OBScena: flagrante de produção jornalística
O Fernando Brito, do blog Tijolaço, revisitou o termo criado por Carl Marx, Lumpenproletariat, que significa “seção degradada e desprezível do proletariado”, de lump ‘pessoa desprezível’ e lumpen ‘trapo, farrapo’ + proletariat ‘proletariado’. Brito fala da lumpenburguesia, “as franjas degeneradas e desprezíveis da própria burguesia”. Eu mesmo conheço alguns que dão nó em pingo d’água para pagar condomínio, mas tem carro cheio de adesivos de Punta del Est, Miami e Aspen.
Os filhos do lumpenjornalismo odeiam qualquer programa social que não sejam aqueles conduzidos por socialites. Mas não vivem sem uma universidade pública, totalmente gratuita para os filhos.
O modus operandi pode ser explicado por um personagem da mitologia grega: Procusto. Este bandido que inspira nosso jornalismo fazia suas vítimas caberem numa cama. Os menores espichava; os maiores, cortava. Os Grupos MafioMidiáticos têm na cama de Procusto a medida de seus intere$$es!
Poderia dizer que há uma boa parcela de jornalistas produzidos na escola de Procuste, saídos da lumpenburguesia. Mas há casos ainda piores, como se para fazer parte de um patota, como se dizia antigamente, tivesse que vomitar junto no mesmo pote. O meio sabe recrutar vira-latas que, por qualquer pedaço de salsicha, abanam o rabo e se mostram agradecidos pela oportunidade única de lamber o rabo do poodle do patrão.
Qualquer um pode encontrar inúmeros exemplos bem próximos, nos jornais, rádios, tvs de sua terra. Por menor que seja o pedaço de chão, sempre há invertebrados para rastejaram se fazendo de capacho para a idiotia desfilar. Uma vez prestados os serviços, caem em desgraçados e são cuspidos como bagaço de cana.
Começo por alguns exemplares aqui da terrinha. A RBS, um monopólio construído em parceria durante e com a ditadura, só aceita capacho. Os capachos com flatulência verbal viram chefes, assumem postos de maior visibilidade. Quem não lembra de um José Barrionuevo, que administrava a “central de recados”, também chamada de “página 10’ do jornal Zero Hora do Grupo RBS?! A Godiva do bairro Bela Vista, que cavalgava nua seu moralismo de aluguel pelas páginas do jornal dos Sirotsky, foi para na Operação Rodin… Não menos famoso, em na filial de Florianópolis desfilava a fina flor do pensamento Sirotskyano: Luis Carlos Prates…
O que Barrionuevo vomitava na página 10 era reproduzido por outro vira-lata na Rádio Gaúcha, Rogério Mendelsky. Ambos foram defenestrados e substituídos por outros menos conhecidos e com a barra ainda limpa para fazerem o mesmo trabalho sujo dos saídos. Foi assim, por exemplo, que ascendeu Ana Amélia Lemos, aquela que sendo chefe da sucursal de Brasília do Grupo RBS, também recebia pelo Senado. Se no lugar do Mendelski entrou a ex-miss Lagoa Vermelha, na central de recados entrou a Rosane de Oliveira. Ela escreve os recados do PRBS e ainda tem espaço da repercuti-los na Rádio e TV Gaúcha. Cumpre, assim, na prática a velha teoria do Goebbels: repetir em jornal, rádio e tv a mesma mentira para que a manada embasbacada de gaúchos assuma como verdade. É assim que a RBS vai conseguindo emplacar governos títeres. Sem contar os carrascos voluntários, ainda se pode contabilizar como umbilicais Antonio Britto, Yeda Crusius. Só a RBS pode se vangloriar de ter sua própria bancada “multipartidária”. A RBS tem hoje, sozinha, dois senadores para chamar de seus: Ana Amélia(PP Gaúcho) e Lasier Martins (PDT, que virou sigla de aluguel). Nenhum outro partido conseguiu ter dois senadores no RS ao mesmo tempo. Só a passividade bovina de uma manada que segue abestada uma égua madrinha chamada RBS justifica tamanha façanha.
Se avançarmos para o centro do país, as coisas não melhoram. De raízes gaúchas, mas fincadas bem fundo no que existe de pior em São Paulo, Diego Escosteguy transita de lixo em lixo com a desenvoltura de um rato. Já teve de engolir pelo traseiro torpedos do ex-ministro e comensal da Globo, Joaquim Barbosa. Praticante de coprofilia jornalística, teve, em poucos dia, de engolir por pelo menos duas vezes sua própria “obra”.
A família Mesquita, dona do Grupo Estado, que se compraz em atacar qualquer coisa de esquerda como se fossem fantasma que assombrassem seus sonos, não teve dificuldades de colocar como Diretor de Redação do Estadão ninguém menos que o assassino de Sandra Gomide, Pimenta Neves. E, claro, eles não sabiam de nada….
A Folha não precisa de capacho para fazer o serviço sujo. Desde que a famiglia Frias fez consórcio com que eles chamam de ditabranda, o pudor, se é que um dia existiu, passa longe da sede da empresa. Presenciar sessões de tortura, como revelou a Comissão da Verdade, estupro e morte, era uma prezar de pai para filho. Para inventar uma ficha falsa da Dilma ou justificar a ditadura não precisam de alguém por eles.
Isso não é lumpenjonalismo. É banditismo! Perto deles, Fernandinho Beira-Mar fica parecendo Tiradentes…
A Rede Globo, que tem a maior lista, segundo o WikiLeaks, de colaboradores da CIA, continua fazer o que está no seu DNA. Dar golpes. Pratica desde sempre um jornalismo conhecido pela Lei Rubens Ricúpero. Fez um editorial saudando a chegada da ditadura. Diz que errou, mas não pediu desculpas nem devolveu o que auferiu na parceria com a ditadura. Continua diariamente perpetrando pequenos golpes. Para isso recruta o rebotalho de penas de aluguel como mafiosos que recrutam mãos-leves e toda sorte de trombadinhas para pequenos golpes em centros movimentados.
Se hoje, em plena democracia, quando a internet não deixa nada passar batido, Folha, RBS, Globo, Veja, Estadão continuam utilizando informação como instrumento de lucro, imagine durante a ditadura, com quem faziam dobradinha?!
Hoje o banditismo não está nas prisões de segurança máxima. Está nas redações. É lá que são perpetrados os grandes crimes, como os de lesa pátria. Diariamente praticam assassinatos de reputação. Não há dia que não há haja vítima deste tipo de banditismo.
Procusto continua mais ativo do que nunca. Para as acusações, capa; para os desmentidos, o silêncio. O silêncio dos indecentes!
Joseph Pulitzer: “Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.”
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