Ficha Corrida

05/12/2016

“Trocar Dilma por corruptos é querer limpar o chão com bosta”, Gregório Duvivier

"Nenhum vento sopra a favor de quem não sabe para onde ir." Sêneca

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18/09/2016

Zelotes dos Zelotskys e das Zelites

Zelotes no pNão deu zebra, deu a lógica. A obsessiva caça ao grande molusco é a cortina de fumaça perfeita na tentativa de jogar, com a cumplicidade da velha mídia, a sujeira dos finanCIAdores ideológicos para debaixo do tapete. Enquanto o foco da força tarefa se concentra na produção fordiana de powerpoint contra Lula, o elenco que aparece nas mais variadas listas ri à toa.

Ninguém mais fala no elenco milionário que atua na Lista de Furnas, a Lista Falciani do HSBC, a Lista Odebrecht, Panama Papers, Operação Zelotes (CARF), Operação Ouro Verde(Portocred)?! A famiglias da Rede Globo, Gerdau, Banco SAFRA, Sirotsky estão escondidas atrás das cortinas de fumaça dos caçadores do grande molusco.

A caça a Lula aplaca o apetite da hienas hidrófobas cevadas pelo ódio fascista mas, principalmente, cria uma cortina de fumaça, um verdadeiro biombo, de proteção à plutocracia. Enquanto caçam Lula, Sérgio Machado  não entende o que foi feito de Eduardo CUnha, Cláudia Cruz, Aécio Neves, Andrea Neves, José Serra, FHC, Romero Jucá, José Sarney, Michel Temer, Eliseu Rima Rica e Moreira Franco. Eu sei, deitam e rolam.

Sabia que a operação Zelotes, sem Powerpoint, é maior do que a Lava Jato?

Publicado em setembro 17, 2016 por Luiz Müller Deixe um comentário

Luiz Carlos Trabuco, Joseph Safra e André Gerdau estão entre os mais de 50 indiciados

Dos JORNALISTAS LIVRES

Longe dos holofotes da grande imprensa, sem delações premiadas ou prisões preventivas, a operação Zelotes investiga fraudes contra a Receita Federal que podem chegar a R$ 19 bilhões. Empresas multadas pela Receita teriam pago a conselheiros para votarem a seu favor nos recursos apresentados ao CARF. A operação já indiciou 54 pessoas. E ainda faltam muitas.

O que seria então o “tal de CARF”?

Bem, é o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Quando uma empresa ou uma pessoa física é autuada pela Receita Federal, ela pode, em primeiro lugar, recorrer à própria Receita para não pagar ou para reduzir a multa. Se perder esse primeiro recurso e quiser continuar a recorrer, o julgamento em segunda instância é no CARF. Se o contribuinte ganhar no CARF, não caberá mais recursos à União. Se o contribuinte perder, ainda pode ir à Justiça. Bem poderoso esse CARF, não acha?

Mais incrível é que esse desconhecido CARF tem mais de 100 anos e tem 216 conselheiros. É bem antigo e bem grande. Desses 216, metade é oriunda da Receita Federal, auditores em final de carreira. A outra metade, “representando a sociedade”, vem das confederações da indústria, do comércio, da agricultura. São turmas compostas por esses conselheiros que julgam os recursos que lá chegam. O estoque atual em discussão no Conselho totaliza R$ 565 bilhões.

Como começou a operação Zelotes?

Em 2013, a Corregedoria da Receita Federal fez a denúncia de que havia um esquema de compra e venda de decisões dentro do Conselho. A Polícia Federal investigou e concluiu que, de fato, havia fortes indícios de irregularidades e fraudes em 74 julgamentos ocorridos após 2005. “Um pedido de vista valia 20, 30 ou 50 mil” dependendo do valor envolvido no processo, afirmou o deputadoPaulo Pimenta. Venda de sentenças e negociação para troca de conselheiros, são outros exemplos de irregularidades que estão sendo investigadas. Assim nasceu a operação Zelotes, que significa falta de zelo, nesse caso, pela coisa pública.

Quais empresas já estão indicidas?

Ontem, 15/09, foram indiciados diretores da Mundial S.A. e ex-dirigentes, incluindo um ex-presidente, do CARF. A Mundial, com 120 anos de existência, é resultado da fusão da Eberle com Zivi-Hercules. A empresa é conhecida por seus alicates, tesouras, cortadores, pinças, facas e talheres. O suposto prejuízo de R$ 43 milhões aos cofres públicos nem é tão expressivo em comparação com as denúncias anteriores que envolvem Bradesco, Safra e Gerdau.

Bradesco é suspeito de se livrar de multas de R$ 3 bilhões

Em julho, haviam sido denunciados o presidente Luiz Carlos Trabuco e mais 3 diretores do Bradesco. De acordo com a denúncia, a instituição tentou, em 2014, livrar-se de uma cobrança de aproximadamente R$ 3 bilhões no órgão. (Valor Econômico de 28/07/2016)

Processos administrativos contra Safra somavam R$ 1,5 bilhão

Em março, a Zelotes denunciou por corrupção ativa o banqueiro Joseph Safra, o banqueiro mais rico do mundo, segundo a agência de notícias Reuters. O Ministério Público federal ofereceu denúncia contra Joseph Safra e a diretoria da empresa por atos praticados em “processos administrativos fiscais, todos envolvendo a JS ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS S/A, sociedade empresária integrante do Grupo SAFRA, cujos valores discutidos somavam R$ 1.493.800,000,00 (um bilhão, quatrocentos e noventa e três milhões e oitocentos mil reais) em agosto de 2014, mas, atualmente, giram em torno de um bilhão e oitocentos milhões de reais”. (Íntegra da denúncia)

Gerdau é acusada de tentar evitar multas de R$1,5 bilhão

Em maio, foram indiciados André Gerdau e mais 18 envolvidos em suspeitas de corupção, tráfico de influència e lavagem de dinheiro. “A suspeita é que o grupo Gerdau tenha tentado evitar, por meio do CARF, o pagamento de multas que somam R$ 1,5 bilhão.” Afirma matéria do portal G1.

Valores assustadores e pouca repercussão nos meio de comunicação

Embora estejamos vivendo uma cruzada anti-corrupção no Brasil, a operação Zelotes ainda é muito pouco conhecida. Especialmente por telespectadores de nossas redes de televisão e nossos ouvintes de rádios. A sonegação é a corrupção decapitalistas e anunciantes. Seria essa a explicação para não estarmos todos com panelas em punho?

Para saber mais sobre a operação Zelotes:

1 Artigo Prá Lava Jato nada? Tudo! E pra Zelotes?, publicado em 17/05/2015 por Jornalistas Livres, emhttps://jornalistaslivres.org/2015/09/pra-lava-jato-nada-tudo-e-pra-zelotes/

2 Artigo Lava Jato e Zelotes têm diferenças gritantes, publicado em 02/05/2015 por Brasil247, emhttp://www.brasil247.com/pt/247/brasil/179310/Lava-Jato-e-Zelotes-tem-diferencas-gritantes

3 Artigo Zelotes: ex-presidente do Carf é alvo de nova denúncia do MPF, publicado por EBC agéncia Brasil, em 16/09/2016, emhttp://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-09/zelotes-ex-presidente-do-carf-e-alvo-de-nova-denuncia-do-mpf

23/08/2016

O Câncer que a RBS ajuda espargir

Sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra: o amestramento dos gaúchos fez com que os gaúchos trocassem Olívio Dutra por dois funcionários da RBS: Lasier Martins e Ana Amélia Lemos

olivio x lasssie RBS Ana AL

Toda vez que alguém e esquerda é denunciado, a RBS brande seu tacape midiático. Arvora-se em legalista para defender as instituições e dura lex para seus adversários ideológicos. Lembro, por exemplo, do caso José Bové, militante europeu que esteve no Fórum Social em Porto Alegre. A RBS escalou toda sua matilha amestrada para vasculhar toda e qualquer hipótese de torna-lo um bandido da pior espécie.

Contrário senso, quando houve a constatação de grandes latifundiários estavam usando semente transgênica contrabandeada, foi a RBS a primeira  sair a campo para defender os criminosos. A justificativa não era apenas simplória, mas de uma desfaçatez do tamanho da RBS. A melhor forma de combater o contrabando das sementes transgênicas e respectivos agrotóxicos era a legalização. Fez às vezes de advogada da Monsanto. Aliás, nada mais parecido com a Monsanto do que a RBS.

No RBS há outro tipo de câncer, tão antidemocrático quanto os agrotóxicos que atingem os agricultores e os consumidores de seus produtos, que é a RBS. Todas as iniciativas do governo Olívio Dutra foram odiosamente atacadas porque visava mudar o destino do RS. Na contramão do que existia no Brasil, o RS sob Olívio Dutra investia em educação e na produção de alimentos saudáveis. A FARSUL, a farsa do Sul, emulou a RBS e juntos fizeram jornalismo de guerra contra as iniciativas contra o uso de agrotóxicos na produção de alimentos.

A difusão maciça de ódio pela Veja, Folha, Estadão e Globo contra Lula, Dilma e o PT foi precedido pela experiência bem sucedida da RBS contra Olívio Dutra. O ódio sobre os governos de esquerda não começou no RS.

São dois os cânceres pendem, como a espada de Dâmocles, sobre a cabeça dos gaúchos!

Agricultores gaúchos têm câncer por causa de agrotóxicos

ter, 23/08/2016 – 10:31 – Atualizado em 23/08/2016 – 10:32

Jornal GGN – Desde 2009, o Brasil é líder mundial no consumo de agrotóxicos. Um estudo realizado pelo Laboratório de Geografia Agrária da USP mostra que o noroeste gaúcho é campeão nacional no uso dessas substâncias. E a incidência de câncer entre os trabalhadores rurais da região demonstra uma relação direta entre a utilização do veneno e a doença.

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul realizou um estudo comparando o número de mortes por câncer na região de Ijuí com as registradas no Estado e no País. A taxa de mortalidade local supera a gaúcha, que já é alta, e a nacional.

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. O trabalhador rural está exposto na alimentação e na aplicação do produto.

Da Folha de S. Paulo

Alto índice de agricultores gaúchos com câncer põe agrotóxicos em xeque

Por Paula Sperb

O agricultor Atílio Marques da Rosa, 76, andava de moto quando sentiu uma forte tontura e caiu na frente de casa em Braga, uma cidadezinha de menos de 4.000 habitantes no interior do Rio Grande do Sul. "A tontura reapareceu depois, e os exames mostraram o câncer", conta o filho Osmar Marques da Rosa, 55, que também é agricultor.

Seu Atílio foi diagnosticado há um ano com um tumor na cabeça, localizado entre o cérebro e os olhos. Por causa da doença, já não trabalha em sua pequena propriedade, na qual produzia milho e mandioca. Para ele, o câncer tem origem: o contato com agrotóxicos, produtos químicos usados para matar insetos ou plantas dos quais o Brasil é líder mundial em consumo desde 2009.

"Meu pai acusa muito esse negócio de veneno. Ele nunca usou, mas as fazendas vizinhas sempre pulverizavam a soja com avião e tudo", diz Osmar.

O noroeste gaúcho, onde seu Atílio mora, é campeão nacional no uso de agrotóxicos, segundo um mapa do Laboratório de Geografia Agrária da USP, elaborado a partir de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Para especialistas que lidam com o problema localmente, não há dúvidas sobre a relação entre o veneno e a doença. "Diversos estudos apontam a relação do uso de agrotóxicos com o câncer", diz o oncologista Fábio Franke, coordenador do Centro de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon) do Hospital de Caridade de Ijuí, que atende 120 municípios da região.

Um dos principais problemas é que boa parte dos trabalhadores não segue as instruções técnicas para o manejo das substâncias.

"Nós sempre perguntamos se usam proteção, se usam equipamento. Mas atendemos principalmente pessoas carentes. Da renda deles não sobra para comprar máscaras, luvas, óculos. Eles ficam expostos", diz Emília Barcelos Nascimento, voluntária da Liga Feminina de Combate ao Câncer de Ijuí.

Anderson Scheifler, assistente social da Associação de Apoio a Pessoas com Câncer da cidade (Aapecan), corrobora: "Temos como relato de vida dessas pessoas um histórico de utilização excessiva de defensivos agrícolas e, na maioria das vezes, sem uso de proteção".

‘ALARMANTE EPIDEMIA’

Um estudo realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) comparou o número de mortes por câncer da microrregião de Ijuí com as registradas no Estado e no país entre 1979 e 2003 e constatou que a taxa de mortalidade local supera tanto a gaúcha, que já é alta, como a nacional.

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o Rio Grande do Sul é o Estado com a maior taxa de mortalidade pela doença. Em 2013, foram 186,11 homens e 140,54 mulheres mortos para cada grupo de 100 mil habitantes de cada sexo.

O índice é bem superior ao registrado pelos segundos colocados, Paraná (137,60 homens) e Rio de Janeiro (118,89 mulheres). O Estado também é líder na estimativa de novos casos de câncer neste ano, também elaborada pelo Inca –588,45 homens e 451,89 mulheres para cada 100 mil pessoas de cada sexo. Em 2014, 17,5 mil pessoas morreram de câncer em terras gaúchas –no país todo, foram 195 mil óbitos.

Anualmente, cerca de 3.600 novos pacientes são atendidos na unidade coordenada por Franke. Se incluídos os antigos, são 23 mil atendimentos. Destes, 22 mil são bancados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) –os cofres públicos desembolsam cerca de R$ 12 milhões por ano para os tratamentos.

Segundo o oncologista, a maioria dos doentes vem da área rural –mas o problema pode ser ainda maior, já que os malefícios dos agrotóxicos não ocorrem apenas por exposição direta pelo trabalho no campo, mas também via alimentação, contaminação da água e ar.

"Se esses números fossem de pacientes de dengue ou mesmo uma simples gripe, não tenho dúvida de que a situação seria tratada como a mais alarmante epidemia, com decreto de calamidade pública e tudo. Mas é câncer. Há um silêncio estranho em torno dessa realidade", afirma o promotor Nilton Kasctin do Santos, do Ministério Público da cidade de Catuípe.

"Milhares de pessoas estão morrendo de câncer por causa dos agrotóxicos", acrescenta ele, que atua no combate aos produtos.

Procurado pela BBC Brasil, o Sindiveg (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal), que representa os fabricantes de agrotóxicos, encaminhou o questionamento para a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal), que responde basicamente pelas mesmas empresas.

Em nota, a Andef afirma que "toda substância química, sintetizada em laboratório ou mesmo aquelas encontradas na natureza, pode ser considerada um agente tóxico" e que os riscos à saúde dependem "das condições de exposição, que incluem: a dose (quantidade de ingestão ou contato), o tempo, a frequência etc.". O texto afirma ainda que "o setor de defensivos agrícolas apresenta o grau de regulamentação mais rígido do mundo".

SALTO NO CONSUMO

A comercialização de agrotóxicos aumentou 155% em dez anos no Brasil, apontam os Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS), estudo elaborado pelo IBGE no ano passado –entre 2002 e 2012, o uso saltou de 2,7 quilos por hectare para 6,9 quilos por hectare.

O número é preocupante, especialmente porque 64,1% dos venenos aplicados em 2012 foram considerados como perigosos e 27,7% muito perigosos, aponta o IBGE. O Inca é um dos órgãos que se posicionam oficialmente "contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil" e "ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer".

Como solução, recomenda o fim da pulverização aérea dos venenos, o fim da isenção fiscal para a comercialização dos produtos e o incentivo à agricultura orgânica, que não usa agrotóxico para o cultivo de alimentos.

Márcia Sarpa Campos Mello, pesquisadora do instituto e uma das autoras do "Dossiê Abrasco – Os impactos dos Agrotóxicos na Saúde", ressalta que o agrotóxico mais usado no Brasil, o glifosato –vendido com o nome de Roundup e fabricado pela Monsanto – é proibido em toda a Europa. Segundo ela, o glifosato está relacionado aos cânceres de mama e próstata, além de linfoma e outras mutações genéticas.

"A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que 80% dos casos de câncer são atribuídos à exposição de agentes químicos. Se os agrotóxicos também são esses agentes, o que já está comprovado, temos que diminuir ou banir completamente esses produtos", defende.

Procurada, a Monsanto afirma que "todos os usos de produtos registrados à base de glifosato são seguros para a saúde e o meio ambiente, o que é comprovado por um dos maiores bancos de dados científicos já compilados sobre um produto agrícola".

A empresa diz ainda tratar-se de "um dos herbicidas mais usados no mundo, por mais de 40 anos e em mais de 160 países", e que "nenhuma associação do glifosato com essas doenças é apoiada por testes de toxicologia, experimentação ou observações".

TRÊS VEZES MAIS

Segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), o brasileiro consome até 12 litros de agrotóxico por ano. A bióloga Francesca Werner Ferreira, da Aipan (Associação Ijuiense de Proteção ao Ambiente Natural) e professora da Unijuí (Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul), alerta que a situação é ainda pior no noroeste gaúcho, onde o volume consumido pode ser três vezes maior.

Ela conta que produtores da região têm abusado das substâncias para secar culturas fora de época da colheita e, assim, aumentar a produção. É o caso do trigo, que recebe doses extras de glifosato, 2,4-D, um dos componentes do "agente laranja", usado como arma química durante a Guerra do Vietnã, e paraquat.

Segundo o promotor Nilton Kasctin do Santos, este último causa necrose nos rins e morte das células do pulmão, que terminam em asfixia sem que haja a possibilidade de aplicação de oxigênio, pois isso potencializaria os efeitos da substância.

"Nada disso é invenção de palpiteiro, de ambientalista de esquerda ou de algum cientista maluco que nunca tomou sol. Também não é invenção de algum inimigo do agronegócio. Sabe quem diz tudo isso sobre o paraquat? O próprio fabricante. Está na bula, no rótulo", alerta o promotor.

No último ano, 52 pessoas morreram por intoxicação por paraquat em terras gaúchas, segundo o Centro de Informação Toxicológica do Estado. No Brasil, 1.186 mortes foram causadas por intoxicação por agrotóxico de 2007 a 2014, segundo a coordenadora do Laboratório de Geografia Agrária da USP, Larissa Bombardi.

A estimativa é que para cada registro de intoxicação existam outros 50 casos não notificados, afirma ela. A pesquisa da professora aponta ainda que 300 bebês de zero a um ano de idade sofreram intoxicação no mesmo período. A Syngenta, fabricante do paraquat, não se manifestou sobre os casos de intoxicação e afirmou endossar o posicionamento da Andef.

Agricultores gaúchos têm câncer por causa de agrotóxicos | GGN

23/07/2016

Há dois tipos de corrupção: a boa e a ruim

Dizem que, para os esquimós, há vários tipos de neve. E não há porque duvidar. No Brasil, diferentemente da maiores dos países, há dois tipos de corrupção. Uma boa e outra ruim. Boa é aquela praticada pela plutocracia. Por exemplo, alguém consegue explicar porque 450 kg de cocaína não é investigado e sequer causa indignação, mas alguns baseados dá prisão?

Agora, por exemplo, vimos a cunhada do Vaccari ser presa, mas a mulher e filha do Eduardo CUnha continuam soltas. Se o Aécio Neves, o “primeiro a ser comido”, não pode ser preso por ter foro especial, o que impede que os membros de sua famiglia que lavam em Liechtenstein o sejam?

De repente se descobre, pela Operação Zelotes, uma verdadeira usina de assalto aos cofres públicos.  Os envolvidos nas falcatruas do CARF seriam nossos Robin Hoods. Seriam se o dinheiro surrupiado fosse distribuído aos pobres, mas no país onde a Rede Globo arrecada com o  Criança Esperança e fica com o dinheiro e as crianças com a esperança, os bons ladrões ficam também com o dinheiro.

Os acordos políticos que a plutocracia admite são aqueles para golpear a democracia e assaltar ao Estado. Por isso Rodrigo Maia anuncia o fim da CPI do CARF como quem olha pro céu e anuncia que pode chover. É, aos olhos da repercussão midiática, a corrupção boa.

Há uma fórmula simples de verificar se uma corrupção é boa ou ruim. Se os meios de comunicação atacam, é corrupção ruim; se omitem ou tratam como evento da natureza, é boa.

Corrupção boa, por exemplo, é aquela praticada por todos os envolvidos na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, no Panama Papers, na Lista Odebrecht. Corrupção ruim é toda aquela com a qual se pode incriminar, mediante chicanas, os adversários ideológicos, os bandidos que ousam implantar políticas sociais que tiram milhões da pobreza e permite que filho de lavradores e faxineiras frequentem universidades.

Para que a corrupção boa tenha vida longa é fundamental caçar o grande molusco, uma verdadeira à cleptocracia.

Maia admite acordo para enterrar CPI que investiga empresas

Alan Marques – 20.jul.2016/Folhapress

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conversa com jornalistas no Salão Verde da Casa, em Brasília

Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, conversa com jornalistas no Salão Verde da Casa, em Brasília

DANIELA LIMA
AGUIRRE TALENTO
Folha de São Paulo, DE BRASÍLIA

23/07/2016 02h00

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reconheceu à Folha que decidiu revogar a prorrogação dos trabalhos da CPI do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais) e determinar que a apuração seja encerrada na primeira semana de agosto para cumprir um acordo firmado às vésperas de sua eleição para o cargo, em 15 de julho.

Órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, o Carf é responsável por julgar autuações aplicadas pela Receita Federal aos contribuintes. A CPI, portanto, focava na atuação de empresas.

O acerto para encerrar as investigações havia sido fechado na presença de Maia pelo então presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), com integrantes de partidos como o DEM, o PSDB e o PSB. Maranhão depois recuou e acabou dando um prazo extra de 60 dias à CPI.

O presidente recém-eleito, entretanto, decidiu manter o que havia sido acordado e publicou ato revogando a prorrogação da CPI e determinando que os últimos 26 dias de trabalho do colegiado fossem dedicados apenas à votação de seu relatório. Seu ato passou a ser alvo de questionamentos.

Integrantes da CPI ligados ao chamado "centrão" –aglomerado de partidos como o PP, PR e PSD– dizem que a CPI deve, ao menos, usar o resto do prazo para tomar depoimentos de personagens já citados na investigação.

O presidente da CPI, Pedro Fernandes (PTB-MA), esteve com Maia na última terça e pediu que ele autorizasse novos depoimentos. Em outra frente, o PSOL tem dito que a Câmara poderá ser acusada de agir para proteger grandes empresários caso Maia mantenha sua decisão.

POLÊMICA

A diversidade dos questionamentos reflete a pluralidade de interesses afetados pela CPI. A investigação parlamentar nasceu após a Polícia Federal deflagrar a Operação Zelotes, que investiga a venda de sentenças no Carf.

Segundo a PF, conselheiros que atuam no órgão cobravam propina de empresários em troca de abatimento de multas fiscais.

Pesos pesados do empresariado nacional entraram na mira da CPI, como Safra, Gerdau e Bradesco. Ao mesmo tempo, cresceram rumores de que integrantes da CPI estavam pedindo vantagens a investigados para anistiá-los de depoimentos na comissão.

A afirmação de que havia achaque na CPI foi verbalizada por um dos vice-presidentes da comissão, o deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), ao jornal "O Globo". A fala fortaleceu corrente liderada pelo PSDB, DEM e PSB que vinha condenando o andamento dos trabalhos na CPI.

"Alguns líderes de partido fizeram uma reunião com Maranhão na qual, preocupados com os rumos da CPI, sugeriram que a prorrogação fosse usada para votar o relatório final. Foi uma decisão coletiva e, se tiver que ser revista, será revista coletivamente também", disse Maia.

Deputados do PSDB e do DEM procurados pela Folha admitiram ter patrocinado os pedidos de encerramento dos trabalhos. José Carlos Aleluia (DEM-BA) afirmou que "ninguém blindou empresa nenhuma" e que integrantes da comissão ficaram preocupados após boatos de que parlamentares estariam achacando empresários. "Colocaram em dúvida a conduta da CPI e não quero ver meu nome ligado a isso", disse Aleluia.

Líder do PSDB, Antônio Imbassahy (BA) disse que os tucanos na CPI "confiam nas investigações que estão sendo feitas pela PF, sem prejuízo da atividade parlamentar".

12/07/2016

RBS cospe seu bagaço

Filed under: Golpistas,José Fortunati,Operação Zelotes,RBS — Gilmar Crestani @ 8:54 am
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ZelotskyFoi bom, para a RBS, enquanto durou. Muita especulação imobiliária, jornalismo de aluguel feito por ventríloquos em troca da liberdade de faturar encima de sua manada de midiotas. Até a Rede Globopediu desculpas por ter apoiado a Ditadura, mas a RBS continua chamando o golpe militar de revolução. Sim, revolucionou a vida da famiglia Sirotsky. Já elegeu governadores, ganhou um CRT de mão leve, caça petistas e dá ração para Eliseu Rima Rica, Pedro Parente e amestra funcionários para serem seus porta-vozes no golpe. Todos os golpes!

O caso do Fortunati deveria servir de exemplo, mas parece que os consumidores do “Diarreia Gaúcho”  são como passarinhos cevados, voltam sempre para debaixo da arapuca. E ela continua navegando por suas Ilhas, como já denunciara Diógenes de Oliveira, de Santa Catarina às Ilhas Cayman, passando por Zelotes, Carf. Mas as amizades com gente boa, como Eliseu Rima Rica, enseja sua participação ativa no “Somos todos CUnha” do Parcão.

O desrespeito pelos gaúchos pode ser medido pela preferência em passar, nos domingos à tarde, jogos do Flamengo ou Coríntias, em detrimento da dupla Grenal. É aí que vemos onde mora todo seu amor pelos gaúchos…

O que a RBS tem a dizer a respeito de suas relações com Eliseu Padilha, Pedro Parente, José Ivo Sartori, Michel Temer & Eduardo CUnha? Ela já se perguntou porque sua funcionária Ana Amélia Lemos escolheu o PP gaúcho para se lançar a Senadora? O que a RBS tem a dizer a respeito de suas relações com Augusto Nardes?

Fortunati foi chupado pela RBS, e ele gozou de nós com isso, mas agora chutam-no como cachorro morto, como se sua morte política não derivasse do conluio com a RBS.

Rede Baita $onegadora bota seus “investigadores na rua” para ferrar Fortunati

Por jloeffler – No dia 11/07/2016 -Em Noticias

Agora a RB$ revela em seu jornal ao meio dia que ocorreram fraudes na limpeza de bueiros de esgotamento pluvial em Porto Alegre.
Sabem os que não são burros que onde mais é desviado o dinheiro do contribuinte é nas mais de 5.500 Prefeituras assim como em suas Câmaras Municipais. E isto vem, digamos assim desde sempre. Afora a corrupção óbvia concorre aos problemas no esgotamento pluvial a óbvia falta de educação de nosso povo que descarta tudo o que se possa imaginar e isto acaba sempre na rede de esgotamento pluvial.
Porque essa preocupação agora?
Por que agora não haverá desvio de dinheiro dos contribuintes ao patrocínio do FAVELÃO FARROUPILHA que sempre é realizado no Parque da Harmonia que a RB$ diz ser Parque $irot$ki.
Todo o dinheiro retirado do orçamento das Prefeituras e destinado em nosso Estado em quase todas as cidades às festas “gáuchas” que rendem e muito aos cofres dessa empresa.
Não faz muito tempo essa RB$ caiu de pau tanto na Câmara Municipal de Tramandaí quanto na de Imbé.
O mesmo não foi feito em Capão da Canoa ou mesmo Xangri-Lá por que as Prefeituras de lá com recursos dos contribuintes pagam tais festanças destinadas aos tolos urbanos que por um final de semana se julga “fazendeiros de verdade”.
A imoralidade é tamanha que até mesmo boiadas são alugadas para que os tolos maltratem esses animais.
Capão foi poupada por que sempre ao final da temporada, ou seja, em meados de março realizava a MAIOR FEIRA DE OVELHAS DO PLANETA onde papais e mamães colocavam suas crias à mostra num mercado rentável apenas a algumas, pois as demais só encontrariam o “sucesso” nos lupanares da vida.
Encerrada essa feira a RB$ recebia em dinheiro vivo dos cofres daquela Prefeitura a bagatela de MEIO MILHÃO DE REAIS. Nesse ano tal feira deixou de ser realizada, mas tudo indica que buscaram outros caminhos para carrear o dinheiro dos contribuintes de Capão à RB$.

Por falar em água lembro o estrago feito pelos AGENTES do MP que se juntam com os guardas do Sartori e saem a brincar de ser AUTORIDADE POLICIAL, algo reservado apenas aos DELEGADOS DE POLÍCIA e partiram para cima de uma engarrafadora de água mineral do Vale do Taquari assim como um CC do PMDB do Sartori na área de saúde naquela região. O CC devido a todo o estardalhaço feito nos meios de comunicação teve morte decorrente de problemas cardíacos obviamente agravados com a tal operação. Não estaria o MP assim agindo para pressionar Sartori que vai vetar aumento de salários também a esses AGENTES já muito bem pagos?
Por que esses AGENTES do MP e seus guardas de quarteirão do Sartori não prendem o pessoal do DMAE que está vendendo água aparentemente podre aos que habitam Porto Alegre?

Praia de Xangri-Lá – Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

26/06/2016

Depois da BROI, PSDB & Rede Globo preparam Petrobrax

20160626_095344Algum gaúcho ainda há de lembrar como foi a entrega da CRT à RBS. Enquanto Britto preparava o sucateamento administrativo, a RBS adestrava a manada de midiotas de que só a iniciativa privada sabe administrar. O delírio da massa privatista com os ensinamentos da RBS foi tamanho que sequer se deram conta que a Telefónica era… estatal. Espanhola, sim, mas administrada pelo Governo Espanhol. Há uma coincidência que derivou do negócio. Apeado do poder, Antonio Britto foi se desintoxicar na…. Espanha! Quer outra coincidência? Onde FHC e Rede Globo esconderam Miriam Dutra? Se alguém disse Espanha, acertou…

Em 2001 publiquei um artigo no Observatório da Imprensa RBS & PT – Os negócios, a política e a esquerda. Portanto, há muito tempo que venho denunciando a promiscuidade dos grupos mafiomidiáticos com seus finanCIAdores ideológicos. Os ataques obsessivos e insanos, diuturnamente, ao Governo Olívio Dutra fazem parte de uma estratégia que deu certo, razão pela qual vem sendo empregada em relação a Lula e Dilma. Caçam Lula da mesma forma que caçaram Olívio Dutra. A criminalização da esquerda trouxe ao RS três gestões extremamente desastrosas: Germano Rigotto, Yeda Crusius e José Ivo Sartori. Desastrosas para o Estado, mas extremamente benéfica aos cofres da RBS. Sem uma esquerda atuante, a RBS se uniu a GERDAU, Augusto Nardes e à manada de midiotas gaúchos e conseguiu eleger dois senadores: Ana Amélia Lemos e Lasier Martins. Eles ajudaram cumpriram com os designios dos patrões e ajudaram a dar o golpe. A  RBS aparece na Operação Zelotes mas quem liga pra sonegação? Como diziam os cartazes dos “Somos Todos CUnha”, “sonegação não é crime”….

Os mantras dos afiliados ao Instituto Millenium são manjados. O modus operandi é o mesmo desde sempre. Meritocracia, choque de gestão, demonização das esquerdas e endeusamento da iniciativa privada. Por isso a privataria. A entrega da CRT à RBS, agora BROI poderia ser emblemático da falácia do discurso privatista tanto quanto a criminalização do Olívio Dutra ou do cumprimento das obrigações fiscais. Mas, não. A imbecilidade coletiva não liga para as falácias da velha mídia. Pelo contrário, como bovinos, deixa-se conduzir pela égua madrinha.

O pedido de recuperação judicial pela BROI mostra o quanto a iniciativa privada, que pratica preços escorchantes, é má administradora. Tão predadora que só poderia ser…. privada! Depois de sugarem, dão descarga. Mas vê se tem algum dos donos pobre, de Sirotsky a Carlos Jereissati, passando pelo portador de dois velozes Habeas Corpus, Daniel Dantas.

O golpe em andamento é comandado pela plutocracia e seus testas de ferro formam uma verdadeira cleptocracia. A destruição do Estado e dos seus defensores é seu único fim.

O Xadrez dos fantasmas de Temer e as eleições indiretas

sab, 25/06/2016 – 21:23  – Atualizado em 25/06/2016 – 22:06 – Luis Nassif

Definição 1 – os novos inquilinos do poder

Há dois grupos nítidos dentre os novos inquilinos do poder.

Um, o PMDB de Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira de Lima e Romero Jucá, grupo notório.  O outro, um agrupamento em que se somam grupos de mídia, Judiciário, Ministério Público Federal e mercadistas do PSDB. Vamos chama-los de PSDB cover, pois inclui as alas paulistas e os mercadistas cariocas do PSDB. A banda de Aécio Neves é carta fora do baralho.

Por vezes, o PSDB cover provoca indignação. Já o grupo de Temer provoca vergonha, um sentimento amplo de humilhação de assistir o país governado por grupo tão suspeito, primário e truculento. E menciono esse sentimento não como uma expressão individual de repulsa, mas como um ingrediente político que será decisivo nos desdobramentos políticos pós-impeachment, que rabisco no final.

O grupo de Temer quer se apropriar do orçamento com vistas às próximas eleições. O PSDB cover quer se valer da oportunidade para reeditar as grandes tacadas do Real.

Temer e seu grupo são mantidos na rédea curta, com denúncias periódicas para mostrar quem tem o controle do processo. Deles se exige espaço amplo para as articulações financeiras do PSDB cover e o trabalho sujo para desmontar qualquer possibilidade da oposição nas próximas eleições.

Definição 2 – a estratégia econômica

Ao longo de 2013 e 2014 Dilma perdeu o foco da política econômica e deu início à sequência de isenções fiscais, arrebentando com as contas públicas. No final de 2014 havia um grande passivo das chamadas “pedaladas”.

Um pouco antes de vencer as eleições, Dilma anunciou publicamente a substituição do Ministro da Fazenda Guido Mantega por Joaquim Levy, provocando ressentimentos em Mantega.

Passadas as eleições, foi aconselhada a zerar os passivos ainda em 2014.

Demitido em público, mas ainda Ministro, Mantega recusou-se a tomar as medidas necessárias. Indicado Ministro, mas ainda não empossado, Joaquim Levy também preferiu postergar.

Assumindo Levy, Dilma anuncia a estratégia da chamada contração fiscal expansionista. Ou seja, um enorme choque fiscal que devolveria a confiança aos agentes econômicos que voltariam a investir.

Os empresários ficariam tão encantados com o choque fiscal que nem ligariam para a queda da demanda, aumento da capacidade ociosa, taxas de juros estratosféricas. Como diria Gil, “andar com fé eu vou”. E fomos.

O primeiro desastre foi o anúncio do plano a seco, como primeira manifestação de Dilma. Foi um suicídio político.

No meio do ano estava claro o fracasso da estratégia que, ao derrubar ainda mais a economia, ampliou a recessão, a queda de receitas e, consequentemente, os desajustes fiscais.

Passou-se todo o segundo semestre discutindo a revisão da política, sem que nada fosse feito. Levy acabou saindo antes deixando armada a bomba fiscal e a política.

Mudou-se a estratégia para a flexibilização fiscal reformista.

Consistiria no governo assumir um resultado fiscal menor no curto prazo, para absorver a perda de receita. E, para reconquistar a confiança do mercado, em vez do ajuste fiscal, uma reforma fiscal.

Flexibilizaria no curto prazo, para devolver um pouco de fôlego à economia. E acenaria com reformas de médio prazo, visando devolver a confiança no equilíbrio fiscal.

Em dezembro de 2015 a fogueira política parecia ter refluído. A proposta foi apresentada em janeiro de 2016, com os seguintes ingredientes:

1.     Pedido de autorização do Congresso para um déficit maior.

2.     Limites de gastos orçamentários.

3.     Reforma da Previdência.

Na proposta Nelson Barbosa, os limites de gastos orçamentários seriam definidos a cada quatro anos pelo Congresso. Substituir-se-iam os gastos obrigatórios por metas obrigatórias a serem alcançadas. Seja qual fosse o resultado, haveria a possibilidade de correção de rumos a cada quatro anos.

Em relação à Previdência, haveria um aumento na idade mínima, mas com uma longa regra de transição, de maneira a poupar quem já tivesse ingressado no mercado de trabalho.

Mas, àquela altura, a governabilidade já tinha ido para o espaço, graças à combinação da Lava Jato com Eduardo Cunha. A cada semana, a Lava Jato soltava uma bomba política e, após o recesso, Cunha soltava uma bomba fiscal.

A equipe de Meirelles pegou as propostas e turbinou com Red Bull.

Hiperflexibilizou no curto prazo obtendo autorização para um déficit de R$ 170 bilhões para pagar a conta do impeachment. Produzindo um buraco maior, pressionaria por reformas muito mais radicais do que as previstas pelo governo Dilma.

Em relação ao limite de gastos pretende amarrar o orçamento por 20 anos, em cima dos gastos de 2016, espremidos por dois anos de quedas de receitas. Se passar a PEC (Proposta de Emenda Constitucional), um grupo que não recebeu nenhum voto nas últimas eleições, membros interinos da junta de poder, definirá o orçamento para os próximos três presidentes da República.

Não é apenas isso.

A deterioração das contas públicas abrirá espaço para as famosas “tacadas” – termo que Rui Barbosa utilizava para as jogadas do encilhamento; e que os economistas do Real praticaram na política cambial e nas privatizações.

Os negócios estão caminhando a mil por hora.

1.     De cara, haverá a rentabilíssima operação de vendas de ativos públicos depreciados. O Projeto de Lei apresentado pelo senador Tasso Jereissatti vai nessa direção, ao inviabilizar qualquer recuperação de empresa pública e colocá-la à venda sem nenhuma estratégia setorial ou de valorização dos ativos.

2.     Nessa panela entrarão as vendas de participação do BNDES, com o mercado no chão.

3.     Se acelerarão as concessões com margens altas de rentabilidade, abandonando de vez as veleidades de modicidade tarifária.

4.     No caso da participação externa em companhias aéreas, por exemplo, havia estudos para autorizar até 49% podendo chegar a 100%, mas apenas dentro de acordos de reciprocidade com outros países. Já se mudou para autorização para 100%, sem qualquer contrapartida. Altas tacadas e altas comissões.

Estão no forno duas outras medidas complicadas. Uma, visando retirar do BNDES R$ 150 bilhões de recursos não aplicados; outra vendendo R$ 100 bi em ativos do Fundo Soberano.

No caso do BNDES, o governo Dilma tinha pronto medida colocando à disposição dos bancos comerciais os recursos não aplicados pelo BNDES, nas mesmas condições. Seria uma maneira de impedir o travamento dos investimentos.

Mesmo assim, a flexibilização do orçamento e a perspectiva do fundo do poço ter sido alcançado no primeiro trimestre, promoverá algum desafogo na economia nos próximos meses.

Definição 3 – os desdobramentos políticos

E aí se chega no busílis da questão, no xeque pastor – o mais rápido do xadrez. Vamos compor esses quebra cabeças com as peças que se tem à mão.

Lembre-se: não são apostas cravadas nas hipóteses abaixo, são  possibilidades. Ou seja, tendo determinadas peças no tabuleiro, abre-se espaço para determinadas estartégias.

Peça 1 – o reino da democracia sem voto

Hoje em dia, se está no mundo que o PSDB cover pediu aos céus: uma democracia sem votos. O exército das profundezas, organizado por Eduardo Cunha, está prestes a ser desbaratado. O poder de fato é exercido hoje pela combinação da mídia com o Ministério Público, Judiciário e Tribunal de Contas, substituindo o sufrágio popular.

Essa combinação está permitindo mudanças constitucionais, derrubada de presidentes sem obedecer às determinações constitucionais, destruição de setores e empresas em torno da bandeira genérica da luta contra a corrupção.

Peça 2 – Michel Temer é um interino inviável.

A última edição da revista Época revela mais uma ponta da parceria de Temer com o  coronel da reserva da PM paulista João Baptista Lima Filho, sócio da Argeplan, incluído em obras da Eletronuclear sem possuir experiência para tal. Lima foi citado pelo presidente da Engevix como receptador de R$ 1 milhão cujo destinatário final seria Temer.

Não é a primeira menção à parceria Lima-Temer.

Anos atrás, em um processo de divórcio de um ex-gestor do porto de Santos, ao detalhar as formas como o ex-marido amealhou patrimônio, foi mencionado especificamente o que ele recebia de propinas e o que era encaminhado para Lima e Temer.

Na época, o MPF e o Judiciário pediram arquivamento do caso. Agora, Lima reaparece na delação da Engevix. À esta altura, jornalistas e procuradores estão juntando mais elementos das parcerias.

Mais que isso: se a parceria com a mídia não impediu a denúncia das relações tenebrosas de Temer, o que impedirá a colheita no manancial de escândalos protagonizados por Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima? E ainda não se chegou ao tema central, da delação de Marcelo Odebrecht.

Não haverá blindagem capaz de garantir Temer. É uma relação ampla de delações com seu nome obrigatoriamente envolvido. Mesmo em nome da governabilidade, não será possível passar ao largo das evidências.

Em dezembro de 2014, por exemplo, a Secretaria de Aviação Civil (SAC), não mais sob controle de Moreira Franco, anulou licitação para contratação de empresa consultiva de engenharia, para monitorar todas as atividades do Fundo Nacional de Aviação Civil. O consórcio vencedor era formado pela Engevix e pela Argeplan Arquitetura e Engenharia.

Peça 3 – as eleições indiretas

Chega-se, finalmente, à perspectiva mais imediata de xeque, que não inclui a volta de Dilma.

Primeiro, tem-se o desafio da votação do impeachment. Passando ou não, tem-se a segunda barreira, no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nos últimos dias, ventilou-se a tese Gilmar Mendes, de montar uma operação para supostamente legitimar Temer. Consistiria no TSE barrar Dilma e Temer. Pela Constituição, um mês depois haveria eleição indireta pelo Congresso, sem obrigatoriedade de candidaturas de parlamentares, mas com a promessa de Temer poder se candidatar e ser eleito.

Isto é o que se diz.

Se o custo Temer estiver muito alto, nada impedirá o PSDB cover de lançar Henrique Meirelles, abolindo os intermediários ou alguma articulação mais ampla passar pelo presidente do Senado Renan Calheiros.

O Xadrez dos fantasmas de Temer e as eleições indiretas | GGN

23/03/2016

Ou acabemos com a Globo & filiais, ou eles ainda provocação uma guerra civil

OBScena: Diego Escosteguy, o vira-lata da Globo, incitando violência contra o Ministro Teori

Diego EscosteguyDeixei de consumir os produtos da RBS muito antes das operações que a envolvem: Operação Zelotes, Operação Pavlova, Operação Ouro Verde (Portocred). Foi ainda antes da denúncia do Diógenes de Oliveira de que a RBS lavava dinheiro no paraíso, o paraíso fiscal das Ilhas Cayman…

Deixei de consumir a RBS em 1987, durante uma greve dos bancários. Numa assembleia no Gigantinho, quando os celetistas da RBS chegaram, viramos as costas. No outro dia o panfleto dos sempre golpistas, Zero Hora, publicou a foto dizendo que a categoria tinha virado as costas ao presidente do Sindicato dos Bancários. Puxa, qualquer bancário sabia disso. Mas na época não havia internet, e a RBS deitava e rolava pra cima dos midiotas gaúchos. O que ela dizia era tomado como súmula vinculante. O método Goebbels funcionava assim: publicava a mentira na Zero Hora. Nas várias rádios do Grupo RBS os locutores se revezavam repetindo o que havia sido publicado no jornal, como se não fossem rádios da RBS. No Jornal do Almoço nova repercussão, repercutindo os ecos das rádios e do jornal. E assim funcionava o círculo vicioso. Não é que não funcione mais. A diferença é que agora há internet, é só velhos pouco afeitos às novas tecnologias continua consumindo RBS sem digerir. Sim, são muitos os midiotas. Mas eles sempre existirão. A Zika de onde brotava anencefálicos existia antes da epidemia do aedes egypte.

Acontece agora que aqueles que eram midiotas por falta de alternativa, agora têm. Agora só mau caráter continua sendo midiota. Como diz o ditado do velho Barão de Itararé, quem se vende sempre recebe mais do que vale. A RBS, como fiel seguidora da Rede Globo, continua sua louca cavalgada contra as instituições e incitando o ódio nos gaúchos. Mas a manada está diminuindo, tanto que cabem todos no Parcão. Santa Catarina já conseguiu se livrar desta praga. Quando nós gaúchos nos livraremos da Rede Bunda Suja?!

A importância da recusa pública de um professor da PUC em ir à GloboNews. Por Kiko Nogueira

por Kiko Nogueira 22 de março de 2016

No folclore do poder no Brasil é constantemente citada uma frase atribuída a Roberto Marinho: “Dos meus comunistas cuido eu”.

A Globo, num site oficialista, se orgulha dessa oração. O doutor Roberto teria protegido seus funcionários subversivos dos horrores da ditadura.

RM “posicionou-se contra a perseguição a jornalistas de esquerda. Desafiou a repressão ao se negar a fornecer a lista dos ‘comunistas’ que trabalhavam em seu jornal. Cobrou do governo o restabelecimento da democracia”, diz o texto.

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A reação do professor da PUC de São Paulo Reginaldo Nasser diante do convite para participar de um programa na GloboNews é um sinal eloquente de que a emissora está pagando um preço que não esperava pelo golpe que patrocina.

Nasser publicou o convite e sua negativa no Facebook. Pelo WhatsApp, a produtora lhe perguntou se ele poderia ir aos estúdios falar dos atentados na Bélgica.

Uma hora mais tarde, Nasser devolveu: “Não dou entrevista para um canal que, além de não fazer jornalismo, incita a população ao ódio num grave momento como esse”.

Em circunstâncias normais, ele provavelmente não deixaria de lado a chance de dar seu recado na televisão. Nasser contou que frequentou bastante em outras ocasiões.

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“Sempre avaliei que, eventualmente, em crises, há um espaço para profissionais possam discutir relações internacionais”, falou à Forum.

“Mas, nos últimos anos, eu comecei a notar que as coisas não estavam como antes. Inclusive, em dois programas ‘Painel’ editaram minha fala.”

Continua: “O que eles estão fazendo não é jornalismo. O ápice foi essa coisa apelativa, essa coisa de colocar no ar todo e qualquer diálogo em esfera privada da presidenta e de outras pessoas. Eu avalio que passou do limite”.

O fato de ter publicado as mensagens, sabendo que não voltará mais a aparecer ali, se deve a um esgotamento. Não só dele. Nada paga a ignomínia de colaborar para a canalhice.

No mesmo dia, a filha do cineasta Rogério Sganzerla, Sinai, também escancarou nas redes uma situação que, normalmente, ficaria no âmbito do privado.

Escreveu o seguinte:

“Pelo momento político que estamos vivenciando no Brasil, estimulado pelas organizações Globo (mesmo grupo da Fundação Roberto Marinho) que apoiou o Golpe de Estado em 1964 e também realizou diversas manipulações eleitorais, e pela atual posição que o jornalismo da empresa vem desenvolvendo, principalmente nos últimos dias, não iremos licenciar os trechos dos filmes do meu pai (Sem Essa Aranha e Copacabana Mon Amour) para a Fundação Roberto Marinho. Não desejamos vincular a obra de Rogério Sganzerla com uma instituição que estimula a violência e o desrespeito à democracia”.

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“Dos meus comunistas cuido eu” é uma sentença cafajeste, paternalista, megalomaníaca e feudal. “São meus cavalos. Esses vagabundos fazem o que eu mando”, é uma tradução possível.

“Obrigado, mestre!”, cacarejam os coitados.

A elegia desse momento vergonhoso termina assim: “À luz da História, O Globo reconhece que o apoio ao governo militar foi um erro porque a democracia é um valor absoluto. E quando em risco, ela só pode ser salva por si mesma.”

A importância da recusa pública de um professor da PUC em ir à GloboNews. Por Kiko Nogueira – Diário do Centro do Mundo

16/03/2016

É deste Brasil que eu gosto

OBScena: mascotes da Operação Zelotes e do Operação Ouro Verde (Portocred)

gerdau e nelsonNão gosto do Brasil com filas de virar o quarteirão em busca de emprego por salário mínimo. E isso quando o salário mínimo era U$ 98 dólares. Neste momento, quando o desemprego alcança sua maior taxa depois de FHC, de 9%, índice inferior a maioria dos países europeus.

Não gosto do Brasil que via crime nas manifestações populares. Não gosto daquele Brasil em que os meios de comunicação de massa usavam do poder de uma concessão pública para derrubar governos democraticamente eleitos. Não gosto daquele Brasil em que estes mesmos meios de comunicação faziam parceria com os ditadores, seja para se beneficiarem economicamente, seja para participarem das sessões de tortura de presos clandestinos. Sou contra a volta a um Brasil em que os financiadores do DOI-CODI podiam participar das sessões de estupro, morte e esquartejamento de quem pensava diferente deles. São contra a volta ao tempo em que se escondiam da família os restos mortais das vítimas vilipendiadas clandestinamente, como faziam as peruas da Folha de São Paulo que auxiliavam no transporte para as valas comuns do Cemitério de Perus, em São Paulo. Mesmo que a Folha entenda que isso não fora uma ditadura mas uma ditabranda, mesmo que a Globo admita, em editorial, que foi um erro ter apoiado ditadores, ainda assim e por isso mesmo, não gosto do Brasil que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium querem nos impor novamente. Não quero este Brasil de volta. O normal é andar para frente. Poucos animais andam para trás. A volta para trás pedidas pela marcha dos zumbis é piada como aquela contada em livro pelo professor e escritor Dionísio da Silva: Avante, soldados: para trás!

Gosto de vira-lata, mas não suporto pessoas com Complexo de Vira-Lata. Quem vive falando mal do Brasil ou nunca viajou ao exterior, ou de nada serviram suas viagens. O que é uma pena. Em que lugar do mundo se pode produzir durante o ano todo, sem catástrofes naturais? Quantos países do mundo tem o potencial energético do Brasil? Quantos países do mundo tem a quantidade de praias tão belas quanto o Brasil? Quantos países do mundo tem uma pluralidade de raças e religiões que convivem tão bem uma com as outras? Apesar de que o WikiLeaks vazou dados de que os EUA estavam tentando insuflar ódio religioso no Brasil. Ainda não conseguiram implantar o ódio entre as diversas religiões, mas conseguiram disseminar o ódio político. É a velha tática usada em relação aos países africanos, dividir para escravizar. Que não é nova, pois até os persas insuflavam o ódio entre Atenas e Esparta de modo a enfraquece-los ambos e assim mais facilmente lhes tomar terra e água.

Se temos tanta pobreza não é por culpa da vítima, mas destas elites que saem a rua porque seus filhos têm de disputar vaga na universidade com alunos de classes. Se nosso racismo é renitente culpe-se quem, para criminalizar as cotas, perpetra um petardo de obscenidades com o sugestivo título “Não somos racistas”. Se temos tanta pobreza é porque as pessoas e empresas que criminalizam as políticas sociais são as mesmas que tomam empréstimo no BNDES, na Caixa Econômica Federal ou no Banco do Brasil. Por que eles buscam crédito no Bradesco ou no Santander. Esta mesma classe média financia seus apartamentos na Caixa, por que não usam um banco particular?

As manifestações vestidas com camisas com o escudo da CBF provam não sua ignorância, mas sua moral seletiva. Não sei se é falta de caráter ou mau caratismo, mas eles acham chic em chamar pragmatismo. A melhor herança das manifestações estão registradas nas justificativas do banqueiro Cláudio Procownick, o dinheiro é a medida de todas as coisas. Isso não explica apenas a prostituição, mas principalmente o renitente trabalho escravo.

Todo vez que ouço um sacoleiro de Miami falando mal do Brasil porque pode comprar ternos chineses mais baratos em terras ianques lembro de Nelson Rodrigues e do Complexo de Vira-Latas da nossa classe média. Digo classe média porque a elite não compra em Miami. Nossos ricos, não nossa classe média, compram na Via Mazzini, onde um simples par de sapato pode custar mais de U$ 2.500 dólares. Só o Diabo Veste Prada

É claro que o Brasil tem problemas, sendo que o maior deles é nossa herança colonial, a República dos Doutores. Deste período também herdamos a ideologia do “melhores quadros”, transformada pela reengenharia do PSDB em meritocracia ou choque de gestão. Todos sabemos em que consiste a meritocracia no PSDB, Aécio Neves é melhor exemplo disso. Nunca teve outra atividade além de político, embora aos 17, quando ainda era estudante no Rio de Janeiro, já tinha um emprego fixo no Gabinete do Tio, em Brasília. Quais eram seus méritos para ganhar emprego de gerente na Caixa Econômica Federal? Se fosse pelos méritos, quem deveria ter ganho estes empregos seria sua irmã, Andrea Neves. Aliás, o cabide em que José Serra pendurou a irmã da amante de FHC, Margrit Dutra Schmidt, explica um bocado a respeito da elite que troca o Brasil pela Avenue Foch. Esta meritocracia esqueceu Luciana Cardoso, irmã de FHC, por longos anos no gabinete do Heráclito Fortes. O choque de gestão ficou claro quando FHC entregou para seu genro, David Zylbersztajn, a administração da Agência Nacional de Petróleo.

Nossos vira-latas adoram citar “o Brasil não é um país sério”, porque tomam a si por medida. Atribuem a frase, por ignorância ou má-fé, ao estadista francês Charles De Gaulle. Uma frase destas jamais sairia da boca de um estadista como Charles de Gaulle. É frase típica do vira-latismo das nossas elites, que vestem camisas da CBF para protestarem contra a corrupção. Referendar a CBF não é coisa de ignorante, é comportamento de mau caráter.

Gosto do Brasil porque até corvos como Carlos Lacerda e seu clone, Aécio Neves, podem, de tanto cuspirem pra cima, se afogarem no próprio cuspe.

Gosto do Brasil porque, por vezes, até no STF há republicanismo, como faz agora Teori Albino Zavaschi, liberando integramente, sem vazamentos seletivos, a felação premiada do Delcídio Amaral. A seletividade continua existindo na velha mídia, divulgando seletivamente apenas as partes que endossam seu golpismo. E é compreensível, porque o golpismo está no DNA das cinco irmãs (Veja, Folha, Estadão, Globo & RBS). Elas não sobrevivem, como prova a falência da RBS em Santa Catarina, sem os dutos públicos. Veja que no RS o governo Sartori parcela o salário dos funcionários mas paga em dia a publicidade na RBS. Quem empresa deixaria de pagar seus funcionários para investir a publicidade? Para ficar no âmbito do Tiririca da Serra,  nem a Tumeleiro.

Gosto deste Brasil republicano dos governos de esquerda, que fortalecem as instituições. Só assim para que ocorra operações como Zelotes, a Ouro Verde e a Pavlova (entenda também porque não sai na imprensa gaúcha). Só deste modo ficamos sabendo das atividades do Delcídio Amaral, Eduardo CUnha, Márcio Fortes, Aécio Neves, famiglia Sirotsky, Gerdau, Nardes, Capez, dos coxinhas do Parcão, além da extensa Lista Falciani do HSBC

15/03/2016

Biografia bonsai do golpismo vira-lata

#GlobolpeO japonês bonzinho dos golpistas paraguaios teve seu afastamento confirmado pelo STJ. E não por excesso de trabalho, muito menos por reputação ilibada. Vai-se mais um herói dos fascistas. Já tinham ido o “somos todos CUnha”, o Napoleão das Alterosas, a “a voz à procura de um cérebro”. Os últimos dos moicanos, desde sempre alcovitados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, os neofascistas deixaram sem merenda na marcha dos zumbis. É bonito ver Fernando Francischini e Beto Richa engrossando o coro contra a corrupção. Só doentes para não perceberam o tamanho da hiPÓcrisia que tomou conta da turba que votou no Aécio. Até o banqueiro da Brasif, Cláudio Procownick, levou sua escrava, porque pode pagar, a tira-colo para as manifestações. Quer violência maior do que atirar um punhado de dinheiro na cara de alguém obrigado a cumprir um papel que vai de encontro aos seus interesses?! O que o banqueiro fez para melhorar a vida dos que ele emprega como “domésticos”? Será que ele viu o filme “Que horas ela volta?”?! O que ele diria se, ao invés de FHC, Lula tivesse sustentado Miriam Dutra na Espanha para que a Globo continuasse com o governo na mão?!

Em Porto Alegre, o pessoal pego na Operação Portocred, vestindo camisas Padrão FIFA da CBF, se fizeram de cortina para protegerem a RBS & Gerdau da Operação Zelotes. Não lembraram de Augusto Nardes nem de ninguém do PP gaúcho… Por quê? Certamente não é pela falta de informação. Pode-se botar, sem qualquer margem de erro, na deformação do caráter. Nunca, nem aqui nem na China, curso superior e acesso à cultura supriu o maucaratismo. Por que ninguém fala na Lista Falciani do HSBC? Ora, ninguém é obrigado a se auto incriminar, diriam os palhaços…

A Rede Globo, que amadrinhou a manada para o golpe paraguaio tem mais interesse que seus amestrados na deposição de Dilma. Além do envolvimento de todos os seus varões de Plutarco, a própria tem muito a se explicar. E não se trata apenas da parceria com J. Hawilla, nem a longeva irmandade com João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero. Com estes sonegou os valores decorrentes das Copas de 2002 e 2006. Pior do que isso é a tentativa de capturar a Justiça mediante estatuetas, sem contar o ninho de captação, o Instituto Innovare. A cereja do bolo é informação pela imprensa do exterior, Bloomberg, que a mansão irregular de Paraty estaria em nome de offshore ligada a empresa investigada na Lava Jato (Mossack Fonseca). Por aí se confirma: tudo o que é imputado ao Lula decorre do fato de eles tomarem a si por parâmetro. Por fazerem se julgam no direito de atribuírem a outrem suas práticas.

Os golpistas sabem perfeitamente de tudo. Então, se apesar de saberem que são apenas bois de piranha, continuam se deixando conduzir bovinamente é porque o nível ético está abaixo do cu do cachorro. Não se importam em cumprirem o papel de biombo dos corruptos. Como podem explicar a derrubada de Dilma para porem Michel Temer, Renan Calheiros ou Eduardo CUnha? Não se trata do Aécio Neves, que já está sendo derrubado pelos seus pares paulistas. A briga de bugio entre Doria e Matarazzo diz muito a respeito dos que vivem acusando a Presidenta Dilma. Nunca os nomes do PSDB foram tão apropriados para uma disputa política “Dó Ria e Mata Razo”! Estes são aqueles que a imprensa trata por semideuses na comparação com a “demoníaca” Dilma.

Não houvesse o compadrio do MPF que alcovita o Napoleão das Alterosas, o pentacitado nas delações premiadas já teria sofrido o sequestro que Lula suportou. A caçada ao Lula explica porque os corruptos devem ser protegidos. Preso Lula e derrubada Dilma, sai Janot e entra Rodrigo de Grandis. No Ministério da Justiça entra Newton Ishii pelos relevantes serviços prestados à tríplice fronteira… Silas Malafaia, Marco Feliciano e até Marcola ocupariam Ministérios. Merval Pereria ou seria o porta-voz, como ACM no tempo de Tancredo e Sarney, Ministro das Comunicações. E assim a Rede Globo voltaria a tomar empréstimo do BNDES…

O melhor roteiro da insana caçada ao Lula Gigante foi escrita pelo auditor da Receita Federal Allan Patrick, mas nem a genialidade de Kafka, lembrada por ele, conseguiu construir um Processo mais ensandecido que a legião de zumbis que rondam a vida do Lula.

Fico me perguntando o que fariam depois de uma eventual prisão do Lula?! Iriam voltar a arrancar maconha no polígono das secas?! Trabalhariam de freelance para  Rede Globo? Virariam guardas de aeroportos clandestinos? Conduziriam os heliPÓpteros para ancoradouros seguros, mais próximos dos consumidores?! Só a total inversão de valores explica porque todo o PSDB e PP são condenados no exterior enquanto gozam de imunidade e proteção mafiosa pelas instituições aparelhadas de golpistas.

Quem está adorando tudo isso são os mesmos que estiveram no Egito, Líbia, Ucrânia, Síria & Venezuela. Coincidentemente, todos países produtores de petróleo, como o Brasil do Pré-Sal. Alguém ainda lembra do Edward Snowden e as revelações de que NSA grampeava Dilma e a Petrobrás?! Não? Que conveniente…

Golpe Paraguaio. Nunca um nome foi tão apropriado para o que está acontecendo no Brasil. E não é porque foi importado do Paraguai pelo japonês bonzinho…

26/01/2016

Procurando bem, todo mundo tem…

Esse procurador aí não sabe de nada. Bastaria conversar com seus colegas com os delegados da PF, pois todos sabem, o foco sempre foi e será Lula. A caça ao Lula é o prêmio que pode render uma estatueta da Rede Globo comprada com o dinheiro sonegado.

E tudo parece mancomunado para escantear na Zelote  os grandes financiadores ideológicos,  Gerdau & RBS. Não é sem motivo que a RBS esteve no consultório sentimental da Procurada Chefe do RS quando ambos fizeram um estrondoso silêncio sobre a Zelotes. Pelas mesmas razões que a Lista Falciani do HSBC sempre contou com o silêncio concupiscente do trio parada dura PF/MPF/mídia. Veja que que coincidência, ninguém mais fala no Eduardo CUnha. Os 300 mil do Aécio viraram pó. Os U$ 100 mil do FHC na Argentina também vazaram para as Malvinas. Mas Lula, seus filhos, noras e cunhadas do Vaccari não têm sossego.

De tudo isso sobra que a propalada escalada do MPF contra a corrupção é diversionismo. Querem apenas eliminar a concorrência na corrupção. A seletividade, como diria aquela Ministra do STF, é fundamento jurídico que prescinde da teoria do domínio do fato 

Como sabemos, a direita golpista, mídia e seus financiadores ideológicos, são a verdadeira Ciranda da Bailarina dos Saltimbancos:

Procurando bem
Todo mundo tem pereba
Marca de bexiga ou vacina
E tem piriri, tem lombriga, tem ameba
Só a bailarina que não tem

‘Não existe ato de Lula que seja alvo de investigação’

:

Procurador da República Frederico Paiva, que atua na Operação Zelotes, disse não ter entendido o motivo de a Polícia Federal ter ouvido Lula, uma vez que ele não é investigado; "Não entendi o motivo de o delegado ter ouvido o Lula neste caso", disse, no intervalo das audiências que ocorrem nesta segunda; "Ele não consta no rol de investigados. Em nenhum momento existe algum ato praticado por ele que tenha sido objeto [de investigação]"; o representante do Ministério Público ressaltou ainda que "o foco da investigação é o tráfico de influência e corrupção no Carf"; na última semana, o advogado Cristiano Martins, que defende Luis Claudio Lula da Silva no processo da Zelotes, disse que as investigações mudaram o foco para a suposta "compra" de medidas provisórias para atingir o ex-presidente

25 de Janeiro de 2016 às 15:49

247 – O procurador da República Frederico Paiva, que atua na Operação Zelotes, afirmou não ter entendido o motivo de a Polícia Federal ter chamado o ex-presidente Lula para depor no caso, uma vez que ele não está entre os investigados no caso.

"Não entendi o motivo de o delegado ter ouvido o Lula neste caso", disse o procurador, no intervalo das audiências que ocorrem nesta segunda-feira 25 e que devem se estender até quarta 27. "Ele não consta no rol de investigados. Em nenhum momento existe algum ato praticado por ele que tenha sido objeto [de investigação]", acrescentou, segundo reportagem de Letícia Casado, do Valor Econômico.

Questionado sobre o que a PF poderia querer saber sobre Lula, Paiva respondeu: "Tem que perguntar ao delegado, não para mim". Segundo ele, "em nenhum momento, a denúncia relata que houve por parte da Presidência da República, seja lá qual for, uma compra direta [de medidas provisórias]".

O representante do Ministério Público ressaltou ainda que "o foco da investigação é o tráfico de influência e corrupção no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)". A Operação Zelotes, que começou apurando um esquema que beneficiava empresas com dívidas na Receita Federal, mudou sua linha para a "compra" de MPs.

Na última semana, o advogado Cristiano Martins, que defende o empresário Luis Claudio Lula da Silva, filho de Lula, no processo da Zelotes, disse que as investigações mudaram o foco para atingir o ex-presidente. "Ela nasceu para apurar um suposto desvio de R$ 19 bilhões em fraudes no Carf, mas virou um instrumento de perseguição e de tentativa de incriminar o Luis Cláudio para atingir o Lula", apontou.

‘Não existe ato de Lula que seja alvo de investigação’ | Brasil 24/7

12/01/2016

MPF zela pela RBS

Filed under: Golpe Paraguaio,MPF,Operação Pavlova,Operação Zelotes,RBS — Gilmar Crestani @ 11:14 pm
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zelotes 87365_nUm funcionário da RBS foi no gabinete da Procuradora Chefe no RS, Patrícia Weber. Foi uma entrevista ao estilo Ana Maria Braga. Não sei se foi só uma troca de gentilezas ou o estreitamento de uma parceria. O celetista não falou e a Procuradora Chefe esqueceu de falar na Operação Zelotes e na Operação Pavlova. Talvez ela quisesse demonstrar que não se deve falar em corda em casa de enforcado, exatamente quando um funcionário dos enforcados lhe abria os microfones, mas a impressão não melhora a imagem que ficou a respeito de ambas as partes. Da chefe dos procuradores esperava uma postura um pouco mais condizente, afinal, o mote da entrevista era a busca de uma emenda popular patrocinada pelo MPF para combater a corrupção. Por que esta postura subserviente diante de um simples funcionário da Rede Baita Sonegadora? Lembrou de todas as operações, mas esqueceu-se da principal, a que envolvia os patrões do estafeta. De outra banda, com que autoridade a empresa envolvida no ato de corromper pode querer dar lição a respeito dos melhores rumos que se pode dar ao combate à corrupção?! A se acasalarem no combate à corrupção, o MPF & RBS não só não contribuem com a bandeira em que se enrolaram, como deixam a entender, como diria o velho gaudério, Barão de Itararé, que de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada.

Se a entrevista foi um contubérnio, outra se fez de maior espanto. O deputado gaúcho, Paulo Pimenta é considerado um D. Quixote em fazer com que as investigações da Operação Zelotes não adormeça nas gavetas dos Rodrigo de Grandis. Por isso mesmo a entrevista que deu aos veículos da RBS parece tentativa de quem quer se homiziar. Não faz sentido alguém que vem sendo achincalhado pela Rede Bunda Suja, que suja a bunda sentado no bando de entrevistado. Paulo Pimenta se soma a outros deputados gaúchos diuturnamente atacados pela RBS mas que no primeiro aceno, como mariposas, se atiram para debaixo dos holofotes.

Para estas personagens parece normal que a RBS pague R$ 11,7 milhões para escapar de R$ 113 milhões. E isso não é exceção. Basta ver que Marice Lima foi presa pelo simples fato de ser cunhada de Vaccari, enquanto outras mulheres continuam soltinhas: Andrea Neves, irmã de Aécio Neves; Cláudia Cruz, mulher do Eduardo CUnha.

Entendeu porque a mídia e seus midiotas tanto falam nos filhos, noras e cunhadas de petistas mas fazem silêncio ensurdecedor a respeito dos verdadeiros corruptores deste país?! Por que ninguém fala no sobrinho do Augusto Nardes? Ou no filho do Aroldo Cedraz? Ah, também não falam dos filhos dos Sirotskys

    Relatório da Procuradoria Federal ao STF sobre o caso da RBS na Zelotes: rastros de uma operação que provoca arrepios

    Postado em 12 de janeiro de 2016 por Juremir

    Mais um capítulo da história da RBS na Operação Zelotes

    Como envolve personalidades com foro privilegiado, a Procuradoria enviou relatório ao STF.

    É o inquérito 4150.

    A relatora é a ministra Carmem Lúcia.

    Resumo da ópera.

    2001: a RBS é autuada. Deve a bagatela de mais de R$ 258 milhões ao fisco. É o resultado de uma operação chamada de casa e separa pela qual se consegue deixar de pagar parte do que se deve ao leão.

    2002: A RBS decide recorrer. Contrata o escritório de advocacia Dias de Sousa para isso. O recurso não leva. A dívida é confirmada.

    2003: Novo recurso da RBS leva a melhor.

    2005: A Fazenda, finalmente informada, recorre.

    2008: Fazenda perde.

    2009 e 2010: guerra de embargos declaratórios.

    2010: Delegacia da Receita Federal de Porto Alegre recorre. Leva.

    2011: novos recursos da RBS. Vitória definitiva. O escritório contratado leva mais de R$ 7 milhões pelo êxito. Em 2005, contudo, a RBS contratou uma consultoria para cuidar do caso: a SGR, que se associou à N&P, que hoje se chama Planalto. Assinou o contrato pela RBS o hoje deputado Afonso Motta. A Planalto era de Augusto Nardes, que, no mesmo ano, tornou-se ministro do Tribunal de Contas. Assinou pela N&P Juliano Nardes, sobrinho de Augusto Nardes, que só entraria oficialmente na empresa em 2008. Um dos envolvidos na operação RBS citado é José Ricardo da Silva, conselheiro do CARF, órgão encarregado de julgar os recursos contra a Receita Federal, que foi tragado pelo ralo da Operação Zelotes e vê o sol nascer quadrado. José Ricardo teria transferido recursos para a Ecoglobal Autolocadora de Automóveis, empresa de Juliano Nardes, homem da Planalto, etc.

    O material que segue historia cada passo do imbróglio.

    É tão excitante quanto a Regra do Jogo.

    O jogo, no caso, está no tapetão.

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    Juremir Machado da Silva | Blogs

    28/12/2015

    Flagrado no golpe, Nardes diz que vai relatar na privada

    nardes na zelotes Na reunião dos sete anões, só Eduardo CUnha não apareceu no retrato. Estava ocupado demais em chantagear.

    Eu estive na Sicília e em muitos lugares vi reuniões como essa em bares, restaurantes. No caminho de Agrigento para Palermo, parei em Corleone. Vi naquele mítico lugar senhores mais honestos do que estes. Como diria minha avó, o melhor não dá sabão… em pó! Se isso aí não é tráfico de influência então não sei o que seja.

    Para se ter uma ideia do tamanho do Nardes, ele está Ministro do tCU graças ao famigerado Severino Cavalcanti, o breve. Nardes ainda precisa explicar não apenas a Operação Zelotes, que goza de um silêncio ensurdecedor de seus parceiros mafiomidiáticos, mas porque todos seus correligionários do PP gaúcho foram pegos na Operação Lava Jato. Seu ódio à Dilma deve-se ao fato de que ela, ao contrário de FHC, não quer engavetamento de investigações.

    São personagens como Augusto Nardes, Lasier Martins, Luis Carlos Prates, Ana Amélia Lemos, Luis Carlos Heinze,  José Otávio Germano e Afonso Motta que levam os midiotas gaúchos pedirem a separação do RS do resto do Brasil, cantando: “Sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra…”

    Como não sou Presidenta, que espera não sobrar pedra sobre pedra, desejo-lhe boa cobertura, de pedra sobre pedra…

      Pedro Maciel

      Advogado, sócio da Maciel Neto Advocacia, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007

      ¿Por qué no te callas Augusto Nardes?

      27 de Dezembro de 2015

      Por qué no te callas? Foi uma frase dita pelo rei Juan Carlos da Espanha ao presidente Hugo Chaves durante a XVII Conferência Ibero-Americana que acontecia no Chile em 2007.

      O motivo da malcriação do rei coroado pelo Franquismo foram as interrupções de Chaves durante a resposta do primeiro-ministro espanhol Jose Luis Rodriguez Zapatero emdefesa do ex-primeiro-ministro José Maria Aznar, a quem Chávez criticou duramente devido ao suposto apoio de Aznar ao fracassado golpe de estado contra o presidente Chaves em 2002.

      Lanço mão da frase do rei Franquista, jocosamente, pedir aos Ministros do TCU que se calem, pois o trabalho “técnico” deles acabou com a entrega do parecer que sugeriu a reprovação das contas de 2014 da Presidente Dilma Rousseff, não cabe a eles nenhuma critica pública ao senador Gurgacz, pois o trabalho agora é do congresso. A questão técnica será considerada, mas a questão não é apenas técnica, nunca foi.

      Um registro. Fico espantado ao ver o espaço que o tal Relator das contas de Dilma, Augusto Nardes, ainda tem na mídia tradicional e não tradicional, afinal esse senhor está envolvido no escândalo do CARF, por exemplo… O relatório produzido por investigadores da Operação Zelotes que aponta indícios sérios de que Augusto Nardes teria recebido R$ 2,6 milhão no contexto do escândalo do CARF; a Operação Zelotes investiga possíveis fraudes para comprar decisões no conselho. E o “impoluto” Nardes teria recebido a quantia de uma empresa de lobby, entre dezembro de 2011 e janeiro de 2012, quando Nardes já era ministro do TCU.

      E essa não é a única “arte” de Nardes… O gaúcho João Augusto Ribeiro Nardes legitimo herdeiro da UDN, foi vereador pela ARENA, deputado estadual pelo PDS em 1986, e já com a democracia vigente no Brasil, 1990, foi reeleito pelo PPR, um dos braços da ARENA que tinha como liderança Paulo Maluf; seu partido se tornou PPB e, depois, o que até hoje é denominado como PP. Por essas siglas, Nardes foi deputado federal de 1994 a 2005, quando renunciou para assumir a cadeira no TCU.

      Na sua primeira visita como réu no STF, Nardes foi processado em agosto de 2004 por crime eleitoral, peculato e concussão, por omissão de declaração em prestação de contas, quando concorreu à deputado federal, na Ação Penal 363. Na época, o ministro relator Marco Aurélio acatou a sugestão do então procurador-geral da República, Claudio Fonteles, propondo um acordo com Augusto Nardes, por não possuir antecedentes criminais, não foi absolvido, foi bem defendido. Há ainda o alegado envolvimento do ministro do TCU com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), mais especificamente com o esquema de controle e direcionamento de dinheiro público para as obras do Ministério dos Transportes, tem base no posto assumido por seu irmão, Cajar Nardes, em 2008, na gerência de projetos do Dnit.

      Ou seja, seria bom o Ministro Nardes calar-se e fazer uma análise de sua própria trajetória e do órgão técnico ao qual ele está vinculado, pois deve ser incomodo às pessoas de bem conviver com a suspeição que paira sobre a rápida ascensão do filho do presidente do TCU Tiago Cedraz, advogado que em menos de oito anos tornou-se milionário e que até ação da Policia Federal circulava sem constrangimentos pelos corredores do TCU ao lado de seus clientes famosos.

      Ademais, o argumento do Senador Gurgacz é sério: "é preciso ter cuidado para não criar, ao se reprovar as contas, uma jurisprudência que possa trazer um engessamento das administrações públicas nos três níveis: federal, estadual e municipal", e segue dizendo, "Temos 14 estados que nesse ano não cumpriram a meta fiscal. Estados governados por vários partidos. Por isso a importância de fazermos um relatório baseado na legalidade, na Constituição e não só baseado na presidente atual, mas na condição de gestão dos governos” e eu acrescento, um relatório baseado no interesse público, pois é sobre esse principio que os demais se sustentam.

      Pedro Benedito Maciel Neto, advogado, sócio da MACIEL NETO ADVOCACIA, autor de “Reflexões sobre o estudo do Direito”, Ed. Komedi, 2007.

      ¿Por qué no te callas Augusto Nardes? | Brasil 24/7

      21/12/2015

      Rede Bunda Suja no mercado de bundas limpas

      zelotes 87365_nUm midiota, aquele que acredita em tudo o que os grupos mafiomidiáticos dizem, jamais se pergunta: quem paga a conta dos eventos aos quais a RBS se faz presente? Os cidadãos daquela cidade. A RBS não vai a lugar algum sem que morda o erário.

      Veja-se o caso do funcionário da RBS, Lasier Martins. Com uma Agenda 2020 e um partido de aluguel, se elegeu-se senador. E assim Vieira da Cunha virou secretário do Tiririca da Serra… Nos tais de encontros pelo interior, a RBS ganhava duplamente. Fazia-se presente na comunidade e a comunidade arcava com os custos de sua estadia aí. Os financiadores ideológicos, autores da Agenda 2020 do Lasier Martins & RBS, são os mesmos que financiam gente como Eduardo CUnha e são favoráveis ao finanCIAmento privado das campanhas. Eles estão acostumados a adquirirem democracia à sua feição. Se não forem, vão atrás de golpe. Os golpistas, de 1954, 1964 e de agora tem origem nos recursos dos que se locupletam com o Estado em parceria com o PIG.

      O mercado de eventos da RBS no Litoral é uma parceria entre esta empresa e políticos da estirpe de Eduardo CUnha do Litoral. De um lado, a feira de tóxico e bebidas alcoólicas para jovens em Atlântida, de outro o açougue de bundas em Capão da Canoa. No meio, uma turba de midiotas que são cavalgados e seguem bovinamente o que a  Baita Rede Sonegadora diz.

      Possível desvio de recursos da Prefeitura de Capão da Canoa à RB$

      Por jloeffler – No dia 20/12/2015

      Possível desvio de recursos da Prefeitura de Capão da Canoa à RB$

      Jorge Loeffler
      20:17 (Há 1 minuto)</JORGE.LOEFFLER@GMAIL.COM>

      para Ministério
      http://praiadexangrila.com.br/grupo-busca-reduzir-salarios-de-prefeito-e-vereadores-de-tramandai/

      Grupo busca reduzir salários de prefeito e vereadores de Tramandaí

      Por jloeffler – No dia 20/12/2015

      Eis aí o resultado da campanha da RB$ contra o Legislativo de Tramandaí. Uma empresa desonesta como a RB$ que costuma não somente deixar de pagar o IR assim como acertar-se com corruptos para não pagar nem mesmo aquilo que declara tem a pretensão de ditar normas de conduta em municípios praianos. Isto a RB$ não faz em Capão da Canoa por que em meados de março ali realiza a maior feira de ovelhas deste país onde papais e mamães ‘zelosos’ colocam suas crias à disposição do mercado. A ‘honesta e proba’ RB$ leva daquela Prefeitura a modesta quantia de MEIO MILHÃO DE REAIS, dinheiro dos contribuintes que é desviado de sua finalidade. Vou encaminhar o link dessa post ao MP da Comarca de Capão da Canoa na expectativa de que o mesmo faça o seu dever, evitando assim esse desvio de recursos públicos de sua finalidade que não é pagar festas à REDE BAITA $ONEGADORA.
      O Editor

      __________________________________________________________

      by Gastão Muri

      Ação aconteceu na Praça Leonel Pereira

      Hoje à tarde o grupo “Tramandaí em Ação” realizou coleta de assinaturas na Praça Leonel Pereira, centro de Tramandaí, visando reduzir os salários do prefeito e vereadores.

      BOBOS À SERVIÇO DA RB$
      O grupo considera que o Legislativo do município não vem realizando um trabalho que contente à comunidade, o que se reflete na contrariedade de diversos segmentos da comunidade em relação aos salários dos vereadores. Moradores de Tramandaí e da Região Metropolitana assinaram o manifesto.
      O grupo também aponta o elevado gastos em diárias por parte da Câmara como uma afronta à comunidade.

      Fonte: https://gastao30.wordpress.com/2015/12/20/grupo-busca-reduzir-salarios-de-prefeito-e-vereadores-de-tramandai/

      Praia de Xangri-Lá | Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

      16/11/2015

      A Rede Globo tem princípios; coincidência, Beira-Mar e Mar-Cola também

      Eu digo que ninguém o obrigado a consumir os produtos oferecidos pela dupla Fernandinho Beira-Mar e Marcola. Assim como FHC não foi obrigado pela Revista Trip a fazer apologia de drogas ilícitas. Não foi nenhum petista que pediu para o Mauro Chaves escrever “Pó pará, governador”. E, como qualquer pessoa bem informada sabe, Juca Kfouri não só não é petista como é tucano.

      Por que esta digressão incluindo drogas e personagens vendidos em embalagens que fazem lembrar o atentado da bolinha de papel?! Simples, a linha editorial da Rede Globo parece desenvolvida por toxicômanos inveterados. Só lesões cerebrais explicam a cruzada da Globo contra a lei que pune quem age sem ética na divulgação de informação. Se a Rede Globo se pautasse com respeito, ética e bom senso não teria porque se preocupar com a lei que busca garantir que pessoas não sejam enxovalhadas por máfias travestidas de órgãos de imprensa.

      A respeita da Rede Globo basta dizer que não só esteve à frente dos golpistas, como saudou a chegada da ditadura. A ditadura, via EMBRATEL, fez da Globo o maior grupo de comunicação do Brasil. De braço dado com ditadores, Roberto Marinho é a estrela do documentário Muito Além do Cidadão Kane.

      Na democracia, a Rede Globo captura, mediante estatuetas, pessoas que possam de alguma forma se submeterem aos seus interesses. Assim, as denúncias de sonegação nos pagamentos relativos às transmissões da Copa de 2002, ficam sem repercussão. Nenhum veículo, com medo da mão pesada da Rede Globo, ousa apontar as relações da famiglia Marinho com J. Hawilla, Ricardo Teixeira, João Havelange ou José Maria Marin.

      A Globo, quando fala no heliPÓptero, não diz que Zezé Perrella é amigo de Aécio Neves, mas quando fala de Bumlai, diz “amigo do Lula”. A Globo não só não fala sobre a Operação Zelotes como jamais diria, RBS, filiada da Rede Globo, foi pega na Operação Zelotes pagando R$ 11 milhões para se livrar de R$ 110 milhões em impostos. O Jornal Nacional não sabe do que se trata na CPI do CARF. Jamais deu atenção à Lista Falciani do HSBC. Não precisa dizer porque. A Lei Rubens Ricúpero, promulgada via Parabólica, sob os auspícios do global Carlos Monforte, explica tudo.

      A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende

      A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende

      dom, 15/11/2015 – 08:43

      Atualizado em 15/11/2015 – 08:48

      Do blog do Sidney Rezende

      Chega de notícias ruins

      por Sidney Rezende

      Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da imprensa só dão ‘notícia ruim’?"

      O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.

      Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!

      Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.

      O "ministro" Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos "morrendo afogados". Ele está certo.

      Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está cada vez mais difícil defender o governo".

      Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.

      O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.

      Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.

      Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.

      Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.

      É hora de mudar. O povo já percebeu que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.

      Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.

      Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?

      A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende | GGN

      26/10/2015

      RBS & Globo, muito além da corrupção

      RBS Ana ALCada dia que passa fica mais fácil de entender porque a RBS e a Rede Globo tanto apoiaram a Marcha dos Zumbis. A divulgação da Agenda 2020 também ajudam a entender o modus operandi da RBS. Com tudo isso, ainda não está fácil de entender como um grupo pode por tanto tempo corromper tanta gente.

      A manada de midiotas amestrados, que se perfilam ao padrão de sonegação da RBS, a ponto de defenderem que sonegação não é crime, é ainda algo inexplicável à luz da razão. Mas, no mundo dos mortais, há explicações que a própria razão desconhece. O ódio desmedido com que a RBS se atirou contra Olívio Dutra e Diógenes de Oliveira é como meia palavra a bom entendedor. A RBS, cria da ditadura, não tem aptidão para viver na democracia. Alguns fatos provam isso. Quando Luis Fernando Veríssimo chamou Fernando Collor de Mello de ponto de interrogação bem penteado, a Zero Hora suspendeu-o. Como explicar que um jornal não só sobreviva a uma ditadura como cresce com ela, sem nunca ser importunado por ela, a ditadura, mas seja apreendido nas primeiras eleições livres após a ditadura? Simples, a RBS é fruto podre da ditadura. A caçada ao Olívio Dutra se explica pelo mau costume da RBS vive das tetas do Estado. A mudança na distribuição das verbas publicitárias foi uma facada nas costas da RBS.

      O ódio ao Olívio começou quando desbancou o cavalo paraguaio, Antonio Britto, que havia doado a CRT à RBS.

      A RBS conseguiu em Vieira da Cunha, uma pessoa com sobrenome e costume parecidos com o atual Presidente da Câmara Federal, para tentar desmoralizar o Governo Olívio. Afinal, como podia um governador do RS não só se negar a transferir recursos públicos a uma montadora, como também criar uma Universidade Estadual, a UERGS? Então inventaram uma CPI da Segurança. E foi nela que apareceu pela primeira vez que a RBS tinha uma subsidiária nas Ilhas Cayman…

      Para resumir, Vieira da Cunha trouxe para o PDT quem fazia com ele dobradinha na RBS, Lasier Martins. Vieirinha virou Secretário do pior governo de Estado que já tivemos, e olha que Yeda Crusius, outra cria da RBS, já foi um desastre estupendo. E Lasier Martins é o segundo senador da RBS em Brasília. Já tinha Ana Amélia Lemos, cujo passado se confunde com a RBS.

      O ódio a Lula, Dilma e ao PT pode ser explicado pela derrocada econômica da RBS, mas muito mais pela derrocada moral. Como não odiar quem disse que, para combater a corrupção, não deixará “pedra sobre pedra”, doa a quem doer?!

      As provas: Globo (RBS) deu R$ 12 milhões na Zelotes

      publicado 24/10/2015 –

      A Zelotes tem muito mais roubalheira que toda a Vara do Moro – PHA

      operação zelotes

      O Conversa Afiada reproduz matéria de Najla Passos, na Carta Maior:

      RBS, afiliada da Globo, pagou R$ 11,7 milhões para conselheiro do CARF

      A Operação Zelotes apura o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões
      Najla Passos
      Documentos sigilosos vazados nesta quinta (22) comprovam que o Grupo RBS, o conglomerado de mídia líder no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, pagou R$ 11,7 milhões à SGR Consultoria Empresarial, uma das empresas de fachada apontadas pela Operação Zelotes como responsáveis por operar o esquema de tráfico de influência, manipulação de sentenças e corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), o órgão vinculado ao Ministério da Fazenda que julga administrativamente os recursos das empresas multadas pela Receita Federal.
      A SCR Consultoria Empresarial é umas das empresas do advogado e ex-conselheiro do CARF, José Ricardo da Silva, indicado para compor o órgão pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e apontado pela Polícia Federal (PF) como o principal mentor do esquema. Os documentos integram o Inquérito 4150, admitido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na  última segunda (19), que corre em segredo de justiça, sob a relatoria da ministra Carmem Silva, vice-presidente da corte.
      Conduzida em parceria pela PF, Ministério Público Federal (MPF), Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda e Receita Federal, a Operação Zelotes, deflagrada em março, apurou o envolvimento de funcionários públicos e empresas no esquema de fraude fiscal e venda de decisões do CARF que pode ter causado um prejuízo de R$ 19,6 bilhões aos cofres públicos. Segundo o MPF, 74 julgamentos realizados entre 2005 e 2013 estão sob suspeição.
      As investigações apontam pelo menos doze empresas beneficiadas pelo esquema. Entre elas a RBS, que era devedora em processo que tramitava no CARF em 2009. O então conselheiro José Ricardo da Silva se declarou impedido de participar do julgamento e, em junho de 2013, o conglomerado de mídia saiu vitorioso. Antes disso, porém, a RBS transferiu de sua conta no Banco do Rio Grande do Sul, entre setembro de 2011 e janeiro de 2012, quatro parcelas de R$ 2.992.641,87 para a conta da SGR Consultoria Empresarial no Bradesco.
      Dentre os documentos que integram o Inquérito 4150 conta também a transcrição de uma conversa telefônica entre outro ex-conselheiro do Carf, Paulo Roberto Cortez, e o presidente do órgão entre 1999 e 2005, Edison Pereira Rodrigues, na qual o primeiro afirmava que José Ricardo da Silva recebeu R$ 13 milhões da RBS. “Ele me prometeu uma migalha no êxito. Só da RBS ele recebeu R$ 13 milhões. Me prometeu R$ 150 mil”, reclamou Cortez com o então presidente do Carf.
      Suspeitos ilustres
      Os resultados das investigações feitas no âmbito da Operação Zelotes foram remetidos ao STF devido às suspeitas de participação de duas autoridades públicas com direito a foro privilegiado: o deputado federal Afonso Motta (PDT-RS) e o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes. O deputado foi vice-presidente jurídico e institucional da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul. Os termos de sua participação no esquema ainda são desconhecidos.
      Nardes, mais conhecido por ter sido o relator do parecer que rejeitou a prestação de contas da presidenta Dilma Rousseff relativa ao ano de 2014, por conta das polêmicas “pedaladas fiscais”, é suspeito de receber R$ 2,6 milhões da mesma SGR Consultoria, por meio da empresa Planalto Soluções e Negócios, da qual foi sócio até 2005 e que ainda hoje permanece registrada em nome de um sobrinho dele.
      Processo disciplinar
      Nesta quinta (22), a Corregedoria Geral do Ministério da Fazenda anunciou a instalação do primeiro processo disciplinar suscitado pelas investigações da Operação Zelotes. Em nota, o órgão informou que o caso se refere a uma negociações para que um conselheiro do CARF pedisse vistas de um processo, sob promessa de vantagem econômica indevida, em processo cujo crédito tributário soma cerca de R$ 113 milhões em valores atualizados até setembro.



      As provas: Globo (RBS) deu R$ 12 milhões na Zelotes — Conversa Afiada

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