Ficha Corrida

21/06/2015

Jesus criou Malafaia, Boechat e as rolas que Maria Madalena adorava

Diz a teoria do criacionismo que Deus é o criador de tudo. Não há evolução. E seus defensores parecem ter razão quando aparece pela nossa frente alguém do tipo Marco Feliciano, Silas Malafaia, Merval Pereira ou Aécio Neves. Foram criados, sem qualquer participação do processo civilizatório. Neles não há resquício de evolução. É só e puramente ebulição. Se Deus criou tudo, inclusive Lúcifer, porque não poderia ter criado Malafaia?! E se teve estômago para criar pulhas, porque não poderia ter criado um Ricardo Boechat?!

Vendo o que fizeram e fazem pessoas que se dizem religiosas, desprezo o deus deles.  Cristo, que andava com a prostituta Maria Madalena em Bethânia, sabia dar valor à rola. Bem que alguma Maria Madalena poderia dar um trato na rola do Malafaia. Jesus perdoaria, como perdoou Maria Madalena. Afinal, quem nunca deu um trato à rola que atire a primeira pedra.

E sabendo que Jesus expulsou os vendilhões do Templo, jamais andaria com Malafaia, Feliciano, Eduardo CUnha ou qualquer outro destes que envergonham. Porque Jesus sabia, para Malafaias, CUnhas e Caeterava, templo é dinheiro!

Quem ouve Bolsonaro e Malafaia falando sabe que “rola” uma química entre eles.  Quem sabe um encontro entre eles, num quarto escuro, o amor floresça e termine o ódio.

Aprenda com Jesus e Maria Madalena em Bethânia, Malafaia, deite e rola!

Malafaia, Boechat e o “vá procurar uma rola”. Infelizmente, “o buraco é mais embaixo”

20 de junho de 2015 | 01:41 Autor: Fernando Brito

malafaiarolinha

Silas Malafaia é daqueles de tirar a paciência e a serenidade de qualquer um.

Tirou a do apresentador  Ricardo Boechat, na BandNews, que reagiu aos desaforos de Malafaia mandando o coletor de dinheiro “procurar uma rola”.

Agora, Malafaia vira o “politicamente correto” e vai processar Boechat.

Boechat disse o que muita gente gostaria de dizer, mas disse de maneira que, apesar de entender seu “saco cheio”,  não deveria dizer.

Vai pingar mais algum nos bolsos de Malafaia, de indenização por dano moral, com certeza. Não tanto quanto deseja, porque vai entrar na “compensação de ofensa”, por conta das bravatas do pastor-provocador.

Malafaia terá um pouco menos do que procura e que não é bem “rola”.

Como no imperdível vídeo “Minha oferta, Minha Vida”, onde ele cobra do fiel que deposite um mês de aluguel para que o Senhor “possa abrir a porta para eu (ele) ter a casa própria”.

Reproduzo, para quem não viu, ver, ao final do post o tipo de explorador religioso que este personagem é.

Malafaia não tem de ser xingado, por mais que  seja algo que exija forças supremas evitar, tamanho é o embrulho que sua permanente gritaria agressiva faça.

Aliás, a dele e dos que pregam o ódio religioso, político, ideológico.

Porque é mais do que um caso isolado de fanatismo a serviço da intolerância.

Não é ela que se estimula, todos os dias, em todos os campos? Não é ao fanatismo, à acusação fácil, à generalização, à intransigência política, ao espetáculo vazio e provocativo que os meios de comunicação dão valor e projeção?

Não esvaziaram os sindicatos, as associações profissionais ou comunitárias, os partidos políticos como espaço de afirmação do progresso coletivo? Não restaram, praticamente,  apenas igrejas como lugar de reunião, identidade e esperança? Não estimularam a crença de que só se avança individualmente, quando se competência, esperteza, sorte ou alguma forma de ser superior, inclusive ter a bênção divina?

Não tornaram o culto ao dinheiro, à riqueza, ao “Deus Mercado” como a única fé possível aos homens e mulheres?

É difícil, sei que é é difícil resistir aos impulsos e, publicamente, mandar Malafaia ou outros energúmenos procurarem algo…Mas é preciso falar sério sobre o que está gerando esta histeria.

Isso não é uma condenação a Boechat – não sei se um dia eu não teria um rompante destes – mas talvez sirva de alerta sobre os prejuízos que trazemos às melhores ideias quando perdemos o mínimo de razoabilidade.

Quantos de nós, jornalistas, não entramos nessa? Ou quantos movimentos de afirmação de gênero (e de outras  causas) não topamos uma radicalização que só bota gente, dinheiro e voto nas alfaias, nas bandejas do reacionarismo?

E assim a gente contribui para o clima de ódio do qual os Malafaias, Felicianos e Bolsonaros da vida.

Duzentas vezes já disse isso: gente dessa natureza má só pensa no que pode lhe trazer vantagens. A primeira delas é a sua promoção entre os pobres de espírito, mas também entre os pobres de informação, onde o pastor e o culto são sua “Globo” dominical.

Não se subestime isso. Tome um trem, como tomei anteontem, para Olinda – não a de Pernambuco, mas o segundo distrito de Nilópolis –  e você vai ver o tamanho da “tsunami” evangélica nas periferias.

Foi-se o tempo em que os bolsões conservadores eram as “senhoras católicas” da classe média. Hoje, pastores obtusos como Malafaia – e são aos centos – comandam máquinas eleitorais que produzem elementos como Eduardo Cunha e fenômenos assemelhados. Com o devido perdão dos muitos evangélicos que acreditam na humanidade como um valor essencial da religião.

Austeridade e seriedade não querem dizer mau-humor ou caretice, nem que não se faça gozações ou mesmo que, vez por outra, se diga umas verdades com “português de botequim”.

Mas que o Boechat  tirou o que andava engasgado na garganta, isso tirou.

É um rompante destes a que só se chega porque há um silêncio cúmplice dos interesses políticos e econômicos com este tipo de fariseus, que servem como escudos da dominação.

E é uma pena, porque ando com saudades do tempo em que éramos todos mais civilizados.

Malafaia, Boechat e o “vá procurar uma rola”. Infelizmente, “o buraco é mais embaixo” | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

12 Comentários »

  1. […] estiver pensando no Edir Macedo, podes tirar o cavalinho do templo. É claro que o Eduardo CUnha, o Silas Malafaia e o Marco Feliciano também fazem bom uso do dízimo. Enquanto aquele se fantasiava de polícia, […]

    Pingback por Descoberto o único pastor que faz bom uso do dízimo | Ficha Corrida — 16/10/2016 @ 11:09 am | Responder

  2. […] de perpetrar indecências. Agora, para proteger Marco Feliciano, parceiro dos “pastores” Silas Malafaia & Eduardo CUnha no uso de “templos de lavagem de dinheiro”, escondem parte do diálogo que […]

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  3. […] os jovens. Qual a diferença entre os acusadores de Sócrates com o papel desempenhado Bolsonaro, Silas Malafaia, José Serra, Michel Temer, Aécio Neves, Merval Pereira e Eduardo CUnha, todos na mão da Globo, […]

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  6. […] Estadão, RBS, Marcola, Fernandinho Beira-Mar, famiglia Perrella, Aécio Neves, Marco Feliciano, Silas Malafaia lutaram bravamente contra a CPMF. Claro, e eles não o fizeram sem motivo. Se houvesse CPMF, esses […]

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  8. […] de abstinência do Napoleão das Alterosas que os unem. Não por acaso, Eduardo CUnha, Perondi, Silas Malafaia, Marco Feliciano e Aécio Neves estão sempre do mesmo lado, dos que não têm votos. Mas sabem […]

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  11. […] Sourced through Scoop.it from: fichacorrida.wordpress.com […]

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  12. Republicou isso em TEM CAROÇO NESSE ANGU….

    Comentário por anisioluiz2008 — 21/06/2015 @ 11:02 am | Responder


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