Ficha Corrida

31/12/2016

Bestiário da Cleptocracia

Para terminar com chave de ouro este inesquecível ano de 2016, aí vai uma lista para que você, que gritou FORA DILMA e vestiu a Camisa Verde-Amarela da CBF, possa lembrar de seus parceiros e brindar. Eles são a prova de que não estavas sozinho na luta pra instalar uma verdadeira Cleptocracia em Brasília. Neste réveillon, não esqueça de homenagear seus parceiros.

Brinde, mas com precaução. Evite pronunciar o nome deles perto de pessoas decentes.

Coisas do Brasil

A SEGUIR, UMA GALERIA MACABRA, DESACONSELHÁVEL PARA MENORES DE IDADE E ADULTOS DECENTES.

José Yunes ScreenShot_20161231092528


Como Cristovam Buarque, o “Reitor” da Odebrecht, tornou-se um dos políticos mais desprezados do país

Cristovao Buarque

  Um espectro ronda o Brasil: o espectro do desprezo a Cristovam Buarque.

Só a Folha consegue botar uma foto de um oriental com olhinhos puxados para ilustrar a manchete dos R$ 23 milhões do Tarja Preta na Suíça…

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Mais um acusador moralista caiu. José Serra, o tucano da bolinha de papel, Ministro da Submissão Internacional de Michel Temer.

paulo-skaf-fiespPaulo Skaf, da FIESP, em manifestação na Avenida Paulista, contra a nomeação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o cargo de chefe da Casa Civil, em 17 de março de 2016.

Sem apelido carinhoso nas delações da Odebrecht, Skaf esteve no protesto em São Paulo no dia 13 e também marcou presença no Rio de Janeiro, em 25 de outubro. Pai espiritual do pato amarelo gigante que foi plagiado de um artista holandês, o chefão da Fiesp é uma das estrelas da delação de Cládio Melo Filho, da Odebrecht.

Ele afirma que Michel Temer pediu, em 2014, R$10 milhões a Marcelo Odebrecht. Para o delator, o atual ministro Eliseu Padilha ficou responsável por receber R$4 milhões, sendo que os outros R$6 milhões dados a Paulo Skaf, candidato do PMDB ao governo do estado. E diziam que os antipetistas estavam “pagando o pato”, não é?

Seis milhões de reais da Odebrecht teriam ido para a campanha de Skaf ao governo em 2014 (Danilo Verpa)

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O senador Agripino Maia (DEM-RN), o "Gripado", durante manifestação em Brasília (DF) no dia 15 de março de 2015.
Segundo a delação, ele recebeu 1 milhão de reais


O outro MAIA, Rodrigo “Botafogo” Maia, substituto escolhido a dedo por Eduardo CUnha,
teria recebido R$100 mil da Odebrecht. A assessoria de Rodrigo Maia nega. Ele também foi pedir o impeachment de Dilma vestido de verde no Rio de Janeiro.

rodrigo_maia03_protesto

agripino-alckmim-protestosO governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP) marcou presença no ato contra Dilma Rousseff na Paulista, no dia 13 de março. Apontado como o ‘Santo’, ele teria recebido caixa 2 para as campanhas de 2010 e 2014, em dinheiro vivo. Governador de São Paulo há 738 anos, Geraldo Alckmin também é conhecido como “Ladrão de Merenda”.
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O senador Aécio Neves (PSDB-MG) em protesto em Belo Horizonte (MG), no dia 16 de agosto de 2016 . Apelidado de "Mineirinho", ele teria pedido 1 milhão de reais para o DEM. Na 26.ª fase da operação, a Xepa, “Mineirinho” é apontado como destinatário de R$ 15 milhões entre 7 de outubro e 23 de dezembro de 2014, pela Odebrecht. Sem contar a Lista de Furnas e da delação da Andrade Gutierrez…
aecio-alkmim-protestosJuntos, Mineirinho e Santo, Aécio Neves e Geraldo Alckmin na manifestação na av. Paulista, no dia 13 de março de 2016. Aécio tem foro privilegiado, mas Andrea Neves, não. Por que ela não é coercitada?!
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Chanceler José Serra  discursa em carro de som em ato na Paulista, no dia 6 de dezembro de 2014.  Ele é acusado de receber R$ 23 milhões da Odebrecht em uma conta na Suíça.
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O deputado federal José Carlos Aleluia (DEM) em ato no Farol da Barra, em Salvador, em 16 de agosto de 2015. Apelidado de "Missa", ele é suspeito de receber 300.000 reais não declarados da Odebrecht
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O deputado federal Jutahy Magalhães (PSDB-BA) aproveitou o clima de manifestação neste domingo (16), na Barra. Aparece na Lista Odebrecht com o apelido de "Moleza" e uma bênção de R$ 350 mil
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O ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima  em ato no Farol da Barra, em Salvador, no dia 16 de agosto de 2015.
Citado como o "Babel", ele teria recebido 5,8 milhões de reais. Dispensa maiores comentários, pois tem a cara dos que vestiam as camisas verde-amarelas da CBF no Parcão.
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Prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) postou vídeo no Facebook chamando para as manifestações. Segundo Cláudio Melo Filho, executivo da empreiteira, ele é o "Kimono" e recebeu 300.000 reais. O escudo da CBF virou emblema que identifica não só os corruptos, mas principalmente os que apoiam os corruptos.
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Irmão de Geddel, o deputado baiano Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA) em protesto no Farol da Barra, em Salvador, no dia 16 de agosto de 2015. Apelidado de "Bitelo", ele teria sido beneficiário de 1 milhão de reais
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O deputado Jutahy Magalhães (PSDB-BA) e o deputado estadual Adolfo Viana (PSDB-BA) em protesto pró-impeachment. Os dois aparecem na delação da Odebrecht. O primeiro teria recebido 350.000 reais e o segundo, 50.000 reais
Ney SantosA ficha do cidadão é imensa. Adulteração de combustível, enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e formação de quadrilha. Preso sob a acusação de roubo de malotes em Marília em 2003, Ney Santos saiu da prisão em 2006 e, nos últimos anos, acumulou, segundo a polícia, um patrimônio acima de 50 milhões de reais. Mas nem toda sua longa capivara o impediu de se candidatar algumas vezes e receber apoio do governador Alckmin (PSDB). Com o uniforme de corrupto da CBF apoiou o golpe contra a democracia em 2016. Eleito prefeito de Embu com 80% dos votos (o povo ama corruptos), acaba de ter sua prisão decretada pela polícia civil.

‘CAJU’ PROTESTAVA CONTRA A CORRUPÇÃO ENQUANTO RECEBIA R$ 22 MILHÕES

Ana Volpe/Agência Senado

Hoje líder do governo Temer no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR) foi às ruas contra Dilma Rousseff, o PT e, segundo ele, contra a corrupção; nos bastidores, porém, conforme aponta delação da Odebrecht, ele era o líder na venda de leis para a empreiteira e pagamentos feitos pela empresa a ele passaram dos R$ 22 milhões.

Manifestante verde-amarelo orgulhoso com a esposa nas ruas contra Dilma, “Caju” aparece em diferentes delações. Em diálogos gravados pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, Romero Jucá basicamente confessa o golpe contra Dilma Rousseff para “estancar a sangria” que se tornou a Operação Lava-Jato contra o seu partido, o PMDB. Tão importante quanto Eliseu Padilha, o “Primo”, Caju teria levado pelo menos R$22 milhões em pagamentos da Odebrecht e para distribuir para seu partido pelo menos R$19 milhões.

Jose Serra

Eleito prometeu tolerância zero contra a corrupção em Osasco. Gestor, administrador, fez vídeo com João Doria outro "gestor", empresário que tinha certeza, com Rogério Lins Osasco ia "acelerar". Agora o eleito talvez só consiga acelerar mesmo é um carrinho de mão na cadeia. Envolvido num esquema com outros vereadores que juntos desviaram 21 milhões de reais empregando laranjas em gabinetes da cidade é esperado pela operação Caça-fantasma voltar ao Brasil pra ser colocado em cana.

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Este aí, com cara de Alexandre Frota, criou o Dia do Evangélico.
Acaba de ser preso por ser o mandante do assassinato de um adolescente que era amante da sua mulher.

Lobista fenomenal. O outro, bem… o outro é um velho corrupto blindado pela "Justiça" brasileira.

EM COMUM, garotos propaganda da Rede GLobo, a maior promotora e avalista do Golpe Paraguaio.

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É tóis!

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 Sérgio Machado, mas também a Lista Odebrecht, entregam Pauderney Avelino

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Em Rondônia prefeito do PP que liderou #ForaDilma no Estado também foi preso por corrupção

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Lembram do Revoltado online? Olha só o nível de um dos líderes dos "movimentos espontâneos apartidários contra a corrupção" :D

Vejam esse vídeo e se liguem no nível da coisa:

 

 

Hilneth Correia , mais uma picareta, hipócrita, que vive na vadiagem às custas do dinheiro publico. Mais uma corrupta que grita contra a corrupção só pra disfarçar sua imundice.

Colunista social deve devolver R$ 500 mil por ser ‘fantasma’ na Assembleia Legislativa do RN

Mais uma moralista sem moral

"A estudante Sofia Azevedo Macedo, filha de um comerciante de Carbonita (Vale do Jequitinhonha), é suspeita de contratar uma quadrilha especializada em fraudes no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2016 e em outros concursos realizados no País. Um integrante da quadrilha, identificado como Jonathan Galdino dos Santos, foi registrado pela Polícia Federal (PF) testando o sistema com a candidata carbonitense. Ela estaria fazendo a prova em Capelinha (MG)."

Esta é Regina Marcondes Ferraz, uma socialite indignada com a corrupção no Brasil.

Pobrezinha, seu enteado, Mariano Ferraz, cuja a relação dela com ele se dá com grande apreço, foi preso. Suspeitíssimo de pagar quase um milhão de dólares em propina para o criminoso Paulo Roberto Costa da Petrobras. Quem diria…De tanto lutar contra os corruptos conviveu bem de pertinho com um deles.

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Gritava contra a corrupção enquanto desviava milhões do SUS.

Médico preso por desviar milhões do SUS era ‘militante anti-corrupção’

Fernando Holiday batendo record
Tão logo tornou-se vereador já consegue sua primeira ação na justiça. Um notável corrupto contra a corrupção:

Um dia depois de eleito, Fernando Holiday, do MBL, é investigado no MP por crime eleitoral

 

Temer chama MBL para pensar como tornar reformas mais palatáveis

Um dos líderes do movimento, Renan Santos, se reuniu na quinta (22) com Moreira Franco. Quem é Renan Santos??

Líder do MBL responde a mais de 60 processos e sofre cobrança de R$ 4,9 mi

Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL (Movimento Brasil Livre), entidade civil criada em 2014 para combater a Democracia.

Corruptos Contra a Corrupção

A cassação de Cunha e o apartidarismo de fachada do MBL

Deputado que votou pelo impeachment, apoiado pelo vem Pra Rua e MBL. A mãe dele foi presa. Esse é um filho dela…

PF prende mãe do deputado Hugo Motta, ex-presidente da CPI da Petrobras

A Polícia Federal na Paraíba prendeu preventivamente nesta sexta-feira (9) a mãe do deputado federal Hugo Motta (PMDB), Illana Motta (PMDB)

STF condena deputada do DEM que votou pelo impeachment a 5 anos de prisão

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou a deputada federal Maria Auxiliadora Seabra Rezende (DEM-TO)

Professora Dorinha

STF condena deputada Professora Dorinha a 5 anos de prisão por fraude

Parlamentar pelo DEM do Tocantins é acusada de dispensa irregular de licitação e superfaturamento de preços na compra de livros

Gritavam e marchavam contra a corrupção, hoje, estão presos por roubo de R$ 31 milhões: dep. Raimundo Ribeiro (PSDB) e Celina Leão (PPS)

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Celina Leão, deputada do PPS, afastada da presidência da Câmara Legislativa do DF por corrupção.
Todo dia cai a máscara de um Corrupto Contra a Corrupção

Tchau, querida!

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Deputado do PMDB comprou helicóptero por meio de offshore, mostra Lava Jato #PanamaPapers
http://uol.com/bwjRKv

Caso envolve deputado Newton Cardoso Jr, do PMDB de Minas Gerais.

Documento apreendido é de Renata Pereira Britto, da Mossack Fonseca.…

Mais uma liderança CORRUPTA vai em cana

Prefeita que liderou fora Dilma em Campo Grande-MT é presa por corrupção

O ex-vice-prefeito, afastado da função de prefeito, Gilmar Antunes Olarte (PROS), já está no Centro de Triagem, na cela 17, conhecida por abrigar presos…

HUMBERTO TOBÉ

Da bancada evangélica, Magno Malta tá sempre bradando contra a corrupção. Dos outros, claro.

E-mails indicam repasse de R$ 100 mil a senador Magno Malta

Trocas de e-mail entre dirigentes de uma das maiores fabricantes de móveis de cozinha do país trazem indícios de repasse não declarado de R$ 100 mil para o…

M.FOLHA.UOL.COM.BR

Empresário e filho de banqueiro envolvido em um dos maiores escândalos de corrupção da história do Brasil, conheça o homem que encheu a boca para chamar Letícia Sabatella de ‘puta’:

Homem que xingou Letícia Sabatella de ‘puta’ é filho de banqueiro corrupto

PRAGMATISMOPOLITICO.COM.BR

Identificado o histérico e fascista que agrediu a atriz Letícia Sabatella domingo, na República dos Coxopatas de Curitiba (sucursal de São Paulo). Será que a justiça vai agir e enquadrar essa demente que baba ódio?

O pai dele, Nicolau Elias Abagge, gatunou o erário quando foi presidente do Banestado, do Paraná.

Na farra das contas CC-5 este banco, entre outros, tornou-se símbolo de lavanderia de dinheiro porco; sonegado, na melhor das hipóteses. Por ele, e outros, fortunas – me lembro de certo Bilhão – eram enviadas para paraísos fiscais.

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Mais um preso. Mimimilitante contra a corrupção que na verdade era mais um vagabundo, corrupto e desprezível como tantos que foram às ruas incentivados pelos políticos bandidos e apoiados pelo meios de comunicação golpistas.

http://www.revistaforum.com.br/…/neurocirurgiao-preso-por-…/

Neurocirurgião preso por fraude no SUS era militante anti-corrupção – Portal Fórum

Erich Fonoff foi um dos presos na operação da Polícia Federal que desbaratou um esquema…

Empresário Laodse de Abreu Duarte tem uma dívida pessoal com o país que é maior do que a dívida do Estado da Bahia ou de Pernambuco. Além dele, aparecem no topo do ranking dos devedores pessoas físicas dois de seus irmãos: Luiz Lian e Luce Cleo, com dívidas superiores a R$ 6,6 bilhões.

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Discípulo do Japa da Federal?
Nem todo canalha é golpista, mas todo golpista é canalha.

Delegado da PF preso por fraude protestou contra a corrupção

Um dos três delegados federais acusados de envolvimento em crimes contra a Previdência Social presos ontem, Rodrigo Leão, participou de manifestação…

Olha ele aí. Lembram dele? O deputado que fez pirotecnia na Câmara? Wladimir Costa, membro do Solidariedade, o tal SD. partido do réu que o STF ainda não julgou Paulinho da Força…pois é… ele acaba de perder seu mandato. O Tribunal Regional Eleitoral do Pará cassou seu mandato por ter falsificado documentos, por ter arrecadação ilícita de campanha e não declarar gastos. Em resumo, fez caixa dois e embolsou a grana. Quando disparou um rojão de confetes no Plenário da Câmara ao votar pelo impeachment disse qualquer coisa sobre "tiro de morte".

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Esse aí é dom Aldo Pagotto, um corrupto diferente, mas não menos asqueroso e corrupto. É um corruptor de menores que dizia "lutar contra a corrupção". É um Arcebispo implicado num escândalo de pedofilia. Ou melhor, era arcebispo da Paraíba, pois foi posto a correr pelo Papa Francisco.

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Esse panaca ofereceu a “Feijoada de Camarão com Farofa de Lula" para os "manifestantes" do Vem Pra Rua. Pedia mudança e combate à corrupção. Se dizia um revoltado com as coisas erradas desse Brasil varonil. Depois de ajudar a derrubar um governo eleito, cuja a presidente não cometeu crime algum, ele foi curtir um cassino em Cingapura. Foi preso, por portar 5 mil dólares FALSIFICADOS.

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Por que todo seguidor/eleitor da família Bolsonaro  é imbecil?
Porque todos os políticos da família Bolsonaro são imbecis, oras?!

Japa da Federal, herói dos coxinhas FOI preso por ser contrabandista
http://g1.globo.com/…/japones-da-federal-e-preso-em-curitib…

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A deputada Raquel Muniz (PSD) estava toda faceira bradando contra a corrupção ao votar SIM pelo impeachment, mas a casa caiu pro maridão dela, Prefeito de Montes Claros, Ruy Muniz (PSB), foi preso pela Polícia Federal em Brasília.

A investigação da Polícia Federal apura fraudes em licitação na área da saúde. A ação foi batizada de “Operação Mascara da Sanidade II – Sabotadores da Saúde”. Ocorreram ainda outras prisões em Montes Claros.

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O 342º voto a favor do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Câmara foi dado pelo deputado federal Bruno Araújo, do PSDB de Pernambuco. O tucano é do grupo do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), que foi derrotado por Dilma nas eleições presidenciais de 2014.

Crítico feroz e voraz do esquema do propinoduto da Petrobrás também recebeu financiamento de campanha de empreiteiras do cartel do Petrolão como a Queiroz Galvão. Ele integra também o listão da Odebrecht …

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O rapaz extremamente feliz, cercado de dinheiro, é Carlos Luciano Lopes. A imagem foi apreendida na primeira etapa da operação Alba Branca, que investiga o pagamento de propina em contratos superfaturados de merenda com o governo Geraldo Alckmin (PSDB).

Lopes apontou Fernando Capez (PSDB) presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, como um dos beneficiários do esquema corrupto de propina em contratos superfaturados de merenda.

Capez (PSDB) é o outro cidadão na imagem…

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05/12/2016

“Trocar Dilma por corruptos é querer limpar o chão com bosta”, Gregório Duvivier

"Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir." Sêneca

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04/11/2016

Os grupos mafiomidiáticos engordam os patos, com ajuda da FIESP, para depois come-los

Caixa Dois x Propina

EBC vai voltar a comprar conteúdo da Globo

Sob o comando de Laerte Rimoli, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai voltar a comprar conteúdo produzido pela rede Globo, em detrimento do investimento na produção própria; a prática tinha sido abolida durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff

4 de Novembro de 2016 às 05:39 // Receba o 247 no Telegram Telegram

247 – No governo Temer e sob o comando de Laerte Rimoli, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai voltar a comprar conteúdo produzido pela rede Globo, em detrimento do investimento na produção própria. A prática tinha sido abolida durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, informa a Coluna do Estadão.

Confira a nota:

“A EBC decidiu comprar conteúdo da TV Globo, retomando uma política abandonada na gestão petista. Justificativa é que a programação é mais barata e de qualidade. O presidente da EBC, Laerte Rimoli, esteve no Rio para encontro na emissora. "

EBC vai voltar a comprar conteúdo da Globo | Brasil 24/7

23/07/2016

Há dois tipos de corrupção: a boa e a ruim

Dizem que, para os esquimós, há vários tipos de neve. E não há porque duvidar. No Brasil, diferentemente da maiores dos países, há dois tipos de corrupção. Uma boa e outra ruim. Boa é aquela praticada pela plutocracia. Por exemplo, alguém consegue explicar porque 450 kg de cocaína não é investigado e sequer causa indignação, mas alguns baseados dá prisão?

Agora, por exemplo, vimos a cunhada do Vaccari ser presa, mas a mulher e filha do Eduardo CUnha continuam soltas. Se o Aécio Neves, o “primeiro a ser comido”, não pode ser preso por ter foro especial, o que impede que os membros de sua famiglia que lavam em Liechtenstein o sejam?

De repente se descobre, pela Operação Zelotes, uma verdadeira usina de assalto aos cofres públicos.  Os envolvidos nas falcatruas do CARF seriam nossos Robin Hoods. Seriam se o dinheiro surrupiado fosse distribuído aos pobres, mas no país onde a Rede Globo arrecada com o  Criança Esperança e fica com o dinheiro e as crianças com a esperança, os bons ladrões ficam também com o dinheiro.

Os acordos políticos que a plutocracia admite são aqueles para golpear a democracia e assaltar ao Estado. Por isso Rodrigo Maia anuncia o fim da CPI do CARF como quem olha pro céu e anuncia que pode chover. É, aos olhos da repercussão midiática, a corrupção boa.

Há uma fórmula simples de verificar se uma corrupção é boa ou ruim. Se os meios de comunicação atacam, é corrupção ruim; se omitem ou tratam como evento da natureza, é boa.

Corrupção boa, por exemplo, é aquela praticada por todos os envolvidos na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, no Panama Papers, na Lista Odebrecht. Corrupção ruim é toda aquela com a qual se pode incriminar, mediante chicanas, os adversários ideológicos, os bandidos que ousam implantar políticas sociais que tiram milhões da pobreza e permite que filho de lavradores e faxineiras frequentem universidades.

Para que a corrupção boa tenha vida longa é fundamental caçar o grande molusco, uma verdadeira à cleptocracia.

Maia admite acordo para enterrar CPI que investiga empresas

Alan Marques – 20.jul.2016/Folhapress

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conversa com jornalistas no Salão Verde da Casa, em Brasília

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conversa com jornalistas no Salão Verde da Casa, em Brasília

DANIELA LIMA
AGUIRRE TALENTO
Folha de São Paulo, DE BRASÍLIA

23/07/2016 02h00

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu à Folha que decidiu revogar a prorrogação dos trabalhos da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e determinar que a apuração seja encerrada na primeira semana de agosto para cumprir um acordo firmado às vésperas de sua eleição para o cargo, em 15 de julho.

Órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, o Carf é responsável por julgar autuações aplicadas pela Receita Federal aos contribuintes. A CPI, portanto, focava na atuação de empresas.

O acerto para encerrar as investigações havia sido fechado na presença de Maia pelo então presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), com integrantes de partidos como o DEM, o PSDB e o PSB. Maranhão depois recuou e acabou dando um prazo extra de 60 dias à CPI.

O presidente recém-eleito, entretanto, decidiu manter o que havia sido acordado e publicou ato revogando a prorrogação da CPI e determinando que os últimos 26 dias de trabalho do colegiado fossem dedicados apenas à votação de seu relatório. Seu ato passou a ser alvo de questionamentos.

Integrantes da CPI ligados ao chamado "centrão" –aglomerado de partidos como o PP, PR e PSD– dizem que a CPI deve, ao menos, usar o resto do prazo para tomar depoimentos de personagens já citados na investigação.

O presidente da CPI, Pedro Fernandes (PTB-MA), esteve com Maia na última terça e pediu que ele autorizasse novos depoimentos. Em outra frente, o PSOL tem dito que a Câmara poderá ser acusada de agir para proteger grandes empresários caso Maia mantenha sua decisão.

POLÊMICA

A diversidade dos questionamentos reflete a pluralidade de interesses afetados pela CPI. A investigação parlamentar nasceu após a Polícia Federal deflagrar a Operação Zelotes, que investiga a venda de sentenças no Carf.

Segundo a PF, conselheiros que atuam no órgão cobravam propina de empresários em troca de abatimento de multas fiscais.

Pesos pesados do empresariado nacional entraram na mira da CPI, como Safra, Gerdau e Bradesco. Ao mesmo tempo, cresceram rumores de que integrantes da CPI estavam pedindo vantagens a investigados para anistiá-los de depoimentos na comissão.

A afirmação de que havia achaque na CPI foi verbalizada por um dos vice-presidentes da comissão, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), ao jornal "O Globo". A fala fortaleceu corrente liderada pelo PSDB, DEM e PSB que vinha condenando o andamento dos trabalhos na CPI.

"Alguns líderes de partido fizeram uma reunião com Maranhão na qual, preocupados com os rumos da CPI, sugeriram que a prorrogação fosse usada para votar o relatório final. Foi uma decisão coletiva e, se tiver que ser revista, será revista coletivamente também", disse Maia.

Deputados do PSDB e do DEM procurados pela Folha admitiram ter patrocinado os pedidos de encerramento dos trabalhos. José Carlos Aleluia (DEM-BA) afirmou que "ninguém blindou empresa nenhuma" e que integrantes da comissão ficaram preocupados após boatos de que parlamentares estariam achacando empresários. "Colocaram em dúvida a conduta da CPI e não quero ver meu nome ligado a isso", disse Aleluia.

Líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA) disse que os tucanos na CPI "confiam nas investigações que estão sendo feitas pela PF, sem prejuízo da atividade parlamentar".

19/07/2016

Entenda porque Lula deve ser caçado e Dilma, golpeada

A plutocracia nacional não encontrou outra forma de proteger a cleptocracia senão mediante uma caçada obsessiva ao grande molusco. A perseguição a Lula funciona como uma grande cortina de fumaça que encobre coisas do tipo: Lista de Furnas, o Mensalão do PSDB, a Lista Falciani de lavagem de dinheiro no HSBC, a lavagem do primeiro a ser comido em Liechtenstein, a Mossack & Fonseca no Panama Papers, as escandalosas sonegações pela manipulação do CARF, as Operação Zelotes. Sem contar que, graças a procuradores como  Rodrigo de Grandis, a Suíça lava mais banco. Por isso todo corrupto brasileiro tem conta na Suíça. E mesmo quando recebem tudo pronto no Brasil, como no caso da Alstom e Siemens, por envolver tucanos, o que importa é criminalizar o PT e caçar Lula.

Todos os envolvidos no golpe contra a democracia, da Rede Globo ao Eduarco CUnha, de Aécio Neves ao Michel Temer, todos estão envolvidos em crimes que buscam jogar nas costas da Dilma. E todos os que os apoiam são da mesma farinha…

Cunha agendou encontro de Temer com empreiteiro fora da agenda

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Entre 2012 e 2014, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) organizou pelo menos três encontros do então presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, com o então vice-presidente Michel Temer, que não constaram da agenda oficial do vice; a assessoria do presidente interino confirmou um dos encontros, realizado em 2014, a três meses das eleições, e alegou “razões técnicas” para não inclusão do ato na agenda oficial do então vice-presidente; disse ainda que Azevedo informou, no encontro, que faria uma doação eleitoral ao PMDB, de R$ 11,4 milhões

19 de Julho de 2016 às 04:47 // Receba o 247 no Telegram Telegram

247 – Entre 2012 e 2014, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) organizou pelo menos três encontros do então presidente do grupo Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo, com o então vice-presidente Michel Temer, que não constaram da agenda oficial do vice, segundo reportagem de Thiago Herdy.

A assessoria do presidente interino confirmou um dos encontros, realizado em 2014, a três meses das eleições, e alegou “razões técnicas” para não inclusão do ato na agenda oficial do então vice-presidente. Disse ainda que Azevedo informou, no encontro, que faria uma doação eleitoral ao PMDB, de R$ 11,4 milhões.

O conjunto de mensagens mostra intimidade de Azevedo com Cunha. Em dezenas de conversas entre 2011 e 2014, eles acertaram mudanças “em segredo” de textos legislativos, encontros e até pagamentos a serem realizados em contas do PMDB e de empresa de Cunha.

Questionado, sobre os encontros, Cunha respondeu: “Não me recordo desses diálogos, não me recordo se teve esse encontro, logo não posso também me lembrar dos motivos das risadas, se é que existiram”.

A assessoria de Temer informou que ele e Azevedo tinham “relacionamento institucional e não precisavam de intermediários para marcar encontros”, e também disse não se recordar de encontros em 2012 – leia aqui.

Cunha agendou encontro de Temer com empreiteiro fora da agenda | Brasil 24/7

18/07/2016

Se a Rede Globo for contra, é bom sinal

A democracia é bom? Tirando meio dúzia de midiotas amestrados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, não há vivalma que não entenda que a Democracia é o menos pior dos regimes. Ora, então por que a Rede Globo sempre conduz para rupturas institucionais, apoiando implícita e explicitamente golpes?! Ora, porque a Rede Globo só existe em função da ditadura. Para os desavisados que ainda propugnam pelo golpe militar, porque em 1964 ainda não havia internet nem rede internacional de televisão, basta observar o que aconteceu neste fim de semana na Turquia. Os golpes no Chile, na Argentina e no Brasil em nada diferiram do que aconteceu na Turquia. A única  diferença é que os militares da Turquia ocuparam a tv pública, enquanto os militares brasileiros contaram de livre e espontânea vontade, com a Rede Globo.

Hoje há uma fórmula muito concreta e certeira de saber qual o melhor rumo a tomar, basta seguir o sentido oposto àquele sinalizado pela Rede Globo e suas filias nas mãos de coronéis locais (Barbalho no Amapá, Sarney no Maranhão, Jereissati no Ceará, Maia no RN, Collor de Mello em Alagoas, ACM na Bahia, J. Hawilla no oeste paulista, e Sirotsky no Sul. Um exemplo bem concreto e atual é o golpe para derrubar Dilma e implantar uma cleptocracia liderada por Eduardo CUnha.

A perseguição obsessiva contra Lula, desde os tempos da ditadura, é a prova do quanto a Rede Globo odeia que não segue sua cartilha. Assim como tentou roubar a eleição de Brizola com a Proconsult, de favorecer Collor contra Lula nas eleições de 1989, e depois, como mostrou o escândalo da Parabólica, favorecer FHC também contra Lula, agora vive criando notícias fantasiosas, como cortina de fumaça, para livrar a própria cara e de seus ventríloquos. Lula não está na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht, no Panama Papers, na manipulação do Carf, na Operação Zelotes, na Lava Jato nem lava dinheiro nas Ilhas Cayman, Seychelles, Ilhas Virgens, Liechtenstein. Nem Lula, nem Dilma. Mas a Rede Globo e seus parceiros de golpe estão em quase todas e em outras que sequer sabemos.

Só bandidos e anencefálicos ficam ao lado de golpistas!

A Inglaterra aplaude os Cieps que a Globo maldisse aqui

Por Fernando Brito · 17/07/2016

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No dia em que o Complexo da Pampulha, em Belo Horizonte, primeira grande obra “solo” de Oscar Niemeyer é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, reproduzo a reportagem sobre dois premiados arquitetos ingleses que adotaram os “brizolões”do arquiteto brasileiro como fonte de inspiração  para um programa de construção em massa de escolas no Reino Unido.

É uma remissão, em grande estilo, do monte de mesquinharias ou, simplesmente, bobagens que sobre eles se disse aqui.

Perdoem se confesso o imenso orgulho por ter –  tal como um dos autores da matéria, Luiz Augusto Erthal – participado da grande aventura dos Cieps nos dois governos Brizola.

Ainda outro dia, pela milionésima vez, respondi no Facebook “críticas” aos Cieps de gente que, embora bem intencionada, envenenou-se com as décadas de propaganda da Globo contra os Cieps, movida não só pelo ódio de Roberto Marinho a Brizola como, também, por sua ojeriza a que se fizesse um programa educacional de qualidade para as massas populares.

Era a velha história de que foram “feitos na beira de estradas” como se isso fosse para torna-los “out-doors”.

As razões, óbvio, são outras. A começar porque os que são – e centenas de Cieps são – fora da visão de vias principais simplesmente “não existem” para a classe média que não percorre os cafundós das periferias.

Outra, também evidente, é que é absolutamente funcional colocá-los próximo às vias onde passam ônibus, pela basilar razão de que o pai ou a mãe da criança não irá levá-los à escola no seu reluzente 4×4 e muito menos é racional esperar-se que caminhem um ou dois quilômetros debaixo de sol e chuva com seus pequenos.

É apenas um exemplo do que, apesar da evidente tolice, repetiu-se durante 20 anos sobre as escolas de Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro. Claro que existiram problemas, impossível não javer num processo que ergueu 508 prédios que somavam mais do que a área construída de Brasília quando JK a inaugurou.

Mas havia, e há, uma ideia generosa, executada dentro das melhores práticas de arquitetura e engenharia, sem um tostão de auxílio federal e sem um ato sequer que maculasse a grandeza dos seus propósitos e de suas realizações.

Uma destas coisas pelas quais valeu brigar, que segue espetada na paisagem, a lembrar que nada pode demolir um sonho.

Leia a seguir e, querendo, assine o Toda Palavra, outra paixão incorrigível do Erthal, o jornal impresso, embora também em edição eletrônica.

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Escolas de Brizola e Darcy
podem virar padrão na Inglaterra

Há quatro anos o governo britânico lançou o programa Building Schools for Futures (Construindo Escolas para o Futuro), que pretendia suprir o déficit de salas de aula na Inglaterra com a construção em larga escala de escolas pré-moldadas econômicas e de rápido processo construtivo. O plano do então secretário de educação, Michael Gove, gerou uma intensa polêmica entre os arquitetos ingleses, que viam com desconfiança a ideia de serem produzidas escolas padronizadas com um design inferior e despersonalizado.

Enquanto os empreiteiros se apressaram a apresentar ao governo projetos de kits pré-moldados baratos, ao custo de 1.465 libras (cerca de 1.950 dólares) o metro quadrado, o Royal Institute of British Architects (RIBA) desafiou os arquitetos ingleses a buscarem alternativas para oferecer um projeto escolar de alto padrão de design, pois os modelos até então propostos, segundo eles, equivaliam a galpões que, além de desconfortáveis, dificilmente poderiam ser adaptados a terrenos acidentados.

David Chambers e Kevin Haley, donos do conceituado escritório londrino de arquitetura e design Aberrant Architecture, vieram, então, ao Brasil buscar inspiração nos Centros Integrados de Educação Pública, construídos no Rio de Janeiro nos anos 80 e 90, durante os dois governos de Leonel Brizola, com projeto educacional de Darcy Ribeiro e arquitetônico de Oscar Niemeyer. Para eles, aquele seria o modelo ideal de escola pública a ser adotado pelo Reino Unido.

A pesquisa realizada por eles resultou em uma impressionante apresentação, com a exibição de réplicas em miniatura dos 508 Cieps construídos no Brasil, contendo seus nomes e localizações, dentro da exposição “Venice Takeaway: Ideas to Change British Architecture” (Veneza Takeaway: Ideias para Mudar a Arquitetura Britânica), realizada pelo British Council para a Bienal de Arquitetura de Veneza de 2012. No ano seguinte a exposição foi montada no próprio RIBA, no coração de Londres, com grande destaque na imprensa britânica, e agora a pesquisa dos dois arquitetos foi transformada em livro (Wherever You Find People: The Radical Schools of Oscar Niemeyer, Darcy Ribeiro, and Leonel Brizola) a ser lançado no final deste ano.

O programa de construção de escolas do governo britânico ainda não deslanchou por conta de dificuldades políticas, mas alguns dos conceitos dos Cieps já foram aplicados em uma escola de ensino fundamental do Leste de Londres, a Rosemary Works, cujo projeto de reforma foi assinado pela Aberrant Architecture. Sabotados pelos governos que sucederam Brizola no Estado do Rio, desprezados pela mídia e pelas elites brasileiras, os Cieps conquistam, enfim, 31 anos depois de lançados, o reconhecimento internacional como um dos mais extraordinários programas educacionais já realizados no mundo.

TODA PALAVRA entrevistou com exclusividade um dos sócios da Aberrant Architecture para saber por que um projeto de mais de 30 anos, concebido para ser executado em um país tropical marcado por grandes desigualdades sociais e por um baixo padrão de educação pública seria adequado para um país europeu como a Inglaterra. Admitindo que os britânicos também possuem problemas sociais a serem enfrentados, David Chambers destaca a importância da boa arquitetura a serviço da educação.

“Ficamos fascinados ao descobrir que a padronização no Brasil teve como objetivo estender o alcance da arquitetura de alta qualidade para todos. A maioria dos Cieps ficavam em áreas pobres, onde não havia uma boa infraestrutura pública. Então eles assumiram um papel cívico maior”, diz Chambers. “Os playgrounds cobertos, por exemplo, tornaram-se praças públicas essenciais. Era fundamental que eles fossem além do papel de uma escola: todo o programa preconizava o uso da arquitetura a favor de uma nova filosofia educacional.”

Para o arquiteto não haverá dificuldades em adaptar o projeto do calor dos trópicos para o rigoroso inverno europeu. Ele lembra que isso aconteceria aqui mesmo, caso Brizola tivesse chegado à Presidência da República e realizado o seu plano de espalhar 10 mil Cieps pelo Brasil, pois muitas dessas escolas seriam instaladas em regiões de clima mais temperado, como o Sul do país. David Chambers prefere destacar a robustez dos edifícios, que, segundo ele, estão resistindo bravamente ao tempo e ao abandono.

“Claramente o design tem sido extremamente resistente ao longo do tempo. Construções escolares às vezes sofrem com mudanças sucessivas de administração e por falta de manutenção e de recursos. Mas a alta qualidade do design e da construção tem permitido aos Cieps manterem boa aparência e permanecerem robustos até hoje.”

A Inglaterra aplaude os Cieps que a Globo maldisse aqui – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

26/06/2016

Pó, pará investigador!

Os grupos paulistas de mídia retomam a blindagem de José Tarja Preta Serra & Geraldo Marcola Alckmin à moda Mauro Chaves. Para quem não lembra, no calor da disputa entre correligionários, o ator da bolinha de papel fez publicar um artigo denunciando o toxicômano das gerais. Até Juca Kfouri apimentou a história com outros floreios. O Estadão, a pedido do Serra, atacou com o antológico “Pó pará, governador!”. O Estado de Minas devolveu em grande estilo, “Minas a reboque, não”.

(Em parêntese. Não está em discussão quem é o pai da criança e se existe ou não corrupção. O que se questiona são os pesos e medidas. Até porque, boa parte da corrupção deve ao finanCIAmento privado. Ou alguém acha que existe almoço grátis. Se uma empresa “doa” pra candidato, de vereador a presidente, ela o faz por filantropia? Então porque Gilmar Mendes, o cavalo de tróia que FHC deixou no STF, sentou encima do financiamento público por mais de um ano!?)

E não é que a rivalidade Minas x São Paulo reacende exatamente quando um paulista da Mooca, vestindo as cores da bandeira ianque, se coloca como postulante ao cargo do interino a quem serve e é servido!? Bastou sair na imprensa que a CONSIST, que levou Paulo Bernardo à prisão, é mais uma obra, como o fora Marcos Valério, do PSDB. Assim como a forma de arrecadação que apareceu no Mensalão fora criada em Minas pelo PSDB para abastecer a base de FHC, e que depois abasteceu a base de Lula, a CONSIST é uma invenção do então Prefeito José Serra, mas que também abasteceria Paulo Bernardo. A coincidência é que quando aparece o nome do Serra, a Folha revela a enésima delação do primeiro a ser comido. E não é só esta coincidência, porque outra maior se alevanta.

Os esquemas de Marcos Valério e da CONSIST só são criminosos quando tem algum petista. Enquanto for operado pelos inventores, nada acontece. Ambos guardam semelhanças também com os esquemas da Petrobrax.

Enquanto a corrupção na Petrobrás, sob FHC, matava Paulo Francis, sob Dilma rende criminalização do PT. Ninguém criminaliza PSDB, PMDB oU PP, que eram os verdadeiros operadores e que, por várias governos, corroeram a Petrobrás. Isso tudo revela uma verdade bem brasileira: aqui há dois tipos de corrupção, a boa e a ruim. É boa quando é praticada pelo candidato dos investigadores, é ruim quando é praticada pelos adversários ideológicos. O fato de ter virado pó, sem trocadilho, o assunto dos 450 kg de cocaína encontrados no heliPÓptero, diz tudo a respeito das instituições encarregadas de zelar pelo respeito às leis. Algumas assuntos viram pó, outros são consumidos.

Para concluir as coincidências. Eis que de repente reaparece Rodrigo de Grandis. Aquele procurador que engavetara os documentos suíços comprovando corrupção tucana na Alstom e Siemens está por traz da prisão do Paulo Bernardo. Uma coincidência a mais ou a menos não melhora a imagem, para quem está usando o cérebro e não a Rede Globo, a respeito do caráter da nossa plutocracia.

Como escreveu o Marcelo Semler, nunca se roubou tão pouco, mas o que importa é que isso propicia criminalizar o PT, caçar Lula e dar o golpe em Dilma. O resto é serventia da casa.

Sócio e ex-presidente da OAS relatará propina para assessor de Aécio Neves

Delator vai indicar propina na Cidade Administrativa (MG)

MARIO CESAR CARVALHO e BELA MEGALE
DE SÃO PAULO – 25/06/2016 17h13

O empreiteiro Léo Pinheiro, sócio e ex-presidente da OAS, vai relatar, com base em documentos, que pagou suborno a auxiliares do então governador de Minas Gerais, o hoje senador Aécio Neves (PSDB), durante a construção da Cidade Administrativa.

Trata-se da mais cara obra do tucano nos oito anos em que permaneceu à frente do Estado, entre 2003 e 2010.

O relato de Pinheiro sobre o centro administrativo, um complexo inaugurado em 2010 para abrigar 20 mil funcionários públicos, faz parte do acordo de delação premiada que está sendo negociado com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba e Brasília. O acordo ainda não foi assinado.

Ed Ferreira – 26.mai.15/Folhapress

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras em maio de 2015

Segundo Pinheiro, a OAS pagou 3% sobre o valor da obra a um dos principais auxiliares de Aécio, Oswaldo Borges da Costa Filho.

Conhecido como Oswaldinho, ele é apontado por tucanos e opositores como o tesoureiro informal de seguidas campanhas de Aécio, entre 2002 e 2014.

Aécio nega com veemência que tenha recebido qualquer recurso ilícito e que tenha havido irregularidades na obra —leia mais a respeito da nota enviada pelo senador mineiro a seguir.

Ele não comentou, no entanto, os relatos de que Oswaldo teria sido seu tesoureiro informal.

Estimada em R$ 500 milhões, a obra da Cidade Administrativa foi orçada em R$ 949 milhões, mas acabou custando R$ 1,26 bilhão, segundo documentos do governo de Minas obtidos pela Folha, mas que a atual administração, do PT, não comenta.

Esse foi o custo das obras de engenharia; com mobiliário e outros itens, o gasto total alcança R$ 2,1 bilhões, ainda de acordo com os dados obtidos pelaFolha.

Junto com Odebrecht e Queiroz Galvão, a OAS fez um dos três prédios do complexo, o Edifício Gerais. No consórcio, a Odebrecht era a líder, com 60% do valor do contrato. A OAS respondia por 25,71% e a Queiroz Galvão, por 14,25%.

Como a OAS recebeu R$ 102,1 milhões, os 3% da suposta propina seriam equivalentes a pouco mais de R$ 3 milhões.

O CONTATO

Oswaldo é contraparente de Aécio: ele é casado com uma filha do padrasto do senador, o banqueiro Gilberto Faria (1922-2008). Tanto tucanos como opositores em Minas contam que o auxiliar atuou como tesoureiro informal das campanhas de Aécio para o governo de Minas, para o Senado e para a Presidência.

Após vencer a eleição para o governo em 2002, o tucano colocou-o para presidir a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, uma empresa pública dona de mineradoras, hotéis e fontes de água mineral.

Foi essa empresa, chamada Codemig, que fez a licitação em 2007 e cuidou da obra da Cidade Administrativa, o que foi considerado incomum, já que Oswaldo teve papel na arrecadação da primeira campanha de Aécio ao governo mineiro.

A família de Oswaldo também é proprietária de uma empresa de táxi-aéreo que é dona de um jatinho Learjet que foi usado por Aécio.

Ele tem uma coleção de carros raros, entre os quais um Rolls-Royce que Aécio costumava usar quando era governador. A joia da coleção, no entanto, é um Bugatti 1938.

Léo Pinheiro relatou a investigadores da Lava Jato que tem provas do caminho que o dinheiro percorreu até chegar ao assessor do tucano.

A LISTA

Oswaldo também é citado numa lista da Odebrecht na qual aparecem 316 políticos que teriam recebido propina, segundo a Polícia Federal. Ao lado do nome dele, aparece o nome de um diretor da Odebrecht em Minas e a mensagem de que o grupo viabilizaria uma doação de R$ 15 milhões para "Mineirinho", codinome que a PF está investigando para saber quem é.

A anotação é de setembro de 2014, quando Aécio disputava a eleição presidencial que foi vencida por Dilma Rousseff (PT).

A OBRA

Os primeiros esboços da Cidade Administrativa foram apresentados por Oscar Niemeyer em 2004, mas a obra só foi iniciada em 2007.

O complexo causou polêmica porque deslocou um contingente de 30 mil pessoas (20 mil funcionários e 10 mil visitantes) para uma área que fica a 20 quilômetros do centro de Belo Horizonte.

Inaugurado em 2010, o lugar é repleto de superlativos, de acordo com a propaganda do governo mineiro à época da inauguração. A obra foi anunciada como o maior prédio em construção na América naquela época, com o maior vão-livre do mundo.

Quatro inquéritos foram abertos para apurar possíveis irregularidades na obra. Um deles investiga se houve conluio entre as nove empreiteiras que fizeram a obra.

A assessoria de Aécio nega que tenha havido irregularidades nesse processo.

O Ministério Público não soube informar o estágio atual das investigações ou se alguma das apurações já foi encerrada.

OUTRO LADO

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse em nota à Folha que desconhece os relatos feitos pelo empresário Léo Pinheiro sobre suposta propina em sua administração e que considera as declarações "falsas e absurdas".

Carlos Roberto – 13.out.2009/Hoje em Dia/Folhapress

BELO HORIZONTE, MG, 13.10.2009: VISITA/OBRAS/MG - O governador, Aécio Neves, visitou na tarde de hoje no bairro de Serra Verde, as obras da cidade administrativa e participou da retirada de uma última viga de uma grande laje suspensa da obra. (Foto: Carlos Roberto/Hoje em Dia/Folhapress) --- Aécio Neves, então governador de MG, durante visita às obras da Cidade Administrativa, em 2009

O Senador Aécio Neves, então governador de MG, durante visita às obras da Cidade Administrativa, em 2009

A nota afirma que acusações como essas precisam de provas, "sob o risco de servirem apenas a interesses outros que não os da verdade".

O senador afirma estranhar o que chama de vazamento "deste trecho" da delação de Pinheiro, da OAS, que o cita como beneficiário de propina.

Segundo nota enviada pela assessoria de imprensa do senador, as obras da Cidade Administrativa foram contratadas por R$ 948 milhões em 2007 e tiveram custo final de R$ 1,26 bilhão, em 2010.

Entre as razões do aumento está a construção de um túnel que não estava previsto no projeto inicial e que demandou uma nova licitação.

O comunicado aponta que os aditivos firmados na construção da Cidade Administrativa mineira "corresponderam a 10% do valor inicial, percentual inferior aos 25% autorizados pela Lei 8.666 para obras públicas".

A assessoria de Aécio reitera que "a obra foi conduzida com absoluta transparência e controle da sociedade", inclusive com aprovação de órgãos de controle do Estado.

A nota afirma ainda que, antes da abertura da licitação, os editais foram submetidos a avaliação prévia do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

"Todas as especificações técnicas do projeto tiveram acompanhamento e monitoramento da empresa de auditoria externa, atestando e assinando juntamente com a gerência da obra", diz a nota divulgada.

Sobre a OAS, a assessoria do senador diz que a empreiteira apresentou um pedido de revisão nos valores a serem pagos quando a Cidade Administrativa foi finalizada, o que foi negado pela empresa que administrava a obra.

Segundo a assessoria de Aécio, a participação da OAS na obra foi de cerca de R$ 50 milhões, metade do valor obtido pela Folha. A decisão de dividir a construção em três lotes se deu para "baratear os custos de execução e abrir espaço para participação de mais empresas", de acordo com a assessoria.

Sobre o avião utilizado pelo senador, a assessoria afirma que a aeronave não pertencia a Oswaldo Borges, mas à família dele.

Questionada a respeito do uso do Rolls-Royce do empresário, a nota diz que Borges é "reconhecido colecionador de carros" e emprestou veículos de seu acervo para a posse dos governadores Aécio Neves e Antonio Anastasia, ambos do PSDB.

A assessoria de imprensa de Aécio não quis se pronunciar sobre os relatos de Borges ter atuado como "tesoureiro informal" das campanhas do tucano.

Procurado, o empresário Oswaldo Borges da Costa Filho não atendeu as ligações nem ligou de volta para a reportagem. A Folha pediu ajuda à assessoria de Aécio para contatá-lo, sem sucesso.

18/06/2016

Um texto aos golpistas, não fossem eles boçais e cleptomaníacos

OBScena: lista desatualizada. Está faltando, dentre outros, Henrique Alves.

Temer e BandidosÀs pessoas de mau caráter de nada adianta boas explicações. E não se trata de falta de educação já que a maioria branca que vestia as camisas verde-amarelas com escudo da CBF padrão FIFA eram majoritariamente brancas e com formação em curso superior. Então, não há outra explicação, senão a deformação do caráter. Basta uma único prova: diante da cleptocracia que tomou de assalto o Planalto Central que em tão pouco tempo já perdeu três ministros, onde estão os combatentes da corrupção? Os que se diziam “Somos Todos CUnha” agora podem ostentar um novo slogan “Somos todos Sem-Vergonha”. Isso os tornariam mais próximos à Rede Globo, amestradora e égua madrinha da manada de midiotas que conduziu para derrubar uma presidenta honesta para colocar seus homens: Eduardo CUnha, Michel Temer, Henrique Alves, Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros, José Serra.

Para derrubar Dilma a Rede Globo combinou com Eduardo CUnha e suspendeu o Brasileirão. Passou ao vivo o mais deprimente espetáculo de hiPÓcrisia jamais visto em tempo real. Mas tudo dentro do script desenhado pela maior beneficiária do golpe, a Rede Globo.

No RS o espetáculo de hiPÓcrisia só poderia ter saído do Parcão. Por lá transitaram os maiores consumidores de cocaína da cidade. São os mesmos que agora aplaudem o dono do HeliPÓptero como novo Ministro. Os toxicômandos se reconhecem e se protegem. Não é mero acaso que um dos maiores delatados também seja um toxicômano e que, de igual sorte, goza de blindagem da Rede Globo.

Mais um ministro cai, Henrique Alves, e não é pelo trabalho dos nossos bravos investigadores, mas porque a Suíça manda tudo prontinho. Aliás, como já fez em relação ao Eduardo CUnha, Alstom, Siemens, a Suíça manda as provas, mas se for contra os ladrões de sempre, há uma blindagem midiática e institucional.

O que teria acontecido com Lula ou Dilma se tivessem abrigado em seus governos tantos notórios corruptos? Ora, a vindita do Eduardo CUnha deve-se exatamente ao fato de Dilma rejeitar qualquer tipo de complacência com corruptos. Quem sabe tratar com bandidos não é Dilma nem Lula, é Michel Temer.

Dois olhares sobre a crise brasileira

Postado em 18 de junho de 2016 por Juremir Publicado em Uncategorized Deixe um comentário

Glenn Greenwald é jornalista de renome internacional.

Ganhou o Prêmio Pulitzer, o Oscar do jornalismo nos Estados Unidos.

Rogério Cerqueira Leite é um físico de grande reputação intelectual.

Um dos nomes mais respeitados no meio científico brasileiro.

O que eles dizem sobre a crise brasileira?

O que falam sobre o impeachment de Dilma?

O que pensam do governo provisório de Temer?

O que o professor Cerqueira Leite pensa do tratamento da educação nos últimos 14 anos?

Como santo de casa não faz milagre, ouçamos outras vozes.

*

Enquanto a corrupção assombra o Temer, caem as máscaras dos movimentos pró-impeachment

Glenn Greenwald

June 16 2016, 2:34 p.m.

(To see the English version of this article, click here.)

O impeachment da presidente do Brasil democraticamente eleita, Dilma Rousseff, foi inicialmente conduzido por grandes protestos de cidadãos que demandavam seu afastamento. Embora a mídia dominante do país glorificasse incessantemente (e incitasse) estes protestos de figurino verde-e-amarelo como um movimento orgânico de cidadania, surgiram, recentemente, evidências de que os líderes dos protestos foram secretamente pagos e financiados por partidos da oposição. Ainda assim, não há dúvidas de que milhões de brasileiros participaram nas marchas que reivindicavam a saída de Dilma, afirmando que eram motivados pela indignação com a presidente e com a corrupção de seu partido.

Mas desde o início, havia inúmeras razões para duvidar desta história e perceber que estes manifestantes, na verdade, não eram (em sua maioria) opositores da corrupção, mas simplesmente dedicados a retirar do poder o partido de centro-esquerda que ganhou quatro eleições consecutivas. Como reportado pelos meios de mídia internacionais, pesquisas mostraram que os manifestantes não eram representativos da sociedade brasileira mas, ao invés disso, eram desproporcionalmente brancos e ricos: em outras palavras, as mesmas pessoas que sempre odiaram e votaram contra o PT. Como dito pelo The Guardian, sobre o maior protesto no Rio: “a multidão era predominantemente branca, de classe média e predisposta a apoiar a oposição”. Certamente, muitos dos antigos apoiadores do PT se viraram contra Dilma – com boas razões – e o próprio PT tem estado, de fato, cheio de corrupção. Mas os protestos eram majoritariamente compostos pelos mesmos grupos que sempre se opuseram ao PT.

É esse o motivo pelo qual uma foto – de uma família rica e branca num protesto anti-Dilma seguida por sua babá de fim de semana negra, vestida com o uniforme branco que muitos ricos  no Brasil fazem seus empregados usarem – se tornou viral: porque ela captura o que foram estes protestos. E enquanto esses manifestantes corretamente denunciavam os escândalos de corrupção no interior do PT – e há muitos deles – ignoravam amplamente os políticos de direita que se afogavam em escândalos muitos piores que as acusações contra Dilma.

Claramente, essas marchas não eram contra a corrupção, mas contra a democracia: conduzidas por pessoas cujas visões políticas são minoritárias e cujos políticos preferidos perdem quando as eleições determinam quem comanda o Brasil. E, como pretendido, o novo governo tenta agora impor uma agenda de austeridade e privatização que jamais seria ratificado se a população tivesse sua voz ouvida (a própria Dilma impôs medidas de austeridade depois de sua reeleição em 2014, após ter concorrido contra eles).

Depois das enormes notícias de ontem sobre o Brasil, as evidências de que estes protestos foram uma farsa são agora irrefutáveis. Um executivo do petróleo e ex-senador do partido conservador de oposição, o PSDB, Sérgio Machado, declarou em seu acordo de delação premiada que Michel Temer – presidente interino do Brasil que conspirou para remover Dilma – exigiu R$1,5 milhões em propinas para a campanha do candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo (Temer nega a informação). Isso vem se somar a vários outros escândalos de corrupção nos quais Temer está envolvido, bem como sua inelegibilidade se candidatar a qualquer cargo (incluindo o que por ora ocupa) por 8 anos, imposta pelo TRE por conta de violações da lei sobre os gastos de campanha.

E tudo isso independentemente de como dois dos novos ministros de Temer foram forçados a renunciar depois que gravações revelaram que eles estavam conspirando para barrar a investigação na qual eram alvos, incluindo o que era seu ministro anticorrupção e outro – Romero Jucá, um de seus aliados mais próximos em Brasília – que agora foi acusado por Machado de receber milhões em subornos. Em suma, a pessoa cujas elites brasileiras – em nome da “anticorrupção” – instalaram para substituir a presidente democraticamente eleita está sufocando entre diversos e esmagadores escândalos de corrupção.

Mas os efeitos da notícia bombástica de ontem foram muito além de Temer, envolvendo inúmeros outros políticos que estiveram liderando a luta pelo impeachment contra Dilma. Talvez o mais significante seja Aécio Neves, o candidato de centro-direita do PSDB derrotado por Dilma em 2014 e quem, como Senador, é um dos líderes entre os defensores do impeachment. Machado alegou que Aécio – que também já havia estado envolvido em escândalos de corrupçãorecebeu e controlou R$ 1 milhão em doações ilegais de campanha. Descrever Aécio como figura central para a visão política dos manifestantes é subestimar sua importância. Por cerca de um ano, eles popularizaram a frase “Não é minha culpa: eu votei no Aécio”; chegaram a fazer camisetas e adesivos que orgulhosamente proclamavam isso:

Evidências de corrupção generalizada entre a classe política brasileira – não só no PT mas muito além dele – continuam a surgir, agora envolvendo aqueles que antidemocraticamente tomaram o poder em nome do combate a ela. Mas desde o impeachment de Dilma, o movimento de protestos desapareceu. Por alguma razão, o pessoal do “Vem Pra Rua” não está mais nas ruas exigindo o impeachment de Temer, ou a remoção de Aécio, ou a prisão de Jucá. Porque será? Para onde eles foram?

Podemos procurar, em vão, em seu website e sua página no Facebook por qualquer denúncia, ou ainda organização de protestos, voltados para a profunda e generalizada corrupção do governo “interino” ou qualquer dos inúmeros políticos que não sejam da esquerda. Eles ainda estão promovendo o que esperam que seja uma marcha massiva no dia 31 de julho, mas que é focada no impeachment de Dilma, e não no de Temer ou de qualquer líder da oposição cuja profunda corrupção já tenha sido provada. Sua suposta indignação com a corrupção parece começar – e terminar – com a Dilma e o PT.

Neste sentido, esse movimento é de fato representativo do próprio impeachment: usou a corrupção como pretexto para os fins antidemocráticos que logrou atingir. Para além de outras questões, qualquer processo que resulte no empoderamento de alguém como Michel Temer, Romero Jucá e Aécio Neves tem muitos objetivos: a luta contra a corrupção nunca foi um deles.

* * * * *

No mês passado, o primeiro brasileiro ganhador do Prêmio Pulitzer, o fotojornalista Mauricio Lima, denunciou o impeachment como um “golpe” com a TV Globo em seu centro. Ontem à noite, como convidado no show de Chelsea Handler no Netflix, o ator popular Wagner Moura denunciou isso em termos similares, dizendo que a cobertura da mídia nacional foi “extremamente limitada” porque “pertence a cinco famílias”.

Atualização: Logo depois da publicação deste artigo, foi anunciado que o presidente interino Temer acaba de perder seu terceiro ministro para a corrupção menos de dois meses depois da tomada do poder: dessa vez, seu ministro do turismo Henrique Eduardo Alves, acusado na delação premiada de Machado de receber R$ 1,5 milhão em propinas de 2008 a 2014. Quando se toma o poder antidemocraticamente usando a “corrupção” como pretexto, em geral é uma má ideia encher sua equipe de criminosos (e ter o próprio novo presidente envolvido em múltiplos escândalos de corrupção).

acaba de perder seu terceiro ministro para a corrupção menos de dois meses depois da tomada do poder: dessa vez, seu ministro do turismo Henrique Eduardo Alves, acusado na delação premiada de Machado de receber R$ 1,5 milhão em propinas de 2008 a 2014. Quando se toma o poder antidemocraticamente usando a “corrupção” como pretexto, em geral é uma má ideia encher sua equipe de criminosos (e ter o próprio novo presidente envolvido em múltiplos escândalos de corrupção).

*

A donzela de Orléans e as pedaladas

Rogério Cezar de Cerqueira Leite

Folha de S. Paulo

Uma das cenas mais aterradoras da Guerra dos Cem Anos ocorreu em 1431, quando uma donzela de 19 anos foi colocada em uma pilha de toras de madeira e queimada viva.

Aquela foi a segunda vez em que esteve presa. O interrogatório foi longo, quase um ano, e a principal queixa de heresia foi a de se vestir como homem. Ela era guerreira, usava em batalhas armadura de metal, em vez de saia e babados.

Nos quartéis, seria atacada sexualmente se usasse decotes, pois os relatos da época dizem que esse era o comportamento usual de soldados. Demorou quase cinco séculos para que a história reconhecesse Joana d’Arc como sua maior heroína. À época não havia internet.

O pecado da presidente afastada Dilma Rousseff foi aprovar umas pedaladas, ou seja, deixar de pagar os bancos oficiais, o que governos anteriores faziam regularmente, inclusive o de Fernando Henrique Cardoso.

E agora o governo dos inquisidores anuncia uma superpedalada no BNDES, R$ 100 bilhões. Só há uma diferença: ao invés de atrasar o repasse, exige pagamentos adiantados de parte da dívida do banco com o Tesouro. Imagine a situação: alguém compra uma geladeira, por exemplo, e o vendedor exige pagamento adiantado de mensalidades.

É bom que se diga que sangrar o BNDES, ferramenta essencial para a retomada do desenvolvimento econômico e social do país, é a medida mais contraditória que se poderia imaginar, principalmente no estado recessivo no qual o Brasil se encontra, o que até economistas são capazes de perceber.

Pois é, Dilma não usava roupas masculinas, mas atrasou pagamentos aos bancos do próprio governo. A desculpa para jogar Dilma na fogueira é tão estapafúrdia quanto aquela heresia usada contra Joana d’Arc, e tão medieval quanto.

A donzela de Orléans pegou em armas para livrar seu país do jugo dos ingleses e do entreguismo dos dirigentes da província de Borgonha, aliados na luta contra o legítimo herdeiro do trono da França. Foi um episódio nacionalista pela recuperação da soberania da conflagrada nação.

Vai ser difícil apagar a história também aqui no Brasil. Já está escrito o que foi feito pela educação: 23 novas universidades federais, 173 novos campi universitários, 422 novas escolas técnicas, o ProUni, o Fies, a capacitação de 200 mil professores da educação básica, entre outras ações.

O rompimento dos compromissos com a educação e a saúde, a desvinculação de percentuais do orçamento, propostas do governo interino, não eliminarão o que foi feito. O Bolsa Família é o mais bem-sucedido programa de combate à pobreza e ao analfabetismo do mundo, e é assim reconhecido universalmente.

O aumento do salário mínimo e a quase eliminação da pobreza, com 30 milhões escapando da miséria, são resultados que não serão esquecidos pela posteridade, apesar da eficiente propaganda da Globo.

Podem caçar o Lula, podem caçar a Dilma, podem desbaratar o PT, mas o futuro lhes fará justiça. Não será necessário esperar 500 anos. O futuro não mais pertencerá às oligarquias. O futuro pertence ao homem do povo, ao cidadão comum.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 84, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha

Juremir Machado da Silva | Blogs

31/03/2016

Fiesp patrocina pirataria

pato roubadoUma sociedade composta por varões fake só pode ter pato por mascote. A FIESP, que também patrocinou a Operação Bandeirantes – OBAN, agora também vende a imagem ao seus patinhos de que, no jogo do Golpe Paraguaio, tudo é permitido, inclusive praticar a pirataria. Não, não estou decepcionado. Decepcionado estaria se eu acreditasse no golpismo de nossa elite com Complexo de Vira-Lata. O uso de um pato holandês diz muito sobre a mentalidade e a criatividade do Federação das Indústrias de São Paulo. Nossos impolutos empresários querem sempre uma empresa já construída pelo Estado. Não desenvolvem uma Petrobrás, querem que o Estado lhes entregue de graça, como fez com a Vale do Rio Doce.

O exemplo gaúcho, que conheço melhor, ajuda a entender o método da FIESP. No RS, os sucessivos ventríloquos da RBS que chegaram ao Piratini sempre defenderam o Estado Mínimo e o lucro máximo da RBS. O ápice desta estratégia foi a eleição do cavalo paraguaio. A RBS apostou todas as fichas naquele que abria o Jornal Nacional com a fatídica frase: “Senhores, trago-vos boas notícias, Tancredo ainda não morreu”. E Tancredo sendo embalsamando no Sara Kubitschek enquanto ajustavam a Faixa Presidencial no já então embalsamado Sarney. Pois bem, com o aval dos grupos mafiomidiáticos nacionais, Antonio Britto foi ungido, embalsamado e preparado para assumir o Brasil a partir do RS. A decadência proposital da empresa de telefonia gaúcha serviu de escada para o início da entrega das empresas desenvolvidas pelos Estados Brasil afora. Foi assim que, como por milagre, a CRT caiu nos braços da famiglia Sirotsky. Poderia ter sido pior se a Telefonica de Espanha não tivesse passado a perna da RBS.

A qualidade destes grupos empresariais depende do grau de capacidade em corromper servidores e órgãos públicos. A Lista Odebrecht é a prova disto. Estão lá os que fizeram, mediante corrupção, a grandeza da Odebrecht. Hoje mesmo mais está sendo colhida mais uma Safra de corruptores. O que é a Lista Falciani do HSBC senão o encontro dos arautos da privataria com seu finanCIAdores na lavanderia?! O que é a Operação Zelotes senão a reunião da fina flor dos corruptores gaúchos (Gerdau, RBS – sempre ela!) com os corrompidos do CARF?! E nem vamos falar em outras operações made in RS, como a Leite Compensado, a Pavlova, Ouro Verde(Portocred). São todas operações envolvendo a fina flor do Macarthismo Gaudério

Que coincidência, a principal avalista e propagandista do Golpe, a Rede Globo, é, mesmo tempo, segundo a Revista Forbes, a mais rica e, também, a maior sonegadora. O FBI sabe, mas por aqui a capitã-mor da sonegação captura se se salva mediante a farta distribuição de estatuetas… Pelas mesmas razões, a CBF que patrocina a marcha dos zumbis, tem todos seus ex-presidentes sem poderem por os pés nos EUA. Aqui no Brasil, se a Rede Globo não “denunciar” no Jornal Nazional Socialista, não existe.

Quer saber quem é golpista basta ver quem são os finanCIAdores do golpe! Quem anuncia em veículo golpista é o que se não golpista! O Banco Itaú, que sempre patrocina a nata da corrupção, hoje passa a contar com a parceria do Banco Safra

O tempora, o mores! E como não poderia ser diferente partindo de grupos golpistas,  a Federação que deveria zelar pela honestidade nas relações comerciais, inclusive para não prejudicar seus representados, utiliza-se de produto pirata. A desfaçatez dos que condenam as políticas de inclusão social, por meio das cotas, tem sua maldade revelada por inteiro nas bilionárias transações de captura de agentes públicos (CARF).

Fiesp vai ter de pagar o pato a artista holandês de quem roubou o o pato gigante

Por Fernando Brito · 30/03/2016

Da BBC, agora há pouco, reportagem de Ricardo Senra:

O artista plástico holandês Florentijn Hofman acusa a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) de plagiar, em sua campanha contra aumento de impostos chamada “Não vou pagar o pato”, a obra Rubber Duck(ou pato de borracha), exposta em São Paulo, em 2008, e em cidades como Amsterdã e Hong Kong.

A BBC Brasil entrou em contato com a fábrica de Guarulhos (SP) que produziu a obra para o artista holandês em 2008 e descobriu que se trata da mesma que tem produzido os patos em contrato com a Fiesp.

Denilson Sousa, dono da Big Format Infláveis, reconheceu que empresa produziu os dois patos e disse que a Fiesp enviou uma foto da obra do artista como “referência”, mas que “nem sabe mais se tem o projeto de Hofman”.

À BBC Brasil, a equipe de Hofman afirmou que a Fiesp transformou o projeto artístico original em uma “paródia política” e que o uso do desenho é “ilegal” e “infringe direitos autorais”.

Como, por óbvio, não foi a fábrica de infláveis que “teve a ideia” da campanha, fica evidente que algum marqueteiro da Fiesp viu trabalho e “meteu a mão” não apenas na ideia, mas nos moldes do holandês.

Ou seja, além de não pagar pelos direitos do artista, sequer o consultou sobre o propósito com que ia usá-lo.

No meu tempo isso era crime e quem praticava crime era criminoso.

E. além do mais, para ficar diferente ou em homenagem àqueles que querem enganar com sua campanha pelo golpe, tiraram os olhos do patinho. Ceguinho, coitado, não pode ver que está sendo usado para enganar os “patos”.

Fiesp vai ter de pagar o pato a artista holandês de quem roubou o o pato gigante – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

26/03/2016

Os golpistas estão na mídia

No início dos anos 2000 o Rio Grande estava cansado de governos corruptos aliados a grupos corruptos. A manipulação das informações sempre foi um produto típico, D.O.C., made in RBS. Foi a partir da manipulação das pesquisas eleitoras, quando a RBS pretendia novamente montar seu cavalo paraguaio, que criamos o movimento Zero Fora, que pedia Mid@ética.

Na época já propúnhamos que a esquerda boicotasse os grupos golpistas. Conseguimos o cancelamento, conforme admitiu a própria Rosane de Oliveira em debate na Fabico, de 25 mil assinaturas da Zero Hora. De lá para cá a esquerda continuou dando, com suas entrevistas, legitimidade aos golpistas.

Se a esquerda parasse de aparecer no monopólio comandado pela Rede Bunda Suja, pega na Operação Zelotes, mas também presente na Operação Pavlova e Operação Ouro Verde (Portocred), o golpismo seria menos convincente. A massa de midiotas, que seguem abestalhados e amestrados como bovinos, já teria se dado conta de tamanha parcialidade.

A velha mídia, sempre salva pelos cofres públicos, está pendurada no pincel. Neste momento depende dos corruptos. Um golpe comandado por Eduardo CUnha tem tudo a ver com os a$$oCIAdos do Instituto Millenium. E se as cinco irmãs (Folha, Veja, Estadão, Globo & RBS) ainda conseguem comandar a marcha dos zumbis é porque a esquerda, como mariposas nos holofotes, fez parecer que é imparcial.

O Brasil só mudará de patamar quando golpe paraguaio for palavrão. Quando uma concessão pública seja punida por incitar o ódio, como faz a Rede Globo. Quando os maiores golpistas e seus financiadores ideológicos sejam punidos, e não premiados (delação premiada), pela corrupção diturna que praticam.

Leia aqui artigo de 2002 que escrevi para o Observatório da Imprensa, e que foi republicado por vários sites, mas da Zero Hora só recebi, como é de costume, ameaças de processos judiciais.

Ou acabemos com os golpistas, ou os golpistas, de golpe em golpe, escravizam todo o Brasil. E os escravos, como se pelos exemplos dos midiotas, acabem gostando da ideia…

 

João Feres Jr: Boicote a grande mídia!

Joao_Feres

sab, 26/03/2016 – 07:12

João Feres Jr: Boicote a grande mídia!

O título acima é assim mesmo, sem crase. A frase é um chamamento! Nela boicote é verbo transitivo direto, e não o substantivo boicote, que seria regido pela preposição a.

Sou professor universitário e coordenador de dois grupos de pesquisa: o GEMAA, dedicado ao estudo de políticas de ação afirmativa, raça e gênero — provavelmente a maior referência no país na produção de análises sobre estas políticas — e o LEMEP, que enfoca a interação entre mídia e esfera pública, e produz o site Manchetômetro e o boletim Congresso em Notas — o primeiro com análises diárias da cobertura de política e economia da grande mídia e o segundo com notícias semanais sobre pautas importantes no Congresso Nacional.

Regularmente divulgamos os resultados das pesquisas do GEMAA, e tais resultados são frequentemente publicados na grande mídia. Essa mesma mídia nunca publicou uma linha sobre o Manchetômetro, a despeito do sucesso que o site fez na eleição de 2014 na mídia estrangeira,  internet, blogs e redes sociais. A única tentativa feita foi uma entrevista por  telefone que a ombudsman da Folha começou a fazer comigo, mas que foi abortada quando ela percebeu que não conseguiria usar minhas declarações para referendar uma imagem de equilíbrio da cobertura do jornal, episódio que narrei em detalhes em artigo na época.

Ao longo dos anos tenho dado muitas entrevistas a jornais, revistas e programas televisivos, do Brasil e do exterior. Participo também regularmente de programas de TV e rádio. Há algumas eleições venho também escrevendo pequenos artigos de análise política e desde a eleição de 2010 passei a ser bastante procurado por todo tipo de mídia para comentar política. Sou cientista político de formação. A análise política é uma vocação central da nossa profissão. Uma à qual não me furto.

Já comentei e dei entrevistas para um sem número de órgãos de imprensa do Brasil e do exterior, inclusive para todos os três grandes jornais do Sudeste, Folha, O Globo e Estado, para seus sites noticiosos, para os principais canais da TV aberta e para alguns canais de cabo. Contudo, a partir da crise política que se instalou nos últimos meses em nosso pais, não mais colaborarei com esses meios de comunicação. O assalto à democracia brasileira patrocinada pela grande mídia brasileira é tamanho, sua disposição de distorcer os fatos e versões tão pronunciada, sua adesão política reacionária tão gritante, sua insistência em sempre ouvir somente um lado da contenda, ou de sub-representar desonestamente a opinião legalista, sua incitação a movimentos sociais fascistas e golpistas, que resolvi dizer um basta.

Há quinze dias tomei a decisão de não mais cooperar com qualquer meio de comunicação que estivesse em campanha aberta contra as instituições democráticas de nossos país. Fiz então um post no Facebook conclamando todos meus face-amigos, e particularmente os acadêmicos, a interromper a colaboração com a grande mídia. Dias depois, fui procurado por jornalista do Estadão por telefone para comentar o programa de ação afirmativa da USP, a universidade que mais resiste a democratizar o acesso no pais, me neguei dizendo não cooperar com um meio que ataca a democracia brasileira. Logo em seguida recebi e-mail de jornalista do site G1, da Globo, fazendo convite similar. Também neguei, usando o mesmo argumento.

No mesmo dia, um amigo, Reginaldo Nasser, provavelmente sem sequer ter visto meu chamamento, negou convite para participar de programa da Globonews e postou sua resposta no Facebook: Não dou entrevista para um canal que além de não fazer jornalismo incita a população ao ódio num grave momento como esse. Achei a ideia muito boa, e postei minha troca de e-mails com a jornalista da G1. O post viralizou na web e em poucas horas tínhamos uma campanha pública pelo boicote da mídia.

Professores universitários são uma das categorias que têm a razão mais baixa entre salário e número de anos de estudo necessários à profissionalização. Contudo, a elite da carreira, à qual pertenço, formada em grande parte por professores das escolas públicas, recebe salários que lhes proporciona uma vida confortável de classe média. Em uma sociedade tão desigual quanto a nossa, isso é um privilégio. Mas somos também privilegiados por desfrutarmos de grande autonomia de escolha de objetos de estudo e de opinião, diferentemente de outras carreiras também focadas na escrita, como a de jornalista.

Fato é que somos assalariados e nossa profissão não é orientada para a aquisição de bens e dinheiro. Quem escolhe a carreira acadêmica e tem alguma ambição de ser reconhecido socialmente sabe que esse reconhecimento não virá das riquezas que adquirimos como prêmio pelo nosso trabalho, mas da circulação social das ideias que produzimos e articulamos. Sim, temos uma vocação para o debate público. Contribuir para a discussão racional e pública acerca das escolhas coletivas que fazemos em sociedade (políticas públicas, leis, eleições, etc) é um dos maiores objetivos de realização profissional do cientista social. O problema é que a circulação social de nossas intervenções, para além dos círculos das publicações e eventos acadêmicos, dependia até há pouco tempo quase que exclusivamente da grande mídia.

Era comum ver um colega postar nas redes sociais ou mesmo mandar por e-mail entrevista ou artigo que publicara em algum órgão da grande imprensa. Isso era até há pouco motivo de orgulho: vejam como meu trabalho está recebendo reconhecimento público, queriam dizer com tal ato. E tinham certa razão.

O conservadorismo das editorias dos grandes órgãos noticiosos brasileiros vem de várias décadas, mas é preciso dizer que, apesar deste viés (liberal, pró-mercado, anti-movimentos sociais) havia ao longo do processo de democratização bastante espaço na grande mídia para o debate de ideias, com a participação ativa e frequente de intelectuais. Essa esfera pública plural foi, contudo, se fechando, particularmente a partir da primeira vitória de Lula, na eleição presidencial de 2002.

A crise econômica das empresas privadas de jornalismo, cujos assinantes e anunciantes foram sugados pela internet, contribuiu para este estado de coisas, eliminando ou minguando os cadernos de cultura, mas está longe de explicá-lo inteiramente. Aos poucos, os grandes jornais foram substituindo seus colunistas e articulistas progressistas por conservadores, alguns com biografias abertamente ligadas ao principal partido da oposição, PSDB, ou por publicistas vitriolicamente reacionários, como Rodrigo Constantino, Reinaldo Azevedo, Diego Escosteguy e um rol imenso de outras figuras da mesma laia.

Mesmo com o progressivo avanço da mídia em direção ao reacionarismo, alguns colegas, inclusive eu, ainda insistiam em colaborar com estes órgãos, quando instados. O motivo não era mais propriamente orgulho, mas uma posição de defesa estratégica de posições progressistas. Pensávamos: ainda que a barra esteja pesada neste jornal; ainda que meu texto seja publicado cercado por artigos de gente desqualificada e maliciosa; ainda assim, talvez consiga atingir alguns leitores, expondo-os a informações e pontos de vista que os façam pensar mais criticamente.

Nada mais disso é possível. Com a radicalização política absurda em que nossa grande mídia embarcou não pode haver mais orgulho, não há mais espaço para posições estratégicas, a única coisa que resta é a vergonha. Repito mais claramente: colaborar com a grande mídia reacionária nos dias de hoje é motivo de vergonha. Quem ainda faz isso  está compactuando com o ataque à democracia encetado por estes meios. Não há inocentes úteis.

Revistas como Veja, Época e IstoÉ adotam a postura franca de banir tudo que não seja reacionário em suas páginas da cobertura política. O Globo está praticamente igual, com raríssimas exceções. O jornal é um apanhado de reportagens, colunas de opinião, e editoriais militantemente oposicionistas, com imagens, títulos e manchetes cuidadosamente editados para produzir o maior efeito no leitor. Estadão, idem, em quase tudo.

A Folha de S. Paulo também apela fartamente para estratégias editorias para apresentar as ações do governo, do PT, de Lula e Dilma da pior maneira possível, enquanto noticia generosamente a agenda da direita oposicionista. Já analisei aspectos desta estratégia em alguns artigos e vou escrever mais um sobre material recente publicado pelo jornal em breve. Mas no uso dos articulistas ela é um pouquinho diferente. Há um número bem maior de oposicionistas, entre eles Aécio Neves, Marina Silva e até gente do naipe de Reinaldo Azevedo, mas a Folha conta também com um pequeno time de intelectuais de esquerda, bem minoritário, mas que cumpre uma função importante para o jornal: permite que seus editores, ombudsman e demais jornalistas defensores da agenda patronal digam que o jornal é plural pois reproduz várias perspectivas e opiniões. Em inglês há um termo para isso. Eles são the tolken liberals. Estão lá para prestar este serviço, que o velho marxismo chamaria de ideológico. Pois este jornal, assim como todos os outros supracitados, já sacrificaram qualquer semblante de esfera pública habermasiana ou mesmo de pluralismo liberal, se me permitem um intelectualismo escolástico.

O pequeno exército de acadêmicos que presta esse serviço de reportar seus resultados de pesquisa e opiniões para artigos e reportagens da grande mídia não recebe qualquer compensação monetária. Às vezes são até tratados por jornalistas como se tivessem obrigação de trabalhar de graça para seus senhores, os grandes proprietários da mídia nacional. Os poucos acadêmicos colunistas ou não recebem nada ou ganham uma merreca, como se diz por aí, para fazerem o que fazem. Não há mais razão para ambos os grupos continuarem essa colaboração voluntária. Não há orgulho em fazer isso, mas vergonha; não há mais semblante de debate público com posições para serem ocupadas; o que há é uma guerra política na qual a grande mídia já deu provas de sobra que está disposta a jogar as instituições democráticas que criamos com a luta de gerações de brasileiros na lata do lixo.

Por isso faço o chamamento: BOICOTE A MÍDIA. E de quebra, cancele todas assinaturas de jornais e revistas que tiver em casa ou em suas instituições.

21/02/2016

Copas de 2002 e 2006 explicam o ódio da Rede Globo ao Lula

Corrupção no futebol & Rede Globo, tudo a ver! O que prova que os verdadeiros bandidos estão fora dos presídios de segurança máxima, distribuem estatuetas e aparecem na FORBES

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

sab, 20/02/2016 – 18:58

Jornal GGN – O jornalista Jamil Chade, correspondente internacional do Estadão, está lançando um livro chamado Política, propina e futebol – Como o “padrão FIFA” ameaça o esporte mais popular do planeta.

Na obra, o jornalista desvenda como funcionava o pagamento de propinas e subornos da entidade e explica como os cartolas usavam contratos comerciais e de direito de transmissão para enriquecer.

Jamil Chade esteve em São Paulo para um evento de lançamento do trabalho e concedeu entrevista exclusiva a Luis Nassif sobre o assunto.

Abaixo, os vídeos da entrevista e a transcrição completa:

Luis Nassif – Jamil, fala um pouco da sua carreira como correspondente internacional. Como você chegou a Genebra?

Jamil Chade – Eu cheguei em Genebra no ano de 2000. E o principal foco era a cobertura ainda de OMC [Organização Mundial do Comércio], em termos econômicos. Principalmente porque a OMC naquele momento era vista como uma entidade que poderia ser a organização que corrigiria as regras do comércio.

O que poderia trazer uma política externa desenvolvimentista para o Brasil, abrindo portas etc. Esse foi o inicio, mas claro, uma vez lá, o que acontece que se descobre rapidamente, tem uma infinidade de assuntos. Genebra é uma cidade muito pequenininha.

Luis Nassif – Tem correspondente do mundo inteiro lá…

Jamil Chade – Tem mais de 150 correspondentes, do mundo inteiro, eu já cheguei a ser presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros lá. E é muito curioso porque você vê do chinês, da estatal chinesa, à extrema direita americana. E todos ali. Porque tem a ONU, as entidades internacionais, mas também tem os bancos, e aí todas as entidades esportivas, né?

Luis Nassif – Quando começa essa questão da guerra contra o narcotráfico e contra o terrorismo, de que maneira que isso se refletiu na cobertura lá inicial?

Jamil Chade – É curioso, só um causo… Logo que aconteceu o ataque nas torres gêmeas, no dia seguinte, a cidade descobriu que o irmão do Bin Laden morava em Genebra. Não só que ele morava em Genebra como era financiador do festival de cinema de Genebra, das atividades culturais de Genebra etc. E aí foi aquele primeiro constrangimento, que na verdade aquela família que era tão odiada pelo mundo, era a mesma…

Luis Nassif – Eles não tinham ligações com a família Bush?

Jamil Chade – É difícil ter uma constatação final, mas dizer que eles eram desconhecidos não era o caso, e dizer que a família era desconhecida das autoridades européias também não era o caso. Se o próprio irmão fazia tanta filantropia artística na Europa.

Eu digo isso pelo seguinte. A cobertura mudou radicalmente, primeiro dos jornais europeus, da imprensa européia, descobrindo que o problema não era americano, não era no Oriente Médio. O problema existia, e é um problema, vamos dizer assim, global.

Agora, também tem uma outra leva que foi a mais recente que é a da guerra da Síria, que mudou de novo a cobertura do terrorismo, porque o terrorismo, a guerra na Síria passou a acontecer também na Europa. Primeiro, pelos refugiados, que é um impacto direto da guerra ainda no continente europeu. E depois com ataques terroristas.

E aí eu sempre me pergunto: sim, é um desafio, sim é uma questão real para os europeus, agora, o que tem de partido de extrema direita se aproveitando dessa situação é muito grande. Isso é visto na Dinamarca, na Suécia, mas também na França, na Suíça.

Então, a cobertura ela é sobre o terrorismo, ela é sobre o crime internacional. Mas ela também se transformou de alguma forma na cobertura diferente da política doméstica.

Luis Nassif – Quer dizer que essa questão da intolerância global surge a partir do fantasma do terrorismo…

Jamil Chade – É, muita gente usou isso como instrumento. Na Suíça, onde o problema não existe, ele não existe! Ele aparece, se você faz uma sondagem, uma enquete de opinião, ele aparece como terceira ou segunda preocupação.

E você diz: mas ele não existe esse problema aqui! Então, por quê? Partidos, de uma forma muito hábil, muito manipuladora, usaram essa ameaça terrorista, essa ameaça, pra aprofundar hoje a intolerância.

Hoje eu digo que, na Europa, a pessoa que tinha algum traço racista, ou de intolerância, ele perdeu a vergonha de ser intolerante. E hoje a gente vê uma reação muito mais, eu não diria saudável, porque isso não é saudável, mas você sabe quem é quem. Porque a pessoa não tem mais o medo de dizer eu “não quero essas pessoas no meu país”.

Luis Nassif – Jamil, um fenômeno que ocorre também em decorrência desse crescente terrorismo é a chamada cooperação internacional. Como que é feita essa articulação, e porque esse protagonismo dos Estados Unidos hoje em dia? Por conta de ter mais equipamento…?

Jamil Chade – Essa cooperação ela foi exigida pela ameaça. Porque a ameaça não está em um país, ela não é num estado, ela não é um grupo coeso em um território fechado. Então, essa cooperação ela se tornou necessária.

Dou só o exemplo dos ataques em Paris. Os belgas, vamos chamar eles de belgas porque eles são belgas os terroristas, eles nasceram na Bélgica. Os pais eram argelinos etc, mas os garotos eram belgas, pelo menos alguns deles. Quando eles fogem da França para a Bélgica, eles são parados na fronteira naquela noite. Na lista, belga, de procurados, eles estavam, mas eles não estavam na lista francesa de procurados. Então, quando eles são parados, eles são parados pelos franceses, e na lista não tem nenhum nome daqueles. Eles passam. Então, isso tudo demonstrou que sem cooperação nunca essa ameaça vai ser lidada.

Agora os americanos, que é uma questão real. Eu acho que acima de tudo pela capacidade de articulação que eles tem entre o serviço de inteligência e o grupo militar de fato. Porque a Europa falha ainda, a Europa não tem essa capacidade de transmitir informação e inteligência ainda de uma forma eficiente em termos de terrorismo para o combate ao terrorismo.

E muito do que acontece na Europa em termos de atuação é baseado em informações que chegam dos Estados Unidos.

Então, outro dia, não faz tanto tempo, em Genebra, policia anunciou que haveria uma ameaça terrorista na ONU, blindada, basicamente, polícia na rua etc. E aí, foi descoberto que quem passou a informação para as autoridades suíças foram os americanos.

Luis Nassif – Agora, você tem o fenômeno do terrorismo e tem o fenômeno da corrupção internacional, narcotráfico, que cresce com a internacionalização dos mercados. Nesse sentido, já se tem o precedente da Operação Mãos Limpas, como é que você vê a parte de Genebra essa cooperação internacional.

Jamil Chade – Essa cooperação, por exemplo, no caso do crime organizado, do narcotráfico, ficou muito claro que precisa ser feita de uma forma coordenada. É muito fácil, na Suíça é muito claro, o dinheiro da lavagem. O dinheiro da lavagem na Suíça é uma constante, não é algo pontual que eles tentam mostrar que “não, isso foi só um caso isolado, naquele banco, naquela agência”, não, é algo generalizado.

Os suíços entenderam que se eles quiserem de alguma forma preservar o sistema financeiro suíço, eles vão ter que colaborar, porque senão, nos Estados Unidos, os grandes bancos suíços já são, de uma forma muito clara, multados.

Então, os suíços tomaram uma nova postura. Eu não digo que é uma nova postura: abertura, agora nossas contas vão ser transparentes…não, não é isso. Mas, é um inicio de uma cooperação nesse sentido. De alguma forma, o combate ao terrorismo, a cooperação no terrorismo acabou ajudando países a dialogar para lidar com outros crimes.

O problema é que o crime organizado, ele é organizado. Ele consegue identificar lacunas e sair de situações. No caso da Suíça é muito claro. Muito dinheiro saiu da Suíça desde que a operação começou e foi para outros paraísos fiscais. Então, quando os suíços chegaram em alguns dos casos a conta estava vazia já. Então, é um desafio pra eles mesmos, eles mesmos colocam, o Ministério Público suíço coloca de uma forma muito clara que eles estão correndo atrás do prejuízo.

Luis Nassif – Agora, chegando no tema do seu livro que é o futebol. Essa estrutura de crime organizado começa a surgir quando?

Jamil Chade – Olha, essa estrutura de crime organizado ela tem origem ainda nos anos 70/80 com o próprio João Havelange. Ele é o craque, literalmente é o craque do esquema tático. O que ele teve… muita gente coloca ele como a pessoa que levou o futebol ao mundo e que ele globalizou o futebol etc. Eu tento mostrar que esse não é o caso, por quê? Porque qualquer grande administrador no lugar dele teria feito exatamente a mesma coisa.

As televisões estavam em plena expansão, transmissões ao vivo, as multinacionais procurando plataformas que elas pudessem num só evento transmitir aquela marca delas para o mundo inteiro. Então, e ao mesmo tempo nos anos 70 tem a descolonização da África e da Ásia, ou seja, novos membros. Então, o que o Havelange fez foi o óbvio, ele não fez… Não é que ele transformou o futebol num novo fenômeno.

Luis Nassif – Eu lembro como jornalista econômico dos anos 70 já vendo esse fenômeno, o potencial desse fenômeno…

Jamil Chade – Exato, e aí se a gente pega as contas da FIFA, você se dá conta que na verdade ele não fez nem mesmo o suficiente. O que eu quero dizer com isso? A FIFA, durante os anos 80/90 e até meados de 2005/06, era uma organização que não gerava a mesma renda da NBA, do futebol americano, da Fórmula 1, dos Jogos Olímpicos…

Não é possível que o esporte mais popular do mundo, com toda essa expansão, não gere a mesma renda dos outros esportes. É simples, porque o esquema que era montado não era pra gerar renda para o futebol. Era gerado pra montar uma renda para os dirigentes.

Luis Nassif – Então, mas vamos pegar um ponto aí relevante que é o seguinte: quando se pega as disputas midiáticas em todos os países, o evento esportivo é o ponto especial de audiência. Com a legislação desses países se tinha um mercado fechado, não tinha internet nem cabo chegando aí. Então se tinha uma influência muito grande em cada um desses países dos grupos de mídia hegemônicos. Isso aí ajudou a criar essa blindagem política, né?

Jamil Chade – Totalmente, inclusive porque isso, de alguma forma, controlou até o monopólio de quem é que tinha o direito de transmissão. É disso que vem a renda do futebol. É uma ilusão que a gente achar que é ingresso, venda de camisa, ou até o marketing da Coca-Cola e das multinacionais. É a televisão que transmitiu tudo isso.

Só pra te dar um exemplo da capacidade da televisão de influenciar o jogo. A gente fala muito: “ah não, a televisão influencia o horário da partida”, é verdade, mas é muito mais do que isso. A bola, ela começou a ser branca e preta, com aquelas gomas, justamente para favorecer a televisão, por causa da visibilidade.

Outra regra do futebol que a gente considera como óbvia que veio da televisão: cartão amarelo e vermelho. Quando a televisão foi a cores, precisava ter uma distinção pra televisão registrar. Enfim, são coisas elementares…

Mas para eu explicar que na verdade a historia da televisão está ligada com a história da expansão do futebol. Agora, se a gente pega e eu tento mostrar no livro isso com documentos. No caso da ISL, a empresa de marketing da FIFA que quebrou em 2002. Quando o processo termina, e os documentos são revelados no ano de 2012. O procurador na Suíça diz que Havelange fraudou a FIFA nos contratos. O que significa isso? Ele simplesmente evitou que a FIFA tivesse uma renda maior fechando acordos com monopólios. E claro, esses monopólios pagavam propina a ele, para garantir que não fosse aberta a concorrência.

Luis Nassif – Mas só pra entender um pouquinho a entrada dos Estados Unidos nisso aí… Coincide com o momento em que os grandes grupos midiáticos norte-americanos tentam entrar nesse mercado: ESPN. Tentam entrar nesses mercados e batem nessa estrutura viciada aí… Então, teve um estímulo econômico aí para…

Jamil Chade – Certamente, certamente. A explicação para essa derrubada, para esse chacoalho aí que aconteceu, foi justamente romper um vício. Uma estrutura viciada, absolutamente correto, em mostrar a impossibilidade de entrar no mercado que era costurado, que coloca os americanos e outros também numa situação de dizer: bom, precisamos começar a questionar esse sistema. Como? Pelas regras do jogo não vai funcionar porque ali estava fechado.

Existe também a justiça, existe também a polícia. E aí o que eles mostram, isso é importante, não é uma investigação apenas sobre os dirigentes esportivos. Nos Estados Unidos isso também se transformou numa investigação sobre os cúmplices, sobre as empresas que faziam parte desse esquema.

Então, porque o mergulho da investigação nas empresas de marketing e de transmissão? É porque ali que era onde engarrafava, onde ninguém mais entra.

Luis Nassif – Deixa eu entender só uma coisa, a cooperação internacional ter permitido aqui, no caso do Brasil e da Lava Jato, acesso a um volume de informações muito relevantes. Como que o Ministério Público Federal, no caso do Brasil, está se aproveitando dessas informações ligadas aí à FIFA?

Jamil Chade – Por enquanto muito pouco. Nós estamos aí já no final… Quer dizer, quase um ano depois da prisão em maio de 2015. Mas, existe a cooperação da Suíça com os Estados Unidos, do Uruguai com os Estados Unidos, do Chile com os Estados Unidos. E no Brasil o Ministério Público teve uma primeira, digamos assim, com o departamento de justiça americano. Foi pedida a transferência dos documentos pra que isso pudesse acontecer. E aí uma juíza no Rio de Janeiro determinou o bloqueio de toda a cooperação entre Brasil e Estados Unidos no caso do escândalo do futebol.

Luis Nassif – Uma juíza de primeira instância?

Jamil Chade – Primeira instância. O Ministério Público agora levou isso a uma segunda instância, eu acho que provavelmente no Supremo, e agora está aguardando uma decisão pra desbloquear a decisão da juíza que havia determinado que não há espaço, que a transmissão dos documentos não seria legal, o que é bastante incrível.

Luis Nassif – Qual que é a alegação dela?

Jamil Chade – A alegação dela é que as outras partes não tiveram a oportunidade de se defender.

Luis Nassif – Mas em fase de coleta de dados?

Jamil Chade – Coleta de dados. Inclusive, ela pede que os dados que o Brasil tenha já mandado para os Estados Unidos que sejam devolvidos. Isso está na decisão de primeira instância.

O Ministério Público Federal protestou, de uma forma bastante enérgica, eu até tenho alguns documentos. E não houve forma de solucionar, então, foi levado a uma nova instância.

Mas, o que acontece no final das contas? Hoje, o Brasil é um dos únicos países que não colabora nesse caso. O que é de uma ironia total, porque o pai, o craque que montou era brasileiro, e uma parte fundamental dessa investigação é a atuação dos dirigentes brasileiros.

Então, os americanos mesmo, o departamento de justiça, já deixou muito claro ao Brasil que estava bastante incomodado com essa falta de cooperação. A outra questão que a gente pode colocar é: por que foi necessário o departamento de justiça americano atuar para a gente ter qualquer tipo de reação aqui? Então, hoje ainda é complicado, Nassif. Hoje, ainda não existe o fluxo de informação do Brasil aos Estados Unidos sobre esse caso.

Luis Nassif – O Ministério Justiça, de certa maneira, teria que ter protagonismo nisso…

Jamil Chade – Agora, se o Ministério Público não pode nem fazer sua parte porque tem uma juíza que bloqueia. Parece uma… Aquelas situações que você acha que: não, isso não vai acontecer! Mas acontece, né?  Agora, na Suíça, que também eles vivem esse dilema, porque a FIFA estava no nariz deles por quarenta anos. E aí isso causou um constrangimento muito grande no país que foi necessário uma operação ordenada pelo FBI para que os suíços prenderem os autores de uma entidade que estava aí, na avenida.

Luis Nassif – Jamil, quando a gente pega essa disputa dos grupos de mídia com os novos grupos, qual o reflexo dessa operação no caso da Europa e daqueles países em que o futebol era peça central de audiência desses grupos?

Jamil Chade – Curiosamente, nos bastidores, o que está acontecendo é uma grande corrida pra tentar renegociar os contratos. Então, os novos grupos estão fazendo um tsunami negociador, tentando se encontrar com cada federação, das pequenas até as grandes, França, Alemanha. Mas, também, eu conheço gente que percorre a Europa conversando com Letônia, Armênia, Albânia, etc.

E você fala: “não, mas não é possível”. Não! Tem uma lógica, se você fechar acordos com todos os periféricos, com quem é que a França e a Alemanha vão jogar na Europa? Então é curioso, porque aquilo ali abriu a porteira pra todos esses novos grupos tentarem renegociar, ou obter acordos e dizer: “olha, vocês não vão poder mais transmitir, ou ter um acordo com tal empresa, vai pegar mal, nós estamos oferecendo isso aqui…”.

Luis Nassif – Que é o que está acontecendo com a ESPN e com a Disney aqui? Fechando com clubes especificamente…

Jamil Chade – Exatamente, porque inclusive, é importante… Porque o que acontece nos Estados Unidos, ele desmontou um sistema. E o novo sistema ainda não foi montado.

Luis Nassif – Só que agora nesse jogo novo aí estão vindo os gigantes de lá também…

Jamil Chade – Claro, claro. Para o Brasil, mas também para a Argentina, para a Colômbia. É interessante, porque se você pega o mapa da América do Sul, praticamente todas as federações nacionais foram abaladas. Então, você tem, rapidamente, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, eu acho que só sobrou Suriname… É um novo mercado.

Luis Nassif – E os patrocinadores, no caso Adidas, Coca-cola, e tudo… Eles garantiram esse tipo de monopólio?

Jamil Chade – Eles garantiram por muito tempo, inclusive no indiciamento americano eles são citados, não nominalmente, mas dizem: “uma grande empresa de produtos esportivos que assinou com a CBF nos anos 90”. Eu só conheço uma, é a Nike, obviamente.

O indício que o departamento de justiça tem é que a Nike pagou uma propina que foi dividida entre o Ávila e o Ricardo Teixeira. Então, os americanos de alguma forma estão olhando para as suas próprias empresas também, com uma ressalva, eu diria. Essas empresas, assim que esse caso começou, elas, que eram absolutamente silenciosas, sobre a história agora elas colocam cartas abertas pedindo a reforma da FIFA, dizendo que isso é absolutamente inaceitável.

Luis Nassif – O Ronaldo aqui…

Jamil Chade – Que o Blatter tem de sair! Vocês estavam aqui nos últimos quarenta anos gente. Vocês não viram, ou não sabiam? Qual era a história, né? Então, é de uma hipocrisia grande você ver essas empresas que faziam parte do esquema, agora pedir a transparência.

Te dou só um exemplo de uma conversa que teve o Blatter com o Havelange ainda na época. O Blatter foi contratado na FIFA ainda nos anos 70, e ele tem o mérito, se é que se tem algum mérito, de organizar esse sistema pro Havelange, de ter o contato com essas multinacionais. E ele foi o primeiro que chegou pra Adidas e falou: “olha, vamos fechar um acordo”. Quando esses acordos começam a surgir, o Havelange diz pra ele: “você está criando um monstro”. Esse monstro, de certa forma, engoliu eles, e esse monstro transformou esses interesses comerciais, ou estabelecidos ou os que vem, no grande jogo, né?

Esse é o grande jogo. É o grande jogo de saber, sim, a evasão fiscal dos americanos, etc, é grave, é gravíssima. Mas se você ler todas as decisões sobre as prisões dos dirigentes, em todas elas tem um parágrafo fundamental: essa prática impediu a livre concorrência. O que quer dizer isso na prática? Novas empresas que estejam aparecendo elas não vão ter acesso nesse esquema. Esse esquema precisa ser desmontado.

Luis Nassif – A questão do tráfico de jogadores. Esses valores monumentais dos jogadores  se explica pelo retorno ou tem esquemas de esquentamento aí…Daí entra máfia russa aí no meio…

Jamil Chade – Isso. A OCDE publicou já alguns anos, em 2009, uma investigação que eu acho que ela é fundamental pra gente entender. Ela apresenta o futebol como um dos veículos privilegiados da lavagem de dinheiro no mundo.

Luis Nassif – Superou obras de arte…

Jamil Chade – Tudo! Porque de alguma forma, essas entidades que controlavam o futebol, elas estavam fora da lei. Por que fora da lei? Na Suíça existia uma regra, uma lei, que permitia a FIFA manter certas contas fora da balança de pagamento. Ela não precisava publicar. A COMEBOL tinha imunidade diplomática!

Pensa, uma federação esportiva com imunidade diplomática. O que é uma contradição total. O que representa isso na prática? Isso dá espaço pra uma atuação criminosa com um controle muito menor, né? Se obras de arte já tinham começado a ser usadas, logo a Interpol, polícia percebeu… diamantes, etc.

O futebol não, o futebol ficou, de certa forma, de lado. E o que vários processos na justiça européia já mostraram, ou eles não são reais, ou eles eram esquemas pra lavar dinheiro de grupos inteiros.

Então, hoje nós falamos no Neymar, do caso Neymar. Mas, o caso Neymar não é O caso, o único caso.

O Barcelona está sendo processado por vários casos. Eu vou além, na França, entre 2009 e 2011, vários dirigentes foram processados por lavagem de dinheiro, inclusive na compra do Ronaldinho Gaúcho para o Paris Saint Germain, e foram condenados! Os jogadores não. Foram condenados os dirigentes que montaram esses sistemas.

Então, sim existe! E para completar isso que se falou da máfia russa, não sei nem se é russa, do leste europeu eu diria…

Luis Nassif – A máfia de um russo.

Jamil Chade – De um russo! [Risos]. Eu fui numa cobertura na Ucrânia, cobrir basicamente a crise política, a Rússia, a guerra no leste da Ucrânia. E eu estava em Kiev, e alguém me disse: “olha, naquele hotel, é onde o Shaktar Donesse tem a sua sede”, que eles não podem mais estar em Donesse, Donesse está destruída, eles agora moram nesse hotel.

Espetacular! Eu vou até ali. Eu entro no hotel, e tem um jogador sentado no hall do hotel, numa mesa, essas mesinhas de hotel, a mesa inteira repleta de dinheiro. E uma outra pessoa na frente dele, pagando! Aquilo era o salário, em dinheiro! Se pode dizer: “não, claro, é um país em guerra, é necessário liquidez, etc.” Muito bem, agora, eu nunca vi o jogador sendo pago em dinheiro na mesa do hotel, na frente de todo mundo, quer dizer, é escancarado.

Luis Nassif – Só pra entender a lavagem, que dinheiro que é esse que é lavado? É dinheiro do narcotráfico?

Jamil Chade – Existe o dinheiro do narcotráfico, mas em muitos casos, isso é apresentado pela OCDE, é dinheiro de evasão.

Luis Nassif – Evasão fiscal mesmo?

Jamil Chade – Evasão que não consegue ser reintegrado no sistema de uma forma legítima.

Luis Nassif – É por isso que esse acordo de repatriação de ativos aí pode ter bom resultado, porque é muito dinheiro de evasão…

Jamil Chade – É muito dinheiro! A FIFA, olha só, a FIFA que é a própria organizadora, entre aspas, de toda essa estrutura corrupta. Ela chegou a uma conclusão ano passado que, das transferências anuais que são realizadas no futebol, US$ 1 bilhão desaparece. Desaparece das contas. US$ 1 bilhão. Mais ou menos o mercado de jogadores movimenta US$ 4 bilhões por ano. 25 % não existe.

Luis Nassif – Só pra entender, o cara tem dinheiro pra ser lavado, joga no futebol, o dinheiro vai para o clube e como é que o clube devolve para ele esse dinheiro?

Jamil Chade – No caso, por exemplo, do francês, ele mostrava o seguinte: uma segunda empresa era criada, normalmente, uma empresa de fachada, que prestava serviços fictícios para o jogador, pro agente ou para o clube. Então, um exemplo que aconteceu antes do caso do Neymar, uma empresa criada na Holanda, prestava serviços pra clubes franceses, para revender a imagem daquele jogadores que ela tinha comprado.

Luis Nassif – Por que os grupos de mídia tinham interesse em ter empresas offshore aí. Porque eles têm o patrocínio que recebem, tinham que pagar propina, mas voltava alguma coisa pra eles na forma de caixa dois?

Jamil Chade – Pode ter voltado, mas a principal criação dessas offshores era pra depois pagar as propinas que não poderiam estar aparecendo para aquele sistema funcionar. Porque o clube só aceitava fazer esse sistema se o dirigente ganhasse alguma coisa. Então, tinha esse esquema. Agora, existe também, no caso, se não me engano pela Canal Plus, na França. De uma empresa que foi criada pelo Canal Plus numa offshore, que recebia também uma parte não declarada da renda das transmissões. Então, ela servia duplamente.

Luis Nassif – Aí, especificamente para fraudar o fisco?

Jamil Chade – Totalmente pra fraudar o fisco. Seja no retorno dessa transmissão, mas também na compra desses direitos.

Olha só, um conhecido nosso, foi o diretor dessa offshore da Canal Plus nos anos 90. Gerrand Vauque, o que depois foi secretario geral da FIFA, deu um chute no traseiro nosso, aquela coisa toda, ele já foi diretor de uma offshore de uma emissora.

Luis Nassif – Agora, pra entender a árvore, se tinha aquela holding, ISL, ela se desmembrava em outras offshore?

Jamil Chade – Tinha! Isso até hoje não ficou muito claro quantas são.

O fato é que ela quebra. A ISL quebra. Eu sempre digo, a ISL quebrar é o equivalente da única fábrica de água no deserto quebrar. Como é que você quebra? Obviamente não foi o caso, foi o desmonte do banco paralelo da FIFA.

O que era a ISL? Era a empresa de marketing que detinha os direitos e revendia depois. E ela usava…com que mais? Não tinha como quebrar, o problema é que ela era usada como caixa dois da FIFA, para todas as atividades que não poderiam ser apresentadas.

Então, a movimentação de dinheiro dela não se referia à venda e compra de direitos, ela se referia aos pagamentos de propina. Ela era um instrumento, era o banco, o shadow banking do caso da FIFA que era usado pra isso. Quando ela quebra aí se descobre todas as ramificações. A Suíça tem um paraíso fiscal dentro de um paraíso fiscal que é a cidade de Zug. A ISL era registrada em Zug.

Luis Nassif – Jamil, no seu livro você coloca que a Globo é mencionada lá e tem um conjunto de campeonatos aí, inclusive Copa das Nações, isso aí teve resultado de algum problema pra ela lá fora?

Jamil Chade – Olha, por enquanto não tem porque a investigação por enquanto não se refere a ela.

A ISL, no caso da ISL, que é onde eu cito claramente, ela diz que a suspeita, isso é o processo, não sou eu dizendo, que a suspeita é de que quem pagou o suborno, isso no caso do Havelange e Teixeira ainda, foi uma emissora brasileira que tinha os direitos pra copa de 2002 e 2006, e o nome não é mencionado porque não é contra ela.

Agora, eu só conheço uma empresa que transmitiu 2002 e 2006.

Luis Nassif – Tem rabo de gato, orelha de gato, foucinho de gato, e mia.

Jamil Chade – Exato, deve ser um cachorro né? Só pode ser um cachorro.

Enfim, mas, a situação hoje é que aquele caso da ISL foi encerrado naquele momento. Como é que ele foi encerrado? Havelange e Ricardo Teixeira pagaram uma multa e aquele caso foi selado.

Hoje, o FBI pediu todos esses documentos, isso aconteceu em dezembro agora, eles levaram da Suíça 50 caixas de documento sobre a ISL, sobre esse caso especifico. O acordo na Suíça dizia que o caso estava encerrado na Suíça. Agora os americanos levaram já esse documento, o que eles vão fazer dele, eu não sei.

Agora, a conclusão do Ministério Público na Suíça na época, apontava que a suspeita de suborno, uma das suspeitas, era dessa emissora brasileira. Isso certamente foi repassado aos americanos.

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif | GGN

30/12/2015

A Folha sabia de tudo

FSP 30-12-2015

A pergunta que não quer calar: se a Folha já dispõe desta e de tantas outras informações a respeito do Aécio Neves, porque ela o mantém como colunista, inclusiva trazendo seus ataques na parte de cima da capa? A citação ao Aécio Neves é também uma denúncia contra o jornalismo praticado pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Onde está o histerismo anti-corrupção dos grupos mafiomidiáticos? Por que só agora, quando o impeachment afundou com seus ratos?!

Se tivesse sido o Lula citado na delação premiada, estaria na parte de cima do jornal em nota de pé de página?

Será que as pesquisas do DataFalha, mostrando Aécio como carta fora do baralho, não está precipitando o lixo ao mar?

O que o José Serra, notório articulista de bastidores e esperança de melhores dias da Folha, tem a ver com isso? Para refrescar a memória, José Serra é mão que balança os ataques contra Aécio Neves. Basta lembrar do notório artigo do Mauro Chaves no Estadão: “Pó pará, governador”. O qual foi prontamente rebatido pelo ventríloquos da Andrea Neves: “Minas a reboque, não”.

Por que denúncias contra o Presidente do PSDB ficam relegadas a um segundo plano, sem condenar toda agremiação, diferentemente do que fazem contra o PT?

Entendi!

O 3 com um ou dois zeros é coisa sagrada. Veja que Jesus também foi traído por “trinta dinheiros”. Aloysio 300 Nunes é bordão na internet em relação a outro PSDBista. Aliás, estes trezentos visa criar alguma relação com os 300 de Esparta?

O que chama a atenção é a diferença de tratamento, os pesos e medidas, tanto da Polícia Federal como do militante Ministério Público. Se tivesse aparecido Lula ou Dilma numa citação destas, por mais que induzam os delatores a tanto. Até o Estadão, que de petista não tem nada, se escandalizou com o modus operandi da PF em sua enlouquecida cavalgada de caça ao grande molusco: “PF põe 18 vezes nome de Lula em interrogatório de Bumlai”.

A repentina denúncia envergonhada da Folha, em canto de pé de página, em relação ao seu funcionário das segundas faz-me lembrar de outro brasileiro, Machado de Assis, que pode explicar a relação entre ambos (Folha & Aécio): “Marcela amou-me durante quinze meses e onze contos de réis.” Ou seriam 300?!

A lembrança de Machado de Assis me vem associada a outro livro do bardo carioca: O Alienista. Ninguém mais parecido com o médico da casa verde do que o Napoleão das Alterosas. Quer prender todo mundo por corrupção, não porque seja contra a corrupção, mas para eliminar a concorrência na corrupção. O playboy dos aeroportos, o pior senador no ranking da Veja, quer facilidades até na corrupção.

Aliás, também precisamos falar sobre a Lista de Furnas….

22/12/2015

Ao invés de combater como Dilma, PSDB prefere chamar sua corrupção de "desorganizada"

E o PSDB, por seu capo di tutti i capi, pode dizer estas boçalidades impunemente porque tem de seu lado o escandalosamente lento e engavetador MPF. O MPF e parcela atrasada do Judiciário viraram cumplices seja pela engavetamento, seja legitimando práticas, como faz Gilmar Mendes e antes dele Geraldo Brindeiro.

Para azar deles, hoje não basta contar com o apoio da velha mídia, há que se contar também com a seletividade burra de midiotas. A estultice de anencefálicos atacando Dilma, sobre a qual não paira nenhuma acusação de corrupção, para assim livrar o lombo de um notório corrupto, desde os tempos de Collor, conhecido pelo apelido de Eduardo CUnha.

Há muito tenho notado que a campanha do MPF contra a corrupção é uma espécie diversionismo para eliminar a concorrência de seus próximos ideológicos. O estrabismo de suas atuações são por demais evidentes e a internet não para de revelar cada vez mais essa parceria que mantém o Brasil preso ao atraso. As Danusa Leão e os Luis Carlos Prates do MPF fazem das tripas coração para protegerem aquilo que o PSDB chama de choque de gestão e de meritocracia, que é simplesmente o privilégio que desde sempre gozam os que já nascem com privilégios. Outro exemplo neste mesmo sentido é aquele asilo de políticos velhos e velhacos que é o tCU. Afinal, o que diferencia Robson Marinho no TCE/SP de Augusto Nardes no tCU? A explicação pode ser dada com um exemplo: graças a seletividade de instituições como MPF/PF/PJ João Havelange, Ricardo Teixeira, J. Hawilla, José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Eduardo CUnha circulam com desenvoltura e cheios de boça pelas altas esferas do Brasil, mas ou já estão presos no exterior ou se por lá circularem o serão. Por que um notório comprador de reeleição continua todos os dias ganhando espaço para deitar falação sobre honestidade?

“Desorganizada”, corrupção na Petrobras começou no primeiro mandato de FHC e rendeu frutos ao PSDB até 2010

publicado em 22 de dezembro de 2015 às 03:27

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Da Redação

O acúmulo de informações sobre a Operação Lava Jato deixa claro: o Petrolão começou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Diz ele que era, então, um esquema “desorganizado”. Ou seja, a corrupção do PSDB é mais “vadia” que a do PT/PMDB/PP/PSB e outros, parece sugerir o sociólogo.

É exatamente a mesma lógica utilizada para justificar como legais doações feitas pelas empreiteiras envolvidas na Lava Jato a Aécio Neves em 2014, quando aquelas que abasteceram os cofres de Dilma teriam sido “criminosas”.

“Mas, não tínhamos o que dar em troca, já que não controlávamos o Planalto”, argumentam os tucanos.

Porém, e os contratos fechados pelas mesmas empreiteiras com os governos paulistas de José Serra e Geraldo Alckmin, totalizando R$ 210 bilhões? E os fechados com os governos de Aécio Neves e Antonio Anastasia em Minas? Não poderia ter se dado aí o quid-pro-quo?

A lógica do PSDB, endossada pela mídia, deu certo no mensalão: embora os tucanos tenham amamentado Marcos Valério no berço, com dinheiro público de empresas estatais como Copasa (Companhia de Saneamento de Minas Gerais), Comig — hoje Codemig, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais — e o extinto Bemge, o banco estadual mineiro, ninguém foi preso; o ex-presidente nacional do PSDB e senador Eduardo Azeredo foi condenado em primeira instância a 20 anos de prisão (leia íntegra da sentença aqui), depois de 17 anos! Dificilmente passará um dia na cadeia, já que em 2018 completa 70 anos.

Enquanto isso, o mensalão petista deu no que deu, apesar da controvérsia sobre se o dinheiro da Visanet, afinal, era ou não público.

Vejamos quais são os fatos que localizam o berço do Petrolão no quintal de FHC:

1. Delcídio do Amaral, ex-líder do governo Dilma no Senado, hoje preso, assinou ficha de filiação no PSDB em 1998 e foi diretor de Gás e Energia da Petrobrás em 2000 e 2001, no segundo mandato de FHC, quando conheceu Nelson Cerveró e Paulo Roberto Costa, que agora se tornaram delatores. Os negócios entre eles começaram então.

2. As usinas termelétricas construídas às pressas na época do apagão elétrico — o verdadeiro, não aquele que a Globo prevê desde o governo Lula –, durante o governo FHC, deram prejuízo à Petrobrás superior àquele atribuído à compra e venda da refinaria de Pasadena, no governo Dilma, segundo calculou a Folha de S. Paulo. Mas, vejam que interessante: a Folha apresenta o senador como sendo do PT quando, à época dos negócios denunciados, ele tinha ficha de filiação assinada no PSDB e servia ao governo FHC.

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3. Delcídio é acusado de ter recebido R$ 10 milhões em propina da Alstom neste período. A Alstom foi operadora do trensalão tucano em São Paulo, que atravessou os governos Covas, Alckmin, Serra e Alckmin com uma velocidade superior àquela com que se constrói o metrô paulistano.

4. A Operação Sangue Negro, deflagrada pela Polícia Federal, refere-se a um esquema envolvendo a empresa holandesa SBM, que operou de 1998 a 2012, envolvendo pagamentos de U$ 46 milhões. Em 1998, registre-se, FHC foi reeleito para um segundo mandato.

5. Em delação premiada, o ex-gerente da Petrobras, Pedro Barusco, disse que coletou um total de R$ 100 milhões em propinas desde 1996. Portanto, desde a metade do primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso. Barusco, se contou a verdade, atuou no propinoduto durante seis longos anos sob governo tucano. Por que Lula e Dilma deveriam saber de tudo e FHC não?

6. Outro delator, Fernando Baiano, disse que seus negócios com a Petrobrás começaram em 2000, na metade do segundo mandato de FHC.

O curioso é que, em março de 2014, o PSDB acusou o PT, em nota no seu site, de ter tentado bloquear investigações sobre a Petrobrás.

Desde 2009, o PSDB no Senado solicita investigações sobre denúncias de irregularidades e na direção oposta, o esforço para aprovar a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a estatal petroleira foi derrubada pelo governo federal no mesmo ano. […] Em 15 de maio de 2009, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) protocolou um pedido de abertura da comissão, assinado por 32 colegas de diversos partidos, incluindo até mesmo alguns de legendas que apoiam o governo. O requerimento pedia a investigação a fraudes que já haviam sido motivo de trabalhos na Polícia Federal, Tribunal de Contas da União e Ministério Público federal.

Na justificativa, o tucano argumentou que havia indícios de fraudes em construção e reforma de plataformas de petróleo – em especial relacionadas a grandes superfaturamentos – e desvios de verbas de royalties da exploração do petróleo, sonegação de impostos, mal uso de verbas de patrocínio e fraudes em diversos acordos e pagamentos na Agência Nacional de Petróleo. No entanto, o governo operou internamente com sua base para engavetar o pedido de CPI. Mas o PSDB apresentou requerimentos relacionados à Petrobras, no esforço de buscar respostas às denúncias.

Porém, mais tarde soubemos que foi o ex-presidente do PSDB e ex-senador Sergio Guerra, já falecido, quem teria recebido R$ 10 milhões para enterrar a CPI, segundo o delator Paulo Roberto Costa.

No Estadão:

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa afirmou em sua delação premiada que o então presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra – morto em março deste ano –, o procurou e cobrou R$ 10 milhões para que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Petrobrás, aberta em julho de 2009 no Senado, fosse encerrada. Segundo Costa, o tucano disse a ele que o dinheiro seria usado para a campanha de 2010. Aos investigadores da Operação Lava Jato, Costa afirmou que os R$ 10 milhões foram pagos em 2010 a Guerra. O pagamento teria ocorrido depois que a CPI da Petrobrás foi encerrada sem punições, em 18 de dezembro de 2009. O senador era um dos 11 membros da comissão – três integrantes eram da oposição e acusaram o governo de impedir as apurações.

A extorsão, segundo Costa, foi para abafar as descobertas de irregularidades nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco – alvo do esquema que levou ao banco dos réus o ex-diretor da estatal e o doleiro Alberto Youssef. A obra era um dos sete alvos suspeitos na Petrobrás que justificaram a abertura da comissão, em julho. […] O ex-diretor declarou que o então presidente do PSDB estava acompanhado do deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), a quem chamou em seu relato de “operador” […] O delator afirmou que Guerra relatou a ele que o dinheiro abasteceria as campanhas do PSDB em 2010. Naquele ano, o presidente do partido foi o coordenador oficial da campanha presidencial do candidato José Serra. Integrantes da campanha informaram que o ex-senador não fez parte do comitê financeiro.

Vejam vocês que os tucanos denunciados são graúdos: dois senadores e ex-presidentes do partido, Eduardo Azeredo e Sergio Guerra. Não é, portanto, coisa da arraia miúda do PSDB.

No caso de Guerra, supostamente atuou com um operador de outro partido, demonstrando que o Petrolão obedecia a linhas partidárias tanto quanto aquela famosa foto de Delcídio (PT) com Romário (PSB), Eduardo Paes, Pedro Paulo e Ricardo Ferraço (PMDB) celebrando uma “aliança partidária”.

Nosso ponto é que o mensalão, assim como o trensalão e o petrolão, são suprapartidários e expressam a destruição do sistema político brasileiro pelo financiamento privado, aquele que transformou o presidente da Câmara Eduardo Cunha num traficante de emendas parlamentares escritas pela OAS e apresentadas por gente como Sandro Mabel (PMDB) e Francisco Dornelles (PP).

Se é certo que o PT hoje age igualzinho a todos os outros partidos, também o é que o PSDB não paira ao lado do DEM no panteão da moralidade, né Agripino?

As informações acima não diminuem ou pretendem diminuir a responsabilidade de integrantes do PT e de todos os outros partidos envolvidos no Petrolão: PMDB, PP, PSB e outros.

Porém, servem para demonstrar que o Petrolão floresceu num período em que, tendo a oportunidade de fazê-lo, o PSDB não fortaleceu as instituições que poderiam desmontá-lo no nascedouro. Pelo contrário, os dois mandatos de FHC ficaram famosos pela atuação do engavetador-geral da República. O presidente se ocupava de coisas mais importantes, como vender por U$ 3 bilhões uma empresa que valia U$ 100 bi, noutro escândalo, aquele sim, jamais investigado.

Leia também:

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"Desorganizada", corrupção na Petrobras começou no primeiro mandato de FHC e rendeu frutos ao PSDB até 2010 – Viomundo – O que você não vê na mídia

21/12/2015

Corrupção boa? Em São Paulo, graças aos Rodrigo de Grandis, tem!

 

Alckmin e Cerra se enterraram na Lava Jato

Dr Moro, não vem ao caso ? – publicado 19/12/2015

helicoca

O Conversa Afiada reproduz do Viomundo irrepreensível reportagem da Conceição Lemes sobre esses moralistas sem moral do PSDB de São Paulo (FHC, toc toc toc – batata tá assando!):

Empreiteiras denunciadas na Lava Jato têm contratos de R$ 210 bi com governos de São Paulo; adesão paulista ao impeachment é para barrar investigações?

por Conceição Lemes
Em 5 de novembro, saiu no Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo: Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp aprovou as contas do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) referentes ao exercício de 2014.
Na mesma edição, o DO Legislativo publicou, da página 90 a 124, o voto em separado de dois deputados da Comissão, que desaprovaram as contas: João Paulo Rillo e Teonílio Barba (PT-SP).
Eles elencam diversas justificativas para a rejeição, entre as quais 17 ressalvas e 114 recomendações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Em 2014, o TCE-SP fez 92 recomendações em relação às contas de 2013. Alckmin atendeu plenamente somente 7. Das 85 restantes, 43, ele cumpriu parcialmente  e 40, não fez nada. Duas estavam prejudicadas.
Em consequência, agora em 2015, as recomendações subiram para 114. A primeira é justamente cumprir as de 2013. Daí, as ressalvas aprovadas, que podem levar à rejeição das contas nos próximos anos:



Todas as ressalvas são consideradas graves, mas duas se destacam: a 11 e 16.
Em ambas há indícios sérios de que o governo paulista pode estar maquiando números e descumprindo a legislação.
A restrição 11 refere-se aos recursos do petróleo, que, por força da Lei de Diretrizes Orçamentárias, são considerados do Tesouro do Estado. Logo, podem ser incluídos no gasto com a Saúde e a Educação.
Só que isso vai contra o que estabelece a Constituição Federal, que prevê recursos de impostos – basicamente, ICMS e IPVA – para a Saúde e Educação. Consequentemente, é possível que os números divulgados não sejam reais e o governo paulista esteja aplicando menos em Educação e Saúde.
A ressalva 16 refere-se a uma “pedalada” de Alckmin na Educação, visto que as despesas restantes de um ano para pagar no exercício seguinte são grandes. De modo que, havia um total descontrole, como aponta TCE-SP desde 2007.
Mas o que mais chama atenção no voto em separado dos dois parlamentares são três fatos provavelmente conectados:
1) As empreiteiras denunciadas na Lava Jato pelo pagamento de propina a agentes públicos da Petrobras sempre atuaram em obras do governo do Estado de São Paulo.
2) O envolvimento do doleiro Alberto Youssef com grandes empreiteiras em obras públicas de Norte a Sul do Brasil, inclusive no Estado de São Paulo.
Na reportagem A planilha de Youssef, publicada na edição de 6 de dezembro 2014 de CartaCapital, o jornalista Fábio Serapião mostrou que o doleiro mantinha uma lista de 750 obras, entre as quais construções da Sabesp, do Monotrilho e do Rodoanel. Ele salienta:
“Outro caso parecido é o trecho do monotrilho entre a estação Oratório e Vila Prudente, na capital paulista, integrante da linha 15-Prata do Metrô.
No documento apreendido [a planilha do Youssef], a Construtora OAS, consorciada com a Queiroz Galvão e a canadense Bombardier, seria o cliente do doleiro em um contrato de cerca de 8 milhões de reais. Prometida pelo governador Geraldo Alckmin para janeiro deste ano, o monotrilho ainda não entrou em operação.
O presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o vice-presidente do setor Internacional, Agenor Medeiros, e mais três dirigentes foram presos pela PF.
Na planilha aparecem ainda outros projetos de estatais paulistas, a começar por duas adutoras da Sabesp e obras no trecho Sul do Rodoanel. No caso da construção do anel rodoviário, em 2009, o TCU havia apontado ao menos 79 irregularidades graves, inclusive sobrepreço.
Na planilha do doleiro, a menção ao Rodoanel precede a inscrição do valor de 1,5 milhão de reais.
Além disso, o esquema de Youssef operou também na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, revelaram reportagens do Estadão sobre a máfia dos fiscais paulistas.
3) Adir Assad,  preso desde março em Curitiba (PR) por decisão do juiz Sérgio Moro por suposto envolvimento nos desvios da Petrobras, é o doleiro das obras tucanas no Estado de São Paulo, segundo reportagem de Henrique Beirangê, publicada na edição de 30 julho de CartaCapital.
O nome de Adir aparece associado, por exemplo, ao Rodoanel Sul 5 e à ampliação das marginais do rio Tietê, anunciada em 4 de junho de junho de 2009, com bumbos e fanfarras, pelo então governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (na época DEM, hoje PSD).
Beirangê observa:
A prisão de Assad revigora outro escândalo já esquecido: o esquema da Construtora Delta e do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O doleiro aparece principalmente nas histórias de desvios de obras no estado São Paulo, governado há mais de duas décadas pelo PSDB. Um novo documento nas mãos de procuradores e policiais federais tem o poder de revelar detalhes de um escândalo de proporções ainda desconhecidas no ninho tucano. Os promotores de São Paulo sabem da existência das operações e pretendem abrir inquéritos para apurar as operações financeiras.
O documento é um relatório de análise do Ministério Público Federal que enumera uma série de tabelas de pagamentos a cinco companhias. Segundo a PF, trata-se de empresas de fachada criadas para lavar o pagamento de propinas intermediadas por Assad.
Entre elas aparece a Legend Engenheiros, responsável por movimentar 631 milhões de reais sem nunca ter tido um único funcionário, conforme a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho.
A contabilidade da empresa exibe polpudos pagamentos de consórcios e empresas que realizaram obras bilionárias no governo de São Paulo durante os últimos 20 anos.
O primeiro pagamento que salta aos olhos é um depósito de 37 milhões de reais ao Consórcio Nova Tietê. Liderado pela Construtora Delta, o consórcio levou as principais obras de alargamento das pistas da principal via da capital paulista em 2009, durante o governo de José Serra.
O valor inicial do contrato previa gastos de 1 bilhão de reais, mas subiu para 1,75 bilhão, ou seja, acréscimo de 75%. Um inquérito sobre a inflação de custos chegou a ser aberto pelo Ministério Público de São Paulo. Acabou, como de costume em casos que envolvem tucanos, arquivado.
A obra foi acompanhada na época pela Dersa, empresa de economia mista na qual o principal acionista é o estado de São Paulo. Na assinatura do contrato entre o governo e o consórcio, o nome do representante da empresa estatal que aparece é o de um velho conhecido: Paulo Vieira de Souza, o famoso Paulo Preto, cuja trajetória e estripulias foram bastante comentadas durante a campanha presidencial de 2010. Acusado de falcatruas, Preto fez uma acusação velada a Serra e ao PSDB à época. “Não se abandona um líder ferido na estrada”, afirmou.
A propósito. Em 30 de abril de 2012, o Viomundo denunciou: São Paulo fez contratos de quase um bi com a Delta; Paulo Preto assinou o maior deles, no governo Serra.
Estávamos em plena CPI do Cachoeira e a mídia se “esqueceu” das conexões Dersa-Delta-Ampliação da Marginal Tietê-Paulo Preto-José Serra.
O doleiro Adir Assad até agora não abriu o bico. Será que fará delação premiada, relatando o que sabe sobre o esquema de fraudes e corrupção em São Paulo ou ficará calado para não incriminar os tucanos?
SERRA FECHOU R$78 BI EM CONTRATOS COM EMPREITEIRAS DENUNCIADAS NA LAVA JATO; ALCKMIN, R$ 52,3 BI
De qualquer forma, um levantamento inédito revela que, nos últimos 27 anos, 16 grandes empreiteiras denunciadas na Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras receberam, em valores corrigidos, mais de R$ 210 bilhões dos cofres públicos paulistas. As contas referem-se  apenas às empresas do chamado clube das empreiteiras. Não estão incluídas aquelas que ocasionalmente faziam “negócios” com empresas do “clube”, como, por exemplo, a Serveng-Civilsan.  Os dados constam do voto em separado dos deputados João Paulo Rillo e Teonílio Barba.

Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo, por conta das concessões rodoviárias), Companhia do Metrô, Sabesp, Dersa e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são os órgãos do governo paulista que firmaram maiores contratos com essas empreiteiras envolvidas em irregularidades na Lava Jato.

Somente em 2014 o governo Geraldo Alckmin contratou junto a essas empreiteiras mais de R$ 8 bilhões.
Mas o ano de 2009, com o tucano José Serra à frente do governo do Estado de São Paulo,  foi o campeão. Em 2009, houve o maior número de contratos entre o governo paulista  e as empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.  Em valores corrigidos, somaram a bagatela de R$ 43,436 bilhões.
Mas tal honraria não foi apenas em 2009.
A gestão José Serra (2007 a 2010) foi a grande vencedora no quesito dinheiro público para as empreiteiras. De 2007 a 2010, os contratos com elas carrearam R$ 72,118 bilhões dos cofres públicos paulistas.
O governo Alckmin é o vice-campeão. De 2011 a 2014, os contratos com empresas denunciadas na Lava Jato totalizaram R$ 52,386 bilhões. Só em 2013 somaram R$ 41, 236 bilhões.


TCE-SP E MPE-SP JÁ COMEÇAM A APONTAR IRREGULARIDADES
Repetimos:  as 16 integrantes do “clube das empreiteiras” , denunciadas na Lava Jato pelo pagamento de propinas a executivos da Petrobras atuaram muito no Estado de São Paulo. Os contratos dessas 16 grandes empresas com sucessivos governos paulistas somam mais de R$ 210 bilhões, em valores atualizados.
Alguns resultados das investigações  sobre a Lava Jato paulista já são conhecidos. Ao longo do tempo, o TCE-SP considerou irregulares 58 contratos de mais de R$ 5,2 bilhões, envolvendo o governo paulista e empreiteiras denunciadas na Lava Jato.
Em dezembro de 2014, Serapião revelou que Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da PEM Engenharia, denunciada pelo pagamento de propina no esquema da Petrobras, foi citado no cartel do Metrô paulista, o trensalão, também conhecido como propinoduto tucano.
O MPE-SP investiga, pelo menos, duas licitações ganhas pela PEM Engenharia. Uma delas, de mais de R$ 1,5 bilhão, foi para a fase I da linha 5 do Metrô. A outra, de mais de R$ 200 milhões, para a linha 2 do Metrô.
Outras empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras e na mira do MPE-SP por conta de contratos com o governo paulista:
* Toyo Setal, que até recentemente tinha como consultor Júlio Camargo, um dos delatores da corrupção na Petrobras. Em1998, ela assinou contrato de R$ 11 milhões para executar serviços de engenharia, projeto, fornecimento, montagem e instalação de sistema destinado ao trecho Artur-Guaianases da linha Leste/Oeste do Metrô paulista.
* A Queiroz-Galvão e a Serveng-Civilsan, que em 2013 assinaram com o governo Alckmin contrato para a construção de trecho da Rodovia Nova Tamoios (SP-099), que terá 33,9 km de extensão e ligará Caraguatatuba a São Sebastião, no litoral Norte paulista. A obra ficará  R$ 860 milhões mais cara que o custo previsto inicialmente de  R$2,34 bilhões. Curiosamente, em 2014,  a Queiroz Galvão ganhou também a licitação para a PPP da Rodovia Nova Tamoios, que envolve quase R$ 4 bilhões.
* A Jamp, empresa associada à Engevix, do esquema da Lava Jato.  Ela atuou na CDHU (Companhia de Desenvolvimento da Habitação Urbana), FDE (Fundação de Desenvolvimento da Educação) e na CPTM (Companhia de Transportes Metropolitanos). Chegam a dezenas os seus contratos com o governo paulista.
Várias outras empresas denunciadas na Lava Jato também estão envolvidos na obra da linha 5 – Lilás do Metrô (aqui e aqui).
Segundo a Justiça, a obra apresentava superfaturamento de mais de R$ 300 milhões
Agora, o Estadão publica que, além de atrasar mais de 4 anos, a vai custar R$ 1 bilhão a mais.
Esses são alguns exemplos de empresas denunciadas no esquema de corrupção da Petrobras e que continuam ganhando licitações ou aditivos do governo paulista.
Aliás, a Queiroz Galvão ganhou uma licitação de R$ 88 milhões para contratar as  empresas que executarão para a execução as obras complementares de trecho da rede de veículos leves sobre trilhos – VLT da Região Metropolitana da Baixada Santista, compreendido entre o Terminal Barreiros, em São Vicente, e a Estação Porto, em Santos.
A Serveng-Civilsan ganhou também contrato de R$ 555 milhões para elaborar o projeto e executar as obras da interligação entre as represas Jaguari (da bacia do rio Paraíba do Sul) e Atibainha (Sistema Cantareira).
Em 9 de dezembro, nós especulamos:
Eduardo Cunha e Michel Temer lideram um golpe parlamentar para se livrar da Operação Lava Jato, com a conivência do PSDB, agora que as investigações vão bater neles por conta da delação premiada do ex-líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral.
De quarta, 16, para quinta-feira, 17, o golpe de Eduardo Cunha e Michel fez água.
Primeiro, os atos do dia 16 pelo Brasil todo mostraram que, finalmente, a ficha caiu para a sociedade.
O impeachment, como mostraram muito bem os professores no ato em defesa da democracia na Faculdade de Direito da USP, seria apenas o primeiro passo para o desmonte de todas as conquistas sociais da Constituição de 88 e dos últimos 13 anos.
Segundo, o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara.
O PGR faz um retrato devastador do homem do impeachment: atacadista de venda de emendas parlamentares.
Terceiro, a decisão do STF nesta quinta-feira sobre o rito de impeachment: a comissão que avaliará o caso será definida por chapa única, a votação será em aberto, e caberá ao Senado a decisão final.
Diante desse quadro e desses dados, ficam várias perguntas:
Será que, por temerem o avanço da Lava Jato, Serra, Alckmin & amigos abraçaram o impeachment para desviar o foco deles?
Como fica a operação-abafa da Lava Jato que estava sendo negociada pelo vice Michel Temer, o traidor, com os tucanos?
Será que a força-tarefa da Lava Jato vai finalmente abrir a linha de investigação tucano-paulista, a Lava Jato paulista?

Alckmin e Cerra se enterraram na Lava Jato — Conversa Afiada

23/10/2015

Ai que saudade da ditadura, quando se roubava com lisura

OBScena: santinho da santinha da RBS 

RBS Ana ALAgora, não. Depois do Geraldo Brindeiro, o Engavetador Geral da República, sétimo na lista dos procuradores, primo do Marco Maciel, não tivemos mais a mesma compreensão. Se pelo menos fosse o Roberto Gurgel… Agora, não. É azar por cima de azar. Apesar de não termos tido a sorte de ter sido o Rodrigo de Grandis, ainda assim tiramos leite de pedra com o Ricardo Leite, mas aí o PT manipulou para botar lá outro juiz. Ah, como odeio o PT, a Dilma e principalmente o Lula. Eles só pensam em punir quem rouba. Basta ver que todos os homens honestos deste Brasil querem o impeachment da Dilma e também odeiam o Lula. Veja a lista de homens honoráveis que estão do nosso lado: Eduardo CUnha, Aécio Neves, Demóstenes Torres, Agripino Maia, Lasier Martins, Ana Amélia Lemos, Luis Carlos Prates, José Maria Marin, FHC, Marco Polo del Nero, Ricardo Teixeira, J. Hawilla, Fernando Francischini, Beto Richa, Geraldo Alckmin, Ronaldo Caiado, Augusto Nardes, todo o PP gaúcho, Yeda Crusius, Jorge Pozzobom. Uma legião de anjos como esta é difícil de reunir outra vez. Se não for agora, quando?!

Para ver como são as coisas, os R$ 113 milhões sonegados eles jogariam fora pois pagariam a bagatela de 1.547.945 (um milhão, quinhentos e quarenta e sete mil, novecentos e quarenta e cinco) Bolsas Família. É muito dinheiro para esses miseráveis.  

Temos de exigir que nossos dois senadores ressuscitem a marcha dos zumbis para ver se conseguimos derrubar a Dilma e atiçar nossos parceiros do MPF para caçar o Lula. Seria um desastre para nossos interesses mais quatro anos de Lula. Vai que ele mande investigar o dinheiro da Lista Falciani lavado no HSBC.

RBS pagou R$ 11,7 milhões para conselheiro do Carf

Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o conglomerado de mídia do Rio Grande do Sul e Santa Catarina e afiliada da Rede Globo repassou o dinheiro à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema; empresa pertence ao advogado e ex-conselheiro do Carf José Ricardo da Silva, apontado pela PF como o principal mentor da venda de decisões do órgão que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos

23 de Outubro de 2015 às 17:53

Najla Passos, da Carta Maior – Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.

A SCR Consultoria Empresarial é umas das empresas do advogado e ex-conselheiro do CARF, José Ricardo da Silva, indicado para compor o órgão pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e apontado pela Polícia Federal (PF) como o principal mentor do esquema. Os documentos integram o Inquérito 4150, admitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na  última segunda (19), que corre em segredo de justiça, sob a relatoria da ministra Carmem Silva, vice-presidente da corte. 
Conduzida em parceria pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda e Receita Federal, a Operação Zelotes, deflagrada em março, apurou o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal e venda de decisões do CARF que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos. Segundo o MPF, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sob suspeição. 
As investigações apontam pelo menos doze empresas beneficiadas pelo esquema. Entre elas a RBS, que era devedora em processo que tramitava no CARF em 2009. O então conselheiro José Ricardo da Silva se declarou impedido de participar do julgamento e, em junho de 2013, o conglomerado de mídia saiu vitorioso. Antes disso, porém, a RBS transferiu de sua conta no Banco do Rio Grande do Sul, entre setembro de 2011 e janeiro de 2012, quatro parcelas de R$ 2.992.641,87 para a conta da SGR Consultoria Empresarial no Bradesco. 
Dentre os documentos que integram o Inquérito 4150 conta também a transcrição de uma conversa telefônica entre outro ex-conselheiro do Carf, Paulo Roberto Cortez, e o presidente do órgão entre 1999 e 2005, Edison Pereira Rodrigues, na qual o primeiro afirmava que José Ricardo da Silva recebeu R$ 13 milhões da RBS. “Ele me prometeu uma migalha no êxito. Só da RBS ele recebeu R$ 13 milhões. Me prometeu R$ 150 mil”, reclamou Cortez com o então presidente do Carf.
Suspeitos ilustres
Os resultados das investigações feitas no âmbito da Operação Zelotes foram remetidos ao STF devido às suspeitas de participação de duas autoridades públicas com direito a foro privilegiado: o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. O deputado foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Os termos de sua participação no esquema ainda são desconhecidos.
Nardes, mais conhecido por ter sido o relator do parecer que rejeitou a prestação de contas da presidenta Dilma Rousseff relativa ao ano de 2014, por conta das polêmicas “pedaladas fiscais”, é suspeito de receber R$ 2,6 milhões da mesma SGR Consultoria, por meio da empresa Planalto Soluções e Negócios, da qual foi sócio até 2005 e que ainda hoje permanece registrada em nome de um sobrinho dele.
Processo disciplinar
Nesta quinta (22), a Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda anunciou a instalação do primeiro processo disciplinar suscitado pelas investigações da Operação Zelotes. Em nota, o órgão informou que o caso se refere a uma negociações para que um conselheiro do CARF pedisse vistas de um processo, sob promessa de vantagem econômica indevida, em processo cujo crédito tributário soma cerca de R$ 113 milhões em valores atualizados até setembro.


RBS pagou R$ 11,7 milhões para conselheiro do Carf | Brasil 24/7

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