Ficha Corrida

13/12/2016

Scripta manent

Temer e Mentir é na Folha Uma interpretação à luz dos mais recentes acontecimentos fazem da carta aberta do Michel Temer, vazada para Moreno, da Globo, a prova cabal da honestidade da Dilma e da desonestidade do MiShell Temer. Há até o cheque de um milhão, nominal a ele. Mas, como Judas, negará sempre. A carta contém todos os elmentos probatórios das suas ligações mafiosas.

Leia abaixo a íntegra da carta obtida pela GloboNews:

São Paulo, 07 de Dezembro de 2.015.

Senhora Presidente,

"Verba volant, scripta manent" (As palavras voam, os escritos permanecem) – é isso aí, tua carta é nossa prova do teu envolvimento…

Por isso lhe escrevo. Muito a propósito do intenso noticiário destes últimos dias e de tudo que me chega aos ouvidos das conversas no Palácio. – onde se lê noticiário, leia-se indução ao golpe pela Rede Globo, aquela que mudou uma rodada do Brasileirão para levar sua manada de adestrados, via RBS, ao Parcão, em Porto Alegre.

Esta é uma carta pessoal. É um desabafo que já deveria ter feito há muito tempo. – usar carta, em tempos de internet, eu ia dizer passadismo, mas é velhacaria mesmo.

Desde logo lhe digo que não é preciso alardear publicamente a necessidade da minha lealdade. Tenho-a revelado ao longo destes cinco anos. – se MT entender isso aí por lealdade, o que seria deslealdade?!

Lealdade institucional pautada pelo art. 79 da Constituição Federal. Sei quais são as funções do Vice. À minha natural discrição conectei aquela derivada daquele dispositivo constitucional. errata, onde se lê art. 79 da CF, leia-se art. 171 do CP. Quem faz uma carta destas não tem faz uma natural “descrição”. Discrição era ter ficado apenas como decorativo.

Entretanto, sempre tive ciência da absoluta desconfiança da senhora e do seu entorno em relação a mim e ao PMDB. Desconfiança incompatível com o que fizemos para manter o apoio pessoal e partidário ao seu governo. – tirando a recatada é dólar, quem hoje confia no Senhor? E no PMDB do Romero Jucá, ou seria CAJU, do Eliseu Rima Rica, do Geddel Vieira Lima, do Moreira Franco, ou seria Angorá, do José Sarney, do Eduardo CUnha, do Sérgio Cabral Filho?!

Basta ressaltar que na última convenção apenas 59,9% votaram pela aliança. E só o fizeram, ouso registrar, por que era eu o candidato à reeleição à Vice. – sim, porque se fosse para cabeça da chapa, só a lista do parágrafo anterior teria votado em ti.

Tenho mantido a unidade do PMDB apoiando seu governo usando o prestígio político que tenho advindo da credibilidade e do respeito que granjeei no partido. Isso tudo não gerou confiança em mim. Gera desconfiança e menosprezo do governo. – com vazamento dos diálogos do Romero Jucá e agora a Lista Odebrecht, entendeu agora porque não gerava nem geras confiança, mas merece só menosprezo e tornozeleira eletrônica!?

Vamos aos fatos. Exemplifico alguns deles.

1. Passei os quatro primeiros anos de governo como vice decorativo. A Senhora sabe disso. Perdi todo protagonismo político que tivera no passado e que poderia ter sido usado pelo governo. Só era chamado para resolver as votações do PMDB e as crises políticas. – como vice-decorativo foi seu melhor desempenho em toda sua vida. Marcela que o diga.

2. Jamais eu ou o PMDB fomos chamados para discutir formulações econômicas ou políticas do país; éramos meros acessórios, secundários, subsidiários. – isso mesmo, não é só o senhor que não entende, mas parte da própria esquerda não entende que  aliança é para ganhar eleição, não para mandar. Se fosse para mandar, seria cabeça, como agora. Quando do PMDB formula políticas econômicas, como agora, os trabalhadores, e também os aposentados, sentem no próprio no próprio salário, e também no desemprego o que isso significa. Está aí sua pinguela para o futuro para provar.

3. A senhora, no segundo mandato, à última hora, não renovou o Ministério da Aviação Civil onde o Moreira Franco fez belíssimo trabalho elogiado durante a Copa do Mundo. Sabia que ele era uma indicação minha. Quis, portanto, desvalorizar-me. Cheguei a registrar este fato no dia seguinte, ao telefone. – sábia decisão da Dilma, que descobriu, sem ajuda do MP ou PF, quem era Moreira Franco…

4. No episódio Eliseu Padilha, mais recente, ele deixou o Ministério em razão de muitas "desfeitas", culminando com o que o governo fez a ele, Ministro, retirando sem nenhum aviso prévio, nome com perfil técnico que ele, Ministro da área, indicara para a ANAC. Alardeou-se a) que fora retaliação a mim; b) que ele saiu porque faz parte de uma suposta "conspiração". – suposta conspiração, porque, como sapes, houve um suposto golpe… Aliás, por falar em Padilha, desde os precatórios do antigo DNER os gaúchos sabemos de onde saiu o gado que pastam em suas fazendas…

5. Quando a senhora fez um apelo para que eu assumisse a coordenação política, no momento em que o governo estava muito desprestigiado, atendi e fizemos, eu e o Padilha, aprovar o ajuste fiscal. Tema difícil porque dizia respeito aos trabalhadores e aos empresários. Não titubeamos. Estava em jogo o país. Quando se aprovou o ajuste, nada mais do que fazíamos tinha sequência no governo. Os acordos assumidos no Parlamento não foram cumpridos. Realizamos mais de 60 reuniões de lideres e bancadas ao longo do tempo solicitando apoio com a nossa credibilidade. Fomos obrigados a deixar aquela coordenação. – o ajuste fiscal é um tema tão difícil que foi a primeira e única coisa que tenta fazer até agora. O que queria à época, é o que fazes agora, foder com o trabalhador pague as contas da incompetência da Rede Globo e seus finanCIAdores da FIESP, incluindo o pato do Skaf…

6. De qualquer forma, sou Presidente do PMDB e a senhora resolveu ignorar-me chamando o líder Picciani e seu pai para fazer um acordo sem nenhuma comunicação ao seu Vice e Presidente do Partido. Os dois ministros, sabe a senhora, foram nomeados por ele. E a senhora não teve a menor preocupação em eliminar do governo o Deputado Edinho Araújo, deputado de São Paulo e a mim ligado. – hoje fica fácil ignora-lo, mas à época, só uma pessoa honesta e corajosa o faria. Palmas para Dilma que ignorou um ignorante!

7. Democrata que sou, converso, sim, senhora Presidente, com a oposição. Sempre o fiz, pelos 24 anos que passei no Parlamento. Aliás, a primeira medida provisória do ajuste foi aprovada graças aos 8 (oito) votos do DEM, 6 (seis) do PSB e 3 do PV, recordando que foi aprovado por apenas 22 votos. Sou criticado por isso, numa visão equivocada do nosso sistema. E não foi sem razão que em duas oportunidades ressaltei que deveríamos reunificar o país. O Palácio resolveu difundir e criticar. – tanto conversava com a oposição à Dilma que levou consigo no golpe José Tarja Preta Serra, Antônio Imbassahy, Aécio Neves. Todos derrotados por Lula e Dilma.

8. Recordo, ainda, que a senhora, na posse, manteve reunião de duas horas com o Vice Presidente Joe Biden – com quem construí boa amizade – sem convidar-me o que gerou em seus assessores a pergunta: o que é que houve que numa reunião com o Vice Presidente dos Estados Unidos, o do Brasil não se faz presente? Antes, no episódio da "espionagem" americana, quando as conversar começaram a ser retomadas, a senhora mandava o Ministro da Justiça, para conversar com o Vice Presidente dos Estados Unidos. Tudo isso tem significado absoluta falta de confiança; – tirando a Rede Globo, o MBL, o pessoal que veste camisas verde-amarelas da CBF, a Folha de São Paulo, o Estadão, a Veja, a RBS, o Eduardo Cunha, Moreira Franco, FHC, Aécio, Padilha, Sarney, Jucá, Paulo Skaf, e todos os delatados na Lista Odebrecht, todos os demais tem “absoluta falta de confiança” no senhor.

9. Mais recentemente, conversa nossa (das duas maiores autoridades do país) foi divulgada e de maneira inverídica sem nenhuma conexão com o teor da conversa. – uma conversa vazada da mesma maneira que esta sua carta… Aliás, o que o senhor disse a respeito do vazamento da conversa da Dilma com Lula jogralizada pela sua mentora, a Rede Globo?

10. Até o programa "Uma Ponte para o Futuro", aplaudido pela sociedade, cujas propostas poderiam ser utilizadas para recuperar a economia e resgatar a confiança foi tido como manobra desleal. – sua ponte para o futuro caiu, porque seus fundamentos, como uma caixa de Pandora, que Dilma já sabia, foi alicerçado nas costas dos trabalhadores e aposentados.

11. PMDB tem ciência de que o governo busca promover a sua divisão, o que já tentou no passado, sem sucesso. A senhora sabe que, como Presidente do PMDB, devo manter cauteloso silencio com o objetivo de procurar o que sempre fiz: a unidade partidária. – o senhor confirma então que o PMDB, sob seu comando, era uno e indivisível, por isso está todo e por inteiro na Lista Odebrecht?

Passados estes momentos críticos, tenho certeza de que o País terá tranquilidade para crescer e consolidar as conquistas sociais. – como uma verdadeira Cassandra, suas previsões são mais furadas que uma rede cearense…

Finalmente, sei que a senhora não tem confiança em mim e no PMDB, hoje, e não terá amanhã. Lamento, mas esta é a minha convicção. – Dilma e todas as pessoas honestas não tem confiança nem em ti nem nos seus a$$oCIAdos, porque são todos do mesmo naipe, farinha do mesmo saco.

Respeitosamente,

Michel Temer 

A Sua Excelência a Senhora

Doutora DILMA ROUSSEFF

DO. Presidente da República do Brasil

Palácio do Planalto

17/09/2016

Se quiseres informação sobre o golpe e os golpistas do Brasil, leia jornais estrangeiros

GolpistaEL MUNDO › EL EXPERTO EN DD.HH. MAURICE POLITI LLAMA A INVOLUCRARSE EN CONTRA DEL GOLPE PARLAMENTARIO EN BRASIL

“Van por Lula para quedar como únicos candidatos”

El creador y referente del Núcleo de Preservación de la Memoria Política visitó Buenos Aires esta semana como disertante en el seminario regional “El presente se discute con memoria”, que se llevó a cabo en la ex Esma.

La foto más conocida que circula de Maurice Politi es en blanco y negro, y muestra a un joven mirando de frente, bien directo a la cámara, que mientras porta en sus manos un cartel de madera medio inclinado con los números 3192. Aquel documento es la prueba del momento en que este ex activista del grupo de resistencia Acción de Liberación Nacional (A.L.N.) fue ingresado como preso político en 1970, durante la dictadura militar en Brasil. Antes de comenzar aclara: “No quiero que lo que nos sucedió haga que nadie se quiera involucrar en la política, porque hay que involucrarse”.

Politi, creador y referente del Núcleo de Preservación de la Memoria Política (con sede en San Pablo), visitó Buenos Aires esta semana como disertante en el seminario regional “El Presente se Discute con Memoria”, que se desarrolló en el predio de la ex ESMA, oportunidad en la que dialogó con Página/12. En un sector congelado y oscuro del ex centro clandestino de exterminio durante la última dictadura, Politi se reencuentra con su propia historia. Con una voz muy suave y un perfecto castellano producto de haber vivido siete años en Argentina, relata que fue preso político con apenas 21 y que tuvo que exiliarse a Israel en 1974. Su vuelta a Brasil se dio en 1980, pero no fue hasta el 2007 que su condición de ex preso lo llevó a dedicarse al campo de los derechos humanos y a reconectarse con ese momento de su vida. Entró a trabajar en el Ministerio de Derechos Humanos y fue uno de los primeros que abrió el capítulo de la memoria. En su lucha por el rescate de la verdad y de la memoria histórica, y con la convicción de que Brasil no debe olvidar lo que sucede, analiza la situación que atraviesa el país tras la destitución de la presidenta Dilma Rousseff.

“El impeachment fue un quiebre del orden institucional, fue una farsa. Hubo detrás una maquinaria que se aprovechó del descontento popular tras ciertas situaciones, como el aumento de la tarifa del transporte público, para crear nuevos grupos que difundieron la consigna de Fuera Dilma”. Por 61 votos a favor de la destitución y 20 en contra en el Senado, Rousseff fue apartada del cargo de presidenta de Brasil el 31 de agosto, más de cinco años y medio después de haber sido electa por primera vez y luego reelecta. Luego de ocupar el cargo de forma interina, Michel Temer asumió como mandatario y fue denunciado firmemente y en reiteradas ocasiones por Rousseff, de haber orquestado un golpe en su contra junto al ex presidente de la Cámara Baja del Parlamento, Eduardo Cunha, para correrla del poder. “Cuando asume Dilma el primer choque que tiene en la cámara es porque ella sabía que Cunha era un conocido corrupto desde la época de Collor de Melo (Fernando) y que luego se había vuelto evangélico y creado empresas ficticias para poner sus bienes ahí. Cuando aparece la Operación Lava Jato, y Cunha está involucrado, le propone al gobierno un `yo te ayudo y vos me ayudás’. Si vos no me ayudás, voy a recibir las propuestas de impeachment. Dilma le dice que responda ante la justicia y así él le inicia la guerra, se alía con Temer y hacen política sucia. Aunque después lo descartaron como papel higiénico usado y le quitaron su puesto”.

El Plenario de la Cámara Baja aprobó la destitución de Cunha, del Partido Movimiento Democrático Brasileño (PMDB) por 450 votos contra diez. Cunha está acusado de “falta de decoro parlamentario” por haber dicho a una Comisión Parlamentaria de Investigación sobre la petrolera estatal Petrobras que no tiene cuentas bancarias en el exterior, información que fue desmentida posteriormente. Según los documentos enviados por la justicia suiza, Cunha tuvo cuentas por valor de cinco millones de dólares en Suiza, donde supuestamente desvió fondos de la trama de corrupción de Petrobras.

Para Politi la situación brasilera es dramática y considera que detrás de los hechos, hay una fuerte influencia de Estados Unidos. Sin embargo, se pregunta quiénes más son partícipes de lo que califica como golpe parlamentario. “Además del Imperio, hay una gran incógnita. ¿Con quién cuenta Temer a nivel empresarial? Sabemos que hay un fuerte apoyo de entidades. Pero no tiene a los grandes detrás, como a la empresa Odebrecht. ¿Quién está dándole todo?”.

Además, el experto en derechos humanos dice que se está volviendo al neoliberalismo, al estado que se aleja de sus obligaciones y que las empresas privadas están por dominar la economía. “Temer dice que no va tocar los planes sociales. Sin embargo, ya está en tratativas la flexibilización laboral, las privatizaciones de aeropuertos, la explotación del petróleo en mano de las grandes compañías extranjeras. Se está planeando que esté permitido trabajar doce horas de corrido. Las políticas de mayor inclusión social y las políticas de estado van a disminuir o desaparecer”.

Luego de la salida de Rousseff del poder, le tocó el turno de estar en el banquito de los acusados al ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva. El fiscal Deltan Dallagnol, de la Operación Lava Jato, presentó una denuncia contra el fundador del Partido de los Trabajadores (PT), su esposa y un amigo. La denuncia fue ofrecida al juez de primera instancia, Sergio Moro, y se acusa a Lula, sin pruebas, de haber sido beneficiado por la constructora OAS. Que a cambio de favorecer a la empresa, habría recibido un departamento en un edificio de lujo en el balneario de Guarujá, a 60 kilómetros de San Pablo. “A Lula lo acusan de tener un departamento y una casa de campo, que él niega que sean suyas. Tal vez Lula podría haber asumido su relación con las propiedades, pero tiene una política de negar todo”.

Para Politi, el plan de Temer y sus secuaces aún no llegó a su fin. Anuncia que la próxima etapa es tornar a Lula inelegible o meterlo preso para que no pueda presentarse como candidato en las próximas elecciones presidenciales que serán en el 2018. “Van por Lula para que ellos puedan quedar como los únicos candidatos viables. Quieren estar en el poder por 12 años como lo hizo el PT. Temer dice que no va a presentarse, pero yo pienso que sí”. Aunque Politi advierte que hay que prestar atención a una persona que está escondida. “Ciro Gomes, ex gobernador de Ceará (estado del nordeste de Brasil), está ahora medio quietito pero puede ser que se presente”.

Entrevista: Florencia Garibaldi.

Página/12 :: El mundo :: “Van por Lula para quedar como únicos candidatos”

15/08/2016

Driblando a censura da Cleptocracia Golpista

OBScena: haja criatividade para denunCIAr a censura da cleptocracia golpista

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01/08/2016

Operadores de direita não querem acabar com a pobreza, mas com os pobres

A política até pode ter atraído muito político podre, mas a consolidação da quadrilha instalada no poder (Eduardo CUnha, Michel Temer, Eliseu Padilha & José Tarja Preta Serra) foi um processo que contou com a participação decisiva do MPF e STF. Alguns operadores de direito operaram a esquerda e planificaram o atalho para a instalação da cleptocracia. Nunca antes na história do Brasil houve um consenso no sentido de consolidar o golpe paraguaio. Para os golpistas, “as instituições públicas estão funcionando”.

Os perseguidores de Lula acusam-no de ter conhecimento de tudo pelo simples fato de ter sido Presidente quando alguns dos fatos aconteceram. Nesta lógica, os fatos acontecidos sob FHC não teriam de lhe ser imputados? E, o mais incrível, Lula teria de saber, mas então porque  foi considerado normal que Zezé Perrella nada soubesse a respeito de seu heliPÓptero que traficava 450 kg de cocaína!? Se Lula teria de saber de Cerveró, porque o dono do Estadão não teria de saber que Pimenta Neves, Diretor de Redação do Estadão, assediava moral e sexualmente Sandra Gomide, a ponto de vir assassina-la pelas costas?!  Então quer dizer que Michel Temer não sabia de nada de suas viagens nababescas com dinheiro público? Que não sabia o que fazia Romero Jucá, José Sarney & Eduado CUnha? Por que só Lula precisaria saber?!

Há um dado muito simples para desmascarar o golpe paraguaio made in Brasil: Lula vem sendo caçado desde que tomou posse. E a única ação acolhida, até agora, é de obstrução da Justiça, exatamente por quem já foi acusado, na Operação Zelotes, de obstruir a justiça. Caçar Lula é só um forma de limpar o caminho para cleptocracia atuar sem qualquer oposição. Lula só é culpado pela abstinência eleitoral da direita golpista e parasita.

De repente, para justificar uma obsessão da plutocracia,  a nossa Constituição incorporou mais uma cláusula pétrea: “A tentativa do perseguido de escapar da obsessão persecutória será considerada obstrução da justiça”.

Não por acaso o Ministro Marco Aurélio defende, com base na Constituição, que a liberdade é direito natural do ser humano e a obstrução ao constrangimento nitidamente ilegal, ainda que não esteja inscrita em lei positiva, é imanente dos direitos da cidadania brasileira.

No caso Brasileiro, a perseguição ao grande molusco mostra uma obsessão doentia na medida em que contrasta com a liberdade de outros personagem, com materialidade abundante, como é o caso do Eduardo CUnha, e até mesmo do Aécio Neves, o primeiro a ser comido. Se é verdade que ambos têm foro privilegiado, também é verdade que Delcídio Amaral também tinha. E ainda que houvesse uma justificativa aí, quais são as justificativas para o faz de conta em relação à Andrea Neves e à Cláudia Cruz?!

O Xadrez da dívida pública e a camarilha dos 6

O Xadrez da dívida pública e a camarilha dos 6

dom, 31/07/2016 – 23:39 – Atualizado em 31/07/2016 – 23:40-Luis Nassif

Na semana passada, o economista turco-americano Dani Rodrik traçou o roteiro do fracasso da socialdemocracia no mundo, mesmo após a maior crise do neoliberalismo: a socialdemocracia se deixou levar pela ideologia mercadista, por não ter procurado estabelecer limnites ao livre fluxo de capitais.

Historicamente, o ponto central dos problemas brasileiros sempre foi o livre fluxo de capitais amarrado a uma política de endividamento público muito mais focada em remunerar o capital financeiro do que em trazer investimentos.

Não é por outro motivo que os momentos de crescimento brasileiro foram nos anos 30, quando a quebra externa obrigou o governo a impedir a livre circulação de capitais, e no período pós-Guerra, com os controles cambiais criados pelo acordo de Bretton Woods.

Não há na história econômica moderna exemplo mais acabado de expropriação da riqueza do país para um grupo específico do que o que vem ocorrendo com o Brasil nos últimos 22 anos. Se algum economista se der ao trabalho de calcular o que foi pago de juros da dívida pública desde o Plano Real até hoje, daria para cobrir o país de norte a sul com infraestrutura de primeiro mundo.

Peça 1 – Como ganhar com câmbio e juros

Do Plano Real até os dias atuais, a expropriação do orçamento se deu por dois caminhos: a política monetária interna, de juros extorsivos, amarrando a política monetária do Banco Central (destinada a controlar a liquidez do sistema) ao mercado de dívida pública; o segundo caminho foi o livre fluxo de capitais.

Do Real até hoje, passando pelos governos FHC, Lula e Dilma, criou-se a seguinte dinâmica:

1.     Liberam-se os fluxos cambiais e mantém-se a taxa interna de juros superior à internacional. Com isso, há um excesso de entrada de dólares pretendendo lucrar com o diferencial de taxas de juros.

2.     O excesso de entrada de dólares promove uma apreciação do câmbio tirando a competitividade dos produtos brasileiros. O país é inundado por excesso de importações e de gastos com serviços.

3.     Na medida em que há uma deterioração do balanço de pagamentos, ocorre uma corrida final, de dólares saindo do país, promovendo uma maxidesvalorização do real. Quem entrou na baixa vende na alta e pula fora, aguardando o momento de voltar.

4.     Com a maxi, as contas externas começam a se equilibrar. Há impactos sobre a inflação que servem de álibi para o aumento expressivo das taxas de juros. Pela lógica brasileira, a taxa futura de juros sempre tem que ser substancialmente maior do que a inflação esperada.

5.     Com as contas externos se equilibrando e os juros aumentando, voltam os fluxos de dólares ao país e retorna-se à ciranda anterior do capital voltando para ganhar com juros e com nova rodada de apreciação cambial. Confira as contas:

Tome-se o exemplo acima. Calcula-se a rentabilidade de um investimento comparando os juros recebidos com o capital investido. No modelo brasileiro, não há capital investido: o especulador simplesmente capta dinheiro no exterior, a taxas próximas de zero, e aplica na Selic a taxas de 14,15%. Portanto, a rentabilidade é infinita.

No exemplo acima, o investidor tomou um crédito em dólares, pagando 1% ao ano. Converteu em reais, com a cotação a R$ 3,80. Aplicou em títulos do Tesouro remunerados por 14,15%. Um ano depois resgatou os títulos, converteu em dólares, com a cotação a R$ 3,40, remeteu o dinheiro para fora, quitou o financiamento e obteve um lucro equivalente a 27% do valor financiado.

Quem paga esse ganho? O orçamento público, o mesmo caixa único que garante salários de procuradores, juízes, gastos com saúde, educação.

Não existe lógica financeira, macroeconômica que possa legitimar essa operação.

Peça 2 – como expropriar o orçamento

Desde o início da internacionalização dos capitais, a dívida pública (ou soberana) se constituiu em um dos terrenos preferenciais de atuação dos bancos internacionais. No início do século, um chanceler argentino chegou a propor uma moção autorizando países credores a invadir devedores em caso de calote. E contou com o voto a favor de Ruy Barbosa, um sócio da banca londrina.

A própria criação do FED, como instituição privada, visou consolidar essa prioridade. E, mesmo não logrando emplacar o livre fluxo de capitais em Bretton Woods, a banca conseguiu criar modelos que minimizassem os riscos soberanos.

Em qualquer livro-texto, defende-se a dívida pública como um instrumento para investimentos públicos que terão como efeito aumentar a eficiência estrutural da economia ou reativar economias combalidas.

No caso brasileiro, desde o Plano Real a dívida pública serviu apenas para alimentar a dívida pública. Não há paralelo de um saque tão continuado sobre o orçamento público como o que ocorreu nesse período.

No governo FHC, a relação dívida/PIB saiu de menos de 20% para quase 70%, mesmo com a privatização em massa e sem ter acrescentado um torno a mais no parque industrial ou na infraestrutura brasileira.

Com Lula e Dilma, a mesma coisa, um enorme esforço para trazer a relação dívida/PIB para patamares mais civilizados, a criação de um colchão de reservas cambiais, apenas para diluir o risco dos investidores e não ter que mexer na livre circulação de capitais.

Peça 3 – a falsa ciência legitimando o jogo

Há um conjunto de condições necessárias para o desenvolvimento de um país: investimentos em educação, saúde, melhoria de renda, em inovação, em financiamento e assim por diante.

Algumas políticas sugerem menos Estado; outra defendem mais participação do Estado. Todas elas gostam de falar em nome do chamado interesse nacional.

Pode-se defender o interesse nacional desburocratizando a economia, criando um ambiente mais saudável para os negócios. Como se pode defender usando a força do Estado para políticas proativas de defesa da produção interna.

Mas nenhuma política decente pode defender cortes em gastos essenciais porque aí atenta-se contra o longo prazo para benefícios de curtíssimo prazo a grupos específicos.

A maneira de impor essa política foi recorrer a sofismas que não seriam aceitos em nenhum país minimamente civilizado.

1.     A ideia de que as taxas de juros elevadas visam compensar desequilíbrios fiscais.

Como defender essa hipótese em um caso flagrante de que o maior fator de desequilíbrio é a própria taxa de juros e a queda de receita provocada pelo desaquecimento da economia, fruto de políticas monetárias restritivas?

2.     O modelo de metas inflacionárias para qualquer hipótese de inflação.

Juros só combatem inflação em caso de excesso de demanda na economia. Com a economia caindo 8% em dois anos, não há a menor lógica de continuar segurando o consumo. Pelo contrário, a política monetária restritiva tira mais dinheiro da atividade produtiva, contrai mais o consumo, por consequência derruba mais a receita fiscal e aumenta o déficit público. Em 15 anos de experimento das metas inflacionárias, o único canal eficaz para derrubar os preços foi o canal do câmbio – justamente a política que mais tornou vulnerável as contas públicas e o combate à inflação.

3.     A ideia de que basta conseguir equilíbrio fiscal (sem mexer nos juros e no câmbio) para atrair o capital externo e trazer de novo a felicidade.

Peça 4 – o investimento produtivo

O investimento produtivo – de capital nacional ou internacional – leva em consideração vários fatores.

Custo de oportunidade:

Consiste em comparar a rentabilidade esperada do investimento com a rentabilidade oferecida pela aplicação de menor risco na economia: em quase todos os países, a remuneração dos títulos públicos. Com a possibilidade de ganhar 14,15% em dólares (ou mais, dependendo da apreciação da moeda) sem riscos, o investimento só será feito em setores com mais perspectiva de rentabilidade. Fora o tráfico de cocaína, não se conhece setor com tal rentabilidade.

Financiamentos de longo prazo

O único agente que financia no longo prazo, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), está sendo destruído pela política econômica de Henrique Meirelles, com o propósito de sanear as contas públicas sem mexer nos juros.

Capacidade ociosa

O investimento ocorre quando se preenche a capacidade instalada com produtos competitivos. A política monetária amplia a recessão e, automaticamente, o nível de capacidade utilizada. A apreciação cambial reduz a competitividade frente os produtos importados.

Competitividade sistêmica

O que garante a competitividade sistêmica de um país é o nível da mão-de-obra, os investimentos em inovação.

O modelo posto em prática sacrifica todos esses pontos e apresenta, como contrapartida, a única possibilidade de ganhos financeiros

Peça 4 – os jogadores principais

Camarilha dos 6 – Representam o que de mais bronco a política brasileira produziu nas últimas décadas. Mesmo com toda a ilegitimidade do golpe, tivesse um mínimo de envergadura Michel Temer se apresentaria como um conciliador. Bastou saber que comissionados o vaiaram para ordenar uma devassa no serviço público que paralisou departamentos, agências. Sua maneira de fazer política é a seco: divide o orçamento público com os parceiros. E o futuro que exploda.

Mercado – mercado não tem pátria. Por isso é ocioso submete-lo ao teste dos cenários de longo prazo da economia. No momento em que cessar o maná dos juros e câmbio, basta mudar de país.

Ministério Público Federal – assim que foi votado a admissibilidade do impeachment, as cenas dos deputados votando foram tão constrangedoras que a Procuradoria Geral da República ensaiou alguns exercícios de isenção. Passado o impacto, voltou ao mesmo padrão anterior, de fortalecer os principais atores desse jogo através de um trabalho sistemático de perseguição aos opositores. É paradoxal que a organização responsável pelos maiores avanços do país em direitos sociais tenha atuado para fortalecer um interinato responsável pelas maiores ameaças sofridas pelas políticas públicas brasileiras desde a Constituição.

Agora, com a camarilha dos 6 tomando o poder, completa-se o jogo.

1.     Explode-se o déficit público, com aumentos generalizados de salários às corporações mais influentes, aumento das emendas parlamentares.

2.     A conta de juros permanece intocada, com a Selic em 14,15% mesmo com o PIB caindo quase 8 pontos percentuais acumulados.

3.     Definição de limites para os gastos públicos, tomando por base os menores níveis reais da história: os gastos dos últimos anos, derrubados pela queda da receita em função da recessão econômica.

O Xadrez da dívida pública e a camarilha dos 6 | GGN

17/06/2016

Com menos de um milésimo disto, Dilma foi golpeada e Lula está sendo caçado

OBScena: Ranking dos Delatados

DelatadosMichel Temer foi escolhido para presidir uma cleptocracia devido aos seus antecedentes. Suas únicas credenciais são seus serviços prestados à plutocracia. Sua única função é transformar a República em Ré Pública.

Ser desmentido por um larápio de manual já seria motivo suficiente, mas no Brasil amestrado pelos ensinamentos da Rede Globo, qualquer bandido pode ser Presidente. Aliás, para os bandidos, só preto, pobre e petista não pode ser Presidente. 

Onde estão as capas da Veja, as emocionantes coberturas, com jogral, para mostrar o modus operandi da quadrilha que tomou de assalto o Planalto Central. A Rede Globo não mostra porque senão teria de se incluir no roteiro. A Rede Globo é, desde sempre, o golpe. Não há indignação com Eduardo CUnha, com Aécio Neves, com Andrea Neves, com FHC, com José Serra, com Zezé Perrela, com heliPÓptero, com José Sarney, com Eliseu Rima Rica, assim como não há indignação com Fernandinho Beira-Mar e com Marcola. Se for toxicômano, pode ser funcionário. É pré-requisito pra trabalhar ao lado do Galvão Bueno.

Onde estão os indignados com a corrupção? Cadê a marcha dos zumbis para denunciar a cleptocracia que tomou o Planalto Central de assalto? Por que vazam áudios da D. Mariza mas não vazam das alpinistas Marcela, Cláudia Cruz, Andrea Neves? Por que a cunhada do Vaccari, Marice Lima, pode, só por ser cunhada de petista,  ser presa mas para as dondocas da plutocracia tá tranquilo, tá favorável?!

São tantas perguntas tolas porque sabemos que há um movimento internacional que finanCIA a perseguição da esquerda com vistas a se apropriarem das riquezas nacionais. Derrubaram e assassinaram Kadafi, na Líbia. Derrubaram e assassinaram Saddam Hussein, derrubaram o presidente do Egito, derrubaram o presidente da Ucrânia, tentaram derrubar o ditador da Síria. Na América Latina estão tentando derrubar Maduro, como fizeram com Hugo Chávez. Agora derrubaram a Presidenta Dilma. O que há em comum em todos os derrubados? Presidiam países produtores de petróleo. E quem é o maior consumidor de petróleo por trás de todos estes golpes? Os EUA. Até a Dory do desenho animado Procurando Nemo, que agora, por seu notório esquecimento, merece uma sequência própria, Procurando Dory, sabe!  O mais beócio dos mortais sabe perfeitamente porque o José Serra foi encarregado de entregar a Petrobrax à Chevron. Os quinta coluna, notórios também pelo complexo de vira-lata, fazem qualquer negócio para destruir o país e entregar nossos bens de mão beijada aos EUA.

FHC perpetrou, e foi endeusado por isso, uma teoria da dependência. O amante da Miriam Dutra vendeu a ideia de que só seremos independentes se dependermos dos EUA. Sonham em transformar o Brasil numa grande Porto Rico. As primeira medidas de José Serra são provas irrefutáveis disso. Esses criminosos de lesa pátria são festejados e protegidos pelos grupos mafiomidiáticos porque também estes são anti-nacionais. Odeio o povo brasileiro e todos os que fazem algo, por mais tímido e incipiente que seja, em benefício das menos favorecidos. Basta ver o combate às cotas sociais e raciais (Não Somos racistas, escreveu Ali Kamel). Combatem o Bolsa Família mas festejam o PROER.

Desde Getúlio Vargas a plutocracia, coordenada pela Globo, caça Presidentes que ousam mostrar inclinações de esquerda. Derrubaram Jango, caçam Lula e derrubaram Dilma. Sem esquecer que a Globo elegeu Collor e endeusou o capturado FHC, e tentou, com a Proconsult, roubar Brizola. O golpe em Dilma e a caça ao Lula é uma orientação editorial e empresarial da Rede Globo. Se tiver de distribuir estatuetas, distribuirá. Se tiver de criar institutos de captura, criará Innovare. Se precisar de auxílio do STF, Bonner ligará pra Gilmar Mendes.

A obsessiva caça ao Lula e o golpe dado em Dilma tem muitos autores e são os mesmos que protegem os cleptocratas.

Machado rebate Temer e confirma pedido de doações para campanha de Chalita

Leandro Prazeres
Do UOL, em Brasília

16/06/201618h41

O ex-presidente da Transpetro e delator da Operação Lava Jato Sérgio Machado divulgou uma nota nesta quinta-feira (16) na qual rebate as alegações feitas pelo presidente interino, Michel Temer (PMDB), de que ele não teria feito pedido de verbas a Machado para a campanha à Prefeitura de São Paulo de Gabriel Chalita (hoje no PDT) em 2012.

Em sua delação, Machado disse que Temer lhe pediu doações para a campanha de Chalita e que repassou R$ 1,5 milhão à campanha por meio de doações cuja origem eram dinheiro de propina. Ainda de acordo com Machado, o contexto da conversa "deixava claro que o que Michel Temer estava ajustando com o depoente (Machado) era que este solicitasse recursos ilícitos das empresas que tinham contratos com a Transpetro".

Na última quarta-feira (15), a Secretaria de Imprensa da Presidência da República divulgou uma nota negando que Temer tenha pedido recursos a Machado.

Nesta quinta-feira, no Palácio do Planalto, Temer se manifestou oficialmente sobre ao assunto, classificando as declarações de Machado como "levianas". "Se tivesse cometido delito, não teria condições de presidir o Brasil", afirmou o presidente interino.

SE TIVESSE COMETIDO DELITO, NÃO TERIA CONDIÇÕES DE PRESIDIR, DIZ TEMER

Em nota, Machado voltou a afirmar que se encontrou com Michel Temer na base aérea de Brasília e que, durante o encontro, Temer "solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita".

Em outro ponto da nota, Machado diz que todos os políticos que o procuravam em busca de doações sabiam que essas demandas seriam repassadas a fornecedores da Transpetro.

"O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora", diz Machado.

Questionado sobre as declarações de Sérgio Machado, o ex-deputado federal Gabriel Chalita (PDT-SP) negou ter recebido doações intermediadas por Machado durante sua campanha à Prefeitura de São Paulo em 2012.

"Jamais pedi nada a ele. Já recebi doações de empreiteiras, mas nunca tive nenhum acesso à Queiros Galvão", disse Chalita na última quarta-feira (15). Segundo Machado, a Queiroz Galvão fez doações à campanha de Chalita após Michel Temer ter feito um pedido ao delator. Em nota, Chalita disse que jamais pediu recursos a Machado. "Não conheço Sérgio Machado. Portanto, nunca lhe pedi recursos ou qualquer outro tipo de auxílio à minha campanha."

Confira a íntegra da nota divulgada por Sérgio Machado.

"1) Quando se faz acordo de colaboração assume-se o compromisso de falar a verdade e não se pode omitir nenhum fato; falo aqui sob esse compromisso;

2) Em setembro 2012 fui procurado pelo senador Valdir Raupp (PMDB-RO), presidente em exercício do partido, com uma demanda do então vice-presidente da República, Michel Temer: um pedido de ajuda para o candidato do PMDB a prefeito de São Paulo, Gabriel Chalita, porque a campanha estava em dificuldades financeiras;

3) Naquele mesmo mês, estive na Base Aérea de Brasília com Michel Temer, que embarcava para São Paulo. Nos reunimos numa sala reservada;

4) Na conversa, o vice-presidente Michel Temer solicitou doação para a campanha eleitoral de Chalita;

5) O vice-presidente e todos os políticos citados sabiam que a solicitação seria repassada a um fornecedor da Transpetro, através de minha influência direta. Não fosse isso, ele teria procurado diretamente a empresa doadora;

6) Após esta conversa mantive contato com a empresa Queiroz Galvão, que tinha contratos com a Transpetro, e viabilizei uma doação de R$ 1,5 milhão feita ao diretório nacional do PMDB; o diretório repassou os recursos diretamente à campanha de Chalita. A doação oficial pode ser facilmente comprovada por meio da prestação de contas da campanha do PMDB ;

7) É fato que nunca estive com Chalita".

MACHADO: TEMER REASSUMIU PRESIDÊNCIA DO PMDB PARA CONTROLAR RECURSOS

Machado rebate Temer e confirma pedido de doações para campanha de Chalita – Notícias – Política

10/06/2016

PSDB é filho da imunidade com a impunidade

aécio 801_nDesde que Mário Covas chegou ao governo paulista, o PSDB botou o pé no erário e não largou mais. Está aí, atuante e operante, apesar da farta documentação vinda da Suíça, o famoso Robson Marinho no TCE/SP. Neste caso, a imunidade partiu do MPF, na sempre lembrada figura do esquecido Engavetador II, Rodrigo de Grandis.

No Governo FHC, as mutretas eram tantas e públicas que cita-las todas levaria pelo menos 45 anos. Mas uma basta para dar ideia do tamanho do atentado contra o Estado Democrático de Direito e à Democracia, a compra da reeleição. Nem os dividendos distribuídos entre filhos, bastardos  e amantes, tudo somado, ultrapassam esta ignomínia. Nem o fato de ter sido finanCIAdo pelo sistema financeiro, nem o compadrio da Rede Globo, com sua Lei Rubens Ricúpero, perpetrada em parceria com Carlos Monforte, nada disso ultrapassa o ultraje contra a Democracia. O golpe não foram apenas aquele de 1964 e este de 2016. Estuprar a Constituição, o objeto mais sagrado de uma nação, foi feito às claras e testemunhada. Foi um estupro coletivo em que a Rede Globo portou-se como onanista. E todo mundo sabe que a mão que balança o berço do golpe é a do PSDB, mas quem balança o PSDB ao golpe é a mídia. Quer uma prova? Veja, após o golpe, de onde saiu Pedro Parente e para onde foi? Da RBS diretamente para a Petrobrás. Até parece que, como ficou provado com a participação do PP gaúcho, a Petrobrás já nos pertence…

Tudo isso é de domínio público, dispensa interpretação, a ponto do deputado do PSDB gaúcho, Jorge Pozzobom, marcar com ferro em brasa na própria paleta a máxima jamais refutada: “Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”. Portanto, claro e meridiano o comportamento de Gilmar Mendes em relação ao Aécio Neves, o sempre lembrado dos delatores, aquele que seria o primeiro a ser comido… E a proteção parece se estender a familiares.

Neste caso, há diferença de tratamento até em relação à família do Eduardo CUnha. Enquanto em relação à mulher e filha deste já haja sinal de que vão ser investigadas, como se a Suíça já não tivesse entregue todas as provas, nem sinal de que Andrea Neves venha a ser “coercitada”. Em relação ao seu irmão até se poderia entender, já que é Senador e tem foro privilegiado, mas em relação a ela, que não detém cargo algum, nem Jorge Pozzobom conseguiria explicar. A menos que ela seja filiada ao PSDB, aí, sim, teríamos a contra-prova.

Como gravou o delator Sérgio Machado, ex-filiado como Romero Jucá  ao PSDB, os esquemas do Aécio e do PSDB todo mundo conhece. Agora vá encontrar esta declaração na Veja, Época, Globo, Folha, Estadão e Zero Hora. Silêncio ensurdecedor. O que fica claro é que a imunidade que o PSDB goza junto ao Poder Judiciário conta sempre com o endosso dos A$$oCIAdos do Instituto Millenium. Sem o eco das cinco irmãs (Veja, Folha, Estadão, RBS & Rede Globo), o STF não move um inciso… Até parece que há uma cláusula pétrea na Carta Magna que impede de punir os assaltos do PSDB. Só isso explica porque as transações com Alstom e Siemens, embora provadas e condenadas nos países sedes (Alemanha e Suíça), no Brasil as investigações ainda dormem em berço esplêndido.

Eu, se fosse a Cláudia Cruz, pediria isonomia de tratamento com a Andrea Neves…

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio

Termo com a Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, assinado 11 dias antes de Aécio Neves (PSDB) renunciar ao mandato de governador para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), em Montezuma; a empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai

10 de Junho de 2016 às 05:45

247 – A estatal Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, fechou termo de parceria com o pai do senador Aécio Neves (PSDB), Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), quando o tucano ainda era governador.

O termo, assinado 11 dias antes de Aécio renunciar ao mandato para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Cunha em Montezuma.

A empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai. As informações foram reveladas pelo jornal "O Tempo".

Na quarta (8), um deputado do PT de Minas entrou com pedido de investigação sobre o termo de parceria para apurar se Aécio beneficiou familiares no episódio.

Leia aqui reportagem de José Marques sobre o assunto.

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio | Brasil 24/7

08/06/2016

Por omissão ou comissão, bandidos!

OBScena: Jorge Pontual, estafeta da Rede Globo, pedalando na lama.

PontualNão se trata de uma gravação entre amigos, mas entre bandidos. Mas pior do que estes banidos, com os quais o novo inquilino do Planalto sabe lidar, são os subterfúgios utilizados por outras esferas. A seletividade darwiana não é apenas dos políticos, o que seria natural, mas perpassa Poder Judiciário (veja Gilmar Mendes se insurgindo com os vazamentos a respeito dos varões Sarney, Renan, Jucá, CUnha & Temer, mas teve orgasmos jurídicos com o vazamento da conversa da Dilma com Lula), do MPF (que usa o tempo cartesianamente para jogar politicamente) e a velha mídia, com sua Lei Rubens Ricúpero: mostrar o que ajuda o golpe, esconder tudo o que envolve os parceiros no golpe.

O azar da plutocracia que busca, por todas as forças e meios, impor-nos uma cleptocracia, é que não vivemos mais em 1954 ou 1964. Em 2016, com a globalização da informação, em que tudo acontece online, vale a velha máxima do Abraão Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” De nada adianta tentar capturar o Poder Judiciário com o Innovare, cuja única  inovação é o uso de estrangeirismo no nome, ou fazer farta distribuição de estatuetas. Se foi fácil capturar FHC mediante o enxerto de uma funcionário, Miriam Dutra, com a cobertura internacional da Brasif, com o povo não ainda vale a velha lição do abolicionista ianque. E a internet, com o trabalho de formiguinhas, sem qualquer outro intuito que não de lançar luzes, deixam nú, em praça pública, todo o poderia do maior grupo de mídia da América Latina.

Globo já é, por ação e omissão, o primeiro sinônimo de golpe.

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic

ter, 07/06/2016 – 20:34 – Atualizado em 07/06/2016 – 21:03

Jornal GGN – Analisando o áudio das conversas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, é possível perceber que alguns trechos, considerados inaudíveis nas transcrições publicadas pela imprensa, são possíveis de ser compreendidos. Marcelo Zelic, no Viomundo, analisou as gravações e apontou incongruências e falas que não aparecem nas degravações anteriormente publicadas.

Em determinado fala, antes omitida, Jucá diz para Machado que "o governo vai te segurar". Para Zelic, como a conversa foi em março e muito próximo à votação do impeachment, o governo a que se refere Jucá seria o de Michel Temer. Outros trechos que não aparecem em transcrições publicadas pela imprensa podem ser referências ao presidente interino. Leia mais abaixo:

Do Viomundo

Os inaudíveis de Jucá e Machado

por Marcelo Zelic*, especial para o Viomundo

Na semana passada, a comissão de impeachment no Senado negou a inclusão da conversa gravada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, com senador Romero Jucá (PMDB-RR), na defesa da presidenta Dilma Rousseff.

O áudio mais completo disponível na internet tem nove minutos de duração. Está no pé desta matéria.

Por curiosidade, resolvemos confrontá-lo com a transcrição publicada pela Folha de S. Paulo, em 23 de maio de 2016, e com outras que circulam pela mídia.

Depois de ouvir várias vezes, notamos que alguns trechos considerados inaudíveis podem ser compreendidos.

Por cautela, limpamos um pouco os ruídos. Escutamos mais várias vezes, com fone e sem fone de ouvido, em diferentes níveis de volume.

Conclusão: há, de fato, algumas omissões e incongruências em relação ao que foi veiculado. As falas pintadas em amarelo não constam das transcrições publicadas. Ao final deste post, a íntegra de ambas.

Logo no começo, o primeiro trecho que não aparece na transcrição publicada é a afirmação de Sérgio Machado de que não sabe se a Queiroz Galvão irá refazer sua delação, o que lhe seria péssimo, segundo o próprio. O “Queiroz” é omitido. Em relação à Camargo Corrêa, ele diz que ela “vai fazer de novo (delação)” em vez de “vai fazer ou não”, como foi publicado.

3 - trechos-1

Diante disso, por que uma nova delação da Queiroz seria péssima para Machado?

Ao dizer “e, aí, amigo, eu vou falar de mim…”, ele estava ameaçando Jucá e os demais poderosos do PMDB?

Imediatamente, reagindo à situação descrita, Jucá questiona Machado sobre a situação. Aí, em meio a falas superpostas, Jucá, depois de concordar com Machado de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vale um “cybazol” (cibalena, remédio antigo para dor de cabeça), solta uma frase que não aparece nas transcrições divulgadas: “o governo vai te segurar”.

4 - trechos-2

Aqui, é importante lembrar que a conversa entre os dois peemedebistas ocorreu em março de 2016.

Àquela altura dos acontecimentos e no contexto da conversa, “o governo vai te segurar” não se refere ao de Dilma Rousseff, mas, sim, ao que os golpistas buscavam instalar no país.

As forças golpistas capitaneadas pelo presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Câmara, e por Jucá no Senado, já articulavam às claras a derrubada de Dilma e a sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).

A fala de Jucá — “o governo vai te segurar” – reforça a denúncia sobre uma conversa do deputado federal Cabuçu Borges (PMDB-AP), vazada no domingo, 17 de abril, antes da votação do impeachment.

Pelo Whatsapp, Cabuçu revela a um interlocutor não identificado a suposta promessa de Temer (que ele identifica como T) de parar a Lava Jato se o impeachment de Dilma fosse aprovado pelo Congresso.

Diante da dúvida do interlocutor, Cabuçu diz: “[ele] me botou na linha os ‘chefes do MP e Judiciário e confirmaram’; “Confirmaram q param tudo se votarmos com cunha”.

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Cabuçu não negou a autenticidade da conversa. Nem ela foi desmentida posteriormente.

Aparentemente, Cabuçu termina a conversa com o tal interlocutor sem estar convencido de que a estratégia de Cunha, Temer & cia dará certo.

Sérgio Machado também tem dúvidas sobre uma solução jurídica para o seu caso e pressiona Jucá por uma saída política.

5 - trechos-004

Após esse diálogo segue-se um longo silêncio.

Jucá retoma, perguntando a Sérgio Machado se conversou com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

Após manifestar sua confiança em Jucá em resolver a situação, Machado diz que quer conversar com o ex-presidente José Sarney e o “vice”.

Naquele contexto, tudo indica que se referisse ao então vice-presidente Michel Temer. Porém, pelo que foi divulgado, ficou parecendo que Machado queria um encontro apenas com Sarney e Renan.

6 - trechos-4

Portanto, os “esses três” apontados por Jucá em frase não divulgada na íntegra são: Renan, Sarney e provavelmente Temer.

Machado faz uma cobrança: que esses “encontrem uma saída” para a situação.

A conversa torna-se dramática com a exposição da suposta estratégia de Janot de enviar o processo de Sérgio Machado para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR). Descer é confessar, é fazer a delação.

Para começar, num trecho incompreensível, Temer pode ter sido citado por Machado. Ficou essa dúvida na transcrição do áudio tratado, por isso está pintada de laranja.

Pela transcrição incompleta do áudio, fica omitida também a atuação de Jucá: “Eu converso com o Renan, converso com o Sarney, ouço a eles e vamos sentar pra gente…”

Jucá diz ainda que “precisará ver também as suas coisas”.

7 - trechos-5

Na conversa, Juca e Machado reafirmam um acordo. Na transcrição divulgada, é omitida uma fala crucial de Jucá: “É o acordo, botar o Michel”.

trechos-6

Fica claro que Romero Jucá não apenas opina que a única saída política é trocar o governo.

Jucá atuava para isso e ali, na conversa com Machado, ele estava ali articulando uma ação política, como afirmou no começo da conversa. Um conluio para depor a presidenta Dilma.

Diante dessas incongruências, cabe ao ministro Teori Zavascki e ao procurador-geral Rodrigo Janot a divulgação da íntegra dos áudios e das degravações das fitas de Sérgio Machado, livres de erros de transcrição ou omissões.

É vital que a sociedade conheça, diretamente da fonte, o inteiro teor dessas conversas nada republicanas. Se ainda existe justiça neste país, os áudios não podem ficar de fora do processo de defesa da presidenta Dilma Rousseff.

*Marcelo Zelic é vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Coordenador do Projeto Armazém Memória. www.armazemmemoria.com.br

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Machado: o homem-bomba detonou

Abaixo a íntegra da degravação revista do áudio publicado pela Folha de S. Paulo, em 23/05/2016.

Em amarelo partes do diálogo, cujas partes inaudíveis foram recuperadas, onde lacunas e incongruências foram corrigidas. Em laranja, trecho onde há dúvida sobre o conteúdo.

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Degravação publicada pela Folha de S. Paulo

Primeiro Trecho

Sérgio Machado – Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisão de segunda instância], vai todo mundo delatar.

Romero Jucá – Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo, e a Odebrecht, vão fazer.

Machado – Odebrecht vai fazer.

Jucá – Seletiva, mas vai fazer.

Machado – A Camargo vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.

Jucá – [inaudível]

Machado – Hum?

Jucá – Mas como é que está sua situação?

Machado – Minha situação não tem nada, não pegou nada, mas ele quer jogar tudo pro Moro. Como não tem nada e como eu estou desligado…

Jucá – É, não tem conexão né…

Machado – Não tem conexão, aí joga pro Moro. Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu “desça”? Se eu descer…

Jucá – O que que você acha? Como é que voc…

Machado – Eu queria discutir com vocês. Eu cheguei a essa conclusão essa semana. Ele acha que eu sou o caixa de vocês, o Janot. Janot não vale “cibazol” [algo sem valor]. Quem esperar que ele vai ser amigo, não vai… […] E ele está visando o Renan e vocês. E acha que eu sou o canal. Não encontrou nada, não tem nada.

Jucá – Nem vai encontrar, né, Sérgio.

Machado – Não encontrou nada, não tem nada, mas acha… O que é que faz? Como tem aquela delação do Paulo Roberto dos 500 mil e tem a delação do Ricardo, que é uma coisa solta, ele quer pegar essas duas coisas. ‘Não tem nada contra os senadores, joga ele para baixo’ [Curitiba]. Tem que encontrar uma maneira…

Jucá – Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.

Machado – Tem que ser uma coisa política e rápida. Eu acho que ele está querendo… o PMDB. Prende, e bota lá embaixo. Imaginou?

Jucá – Você conversou com o Renan?

Machado – Não, quis primeiro conversar contigo porque tu é o mais sensato de todos.

Jucá – Eu acho que a gente precisa articular uma ação política.

Machado -…quis conversar primeiro contigo, que tenho maior intimidade. Depois eu quero conversar com Sarney e o Renan, com vocês três. […] Eu estou convencido, com essa sinalização que conseguiu do Eduardo [incompreensível]. Desvincula do Renan.

Jucá – Mas esse negócio do Eduardo está atacando [incompreensível].

Machado – Mas ele [Janot] está querendo pegar vocês, tenho certeza absoluta.

Jucá – Não tem duas dúvidas.

Machado – Não, tenho certeza absoluta. E ele não vale um ‘cibazol’. É um cara raivoso, rancoroso e etc. Então como é que ele age? Como não encontrou nada nem vai encontrar. [inaudível]

Jucá – O Moro virou uma ‘Torre de Londres’.

Machado – Torre de Londres.

Jucá – Mandava o coitado pra lá para o cara confessar.

Machado – Pro cara confessar. Então a gente tem que agir como [incompreensível] e pensar numa fórmula para encontrar uma solução para isso.

Jucá – Converse com ele [Renan], converse com o Sarney, ouça eles, e vamos sentar pra gente…

Machado – Isso, Romero, o que eu acho primeiro: que é bom pra gente.

[…]

Segundo Trecho

Jucá – Eu acho que você deveria procurar o Sarney, devia procurar o Renan,e a gente voltar a conversar depois. [incompreensível] ‘como é que é’.

Machado – É porque… Se descer, Romero, não dá.

Jucá – Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade. […]

Machado – O Marcelo, o dono do Brasil, está preso há um ano. Sacanagem com Marcelo, rapaz, nunca vi coisa igual. Sacanagem com aquele André Esteves, nunca vi coisa igual.

Jucá – Rapaz… [concordando]

Machado – Outra coisa. A frouxidão de vocês em prender o Delcídio foi um negócio inacreditável. [O Senado concordou com prisão decretada pelo STF]

Jucá – Sim, pô, não adianta soltar o Delcidio, aí o PT dá uma nota, tira o cara, diz que o cara é culpado, como é que você segura uma porra dentro do plenário?

Machado – Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara…

Jucá – Pô, pois então. Ali não teve jeito não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui, a imprensa toda, os caras não seguraram, não.

Machado – Eu sei disso, foi uma cagada.

Jucá – Foi uma cagada geral.

Machado – Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não que não dá interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez ADIN, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra…

Jucá – [incompreensível] no Brasil.

Machado – Não escapa pedra sobre pedra.

[incompreensível]

Machado – Eu estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.

Jucá – Não, tem que cuidar mesmo.

Machado – Eu estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo, da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.

Jucá – Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha… É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.

Machado – E ele [Janot] não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como ele não tem nada, ele quer ver se o Moro arranca…

Jucá -…para subir de novo.

Machado -…para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra… A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?

Jucá – Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.

Machado – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel.

Jucá – [concordando] Só o Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá – Com o Supremo, com tudo.

Machado – Com tudo, aí parava tudo.

Jucá – É. Delimitava onde está, pronto.

Machado – Parava tudo. Ou faz isso… Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?

Jucá – Não vi, não. O Moro?

Machado – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…

Jucá – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional não ganha eleição, não.

Machado – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…

Jucá – É, a gente viveu tudo.

Machado – Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara…

Jucá – Pô, pois então. Ali não teve jeito não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui, a imprensa toda, os caras não seguraram, não.

Machado – Eu sei disso, foi uma cagada.

Jucá – Foi uma cagada geral.

Machado – Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não que não dá interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez ADIN, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra…

Jucá – [incompreensível] no Brasil.

Machado – Não escapa pedra sobre pedra.

[incompreensível]

Machado – Eu estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.

Jucá – Não, tem que cuidar mesmo.

Machado – Eu estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo, da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.

Jucá – Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha… É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.

Machado – E ele [Janot] não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como ele não tem nada, ele quer ver se o Moro arranca…

Jucá -…para subir de novo.

Machado -…para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra… A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?

Jucá – Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.

Machado – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel.

Jucá – [concordando] Só o Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá – Com o Supremo, com tudo.

Machado – Com tudo, aí parava tudo.

Jucá – É. Delimitava onde está, pronto.

Machado – Parava tudo. Ou faz isso… Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?

Jucá – Não vi, não. O Moro?

Machado – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…

Jucá – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional não ganha eleição, não.

Machado – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…

Jucá – É, a gente viveu tudo.

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic | GGN

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