Ficha Corrida

18/06/2016

Um texto aos golpistas, não fossem eles boçais e cleptomaníacos

OBScena: lista desatualizada. Está faltando, dentre outros, Henrique Alves.

Temer e BandidosÀs pessoas de mau caráter de nada adianta boas explicações. E não se trata de falta de educação já que a maioria branca que vestia as camisas verde-amarelas com escudo da CBF padrão FIFA eram majoritariamente brancas e com formação em curso superior. Então, não há outra explicação, senão a deformação do caráter. Basta uma único prova: diante da cleptocracia que tomou de assalto o Planalto Central que em tão pouco tempo já perdeu três ministros, onde estão os combatentes da corrupção? Os que se diziam “Somos Todos CUnha” agora podem ostentar um novo slogan “Somos todos Sem-Vergonha”. Isso os tornariam mais próximos à Rede Globo, amestradora e égua madrinha da manada de midiotas que conduziu para derrubar uma presidenta honesta para colocar seus homens: Eduardo CUnha, Michel Temer, Henrique Alves, Romero Jucá, José Sarney, Renan Calheiros, José Serra.

Para derrubar Dilma a Rede Globo combinou com Eduardo CUnha e suspendeu o Brasileirão. Passou ao vivo o mais deprimente espetáculo de hiPÓcrisia jamais visto em tempo real. Mas tudo dentro do script desenhado pela maior beneficiária do golpe, a Rede Globo.

No RS o espetáculo de hiPÓcrisia só poderia ter saído do Parcão. Por lá transitaram os maiores consumidores de cocaína da cidade. São os mesmos que agora aplaudem o dono do HeliPÓptero como novo Ministro. Os toxicômandos se reconhecem e se protegem. Não é mero acaso que um dos maiores delatados também seja um toxicômano e que, de igual sorte, goza de blindagem da Rede Globo.

Mais um ministro cai, Henrique Alves, e não é pelo trabalho dos nossos bravos investigadores, mas porque a Suíça manda tudo prontinho. Aliás, como já fez em relação ao Eduardo CUnha, Alstom, Siemens, a Suíça manda as provas, mas se for contra os ladrões de sempre, há uma blindagem midiática e institucional.

O que teria acontecido com Lula ou Dilma se tivessem abrigado em seus governos tantos notórios corruptos? Ora, a vindita do Eduardo CUnha deve-se exatamente ao fato de Dilma rejeitar qualquer tipo de complacência com corruptos. Quem sabe tratar com bandidos não é Dilma nem Lula, é Michel Temer.

Dois olhares sobre a crise brasileira

Postado em 18 de junho de 2016 por Juremir Publicado em Uncategorized Deixe um comentário

Glenn Greenwald é jornalista de renome internacional.

Ganhou o Prêmio Pulitzer, o Oscar do jornalismo nos Estados Unidos.

Rogério Cerqueira Leite é um físico de grande reputação intelectual.

Um dos nomes mais respeitados no meio científico brasileiro.

O que eles dizem sobre a crise brasileira?

O que falam sobre o impeachment de Dilma?

O que pensam do governo provisório de Temer?

O que o professor Cerqueira Leite pensa do tratamento da educação nos últimos 14 anos?

Como santo de casa não faz milagre, ouçamos outras vozes.

*

Enquanto a corrupção assombra o Temer, caem as máscaras dos movimentos pró-impeachment

Glenn Greenwald

June 16 2016, 2:34 p.m.

(To see the English version of this article, click here.)

O impeachment da presidente do Brasil democraticamente eleita, Dilma Rousseff, foi inicialmente conduzido por grandes protestos de cidadãos que demandavam seu afastamento. Embora a mídia dominante do país glorificasse incessantemente (e incitasse) estes protestos de figurino verde-e-amarelo como um movimento orgânico de cidadania, surgiram, recentemente, evidências de que os líderes dos protestos foram secretamente pagos e financiados por partidos da oposição. Ainda assim, não há dúvidas de que milhões de brasileiros participaram nas marchas que reivindicavam a saída de Dilma, afirmando que eram motivados pela indignação com a presidente e com a corrupção de seu partido.

Mas desde o início, havia inúmeras razões para duvidar desta história e perceber que estes manifestantes, na verdade, não eram (em sua maioria) opositores da corrupção, mas simplesmente dedicados a retirar do poder o partido de centro-esquerda que ganhou quatro eleições consecutivas. Como reportado pelos meios de mídia internacionais, pesquisas mostraram que os manifestantes não eram representativos da sociedade brasileira mas, ao invés disso, eram desproporcionalmente brancos e ricos: em outras palavras, as mesmas pessoas que sempre odiaram e votaram contra o PT. Como dito pelo The Guardian, sobre o maior protesto no Rio: “a multidão era predominantemente branca, de classe média e predisposta a apoiar a oposição”. Certamente, muitos dos antigos apoiadores do PT se viraram contra Dilma – com boas razões – e o próprio PT tem estado, de fato, cheio de corrupção. Mas os protestos eram majoritariamente compostos pelos mesmos grupos que sempre se opuseram ao PT.

É esse o motivo pelo qual uma foto – de uma família rica e branca num protesto anti-Dilma seguida por sua babá de fim de semana negra, vestida com o uniforme branco que muitos ricos  no Brasil fazem seus empregados usarem – se tornou viral: porque ela captura o que foram estes protestos. E enquanto esses manifestantes corretamente denunciavam os escândalos de corrupção no interior do PT – e há muitos deles – ignoravam amplamente os políticos de direita que se afogavam em escândalos muitos piores que as acusações contra Dilma.

Claramente, essas marchas não eram contra a corrupção, mas contra a democracia: conduzidas por pessoas cujas visões políticas são minoritárias e cujos políticos preferidos perdem quando as eleições determinam quem comanda o Brasil. E, como pretendido, o novo governo tenta agora impor uma agenda de austeridade e privatização que jamais seria ratificado se a população tivesse sua voz ouvida (a própria Dilma impôs medidas de austeridade depois de sua reeleição em 2014, após ter concorrido contra eles).

Depois das enormes notícias de ontem sobre o Brasil, as evidências de que estes protestos foram uma farsa são agora irrefutáveis. Um executivo do petróleo e ex-senador do partido conservador de oposição, o PSDB, Sérgio Machado, declarou em seu acordo de delação premiada que Michel Temer – presidente interino do Brasil que conspirou para remover Dilma – exigiu R$1,5 milhões em propinas para a campanha do candidato de seu partido à prefeitura de São Paulo (Temer nega a informação). Isso vem se somar a vários outros escândalos de corrupção nos quais Temer está envolvido, bem como sua inelegibilidade se candidatar a qualquer cargo (incluindo o que por ora ocupa) por 8 anos, imposta pelo TRE por conta de violações da lei sobre os gastos de campanha.

E tudo isso independentemente de como dois dos novos ministros de Temer foram forçados a renunciar depois que gravações revelaram que eles estavam conspirando para barrar a investigação na qual eram alvos, incluindo o que era seu ministro anticorrupção e outro – Romero Jucá, um de seus aliados mais próximos em Brasília – que agora foi acusado por Machado de receber milhões em subornos. Em suma, a pessoa cujas elites brasileiras – em nome da “anticorrupção” – instalaram para substituir a presidente democraticamente eleita está sufocando entre diversos e esmagadores escândalos de corrupção.

Mas os efeitos da notícia bombástica de ontem foram muito além de Temer, envolvendo inúmeros outros políticos que estiveram liderando a luta pelo impeachment contra Dilma. Talvez o mais significante seja Aécio Neves, o candidato de centro-direita do PSDB derrotado por Dilma em 2014 e quem, como Senador, é um dos líderes entre os defensores do impeachment. Machado alegou que Aécio – que também já havia estado envolvido em escândalos de corrupçãorecebeu e controlou R$ 1 milhão em doações ilegais de campanha. Descrever Aécio como figura central para a visão política dos manifestantes é subestimar sua importância. Por cerca de um ano, eles popularizaram a frase “Não é minha culpa: eu votei no Aécio”; chegaram a fazer camisetas e adesivos que orgulhosamente proclamavam isso:

Evidências de corrupção generalizada entre a classe política brasileira – não só no PT mas muito além dele – continuam a surgir, agora envolvendo aqueles que antidemocraticamente tomaram o poder em nome do combate a ela. Mas desde o impeachment de Dilma, o movimento de protestos desapareceu. Por alguma razão, o pessoal do “Vem Pra Rua” não está mais nas ruas exigindo o impeachment de Temer, ou a remoção de Aécio, ou a prisão de Jucá. Porque será? Para onde eles foram?

Podemos procurar, em vão, em seu website e sua página no Facebook por qualquer denúncia, ou ainda organização de protestos, voltados para a profunda e generalizada corrupção do governo “interino” ou qualquer dos inúmeros políticos que não sejam da esquerda. Eles ainda estão promovendo o que esperam que seja uma marcha massiva no dia 31 de julho, mas que é focada no impeachment de Dilma, e não no de Temer ou de qualquer líder da oposição cuja profunda corrupção já tenha sido provada. Sua suposta indignação com a corrupção parece começar – e terminar – com a Dilma e o PT.

Neste sentido, esse movimento é de fato representativo do próprio impeachment: usou a corrupção como pretexto para os fins antidemocráticos que logrou atingir. Para além de outras questões, qualquer processo que resulte no empoderamento de alguém como Michel Temer, Romero Jucá e Aécio Neves tem muitos objetivos: a luta contra a corrupção nunca foi um deles.

* * * * *

No mês passado, o primeiro brasileiro ganhador do Prêmio Pulitzer, o fotojornalista Mauricio Lima, denunciou o impeachment como um “golpe” com a TV Globo em seu centro. Ontem à noite, como convidado no show de Chelsea Handler no Netflix, o ator popular Wagner Moura denunciou isso em termos similares, dizendo que a cobertura da mídia nacional foi “extremamente limitada” porque “pertence a cinco famílias”.

Atualização: Logo depois da publicação deste artigo, foi anunciado que o presidente interino Temer acaba de perder seu terceiro ministro para a corrupção menos de dois meses depois da tomada do poder: dessa vez, seu ministro do turismo Henrique Eduardo Alves, acusado na delação premiada de Machado de receber R$ 1,5 milhão em propinas de 2008 a 2014. Quando se toma o poder antidemocraticamente usando a “corrupção” como pretexto, em geral é uma má ideia encher sua equipe de criminosos (e ter o próprio novo presidente envolvido em múltiplos escândalos de corrupção).

acaba de perder seu terceiro ministro para a corrupção menos de dois meses depois da tomada do poder: dessa vez, seu ministro do turismo Henrique Eduardo Alves, acusado na delação premiada de Machado de receber R$ 1,5 milhão em propinas de 2008 a 2014. Quando se toma o poder antidemocraticamente usando a “corrupção” como pretexto, em geral é uma má ideia encher sua equipe de criminosos (e ter o próprio novo presidente envolvido em múltiplos escândalos de corrupção).

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A donzela de Orléans e as pedaladas

Rogério Cezar de Cerqueira Leite

Folha de S. Paulo

Uma das cenas mais aterradoras da Guerra dos Cem Anos ocorreu em 1431, quando uma donzela de 19 anos foi colocada em uma pilha de toras de madeira e queimada viva.

Aquela foi a segunda vez em que esteve presa. O interrogatório foi longo, quase um ano, e a principal queixa de heresia foi a de se vestir como homem. Ela era guerreira, usava em batalhas armadura de metal, em vez de saia e babados.

Nos quartéis, seria atacada sexualmente se usasse decotes, pois os relatos da época dizem que esse era o comportamento usual de soldados. Demorou quase cinco séculos para que a história reconhecesse Joana d’Arc como sua maior heroína. À época não havia internet.

O pecado da presidente afastada Dilma Rousseff foi aprovar umas pedaladas, ou seja, deixar de pagar os bancos oficiais, o que governos anteriores faziam regularmente, inclusive o de Fernando Henrique Cardoso.

E agora o governo dos inquisidores anuncia uma superpedalada no BNDES, R$ 100 bilhões. Só há uma diferença: ao invés de atrasar o repasse, exige pagamentos adiantados de parte da dívida do banco com o Tesouro. Imagine a situação: alguém compra uma geladeira, por exemplo, e o vendedor exige pagamento adiantado de mensalidades.

É bom que se diga que sangrar o BNDES, ferramenta essencial para a retomada do desenvolvimento econômico e social do país, é a medida mais contraditória que se poderia imaginar, principalmente no estado recessivo no qual o Brasil se encontra, o que até economistas são capazes de perceber.

Pois é, Dilma não usava roupas masculinas, mas atrasou pagamentos aos bancos do próprio governo. A desculpa para jogar Dilma na fogueira é tão estapafúrdia quanto aquela heresia usada contra Joana d’Arc, e tão medieval quanto.

A donzela de Orléans pegou em armas para livrar seu país do jugo dos ingleses e do entreguismo dos dirigentes da província de Borgonha, aliados na luta contra o legítimo herdeiro do trono da França. Foi um episódio nacionalista pela recuperação da soberania da conflagrada nação.

Vai ser difícil apagar a história também aqui no Brasil. Já está escrito o que foi feito pela educação: 23 novas universidades federais, 173 novos campi universitários, 422 novas escolas técnicas, o ProUni, o Fies, a capacitação de 200 mil professores da educação básica, entre outras ações.

O rompimento dos compromissos com a educação e a saúde, a desvinculação de percentuais do orçamento, propostas do governo interino, não eliminarão o que foi feito. O Bolsa Família é o mais bem-sucedido programa de combate à pobreza e ao analfabetismo do mundo, e é assim reconhecido universalmente.

O aumento do salário mínimo e a quase eliminação da pobreza, com 30 milhões escapando da miséria, são resultados que não serão esquecidos pela posteridade, apesar da eficiente propaganda da Globo.

Podem caçar o Lula, podem caçar a Dilma, podem desbaratar o PT, mas o futuro lhes fará justiça. Não será necessário esperar 500 anos. O futuro não mais pertencerá às oligarquias. O futuro pertence ao homem do povo, ao cidadão comum.

ROGÉRIO CEZAR DE CERQUEIRA LEITE, 84, físico, é professor emérito da Unicamp e membro do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia e do Conselho Editorial da Folha

Juremir Machado da Silva | Blogs

18/03/2016

Pepe, Olívio & Lula x Temer, Aécio & CUnha

Pepe Mujica saindo para o trabalho (Presidência do Uruguai) Olívio Dutra (ex-governador do RS) indo de ônibus para a faculdade.
Mujica seu Fusca na Quinta

Pepe Mujica e Olívio Dutra são figuras da política que a direita midiática adora…  Mas a direita só os atura e elogia ou quando estão fora do poder, ou quando, endossando o discurso da moralidade, fazem o jogo dela.

Ninguém foi tão vilipendiado como Olívio Dutra enquanto governador. Tentaram de todas as formas, como agora com a Dilma, derruba-lo do Piratini. Coincidentemente, até gravações clandestinas apareceram tentando ligalo-lo ao jogo do bicho. O deputado Vieira da CUnha, cujo sobrenome não é a única coisa que o assemelha ao Eduardo CUnha, entrava ao vivo, nos estúdios da RBS, no Jornal Nacional. Todo dia a Rede Globo tinha uma revelação bombástica que justificaria derruba-lo do Piratini. Hoje resta provado que o único crime praticado por Olívio Dutra foi ter criado uma Universidade Estadual, a UERGS. Veja que coincidência, Lula criou 14 Universidades Federais, o FIES, o PROUNI, o ENEM… FHC não só não criou nenhuma  universidade como baixou lei proibindo a criação de escolas técnicas… Isso diz muito sobre os valores que se quer para o Brasil.

Bastou Olívio Dutra sair do governo, continuar circulando de ônibus, sem ter acrescentado um único centavo ao seu patrimônio para que a RBS passasse a lhe tecer “loas e encômios”…. Lula, enquanto estava quieto em seu canto, também foi deixado em paz. Não pretendia mais disputar cargo político. Bastou acenarem com sua volta que todas as baterias se voltaram contra ele. E aí a primeira coisa que inventaram foi o “aumento espetacular de sua riqueza”. De uma hora para outra virou dono da Friboi, Fazendas, Castelos, Aviões, Iates. Até hoje não há nenhuma prova de absolutamente nada. Bem, o fascismo tem uma forma muito simples de substituir as provas. Se não tem provas é porque foi muito astuto para esconde-las. Já o fascismo midiático também tem sua fórmula para caça-lo: se os fatos não estão de acordo com a necessidade em destruí-lo, pior para os fatos. Uma hora, quando não é candidato, Lula é um pobretão que vai à praia levando cerveja no isopor. Se candidato vira um perigoso milionário. Olívio Dutra só é aceito pela mídia e golpistas porque, na lógica fascista, só pobre pode ser de esquerda. É a mesma lógica de quem defende o financiamento privado das eleições, das explicações do banqueiro Cláudio Procownick para levar a babá pro golpe.

Paradoxalmente, os mesmos que se desincumbem da incansável caçada ao Lula, sem formalizarem uma denúncia sequer, deixam passar batido todas as denúncias materialmente comprovadas a respeito de FHC (Miriam Dutra, Brasif, compra de votos da reeleição), Aécio Neves (o pior Senador de Liechtenstein ), Eduardo CUnha (um queijo suíço de contas). Mas é um paradoxo fácil de se decifrar. Para os fascistas alçarem os seus há que se, primeiro, criminalizar os potenciais adversários.

A inversão de valores fica patente quando o movimento de caça ao Lula veste camisas Padrão FIFA com escudo da CBF, duas instituições acima de qualquer suspeita, com o MPF e a PF… Aliás, apesar de sobejarem provas, não movem uma linha sequer para investigarem, mesmo a Suíça tendo entregue toda documentação comprobatória. Trata-se de uma demonstração cabal de onipotência montada na certeza de impunidade. Há corruptos presos fora do país que, quando no Brasil, viviam nas telas da Rede Globo como arautos da moralidade. Os guerreiros da moralidade não viam, nem ouviam, só cheiravam.

O ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, passou a ser elogiado com mais ênfase pela mídia brasileira a partir da apreensão do heliPÓptero com 450 kg de cocaína. Claro, a liberação da maconha no Uruguai, já abraçada por FHC no Brasil, seria o melhor antídoto contra o narcotráfico… Mas Aécio só elogiaria se também liberassem a pepsi.
Os fascistas adoram políticos adversários pobres e os seus, ricos! Esta é fácil de entender. Pobres não têm condições econômicas para comprar midiotas.

31/12/2015

Dossiê Napoleão das Alterosas

aecio_300 amigo do lulaO vazamento, no apagar das luzes, e exatamente para a Folha de São Paulo, não é algo que se deva engolir apressado. Nunca é demais lembrar da figura sinistra do tarja preta José Serra. O ator da bolinha de papel esteve por trás de vários episódios que não custa relembrar: O Caso Lunus, que explodiu a então candidata Roseana Sarney; o caso dos aloprados, que compraram um dossiê montado por José Serra que o PT caiu na armadilha; o antológico artigo do Mauro Chaves no Estadão, “Pó pará, governador”, que o jornal o Estado de Minas respondeu: “Minas a reboque, não”.

A entrega de fim de ano detonando Aécio, como se já não se soubesse de algo muitas vezes mais grave, pode esconder várias coisas: primeira delas, a de entrega do Aécio Neves como estratégia para turbinar a caça ao grande molusco. Segundo, detonar Aécio para planificar o caminho para a candidatura, desde sempre sonho da Folha, José Serra.

Se não houve incriminação quando o “amigo do Aécio” teve seu helipóptero apreendido com 450 kg de cocaína; se os aeroportos construídos com dinheiro público nas terras do Tio Quedo, em Cláudio e Montezuma passaram em brancas núvens; se as centenas de viagens com aeronaves do Estado de Minas para Rio de Janeiro, Espírito Santo e Florianópolis foram em céu de brigadeiro; se a Lista de Furnas, tão ou mais antiga que o mensalão mineiro, nunca chamou a atenção?!

Por que uma doação de R$ 300 mil reais iria virar manchete no último dia do ano de 2015?! Gratuitamente? Nem que a vaca tussa! Aí tem truta, e é das grosas. E Aécio pode estar entrando como boi de piranha…

Propina de Aécio. A quem interessa o crime? Será fogo amigo?, por Rogério Maestri

Propina de Aécio. A quem interessa o crime? Será fogo amigo?, por Rogério Maestri – qui, 31/12/2015 – 07:35

Por Rogério Maestri

De uma hora para outra a Folha de S.Paulo revolve um depoimento de um dos diversos delatores que andam por aí  uma referência clara e inequívoca que o presidente do PSDB recebeu num dado momento uma bela propina de R$300.000,00 de uma das diversas construtoras envolvidas em processos de corrupção.

O interessante é que esta delação foi feita no Supremo e está sendo divulgada em primeira mão por um jornal francamente contra o governo Dilma.

Estes dois indícios mostram que a notícia provavelmente foi plantada por alguém de confiança da FSP, o que exclui uma eventual tentativa de um simpatizante ou membro do governo federal ter passado esta notícia.

Seguindo métodos policiais de investigação, é possível achar suspeitos nesta ação partindo do básico. A quem interessa o crime?

Se a notícia partisse de alguém vinculado ao governo, provavelmente ela não seria divulgada pela Folha de São Paulo devido a cuidados maiores na investigação da notícia e principalmente por partir de quem partiu.

Se esta notícia não partiu do governo de quem poderia ter partido? Voltando a metodologia inicial, e sabendo que os partidos no Brasil, como no resto do mundo comportam lutas internas ferozes onde grande parte dos escândalos que aparecem nomes de pessoas partem dos próprios correligionários, ou mesmo ex-correligionários, poderemos levantar suspeitas sobre três nomes interessados em queimar de uma vez por todas a imagem de Aécio Neves.

O primeiro, e sempre suspeito de ações contra Aécio, tem-se na figura de José Serra como principal suspeito. Serra além do desgaste de imagem que tem sofrido ao longo do tempo foi desmoralizado frente aos seus pares pela taça de vinho jogada na sua cara pela ministra da agricultura, e esta desmoralização entre iguais fere em muito o ego e leva a mentes que tem por único objetivo nos dias atuais atingir o cargo de Presidente da República, ele já foi Governador, Ministro e Senador, logo a única ambição possível é a Presidência.

Por outro lado se tem uma figura que não precisa assumir o mando deste vazamento, mas tem diversos aliados e uma estrutura própria que podem decidir até a revelia do beneficiado o crime, estou falando de Alckmin. No entourage do governador há uma série de pessoas que podem após pequenas reuniões internas decidir que uma figura como Aécio não se coaduna com os princípios morais e espirituais de um “opus dei”, por exemplo.

Agora tem uma surpresa que também faria sentido que poucos pensaram, o senador paranaense Álvaro Dias. Este senador, virtual candidato a Presidência da República pelo PV, por pertencer até alguns meses ao PSDB ele sabe dos “pequenos segredos” deste partido e um desgaste na figura de seu presidente é extremamente conveniente.

Álvaro Dias talvez seja dos três suspeitos que menos se arrisca com a divulgação da propina que recebeu Aécio, e sendo ele senador pelo Paraná, bem próximo ao Juiz Moro, pode levantar uma dobradinha paranaense Dias + Moro para presidência da República, porém como a campanha precisará de tempo de TV um apoio de um partido desgastado até as eleições significaria um aumento significativo do seu cacife.

O problema é que a senadora não pode levantar suspeita contra a sua figura, pois perderia o aliado no primeiro turno e com pouco tempo de TV pode não chegar no segundo. Logo as ações denunciando problemas com os três candidatos potenciais do PSDB ao Planalto deverão aparecer à conta gotas de forma discreta, porém contínua.

Um reforço a hipótese Álvaro Dias é que mesmo se sabendo que o Juiz Moro deve ter tido acesso a esta informação, o vazamento aparentemente saiu do Supremo! Algo extremamente conveniente para prosseguir com Moro ocupando a chapa ou mesmo se lançando ao senado através do PV ou outro partido de aluguel pelo Paraná.

O futuro pode confirmar toda esta hipótese, logo quem ler isto guarde e informação para entender os próximos passos inusitados que poderão ocorrer.

Propina de Aécio. A quem interessa o crime? Será fogo amigo?, por Rogério Maestri | GGN

‘Por que a citação a Aécio, feita em julho, não vazou?’

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Pergunta é do jornalista Mario Magalhães; "Depoimento citando Aécio foi em julho. Por q não o vazaram, como outros?", postou o blogueiro do Uol no Twitter, sobre a reportagem que cita propina de R$ 300 mil da UTC ao senador tucano

31 de Dezembro de 2015 às 06:28

247 – Nesta quarta-feira 30, o jornalista Mario Magalhães, blogueiro do Uol, publicou em seu perfil no Twitter uma pergunta que merece reflexão:

"Depoimento citando Aécio foi em julho. Por q não o vazaram, como outros? Devemos a notícia ao grande @rubensvalente", postou, em referência à reportagem de Rubens Valente publicada ontem pela Folha de S. Paulo.

A matéria traz trecho de um depoimento Carlos Alexandre de Souza Rocha, apontado como entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, que cita a entrega de R$ 300 mil como propina ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

No mundo dos vazamentos da Lava Jato, em que até a cópia de um acordo de delação premiada – o de Nestor Cerveró – foi parar nas mãos de um banqueiro – André Esteves – a dúvida sobre a demora do vazamento relacionado a Aécio é realmente válida.

‘Por que a citação a Aécio, feita em julho, não vazou?’ | Brasil 24/7

Bis de Aécio na Lava Jato testará critério de Janot

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Nesta quarta-feira, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apareceu pela segunda vez na Operação Lava Jato; na primeira, quando foi citado pelo doleiro Alberto Youssef como responsável pela montagem de um ‘mensalão’ em Furnas, durante o governo FHC, o procurador-geral Rodrigo Janot pediu o arquivamento do seu caso; agora, a denúncia é mais recente: um entregador de dinheiro de Youssef diz ter levado R$ 300 mil a um diretor da UTC, para que este depois repassasse a propina ao senador tucano, em 2013; agora, Janot, que prometeu bater "tanto em Chico como em Francisco", poderá pedir um segundo arquivamento ou terá a oportunidade de esclarecer o caso ouvindo o "Miranda da UTC", que mencionou o presidente nacional do PSDB

30 de Dezembro de 2015 às 09:04

Minas 247 – Numa de suas delações premiadas, feitas em 2014, o doleiro Alberto Youssef, afirmou que seu padrinho na política, o ex-deputado José Janene, do PP, dividiu uma diretoria em Furnas com o senador Aécio Neves. Por meio dessa diretoria, ocupada pelo tucano Dimas Toledo, pagou-se, durante o governo FHC, um mensalão a diversos deputados federais.

Na delação, Youssef afirmou que ia constantemente a Bauru (SP) receber recursos da ordem de US$ 100 mil mensais em nome de Janene – o dinheiro era pago por meio da Bauruense, uma fornecedora de Furnas. Ele afirmou ainda que Aécio seria beneficiário desse esquema. As afirmações foram feitas tanto na delação (leia aqui) como no Congresso (leia aqui).

Essa denúncia só veio a público quando o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidiu pediu o arquivamento da investigação relacionada a Aécio. Nela, Janot fez uma ressalva. Disse que o caso poderia ser reaberto se surgissem novas evidências relacionadas ao tucano.

Nesta quarta-feira, o nome de Aécio apareceu numa segunda delação. Desta vez, do maleiro Carlos Alexandre de Souza Rocha, que entregaria dinheiro em nome de Youssef. Rocha afirmou ter levado um pacote de R$ 300 mil para um diretor da empreiteira UTC no Rio de Janeiro, chamado de "Miranda", que teria como destinatário final o senador tucano.

Chico e Francisco

Diante da nova acusação, que Aécio diz ser "fantasiosa", o procurador Janot será pressionado por parlamentares governistas a reabrir o caso sobre o tucano. Até porque ele próprio sinalizou que seu lema, no comando do Ministério Público seria "pau que bate em Chico também bate em Francisco".

Um caminho óbvio e natural de investigação foi indicado pelo jornalista Fernando Brito, editor do Tijolaço. "Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados ‘agentes políticos’, é claro", diz ele (leia aqui).

Ontem, em seu Facebook, Aécio postou a seguinte mensagem: “O que vai nos tirar dessa crise é a solidez das nossas instituições. O PSDB está ao lado da Justiça brasileira, do Ministério Público, da Polícia Federal e do Congresso Nacional, na defesa da democracia e do retorno da ética como instrumento de ação política”.

A bola, agora, está com Janot.

Bis de Aécio na Lava Jato testará critério de Janot | Brasil 24/7

 

No último dia do ano, Aécio ganha manchetes do Globo e do Estado

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Denúncia de repasse de R$ 300 mil da empreiteira UTC ao senador tucano foi destaque nos jornais O Globo e Estadão neste 31 de dezembro, um dia depois de ter sido publicada em uma nota de rodapé na capa da Folha

31 de Dezembro de 2015 às 06:44

247 – Nos dois últimos dias de 2015, o senador Aécio Neves ganhou destaque nos três principais jornais do País após ter sido alvo de denúncia de que recebeu R$ 300 mil em propina da empreiteira UTC, investigada na Lava Jato.

Nesta quarta-feira 30, a denúncia foi publicada em reportagem de Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, em uma nota de rodapé na capa do jornal.

A veiculação aconteceu quatro dias depois de o colunista André Singer, na própria Folha, ter dito que a mídia abafa a corrupção tucana.

O 247 observou a diferença nos destaques entre a publicação de denúncias contra o ex-presidente Lula, por exemplo, e um tucano (leia mais).

Nesta quinta-feira 31, último dia do ano, Aécio teve seu nome estampado em títulos de reportagens nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, que repercutiram a denúncia da Folha.

No último dia do ano, Aécio ganha manchetes do Globo e do Estado | Brasil 24/7

 

Renan e Randolfe também são citados por delator de Aécio

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Apontado como entregador de dinheiro de Alberto Youssef, o delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, que apontou propina de R$ 300 mil para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), também citou supostos valores repassados ao senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP); segundo o delator, Renan teria sido o destinatário de R$ 1 milhão, entregue entre janeiro e fevereiro de 2014, enquanto o senador do Amapá teria recebido R$ 200 mil; os dois senadores negam terem recebido propina; Randolfe classificou a acusação como "incabível"

30 de Dezembro de 2015 às 21:01

247 – O delator Carlos Alexandre de Souza Rocha, que afirmou que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) recebeu R$ 300 mil em propina, citou também supostos valores repassados ao senadores Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O depoimento, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), foi dado em julho. Nele, Rocha disse que fazia para Youssef serviço de entrega de dinheiro para políticos. Segundo o delator, entre janeiro e fevereiro de 2014, Youssef informou que teria de levar R$ 1 milhão de Recife a Maceió. O delator disse que entregou o dinheiro, em duas partes de R$ 500 mil, para "um homem elegante" num hotel na capital alagoana. Rocha disse ter questionado Youssef sobre o destinatário do dinheiro, e o doleiro teria respondido: "O dinheiro é para Renan Calheiros".

O delator também informou que, entre 2009 e 2014, ouviu Alberto Youssef dizer que iria disponibilizar R$ 2 milhões para Renan Calheiros a fim de evitar a instalação de uma CPI para investigar a Petrobras. Ele não informou, no entanto, se o repasse de fato ocorreu. A assessoria de imprensa de Renan negou as acusações.

Em relação ao senador Randolfe Rodrigues, Rocha disse que Youssef afirmou, em referência ao senador socialista: "Para esse aí já foram pagos R$ 200 mil". Ele disse ter questionado o doleiro se ele tinha certeza, e Yousseff teria respondido ter certeza "absoluta". Rocha, porém, disse não saber se o valor foi efetivamente pago e nem como. 

Em nota, o senador Renan Calheiros "o senador Renan Calheiros nega as imputações e reitera que não conhece a pessoa de nome Alberto Youssef".

O senador Randolfe Rodrigues classificou a delação de "totalmente sem noção". "É hilário, incabível. Primeiro eu não sei nem quem é o senhor Carlos Alexandre Rocha. Nunca tive contato com quem quer que seja. Minha campanha em 2010 foi feita com base em doações individuais, de pessoas físicas. O orçamento total da minha campanha em 2010 foi de R$ 210 mil. Esse valor de R$ 200 mil [citado por Rocha] chega a quase ser superior ao orçamento da minha campanha. Estou achando que isso [a citação a Randolfe] é algo arranjado. Nunca soube quem é Carlos Alexandre Rocha nem quem é Alberto Youssef. Nunca nem passei perto dele. Não conheço nem pessoas que sejam próximas a ele. Nunca tive relação direta ou indireta com prestadores de serviços de empreiteiras", disse o senador.

Renan e Randolfe também são citados por delator de Aécio | Brasil 24/7

Aecím está nas mãos de Janot

O PSDB vai desmoralizar Janot como desmoralizou Moro?

publicado 30/12/2015

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(Imagem: de Petralha Zuero, no face do C Af)

Em O Globo:

Investigado na Lava-Jato diz que Aécio Neves recebeu R$ 300 mil da UTC

Senador tucano afirma que citação em depoimento é ‘absurda e irresponsável’
(…)
Caberá agora ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se pede ou não abertura de inquérito para aprofundar a apuração sobre o suposto repasse a Aécio. As declarações do entregador poderão colocar em xeque parte da delação premiada de Ricardo Pessoa, dono da UTC. Apontado como um dos chefes do cartel de empreiteiras envolvidas em fraudes na Petrobras, Pessoa reconheceu contribuições para campanhas e pagamentos via caixa dois para vários políticos, mas não fez qualquer referência ao caso descrito por Ceará.
Em depoimento prestado ao procurador Rodrigo Telles de Souza e ao delegado Milton Fornazari, Ceará disse que, a pedido de Youssef, fez quatro entregas de pacotes de dinheiro no escritório da UTC no Rio de Janeiro ao longo de 2013. As remessas eram entregues diretamente a Antônio Carlos D’Agosto Miranda, um dos diretores da UTC. Uma das entregas, no valor de R$ 300 mil, no segundo semestre de 2013, teria como destinatário o ex-candidato do PSDB à presidência Aécio Neves.
(…)

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Paulo Nogueira: eu acuso Aécio – publicado 30/12/2015

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Imagem de Horacio Nelson, no face do C Af

O Conversa Afiada reproduz texto de Paulo Nogueira, extraído do DCM:

Eu acuso Aécio

Um homem que:
Constrói um aeroporto privado com dinheiro público;
Coloca recursos do contribuinte mineiro, como governador, em rádios da própria família;
Não se envergonha de, sendo político, ter rádios, num brutal conflito de interesses;
Faz uso pessoal do avião do Estado de Minas, como se houvesse vôo gratuito;
Nomeia fartamente parentes e amigos para a administração pública e depois ousa falar em meritocracia;
É capaz de apoiar Eduardo Cunha, em nome do impeachment, mesmo depois de conhecidas as avassaladoras provas contra ele fornecidas pelos suíços;
Jamais teve a hombridade de aceitar a derrota nas urnas e, por isso, se pôs a conspirar contra a democracia desde que saíram os resultados como um golpista psicótico;
Dá como comprovadas quaisquer acusações contra seus adversários, por mais frágeis que sejam;
Tem a ousadia de recusar um teste de bafômetro como se estivesse acima da lei que rege os demais brasileiros;
Recebe dinheiro dos contribuintes para atuar como senador e não devolve com um único projeto aprovado;
Aceita uma boca livre em Nova York de um banqueiro como André Esteves;
Não poupa esforço pelo financiamento privado de campanhas mesmo quando é sabido que esta é a origem maior da corrupção e que foi daí que surgiram ganguesteres como Eduardo Cunha;
Tudo isto posto, e a lista poderia seguir muito adiante, por que este homem não poderia fazer pressão para receber dinheiro de propina segundo delação homologada no SFT noticiada hoje pela Folha?

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R$ 300 mil pra petista é manchete, para tucano é pé de página

Folha fez o possível para esconder

publicado 30/12/2015

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De Raimundo Pimentel, no face do C Af

O Conversa Afiada reproduz texto de Fernando Brito, do Tijolaço:

“A pessoa está me cobrando estes R$ 300 mil”. “Que pessoa?” “Aécio Neves”

A Folha fez o possível.
Colocou a chamada lá no cantinho de baixo, bem pequenina.
Mas não adianta.
A reportagem de Rubens Valente é avassaladora.
Carlos Alexandre de Souza Rocha, o Ceará, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, afirmou, em depoimento que levou R$ 300 mil no segundo semestre de 2013 a um diretor da empreiteira UTC, de nome Miranda ( Antonio Carlos D’Agosto Miranda) que seriam entregues ao senador Aécio Neves.
Segundo o “entregador”, Miranda ficou aliviado, pois estaria sendo cobrado pela quantia por Aécio, teria dito o diretor da empreiteira.
Aécio, claro, nega tudo. Diz que  sua campanha só recebeu legalmente da UTC para a campanha.
E quem disse, senador, que era pra a campanha? R$ 300 mil, o senhor me perdoe, não é padrão de campanha, onde a coisa é na casa do milhão.
Tudo tem mais força porque a alta direção da UTC já havia admitido, em depoimentos, que Miranda recebia, guardava e entregava dinheiro destinado a políticos.
“E o Aécio Neves não é da oposição?”, teria dito Rocha. O diretor da UTC teria respondido, na versão do delator: “Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, […] todo mundo”.
O comitê da campanha presidencial do tucano em 2014 recebeu R$ 4,5 milhões da UTC em doações declaradas à Justiça. A campanha de Dilma recebeu R$ 7,5 milhões.
Rocha disse ter manifestado estranheza sobre o local da entrega ser o Rio de Janeiro, já que Aécio “mora em Minas”. Miranda teria respondido que o político “tem um apartamento” e “vive muito no Rio de Janeiro”.
O delator disse que não presenciou a entrega do dinheiro ao senador e que ficou “surpreso” com a citação.
Rocha prestou o depoimento em 1º de julho. Em 4 de agosto, foi a vez de Santana também dar declarações.
Embora tenha dito que Miranda não tinha “nenhuma participação no levantamento do dinheiro para formar o caixa dois” da construtora UTC, Santana observou que “pode ter acontecido algum episódio em que o declarante ou Pessoa informaram a Miranda quem seriam os destinatários finais da entrega”.
Miranda, que é apontado pelo próprio Ministério Público como o responsável pelos “acertos” de propina com o PMDB na obra de Angra 3, seria, por óbvio, o próximo passo de qualquer investigação séria. Mas Miranda, ao que se saiba, não foi preso nem deixado mofar na cadeia até que entregasse os chamados “agentes políticos”, é claro.
Dinheiro para Aécio Neves não é coisa que venha assim “ao caso”, nem uma delação com este potencial explosivo vaza no dia seguinte, como as outras.
Até porque a investigação de corrupção parece estar usando os mesmos critérios editoriais da Folha: R$ 300 mil pra petista é manchete, para tucano é pé de página.
Mas a reportagem de Valente não dá para ser apagada. E vai ter desdobramentos.

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Diretor da UTC levou R$ 300 mil a Aécio, afirma delator

Postado em 30 de dezembro de 2015 às 8:19 am – Da Folha:

Em delação premiada homologada pelo STF, Carlos Alexandre de Souza Rocha, entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, afirmou que levou R$ 300 mil no segundo semestre de 2013 a um diretor da UTC Engenharia no Rio de Janeiro, que lhe disse que a soma iria ao senador Aécio Neves (PSDB-MG).

Rocha, conhecido como Ceará, diz que conheceu Youssef em 2000 e, a partir de 2008, passou a fazer entregas de R$ 150 mil ou R$ 300 mil a vários políticos.

Ele disse que fez em 2013 “umas quatro entregas de dinheiro” a um diretor da UTC chamado Miranda, no Rio.

Também em depoimento, o diretor financeiro da UTC, Walmir Pinheiro Santana, confirmou que o diretor comercial da empreiteira no Rio chamava-se Antonio Carlos D’Agosto Miranda e que “guardava e entregava valores em dinheiro a pedido” dele ou de Ricardo Pessoa, dono da UTC.

Nem Pessoa, também delator na Lava Jato, nem Santana mencionaram repasses a Aécio em seus depoimentos. A assessoria do senador chamou a citação de Rocha de “absurda” (leia abaixo).

Em uma das entregas, que teria ocorrido entre setembro e outubro daquele ano, Rocha disse que Miranda “estava bastante ansioso” pelos R$ 300 mil. Rocha afirmou ter estranhado a ansiedade de Miranda e indagou o motivo.

O diretor teria reclamado que “não aguentava mais a pessoa” lhe “cobrando tanto”. Rocha disse que perguntou quem seria, e Miranda teria respondido “Aécio Neves”, sempre segundo o depoimento do delator.

“E o Aécio Neves não é da oposição?”, teria dito Rocha. O diretor da UTC teria respondido, na versão do delator: “Aqui a gente dá dinheiro pra todo mundo: situação, oposição, […] todo mundo”.

Diário do Centro do Mundo » Diretor da UTC levou R$ 300 mil a Aécio, afirma delator

 

Planilha de vôos do governo Aécio em Minas é adulterada: sumiram os “passageiros”. Por Kiko Nogueira 

Postado em 30 dez 2015 – por : Kiko Nogueira

Ele

Ele

O Gabinete Militar de Minas Gerais abriu um inquérito para apurar o desaparecimento de dados das planilhas dos vôos do governo Aécio Neves, entre 2003 e 2010, informa um membro do Ministério Público de MG.

O caso acontece na mesma semana da denúncia do entregador de dinheiro do doleiro Alberto Youssef, o qual, em delação premiada, afirmou que levou R$ 300 mil a um diretor da UTC em 2013. Esse diretor lhe disse que o montante ia para Aécio Neves.

As viagens foram tema de uma série de reportagens no DCM. As quatro aeronaves de Minas — dois jatos, um Citation e um Learjet, um helicóptero Dauphin e um turboélice King Air — foram utilizadas mais de 1400 vezes naquele período.

Em 198 ocasiões, Aécio não estava presente. Um decreto de 2005, assinado por ele, determina que o uso do equipamento destina-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas ou agentes públicos, quando integrantes de comitivas dos titulares dos cargos”. Tudo “para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos.”

Sem a presença de Aécio, os aviões e o héliceptero serviram para transportar, entre outros, Luciano Huck, FHC, José Wilker, Milton Gonçalves, Boni, Roberto Civita, Ricardo Teixeira, a irmã Andrea Neves, o primo Quedo e outros parentes e amigos.

José Serra e Geraldo Alckmin também passearam. Há na relação “Roberto Marinho”, que andou na companhia de Sérgio Guerra, ex-presidente do PSDB. A advogada de Roberto Irineu Marinho, um dos donos da Globo, afirmou ao DCM que não se trata dele.

A lista foi obtida através da Lei de Acesso à Informação. Em seu primeiro formato, ela fornecia detalhes como ano, data, solicitante, passageiros, origem, destino e custo. Veja abaixo:

Captura de Tela 2015-12-30 às 16.51.34

Acima, vê-se que Roberto Civita, dono da Abril morto em 2013, foi a Brumadinho com a mulher. Tudo às custas do contribuinte das Gerais. Ali fica localizado o museu de Inhotim.

Segundo a assessoria de Aécio, o empréstimo do Dauphin “atendeu o objetivo de divulgar o Museu de Arte Contemporânea apresentando-o a um dos maiores empresários de comunicação do país”. A “prova” é uma matéria laudatória na Veja. Então tá.

Na nova “formatação” das fichas, sumiram dados como a aeronave usada e quem estava a bordo. Ficaram apenas o “solicitante” (sempre o governador) e o destino.

Captura de Tela 2015-12-30 às 16.53.10

Ao DCM, a assessoria de imprensa do governo de MG contou que também está apurando o que pode ter acontecido com os relatórios originais.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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21/12/2015

Josefina e Napoleão na putaria e o MPF de voyeur

 

Aécio emprestou o helicóptero de Minas para Gilmar Mendes. Por Kiko Nogueira

Postado em 20 dez 2015 – por : Kiko Nogueira

Eles

Eles

O probo e irreprochável Gilmar Mendes usou o helicóptero do estado de Minas Gerais.

O ano era 2009, o vôo foi em Belo Horizonte, o governador era Aécio Neves e o fato está registrado na planilha com os vôos realizados durante os 7 anos e três meses da administração aecista, entre 2003 e 2010.

As quatro aeronaves — um Citation e um Learjet, um helicóptero Dauphin e um turboélice King Air — eram do estado, mas Aécio se apropriou delas como se fossem sua companhia de aviação.

Foram 1430 viagens ao todo, 110 com pouso ou decolagem do famoso aeroporto de Cláudio, construído nas terras do tio Múcio Toletino, que ficou com a chave.

Em pelo menos 198 vezes ele não estava a bordo. Um decreto de 2005 estabelece que esse equipamento destina-se “ao transporte do governador, vice-governador, secretários de Estado, ao presidente da Assembleia Legislativa e outras autoridades públicas” e “para desempenho de atividades próprias dos serviços públicos”.

De acordo com o documento obtido pelo DCM, obtido pela Lei de Acesso à Informação, Gilmar, então presidente do STF, pegou sozinho o Dauphin no dia 23 de junho. Naquele dia, de acordo com seu site oficial, ele recebeu uma medalha: “Do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região, concessão da Medalha da Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho Desembargador Ari Rocha, no de grau Grã-Cruz. Belo Horizonte/MG”.

A página de GM sobre suas premiação fala o seguinte: “Gilmar Mendes possui diversas menções honrosas recebidas, em especial pelos serviços prestados à cultura jurídica, como defensor das garantias do Estado Democrático de Direito e da altivez do Poder Judiciário Brasileiro, e pelo reconhecimento em homenagem aos relevantes serviços prestados à Justiça Brasileira.”

Como em Casablanca, foi o início de uma bela amizade que rendeu frutos, por exemplo, ao longo de todo este ano de 2015.

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Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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19/12/2015

Pecunia non olet; sed Aécio, olet

Enquanto a Vasa Jato mantém sua obsessão pela caçada ao Grande Molusco, o latim deita e rola nas esferas golpistas.

Como não lembrar, diante das altas cifras que correm pelas altas esferas, que foram exatamente estas personagens que mais duramente combateram a CPMF? Michel Temer, Eduardo CUnha, Rede Globo, Folha, Veja, Estadão, RBS, Marcola, Fernandinho Beira-Mar, famiglia Perrella, Aécio Neves, Marco Feliciano, Silas Malafaia lutaram bravamente contra a CPMF. Claro, e eles não o fizeram sem motivo. Se houvesse CPMF, esses milhões roubados e traficados pagariam CMPF. E com a migalha da CPMF poder-se-ia ter um sistema de saúde ainda melhor. São da mesma turma dos impostores do impostômetro. Não existiria Michel Temer sem uma FIESP sonegadora e golpista. Nem Marcola e seu PCC, contra quem a FIESP não se levanta. Por quê?! Por que a FIESP não financia uma companha contra o narcotráfico? Simples, ninguém dá tiro no próprio pé.

Todo cidadão que quer ver e viver numa sociedade mais justa deveria lembrar, ao lembrar do que se opõem a CPMF, outra contribuição do Imperador Vespasiano “Pecunia non olet”…

O latim do Temer – II: Simia spectat tuo cauda.

Por Fernando Brito · 19/12/2015

cesar

Prezado Vice-Presidente Michel Temer,

Tomo  liberdade de escrever esta humilde cartinha, a segunda, de novo inspirado no seu amor pelo latim, expresso na carta que o senhor enviou a Dilma Rousseff e tanto furor causou  com aquele “verba volant, scripta manent” com que ela se inicia.

Dada a sua erudição, hoje facilmente compensada pelo tradutor do Google, tomo a liberdade de repetir na língua de Virgílio o que eu, garoto, muitas vezes ouvi em português, da minha velha avó, lá no IAPI de Realengo.

Simia spectat tuo cauda.

Como seu latim é bom, ao contrário do meu, traduzo apenas para os que não compreenderam:

Macaco, olha o teu rabo….

Pois é…

Agora que encontraram no celular de Eduardo Cunha a mensagem de que uma doação de R$ 5 milhões feita ao senhor – ou por seu intermédio – furou a fila das verbas destinadas pela empreiteira OAS  para a “turma” – está escrito assim na mensagem – do PMDB, como é que fica o seu afetado ascetismo?

Ninguém, claro, o acusa de ter o animus furandi, a intenção de roubar, até porque auctori incumbit onus probandi, quem acusa tem a obrigação de cobrar, como se dizia antes do “neodireito” do Dr. Sergio Moro, que dispensa estas formalidades.

Mas o senhor certamente conhece a cítara Accusans debet esse melior accusato, que significa que quem aponta o dedo aos defeitos alheios deve ser melhor do que o acusado.

E como fica agora o senhor, que sabe que o dinheiro da política vem das empresas, mas que não se peja em servir-se da hipocrisia de que só um partido o faz, quando o seu também faz e, como indica a mensagem, o senhor também faz?

Acta, non verba, Dr. Temer, atos e não palavras servem para avaliar as pessoas.

Se o senhor intermediou uma doação empresarial para seu partido, se Eduardo Cunha era o “contador” que zelava para que não se “furasse fila” na caixinha, certamente está degraus abaixo da integridade moral de daquela que vem buscando derrubar, servindo-se da “onda” que se faz com aquilo que, sabe o senhor, é mais antigo na política que a Sé de Braga.

Talvez seja, aliás, por isso que suas funções fossem decorativas, para evitar que tais práticas pudessem interferir na administração partidas nada mais, nada menos, que do segundo da República.

Mas a sua carta, Dr. Temer, é já prevista no Corpus Juris Civilis, com que Justiniano lançou, desde Constantinopla, há um milênio e meio, as bases do civilismo: Acta simulata veritatis substantiam mutare non possuntos atos simulados não podem mudar a essência da verdade.

E a verdade essencial é que seus atos, como a carta, são movidos e estão impregnados pela traição e pela ambição.

Como, na Roma de Vespasiano, escreveu Caio Tácito:  Acribus initiis, incurioso fine.

Quando os princípios são ruins, são desgraçados os seus fins.

O latim do Temer – II: Simia spectat tuo cauda. – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

25/09/2015

Sociopatas do PÓ

MACONHA TRIP FHCOu de como se usa PÓ para finanCIAr golpes contra a democracia e os movimentos sociais. Nunca fumei. Como não tenho possibilidade de fazer como o Aécio Neves, sempre que precisei viajar comprei minha passagem. Meus vícios são legais. Não sou a favor da liberação da maconha, uma droga de pobre. Agora, há muita hiPÓcrisia no ar.

Tenho nojo da maneira como os grupos mafiomidiáticos criminalizam os aviãozinhos do tráfico mas silenciam ou dão emprego para os grandes consumidores. O silêncio entorno do heliPÓptero com 450 kg de cocaína diz tudo a respeito dos assoCIAdos dos Instituto Millenium. O multipremiado ator argentino, Ricardo Darín explicou muito bem como os EUA poderiam resolver o problema das drogas. A lição serve também para o Brasil. Onde mais Casagrande ganharia emprego senão no lugar que sempre acobertou o seu vício e os fornecedores de seu vício?! Não me venham dizer que é doença. Se fosse, teriam-no levado ao médico e não para a TV.

Qualquer pessoa com meio neurônio sabe que o problema do tráfico não está na Vila Cruzeiro em Porto Alegre. Está nos Bairros Moinhos de Vento, Bela Vista e no sigilo bancário. Basta ver quem é contra  CPMF, a forma mais inteligente de pegar traficante, sonegador e lavador de dinheiro. No entanto, basta folhear a Zero Hora, ver a RBS ou ouvir a Gaúcha para sentir o quanto eles odeiam a CPMF.

Entendeu ou precise que desenhe!?

Mais sobre o baile do Pó Royal

Published setembro 24, 2015 Por Ani Dabar

helicopteroPerrela

Quem aí se lembra disto? Eu sim.

Diário do Centro do Mundo em 24/09/2015

O QUE O AFASTAMENTO DE UM DESEMBARGADOR REVELA SOBRE O TRÁFICO DE DROGAS

Por Mauro Donato

Wellinton Xavier dos Santos, vulgo Capuava, é considerado um dos maiores traficantes de drogas no estado de São Paulo, senão o maior.

Em julho deste ano, a casa caiu. Capuava estava em um sítio com 1,6 tonelada de cocaína pura, 898 kg de ingredientes para misturar e aumentar o volume, 30 fornos micro-ondas para a secagem, além de centenas de utensílios típicos para o preparo e refino da droga e mais quatro fuzis e uma pistola automática.

Foi preso por policiais do Denarc.

Eis que entra em ação o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima. Analisa o caso e liberta Capuava. Disse que as provas eram frágeis. Capuava, claro, deu linha na pipa novamente. Escafedeu-se.

Mas a casa caiu para o desembargador também.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, já estava de olho em Otávio Henrique. Achava muito estranho e de “extrema coincidência” o sistema de distribuição do tribunal encaminhar diversos pedidos de liberdade de traficantes para Otávio Henrique e serem atendidos. Muitos deles durante plantões de finais de semana. O presidente do TJ pediu o afastamento do desembargador por tempo indeterminado.

O advogado de Otávio Henrique afirmou que seu cliente determinou primeiro a soltura do traficante e só depois foi que o desembargador “soube de alguns fatos sobre Capuava por meio da imprensa.”

Deixando de lado a galhofa do advogado (ele é pago para defender o indefensável e dizer essas patacoadas), o argumento consciente do desembargador é que é o ponto.

Se aquelas provas eram frágeis, o que dizer quando alguém é pego com um baseado?

O envolvimento de alguém do gabarito de um desembargador diz muito a respeito da política de segurança pública vigente. Ela faz um teatro gigantesco de combate às drogas mas está envolvida até o pescoço. Ou nariz.

A criminalização das drogas serve exclusivamente para fazer girar fortunas escusas e demonstrar poder nas favelas. Os grandes traficantes estão a salvo, longe dali, passeando no barco de um desembargador, nadando na piscina de um deputado, tomando whisky na cobertura de um diretor de novelas.

Um meme de sucesso nas redes sociais circula desde uma apreensão significante, em um caso que o DCM investigou a fundo:

“O helicóptero é dos Perrela; O piloto trabalha para os Perrela; A fazenda é dos Perrela; Já os 500 kg de cocaína não são de ninguém.”

O questionamento que chega ao bizarro retrata fielmente o cenário de promiscuidade entre elite, políticos, polícia e criminosos. O tal “sistema”.

Alexandre de Moraes, atuou como advogado em pelo menos 123 processos defendendo uma cooperativa de transporte suspeita de associação com o PCC para lavagem de dinheiro. Hoje é o atual Secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin. Ainda que não haja nenhuma comprovação de associação do próprio Secretário com o crime organizado, é algo desprezível? Ninguém viu conflito de interesses?

E que tal entregar a responsabilidade de investigar PMs suspeitos de envolvimento em assassinatos ao promotor Rogério Leão Zagallo, um notório defensor da filosofia “bandido bom é bandido morto”? Não é um tapa na cara? Surpreende que as coisas não mudem?

Por enquanto o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima está apenas afastado e sendo investigado. Se comprovada sua participação, poderá receber uma advertência, ser aposentado de maneira compulsória ou mesmo demitido. Até lá, permanece recebendo salário normalmente.

Já neguinho que tomar uma geral e estiver com os olhos vermelhos…

helicóptero Perrela
E aí, tem isto também.

folha-perrela

Palavras Diversas, 26/11/2013

PERRELA, AÉCIO E LULA:
AS FALSIFICAÇÕES MANCHETADAS PELA FOLHA

“Aliado de Lula é flagrado com 500 quilos de Cocaína”. Restam dúvidas de que esta seria a manchete da capa de um grande veículo de comunicação brasileiro, se, em vez de Perrela, o senador fosse apoiador de Lula? A chamada omitiria o nome do envolvido e, em seu lugar, estamparia Lula para atrair leitores.

Pois bem, como é de conhecimento de muitos, um helicóptero foi apreendido no Espírito Santo com quase meia tonelada de cocaína.

Esta aeronave é de propriedade de um senador da República.

Este político é de Minas Gerais.

E por aquelas bandas ele é apoiador de um outro colega senador, candidato a presidência pelo PSDB…

Zezé Perrela é o proprietário da aeronave e Aécio Neves é seu aliado.

O fato não incrimina, diretamente, Perrela, muito menos pode lançar sobre o tucano qualquer respingo sobre esta ocorrência suspeita que, antes de mais nada, precisa ser investigada e oferecer mais subsídios a polícia chegar às devidas conclusões.

perrela-e-aecio

Agora a análise de como se comportou a Folha de São paulo neste episódio.

Em uma chamada na Folha On Line não há menção sobre o dono do helicóptero, no lugar do nome de Perrela usam o termo “senador”.

Em nenhum momento na matéria é dito que Perrela é aliado de Neves. Acordo que agiram com correção.

Penso que seja preciso aguardar novas informações daquilo que for apurado pelas autoridades policiais. Fazer ilações ou associações, neste momento, representariam o oportunismo e o descompromisso com a verdade dos fatos.

Mas e se fosse um aliado de Lula?

Haveria calmaria nas redações?

As manchetes da grande imprensa seriam um espaço de tranquilidade e justeza no tratamento jornalístico de um fato grave como este?

folha-lula

A desavergonhada manipulação da Folha On Line quando é Lula o personagem de um fato

Tenho certeza que não.

Lula quando esteve na Argentina para participar do Congresso de Responsabilidade Social, em Buenos Aires, teria sido fotografado ao lado de um deputado, acusado de abuso de poder. O detalhe é que Lula deve ter tirado dezenas de fotos com admiradores que o procuraram para registrar uma imagem ao seu lado, algo bastante comum. O ex-presidente brasileiro é uma liderança de grande popularidade no continente.

E o que fez a Folha de São Paulo?

Diferentemente do tratamento dispensado a Perrela, tratou de associar Lula ao deputado argentino, conforme a imagem impressa acima, extraída do Folha On Line, que não deixa qualquer dúvida.

Neste episódio a ética e a correção passam ao largo da oportunidade de tentar atingir uma adversário político, mesmo que seja necessário ir ao país vizinho em busca de cliques que, supostamente, possam desgastar a imagem de líder democrata de Lula.

Estes e outros exemplos apenas servem para, com enorme prejuízo para a sociedade e para a democracia, flagrar o partidarismo exagerado e a falta de ética no trato da informação por parte de alguns grandes grupos de mídia do país, especificamente a Folha de São Paulo.

Mais sobre o baile do Pó Royal | Luizmuller’s Blog

23/09/2015

Paulistas abatem avoado das alterosas

Bem, deste jeito Aécio Neves conseguiu amenizar as críticas em relação ao heliPÓptero. O helicóptero dos Perrela pelo menos foi pego uma vez, Aécio saiu ileso em todas. Mas que ninguém fique pensando que a Folha faz isso por amor ao jornalismo. A Folha faz jornalismo celular, pré pago. Atende aos interesses dos seus candidatos paulistas. Os tais blgos sujos que os assoCIAdos do Instituto Millenium tanto odeiam, já vinham dizendo exatamente mente isso, que Aécio, ao invés de governar, passava os dias fazendo festas no Rio de Janeiro. Não é mero acaso que ele foi considerado o pior Senador no ranking da Veja. Mas isso não vem ao caso, né?

Exatamente 5 anos após os fatos, quando Geraldo Alckmin e José Serra tentam decolar numa nova aventura golpista, a Folha sopra as brasas acesas pelo Mauro Chaves no Estadão.

Se o Napoleão das Alterosas viajou 124 em 7 anos, ele intercalava os fins semana na Fazenda dos Perrela com os ralis pelas ruas do Rio de Janeiro. O próprio Globo noticiou que ele teve a habilitação retida numa blitz da Lei Seca no Rio. Se já não bastassem todos os antecedentes, este é o homem que os golpistas tanta vem lutando para colocar no lugar da Dilma.

Haja paciência! O que estes golpistas querem é instalar  o Cartel de Medellin no Palácio do Planalto.

Será que estes midiotas ainda não se deram conta que Aécio perdeu para Dilma exatamente nos dois Estados onde era mais conhecido, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Compare-se o que existe contra a Aécio com o que tentam jogar nas costas da Dilma. Só muita da filhadaputice para não notar a abissal diferença!

Aécio usou avião de MG para ir 124 vezes ao Rio

Maioria das viagens foi entre quinta e domingo; tucano era governador

Durante o Carnaval, senador foi ao Rio e a Florianópolis, onde morava sua atual mulher, Letícia Weber

RANIER BRAGONAGUIRRE TALENTODE BRASÍLIA

O presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), usou aeronaves oficiais para realizar 124 viagens ao Rio de Janeiro nos sete anos e três meses que governou Minas Gerais (2003-2010), de acordo com relatório produzido pelo atual governo mineiro, comandado pelo PT.

O documento, feito para atender a requerimento originalmente realizado por um deputado estadual do PSDB, mostra uma média de 1,4 viagem por mês ao Rio e a outras cidades fluminenses, como Búzios e Angra dos Reis.

A maioria das viagens foi entre quinta e domingo. Além disso, há em 2008 e 2009 seis passagens para Florianópolis, onde morava a namorada e hoje mulher do tucano, a ex-modelo Letícia Weber.

A planilha informa, por exemplo, um deslocamento a São Paulo, Rio e Florianópolis em 19 de fevereiro, quinta da véspera do Carnaval. Colunas sociais de Florianópolis registraram fotos do então governador em uma festa acompanhado de Letícia.

O relatório é assinado pelo atual secretário da Casa Civil de Minas, Marco Antonio de Rezende Teixeira. Ele afirma no texto que a pesquisa não encontrou justificativa para a realização das viagens.

O custo dos deslocamentos não foi listado, mas a gestão Fernando Pimentel (PT) diz que informará o valor à Assembleia até outubro.

Natural de Belo Horizonte, Aécio morou até o início da vida adulta no Rio. A assessoria do tucano diz ser normal o uso de avião oficial por governantes em compromissos pessoais, afirma haver inconsistências na listagem e diz que em alguns casos houve compromissos oficiais.

O uso de aeronaves pelo governante do Estado, durante a gestão de Aécio, era regulado por um decreto assinado pelo tucano. Ele permite o uso de aviões oficiais pelo governador "em deslocamento de qualquer natureza, por questões de segurança".

JURISPRUDÊNCIA

Consultada pela Folha, a especialista em direito administrativo Polyanna Vilanova diz que a jurisprudência do STJ (Superior Tribunal de Justiça) aponta que o uso de carro oficial para fins particulares é improbidade administrativa. Ela ressalva, porém, que a jurisprudência não é específica sobre o uso de aviões.

Sucessor de Aécio, o tucano Antonio Anastasia (2010-2014) fez em média sete viagens por ano ao Rio. Desde janeiro, Pimentel viajou uma vez ao Estado, no Carnaval, para ver um desfile de Carnaval que homenageou Minas.

18/09/2015

Pobre fuma baseado; rico, um heliPÓptero

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Po perrella's

Abramovay: “Rico é tido como usuário de droga e o pobre como traficante”

Ex-secretário de Justiça diz que votação no STF definirá padrões e evitará discriminação

Diretor da Open Society, de George Soros, diz que liberação não incentiva maior consumo

Marina Rossi São Paulo 17 SEP 2015 – 11:40 BRT

O debate sobre a descriminalização das drogas no Brasil estacionou, temporariamente, no Supremo Tribunal Federal. Na semana passada, depois que os ministros Edson Fachin e Luiz Roberto Barroso defenderam a liberação da maconha para consumo próprio, o ministro Teori Zavaschi pediu vista no processo e a discussão foi suspensa. Mas apenas dentro do plenário do Supremo. Fora, os ativistas que apoiam uma política mais oxigenada sobre o assunto aproveitam o momento para defender suas posições. Pedro Abramovay, advogado e ex-secretário da Justiça do governo Lula, defende que o uso de drogas seja tratado como questão de saúde pública e não como crime. É essa posição que ele defende na América Latina, como diretor para a região da Open Society Foundations, do bilionário americano George Soros, que já entrou neste debate das drogas no Uruguai, por exemplo. Por telefone, ele falou com o EL PAÍS sobre o tema.

Pergunta. A sua posição é pela descriminalização de todas as drogas, como defende o ministro Gilmar Mendes, e não apenas da maconha, como defendem os ministros Edson Fachin e Luís Roberto Barroso. Por quê?

Resposta. Primeiro é importante diferenciar de maneira bem clara a descriminalização da regulamentação. A descriminalização olha para o usuário não como uma pessoa que deve passar por um sistema de justiça criminal, como acontece hoje, mas por um sistema de saúde. Esse é um conflito que se aplica ainda mais aos que usam drogas mais pesadas. Mas deveria ser o contrário: pelo fato dessas substâncias causarem mais danos às pessoas, é mais um motivo para ele precisar passar por um sistema de saúde. Em vez de um usuário de crack ser pego e levado pela polícia, ele deveria passar por um tratamento de saúde. Já a regulamentação, tanto da produção quanto do uso, é uma outra discussão, que entra, inclusive, na autorização do uso dessas substâncias.

P. Mas essa política de encaminhar alguém para o tratamento de saúde quando for pego também não fere os princípios da liberdade individual, que tem sido defendido pelos ministros do Supremo?

R. Sim. O ideal é que o indivíduo não seja obrigado a passar pelo sistema de saúde, mas que esse sistema esteja à disposição dele. A questão não é forçar todo mundo que usa droga a um tratamento, mas permitir que estejam à disposição profissionais e atendimento para quem queira se tratar.

P. Descriminalizar o uso da droga, mas não garantir o acesso a essa substância resolve a questão?

R. Não. Falando especificamente da maconha, estabelecer uma forma de produção [como defendeu o ministro Barroso no Supremo, na semana passada] é algo muito positivo. No caso das outras drogas, como o crack, o que se diz não é que você pode comprar crack, mas que a resposta que a lei tem que dar não pode ser penal. Se ela for pega, tem que passar por um sistema de saúde e não pela Justiça.

P. É correto misturar a maconha com outras drogas nesse debate, quando outras substâncias, como o crack e a cocaína, podem representar um risco maior para a saúde do usuário?

R. Para cada droga, a gente tem que ter uma resposta adequada. Mas tratar como crime só produz efeitos negativos para todo mundo. É preciso implementar políticas de redução de danos, quando isso é possível, e em outros casos, partir para a regulamentação. Todos os países que tiraram a questão da droga do âmbito penal tiveram mais êxito do que fracasso. Por isso acho que o patamar mínimo, quando falamos de drogas, é a descriminalização.

P. Esse debate não deveria então vir juntamente com algum programa de tratamento para viciados?

R. Temos que entender que não precisamos melhorar a saúde para depois descriminalizar. O fato de [fazer uso de drogas] ser crime é uma das principais barreiras para oferecer a saúde hoje. Um dos programas mais aclamados mundialmente é o Braços Abertos [desenvolvido pela Prefeitura de São Paulo para tratamento de usuários de crack], que não prega a abstinência. Para tratar uma pessoa que tem vício em crack, você precisa tratá-la no ambiente dela. Se você a tira de lá, realiza um tratamento e depois devolve para aquele mesmo contexto, ela vai voltar a usar a droga. Uma das maiores dificuldades do programa é o fato de o uso do crack ser crime. Inclusive um deputado chegou a pedir impeachment do Haddad por isso, alegando que ele estava sendo conivente com o crime.

P. Como a Justiça deveria diferenciar o traficante do usuário? É pela quantidade da droga que a pessoa está portando?

O patamar mínimo, quando falamos de drogas, é a descriminalização

R. Essa é uma questão fundamental. A aplicação da lei hoje é que quem é rico, é usuário, e quem é pobre, é traficante. Não tem critério. Independente de legalização ou não, é preciso ter um critério que não seja o endereço e a cor da pele da pessoa. E aí existem exemplos em diversos países. O México, por exemplo, estabeleceu uma quantidade [permitida] muito baixa, que não resolve essa questão. Por isso, o fundamental é fazer uma pesquisa, uma análise para saber o quanto um usuário consome por dia de consumo e estabelecer a quantidade permitida. E eu considero fundamental que o Supremo estabeleça isso. Mais ainda nesse caso, deveria valer para todas as drogas. Uma pessoa com 5 gramas de cocaína é considerada traficante porque ela mora na favela. Não se trata de dizer se uma droga é perigosa ou não.

P. Faz sentido liberar seis plantas e 25 gramas de maconha? Essa é uma média comum de consumo mundial? De onde vem esses números propostos pelo Barroso?

R. Não existe um padrão mundial. O certo seria fazer uma pesquisa, acompanhando um usuário de cada tipo de droga para saber o quanto ele consome e, a partir daí, estabelecer a quantidade permitida.

P. Descriminalizar o uso, permitindo portar alguns gramas da droga para consumo pessoal, resolve o problema da violência causada pelo tráfico?

R. Não resolve, mas interrompe esse processo perverso de prender pessoas que não têm a ver com a violência só porque são pobres. Porque quando elas saem da prisão, elas são membros de organizações criminosas porque é o que sobra para ela. O crescimento brutal da quantidade de presos é baseado nisso.

De todos os países que descriminalizaram as drogas, em nenhum deles aumentou o consumo

P. Quem é contra a descriminalização das drogas argumenta, entre outras coisas, que haverá uma explosão de usuários, se for liberada. Isso faz sentido?

R. É intuitivo isso. De todos os países que descriminalizaram as drogas, em nenhum deles aumentou o consumo. Existem estudos que concluem que não aumenta o consumo. Esse é um problema muito sério para a gente tratar com intuições. Se a gente entende que a descriminalização não aumenta o consumo, todos os outros argumentos contra a descriminalizado caem por terra.

P. Existe algum exemplo criado por algum país que o Brasil deveria seguir?

R. Existem vários exemplos, mas acho que o certo é menos importar um modelo completo e mais entender as vantagens e desvantagens dos outros modelos e implementar aqui o que funciona. Portugal é um ótimo exemplo, porque a descriminalização diminuiu a morte por overdose, não houve aumento no consumo, a polícia pôde se preparar melhor para lidar com o usuário. Os países que estão trabalhando com a maconha medicinal e os que liberaram o cultivo da maconha também têm exemplos positivos.

P. No Uruguai, o processo de legalização da maconha parece ter esfriado, desde que o presidente Tabaré Vázquez classificou como “absurda” a venda da droga nas farmácias, uma das medidas mais polêmicas anunciadas por seu antecessor, José Mujica, na época da legalização.

R. Não concordo com a avaliação de que a regulação da maconha tenha esfriado no Uruguai com Tabaré. Ele nomeou para a área de drogas Milton Romani, maior defensor da nova Lei dentro do governo uruguaio, e bem próximo a Mujica. Romani é também bastante responsável e está implementando a lei com o cuidado e a responsabilidade necessários. A partir do ano que vem haverá venda nas farmácias.

P. Algo deu errado no programa uruguaio? Quais pontos negativos poderiam servir de “não-exemplo” para o Brasil?

R. Ainda é difícil avaliar o processo, justamente porque ele ainda não foi totalmente implementado. Já há autocultivo e também os clubes, que funcionam como cooperativas de usuários. Mas a venda está sendo preparada com cuidado. A Open Society está financiando, atualmente três avaliações independentes do processo uruguaio, justamente para que possamos aprender com erros e acertos. Mas a principal virtude do processo uruguaio tem sido a responsabilidade de se evitar o açodamento. É fundamental fazer as coisas de forma cuidadosa e eles têm seguido este passo.

P. Quando o Uruguai anunciou a legalização da maconha, a expectativa era que a iniciativa do país influenciasse o debate nos países vizinhos. Como você avalia?

R. Desde que o Uruguai aprovou a lei, Chile, Colômbia, Equador e Jamaica avançaram muito no debate legislativo. A OEA aprovou uma resolução afirmando que as convenções de drogas devem se submeter às convenções de direitos humanos e a Unasul está articulando uma posição conjunta dos países da região para questionar, na ONU, as atuais convenções. Sem mencionar o debate que vemos no STF, no Brasil, onde o Uruguai tem sido referência. Então acho que podemos dizer que a influência do processo uruguaio sobre a região foi enorme.

P. Esse debate está maduro também nos Estados Unidos. O Brasil está ficando para trás?

R. O Brasil certamente está ficando para trás. Estamos à espera da decisão do STF, mas o fato é que hoje estamos apenas na companhia de Guiana e Suriname como países que ainda criminalizam o porte de drogas para consumo pessoal. Mesmo se vier a decisão positiva do Supremo, ainda estaremos atrás de vários países, como a Colômbia, que está avançando, por exemplo, no tema da maconha medicinal. Mas acho importante avançar. E ir medindo esses avanços aos poucos para criar nossos próprios caminhos.

P. Você acha que a descriminalização vai passar pelo STF?

R. Eu confio que o papel do Supremo não é o de jogar para a plateia. É de dizer se há direitos sendo violados, injustiças sendo cometidas. E não da pra dizer que a Constituição está sendo cumprida do ponto de vista da lei antidrogas. Por isso, acredito que o Supremo tem esse papel de fazer valer os direitos.

Usuários de drogas no Brasil: Abramovay: “Rico é tido como usuário de droga e o pobre como traficante” | Brasil | EL PAÍS Brasil

23/08/2015

MP/MG: uma mão lava a outra; duas, um aeroporto

aeciportonComo acreditar nas instituições quando a parcialidade é seu atributo mais constante. Até a Folha, um aparelho tucano por excelência, acusou em editorial os pesos e medidas que favorecem a imunidade do PSDB para achacar o Estado. Não é sem motivo que o PSDB esteja, desde sempre, ao lado de achacadores. Eduardo CUnha é apenas o caso mais recente.

A toda evidência, há nos MP estaduais e até no MPF, vide Rodrigo de Grandis, um modus operandi no sentido de lavar o PSDB, do mesmo modo que a Suíça lava mais banco. Geraldo Brindeiro, para os mais novos, ficou conhecido com Engavetador Geral simplesmente porque protegia toda corrupção tucana. Numa democracia, a maior corrupção é mudar regras durante o jogo. FHC comprou a reeleição pagando 200 mil por voto. Está documentado e confessado pelos que venderam o voto.  É também por isso que o deputado gaúcho, Jorge Pozzobom, do PSDB, sente-se tão à vontade para proferir uma sentença que já fazia parte dos anais da hipocrisia: o PSDB, ao contrário do PT, tem salvo conduto.

Não há, nas acusações do PSDB contra Dilma, nenhum elemento probatório. Pelo contrário, o próprio FHC deu entrevista à revista alemã dizendo que Dilma é honrada. Se em relação à Dilma os mais diversos atores políticos e sociais são unânimes em dizerem que não há nada de pessoal que a desabone, porque esta desvairada cavalgada em busca de emporcalhar a democracia?! Só há uma explicação. Os podres do Aécio Neves, pelo pouco que a velha midia deixa publicar, são tantos que ele deve estar atirando para se defender.

Construir, com dinheiro público, aeroporto em terras de familiares é menos dos seus problemas. Os maiores não aparecem porque há uma lei em vigor e sempre respeitada pelos assoCIAdos do Instituto Millenium: Lei Rubens Ricúpero. Ela só infringida quando o PSDB entra em disputa para escolher quem vai representá-los. Ou ninguém lembra daquele famoso artigo do Mauro Chaves no Estadão, que o Juca Kfouri disse em outras  palavras e a Revista norte-american, TMZ, também reverberou. No Estadão o então articulista ligado a José Serra publicou: “Pó pará, governador”. Aécio vestiu a carapuça e fez O Estado de Minas revidar: “Minas a reboque, não”. Esse partido com esta gente quer dar o golpe na Dilma. E para isso contam com a parte podre das instituições públicas que estão em compadrio com o velho coronelismo eletrônico.

Aeródromo: repórter acusa tucano de omissão para defender Aécio

Agências Câmara e Senado:

Jornalista Lucas Ferraz mantém todas as denúncias contra o aeroporto construído em terras de familiares do então governador de Minas Aécio Neves, no município de Cláudio, e afirma que o deputado federal Domingos Savio (PSDB-MG), ao "defender o aliado, omite e falseia deliberadamente informações que foram publicadas" na Folha de S. Paulo sobre o tema; repórter ressalta que "o arquivamento do caso não apaga os fatos levantados e comprovados em uma investigação jornalística legítima e autônoma"

23 de Agosto de 2015 às 09:03

Minas 247 – O arquivamento da investigação, pelo Ministério Público de Minas Gerais, sobre a construção de um aeroporto em terras de familiares do ex-governador e atual senador Aécio Neves (PSDB-MG), no município de Cláudio, "não apaga os fatos levantados e comprovados em uma investigação jornalística legítima e autônoma", escreve o repórter Lucas Ferraz na Folha de S. Paulo.

Ele foi o autor de reportagens sobre o caso e acusa, em artigo neste domingo 22, o deputado federal Domingos Savio (PSDB-MG) de "omitir e falsear deliberadamente informações que foram publicadas" para defender o aliado Aécio Neves em texto veiculado no mesmo jornal há uma semana, quando o tucano cobrou reparo ao senador, que segundo ele, teria sido injustiçado por uma "falsa acusação". Ele classifica a reportagem como "ficção".

"Ao defender o aliado, o presidente do PSDB de Minas omite e falseia deliberadamente informações que foram publicadas nesta Folha. Logo ele, cuja atuação parlamentar se entrelaça com a história do aeródromo: o deputado batizou o local, por meio de lei aprovada no Legislativo mineiro, com o nome do finado Oswaldo Tolentino, um dos tios-avôs de Aécio e irmão de Múcio, o proprietário do terreno desapropriado para o aeroporto", escreve Lucas.

"O arquivamento do caso, que em si nada significa, não apaga os fatos levantados e comprovados em uma investigação jornalística legítima e autônoma. O engraçado é que a segunda investigação da Promotoria mineira, instaurada após a revelação da Folha, ignorou todos os elementos expostos na reportagem. Talvez os promotores tenham alguma explicação", acrescenta o jornalista.

Leia aqui a íntegra.

Aeródromo: repórter acusa tucano de omissão para defender Aécio | Brasil 24/7

28/07/2015

Onde o PSDB se elege, o PCC governa

póVeja só que coincidência. Ontem a Folha de São Paulo publicou entrevista com Alexandre de Moraes, Secretário de Segurança Pública de São Paulo (veja texto completo logo abaixo). Nela o estafeta do Geraldo Alckmin manifestava interesse do seu chefe de retirar das rodovias federais paulistas a Polícia Rodoviária Federal.  No mesmo dia, o Estadão publicava que o PSDB havia feito um acordo Marcola. O líder do PCC conseguira do Geraldo Alckmin o que os professores nunca conseguiram: uma audiência para ouvir as reinvindicações.

Hoje há desdobramento nas informações que talvez expliquem uma coincidência que ronda o PSDB de Marcola, Geraldo Alckmin, Aécio Neves, José Serra. É a matéria do Estadão logo a seguir. Nela está dito que a Polícia Rodoviária Federal, que o PSDB quer ver longe das estradas onde governa, apreendeu 62 quilos de pasta de cocaína.

E, de repente, como num joguinho de ligar pontos, como aquela notícia de Minas Gerais havia se tornado, nos governos do PSDB, centro de distribuição de drogas para o nordeste, como publicou a ADPF. Os aeroportos clandestinos, construídos com dinheiro público mas em terras de parentes, como fez Aécio Neves em Montezuma e Cláudio, cidades do interior de MG, ajudam a explicar o fenômeno que fez virar pó um helipóptero com 450 kg de cocaína.

Quando ainda nas prévias para definir quem seria o candidato do PSDB, Aécio ou José Serra, o Mauro Chaves publicou o antológico artigo “Pó pará, governador”, e o Estado de Minas, caudatário da família Neves, respondeu com “Minas a reboque, não”, já se tinham uma ideia que rolava nos bastidores das convenções do PSDB. As notícias de agora, fresquinhas de ontem e hoje, reproduzidas abaixo, dão a entender que o segmento que o PSDB postula para o desenvolvimento do Brasil, além do PCC, se depender da PRF, pode virar pó. 

Com a distribuição de milhares de assinaturas de Veja, Folha, Estadão e o pagamento de R$ 70 mil reais para um idiota criminalizar o PT, Lula e Dilma, se explica o surgimento de Kataguiris e do MBL. E de midiotas, os idiotas amestrados pela mída. Veja que nesta horas publica-se o milagre mas não entregam o santo. Como já disse o Jorge Pozzobom, o PSDB tem imunidade e só os idiotas não percebem.

Deve ser só coincidência…

PRF apreende 62 quilos de pasta de cocaína na Régis Bittencourt

O ESTADO DE S. PAULO + 28 Julho 2015 | 18h 11

Droga, que era transportada em um fundo falso no porta-malas de um carro, é avaliada em R$ 12,5 milhões

A Polícia Rodoviária Federal apreendeu mais de 62 quilos de pasta base de cocaína, na altura do quilômetro 439 da Rodovia Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Paraná, nesta terça-feira, 28. Segundo a PRF, a droga está avaliada em aproximadamente R$ 12,5 milhões. A cocaína era transportada em um fundo falso no porta-malas de um carro. Esta foi a maior apreensão de cocaína feita no ano na Régis Bittencourt.

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Um jovem, de 25 anos, conduzia o veículo, acompanhado de uma vendedora, de 21 anos. O casal, morador de Cascavel, no Paraná, foi preso em flagrante. De acordo com a PRF, os dois estavam nervosos durante a entrevista inicial. Após buscas ao veículo, os policiais perceberam que o porta-malas tinha um fundo falso.

Policiais encontraram a droga em fundo falso no porta-malas 

Policiais encontraram a droga em fundo falso no porta-malas

Segundo o motorista, a droga seria levada de Foz do Iguaçú para São Paulo, onde seria refinada e transformada em pelo menos 625 quilos de cocaína. Pelo transporte, o casal ganharia R$ 5 mil. Se condenados, os jovens podem ficar presos de 5 a 15 anos pelo crime de tráfico de drogas e de 3 a 10 anos por associação para o tráfico.

Neste ano, a PRF no Estado de São Paulo apreendeu 8,7 toneladas de drogas. Só na Rodovia Régis Bittencourt, foram mais de 7 toneladas. A droga mais aprendida nas rodovias de São Paulo foi a maconha. A PRF confiscou 8,5 toneladas da droga. 133,7 quilos de cocaína foram retidos.

Governo de SP não quer agente federal em estradas no Estado, diz secretário

REYNALDO TUROLLO JR.
GUSTAVO URIBE
DE SÃO PAULO – 27/07/2015 02h00

Ouvir o texto

Secretário da Segurança Pública de São Paulo, o advogado Alexandre de Moraes (PMDB) assumiu a pasta em janeiro, em meio a uma escalada de roubos que já durava 19 meses, um aumento das mortes causadas por policiais e um crescimento dos casos de roubo de carga.

Para melhorar as estatísticas oficiais, que desde então passaram a registrar queda nos principais crimes, ele diz ter feito mudanças no policiamento, como melhoria na mobilidade dos policiais e investimento em ações de inteligência.

Em junho, no acumulado dos 12 meses anteriores, os homicídios no Estado chegaram à menor taxa da série histórica –9,38 casos por 100 mil habitantes. Agora, para dar um "salto" de qualidade na segurança, Moraes quer retirar a Polícia Rodoviária Federal das rodovias federais que cruzam o território paulista, para assumir o policiamento na Dutra e na Régis Bittencourt.

Luiz Carlos Murauskas – 20.jun.2014/Folhapress

Secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, diz que governo paulista não quer agentes federais em estradas no Estado

Secretário Alexandre de Moraes diz que SP quer agentes federais fora de estradas no Estado

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Folha – O número de homicídios tem se mantido estável no Estado. Isso é fruto de quê?
Alexandre de Moraes – O Estado terminou 2014 com 10,06 homicídios por 100 mil habitantes. É o único Estado do país que conseguiu chegar a dez, que é o tolerável pela ONU. São Paulo saiu, em 1999, de 36 homicídios por 100 mil habitantes e chega agora a quase um quarto do que era [9,38 em junho]. Isso se deve ao mapeamento de locais onde há mais incidência [de mortes] e ao combate ao tráfico de drogas, que é um diferencial na minha gestão, já que um dos fatores do homicídio é o tráfico. Um ataque mais forte ao tráfico evita o homicídio da briga entre quadrilhas. O fator mais difícil de combater é o passional, o crime dentro de casa.

Não há também o fator de que, hoje, quase todo o tráfico em São Paulo está na mão de uma única facção, o PCC? Isso acaba diminuindo a disputa.
Não existe essa hegemonia. O PCC, assim como outras organizações criminosas, não domina nenhum crime. Basta ver que, em alguns locais onde o policiamento não depende só de São Paulo, como no Deinter-1 [São José dos Campos], o homicídio é um pouco mais elevado que no resto do Estado. Por causa, principalmente, da briga entre Rio e São Paulo. E a Dutra não é nosso policiamento.

Eu já falei ao ministro [da Justiça] José Eduardo [Cardozo], e vou reiterar em agosto, que quero assinar um convênio para que São Paulo fique responsável pelas rodovias que hoje não são de nossa responsabilidade: Dutra e Régis Bittencourt, principalmente, para que a gente possa fazer o policiamento com a Polícia Militar Rodoviária. Aí nós vamos dar outro salto.

A ideia é cooperar com a Polícia Rodoviária Federal [responsável por essas rodovias]?
Não. A ideia é assumir [o policiamento]. Obviamente, estou pedindo contrapartida em tecnologia, mas a gente assume [as estradas federais]. Agradece à Polícia Rodoviária Federal, mas permite até que ela possa ir para as outras rodovias federais. Aqui em São Paulo, o efetivo da PRF é baixo, porque ela tem que pegar outros Estados.

Qual a razão dessa medida?
Em função do tráfico de drogas, porque a droga não é produzida em SP, e do tráfico de armas, porque os fuzis não são fabricados em SP. E também do roubo a carga, porque onde há mais roubo a carga em SP é na Régis Bittencourt.

O sr. avalia que o policiamento federal não é eficiente?
Eu não diria que o policiamento federal não é eficiente. Eu diria que, se pudermos também pegar isso, é mais fácil o nosso planejamento. Eu pedi [ao ministro] em maio e agora quero ver se, em agosto, a gente fecha isso já.

O senhor assumiu em um contexto de alta de roubos. Que ações adotou para reverter isso? O policiamento mudou?
Antes, vou fazer um introito do que seriam os pilares da minha política. O primeiro, que venho insistindo bastante, são as alterações legislativas. Fui com o governador [Geraldo Alckmin] a Brasília e levamos duas propostas de delegação legislativa que vão ser uma revolução.

Eu pedi duas delegações [para SP]: uma para [criar regras estaduais para] toda investigação pré-processual, procedimento de inquérito e cautelares para crime organizado, e outra para execução penal, para poder criar nosso regime de execução da pena, disciplina, remissão e aproveitar o trabalho do preso.

O segundo pilar é a cooperação com o Ministério Público e o Poder Judiciário. E o terceiro ponto é uma coordenação maior entre as polícias.

Em relação a roubos, nos cinco primeiros meses deste ano, conseguimos a queda de quase 6%. Verifiquei que havia pontos com mais policiais, como Moema [área nobre da zona sul], e pontos com menos, como Capão Redondo [periferia da zona sul], e fiz uma reformulação. Anos atrás, o crime contra o patrimônio era no centro expandido. Com o aumento da classe média e do consumo, isso se expandiu. Outra medida importante foi dar mais mobilidade à polícia. Tiramos, por exemplo, uma base fixa [da PM] que tinha na frente do jóquei e passamos a utilizar aqueles policiais rodando.

Há relatos de vítimas que não estão conseguindo registrar roubo de celular sem fornecer o IMEI [um número exclusivo de cada aparelho]. Isso não tem ajudado as estatísticas?
Isso não corresponde à verdade. Uma coisa é a delegacia eletrônica [pela internet], que, desde que surgiu, em 2013, exige o IMEI, até para evitar que alguém infle os dados erroneamente. Nas delegacias, a pessoa registra qualquer roubo ou furto sem necessidade de dar nada. Tanto é que, no semestre, furto e roubo de celular aumentaram 3,2%, apesar de roubo e furto [em geral] terem caído.

Falamos da queda dos roubos em geral, mas os roubos de carga cresceram.
Temos dois tipos de roubo de carga: o oportunista, que ocorre muito na capital durante carga e descarga, e o de quadrilhas especializadas, geralmente de eletroeletrônicos e remédios. Temos que fazer dois tipos de combate. No oportunista, intensificar o policiamento nas regiões com maior incidência. Em maio, no Estado, diminuímos o roubo a carga em quase 9%. Já para combater as grandes quadrilhas, precisamos de informação do setor [de transportes]. O que ocorre é que não há nenhum grande roubo de carga que não tenha gente infiltrada, seja da própria empresa que transporta, seja do depósito. Sempre tem pessoa de dentro.

No primeiro trimestre, as mortes por PMs subiram 18% em relação a 2014, indo de 157 para 185. Combatê-las é prioridade?
Temos que verificar por que estão ocorrendo. Tem casos que são inevitáveis. É uma realidade [os criminosos irem para o confronto].

Mas não é curioso o número de policiais mortos, nesse período, só ter ido de 3 para 4?
O número de PMs mortos subiu de 3 para 4, mas o número de feridos aumentou [segundo as estatísticas, porém, o número de PMs feridos em serviço caiu de 70, no primeiro trimestre de 2014, para 43 em 2015]. O que eu fiz? Editei uma resolução determinando, entre outras coisas, aviso imediato ao Ministério Público quando houver morte de policial ou causada por policial. Da parte do gabinete, não vai ter condescendência com nenhum exagero.

Quando o Detecta [programa de inteligência policial] sairá da fase de testes?
Pretendo, depois dos testes, fazer uma apresentação ao governador e, neste semestre, vamos ter o Detecta.

O sr. consultou o governador sobre a possibilidade de se filiar ao PSDB?
Não consultei ninguém, eu fui consultado pelo presidente estadual do PSDB, Pedro Tobias. Assumi a secretaria estadual, que é técnica, e minha preocupação é tocá-la.

Mas o sr. não descarta a possibilidade de ir para o PSDB?
O futuro a Deus pertence.

Como constitucionalista, o sr. considera que há espaço para discutir o impeachment da presidente Dilma Rousseff?
Hoje é um absurdo discutir o afastamento dela, que não está sendo investigada. Assim como falar no afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha [PMDB], é outro absurdo. Se o Ministério Público oferecer denúncia e o Supremo Tribunal Federal aceitar, aí a Corte vai decidir.

RAIO-X: ALEXANDRE DE MORAES, 46

Formação Graduou-se em Direito na USP em 1990

Especialidade Direito de Estado, tendo publicado livros sobre o tema

Cargo É secretário da Segurança Pública de São Paulo desde janeiro de 2015. Já foi secretário municipal de Transportes e promotor de Justiça, entre outros cargos

13/06/2015

Romário calado é um poeta

Filed under: Aécio Neves,HeliPÓptero,Igor Romário de Paula,Lula,Narcotráfico,Romário — Gilmar Crestani @ 9:26 am
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Se um delegado pode, por conjectura, levantar suspeitas sobre Lula simplesmente porque recebeu dinheiro da Odebrecht, também se pode levantar suspeitas a respeito das suas manifestações de apoio ao então candidato Aécio Neves. Até porque se houvesse um mínimo de decência na acusação, também deveria guardar um mínimo de simetria em relação a FHC, que também recebeu dinheiro para seu Instituto, com o agravante de que fez isso durante seu governo e dentro do Palácio do Planalto.

O que o levou a se perfilar ao lado do personagem imortalizado por Mauro Chaves no antológico artigo no Estadão: “Pó pará, governador”?! Seria em virtude das construções de aeroportos particulares nas cidades de Cláudio e Montezuma? Ou seriam em virtude da carteira de policial que um dia Aécio conseguiu de maneira pouco ortodoxa? Ou seria porque, como denunciou a ADPF, Minas Gerais havia virado centro de distribuição de drogas para o Nordeste? Nem quero pensar que seja pelas acusações que fazem a respeito do consumo de drogas, embora isso ajudaria a explicar o destino das investigações do helipóptero com 450 kg de cocaína.

O ódio que se resolve em perseguição a Lula diz mais a respeito de quem odeia do quem sobre o odiado, ainda mais quando se coteja a relevância de cada um no fortalecimento das instituições e do respeito pelo Brasil, aqui e no exterior.

Está ficando chato ver a forma desabrida com que agentes públicos se utilizam das instituições para proselitismo político. É claro que os exemplos vem de cima. A começar por Gilmar Mendes e Joaquim Barbosa. Pelo menos nisso guarda-se uma certa coerência. Até hoje todas as denúncias contra estas duas figuras patéticas nunca forma levadas adiante. O jagunço de Diamantino e o sócio majoritário da Assas JB Corp têm imunidade para porque quem deveria investiga-los usa do tempo para se fazerem da capachos. Ultimamente, tudo o que não presta tem saído do Paraná. Seria uma forma de diversionismo para esconder Beto Richa e seus primos?!

Parodiando o grande Romário, que disse que Pelé calado é um poeta, Romário, o anão moral, também, calado, é um poeta.

Delegado anti-Lula fez campanha para Aécio

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"A imprensa se posicionar contra Lula, Dilma e o PT é um fato da democracia. São empresas privadas e podem ter a posição política que quiserem. Contudo, esse consórcio antipetista é integrado por membros do Ministério Público e da Polícia Federal. Uma dessas autoridades partidarizadas é o delegado Igor Romário de Paula, que acaba de anunciar que ‘muito provavelmente’ as doações da Camargo Correa ao Instituto Lula serão objeto de uma nova investigação da Polícia Federal", escreve Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania; "Romário de Paula é um dos delegados da Operação Lava Jato citado em matéria do jornal o Estado de São Paulo de 13 de novembro de 2014 que revelou que ‘Delegados da Lava Jato’ exaltaram o candidato Aécio Neves e atacaram o PT durante a última campanha eleitoral para presidente da República"

13 de Junho de 2015 às 07:42

Por Eduardo Guimarães, do Blog da Cidadania

No momento em que a mídia antipetista promove forte ofensiva contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com base em criminalização de doações da empresa Camargo Correa ao instituto criado por ele em 2011, descobre-se que um dos braços desse aparato difamatório, a revista Época, tratou de simplesmente retirar da internet matéria que mostra que tal empresa também doou recursos para criação do Instituto Fernando Henrique Cardoso.

A matéria que a Época retirou da internet foi publicada em 2003 e mostrou que a Camargo Correa participou de uma “vaquinha” feita por empreiteiras e bancos para doar 7 milhões de reais para a criação do IFHC.

O título da matéria que a revista das organizações Globo suprimiu é “FHC passa o chapéu”. Ao fazer uma busca dessa matéria no Google, por exemplo, aparece o link .

Contudo, a revista Época se esqueceu de que existem ferramentas para localizar o cache de memória de qualquer coisa que se publique na internet. Veja como é simples, leitor:

Este é o cache do Google de http://revistaepoca.globo.com/Epoca/0,6993,EPT435542-1659,00.html Ele é um instantâneo da página com a aparência que ela tinha em 27 maio 2015 00:13:25 GMT. A página atual pode ter sido alterada nesse meio tempo. Saiba mais

É escandalosamente evidente o que está acontecendo no Brasil. Só não vê quem não quer. Está em curso ofensiva de um consórcio formado por partidos políticos, empresas de mídia e setores da Polícia Federal e do Ministério Público com vistas a impedir que Lula dispute as eleições presidenciais de 2018.

Apesar de a mídia antipetista e partidos de oposição como o PSDB viverem alardeando que Lula e o PT estariam “liquidados”, sabem muito bem que, no imaginário popular, o ex-presidente se eternizou como aquele que iniciou um período de forte redução da desigualdade e de ascensão social e econômica dos setores mais pobres e injustiçados da sociedade.

Na tarde de sexta-feira, 12 de junho, o Instituto Lula divulgou release para sua lista de contatos informando de que neste sábado a revista Veja dará sua contribuição difamatória ao consórcio antipetista. Antes de prosseguir, vale ler a nota do Instituto.

NOTA À IMPRENSA

Resposta pública do Instituto Lula à revista Veja

São Paulo, 12 de junho de 2015,

O Instituto Lula foi procurado hoje (12/06) pela reportagem da revista Veja, a propósito de contribuições de empresas para o Instituto e das palestras realizadas pelo ex-presidente. Além de enviar e-mail com perguntas à assessoria de imprensa, a reportagem falou por telefone com o presidente do Instituto, Paulo Okamotto. A abordagem da revista revelou claro intuito de colocar as atividades do ex-presidente, legais e legítimas, em mais um dos enredos fantasiosos, mistificadores e caluniosos que têm caracterizado aquela publicação.

A revista Veja tem um histórico de capas e reportagens mentirosas sobre o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores. Já estampou fraudes notórias sobre contas inexistentes em paraísos fiscais, falsas remessas de dinheiro do exterior, calúnias sobre relações com guerrilhas estrangeiras e com o narcotráfico. Por estas e outras mentiras, Veja foi condenada duas vezes pelo Tribunal Superior Eleitoral a publicar direitos de resposta do PT, em 2010 e 2014. Mesmo punida pela Justiça, a revista mantém o padrão de mentir, distorcer e caluniar.

Diante dos péssimos antecedentes da revista, de seu evidente descompromisso com a verdade e com os fatos e da sórdida campanha de difamação que move contra Lula e o PT, a assessoria do Instituto Lula esclarece publicamente:

1) O Instituto Lula foi criado pelo ex-presidente em 2011, depois que ele deixou o governo, para trabalhar pela erradicação da fome no mundo, aprofundar a cooperação com os países africanos e promover a integração latino-americana, entre outros objetivos.

2) Como tantas instituições ligadas a ex-chefes de governo – tanto no Brasil como nos demais países do mundo – o Instituto Lula recebe contribuições de empresas privadas para manter suas atividades. Tais contribuições são registradas e declaradas ao Fisco.

3) Diferentemente de outras instituições ligadas a ex-presidentes brasileiros, o Instituto Lula não recebe contribuições de empresas públicas, estatais ou de governos nem oferece deduções fiscais sobre as contribuições que recebe, seja por meio da Lei Rouanet, seja por outros mecanismos governamentais de incentivo a patrocínios. Não há dinheiro público, nem direta nem indiretamente, no Instituto Lula.

4) Para exercer o legítimo direito de trabalhar, o ex-presidente criou a empresa LILS Palestras e Eventos, por meio da qual são contratadas palestras e conferências para empresas e entidades privadas no Brasil e no exterior.

5) Essa é uma atividade exercida legalmente por ex-chefes de governo, no Brasil e em todo mundo, bem como por pessoas de grande projeção pública, como jornalistas, artistas, cientistas, desportistas etc.

6) Lula não cobra nada para fazer palestras para entidades sindicais, movimentos sociais, ONGs, governos, partidos políticos e grupos da sociedade civil.

7) Os contratos da LILS são registrados regularmente e declarados ao Fisco. Não existe relação financeira entre a empresa e o Instituto Lula. São atividades distintas, com contabilidades, fontes de receita e despesas também distintas.

8) Nem o Instituto Lula nem a LILS prestam qualquer tipo de consultoria, assessoria, intermediação de contatos etc. Nem o Instituto Lula nem a LILS fazem negócios.

9) Tanto a criação do Instituto Lula e sua forma de manutenção como a criação da empresa LILS são fatos públicos, divulgados pela imprensa e objeto de ampla reportagem, por exemplo, na edição de 3 de abril de 2011 do jornal O Globo.

10) Também foram divulgadas pela imprensa, há mais de dois anos, em reportagem da Folha de S. Paulo, as contribuições da empresa Camargo Corrêa e outras para o Instituto Lula e a contratação de palestras. Não há novidade no recente noticiário a respeito desse fato já conhecido.

11) As contribuições recebidas pelo Instituto Lula e as palestras contratadas por meio da LILS não têm relação com contratos da Petrobras, feitos pela Camargo Corrêa ou por qualquer outra empresa.

12) Os compromissos públicos e a intensa agenda internacional do ex-presidente são divulgados pela assessoria de imprensa e pelo site institutolula.org. Não procedem as  alegações, feitas por alguns jornalistas, de falta de transparência. A imprensa brasileira ignora sistematicamente a agenda de Lula, especialmente quando se trata de homenagens prestadas a ele ao redor do mundo e de participações nos mais importantes fóruns internacionais de debates, sempre em defesa do Brasil.

13) O Instituto Lula sempre esteve à disposição das autoridades para prestar informações pertinentes a suas atividades – tanto ao Ministério Público como ao Poder Judiciário ou ao Congresso Nacional.

14) Qualquer tentativa, por parte da revista Veja ou de outros veículos, de associar o Instituto Lula e a LILS a atos ilícitos ou suspeitos com base nestas informações, estará incursa na legislação que protege a honra e a imagem das pessoas e instituições.

15) Estamos assistindo ao início de uma ofensiva midiática contra a imagem e a honra do ex-presidente Lula, com evidente motivação político-partidária. Como tem se tornado comum, infelizmente, em nosso País, tal ofensiva não poupará pessoas e instituições de reconhecida probidade e seriedade, no intuito de desmoralizar e até criminalizar as atividades do mais importante líder popular do Brasil. A revista Veja é um dos instrumentos dessa ofensiva.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula

A teoria das matérias de Globos, Folhas, Vejas e Estadões sobre o assunto não resiste a poucos segundos de reflexão. Se houvesse qualquer ilegalidade nas doações a FHC ou a Lula, é óbvio que essas doações não seriam feitas às claras. Alguns milhões de reais poderiam ser facilmente repassados fora do Brasil.

Tampouco se pode acreditar que um presidente que fortaleceu tanto e deu tanta independência à Polícia Federal e ao Ministério Público pretendia cometer ilegalidades. Se tivesse tais intenções, teria mantido o que herdou de FHC, ou seja, uma Procuradoria Geral da República e uma Polícia Federal que jamais incomodaram o governo de plantão.

A imprensa se posicionar contra Lula, Dilma e o PT é um fato da democracia. São empresas privadas e podem ter a posição política que quiserem. Contudo, esse consórcio antipetista é integrado por membros do Ministério Público e da Polícia Federal.

Uma dessas autoridades partidarizadas é o delegado Igor Romário de Paula, que acaba de anunciar que "muito provavelmente" as doações da Camargo Correa ao Instituto Lula serão objeto de uma nova investigação da Polícia Federal.

Romário de Paula é um dos delegados da Operação Lava Jato citado em matéria do jornal o Estado de São Paulo de 13 de novembro de 2014 que revelou que “Delegados da Lava Jato” exaltaram o candidato Aécio Neves e atacaram o PT durante a última campanha eleitoral para presidente da República.

O que se deduz de tudo isso é que há no Brasil um conluio ilegal e inconstitucional que está destruindo a democracia brasileira, pois o poder de Estado, o poder econômico e grupos políticos tratam de forjar escândalo contra um ex-presidente da República considerado pela maioria do povo brasileiro como o melhor mandatário que o país já teve.

A vitória dessa trama diabólica representa a virtual destruição da democracia brasileira. A partir do uso desses métodos, só terá condições de chegar ao poder e governar o país o grupo político que cair nas graças de grupos de mídia que estão por trás de todo esse processo. Está se desenhando, no Brasil, a primeira ditadura midiática da história.

Delegado anti-Lula fez campanha para Aécio | Brasil 24/7

13/05/2015

Se o Brasil adotasse medida venezuelana, ex-candidato a presidente não poderia sair do Brasil

Filed under: HeliPÓptero,hiPÓcrita,Narcotráfico,Venezuela — Gilmar Crestani @ 7:56 am
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Aécio acoca_nNa luta contra a Venezuela, finanCIAda pelos EUA e com apoio pelos donos de jornal, qualquer pum é notícia. Todos estão unidos novamente contra a Venezuela porque um desertor disse que o presidente do Legislativo estaria envolvido com o tráfico. Pronto. O mundo caiu.

Lá como cá, vide Alberto Youssef, bandido vira fonte digna, para caluniar sem provas. Contrario senso, aqui como lá, quando as provas abundam, a justiça, como diria o Jorge Pozzobom e a própria Folha em editorial, passa a mão na bunda dos envolvidos. Imagine um helipóptero com 450 kg de cocaína sumindo como pó ao vento. Sim, no Brasil acontece. Aqui, na disputa pela indicação do partido para candidato a Presidente, José Serra fez Mauro Chaves publicar o antológico artigo: “Pó pará, governador”! Na época não houve celeuma na mídia entorno das drogas porque uma regras do jornalismo é o inusitado, não o corriqueiro. Mas se acontece com os inimigos, lá vem a velha Lei Rubens Ricúpero!

Acontecia também na Venezuela antes de Hugo Chávez. O que importa não é o pó nem sua quantidade, mas quem PÓde e quem não PÓde mexer com produto consumido por 9 em cada dez diretores de jornal. Ou será mero acaso que o jornal só informe funcionário do grupo somente após ele alegar que “está limpo”, e não enquanto ele está consumindo?!

A Folha assim como os demais a$$oCIAdos do Instituto Millenium fazem às vezes de filiais da CIA no serviço sujo contra a Venezuela.

A Rede onde trabalha William Waack vendeu uma informação repassada “gratuitamente” pela CIA de que uma das esposas de Bin Laden o teria entregue aos EUA. Veja aqui!

A história de agora e sempre na Venezuela funciona da mesma forma. Quando do assassinato do ex-parceiro dos EUA no Afeganistão na luta contra a Rússia, Bin Laden, a Rede Globo, para dizer que ele era um covarde, chegou a fazer uma encenação colocando Bin Laden atirando contra seus assassinos usando uma mulher como escudo. Nesta semana saiu a verdade. A CIA pago 25 milhões de dólares para o serviço secreto do Paquistão entregar Bin Laden.

Agora estou esperando uma nova encenação da Globo mostrando uma montanha de dólares encima de uma mesa…

A verdade, tão simples quanto verdadeira, é que Venezuela e Brasil têm petróleo mais a mão que não Ártico!

Venezuela proíbe saída do país de diretores de jornais

Veículos são punidos por repercutir texto que liga presidente do Legislativo ao tráfico

SAMY ADGHIRNIDE CARACAS

A Justiça da Venezuela proibiu nesta terça (12) 22 diretores de sites e jornais de oposição de sair do país, por terem repercutido relatos de supostos vínculos do presidente do Legislativo, Diosdado Cabello, com o tráfico.

A notícia foi divulgada no site dos jornais "El Nacional" e "Tal Cual", cujos executivos foram visados pela medida.

Uma fonte do "Tal Cual" disse à Folha que um dos diretores, Manuel Puyana, já foi notificado da proibição de sair do país e da obrigação de se apresentar toda semanal ao tribunal. Outro diretor do jornal está nos EUA e, diante da decisão, não retornará.

O vice-presidente editorial do "El Nacional", Argenis Martinez, disse que ainda não recebeu notificação. "Eles [membros do governo] são tão sem-vergonha que já tinham a proibição de sair do país pronta antes mesmo de começar o julgamento", diz.

O caso começou em janeiro, quando as publicações, assim como boa parte da mídia mundial, repercutiram reportagem do jornal espanhol "ABC" apontando suposto vínculo de Cabello com o tráfico internacional de cocaína.

A fonte da reportagem era o militar desertor Leamsy Salazar, ex-chefe de segurança de Cabello. Segundo Salazar, hoje protegido pelos EUA, o político comanda um cartel que opera a partir das Forças Armadas da Venezuela.

Analistas questionam a existência desse tipo de cartel, mas ressaltam que a Venezuela não teria se tornado a plataforma de narcotráfico que é hoje sem envolvimento ou conivência de autoridades.

Cabello negou as acusações e prometeu processar os responsáveis por repercutir a notícia. Também exigiu abertamente que eles fossem proibidos de deixar o país.

20/04/2015

Em Minas, as hélices giram e helicópteros viram pó

Filed under: Aécio Neves,Helicóptero,HeliPÓptero,Jorge Pozzobom,PSDB — Gilmar Crestani @ 9:42 am
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Como revelou o correligionário, Jorge Pozzobom, o PSDB em geral, e Aécio Neves, em particular, têm licença judiciária para se locupletarem. Eles PÓdem tudo. Com eles tudo PÓde!

Fixação por helicópteros. Usando aeronave do governo de MG para escapar de engarrafamentos

Aeciofixacao

Tudo dentro da normalidade ???

No site da revista Época:

Aécio Neves voou em helicópteros do governo de Minas Gerais por cinco vezes para se deslocar em Belo Horizonte e pegou carona num avião – também do governo – para viajar da capital mineira até Brasília.

Os passeios começaram logo após Aécio deixar o governo de Minas e se estenderam até 2012. Aécio diz que está tudo dentro da normalidade. Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele

Fixação por helicópteros. Usando aeronave do governo de MG para escapar de engarrafamentos | BRASIL29 noti­cias / Poços10

15/04/2015

Jornal alinhado com PSDB publica opinião do Aécio sobre impeachment

arvoreSeria engraçado, não fosse trágico. O ciúme bateu forte na Folha. Para fazer o contrapeso da entrevista da Presidenta eleita, Dilma Roussef, a Folha faz uma entrevista mediúnica com o derrotado, Aécio Neves. Ao final do texto, a confissão que prescinde de Freud para explicar o leit motiv da Folha: “Em entrevista a blogueiros alinhados com o governo, Dilma disse nesta terça que o país saiu da eleição presidencial "com muita gente no terceiro turno", mas afirmou que o cenário deve melhorar.”

Por que será que, mesmo admitido pela Judith Brito, a Folha nunca diz que a Folha é alinhada com o PSDB, a ponto de esconder a greve dos professores em São Paulo. É o mesmo comportamento em relação à greve dos servidores públicos que paralisa o Paraná, coincidentemente também governado por um peessedebista, Beto Richa.

Folha deveria se perguntar porque o PCC é maior obra de mais de 20 anos de desgoverno do PSDB em São Paulo.

A Folha também poderia tentar explicar como o Estado que está em crise d’água consegue ter também uma epidemia de dengue! A mídia esconde, mas a exclusão do jogador do Corinthians, Guerrero, nocauteado pela dengue, escancara.

A Folha deveria admitir que está patrocinando movimentos golpistas da mesma forma que emprestava peruas para transportar vítimas da ditadura para serem enterrados em valas comuns no Cemitério de Perus. Seu Frias, AceitaDilmaVez! Dói menos e não paga mico!

Como dizia aquele coroinha da opus dei, a inveja é uma merda…

Aécio muda o tom e agora diz ver motivo para impeachment

Comprovação de que governo esperou eleição para abrir processo contra empresa seria ‘forte’ para senador tucano

Presidente do PSDB afirma que partido ainda não tem posição mas é obrigado a avaliar ‘todas as alternativas’

DE BRASÍLIA

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse que haverá motivo "extremamente forte" para um pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff se ficar comprovado que o governo esperou o fim da eleição para processar uma empresa holandesa suspeita de pagar propina para fazer negócios com a Petrobras.

Como a Folha revelou ontem, a CGU (Controladoria-Geral da União) recebeu informações detalhadas sobre o assunto do ex-diretor da SBM Offshore Jonathan Taylor em agosto, durante a campanha eleitoral, mas só anunciou a abertura de processo contra a SBM em novembro, após a reeleição de Dilma.

"É a utilização do Estado em busca de um projeto de poder. Certamente é um motivo extremamente forte [para o pedido de impeachment]", disse Aécio nesta terça (14).

A declaração do tucano, que preside o PSDB e foi derrotado por Dilma nas eleições de 2014, representa uma mudança no tom que ele vinha adotando para tratar do tema.

O senador evitava defender publicamente a abertura de um processo para investigar a presidente, mas vem sendo pressionado pelo PSDB a aderir à principal bandeira dos grupos que organizaram as manifestações populares contra o governo em 15 de março e neste domingo (12).

Em reunião com deputados do PSDB nesta terça, Aécio ouviu da bancada a defesa do impeachment de Dilma. No fim do encontro, disse que faria uma "provocação" aos colegas de partido e perguntou quais eram a favor de investigações contra a presidente. Todos levantaram as mãos em apoio ao pedido.

Aécio também recebeu nesta terça, pela primeira vez, representantes do movimento Vem para a Rua, um dos grupos que lideraram os protestos contra Dilma. Os manifestantes entregaram a Aécio convite para um ato público nesta quarta (15) na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Representantes dos movimentos contrários ao governo pretendem divulgar durante o ato público um documento com reivindicações ao Congresso, entre elas a aprovação de uma reforma política.

Aécio confirmou que o PSDB pediu ao jurista Miguel Reale um estudo das denúncias que já surgiram contra Dilma para verificar se há elementos para o impeachment.

"Não é ainda a posição do PSDB, mas temos a obrigação de avaliar todas as alternativas", disse Aécio. O senador afirmou que impeachment não é "palavra proibida ou golpe", mas "constitucional".

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse nesta terça não ver "motivos" para a abertura de processo de impeachment contra Dilma. O peemedebista sinalizou que deve rejeitar os 23 pedidos de investigação que foram apresentados à Câmara até agora.

Cabe ao presidente da Casa aceitar um pedido de impeachment e encaminhá-lo para a apreciação do plenário. Para que o presidente da República seja afastado e um processo contra ele seja aberto, é necessário o apoio de 342 dos 513 deputados, ou dois terços do plenário. O julgamento é feito pelo Senado.

Em entrevista a blogueiros alinhados com o governo, Dilma disse nesta terça que o país saiu da eleição presidencial "com muita gente no terceiro turno", mas afirmou que o cenário deve melhorar.

"Que tipo de crise política nós temos? Saímos da eleição com muita gente no terceiro turno. […] Vamos fazer 13 anos de governo e quem não está [no governo] reage dessa forma", afirmou a presidente, segundo trecho publicado pelo site "Jornal GGN".

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