo jornal,  o ex-aliado e assessor de Durval Barbosa, Luiz Paulo Costa Sampaio prestou dois depoimentos ao procurador-regional da República Ronaldo Albo, na condição de colaborador e disse que teve acesso a várias gravações, nunca divulgadas, de Durval com autoridades públicas, um deles o então deputado distrital  do Rogério Rosso.

Falta, agora, aparecerem as declarações de Barbosa em relação ao outro candidato da base de Temer, Rodrigo Maia, que o Estadão “esqueceu” ter publicado em 2010, quando o homem da câmara indiscreta diz que Rodrigo Maia também se beneficiava da corrupção do chamado “mensalão do DEM”

-O acerto do Rodrigo era direto com o Arruda, disse Durval, segundo o Estadão.

É sinal de que Eduardo Cunha será muito bem sucedido na presidência da Câmara.

Durval Barbosa, o do "panetone" de Arruda, envolve Rosso e Maia em propina – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

01/07/2016

PSDB financiou movimento “Somos Todos CUnha”

Filed under: Eduardo Cunha,MBL,Midiota,PSDB,RBS,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 9:20 am
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OBScena: faixa do MBL, fiannCIAdo pelo PSDB, registra o clímax da parceria entre PSDB & Eduardo CUnha. Uma foto que é uma confissão, não estivesse o MPF ocupado em caçar Lula.

somos todos cunhaA Brasif sustentou a funcionária da Rede Globo, Miriam Dutra, amante, dentre outros, de FHC, na Espanha. Heráclito Fortes sustentou, com dinheiro do Senado, Luciana Cardoso, a tricotadora filha de FHC. A Petrobrax, pelas mãos do Cerveró, priponou Paulo Henrique Cardoso, filho do mais famoso parceiro de Merval Pereira, José Sarney & Roberto Marinho na Academia Brasileira de Letras, FHC. Eu não sei se FHC tem outros filhos. Mas se tiver, todos foram religiosamente sustentados com dinheiro público. É ou não é motivo para acusar os filhos do Lula? Isso não é motivo suficiente para caçar Lula? O ódio ao grande molusco é diretamente proporcional ao envolvimento do PSDB em falcatruas. Todos os parceiros ideológicos do PSDB têm ódio mortal ao Lula. Caçam-no deste quando era sindicalista. Neste tempo todo, não conseguiram apresentar uma única acusação aceita pela Justiça. O MPF e a PF deveriam dar um atestado de honestidade e devolverem todo dinheiro gasto neste anos todos no esporte mais praticado pela dupla: caça ao Lula. Foram eles, desde que os sequestradores do Abílio Dinis, com participação ativa e passiva dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, foram vestidos com camisas do PT, que demonizam o PT ao passo que sempre santificam o PSDB. O acobertamento da corrupção do PSDB denunCIA a parceria dos mesmos que sempre demonizaram o PT, a Cleptocracia Brasileira, hoje personificada no homem da Rede Globo que comanda os destinos do país, EDUARDO CUNHA!

Compare-se a quantidade de minutos que o Jornal Nacional a Rede Globo dedicou aos pedalinhos dos netos do Lula e a tempo dedicado ao parceiro Eduardo CUnha, casado com uma sua funcionária, Cláudia Cruz?! Aliás, porque a cunhada do Vaccari pode ser presa mas a mulher do CUnha, não?!

Aqui em Porto Alegre os midiotas amestrados pela RBS, frequentadores verde-amarelos do Parcão, penduraram nas grades do Terceiro Exército o registro pronto e acabado do tamanho da bandidagem que golpeou Dilma e vive da caçar Lula e o PT:

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PSDB entra no acordão para salvar Cunha

“Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha”, afirma a colunista Natuza Nery; segundo ela, apesar do desgaste que a posição implica, o discurso é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla; “A percepção dos tucanos é que o Planalto caminha na mesma direção: se quisesse se livrar de Cunha, já o teria feito”

1 de Julho de 2016 às 05:34

247 – “Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha”, afirma a colunista Natuza Nery.

Segundo ela, apesar do desgaste que a posição implica, o discurso é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla.

“A percepção dos tucanos é que o Planalto caminha na mesma direção: se quisesse se livrar de Cunha, já o teria feito”, diz.

O presidente interino Michel Temer tem agido pessoalmente para promover um acordo com partidos pela salvação de Cunha.

PSDB entra no acordão para salvar Cunha | Brasil 24/7

28/06/2016

Entenda porque a Folha ama odiar o PT e odeia amar o PSDB

OBScena: entrou numa Frias porque cospe pra cima

O editorial desta terça-feira da Folha de São Paulo fornece, para quem tiver algum neurônio em funcionamento, porque o PSDB é o queridinho dos plutocratas. Até quando o PSDB rouba merenda a culpa recai sobre o PT. Por aí se entende a obsessiva caça ao grande molusco. Enquanto as baterias estiverem apontadas contra pedalinhos, os inúmeros escândalos estrelados pela cleptocracia peessedebista corre solta. O tom do editorial já diz tudo. Conta o roubo da merenda escolar em tom de conversa de sacristia. Tudo no condicional. Não há criminalização do PSDB nem as cores apocalípticas com que sempre pinta o PT. Não há ataque aos mandantes nem aos beneficiados, muito menos relacionada com a violência da polícia contra os estudantes que denunciaram o roubo da merenda.

Enquanto caçam Lula e fazem teatro com prisão de Paulo Bernardo, Eduardo CUnha e seu vice decorativo se encontram às escuras no Palácio do Jaburu. Ora, é assim que funciona a plutocracia. Uma cortina de fumaça serve para esconder os atos dos usurpadores. Cadê a prisão de Eduardo CUnha? Ah, ele tem foro privilegiado. É, mas o Delcídio Amaral também tinha. E a mulher e filha do CUnha? O que elas têm de diferente da cunhada do Vaccari? Claro, é a mulher do bandido mais protegido da República das Bananas.

A prova da merenda

28/06/2016 02h00 – Editorial

Está marcada para esta terça-feira (28), na Assembleia Legislativa de São Paulo, a segunda sessão da CPI da merenda. Em tese, a comissão parlamentar deveria fortalecer as investigações do escândalo na alimentação escolar, conduzidas desde janeiro pelo Ministério Público e pela Polícia Civil.

Têm-se esquadrinhado contratos celebrados entre a Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar (Coaf) e dezenas de prefeituras, além da Secretaria Estadual da Educação.

Suspeita-se de um esquema de superfaturamento na distribuição de suco de laranja para a rede pública, com propinas que atingiriam até 30% dos valores contratados.

Por meio de delações premiadas, alguns investigados implicaram membros do governo Geraldo Alckmin (PSDB), além de deputados federais e estaduais. Entre eles, Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia.

Apesar disso —ou por causa disso—, são diversos os sinais de que a investigação parlamentar caminha para não cumprir seu papel.

Não só 8 de seus 9 integrantes são de partidos da base de apoio de Alckmin, como o presidente e o vice da comissão pertencem ao PSDB e ao PSB (partido do vice-governador), respectivamente. Tal domínio alimenta temores de que a apuração se concentrará em prefeituras do PT, desviando o foco do governo estadual e de Capez.

Como se não bastasse, um dos titulares da comissão, Barros Munhoz (PSDB), notabilizou-se há alguns anos por afirmar: "CPI, no Brasil, só vocês da imprensa acreditam, mais ninguém. (…) É conversa mole, coisa para enganar".

A frase infame tem sido confirmada nos âmbitos federal, estadual e municipal. Há tempos os políticos aprenderam a domesticar CPIs —quando não utilizá-las para extorsões e propinas—, tornando ultrapassada a máxima de que se sabe como tais comissões começam, mas não como terminam.

No Estado de São Paulo, nos últimos anos, a ampla base de apoio dos governos do PSDB tem agido para impedir que a Assembleia apure escândalos envolvendo políticos do partido. As poucas investigações que conseguem superar essa barreira terminam desidratadas e sem resultados.

No escândalo da merenda, o governo do Estado se considera vítima, segundo declarou Alckmin. Tanto o governador como seus aliados deveriam, portanto, ser os maiores interessados em esclarecer o episódio, não importa a coloração partidária dos envolvidos.

Se a alegação fosse sincera, caberia dar força à CPI na condição de instrumento para elucidar os fatos.

editoriais@uol.com.br

26/06/2016

Pó, pará investigador!

Os grupos paulistas de mídia retomam a blindagem de José Tarja Preta Serra & Geraldo Marcola Alckmin à moda Mauro Chaves. Para quem não lembra, no calor da disputa entre correligionários, o ator da bolinha de papel fez publicar um artigo denunciando o toxicômano das gerais. Até Juca Kfouri apimentou a história com outros floreios. O Estadão, a pedido do Serra, atacou com o antológico “Pó pará, governador!”. O Estado de Minas devolveu em grande estilo, “Minas a reboque, não”.

(Em parêntese. Não está em discussão quem é o pai da criança e se existe ou não corrupção. O que se questiona são os pesos e medidas. Até porque, boa parte da corrupção deve ao finanCIAmento privado. Ou alguém acha que existe almoço grátis. Se uma empresa “doa” pra candidato, de vereador a presidente, ela o faz por filantropia? Então porque Gilmar Mendes, o cavalo de tróia que FHC deixou no STF, sentou encima do financiamento público por mais de um ano!?)

E não é que a rivalidade Minas x São Paulo reacende exatamente quando um paulista da Mooca, vestindo as cores da bandeira ianque, se coloca como postulante ao cargo do interino a quem serve e é servido!? Bastou sair na imprensa que a CONSIST, que levou Paulo Bernardo à prisão, é mais uma obra, como o fora Marcos Valério, do PSDB. Assim como a forma de arrecadação que apareceu no Mensalão fora criada em Minas pelo PSDB para abastecer a base de FHC, e que depois abasteceu a base de Lula, a CONSIST é uma invenção do então Prefeito José Serra, mas que também abasteceria Paulo Bernardo. A coincidência é que quando aparece o nome do Serra, a Folha revela a enésima delação do primeiro a ser comido. E não é só esta coincidência, porque outra maior se alevanta.

Os esquemas de Marcos Valério e da CONSIST só são criminosos quando tem algum petista. Enquanto for operado pelos inventores, nada acontece. Ambos guardam semelhanças também com os esquemas da Petrobrax.

Enquanto a corrupção na Petrobrás, sob FHC, matava Paulo Francis, sob Dilma rende criminalização do PT. Ninguém criminaliza PSDB, PMDB oU PP, que eram os verdadeiros operadores e que, por várias governos, corroeram a Petrobrás. Isso tudo revela uma verdade bem brasileira: aqui há dois tipos de corrupção, a boa e a ruim. É boa quando é praticada pelo candidato dos investigadores, é ruim quando é praticada pelos adversários ideológicos. O fato de ter virado pó, sem trocadilho, o assunto dos 450 kg de cocaína encontrados no heliPÓptero, diz tudo a respeito das instituições encarregadas de zelar pelo respeito às leis. Algumas assuntos viram pó, outros são consumidos.

Para concluir as coincidências. Eis que de repente reaparece Rodrigo de Grandis. Aquele procurador que engavetara os documentos suíços comprovando corrupção tucana na Alstom e Siemens está por traz da prisão do Paulo Bernardo. Uma coincidência a mais ou a menos não melhora a imagem, para quem está usando o cérebro e não a Rede Globo, a respeito do caráter da nossa plutocracia.

Como escreveu o Marcelo Semler, nunca se roubou tão pouco, mas o que importa é que isso propicia criminalizar o PT, caçar Lula e dar o golpe em Dilma. O resto é serventia da casa.

Sócio e ex-presidente da OAS relatará propina para assessor de Aécio Neves

Delator vai indicar propina na Cidade Administrativa (MG)

MARIO CESAR CARVALHO e BELA MEGALE
DE SÃO PAULO – 25/06/2016 17h13

O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar, com base em documentos, que pagou suborno a auxiliares do então governador de Minas Gerais, o hoje senador Aécio Neves (PSDB), durante a construção da Cidade Administrativa.

Trata-se da mais cara obra do tucano nos oito anos em que permaneceu à frente do Estado, entre 2003 e 2010.

O relato de Pinheiro sobre o centro administrativo, um complexo inaugurado em 2010 para abrigar 20 mil funcionários públicos, faz parte do acordo de delação premiada que está sendo negociado com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba e Brasília. O acordo ainda não foi assinado.

Ed Ferreira – 26.mai.15/Folhapress

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras em maio de 2015

Segundo Pinheiro, a OAS pagou 3% sobre o valor da obra a um dos principais auxiliares de Aécio, Oswaldo Borges da Costa Filho.

Conhecido como Oswaldinho, ele é apontado por tucanos e opositores como o tesoureiro informal de seguidas campanhas de Aécio, entre 2002 e 2014.

Aécio nega com veemência que tenha recebido qualquer recurso ilícito e que tenha havido irregularidades na obra —leia mais a respeito da nota enviada pelo senador mineiro a seguir.

Ele não comentou, no entanto, os relatos de que Oswaldo teria sido seu tesoureiro informal.

Estimada em R$ 500 milhões, a obra da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 949 milhões, mas acabou custando R$ 1,26 bilhão, segundo documentos do governo de Minas obtidos pela Folha, mas que a atual administração, do PT, não comenta.

Esse foi o custo das obras de engenharia; com mobiliário e outros itens, o gasto total alcança R$ 2,1 bilhões, ainda de acordo com os dados obtidos pelaFolha.

Junto com Odebrecht e Queiroz Galvão, a OAS fez um dos três prédios do complexo, o Edifício Gerais. No consórcio, a Odebrecht era a líder, com 60% do valor do contrato. A OAS respondia por 25,71% e a Queiroz Galvão, por 14,25%.

Como a OAS recebeu R$ 102,1 milhões, os 3% da suposta propina seriam equivalentes a pouco mais de R$ 3 milhões.

O CONTATO

Oswaldo é contraparente de Aécio: ele é casado com uma filha do padrasto do senador, o banqueiro Gilberto Faria (1922-2008). Tanto tucanos como opositores em Minas contam que o auxiliar atuou como tesoureiro informal das campanhas de Aécio para o governo de Minas, para o Senado e para a Presidência.

Após vencer a eleição para o governo em 2002, o tucano colocou-o para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, uma empresa pública dona de mineradoras, hotéis e fontes de água mineral.

Foi essa empresa, chamada Codemig, que fez a licitação em 2007 e cuidou da obra da Cidade Administrativa, o que foi considerado incomum, já que Oswaldo teve papel na arrecadação da primeira campanha de Aécio ao governo mineiro.

A família de Oswaldo também é proprietária de uma empresa de táxi-aéreo que é dona de um jatinho Learjet que foi usado por Aécio.

Ele tem uma coleção de carros raros, entre os quais um Rolls-Royce que Aécio costumava usar quando era governador. A joia da coleção, no entanto, é um Bugatti 1938.

Léo Pinheiro relatou a investigadores da Lava Jato que tem provas do caminho que o dinheiro percorreu até chegar ao assessor do tucano.

A LISTA

Oswaldo também é citado numa lista da Odebrecht na qual aparecem 316 políticos que teriam recebido propina, segundo a Polícia Federal. Ao lado do nome dele, aparece o nome de um diretor da Odebrecht em Minas e a mensagem de que o grupo viabilizaria uma doação de R$ 15 milhões para "Mineirinho", codinome que a PF está investigando para saber quem é.

A anotação é de setembro de 2014, quando Aécio disputava a eleição presidencial que foi vencida por Dilma Rousseff (PT).

A OBRA

Os primeiros esboços da Cidade Administrativa foram apresentados por Oscar Niemeyer em 2004, mas a obra só foi iniciada em 2007.

O complexo causou polêmica porque deslocou um contingente de 30 mil pessoas (20 mil funcionários e 10 mil visitantes) para uma área que fica a 20 quilômetros do centro de Belo Horizonte.

Inaugurado em 2010, o lugar é repleto de superlativos, de acordo com a propaganda do governo mineiro à época da inauguração. A obra foi anunciada como o maior prédio em construção na América naquela época, com o maior vão-livre do mundo.

Quatro inquéritos foram abertos para apurar possíveis irregularidades na obra. Um deles investiga se houve conluio entre as nove empreiteiras que fizeram a obra.

A assessoria de Aécio nega que tenha havido irregularidades nesse processo.

O Ministério Público não soube informar o estágio atual das investigações ou se alguma das apurações já foi encerrada.

OUTRO LADO

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota à Folha que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações "falsas e absurdas".

Carlos Roberto – 13.out.2009/Hoje em Dia/Folhapress

BELO HORIZONTE, MG, 13.10.2009: VISITA/OBRAS/MG - O governador, Aécio Neves, visitou na tarde de hoje no bairro de Serra Verde, as obras da cidade administrativa e participou da retirada de uma última viga de uma grande laje suspensa da obra. (Foto: Carlos Roberto/Hoje em Dia/Folhapress) --- Aécio Neves, então governador de MG, durante visita às obras da Cidade Administrativa, em 2009

O Senador Aécio Neves, então governador de MG, durante visita às obras da Cidade Administrativa, em 2009

A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, "sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade".

O senador afirma estranhar o que chama de vazamento "deste trecho" da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010.

Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação.

O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa mineira "corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas".

A assessoria de Aécio reitera que "a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade", inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado.

A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

"Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra", diz a nota divulgada.

Sobre a OAS, a assessoria do senador diz que a empreiteira apresentou um pedido de revisão nos valores a serem pagos quando a Cidade Administrativa foi finalizada, o que foi negado pela empresa que administrava a obra.

Segundo a assessoria de Aécio, a participação da OAS na obra foi de cerca de R$ 50 milhões, metade do valor obtido pela Folha. A decisão de dividir a construção em três lotes se deu para "baratear os custos de execução e abrir espaço para participação de mais empresas", de acordo com a assessoria.

Sobre o avião utilizado pelo senador, a assessoria afirma que a aeronave não pertencia a Oswaldo Borges, mas à família dele.

Questionada a respeito do uso do Rolls-Royce do empresário, a nota diz que Borges é "reconhecido colecionador de carros" e emprestou veículos de seu acervo para a posse dos governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB.

A assessoria de imprensa de Aécio não quis se pronunciar sobre os relatos de Borges ter atuado como "tesoureiro informal" das campanhas do tucano.

Procurado, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho não atendeu as ligações nem ligou de volta para a reportagem. A Folha pediu ajuda à assessoria de Aécio para contatá-lo, sem sucesso.

14/06/2016

Globo rege a banda Ré Pública

OBScena: ditadura, golpe e boçalidade à moda Globo

Globo Ressurge a Democracia

Quando tenho dúvida a respeito de determinados fatos políticos, observo o posicionamento da Rede Globo e de seus ventríloquos no RS. E opto pelo oposto. Não erro nunca. Quem tem no seu DNA uma conjunto de procedimentos todos voltados contra os interesses sociais, e que trabalha com afinco para negar qualquer direito que não seja do seu grupo de interesse, não merece respeito, muito menos credibilidade. Desde sempre, todas as iniciativas que foram tomadas em benefícios dos desvalidos, a Globo tem se posicionado contra. Todos os governos que priorizam a educação, a Globo vê como concorrente, porque pensa que ela detém o direito de educar o povo brasileiro. Desde sempre, a educação começa pelo exemplo. O exemplo que a Rede Globo dá é de total desrespeito à inteligência alheia. Trama, dá golpe, sonega, mente, incrimina, julga e condena, mas só seus adversário ideológicos. Para a Globo, CUnha é um anjo, um bênção.

Mais uma vez na história deste país, sob o comando da Rede Globo é instalada a Cleptocracia. Na orquestra que a Rede Globo montou para tocar o baile da Ilha Fiscal os músicos são todos réus. A escolha da Globo se deu exatamente segundo a ordem crescente de denúncias.  A menor acusação que pesa sobre eles é a tentativa de golpe para acabar com as investigações que os tornam réus. Nenhuma investigação pode ser feita sobre os golpistas, pelos menos não antes de consuma-lo. A ordem, em forma de método e prática, às vezes implícita mas quase sempre de forma bem explícita, percorrem os múltiplos braços do polvo siciliano também conhecido como Cosa Nostra, no popular, Máfia. Nossa velha mídia forma verdadeiro grupo mafiomidiático sob coordenação do Instituto Millenium.

O termo república nasce com Cícero, no seu De Re Publica, inspirada nos diálogos de Platão. O filósofo grego concebia uma forma ideal de organização política. O romano, usando o método socrático, via na Re Publica (a coisa pública) medida para um bom governo. Pelas páginas de O Globo e via Jornal Nacional, o Grupo Globo também vende sua concepção de governo. É a ré pública. Todos os que ela apoia são foram, são ou serão réus públicos. As escolhas obedecem uma lógica. E tem história, está incrustrado no seu DNA. É uma longa construção que remonta à sua origem mas que aparece claramente como “ré pública” em 1954, e confirma com o conjunto da obra perpetrada em 1964. Ali estavam todos os artigos com quais trabalharia ao longo do tempo até os dias de hoje. Nos governos instaurados sob os auspícios da Rede Globo os principais personagens, sejam em 1964 ou em 2016, nunca passam pelo crivo popular. Quando passam, como Collor de Mello, só com grosseira manipulação. E ainda assim, não sobrevivem por que são tão honestos quanto quem os engendram.

globo diadurad

Nada mais parecido com os jornais de 1964 que as repetidas edições de 2016. Até o apoio à Marcha dos Zumbis se parece com aqueles da famiglia, tradição e propriedade de 1964. Recentemente a Rede Globo omitiu, escondeu, uma manifestação de centena de milhares de pessoas pela paulista, exatamente como fizeram com o comício pela Diretas-Já, em 1984, no Vale do Anhangabaú.

É sintomático que a Rede Globo já tenha admitido em editorial que foi um erro o apoio à Ditadura. Não pediu perdão, nem disse que não o faria de novo. Pior, jamais admitiu que foi um erro ter escondido os comícios que pediam Diretas-Já, nem que não mais manipularia debates, como fez com o debate entre Lula x Collor. Mas Boni, 22 anos depois, confessou a manipulação. Está gravado em vídeo.  E o que se fez diante das palavras de Boni? Nada. A mídia não se mexeu. A justiça não se mexeu. O governo não se mexeu. O MPF não se mexeu. Então, se tudo o que se faz de errado não é questiono, resta a lição de que se pode continuar cometendo o mesmo crime. A Globo entendeu o recados das instituições e permanece com as mesmas práticas. Da mesma forma acontece em relação aos crimes da ditadura. Quando o STF decide que não se deve mexer com os crimes praticados pela ditadura, é porque está cultivando e adubando Bolsonaro. Bolsonaro, hoje, é filho da omissão covarde do STF em relação aos crimes da ditadura. Entende-se, pois, para condenar os crimes praticados pela ditadura, o STF chegaria na Rede Globo, nas peruas da Folha e nas valas clandestinas do Cemitério de Perus. Chegaria aos mandantes e beneficiados das sessões de tortura, estupro, morte e esquartejamento. Paulo Malhães confessou, e nem por isso houve punição. Brilhante Ustra morreu inocente… Por essas e outras que há ainda imbecis que pedem a volta da ditadura. A existência destes boçais é a contribuição silenciosa do STF à grande famiglia de Bolsonaros.

Globo x 13 salario

A Rede Globo sabe que a verdade só pode ser obtida pelo conhecimento. Está na alegoria da Caverna, na República de Platão. Por isso a mentira na forma de informação. A verdade é conhecimento, a Globo depende da mentira para sobreviver. E por isso a vende como verdade. A ignorância é a mãe do atraso, e o atraso é uma mãe para a Globo.

Quanto ao papel do Globo, basta verificarmos, por exemplo, edições da época. O golpe militar foi festejado com o “Ressurge a Democracia”. Se no princípio da ditadura a Globo vendia que o 13º aos trabalhadores seria uma tragédia, em 2016 fez publicar, para atacar as políticas sociais e raciais, o famigerado “Não somos Racistas”.  Os editorias de antes agora se somam aos livros e articulistas proxenetas que fazem às vezes de voz do patrão.

Toda vez que um governo resolve implantar políticas sociais, as organizações Globo partem para o golpe. Foi assim com Getúlio Vargas em 1954, com Jango em 1964, com Brizola (Proconsult) em , com Lula (Rubens Ricúpero & Carlos Monforte) e as estatuetas ao Assas JB Corp, e agora com a parceria com Eduardo CUnha para derrubar Dilma e “Restaurar a Cleptocracia”. FIES, PROUNI, Mais Médicos, tudo foi duramente combatido pela mesma plutocracia que finanCIA a Globo. E, pela ignorância, muitos dos beneficiados com estas políticas, sequer se dão conta do quanto foi difícil implementá-las, de quem trabalhou para que elas existissem, e também dos que trabalharam para que elas não vingassem. É o caso do ENEM, por exemplo, que sobrevive apesar da luta diuturna dos privatistas.

globo (4)

Simbolicamente, a República de Platão denuncia que a cicuta a Sócrates é a forma com que a plutocracia chega ao poder. Faz-se necessário conspirar, atacar diuturnamente, injetando cicuta na forma de ódio de classe, como se viu nas manifestações convocadas pela Rede Globo. Sócrates foi acusado pela plutocracia ateniense de enganar os jovens. Qual a diferença entre os acusadores de Sócrates com o papel desempenhado Bolsonaro, Silas Malafaia, José Serra, Michel Temer, Aécio Neves, Merval Pereira e Eduardo CUnha, todos na mão da Globo, nas manifestações em apoio ao golpe!?

Da Alegoria da Caverna saem as semelhanças com o baile dos vampiros da plutocracia brasileira. Nem tudo é o que parece.

A Rede Globo não tem Platão no seu manual. Outro personagem da mitologia grega casa melhor com o método Globo, Procusto.

Golpistas (8)

Este bandoleiro grego tinha um estilo de  aplicar justiça igual aos métodos empregados pela Rede Globo. Suas vítimas eram espichadas sobre uma cama. As mais curtas, espichava. As maiores, cortava para que ficassem do tamanho da cama.

Assim são as informações da Rede Globo, corta ou espicha dependendo da vítima. Por exemplo, se preocupa com os pedalinhos do Lula mas silencia a respeito dos envolvidos com um heliPÓptero com 450 kg de pasta base de cocaína. Nada diz a respeito da Lista Falciani do HSBC, da Lista de Furnas, da Lista Odebrecht, do Panama Papers, onde aliás está de corpo, alma e triplex (sob o manto da Mossack & Fonseca). A Globo entende tudo dos filhos do Lula, mas nada diz a respeito do filho de FHC com a funcionária Miriam Dutra, ou de Paulo Henrique Cardoso, de Luciana Cardoso. A Rede Globo nunca deu espaço em seu Jornal Nacional para falar da participação de sua filial RBS, pega na Operação Zelotes, ou Zelotsky como carinhosamente apelidam os gaúchos, decorrente dos escândalos no CARF.

Golpistas (4)

Sonegação, Meritocracia, Choque de Gestão são assuntos tratados ao melhor estilo Procusto. Meritocracia acontece quando um estudante no Rio de Janeiro, com apenas 17 anos, ganha emprego em Brasília. Quando ganha de presente de parentes emprego de vice-presidente das Loterias da Caixa. Quando constrói aeroportos com dinheiro público em terras de familiares. Quando uso o helicóptero do estado para transportar familiares e amigos. Quando é preso bêbado, sem carteira de trânsito e ainda assim não vira escândalo.

Para quem se interessa, há um livro disponível em “.pdf” na internet, a História Secreta da Rede Globo, escrita por Daniel Hertz. Há também um documentário que a Globo conseguiu proibir sua divulgação no Brasil, mas que também está disponível para quem quer conhecer um pouco melhor a respeito do modus operandi da famiglia mais siciliana do Brasif, Muito Além do Cidadão Kane.

grupos mafiomidiaticos

Dado o golpe, a Globo recomeça um período de purificação. Aos poucos entrega os anéis para ficar com os dedos. Mas jamais entrega o rubi, o PSDB. Estes são monstros sagrados. E não só para a Globo, mas também para o Estadão, Folha, RBS, Poder Judiciário, MPF. Como confessou o deputado gaúcho Jorge Pozzobom, o PSDB tem imunidade e, por isso, pode traficar, dirigir embriagado, ser decadelatado, que continuará como se fosse um partido de vestais.

Despois do Golpe, o STF afasta CUnha. Depois do Golpe, a Rede Globo ataca CUnha. Depois do Golpe, a Folha e Estadão, sempre a serviço do José “tarja preta” Serra, soltam pequenas notas contra Aécio Neves. Depois do golpe, cospem em quem sujou as mãos por eles.

Grupos Mafiomidiaticos

Os EUA invadiram a Itália pela Sicília. Não foi uma escolha aleatória. Houve um acordo com a máfia. Foram recebidos com tiros de festim. É mais ou menos isso que está acontecendo no Brasil.

Os cleptocratas adentram ao Palácio do Planalto sob tiros de festim. O Paraguai os reconhece.

Ressurge a Cleptocracia!

10/06/2016

PSDB é filho da imunidade com a impunidade

aécio 801_nDesde que Mário Covas chegou ao governo paulista, o PSDB botou o pé no erário e não largou mais. Está aí, atuante e operante, apesar da farta documentação vinda da Suíça, o famoso Robson Marinho no TCE/SP. Neste caso, a imunidade partiu do MPF, na sempre lembrada figura do esquecido Engavetador II, Rodrigo de Grandis.

No Governo FHC, as mutretas eram tantas e públicas que cita-las todas levaria pelo menos 45 anos. Mas uma basta para dar ideia do tamanho do atentado contra o Estado Democrático de Direito e à Democracia, a compra da reeleição. Nem os dividendos distribuídos entre filhos, bastardos  e amantes, tudo somado, ultrapassam esta ignomínia. Nem o fato de ter sido finanCIAdo pelo sistema financeiro, nem o compadrio da Rede Globo, com sua Lei Rubens Ricúpero, perpetrada em parceria com Carlos Monforte, nada disso ultrapassa o ultraje contra a Democracia. O golpe não foram apenas aquele de 1964 e este de 2016. Estuprar a Constituição, o objeto mais sagrado de uma nação, foi feito às claras e testemunhada. Foi um estupro coletivo em que a Rede Globo portou-se como onanista. E todo mundo sabe que a mão que balança o berço do golpe é a do PSDB, mas quem balança o PSDB ao golpe é a mídia. Quer uma prova? Veja, após o golpe, de onde saiu Pedro Parente e para onde foi? Da RBS diretamente para a Petrobrás. Até parece que, como ficou provado com a participação do PP gaúcho, a Petrobrás já nos pertence…

Tudo isso é de domínio público, dispensa interpretação, a ponto do deputado do PSDB gaúcho, Jorge Pozzobom, marcar com ferro em brasa na própria paleta a máxima jamais refutada: “Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”. Portanto, claro e meridiano o comportamento de Gilmar Mendes em relação ao Aécio Neves, o sempre lembrado dos delatores, aquele que seria o primeiro a ser comido… E a proteção parece se estender a familiares.

Neste caso, há diferença de tratamento até em relação à família do Eduardo CUnha. Enquanto em relação à mulher e filha deste já haja sinal de que vão ser investigadas, como se a Suíça já não tivesse entregue todas as provas, nem sinal de que Andrea Neves venha a ser “coercitada”. Em relação ao seu irmão até se poderia entender, já que é Senador e tem foro privilegiado, mas em relação a ela, que não detém cargo algum, nem Jorge Pozzobom conseguiria explicar. A menos que ela seja filiada ao PSDB, aí, sim, teríamos a contra-prova.

Como gravou o delator Sérgio Machado, ex-filiado como Romero Jucá  ao PSDB, os esquemas do Aécio e do PSDB todo mundo conhece. Agora vá encontrar esta declaração na Veja, Época, Globo, Folha, Estadão e Zero Hora. Silêncio ensurdecedor. O que fica claro é que a imunidade que o PSDB goza junto ao Poder Judiciário conta sempre com o endosso dos A$$oCIAdos do Instituto Millenium. Sem o eco das cinco irmãs (Veja, Folha, Estadão, RBS & Rede Globo), o STF não move um inciso… Até parece que há uma cláusula pétrea na Carta Magna que impede de punir os assaltos do PSDB. Só isso explica porque as transações com Alstom e Siemens, embora provadas e condenadas nos países sedes (Alemanha e Suíça), no Brasil as investigações ainda dormem em berço esplêndido.

Eu, se fosse a Cláudia Cruz, pediria isonomia de tratamento com a Andrea Neves…

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio

Termo com a Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, assinado 11 dias antes de Aécio Neves (PSDB) renunciar ao mandato de governador para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), em Montezuma; a empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai

10 de Junho de 2016 às 05:45

247 – A estatal Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, fechou termo de parceria com o pai do senador Aécio Neves (PSDB), Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), quando o tucano ainda era governador.

O termo, assinado 11 dias antes de Aécio renunciar ao mandato para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Cunha em Montezuma.

A empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai. As informações foram reveladas pelo jornal "O Tempo".

Na quarta (8), um deputado do PT de Minas entrou com pedido de investigação sobre o termo de parceria para apurar se Aécio beneficiou familiares no episódio.

Leia aqui reportagem de José Marques sobre o assunto.

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio | Brasil 24/7

27/03/2016

DETRAN e seus cadáveres insepultos

Diante de mais esta morte, de Lucas Arcanjo, como não lembrar do Deputado Jorge Pozzobom, do PSDB gaúcho: “Me processa. Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”. Neste mesmo rumo estaria a investigação até hoje inconclusa do Marcelo Cavalcante.  Estas mortes guardam semelhança à do Amilton Alexandre, que publicava o Tijoladas do Mosquito! Devem ser apenas coincidências.

E aí uma pergunta se impõe: Por que as investigações contra o PSDB, ou são arquivadas liminarmente(Geraldo Brindeiro & Rodrigo de Grandis) ou então se arrastam por décadas, enquanto as ações contra o PT podem se resolver em apenas 28 segundos (Catta Preta)?!

Durante décadas o PSDB posou como vestal graças ao compadrio de quem deveria zelar pelo cumprimento das leis. Até parecia um partido teflon, nada grudava. Hoje sabe-se que há vários tipos de teflon. E que pelo menos um é mais mortal que 450 kg de cocaína.

Há o outro teflon (vênus platinada), mais duradouro, e travestido de informação, mas que também cobra seu alto pizzu… São os a$$oCIAdos dos Instituto Millenium que estabeleceram a simbiose com mais hermetismo. Os sinais exteriores atendem por estatuetas. Mas também pode ser observadas pelos constantes aparecimentos, sem o menor constrangimento, em manchetes positivas. Os que ousam manterem-se independentes são massacrados.

Os elencos mais recentes que estrelam grandes esquemas de corrupção confirmam o que a Rede Globo e suas filiais sempre esconderam. Basta consultar quem são os que aparecem nas Lista de Furnas, Lista Falciani (HSBC); Lista Zelotes, Lista Portocred e agora a Lista Odebrecht.Todos blindados pelos grupos mafiomidiáticos. E pela mesma razão os que aparecem em todas estas são os mesmos que caçam Lula e querem o golpe paraguaio para Dilma. O ódio deve-se à falta de companheirismo.

Marcelo Cavalcanti e Lucas Arcanjo são sinais de que as ameaças ao Ministro Teori Albino Zavascki devem ser levadas a sério. Não se deve menosprezar o ódio insuflado pela Rede Goebbels! E são fáceis de serem identificados: costumam usar camisas padrão FIFA com escudo da CBF. Como até o mundo já sabe, são duas entidades acima de qualquer suspeita com as quais a Rede Globo mantém longa tradição de bons negócios…

Os esquemas nos DETRANs Brasil a fora já engolfaram uma tradicional famiglia gaúcha. Um dos rebentos teria roubado, na emissora onde perpetrava suas patacoadas, sempre contra a honestidade alheia, biscoitos Zezé….

Estes são os varões de Plutarco da Elite Cleptocrata!

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Policial que denunciou Aécio é encontrado morto em BH; a versão oficial é de suicídio, mas não se descarta retaliação

publicado em 26 de março de 2016 às 18:47

Lucas Arcanjo 1No topo, Lucas Arcanjo (de boné) na Corregedoria de Policia Civil de Minas Gerais, em 16 de outubro de 2014, quando foi depor. Na ocasião, fez denúncias ao senador Aécio Neves e aliados, como Antônio Anastasia e Clésio Andrade

Aécio, Anastasia e Clésio

Da Redação

Em 2014, o policial civil Lucas Gomes Arcanjo postou no Facebook com graves denúncias ao senador Aécio Neves, então candidato à Presidência da República pelo PSDB.

O vídeo viralizou na rede. Teve mais de um milhão de visualizações, além de 120 mil compartilhamentos

Neste sábado, 26 de março, Lucas Arcanjo foi encontrado morto em sua casa em Belo Horizonte (MG).

Segundo informações recebidas pelo site Debate Progressista, Arcanjo se enforcou utilizando uma gravata:

Como Lucas era muito conhecido pelas denúncias contra caciques tucanos em MG, a possibilidade de retaliação não é descartada.

O investigador já tinha sido vítima de 4 atentados em respostas às denúncias que fazia, uma delas o deixou com uma sequela na perna, Arcanjo andava com ajuda de uma bengala.

O Debate Progressista sente muito pelo ocorrido e expressa todo o sentimento de pesar para a família.

O deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) conheceu bem Lucas. Em sua página na rede social, ele postou a seguinte nota: morte de Lucas Arcanjo:

O Mandato Durval Ângelo lamenta profundamente a morte do policial civil e amigo Lucas Gomes Arcanjo, neste sábado (26), e se solidariza com toda a família e amigos.

Lucas foi um exemplo de coragem na luta pela ética, legalidade e moralidade no serviço público. Não se acovardou diante das ameaças e retaliações e enfrentou a cúpula do poder em Minas Gerais, durante a gestão do PSDB, para denunciar um esquema milionário de fraudes no Detran-MG. Por várias vezes, esteve na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas – quando presidida por este deputado – para relatar irregularidades, cuja apuração cobramos, insistentemente, dos órgãos competentes.

Por suas denúncias, foi punido e perseguido. Sofreu três atentados e após um deles, chegou a ficar meses na UTI. Ainda assim, nunca desistiu. Em outubro de 2014, postou no Facebook um video no qual descrevia o suposto esquema de desvio de recursos no Detran – e de outros órgãos públicos de Minas – para irrigar o Caixa 2 de campanhas tucanas. O video viralizou e, com mais de um milhão de visualizações e 120 mil compartilhamentos, contribuiu para a derrota do candidato à presidência Aécio Neves.

Sem dúvida, uma perda imensurável para todos os que lutam por uma sociedade mais justa, sobretudo, nestes tempos sombrios de atentado à democracia. Mas Lucas não se foi. Permanece vivo no exemplo que nos deixa como seu grande legado. É um dos imprescindíveis de que nos falava Bertolt Brecht em seu célebre poema…

“Há aqueles que lutam um dia; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam muitos dias; e por isso são muito bons;
Há aqueles que lutam anos; e são melhores ainda;
Porém há aqueles que lutam toda a vida; esses são os imprescindíveis.”

Em 16 de outubro de 2014, o repórter Caio Castor entrevistou o policial Lucas Arcanjo para o Viomundo.

Naquele dia, o policial tinha sido ouvido na Corregedoria da Polícia Civil, em Belo Horizonte.

A Caio Castor, disse que descreveu a base das denúncias que fez na internet contra o ex-governador Aécio Neves e aliados.

No vídeo abaixo, ele resume algumas das acusações, dentre as quais o uso do Departamento de Trânsito (Detran) mineiro para lavar dinheiro e o uso de órgãos do governo de Minas para fazer caixa dois.

https://vimeo.com/109290941

Abaixo, o último vídeo que Lucas Arcanjo postou. Foi ontem, sexta-feira 25, às 19h22. Gerson Carneiro nos enviou

 

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Policial que denunciou Aécio é encontrado morto em BH; a versão oficial é de suicídio, mas não se descarta retaliação – Viomundo – O que você não vê na mídia

26/03/2016

Os golpistas estão na mídia

No início dos anos 2000 o Rio Grande estava cansado de governos corruptos aliados a grupos corruptos. A manipulação das informações sempre foi um produto típico, D.O.C., made in RBS. Foi a partir da manipulação das pesquisas eleitoras, quando a RBS pretendia novamente montar seu cavalo paraguaio, que criamos o movimento Zero Fora, que pedia Mid@ética.

Na época já propúnhamos que a esquerda boicotasse os grupos golpistas. Conseguimos o cancelamento, conforme admitiu a própria Rosane de Oliveira em debate na Fabico, de 25 mil assinaturas da Zero Hora. De lá para cá a esquerda continuou dando, com suas entrevistas, legitimidade aos golpistas.

Se a esquerda parasse de aparecer no monopólio comandado pela Rede Bunda Suja, pega na Operação Zelotes, mas também presente na Operação Pavlova e Operação Ouro Verde (Portocred), o golpismo seria menos convincente. A massa de midiotas, que seguem abestalhados e amestrados como bovinos, já teria se dado conta de tamanha parcialidade.

A velha mídia, sempre salva pelos cofres públicos, está pendurada no pincel. Neste momento depende dos corruptos. Um golpe comandado por Eduardo CUnha tem tudo a ver com os a$$oCIAdos do Instituto Millenium. E se as cinco irmãs (Folha, Veja, Estadão, Globo & RBS) ainda conseguem comandar a marcha dos zumbis é porque a esquerda, como mariposas nos holofotes, fez parecer que é imparcial.

O Brasil só mudará de patamar quando golpe paraguaio for palavrão. Quando uma concessão pública seja punida por incitar o ódio, como faz a Rede Globo. Quando os maiores golpistas e seus financiadores ideológicos sejam punidos, e não premiados (delação premiada), pela corrupção diturna que praticam.

Leia aqui artigo de 2002 que escrevi para o Observatório da Imprensa, e que foi republicado por vários sites, mas da Zero Hora só recebi, como é de costume, ameaças de processos judiciais.

Ou acabemos com os golpistas, ou os golpistas, de golpe em golpe, escravizam todo o Brasil. E os escravos, como se pelos exemplos dos midiotas, acabem gostando da ideia…

 

João Feres Jr: Boicote a grande mídia!

Joao_Feres

sab, 26/03/2016 – 07:12

João Feres Jr: Boicote a grande mídia!

O título acima é assim mesmo, sem crase. A frase é um chamamento! Nela boicote é verbo transitivo direto, e não o substantivo boicote, que seria regido pela preposição a.

Sou professor universitário e coordenador de dois grupos de pesquisa: o GEMAA, dedicado ao estudo de políticas de ação afirmativa, raça e gênero — provavelmente a maior referência no país na produção de análises sobre estas políticas — e o LEMEP, que enfoca a interação entre mídia e esfera pública, e produz o site Manchetômetro e o boletim Congresso em Notas — o primeiro com análises diárias da cobertura de política e economia da grande mídia e o segundo com notícias semanais sobre pautas importantes no Congresso Nacional.

Regularmente divulgamos os resultados das pesquisas do GEMAA, e tais resultados são frequentemente publicados na grande mídia. Essa mesma mídia nunca publicou uma linha sobre o Manchetômetro, a despeito do sucesso que o site fez na eleição de 2014 na mídia estrangeira,  internet, blogs e redes sociais. A única tentativa feita foi uma entrevista por  telefone que a ombudsman da Folha começou a fazer comigo, mas que foi abortada quando ela percebeu que não conseguiria usar minhas declarações para referendar uma imagem de equilíbrio da cobertura do jornal, episódio que narrei em detalhes em artigo na época.

Ao longo dos anos tenho dado muitas entrevistas a jornais, revistas e programas televisivos, do Brasil e do exterior. Participo também regularmente de programas de TV e rádio. Há algumas eleições venho também escrevendo pequenos artigos de análise política e desde a eleição de 2010 passei a ser bastante procurado por todo tipo de mídia para comentar política. Sou cientista político de formação. A análise política é uma vocação central da nossa profissão. Uma à qual não me furto.

Já comentei e dei entrevistas para um sem número de órgãos de imprensa do Brasil e do exterior, inclusive para todos os três grandes jornais do Sudeste, Folha, O Globo e Estado, para seus sites noticiosos, para os principais canais da TV aberta e para alguns canais de cabo. Contudo, a partir da crise política que se instalou nos últimos meses em nosso pais, não mais colaborarei com esses meios de comunicação. O assalto à democracia brasileira patrocinada pela grande mídia brasileira é tamanho, sua disposição de distorcer os fatos e versões tão pronunciada, sua adesão política reacionária tão gritante, sua insistência em sempre ouvir somente um lado da contenda, ou de sub-representar desonestamente a opinião legalista, sua incitação a movimentos sociais fascistas e golpistas, que resolvi dizer um basta.

Há quinze dias tomei a decisão de não mais cooperar com qualquer meio de comunicação que estivesse em campanha aberta contra as instituições democráticas de nossos país. Fiz então um post no Facebook conclamando todos meus face-amigos, e particularmente os acadêmicos, a interromper a colaboração com a grande mídia. Dias depois, fui procurado por jornalista do Estadão por telefone para comentar o programa de ação afirmativa da USP, a universidade que mais resiste a democratizar o acesso no pais, me neguei dizendo não cooperar com um meio que ataca a democracia brasileira. Logo em seguida recebi e-mail de jornalista do site G1, da Globo, fazendo convite similar. Também neguei, usando o mesmo argumento.

No mesmo dia, um amigo, Reginaldo Nasser, provavelmente sem sequer ter visto meu chamamento, negou convite para participar de programa da Globonews e postou sua resposta no Facebook: Não dou entrevista para um canal que além de não fazer jornalismo incita a população ao ódio num grave momento como esse. Achei a ideia muito boa, e postei minha troca de e-mails com a jornalista da G1. O post viralizou na web e em poucas horas tínhamos uma campanha pública pelo boicote da mídia.

Professores universitários são uma das categorias que têm a razão mais baixa entre salário e número de anos de estudo necessários à profissionalização. Contudo, a elite da carreira, à qual pertenço, formada em grande parte por professores das escolas públicas, recebe salários que lhes proporciona uma vida confortável de classe média. Em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, isso é um privilégio. Mas somos também privilegiados por desfrutarmos de grande autonomia de escolha de objetos de estudo e de opinião, diferentemente de outras carreiras também focadas na escrita, como a de jornalista.

Fato é que somos assalariados e nossa profissão não é orientada para a aquisição de bens e dinheiro. Quem escolhe a carreira acadêmica e tem alguma ambição de ser reconhecido socialmente sabe que esse reconhecimento não virá das riquezas que adquirimos como prêmio pelo nosso trabalho, mas da circulação social das ideias que produzimos e articulamos. Sim, temos uma vocação para o debate público. Contribuir para a discussão racional e pública acerca das escolhas coletivas que fazemos em sociedade (políticas públicas, leis, eleições, etc) é um dos maiores objetivos de realização profissional do cientista social. O problema é que a circulação social de nossas intervenções, para além dos círculos das publicações e eventos acadêmicos, dependia até há pouco tempo quase que exclusivamente da grande mídia.

Era comum ver um colega postar nas redes sociais ou mesmo mandar por e-mail entrevista ou artigo que publicara em algum órgão da grande imprensa. Isso era até há pouco motivo de orgulho: vejam como meu trabalho está recebendo reconhecimento público, queriam dizer com tal ato. E tinham certa razão.

O conservadorismo das editorias dos grandes órgãos noticiosos brasileiros vem de várias décadas, mas é preciso dizer que, apesar deste viés (liberal, pró-mercado, anti-movimentos sociais) havia ao longo do processo de democratização bastante espaço na grande mídia para o debate de ideias, com a participação ativa e frequente de intelectuais. Essa esfera pública plural foi, contudo, se fechando, particularmente a partir da primeira vitória de Lula, na eleição presidencial de 2002.

A crise econômica das empresas privadas de jornalismo, cujos assinantes e anunciantes foram sugados pela internet, contribuiu para este estado de coisas, eliminando ou minguando os cadernos de cultura, mas está longe de explicá-lo inteiramente. Aos poucos, os grandes jornais foram substituindo seus colunistas e articulistas progressistas por conservadores, alguns com biografias abertamente ligadas ao principal partido da oposição, PSDB, ou por publicistas vitriolicamente reacionários, como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Diego Escosteguy e um rol imenso de outras figuras da mesma laia.

Mesmo com o progressivo avanço da mídia em direção ao reacionarismo, alguns colegas, inclusive eu, ainda insistiam em colaborar com estes órgãos, quando instados. O motivo não era mais propriamente orgulho, mas uma posição de defesa estratégica de posições progressistas. Pensávamos: ainda que a barra esteja pesada neste jornal; ainda que meu texto seja publicado cercado por artigos de gente desqualificada e maliciosa; ainda assim, talvez consiga atingir alguns leitores, expondo-os a informações e pontos de vista que os façam pensar mais criticamente.

Nada mais disso é possível. Com a radicalização política absurda em que nossa grande mídia embarcou não pode haver mais orgulho, não há mais espaço para posições estratégicas, a única coisa que resta é a vergonha. Repito mais claramente: colaborar com a grande mídia reacionária nos dias de hoje é motivo de vergonha. Quem ainda faz isso  está compactuando com o ataque à democracia encetado por estes meios. Não há inocentes úteis.

Revistas como Veja, Época e IstoÉ adotam a postura franca de banir tudo que não seja reacionário em suas páginas da cobertura política. O Globo está praticamente igual, com raríssimas exceções. O jornal é um apanhado de reportagens, colunas de opinião, e editoriais militantemente oposicionistas, com imagens, títulos e manchetes cuidadosamente editados para produzir o maior efeito no leitor. Estadão, idem, em quase tudo.

A Folha de S. Paulo também apela fartamente para estratégias editorias para apresentar as ações do governo, do PT, de Lula e Dilma da pior maneira possível, enquanto noticia generosamente a agenda da direita oposicionista. Já analisei aspectos desta estratégia em alguns artigos e vou escrever mais um sobre material recente publicado pelo jornal em breve. Mas no uso dos articulistas ela é um pouquinho diferente. Há um número bem maior de oposicionistas, entre eles Aécio Neves, Marina Silva e até gente do naipe de Reinaldo Azevedo, mas a Folha conta também com um pequeno time de intelectuais de esquerda, bem minoritário, mas que cumpre uma função importante para o jornal: permite que seus editores, ombudsman e demais jornalistas defensores da agenda patronal digam que o jornal é plural pois reproduz várias perspectivas e opiniões. Em inglês há um termo para isso. Eles são the tolken liberals. Estão lá para prestar este serviço, que o velho marxismo chamaria de ideológico. Pois este jornal, assim como todos os outros supracitados, já sacrificaram qualquer semblante de esfera pública habermasiana ou mesmo de pluralismo liberal, se me permitem um intelectualismo escolástico.

O pequeno exército de acadêmicos que presta esse serviço de reportar seus resultados de pesquisa e opiniões para artigos e reportagens da grande mídia não recebe qualquer compensação monetária. Às vezes são até tratados por jornalistas como se tivessem obrigação de trabalhar de graça para seus senhores, os grandes proprietários da mídia nacional. Os poucos acadêmicos colunistas ou não recebem nada ou ganham uma merreca, como se diz por aí, para fazerem o que fazem. Não há mais razão para ambos os grupos continuarem essa colaboração voluntária. Não há orgulho em fazer isso, mas vergonha; não há mais semblante de debate público com posições para serem ocupadas; o que há é uma guerra política na qual a grande mídia já deu provas de sobra que está disposta a jogar as instituições democráticas que criamos com a luta de gerações de brasileiros na lata do lixo.

Por isso faço o chamamento: BOICOTE A MÍDIA. E de quebra, cancele todas assinaturas de jornais e revistas que tiver em casa ou em suas instituições.

29/02/2016

A beatificação dos toxicômanos

O Bumlai é amigo do Lula, mas Aécio, Alckmin e Perrela são inimigos…

helipóptero tO músico, compositor e articulista Aldir Blanc expõe a céu aberto, veja reprodução abaixo, a beatificação dos toxicômanos do PSDB pela velha mídia e seus ventríloquos do MPF/PF. Salve a avis rara na imprensa! O massacre midiático contra Dilma e Lula é uma grande cortina de fumaça para esquecermos o probo Eduardo CUnha. Enquanto caçam Lula ninguém lembra de José Maria Marin, Ricardo Teixeira ou Marco Polo del Nero, todos amicíssimos da famiglia Marinho com quem faziam grandes negócios.

Enquanto se ocupam de Lula, CUnha dá as cartas e joga de mão. Desde 2002 viram Lula no avesso para ver se descobrem um grão de pó que possa incrimina-lo. Enquanto isso, um helicóptero com 450 kg de pó some misteriosamente dos noticiários. Este sumiço pode explicar porque só há suspeita em relação ao dinheiro das campanhas petistas, mas ninguém tem dúvida de onde vem o dinheiro limpinho, bem lavadinho, que financia as campanhas do Napoleão das Alterosas

É sabido até pelo reino mineral que na capitania hereditária do PSDB, São Paulo, os governantes sentam para fazerem acordos com o líder do PCC mas se negam a fazer o mesmo com estudantes. E eles têm bons motivos para assim se portarem; vai que um aluno resolva perguntar pela merenda… O PSDB pode conversar com Marcola, pode comprar do Fernandinho Beira-Mar, pode se locupletar com a Brasif ou com Alstom e Siemens, que nada lhes é cobrado.  Graças a servidores públicos como Rodrigo de Grandis, a mídia continua escrevendo a hagiografia dos seus ventríloquos.

A velha mídia não move uma palha para falar da Lista Falciani, da lavagem do HSBC, do Márcio Fortes, e dos envolvidos na Zelotes. Por quê?! Ora, porque ninguém é obrigado a se auto incriminar…

Isso explica o compadrio alcoviteiro da velha mídia com o PSDB. O que vem do PSDB já não espanta mais ninguém, e muito menos o que produzem seus finanCIAdores ideológicos. Tirar o apoio dos assoCIAdos do Instituto Millenium ao PSDB equivale a retirar os aparelhos de alguém em estado de coma. Na vida real, o PSDB é um poodle que ruge como leão, porque os leões lhes dão guarda e guarida. PSDB e mídia golpista formam uma simbiose em perfeita harmonia.

E tudo isso é possível porque há dois grandes partidos financiados por dinheiro público antes mesmos deste modelo ter virado lei. Trata-se  da coligação MPF/PF que recebem do erário mas usam do cargo para fazerem, com seus vazamentos seletivos, politicagem. Deve-se a seletividade destes maus servidores públicos o sumiço de um helipóptero com 500 quilos de cocaína, até hoje sem dono. Um jatinho esfacelado sobre casas, em que viajava um candidato com dono, também não só não tem dono como não há o menor movimento no sentido de encontra-lo. De repente, o triplex dos Marinho também ficou sem dono. E nada de apuração para saber a quem pertence. Nestes tempos em que um exame de DNA prova muita coisa, de repente há também um filho sem pai e sem dono. Neste rumo ainda vão provar que Thomas é filho do Lula com Dilma…

Aqui no RS, a Rede Bunda Suja também tenta nos vender uma violência sem dono: há violência, não há responsável por ela. Já ouvi funcionários da RBS botando a culpa da violência, que mata no RS mais que na Síria, na Dilma. Falam da Segurança Pública gaúcha como se fosse um ente abstrato, como um evento da natureza. E toda incompetência dos atuais inquilinos do Piratini, passados mais de ano, continua sendo atribuída ao governo anterior. E não é Sartori que faz isso, não. São seus donos, os donos da RBS. Exalte-se a competência da RBS, que conseguiu emplacar dois funcionários como Senadores: Lasier Martins e Ana Amélia Lemos. A RBS têm dois senadores; os gaúchos, nenhum.

São dois senadores que nunca, jamais, se pronunciaram a respeito da Operação Zelotes. Afinal, como diz o ditado, não se fala em corda em casa de enforcado. Lasier Martins deve ao Gerdau a Agenda 2020. E tudo isso só é possível porque o povo gaúcho tanto a RBS quanto os gregos no Oráculo de Delfos… Só completos midiotas se deixam amadrinhar de forma tão bovina pela RBS!

Falei em Fla-Flu, mas o jogo é Fla-Fla, só um time joga, dá pontapés. O resto apanha. Não acontece nada com os crapulosos tucanos. Podem roubar durante décadas nos trens de São Paulo, comprar votos, se meter em negociatas de um bilhão de dólares com refinarias argentinas e até roubar na merenda escolar. Também podem, sendo políticos drogados de alto bordo, espancar mulheres, pois não serão queimados como outros. Vai dar pizza com Samarco e a privada Vale. São frutos tucanos. Eles podem até mesmo pretextar uso político quando são comprometidos em pensões e compras de apês na Europa para filhos — ou não —, fora dos casamentos exemplares, cujas mães foram perseguidas. O sub-relator da CPÍnfima do BNDES, o tucano Alex Baldy Cheio de M quer prender o Lula. Se ele for criminoso, tudo certo, mas, em nome da decência, prendam o Azeredo, a quadrilha no Paraná, os espancadores de esposas que são candidatos à Presidência da Ré-pública.

A escória em ascensão, por Aldir Blanc – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

22/02/2016

FHC e Aécio não têm amigos

Quem tem amigo é Lula, por isso sou amigo do grande molusco. A caçada ao nine (nove dedos) equivale à queima das bruxas da Inquisição. Só mentes obtusas e desvairadas pelo ódio cego para não perceberam tamanho pesos e medidas.

Lobista foi marqueteiro informal de FHC em 94

:

Fernando Lemos, cunhado de Mirian Dutra, ex-amante de FHC, não fazia apenas o contato entre ela e o tucano; segundo a colunista Mônica Bergamo, ele era também conselheiro de FHC e chegou montar equipe paralela de marketing na campanha dele à Presidência em 1994; ‘Lemos, que morreu em 2012, contratou o marqueteiro espanhol Carlos Pedregal para ser uma espécie de ombudsman do marketing de FHC. Ele falou tão mal do trabalho da equipe, comandada por Nizan Guanaes, que os dois tiveram briga "com direito a cadeiradas"’

22 de Fevereiro de 2016 às 05:59

247 – O jornalista Fernando Lemos, cunhado de Mirian Dutra, ex-amante de FHC, não fazia apenas o contato entre ela e o tucano. Segundo a colunista Mônica Bergamo, ele era também conselheiro de FHC e chegou montar equipe paralela de marketing na campanha dele à Presidência em 1994:

‘Lemos, que morreu em 2012, contratou o marqueteiro espanhol Carlos Pedregal, considerado "bruxo", para ser uma espécie de ombudsman do marketing de FHC. Ele falou tão mal do trabalho da equipe, comandada por Nizan Guanaes, que os dois, segundo relato da Folha na época, tiveram briga "com direito a cadeiradas"’, diz ela.

De acordo com a jornalista, a gota d’água, segundo lembrança de profissional do grupo, foi quando Pedregal viu um dos anúncios da campanha de TV de FHC e perguntou: "Mas o que é essa pelota azul no meio desse pano?". Era simplesmente a bandeira do Brasil (leia aqui).

Lobista foi marqueteiro informal de FHC em 94 | Brasil 24/7

21/02/2016

Dossiê Miriam Dutra

O que interessa não são as relações de FHC com Miriam Dutra, nem o uso de Jorge Bornhausen, via Brasif, para manter a teúda e manteúda do Coronel Ponciano do PSDB. O que interessa é o papel de uma mídia bandida que usa do comércio de informações, mediante o finanCIAmento de suas ações, para atacar uns e alcovitar outros.

Se houvesse qualquer laivo de honestidade nos assoCIAdos do Instituto Millenium não precisaria ter esperado a popularização das redes sociais para trazer à público aquilo que já o era à época. O moralismo seletivo dos grupos mafiomidiáticos é tão ou mais ofensivo que a conduta do velho fauno.

O escândalo da Parabólica, perpetrado pelos parentes Carlos Monforte e Rubens Ricúpero, é apenas mais um capítulo insosso da relação incestuosa dos grupos mafiomidiáticos com os varões do golpe paraguaio. A literal putaria envolvendo FHC e a velha mídia se inscreve naquele capítulo da Bíblia que fala de Sodoma e Gomorra. Fica, assim, provado que a há mais bandidos na velha mídia que nos presídios de segurança máxima Brasil afora.

E ainda pior, se é que pode piorar, fica o papel da PF e do MPF. Onde eles hibernaram, e a que preço, este tempo todo? Se não tiverem nada a dizer, pelo menos devolvam o salário para não serem apelidados de boys do Bornhausen. Afinal, porque uma concessão pública, como a Brasif, fazia e desfazia como se no mundo estivesse só e mal acompanhada?!

O jornalismo alcoviteiro saiu em defesa de FHC. Alegam que o filho sequer é de FHC. Ora bolas, se não é que outras coisas a Miriam Dutra sabia a ponto de faze-lo assumir filho que não era seu?! Como, não sendo seu, usou da caneta de presidente para mante-la em silêncio? O que a Rede Globo lucrou com esta promiscuidade? São muitas as perguntas, não maior que aquela que cabe completa e inteira às instituições “republicanas”  MPF/PF: onde vocês estavam?

 

EXCLUSIVO: Mírian Dutra diz que Globo foi beneficiada com dinheiro do BNDES ao ‘exilá-la’

por Joaquim de Carvalho 20 de fevereiro de 2016

Mirian Dutra

Mirian Dutra

Esta é a primeira matéria da série sobre a reeleição de Fernando Henrique Cardoso. O projeto foi financiado pelos leitores através de um crowdfunding na plataforma Catarse. Fique ligado.

Existem muitas maneiras de entender o que foi e como foi executado o projeto de poder que resultou na aprovação da emenda que permitiu a reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso, mas duas são particularmente reveladoras.

Uma delas é traçar o perfil dos deputados acreanos que venderam o voto para mudar a Constituição por R$ 200 mil reais em 1997 (R$ 923 mil corrigidos pelo IGP-M até janeiro deste ano).

A outra maneira de buscar um quadro mais nítido do episódio da reeleição é entrevistando a jornalista Mirian Dutra Schmidt, que conhece Fernando Henrique Cardoso como poucos e viveu esse período como “exilada” na Europa, por ter um filho que ela diz ser dele.

Percorri os dois caminhos, e o que emergiu foi uma história que une as duas práticas. Uma delas é a da política do Brasil profundo, de fronteira, onde a moeda sonante é o argumento mais eficaz para mudar consciências.

A outra prática é a do Brasil central, com políticos e profissionais de comunicação que trocam o silêncio por prestígio ou poder e, no final das contas, acabam por transferir riqueza a grupos privilegiados.

Vamos começar esta série pelo episódio atual, Mirian Dutra, que deu entrevista à revista Brazil com Z (publicação para brasileiros que vivem na Europa) e falou pela primeira vez de seu relacionamento com Fernando Henrique Cardoso.

Mirian se formou em jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina e, em 1982, aos 22 anos de idade, ancorava em Florianópolis pela RBS (afiliada da Globo) o horário local do TV Mulher.

“Para mim, aconteceu tudo muito rápido. Eu era estudante, trabalhava na rádio Itapema e fui chamada para apresentar o TV Mulher, logo depois apresentava no jornal do almoço um quadro sobre turismo em Florianópolis”, diz Mirian.

Nesse período, casou-se com um fotógrafo e teve uma filha, Isadora. O casamento durou cerca de um ano. “Eu queria cobrir política, era minha paixão e pedi à Globo outro local para trabalhar. Me ofereceram apresentar o jornal local de Minas, mas eu queria política e fui para a Manchete em Brasília”, diz.

Ela chegou à capital da República em 1985, com 24 anos de idade e uma filha de um ano e meio. Seis meses depois, Antônio Britto deixou a TV Globo para ser porta-voz de Tancredo Neves, e, com os remanejamentos internos da Globo em Brasília, surgiu uma vaga para trabalhar no Bom Dia Brasil.

“Eu fui a primeira mulher a trabalhar no Bom Dia Brasil, porque o trabalho lá é difícil. Tem que levantar às 4 da manhã e dormir às 7 da noite. Eu era divorciada, mulher casada que trabalha no ritmo desses perde o casamento.”

O casamento da sucessora dela no Bom Dia Brasil, a jornalista Beatriz Castro, não resistiu seis meses.

Eram os dias de intensa cobertura em Brasília, por causa da doença e morte de Tancredo Neves e do início do governo José Sarney, o primeiro civil depois de 20 anos de ditadura militar, quando Mirian conheceu Fernando Henrique Cardoso no restaurante Piantella.

O Piantella, hoje propriedade do advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, era reduto de políticos e jornalistas. Ali costumavam ocorrer às terças-feiras jantares que definiam a pauta do Congresso, primeiro com Ulysses Guimarães à frente, depois Luiz Eduardo Magalhães e, mais recentemente, Michel Temer.

Como bebida destrava a língua, para jornalistas era um prato cheio frequentar o Piantella. Mirian conta que estava jantando com colegas de profissão quando Fernando Henrique Cardoso chegou e foi convidado para se sentar à mesa.

Era 1985, e Fernando Henrique Cardoso estava cotado para disputar a prefeitura de São Paulo, o que viria a ocorrer. “Eu admirava o Fernando Henrique pelos livros que ele tinha escrito, mas não pintou nada, nada”, diz.

Na versão dela, depois de muitos telefonemas, com Fernando Henrique ‘dizendo que estava apaixonado’, os dois começaram a namorar. Em 1991, quando Collor cogitou levar Fernando Henrique para o Ministério das Relações Exteriores, Mirian o desaconselhou, por cobrir o governo.

“Ele chegou em casa às duas horas da manhã, depois da reunião em que o Mário Covas foi contra o PSDB entrar no governo, e disse: ‘Você acabou com a minha vida’”.

FHC com Covas: “Ele chegou em casa às duas horas da manhã, depois da reunião em que o Mário Covas foi contra o PSDB entrar no governo, e disse: ‘Você acabou com a minha vida’”

FHC com Covas: “Ele chegou em casa às duas horas da manhã, depois da reunião em que o Mário Covas foi contra o PSDB entrar no governo, e disse: ‘Você acabou com a minha vida’”

Alguns meses depois, segundo ela, Fernando Henrique repetiria algo nessa linha, ao dizer que Mirian não poderia levar adiante a gravidez anunciada. “Você pode ter filho de quem quiser, menos meu.”

Segundo Mirian, estava foi a última vez que os dois falaram como namorados. “Para mim, acabou. Vi o tipo de homem que era.”

Pergunto: mas Fernando Henrique era o pai da criança?

“Claro que é.”

Mas e os DNAs posteriores, que provam o contrário?

“Ele diz que fez os exames nos Estados Unidos e o correto teria ter sido feito na minha presença, com a coleta do meu sangue. Por que fez lá? Por que demorou tanto para fazer, se eu pedi que fizesse quando fiquei grávida?”

Mirian diz estar disposta a um novo exame e afirma que tentou convencer seu filho a fazê-lo.

“Mas ele não quis. O Fernando Henrique deu a ele o que eu, como jornalista, nunca poderia dar: estudo de graduação na Georgetown University, uma das mais conceituadas do mundo, 60 mil dólares por ano, no mínimo, bancou sua permanência lá, e depois deu um apartamento de 200 mil euros, cash, em Barcelona. Para o Tomás (nome do filho), está bem feito. Para que questionar?”

Aspectos privados da vida de Fernando Henrique, Mirian Dutra e do filho dela pertencem a eles, mas o assunto deixou a esfera da privacidade quando o então senador Fernando Henrique, líder do PSDB e um dos formuladores da política em Brasília, colocou em marcha a engrenagem de mídia para iludir a opinião pública.

“O Fernando Henrique me ligou várias vezes e me pediu que recebesse a revista Veja em Florianópolis, onde eu estava para ganhar o bebê, e dissesse que o filho era de outra pessoa. Era uma coisa meio esquisita. Quem eu era para aparecer na Veja?”

Uma fotógrafa da agência Somm, Suzete Sandin, que Mirian Dutra conhecia dos tempos da Universidade Federal de Santa Catarina, foi contratada pela revista para um freelance, e procurou Mirian, que aceitou posar.

“Uma repórter, que eu não conheço, acho que era de outra cidade, me procurou e vi que ela tinha uma única missão: pegar a declaração que o Fernando Henrique tinha passado para mim”, afirma.

Na coluna Gente da edição de 24 de julho de 1991, a de número 30 do 24º ano de Veja, é publicada uma frase atribuída a Mirian:

“O pai da criança, um biólogo brasileiro, viajou para a Inglaterra para fazer um curso e voltará para o Brasil na época do nascimento do bebê.”

E existe esse biólogo?

“Claro que não. Isso é mentira. Era o que Fernando Henrique queria ver publicado, e foi publicado”, diz hoje a arrependida Mirian.

“Minha mãe quase enlouqueceu e disse: ‘Você não pode fazer isso.’ Eu tinha contado para ela quem é o pai. A barra foi muito pesada e eu quase perdi a gravidez”!

Mirian revela que ouviria mais tarde de Paulo Moreira Leite, na época um dos editores executivos de Veja, que a ordem para apurar e publicar a nota tinha partido de Mario Sergio Conti, que tinha assumido pouco tempo antes a direção de redação da revista.

“Foi uma armação do Fernando Henrique com o Mario Sergio”, diz a jornalista.

Ela diz que esta foi a primeira das muitas vezes em que viu a sua gravidez (e posterior nascimento do filho) ser usada para angariar prestígio. O governo era de Collor e ainda se cogitava abertamente a possibilidade de Fernando Henrique disputar a presidência, embora desfrutasse de prestígio como poucos na política, sobretudo por sua relação com a imprensa. Mas, segundo Mirian, chegar à presidência era o projeto de vida dele.

“Ouvi dele muitas vezes que seria presidente, porque os políticos no Brasil não sabiam de nada, eram mequetrefes. É claro que um filho fora do casamento, de uma mulher que todo mundo em Brasília sabia que era a namorada dele, prejudicaria seus planos.”

O filho nasceu e Mirian foi perdendo espaço de vídeo na Globo. Por razões que não ficaram para mim muito claras, na entrevista de mais de três horas que fiz com ela, Mirian Dutra decidiu ir para Portugal e logo estava empregada numa emissora em que Roberto Marinho era sócio.

Fernando Henrique já era ministro da Fazenda do presidente Itamar Franco e apontado como um nome forte para a sucessão no ano seguinte. Mirian chama sua saída do Brasil de um autoexílio, e diz que o diretor de jornalismo da Globo à época, Alberico de Souza Cruz, padrinho do seu filho Tomás, o ajudou muito nessa saída.

“Eu gosto muito do Alberico, e ele dizia que me ajudou porque me respeitava profissionalmente. Éramos amigos, conhecíamos segredos um do outro, mas eu fiquei surpresa quando, mais tarde, no governo de Fernando Henrique, ele ganhou a concessão de uma TV em Minas. Será que foi retribuição pelo bem que fez ao Fernando Henrique por me ajudar a sair do Brasil?”

Mírian sobre Alberico, antigo diretor da Globo: concessão de tv como retribuição de FHC?

Mírian sobre Alberico, antigo diretor da Globo: concessão de tv como retribuição de FHC?

No caso de Alberico, ela não passa da insinuação, mas quando o assunto é uma de suas irmãs, Margrit Dutra Schmidt, a jornalista é direta. Segundo Mirian, a irmã era dona da Polimídia, uma empresa de lobby em sociedade com o marido, Fernando Lemos, que cresceu nos anos 90, com a venda de serviços de gestão de crise.

“A minha irmã tinha as portas abertas em tudo quanto é lugar e era chamada de ‘a cunhadinha do Brasil.’ Agora soube que ela tem um cargo de assessora do Serra no Senado e não aparece para trabalhar. Eu não sabia, mas não fiquei surpresa. Este é o bando de gente para quem ela sempre trabalhou. E o Serra eu conheço bem.”

“Por que a imprensa não vai atrás dessas informações? A minha irmã, funcionária pública sem nenhuma expressão, tem um patrimônio muito grande. Só o terreno dela em Trancoso vale mais de 1 milhão de reais. Tem conta no Canadá e apartamentos no Brasil. Era a ‘cunhadinha do Brasil’”.

No que diz respeito a seu contrato com a Globo, nos anos que ela considera de exílio no exterior, Mirian quebra o silêncio e vai além das declarações protocolares. “Sabe o que eles fizeram comigo? Ensaboa mulata, ensaboa…”, diz, cantarolando a música de Cartola.

Segundo ela, quem ensaboava era Carlos Henrique Schroeder, atual diretor geral da Globo, na época o número 2 do jornalismo.

Schroeder, hoje diretor geral da Globo, era o encarregado de 'ensaboar Mírian'

Schroeder, hoje diretor geral da Globo, era o encarregado de ‘ensaboar Mírian’

“Em 1997, eu estava cansada do trabalho que fazia em Portugal, sem nenhuma importância, e me apresentei para trabalhar no escritório em Londres. Na época, quem dirigia era o Ernesto Rodrigues e ele me disse, na cara: ‘Enquanto eu dirigir este escritório, nenhuma amantezinha vai trabalhar aqui.’”

Mirian diz que voltou para o Brasil e se reuniu com Evandro Carlos de Andrade, sucessor de Alberico na direção de jornalismo, e comunicou que ou voltaria para o Brasil, ou pediria demissão. “O Evandro disse, na frente do Schroeder e do Erlanger (Luís Erlanger, que dividia com Schroeder as funções de número 2 no jornalismo): “Ninguém mexe com essa mulher. Ela mostrou que tem caráter”, conta.

Schroeder foi então, conforme o relato de Mirian, destacado para ser uma espécie de padrinho dela na TV Globo. “Poxa, você conquistou o chefe”, disse ele.

Apesar disso, Mirian não desistiu da ideia de voltar para o Brasil. “Eu fui repórter do Jornal da Globo na época da Constituinte, fiz Jornal Nacional e estava na geladeira. Isso derruba qualquer um.”

Os planos de Mirian chegaram ao conhecimento dos amigos e um deles, Luís Eduardo Magalhães, que foi presidente da Câmara dos Deputados e líder de Fernando Henrique no Congresso, a convidou para um almoço.

“Sobre o Luís Eduardo, tem uma coisa interessante: eu era amiga dele antes do Fernando Henrique e fui eu que aproximei os dois.”

No almoço, Luís Eduardo levou o pai, o senador Antônio Carlos Magalhães, que ela também conhecia, e ouviu deles, mas principalmente de ACM, que não era hora de voltar, que Fernando Henrique disputaria a reeleição e ela deveria ter paciência.

“Foi quando entendi que eu deveria viver numa espécie clandestinidade. Se eu voltasse, não seria bem recebida e as portas se fechariam para mim”, conta.

Mirian tomou a decisão de comprar um apartamento em Barcelona e ir para lá, como contratada da Globo, e produzir matérias de lá. A empresa topou, mas, mesmo pagando a ela um salário de 4 mil euros (cerca de R$ 18 mil), não aprovou a realização de nenhuma pauta em muitos anos.

“Me manter longe do Brasil era um grande negócio para a Globo”, diz. “Minha imagem na TV era propaganda subliminar contra Fernando Henrique e isso prejudicaria o projeto da reeleição.”

Mas o que a empresa ganhou com isso?

“BNDES”.

Como assim?

“Financiamentos a juro baixo, e não foram poucos”.

FHC e Roberto Marinho comemoram nova gráfica do Globo, financiada com dinheiro público

FHC e Roberto Marinho comemoram nova gráfica do Globo, financiada com dinheiro público

Mirian afirma que a demissão da TV Globo, em setembro do ano passado, foi o que a levou a decidir fazer um relato da sua vida.

Foi um episódio que ela considera cruel. Depois de 25 anos de Globo, entre afiliada em Santa Catarina e Brasília, recebeu um e-mail de José Mariano Boni de Mathis, diretor executivo da Central Globo de Jornalismo. Curto e seco, ele informou: seu contrato não será renovado.

“A partir daí, eu não era mais a Mirian da TV Globo e me senti livre para fazer o que sempre quis, mas não podia: desenterrar os ossos e enterrar de novo, era como publicar um diário. Mas vi que esse cadáver incomoda muita gente, e a repercussão foi maior do que eu imaginava. Agora eu tenho que ler até o artigo de uma jornalista que me conhece e sabe bem dessa história, a Eliane Cantanhede, que me compara ao caso da Luriam, Miriam Cordeiro. Esse pessoal perde a compostura quando é para defender seus amigos. Absurdo.”

No almoço com Luís Eduardo Magalhães, havia uma quarta pessoa, cujo nome prefere não revelar no momento. Era representante da TV Globo. Na quinta-feira passada, quando a Folha de S. Paulo publicou entrevista de Mirian, ela recebeu um telefonema de Mariano Boni (diretor-executivo da Central Globo de Jornalismo).

“Ele queria saber quem era o representante da TV Globo no almoço em Brasília. Sabe o que respondi para ele? Você acha que eu vou contar para você? Acho que o microfone estava aberto e, se eu conheço a Globo, o Ali Kamel (diretor de jornalismo) estava ouvindo a conversa. O Boni disse: mas a Globo sempre foi muito correta com você. Disse que ele era cínico e falei outras coisas pesadas. Fui bem malcriada, e desliguei o telefone. A secretária do Boni me ligou várias vezes, e eu não atendi.”

O telefonema em que ela conversou com Boni foi por volta das 14 horas, no horário de Madri, onde hoje ela mora, 11 horas no fuso brasileiro. Duas horas depois, o Jornal Hoje repercutiu a entrevista de Mirian à Folha e o apresentador Evaristo leu uma nota da emissora, em que a direção afirma:

“Durante os anos em que colaborou com a TV Globo, Miriam Dutra sempre cumpriu suas tarefas com competência e profissionalismo.”

Mirian faz uma ironia com a declaração: “Quando vi, pensei que eu tivesse morrido. Elogio assim só em obituário. Mas sei qual é a intenção deles: me calar com elogio fácil.”

E qual a relação do seu exílio com o projeto de poder representado pela emenda da reeleição?

“Mostra o jogo pesado que foi a continuidade do governo de Fernando Henrique Cardoso. Só olhar para o que aconteceu no segundo governo: as privatizações mais selvagens. Não podia dar errado, a Mirian não podia atrapalhar os grandes negócios. Está na hora de quebrar a blindagem desse pessoal. Mas onde estão os jornalistas, que não investigam?”

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/mirian-dutra-ao-dcm-me-manter-longe-do-brasil-era-um-grande-negocio-para-a-globo-e-a-reeleicao-de-fhc/

Mirian Dutra entrega irmã e relação Globo-BNDES

:

Em nova entrevista, desta vez ao jornalista Joaquim Carvalho, publicada no DCM, a ex-amante de FHC revela que a irmã, Margrit Schmidt, funcionária-fantasma de José Serra e presença constante nos protestos anticorrupção, ficou milionária explorando o filho que ela, Mirian, teve com FHC; "era a cunhadinha do Brasil"; ela disse ainda que a Globo recebeu subsídios do BNDES por tê-la exilado na Europa e disse que Alberico Souza Cruz, ex-diretor da emissora, ganhou uma concessão de TV em Minas; quando ela quis voltar, percebeu que não poderia atrapalhar a reeleição de FHC; Mirian também ironiza Eliane Cantanhede, que, segundo ela, "sabe muito bem da história"; "Esse pessoal perde a compostura quando é para defender seus amigos",critica

21 de Fevereiro de 2016 às 07:48

247 – Em nova entrevista, desta vez ao jornalista Joaquim Carvalho, publicada no DCM, a ex-amante de FHC, Mirian Dutra, dá detalhes da sua relação com o ex-presidente e de como ele usou o cargo para esconde-la. Segundo ela, o ex-diretor de jornalismo da Globo, Alberico de Souza Cruz, pode ter recebido uma concessão de uma TV em Minas Gerais como "retribuição pelo bem que fez ao Fernando Henrique Cardoso" por ajuda-la a sair do Brasil. Mirian fala também de sua irmã, a quem chama de ‘cunhadinha do Brasil’ e sugere que ela também se beneficiou da relação com FHC. A ex-amante do ex-presidente também ataca a Globo, que, segundo ela, a manteve contratada para ser beneficiada em negócios com o BNDES.

Abaixo os principais trechos da matéria:

Mirian chama sua saída do Brasil de um autoexílio, e diz que o diretor de jornalismo da Globo à época, Alberico de Souza Cruz, padrinho do seu filho Tomás, o ajudou muito nessa saída.

“Eu gosto muito do Alberico, e ele dizia que me ajudou porque me respeitava profissionalmente. Éramos amigos, conhecíamos segredos um do outro, mas eu fiquei surpresa quando, mais tarde, no governo de Fernando Henrique, ele ganhou a concessão de uma TV em Minas. Será que foi retribuição pelo bem que fez ao Fernando Henrique por me ajudar a sair do Brasil?”

No caso de Alberico, ela não passa da insinuação, mas quando o assunto é uma de suas irmãs, Margrit Dutra Schmidt, a jornalista é direta. Segundo Mirian, a irmã era dona da Polimídia, uma empresa de lobby em sociedade com o marido, Fernando Lemos, que cresceu nos anos 90, com a venda de serviços de gestão de crise.

“A minha irmã tinha as portas abertas em tudo quanto é lugar e era chamada de ‘a cunhadinha do Brasil.’ Agora soube que ela tem um cargo de assessora do Serra no Senado e não aparece para trabalhar. Eu não sabia, mas não fiquei surpresa. Este é o bando de gente para quem ela sempre trabalhou. E o Serra eu conheço bem.”

“Por que a imprensa não vai atrás dessas informações? A minha irmã, funcionária pública sem nenhuma expressão, tem um patrimônio muito grande. Só o terreno dela em Troncoso vale mais de 1 milhão de reais. Tem conta no Canadá e apartamentos no Brasil. Era a ‘cunhadinha do Brasil’”.

No que diz respeito a seu contrato com a Globo, nos anos que ela considera de exílio no exterior, Mirian quebra o silêncio e vai além das declarações protocolares. “Sabe o que eles fizeram comigo? Ensaboa mulata, ensaboa…”, diz, cantarolando a música de Cartola.

Segundo ela, quem ensaboava era Carlos Henrique Schroeder, atual diretor geral da Globo, na época o número 2 do jornalismo.

Mirian tomou a decisão de comprar um apartamento em Barcelona e ir para lá, como contratada da Globo, e produzir matérias de lá. A empresa topou, mas, mesmo pagando a ela um salário de 4 mil euros (cerca de R$ 18 mil), não aprovou a realização de nenhuma pauta em muitos anos.

“Me manter longe do Brasil era um grande negócio para a Globo”, diz. “Minha imagem na TV era propaganda subliminar contra Fernando Henrique e isso prejudicaria o projeto da reeleição.”

Mas o que a empresa ganhou com isso?

“BNDES”.

Como assim?

“Financiamentos a juro baixo, e não foram poucos”.

Mirian afirma que a demissão da TV Globo, em setembro do ano passado, foi o que a levou a decidir fazer um relato da sua vida.

Foi um episódio que ela considera cruel. Depois de 25 anos de Globo, entre afiliada em Santa Catarina e Brasília, recebeu um e-mail de José Mariano Boni de Mathis, diretor executivo da Central Globo de Jornalismo. Curto e seco, ele informou: seu contrato não será renovado.

“A partir daí, eu não era mais a Mirian da TV Globo e me senti livre para fazer o que sempre quis, mas não podia: desenterrar os ossos e enterrar de novo, era como publicar um diário. Mas vi que esse cadáver incomoda muita gente, e a repercussão foi maior do que eu imaginava. Agora eu tenho que ler até o artigo de uma jornalista que me conhece e sabe bem dessa história, a Eliane Cantanhede, que me compara ao caso da Luriam, Miriam Cordeiro. Esse pessoal perde a compostura quando é para defender seus amigos. Absurdo.”

E qual a relação do seu exílio com o projeto de poder representado pela emenda da reeleição?

“Mostra o jogo pesado que foi a continuidade do governo de Fernando Henrique Cardoso. Só olhar para o que aconteceu no segundo governo: as privatizações mais selvagens. Não podia dar errado, a Mirian não podia atrapalhar os grandes negócios. Está na hora de quebrar a blindagem desse pessoal. Mas onde estão os jornalistas, que não investigam?”

Neste link a matéria na íntegra.

Mirian Dutra entrega irmã e relação Globo-BNDES | Brasil 24/7

 

O contrato de Mírian com a Globo é tão fictício quanto o com a Brasif. Por Carlos Fernandes

por Carlos Fernandes 19 de fevereiro de 2016

Funcionária fantasma de duas empresas: Mírian Dutra

Funcionária fantasma de duas empresas: Mírian Dutra

Quanto mais avançamos no desenrolar do caso que envolve FHC , a sua ex-amante Mirian Dutra, contratos de trabalho fictícios, pagamentos de abortos, funcionárias fantasmas, além de chantagens e assédios morais e profissionais infligidos a ela, mais sombrios ficam os contornos que envolvem toda essa história.

Após a aterradora entrevista que Mirian concedeu, primeiro ao site Brasil com Z e depois à Folha de S. Paulo, o universo nebuloso do submundo do poder e suas relações quase sempre imorais com a imprensa familiar brasileira e o grande empresariado vieram à tona.

Não bastassem o caráter medíocre e os tratamentos de desprezo e abandono dispensados por FHC e que acabaram por revelar a verdadeira face de um homem que se escondia sob um manto de falso moralismo e soberba, ainda restam inúmeras dúvidas sobre a legalidade dos mecanismos utilizados por ele para garantir o silêncio de Mirian.

Primeiro vem o mais do que suspeito contrato de trabalho firmado entre a Brasif S.A. Importação e Exportação e Mirian para que ela efetuasse pesquisas de preços em lojas e free shops na Europa.

Segundo Mirian, essa teria sido a forma encontrada por FHC para lhe enviar recursos mensais que lhe garantiriam a sua permanência no exterior. Bem longe de sua campanha à reeleição. Ainda segundo Mirian, cerca de 100 mil dólares teriam sido depositados em uma conta da Brasif para que esta efetuasse os repasses mensais.

Em nota, a Brasif confirmou o contrato realizado com Mirian mas negou a participação de Fernando Henrique. A pergunta que fica é: porque uma empresa manteria um contrato com uma funcionária que afirma categoricamente que jamais teria prestado um único dia de expediente?

FHC conseguiu tornar esse episódio ainda mais estranho. Um dia após ter afirmado que nenhuma empresa havia sido utilizada para que fossem realizados os pagamentos a Mirian, voltou atrás e disse simplesmente que não teria condições de se explicar sobre esse assunto. Alguém está mentindo.

No centro do furacão está a Globo. Como sua então funcionária, Mirian teria sido enviada a Europa como correspondente. Por “coincidência”, a transferência se deu exatamente no período em que a história de um filho de FHC fora do casamento, poderia atrapalhar nos seus planos de poder.

Sobre o contrato fictício de trabalho mantido por sua funcionária com a Brasif, disse não ter tido qualquer conhecimento e que se soubesse “condenaria a prática”.

É no mínimo curioso esse posicionamento “condenatório” da Globo em relação à “pratica” de se manter um contrato de fachada com um profissional que simplesmente não exerce as funções para as quais é pago.

Segundo Mirian, durante todo o período que permaneceu na Europa como correspondente, absolutamente nada do que fazia era aproveitado pela emissora e simplesmente não haviam demandas de qualquer natureza por parte da Globo.

Ao que parece, a única função que sua funcionária deveria exercer era a de não causar qualquer constrangimento que pudesse inviabilizar a reeleição de FHC e, consequentemente, todos os benefícios que decorreriam de sua recondução ao poder.

Foram nesses termos, ao custo de dois contratos fantasmas, um com a Brasif e outro com a Globo, que Mirian permaneceu calada por anos à fio. Ao ser questionada sobre o motivo de ter resolvido falar somente agora, Mirian respondeu: “Saí da TV Globo. Me sinto livre para falar”.

Talvez seja o momento de FHC e a Globo também começarem a falar

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-contrato-de-mirian-com-a-globo-e-tao-ficticio-quanto-o-com-a-brasif-por-carlos-fernandes/

 

A influência do escândalo FHC/Mirian na escolha do candidato do PSDB a prefeito de SP. Por José Cássio

por Jose Cassio 19 de fevereiro de 2016

Doria, Matarazzo e Tripoli

Doria, Matarazzo e Tripoli

Em meio a uma grave crise política, detonada com as declarações de Mirian Dutra e a descoberta de que a irmã da ex-amante de FHC, Margrit Dutra Schmidt, é funcionária fantasma do gabinete de Serra no Senado, o PSDB se prepara para decidir internamente o seu candidato a prefeito de São Paulo nas eleições deste ano.

A uma semana das prévias, o quadro é de indefinição.

Há quem diga que João Doria, apoiado por Geraldo Alckmin, está na frente. Outros garantem que é barbada a vitória de Andrea Matarazzo – conta com apoio dos vereadores, de FHC e Serra e da ampla maioria dos deputados estaduais do partido.

Ricardo Tripoli corre por fora mas ninguém ousa classificá-lo de “azarão”. A seu favor, duas coisas: é o deputado federal mais votado do PSDB na capital e tem apoio de dois cabos eleitorais pra lá de eficientes. José Anibal, presidente do Instituto Teotônio Vilela, que conhece os diretórios zonais como a palma da mão, e João Câmara, que presidiu o partido num dos momentos mais ricos da história do PSDB na capital: durante a gestão da prefeita Marta Suplicy – Lea, secretária de Câmara no diretório municipal, era a personagem que interpretava e dava vida à lenda viva “Martaxa, a Rainha das Taxas”.

João Câmara brigou com Serra em 2012 e “rasgou” a sua filiação. Não engoliu a “carteirada” do agora Senador – Serra de última hora melou o processo de prévias daquele período e impôs a sua candidatura, aliás como já havia feito em 2004. Mesmo sem direito a voto, Câmara continua sendo um dos quadros mais queridos e influentes do PSDB na capital e seu apoio pesa, sim, em favor de Tripoli.

Neste ano, também houve quem quisesse melar as prévias: um mês atrás FHC se posicionou contra a disputa, alegando que podia trazer conseqüências irreparáveis ao partido. Sua opinião contagiou caciques, mas não teve ressonância na base.

O processo acabou mantido. E o pau tá comendo, com encontros abarrotados de gente, guerra de bastidores e promessas de que, desta vez, os filiados vão participar da gestão em caso de vitória.

Na internet, o clima esquenta cada vez mais nas redes internas do partido, especialmente em grupos de WhatsApp. Os principais protagonistas são os defensores de João Doria e Andrea Matarazzo. “A disputa está bem equilibrada”, conta o coordenador do mais importante deles, o Cutucano, Edson Marques.

“O pessoal do Tripoli se posiciona menos, mas com excelente conteúdo”, diz ele, para explicar o recente episódio em que dois filiados, Henrique, apoiador de Andrea Matarazzo, e Fábio Bel, partidário de João Doria, pegaram sete dias de gancho. “Pensamos em dez dias, mas aí descobrimos que eles não teriam mais tempo para trabalhar neste primeiro turno e então reduzimos para sete”, conta Edson Marques.

Na quinta-feira que vem, dia 25, Henrique e Flávio voltam à ativa, três dias antes da eleição que acontece no domingo, 28. O que os coordenadores esperam é que eles deixem de lado agressões como alegar que João Doria, enquanto empresário, financia campanhas petistas, ou cobrar do grupo de Andrea Matarazzo posição com relação ao respeito aos direitos humanos por sua pré-candidatura receber alegremente o apoio do coronel Telhada.

O DCM solicitou a apoiadores de cada pré-candidatura que dessem um depoimento, explicando os motivos da sua preferência.

Leia e tire as suas conclusões:

Evandro Losacco*: João Doria

“45 neles”

Meu apoio a João Dória se deve aos seguintes pontos:

– Sua história política. Homem que começou a militar pelas mãos de Franco Montoro. Era o seu braço operacional na Campanha das Diretas e, depois, na campanha de Tancredo Neves. Foi Secretário de Turismo do Prefeito Mário Covas, onde o acompanhava nos famosos mutirões;

– Sempre apoiou o PSDB, mesmo antes de ser filiado, ajudando nas campanhas majoritárias dos nossos candidatos;

– Pela sua disposição e garra. Ele se inscreveu nas prévias do PSDB e arregaçou  as mangas, indo aos quatro cantos da cidade, conversando com a militância, ouvindo os seus problemas e reivindicações, sempre com humildade e atenção. Tomou um verdadeiro “banho de Partido”.

– Traz uma visão nova e arrojada dos problemas da  cidade. Tem coragem política para enfrentar os desmandos da atual gestão, articulação com vários setores da sociedade e quer transformar São Paulo em uma cidade moderna, atraindo recursos da iniciativa privada e voltada para a boa gestão como forma de diminuir as mazelas sociais.

– Por último, por se tratar de uma pessoa íntegra, honesta, com vontade de servir e que vem fazendo uma campanha irrepreensível, jamais agredindo seus oponentes e reafirmando sempre o seu compromisso com o PSDB, seja quem for o vencedor.

As prévias, que sempre defendi internamente como a melhor forma de escolha dos nossos candidatos majoritários, estão movimentando o partido, com uma participação nunca vista. Os candidatos fazem reuniões, encontros, seminários, apresentam propostas, discutem com a militância, valorizando o papel do filiado no processo. Além da grande repercussão na mídia: apesar de algumas pessoas do partido passarem uma imagem negativa da disputa, a cobertura das prévias está repercutindo em toda a sociedade e vai fazer com que o vencedor chegue alavancado para a disputa municipal.

Considero Andrea Matarazzo e Ricardo Tripoli bons nomes para levar a bandeira do PSDB. Tripoli é um grande deputado, tem defendido com vigor a causa ambiental, já foi vereador e secretário estadual. Matarazzo é um dos melhores vereadores da cidade. Defende questões com propriedade e conhecimento. Enfim, o PSDB é privilegiado por ter três excelentes nomes, com condições de governar bem São Paulo.

O PSDB merece vencer a eleição por ser um partido sério, comprometido com o interesse público e que já vem mostrando a sua qualidade na gestão pública no Governo Estadual há mais de 20 anos e que quando esteve na Prefeitura, com José Serra, fez uma grande administração, que deixou saudades.

São Paulo está parada. Nossa cidade precisa acelerar rumo ao desenvolvimento social e resgatar a sua pujança econômica. 45 neles!

*Membro do diretório zonal da Saúde

Wagner Tronolone*: Andrea Matarazzo

“O mais preparado”

Andrea Matarazzo tem um conhecimento profundo da cidade. Tanto das suas realidades e prioridades, quanto da própria máquina da prefeitura. Ou seja, não vai aprender a ser prefeito no cargo, já está preparado para isso. Quando ele elege como prioridade o desenvolvimento da periferia como motor para o desenvolvimento de São Paulo, e propõe pequenas intervenções de interesse local em vez de poucas grandes obras, carrega essa visão socialdemocrata de transformação da realidade social. Outro ponto importante é a disposição dele em enfrentar a questão da regularização fundiária, que impede o desenvolvimento e até mesmo a oferta de equipamentos públicos nas áreas mais carentes da cidade. Então, para mim, o Matarazzo é o candidato que representa o que o PSDB tem de melhor e mais alinhado à sua história e programa partidário.

A militância do PSDB há muito anseia por mais participação nas decisões do partido. E neste momento, com o quadro que temos, as prévias acabam representando uma escolha de rumos ideológicos que o PSDB quer trilhar.

Ricardo Tripoli é um quadro orgânico e histórico do PSDB, um deputado atuante com foco nas questões de meio ambiente e defesa animal. Talvez essa atuação temática seja um limitador para que ele possa ser visto como uma liderança política num sentido mais amplo. Mas é, sem dúvidas, um candidato com qualidades, assim como as lideranças que o apoiam.

De Dória não tenho muito o que falar. Descobri que ele era filiado ao PSDB no dia em que anunciou a pré-candidatura. Nem tenho como comparar o que ele diz com seus atos e posicionamentos passados. E algumas das propostas que ouvi dele não me parecem alinhadas com a história e a ideologia do PSDB. Não é nada pessoal, mas a minha avó dizia que “a gente só conhece alguém depois de dividir um prato de sal”, ou seja, passar por bons e maus momentos juntos, e nestes 15 anos como filiado do PSDB ele não esteve presente, não participou das discussões, mobilizações, disputas, etc. Então eu preferiria que ele tivesse dado essa importância à atuação partidária para contribuir com o fortalecimento do partido, e depois pleitear ser nosso representante em uma eleição tão importante para o futuro do PSDB. Conhece o samba do Jorge Aragão que diz “respeite quem pôde chegar onde a gente chegou”? Acho que ele está pulando algumas etapas que eu, como militante, considero importantes.

Eu sou filiado ao PSDB porque me identifico com o programa do partido, com suas lideranças, com o histórico de avanços proporcionados por gestões do PSDB em várias áreas. Então, claro que minha tendência é acreditar que o PSDB tem a capacidade de oferecer bons quadros, boas experiências e boas propostas. Dentro do cenário de polarização entre PT e PSDB, e com o fato constatado de que a gestão do prefeito Fernando Haddad é mal avaliada – porque de fato é bem ruim -, claro que uma candidatura do PSDB já começa a eleição com grandes chances. E isso só aumenta nossa responsabilidade em apresentar a São Paulo um candidato com conhecimento e capacidade para fazer uma gestão que realmente melhore a vida das pessoas e, consequentemente, se torne um bom exemplo daquilo que o PSDB tem de melhor.

*Membro do diretório zonal da Bela Vista

Fábio Fortes*: Tripoli

“São Paulo está triste”

Meu voto vai para o Ricardo Tripoli em primeiro ligar por lealdade: eu acompanho o ex-deputado José Anibal, atual presidente do Instituto Teotônio Vilella, desde 1998. E o nosso grupo entendeu que o Tripoli era a melhor opção, por isso estamos pedindo voto pra ele.

Tripoli é um parlamentar atuante. Tem oito mandados: vereador, três de deputado estadual e está na quarta legislatura no Congresso. Ele é permanentemente atualizado com as questões da cidade e do desenvolvimento sustentável. Suas sucessivas boas votações são uma demonstração clara da sua capacidade. E, importante dizer, nada o desabona na vida pública, algo raro no Brasil. Trípoli é o que podemos classificar de “candidato ficha limpa”.

As prévias representam o rejuvenescimento do PSDB. É o pré-aquecimento da campanha. Uma novidade que chegou para ficar. Movimentou o partido, os militantes estão tendo a chance de participar do debate e influir na decisão. O lado negativo é a ausência de debates entre os candidatos. É algo que precisa ser corrigido.

Com relação aos outros dois candidatos, conheço o Andrea Matarazzo. É um político experimentado, que conhece a cidade e tem o DNA de São Paulo. João Doria estou conhecendo agora. Um empresário bem sucedido que se apresenta de uma forma diferente. Seu estilo de fazer política lembra o modelo americano, com jingles e forte apelo emocional. Não estou entre os que o condenam por não ter vivência partidária. Se é filiado ao partido, é legítima a sua pré-candidatura.

Penso que chegou a hora da social-democracia retomar o poder na cidade. Nosso perfil é de administrações responsáveis e que integrem a cidade, e é disso que São Paulo precisa neste momento. O paulistano está triste. Vamos recuperar a auto-estima da cidade. 

*Membro do Diretório zonal de Perdizes

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-influencia-do-escandalo-fhcmirian-na-escolha-do-candidato-do-psdb-a-prefeito-de-sp-por-jose-cassio/

 

    Davis Sena FilhoDavis Sena Filho

    Davis Sena Filho é editor do blog Palavra Livre

    As duas Mirians e a hipocrisia do aristocrata FHC — o Neoliberal I

    19 de Fevereiro de 2016

    :

    Existem sabedorias populares em forma de palavras e frases, que se baseiam em experiências, no decorrer de nossas vidas. Vou citar três provérbios: 1) Você colhe o que planta; 2) Aqui se faz e aqui se paga; e 3) Pau que bate em Chico bate também em Francisco. Porém, posso completar a este elenco de frases mais um adágio popular: "Em boca fechada não entra mosca".

    E não é que 27 anos depois surge, de forma retumbante, uma "nova" Miriam?! Desta vez se trata da Miriam de Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I —, cujo sobrenome é Dutra. A Miriam de Lula é a Cordeiro, e ela surgiu para atacar o PT e seu candidato, há dez dias de os brasileiros irem às urnas presidenciais de 1989, com grande estardalhaço da imprensa de mercado dos magnatas bilionários, historicamente de oposição a políticos trabalhistas e de esquerda.

    Isto mesmo, depois de longos 25 anos, ou seja, uma quarto de século, o povo brasileiro resgatava seu direito de ir à urnas para escolher diretamente o presidente da República. O candidato da casa grande e de suas mídias conservadoras era o atual senador, Fernando Collor (PTB/AL), seu adversário, agora no segundo turno, era o ex-presidente Lula, do PT, que tinha 45% de apoio popular, segundo as pesquisas da época, enquanto Collor tinha 46%.

    Acontece que Lula, poucas semanas antes tinha 33% das intenções de votos e subiu vertiginosamente nas pesquisas em um sprint de se perder o fôlego, o que colocou em grande perigo a vitória de Fernando Collor, o candidato da direita brasileira, notadamente da família Marinho, que já tinha se aproveitado do sequestro do empresário Abílio Diniz para fazer ilações maldosas e manipulações políticas em forma de jornalismo.

    Às vésperas do segundo turno, a polícia paulista apresentou os sequestradores de Abílio Diniz com as camisetas da campanha de Lula, como se quisesse dizer que o PT e seu candidato foram os responsáveis pelo hediondo crime de sequestro, um dos maiores absurdos que a história do Brasil vivenciou em termos políticos e eleitorais, que descambou para uma pantomima midiática promovida por agentes do Estado paulista, a mando, evidentemente, de políticos que estavam no poder em São Paulo.

    O governador na época era Orestes Quércia, e o presidente da República, José Sarney, que, no decorrer da Constituinte (1987/1988), a combateu a ferro e fogo, a apoiar o Centrão, uma frente composta pela direita tupiniquim, que tinha como propósito fundamental impedir que propostas progressistas e sociais fossem aprovadas, de forma que a Constituição, após ser publicada e sancionada, não contivesse tantos direitos à sociedade e garantisse, como garante, à cidadania brasileira viver e ser protegida pelo Estado de Direito.

    Contudo, esses são outros quinhentos. Vamos à Miriam… a do Lula. Como eu estava a dizer, Miriam Cordeiro era enfermeira e teve um romance com o político petista, que era viúvo e após seis meses resolveu casar com dona Marisa Letícia, sua esposa há décadas e mãe de seus filhos. Miriam Cordeiro engravidou, avisou a Lula sobre a gravidez, deu a luz à filha, Lurian, que sempre teve a atenção de seu pai e, segundo ela, convivem e se dão bem.

    Enfim, temeroso em perder as eleições de 1989, o staff de Collor, depois ajudado politicamente e eleitoralmente pela polícia paulista com o sequestro do dono do Pão de Açúcar, Abílio Diniz, resolvou apresentar Miriam Cordeiro ao público, que declarou, no programa eleitoral do PRN de Collor, que Lula pediu para que ela fizesse aborto, episódio negado pelo ex-presidente e também por sua filha, Lurian, que depois, em outras eleições as quais seu pai foi candidato, ela apareceu para apoiá-lo.

    Já a Miriam de FHC, a Dutra, supostamente mãe de um filho do ex-presidente tucano, realidade esta que não se confirmou por meio de exame de DNA, tomou um "chá" de sumiço, com a cumplicidade dos donos e dos chefes e chefetes da Rede Globo, empresa que pagava-lhe salários para ela não trabalhar, porém, se calar. Trabalhou na Globo por mais de 30 anos, contanto que calasse a boca e não prejudicasse a carreira política de Fernando Henrique, que, segundo a jornalista, pertence à aristocracia paulista e literalmente se comporta como aristocrata. "Nada mais real; nada mais e nada menos do que a cara de FHC…"

    Miriam Dutra recebia dinheiro, ainda, por intermédio de um contrato "fictício" — palavra que significa "aparente, simulado e falso".Ponto. Tal contrato foi elaborado pela empresa Brasif S.A., do setor de importação e exportação, o que permitiu o envio de dinheiro para o exterior. O nome do filho de FHC é Tomás Dutra Schmidt (ele não tem o sobrenome do tucano), mas exame de DNA deu negativo e, com efeito, não confirmou a paternidade de FHC, que, sem ser o pai da criança que hoje é um adulto, esforçou-se para escondê-la e, por sua vez, proteger sua carreira política, que o levou à Presidência da República.

    Não entro no mérito do equívoco sobre a paternidade ou não de FHC, pois de ordem pessoal e afetiva quanto ao filho Tomás. Os filhos nos são caros e suas dores nos doem. Respeita-se, e pronto, inclusive o ser humano, o cidadão Fernando Henrique, a quem critico há anos, de forma dura e até irônica, mas não desumana, como fazem sub-repticiamente com o Lula. Na verdade, o que questiono é a tentativa de se tirar a humanidade de um dos políticos mais humanistas que eu conheci, que é exatamente o Lula. Sua humanidade e competência como presidente são os fatores que realmente incomodam a burguesia nacional, dona da casa grande, herdeira legítima da escravidão. Nunca me canso de dizer estas palavras últimas. Jamais!

    Hipócrita, no que é relativo a assumir sua responsabilidade, Fernando Henrique Cardoso — o Neoliberal I e agora também o Aristocrata da Pauliceia II — porque o primeiro é o Martim Afonso de Sousa (1533/1571), primeiro donatário das terras bandeirantes, contou com um enorme e poderoso cinturão de proteção, que o permitiu a cometer inúmeras ilegalidades e malfeitos, que, consoante promotores, juízes e juristas, por causa de sua idade, 84 anos, e o tempo em que foram realizadas suas ações em prol de Miriam Dutra e seu filho, o grão-tucano se tornou inimputável, realidade que não surpreende, porque, é fato, no Brasil os tucanos são inimputáveis — idosos ou não, com crimes prescritos ou não. Ponto. Fim de papo!

    Para quem não sabe, a Brasif era concessionária da Infraero, estatal responsável pelos aeroportos. Portanto, uma empresa federal. A Brasif, simplesmente, tinha o monopólio dos free-shops nos principais aeroportos do País. Uma clara e inequívoca demonstração de como o patrimonialismo é arraigado e tem origem no Brasil Colônia, do donatário Martim Afonso de Sousa — o Aristocrata da Pauliceia I, porque o segundo, sem sombra de dúvida, é o FHC, também conhecido como o Neoliberal I.

    FHC afirmou: "Com referência à empresa citada no noticiário de hoje, trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários". E nem o será. Fernando Henrique sabe que isto tudo não vai dar em nada, não somente porque os tucanos são inimputáveis, mas, sobretudo, porque o sistema judiciário deste País, composto pela Justiça, Ministério Público e Polícia Federal não tem a mínima disposição para investigar, julgar e prender políticos tucanos e seus aliados, como, por exemplo, os magnatas bilionários de todas as mídias cruzadas e monopolizadas.

    Quando a colunista tucana, Eliane Cantanhêde, do Estadão e da Globo News, aquela do "povo limpinho e cheiroso", afirma, na maior cara de pau, que as notícias sobre as aventuras amorosas de FHC — o Príncipe da Privataria Primeiríssimo — funcionam como nuvens de fumaça para embaralhar o jogo político, ou seja, ela quer dizer que FHC como inspirador de notícias ruins é uma forma de tirar o sítio de Atibaia e o triplex do Guarujá, que não são de Lula, do foco das manchetes da imprensa de negócios privados, da qual a colunista é uma de suas principais porta-vozes de seus interesses. A verdade é que quem está a embaralhar tal jogo político sujo e golpista é a própria Eliane Cantanhêde.

    Senão, vejamos: Como pode uma jornalista profissional, experiente, insinuar que o PT está por trás das palavras de Miriam Dutra, a ex-namorada de FHC? Trabalhei na Câmara dos Deputados em 1988 (Constituinte) e depois no período de 1991 a 1995. Retornei ao Legislativo em 2004 e saí da Casa de Leis em 2009. Portanto, trabalhei, de forma intercalada e em diferentes épocas cerca de 11 anos, sendo que morei e exerci a profissão de jornalista de Política, em Brasília, durante 22 anos.

    Já naquele tempo, no final da década de 1980, Fernando Henrique já tinha fama de "conquistador". Todo jornalista de Política, que cobriu a Esplanada dos Ministérios, além do Congresso, STF e Palácio do Planalto de minha geração e da anterior à minha sabe disso. FHC tocou sua vida, pois era senador suplente de Franco Montoro, depois virou ministro do Exterior e da Fazenda, o que o levou, posteriormente, a ser presidente da República.

    Eliane Cantanhêde sabe disso, porque se trata de uma jornalista experiente, apesar de ser ligada ao PSDB e aos interesses políticos de seus patrões, sejam eles os Mesquita, os Frias, os Marinho e o consórcio dos Diários Associados, cujo principal jornal é o Correio Braziliense, diário em que trabalhei nos anos de 1988 a 1991 e depois em 1995, num curtíssimo período.

    Não tem sentido o que Cantanhêde afirma, quando se trata de publicar a realidade em sua coluna no Estadão. O que acontece não é derivado de ações do PT, mas, sim, de ações efetivadas pela própria vontade de Miriam Dutra, que a despeito de se submeter a inúmeras humilhações, ela reconhece que aceitou as condições impostas por Fernando Henrique e pelas Organizações(?) Globo. FHC, como seu ex-amante, e a Globo como sua patroa.

    A verdade é que Miriam deve ter acordado certo dia, com efeito, pensado: "Meus filhos estão crescidos. Não preciso mais de ninguém. FHC sumiu há décadas de minha vida e a Globo não é mais minha patroa. Sabe de uma coisa?" — indagou-se — "Vou botar pra quebrar. Engoli sapos, escorpiões, cobras e lagartos à beça durante anos. Calei a boca, aceitei ser humilhada pra sobreviver e morei longe do Brasil, mas agora vou falar tudo". E falou. Os nomes que se podem dar às atitudes de Miriam Dutra são estes: mágoa, rancor, raiva, vingança e sentimento de ter sido injustiçada.

    Depois disso tudo, vem a imprensa de caráter e histórico golpista e gangsteriano dizer que o PT está por trás das palavras de Miriam Dutra. Durma-se com um barulho desses. Miriam é mulher e agiu como muitas mulheres fazem, independente de condição social e opção político-partidária. Se qualquer pessoa pesquisar sobre brigas e escândalos amorosos e sexuais, vão aparecer incontáveis casos sobre essa questão, inclusive em forma de bate-boca público.

    Mulheres se vingam, e, a propósito, também os homens. Só que de maneiras diferentes, porque os poderes e as formas de pensar e agir são diferentes, pois homens e mulheres, apesar de serem da mesma espécie animal, são diferentes, porque sentem as coisas da vida e o mundo de formas diferentes. Miriam Dutra é apenas mais um caso da história da humanidade. Ponto. Não é Cantanhêde?

    Vale ressaltar ainda que a irmã de Miriam trabalhou para o senador José Serra, e, evidentemente, não sejamos tão ingênuos, obviamente que deve ter sido um pedido de FHC. Enquanto isso Lula está a ser achincalhado e jogado à fogueira "santa" medieval todo o dia. No passado, mostraram a Miriam Cordeiro, que cooperou para tirar votos de Lula, além de ter sido acusada de receber dinheiro, o que compromete moralmente suas afirmações.

    A verdade é que no Brasil viceja uma imprensa empresarial covarde, cruel e corrupta, que toma a frente da política, porque se tornou um partido político de direita, que faz oposição sistemática ao PT e aos presidentes trabalhistas. Lula vai ser defendido por parte importantes da sociedade organizada onde for e aonde tiver de ser.

    Inaceitável o é para a sociedade democrática ter de conviver com uma mídia privada antidemocrática e um sistema judiciário que tomou partido e faz, sistematicamente, parceria com o PSDB e a imprensa dos magnatas bilionários para derrubar presidente e prender ex-presidente, que, por "coincidência", são do PT. Isto tem de parar, ao preço de o Brasil se transformar em uma democracia capenga e pseuda, com um Judiciário ditatorial, que não aceita o jogo democrático e nem a ascensão dos pobres. A verdade é que existem duas Mirians e a do FHC é que está a falar. Segura peão!!! É isso aí.

    As duas Mirians e a hipocrisia do aristocrata FHC — o Neoliberal I | Brasil 24/7

     

    Mello Franco: ‘FHC tem muitas explicações a dar’

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    O jornalista Bernardo Mello Franco ressalta que o caso do filho de Fernando Henrique Cardoso fora do casamento virou notícia porque tem "interesse público em jogo"; "Seu filho virou notícia porque a mãe contou à Folha que recebia a pensão no exterior por meio de um contrato fictício com a Brasif. O arranjo, segundo ela, foi intermediado por FHC. No governo tucano, a empresa dominava o negócio milionário dos free shops nos aeroportos. Os contratos eram renovados sem licitação. A Brasif era ligada a Jorge Bornhausen, amigo do ex-presidente", ressalta

    21 de Fevereiro de 2016 às 07:16

    247 – O jornalista Bernardo Mello Franco ressalta que o caso do filho de Fernando Henrique Cardoso fora do casamento virou notícia porque tem "interesse público em jogo".

    "Seu filho virou notícia porque a mãe contou à Folha que recebia a pensão no exterior por meio de um contrato fictício com a Brasif. O arranjo, segundo ela, foi intermediado por FHC. No governo tucano, a empresa dominava o negócio milionário dos free shops nos aeroportos. Os contratos eram renovados sem licitação. A Brasif era ligada a Jorge Bornhausen, amigo do ex-presidente", ressalta.

    Franco lembra que na quarta-feira, FHC admitiu ter contas no exterior, mas disse ter declarado tudo ao Banco Central, e negou a participação de qualquer empresa nas remessas à ex-amante. No entanto, destaca o jornalista em sua coluna, "o dono da Brasif ofereceu outra versão" e contou ter um contrato para ajudar o ex-presidente a mandar dinheiro para fora.

    No dia seguinte, relata Mello Franco, "FHC mudou o tom". "Trata-se de um contrato feito há mais de 13 anos, sobre o qual não tenho condições de me manifestar enquanto a referida empresa não fizer os esclarecimentos que considerar necessários", afirmou o tucano. "Na sexta, foi a Brasif quem mudou. Em nota, disse que o ex-presidente não teve participação na contratação da ex. Faltou esclarecer por que ela passou cinco anos sem trabalhar", cobrou.

    Mello Franco: ‘FHC tem muitas explicações a dar’ | Brasil 24/7

    Mirian-FHC: as preferências de classe da mídia

    21 de Fevereiro de 2016

    :

    A autocrítica de tantos jornalistas diante da notícia envolvendo um filho de Fernando Henrique Cardoso e da jornalista Mirian Dutra está fora de foco.

    Editores e repórteres com influência nas grandes redações brasileiras na década de 1990 têm sido criticados por não ter dado curso a notícia de que o senador/ministro da Fazenda/presidente da República teve um filho fora do casamento.

    É uma crítica menos fácil do que parece, pois desde 2012 é preciso responder a um fato novo: dois testes de DNA dizem que FHC não é o pai da criança.

    De duas, uma. Ou se demonstra que os testes contém informações falsas ou erradas, como sugere Mirian Dutra, com a credibilidade que toda mãe merece.

    Ou é preciso admitir que, após atravessar duas décadas em torno de uma história de paternidade fora do casamento envolvendo um presidente da República, os  jornalistas brasileiros não foram capazes de encontrar um meio confiável para distinguir a pura fofoca de uma notícia real.

    Pelos dados disponíveis hoje, é impossível negar que a decisão de não publicar uma linha sobre o caso pode ter evitado um erro lamentável, ainda que a motivação real não fosse defender os bons padrões do jornalismo. Apenas refletia um interesse político: proteger, de qualquer maneira, a reputação de Fernando Henrique, num período em que este se firmava como um quadro político importante da elite brasileira, condição que lhe permitiria, num prazo inferior a dez anos, chegar ao Itamaraty, ao Ministério da Fazenda e cumprir dois mandatos como Presidência da República.

    Publicar notícias verdadeiras sobre a vida privada de qualquer pessoa — um cidadão anônimo, um homem público — é sempre um exercício discutível e complicado. Produz dores profundas, deixando feridas que nunca são inteiramente cicatrizadas. O mínimo que se pode exigir, em qualquer caso, é que elas tenham um grau máximo de segurança e confirmação, evitando vexames e constrangimentos particularmente vergonhosos caso um desmentido se faça necessário.

    Qual o problema do caso, então?

    Mais uma vez, a moral seletiva, o tratamento com dois pesos e duas medidas, que expressa a pesada desigualdade social brasileira. Estamos falando de um fenômeno que não se limita a este episódio específico, obviamente, mas se expressa através do jornalismo que persegue uns e protege outros, cujo exemplo mais atual é a Lava Jato e, antes dele, os dois mensalões.

    Dois anos antes de surgirem os primeiros rumores sobre a gravidez de Mirian Dutra, espalhados em primeiro lugar por vários integrantes do círculo de amigos e auxiliares de FHC, o Brasil ficara estarrecido por um episódio que marcou a campanha presidencial de 1989: as reportagens sobre Lurian, a filha que Lula tivera como fruto de um namoro de curta duração, quando seu estado civil era de viúvo.

    Na reta final de 1989, quando Lula subia nas pesquisas e exibia condições reais de vencer  a eleição, a campanha de Fernando Collor comprou um depoimento da ex-namorada de Lula, que foi exibido no horário político e contribuiu para enfraquecer a ascensão do candidato do PT.

    Lula era solteiro no momento em que a filha nasceu. Não podia, portanto,   ser acusado de adultério. Registrou a menina com seu nome e vários membros da família, inclusive a avó materna,  atestam que sempre prestou a assistência possível. Não podia ser acusado de mau pai, portanto. Ainda assim, sofreu um massacre. Lurian pagou o preço de quem estava interessado em questionar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva mas, à falta de argumentos políticos, queria apelar para o desapego a "valores familiares".

    Num país traumatizado por uma covardia desse tipo, usar o argumento da direito a privacidade para evitar a publicação de uma história que envolvia as relações Fernando Henrique e Mirian Dutra podia até ser um ponto de vista correto como princípio geral. Mas era interesseiro demais para ser levado a sério depois que a paternidade se tornou uma moeda de troca política.

    Até porque não foi o único caso. No mesmo período, descobriu-se que o governador de São Paulo Orestes Quércia tivera um filho numa relação antiga, que não terminou em casamento. Nada muito diferente daquilo que se sempre se viu em tantas famílias, em todas as épocas. Foi notícia grande, em primeira página de jornais e espaço generoso nas revistas.

    Este conjunto de episódios confirma que nosso jornalismo tem mais conexões de classe  do que fidelidade aos princípios profissionais. A célebre preocupação em atender a "curiosidade do leitor", mesmo quando se trata de oferecer mercadoria vulgar mas capaz de causar impacto, é sempre relativa.

    Fernando Henrique não foi protegido porque os jornalistas desconfiassem de que a história fosse falsa. Possuíam aquilo que não têm mais hoje: 100% de certeza que era verdadeira. Até porque, em caso de dúvida, eram convencidos por insistentes depoimentos reservados de pessoas ligadas a família do presidente.

    Mas todos fizeram a opção de não apurar, jogando nas costas de Mirian Dutra a responsabilidade de confirmar ou desmentir — em público, formalmente — aquilo que lhe era atribuído em conversas privadas. Se ela denunciasse, o caso seria publicado. Se fosse à Justiça cobrar direitos, melhor ainda. Apurar? Nunca.

    Naquele mundo onde não surgira uma personalidade como o Papa Francisco, capaz de explicar a uma sociedade de tantos pais irresponsáveis que não existem mães solteiras, apareceu a guerra de uma mulher sozinha contra um presidente da República.   

    Isso aconteceu porque Fernando Henrique faz parte do clube fechado de homens e mulheres que controla os fios que conduzem as grandes decisões que envolvem a sociedade brasileira e controlam acessos ao poder de Estado. Essas pessoas impõem respeito e distância, até porque exibem um inegável poder de retaliação, econômica e política, extensivo a suas famílias. Não são desafiados facilmente.

    Os mesmos jornais que 48 horas antes estavam exclusivamente  ocupados com um apartamento que a família Lula da Silva não comprou, agora estão às voltas com um apartamento em Barcelona, que Fernando Henrique comprou em euros para o filho de Mirian Dutra. Também cabe apurar a utilização de uma concessiária de serviços de free-shop para realizar pagamentos mensais que não era conveniente realizar por meios oficiais. Ninguém deve ser acusado nem antecipado previamente sem provas — no caso de FHC, não há risco disso acontecer — mas é bom que tudo venha ser esclarecido. Ajuda a elevar a consciência e combater persistentes hipocrisias.

    A grande lição do episódio, mais do que nunca, ensina que é preciso ter independência para apurar e investigar.

    Também se confirma, mais uma vez, que é preciso respeitar o direito a privacidade, sem aceitar a moral relativa que cristaliza a existência de cidadãos de primeira e segunda classe.  Isso começa por lembrar que a vida privada deve ser um direito de todos, sem distinção de classe, raça, gênero nem origem. Quando a paternidade de uma criança está no centro da notícia, esse cuidado deve ser reforçado por cautelas suplementares — até porque se trata da única pessoa que não tem responsabilidade alguma por desvios e abusos que possam ter sido cometidos. 

    Mirian-FHC: as preferências de classe da mídia | Brasil 24/7

     

      Leandro FortesLeandro Fortes

      Jornalista

      Procura-se uma boia para FHC

      20 de Fevereiro de 2016

      :

      A mídia ainda não achou um jeito de tirar Fernando Henrique Cardoso da enrascada em que a jornalista Mirian Dutra o meteu.

      A tese de que a relação com a amante é uma questão de foro íntimo só faria sentido se:

      1) O presidente da República e, por extensão, o Brasil, não tivessem sido feitos reféns da Rede Globo, por oito anos, sabe-se lá a que preço, para que essa amante ficasse escondida na Europa;

      2) O presidente da República não tivesse se utilizado de uma empresa concessionária – a Brasif – para enviar dinheiro para o exterior, por meio de uma offshore aberta em paraíso fiscal, para o filho que ele imaginava ser dele – e que, agora se sabe, pode ser mesmo;

      3) O presidente da República não tivesse se mancomunado com um editor da revista Veja para fraudar uma notícia com o objetivo de mentir ao País sobre a gravidez de Mirian Dutra;

      4) O presidente da República não tivesse nomeado a irmã da amante, Margrit Dutra Schmidt, para cargo público federal, no Ministério da Justiça e, mais tarde, ter providenciado junto a um aliado, o senador José Serra (PSDB-SP), um emprego-fantasma no Senado, onde ela está há 15 anos, recebendo salário, todo mês, sem aparecer para dar expediente.

      A nota da Brasif, uma explicação seca e patética montada por advogados para dizer que Mirian recebia dinheiro da empresa, mas que FHC nada tinha a ver com o caso, é uma dessas coisas que só podem ser vinculadas seriamente no Brasil, dada a indigência moral e profissional da nossa imprensa pátria.

      Mirian recebia 4 mil dólares por mês para pesquisar preços – o que, aliás, ela disse que nunca fez.

      Para acreditar nessa versão mambembe é preciso ser cínico em nível patológico ou uma besta quadrada completa, categorias em que se enquadram 99% dos batedores de panela e manifestantes da CBF dos domingos de histeria e ódio da Avenida Paulista – Margrit Dutra Schmidt entre eles.

      Em um muxoxo particularmente hilariante, FHC acusou o golpe: acha ser "uso político" a Polícia Federal investigar essas transações de evasão fiscal feitas pela Brasif nas Ilhas Cayman, o paraíso dourado dos tucanos.

      Então, está combinado.

      Quando a investigação é sobre o barco de lata de dona Marisa Letícia ou sobre o número de caixas de cerveja que Lula levou para um sítio em Atibaia, é combate à corrupção.

      Mas investigar remessas de dinheiro, via paraíso fiscal, feitas por uma concessionária do governo, a mando de um presidente da República, para manter uma amante de bico fechado com o apoio da TV Globo e da Veja, é uso político.

      O problema central é que, antigamente, bastava silenciar e manipular o noticiário.

      Hoje, com as redes sociais, como bem sabe José Serra e sua bolinha de papel atômica, é preciso muito mais do que jornalistas servis e desonestos para esconder um escândalo desse tamanho.

      Procura-se uma boia para FHC | Brasil 24/7

       

        Lula MirandaLula Miranda

        Poeta, cronista e economista. Publica artigos em veículos da chamada imprensa alternativa, tais como Carta Maior, Caros Amigos, Observatório da Imprensa e Fazendo Média

        Os (as) amantes do tucanato

        19 de Fevereiro de 2016

        :

        Mais tucana que jornalista, Eliane Cantanhêde, em seu artigo de hoje no "Estadão", morde e assopra, como é de seu feitio, e ainda arruma um "jeitinho" de tentar transferir a bronca e a sujeira de FHC para o PT – para limpar a barra deste e dos seus parceiros no tucanato, provavelmente.

        Vale salientar (e ressalvar) que a notícia da "baixaria" de FHC, com sua ex-amante, foi noticiada, originalmente, numa matéria que foi manchete de capa da "Folha", jornal que é tido e havido como amigo dos tucanos, e no qual Cantanhêde trabalhou por mais de uma década.

        Cá entre nós, o fato é que a tal Míriam – que, por sinal, parece não ser lá flor que se cheire (mas isso é problema dela e de FHC) – foi sustentada e escondida no exterior pela Globo e por uma empresa amiga dos tucanos, em favor de FHC.

        E isso é particularmente grave.

        "Baixarias" à parte, trata-se um enredo, tipicamente folhetinesco e mafioso, que envolve FHC, a toda poderosa Globo, uma empresa privada [concessionária de um serviço público, na ocasião que se deram os fatos] e os finados Roberto Marinho, ACM e Luis Eduardo Magalhães.

        Como se pode notar, os oligarcas se vão e deixam a sua podridão arrastando-se história adentro. Que descansem em paz.

        Mas o leitor mais atento deve, a essa altura, estar se fazendo algumas perguntas.

        Por exemplo…

        Afinal, por que a Globo sustentou uma funcionária no exterior, sem trabalhar, com salário que chegava a US$4.000?

        Por que a Globo tinha interesse em esconder essa senhora e proteger FHC?

        Por que a Globo estava mancomunada com ACM – que era (ou fora) ministro das Comunicações e era amicíssimo, ou, melhor dizendo, "amice” da “famiglia" dos Marinhos?

        Por que uma suposta "ação entre amigos" envolvendo Lula e a Odebrecht é condenada, enquanto que essas "ações entre amigos", que perpassam a história da República, é tolerada, e até protegida/escondida, pela rede Globo, pela “Veja” e pela grande mídia em geral?

        E só agora – antes tarde do que nunca -, porque a tal senhora resolveu jogar os pecados diversos [dela e de FHC] no ventilador, a história veio à tona em caráter definitivo. Afinal, a Folha não iria perder esse "furo" por nada desse mundo – não é mesmo? – uma vez que o pacto de silêncio já se rompera de maneira irremediável.

        E por que o tal pacto se rompeu?

        Será que foi porque a Globo, diante da queda da sua audiência e faturamento já não podia mais se dar ao luxo de bancar o dolce far niente de uma ex-amante de um ex-presidente no exterior?

        Vale ressaltar que a locutora do Jornal Nacional, dessa mesma emissora, disse ontem, na bancada do JN, que Míriam fora "colaboradora" da Globo até dezembro de 2015. Foi?!

        Aguarde, pois hão de tentar desenrolar essa "ação entre amigos" e esse novelo de interesses nos próximos capítulos.

        Ou será que vão tentar esconder mais esse podre das nossas ruinosas elites no meio do monumental e secular monte de sujeiras, hipocrisia e falso moralismo,  na lata de lixo da história?

        É bom que essas coisas venham a público para que fique cabalmente evidenciada a hipocrisia e o falso moralismo de certos políticos, e o tratamento diferenciado que a grande imprensa dá quando se refere a outro ex-presidente: Luiz Inácio Lula da Silva.

        FHC, depois dessas revelações Gravíssimas, está, desgraçadamente, completamente desmoralizado.

        Os (as) amantes do tucanato | Brasil 24/7

        Caso Globo: Funcionários da Brasif desconhecem empresa de aluguel de helicópteros; FHC usou a Brasif para bancar Mirian Dutra no exterior

        publicado em 16 de fevereiro de 2016 às 23:23

        Captura de Tela 2016-02-16 às 22.32.23

        Da Redação, com Lidyane Ponciano em Belo Horizonte

        O número no endereço dado pela empresa é simbólico: 171.

        No Código Penal, significa estelionato.

        Nossa repórter esteve no endereço, em Belo Horizonte: rua Margarida Assis Fonseca, 171, bairro Califórnia.

        Perguntou ao guarda, depois foi à portaria: funciona ou funcionou aqui uma empresa que aluga helicópteros?

        Resposta de um funcionário que diz que a empresa Brasif está lá há mais de 50 anos: nunca!

        Na portaria, a mesma resposta: não, não há helicóptero para alugar.

        Por telefone, confirmamos com duas funcionários distintas. Elas checaram com colegas. Não, ali nunca pousou um helicóptero. Nem funcionou o Consórcio Veine-Santa Amalia.

        Gravamos, mas não identificamos os entrevistados para não expô-los a retaliações.

        Captura de Tela 2016-02-16 às 22.45.29

        Procuramos via Facebook a mulher indicada como administradora da sociedade.

        Ela mora no Rio de Janeiro, mas supostamente alugava helicópteros sem tripulação em Belo Horizonte.

        Segundo denunciou o Tijolaço, o consórcio Veine-Santa Amalia até recentemente era o responsável pelo helicóptero que serve à família Marinho.

        No site da Anac, o aparelho agora aparece sob controle da empresa Vattne, baseada no Rio de Janeiro. Mas existe algo em comum com Belo Horizonte: o responsável pela Vattne é diretor da Brasif.

        A Santa Amalia Administrações e Participações Ltda., integrante do consórcio com a Veine, é baseada em uma fazenda de Uberaba, em Minas Gerais: a Córrego dos Macacos.

        Já a Agropecuaria Veine Patrimonial Ltda. é a mesma que tem sob seu nome a mansão triplex frequentada pela família Marinho na praia de Santa Rita, em Paraty, litoral do Rio de Janeiro.

        A Veine tem como sócios dois brasileiros e uma empresa baseada em Nevada, nos Estados Unidos, a Vaincre. A Vaincre foi gerenciada pela panamenha Camille, que por sua vez foi aberta pela Mossack Fonseca, empresa panamenha investigada pela Operação Lava Jato. Os documentos que demonstram isso estão aqui.

        A Mossack está sendo investigada por supostamente criar um laranjal para investidores brasileiros. Uma funcionária disse ao MPF que o objetivo das empresas de papel criadas pela Mossack é “proteção patrimonial”, não lavar dinheiro ou esconder propriedades do Fisco.

        “Proteção patrimonial” é a garantia dada a capitalistas de que não vão perder tudo em caso de crise.

        Será que os Marinho colocaram a casa e o helicóptero sob as asas da Veine para proteger o patrimônio? Logo eles, que defendem o risco capitalista com tanta firmeza?

        Ou a Vaincre e a Veine foram instrumentos para transportar dinheiro recebido no Exterior e estacionado em refúgios fiscais para o Brasil?

        Esclarecer isso é o objetivo de checar o papelório: quais empresas de fato existem e quais são ficção?

        Só uma investigação do juiz Moro e dos procuradores e delegados da Lava Jato poderia esclarecer definitivamente.

        Os indícios são de que o consórcio Veine-Santa Amalia representa um acerto entre os Marinho e o empresário Jonas Barcellos, dono da Brasif. O milionário já foi dono dos freeshops de aeroportos brasileiros. Hoje, em Belo Horizonte, a Brasif aluga máquinas pesadas.

        Curiosamente, a revista Época, dos irmãos Marinho, denunciou Jonas como um dos fornecedores de caronas aéreas ao ex-presidente Lula, nesta reportagem.

        O Estadão também mencionou Barcellos como “amigo de Lula”, nesta reportagem.

        Mas ambos omitiram, talvez por desconhecimento, o fato de que uma empresa de Jonas é sócia da empresa que tem em seu nome a mansão dos Marinho em Paraty. A sociedade, como demonstram os documentos acima, continua ativa.

        O Viomundo não dá muita bola para estas coisas burocráticas de nomes e endereços. Reconhece que pode levar a denúncias furadas.

        Mas o que diriam a Época e o Estadão – para não dizer a Veja — se Lula ou algum outro petista tivesse uma empresa que aluga barcos de lata, mas nunca alugou barcos de lata, num endereço onde ela nunca de fato funcionou?

        Seria um escândalo, com direito a buscas por “laranjas” nas redondezas para aparecer no Jornal Nacional.

        Constatamos em Belo Horizonte que o consórcio forneceu um endereço para alugar helicópteros sem tripulação onde nunca houve helicóptero, nem aluguel, de acordo com quatro funcionários distintos da Brasif, que por sua vez consultaram colegas.

        Ao nos incentivar a investigar o assunto, um leitor se referiu a um verdadeiro Baile da Plutocracia em torno da família Marinho: o dono da Brasif, Jonas Barcellos, é um dos conselheiros do Consig, o Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Baía da Ilha Grande.

        Como se vê na mansão de Paraty, os donos da Globo tem um grande interesse pelo litoral carioca.

        Quem aparece ao lado de Barcellos no conselho? Jonas Suassuna, dono do sítio frequentado pelo ex-presidente Lula!

        Quem é um dos conselheiros-fundadores? José Roberto Marinho. Dos filhos de Roberto Marinho, ele é o “ecologista”.

        Mas isso não bate com o comportamento da família: a casa de concreto em Paraty teria violado as leis ambientais, segundo denúncia de servidora do ICMBio. Uma ação iniciada pelo MPF busca demolir o triplex de concreto de Santa Rita, que tem piscina invadindo a praia pública.

        Mais uma instância em que os Marinho pregam uma coisa publicamente, via TV Globo, mas privadamente fazem outra.

        Abaixo, um passeio pela Paraty House sugerido pelo Fernando Brito, do Tijolaço:

        PS do Viomundo: Em entrevista à Folha de S. Paulo desta quinta-feira, 18 de fevereiro, a jornalista Mirian Dutra diz que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) usou a Brasif S.A. Exportação e Importação para mandar dinheiro para ela e o filho Tomás Dutra no exterior.  Mirian teve um relacionamento afetivo com o ex-presidente nos 1980 e 1990.

        Segundo a jornalista, por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho, celebrado em dezembro de 2002 e com validade até dezembro de 2006, a Brasif fazia uma transferência de US$ 3 mil mensais.

        No documento, aparece como contratante a Eurotrade Ltd., empresa da Brasif com sede nas Ilhas Cayman.

        Mirian Dutra contrato

        Na entrevista à Folha, a jornalista diz que, numa conversa, dois anos depois da vigência do contrato, Fernando Henrique revelou que o dinheiro enviado pela Brasif era, na verdade, dele, e não da empresa.

        “Ele me contou que depositou US$ 100 mil na conta da Brasif no exterior, para a empresa fazer o contrato e ir me pagando por mês, como um contrato normal. O dinheiro não saiu dos cofres da Brasif e sim do bolso do FHC”, diz.

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        O que a PF já sabe sobre a empresa panamenha Mossack Fonseca

        Palmério Dória: Mirian Dutra, FHC e o DNA de uma farsa

        publicado em 18 de fevereiro de 2016 às 11:52

        O caros-amigos-filho-FHCfuro jornalístico da Caros Amigos, em abril de 2000, reproduzido no blog do Palmério Dória: Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com a jornalista da Globo?

        MIRIAN DUTRA, FHC E O DNA DE UMA FARSA

        por Palmério Dória, no Conversa Afiada

        No burburinho da Assembléia Nacional Constituinte dois fatos chamavam a atenção: a proverbial resistência física do velho e inesquecível Ulysses Guimarães, que comandava sessões que varavam a madrugada sem perder o humor e sem sequer ir ao banheiro, e o tórrido romance vivido pelo senador tucano Fernando Henrique Cardoso e a jornalista Mirian Dutra, estrela dos noticiários da Rede Globo.

        Mirian, profissional dedicada e discreta, era uma mulher desimpedida. FHC, o “príncipe dos sociólogos”, ao contrário, era casado desde os anos 50 com a respeitada antropóloga Ruth Cardoso, com quem teve três filhos e um casamento que se julgava sólido até então.

        Nos restaurantes e bares de Brasília um Fernando Henrique fora do eixo, com surpreendente comportamento juvenil, trocava olhares lânguidos, roçava pernas e pés, desfilava de mãos dadas e se afogava em beijos que faziam a alegria de quem presenciava o inusitado de uma paixão arrebatadora. Uma dupla quase sempre lhes fazia companhia, em situação semelhante: a linda deputada Rita Camata (PMDB-ES), casada, e o poderoso Alberico Souza Cruz, o diretor do telejornalismo global e chefe de Mirian.

        O resultado desse amor que não podia ser assumido se materializou num teste de gravidez. Positivo. Tomás Schmidt Dutra estava a caminho. Seria registrado pela avó num cartório de Brasília, após seu nascimento, em 26 de setembro de 1991.

        Mirian teve Tomás apoiada por amigos próximos. Não lhe faltou nada, exceto a presença do pai, que meses antes a expulsou aos gritos de seu gabinete no Senado ao ser comunicado da gravidez. O frio, sarcástico, irônico, cínico, racional FHC, descontrolou-se como nunca, indicando-lhe a porta de saída aos berros de “rameira”, chutando um circulador de ar da sala de espera, sendo contido por assessores, enquanto uma humilhada Mirian Dutra, chorando, era acolhida nos braços de um passante. Para desgraça do agressor, tratava-se de um dos jornalistas mais respeitados do país, Rubem Azevedo Lima, decano dos profissionais de imprensa no Congresso Nacional com passagens pelo Correio da Manhã, Folha de S. Paulo e Correio Braziliense, por exemplo.

        Retirada do cenário do barraco, Mirian seria procurada por Sérgio Motta, sócio de FHC, e José Serra. A paz seria celebrada com promessas que lhe foram feitas e cumpridas. Imediatamente ela mudou de casa. Foi para um apartamento maior e melhor que o seu, na SQS 211, em Brasilia. Sua mudança foi feita pela equipe que a acompanhava nas reportagens da Rede Globo: o motorista, o cinegrafista e o iluminador, o popular “pau de luz”, um tipo brincalhão que protagonizou um episódio que ficou célebre no diz-que-diz das noites do Piantella: ao desembarcar a cama de casal de um caminhão alugado para a mudança, bateu as mãos no colchão e sentenciou, solene: “esse é o do senador!”.

        Ao ir para Lisboa, numa TV associada à Globo, a SIC, do ex-primeiro-ministro Pinto Balsemão, Miriam Dutra tornou-se a última exilada brasileira. E, também, a primeira beneficiária da maior bolsa família já paga com dinheiro público.

        Logo após sua partida, o cunhado e lobista Fernando Lemos, casado com a ex-trotskista Margrit Schmidt Dutra (hoje uma militante furiosa da extrema-direita nas redes sociais), iniciou um curioso e repulsivo processo de efetuar gorda coleta da mesada para a cunhada e “o filho do presidente”.

        Agnelo Pacheco, o publicitário que abiscoitou a descomunal conta da Caixa Econômica Federal e trocou sua imagem corporativa numa ação milionária combinada com o embaixador Sérgio Amaral (negociata de milhões, centenas de milhões), puxou a fila dos mecenas.

        Wagner Canhedo, o dono da VASP, marcou presença. A White Martins e o Banco Icatu, idem. Nunca uma pensão alimentícia movimentou tanto o filé do capitalismo tupiniquim. Era uma “bolsa pimpolho” operada por lobistas e megaempresários. Era um escândalo. Tomás e Mirian, certamente, ficaram com a menor fatia do botim.

        Tratava-se de um mensalão doméstico, igual ao que a Construtora Mendes Júnior e Renan Calheiros teriam feito no caso de uma filha do senador alagoano com uma modelo – e hoje o caso está nas altas instâncias judiciais dando dor de cabeça intensa ao presidente do Senado. Mas, como sempre, FHC estava acima da lei.

        De Lisboa a família sem pai se muda para Barcelona. Lá vamos encontrá-la num bairro elegante, em bom edifício, levando uma vida sem sobressaltos. Mirian estava fora do vídeo, mas ainda na folha de pagamentos da família Marinho. O padrinho de batismo de Tomás havia sido muito prestativo com o pai do menino e ajudou-a muito. Era o conhecido e poderoso diretor de jornalismo global Alberico Souza Cruz, o Alburrico.

        Em fevereiro de 2000, na revista Caros Amigos, por uma decisão editorial tomada pelo Sérgio Souza, seu editor, se decide desvendar o mais bem guardado segredo da República: o porquê a grande imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com uma repórter da Rede Globo. Na verdade, era um segredo de polichinelo.

        A preocupação jornalística veio casada com a salvaguarda ética: não publicar a foto do menino, oferecida por um colunista de Santa Catarina; não adentrar os limites da intimidade da família; ouvir e publicar tudo o que Mirian e FHC se dispusessem a dizer; procurar e ouvir os editores de TODOS os grandes veículos da mídia nacional.

        Assim foi feito.

        Em abril de 2000, com enorme repercussão, Caros Amigos lancetou o tumor. O então presidente da República foi procurado e não quis se pronunciar. Os editores dos principais jornais, revistas e telejornais deram suas versões, todas publicadas. Mário Sérgio Conti, chefão da Veja, atendeu meu telefonema com frieza que foi substituída por um ataque de ira e impropérios publicados na íntegra.

        Mirian, procurada pelo repórter João Rocha, em Barcelona, foi cortês. Pelo telefone conversaram longamente. Miriam demonstrou querer falar, mas não falou. Já era uma mulher amargurada, quando disse uma frase reveladora ao ser perguntada pela paternidade de Tomas: “pergunte para a pessoa pública”. Estava indicada a paternidade de Tomas, é óbvio.

        Na entrevista concedida por Mirian à revista digital BrasilcomZ, há algo que emerge com força e nos surpreende: ela lança dúvidas sobre o exame de DNA realizado por FHC. Acredita que houve fraude. Desmente que FHC tenha prestado assistência ao suposto filho, que o tenha visitado em Madri, que mantenha boas relações com Tomás. E traça um perfil humano devastador, nada a ver com aquele que a mídia tenta projetar. Mirian Dutra falou muito menos do que sabe.

        Como velho repórter, noto uma situação interessante: Mirian esperou quase três décadas para fazer o que qualquer mulher faria. Mas o faz apenas agora, dias após FHC formalizar sua união com a bela e jovem Patricia Kundrat, a quem presenteou com um imenso apartamento na Avenida Angélica, no aristocrática bairro de Higienópolis, a poucos metros de sua casa. Valor do mimo: R$ 1 milhão.

        Tenho a absoluta convicção que Mirian, como mulher ofendida na sua dignidade e como mãe, no mínimo exigirá a realização transparente de um exame de DNA em três laboratórios, ao mesmo tempo. Todos eles sob a supervisão da Justiça, da Ordem dos Advogados do Brasil e dos advogados de ambas as partes.

        Estão em jogo três coisas muito importantes. O futuro de Tomás, a vida de Mirian, e – não podemos ser hipócritas – a imensa e inexplicável fortuna de Fernando Henrique Cardoso.

        Leia também:

        FHC usou a Brasif para bancar ex-namorada no exterior

        Maria Goretti: Por ter decidido ser mãe, Mirian se tornou um estorvo

        publicado em 19 de fevereiro de 2016 às 00:08

        maria

        Maria Goretti passa a colaborar com o Viomundo. Ela é advogada, cantora e feminista

        “Desafio da Maternidade aceito!”

        por Maria Goretti

        Há alguns dias uma onda no facebook chamada “desafio da maternidade” convida mães a postarem fotos com seus filhos.

        A maternidade se revela de fato um grande desafio. São muitas abdicações e amadurecimento.

        Como o caso descrito pela jornalista Mirian Dutra. Ela revelou em entrevista à Folha que foi amante de FHC por 6 anos. Apaixonada. Tinha rejeição à pílula e DIU, e ele sabia.

        O então senador da República pagou por dois abortos durante a relação. Um dia ela descobriu que estava grávida de 3 meses e fez questão de ter o filho.

        O romance acabou aí. Ele disse para ela arranjar outro pai para o filho.

        E de fato foi arranjado outro pai para o filho. Numa notinha plantada na Veja ela apareceu séria, de óculos escuros. Dizia que estava grávida de um biólogo e que resolveu ir morar no Sul. Estava claro que ela cedeu ao pedido de FHC e não queria manchar a imagem dele. Um candidato, imagine, com uma amante.

        Por ter decidido ser mãe ela se tornou um estorvo. Saiu do país e pessoas ligadas à política a aconselharam a não voltar.

        FHC pagou os estudos do filho e deu-lhe um apartamento. Discute-se se foi com dinheiro público ou não. Mas sabemos que isso não será averiguado, nem haverá panelaço, porque ele não é do PT.

        O ex-presidente disse ao jornal que atende ao filho nas necessidades afetivas “quando possível”, exatamente como é dito por tantos pais em tantas e tantas audiências nas Varas de Família.

        Haverá quem diga que ele faz muito. Que é uma grande honra para o filho conseguir falar ao telefone com o pai. E em tantos lares é assim: quando o pai faz sua parte, está “ajudando”, como se a regra fosse justamente ser irresponsável.

        Mirian aceitou o desafio da maternidade, mas não manteve o segredo. Quem lê sua entrevista lembra de todas as mulheres, lembra de si mesma. Uma mulher pode ter sido frágil a vida inteira.

        Uma mãe não tem medo de nada.

        Leia também:

        ACM pediu que Mirian não voltasse ao Brasil, diz ex de FHC

        Entrevista ao DCM: Mirian Dutra confirma que Globo foi representada no almoço em que ela foi convencida a não voltar ao Brasil — antes da reeleição de FHC

        publicado em 21 de fevereiro de 2016 às 01:52

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        Mirian Dutra em 1991, no Jornal Nacional, antes da gravidez; depois, em Portugal, as aparições rarearam, até ela sumir completamente do vídeo apesar de ganhar o equivalente a R$ 18 mil mensais

        Quase 30 anos depois, eis que uma nova Mirian adentra a vida política nacional com histórias sobre relações perigosas, filhos fora do script e abortos clandestinos. Na campanha de 1989, Miriam Cordeiro foi usada e se deixou usar covardemente por Fernando Collor contra seu adversário do segundo turno, Luiz Inácio Lula da Silva. No desastre político e econômico de 2016, chega da Europa a voz de Mirian Dutra, dando de bandeja para o PT de Lula munição contra Fernando Henrique Cardoso. Eliane Cantanhede, no Estadão

        Fernando Henrique, o poltrão

        Por Fernando Brito · 19/02/2016

        rato

        Para quem não sabe o que é a palavra poltrão, que minha avó dizia quando ficava muito revoltada ao ver alguém se comportar de forma vergonhosa, aí vai a definição: quem não tem coragem; covarde, medroso, pusilânime.

        Este é o retrato de Fernando Henrique Cardoso após a nota divulgada hoje pela Brasif dizendo que ele nada tem a ver com o contrato fictício de prestação de serviços que, em nome dele, assinou com a jornalista Mírian Dutra e que, portanto, nem desta maneira espúria ele assistiu a criação de uma criança que, para todos os efeitos, admitia ser seu filho.

        Fez, isso, sim, de forma bandida, mas fez.

        Porém, com medo de responder pelos dinheiros tortuosos  que usou nisso, ‘esqueceu’ o que depositou (depois do que escreveu como sociólogo) até obter da empresa a garantia de que ela “seguraria a peteca” dos pagamentos a Mirian.

        Se nega a irregularidade, proclama a desumanidade: quer dizer que assistiu crescer o rapaz que pensava ser seu filho sem mover – mesmo por caminhos ilegais – uma palha para contribuir no seu sustento?

        A um homem que renega um filho –  ainda mais no século 20 – só cabe mesmo o adjetivo que minha avó usava aos desafetos máximos: poltrão!

        Não interessa se a mãe faz a denúncia com sinceridade, depois de tantos anos. Ao menos até o exame de DNA, ele admitia ser o pai e, portanto, tinha responsabilidades afetivas e materiais.

        E para quem se revela proprietário de propriedades milionárias, como se revela no post abaixo, não é possível que  uma mísera pensão fosse inviável.

        Atpé porque se pode dar um apartamento de 200 mil euros – quase R$ 1 milhão – ao rapaz, a essa altura, e se não foi capaz de pagar-lhe escola, comida, roupa, este mimo assume ares de “cala a boca, garoto, que você vai se dar bem”.

        Um corrupto e um corruptor são desprezíveis.

        Mas quem corrompe seu próprio filho é mais, é abjeto.

        Lixo.

        Se ele quiser, que me processe.

        Vou ter o prazer de dizer como minha avó dizia, que é um poltrão.

        Exploração política de pensão fajuta? Valeu para Renan, mas não vale para FHC

        Por Fernando Brito · 20/02/2016

        fhcrenan

        As revistas semanais, como era de se esperar, simplesmente ignoraram em suas capas o escândalo da semana: a revelação, pela jornalista Mírian Dutra, de que Fernando Henrique Cardoso valia-se de um contrato fajuto de uma empresa beneficiária do Governo para pagar uma pensão alimentícia de US$ 3 mil ao filho que, àquela altura, considerava seu.

        E providenciaram, num estalar de dedos, uma nova carga de vazamentos contra Lula, montada à base de suposições absurdas até pelo valor que se pagaria, de fato, se ele estivesse patrocinando negócios ilegais e não a legítima expansão de negócios de empresas brasileiras no exterior – e bem distante das Ilhas Cayman, de onde vinha a “pensão fajuta” da ex-namorada de Fernando Henrique. Porque, onde se atribui a um gerente da Petrobras, Pedro Barusco,  o surrupio de R$182 milhões, chega a ser risível que – entre viagens, hospedagens e palestras, Lula tivesse recebido 26 vezes menos para atuar como “vendedor” de serviços empresariais.

        E, se as palestras e eventos com Lula não tinham valor, mas eram simples cobertura do pagamento de vantagens a Lula,no julgamento da mídia, resta explicar porque por elas pagaram quase o mesmo, por cada uma, empresas como a Microsoft, Itaú, Santander, Ambev, Telefónica, Iberdrola, Telmex, Lojas Americanas, LG, Bank of America e outras, além da própria dona da Época, a Infoglobo.

        A coisa é tão ridícula que usam como “prova” o fato de Lula ter se reunido com o presidente do BNDES um mês depois de ter ido a Cuba, em 2011.

        Desculpem, se Lula, com o prestígio que tinha em 2011, pisasse no aeroporto e ligasse para o presidente do BNDES dizendo que precisava falar com ele, era recebido no mesmo dia, se desejasse.

        Evidente que os vazamentos integram a operação “Fazer o que o gato faz” com o escândalo FHC-Brasif.

        E o “coitado”  do ex-presidente reclama do “uso político” do caso, com os lordes daa grande mídia balançando a cabeça, reprovando essa “baixaria” – não sei qual, porque o problema é o dinheiro e seus caminhos, não a idiferença parental de Fernando Henrique Cardoso.

        O curioso é que fizeram capas inteiras  sobre o caso semelhante de Renan Calheiros, quando uma ex-amante – coincidentemente a também jornalista Mônica Veloso – denunciou outra pensão fajuta igualzinha, como mostro na ilustração do post.

        A  moral da mídia é mesmo elástica para seus queridinhos e uma rocha para seus inimigos.

        Não foi Serra quem nomeou a irmã de Mirian. Foi o “puro” Presidente Fernando Henrique

        Por Fernando Brito · 18/02/2016

        miseria

        Não vou entrar nessa de perseguir a irmã de Mirian Dutra, porque foi nomeada por José Serra como assessora de seu gabinete.

        O nomeado tem sempre alguém que o nomeou.

        E o que falta dizer nessa história é que foi ele, o puro, o príncipe, o limpíssimo Fernando Henrique Cardoso quem usou seu poder presidencial para nomear a “cunhada”.

        O que, até agora, a imprensa não publicou, embora esteja estampado no Diário Oficial, na primeira página, quando ele a designa para dirigir o Departamento de Classificação Indicativa do Ministério da Justiça, sucedâneo do velho Departamento de Censura, é que foi ele quem a nomeou quando seu principal atributo era ser a irmã se sua namorada.

        E não publicou porque não quis, porque Margrit chegou até a escrever artigo para a Folha com o irônico título de “Kids – Meu filho pode assistir?

        Pois é este Tartufo que vem dizer que Lula não merece mais o seu respeito e que “é preciso esperar para ver” se ele é honesto.

        Fernando Henrique Cardoso é pior aquilo que ele, depreciativamente, atira sobre outros.

        A miséria da política, título de seu livro em que pretende fazer – chega a doer ver um sociólogo descer a esta simplificação – as “crônicas do lulopetismo” – bem lhe serviria como retrato.

        FHC é  um miserável da política, que a exerceu com a vaidade e a conveniência atropelando toda a cultura e ética que se pavoneia de ter, e que está agora sendo fritado no óleo fervente de sua própria hipocrisia.

         

        Hipócrita, FHC “espera” empresa para falar de dinheiro. Esqueceu, como do aeroporto?

        Por Fernando Brito · 18/02/2016

        aerofhc

        Só há uma coisa digna na nota emitida hoje pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, a respeito do escãndalo provocado pela entrevista de sua ex-namorada Mirian Dutra. A frase final: “Questões de natureza íntima, minhas ou de quem sejam, devem se manter no âmbito privado a que pertencem.”

        Mais uma vez, não se tratará aqui delas, muito menos se emitirá conceitos morais sobre o comportamento do “ex-príncipe”.

        Mas dizer que vai esperar a Brasif, do empresário Jonas Barcellos explique o que fez, a seu pedido, para só então dizer o que fez, francamente, é de uma imensa covardia.

        Dizer que enviou 100 mil dólares para serem pagos à razão de US$ 3 mil por mês é o fim da picada.

        Embora ele pudesse ter este valor (na sua última declaração de bens pública, como candidato em 1998, ele tem apenas  US$ 23,2 mil ) é bom lembrar que US$ 100 mil, no final de 2002 , chegavam R$ 400 mil em moeda nacional, pois o dólar estava, na datado contrato exibido pela beneficiária (16/12), a R$ 3,632.

        R$ 363 mil, naquela data, pela inflação, equivaliam a R$ 746 mil, hoje,corrigidos pelo IPCA.

        Um dinheiro para não esquecer, não é?

        Se foi no exterior que recebeu, do que foi? Ou ele, presidente, mandava todo mês uma remessinha de dólares para fora?

        Pior ainda é a Globo soltar uma nota dizendo que “não sabia de nada”, porque é público que ela colaborou o exílio da moça.

        Mais um capítulo na vergonha de uma mídia que abafou, todo tempo, situações escandalosas de Fernando Henrique e, hoje, faz escândalo com uma canoa e um “puxado” de Lula.

        Quer um exemplo?

        Vocês viram os jornais e tevês apurando a história do aeroporto da empresa Camargo Correa construído em 95 na fazenda ao lado da Córrego da Ponte, propriedade de FHC em Buritis, embora a Istoé tenha tornado o fato público em 1999?

        anacConversa? Olhe aí do lado a renovação da licença do aeroporto, em 2001,que já não consta mais na base de dados da Anac, agora que FHC vendeu a fazenda e a empreiteira fechou a microempresa que era “dona” da pista, capaz de rebeber jatinhos de bom porte…

        Os jornais, que se esmeram em ouvir caseiros, donos de loja de materiais de construção, marceneiros, vendedor de bote de lata e tudo o que podem revirar no lixo para incriminar Lula se dignaram a mandar um repórter lá?

        Ou pelo menos de mandar um repórter colocar no Google Maps as coordenadas do aeroporto e as da Fazenda Córrego da Ponte, que podem ser conhecidas porque o comprador – FHC a vendeu em 2003 – registrou um pedido de construção de açudes, produção de carvão e desmatamento de 55 hectares. Estão registradas aqui, no documento: latitude 15°14’19.4’’ Sul e longitude de 46°42’49.6’’ Oeste.

        Gasta só uns minutinhos, como eu gastei, verificar que é praticamente ao lado da propriedade do príncipe, embora para usar a estrada e não atravessar a lavoura que tem lá sejam 6,3 km pelas estradas vicinais, porque o Google não faz percurso por vias internas das propriedades, o que reduz a menos da metade a distância.

        O mapa está lá em cima, na ilustração e aqui, neste link, para quem quiser abri-lo, de forma interativa, no seu próprio computador.

        É preciso um escândalo de natureza sexual e familiar para que o príncipe vire sapo?

        A imundície do príncipe FHC, o frio

        Por Fernando Brito · 17/02/2016

        friofhc

        Sigo na posição de não discutir o festival de baixarias e rancores – justos ou não – da ex-companheira de Fernando Henrique Cardoso, reavivados agora na entrevista a Natuza Nery, na Folha .

        Francamente, estou me lixando se uma empresa deu dois, cinco ou dez mil dólares para bancar a criação do seu então suposto filho.

        Isso é imensamente menos prejudicial ao país que o caráter de seu governante.

        Mas é impressionante – se 10% do que Míriam Dutra for verdadeiro – o que esta história está revelando sobre o caráter do “príncipe”.

        E mais ainda pelo que ele diz, ao ser confrontado com as declarações da ex-companheira.

        Frio, sem um pouco sequer de compaixão ou, se está sendo injustiçado, sem meia dúzia de argumentos que invalidem o rancor alheio,

        Amores e rancores são sentimentos humanos.

        A frieza é que é desumana.

        Benditos os que brigam, choram e até os que gritam e dizem desaforos, embora seja melhor que não o façam.

        Os que gelam, sobretudo numa idade em que nada mais se tem a perder, senão a vergonha, é que me preocupam.

        Lembram-me a frase do velho Ullysses, sobre ser velho não é o mesmo que ser velhaco.

         

        Porque este blog não comenta o caso do “ex-filho” de FHC. Mas o da Veja, sim

        Por Fernando Brito · 16/02/2016

        dutra1

        Por princípio, não entro em questões pessoais de fundo moral.

        Qualquer ser humano adulto pode vir a gerar um filho em situação involuntária, até por uma atração fugaz.

        Quem transa com quem é assunto que só aos dois, se adultos e consentidos , diz respeito.

        Homem ou mulher, não sou eu quem vai jogar pedras, porque hipocrisia não é a minha praia.

        Muito menos sobre a decisão – feminina, sempre – de ter ou não ter a criança.

        Assumi meus filhos, os que gerei e a que me veio como um presente pronto. Mas não acho que todos os homens sejam iguais, embora os que não amem uma criança, sejam de quem forem  os cromossomos que  ela carregue, não sabem o que estão perdendo.

        Por isso foco meu comentário sobre a entrevista-bomba da jornalista Miriam Dutra, narrando os bastidores de sua relação com Fernando Henrique Cardoso e suas suspeitas sobre a forma – segundo ela, ardilosa – pela qual o rapaz fez um exame de DNA que comprovaria a não-paternidade e sua divulgação, mas noque ela fala sobre o papel da revista Veja.

        Um texto, despropositado – na seção “Gente”, em em julho de  1991 – , atribuía a paternidade a um “biólogo”, convenientemente anônimo e no exterior.

        Diz ela que foi armado pelo próprio Fernando Henrique – dá-se a entender que por iniciativa do filho mais velho, Paulo Henrique – e o então editor da revista, Mário Sérgio Conti.

        Isso, sim, diz respeito à natureza pública do jornalismo e permite, sem meias palavras, o uso da palavra canalhice para descrever o que é.

        Canalhice de quem transforma o exercício da profissão em prestação de favores, até para “limpar a barra conjugal”.

        Canalhice de quem procura na manipulação da mídia a satisfação de seus interesses privados, neste caso abjetos.

        A Veja e Fernando Henrique vêm de longe, nisso.

        Hoje  se acrescenta um capítulo a mais na imundície – refinada, é verdade – de ambos.

         

        FANTASMAGÓRICOS

        Indagado para o blog de Lauro Jardim sobre uma funcionária fantasma do seu gabinete, Margrit Dutra Schmidt, "num primeiro momento" José Serra "afirmou não saber ao certo" se a sua fantasma "trabalha ou não em casa". Informado de que ninguém no seu gabinete sequer a conhece, disse "imaginar" que ela trabalhe em casa. Mas ninguém no gabinete soube, jamais, de algum trabalho dela. Então Serra decidiu que "ela trabalha" em casa.

        O trabalho de funcionário do Senado "em casa" é ilegal. A cessão para tal, por parte do senador, também é.

        Serra é um dos mais ferrenhos cobradores de "ajuste fiscal", ou seja, do corte de gastos públicos. Desde, percebe-se, que não atinjam os seus gastos de dinheiro público, mesmo para fantasmas que, aliás, com o Congresso funcionando, estão na República Dominicana. Talvez Serra tenha casa por lá.

        Margrit Dutra Schmidt era casada com um dos mais antigos e vorazes lobistas de Brasília, Fernando Lemos. Parente próximo de Roberto Campos, inteligente e engraçado, já era lobista de Mario Andreazza, entre outros, nos tempos de Figueiredo, abastecendo muitos jornalistas em aparente segredo ou às claras mesmo. Aparente porque segredos, em tal fornecimento, não eram do seu agrado.

        A funcionária fantasma, "lotada" em sucessivos gabinetes do PSDB, foi acolhida por José Serra porque o senador Álvaro Dias demitiu-a, quando assumiu a liderança e identificou-a. Álvaro Dias deixou há pouco o PSDB.

        Palmério Doria: "O Príncipe da Privataria" é a biografia de FHC

        Palmério Doria: "O Príncipe da Privataria" é a biografia de FHC

        dom, 21/02/2016 – 10:24 – Atualizado em 21/02/2016 – 10:24- Sugestão de romério rômulo

        Jornal GGN – Nessa edição do EcoVoxTV o apresentador Humberto Mesquita recebeu o jornalista Palmério Dória,  que há 16 anos, junto com a equipe de reportagem da Caros Amigos, levantou as acusações contra FHC aventadas, recentemente, por sua ex-amante Miriam Dutra, de contas que o ex-presidente teria no exterior, fruto de transferências ilícitas.

        Dória, que também é o autor do livro "O príncipe da privataria", conta em detalhes a descoberta feita pela Caros Amigos  reproduzida na matéria de capa "Por que a imprensa esconde o filho de 8 anos de FHC com a repórter da Globo?", publicada em abril de 2000.

          Alex Solnik

          Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento setembro 2016).

           

          Matarazzo quis comprar silêncio da “Caros Amigos”

          21 de Fevereiro de 2016

          :

          O telefone tocou em casa num domingo de manhã do ano 2000. Não recordo o mês nem o dia.

          Quem chamava era Andrea Matarazzo, atual vereador e pré-candidato a prefeito de São Paulo pelo PSDB, então Ministro-Chefe da Secretaria de Comunicação de Governo da Presidência da República (1999 a 2001) de Fernando Henrique Cardoso, para quem eu trabalhava redigindo artigos para jornais, discursos e, em parceria com Alex Periscinoto, anúncios institucionais.

          A pasta de Matarazzo, instalada em São Paulo num dos últimos andares do prédio do Banco do Brasil, esquina da Paulista com Augusta, era também a responsável por distribuir as verbas publicitárias do governo para jornais, rádios, revistas e TVs de todo o Brasil.

          Ele jamais tinha me chamado num domingo, fora do expediente. Fiquei curioso para saber o motivo.

          “Você é amigo do Sérgio de Souza, não é?” perguntou ele, já sabendo qual seria minha resposta de antemão.

          “Sou”, respondi. “Praticamente comecei no jornalismo com ele, com Hamilton Almeida Filho, Mylton Severiano da Silva, Paulo Patarra e Narciso Kalili no ex-. Também trabalhei com Serjão na revista Globo Rural, aos sábados vou às feijoadas da sua mulher, conheço seus filhos”.

          “Eu soube” continuou Andrea “que a revista dele, a Caros Amigos está preparando uma matéria a respeito do filho do presidente. Queria te pedir uma coisa. Fala com ele, já que você é amigo. Claro que a matéria deles é furada, porque não tem a palavra da mãe. Mas pode nos fazer muito mal. Essa matéria não pode sair. Diz pra ele o seguinte: se ele não publicar a matéria vai ter todos os anúncios do governo que quiser”.

          Fiquei mal de repente. Minha visão escureceu. O coração disparou. Não acreditei. Eu não queria ter ouvido aquilo. Ele jamais deveria ter dito uma coisa dessas. As pessoas com as quais eu começara no jornalismo, Sergio de Souza incluso, tinham horror a qualquer interferência na redação, fosse o departamento comercial, fosse o dono.

          Certa vez, Narciso praticamente saiu aos tapas com o governador do Paraná, Paulo Pimentel, que era o dono do jornal “Panorama” por causa disso.

          “Você mentiu quando me deu carta branca” gritou ele no meio de uma roda de jornalistas que acabavam de ser demitidos.

          “Ninguém me chama de mentiroso na minha casa!" devolveu Pimentel. “Repita se for homem!"

          “Você é um mentiroso”! repetiu Kalili.

          Pimentel partiu pra cima dele, mas os seguranças não deixaram chegar às vias de fato.

          A redação era o território sagrado dos jornalistas, nunca abrimos mão disso.

          Por outro lado, naquele momento eu trabalhava para ele. Embora essa tarefa não estivesse incluída no contrato de trabalho se eu a recusasse correria o risco de perder o emprego, do qual precisava para pagar minhas contas.

          “Não vou fazer isso” respondi. “Conhecendo o Serjão como conheço, tenho certeza que, além de não aceitar a proposta, porque ele não faz essas coisas, não é da índole dele, ele ainda vai incluir esse episódio na reportagem, o que vai piorar as coisas para o governo. A emenda será pior que o soneto. É um plano furado”.

          Ele insistiu um pouco, mas logo depois desligamos, eu convencido de que tinha feito a coisa certa e ele certamente aborrecido com minha recusa em “colaborar”.

          O plano naufragou. A reportagem foi publicada. Mas para mim ficou a nítida sensação de que houve ao menos uma tentativa de utilizar o poder do estado e de forma nada republicana para resolver um caso pessoal envolvendo o presidente da República.

          O caso Miriam Dutra e a libertação de Delcídio do Amaral, por Yuri Carajelescov

          O caso Miriam Dutra e a libertação de Delcídio do Amaral, por Yuri Carajelescov

          dom, 21/02/2016 – 09:07 – Atualizado em 21/02/2016 – 09:15- Por Yuri Carajelescov

          Remanesce, no entanto, a dúvida: por que um político inteligente, como Serra, com pretensões presidenciais, se exporia admitindo em seu gabinete uma assessora que só comparece ao Senado para bater o ponto?

          por Yuri Carajelescov

          Testando a hipótese
          A hipótese a seguir parte do pressuposto de que os grupos familiares de mídia, parcelas importantes do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Polícia Federal, doravante denominados “alta burocracia”, assim como os principais políticos do PSDB e de seus partidos satélites (DEM e PPS) jogam juntos pela retomada do controle do governo central perdido há 13 anos.
          O objetivo nuclear dessa aliança não é e nem nunca foi combater a corrupção, mas desalojar os intrusos capitaneados por Lula do poder, o que tem se mostrado até agora inviável pelo voto. O projeto conjunto visa a (re)orientar a nação a partir de três eixos:
          (i.) desmantelar a incipiente política distributivista, bloqueando toda e qualquer possibilidade de seu aprofundamento e de redução da desigualdade;
          (ii.) desmontar as engrenagens de desenvolvimento autônomo do país (vide o ataque sistemático à Petrobras, às empresas de engenharia e ao programa nuclear) e
          (iii.) reverter a política externa não alinhada aos interesses americanos no mundo, reduzindo a participação do Brasil no Mercosul e nos BRICS em favor de um acordo bilateral com os Estados Unidos.
          Trata-se de um programa de contra-reforma sistematicamente rechaçado pela maioria do país, difícil, portanto, de ser implementado, ao menos por enquanto, a partir da força e da legitimidade das urnas.
          Pois bem, esses três grupos (mídia, "alta burocracia" e caciques da oposição), como as "famiglias" italianas, se protegem, mas, por vezes, acontecem rusgas entre irmãos, em função de idiossincrasias ou interesses particulares. O caso Miriam Dutra talvez seja um deles, essencialmente fogo amigo.
          Aos fatos.
          Miriam Dutra concede uma entrevista para uma revista estrangeira de pouca expressão (BrazilcomZ) na qual requenta uma história revelada pela revista Caros Amigos em 2000 sobre o filho que teria tido com o ex-presidente FHC, fruto de uma relação extraconjugal de 6 anos, a participação da Rede Globo no processo de ocultação do fato etc. Ouvida depois pela "Folha", ela manda um torpedo direto no alvo: “não sei como ainda não descobriram as contas dele (FHC) no exterior”, algo como “eu sei o que você fez no verão passado”.  Seria a senha de uma chantagem?
          Os blogs de esquerda, em sua maioria lulopetistas, inconformados com a campanha sistemática contra o ex-presidente Lula, espalharam como fogo no paiol a entrevista.  As redes sociais bombaram.  A “Folha”, reconhecidamente amigável aos tucanos, especialmente a Serra, deu grande destaque e a Globo, como havia sido envolvida na história, teve que se defender em seus jornais televisivos. Estava garantida a ampla divulgação do requentado caso “Miriam Dutra”, furando, assim, a tradicional blindagem de FHC na mídia.
          No meio desse tiroteio, começam a aparecer as digitais de José Serra. Descobre-se que a irmã de Miriam Dutra, Magrit Dutra Schmidt, é funcionária fantasma lotada em seu gabinete. Lauro Jardim, ex-Veja atualmente em “O Globo”, noticia em primeira mão o fato. Por razões que não vem ao caso agora, a família Marinho é grata, gratíssima, a FHC, o que se reflete na cobertura edulcorada dos veículos das organizações Globo em relação a ele.

          Pego em flagrante, o senador se defende: “Ela (Magrit) trabalha em casa porque está envolvida em um projeto secreto”. Bem, como o projeto é secreto e o senador é tucano, nada mais precisou dizer nem lhe foi perguntado. Remanesce, no entanto, a dúvida: por que um político inteligente, ladino e experiente como Serra, com pretensões presidenciais, se exporia admitindo em seu gabinete uma assessora que só comparece ao Senado para bater o ponto? Estaria fazendo um favor a alguém ou seria uma forma de se manter próximo a fontes relevantes, reconhecido o seu pendor por coletar, armazenar e sistematizar dados e informações de adversários e aliados, o que seus desafetos costumam chamar de dossiês?
          Na mesma semana em que repercute o caso “Miriam Dutra”, forma-se maioria (7×4) no Supremo Tribunal Federal a favor de uma das teses defendidas pelos agentes da Lava Jato: a precarização do princípio constitucional da presunção de inocência. O Min. Teori Zavascki compõe a maioria formada na Corte. Uma vitória e um recado para a turma do juiz Moro: “go ahead!”. Uma derrota e um recado para os presos na Lava Jato: “Percam as esperanças. Assinem logo as delações premiadas. As instâncias superiores estarão fechadas para seus recursos.”
          Na sexta-feira à tarde, sem grande estardalhaço, o senador petista Delcídio do Amaral, após parecer favorável da PGR, foi solto por decisão do Min. Teori sem assinar acordo de delação premiada, segundo informou seu advogado. Delcídio do Amaral tem DNA tucano. Filiado ao PSDB, ele foi ministro de Itamar e depois ocupou a diretoria de Gás e Energia da Petrobras entre 2000 e 2001, tendo trabalhado com Nestor Cerveró e Paulo Roberto Costa.
          Antes de ser preso, Delcídio foi flagrado em escutas nas quais se ouviu o seguinte:
          “E você vê como é que ele é [Fernando Baiano], como é matreiro? A delação, quando ele conta quando ele me conheceu, quando eu era diretor e o Nestor era gerente [da Petrobras]. Que ele foi apresentado a mim por um amigo, que ele poupou, que é o Gregório Marin Preciado. E as conversas que nós ouvimos é que em uma dessas reuniões que ocorreram, eu não sei com relação a qual desses projetos, houve uma reunião dessa na Espanha que os caras já rastrearam quem “tava” nessa reunião. E existiu um espanhol nessa reunião. que eles não souberam identificar. Bingo, é o Gregório!”
          “Ou seja, Fernando está na frente das coisas, mas atrás quem organiza é o Gregório Marin”
          “O Serra me convidou para almoçar outro dia… Ele [Gregório] é cunhado do Serra. E uma das coisas que eles levantaram nessa reunião na Espanha, eu não sei [se] sobre sondas ou Pasadena, mas houve um reunião na Espanha, e existia esse espanhol que não foi identificado. E é o Gregório. É o Gregório. O Nestor conheceu o Gregório”. Esses trechos foram retirados de matéria publicada pelo jornal Valor (http://www.valor.com.br/politica/4329880/delcidio-diz-que-empresario-gre…).
          Na mesma matéria, o “Valor” informa que: “Segundo a delação premiada de Baiano, Preciado teria obtido entre US$ 500 mil e US$ 700 mil pela suposta cessão de uma empresa sob seu controle e registrada em nome de seus parentes para o recebimento e distribuição de propina de US$ 15 milhões relativa à aquisição pela Petrobras da refinaria americana de Pasadena. A empresa citada por baiano é a Iberbras Integración de Negocios y Tecnologia.”
          Na verdade, Gregório Marin Preciado é casado com uma prima de Serra. As relações entre ambos vão além do provável convívio em festas familiares, como desvendou o jornalista Amaury Ribeiro Jr em “A privataria tucana”. No entanto, mais uma vez, tratando-se de um político integrante do aliança acima referida, a imprensa se desinteressou e a “alta burocracia” tampouco se ocupou de investigar.
          Delcídio preso, no entanto, era um risco. E se ele sucumbisse e resolvesse firmar um acordo de delação premiada e apresentasse provas da relação de Gregório Marin Preciado e outros com o esquema de corrupção na Petrobras?
          Nesse jogo, o rei precisa ser preservado. FHC é o rei desse xadrez. Por todos os serviços prestados à causa, pela simbologia, FHC pode até vir a ser alvo de chantagem, mas não pode cair nunca. Diante de qualquer ameaça ao rei, deve-se abrir as portas das masmorras se for preciso para passar até um senador petista, quem sabe pela mesma porta da qual saiu o banqueiro Daniel Dantas?
          Coincidências acontecem e isso tudo pode ser uma enorme viagem; uma trama caricatural ao gosto de Umberto Eco, que nos deixou ontem. “Ou não”, como diria Caetano. É mais provável que o caso Miriam Dutra desapareça do noticiário da mesma forma que surgiu. Do nada para o nada, o que, em seu silêncio, explicaria muita coisa.    
          Ps. Na mesma sexta-feira foi publicada decisão do Min. Teori Zavascki que, acolhendo manifestação da Procuradoria-Geral da República, arquivou procedimento investigatório– que ninguém sabia que havia sido aberto – contra Aécio Neves por suposta propina recebida da empreiteira UTC. Esse fato reforça a percepção cada vez mais presente da inimputabilidade de certos atores políticos.

           

          Chafurdar na lama é necessário, pois lá estão os porcos, por Rogério Maestri

          Chafurdar na lama é necessário, pois lá estão os porcos, por Rogério Maestri

          rdmaestri

          dom, 21/02/2016 – 09:38

          Por Rogério Maestri

          Parece que os blogs que eram chamados de “blogs de esgoto” estão fazendo valer a sua denominação, entraram no processo de chafurdar na lama, algo nada elegante, nada bonito, mas republicano e democrático, vamos às razões.

          Por muito tempo os blogs de esquerda se mantinham longe de assuntos mais mundanos e verdadeiramente sujos que os grandes próceres da direita brasileira chafurdavam que nem porcos na sua vida “privada”.

          Porém esta ética se revelou extremamente deletéria para o país e para a República Brasileira, simplesmente porque estes senhores “probos” e “honestos” tem o hábito de misturar o público com o privado.

          Partindo para um exemplo em questão, se o nosso ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, tivesse tirado do seu bolso sem intermediários o pagamento de uma pensão ao seu filho, isto não seria notícia nenhuma a não ser para revistas de fofocas. Porém como o mesmo usou como intermediário ou simplesmente repassou dinheiro de seu bolso para uma empresa privada que tem uma concessão pública, este assunto passa a ser um assunto de Estado.

          Acho que é o momento da imprensa investigar as fofocas que são públicas não para dar ressonância às mesmas, mas sim para verificar quanto do dinheiro público está misturado com as safadezas dos grandes e impolutos senhores da direita brasileira.

          E por que acho isto necessário? Simplesmente porque se o dinheiro é público isto passa do privado e cai no domínio da malversação do erário, ou seja, assunto que todos a nós competem.

          Se o político A, retira do seu bolso metade de seus ganhos pessoais para manter meia dúzia de famílias paralelas, o problema é dele e da sua esposa (ou das outras amantes que são também traídas), agora se ele arruma um cargo de confiança, por menor que seja para sustentar uma de suas amadas ou ex-amadas e estas não exercem a sua função, de novo é nosso dinheiro que está sustentando as suas infidelidades, e de novo, que estará pagando somos nós.

          Briga de bugio: Álvaro Dias rifa José Serra

          fantasma

          Cerra, outro farsante!

          Janio expõe a farsa de Cerra com a irmã de Mirian

          publicado 21/02/2016

          O Conversa Afiada reproduz passagem do artigo de Janio de Freitas na Fel-lha:


          FANTASMAGÓRICOS

          (…)
          Indagado para o blog de Lauro Jardim sobre uma funcionária fantasma do seu gabinete, Margrit Dutra Schmidt, "num primeiro momento" José Serra "afirmou não saber ao certo" se a sua fantasma "trabalha ou não em casa". Informado de que ninguém no seu gabinete sequer a conhece, disse "imaginar" que ela trabalhe em casa. Mas ninguém no gabinete soube, jamais, de algum trabalho dela. Então Serra decidiu que "ela trabalha" em casa.
          O trabalho de funcionário do Senado "em casa" é ilegal. A cessão para tal, por parte do senador, também é.
          Serra é um dos mais ferrenhos cobradores de "ajuste fiscal", ou seja, do corte de gastos públicos. Desde, percebe-se, que não atinjam os seus gastos de dinheiro público, mesmo para fantasmas que, aliás, com o Congresso funcionando, estão na República Dominicana. Talvez Serra tenha casa por lá.
          Margrit Dutra Schmidt era casada com um dos mais antigos e vorazes lobistas de Brasília, Fernando Lemos. Parente próximo de Roberto Campos, inteligente e engraçado, já era lobista de Mario Andreazza, entre outros, nos tempos de Figueiredo, abastecendo muitos jornalistas em aparente segredo ou às claras mesmo. Aparente porque segredos, em tal fornecimento, não eram do seu agrado.
          A funcionária fantasma, "lotada" em sucessivos gabinetes do PSDB, foi acolhida por José Serra porque o senador Álvaro Dias demitiu-a, quando assumiu a liderança e identificou-a. Álvaro Dias deixou há pouco o PSDB.

          Cerra, outro farsante! — Conversa Afiada

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