Ficha Corrida

22/02/2016

FIFA no fiofó da Globo

 

Para entender o braço da FIFA no Brasil

seg, 22/02/2016 – 00:13 – Luis Nassif

Nos anos 70 a TV a cabo começou a ganhar força, assim como as transmissões esportivas internacionais. As redes de TVs tornam-se globais. E os eventos esportivos ganharam dimensão internacional. Ao mesmo tempo, a inclusão da África e da Ásia no negócio futebol ampliaram de forma inédita seu alcance.

É nesse novo quadro tecnológico que o futebol se torna um negócio bilionário. Na hora certa, no lugar certo, o cartola brasileiro João Havelange ajudou a dar forma final à FIFA. Desde os anos 20 o esporte já se constituía nos eventos de maior audiência do rádio. Com os avanços tecnológicos, os grandes espetáculos esportivos passaram a dispor de uma audiência global. E, dentre todos os esportes, nenhum chegou perto da popularidade e abrangência do futebol.

Em pouco tempo monta-se a rede global, com os seguintes personagens:

1.     A FIFA.

2.     As confederações

3.     Os clubes

4.     Os grupos de mídia hegemônicos em cada país filiado.

A parte econômico-financeira é composta do patrocínio aos torneios globais, torneios regionais e campeonatos nacionais. E os eventos os financeiros ocorrem na compra de direitos de transmissão para cada um dos eventos e nos patrocínios, e no mercado de jogadores.

A partir desses elementos teceram-se as relações de influência que acabaram resultando na organização criminosa desbaratada pelo FBI.

A base do poder na FIFA são as confederações nacionais.

Para garantir a perpetuidade do poder, há uma aliança simbiótica entre os dirigentes da FIFA, os grupos de mídia nacionais e os dirigentes das Confederações.

Em parceria com a FIFA os grupos de mídia conseguiram a exclusividade para os grandes eventos, que garantem os grandes patrocínios. E conseguiram os patrocínios para os eventos regionais e nacionais. O dinheiro captado serviu para irrigar os clubes e garantir a perpetuidade política dos grupos que controlam as confederações.

Por seu lado, a parceria sempre se dá com os grupos de mídia politicamente mais influentes. E garante a blindagem dos dirigentes das confederações – não apenas perante os governos nacionais como perante os sistemas de investigação locais.

Esse modelo criou tal blindagem político-policial que acabou transbordando para outras formas de ação de crime organizado, como a lavagem de dinheiro através do superfaturamento dos contratos e do comércio de jogadores.

Segundo dados da OCDE, o mercado de jogadores movimenta US$ 4 bilhões/ano, dos quais US$ 1 bilhão proveniente de lavagem de dinheiro. Parte relevante do dinheiro lavado vem dos subornos pagos por emissoras de televisão e patrocinadores aos dirigentes esportivos.

A internacionalização do futebol

A ampliação da globalização acabou introduzindo novos elementos nessa equação.

O primeiro, o da criação da cooperação internacional para o combate ao crime organizado, que ganhou ênfase após os atentados das torres gêmeas.

Como as organizações criminosas atuavam em nível global, havia a necessidade de uma cooperação em nível internacional. E aí sobressaiu a maior competência dos órgãos de investigação norte-americanos, especialmente devido à integração entre o FBI e as forças de segurança, conforme anotou Jamil Chade, correspondente do Estadão em Genebra, em entrevista ao GGN, sobre o seu livro “Política, propina e futebol: Como o PADRÃO FIFA ameaça o esporte mais popular do planeta”.

E aí entraram em cena os interesses geopolíticos norte-americanos, a noção histórica de interesse nacional amarrado aos interesses dos grandes grupos que se internacionalizam.

Um dos últimos mercados nacionais protegidos era o das comunicações. E, nesse mercado fechado, as transmissões de partidas de futebol sempre foram um fator crítico para a hegemonia das emissoras. Basta conferir a imensa luta da Record para tentar romper com o monopólio das transmissões da Globo.

A entrada do FBI nas investigações coincide com a ofensiva internacionalizante dos grandes grupos de mídia norte-americanos e, também – segundo Chade – com as manifestações de junho de 2013 no Brasil, que passaram a percepção de que a opinião pública nacional não mais aceitaria passivamente a corrupção dos dirigentes esportivos.

Quando o FBI entrou na parada, o jogo passou a virar. A imensa organização criminosa começou a ruir. E, no rastro desse desmonte, teve início a invasão final dos grupos de mídia norte-americano sobre os superprotegidos mercados nacionais de mídia.

Segundo Chade, empresas como a Time Warner, Disney, ESPN montaram estratégias inicialmente fechando contratos com países e clubes menores, de maneira a cercar os esquemas dos clubes maiores, que dominavam as confederações.

Para se ter uma ideia do impacto do fim do monopólio das transmissões esportivas, analise-se o mercado britânico. Com a pulverização dos canais pagos, o único evento que consegue chegar em 15 pontos de audiência são as transmissões de partidas de futebol. O restante não passa de 5 pontos.

O papel da Globo na corrupção da Fifa

O imenso poder político desses grupos garantirá algum tempo a mais de blindagem, antes que a longa mão do FBI chegue até aqui. Em alguns casos, o que garante é a aliança com os governos nacionais.

Segundo Chade, a primeira reação dos dirigentes teria sido lamentar que as prisões tivessem ocorrido na Suíça. “Se isso acontecesse na América Latina, já tínhamos resolvido tudo e estaríamos em casa”, comentou um argentino, membro da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol).  “Mas eles não estavam no Brasil nem em outra república latino-americana. As prisões ocorreram justamente na Suíça, país que passou a colaborar de forma estreita com os EUA”, continua Chade.

No caso brasileiro, a Globo estreitou relações com o MPF, tornando-se a principal âncora da Lava Jato. No seu horizonte estratégico, certamente estavam os problemas que vinham pela frente.

As principais operações identificadas foram compra de votos para a Copa de 1998, para a Copa de 2010 e a compra de apoio para a eleição de Blatter em 2011. E, importante, “a realização de acordos para a Taça Libertadores, a Copa América, a Copa do Brasil e as suspeitas sobre os Mundiais de 2018 e 2022”.

Continua o livro:

“De uma maneira constante, segundo a Justiça, a propina teria sido paga a Teixeira e Havelange para que influenciassem a Fifa na decisão de quem ficaria com os direitos de transmissão das Copas de 2002 e 2006, incluindo o mercado brasileiro”.

Continua o livro:

“Uma rede de televisão no Brasil é citada como uma das envolvidas no suborno, ainda que seu nome tenha sido mantido em sigilo no documento público, uma vez que o processo não era contra ela. Naqueles Mundiais, os direitos de transmissão eram da Rede Globo. Para os suíços, o serviço dos dois cartolas teria sido comprado por essa e outras empresas que queriam manter contratos e relações com a Fifa. O documento revela uma movimentação milionária nas contas de Teixeira e Havelange. Ambos receberam subornos no valor total de pelo menos 21 milhões de francos suíços, depositados em contas abertas em paraísos fiscais. Os pagamentos ocorreram entre 1992 e 2004, e o tribunal decidiu processar os brasileiros por “atos criminosos em detrimento da Fifa”.

Prossegue a denúncia que “subornos compravam influência na Fifa e garantia de contratos no Brasil”.

Esse esquema começou a operar em 1970, segundo o procurador Thomas Hildbrand, quando Havelange assumiu o poder. Testemunhas ouvidas por ele sustentaram que “o dinheiro vinha, em grande parte, de empresas que pagaram pela transmissão das imagens das Copas de 2002 e 2006. No caso do Brasil, o valor do contrato era de US$220 milhões. Outros contratos chegavam a US$750 milhões”.

Segundo eles, Teixeira e Havelange agiram com tal impunidade porque, por conta da “cultura” brasileira, as propinas equivaliam a suplementação de verbas

“Seria essa a suposta “cultura” dos brasileiros”, constata Chade. “Mais do que um absurdo e uma ofensa a milhões de pessoas, a estratégia da defesa revela, no fundo, a imagem que a entidade tem do país e de seus representantes. Essa imagem, de tão enraizada, foi usada até mesmo diante da Justiça”.

O melhor exemplo da forma como a FIFA agia foi na imposição do estádio de Brasília.

“Poucos dias após a final da Copa do Mundo, o estádio mais caro do Brasil e o terceiro mais caro do mundo recebeu outro momento de decisão: cem casais realizaram suas festas de bodas no palco que havia servido ao Mundial. O evento chegou a ser transmitido pela TV Globo, que pagou parte dos direitos da Copa e apagou qualquer tipo de crítica ao evento. Na reportagem, a emissora insistia que o casamento coletivo tinha sido uma “grande emoção” e que o estádio havia criado novas oportunidades. Com apenas dois times e ambos na quarta divisão do futebol brasileiro Brasiliense e Luziânia , o Distrito Federal passou a ser a imagem do escândalo da Copa do Mundo e de seu legado inexistente. Meses depois do final do Mundial, a falta de jogos no estádio Mané Garrincha levou o governo do DF a transferir parte de sua burocracia para o local e ocupou as salas com suas diferentes secretarias. Do lado de fora, o estacionamento feito para as torcidas se transformou em garagem para os ônibus da cidade. Um ano depois da Copa, o rombo no estádio era de mais de R$ 3,5 milhões”.

Sobre a corrupção cultural

O combate à corrupção exige mudança de padrões culturais. Não se pode aceitar passivamente conviver com empresas sobre as quais pairam suspeitas de atividades criminosas.

Afinal, como declarou o procurador Deltan Dallagnol “o nosso parâmetro para lidar com a corrupção deve ser o crime de homicídio. Quem rouba milhões, mata milhões”. A declaração foi dada na Globonews.

Segundo ele, o simples combate às pessoas corruptas não vai fazer com que a corrupção acabe no Brasil. “Nós precisamos mudar o sistema”, declarou no Programa do Jô.

O mesmo bordão foi brandido pelo procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, para criticar a Lei de Leniência:

“Infelizmente, a despeito de todas as obrigações internacionais assumidas pelo Brasil, as primeiras e únicas tentativas do Governo após a publicação da Lei Anticorrupção foram sempre no sentido de contorná-la, de desrespeitar o mínimo ético imposto por essa legislação”.

Carlos Fernando é vice-secretário de cooperação internacional do MPF, setor incumbido de buscar apoio nas investigações internacionais e de fornecer elementos solicitados pelos parceiros. Segundo Chade, o Brasil tem sido o país latino-americano que menos atendeu aos pedidos do FBI até agora.

Para entender o braço da FIFA no Brasil | GGN

21/02/2016

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Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

sab, 20/02/2016 – 18:58

Jornal GGN – O jornalista Jamil Chade, correspondente internacional do Estadão, está lançando um livro chamado Política, propina e futebol – Como o “padrão FIFA” ameaça o esporte mais popular do planeta.

Na obra, o jornalista desvenda como funcionava o pagamento de propinas e subornos da entidade e explica como os cartolas usavam contratos comerciais e de direito de transmissão para enriquecer.

Jamil Chade esteve em São Paulo para um evento de lançamento do trabalho e concedeu entrevista exclusiva a Luis Nassif sobre o assunto.

Abaixo, os vídeos da entrevista e a transcrição completa:

Luis Nassif – Jamil, fala um pouco da sua carreira como correspondente internacional. Como você chegou a Genebra?

Jamil Chade – Eu cheguei em Genebra no ano de 2000. E o principal foco era a cobertura ainda de OMC [Organização Mundial do Comércio], em termos econômicos. Principalmente porque a OMC naquele momento era vista como uma entidade que poderia ser a organização que corrigiria as regras do comércio.

O que poderia trazer uma política externa desenvolvimentista para o Brasil, abrindo portas etc. Esse foi o inicio, mas claro, uma vez lá, o que acontece que se descobre rapidamente, tem uma infinidade de assuntos. Genebra é uma cidade muito pequenininha.

Luis Nassif – Tem correspondente do mundo inteiro lá…

Jamil Chade – Tem mais de 150 correspondentes, do mundo inteiro, eu já cheguei a ser presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros lá. E é muito curioso porque você vê do chinês, da estatal chinesa, à extrema direita americana. E todos ali. Porque tem a ONU, as entidades internacionais, mas também tem os bancos, e aí todas as entidades esportivas, né?

Luis Nassif – Quando começa essa questão da guerra contra o narcotráfico e contra o terrorismo, de que maneira que isso se refletiu na cobertura lá inicial?

Jamil Chade – É curioso, só um causo… Logo que aconteceu o ataque nas torres gêmeas, no dia seguinte, a cidade descobriu que o irmão do Bin Laden morava em Genebra. Não só que ele morava em Genebra como era financiador do festival de cinema de Genebra, das atividades culturais de Genebra etc. E aí foi aquele primeiro constrangimento, que na verdade aquela família que era tão odiada pelo mundo, era a mesma…

Luis Nassif – Eles não tinham ligações com a família Bush?

Jamil Chade – É difícil ter uma constatação final, mas dizer que eles eram desconhecidos não era o caso, e dizer que a família era desconhecida das autoridades européias também não era o caso. Se o próprio irmão fazia tanta filantropia artística na Europa.

Eu digo isso pelo seguinte. A cobertura mudou radicalmente, primeiro dos jornais europeus, da imprensa européia, descobrindo que o problema não era americano, não era no Oriente Médio. O problema existia, e é um problema, vamos dizer assim, global.

Agora, também tem uma outra leva que foi a mais recente que é a da guerra da Síria, que mudou de novo a cobertura do terrorismo, porque o terrorismo, a guerra na Síria passou a acontecer também na Europa. Primeiro, pelos refugiados, que é um impacto direto da guerra ainda no continente europeu. E depois com ataques terroristas.

E aí eu sempre me pergunto: sim, é um desafio, sim é uma questão real para os europeus, agora, o que tem de partido de extrema direita se aproveitando dessa situação é muito grande. Isso é visto na Dinamarca, na Suécia, mas também na França, na Suíça.

Então, a cobertura ela é sobre o terrorismo, ela é sobre o crime internacional. Mas ela também se transformou de alguma forma na cobertura diferente da política doméstica.

Luis Nassif – Quer dizer que essa questão da intolerância global surge a partir do fantasma do terrorismo…

Jamil Chade – É, muita gente usou isso como instrumento. Na Suíça, onde o problema não existe, ele não existe! Ele aparece, se você faz uma sondagem, uma enquete de opinião, ele aparece como terceira ou segunda preocupação.

E você diz: mas ele não existe esse problema aqui! Então, por quê? Partidos, de uma forma muito hábil, muito manipuladora, usaram essa ameaça terrorista, essa ameaça, pra aprofundar hoje a intolerância.

Hoje eu digo que, na Europa, a pessoa que tinha algum traço racista, ou de intolerância, ele perdeu a vergonha de ser intolerante. E hoje a gente vê uma reação muito mais, eu não diria saudável, porque isso não é saudável, mas você sabe quem é quem. Porque a pessoa não tem mais o medo de dizer eu “não quero essas pessoas no meu país”.

Luis Nassif – Jamil, um fenômeno que ocorre também em decorrência desse crescente terrorismo é a chamada cooperação internacional. Como que é feita essa articulação, e porque esse protagonismo dos Estados Unidos hoje em dia? Por conta de ter mais equipamento…?

Jamil Chade – Essa cooperação ela foi exigida pela ameaça. Porque a ameaça não está em um país, ela não é num estado, ela não é um grupo coeso em um território fechado. Então, essa cooperação ela se tornou necessária.

Dou só o exemplo dos ataques em Paris. Os belgas, vamos chamar eles de belgas porque eles são belgas os terroristas, eles nasceram na Bélgica. Os pais eram argelinos etc, mas os garotos eram belgas, pelo menos alguns deles. Quando eles fogem da França para a Bélgica, eles são parados na fronteira naquela noite. Na lista, belga, de procurados, eles estavam, mas eles não estavam na lista francesa de procurados. Então, quando eles são parados, eles são parados pelos franceses, e na lista não tem nenhum nome daqueles. Eles passam. Então, isso tudo demonstrou que sem cooperação nunca essa ameaça vai ser lidada.

Agora os americanos, que é uma questão real. Eu acho que acima de tudo pela capacidade de articulação que eles tem entre o serviço de inteligência e o grupo militar de fato. Porque a Europa falha ainda, a Europa não tem essa capacidade de transmitir informação e inteligência ainda de uma forma eficiente em termos de terrorismo para o combate ao terrorismo.

E muito do que acontece na Europa em termos de atuação é baseado em informações que chegam dos Estados Unidos.

Então, outro dia, não faz tanto tempo, em Genebra, policia anunciou que haveria uma ameaça terrorista na ONU, blindada, basicamente, polícia na rua etc. E aí, foi descoberto que quem passou a informação para as autoridades suíças foram os americanos.

Luis Nassif – Agora, você tem o fenômeno do terrorismo e tem o fenômeno da corrupção internacional, narcotráfico, que cresce com a internacionalização dos mercados. Nesse sentido, já se tem o precedente da Operação Mãos Limpas, como é que você vê a parte de Genebra essa cooperação internacional.

Jamil Chade – Essa cooperação, por exemplo, no caso do crime organizado, do narcotráfico, ficou muito claro que precisa ser feita de uma forma coordenada. É muito fácil, na Suíça é muito claro, o dinheiro da lavagem. O dinheiro da lavagem na Suíça é uma constante, não é algo pontual que eles tentam mostrar que “não, isso foi só um caso isolado, naquele banco, naquela agência”, não, é algo generalizado.

Os suíços entenderam que se eles quiserem de alguma forma preservar o sistema financeiro suíço, eles vão ter que colaborar, porque senão, nos Estados Unidos, os grandes bancos suíços já são, de uma forma muito clara, multados.

Então, os suíços tomaram uma nova postura. Eu não digo que é uma nova postura: abertura, agora nossas contas vão ser transparentes…não, não é isso. Mas, é um inicio de uma cooperação nesse sentido. De alguma forma, o combate ao terrorismo, a cooperação no terrorismo acabou ajudando países a dialogar para lidar com outros crimes.

O problema é que o crime organizado, ele é organizado. Ele consegue identificar lacunas e sair de situações. No caso da Suíça é muito claro. Muito dinheiro saiu da Suíça desde que a operação começou e foi para outros paraísos fiscais. Então, quando os suíços chegaram em alguns dos casos a conta estava vazia já. Então, é um desafio pra eles mesmos, eles mesmos colocam, o Ministério Público suíço coloca de uma forma muito clara que eles estão correndo atrás do prejuízo.

Luis Nassif – Agora, chegando no tema do seu livro que é o futebol. Essa estrutura de crime organizado começa a surgir quando?

Jamil Chade – Olha, essa estrutura de crime organizado ela tem origem ainda nos anos 70/80 com o próprio João Havelange. Ele é o craque, literalmente é o craque do esquema tático. O que ele teve… muita gente coloca ele como a pessoa que levou o futebol ao mundo e que ele globalizou o futebol etc. Eu tento mostrar que esse não é o caso, por quê? Porque qualquer grande administrador no lugar dele teria feito exatamente a mesma coisa.

As televisões estavam em plena expansão, transmissões ao vivo, as multinacionais procurando plataformas que elas pudessem num só evento transmitir aquela marca delas para o mundo inteiro. Então, e ao mesmo tempo nos anos 70 tem a descolonização da África e da Ásia, ou seja, novos membros. Então, o que o Havelange fez foi o óbvio, ele não fez… Não é que ele transformou o futebol num novo fenômeno.

Luis Nassif – Eu lembro como jornalista econômico dos anos 70 já vendo esse fenômeno, o potencial desse fenômeno…

Jamil Chade – Exato, e aí se a gente pega as contas da FIFA, você se dá conta que na verdade ele não fez nem mesmo o suficiente. O que eu quero dizer com isso? A FIFA, durante os anos 80/90 e até meados de 2005/06, era uma organização que não gerava a mesma renda da NBA, do futebol americano, da Fórmula 1, dos Jogos Olímpicos…

Não é possível que o esporte mais popular do mundo, com toda essa expansão, não gere a mesma renda dos outros esportes. É simples, porque o esquema que era montado não era pra gerar renda para o futebol. Era gerado pra montar uma renda para os dirigentes.

Luis Nassif – Então, mas vamos pegar um ponto aí relevante que é o seguinte: quando se pega as disputas midiáticas em todos os países, o evento esportivo é o ponto especial de audiência. Com a legislação desses países se tinha um mercado fechado, não tinha internet nem cabo chegando aí. Então se tinha uma influência muito grande em cada um desses países dos grupos de mídia hegemônicos. Isso aí ajudou a criar essa blindagem política, né?

Jamil Chade – Totalmente, inclusive porque isso, de alguma forma, controlou até o monopólio de quem é que tinha o direito de transmissão. É disso que vem a renda do futebol. É uma ilusão que a gente achar que é ingresso, venda de camisa, ou até o marketing da Coca-Cola e das multinacionais. É a televisão que transmitiu tudo isso.

Só pra te dar um exemplo da capacidade da televisão de influenciar o jogo. A gente fala muito: “ah não, a televisão influencia o horário da partida”, é verdade, mas é muito mais do que isso. A bola, ela começou a ser branca e preta, com aquelas gomas, justamente para favorecer a televisão, por causa da visibilidade.

Outra regra do futebol que a gente considera como óbvia que veio da televisão: cartão amarelo e vermelho. Quando a televisão foi a cores, precisava ter uma distinção pra televisão registrar. Enfim, são coisas elementares…

Mas para eu explicar que na verdade a historia da televisão está ligada com a história da expansão do futebol. Agora, se a gente pega e eu tento mostrar no livro isso com documentos. No caso da ISL, a empresa de marketing da FIFA que quebrou em 2002. Quando o processo termina, e os documentos são revelados no ano de 2012. O procurador na Suíça diz que Havelange fraudou a FIFA nos contratos. O que significa isso? Ele simplesmente evitou que a FIFA tivesse uma renda maior fechando acordos com monopólios. E claro, esses monopólios pagavam propina a ele, para garantir que não fosse aberta a concorrência.

Luis Nassif – Mas só pra entender um pouquinho a entrada dos Estados Unidos nisso aí… Coincide com o momento em que os grandes grupos midiáticos norte-americanos tentam entrar nesse mercado: ESPN. Tentam entrar nesses mercados e batem nessa estrutura viciada aí… Então, teve um estímulo econômico aí para…

Jamil Chade – Certamente, certamente. A explicação para essa derrubada, para esse chacoalho aí que aconteceu, foi justamente romper um vício. Uma estrutura viciada, absolutamente correto, em mostrar a impossibilidade de entrar no mercado que era costurado, que coloca os americanos e outros também numa situação de dizer: bom, precisamos começar a questionar esse sistema. Como? Pelas regras do jogo não vai funcionar porque ali estava fechado.

Existe também a justiça, existe também a polícia. E aí o que eles mostram, isso é importante, não é uma investigação apenas sobre os dirigentes esportivos. Nos Estados Unidos isso também se transformou numa investigação sobre os cúmplices, sobre as empresas que faziam parte desse esquema.

Então, porque o mergulho da investigação nas empresas de marketing e de transmissão? É porque ali que era onde engarrafava, onde ninguém mais entra.

Luis Nassif – Deixa eu entender só uma coisa, a cooperação internacional ter permitido aqui, no caso do Brasil e da Lava Jato, acesso a um volume de informações muito relevantes. Como que o Ministério Público Federal, no caso do Brasil, está se aproveitando dessas informações ligadas aí à FIFA?

Jamil Chade – Por enquanto muito pouco. Nós estamos aí já no final… Quer dizer, quase um ano depois da prisão em maio de 2015. Mas, existe a cooperação da Suíça com os Estados Unidos, do Uruguai com os Estados Unidos, do Chile com os Estados Unidos. E no Brasil o Ministério Público teve uma primeira, digamos assim, com o departamento de justiça americano. Foi pedida a transferência dos documentos pra que isso pudesse acontecer. E aí uma juíza no Rio de Janeiro determinou o bloqueio de toda a cooperação entre Brasil e Estados Unidos no caso do escândalo do futebol.

Luis Nassif – Uma juíza de primeira instância?

Jamil Chade – Primeira instância. O Ministério Público agora levou isso a uma segunda instância, eu acho que provavelmente no Supremo, e agora está aguardando uma decisão pra desbloquear a decisão da juíza que havia determinado que não há espaço, que a transmissão dos documentos não seria legal, o que é bastante incrível.

Luis Nassif – Qual que é a alegação dela?

Jamil Chade – A alegação dela é que as outras partes não tiveram a oportunidade de se defender.

Luis Nassif – Mas em fase de coleta de dados?

Jamil Chade – Coleta de dados. Inclusive, ela pede que os dados que o Brasil tenha já mandado para os Estados Unidos que sejam devolvidos. Isso está na decisão de primeira instância.

O Ministério Público Federal protestou, de uma forma bastante enérgica, eu até tenho alguns documentos. E não houve forma de solucionar, então, foi levado a uma nova instância.

Mas, o que acontece no final das contas? Hoje, o Brasil é um dos únicos países que não colabora nesse caso. O que é de uma ironia total, porque o pai, o craque que montou era brasileiro, e uma parte fundamental dessa investigação é a atuação dos dirigentes brasileiros.

Então, os americanos mesmo, o departamento de justiça, já deixou muito claro ao Brasil que estava bastante incomodado com essa falta de cooperação. A outra questão que a gente pode colocar é: por que foi necessário o departamento de justiça americano atuar para a gente ter qualquer tipo de reação aqui? Então, hoje ainda é complicado, Nassif. Hoje, ainda não existe o fluxo de informação do Brasil aos Estados Unidos sobre esse caso.

Luis Nassif – O Ministério Justiça, de certa maneira, teria que ter protagonismo nisso…

Jamil Chade – Agora, se o Ministério Público não pode nem fazer sua parte porque tem uma juíza que bloqueia. Parece uma… Aquelas situações que você acha que: não, isso não vai acontecer! Mas acontece, né?  Agora, na Suíça, que também eles vivem esse dilema, porque a FIFA estava no nariz deles por quarenta anos. E aí isso causou um constrangimento muito grande no país que foi necessário uma operação ordenada pelo FBI para que os suíços prenderem os autores de uma entidade que estava aí, na avenida.

Luis Nassif – Jamil, quando a gente pega essa disputa dos grupos de mídia com os novos grupos, qual o reflexo dessa operação no caso da Europa e daqueles países em que o futebol era peça central de audiência desses grupos?

Jamil Chade – Curiosamente, nos bastidores, o que está acontecendo é uma grande corrida pra tentar renegociar os contratos. Então, os novos grupos estão fazendo um tsunami negociador, tentando se encontrar com cada federação, das pequenas até as grandes, França, Alemanha. Mas, também, eu conheço gente que percorre a Europa conversando com Letônia, Armênia, Albânia, etc.

E você fala: “não, mas não é possível”. Não! Tem uma lógica, se você fechar acordos com todos os periféricos, com quem é que a França e a Alemanha vão jogar na Europa? Então é curioso, porque aquilo ali abriu a porteira pra todos esses novos grupos tentarem renegociar, ou obter acordos e dizer: “olha, vocês não vão poder mais transmitir, ou ter um acordo com tal empresa, vai pegar mal, nós estamos oferecendo isso aqui…”.

Luis Nassif – Que é o que está acontecendo com a ESPN e com a Disney aqui? Fechando com clubes especificamente…

Jamil Chade – Exatamente, porque inclusive, é importante… Porque o que acontece nos Estados Unidos, ele desmontou um sistema. E o novo sistema ainda não foi montado.

Luis Nassif – Só que agora nesse jogo novo aí estão vindo os gigantes de lá também…

Jamil Chade – Claro, claro. Para o Brasil, mas também para a Argentina, para a Colômbia. É interessante, porque se você pega o mapa da América do Sul, praticamente todas as federações nacionais foram abaladas. Então, você tem, rapidamente, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, eu acho que só sobrou Suriname… É um novo mercado.

Luis Nassif – E os patrocinadores, no caso Adidas, Coca-cola, e tudo… Eles garantiram esse tipo de monopólio?

Jamil Chade – Eles garantiram por muito tempo, inclusive no indiciamento americano eles são citados, não nominalmente, mas dizem: “uma grande empresa de produtos esportivos que assinou com a CBF nos anos 90”. Eu só conheço uma, é a Nike, obviamente.

O indício que o departamento de justiça tem é que a Nike pagou uma propina que foi dividida entre o Ávila e o Ricardo Teixeira. Então, os americanos de alguma forma estão olhando para as suas próprias empresas também, com uma ressalva, eu diria. Essas empresas, assim que esse caso começou, elas, que eram absolutamente silenciosas, sobre a história agora elas colocam cartas abertas pedindo a reforma da FIFA, dizendo que isso é absolutamente inaceitável.

Luis Nassif – O Ronaldo aqui…

Jamil Chade – Que o Blatter tem de sair! Vocês estavam aqui nos últimos quarenta anos gente. Vocês não viram, ou não sabiam? Qual era a história, né? Então, é de uma hipocrisia grande você ver essas empresas que faziam parte do esquema, agora pedir a transparência.

Te dou só um exemplo de uma conversa que teve o Blatter com o Havelange ainda na época. O Blatter foi contratado na FIFA ainda nos anos 70, e ele tem o mérito, se é que se tem algum mérito, de organizar esse sistema pro Havelange, de ter o contato com essas multinacionais. E ele foi o primeiro que chegou pra Adidas e falou: “olha, vamos fechar um acordo”. Quando esses acordos começam a surgir, o Havelange diz pra ele: “você está criando um monstro”. Esse monstro, de certa forma, engoliu eles, e esse monstro transformou esses interesses comerciais, ou estabelecidos ou os que vem, no grande jogo, né?

Esse é o grande jogo. É o grande jogo de saber, sim, a evasão fiscal dos americanos, etc, é grave, é gravíssima. Mas se você ler todas as decisões sobre as prisões dos dirigentes, em todas elas tem um parágrafo fundamental: essa prática impediu a livre concorrência. O que quer dizer isso na prática? Novas empresas que estejam aparecendo elas não vão ter acesso nesse esquema. Esse esquema precisa ser desmontado.

Luis Nassif – A questão do tráfico de jogadores. Esses valores monumentais dos jogadores  se explica pelo retorno ou tem esquemas de esquentamento aí…Daí entra máfia russa aí no meio…

Jamil Chade – Isso. A OCDE publicou já alguns anos, em 2009, uma investigação que eu acho que ela é fundamental pra gente entender. Ela apresenta o futebol como um dos veículos privilegiados da lavagem de dinheiro no mundo.

Luis Nassif – Superou obras de arte…

Jamil Chade – Tudo! Porque de alguma forma, essas entidades que controlavam o futebol, elas estavam fora da lei. Por que fora da lei? Na Suíça existia uma regra, uma lei, que permitia a FIFA manter certas contas fora da balança de pagamento. Ela não precisava publicar. A COMEBOL tinha imunidade diplomática!

Pensa, uma federação esportiva com imunidade diplomática. O que é uma contradição total. O que representa isso na prática? Isso dá espaço pra uma atuação criminosa com um controle muito menor, né? Se obras de arte já tinham começado a ser usadas, logo a Interpol, polícia percebeu… diamantes, etc.

O futebol não, o futebol ficou, de certa forma, de lado. E o que vários processos na justiça européia já mostraram, ou eles não são reais, ou eles eram esquemas pra lavar dinheiro de grupos inteiros.

Então, hoje nós falamos no Neymar, do caso Neymar. Mas, o caso Neymar não é O caso, o único caso.

O Barcelona está sendo processado por vários casos. Eu vou além, na França, entre 2009 e 2011, vários dirigentes foram processados por lavagem de dinheiro, inclusive na compra do Ronaldinho Gaúcho para o Paris Saint Germain, e foram condenados! Os jogadores não. Foram condenados os dirigentes que montaram esses sistemas.

Então, sim existe! E para completar isso que se falou da máfia russa, não sei nem se é russa, do leste europeu eu diria…

Luis Nassif – A máfia de um russo.

Jamil Chade – De um russo! [Risos]. Eu fui numa cobertura na Ucrânia, cobrir basicamente a crise política, a Rússia, a guerra no leste da Ucrânia. E eu estava em Kiev, e alguém me disse: “olha, naquele hotel, é onde o Shaktar Donesse tem a sua sede”, que eles não podem mais estar em Donesse, Donesse está destruída, eles agora moram nesse hotel.

Espetacular! Eu vou até ali. Eu entro no hotel, e tem um jogador sentado no hall do hotel, numa mesa, essas mesinhas de hotel, a mesa inteira repleta de dinheiro. E uma outra pessoa na frente dele, pagando! Aquilo era o salário, em dinheiro! Se pode dizer: “não, claro, é um país em guerra, é necessário liquidez, etc.” Muito bem, agora, eu nunca vi o jogador sendo pago em dinheiro na mesa do hotel, na frente de todo mundo, quer dizer, é escancarado.

Luis Nassif – Só pra entender a lavagem, que dinheiro que é esse que é lavado? É dinheiro do narcotráfico?

Jamil Chade – Existe o dinheiro do narcotráfico, mas em muitos casos, isso é apresentado pela OCDE, é dinheiro de evasão.

Luis Nassif – Evasão fiscal mesmo?

Jamil Chade – Evasão que não consegue ser reintegrado no sistema de uma forma legítima.

Luis Nassif – É por isso que esse acordo de repatriação de ativos aí pode ter bom resultado, porque é muito dinheiro de evasão…

Jamil Chade – É muito dinheiro! A FIFA, olha só, a FIFA que é a própria organizadora, entre aspas, de toda essa estrutura corrupta. Ela chegou a uma conclusão ano passado que, das transferências anuais que são realizadas no futebol, US$ 1 bilhão desaparece. Desaparece das contas. US$ 1 bilhão. Mais ou menos o mercado de jogadores movimenta US$ 4 bilhões por ano. 25 % não existe.

Luis Nassif – Só pra entender, o cara tem dinheiro pra ser lavado, joga no futebol, o dinheiro vai para o clube e como é que o clube devolve para ele esse dinheiro?

Jamil Chade – No caso, por exemplo, do francês, ele mostrava o seguinte: uma segunda empresa era criada, normalmente, uma empresa de fachada, que prestava serviços fictícios para o jogador, pro agente ou para o clube. Então, um exemplo que aconteceu antes do caso do Neymar, uma empresa criada na Holanda, prestava serviços pra clubes franceses, para revender a imagem daquele jogadores que ela tinha comprado.

Luis Nassif – Por que os grupos de mídia tinham interesse em ter empresas offshore aí. Porque eles têm o patrocínio que recebem, tinham que pagar propina, mas voltava alguma coisa pra eles na forma de caixa dois?

Jamil Chade – Pode ter voltado, mas a principal criação dessas offshores era pra depois pagar as propinas que não poderiam estar aparecendo para aquele sistema funcionar. Porque o clube só aceitava fazer esse sistema se o dirigente ganhasse alguma coisa. Então, tinha esse esquema. Agora, existe também, no caso, se não me engano pela Canal Plus, na França. De uma empresa que foi criada pelo Canal Plus numa offshore, que recebia também uma parte não declarada da renda das transmissões. Então, ela servia duplamente.

Luis Nassif – Aí, especificamente para fraudar o fisco?

Jamil Chade – Totalmente pra fraudar o fisco. Seja no retorno dessa transmissão, mas também na compra desses direitos.

Olha só, um conhecido nosso, foi o diretor dessa offshore da Canal Plus nos anos 90. Gerrand Vauque, o que depois foi secretario geral da FIFA, deu um chute no traseiro nosso, aquela coisa toda, ele já foi diretor de uma offshore de uma emissora.

Luis Nassif – Agora, pra entender a árvore, se tinha aquela holding, ISL, ela se desmembrava em outras offshore?

Jamil Chade – Tinha! Isso até hoje não ficou muito claro quantas são.

O fato é que ela quebra. A ISL quebra. Eu sempre digo, a ISL quebrar é o equivalente da única fábrica de água no deserto quebrar. Como é que você quebra? Obviamente não foi o caso, foi o desmonte do banco paralelo da FIFA.

O que era a ISL? Era a empresa de marketing que detinha os direitos e revendia depois. E ela usava…com que mais? Não tinha como quebrar, o problema é que ela era usada como caixa dois da FIFA, para todas as atividades que não poderiam ser apresentadas.

Então, a movimentação de dinheiro dela não se referia à venda e compra de direitos, ela se referia aos pagamentos de propina. Ela era um instrumento, era o banco, o shadow banking do caso da FIFA que era usado pra isso. Quando ela quebra aí se descobre todas as ramificações. A Suíça tem um paraíso fiscal dentro de um paraíso fiscal que é a cidade de Zug. A ISL era registrada em Zug.

Luis Nassif – Jamil, no seu livro você coloca que a Globo é mencionada lá e tem um conjunto de campeonatos aí, inclusive Copa das Nações, isso aí teve resultado de algum problema pra ela lá fora?

Jamil Chade – Olha, por enquanto não tem porque a investigação por enquanto não se refere a ela.

A ISL, no caso da ISL, que é onde eu cito claramente, ela diz que a suspeita, isso é o processo, não sou eu dizendo, que a suspeita é de que quem pagou o suborno, isso no caso do Havelange e Teixeira ainda, foi uma emissora brasileira que tinha os direitos pra copa de 2002 e 2006, e o nome não é mencionado porque não é contra ela.

Agora, eu só conheço uma empresa que transmitiu 2002 e 2006.

Luis Nassif – Tem rabo de gato, orelha de gato, foucinho de gato, e mia.

Jamil Chade – Exato, deve ser um cachorro né? Só pode ser um cachorro.

Enfim, mas, a situação hoje é que aquele caso da ISL foi encerrado naquele momento. Como é que ele foi encerrado? Havelange e Ricardo Teixeira pagaram uma multa e aquele caso foi selado.

Hoje, o FBI pediu todos esses documentos, isso aconteceu em dezembro agora, eles levaram da Suíça 50 caixas de documento sobre a ISL, sobre esse caso especifico. O acordo na Suíça dizia que o caso estava encerrado na Suíça. Agora os americanos levaram já esse documento, o que eles vão fazer dele, eu não sei.

Agora, a conclusão do Ministério Público na Suíça na época, apontava que a suspeita de suborno, uma das suspeitas, era dessa emissora brasileira. Isso certamente foi repassado aos americanos.

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif | GGN

08/01/2016

Amigos da Rede Globo: PSDB só tem Padrão FIFA

A cada dia que passa fica mais evidente a origem do ódio da direita golpista aos governos Lula e Dilma e ao PT. Com isto não se está querendo eliminar ou justificar os seus erros, que não foram poucos. O leitmotiv dos que defendem o golpe paraguaio é o ódio às investigações. Como atacar Lula e Dilma e o PT se estão presos tantos do PT e nenhum do PSDB. A “liberdade de ação ao PSDB” não escapou nem à Folha de São Paulo, ardorosa e maior apoiadora do PSDB. Os fatos são tantos e tão notórios que por vezes escapa por entre os dedos melindrosos dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

Os que dizem lutar contra a corrupção, como o MPF, não se vexam em arquivar por três anos as informações da Suíça que comprometem o PSDB, Alstom & Siemens  no Propinoduto Tucano. A contribuição do Judiciário está mais do que evidente no julgamento do Mensalão Mineiro. Os fatos são anteriores à Ação 470, mas Joaquim Barbosa sentou no processo e, não satisfeitos com isso, devolveram à primeira instância.

Apesar da proteção mafiosa ao PSDB, que conta com a participação do STF, PF, MPF & TCU, algumas informações são por demais evidentes para serem menosprezadas. A seguir, o decálogo da besta:

1) o principal mote do candidato do PSDB em sua candidatura à Presidência era o choque de gestão e a meritocracia. Hoje uma notícia explica como isso funciona: STF mandou exonerar os 60 mil cabos eleitorais efetivados sem concurso;

2) depois de 17 anos o Mensalão Tucano foi julgado e o então Presidente da sigla foi condenado a mais de 20 anos de prisão;

3) os aeroportos de Cláudio e Montezuma, construídos com dinheiro público nas terras do Tio Quedo, e as centenas de viagens com aeronaves do Estado para si e para amigos & CIA Ilimintada não são nada diante do sumiço de um heliPÓptero com 450 kg de cocaína. Quando Mauro Chaves perpetrou o antológico artigo “Pó pará, governador” já se poderia adivinhar o porquê dos interesses em construir aeroportos clandestinos e a pouca importância na apreensão recorde do pó sem dono.

4) Aécio Neves também estrelou o novo filme da série 300, mas não ganhou capa da Veja nem segundos no Jornal Nacional;

5) apesar de todo desinteresse da associação Amigos do Alheio, presidida por Rodrigo de Grandis, a Suíça encaminhou as informações necessárias a comprovação dos negócios escusos da Alstom e Siemens com o PSDB;

6) o tCU, que sempre foi nota de rodapé nos jornais, quando se viu acossado por denúncias contra Augusto Nardes, pego na Operação Zelotes, e Aroldo Cedraz, do teleférico Tiago Cedraz, virou braço armado dos faz de conta;

7) todos grupos de comunicação, que se especializaram em espalhar ódio contra Lula, Dilma e o PT, estão na Lista Falciani do HSBC. Também estão na Operação Zelotes e nos escândalos de sonegação Padrão Fifa na Suíça. O mais escandaloso nestes casos é que os criminosos não são importunados pelos órgãos fiscalizadores no Brasil, mas não ousam viajar para o exterior com medo de serem presos. Isso explica tudo a respeito do viés partidário com que são perseguidos Lula, Dilma e o PT ao mesmo tempo em que seus adversários gozam de total impunidade;

8) o garoto propaganda do Napoleão das Alterosas, mascote do golpe paraguaio, hoje aparece ainda gordo, na FIFA FAN FEST do Jerôme Valcke….

9) alguém pode explicar porque pode ser presidente alguém que ganha o troféu de pior senador no ranking da Veja? Isso não explica porque Aécio perdeu pra Dilma exatamente onde é mais conhecido: Minas e Rio de Janeiro?!

10) O que a direita golpista quer fazer de Aécio Neves nosso Maurício Macri: aparelhar tudo por decreto, e salvar os grupos mafiomidiáticos, que, com a derrota do playboy, estão em coma…

Diante disso, que é muito mas não é tudo, entende-se porque os bandidos nazi-fascistas perderam o pudor e saíram das sombras vestindo camisas verde-amarelas  Padrão FIFA para atacar Lula, Dilma e o PT. A marcha dos zumbis, com o lema somos todos Cunha, explica o golpe paraguaio, mas também e principalmente o nível, o caráter e a ética dos que propagam o ódio contra Lula, Dilma e o PT.

jose-maria-marin-ronaldo-nazario-soccerex

quadrilhao

Ronaldo Aécio Alckmin Ronaldo Neves Fora

Valcke fez a Fifa pagar US$ 150 mil para alugar apartamento de Ronaldo, diz jornal

JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE NA SUÍÇA – O ESTADO DE S. PAULO

07 Janeiro 2016 | 23h 18 – Atualizado: 08 Janeiro 2016 | 07h 31

Fifa havia alertado que reserva de hotel sairia mais barata

O ex-secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, obrigou a entidade a pagar cerca de US$ 150 mil para alugar um apartamento de luxo do ex-craque Ronaldo no Rio de Janeiro para que, em 2013, pudesse se hospedar no Rio de Janeiro para preparar a Copa do Mundo de 2014.

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Os dados foram publicados na edição de sexta-feira de um dos principais jornais suíços, o Tages Anzeiger. Valcke foi suspenso de seu cargo, depois que a reportagem do Estado revelou como ele manobrou a venda de entradas para a Copa de 2014. Se condenado, pode pegar uma suspensão do futebol de nove anos.

Segundo o jornal suíço, porém, a Fifa alertou que alugar uma suíte de hotel sairia mais barato que alugar o apartamento de Ronaldo, que na época fazia parte do Comitê Organizador Local, presidido por José Maria Marin. "Mas Valcke insistiu no apartamento. A Fifa pagou", escreveu o diário suíço.

A reportagem também conta como Valcke usou o jato privado da Fifa para viagens pessoais, levando inclusive seu filhos. Em 2012, o francês embarcou até Nova Delhi para uma reunião com a federação local. Mas aproveitou para dar um pulo também no Taj Mahal. Naquele momento, a Fifa não tinha regras sobre como os dois jatos da entidade deveriam ser usados. Agora, uma das prioridades da reforma de Domenico Scala foi a de estabelecer diversas regras, inclusive para o uso dos jatos.

Filho – Segundo o jornal, Valcke também ajudou seu filho, Sébastien a fechar acordos com a Fifa. Um deles se referia à empresa EON Reality, dos EUA. A companhia é especializada em hologramas e a ideia da Fifa era de trazer a tecnologia para o futebol. O contrato ficaria em US$ 700 mil.

Mas a EON, segundo o jornal, contratou justamente o filho de Valcke. Para completar, ele ficaria com 7% (cerca de US$ 50 mil) como comissão por ter aproximado a empresa da Fifa, dirigida por seu pai.

Durante a Copa do Mundo de 2014, a Fan Fest no Rio de Janeiro trouxe um stand justamente com um holograma da taça.

16/11/2015

A Rede Globo tem princípios; coincidência, Beira-Mar e Mar-Cola também

Eu digo que ninguém o obrigado a consumir os produtos oferecidos pela dupla Fernandinho Beira-Mar e Marcola. Assim como FHC não foi obrigado pela Revista Trip a fazer apologia de drogas ilícitas. Não foi nenhum petista que pediu para o Mauro Chaves escrever “Pó pará, governador”. E, como qualquer pessoa bem informada sabe, Juca Kfouri não só não é petista como é tucano.

Por que esta digressão incluindo drogas e personagens vendidos em embalagens que fazem lembrar o atentado da bolinha de papel?! Simples, a linha editorial da Rede Globo parece desenvolvida por toxicômanos inveterados. Só lesões cerebrais explicam a cruzada da Globo contra a lei que pune quem age sem ética na divulgação de informação. Se a Rede Globo se pautasse com respeito, ética e bom senso não teria porque se preocupar com a lei que busca garantir que pessoas não sejam enxovalhadas por máfias travestidas de órgãos de imprensa.

A respeita da Rede Globo basta dizer que não só esteve à frente dos golpistas, como saudou a chegada da ditadura. A ditadura, via EMBRATEL, fez da Globo o maior grupo de comunicação do Brasil. De braço dado com ditadores, Roberto Marinho é a estrela do documentário Muito Além do Cidadão Kane.

Na democracia, a Rede Globo captura, mediante estatuetas, pessoas que possam de alguma forma se submeterem aos seus interesses. Assim, as denúncias de sonegação nos pagamentos relativos às transmissões da Copa de 2002, ficam sem repercussão. Nenhum veículo, com medo da mão pesada da Rede Globo, ousa apontar as relações da famiglia Marinho com J. Hawilla, Ricardo Teixeira, João Havelange ou José Maria Marin.

A Globo, quando fala no heliPÓptero, não diz que Zezé Perrella é amigo de Aécio Neves, mas quando fala de Bumlai, diz “amigo do Lula”. A Globo não só não fala sobre a Operação Zelotes como jamais diria, RBS, filiada da Rede Globo, foi pega na Operação Zelotes pagando R$ 11 milhões para se livrar de R$ 110 milhões em impostos. O Jornal Nacional não sabe do que se trata na CPI do CARF. Jamais deu atenção à Lista Falciani do HSBC. Não precisa dizer porque. A Lei Rubens Ricúpero, promulgada via Parabólica, sob os auspícios do global Carlos Monforte, explica tudo.

A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende

A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende

dom, 15/11/2015 – 08:43

Atualizado em 15/11/2015 – 08:48

Do blog do Sidney Rezende

Chega de notícias ruins

por Sidney Rezende

Em todos os lugares que compareço para realizar minhas palestras, eu sou questionado: "Por que vocês da imprensa só dão ‘notícia ruim’?"

O questionamento por si só, tantas vezes repetido, e em lugares tão diferentes no território nacional, já deveria ser motivo de profunda reflexão por nossa categoria. Não serve a resposta padrão de que "é o que temos para hoje". Não é verdade. Há cinismo no jornalismo, também. Embora achemos que isto só exista na profissão dos outros.

Os médicos se acham deuses. Nós temos certeza!

Há uma má vontade dos colegas que se especializaram em política e economia. A obsessão em ver no Governo o demônio, a materialização do mal, ou o porto da incompetência, está sufocando a sociedade e engessando o setor produtivo.

O "ministro" Delfim Netto, um dos mais bem humorados frasistas do Brasil, disse há poucas semanas que todos estamos tão focados em sermos "líquidos" que acabaremos "morrendo afogados". Ele está certo.

Outro dia, Delfim estava com o braço na tipoia e eu perguntei: "o que houve?". Ele respondeu: "está cada vez mais difícil defender o governo".

Uma trupe de jornalistas parece tão certa de que o impedimento da presidente Dilma Rousseff é o único caminho possível para a redenção nacional que se esquece do nosso dever principal, que é noticiar o fato, perseguir a verdade, ser fiel ao ocorrido e refletir sobre o real e não sobre o que pode vir a ser o nosso desejo interior. Essa turma tem suas neuroses loucas e querem nos enlouquecer também.

O Governo acumula trapalhadas e elas precisam ser noticiadas na dimensão precisa. Da mesma forma que os acertos também devem ser publicados. E não são. Eles são escondidos. Para nós, jornalistas, não nos cabe juízo de valor do que seria o certo no cumprimento do dever.

Se pesquisarmos a quantidade de boçalidades escritas por jornalistas e "soluções" que quando adotadas deram errado daria para construir um monumento maior do que as pirâmides do Egito. Nós erramos. E não é pouco. Erramos muito.

Reconheço a importância dos comentaristas. Tudo bem que escrevam e digam o que pensam. Mas nem por isso devem cultivar a "má vontade" e o "ódio" como princípio do seu trabalho. Tem um grupo grande que, para ser aceito, simplesmente se inscreve na "igrejinha", ganha carteirinha da banda de música e passa a rezar na mesma cartilha. Todos iguaizinhos.

Certa vez, um homem público disse sobre a imprensa: "será que não tem uma noticiazinha de nada que seja boa? Será que ninguém neste país fez nada de bom hoje?". Se depender da imprensa brasileira, está muito difícil achar algo positivo. A má vontade reina na pátria.

É hora de mudar. O povo já percebeu que esta "nossa vibe" é só nossa e das forças que ganham dinheiro e querem mais poder no Brasil. Não temos compromisso com o governo anterior, com este e nem com o próximo. Temos responsabilidade diante da nação.

Nós devemos defender princípios permanentes e não transitórios.

Para não perder viagem: por que a gente não dá também notícias boas?

A má vontade reina na imprensa, por Sidney Rezende | GGN

28/09/2015

Depois de Carlos Sampaio, outro herói do MBL vira pó

Filed under: Eduardo Cunha,FIFA,Kim Kataguiri,Marcha dos Zumbis,PC Farias,PSDB — Gilmar Crestani @ 10:03 am
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Eduardo Cunha rouba mas fazSei, não, mas a vida de Kim Kataguiri não anda nada fácil.

Como Cazuza, seus heróis ou morrem de overdose, como o que abateu em pleno voo a Folha hoje, ou viram bagaço ambulante como este Eduardo CUnha.

Os aprendizes de fascistas não sabem vestir a camisa da FIFA nem a CBF, botam tudo pelo avesso pelos simples prazer de entrarem na moda dos assoCIAdos do Instituto Millenium.

Enquanto dão caldo, ganham espaço e promovem a marcha dos zumbis, depois viram pilhéria, e são expostos nus para vergonha alheia.

Um dia algum seguidor de Umberco Eco, que entenda da semiologia, ainda vai estudar porque tantos jovens empunharam a bandeira da FIFA, vestindo camisas com escudo da CBF, para defender Educação e Saúde Padrão FIFA, e defendendo que sonegação não é crime.

Se descobrirem quem finanCIA a marcha dos zumbis desvendaram também o segredo de porque o PSDB quer entregar o pré-sal à Chevron.

Diante das novas descobertas e da revelação que está escapando entre os dedos dos grupos mafiomidiáticos, só resta ao Eduardo Cunha, para fugir de investigações e prisão, se filiar ao PSDB, o único partido com imunidade para roubar.

A Prece valeu dinheiro para Eduardo Cunha, mostra a Folha

Por Fernando Brito · 28/09/2015

cumbuca

É Rubens Valente – autor do detalhadíssimo Operação Banqueiro, sobre as falcatruas do “imprendível” Daniel Dantas – que nos traz hoje na Folha a revelação de que está apurado e pronto para providências punitivas  mais um escândalo de Eduardo Cunha, que nunca deixou de praticar, desde o início de sua vida como operador do mercado financeiro, a sua devoção pelo dinheiro.

Diz ele que Cunha “lucrou indevidamente” R$ 900 mil em negócios conduzidos pela pela Corretora Laeta, que operava recursos seus, particulares, e da Prece, instituto de previdência da companhia de água e  esgoto do Rio, a Cedae. Simplificadamente, funcionava assim: a corretora aplicava os recursos em bloco e, naturalmente, fazia negócios que davam lucro e e em outros, registrava prejuízo. Na hora de identificar quanto pertencia a quem, as aplicações para Cunha ficava com os bons negócios e os “micos” eram atribuídos a Prece.

Isso só era possível porque, claro, a Prece aceitava aplicar o dinheiro dos servidores com uma corretora que lhe dava prejuízos, sistematicamente. A Cedae, nesta época, era presidida por Lutero de Castro Cardoso, ex-funcionário da extinta Telerj na época em que Cunha a presidia, por indicação de PC Farias, no Governo Collor.

Depois da revelações de Júlio Camargo e de Fernando “Baiano” Soares de que pegou US$ 40 milhões em propinas na contratação de navios, convenhamos, desvio de R$ 900 mil é “trocado” na longa lista de irregularidades apontadas a Eduardo Cunha.

Mas abre a porta de um longa e tenebrosa estrada de cumplicidades entre Cunha e Lúcio Bolonha Funaro, condenado na mesma operação e envolvido  em dúzias de episódios sombrios, entre eles um negócio milionário com Furnas Centrais Elétricas, no tempo em que esta era dirigida pelo falecido Luiz Paulo Conde, amigo de Cunha no PMDB.

A Prece valeu dinheiro para Eduardo Cunha, mostra a Folha – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Figurinha Padrão FIFA

FIFA PANINIOs caras não tem colhão para sair do Brasil de medo do FBI, mas se acham no direito de nos dar lição administrativa. Já conhecemos os suficiente em termos de choque de gestão e meritocracia à moda tucana. Os exemplos de Amir Gabriel e Simão Jatene, no Pará; Yeda Crusius, no RS; Cássio Cunha Lima, na Paraíba; Geraldo Alckmin, em São Paulo; Aécio Neves, em Minas; e Beto Richa, no Paraná são mais do que o suficiente para entendermos do que se trata “o novo modelo de gestão”. Aliás, o novo modelo de gestão do PSDB está há mais de 20 anos em São Paulo, e gerou duas grandes novidades para o Brasil: o PCC e racionamento d’água.

Na copa da corrupção Padrão FIFA, o FBI tem o álbum quase completo. Há um figurinha solta, João Dória Jr, que ousa levar a administração de São Paulo para mais próxima de seu povo: José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero.

JOÃO DORIA

Novo modelo de gestão para São Paulo

São Paulo merece uma radical mudança em seu modelo de administração, tornando o poder mais descentralizado e mais próximo da população

Comunidade, participação, descentralização. Esse é o triângulo que forma a base de uma moderna gestão municipal em nosso país, principalmente em metrópoles com grande população e vasto território.

Seria essa uma abordagem inovadora, revolucionária? Não. Basta lembrar o ex-governador André Franco Montoro, um dos principais precursores e defensores do municipalismo no Brasil, com a recorrente pregação sobre as vantagens da administração descentralizada.

Montoro dizia que "o indivíduo não mora no Estado, na União; mora no município, onde ocorre todo o processo político. Logo, tudo o que for administrado em menor escala será mais bem administrado". A descentralização foi um dos eixos de seu bem-sucedido governo do Estado de São Paulo, tendo como suporte conselhos por áreas de administração, como a da infraestrutura, a econômica e a social.

Infelizmente, nas últimas décadas, a gestão descentralizada perdeu força na esteira de pressões políticas e conveniências eleitorais, resultando –quase sempre– na indicação de quadros para comandar as estruturas administrativas.

É o caso, por exemplo, do município de São Paulo, com suas 32 subprefeituras, 96 distritos e diferentes densidades eleitorais. Cada qual com demandas específicas, a exigir do prefeito o extraordinário esforço de contemplar a globalidade metropolitana, de modo adequado e justo às regiões. Convenhamos, é missão quase impossível, até mesmo para administradores talhados para a função e imunes a pressões.

Tem sido impraticável alcançar índices de eficiência administrativa, em uma metrópole de quase 12 milhões de habitantes, tendo como modelo a centralização –ainda que se proclame que as subprefeituras têm Orçamento próprio e autonomia e que são responsáveis pelo planejamento e execução de serviços nas áreas de sua jurisdição.

O clima político competitivo e polarizado, como tem sido o da capital, confere ao prefeito o poder de nomear subprefeitos, definir obras, alocar recursos. Enfim, concentra em uma só pessoa o atendimento de todas as demandas da cidade.

Imprime-se às subprefeituras um viés político, sem levar em conta currículo, histórico, capacidade de gestão e comprometimento com a transparência. O resultado é péssimo. Nem sempre os empreendimentos planejados obedecem a uma ordem de prioridades, determinada por prementes demandas sociais. Falta agilidade no atendimento à população, eficiência e comprometimento com a coisa pública.

É preciso eliminar a "propinópolis" que se esconde sob o manto da administração municipal. Mais uma vez lembro Franco Montoro, que alertava: "O escândalo das propinas na administração do município de São Paulo constitui um quadro impressionante de corrupção generalizada: máfia do lixo, dos ambulantes, da saúde, do comércio, das construções, dos loteamentos". Foi ontem, mas parece hoje.

São Paulo merece uma mudança radical em seu modelo administrativo. A começar pela transformação das subprefeituras em prefeituras regionais, descentralizando e fornecendo força e responsabilidade aos prefeitos de cada região. O poder ficará próximo de quem mais precisa: a população. Dará maior agilidade à gestão, melhor controle e responsabilidade executiva.

O novo modelo, ancorado em descentralização, controles mais rigorosos de prazo de execução, maior transparência, qualidade e agilidade de serviços, atenderá ao anseio das comunidades de participar, com mais intensidade, do processo decisório na administração pública. Dessa forma, garantirá à população o legítimo direito de ter serviços públicos de melhor qualidade.

JOÃO DORIA, 57, é presidente do Grupo Doria e pré-candidato pelo PSDB à Prefeitura de São Paulo

25/09/2015

Mascote dos coxinhas na CBF perde por WO

marcha dos zumbis2Quem diria, a Marcha dos Zumbis se encontra numa encruzilhada. Se Del Nero viajar, perde de goleada. Se ficar, perde por WO. Um a um, os mascotes do MBL estão sendo desmascarados em praça pública. No fim, sobrarão as bundas moles da gang mirim.

Pensando bem, o uniforme dos golpistas não poderia ter outro emblema que não o da CBF. São golpistas padrão FIFA, de fazem coro ao José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Marco Polo del Nero. Tutti buona gente!

Fifa dá ultimato a Marco Polo Del Nero

Membros do alto escalão da Fifa afirmam que não aceitarão a terceira ausência do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero nas atividades da entidade; ausente das reuniões após a prisão de José Maria Marin, em Zurique, ele continua a receber um salário de R$ 1,2 milhão por fazer parte do diretório do futebol mundial

25 de Setembro de 2015 às 07:46

247 – A Fifa deu um ultimato ao presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. Membros do alto escalão da entidade afirmaram a Jamil Chade, do ‘Estado de S. Paulo’, que não aceitarão a terceira ausência dele nas atividades do grupo.

Ausente das reuniões após a prisão de José Maria Marin, em Zurique, ele continua a receber um salário de R$ 1,2 milhão por fazer parte do diretório do futebol mundial.

Del Nero deixou Zurique um dia após a prisão de Marin e não compareceu ao Congresso da Fifa que reconduziu Joseph Blatter. Também não participou da reunião de julho sobre as reformas na instituição e de outra sobre a Copa da Rússia.

Fifa dá ultimato a Marco Polo Del Nero | Brasil 24/7

18/09/2015

A corrupção boa

globo2O Brasil tem esta criatividade. Este corrupção boa e corrupção ruim. Boa é a nossa; ruim, a dos outros. Desde Judith Brito, o PIG defende a corrupção boa e ataca a concorrência como sendo má. Por exemplo, porque a RBS não fica indignada com a corrupção da sonegação denunciada na Operação Zelotes? Afinal, com tantas empresas gaúchas envolvidas em sonegação seria mais fácil para a RBS defender seu governo títere no RS. Se as empresas envolvidas na corrupção do CARF tivessem pago o que deveriam, o RS não estaria, como quer nos fazer crer para aumentar ainda mais a corrupção, o Tiririca da Serra.

Qualquer brasileiro medianamente informado sabe da Lista Falciani, que contém o rol dos brasileiros que usaram o HSBC para lavar dinheiro. Nela aparecem os cães  mais raivosos da mídia. Passam os dias rosnando contra a corrupção, mas usaram o HSBC para lavar dinheiro na Suíça. Não bastasse isso, também corromperam funcionários do CARF para favorecer sonegação trilionária. E como se tudo isso não bastasse, a Rede Globo, CBF, J. Hawilla estão envolvidos na sonegação internacional, padrão FIFA. Por que a delação premiada neste caso não provoca prisão preventiva nem linchamento nos meios mafiomidiáticos? Simples, porque os grupos mafiomidiáticos assoCIAdos ao Instituto Millenium são os maiores corruptos e corruptores do Brasil.

EUA caçam Del Nero, Suíça acusa acordo de TV e Brasil finge investigar

Augusto Diniz– -sex, 18/09/2015 – 06:45 Atualizado em 18/09/2015 – 07:05

Por Augusto Diniz

Procuradores responsáveis pelo caso FIFA nos Estados Unidos e Suíça informaram nesta segunda (15/9), que indiciarão mais dirigentes envolvidos em corrupção no futebol – especula-se que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, é presença certa na lista. A autoridade suíça disse que as investigações não chegaram nem ao fim do primeiro tempo.

O canal de TV público SRF, da Suíça, acusou dias atrás o presidente da FIFA, Joseph Blatter, de ter vendido ao ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, direitos de transmissão das duas últimas Copas do Mundo, por 5% do valor de mercado – ao contrário da imprensa brasileira, que costuma acusar sem provas consistentes, os suíços mostraram os contratos sob suspeita assinados por Blatter. Warner usou empresa em paraíso fiscal para revender os direitos por pelos menos US$ 18 milhões.

As investigações do FBI apontam que este prática (de venda de direitos de transmissão de competições por valores abaixo do mercado) foi recorrente na FIFA. As motivações vão desde revenda ilegal por valores infinitamente maiores, passando por sonegação fiscal, até pagamento de suborno.

A CPI do Futebol no Senado faz duas semanas que não se reúne. Nesta terça-feira (15/9) aconteceria uma audiência reunindo ex-jogadores (Pelé, Zico, Cafu, Roque Júnior, Ricardo Rocha e Juninho Pernambuco) e representante do Bom Senso FC (Paulo André), mas foi cancelada (a CPI alegou que não conseguiu reunir todos os convidados) – na verdade, o que tem a dizer esses profissionais em uma CPI que investiga a CBF?

Alguns deles mantem relações promíscuas com a entidade há anos. Além disso, todos jamais se contraporiam a patrocinadoras e emissoras de televisão, cujos acordos são objetos de investigação do FBI, da Suíça e “provavelmente” da CPI -, simplesmente por que estes profissionais são também beneficiários de alguma forma dos possíveis acusados, por meio de patrocínios, direitos de imagem e participação constante como comentaristas em jogos e programas esportivos da TV.

A CPI, com mais de um mês em funcionamento, ainda não conseguiu levar um suspeito para falar ao colegiado, nem tampouco apresentou dados relevantes sobre as operações da CBF.

A Polícia Federal também diz que investiga contratos entre a CBF e a Globo, mas não há nenhuma notícia sobre o caso há pelo menos três meses.

Como disse o depoente da CPI do Futebol, quando a comissão caminhava melhor, o jornalista Leandro Cipoloni, o que mais o chama atenção desde que produziu um livro sobre corrupção no futebol, é a conivência das autoridades com os malfeitos de dirigentes do esporte no País. Está aí mais uma prova.

EUA caçam Del Nero, Suíça acusa acordo de TV e Brasil finge investigar | GGN

14/09/2015

Corrupção Padrão FIFA? O PSDB tem!

Se a ligação direta, como faz Geraldo Alckmin, já é um jogo sujo, pior ainda é o finanCIAmento cruzado. São os tais de patrocinadores ideológicos. Eles investem em publicidade nos assoCIAdos do Instituto Millenium para que estes se encarreguem de patrocinar a bandidagem. Eu até diria que, no jogo político os partidos “têm direito” a métodos heterodoxos. É do jogo de forças. O que não se admite é que a imprensa e o judiciário compactuem e atuem com os mesmos métodos. Aí vira lumpenjornalismo e inJustiça.

Por exemplo, a RBS ainda existiria sem o patrocínio dos parceiros da Agenda 2020? João Havelange, Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero existiriam sem a participação da CBF na Rede Globo?

A distribuição das milhares de assinaturas de Veja, Folha, Estadão tem o mesmo sentido da distribuição de estatuetas pela Rede Globo. Pode mudar o objeto, o objetivo final é o mesmo: a captura. Por exemplo, FHC foi captura pela Rede Globo via Miriam Dutra. Para que serviam aqueles R$ 70 mil que Fernando Gouveia recebia?

O que é mais espantoso nestes golpistas do CANSEI é que são mais sujos que pau de galinheiro. Então é com este tipo de gente que a direita quer melhorar o Brasil? Não. Eles querem tirar a Dilma, botar um Rodrigo de Grandis na PGR, ou Geraldo Brindeiro, encontrar um novo Gilmar Mendes para o STF e continuar fazendo o que sempre fizeram antes dos governos republicados do Lula e Dilma. O déficit civilizatório desta gente só não é repudiada por quem compartilha dos mesmos métodos. Os midiotas da Marcha dos Zumbis só fazem por segui-los, bovinamente!

O tucano de estimação de Alckmin é o maior “blogueiro sujo” do Brasil?

Por Fernando Brito · 13/09/2015

caviar

Já sei o que vou propor no próximo encontro do Centro de Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Vou sugerir  a eleição de João Dória Júnior, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, como nosso presidente honorário (com o devido perdão pelo uso do adjetivo).

Assim, paramos de sofrer com dois problemas: sermos acusados de enriquecer (pausa para gargalhar) com anúncios do governo e com a escassez completa de anunciantes, que abundam nas publicações do promoter Dória e seus eventos “papa-fina” em Comandatuba.

fotodoriaNão seríamos acusados de favorecimento político, pois  tudo seria totalmente impessoal e “técnico”, pois nada tem a ver com a sustentação tucana da candidatura de Dória à Prefeitura de São Paulo, como você pode ver na foto do seu twitter, sob o modesto apelo de que é “um time forte para uma nova história”. (Depois do estrondoso sucesso como chefe da delegação da Seleção Brasileira na Copa América, Dória não devia usar a palavra “time”, não é?).

E vai ser uma eleição merecida pelos “blogueiros sujos”, que – mesmo quando arrumamos um anunciozinho, perto dele somos uns “porqueras”. Pois, como mostra hoje reportagem da Folha – daquelas do tipo “uma no cravo, trinta na ferradura” – Dória “papou” R$ 501 mil por um anúncio na revista (repare o nome) Caviar Lyfestyle, publicação “doriana”,  para ressaltar a importância da água.

Não, não é da água Perrier. É daquela que falta nas torneiras paulistas e que vem branquinha de cloro na hora em que volta.

Estou pensando em fechar o Tijolaço e abrir o Feijão&Arroz Lifestyle e ver se Alckmin me dá um anúncio destes.

Afinal, o Tijolaço tem mais acessos até o meio-dia de cada uma das voltas que a Terra dá do que a Caviar Lifestyle tem em um ano, que é a periodicidade das edições. Ou seja, nem tem custos fixos, é montada à base de frilas e de tarefa

Nem precisa ser de R$ 500 mil, não, com R$ 5 mil eu já “lamberia os beiços”.

E faço todo dia um “publieditorial” sobre as obras de Alckmin para o abastecimento hídrico de São Paulo.

É tão pouco que não vai dar quase trabalho.

doria1Já prometo, para o primeiro número, um especial sobre as gambiarras instaladas para chupar o fundo lamacento das represas.

Ou será que Alckmin preferiria uma “reportagem” mostrando que apesar dos temporais de setembro, São Paulo está com menos água que há um mês? Que o maior dos reservatórios, o Jaguari-Jacareí, estava, em 11 de setembro de 2014 com um nível de 816,94  metros  e anteontem estava  a 810, 79 metros,  seis metros abaixo?

Tudo ilustrado com o lamaçal que se tornou o  Cantareira, ou com os tocos secos que brotam das represas do Alto Tietê.

Se quiser, ainda dou de brinde uma promoção, para os leitores escolherem qual o dirigente paulista que merece integrar o Hall of ‘Lame’: o próprio Governador, a ex-presidente da Sabesp Dilma Pena, ou aquele diretor da empresa que disse para o pessoal ir tomar banho em Santos…

E não vou ser ingrato com meu inspirador. Ofereço, pela ideia que me deu Dória Jr., anúncios gratuitos de cada uma de suas dez empresas, as nove do quadro aí ao lado e mais a Dória Associados. que não parece nesta lista da Junta Comercial do Estado de São Paulo.

Todas dele e dele mesmo, com a participação – em várias delas – da Max Marketing e Produções, da qual é o único sócio  e que desde 1990 sofre alterações na sua finalidade que só mesmo um gênio de ecletismo seria capaz de realizar.

Já registrou na Junta Comercial, desde então, que a empresa se destinava à compra e venda de imóveis, auditorias financeiras, serviços de advocacia, consultoria, publicidade, editoração  de livros e manuais científicos, didáticos, literários, etc, atividades de rádio,atividades de televisão aberta, gestão de propriedades imobiliárias e até mesmo uma curiosíssima, objeto de alteração contratual registrada na Jucesp em 16 de maio de 1997:

“Alteração da atividade econômica/ Objeto Social da Sede para comércio varejista de produtos saneantes domissanitários”.

Prova maior de que tudo deve ser “limpinho” não poderia haver.

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03/07/2015

FBI aperta o cerco aos bandidos padrão FIFA

 

Televisa, "a Globo do México", é alvo do FBI por corrupção na Fifa. PF investiga CBF-Globo.

http://www.futbolpasion.mx/index.php?seccion=noticias&idn=32636

A TV Globo não pode mais dizer que "as empresas de mídia (TVs) não são alvo das investigações do FBI no escândalo de corrupção da FIFA". São sim.
O FBI adotou a linha de investigar diretamente as emissoras de TV, suspeitando que as empresas de marketing que intermediavam os direitos televisivos funcionam apenas como "fachada" para viabilizar e despistar o pagamento de propinas. Os verdadeiros corruptores seriam algumas emissoras de TV.
O FBI identificou que no México a FIFA vendeu os direitos de transmissão para a empresa de marketing Mountrigi. Esta vendeu para a Televisa. Só que a empresa Mountrigi é do próprio grupo Televisa. Para que criar uma empresa de fachada em vez da Televisa comprar diretamente da FIFA, perguntam os investigadores?
No Brasil também ocorreu um esquema de negociação semelhante. Federações de Futebol filiadas à Fifa venderam para o grupo Traffic direitos televisivos, que revendeu para a Globo. J. Hawilla, o dono da Traffic, é sócio de donos da Globo em afiliadas da TV Globo.
Chama atenção também a FIFA ter dispensado de fazer licitação no Brasil e vendeu diretamente para a Globo os direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022, alegando parceria de 40 anos com a emissora brasileira. A Record ameaçou processar a Fifa por conduta nociva à livre concorrência.
Segundo a coluna de Ricardo Feltrin, a Polícia Federal investiga os contratos da Globo com a CBF.
"Trata-se, inclusive, de parte da colaboração que o país vem fazendo com as investigações do FBI, que jogaram parte da cúpula do futebol mundial na cadeia (…) como sua relação [da Globo] com a CBF, especialmente a gestão Ricardo Teixeira, foi e ainda é atávica, ela entra no foco da investigação também", diz o colunista.

http://celebridades.uol.com.br/ooops/ultimas-noticias/2015/07/02/pf-investiga-relacoes-entre-cbf-e-globo.htm

Televisa, "a Globo do México", é alvo do FBI por corrupção na Fifa. PF investiga CBF-Globo. | Os Amigos do Presidente Lula

19/06/2015

Os constantes e sucessivos golpes do PSDB só envergonham quem tem vergonha

Filed under: Aécio Neves,CBF,FIFA,João Dória Jr.,Juca Kfouri,Máfia,PSDB — Gilmar Crestani @ 9:01 am
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duplapapelaoE ainda temos de ficar sabendo das putarias do PSDB por meio de um tucano, Juca Kfouri. Está ficando enfadonho ter de combater o rídiculo de personagens emplumadas mas que são acobertados pelo MP com imunidade garantida no Poder Judiciário. Como diria o inefável Jorge Pozzobom, só a imunidade justifica a marcha da insensatez do PSDB, para delírio dos 12%, rumo à pornô chanchada. Só uma manada amestrada pode continuar dando trela a esta cavalgadura de triste e deplorável figura. Até quando ficaremos atrelados às fanfarronadas de capachos dos EUA e ventríloquos do Instituto Millenium?!

Esta é a verdadeira LIDE do João Dó e do NaPÓleão das alterosas.

Aécio e Doria: duas faces da mesma moeda, por Juca Kfouri

18 de junho de 2015 | 20:25 Autor: Fernando Brito

O Juca Kfouri, que é contrário a agressões, seja em campos de futebol, seja a namoradas numa festa da Calvin Klein, no Hotel Fasano, no Rio, publicou uma nota em em seu blog  com uma dupla que anda fazendo o Brasil passar vergonha.

Vale a pena ler, embora não dê pra rir de quem anda “representando” o Brasil assim.

Ficamos sabendo quem indicou o chefe da nossa delegação na Copa América, onde perdemos ontem da Colômbia que, apesar do James Rodríguez, perdeu para a a fraca seleção venezuelana.

Dória foi escalado para o papel por Aécio.

Pra fazer papelão, também.

Aécio e Doria: duas faces da mesma moeda

Juca Kfouri, em seu blog

João Agripino Doria Jr. é o desfrutável chefe da delegação da Seleção Brasileira na Copa América, mas que não fica no Chile nem mesmo quando Neymar será julgado.

Aécio Neves é o corajoso senador que no primeiro obstáculo que encontra ao chegar na Venezuela para se solidarizar com os oposicionistas presos  toma o jatinho da FAB de volta ao Brasil.

Foi Neves quem indicou Doria a Marco Polo Del Nero e José Maria Marin.

Tutti buona gente!

Aécio e Doria: duas faces da mesma moeda, por Juca Kfouri | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

16/06/2015

João Dória Jr.: CANSEI, volto ao Brasil antes que seja preso

Filed under: CANSEI,CBF,FIFA,João Dória Jr.,LIDE — Gilmar Crestani @ 9:43 am
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Hoje na Folha, João Dória Jr, da LIDE sai-se mais ou menos assim: “- CANSEI de passar medo de ser preso no Chile, volto ao Brasil nos braços de Samuel Johnson!

cansei_doriaEssa turma que pulula e viceja à sombra da CBF e Rede Globo me deixa encaFIFAdo!  Só me resta o poema do Fernando Pessoa:

Mas em torno à tarde se entorna 
A atordoar o ar que arde
Que a eterna tarde já não torna !

De repente, não mais que de repente, o fundador do CANSEI, canta Vinicius de Moraes em homenagem ao José Maria Marin:

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto
De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama
De repente, não mais que de repente
Fez-se de triste o que se fez amante
E de sozinho o que se fez contente
Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

Esses representantes da direita tupiniquim só não são mais engraçados porque também se envolvem com ditaduras, torturas, assassinatos de reputação. Este é o modelo que os grupos mafiomidiáticos escalam para atacar Lula e a esquerda. Como diria  Jesus apontando para Judas, eis um não homem! Ou, atualizada para os tempos de Ricardo Teixeira, a lembrança do conceito de nacionalismo de Samuel Johnson… O Brasil virou o último refúgio dos canalhas!

SELEÇÃO BRASILEIRA

Chefe da delegação, João Dória Jr. deixa o Chile e volta ao Brasil

DOS ENVIADOS A SANTIAGO – Chefe de delegação da seleção brasileira na Copa América, o empresário e jornalista João Dória Jr., 57, foi embora da concentração do Brasil nesta segunda (15), um dia depois da estreia do time.

Ele havia comunicado à comissão técnica e à diretoria da CBF que precisaria voltar ao Brasil durante o torneio.

A decisão surpreendeu, porque o chefe de delegação sempre fica o tempo todo com o grupo, principalmente em torneios oficiais no exterior.

O cargo é simbólico, não interfere no dia a dia do time, mas a presença é necessária para representar a CBF. Sem Dória, quem fala pela entidade é o diretor de marketing, Gilberto Ratto, já que o secretário-geral, Walter Feldman, também voltou ao país. O presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, não foi ao Chile.

De acordo com a assessoria do empresário, Dória tem compromissos do Lide (Grupo de Líderes Empresariais), que ele preside. A expectativa é que ele volte ao Chile nesta quarta-feira (17) para o jogo Brasil x Colômbia.

03/06/2015

PSDB padrão FIFA

aecio teixeira e marinSe este elemento fosse petista, a Folha teria posto na Capa e o Jornal Nacional teria feito uma longa reportagem que incriminaria o Lulinha e a cunhada do Vaccari.

Como é do PSDB, fica parecendo apenas uma informação corriqueira, que todo dia sai em todos os jornais. Até porque o PSDB sempre tem alguém por ele no STF ou em qualquer outro degrau da Justiça para sentar encima dos processos em que estão envolvidos…

Pensando bem, todo dia tem alguém ligado ao PSDB, do baixo clero, com um processo nas costas. O problema é que nunca chega ao Capos. Lembremos, os parceiros de FHC na América Latina, Carlos Menem e Alberto Fujimori, estão ou já foram presos. No Brasil, para o PSDB, impera a Lei Jorge Pozzobom.

As medalhas distribuídas pelo Aécio Neves governador e as estatuetas da mais longeva parceira da FIFA/CBF no Brasil, a Rede Globo, são como os ósculos dos mafiosos: senhas!

O dia que em os verdadeiros chefões forem presos, aí sim teremos certeza que este tucano graúdo só foi preso porque viajou para o exterior…

Relator de MP apresenta texto favorável à CBF

DE BRASÍLIA

Em ação que beneficia a CBF, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) apresentou nesta terça (2) o relatório da MP do Futebol em que desvincula o refinanciamento das dívidas dos clubes do cumprimento de exigências pela entidade.

Uma delas era a fixação de mandato de quatro anos para o seu dirigente, com apenas uma recondução.

Leite disse que quer evitar que ações judiciais apresentadas pelos clubes coloquem em risco o refinanciamento das dívidas dos times, principal objetivo da medida provisória. "A gente perderia tudo."

A mudança foi criticada por congressistas e Bom Senso. O relator leu o texto, mas não houve quórum mínimo para votar –por isso, voltará a ser discutido na semana que vem.

O deputado manteve o limite de 70% da receita bruta dos clubes para gastos com a folha do futebol profissional –as agremiações criticam a limitação.

O relator também mudou os prazos. Na versão original, os clubes teriam que parcelar as dívidas em três anos –o relatório amplia para cinco anos.

O relator fixou em 12 anos a idade mínima para a formação de atletas –os cartolas são contra– e ampliou o colégio eleitoral da CBF para incluir a participação de clubes da Série B.

02/06/2015

Saiba por que Rede Globo odeia Eurico Miranda

Sempre suspeitei do ódio da Rede Globo ao Eurico Miranda. Isto porque o Eurico, assim como José Maria Marin, tem perfil de alguém com o qual, em situações normais de temperatura e pressão, a Globo manteria relações para lá de mútua serventia. Em dezembro de 2013(A Globo Dinamitou o Vasco), depois do esforço que a RBS fez para detonar com o Inter, e vendo o esforço que a Rede Globo fazia para detonar Eurico Miranda e apoiar Roberto Dinamite, registrei estas mesmas suspeitas. O contrato com a Andrade Gutierrez esteve a perigo graças ao bombardeio da RBS em parceria com um pool de empreiteiras gaúchas que queriam tomar o lugar da empreiteira. Não fosse Giovani Luigi e o Inter hoje estaria na mesma situação do Porto Alegrense.

Em abril deste ano, voltei a citar os 50 anos de amestramento de uma manada de zumbis que a segue bovinamente. O povo nas arquibancadas gritava, “abaixo Rede Globo, o povo não é bobo”. A Rede Globo que cobra de Lula, dizendo que ele sabia de tudo o que acontecia no seu governo, agora, mesmo sendo o maior grupo de comunicação do Brasil, também não sabia de nada a respeito da corrupção dos seus parceiros comerciais. Como a Globo pode fazer negócio com mafioso se não for também ela mafiosa?! Logo se vê que os ataques a Lula e Dilma é que, ao contrário dos seus títeres, não há Engavetador Geral. Isso sim é motivo para se derrubar um governo e dar boas vinda, em editorial, a ditadores.

A Globo conseguiu emplacar Roberto Dinamite, mas Dinamite dinamitou o Vasco. Desceu para a segunda divisão. Voltou Eurico, subiu o Vasco. Eurico não presta, a Globo menos ainda. Eurico é um gangster, a Globo é capo di tutti i capi.

Há outros dois motivos para se ver na Globo algo mais pernicioso que no Eurico Miranda. Primeiro a maneira como conduz o futebol brasileiro, distribuindo mais verbas ao Flamengo e ao Corinthians. Depois, escondendo jogos dos times locais para mostrar exatamente estes dois clubes. Veja que no Brasileirão de 2015, nem Flamengo nem Corinthians jogarão no horário das 11 hs de domingo, nem o das 22 dos sábados. Sempre em horário nobre.

A Globo e a RBS escondem dos gaúchos, nas tardes de domingo, jogos da dupla greNAL. O modus operandi dos grupos mafiomidiáticos, para além da corrupção, também está detonando com o futebol. O artigo do Eurico Miranda de 1998 citava exatamente estas personagens que hoje estão presas. Mas, como diria David Nasser, está faltando alguém nas prisões da Suíça. É a estrela do filme Muito Além do Cidadão Kane.

O pior é que o Ministério Público e a Polícia Federal tinha informações suficiente para abrirem investigação pelo menos desde 1998 e nada fizeram. Mas como em 1998 vivíamos os tempos mafiosos de FHC, do Engavetador Geral e nada foi feito. Claro, ninguém sabia à época, que a Globo tinha convencido FHC de que o filho da Miriam Dutra  era dele…

Eurico Miranda denunciou esquema de corrupção da Traffic há quase 17 anos

:

“Por que são sempre os mesmos intermediários?”, questionava, em 1988, o cartola Eurico Miranda, presidente do Vasco da Gama; “Por que os clubes que eles exploram estão de mal a pior e eles estão sempre bem? Por que ingressaram no esporte, por meio do jornalismo, e o deixaram e passaram a ser exploradores do mesmo? Provoquem- me, para que eu diga tudo o que sei!”, dizia; no artigo, Miranda denunciava os intermediários J. Hawilla, da Traffic, e Kleber Leite, da Klefer

30 de Maio de 2015 às 16:46

247 – Num artigo publicado no dia 20 de novembro de 1998, o cartola Eurico Miranda, dirigente do Vasco da Gama, denunciou o esquema de corrupção da Traffic e da Klefer, empresas de marketing esportivo que compravam direitos de transmissão dos torneios e os repassavam à Globo. Leia abaixo:

Por que são sempre os mesmos?

EURICO MIRANDA

Previsível e absolutamente natural a reação provocada nos últimos dias, nos meios esportivos, especialmente junto às pessoas direta ou indiretamente ligadas ao futebol -dirigentes, jogadores, torcedores e parte da crônica, pela entrevista que dei à “Isto É”.

Entre as muitas sandices que tenho lido e ouvido sobre o assunto, é bom deixar claro que não tenho que provar a possível sociedade de fulano com beltrano, até porque, a palavra “sócio”, segundo o Aurélio, tem vários significados e interpretações, como parceiros e cúmplices, além de membros de uma sociedade que esperam auferir lucros. A partir dessa publicação, indagam-me alguns amigos, por que somente agora denunciei a associação Traffic-J. Hawilla- Ricardo Teixeira-Kleber Leite?

Simplesmente porque não concordo e não admito que esse torneio Mercosul tenha sido colocado de forma prioritária, acima, inclusive, do Campeonato Brasileiro, obrigando inúmeras mudanças na tabela de nossa principal competição.

Minha indignação tornou-se ainda maior ao constatar que, de forma orquestrada, anônima e covarde, nos últimos dias tentaram atribuir ao Vasco e, mais precisamente, a mim, a culpa por essas mudanças.
Na realidade, o grande prejudicado foi o Vasco, que, pelo fato de ter sido campeão brasileiro e campeão da América do Sul, foi prejudicado, acintosamente, pela CBF.

As datas da Libertadores estavam marcadas há muito tempo. Entretanto, fizeram uma tabela do Campeonato Brasileiro marcando, por exemplo, Vasco x Lusa para o dia 12 de agosto, mesmo dia em que o Vasco tinha compromisso com o Barcelona, pela Libertadores, em São Januário. Fizeram mais. Marcaram, para o dia 26 de agosto, Vasco x Grêmio, data em que o Vasco teria que enfrentar o Barcelona novamente.

Ficou claro que “eles” não acreditavam que o Vasco se classificaria e acabaria vencendo, como aconteceu, a Libertadores. Assim ficou claro, também, a torcida contra o Vasco na final do Brasileirão, quando marcaram playoff para o dia 29 de novembro, sabendo que o Vasco decidirá um título mundial no dia 1º de dezembro.

Voltemos um pouco no tempo. Havia uma competição na América do Sul, a Supercopa de clubes campeões, disputada anualmente, na qual a Pelé Sports tinha alguns clubes sob contrato. A Traffic (J. Hawilla), empresa ligada à CBF, depois que Ricardo Teixeira assumiu a presidência, e com a qual realizou alguns negócios, para não dizer todos, associa-se a Torneo & Competencias, da Argentina (Ávila) e criam uma empresa chamada T & T Sports Marketing, com sede nas Ilhas Cayman, à One Capital Place, Grand Cayman, Cayman Island, B.W. I P.O. Box 1062.

A partir de então, simplesmente acabaram com a Supercopa e passaram a patrocinar o torneio Mercosul. Celebraram contrato com a Confederação Sul-Americana, com os clubes e passaram a explorar esse torneio. É ilegal? É irregular? É imoral? Digam vocês.

Essa T & T negociou com as emissoras de televisão. Essas pagaram a quem e onde? Pagaram aqui. Em que conta, na da Traffic?

Todos os clubes recebem em dólares procedentes das Ilhas Cayman. Como chegaram lá? Ou será que já estavam lá há algum tempo? Se as TVs pagam em reais, por que os clubes recebem em dólares? A quem e de que forma foi feito esse pagamento?

Quem tem que provar, explicar ou, pelo menos, aclarar algo não sou eu. Eles é que devem explicações. Por que dessa exclusividade de negócios com a CBF? Por que são sempre os mesmos intermediários? Por que os clubes que eles exploram estão de mal a pior e eles estão sempre bem? Por que ingressaram no esporte, por meio do jornalismo, e o deixaram e passaram a ser exploradores do mesmo? Provoquem- me, para que eu diga tudo o que sei!

Eurico Miranda denunciou esquema de corrupção da Traffic há quase 17 anos | Brasil 24/7

Graças a sicários como Marin os Marinho da Globo figuram na Forbes

marinesCom a prisão dos totens dos coxinhas brasileiros na Suíça, a mando do FBI para tentar melar a Copa da Rússia, lavamos a alma pelo simples fato de que, só assim, nossos verdadeiros bandidos vão parar atrás das grades. Por coincidência, o mesmo país responsável por homens como Marin na ditadura, também vira seus algoz. Nada mal se acontecesse, para deixar de ser vira-lata, algo semelhante a outros ex-parceiros dos EUA. Saddam Hussein, Bin Laden e Muammar Kadafi também foram, enquanto úteis, parceiros dos EUA. Depois de chuparem o suco, jogaram-nos foram como bagaços. Os três foram assassinados. Um destino igualmente merecido para um sicário como Marin.

Vai-se Marin, chega Eduardo Cunha. A Globo tem esta capacidade de repor suas peças para manter engraxada a engrenagem da corrupção. E com algumas estatuetas ainda consegue se blindar junto ao Poder Judiciário. Não fosse assim, não precisaria contrabandear da Alemanha a teoria do domínio do fato. Há fatos, provas, testemunhas, mas nada disso se aplica quando se trata da Rede Globo. Para conhecerem os rigores da lei só mesmo se um dos filhos se filiar ao PT. Se for petista, aí até a cunhada da empregada do vizinho corre o risco, se for filmada sacando da própria conta bancária, ir presa…

Infelizmente temos visto Maluf, Robson Marinho e outros brasileiros condenados lá fora mas festejados no Brasil. São eles que sempre encontram um Habeas Corpus, ou dois, do Gilmar Mendes. Resta mais uma vez provado que no Brasil só se condena os membros do movimento dos quatro “P’s”: preto, pobre, puta e petista. Na contramão de todos os países que restauraram a democracia, até hoje ainda não vimos nenhum bandido da ditadura ser condenado. Esta mancha ainda está marcada na paleta das instituições mais à direita, MP, PF e PJ. O Executivo se renova, o Legislativo se renova, só no Judiciário e MP ainda impera uma mentalidade de castas, do tempo da República dos Doutores. A censura ao livro que denunciava as relações da CBF com a Nike é apenas mais um exemplo do desserviço da parcela mais retrógrada do Poder Judiciário.

O caso de José Maria Marin é emblemático porque foi, de alguma forma, homenageado pela Marcha dos Zumbis e pelo MBL. Flagrado roubando medalhas, nada lhe aconteceu. As ruas foram inundadas com camisas custando entorno de R$ 400,00, com o brasão da CBF que ele presidia, pedido um golpe de Estado, e até a reimplantação da ditadura. Candidatos a Presidente que apoia golpistas é o quê? E o pedido de golpe não infringe a Constituição? Não é crime? Se as instituições nãos e defendem, para que servem, afinal?

Aliás, poucas pessoas sabem, porque isso é conveniente a quem sempre fez parceria com a ditadura, porque os cinco principais grupos de mídia brasileiros nada informam a respeito do passado do agora presidiário. Afinal, quantas pessoas sabem que José Maria Marin tem nas costas pelo menos um assassinato, o do jornalista Vladmir Herzog?! Pois bem, este é o homem que ocupou a Presidência da CBF e a usou, para além de roubar medalhas, para fazer campanha para seus afiliados políticos. Não é segredo de ninguém as relações promíscuas de Marin com a Rede Globo, Geraldo Alckmin e com Aécio Neves. Como admitiu Judith Brito, a Folha, Veja, ANJ, Instituto Millenium, Rede Globo, RBS fazem oposição. Por isso é que aplicam tão descaradamente a Lei Rubens Ricúpero revelada no Escândalo da Parabólica. A cunhada do Vaccari foi presa por ser cunhada; Marin, mesmo sendo um larápio, ou por isso mesmo, sempre foi recebido com festas pela mesma casta que prendeu a cunha porque a “literatura jurídica permite”….

BESTIÁRIO

rede globo compensaComo diz a Wikipédia, os bestiárioseram catálogos manuscritos realizados por monges católicos que reuniam informação sobre animais reais e fantásticos, tal como o aspecto, o habitat em que viviam, o tipo de relação que tinham com a natureza e a sua dieta alimentar.

No zoológico em que habitava Marin havia outros animais. Formavam um habitat intransponível devido ao locupletamento das instituições públicas brasileiras. Como nas fábulas, ratazanas e víboras conviviam em perfeita simbiose. Uma redoma de vidro criada pelo maior grupo de comunicação, uma espécie de Vênus Platinada da corrupção, mantinha a fauna na lei da selva. Os nomes são importantes porque definem os bois. E os bois vivem ajoujados na corrupção.

Assim como entender uma língua significa adentrar na cultura de um povo, conhecer os termos comuns a um determinado grupo é também apropriar-se de seu status associativo.

A Cosa Nostra siciliana usa termos de difícil compreensão para quem não seja iniciado. Há um longa tradição de onde brotam termos como “pizzu”, “omertà”, “capo di tutti i capi”. E o beijo estalado nas bochechas funciona como código entre mafiosos, mais ou menos como a distribuição de medalhas por Aécio Neves ou as estatuetas que a Rede Globo aos seus capitães-de-mato. São códigos, à moda maçônica, de identificar as pessoas com as quais seus parceiros podem contar. Funciona mais ou menos como o cartel das empreiteiras nas licitações da Petrobrás ou na construção do metrô mais lento do mundo. De mesma orientação é a linguagem usada no tango, o Lunfardo.

A prisão da fina flor da FIFA deu-nos a conhecer o grau de proximidade que existe entre nome e objeto.

A começar pelo notório José Hawilla. Poderia ter dado outro nome para o tráfico de suborno do que TRAFFIC? Quem TRAFFIC faz qualquer outra coisa, não é mesmo?!

Onde mais um rato como Ricardo Teixeira, que esteve sempre nas bocas, iria se esconder senão em Boca Ratón?!  Se falamos de Futebol, caiu na Rede (Globo), mesmo que for ratão, é peixe para seu aquário.

Em época de Lava Jato Del Nero sacou primeiro  e tirou o nome José Maria Marin da sede da CBF. E como poderia alguém que rapidamente queima Marin  ter outro nome senão Nero. Embora Del Nero tenha o nome do primeiro mercador ocidental a fazer negócio na China, nosso Marco Polo não é o único a fazer negócio da China.

Por tudo isso a trupe brasileira na FIFA e na CBF, associados à Rede Globo desde os tempos da ditadura, parecem saídos do filme Os Bons Companheiros. Quem via os regabofes do Galvão Bueno com Havelange ou Ricardo Teixeira entende porque a Rede Globo odeia qualquer coisa que não sejam seus capachos. Não haveria uma quadrilha tão bem fornida não houvesse por traz dela a blindagem da Rede Globo.

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