Ficha Corrida

21/03/2019

Laurício

Filed under: Futebol,PIG — Gilmar Crestani @ 5:09 pm

LAURICIO APOLÔNIO PINTO BRANDÃO (09/02/1943 – 01/06/2020)

Conheço Laurício Apolônio Pinto Brandão desde 1989, quando nos tornamos colegas de trabalho.

Após perambular como atleta, Laurício fez concurso para Justiça Federal onde ingressou em 1980.

Aposentado desde 1998, por força da natureza do meu trabalho, vejo-o com certa frequência, mas a cada ano que passa, cada vez menos. E toda vez que nos encontramos, sempre faço recordar seus tempos de Inter.

Laurício - 1990

Laurício – 1990

Nascido em Campos dos Goytacazes, em 09/02/1943, se destacou no futebol carioca, primeiro pelo Madureira e depois, com muito sucesso, pelo Fluminense, de onde saiu para vir jogar no Inter.

Lateral de direito de muita marcação, se vangloria de ter sido um grande adversário do Grêmio, tanto que atribui a sua saída a intrigas que teriam sido arquitetadas por gremistas.

Jogou na lateral direita de 1966 a 1970. Passou pelos Eucaliptos e inaugurou o Beira-Rio.

Lauricio 1972

Lauricio 1972

Quando lembra do time, abre um largo sorriso para falar do Escurinho:

– O negão me deu muitos bichos…

Os “bichos” a que se refere não são animais de estimação, mas o prêmio pelas vitórias.

Escurinho “deu” bichos ao Laurício e me tornou colorado. Mas esta é outra história….

Na inauguração do Beira-Rio, contra o Benfica, Daltro Menezes escalou o Inter com Gainete no gol, Laurício, Scala, Pontes e Sadi; Tovar e Dorinho; Valdomiro (Urruzmendi), Bráulio (Sérgio), Claudiomiro e Gilson Porto.

Foi uma grande vitória, 2 X1, que selou a sorte da nova casa.

Só não gosta de falar da saída, que teria sido provocada por uma intriga arrumada por gremistas, mas joga toda responsabilidade nas costas do Daltro Menezes, que preferiu ir atrás de intrigas do que confiar na sua palavra. Prova que quem bate esquece mas quem apanha, não…

Depois do Inter, só jogou, por apenas um ano, no Londrina.

Voltou pra Porto Alegre onde fixou residência definitiva.

Com Laurício, em março de 2019

Com Laurício, em março de 2019

Fico ainda mais feliz pelo atleta ao saber que Laurício tinha como sonho, se não fosse jogador de futebol, se tornar militar. Sonhava em se tornar general. E foi. Felizmente, na zaga do Inter…

21/02/2016

Copas de 2002 e 2006 explicam o ódio da Rede Globo ao Lula

Corrupção no futebol & Rede Globo, tudo a ver! O que prova que os verdadeiros bandidos estão fora dos presídios de segurança máxima, distribuem estatuetas e aparecem na FORBES

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif

sab, 20/02/2016 – 18:58

Jornal GGN – O jornalista Jamil Chade, correspondente internacional do Estadão, está lançando um livro chamado Política, propina e futebol – Como o “padrão FIFA” ameaça o esporte mais popular do planeta.

Na obra, o jornalista desvenda como funcionava o pagamento de propinas e subornos da entidade e explica como os cartolas usavam contratos comerciais e de direito de transmissão para enriquecer.

Jamil Chade esteve em São Paulo para um evento de lançamento do trabalho e concedeu entrevista exclusiva a Luis Nassif sobre o assunto.

Abaixo, os vídeos da entrevista e a transcrição completa:

Luis Nassif – Jamil, fala um pouco da sua carreira como correspondente internacional. Como você chegou a Genebra?

Jamil Chade – Eu cheguei em Genebra no ano de 2000. E o principal foco era a cobertura ainda de OMC [Organização Mundial do Comércio], em termos econômicos. Principalmente porque a OMC naquele momento era vista como uma entidade que poderia ser a organização que corrigiria as regras do comércio.

O que poderia trazer uma política externa desenvolvimentista para o Brasil, abrindo portas etc. Esse foi o inicio, mas claro, uma vez lá, o que acontece que se descobre rapidamente, tem uma infinidade de assuntos. Genebra é uma cidade muito pequenininha.

Luis Nassif – Tem correspondente do mundo inteiro lá…

Jamil Chade – Tem mais de 150 correspondentes, do mundo inteiro, eu já cheguei a ser presidente da Associação dos Correspondentes Estrangeiros lá. E é muito curioso porque você vê do chinês, da estatal chinesa, à extrema direita americana. E todos ali. Porque tem a ONU, as entidades internacionais, mas também tem os bancos, e aí todas as entidades esportivas, né?

Luis Nassif – Quando começa essa questão da guerra contra o narcotráfico e contra o terrorismo, de que maneira que isso se refletiu na cobertura lá inicial?

Jamil Chade – É curioso, só um causo… Logo que aconteceu o ataque nas torres gêmeas, no dia seguinte, a cidade descobriu que o irmão do Bin Laden morava em Genebra. Não só que ele morava em Genebra como era financiador do festival de cinema de Genebra, das atividades culturais de Genebra etc. E aí foi aquele primeiro constrangimento, que na verdade aquela família que era tão odiada pelo mundo, era a mesma…

Luis Nassif – Eles não tinham ligações com a família Bush?

Jamil Chade – É difícil ter uma constatação final, mas dizer que eles eram desconhecidos não era o caso, e dizer que a família era desconhecida das autoridades européias também não era o caso. Se o próprio irmão fazia tanta filantropia artística na Europa.

Eu digo isso pelo seguinte. A cobertura mudou radicalmente, primeiro dos jornais europeus, da imprensa européia, descobrindo que o problema não era americano, não era no Oriente Médio. O problema existia, e é um problema, vamos dizer assim, global.

Agora, também tem uma outra leva que foi a mais recente que é a da guerra da Síria, que mudou de novo a cobertura do terrorismo, porque o terrorismo, a guerra na Síria passou a acontecer também na Europa. Primeiro, pelos refugiados, que é um impacto direto da guerra ainda no continente europeu. E depois com ataques terroristas.

E aí eu sempre me pergunto: sim, é um desafio, sim é uma questão real para os europeus, agora, o que tem de partido de extrema direita se aproveitando dessa situação é muito grande. Isso é visto na Dinamarca, na Suécia, mas também na França, na Suíça.

Então, a cobertura ela é sobre o terrorismo, ela é sobre o crime internacional. Mas ela também se transformou de alguma forma na cobertura diferente da política doméstica.

Luis Nassif – Quer dizer que essa questão da intolerância global surge a partir do fantasma do terrorismo…

Jamil Chade – É, muita gente usou isso como instrumento. Na Suíça, onde o problema não existe, ele não existe! Ele aparece, se você faz uma sondagem, uma enquete de opinião, ele aparece como terceira ou segunda preocupação.

E você diz: mas ele não existe esse problema aqui! Então, por quê? Partidos, de uma forma muito hábil, muito manipuladora, usaram essa ameaça terrorista, essa ameaça, pra aprofundar hoje a intolerância.

Hoje eu digo que, na Europa, a pessoa que tinha algum traço racista, ou de intolerância, ele perdeu a vergonha de ser intolerante. E hoje a gente vê uma reação muito mais, eu não diria saudável, porque isso não é saudável, mas você sabe quem é quem. Porque a pessoa não tem mais o medo de dizer eu “não quero essas pessoas no meu país”.

Luis Nassif – Jamil, um fenômeno que ocorre também em decorrência desse crescente terrorismo é a chamada cooperação internacional. Como que é feita essa articulação, e porque esse protagonismo dos Estados Unidos hoje em dia? Por conta de ter mais equipamento…?

Jamil Chade – Essa cooperação ela foi exigida pela ameaça. Porque a ameaça não está em um país, ela não é num estado, ela não é um grupo coeso em um território fechado. Então, essa cooperação ela se tornou necessária.

Dou só o exemplo dos ataques em Paris. Os belgas, vamos chamar eles de belgas porque eles são belgas os terroristas, eles nasceram na Bélgica. Os pais eram argelinos etc, mas os garotos eram belgas, pelo menos alguns deles. Quando eles fogem da França para a Bélgica, eles são parados na fronteira naquela noite. Na lista, belga, de procurados, eles estavam, mas eles não estavam na lista francesa de procurados. Então, quando eles são parados, eles são parados pelos franceses, e na lista não tem nenhum nome daqueles. Eles passam. Então, isso tudo demonstrou que sem cooperação nunca essa ameaça vai ser lidada.

Agora os americanos, que é uma questão real. Eu acho que acima de tudo pela capacidade de articulação que eles tem entre o serviço de inteligência e o grupo militar de fato. Porque a Europa falha ainda, a Europa não tem essa capacidade de transmitir informação e inteligência ainda de uma forma eficiente em termos de terrorismo para o combate ao terrorismo.

E muito do que acontece na Europa em termos de atuação é baseado em informações que chegam dos Estados Unidos.

Então, outro dia, não faz tanto tempo, em Genebra, policia anunciou que haveria uma ameaça terrorista na ONU, blindada, basicamente, polícia na rua etc. E aí, foi descoberto que quem passou a informação para as autoridades suíças foram os americanos.

Luis Nassif – Agora, você tem o fenômeno do terrorismo e tem o fenômeno da corrupção internacional, narcotráfico, que cresce com a internacionalização dos mercados. Nesse sentido, já se tem o precedente da Operação Mãos Limpas, como é que você vê a parte de Genebra essa cooperação internacional.

Jamil Chade – Essa cooperação, por exemplo, no caso do crime organizado, do narcotráfico, ficou muito claro que precisa ser feita de uma forma coordenada. É muito fácil, na Suíça é muito claro, o dinheiro da lavagem. O dinheiro da lavagem na Suíça é uma constante, não é algo pontual que eles tentam mostrar que “não, isso foi só um caso isolado, naquele banco, naquela agência”, não, é algo generalizado.

Os suíços entenderam que se eles quiserem de alguma forma preservar o sistema financeiro suíço, eles vão ter que colaborar, porque senão, nos Estados Unidos, os grandes bancos suíços já são, de uma forma muito clara, multados.

Então, os suíços tomaram uma nova postura. Eu não digo que é uma nova postura: abertura, agora nossas contas vão ser transparentes…não, não é isso. Mas, é um inicio de uma cooperação nesse sentido. De alguma forma, o combate ao terrorismo, a cooperação no terrorismo acabou ajudando países a dialogar para lidar com outros crimes.

O problema é que o crime organizado, ele é organizado. Ele consegue identificar lacunas e sair de situações. No caso da Suíça é muito claro. Muito dinheiro saiu da Suíça desde que a operação começou e foi para outros paraísos fiscais. Então, quando os suíços chegaram em alguns dos casos a conta estava vazia já. Então, é um desafio pra eles mesmos, eles mesmos colocam, o Ministério Público suíço coloca de uma forma muito clara que eles estão correndo atrás do prejuízo.

Luis Nassif – Agora, chegando no tema do seu livro que é o futebol. Essa estrutura de crime organizado começa a surgir quando?

Jamil Chade – Olha, essa estrutura de crime organizado ela tem origem ainda nos anos 70/80 com o próprio João Havelange. Ele é o craque, literalmente é o craque do esquema tático. O que ele teve… muita gente coloca ele como a pessoa que levou o futebol ao mundo e que ele globalizou o futebol etc. Eu tento mostrar que esse não é o caso, por quê? Porque qualquer grande administrador no lugar dele teria feito exatamente a mesma coisa.

As televisões estavam em plena expansão, transmissões ao vivo, as multinacionais procurando plataformas que elas pudessem num só evento transmitir aquela marca delas para o mundo inteiro. Então, e ao mesmo tempo nos anos 70 tem a descolonização da África e da Ásia, ou seja, novos membros. Então, o que o Havelange fez foi o óbvio, ele não fez… Não é que ele transformou o futebol num novo fenômeno.

Luis Nassif – Eu lembro como jornalista econômico dos anos 70 já vendo esse fenômeno, o potencial desse fenômeno…

Jamil Chade – Exato, e aí se a gente pega as contas da FIFA, você se dá conta que na verdade ele não fez nem mesmo o suficiente. O que eu quero dizer com isso? A FIFA, durante os anos 80/90 e até meados de 2005/06, era uma organização que não gerava a mesma renda da NBA, do futebol americano, da Fórmula 1, dos Jogos Olímpicos…

Não é possível que o esporte mais popular do mundo, com toda essa expansão, não gere a mesma renda dos outros esportes. É simples, porque o esquema que era montado não era pra gerar renda para o futebol. Era gerado pra montar uma renda para os dirigentes.

Luis Nassif – Então, mas vamos pegar um ponto aí relevante que é o seguinte: quando se pega as disputas midiáticas em todos os países, o evento esportivo é o ponto especial de audiência. Com a legislação desses países se tinha um mercado fechado, não tinha internet nem cabo chegando aí. Então se tinha uma influência muito grande em cada um desses países dos grupos de mídia hegemônicos. Isso aí ajudou a criar essa blindagem política, né?

Jamil Chade – Totalmente, inclusive porque isso, de alguma forma, controlou até o monopólio de quem é que tinha o direito de transmissão. É disso que vem a renda do futebol. É uma ilusão que a gente achar que é ingresso, venda de camisa, ou até o marketing da Coca-Cola e das multinacionais. É a televisão que transmitiu tudo isso.

Só pra te dar um exemplo da capacidade da televisão de influenciar o jogo. A gente fala muito: “ah não, a televisão influencia o horário da partida”, é verdade, mas é muito mais do que isso. A bola, ela começou a ser branca e preta, com aquelas gomas, justamente para favorecer a televisão, por causa da visibilidade.

Outra regra do futebol que a gente considera como óbvia que veio da televisão: cartão amarelo e vermelho. Quando a televisão foi a cores, precisava ter uma distinção pra televisão registrar. Enfim, são coisas elementares…

Mas para eu explicar que na verdade a historia da televisão está ligada com a história da expansão do futebol. Agora, se a gente pega e eu tento mostrar no livro isso com documentos. No caso da ISL, a empresa de marketing da FIFA que quebrou em 2002. Quando o processo termina, e os documentos são revelados no ano de 2012. O procurador na Suíça diz que Havelange fraudou a FIFA nos contratos. O que significa isso? Ele simplesmente evitou que a FIFA tivesse uma renda maior fechando acordos com monopólios. E claro, esses monopólios pagavam propina a ele, para garantir que não fosse aberta a concorrência.

Luis Nassif – Mas só pra entender um pouquinho a entrada dos Estados Unidos nisso aí… Coincide com o momento em que os grandes grupos midiáticos norte-americanos tentam entrar nesse mercado: ESPN. Tentam entrar nesses mercados e batem nessa estrutura viciada aí… Então, teve um estímulo econômico aí para…

Jamil Chade – Certamente, certamente. A explicação para essa derrubada, para esse chacoalho aí que aconteceu, foi justamente romper um vício. Uma estrutura viciada, absolutamente correto, em mostrar a impossibilidade de entrar no mercado que era costurado, que coloca os americanos e outros também numa situação de dizer: bom, precisamos começar a questionar esse sistema. Como? Pelas regras do jogo não vai funcionar porque ali estava fechado.

Existe também a justiça, existe também a polícia. E aí o que eles mostram, isso é importante, não é uma investigação apenas sobre os dirigentes esportivos. Nos Estados Unidos isso também se transformou numa investigação sobre os cúmplices, sobre as empresas que faziam parte desse esquema.

Então, porque o mergulho da investigação nas empresas de marketing e de transmissão? É porque ali que era onde engarrafava, onde ninguém mais entra.

Luis Nassif – Deixa eu entender só uma coisa, a cooperação internacional ter permitido aqui, no caso do Brasil e da Lava Jato, acesso a um volume de informações muito relevantes. Como que o Ministério Público Federal, no caso do Brasil, está se aproveitando dessas informações ligadas aí à FIFA?

Jamil Chade – Por enquanto muito pouco. Nós estamos aí já no final… Quer dizer, quase um ano depois da prisão em maio de 2015. Mas, existe a cooperação da Suíça com os Estados Unidos, do Uruguai com os Estados Unidos, do Chile com os Estados Unidos. E no Brasil o Ministério Público teve uma primeira, digamos assim, com o departamento de justiça americano. Foi pedida a transferência dos documentos pra que isso pudesse acontecer. E aí uma juíza no Rio de Janeiro determinou o bloqueio de toda a cooperação entre Brasil e Estados Unidos no caso do escândalo do futebol.

Luis Nassif – Uma juíza de primeira instância?

Jamil Chade – Primeira instância. O Ministério Público agora levou isso a uma segunda instância, eu acho que provavelmente no Supremo, e agora está aguardando uma decisão pra desbloquear a decisão da juíza que havia determinado que não há espaço, que a transmissão dos documentos não seria legal, o que é bastante incrível.

Luis Nassif – Qual que é a alegação dela?

Jamil Chade – A alegação dela é que as outras partes não tiveram a oportunidade de se defender.

Luis Nassif – Mas em fase de coleta de dados?

Jamil Chade – Coleta de dados. Inclusive, ela pede que os dados que o Brasil tenha já mandado para os Estados Unidos que sejam devolvidos. Isso está na decisão de primeira instância.

O Ministério Público Federal protestou, de uma forma bastante enérgica, eu até tenho alguns documentos. E não houve forma de solucionar, então, foi levado a uma nova instância.

Mas, o que acontece no final das contas? Hoje, o Brasil é um dos únicos países que não colabora nesse caso. O que é de uma ironia total, porque o pai, o craque que montou era brasileiro, e uma parte fundamental dessa investigação é a atuação dos dirigentes brasileiros.

Então, os americanos mesmo, o departamento de justiça, já deixou muito claro ao Brasil que estava bastante incomodado com essa falta de cooperação. A outra questão que a gente pode colocar é: por que foi necessário o departamento de justiça americano atuar para a gente ter qualquer tipo de reação aqui? Então, hoje ainda é complicado, Nassif. Hoje, ainda não existe o fluxo de informação do Brasil aos Estados Unidos sobre esse caso.

Luis Nassif – O Ministério Justiça, de certa maneira, teria que ter protagonismo nisso…

Jamil Chade – Agora, se o Ministério Público não pode nem fazer sua parte porque tem uma juíza que bloqueia. Parece uma… Aquelas situações que você acha que: não, isso não vai acontecer! Mas acontece, né?  Agora, na Suíça, que também eles vivem esse dilema, porque a FIFA estava no nariz deles por quarenta anos. E aí isso causou um constrangimento muito grande no país que foi necessário uma operação ordenada pelo FBI para que os suíços prenderem os autores de uma entidade que estava aí, na avenida.

Luis Nassif – Jamil, quando a gente pega essa disputa dos grupos de mídia com os novos grupos, qual o reflexo dessa operação no caso da Europa e daqueles países em que o futebol era peça central de audiência desses grupos?

Jamil Chade – Curiosamente, nos bastidores, o que está acontecendo é uma grande corrida pra tentar renegociar os contratos. Então, os novos grupos estão fazendo um tsunami negociador, tentando se encontrar com cada federação, das pequenas até as grandes, França, Alemanha. Mas, também, eu conheço gente que percorre a Europa conversando com Letônia, Armênia, Albânia, etc.

E você fala: “não, mas não é possível”. Não! Tem uma lógica, se você fechar acordos com todos os periféricos, com quem é que a França e a Alemanha vão jogar na Europa? Então é curioso, porque aquilo ali abriu a porteira pra todos esses novos grupos tentarem renegociar, ou obter acordos e dizer: “olha, vocês não vão poder mais transmitir, ou ter um acordo com tal empresa, vai pegar mal, nós estamos oferecendo isso aqui…”.

Luis Nassif – Que é o que está acontecendo com a ESPN e com a Disney aqui? Fechando com clubes especificamente…

Jamil Chade – Exatamente, porque inclusive, é importante… Porque o que acontece nos Estados Unidos, ele desmontou um sistema. E o novo sistema ainda não foi montado.

Luis Nassif – Só que agora nesse jogo novo aí estão vindo os gigantes de lá também…

Jamil Chade – Claro, claro. Para o Brasil, mas também para a Argentina, para a Colômbia. É interessante, porque se você pega o mapa da América do Sul, praticamente todas as federações nacionais foram abaladas. Então, você tem, rapidamente, Venezuela, Colômbia, Peru, Equador, Bolívia, Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, eu acho que só sobrou Suriname… É um novo mercado.

Luis Nassif – E os patrocinadores, no caso Adidas, Coca-cola, e tudo… Eles garantiram esse tipo de monopólio?

Jamil Chade – Eles garantiram por muito tempo, inclusive no indiciamento americano eles são citados, não nominalmente, mas dizem: “uma grande empresa de produtos esportivos que assinou com a CBF nos anos 90”. Eu só conheço uma, é a Nike, obviamente.

O indício que o departamento de justiça tem é que a Nike pagou uma propina que foi dividida entre o Ávila e o Ricardo Teixeira. Então, os americanos de alguma forma estão olhando para as suas próprias empresas também, com uma ressalva, eu diria. Essas empresas, assim que esse caso começou, elas, que eram absolutamente silenciosas, sobre a história agora elas colocam cartas abertas pedindo a reforma da FIFA, dizendo que isso é absolutamente inaceitável.

Luis Nassif – O Ronaldo aqui…

Jamil Chade – Que o Blatter tem de sair! Vocês estavam aqui nos últimos quarenta anos gente. Vocês não viram, ou não sabiam? Qual era a história, né? Então, é de uma hipocrisia grande você ver essas empresas que faziam parte do esquema, agora pedir a transparência.

Te dou só um exemplo de uma conversa que teve o Blatter com o Havelange ainda na época. O Blatter foi contratado na FIFA ainda nos anos 70, e ele tem o mérito, se é que se tem algum mérito, de organizar esse sistema pro Havelange, de ter o contato com essas multinacionais. E ele foi o primeiro que chegou pra Adidas e falou: “olha, vamos fechar um acordo”. Quando esses acordos começam a surgir, o Havelange diz pra ele: “você está criando um monstro”. Esse monstro, de certa forma, engoliu eles, e esse monstro transformou esses interesses comerciais, ou estabelecidos ou os que vem, no grande jogo, né?

Esse é o grande jogo. É o grande jogo de saber, sim, a evasão fiscal dos americanos, etc, é grave, é gravíssima. Mas se você ler todas as decisões sobre as prisões dos dirigentes, em todas elas tem um parágrafo fundamental: essa prática impediu a livre concorrência. O que quer dizer isso na prática? Novas empresas que estejam aparecendo elas não vão ter acesso nesse esquema. Esse esquema precisa ser desmontado.

Luis Nassif – A questão do tráfico de jogadores. Esses valores monumentais dos jogadores  se explica pelo retorno ou tem esquemas de esquentamento aí…Daí entra máfia russa aí no meio…

Jamil Chade – Isso. A OCDE publicou já alguns anos, em 2009, uma investigação que eu acho que ela é fundamental pra gente entender. Ela apresenta o futebol como um dos veículos privilegiados da lavagem de dinheiro no mundo.

Luis Nassif – Superou obras de arte…

Jamil Chade – Tudo! Porque de alguma forma, essas entidades que controlavam o futebol, elas estavam fora da lei. Por que fora da lei? Na Suíça existia uma regra, uma lei, que permitia a FIFA manter certas contas fora da balança de pagamento. Ela não precisava publicar. A COMEBOL tinha imunidade diplomática!

Pensa, uma federação esportiva com imunidade diplomática. O que é uma contradição total. O que representa isso na prática? Isso dá espaço pra uma atuação criminosa com um controle muito menor, né? Se obras de arte já tinham começado a ser usadas, logo a Interpol, polícia percebeu… diamantes, etc.

O futebol não, o futebol ficou, de certa forma, de lado. E o que vários processos na justiça européia já mostraram, ou eles não são reais, ou eles eram esquemas pra lavar dinheiro de grupos inteiros.

Então, hoje nós falamos no Neymar, do caso Neymar. Mas, o caso Neymar não é O caso, o único caso.

O Barcelona está sendo processado por vários casos. Eu vou além, na França, entre 2009 e 2011, vários dirigentes foram processados por lavagem de dinheiro, inclusive na compra do Ronaldinho Gaúcho para o Paris Saint Germain, e foram condenados! Os jogadores não. Foram condenados os dirigentes que montaram esses sistemas.

Então, sim existe! E para completar isso que se falou da máfia russa, não sei nem se é russa, do leste europeu eu diria…

Luis Nassif – A máfia de um russo.

Jamil Chade – De um russo! [Risos]. Eu fui numa cobertura na Ucrânia, cobrir basicamente a crise política, a Rússia, a guerra no leste da Ucrânia. E eu estava em Kiev, e alguém me disse: “olha, naquele hotel, é onde o Shaktar Donesse tem a sua sede”, que eles não podem mais estar em Donesse, Donesse está destruída, eles agora moram nesse hotel.

Espetacular! Eu vou até ali. Eu entro no hotel, e tem um jogador sentado no hall do hotel, numa mesa, essas mesinhas de hotel, a mesa inteira repleta de dinheiro. E uma outra pessoa na frente dele, pagando! Aquilo era o salário, em dinheiro! Se pode dizer: “não, claro, é um país em guerra, é necessário liquidez, etc.” Muito bem, agora, eu nunca vi o jogador sendo pago em dinheiro na mesa do hotel, na frente de todo mundo, quer dizer, é escancarado.

Luis Nassif – Só pra entender a lavagem, que dinheiro que é esse que é lavado? É dinheiro do narcotráfico?

Jamil Chade – Existe o dinheiro do narcotráfico, mas em muitos casos, isso é apresentado pela OCDE, é dinheiro de evasão.

Luis Nassif – Evasão fiscal mesmo?

Jamil Chade – Evasão que não consegue ser reintegrado no sistema de uma forma legítima.

Luis Nassif – É por isso que esse acordo de repatriação de ativos aí pode ter bom resultado, porque é muito dinheiro de evasão…

Jamil Chade – É muito dinheiro! A FIFA, olha só, a FIFA que é a própria organizadora, entre aspas, de toda essa estrutura corrupta. Ela chegou a uma conclusão ano passado que, das transferências anuais que são realizadas no futebol, US$ 1 bilhão desaparece. Desaparece das contas. US$ 1 bilhão. Mais ou menos o mercado de jogadores movimenta US$ 4 bilhões por ano. 25 % não existe.

Luis Nassif – Só pra entender, o cara tem dinheiro pra ser lavado, joga no futebol, o dinheiro vai para o clube e como é que o clube devolve para ele esse dinheiro?

Jamil Chade – No caso, por exemplo, do francês, ele mostrava o seguinte: uma segunda empresa era criada, normalmente, uma empresa de fachada, que prestava serviços fictícios para o jogador, pro agente ou para o clube. Então, um exemplo que aconteceu antes do caso do Neymar, uma empresa criada na Holanda, prestava serviços pra clubes franceses, para revender a imagem daquele jogadores que ela tinha comprado.

Luis Nassif – Por que os grupos de mídia tinham interesse em ter empresas offshore aí. Porque eles têm o patrocínio que recebem, tinham que pagar propina, mas voltava alguma coisa pra eles na forma de caixa dois?

Jamil Chade – Pode ter voltado, mas a principal criação dessas offshores era pra depois pagar as propinas que não poderiam estar aparecendo para aquele sistema funcionar. Porque o clube só aceitava fazer esse sistema se o dirigente ganhasse alguma coisa. Então, tinha esse esquema. Agora, existe também, no caso, se não me engano pela Canal Plus, na França. De uma empresa que foi criada pelo Canal Plus numa offshore, que recebia também uma parte não declarada da renda das transmissões. Então, ela servia duplamente.

Luis Nassif – Aí, especificamente para fraudar o fisco?

Jamil Chade – Totalmente pra fraudar o fisco. Seja no retorno dessa transmissão, mas também na compra desses direitos.

Olha só, um conhecido nosso, foi o diretor dessa offshore da Canal Plus nos anos 90. Gerrand Vauque, o que depois foi secretario geral da FIFA, deu um chute no traseiro nosso, aquela coisa toda, ele já foi diretor de uma offshore de uma emissora.

Luis Nassif – Agora, pra entender a árvore, se tinha aquela holding, ISL, ela se desmembrava em outras offshore?

Jamil Chade – Tinha! Isso até hoje não ficou muito claro quantas são.

O fato é que ela quebra. A ISL quebra. Eu sempre digo, a ISL quebrar é o equivalente da única fábrica de água no deserto quebrar. Como é que você quebra? Obviamente não foi o caso, foi o desmonte do banco paralelo da FIFA.

O que era a ISL? Era a empresa de marketing que detinha os direitos e revendia depois. E ela usava…com que mais? Não tinha como quebrar, o problema é que ela era usada como caixa dois da FIFA, para todas as atividades que não poderiam ser apresentadas.

Então, a movimentação de dinheiro dela não se referia à venda e compra de direitos, ela se referia aos pagamentos de propina. Ela era um instrumento, era o banco, o shadow banking do caso da FIFA que era usado pra isso. Quando ela quebra aí se descobre todas as ramificações. A Suíça tem um paraíso fiscal dentro de um paraíso fiscal que é a cidade de Zug. A ISL era registrada em Zug.

Luis Nassif – Jamil, no seu livro você coloca que a Globo é mencionada lá e tem um conjunto de campeonatos aí, inclusive Copa das Nações, isso aí teve resultado de algum problema pra ela lá fora?

Jamil Chade – Olha, por enquanto não tem porque a investigação por enquanto não se refere a ela.

A ISL, no caso da ISL, que é onde eu cito claramente, ela diz que a suspeita, isso é o processo, não sou eu dizendo, que a suspeita é de que quem pagou o suborno, isso no caso do Havelange e Teixeira ainda, foi uma emissora brasileira que tinha os direitos pra copa de 2002 e 2006, e o nome não é mencionado porque não é contra ela.

Agora, eu só conheço uma empresa que transmitiu 2002 e 2006.

Luis Nassif – Tem rabo de gato, orelha de gato, foucinho de gato, e mia.

Jamil Chade – Exato, deve ser um cachorro né? Só pode ser um cachorro.

Enfim, mas, a situação hoje é que aquele caso da ISL foi encerrado naquele momento. Como é que ele foi encerrado? Havelange e Ricardo Teixeira pagaram uma multa e aquele caso foi selado.

Hoje, o FBI pediu todos esses documentos, isso aconteceu em dezembro agora, eles levaram da Suíça 50 caixas de documento sobre a ISL, sobre esse caso especifico. O acordo na Suíça dizia que o caso estava encerrado na Suíça. Agora os americanos levaram já esse documento, o que eles vão fazer dele, eu não sei.

Agora, a conclusão do Ministério Público na Suíça na época, apontava que a suspeita de suborno, uma das suspeitas, era dessa emissora brasileira. Isso certamente foi repassado aos americanos.

Política, propina e futebol: entrevista de Jamil Chade a Luis Nassif | GGN

18/09/2015

Bola nas costas: coxa enterrou duas no CUnha

Filed under: Eduardo Cunha,Flamengo,Futebol,hiPÓcrita — Gilmar Crestani @ 7:52 am
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O Coritiba fez seu melhor primeiro tempo de todos os tempos. Enterrou dois gols no Flamengo e deixou de fazer um terceiro de penas das crianças que foram pela primeira vez no Mané Garrincha. O oportunista de arquibancada, Eduardo CUnha, postou foto com a camisa do Flamengo por cima da camisa brana.

Pode-se dizer então que o Coritiba cometeu o crime contra o do “colarinho branco”…

O “mico” de Eduardo Cunha

Por Fernando Brito · 18/09/2015

micocunha

Perdão aos meus muitos amigos flamenguistas, mas o  “mico do dia” foi pago  foi pago no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, ontem à noite,  onde o Fla, depois de seis vitórias consecutivas, perdeu do Coritiba, que anda com as coxas bambas no Brasileirão.

Não pelo time rubro-negro, que vem fazendo uma campanha brilhante no returno do Campeonato.

Mas porque Eduardo Cunha, depois de ter tomado uma tunda no STF com o financiamento privado de campanhas eleitorais, resolveu fazer uma média postando fotos de sua ilustre presença no jogo no Facebook.

Resultado: a marquetagem saiu pela culatra e os flamenguistas, gozadores,  pediam a Cunha que fizesse como na emenda para aprovar a grana empresarial nas campanhas.

Mandasse começar de novo o jogo, até vencer.

Nada como estas coisas para expor ao ridículo figuras ridículas como o presidente da Câmara.

Aliás, vai ser interessante o recurso de Cid Gomes para a condenação que sofreu por ter dito que Eduardo Cunha era “acusado de achacador”.

O juiz deu a Cunha R$ 50 mil como indenização por danos morais.

E, daqui a dias, Eduardo Cunha terá aceita pelo STF a acusação da Procuradoria Geral da República como…achacador.

No Direito, vai ser um caso didático para explicar o que é a “exceção da verdade”.

Isto é, quando a acusação é verdadeira, existe incontestavelmente.

Cunha, se não bastassem as complicações em que está metido, arranja outras com seu espírito demagógico.

Já está “pendurado” com dois cartões amarelos.

O vermelho não demora até o ano que vem.

O “mico” de Eduardo CunhaTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

19/05/2015

De solução mágica à tradição trágica

Filed under: Futebol,Grêmio,Porto Alegre — Gilmar Crestani @ 9:46 am
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gremionComo diria Marx, a história só repete como farsa. Para repetir a legenda da Toyota Cop, conhecida nos pampas como INTERcontinental com o Hamburgo velho, o Porto-Alegrense investiu no retorno das múmias.

Felipão, Koff e velhas ideias lesionadas não foi tudo.

No idioma porto-alegrense, para ser tri-legal, três treinadores: Felipão, Ivo Wortmann & Murtosa. Cantando Kleiton e Kledir, se vão pra segunda divisão, tchau! Ou a Branca de Neve…

Em outras circunstâncias seriam os três Mosqueteiros. Hoje, são os três mosquiteiros. Um Olímpico largado às moscas, jogam de favor no lixão do Humaitá. Para consumar um retorno completo ao passado só se tivessem reativado a “carreira” do Paulo Cesar Caju.

Ao contrário do que diz o blogueiro do Correio do Povo, não foram os últimos quinze dias que abalaram o Grêmio. Nem mesmo só os últimos quinze anos, mas tirando os espasmos, continua sendo o maior brinquedo da torcida o Inter.

Já estou ouvindo a musiquinha:

Eu vou eu vou
Para segunda divisão agora eu vou
Parara-tim-bum
Parara-tim-bum

Eu vou
Eu vou
Eu vou
Eu vou
Eu vou

Para segunda divisão
Agora eu vou

Parara-tim-bum
Parara-tim-bum

Os 15 dias que abalaram o Grêmio

Postado por Hiltor Mombach em 19 de maio de 2015Esportes

Os últimos dias tem sido difíceis para o torcedor gremista.
A cronologia da má fase casa justamente com um bom momento do eterno rival, o Inter, penta regional e nas quartas de final da Libertadores.
De quebra, mesmo jogando com um time reserva, o Inter está melhor colocado no Brasileiro.
3 de maio: O Inter conquista o pentacampeonato gaúcho. Em 18min já estava 2 a 0 contra o Grêmio, que ainda descontou, 2 a 1.
4 de maio: Dia de aguentar a tradicional flauta colorada.
6 de maio: Através de uma liminar, Kleber não tem mais vínculo com o Grêmio e está livre para assinar com outro clube. A decisão pode ser reformada. O atacante cobra R$ 30 milhões.
6 de maio: Divulgo no meu blogue o contrato de imagem entre Kleber e o Grêmio. Não bastou pagar quase R$ 600 mil/mês por cinco temporadas entre carteira e imagem. Precisou dar mais: participação de 30% dos negócios realizados para a KFK Consultoria e Marketing Esportivo LTDA.
8 de maio: Cristian Rodríguez pede rescisão de contrato. Ele chegou do Parma, da Itália, como o grande reforço do clube para o primeiro semestre. Quase sempre machucado, o jogador vestiu a camisa em apenas dois jogos no Campeonato Gaúcho, durante os quais ficou menos de 90 minutos em campo.
10 de maio: O Grêmio empata com a Ponte Preta em 3 a 3 na Arena na estreia do Campeonato Brasileiro. O time levou o gol de empate aos 49min finais.
11 de maio: Para abafar a crise o Grêmio busca o artilheiro do Campeonato Catarinense deste ano, o atacante Vitinho, que estava no Guarani de Palhoça. Reforço não entusiasma o torcedor. Com Vitinho são 36 contratações somadas as gestões Koff e Romildo, oito na atual gestão: Braian Rodríguez, Galhardo, Cristian Rodríguez, Erazo, Maicon, Douglas, Marcelo Oliveira e Vitinho.
11 de maio: Em entrevista à Rádio ADN, do Chile, o lateral-direito Matías Rodríguez afirma que “não pensaria muito” em caso de uma proposta da La U, e que estaria disposto até mesmo a reduzir o salário para retornar a Santiago.
13 de maio: Uma informação dá conta de que o Grêmio pode ficar sem jogar na Arena no Brasileiro. O Banco do Brasil teria pedido que toda a arrecadação do estádio fosse destinados ao pagamento da dívida da OAS, em recuperação judicial. A informação não se confirma, mas deixa a direção do clube muito preocupada.
16 de maio: O Grêmio leva 2 a 0 do Coritiba no Couto Pereira no segundo jogo pelo Brasileiro. O segundo gol é marcado contra por Erazo após uma trapalhada que envolveu também o lateral Matías Rodríguez. A trapalhada ganhou manchete até no exterior.
16 de maio: Frase do diretor de futebol do Grêmio, Cesar Pacheco: “Sabemos o que precisamos. Mas, se não temos como fazer, teremos que criar uma poção mágica”.
17 de maio: O presidente Romildo Bolzan Jr. nada anuncia, embora a pressão de vários movimentos políticos. Expectativa é de que as mudanças ocorram nesta terça-feira

Hiltor Mombach – Blogs – Correio do Povo | O portal de notícias dos gaúchos

15/05/2015

Boca Juniors comportou-se à moda do dono, Maurício Macri

Filed under: Boca Juniors,Bombonera,Futebol,Maurício Macri,River Plate — Gilmar Crestani @ 12:09 am
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Mauricio Macri BomboneraO Milan está para Sílvio Berlusconi como o Boca Juniors está para Maurício Macri. Ambos são políticos populistas de direita. Governam com o apoio da mídia.

Silvio Berlusconi tem o Mediaset, que domina 80% do mercado midiático italiano.

Após a operação Mani Pulite, conduzida por Antonio Di Pietro, Berlusconi tomou o poder por mais de 20 anos e transformou a Itália num puteiro que fazer Calígula e Nero corarem de vergonha. Com Sílvio Berlusconi de Primeiro Ministro a Máfia, graças ao trabalho da Mani Pulite,deixou de lado os intermediários e tomou de vez o poder.

É mais ou menos o que a Rede Globo e suas filiais, como a RBS, pretendem fazer no Brasil agora, como, aliás, fizeram em 1964.

O Boca Juniors pertence ao político direitista do mesmo estilo de Sílvio Berlusconi. AssoCIAdo ao Grupo Clarín, Macri é o líder da direita golpista argentina.

Na noite desta quinta-feira o Boca Juniors foi a cara do Maurício Macri: quis ganhar do River Plate na base do gás de pimenta. Para a direita raivosa argentina, assim como para o MBL e a marcha dos zumbis no Brasil, os fins justificam os meios. Ao ver que não conseguiria reverter o resultado no Monumental de Nuñez, o Boca deu uma de Aécio Neves.

Ambos são derrotados que não sabem perder. Inspirados no velho Arquimedes, eles só precisam de um ponto de apoio para armarem a alavanca do tapetão.

23:29 › CLASICO COPERO

Mucho gas y poco fútbol

El superclásico fue suspendido antes de iniciar el segundo tiempo. Los jugadores de River fueron agredidos con gas pimienta en el túnel, cuando salían a disputar los últimos 45 minutos. El partido estaba empatado y con ese resultado, el "Millonario" pasa de ronda. Después de una hora de idas y vueltas, el comisario deportivo de la Conmebol tomó la decisión de terminar el partido. "Había diez policías, no sé cómo hicieron para tirarnos el gas", dijo el volante Kranevitter.

Durante la hora que demoró la decisión de la comisario deportivo de la Conmebol, la Policía Federal secuestró las camisetas de Kranevitter, Maidana Funes Mori y Ponzio a pedido de la fiscalía de turno para analizar el gas con el que fueron atacados los jugadores "millonarios".

El médico de River aseguró que "los jugadores no pueden seguir jugando" porque sufrieron irritación en los ojos, vómitos y quemaduras en la piel. Lo mismo opinó el médico de la Conmebol. "Esto es un partido de fútbol, la gente se lo tomó como otra cosa", lamentó el defensor Funes Mori.

Por su parte, el presidente del club de Núñez Rodolfo D’Onofrio fue uno de los primeros en ingresar a la cancha para pedir la suspensión. El presidente de Boca, Daniel Angelici, no estuvo presente.

"Una hora esperando que se tome una decisión. Es vergonzozo", sentenció el director técnico, Marcelo Gallardo. Tras anunciar la suspensión del partido, el árbitro Herrera le pidió al capitán de Boca, Agustín Orión, "solidaridad con tus compañeros", mientras el arquero continuaba pidiendo explicaciones.

Boca y River se enfrentaban por el partido de vuelta de los octavos de final de la Copa Libertadores. El "Millonario" llegaba en ventaja por el gol que marcó Sánchez en el Monumental la semana pasada y con la confianza de aquel último cruce en el certamen continental. Boca, que modificó medio equipo, salió a la cancha con la presión de ganar.

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26/04/2015

Rede Globo: 50 cabresteando manada de zumbis

Rede GoebbelsA Rede Globo enfia goela abaixo dos gaúchos, via RBS, os jogos que ela entender por bem. Durante o brasileirão, nós gaúchos temos de assistir aos domingos CUrintia e/ou Framengo. E durante a semana também. Como se todo Brasil fosse um bando de ladrões, digo, de loucos. A Globo deveria saber que nem todo presidiário é corintiano, nem todo rubro-negro é flamenguista. O padrão Xuxa de inteligência para as crianças, o padrão corintiano de futebol, o padrão flamenguista de clube. E o padrão Galvão Bueno de narrador.

Deixem-nos como nossos idiotas regionais. Ligamos a tv, tiramos o som e assistimos nossos jogos. Não queremos ver jogos do Corinthians ou do Flamengo. Torcemos por Grêmio ou Inter. Somos gaúchos, mas a RBS não entende nada que não seja dinheiro. Para a RBS, gaúcho só é bom quando age como manada, deixando-se conduzir cabresteado rumo ao matadouro.

A Globo poderia aproveitar e explicar porque vários jogadores do Santos, Palmeiras, São Paulo e Corinthians estão fora de campo porque estão com dengue, legado pela administração tucana do Geraldo Alckmin. No estado que há racionamento d’água a mais  tempo também há epidemia de dengue.

Ester Rabello: Uma frase com 35 anos de História e ainda atual, “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

publicado em 24 de abril de 2015 às 20:08

CAMPEONATO PAULISTA 2015: SANTOS FC X SÃO PAULO FC

Na Vila Belmiro, o protesto. Vai ter camisa do Santos com o símbolo da Record?

“O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”

por Ester Rabello, especial para o Viomundo

É difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido o bordão que dá título a esse artigo, gritado em manifestações de rua, comícios e outros tipos de aglomeração, como no discurso de vitória de Dilma Roussef, quando a presidente eleita teve que se calar enquanto ouvia o desabafo.

Em meio a outras palavras de ordem, sempre sai o clássico “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo”. Nos dias de hoje, muitas vezes a frase vem junto com outra: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”.

Neste ano em que a Globo completa meio século, as manifestações contra a emissora, fundada um ano após o golpe militar de 1964, estão acontecendo com maior intensidade. No 3 de março houve protestos em algumas capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, São Paulo e Vitória. Em nenhum deles havia mais que 500 pessoas, mas o barulho acabou sendo grande nas redes sociais.

— Sempre quis enterrar a Globo, desde criancinha, afirmou uma manifestante fantasiada de viúva, ao lado de uma caixão de papelão com o logo da emissora.

Na concentração diante da sede do império global, no Jardim Botânico, organizada pelo Sindipetro, o Sindicato dos Petroleiros, ficaram claros os motivos do protesto: a cobertura desequilibrada da Operação Lava Jato, a sonegação de impostos da Globo e a conivência com a ditadura militar…

A maioria dos manifestantes era de pessoas com mais de 50 anos de idade. Reclamavam da falta de cobertura da emissora à campanha das Diretas, nos anos 80, algo que os jovens de hoje não vivenciaram.

Este “choque de gerações” pode até levar quem tenha nascido nos anos 90 a acreditar que o bordão “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” seja coisa recente.

Se perguntarmos a um jovem na faixa entre 20 e 30 anos de onde vem a frase contra a emissora, talvez ele responda como Daniella Teixeira, 22 anos, que participou das manifestações de junho de 2013 na cidade de Guiratinga, em Mato Grosso:

— Olha, não posso afirmar com certeza, mas ela [a frase] estava sempre presente nas caminhadas, talvez como resposta ao enfoque que a Globo dava, como se fossem todos baderneiros. O povo não é bobo, mas a massa é manipulável, muita gente vai só no oba oba e o povo percebeu que havia muita manipulação da informação, mostrando só um lado da notícia. Os jovens percebiam a manipulação da imprensa, que taxava todo mundo de vândalo. Aqui, por exemplo, o movimento foi pacífico.

Na cidade da artesã, que faz decalques de unha para vender pela internet, as manifestações foram contra desde o gasto de 1 milhão de reais para tapar um buraco na rodovia, até o corte de uma árvore antiga. Sobre a frase relativa à Globo, Daniella acha que ela nasceu em 2013.

o-povo-não-é-bobo

Mas se você perguntar ao deputado federal Vicentinho (PT-SP), um dos líderes das greves do ABC, ele diz que lembra muito bem da primeira vez que ouviu o grito contra a emissora dos irmãos Marinho. Foi em São Bernardo do Campo, numa das assembleias de metalúrgicos grevistas, no final dos anos 70, no estádio da Vila Euclides.

— Sempre gritavam. Nós tínhamos boas relações com os jornalistas. O foco era a Globo. A gente lotava o estádio e a Globo minimizava, sempre diminuindo a quantidade de pessoas. Tinha gente da direita infiltrada na greve, gente que fazia quebra-quebra. A gente pegava, denunciava e a Globo não dava [noticiava].

Vicentinho lembra de ajudar a proteger repórteres da emissora para que não apanhassem dos grevistas.

— A gente ficava em volta deles e o Lula gritando, “gente, eles são trabalhadores, uma coisa é a empresa, outra são os jornalistas”.

Ricardo Kotscho, ex-secretário de imprensa do governo Lula, era repórter da revista IstoÉ na época. Viu várias vezes metalúrgicos chutando os carros de reportagem da Globo, desde a época em que as assembleias ainda eram feitas nas ruas de São Bernardo.

Cobrindo as assembleias naquela época, Kotscho recorda:

— Eles [equipes da emissora] iam cobrir, mas depois a Globo mostrava só um registro.

Os gritos de “fora Rede Globo, o povo não é bobo” continuaram ao longo dos anos 80. Por exemplo, na campanha das “Diretas Já” e no movimento pelo impeachment do presidente Fernando Collor.

— Menos na [manifestação] de março, agora. Nessa, a Globo não só apoiou, como apoiou de forma ostensiva, aponta Kotscho.

O jornalista Osvaldo Maneschy, um dos assessores de Leonel Brizola, está no PDT desde os anos 80.

Afirma que ouviu pela primeira vez uma multidão gritando “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” na Cinelândia, em 1986, em um comício de campanha do então vice-governador do Rio, Darcy Ribeiro, que disputava o Palácio Guanabara contra o candidato preferido da Globo, Moreira Franco.

Ele acredita que a fúria contra a Globo começou, entre os militantes do PDT, por causa da artilharia pesada da imprensa na época, com matérias negativas contra o governo de Leonel Brizola, o que gerou mais tarde um direito de resposta do gaúcho no Jornal Nacional.

— A Globo é a pauteira. Depois [o assunto] sai no [jornal] Globo do dia seguinte, no fim de semana na Veja e assim vai…

Foi o caso, segundo Maneschy, das notícias que acusavam Brizola de ter feito acordo com traficantes de drogas.

Para Fernando Brito, assessor de Brizola, a Globo fez uma péssima cobertura já da chegada dos exilados políticos. Mas, segundo ele, foi o “caso Proconsult” que levou ao primeiro enfrentamento do povão com a emissora. Durante a primeira eleição direta para governador do Rio, em 1982, a Globo foi acusada por Brizola de tentar manipular o resultado das apurações, o que a emissora sempre negou

— Até então, quem sabia que a Globo era a favor da ditadura eram os analistas políticos, não era algo de domínio da rua.

Brito lembra também do movimento “Diretas Já”, que durou quase um ano e reuniu, no seu ápice, 1 milhão de pessoas no comício da Candelária, no Rio de Janeiro, e 1,5 milhão no Anhangabaú, em São Paulo.

— A Globo só cobriu três comícios, sentencia.

globo_ditadura

Fernando Borges, jornalista recém formado na UERJ, cobriu as manifestações de 2013 para a plataforma internacional de notícias “Blasting News”.

Segundo ele, várias equipes de grandes emissoras de televisão (Band, SBT e Record) foram hostilizadas com o uso do bordão criado contra a Globo.

— A imprensa ficou estigmatizada, afirma Borges, que também viu gente gritando “a verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”, frases que ele considera “bem ultrapassadas”.

Ultrapassadas ou não, os gritos de “O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” também foram ouvidos nas passeatas de protesto contra a morte do garoto Eduardo, de 10 anos, no Morro do Alemão, há menos de um mês.

E um novo grito parece estar surgindo nos estádios de futebol.

Revoltados com o pequeno número de jogos transmitidos pela Globo — que, segundo eles, privilegia o Corinthians –, torcedores do Santos levaram faixas de protesto à Vila Belmiro na semifinal do Campeonato Paulista, dia 18 último. Depois que o Santos fez 2 a 0 no São Paulo, passaram a gritar em coro o “chupa, Rede Globo, o nosso Santos vai ser campeão de novo”.

Com o Santos classificado para a final, torcedores do clube fazem campanha nas redes sociais para que a equipe entre em campo com o símbolo da TV Record no peito. Detalhe: os dois jogos serão transmitidos pela Globo. Seria a repetição do que aconteceu em 2001, na final contra o São Caetano, no Rio, quando Eurico Miranda, presidente do Vasco, colocou o logotipo do SBT nas camisas do clube para protestar contra a Globo.

Independentemente de o Santos atender ou não a seus torcedores, as finais contra o Palmeiras tem tudo para serem tão interessantes nas arquibancadas quanto no gramado.

Leia também:

Levante da Juventude convoca para manifestações contra a Globo

Ester Rabello: Uma frase com 35 anos de História e ainda atual, "o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo" – Viomundo – O que você não vê na mídia

07/04/2015

Fabrício e o mito de Sísifo

Filed under: Fabrício,Futebol,Inter,Racismo — Gilmar Crestani @ 8:41 am
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sisifoEstive no jogo do Inter com Ypiranga de Erechim, pelo Gauchão, na arquibancada inferior, lado sul do Gigante da Beira-Rio. Ouvindo as vaias ao jogador Fabrício me lembrei do mito de Sísifo. O cara se esforça para levar a bola ao ápice e, enquanto isso, os corvos ficam bicando no seu traseiro. Se é verdade que por vezes a bola lhe pesava como pedra, também é verdade que não se lhe pode negar o esforço em leva-la ao gol adversário. Jamais se omitiu. Tanto que foi fundamental na conquista da vaga para a Libertadores. E ele estava metido nesse metier quando foi vaiado. Covardemente vaiado!

Desde o anúncio da escalação do time, pelos telões, a torcida se manifesta, apoiando ou vaiando. Poucos se manifestavam favoravelmente ao Fabrício.

Na ocasião o jogo estava chocho e o Inter, jogando mal, se arrastava em campo sem conseguir furar o bloqueio montado pelo bem postado time adversário, o que deixava a torcida ansiosa. Como um time grande como o Inter não fazia um gol no simples Ypiranga de Erechim?!

O Fabrício tomou a bola na área defensiva, avançou, passando por três adversários, pela esquerda até a linha dá área do adversário. Os demais jogadores do Inter não se movimentaram para receber e Fabrício ficou, diante de três defensores, sem alguém para quem dar o passe. Manteve a posse da bola. Impaciente, a torcida começou a vaia-lo. Indignado pelo esforço que vinha fazendo, Fabrício fez gestos obscenos para a torcida.

Fabrício tem razão. Eu teria feito o mesmo.

Eu também, se no ambiente de trabalho, ao invés de me apoiarem começassem a me apupar, revidaria. Até porque, outros jogadores perdiam a bola, se esforçavam menos e nem por isso eram vaiados. A torcida, no meu modo de entender, e disse isso durante o jogo aos torcedores que estavam do meu lado, que não concordava com as vaias.

Do meu ponto de vista, as vaias a Fabrício parte de pessoas frustradas cuja alegria depende, não de si, mas de outros. Por exemplo, a satisfação pessoal passa pela vitória do Inter. São frustrados que, por mais que se esforçam, jamais terão salário igual ao de Fabrício. Pior, há muitos clubes interessados em contar com o futebol de Fabrício. E nenhum interessado em contar com torcedores iguais ao que torceram contra Fabrício. Não só em virtude da falta de educação, mas também pelo baixo nível de inteligência. Como pode alguém, em sã consciência, depreciar o próprio patrimônio? Perguntei aos torcedores que estavam ao meu lado quem eles poriam no lugar de Fabrício e não conseguiram escalar ninguém.

Por que não esperar o final do jogo para criticar? É o que fazem, por exemplo, as torcidas na Argentina!

Racismo

Muito provavelmente haja racistas também na torcida do Inter. O ambiente de ódio fomentado pelos meios de comunicação social contra movimentos sociais cria um ambiente propício para manifestações de ódio. Isso é fato. Eu estive lá e não vi. Quem não tem graça e acha que faz humor, só porque tem o privilégio de ocupar espaço nobre na mídia, não pode usar episódios chocantes só para se promover.

Na ocasião ouvi toda sorte de xingamentos que torcidas estão acostumadas a proferir contra juízes, bandeirinhas e jogadores adversários. FDP, pqp, caralho, vagabundo. Mas não ouvi ninguém proferir manifestações racistas.

E se tivesse ouvido e quisesse fazer uma acusação de racismo, gravaria em áudio e/ou imagens e entregaria às autoridades.

Assim como manifestações racistas são extremamente graves e devam ser condenadas, as acusações de racismo, exatamente por se trata de crime grave, também devem ser fundamentadas, provadas. Não se pode acusar alguém sem prova. Só no STF alguém pode dizer, sem prova, apenas porque a “literatura jurídica me permite”, ou que chicana “foi feita pra isso, sim”.

Fazer o contrário, depõe contra quem acusa. É imbecilidade. A torcida do grêmio que votou no Jardel, inclusive o Felipão, que fez campanha para o desarticulado, deveria dar satisfação à sociedade pela escolha do tiririca gremista para a Assembleia gaúcha. Jardel é do mesmo nível do governador Sartori, ambos provam de que uma manada bem conduzida se atira do alto do rochedo. Querer meter a torcida colorada no atoleiro do Humaitá é desejo que Freud explica.

A torcida do Grêmio, como torcida, tem razão em querer que o Inter seja condenado por racismo.

Querer querer, pode.

Mas pedir condenação do tipo Chaves, só “sem querer querendo”, não passa de desejo incontido de frustrados querendo ver o Inter sofrendo pelos crimes que parte da torcida do Grêmio cometeu. Tanto cometeu que restou provado e condenado. O que tornou o Grêmio o único clube do mundo eliminado de uma competição nacional por racismo. Isso machuca mas não elimina a verdade. As imagens falam por si sós. É melhor lamber as próprias feridas que chutar no vazio para querer ver no Inter o que por lá aconteceu.

Nós colorados temos mais é que evitar o racismo para que não nos aconteça o que aconteceu ao Grêmio.  O resto é choro de frustrados.

Mas enquanto os cães ladram a caravana passa.

21/08/2014

Bom senso futebol clube que não se resume a salário

Filed under: Carlos Caszely,Colo Colo,Ditadura,Futebol,Pinochet — Gilmar Crestani @ 2:16 pm
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Miércoles 07 de mayo de 2014 | 08:42

Pinochet y el Colo Colo de 1973

Por Ezequiel Fernández Moores | Para canchallena.com

Foto: S.Domenech

"Esto -dice Carlos Caszely- pudo haber sido diferente." El ex crack del fútbol chileno, actor improvisado, habla en el mismo escenario en el que hace más de cuarenta años negó la mano al general Pinochet. Hace de sí mismo en ¿Quién es Chile?, la pieza teatral en el Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM), ex edificio Diego Portales, que fue sede gubernamental de la dictadura. Caszely tenía apenas 23 años cuando decidió dejar su mano baja. El dictador de capa, anteojos negros, gorro y bigote, despedía a la selección chilena que partía al Mundial de Alemania 74. En abril de 2014, el Caszely actor y sus compañeros de elenco muestran a personajes anónimos en los días previos al golpe. Y recuerdan también al DT Luis "Lucho" Alamos: "En este país -decía "el Zorro"- estamos acostumbrados a restar y dividir; a mí me gusta sumar y multiplicar". La obra habla en realidad del Colo Colo de 1973, el equipo que entusiasmó a todo un país y que fue derrotado por Independiente en final polémica de Copa Libertadores. Aparece la foto del presidente Salvador Allende recibiendo al equipo. "Si gana Colo Colo, Chicho (Allende) está seguro en La Moneda", dice el mítico jugador Francisco "Chamaco" Valdés. Hasta el 11 de septiembre, cuando comienzan a caer las bombas. ¿Quién es Chile? se basa en el libro de 2012 del periodista Luis Urrutia O’Neil (Chomsky): Colo Colo 1973. El equipo que retrasó el golpe.

"A pesar de mi juventud -me dice Caszely en Santiago-, te puedo decir que algo de razón tiene el libro, porque cuando jugaba Colo Colo el país se volcaba hacia el estadio, la radio y la TV." En los meses previos al golpe, Caszely veía desde las ventanas del hotel Carrera, concentración de Colo Colo, que de un lado de la calle protestaban miembros de Patria y Libertad gritando "no hay carne, no hay pollo?". Y del otro llegaban los de Unidad Popular cantando "el pueblo unido jamás será vencido". La confrontación cesaba cuando jugaba Colo Colo. Campeón chileno de 1972 con 90 goles y una media de 39.000 personas por partido, el Colo Colo de Caszely inició la Libertadores de 1973 aplastando 5-0 a Unión Española. Luego fue 5-1 a Nacional de Quito, 5-1 a Emelec, 4-0 a Cerro Porteño. Triunfo histórico 2-1 en el Maracaná ante el Botafogo de Jairzinho. Hay huelga salvaje del transporte, pero casi 80.000 hinchas colman el Estadio Nacional. Llegan a dedo, caminando, en camiones, como sea. Quieren ver los golazos de Caszely (goleador final de la Copa, con 9 tantos). Los tiros libres del Chamaco Valdés. Ese fútbol de ataque y fuerza colectiva. "Son las noches de Colo Colo, el equipo del pueblo", dice el libro La historia secreta del fútbol chileno.

Un agónico 3-3 en la vuelta contra Botafogo da el boleto a la final contra Independiente, que busca su cuarta Copa. Fue un robo, dicen en Chile. "Están las imágenes." En la Argentina -me dice Caszely-, el Loco Mario Mendoza empujó al arquero Adolfo Nef "con pelota y todo dentro del arco". Fue el empate 1-1 del Rojo, ante la pasividad del árbitro uruguayo Milton Lorenzo. Furioso, el defensor Alejandro Silva pegó una patada de expulsión en una acción siguiente a Eduardo Maglioni. Guillermo Páez contó que él mismo le sacó las tarjetas a Lorenzo, que Sergio Messen lo tomó del cuello y que Leonel Herrera le metió un cortito en las costillas. No pasó nada. Salvador Allende, que estaba en Buenos Aires por la asunción del presidente Héctor Cámpora, recibió al plantel en la embajada de Chile. En la revancha de Santiago (0-0), el árbitro brasileño Romualdo Arpi Filho, me dice también Caszely, "reconoció su equivocación" al marcarle offside "en un gol legítimo", porque lo habilitaban cuatro jugadores del Rojo. Y en el desempate de Montevideo fue el turno del árbitro paraguayo José Romei, aunque Independiente, con Bochini-Bertoni titulares en la parte final, ganó 2-1 en el alargue imponiendo autoridad. Chamaco Valdés asegura que "nos anticiparon que los árbitros aparecerían en nuestro hotel para ser sobornados. Íbamos a hacer una vaca en el plantel, pero el presidente Héctor Gálvez se opuso. La terna de jueces llegó, esperó y al ver que no pasaba nada se fue". Messen, aún más duro, afirmó que "la terna de árbitros estaba sobornada en las tres finales". Habló de cifras (33.000 dólares) y se declaró convencido de que "ese Independiente se inyectaba". Son leyendas comunes en la Copa de los 70, cuando había equipos, del país que fuere, que dopaban a los jugadores de todo el lateral izquierdo para un partido y, si la revancha era tres días después, a los de todo el lateral derecho para el siguiente.

Diez mil personas, que llegaron de cualquier modo porque seguía la huelga de transporte, recibieron a Colo Colo en el aeropuerto. Veintitrés días después de la final, el 29 de junio de 1973, se produjo el "Tanquetazo", un fallido golpe, que incluyó cerca de 500 balazos a La Moneda y, entre otras, la muerte del camarógrafo argentino Leonardo Henrichsen, y que fue abortado por el general constitucionalista Carlos Prats, asesinado por la DINA en 1974 en Buenos Aires. Leonardo Veliz, que junto con Caszely no ocultaba su pensamiento de izquierda, dijo alguna vez que, más que Colo Colo, fue tal vez la selección chilena la que retrasó el golpe. En la Roja, además del DT Alamos, jugaban once jugadores de Colo Colo, algunos de los cuales llegaron a disputar cerca de 80 partidos en 1973. El 5 de agosto, el Chile con base de Colo Colo venció en desempate de Montevideo 2-1 al Perú del Cholo Sotil y ganó el derecho a un repechaje con la entonces URSS para ir al Mundial 74. La ida, en Moscú, un partido sin registros de TV y que terminó 0-0 en el Estadio Lenin, se jugó quince días después del golpe. El avión partió el 18 de septiembre para jugar primero ante México. "¿Qué opina de que haya muertos flotando en el Mapocho?", preguntó un periodista a Caszely, autor de dos goles en el primer triunfo de Chile en el Azteca. "¿De qué estás hablando? Pregúntame por los goles, no tengo idea", respondió el jugador.

La URSS no se presentó a la revancha porque el Estadio Nacional, escenario del partido, era centro de detención, tortura y muerte. La farsa, se sabe, se celebró igual ante 15.000 hinchas, con árbitro FIFA y jugadores chilenos arrancando desde mitad de cancha y pasándose la pelota hasta que el Chamaco Valdés, capitán, hace el gol simbólico, que decreta el triunfo reglamentario. Es el mismo Chamaco que días antes había pedido la liberación de jugadores y vecinos que eran víctimas de la dictadura. Caszely, que en ese mismo 1973 fue transferido al Levante español por 130.000 dólares, conmovió cuando en 1988 participó de la célebre campaña por el no que condujo al fin de la dictadura. "Fui torturada y vejada brutalmente tantas veces que no las conté, por respeto a mi familia y a mí misma", dice en el spot Olga Garrido. "Sus sentimientos son los míos, esta señora es mi madre", añade Caszely, que aparece en la imagen, ante la sorpresa de millones de chilenos.

Caszely, que este viernes participará de un debate en San Pablo sobre fútbol, dictaduras y política junto con Raí y algunos presidentes sudamericanos, forma parte del filme francés Rebeldes del fútbol, escrito por Eric Cantona y que incluye, entre otros, al brasileño Sócrates y al marfileño Didier Drogba. También señalado por hinchas porque fue expulsado en Alemania 74 y falló un penal en España 82, Caszely ocupó fugazmente hasta hace unos días la representación de los socios ante Blanco y Negro, la empresa privada hoy dueña de Colo Colo, que tuvo como accionista inicial al hoy ex presidente Sebastián Piñera. "Ooooh, lo que quiere el pueblo, que se vaya, Blanco y Negro", cantaban los hinchas. Los coros cesaron cuando Colo Colo subió a la punta y, tres semanas atrás, salió campeón. Pero el fútbol es algo más que títulos e ídolos. La minigira de nueve días por Chile me deja otra imagen. La de otra camiseta de Colo Colo con el nombre de Alexis Sánchez, que brillaba en esas mismas horas en la cancha El Mugriental, de la población José Miguel Carrera, en Antofagasta, Chile profundo. El ex árbitro Héctor Baldassi contaba los pasos, el Tata José Luis Brown se alistaba en el arco y Pedro Monzón y el DT uruguayo Víctor Púa, invitados por la fundación Ganamos Todos, controlaban la acción. Braian, a los 11 años ya con problemas de drogas y cuyo padre se había colgado tiempo atrás en uno de los postes de luz, gritaba feliz tras anotarle el penal a un campeón mundial..

Pinochet y el Colo Colo de 1973 – Fútbol Internacional – canchallena.com

10/07/2014

Futebol e a arte da mistificação

GloboSonegaRicacosCLÓVIS ROSSI, noves fora Eliane Cantanhêde, é o colunista da FOLHA mais identificado com o patrão. É ele autor de alguns dos editoriais políticos da Folha. A seara dele é o campo político, mas hoje enveredou pelo lado do futebol. Para isso, precisou pedir ajuda ao NYT. Não encontrou nada na velha mídia brasileira que lhe pudesse servir de alavanca, mas isso ele deixa passa batido. Não faz nenhuma crítica ao jornalismo do país que sedia a Copa do Mundo e que não foi capaz de produzir nada que prestasse. E aí envereda pela mistificação, do tipo que Felipão traz do berço gremista, o realismo mágico da “alma castelhana”, do “imortal tricolor”. Como o Grêmio, Felipão é também o imortal que mais morre. E as explicações do Felipão têm raízes no mesmo realismo mágico do Clóvis Rossi.

Rossi esquece que não foi só a Alemanha que chegou à final. Para explicar a Alemanha precisa usar jornal norte-americano. E para explicar a Argentina? Há uma coincidência que une Alemanha e Argentina, que os afastam do Brasil, que a obtusidade do Rossi não lhe permite ver. As velhas mídias da Alemanha e da Argentina não tiveram o mesmo acesso aos atletas das respetivas seleções do que teve a Rede Globo, por exemplo, em relação aos brasileiros.

A Bundesliga só é explicação para bundão.

E a liga da Argentina explica porque a Argentina passou?

As ligas espanhola, inglesa italiana, francesa são piores do que a liga brasileira? Afinal, o Brasil ainda vai disputar o terceiro lugar e as seleções da Espanha, Itália e Inglaterra foram eliminadas ainda na primeira fase. Teriam estes países ligas piores do que a da Costa Rica?

Uma pergunta para Clóvis Rossi: será que a velha mídia de todos os demais países torceram contra o próprio selecionado como fizeram todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium?

Clóvis é um neófito do futebol, um aproveitador da desgraça brasileira para traçar o seu perfil de vira-latas. Dizer que foram os clubes fortes da Alemanha que deram à Alemanha a condição de disputar o título é de um imbecilidade do tamanho do Farol de Alexandria. Quer dizer que os países já citados da Espanha, Itália e Inglaterra não tem clubes fortes? Quer dizer que a Argentina tem clubes mais fortes que o Brasil?

Ora, vamos parar com esta análise de buteco de quinta… coluna. Futebol tem o Sobrenatural de Almeida, mas também tem o imponderável que torna do futebol esta indústria que é hoje.

Se Clóvis Rossi e todos os colunistas da velha mídia tivessem se lembrando do Internacional de Porto Alegre, talvez dissessem menos bobagens. O Inter foi Campeão Mundial FIFA encima do poderoso Barcelona, que à época tinha o melhor jogador do mundo, Ronaldinho Gaúcho.

Dizer que o Brasileirão é piada é apenas parte da piada. Dizer que Brasileirão é propriedade da Globo exigiria de um palhaço um pouco de seriedade. Quem faz a tabela do Brasileirão é um funcionário da Rede Globo, o jornalista gaúcho e colorado, Telmo Zanini. É ele que escala um jogo em Caxias às 22 horas de um domingo de inverno. Ou às 19 horas de um sábado. Ou que faz os gaúchos assistirem, nos domingos à tarde, aos invés de Inter e Grêmio, jogos do Corinthians ou do Flamengo.

Quem foi que, a peso de dinheiro, implodiu o Clube dos 13? A Rede Globo. Quem implodiu com Dunga no comando da Seleção? A Rede Globo. Quem levava jogadores da seleção brasileira para aumentar a audiência do Jornal Nacional? A Rede Globo.  Quem foi a grande parceira de João Havelange? A Rede Globo. Quem foi a grande  parceira de Ricardo Teixeira? A Rede Globo. Quem é a grande parceira de José Maria Marin, o ladrão de medalha? A Rede Globo.

Quem são os jornalista que ficam de quatro para a Rede Globo? 99,9%! É por isso que a Revista Forbes aponta a soma dos três patetas Marinhos como os mais ricos do Brasil.

Alemanha ganha também em casa

O futebol alemão é um dos poucos, talvez o único, que combina clubes fortes com uma seleção poderosa

O "New YORK TIMES", que fez uma belíssima cobertura do Mundial, publicou uma tabelinha que deveria servir de inspiração para os responsáveis pelo futebol brasileiro (se é que responsáveis é palavra que sirva para eles) e para a crônica esportiva, neste momento que o NYT chamaria de "soul searching" –ou, em tradução livre, de busca pela alma de nossos defeitos no futebol.

O jornal buscou qual campeonato nacional disputam todos os jogadores inscritos para a Copa.

Nas quatro seleções semifinalistas, deu (adivinhe?) a Bundesliga, o torneio alemão, em primeiro lugar, com 23%.

Mas, atenção, esse dado não significa que campeonato forte é sinônimo de seleção forte. A rigor, é o contrário, tanto que, no conjunto das 32 seleções da Copa, a Premier League tinha mais representantes (15%) do que qualquer outra e, não obstante, a Inglaterra foi eliminada em duas partidas.

É fácil entender o fenômeno clubes fortes/seleções fracas (ou, ao menos, não tão fortes): os clubes contratam uma tonelada de jogadores estrangeiros, com o que se fortalecem inexoravelmente.

Mas as seleções nacionais não podem convocá-los, salvo os poucos que se nacionalizam, o que as torna mais fracas.

O que faz da Bundesliga um item a ser examinado não é o 7 a 1 desta terça-feira (8), mas o fato de que é a única liga europeia que consegue combinar times fortes com uma seleção forte. E, quando digo seleção forte, não é com base nos 7 a 1, que dificilmente se repetirá nos próximos cem anos, mas no fato de que a Alemanha passou a ser o país que mais finais de Copa terá disputado a partir de domingo (oito contra sete do Brasil).

Não se trata, pois, de um cometa que brilha aqui e ali e depois desaparece. Seu campeonato é rico em público e em futebol, o que seguramente ajuda a seleção a brilhar.

Os estádios estão sempre lotados, mesmo com o desnível entre os clubes refletido na formidável hegemonia do Bayern de Munique, que ganhou 24 títulos nacionais mais 17 Copas da Alemanha.

O Brasileirão é o contraexemplo. A crônica esportiva até já se cansou de reclamar do número relativamente baixo de espectadores, fenômeno, aliás, que se torna ainda mais agudo nos torneios regionais –que, apesar desse minguado público, ainda ocupam um terço do ano, pouco mais ou menos.

A questão a ser analisada é qual a relação entre clubes fortes e seleções fortes. O Brasil tem clubes pobres há alguns anos, mas nem por isso deixou de ser campeão mundial em 1994 e 2002. Se fracassou este ano, não foi pela debilidade de seus clubes, refletida no fato de que apenas 4% dos jogadores que disputaram as semifinais atuam no Brasileirão (contra 23%, lembra-se?, que jogam na Bundesliga).

Fracassou porque a safra atual é pobre, exceção feita a Neymar. Se Hulk fosse craque, estaria jogando em alguma grife europeia e não no Zenit russo.

O fato é que, se quiser pensar em termos de espetáculo e de negócios –os dois pilares do futebol–, o Brasileirão não pode continuar sendo piada em vez de campeonato.

crossi@uol.com.br

07/07/2014

David Luiz

Filed under: Copa 2014,David Luiz,Futebol — Gilmar Crestani @ 9:34 am
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lula david luiz ramiresSó vou acrescentar uma, pra deixar completo o rol de provas, David Luiz fazendo o L para homenagear Lula quando saiu a notícia de que estava com câncer…

20 provas de que David Luiz é o cara da Copa

Postado em 05 jul 2014 – por : Pedro Nogueira

Jogo após jogo, ele tem feito a felicidade de 198 milhões de brasileiros. Mas acha que isso é tudo? Pois saiba que o zagueiro da Seleção tem muito mais.

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Seus gols vêm salvando o Brasil no mata-mata da Copa

Sim, vencemos novamente, apesar dos prognósticos negativos dos abutres, que diziam do boca cheia: “O Brasil não está jogando nada e vai cair na real contra a Colômbia.” Nestas duas vitórias suadas pelo mata-mata da Copa, é indiscutível que um homem sobressaiu-se dos demais. Seu nome você já sabe. É David Luiz.

Mesmo sendo seu trabalho defender o gol brasileiro, ele fez 2 dos 3 gols da Seleção na segunda fase. Não fosse por ele, talvez os abutres acertassem em suas previsões. Por isso, após sua atuação de gala contra o time colombiano hoje, decidimos reunir 20 provas de que David Luiz é o maior ser humano vivo do planeta.

1# Ele é um bom vencedor

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Uma das cenas mais marcantes da Copa — talvez a maior? — aconteceu após o apito final. O colombiano James Rodriguez caiu no choro depois da eliminação da Colômbia. E quem estava lá para consolá-lo? O mesmo homem que anulou-o durante a partida inteira, David Luiz. Vencer é difícil. Ser um bom vencedor, mais difícil ainda.

2# Ele trata os fãs com carinho

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Assista a este vídeo e você entenderá do que estamos falando.

3# Ele é o melhor jogador da Copa

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Nem Messi, Robben ou Neymar: o craque da Copa até agora tem sido David Luiz, segundo as notas recebidas em cada jogo pela Fifa.

4# Ele não passou uma temporada sem título nos últimos 6 anos

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Em 2008/09 foi a Taça da Liga Portuguesa. Em 2009/10 foi o Campeonato Português. Em 2010/11 foi novamente a Taça da Liga Portuguesa. Em 2011/12 foi a Champions League e a FA Cup. Em 2012/13 foi a Copa da UEFA. E agora em 2014 será a Copa do Mundo.

5# Ele daria um ótimo vilão para o próximo filme do Batman

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Se fizeram um remake de Batman vs Bane, o nosso querido zagueiro cairia perfeitamente no papel, como podemos ver na foto acima. E alguém tem dúvidas de que ele daria uma surra em Ben Affleck?

6# Ele tem uma raça de proporções épicas

David Luiz Raça

Seja nos clubes ou na Seleção, você nunca verá David Luiz tirando o pé da dividida ou desistindo de uma bola aparentemente impossível. Muitos outros deveriam aprender com ele.

7# Ele cresce nos momentos decisivos

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Treino é treino, jogo é jogo, diz uma velha máxima. Dá para ir além e dizer que jogo é jogo, mata-mata é mata-mata. Afinal, é fácil jogar bem quando não existe pressão. Mas e na hora da decisão? Em todos os jogos do Brasil na segunda fase da Copa, até agora, David Luiz marcou gols e foi uma muralha na zaga. Haja nervo.

8# Ele é o zagueiro mais caro da história

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55 milhões de euros é dinheiro suficiente para montar um time inteiro. Ou, então, comprar David Luiz — que sejamos honestos, vale por uns 11 caras mesmo. Foi esse o valor que o PSG pagou para tirá-lo do Chelsea, a contratação mais cara de um zagueiro na história do futebol.

9# Ele é um modelo perfeito para caricaturas

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Dê um Google em “David Luiz caricatura” e você passará horas se divertindo.

10# Ele é um fanfarrão (no bom sentido)

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Quem não gosta de uma pessoa divertida e bem humorada? David Luiz é o sorriso em pessoa. Por isso simplesmente todo mundo o adora.

11# Ele é de um carisma inigualável

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Dê uma boa olhada no cidadão acima e diga que você não criou uma simpatia instantânea por ele. Caso tenha pensado “não”, melhor fazer terapia. Pois você é um entre milhões.

12# Ele sempre está lá para salvar o Brasil na defesa

David Luiz salvar

Lembra a surra que o Brasil deu na Espanha na final da Copa das Confederações, por 3×0? Quando o jogo ainda estava 1×0, David Luiz salvou um gol em cima da linha. Não fosse por isso, talvez a história da partida teria sido outra.

13# E no ataque também

David Luiz ataque

O ataque brasileiro não está em sua melhor fase. Mas tudo bem, quem precisa de atacantes quando temos David Luiz, o zagueiro artilheiro que está com uma média de 1 gol por partida na segunda fase da Copa?

14# Ele não tem vergonha de chorar

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Os abutres que nos perdoem, novamente, mas o choro da Seleção após a vitória dramática contra o Chile foi de arrepiar.

15# Ele fica na estica quando coloca um terno

david luiz estica

Eis a prova de que você não precisa fazer como Cristiano Ronaldo — tirar a sobrancelha, ter o corte de cabelo da moda, etc etc — para ficar estiloso.

16# Ele foi tietado por Cara Delevingne

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Nunca ouviu falar nela? Entre nesta matéria.

17# Ele faz caretas sensacionais

david luiz caereta

Alguns jogadores adoram fazer pose e dar de galã em campo. Sério, senhores? Isso é futebol, não passarela. Aprendam com David Luiz, que manda ver na careta durante os 90 minutos de partida.

18# Ele só poderia ser parado com um tiro

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Esta foto define David Luiz, um verdadeiro guerreiro dos gramados. E, olha, suspeitamos que seria necessário pelo menos uma rajada de metralhadora para pará-lo, pois se o 50 Cent aguentou 9 balas, David Luiz aguentaria umas 18 no mínimo.

19# Ele não nega as suas origens

david luiz pipa

O salário de David Luiz no Chelsea, segundo rezam rumores, era de R$ 418 mil por mês. Agora no PSG certamente é maior ainda. Agora me diz, o que você acha que um cara desses faria num dia de folga, ao ser poupado de uma partida? Passear de iate? Jogar dinheiro fora num cassino de Monte Carlo? Rodar a Europa numa Ferrari? Não, ele escolheu soltar pipa.

20# E óbvio, ele tem aquele cabelo

David Luiz cabelo

Dispensa comentários.

Sobre o Autor

Editor-chefe do portal masculino El Hombre, Pedro Nogueira é louco por esportes — especialmente pôquer e sinuca, segundo ele "as modalidades mais honestas e emocionantes do atletismo".

Diário do Centro do Mundo » 20 provas de que David Luiz é o cara da Copa

24/06/2014

Por que Pelé não tem sósia?

Filed under: Copa 2014,Futebol,Maradona,Pelé,Sósia de Maradona — Gilmar Crestani @ 8:56 am
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Por que, para Pelé, incluindo a Xuxa, tudo se resume em dinheiro. Por isso, admiro o futebol e as conquistas do futebolista Pelé, mas o acho que ele perde para Maradona em cidadania.

Cuánto "factura" el doble de Maradona en Brasil 2014

MUNDIAL BRASIL 2014.

Escolástico Berto Méndez llegó hace dos semanas al Mundial de Brasil y es una sensación en Copacabana. Cobra 10 reales la foto. Mirá el video.

Escolastico Méndez, el clon de Diego Maradona, está en Río de Janeiro.

Escolastico Méndez, el clon de Diego Maradona, está en Río de Janeiro.

Pablo Javier Blanco@payitoweb -Editor Clarin.com (Enviado especial a Río de Janeiro)

Se presenta como el clon de Diego Armando Maradona y, como el ex astro argentino, él también llegó al Mundial de Brasil 2014 para jugar su propio Mundial. Escolástico Berto Méndez es el doble del “Diez” y hace dos semanas arribó a Río de Janeiro para revolucionar Copacabana con su mera presencia.
¿Es Maradona, de verdad?”, se preguntan los que caminan por la bicisenda carioca al verlo, idéntico al ex astro del fútbol, con la remera argentina y el 10 en la espalda. “¡Ahí está Maradona!”, dicen otros. “Grande, Diego”, le gritan los argentinos que ya lo conocen, pero lo idolatran como al ídolo al que se parece.
“Este Mundial está muy bueno, vine hace dos semanas a ver la Copa y a trabajar, lo que pasa es que soy conocido acá en Río y en San Pablo, trabajé en los mejores programas de humor de acá, hice muchos comerciales de cerveza acá en Río”, cuenta Escolástico en diálogo con Clarín.
Y afirma que le está yendo muy bien en el trabajo. “El brasilero es muy copado, ya soy muy conocido acá, mis comerciales de cerveza siempre los están pasando en la televisión de acá. La verdad estoy muy contento y feliz”, explica.
Su trabajo es simple, pero arduo. Recorre con su representante la playa de Copacabana, la que más hinchas reúne, ya que allí está instalada en Fan Fest oficial de FIFA, y se saca fotos con quien se lo pida.
Sin embargo, tener una foto con Maradona –aunque sea su imitador– tiene su precio: 10 reales. Es decir, unos 50 pesos argentinos por cada imagen o video. Y por día, a Escolástico, le piden más de 100 como mínimo. Un cifra nada pequeña.


El clon de Maradona es de Capital Federal y antes trabajaba como mecánico, pero un día largó todo para vivir de su parecido con el ex DT de la selección Argentina, al que conoció en persona en “La noche del 10”, el programa de televisión que tuvo el “Diego”.
“En la entrevista mano a mano que se hizo yo fui su doble, ese día me volví loco, imaginate, encontrarme con el maestro, el más grande, y las cosas que tenía que preguntarle no sabía qué hacer”, rememora a metros del mar en Copacabana.
Así, mientras el astro vive sus días en el lujoso hotel Radisson, de Barra de Tijuca, y sale poco de allí salvo para grabar su programa de TeleSur con Víctor Hugo Morales, Escolástico Méndez, el hombre que más se parece a Maradona en el mundo camina entre los hinchas como el máximo ídolo del fútbol y, por unos reales, se saca fotos con ellos.

Cuánto "factura" el doble de Maradona en Brasil 2014

08/05/2014

Os Rebeldes do Futebol

Coisas que acontecem nas ditaduras mas que só se fica sabendo nas democracias

Nesta sexta, em São Paulo, haverá um debate sobre futebol e ditaduras. Muito embora o Brasil seja sede da Copa de 2014, você não encontrará informação a respeito deste assunto, espinhoso, na gloriosa imprensa das cinco irmãs (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky). O ex-jogador do Colo Colo do Chile, Carlos Caszely, e Raí, irmão do Sócrates, da Democracia Corintiana, participarão de um debate que tem a ver com a exibição do filme Rebeldes do Futebol, escrito por Eric Cantona.

Rachel Clemens recusa cumprimento do ditadorfigueiredo 
Augusto Nunes acariciando a bunda do FigueiredoAugusto Nunes
Alexandre Garcia
Alexandre Garcia

O exemplo que vem do Chile, de Carlos Caszely, El Rey del Metro Cuadrado, recolhido do jornal esportivo argentino Canchallena, se repete nas ditaduras que se assoCIAram, sob coordenação dos EUA, na Operação Condor.

Caszely se recusou a apertar a mão cheia de sangue do ditador chileno, Augusto Pinochet.

Os defensores das ditaduras, por razões óbvias, não entendem porque uma simples menina recusa cumprimento do facínora. Acontece que crianças, como ninguém, conhecem a má índole pelo cheiro. Cães e crianças tem este dom da autenticidade, da intuição e feeling para detectar de onde vem o perigo, dos maus fluidos e da maldade…

A menina Rachel Clemens se negou a cumprimentar o ditador que o Folha e Globo continuam a chamar de “Presidente”.

O cavalariço que preferia o cheiro de cocô de cavalo ao cheiro do povo teve de engolir o que seu porta-voz e lambe botas, Alexandre Garcia, se esmerava em tornar palatável às hienas. Augusto Nunes é outro que vive do seu passado de confidente das noites mal dormidas do boçal fardado.

Se tirassem raio x dos sacos escrotais dos generais ditadores, lá estariam as mãos dos serviçais da casa grande (Alexandre Garcia e Augusto Nunes) que todo dia ainda gozam (que palavra!!) da nossa cara protegidos pelos capangas dos grupos mafiomidiáticos. São estes dois senhores empregados dos capos mafiosos que hoje dispõem de espaço nobre para nos ensinarem bons modos, ética, democracia…

A participação explícita da mídia na sustentação da ditadura ainda permanece mal esclarecida porque, se a mídia não conta, quem poderia contar?!

Não é só o silêncio a respeito da parceria formada pelos atuais sócios do Instituto Millenium, mas todo linguajar rebuscado que usam quando tratam da ditadura, que permanece ocultando o conluio da velha imprensa com os torturadores, estupradores, assassinos e ocultadores de cadáveres.

Afinal, por que continuam chamando ditadores de presidentes ao mesmo tempo que tentam nos vender a ideia de que foi apenas uma ditabranda?!

 

 

Pinochet y el Colo Colo de 1973

Por Ezequiel Fernández Moores | Para canchallena.com

Foto: S.Domenech

"Esto -dice Carlos Caszely- pudo haber sido diferente." El ex crack del fútbol chileno, actor improvisado, habla en el mismo escenario en el que hace más de cuarenta años negó la mano al general Pinochet. Hace de sí mismo en ¿Quién es Chile?, la pieza teatral en el Centro Cultural Gabriela Mistral (GAM), ex edificio Diego Portales, que fue sede gubernamental de la dictadura. Caszely tenía apenas 23 años cuando decidió dejar su mano baja. El dictador de capa, anteojos negros, gorro y bigote, despedía a la selección chilena que partía al Mundial de Alemania 74. En abril de 2014, el Caszely actor y sus compañeros de elenco muestran a personajes anónimos en los días previos al golpe. Y recuerdan también al DT Luis "Lucho" Alamos: "En este país -decía "el Zorro"- estamos acostumbrados a restar y dividir; a mí me gusta sumar y multiplicar". La obra habla en realidad del Colo Colo de 1973, el equipo que entusiasmó a todo un país y que fue derrotado por Independiente en final polémica de Copa Libertadores. Aparece la foto del presidente Salvador Allende recibiendo al equipo. "Si gana Colo Colo, Chicho (Allende) está seguro en La Moneda", dice el mítico jugador Francisco "Chamaco" Valdés. Hasta el 11 de septiembre, cuando comienzan a caer las bombas. ¿Quién es Chile? se basa en el libro de 2012 del periodista Luis Urrutia O’Neil (Chomsky): Colo Colo 1973. El equipo que retrasó el golpe.

"A pesar de mi juventud -me dice Caszely en Santiago-, te puedo decir que algo de razón tiene el libro, porque cuando jugaba Colo Colo el país se volcaba hacia el estadio, la radio y la TV." En los meses previos al golpe, Caszely veía desde las ventanas del hotel Carrera, concentración de Colo Colo, que de un lado de la calle protestaban miembros de Patria y Libertad gritando "no hay carne, no hay pollo?". Y del otro llegaban los de Unidad Popular cantando "el pueblo unido jamás será vencido". La confrontación cesaba cuando jugaba Colo Colo. Campeón chileno de 1972 con 90 goles y una media de 39.000 personas por partido, el Colo Colo de Caszely inició la Libertadores de 1973 aplastando 5-0 a Unión Española. Luego fue 5-1 a Nacional de Quito, 5-1 a Emelec, 4-0 a Cerro Porteño. Triunfo histórico 2-1 en el Maracaná ante el Botafogo de Jairzinho. Hay huelga salvaje del transporte, pero casi 80.000 hinchas colman el Estadio Nacional. Llegan a dedo, caminando, en camiones, como sea. Quieren ver los golazos de Caszely (goleador final de la Copa, con 9 tantos). Los tiros libres del Chamaco Valdés. Ese fútbol de ataque y fuerza colectiva. "Son las noches de Colo Colo, el equipo del pueblo", dice el libro La historia secreta del fútbol chileno.

Un agónico 3-3 en la vuelta contra Botafogo da el boleto a la final contra Independiente, que busca su cuarta Copa. Fue un robo, dicen en Chile. "Están las imágenes." En la Argentina -me dice Caszely-, el Loco Mario Mendoza empujó al arquero Adolfo Nef "con pelota y todo dentro del arco". Fue el empate 1-1 del Rojo, ante la pasividad del árbitro uruguayo Milton Lorenzo. Furioso, el defensor Alejandro Silva pegó una patada de expulsión en una acción siguiente a Eduardo Maglioni. Guillermo Páez contó que él mismo le sacó las tarjetas a Lorenzo, que Sergio Messen lo tomó del cuello y que Leonel Herrera le metió un cortito en las costillas. No pasó nada. Salvador Allende, que estaba en Buenos Aires por la asunción del presidente Héctor Cámpora, recibió al plantel en la embajada de Chile. En la revancha de Santiago (0-0), el árbitro brasileño Romualdo Arpi Filho, me dice también Caszely, "reconoció su equivocación" al marcarle offside "en un gol legítimo", porque lo habilitaban cuatro jugadores del Rojo. Y en el desempate de Montevideo fue el turno del árbitro paraguayo José Romei, aunque Independiente, con Bochini-Bertoni titulares en la parte final, ganó 2-1 en el alargue imponiendo autoridad. Chamaco Valdés asegura que "nos anticiparon que los árbitros aparecerían en nuestro hotel para ser sobornados. Íbamos a hacer una vaca en el plantel, pero el presidente Héctor Gálvez se opuso. La terna de jueces llegó, esperó y al ver que no pasaba nada se fue". Messen, aún más duro, afirmó que "la terna de árbitros estaba sobornada en las tres finales". Habló de cifras (33.000 dólares) y se declaró convencido de que "ese Independiente se inyectaba". Son leyendas comunes en la Copa de los 70, cuando había equipos, del país que fuere, que dopaban a los jugadores de todo el lateral izquierdo para un partido y, si la revancha era tres días después, a los de todo el lateral derecho para el siguiente.

Diez mil personas, que llegaron de cualquier modo porque seguía la huelga de transporte, recibieron a Colo Colo en el aeropuerto. Veintitrés días después de la final, el 29 de junio de 1973, se produjo el "Tanquetazo", un fallido golpe, que incluyó cerca de 500 balazos a La Moneda y, entre otras, la muerte del camarógrafo argentino Leonardo Henrichsen, y que fue abortado por el general constitucionalista Carlos Prats, asesinado por la DINA en 1974 en Buenos Aires. Leonardo Veliz, que junto con Caszely no ocultaba su pensamiento de izquierda, dijo alguna vez que, más que Colo Colo, fue tal vez la selección chilena la que retrasó el golpe. En la Roja, además del DT Alamos, jugaban once jugadores de Colo Colo, algunos de los cuales llegaron a disputar cerca de 80 partidos en 1973. El 5 de agosto, el Chile con base de Colo Colo venció en desempate de Montevideo 2-1 al Perú del Cholo Sotil y ganó el derecho a un repechaje con la entonces URSS para ir al Mundial 74. La ida, en Moscú, un partido sin registros de TV y que terminó 0-0 en el Estadio Lenin, se jugó quince días después del golpe. El avión partió el 18 de septiembre para jugar primero ante México. "¿Qué opina de que haya muertos flotando en el Mapocho?", preguntó un periodista a Caszely, autor de dos goles en el primer triunfo de Chile en el Azteca. "¿De qué estás hablando? Pregúntame por los goles, no tengo idea", respondió el jugador.

La URSS no se presentó a la revancha porque el Estadio Nacional, escenario del partido, era centro de detención, tortura y muerte. La farsa, se sabe, se celebró igual ante 15.000 hinchas, con árbitro FIFA y jugadores chilenos arrancando desde mitad de cancha y pasándose la pelota hasta que el Chamaco Valdés, capitán, hace el gol simbólico, que decreta el triunfo reglamentario. Es el mismo Chamaco que días antes había pedido la liberación de jugadores y vecinos que eran víctimas de la dictadura. Caszely, que en ese mismo 1973 fue transferido al Levante español por 130.000 dólares, conmovió cuando en 1988 participó de la célebre campaña por el no que condujo al fin de la dictadura. "Fui torturada y vejada brutalmente tantas veces que no las conté, por respeto a mi familia y a mí misma", dice en el spot Olga Garrido. "Sus sentimientos son los míos, esta señora es mi madre", añade Caszely, que aparece en la imagen, ante la sorpresa de millones de chilenos.

Caszely, que este viernes participará de un debate en San Pablo sobre fútbol, dictaduras y política junto con Raí y algunos presidentes sudamericanos, forma parte del filme francés Rebeldes del fútbol, escrito por Eric Cantona y que incluye, entre otros, al brasileño Sócrates y al marfileño Didier Drogba. También señalado por hinchas porque fue expulsado en Alemania 74 y falló un penal en España 82, Caszely ocupó fugazmente hasta hace unos días la representación de los socios ante Blanco y Negro, la empresa privada hoy dueña de Colo Colo, que tuvo como accionista inicial al hoy ex presidente Sebastián Piñera. "Ooooh, lo que quiere el pueblo, que se vaya, Blanco y Negro", cantaban los hinchas. Los coros cesaron cuando Colo Colo subió a la punta y, tres semanas atrás, salió campeón. Pero el fútbol es algo más que títulos e ídolos. La minigira de nueve días por Chile me deja otra imagen. La de otra camiseta de Colo Colo con el nombre de Alexis Sánchez, que brillaba en esas mismas horas en la cancha El Mugriental, de la población José Miguel Carrera, en Antofagasta, Chile profundo. El ex árbitro Héctor Baldassi contaba los pasos, el Tata José Luis Brown se alistaba en el arco y Pedro Monzón y el DT uruguayo Víctor Púa, invitados por la fundación Ganamos Todos, controlaban la acción. Braian, a los 11 años ya con problemas de drogas y cuyo padre se había colgado tiempo atrás en uno de los postes de luz, gritaba feliz tras anotarle el penal a un campeón mundial..

Pinochet y el Colo Colo de 1973 – Fútbol Internacional – canchallena.com

20/04/2014

Eduardo Galeano, no Brasil, só é ouvido sobre futebol. Por quê?

Filed under: Eduardo Galeano,Futebol — Gilmar Crestani @ 10:10 am
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‘Messi e Neymar são verdadeiros milagres’, diz Eduardo Galeano

Entusiasta do futebol, consagrado escritor uruguaio lamenta o poder do dinheiro no esporte

19 de abril de 2014 | 17h 00

Ubiratan Brasil – O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – O escritor uruguaio Eduardo Galeano é uma das mais destacadas figuras da cultura latino-americana, construindo uma obra ortodoxa, que combina ficção, jornalismo, análise política e história. Ele tem opinião firmada desde a crise da Venezuela até o debate sobre a maconha que tomou conta de seu país. Mas os olhos de Galeano brilham de verdade quando o assunto é futebol, uma de suas maiores paixões.

O escritor uruguaio é um grande fã de Messi e Neymar - Dida Sampaio/Estadão

Dida Sampaio/Estadão

O escritor uruguaio é um grande fã de Messi e Neymar

Autor de obras notáveis como Futebol ao Sol e à Sombra (L&PM), Galeano, de 73 anos, defende o espetáculo acima de tudo, como afirmou na entrevista exclusiva ao Estado, concedida em Brasília.

ESTADO – Aqui você falou sobre ditadura e futebol.
EDUARDO GALEANO –
Há ditaduras visíveis e invisíveis. A estrutura de poder do futebol no mundo é monárquica. É a monarquia mais secreta do mundo: ninguém sabe dos segredos da Fifa, fechados a sete chaves. Os dirigentes vivem como em um castelo muito bem guardado. E os protagonistas do futebol, os jogadores, trabalham como macacos de circo, ou seja, não são os receptores dos benefícios dos espetáculos que nos brindam – acredito que sejam fortunas, pois as contas são secretas. E os atletas atuam pelo prazer de jogar, o que é importante. Eu rogo a Deus para que os jogadores não percam esse prazer, pois, nos últimos anos, eles vêm sendo condicionados a apenas ganhar, o que resulta em mais dinheiro. Não aprovo essa identificação da bola como fonte de lucro. Nos últimos anos, o futebol tem perdido aquele brilho de encantamento que deveria marcar cada partida. Infelizmente, boa parte dos jogadores não tem demonstrado aquela satisfação que vemos, por exemplo, em jogos de crianças: elas não têm a finalidade da vitória, querem apenas se divertir. Assim, quando surgem exceções, como Messi e Neymar, são, para mim, verdadeiros milagres.

ESTADO – Ainda assiste a futebol?
EDUARDO GALEANO –
A minha festa de fim de semana é acompanhar jogos desses craques. Sempre que posso acompanho essa dupla. Amo o futebol. Quando criança, nem pensava em ser escritor, mas jogar futebol. Infelizmente, minha perna parece de madeira, eu seria um perna de pau, como se diz aqui no Brasil (risos).

ESTADO – Mas não vê bons exemplos?
EDUARDO GALEANO –
Sim. Veja, recentemente estive no Chile, onde me reuni com amigos que são, na maioria, torcedores do Colo Colo, a equipe mais popular do país. Eles tentam iniciar um plano de recuperação do clube que, segundo eles, foi sequestrado pelos empresários, pelos dirigentes e até pelos ideólogos que promovem as regras do esporte. Isso é terrível, pois os torcedores acabaram condicionados a aceitar um tipo de campeonato em que o mais importante é vencer. Com isso, o futebol corre o risco de se tornar um negócio que, de tão rentável, logo vai se equiparar ao comércio de drogas ou de armas.

ESTADO – E a expectativa para a Copa do Mundo no Brasil?
EDUARDO GALEANO –
Espero assistir a um belo Mundial. A grande virtude do futebol é sua capacidade de surpreender, de provocar assombro, de permitir o milagre, de saber que o impossível pode acontecer. É uma das atividades humanas mais imprevisíveis que existem. Daí o sucesso popular, mundial.

ESTADO – A derrota brasileira na Copa de 50 é um exemplo disso.
EDUARDO GALEANO –
Sim, o Brasil era objetivamente a melhor equipe. Mas a capacidade de surpresa permitiu que o Uruguai saísse campeão. Mas foi uma decisão de grandes capitães, o uruguaio Obdulio Varela e o brasileiro Zizinho. Você sabia que eles se tornaram grandes amigos depois? Chegaram até a manter uma comunicação telepática (risos). É verdade, sei que parece bruxaria, mas, bastavam fechar os olhos para conversar. Eu sempre levei muito a sério essa forma de comunicação. Não era palhaçada. Lembro de uma vez, quando eu estava com Obdulio e, de repente, ele interrompeu a conversa para dizer: ‘Não se preocupe, Eduardo, Zizinho está bem, foi só uma gripe passageira’ (risos).

ESTADO – Obdulio foi seu grande amigo?
EDUARDO GALEANO –
Foi uma das pessoas mais admiráveis que já conheci na minha vida. Um homem nobre, honesto, valente. Ele capitaneou a mais longa greve do futebol que já houve no mundo: durante sete meses, não houve jogos no Uruguai. E os torcedores apoiaram os jogadores, que pediam a criação de um sindicato para a categoria. Ele também viveu uma história extraordinária na Copa de 1950.

ESTADO – Qual foi?
EDUARDO GALEANO –
Depois da vitória, enquanto a delegação uruguaia festejava o título, Obdulio escapou da concentração e passou a noite pelos bares cariocas, abraçado aos brasileiros que choravam, inconformados com a derrota. Aquilo foi uma surpresa para ele, pois, antes do jogo começar, Obdulio via aquela massa de 200 mil pessoas que lotavam o Maracanã como um monstro de boca aberta, rugindo, querendo devorar carne uruguaia. Mas, depois, redescobrindo as pessoas nos bares, uma por uma, ele também chorou. Não se conformava por ter provocado tamanha tristeza.

ESTADO – Você também se emocionou com história do goleiro brasileiro Barbosa, não?
EDUARDO GALEANO –
Sim, ele foi uma figura trágica no futebol mundial. Pagou sozinho pela derrota. Lembro-me de quando o Maracanã decidiu trocar as traves por outras mais novas e Moacir Barbosa pediu para ficar com aquelas, que eram sintomaticamente de madeira. A cruz de seu martírio. E ele celebrou sozinho uma cerimônia de exorcismo, queimando as traves de sua maldição. Crucificado pela necessidade humana de encontrar culpados, mesmo sendo aclamado pelos especialistas como o melhor arqueiro de seu tempo.

06/04/2014

25 jogos que sedimentaram o Gigante para Sempre

Filed under: Futebol,Inter — Gilmar Crestani @ 7:16 am
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Nos 45 anos de Beira-Rio, o Inter entrou em campo 1434 vezes. Não faltaram bolas na trave, defesas milagrosas e gols históricos. Gols, por sinal, foram 2736, conforme dados do jornalista e pesquisador Laert Lopes, 97 de Valdomiro, o maior artilheiro do estádio. Enfim, muito drama, emoção e alegria para quem frequentou a casa colorada.

ZH escolheu 25 jogos inesquecíveis do Beira-Rio, começando pela partida inaugural, em 1969, e o Gre-Nal com 20 expulsos, no mesmo ano. A gloriosa década de 70 está registrada em oito partidas, mas poderiam ser 15 ou até 30. Porém, faltaria espaço nas páginas do jornal.

Seguem os jogos inesquecíveis com o Gre-Nal do Século, o título da Copa do Brasil e a vitória sobre o Palmeiras, que evitou o rebaixamento em 1999. Os anos 2000 completam a lista de partidas que ficaram marcadas na memória dos colorados, como o bicampeonato da América. Nas páginas a seguir leia mais e relembre.

6/4/1969
Inter 2×1 Benfica – Amistoso
O primeiro jogo inesquecível do Beira-Rio foi justamente a inauguração do estádio, em 6 de abril de 1969. Numa partida contra o Benfica, o centroavante Claudiomiro marcou o primeiro gol da nova casa colorada. O craque português Eusébio empatou, mas Gilson Porto _ que morreu vítima de câncer em 2003 _ garantiu a primeira das muitas vitórias que o Inter conquistaria em seu estádio.

20/4/1969
Inter 0x0 Grêmio – Amistoso
No clássico 189, que fez parte dos festejos de inauguração do Estádio Beira-Rio, ocorreu a maior pancadaria já registrada em um Gre-Nal. Após uma semana de discussões entre dirigentes, o clássico quase foi cancelado. A confusão teve início aos 37 minutos do segundo tempo, depois de uma disputa entre o gremista Espinosa e o colorado Urruzmendi. Ao final do "combate", o árbitro Orion Satter de Mello expulsou 20 jogadores. Não levaram vermelho apenas o goleiro Alberto (Grêmio) e o meio-campo Dorinho (Inter).

17/12/1969
Inter 0x0 Grêmio – Gauchão
O empate em 0 a 0 com o Grêmio, no dia 17 de dezembro de 1969, tem bons motivos para ser um dos jogos inesquecíveis dos 45 anos de história do Beira-Rio. A partida valia o título do Gauchão. Se o Grêmio vencesse, seria octa. Ao Inter, bastava um empate para, pela primeira vez, conquistar o Estadual em um duelo contra o maior rival. Além disso, seria o primeiro título da Era Beira-Rio. No segundo tempo, o ponteiro Valdomiro fez um gol, para alegria dos colorados, mas o árbitro Zeno Escobar Barbosa anulou o lance. Ibsen Pinheiro invadiu o campo e ameaçou abrir os portões da coreia (antigo setor em que os ingressos eram mais baratos, pois os torcedores assistiam ao jogo em pé). O clássico foi reiniciado, a partida seguiu 0 a 0, e o Inter conquistou o primeiro dos seis oito títulos seguidos do Gauchão.

14/12/1972
Inter 3×2 Cruzeiro – Brasileirão
Considerado um dos jogos mais emocionantes do Beira-Rio. O Inter de Figueroa, Carpegiani e Claudiomiro perdia por 2 a 1 para o Cruzeiro de Piazza e Dirceu Lopes até os 39 minutos do segundo tempo, quando Escurinho empatou. O gol deixou em êxtase o Beira-Rio e dois torcedores infartaram. Eles foram socorridos e morreram a caminho do hospital. Nem conseguiram testemunhar a virada, consumada com gol de Valdomiro aos 44 da etapa final.

10/8/1975
Inter 1×0 Grêmio – Gauchão
A conquista do hepta está entre os jogos eletrizantes do Beira-Rio. O centroavante Flávio Minuano, também chamado de Flávio Bicudo, foi o personagem do clássico Gre-Nal disputado no dia 10 de agosto de 1975. Depois de três temporadas no Porto, o jogador foi contratado para fazer sombra a Claudiomiro e acabou se consagrando _ foi artilheiro do Brasileirão daquele ano. No jogo que valia o título, marcou o gol da vitória aos 14 minutos da prorrogação. O duelo também foi marcado por uma cotovelada desferida por Figueroa que quebrou o nariz do gremista Tarciso.

14/12/1975
Inter 1×0 Cruzeiro – Brasileirão

Manga; Valdir, Figueroa, Hermínio e Chico Fraga; Caçapava, Falcão e Carpegiani ; Valdomiro (Jair), Flávio e Lula. Esse foi o time do Inter que entrou em campo na tarde de 14 de dezembro de 1975 e venceu o Cruzeiro por 1 a 0. O resultado deu o primeiro título de Brasileirão a um clube gaúcho.

Com o Beira-Rio lotado, aos 11 minutos do segundo tempo, Piazza fez falta em Valdomiro ao lado da área. O próprio Valdomiro ajeitou a bola para a cobrança. Após levantamento para a área, Figueroa subiu mais alto que a defesa mineira e desviou de cabeça. No momento da conclusão, um facho de luz, oriundo do pôr-do-sol no Guaíba, iluminou o zagueiro. Delírio no Beira-Rio. O Gol Iluminado entrou para a história.

23/5/1976
Inter 14×0 Ferro Carril – Gauchão

O Ferro Carril, de Uruguaiana, foi a vítima do maior massacre nos 45 anos de história do Beira-Rio. Pelo Gauchão de 1976, ano em que o Inter buscava o octacampeonato, o time treinado por Rubens Minelli aplicou incríveis 14 a 0 na equipe visitante. Valdomiro e Ramón marcaram três vezes cada um. Caçapava fez dois. Completaram a supergoleada: Genau, Paulo César, Flávio, Cláudio, Figueroa e Escurinho.

22/8/1976
Inter 2×0 Grêmio – Gauchão
A histórica conquista do octacampeonato gaúcho, em 22 de agosto de 1976, ocorreu em um Gre-Nal. O clássico de número 227 foi um dos jogos inesquecíveis do Beira-Rio. O Inter de Manga; Cláudio Duarte, Figueroa, Marinho e Vacaria; Caçapava (Escurinho), Batista e Falcão; Valdomiro (Jair), Dario e Lula, bateu o maior rival por 2 a 0. Os gols do título foram marcados por Lula e Dario. Mais de 70 mil pessoas compareceram ao estádio.

5/12/1976
Inter 2×1 Atlético-MG – Brasileirão
Outra partida inesquecível. No dia 5 de dezembro de 1976, em duelo pela semifinal do Brasileirão, o Inter saiu perdendo para o Atlético-MG de Toninho Cerezo, Paulo Isidoro e Cafuringa. Aos 28 minutos do segundo tempo, Batista empatou. E, no último minuto, um gol antológico garantiu a vitória colorada. Após uma tabelinha de cabeça entre Falcão e Escurinho, Falcão mandou para as redes. Dias depois, a equipe gaúcha sagrava-se bicampeã brasileira.

12/12/1976
Inter 2×0 Corinthians – Brasileirão
Com a base do time campeão em 1975, o Inter fez outra grande campanha em 1976 e conquistou o bicampeonato brasileiro. No dia 12 de dezembro, milhares de corintianos invadiram o Beira-Rio para apoiar o clube paulista, mas o Colorado foi soberano e venceu por 2 a 0. Aos 29 minutos do primeiro tempo, Dadá saltou alto para cabecear e abrir o placar. Na etapa final, aos 12 minutos, Valdomiro cobrou uma falta, a bola bateu no travessão e cruzou a linha. O árbitro José Roberto Wright validou o gol, para a explosão vermelha no estádio, que recebeu um público pagante de 84 mil pessoas. O Inter, do técnico Rubens Minelli, jogou com Manga; Cláudio, Figueroa, Marinho Peres e Vacaria; Caçapava, Falcão e Batista; Valdomiro, Dario e Lula.

23/12/1979
Inter 2×1 Vasco – Brasileirão

A terceira estrela na camiseta colorada foi conquistada de forma invicta. Em 23 jogos, 16 vitórias e sete empates. O último capítulo foi inscrito em 23 de dezembro de 1979. Sob o comando de Ênio Andrade, Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Falcão e Jair; Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio levaram o Inter a vitória por 2 a 1 sobre o Vasco. Jair e Falcão marcaram os gols do tricampeonato brasileiro.

7/11/1982
Inter 3×1 Grêmio – Gauchão
O Gre-Nal em que brilhou o centroavante Geraldão. Num clássico pela fase final do Gauchão, ele marcou os três gols na vitória por 3 a 1. Os colorados ainda festejaram um pênalti cobrado por Bonamigo e defendido por Benitez. No mesmo mês, o Inter conquistou o bicampeonato estadual com uma vitória por 2 a 0 no Olímpico, dois gols de Geraldão.

12/2/1989
Inter 2×1 Grêmio – Brasileirão

Não há dúvidas de que o clássico de 12 de fevereiro de 1989 é um dos principais jogos da história do Beira-Rio. Naquele que foi batizado como o Gre-Nal do Século, o Inter foi para o intervalo com um jogador a menos (Casemiro recebeu o vermelho) e perdendo por 1 a 0. Mas em uma tarde fantástica da dupla Mauricio e Nilson, o Colorado virou para 2 a 1 e deixou a torcida em êxtase _ Nilson fez os dois gols. Com o resultado, o Inter se classificou para a final do Brasileirão _ acabou perdendo o título para o Bahia _ e para a Libertadores do mesmo ano. Abel Braga escalou Taffarel; Luis Carlos Winck, Aguirregaray, Nenê e Casemiro; Norberto, Leomir (Diego Aguirre), Luis Carlos Martins e Mauricio (Norton); Nilson e Edu Lima.

5/4/1989
Inter 6×2 Peñarol – Libertadores
Na campanha da Libertadores de 1989, o Inter aplicou uma impiedosa goleada no Peñarol. Um dia após completar 80 anos, o Colorado venceu o tradicional time uruguaio por 6 a 2, em jogo pelas oitavas de final. Nilson, Norton e Heider marcaram duas vezes cada um.

17/11/1992
Inter (3) 1×1 (0) Grêmio – Copa do Brasil
Três anos depois do Gre-Nal do Século, Inter e Grêmio voltaram a se enfrentar em um mata-mata por competições nacionais. E, outra vez, o Colorado levou a melhor. No jogo de ida, no Olímpico, 1 a 1. Na volta, mais de 75 mil torcedores lotaram o Beira-Rio. O centroavante Gérson fez 1 a 0 para os donos da casa, mas Carlinhos empatou. Como o placar se repetiu, a disputa foi para pênaltis, onde brilhou o goleiro paraguaio Gato Fernández. Ele defendeu os chutes de Vilson e Jandir, e o Inter venceu por 3 a 0.

13/12/1992
Inter 1×0 Fluminense – Copa do Brasil

Depois de 13 anos sem um título nacional, o Inter voltou a festejar em 13 de dezembro de 1992. Após perder para o Fluminense por 2 a 1, no Rio, era necessário vencer por pelo menos 1 a 0 em Porto Alegre. O jogo se encaminhava para o empate quando o árbitro paulista José Aparecido de Oliveira marcou pênalti no zagueiro Pinga. A responsabilidade da cobrança ficou a cargo de outro defensor, o capitão Célio Silva. Ele chutou forte, no meio do gol, garantindo a vitória e o título da Copa do Brasil. Explosão de alegria dos mais de 50 mil colorados presentes no Beira-Rio. Treinada por Antônio Lopes, a equipe que jogou a final teve: Fernández, Célio Lino, Célio Silva, Pinga e Daniel Franco; Ricardo, Élson (Luciano) e Marquinhos; Maurício, Gérson (Nando) e Caíco.

2/7/1997
Inter 1×0 Grêmio – Gauchão
Contra um Grêmio que vinha dos títulos do Brasileirão de 1996 e da Copa do Brasil de 1997, o Inter era azarão. Mas o bem organizado time de Celso Roth surpreendeu. Com Gamarra na zaga, e a dupla Fabiano e Christian no ataque, o Inter ganhou por 1 a 0, gol de Fabiano. A equipe campeã jogou com: André; Enciso, Márcio, Gamarra e Régis; Ânderson, Fernando, Sandoval (Celso Vieira) e Arílson; Fabiano (Luiz Gustavo) e Christian (Paulo Diniz).

10/12/1999
Inter 1×0 Palmeiras – Brasileirão

Um dos jogos mais tensos dos 45 anos de história do Beira-Rio. O Inter precisava vencer o Palmeiras, treinado por Felipão e campeão da Libertadores, para se livrar do rebaixamento. A angustia colorada perdurou até os 35 minutos do segundo tempo, quando o centroavante Celso foi derrubado em frente à área. O próprio Celso levantou para a área, Dunga mergulhou e, com um desvio de cabeça, marcou o gol do alívio e da explosão vermelha em todo o Rio Grande do Sul.

10/7/2004
Inter 2×0 Grêmio – Brasileirão
Marcado como o Gre-Nal do Gol 1000, o clássico apresentou ao torcedor colorado aquele que seria um de seus maiores ídolos. Vindo do futebol francês, Fernandão teve sua situação regularizada dias antes da partida. O técnico do Inter, Joel Santana, deixou o novo reforço no banco. Ele entrou, sofreu a falta que resultou no gol 999, de Vinicius, e fez o gol 1000. A vitória por 2 a 0 rendeu placa no vestiário e uma edição limitada de camisas alusivas ao feito.

16/8/2006
Inter 2×2 São Paulo – Libertadores

A noite de 16 de agosto de 2006, possivelmente, tenha sido a de maior alegria da história do Beira-Rio. Após décadas perseguindo a conquista da América, o Inter alcançou o objetivo, e o torcedor pôde soltar o grito de campeão da Libertadores. A antológica partida contra o São Paulo terminou empatada em 2 a 2. Os gols colorados foram marcados por Fernandão e Tinga. Fabão e Lenílson fizeram para os paulistas. A decisão ficou ainda mais dramática porque o Inter jogou os últimos 27 minutos com um jogador a menos devido à expulsão de Tinga. O apito final deu início a uma festa inesquecível. O time da decisão: Clemer; Índio, Bolívar e Fabiano Eller; Ceará, Edinho, Tinga, Alex (Michel) e Jorge Wagner; Sobis (Ediglê) e Fernandão.

7/6/2007
Inter 4×0 Pachuca – Recopa Sul-Americana
Vencedor da Libertadores de 2006, o Inter teve a oportunidade de disputar a Recopa Sul-Americana em 2007. Na decisão contra o Pachuca-MEX, o Colorado patrolou. Ganhou por 4 a 0, conquistou a Tríplice Coroa (tinha vencido também o Mundial) e passou a adotar a alcunha de Campeão de Tudo. Alex, de pênalti, Pinga, Alexandre Pato e Mosquera (contra) marcaram os gols da partida, prestigiada por mais de 50 mil torcedores. Alexandre Gallo mandou a campo: Clemer; Ceará, Índio, Sidnei (Mineiro) e Rubens Cardoso (Maycon); Edinho, Wellington Monteiro, Alex e Pinga (Perdigão); Iarley e Alexandre Pato.

4/5/2008
Inter 8×1 Juventude – Gauchão
O jogo da desforra no Beira-Rio. Depois de alguns anos amargando resultados ruins contra o Juventude, o Inter enfrentava o time de Caxias em jogo que valia o título do Campeonato Gaúcho. Após perder o jogo de ida por 1 a 0, o time de Abel Braga precisava vencer para ficar com a taça. E o que se viu foi um massacre colorado. Danny Morais, Fernandão (2) e Alex abriram 4 a 0 já no primeiro tempo. Na etapa final, Fernandão, mais uma vez, Nilmar e Índio ampliaram. O requinte de "crueldade" foi último gol. Andrezinho sofreu pênalti, e a torcida gritou o nome de Clemer. Escalado para a cobrança, o goleiro marcou com estilo e fechou o placar, para delírio dos mais de 40 mil colorados presentes no estádio.

O Inter jogou a decisão com Clemer; Índio, Orozco e Marcão; Bustos (Jonas), Danny Morais, Magrão, Alex (Andrezinho) e Guiñazu; Fernandão (Iarley) e Nilmar.

28/9/2008
Inter 4×1 Grêmio – Brasileirão
Apesar de já ter goleado o maior rival no Olímpico, o Inter nunca havia goleado o Grêmio no Beira-Rio. Isso até 28 de setembro de 2008, quando o Colorado venceu por 4 a 1, em jogo pelo Brasileirão.

O clássico inesquecível no Beira-Rio teve como grande destaque o argentino D’Alessandro. Ele fez o primeiro gol e participou dos outros três, marcados por Alex, Índio e Nilmar _ Tcheco descontou. Além de patrolar o rival, o Inter ainda tirou o Tricolor da liderança da competição. O técnico Tite escalou o Colorado com: Clemer; Ângelo (Danny Morais), Índio, Bolívar e Gustavo Nery; Edinho, Magrão, Guiñazu e D’Alessandro (Taison); Alex e Nilmar (Adriano).

3/12/2008
Inter 1×1 Estudiantes – Sul-Americana

Mais uma data de dezembro histórica para o Beira-Rio. Em 3 de dezembro de 2008, o Inter empatou com o Estudiantes em 1 a 1 e tornou-se o primeiro clube brasileiro a conquistar a Copa Sul-Americana. Em uma final eletrizante, o time argentino fez 1 a 0 no tempo normal. Como o Inter havia vencido o jogo de ida pelo mesmo placar, o duelo foi para a prorrogação. Daí, brilhou a estrela de Nilmar, que aproveitou uma sobra na área e marcou o gol do título. Festa para os mais de 50 mil torcedores presentes no Beira-Rio. O técnico Tite escalou o time campeão com Lauro; Bolívar, Danny Morais, Álvaro e Marcão; Edinho, Magrão (Sandro), Andrezinho (Gustavo Nery) e D’Alessandro; Alex (Taison) e Nilmar.

18/8/2010
Inter 3×2 Chivas – Libertadores
O Beira-Rio foi determinante para a conquista do bicampeonato da América. Desde o primeiro jogo, a torcida empurrou o time para as vitórias. Foi assim também no mata-mata, contra Banfield, Estudiantes e São Paulo. Na decisão, uma vitória de virada por 3 a 2 sobre o Chivas Guadalajara. Rafael Sobis, herói no título de 2006, fez o gol de empate em 1 a 1. O então garoto Leandro Damião saiu do banco para fazer o 2 a 1. O terceiro foi de Giuliano, autor do gol mais importante da campanha do bi, contra o Estudiantes, nos instantes finais em La Plata. A equipe mexicana ainda descontou, mas nada que prejudicasse a festa da massa vermelha. Celso Roth escalou o Inter com Renan; Nei, Bolívar, Índio e Kleber; Sandro, Guiñazu, Tinga (Wilson Matias), D’Alessandro e Taison (Giuliano); Rafael Sobis (Leandro Damião).

20/03/2014

Futebol compra e paga

Como diria o Barão de Itararé, quem se vende sempre recebe mais do que vale… E isso não acontece somente entorno do futebol. Na política o mercado de secos & molhados anda ainda mais movimentado. Basta ver quem são sempre os mesmos convidados para ocupar espaço nas telinhas, reportagens e programas de bote-boca!

Ainda falta passar a limpo as relações de Grêmio e Inter com a RBS. Não se trata só de privilégios, de JABÁS, ou patrocínios… Ainda permanece mal explicado porque a RBS atacou fortemente o Inter quando da negociação do contrato com a  Andrade Gutierrez. Quais eram os interesses imobiliários que estavam por traz de tamanha campanha de difamação? E a contratação da Engage Eventos, pertencente ao Grupo RBS, para promover a festa de reinauguração do Beira-Rio tem algo a ver com pagamento ou compra? As penas de aluguel, como diria aquela ópera, “è mobile qual piuma al vento

Não vou ao show de reinauguração só para não dar dinheiro para a RBS. Por uma questão de saúde, de sanidade mental, estarei sempre do lado oposto dos grupos mafiomidiáticos.

O time do Bahia comprava jornalistas — mas a relação promíscua entre futebol e mídia não para ali

Postado em 15 Mar 2014

por : Roberto Amado

bahia dinheiro

O time do Bahia está passando por uma limpa e, com isso, expondo um mundo sujo na relação do jornalismo com a indústria do futebol. O Conselho Deliberativo do clube divulgou documentos mostrando que mais de 800 mil reais foram utilizados em “comunicação”, contemplando uma enorme lista de jornalistas locais, além de emissoras de rádio e TV. O radialista Jailson Barauna, por exemplo, aparece em duas situações. Pela “divulgação e promoção da marca Bahia e despesas com jogos” recebeu R$ 45.300. E mais cerca de R$ 40 mil em “passagens”.

Outro radialista, Edson Marinho, teria recebido R$ 14 mil reais também em passagens, assim como Jéssica Senra, apresentadora do programa “Bahia no Ar”, da TV Record, beneficiada com um valor superior a 9 mil reais. A lista contempla também empresas de prestação de serviços em comunicação, como a Sport Gol, responsável pela veiculação de publicidade na Rádio Itapoan FM e produção de material ilustrativo — pelos quais teria recebido cerca de R$ 180 mil. E até mesmo familiares do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho, como o primo e cunhado Helio de Oliveira, que recebeu R$ 112 mil para aluguel de “veículos”.

As contas se referem ao período de 2006 a 2013 em que Marcelo Guimarães Filho presidia o clube — uma gestão polêmica com suspeitas de contratações abusivas, sonegação de impostos e briga com a torcida. O clube acabou sofrendo intervenção e, no ano passado, elegeu, pela primeira vez com a participação dos sócios, o então secretário de Relações Internacionais do Governo do Estado, Fernando Schmidt, que tirou licença para exercer a presidência.

Schmidt promoveu a “transparência” no Bahia e as contas apareceram. “Um dos gastos, pagos pelo Bahia, é com a ‘transmissão de jogos’… ora, me poupem! É função do Bahia pagar pela ‘transmissão de jogos’?”, disse ele.

Os jornalistas envolvidos alegam que os valores são para publicidade, o que não seria ilegal, apenas “antiético”.  Além disso, as passagens seriam doadas para a cobertura dos jogos do time. Não parece ser uma conduta “normal” times populares como o Bahia pagar por publicidade em programas de rádio. O mesmo pode-se dizer sobre passagens para jornalistas cobrirem jogos. Muitas instituições fazem esse tipo de oferta, mas dificilmente são clubes. Em geral, envolvem eventos ou torneios de esportes com mídia especializada que nem sempre tem recursos para bancar seus jornalistas em viagens deste tipo. Essa relação promíscua é o velho “jabá” — ou seja, presentes, facilidades ou até mesmo dinheiro oferecidos a jornalistas em troca de matérias publicadas.

No caso das contas do Bahia, os jabás se proliferam de maneira constrangedora. Garrafas de uísque, contas astronômicas em restaurantes e até escândalos de alcova — Jéssica Senra foi citada no relatório de auditoria do clube por ter se hospedado em um quarto duplo com o ex-presidente, no Marriott Hotel, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Benedito Lopes, por exemplo, contemplado com R$ 5700 para “despesas com jogos e transmissões” e mais 54 passagens com valor superior a 32 mil reais explicou, em entrevista à mídia local, que se tratava de “acordos comerciais”: “Era o complemento do comercial com o esporte da rádio. Como eu era o setorista, eu ia lá e pegava. Por isso que meu nome físico está ali. Eu tinha que assinar, senão o Bahia não liberava. Se fosse jabá, eu iria assinar recibo com meu nome? Era uma parceria de todos os jogos”.

O futebol é um grande negócio que depende da mídia. Muitos dos programas e coberturas esportivas que você assiste na TV, por exemplo, são pagos regiamente por federações ou empresas promotoras dos eventos. E a relação do Bahia com a mídia não é um caso único. Jornalistas e empresas de jornalismo fazem acordos das mais variadas naturezas. O Bahia, com sua política de transparência, é provavelmente apenas a ponta do iceberg — um exemplo de esforço para limpar a casa antes que ela desabe.

Sobre o Autor

Jornalista, escritor, cineasta e advogado.

Diário do Centro do Mundo » O time do Bahia comprava jornalistas — mas a relação promíscua entre futebol e mídia não para ali

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