Ficha Corrida

23/11/2016

RBS e seu modus operandi

Filed under: Grêmio,Manipulação,RBS — Gilmar Crestani @ 7:56 am
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RBS e GremioSe alguém ainda tem dúvida de como funciona o dito “jornalismo da RBS” confira os bastidores mostrando como foi feita a reportagem que vendia a ideia de que os gremistas estão pelas ruas à espera do jogo mais celebrado dos últimos 15 anos. A repórter leva consigo uma camisa do Grêmio e faz cada entrevistado vesti-la. Terminada a entrevista, fez desvesti-la para entrega-la a outro e assim vai construindo a imagem de que as ruas estão tomadas por torcedores gremistas. Não tenho provas mas tenho convicção de que faz isso também quando se trata do Internacional. Aliás, manipula sempre para obter o que quer.

E tem sucesso, como provas os seus sucessivos governadores: Antonio Britto, Germano Rigotto, Yeda Crusius e agora o Tiririca da Serra. Sem contar seus dois senadores, Ana Amélia Lemos e Lasier Martins. emplacou também mais um prefeito em Porto Alegre, um neofascista.

Como estufam o peito as duas maiores torcidas gaúchas nos jogos da dupla greNAL, “sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra”. Manada de midiotas!

A pergunta que fica é, se a RBS faz isso para alavancar sua audiência, e adestrar determinado público para seu lado, o que não faz com o resto?! Alguém ainda há de lembrar a campanha da RBS a favor do Antonio Britto o que lhe rendeu uma CRT de presente. Os ataques sistemáticos ao Tarso Genro levou à vitória do Sartori, e o que a RBS está recebendo em troca? A destruição da Fundação Piratini, que administra a rádio FM Cultura e a TVE!

E depois ainda tem gente que acredita os bandidos estão no Presídio Central!

Já contei um fato que ocorreu comigo e mudou minha forma de ver o mercado de informações. Eu era bancário, em 1987, e fazíamos uma das grandes greves que este Estado já viu. Foram as greves que transformaram os dirigentes do Sindicato dos Bancários em personalidades públicas. Basta citar dois nomes: Olívio Dura e José Fortunati. Pois bem, a RBS, como é de sua natureza, sempre do lado dos banqueiros contra os bancários. Numa assembleia no Gigantinho, quando os funcionários da RBS chegaram para registrar o evento, os bancários viramos as costas aos cinegrafistas, fotógrafos e repórteres da RBS. No outro dia o jornal Zero Hora, que troca informação por patrocínio ideológico, estampou foto dizendo que a categoria virara as costas aos seus dirigentes.

A partir desconfio de tudo o que a RBS divulga como notícia. Tem dias em que só as datas são verdadeiras.

A construção dessa informação me faz lembrar de outro episódio, dentre tantos, em que a RBS produziu sua informação. Falo do famoso Teledomingo de abril de 2002, em que a RBS pediu aos sequestradores aguardassem para liberarem as vítimas quando a reportagem do Teledomingo estivesse presente. Na época colaborava com o Observatório da Imprensa. Tenho até hoje as notas taquigráficas que me foram encaminhadas pelo Desembargador Ilton Carlos Dell’Andrea para provar.

O novo slogan  da RBS: manipulação, a gente vê por aqui!

https://www.facebook.com/william.silveira.1420/videos/1023065964487863/

19/11/2016

O que é melhor, aprovação unânime no TCE ou reprovação unânime na RBS?

Filed under: Algir Lorenzon,José Ivo Sartori,PMDB,RBS,Tarso Genro,TCE — Gilmar Crestani @ 10:04 am
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Bem, o que tem a dizer o conselheiro do TCE, Algir Lorenzon, a respeito dos gastos do Governo Tarso: “Algir Lorenzon sustentou que a gestão do ex-governador Tarso Genro investiu, comparativamente, recursos bem mais expressivos em Saúde e Educação do que os governos anteriores”.

E antes que um midiota adestrado pela RBS venha encher o saco vou lembra-lo que Algir Lorenzon é e sempre foi do PMDB, o mesmo PMDB do Michel Temer, José Sarney, Eliseu Padilha, José Ivo Sartori, Geddel Vieira Lima. E foi nomeado ao TCE pelo inesquecível, pelo menos pela RBS, de quem ganhou um CRT de presente, Antônio Britto.

Olha o desgoverno do Tiririca da Serra, campeão da violência, desrespeito ao funcionalismo e descalabro financeiro. Contudo, gasta milhões em propaganda da RBS, o que justifica sua popularidade naquela casa mafiomidiática.

Eu prefiro ser reprovado pela RBS. Aliás, fico sempre desconfiado com qualquer um que a RBS aprove, seja Ana Amélia Lemos, Antonio Britto ou Lasier Martins. Desde 1987 que eu sempre sigo em sentido inverso ao defendido pela RBS, por isso não me arrependo de nenhuma das minhas escolhas. Todas deram certo. E todos os governos apoiados pela RBS foram um desastre: Antonio Britto, Germano Rigotto, Yeda Crusius, José Ivo Sartori.

TCE mantém aprovação unânime das contas de Tarso em 2014

Tarso Genro - Pedro Revillion

Tarso Genro

Pedro Revillion

O Tribunal de Contas do Estado do RS reafirmou a aprovação unânime das contas de 2014 do governador Tarso Genro. Em reunião do pleno, realizada no último dia 16, os conselheiros rejeitaram o recurso apresentado pelo Ministério Público de Contas (MPC), que contestava decisão anterior do TCE de aprovação das contas do ex-governador.

Os Conselheiros entenderam que os argumentos do MPC não apresentavam elementos suficientes para a rejeição das contas do Governador, especialmente no que tange à conduta do Governador frente aos problemas enfrentados pelo Estado, como o investimento dos 12% da Receita Líquida de Impostos e Transferências (RLIT) na saúde, preconizado pela Constituição Federal. O Conselheiro Estilac Xavier se autodeclarou impedido, por ter feito parte da gestão do então Governador Tarso Genro. Os demais Conselheiros votaram pela aprovação das Contas, acompanhando o relator.

“Com a rejeição do recurso e a aprovação unânime das contas de 2014, fica reconhecido o esforço da gestão Tarso Genro no enfrentamento das dificuldades financeiras e o verdadeiro empenho realizado para o atingimento dos percentuais constitucionais em Saúde”, destaca o líder da bancada do PT na ALRS, deputado Luiz Fernando Mainardi. O RS passou de uma aplicação de 7,92% da RLIT, no último ano do Governo Yeda, para os 12,72% alcançados em 2014.

Texto: Eliane Silveira (MTE 7193)

TCE-RS recomenda aprovação das contas de Tarso Genro
Data de Publicação: 29/07/2015 15:15

Foto Noticia O Pleno do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) emitiu, nesta quarta-feira (29), Parecer Prévio pela aprovação das contas do exercício de 2014 do ex-governador Tarso Genro. A decisão foi tomada por unanimidade, tendo o conselheiro Estilac Xavier se declarado impedido de votar por ter integrado o governo cujas contas estavam em apreciação. De acordo com o relator do processo, conselheiro Algir Lorenzon, o período examinado, embora apresente falhas, indica a adoção de política que produziu avanços importantes em áreas centrais para o interesse público, destacadamente quanto aos investimentos em Saúde e Educação.

O conselheiro relator lembrou que a conduta do gestor público deve ser avaliada considerando a notória dimensão dos problemas a serem solvidos. O exame a ser feito, assim, não é apenas de natureza contábil. “Deve-se examinar o conjunto dos atos administrativos e suas repercussões na solução das carências que afligem o bem comum”, ponderou, comentando que o objetivo da Lei Complementar nº 101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) é afastar o gestor nefasto, aquele que procede de má-fé, o que não é o caso.

Lorenzon seguiu a argumentação da área técnica do TCE-RS citando a conclusão do Serviço de Auditoria, Instrução do Parecer Prévio e Acompanhamento da Gestão Fiscal (SAIPAG) que assinalou, quanto ao exercício de 2014, que os números apurados nos demonstrativos contábeis indicam a adoção de uma política adequada à realidade das finanças do Estado, na busca do equilíbrio e da viabilização da capacidade de realizar investimentos com recursos próprios, com foco na obtenção de maior qualidade na aplicação do dinheiro público e na valorização das ações vinculadas à administração tributária, tanto na fiscalização como na arrecadação ou cobrança, e na concessão ou fruição de benefícios fiscais.

Entre os pontos salientados no relatório, estão os gastos com pessoal que, em 2014, atingiram R$ 15,343 bilhões, representando 53,59% da Receita Corrente Líquida, estando, portanto, adequada ao limite de 60% da esfera estadual (art. 19, inciso II, da LRF), atendendo aos limites legal e prudencial. Todos os órgãos pertencentes à esfera do governo estadual mantiveram-se abaixo dos limites fixados na LRF, cujos percentuais foram de 45,74% para o Poder Executivo, 1,07% para a Assembleia Legislativa, 0,89% para o TCE-RS, 4,4% para o Tribunal de Justiça, 0,05% para o Tribunal de Justiça Militar e 1,44% para o Ministério Público Estadual.

A área técnica da Corte verificou que o total de recursos aplicados na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE) alcançou R$ 8,110 bilhões, representando 32,76% da receita Líquida de Impostos e Transferências (incluídos os gastos com inativos que representam 39,39% do total da despesa com Educação). Desta forma, a despesa líquida total apurada foi inferior em 2,24 pontos percentuais ao limite mínimo de 35% previsto na Constituição Estadual, mas superior em 7,76 pontos percentuais ao mínimo de 25% fixados pela Carta Federal.  Em 2014, houve um aumento nos recursos para a Educação de 13,99% em relação a 2013, enquanto a Receita Líquida de Impostos e Transferências (RTLI) cresceu 8,5%.

Já as despesas com saúde alcançaram o montante de R$ 2,977 bilhões no período, o que corresponde a 12,01% da RTLI, atendido, portanto, o percentual mínimo exigido pela Emenda à Constituição Federal, enquanto nos termos da Emenda à Constituição Estadual nº 25/1999, foi atingido o percentual de 13,04% da Receita Tributária Líquida (RTL), ficando, portanto, 3.04 pontos percentuais acima do mínimo.

Algir Lorenzon sustentou que a gestão do ex-governador Tarso Genro investiu, comparativamente, recursos bem mais expressivos em Saúde e Educação do que os governos anteriores; garantiu a reposição de funcionários públicos em proporção muito superior aos gestores que lhe antecederam, realizando concursos e garantindo reajustes salariais. Assinalou que o governo de Tarso Genro também assegurou, comparativamente, pagamentos mais expressivos de precatórios.

Diante destas opções politico-administrativas e seus resultados, sustentou que a recomendação pela desaprovação das contas seria ato de injustiça, ainda mais tendo em conta o impacto sobre as finanças do Estado de decisões macroeconômicas tomadas pelo Governo Federal e dos efeitos da crise econômica internacional.  Lorenzon lembrou ainda o empenho do ex-governador em favor de uma renegociação da dívida do Estado, objetivo parcialmente alcançado com a aprovação da Lei Complementar nº 148/2014, que viabilizou uma redução do estoque da dívida, com repercussões positivas para o Estado quanto à possibilidade de novos empréstimos.

O Parecer Prévio do TCE-RS pela aprovação das contas será encaminhado à Assembleia Legislativa que tem a palavra final sobre a matéria.

Acesse aqui o relatório e voto.

Letícia Giacomelli – Assessoria de Comunicação Social

TCE – Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul :: TCE-RS recomenda aprovação das contas de Tarso Genro

08/11/2016

Sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra

Filed under: José Ivo Sartori,PMDB,PSDB,RBS,RS,Sonegação Fiscal — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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sartori tumeleiro terraPor que não vemos matéria como essa nos múltiplos veículos da RBS? Ora, porque a RBS é teúda e manteúda deste modelo. Aliás, por que não se ouve mais falar nas operações Zelotes e Ouro Verde (Portocred)?! Ora, pelos mesmos motivos que saiu do noticiário a Lista de Furnas, a Lista Odebrecht, a Lista Falciani do HSBC, a Panama Papers (Mossack & Fonseca). Toda vez que surge um escândalo de corrupção envolvendo parceiros dos velhos grupos de mídia, e os próprios grupos, o assunto vira pó. Basta ver o que aconteceu com um heliPóptero com 450 kg de cocaína. Sumiu. Virou pó. E ninguém, muito menos a dupla personalidade MPF/PF, abre a boca para tocar no assunto. Quem fim deram aquelas gravações do Sérgio Machado denunciando o complô do PMDB para derrubar a Dilma e assim se safarem?

Um diálogo muito ilustrativo dizia que Aécio Neves seria o primeiro a ser comido. Não foi, nem será. E todos sabemos porque. Pelo mesmo motivo que 23 milhões lavados na Suíça não fazem José Serra motivo de investigação, muito menos de denúncia. O silêncio do Jornal Nacional sobre a lavanderia suíça de Serra é tem os mesmos decibéis das reportagens sobre as peripécias internacionais de outro personagem favorito das organizações Globo. Por quê? Ora, pelos mesmos motivos que Eduardo CUnha só foi afastado depois de derrubar, com o apoio da Rede Globo, que mudou uma rodada do Brasileirão, Dilma. A pá de cal deu-se antes de sua prisão, que se deu somente após ter limpado as contas. A bagatela de 220 milhões de pixulecos… A justificativa era de que ele tinha foro privilegiado. Claro, mas e a mulher a filha? Tinham foro privilegiado tanto quanto a Andrea Neves!

Essa mesma lógica seletiva que impera no RS. Alguns, como a GERDAU, se beneficia de grande programas de incentivo ou isenções fiscais. O ralo por onde some o dinheiro público tem nome, sobrenome, conta bancária e CNPJ. São sempre os mesmos. O CARF sabe.

Impera no mercado de informações a mesma lógica com que tratam a educação. Quanto menos o povo souber, mais fácil de adestra-lo. Por isso o maior investimento do PMDB, copiado do PSDB, tem sido em marketing, uma forma limpa de se pagar a fatura aos seus benfeitores midiáticos.

Os números não mentem, já a RBS…

A crise fiscal e dos serviços públicos do Rio Grande do Sul, por Róber Iturriet e João Batista Santos

A crise fiscal e dos serviços públicos do Rio Grande do Sul, por Róber Iturriet e João Batista Santos

Brasil Debate

ter, 08/11/2016 – 07:41

As desonerações fiscais do estado, muitas das quais poderiam ser revistas, somaram R$ 8,98 bilhões em 2015, representando 29,68% da arrecadação. Ao mesmo tempo, houve redução no número de servidores, o que pode estar relacionado à piora dos serviços públicos

do Brasil Debate

A crise fiscal e dos serviços públicos do Rio Grande do Sul

por Róber Iturriet Avila e João Batista Santos Conceição

1.Os gaúchos merecem saber o retorno dos “incentivos fiscais”

Os incentivos fiscais são renúncias previstas na legislação tributária, reduzindo, portanto, a arrecadação do Estado que é formada por meio do recolhimento de impostos dos cidadãos. Esses incentivos fiscais não são homogêneos[1].

As desonerações fiscais do estado do Rio Grande do Sul no ano de 2015 totalizaram R$ 8,98 bilhões, representando 29,68% da arrecadação tributária. Somente o ICMS representou 89,99% dessas desonerações[2]. Ao passo que o IPVA e o ITCD representaram 8,84% e 1,44% das desonerações fiscais (RIO GRANDE DO SUL [a]; 2016).

Muitas dessas desonerações fiscais estão previstas na Constituição Federal e na Constituição Estadual. Ao mesmo tempo, o Poder Executivo, seja em nível nacional ou em nível estadual, pode enviar um projeto de lei para revisar tais desonerações fiscais. Há algumas desonerações de caráter social, envolvendo produtos da cesta básica, trigo, medicamentos, entre outros. Por outro lado, existem desonerações mais questionáveis, como a isenção do ICMS e do IPTU para igrejas e templos religiosos, desoneração sobre a produção de vinho e de sacolas plásticas, por exemplo.

Há uma parte importante dessas desonerações fiscais sobre a qual o Estado gaúcho tem ingerência. É o caso dos créditos presumidos. Em 2015, esse segmento das desonerações foi de R$ 2,51 bilhões. São desonerações concedidas pelo Estado com o intuito de atrair investimentos e estimular determinados setores da economia. Assim, é “presumido” o ICMS de uma empresa que pretende se instalar ou ampliar a produção.

Entram na categoria do crédito presumido o Fundopem e o Fomentar. Conforme os restritos dados divulgados pela Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, o Fundopem recebeu mais de R$ 570 milhões de desonerações fiscais via crédito presumido no referido ano.

Em um momento de escassez clara de recursos e de dificuldades de o estado prestar os serviços mais básicos, caberiam revisões de desonerações fiscais concedidas, algumas das quais com pouca transparência e rara informação sobre o retorno social e econômico dessas renúncias.

O gráfico abaixo explicita que as desonerações fiscais em relação à arrecadação total do estado do Rio Grande do Sul são ascendentes no período exposto.

grafico desoneraçoes

2. Servidores públicos na ativa no Estado do Rio Grande do Sul

Não é incomum identificar certo desconforto de membros da sociedade com reposições salariais de funcionários públicos e com os serviços prestados pelo Estado. Essa temática é complexa e envolve uma miríade de variáveis que não serão exauridas neste pequeno texto. Ainda assim, um olhar sobre alguns dados auxilia em uma reflexão mais lúcida.

O número de servidores públicos na ativa no estado do Rio Grande do Sul é um deles. No gráfico abaixo é possível observar a trajetória de queda nos servidores ativos, incluindo servidores da administração direta dos três poderes, Ministério Público, autarquias e fundações. O Gráfico explicita também que a relação funcionários públicos estaduais/população total cai persistentemente ao logo do período, com uma exceção leve em 2012[3].

grafico vinculos

Entre janeiro de 2015 e agosto de 2016 (20 meses), o número de servidores ativos na secretaria de educação (majoritariamente professores) caiu 9.987 (-10,0%). No mesmo período, os inativos aumentaram em 5.625, ou seja, 4.367 saíram da folha de pagamento. Na Brigada Militar houve uma redução de 3.994 servidores (-16,8%). Os brigadianos aposentados aumentaram em 2.567, assim, 1.427 saíram da folha por outros motivos. Já na Polícia Civil a redução foi de 685 servidores (-11,1%). No mesmo período, os servidores ativos vinculados à secretaria da saúde diminuíram em 452 (-9,9%), já os inativos aumentaram 139.

Nessa medida, ignorando-se os óbitos de inativos, 43% daqueles que saíram da secretaria da educação não se aposentaram. Já na Brigada Militar, foram 35%. Na secretaria de saúde foram 69,24%.  Não é descabida a hipótese de que o corte de horas extras, o não pagamento de promoções, o fim do abono que policiais militares aposentáveis recebiam para continuar a ativa e o parcelamento de salários incentivaram o desligamento voluntário (RIO GRANDE DO SUL [b], 2016).

Alguns dados de 2016 ainda não estão fechados, sobretudo das autarquias e fundações. Entretanto, de janeiro a agosto, 8.148 pessoas saíram da ativa apenas na admiração direta. Desses, 4.354 se aposentaram, os demais 3.794 se exoneraram ou faleceram. Cabe destacar que os servidores da área da segurança, incluindo agentes penitenciários e instituto geral de perícias, e os da secretaria da educação representavam 81,68% de todos servidores públicos ativos do estado do Rio Grande do Sul em agosto de 2016.

Verificando-se os dados desde 2000, é notável que a taxa de variação negativa no número de servidores ativos se repete em dois anos consecutivos (2015 e 2016) e com índice não observado na série. Tais informações podem embasar reflexões acerca dos impactos deste expressivo processo de desligamento sobre os serviços básicos prestados à população, tanto no presente, quanto no futuro, uma vez que alterações na educação, por exemplo, são percebidas em um período mais extenso.

grafico vinculos1

No intuito de subsidiar conclusões acerca do retorno dos tributos pagos, é interessante observar os custos de algumas categorias dos servidores. Atualmente os salários de todos estão disponíveis. Os dados abaixo consideram as médias nos valores totais das vantagens, excluindo contribuições de assistências médicas, encargos e 13º salário. Eles se referem a agosto de 2016. Nos dados da Assembleia Legislativa, não estão computados os salários dos deputados estaduais.

– Tribunal de Contas do Estado: R$ 19.751,95

– Ministério Público: R$ 17.463,61

– Assembleia Legislativa: R$ 14.276,93

– Poder Judiciário: R$ 12.341,30

– Polícia Civil:R$ 9.820,72

– Secretaria da Saúde: R$ 6.428,24

– Brigada Militar: R$ 5.833,43

– Poder Executivo (média geral): R$ 4.262,65

– Secretaria da Educação: R$ 2.625,84

As disparidades salariais são bastante nítidas. Há diferenças também nos níveis de qualificação e do serviço em si. Ainda assim, frisa-se que a queda de servidores ocorreu de maneira expressiva nas áreas de educação, segurança e saúde, as quais possuem médias salariais menores com relação aos demais poderes. Saliente-se, também, que nas categorias que não estão submetidas ao parcelamento de salários não houve alteração importante no quadro.

O debate aqui proposto é extenso e envolve outros elementos não considerados com a devida profundidade. De toda sorte, as informações acima auxiliam em algumas reflexões acerca da crise do estado do Rio Grande do Sul, traz também indicativos de fontes de receitas possíveis, caso algumas desonerações sejam revistas. A crise das finanças públicas ocorre ao tempo em que há redução de servidores públicos e elevação das desonerações fiscais.

Além disso, a redução do número de servidores sinaliza que uma eventual piora dos serviços públicos tem relação com a redução de pessoal nas respectivas áreas. Cabe aventar que a referida alteração esteja associada ao desalento monetário, uma vez que foram nas áreas com menores salários que se observam quedas acentuadas em servidores ativos.

Notas

[1]No Rio Grande do Sul, eles acontecem através de quatro formas: i) isenção de impostos; ii) base de cálculo reduzida; iii) crédito fiscal presumido e; iv) estatutos da microempresa e da empresa de pequeno porte (Simples Nacional).

[2]Para se ter um comparativo, em São Paulo, as desonerações fiscais do ICMS no ano de 2015 foram de 11,30% da arrecadação potencial. A arrecadação potencial no Rio Grande do Sul foi de 22,94% no ano de 2015.

[3] Os dados englobam os três poderes do estado do Rio Grande do Sul, mas não incluem as empresas e outras instituições de economia mista, as quais possuem receitas próprias e, na maior parte, são lucrativas.

Referências

RIO GRANDE DO SUL (a).  Demonstrativo das isenções fiscais do RS.Setembro – 2016. Disponível em:  http://www.al.rs.gov.br/FileRepository/repdcp_m505/CFPFC/Nota%20T%C3%A9cnica%20e%20Demonstrativo%20Desonera%C3%A7%C3%B5es%202015.pdf. Acesso em 05 out. 2016.

RIO GRANDE DO SUL (b). Secretaria da Fazenda. Transparência fiscal. Disponível em: <https://www.sefaz.rs.gov.br/Site/MontaMenu.aspx?MenuAlias=m_bp_bip_a2008>. Acesso em 27 out. 2016.

Róber Iturriet Avilla – Doutor em economia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, professor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, pesquisador da Fundação de Economia e Estatística e diretor sindical do SEMAPI

João Batista Santos Conceição – É graduando em ciências econômicas na Unisinos e bolsista FAPERGS/FEE

A crise fiscal e dos serviços públicos do Rio Grande do Sul, por Róber Iturriet e João Batista Santos | GGN

26/10/2016

A guerra é deles, que se matem!

Filed under: Eleições 2016,MBL,PMDB,PSDB,RBS — Gilmar Crestani @ 8:24 am
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Tinha me decidido a votar contra o neofascismo, achando que havia menos pior. Dois acontecimentos me fizeram mudar de idéia. Primeiro a cavalaria do Tiririca da Serra contra os estudantes. A criminalização dos movimentos sociais sempre foi uma reivindicação da RBS. Se a RBS e a cavalaria do Sartori estão do mesmo lado, não há escolha decente que não seja o outro lado. O problema é que do outro lado está o neofascimo em estado bruto, que se assume e age como tal. As crescentes demonstrações de ódio tem as digitais dos dois partidos que se matam, literalmente, pela prefeitura de Porto Alegre. Aliás, Porto Alegre bem que está merecendo sofrer as consequências de suas escolhas. A violência desenfreada e a população mantendo seus votos nos que dão causa, por ação ou omissão, à violência.

Não bastasse isso, os partidos dos dois candidatos estiveram juntos no golpe e estão juntos na aprovação da PEC 241.

E por último, como o voto de 54 milhões de brasileiros são facilmente trocados por alguns minutos de fama na Rede Globo, pra que mesmo votar!

As instituições estão cagando pros nossos votos! Fodam-se todos!

Em guerra com MBL no RS, PMDB apoiou protestos do grupo contra Dilma

Em gravações divulgadas em maio deste ano, um dos coordenadores nacionais do MBL afirmou ter recebido apoio do PMDB e de outros partidos para organizar e divulgar os atos em defesa do impeachment de Dilma Rousseff. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Em gravações divulgadas em maio deste ano, um dos coordenadores nacionais do MBL afirmou ter recebido apoio do PMDB e de outros partidos para organizar e divulgar os atos em defesa do impeachment de Dilma Rousseff. (Foto: Guilherme Santos/Sul21)

Marco Weissheimer

A deputada estadual Juliana Brizola (PDT) denunciou nesta terça-feira (25) que foi agredida por dois homens que seriam integrantes do Movimento Brasil Livre (MBL) durante uma atividade da campanha de Sebastião Melo, candidato do PMDB à Prefeitura de Porto Alegre. Candidata a vice na chapa de Melo, Juliana Brizola anunciou, no início da tarde, que registraria um Boletim de Ocorrência para denunciar o episódio que virou tema de debate na sessão plenária da Assembleia Legislativa. O MBL, por meio de sua conta no Twitter, negou que algum integrante do grupo tenha agredido a deputada e afirmou: “Novamente, políticos de caráter flexível inventam histórias mirabolantes para acuar o MBL”.

Segundo Juliana Brizola relatou na Assembleia Legislativa, ela e sua assessora de 22 anos foram atacadas “por dois homens covardes”, que seriam do MBL. “Sou mulher, não ando com segurança, tenho dois filhos pequenos. Sabe qual o meu crime para o MBL? Foi ter votado na presidenta Dilma”, afirmou. Falando sobre o fato de o MBL ser “contra a política e os políticos”, ela questionou: “Isso não é uma ideologia?”. A deputada concluiu sua fala dizendo que, se alguma coisa acontecesse com ela, isso teria nome: MBL.

O deputado Tiago Simon (PMDB) também se manifestou sobre o episódio, dirigindo-se aos integrantes do MBL. “Respeito a mobilização do grupo, que tem posicionamento liberal e defende suas ideias. Tinham uma causa, que era derrubar o governo do PT. Conseguiram, mas o que temos visto agora é a radicalização de um grupo autoritário, articulado com candidaturas e que tem se infiltrado de maneira sórdida com práticas fascistas, destruindo a dignidade, a imagem e a vida das pessoas. Esse movimento, da forma que está, não pode ficar. Já passamos de todos os limites”.

A coligação “Porto Alegre pra Frente”, do candidato Nelson Marchezan Jr. (PSDB), divulgou nota oficial manifestando solidariedade à deputada Juliana Brizola pela agressão relatada no centro da Capital. “Repudiamos com veemência o fato e consideramos inaceitável qualquer ato de violência, especialmente contra mulheres. Acreditamos que as imagens das câmeras de segurança da Esquina Democrática e do Largo Glênio Peres devem ser disponibilizadas imediatamente para que sejam identificados e responsabilizados os autores da agressão, independente de quem sejam”, diz a nota.

A origem do conflito entre MBL e PMDB no RS

A briga do PMDB gaúcho contra o MBL ganhou visibilidade a partir do segundo turno da campanha eleitoral em Porto Alegre. O MBL decidiu apoiar a candidatura do deputado federal Nelson Marchezan Júnior, do PSDB, e acabou adquirindo um protagonismo polêmico na campanha. Sebastião Melo acusou o movimento de perseguir um dos coordenadores de sua campanha, Plínio Zalewski, que acabou sendo encontrado morto no banheiro do comitê de campanha da candidatura do PMDB.

Na abertura do segundo turno, Melo questionou os métodos de campanha utilizados por Marchezan e criticou a ligação entre o tucano e o MBL. “Tens que parar, Marchezan. Tens que parar e explicar qual a tua relação com o Movimento Brasil Livre, o MBL, que persegue pessoas como fizeram com o nosso querido amigo Plínio, que acabou perdendo a sua vida”, afirmou o candidato do PMDB, que acrescentou: “O mais grave neste movimento é que ele não respeita quem pensa diferente”. Até a campanha deste ano, porém, não havia registro de conflitos entre o MBL e o PMDB. Pelo contrário. O movimento e o partido colaboraram na organização de alguns protestos em defesa do impeachment de Dilma.

Renan Santos confirmou a autenticidade do áudio e relatou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB, Solidariedade e PMDB. (Foto: Reprodução/Facebook)

Renan Santos, da coordenação nacional do MBL, relatou apoios e  confirmou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB, Solidariedade e PMDB. (Foto: Reprodução/Facebook)

No processo do impeachment, MBL e PMDB estiveram aliados

Criado em novembro de 2014, logo após a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, o MBL nasceu apresentando-se como uma organização não-governamental apartidária e defensora do ideário liberal. Ao longo de 2015, o movimento desempenhou um papel central na organização de protestos que levaram milhares de pessoas às ruas em várias cidades do Brasil, em defesa do impeachment de Dilma. O MBL sempre negou ter vinculação partidária, mas, em maio deste ano, o portal UOL divulgou gravações, onde um líder do movimento reconhecia ter recebido apoio material, como panfletos e carros de som, de partidos de oposição ao governo Dilma, como DEM, PMDB, PSDB e Solidariedade.

Em uma destas gravações, Renan Antônio Ferreira dos Santos, um dos três coordenadores nacionais do MBL, diz a um colega do movimento que teria fechado um acordo com alguns partidos políticos para divulgar os protestos do dia 13 de março usando “as máquinas” desses partidos para tanto. Renan Santos confirmou ao UOL a autenticidade do áudio e relatou que o comitê do impeachment contava com lideranças de vários partidos, entre eles, DEM, PSDB, Solidariedade e PMDB.

PMDB ajudou a financiar pixulecos, panfletos e viagens, diz ex-líder do MBL

Em entrevista concedida ao site Diário do Centro do Mundo, em junho deste ano, o ex-dirigente do MBL do Espírito Santo, Bráulio Fazolo, confirmou que o movimento recebeu auxílio financeiro do PMDB. Fazolo deixou a coordenação do MBL no dia 12 de junho dizendo estar decepcionado com os rumos que o movimento estava tomando e por não concordar com o financiamento que estava recebendo de partidos. Nesta entrevista, Bráulio Fazolo afirmou: “Uma coisa que eu quero que fique clara é que o movimento recebeu dinheiro do PMDB. Não só do PMDB mas de alguns outros partidos, mas vou citar o PMDB em especial porque o nome do partido foi falado internamente nas reuniões. É um assunto que a gente nunca levou para fora dos grupos internos, dos núcleos”.

Ainda segundo Fazolo, o fato de o PMDB ter “destinado fundos para pixulecos, panfletos, movimentação de pessoas que foram a Brasília acompanhar o impeachment sempre foi tratada com bastante tranquilidade, porque eles passavam para a gente que o PMDB era uma peça fundamental no impeachment”. “Todas as pessoas que faziam parte da coordenação, da parte interna do MBL sabiam que esses repasses existiram”, acrescentou.

A partir de setembro deste ano, o presidente Michel Temer realizou alguns encontros com “movimentos sociais que apoiaram o impeachment de Dilma”, entre eles, o MBL. O objetivo desses encontros seria pensar “formas de convencer a população” a aceitar propostas como as reformas da Previdência e do Trabalho. No dia 22 de setembro, Renan Santos foi recebido por Moreira Franco, secretário do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Segundo Santos, o objetivo do encontro foi aproveitar a “expertise de mobilização, a sensibilidade, o fato de o MBL estar sentindo o pulso das ruas” para ajudar na formulação de políticas de comunicação do governo Temer.

Em guerra com MBL no RS, PMDB apoiou protestos do grupo contra Dilma « Sul21

17/10/2016

Porto Alegre decide entre uma retroanta e um neofascista

Filed under: Eleições 2016,Neofascismo,Ovo da Serpente,Porto Alegre,RBS — Gilmar Crestani @ 8:14 am
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qual_deles.jpegHaja o que houver, aconteça o que acontecer, o resultado das eleições em Porto Alegre em 2016 já tem vencedor, a RBS. A criminalização constante dos movimentos sociais de um modo geral, e a esquerda em particular, fez da capital do Fórum Social Mundial sua Capitania Hereditária. Ajuda e eleger funcionários e a criminalizar seus adversários. Não por acaso, tem pra chamar de seus, dois senadores.

Qualquer dos dois candidatos a prefeito atende aos projetos da RBS. Já domina o Estado, alimenta as hienas do separatismo e agora também vai continuar comandando Porto Alegre. Ontem, durante o jogo do Inter com o Flamengo, os funcionários da Gaúcha faziam propaganda do Sartori na Alemanha. Buscavam associar a vitória do Inter ao nome do segundo terceiro pior governador deste Estado, pois só fica atrás do Brito e Yeda, não por acaso ambos filhos diletos da RBS. Não precisa ser expert em semiótica para entender a propaganda subliminar. A Rede Globo fez o mesmo com o amante da Miriam Dutra durante a Copa do Mundo de 2004. Para a Globo, só FHC era Real…

As serpentes põem os ovos, não vá choca-los!

Neste segundo turno das eleições de 2016 o  dilema dos porto-alegrenses aumenta proporcionalmente ao tamanho da dificuldade de se escolher entre as opções que se apresentam.

De um lado, um arrivista, bipolar, com transtorno de personalidade. Alguém poderia dizer que se trata de um Napoleão de Hospício. Acontece que os napoleões de hospício tem mania de grandeza mas são pacíficos.  Não é o caso do personagem em questão. Se estivesse hospício, seria do pavilhão dos esquizofrênicos, na ala dos psicopatas. Mas, como diz o ditado, quem sai ao seus não degenera,o autoritarismo é sua maior herança genética.

Do outro lado, um sobrevivente do próprio caos que lutou para criar. Chama-lo de incompetente é eufemismo, até porque  é partícipe direto na transformação da capital da qualidade de vida em cidade-lixão da violência. Não se transforma um cidade deste jeito. Há muito método e perseverança neste descalabro. Mas que se apresente como se fosse um marciano que nada tivesse a ver com isso.

O restolho que nos é servido segue a lógica de um Estado que prefere um funcionário da RBS ao ex-governador Olívio Dutra, que legitima o parcelamento dos salários dos servidores mas preserva o seu e dos seus. Até o mais empedernido psicopata sabe que Olívio Dutra prestou serviços à comunidade gaúcha sem se deixar contaminar pelo poder, seja no âmbito das vaidades seja no âmbito econômico. O RS parece odiar o republicanismo e amar o compadrio. O que explica a preferência por um senador, um funcionário da RBS. Exatamente por aquela parcela de gaúchos que se acha a mais politizada do Brasil e que, por isso, também quer o separatismo. Para esta turma, a urna é sua privada.

Mas, ao contrário da grande maioria da esquerda porto-alegrense, voto, de nariz tapado, no menos podre. Prefiro uma anta do que um fascista. Penso que é preferível descer ao quinto dos infernos na companhia do demônio do que sufragar para a cidade um projeto cujo único objetivo para a acabar com a pobreza tem sido o do extermínio dos pobres. A limpeza social se tornou ainda mais perigosa porque também já apresenta indícios de simpatia com a limpeza étnica.

De um lado um candidato que poderá ser cobrado, investigado e até punido. Do outro, aquele de um partido que nunca é investigado, e quando é, não vai a julgamento. E sé é julgado, o crime é dado por prescrito.  Pertence a uma agremiação de gente muito viva, em que apenas os mortos são punidos.

Voto no incompetente porque o incompetência tem cura. Já o de projeto fascista, mesmo que ainda bonsai, pois tem postura e não estatura do Führer, impõe um risco ainda maior.  O autoritarismo desassombrado casado com o moralismo de ocasião faz dos canalhas, facínoras.

A limpeza dos moralistas de ocasião não deu certo na Alemanha, porque daria em Porto Alegre! O moralismo, como se vê também no resto do país, é a única ferramenta dos canalhas.

Anular o voto equivale a dar uma oportunidade ao ovo da serpente. Como diz o ditado espanhol, cria cuervos

Tchê, nestas eleições, só não marCHE boboeira, não entre nesta história do novo. Em 1935 Hitler era novo, em 1945 estava morto, mas destruíra a vida de milhões. Nunca é cedo para se destruir o ovo da  serpente.

12/10/2016

Golpe deixa como legado um recorde de abstenção e votos nulos

OBScena: lista de investigadores, promotores e juízes da RBS

RBS

Soma de votos brancos, nulos e abstenções "venceria" 1º turno em nove capitais, incluindo Porto Alegre”. Este é o resultado do golpe paraguaio e que passa batido nas velhas mídias. As vítimas do assalto não sufragaram nenhuma das alternativas. Este é, por exemplo, o resultado mais evidente do envolvimento da RBS na criminalização da política de seus adversários. Porque política boa, isenta, honesta, é aquela praticada por seus funcionários. Onde está a crítica da RBS ao PP gaúcho, pego todo e por inteiro na Lava Jato? Alguém leu, viu ou ouviu a RBS, que domina 80% do mercado de informações do RS, criminalizar o PP devido ao seu quinhão na Petrobrás? Alguém tem notícia das reportagens do Grupo RBS mostrando a quantidade de empresários presos na Operação Lava Jato? Quando o jornal Zero Hora fará gráficos comparando a quantidade de políticos presos com a dos empresários, defensores e finanCIAdores das livres iniciativas? Nunca, jamais verás um grupo de mídia como este. E sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra…

Algo muito semelhante correu o Brasil. E na cidade do bairro Liberdade, que abriga a maior comunidade de japoneses, sagrou-se vencedor um Sílvio Berlusconi bonsai. O paradoxo que explica a desilusão com a democracia é aquele segundo o qual não se pode votar em lavrador, só em lavador. Os desamparados se abstiveram, votaram em branco ou nulo, mas os golpistas batedores de panela contra uma presidente honesta escolheram um lavador. Contra o espaço público, sufragaram a privada…

O pior legado do golpe contra os 54 milhões de votos dados à Dilma ficou registrado nas urnas em 2016. Só no primeiro turno, as abstenções, votos em brancos e nulos chegam aos 54 milhões de votos. No segundo turno a tendência é aumentar ainda mais.

E faz todo sentido. Para que serve o voto se a famiglia da Rede Globo, num tropeção, joga no lixo.

Por conveniência, a velha mídia faz questão de não se debruçar sobre o recorde negativo da democracia. Os roubados ou não compareceram às urnas, ou votaram em branco e até mesmo anularam. Para que votar se depois uma quadrilha pode, mediante o uso de uma rede de televisão, fazer chicana com nosso voto.

O golpe pode ter sido um tropeço da democracia, mas a participação da Globo, cancelando todo uma rodada do Brasileirão, para transmitir o show de horrores conduzido por uma personagem emblemática do Golpe Paraguaio, Eduardo CUnha, não foi tropeço. Pelo contrário, foi amadurecendo desde a derrota do amante da funcionária Miriam Dutra. Quando FHC foi apeado, houve luto nos grupos mafiomidiáticos. Na RBS aportaram Pérsio Arida e Pedro Parente, que agora é devolvido para destruir a Petrobrás.

A pergunta que não quer calar: Por onde anda Eduardo CUnha?! E aí, convenhamos, não se trata de ve-lo preso, porque não se trata disso. Não fosse ele, a Rede Globo escolheria outro. Como escolheu e premiou Joaquim Barbosa para prender o Genoíno, que o Eugênio Aragão sabe inocente. Aliás, que acidente geográfico a Rede Globo soldou com estatuetas, Miami à Suíça. Todo mundo sabe que a Suíça lava mais banco. Agora tudo mundo sabe que o Panama Papers desbancou, juntos, Suíça e Liechtenstein. E não se fala mais nisso. Os idiotas úteis, agora batizados de midiotas, não se perguntam e  não entendem a pergunta: cadê a Operação Zelotes, a Operação Ouro Verde (Portocred)!?

A RBS, sozinha, tem mais participação no atual governo que o povo gaúcho. Não se trata apenas de seus dois funcionários, Lasier Martins e Ana Amélia Lemos, teúdos e manteúdos do golpe. Mas também Augusto Nardes, Eliseu Padilha e Pedro Parente que fazem às vezes de parceiros. Não paira a menor dúvida de que estes representam mais os interesses da RBS do que do povo gaúcho.

05/10/2016

Campanha bilionária do Temer tira jornais do vermelho

Esta semana deve ser de alegria nas redações dos dinossauros. A fatura do golpe chegou mais rápido do que se imaginava. A parceria que deu o golpe em Dilma está sendo salva com uma derrama de verbas nunca vistas. Até o Governador do RS, José Ivo Sartori, que todos os meses parcela os salários dos servidores públicos do Estado, investe maciçamente em marketing institucional nos múltiplos veículos da RBS. Não é sem motivos que todos os jornalistas são adestrados para só falarem bem do PMDB e PSDB, e carregarem nas cores quando se trata do PT. Como diz o ditado, uma mão lava a outra; as duas, a bunda!

A criminalização do PT, com perseguição a Lula e Dilma foi orquestrado e conduzido pelos grupos mafiomidiáticos. O resultado do sucesso obtido, ao contrário do bolo do Delfim Neto, começa a ser esquartejado e distribuídos aos tributários do golpe paraguaio.

O que a esquerda em particular, e as pessoas de caráter de um modo geral, deveriam entender é que Michel Temer, como Aécio Neves, Eduardo CUnha ou FHC são meros ventríloquos nas mãos da velha mídia cuja égua madrinha é a Rede Globo. Não fosse Temer, a Globo encontraria outro para botar no lugar da Dilma. Tanto é que bastou Faustão achincalha-lo no ar para que ele imediatamente abrisse os cofres para abastecer o duto que enferrujou nos governos Lula e Dilma.

Na semana passa descobriu que a Folha de São Paulo, um panfleto a serviço do PSDB, tinha tido um amento de 78% publicidade na Folha/Uol, Época cresce 900% e para Jornal O Globo, 230%. Quando folheares qualquer jornal ou revista com esta propaganda saberás não só onde está indo o seu imposto, mas qual é a senha que a imprensa no golpe. São provas que prescindem da aplicação da teoria do domínio fato…

Temer lança campanha com duplo sentido, para "tirar o Brasil do vermelho"

O presidente Michel Temer deu início nesta quarta-feira (5) a uma campanha publicitária com críticas ao governo Dilma; a peça, que foi publicada em diversos jornais de grande circulação e deve chegar em breve à televisão e ao rádio, traz um slogan propositadamente com duplo sentido: "vamos tirar o Brasil do vermelho", que além de pregar o equilíbrio fiscal também pode estimular ódio político contra o PT, a partir do próprio aparato estatal

5 de Outubro de 2016 às 04:48 // Receba o 247 no Telegram

247 – O presidente Michel Temer deu início nesta quarta-feira (5) a uma campanha publicitária com críticas ao governo Dilma. A peça, que foi publicada em diversos jornais de grande circulação e deve chegar em breve à televisão e ao rádio, traz um slogan propositadamente com duplo sentido: "vamos tirar o Brasil do vermelho", que além de pregar o equilíbrio fiscal também pode estimular ódio político contra o PT, a partir do próprio aparato estatal.

A divulgação da campanha, na semana passada, já havia provocado polêmica e o governo chegou a voltar atrás quanto ao slogan, adotando um tom mais light e menos controverso. No entanto, a opção pelo gesto provocativo prevaleceu.

O esforço publicitário é uma tentativa de Temer para justificar um projeto na Câmara que prevê o congelamento dos gastos públicos por 20 anos. O material não cita explicitamente o nome de Dilma, mas cita 14 pontos negativos deixados pela gestão anterior. É uma tentativa nítida de comparar as contas do governo às finanças pessoais. "Quando um governo gasta mais do que arrecada quem paga a conta é você", diz o material.

A campanha chega após a divulgação de mais um pesquisa de popularidade negativa para Temer.

"De acordo com pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça, o governo Temer é reprovado por 39% da população. Apenas 14% classificam o governo como ótimo ou bom, em comparação aos 13% da pesquisa anterior.

A oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa, de dois pontos percentuais.

O levantamento aponta um aumento do percentual de pessoas que consideram a gestão Temer pior do que a de Dilma. A comparação desfavorável ao peemedebista subiu de 25% para 31%", diz reportagem na Folha.

Temer lança campanha com duplo sentido, para "tirar o Brasil do vermelho" | Brasil 24/7

30/09/2016

Rede Globo é o câncer, com metástases regionais, da democracia

Filed under: Ditadura,Golpe,Golpe Paraguaio,Jandira Feghali,RBS,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 9:34 am
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Rede Globo é o câncer da democracia Se houver uma história da infâmia brasileira, no topo da lista deve estar, obrigatoriamente, a Rede Globo. E suas filiais, a começar pela RBS. Funcionam como o polvo siciliano. Espraiado como metástases de um câncer jamais combatido, corrói o corpo a olhos vistos. Como nos corpos em decomposição, pode-se ver os vermes que entram pela boca, saem pelo nariz para entrarem novamente pelas orelhas. A putrefação da democracia seria mais lenta não fosse o exército de vermes que a Rede Globo e suas filiais desovam todos os dias sobre nossas vidas.

Não existira a famiglia Marinho sem a participação das filiais das famiglias Sarney, ACM, Collor de Mello, J. HawillaSirotsky. Nestas horas, e só nestas horas, lamento não acreditar na existência do inferno para recebe-los todos e a cada um em fogo brando. Fazem jornalismo de guerra contra a esquerda e servem de porta-vozes aos defensores da ditadura.

Alexandre Garcia, porta-voz da ditadura, é jogado para dentro das casas brasileiras com o poder destrutivo de um coquetel molotov e o cheiro de um pacote de merda. Na RBS já tivemos José Barrionuevo, Lasier Martins, Ana Amélia Lemos, Luis Carlos Prates, Alexandre Fetter. O cidadão tem que ter uma auto estima abaixo do rabo do cachorro para digerir, passivamente, seus sofismas recheados de ódio social. A parcialidade é serventia da casa tanto quanto as latrinas. São todos escolhidos a dedo, depois de tirado o dedo daquele lugar, na privada… Veja que a RBS, por exemplo, não fala na Operação Zelotes, na Operação Ouro Verde (Portocred). Por quê? Por que seus ventríloquos sempre prontos a defenderem a quadrilha que ajudaram a instalar em Brasília nunca tem espaço nem palavra para tratar do Eliseu Rima Rica?!

Nunca é demais lembrar que Rede Globo e RBS são autênticos produtos da ditadura, razão pela qual estão sempre jogando cascas de banana contra a democracia e contra aqueles que a defendem. Se a Globo foi pega tentando fraudar uma eleição, com a Proconsult, a RBS também foi pega em várias oportunidades  por motivos vários tentando fraudar eleições (pesquisa CEPA/UFRS), recolhimento do jornal Zero Hora e muitas condenações judiciais (José Paulo Bisol). 

Vamos parar para pensar: Por que a RBS nunca foi condenada por matérias contra alguém da direita?!

Em debate, Jandira detona Globo pelo apoio ao golpe de 2016; emissora responde citando seu apreço pela democracia; veja o vídeo

30 de setembro de 2016 às 01h05

Da Redação

Em defesa da TV Globo, depois das críticas da candidata a prefeita do Rio, Jandira Feghali (PCdoB), a apresentadora Ana Paula Araújo disse:

1. A Globo não tem “obrigação” de promover debates, ou seja, não se trata de uma concessão pública que deve satisfação à sociedade que lhe concede o direito de uso do espectro eletromagnético;

2. Ao fazer o debate, a Globo “se expõe” a críticas — quando, na verdade, deveria pairar sobre a sociedade, uma vez que ela pode criticar mas não pode ser criticada;

3. “Não é a TV Globo que está sendo avaliada”. Por que não? Mais uma vez, é a ideia de que a emissora paira acima de todas as críticas e da própria sociedade que lhe dá o direito de explorar uma concessão pública.

Sobre o apreço da Globo pela democracia, basta lembrar o editorial  “Ressurge a Democracia”, do golpe civil-militar de 1964, ou o editorial “Julgamento da Revolução”, de 1984. Ou seja, vinte anos depois do golpe a Globo ainda chamava o golpe de Revolução!

https://player.vimeo.com/video/184956318

Em debate, Jandira detona Globo pelo apoio ao golpe de 2016; emissora responde citando seu apreço pela democracia; veja o vídeo – Viomundo – O que você não vê na mídia

22/09/2016

RBS e as origens do ódio

Filed under: Grupo RBS,Grupos Mafiomidiáticos,RBS,RS — Gilmar Crestani @ 7:28 am
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A seguir uma pequena pedaço da longa biografia da RBS à serviço da plutocracia e contra a esquerda, registrado em maio de 2002 na Revista Imprensa, que de esquerdista não tem nada. De lá para cá a RBS, filiada da Rede Globo, só aumentou seus vasos capilares. Tirando Olívio Dutra e Tarso Genro, a RBS conseguiu capturar todo o espectro político do RS. Noves fora o PMDB, teúdo e manteúdo da RBS, também conseguiu eleger dois senadores extraídos de suas fileiras: Ana Amélia Lemos (do PP gaúcho), e Lasier Martins (do PDT gaúcho).

Portanto, quem acha que a Rede Globo é a fonte de todo ódio aos movimentos sociais é porque não conhece sua fiel escudeira no pampas. Se a Rede Globo está no Panama Papers, a RBS, juntamente com seu totem, Gerdau, está na Operação Zelotes.

Um editor declarou que o Grupo Clarín fazia “jornalismo de guerra” contra o casal Kirchner. Muito antes disso a RBS já fazia jornalismo de guerra contra o PT e a favor de seus asseclas. Ou alguém já viu a RBS criminalizar o PMDB por abrigar gente como Michel Temer, Eduardo CUnha, Romero Jucá, José Sarney, Eliseu Rima Rica, José Ivo Sartori e Sebastião Mello. Não, todo seu ódio é dirigido e concentrado contra seus adversários ideológicos.  Seus finanCIAdores ideológicos estão com ela no CARF, mas ninguém fica sabendo, porque a RBS detém um quase monopólio (80%) do mercado de informações no RS.

Quem primeiro foi denunciada, pelo Diógenes de Oliveira, de lavagem de dinheiro, nas Ilhas Cayman, foi a RBS. Os que vieram depois, como José Maria Marin, Ricardo Teixeira e toda trupe da Lista Falciani do HSBC apenas seguiram as pegadas da RBS.

Os catarinenses já conseguiram expulsar a família do estuprador de Florianópolis, agora falta os gaúchos!

"Rio Grande em pé de guerra", copyright Revista Imprensa, 05/02 – Pedro Paulo Venceslau

"Essa relação, que nas outras regiões do Brasil varia entre o conflito total e a subserviência financeira e política, no sul é marcada por um forte componente ideológico, típico dos pampas, onde toda discussão envolve paixão. Ou se está de um lado, ou de outro.

Nesse caso, de um lado está a RBS (Rede Brasil Sul), um império de comunicação formado por 60 emissoras de rádio e televisão e jornais, que aglutinam 86% dos leitores da grande Porto Alegre. Do outro, o PT (Partido dos Trabalhadores), que dirige a maior parte das prefeituras do Estado, incluindo Porto Alegre e Pelotas, as mais ricas cidades gaúchas, além, é claro, do governo estadual e da TV educativa do estado, a TVE que, segundo seu colega de partido e prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, é operada de forma ‘stalinista’ por Olívio Dutra.

Redação do jornal Zero Hora: apesar da guerra contra o governo, petistas são maioria

A RBS está falindo. O Grupo, que enviaria dinheiro para o exterior e seria sonegador deimpostos, estaria prestes a quebrar – dispõe de R$ 0,38 de recursos próprios para pagar cada R$ 1,00 que deve. Sua situação é de liquidez geral. Ver-dade ou munição de guerra? Essas informações circularam em dezembro do ano passado em um dossiê de fazer inveja ao melhor dos arapongas da ABIN (Agência Brasileira de Informação). Via Internet, o calhamaço aterrissou na mesa dos principais políticos do Rio Grande do Sul.

Especialmente dos governistas. São nove páginas de verborragia, misturada com dados supostamente ‘inquestionáveis’ sobre a situação financeira da empresa. Ou seja, um banquete para o inimigo número 1 da Globo gaúcha, o Palácio Piratini, sede governo do estado. Foi lá que a reportagem de IMPRENSA, pouco depois de desembarcar em Porto Alegre, recebeu uma cópia do material.

Ao contrário dos dossiês secretos que correm pelos bastidores da corrida presidencial, o texto veio assinado e com o número do telefone celular do autor da matéria, ao lado do título.

Durante mais de um mês, o jornalista Nivaldo Manzano, ex-Gazeta Mercantil e colaborador da revista Caros Amigos, notoriamente simpática ao PT, se internou em Porto Alegre. Escutou supostos ex-executivos do grupo, freqüentou a Junta Comercial e dissecou documentos ‘inques-tionáveis’. O repórter voltou para São Paulo achando que tinha uma bomba em mãos. O curioso é que durante o período em que circulou pela capital gaúcha, o jornalista se dizia enviado pela revista semanal Carta Capital. Não era. ‘A matéria foi encomendada por uma agência de notícias de São Paulo, que eu não posso revelar o nome. Eles disseram que havia interesse da Carta em publicar, desde que ela fosse submetida a uma leitura prévia. Não sei o que aconteceu, mas a redação achou melhor não publicar’, afirma o jornalista.

Manzano nega que tenha jogado o dossiê na rede. ‘Eu mandei a matéria para o editor. Inclusive meu telefone estava lá. Não sei como foi parar na Internet’. Que editor? Ninguém sabe. Assim que tomou conhecimento da história, Mino Carta, o editor da revista, se apressou em desmentir a história no editorial. ‘Aviso aos navegantes. Sites na Internet estão divulgando um artigo intitulado ´A verdade escondida´, sobre o Grupo RBS, assinado por Nivaldo Manzano, que teria sido publicado em Carta Capital.

Essa edição simplesmente não existe e o artigo em questão não foi publicado e não será em qualquer outra’. A redação de Carta também nega que esse artigo tenha sido negociado com alguma agência de notícias. Pudera. O dossiê de Manzano mais parece um discurso de palanque, repleto de juízos de valor do começo ao fim. Só para citar um exemplo: ‘…fiel a sua estratégia de amealhar fortuna mediante o aumento do poder de influir sobre sua audiência, o clã Sirotsky sempre preferiu mandar em quem manda…’. Mino Carta nem precisava ter desmentido.

Para decepção de Manzano, seu material não repercutiu na mídia. Sequer despertou interesse em alguma publicação brasileira. Nem mesmo a CarosAmigos, única publicação de esquerda notoriamente estruturada, ou ainda jornais institucionais partidários se arriscaram a acolher o material. Executivos da RBS suspeitam que o dossiê faça parte uma ação silenciosa e discreta do governo para atingir a empresa no mercado. Motivos para isso não faltam.

Julgamentos à parte, é curioso o fato de uma agência de notícias bancar a viagem de um profissional ao sul, sem ter certeza de que a matéria seria publicada. Uma coisa é certa: o texto de Manzano acabou funcionando como munição em uma guerra declarada entre o primeiro e o quarto poderes. Durante quinze dias, a reportagem de IMPRENSA se debruçou sobre o tenso relacionamento entre maior vitrine petista do Brasil, o Rio Grande do Sul, e a mais importante afiliada da Globo no país, a Rede Brasil Sul.

Guerra é guerra

Imagine a situação. Você é governador do estado, portanto comanda a Polícia Militar, que por sua vez tem a obrigação de manter a ordem. Eis que centenas de militantes do seu partido partem em marcha até o imenso relógio da Rede Globo, que marca quantos dias faltam para o aniversário de 500 anos do Brasil. A intenção é clara: destruí-lo. O aparato, apesar de ser um bem privado, está instalado em uma praça pública da cidade, que foi alugada pela Prefeitura, dirigida por um companheiro de partido. Chegando no local, os ativistas, que fazem parte da sua base política, não perdem tempo. Avançam sobre o relógio, jogam tinta, dão pauladas, chutes e pedradas. A Polícia Militar só espera um comando para enfrentar os manifestantes. Basta um telefonema. Se isso acontecer, a praça pode se transformar em um campo de batalha e seus companheiros – assim como seus soldados – podem sair feridos.

No dia 22 de abril do ano 2000, o ex-sindicalista, ex-prefeito de Porto Alegre e governador do Rio Grande do Sul, Olívio Dutra, viveu esse dilema. Ordenar ou não que a polícia entrasse em confronto com os militantes. Olívio optou pela vista grossa e, o símbolo da Globo, cravado em Porto Alegre, foi completamente destruído. No dia seguinte, como era de se esperar, a TV educativa do estado, que em última instância é pilotada pelo governador, minimizou o evento. Já a afiliada da Globo no Sul, a RBS (Rede Brasil Sul), usou toda sua estrutura de comunicação para repercutir e transformá-lo em um símbolo de intransigência, radicalismo e até fascismo por parte da militância petista e do governo. O jornal Zero Hora, carro chefe do jornalismo impresso da RBS, chegou a afirmar que secretários de estado participaram do quebra-quebra. Olívio sabia que ficaria mal com a opinião pública, e mesmo assim não se esforçou em impedir a realização do ato. Afinal, o Rio Grande do Sul vive uma guerra política, eleitoral e midiática.

E guerra é guerra.

De um lado está uma imensa máquina pública, pilotada por um partido de esquerda bem organizado, com ramificações rurais e sindicais. Essa máquina é composta pe-lo governo estadual e pelas principais prefeituras do Estado – incluindo a da capital. E conta com uma emissora pública de TV, a TVE, controlada, segundo facções do próprio PT, com mão de ferro pelo governador. Do outro, está um conglomerado de comunicação, dirigido por uma família politicamente liberal, mas conservadora: os Sirotsky, comandantes da afiliada da Globo, dos principais jornais do Sul do país e de 60 emissoras de rádio. Trata-se de um embate ancorado em três vertentes: ideologia, poder e dinheiro.

‘Não concordo com depredação, mas é compreensível que ela tenha ocorrido com o relógio da Globo. Afinal, a emissora tem um histórico de manipulação contra o PT’, disse para IMPRENSA Tarso Genro, prefeito de Porto Alegre e companheiro de Dutra. O quebra-quebra do relógio global não foi o primeiro nem o mais tenso embate a céu aberto entre o PT e os Sirostsky. Em julho de 1999, Dutra experimentava seus primeiros meses como governador do Rio Grande do Sul, quando uma multidão de ativistas ligados do PT partiu em passeata para a sede do jornal Zero Hora. Além das tradicionais bandeiras vermelhas da CUT, MST e PT, os militantes carregavam debaixo do braço uma infinidade de adesivos com o slogan: ‘RBS e Zero Hora mentem’. Ao chegar à sede do jornal, a multidão não perdeu tempo. Entupiu a fachada do prédio com os adesivos, cercou a portaria de entrada e hasteou uma bandeira vermelha do MST e outras duas da CUT, no mastro do jardim. Na redação do jornal, o clima ficou tenso. Sitiados e constrangidos, os jornalistas, em sua maioria simpatizantes do PT, não podiam fazer nada além de assistir ao ato pela janela. A resposta veio no dia seguinte, quando a editoria de política do jornal chamou os militantes de fascistas e incapazes de conviver com a democracia.

Começava assim o capítulo mais tenso dessa guerra que já dura doze anos. Nos últimos três, desde que o partido chegou ao governo do Estado, a artilharia de ambos os lados ficou mais pesada. Enquanto o governador e seu partido são acusados de perseguir jornalistas de oposição, orientar a PM a ignorar ou até participar de atos de vandalismo contra a RBS, além de usar dinheiro de bicheiros para montar a sede do partido, a RBS é apontada como responsável por uma sistemática campanha de difamação. É acusada, entre outras coisas, de lavagem de dinheiro no exterior e tráfico de influência.

Ódio antigo

O Grupo RBS e o PT começaram a se estranhar em 1988, quando o sindicalista Olívio Dutra protagonizou uma virada surpreendente, à semelhança de Luiza Erundina em São Paulo, e venceu as eleições municipais, contrariando todas as pesquisas de opinião que o colocavam em quarto lugar. Os favoritos eram o pedetista Vítor Faccione e o peemedebista José Fogaça. Em tempo: no pleito anterior, em 1982, o primeiro com eleições diretas depois do golpe militar, Olívio conseguiu parcos 55 mil votos.

A vitória petista na capital gaúcha levou ao poder um primeiro escalão mais radicalizado e intransigente que a cúpula do PT de Lula e Zé Dirceu da década passada – na época, socialistas assumidos. ‘Hoje nós fazemos a autocrítica daquela época. A gente tinha um impulso ideológico, doutrinário e programático muito forte, que já não temos hoje’, reconhece David Stival, atual presidente do PT do Rio Grande do Sul e um dos fundadores do partido no Estado.

Logo que assumiu a prefeitura, Dutra anunciou uma medida bombástica. O sistema municipal de transporte seria estatizado. Foi o suficiente para a opinião pública, que já via com muitas reservas a vitória da esquerda, partir para a ofensiva. ‘O PT atacou um pilar do capitalismo e isso deu margem para a imprensa conservadora ir para a ofensiva. Assim começou o clima de antagonismo. A RBS defende claramente o princípio do liberalismo’, explica o jornalista Norton Kapfel, chefe de reportagem da RBS TV, com 13 anos de casa no currículo. Apesar do efeito negativo na mídia, que surtiu a intervenção da prefeitura no sistema de transporte, Kapfel afirma que Porto Alegre tem hoje um dos melhores transportes coletivos do país.

Mesmo com a permanente tensão entre o PT e a imprensa gaúcha em geral, que atravessou os quatro anos do primeiro mandato municipal, o partido conseguiu eleger o sucessor de Dutra, Tarso Genro, o sucessor de Genro, Raul Pont e o sucessor de Pont, novamente Genro, o atual prefeito de Porto Alegre. A relação da mídia gaúcha com as administrações petistas foi se aprimorando ao longo das quatro gestões consecutivas. A exceção foi a RBS. ‘A relação do PT com outros veículos do estado, como o Grupo Caldas Jr, que publica o jornal Correio do Povo, o Jornal do Comércio e o Grupo Pampa, que faz O Sul é ótima. Só temos problemas com a RBS, que nos ataca sistematicamente’, afirma o petista Stival.

Efeito Dutra

Durante o processo eleitoral para o governo do estado em 1998, a guerra entre RBS e PT esteve no centro da campanha. Nos muros das cidades, nas camisetas dos militantes, nos gritos de guerra das passeatas e comícios, os slogans anti-RBS foram presença obrigatória.

O então governador Antônio Brito, que é jornalista e ex-repórter da RBS, começou a corrida disparado na frente, nas pesquisas de opinião. Tudo indicava que a reeleição seria uma bar-bada. Em segundo, estava o ex-prefeito Olívio Dutra.

Assim como na disputa anterior, o passado de Brito na RBS – ele foi repórter e editor da casa nos anos 70 – era um dos argumentos mais usados pelos ativistas do PT como prova ‘cabal’ da campanha que estaria sendo movida contra o partido. ‘O Brito é oriundo da RBS. É natural que a empresa tenha feito campanha para ele em 98 e faça esse ano de novo. Isso não sou eu que digo. Está na boca do povo’, afirma o militante Júlio César Stexer, filiado desde 84 ao PT, diante de uma tenda vermelha lotada de broches, camisetas e adesivos do partido, no centro de Porto Alegre. ‘Eu vendo mais de trinta adesivos destes por dia. Quer prova maior que essa?’, afirma Stexer, apontando para um exemplar do adesivo ‘RBS/Zero Hora mentem’.

Marcelo Rech, diretor do Zero Hora: ‘o PT patrulha’

As queixas não se restringem às bases. ‘A RBS age como um partido político aqui no sul. Eles são parciais. A posição anti-petista é transparente’, reclama a jornalista Vera Espolidoro, secretária de comunicação da prefeitura de Porto Alegre. Ela faz coro com seu chefe, o prefeito Tarso Genro, adversário de Dutra nas prévias do partido para a eleição estadual.

‘Em uma determinada parte da campanha, ficou nítida a preferência da RBS e o favorecimento à candidatura Brito. Pudera: a emissora está de acordo com o projeto neoliberal e tem uma visão caricata do partido’, diz Genro.

Entrada do Palácio Piratini, sede do governo gaúcho: QG de Dutra

No subsolo do Palácio, antiga Rádio da Legalidade segue funcionando A RBS, por sua vez, considera a tese petista uma teoria conspiratória. ‘O Brito trabalhou na RBS há muito tempo. Nunca existiu nenhum tipo de pressãopara apoiá-lo. Existe um patrulhamento ideológico muito grande por parte dos órgãos subservientes ao PT e por seus aparelhos políticos. Eles marcam em cima os jornais independentes e não aceitam críticas. O Zero Hora tem um padrão muito elevado de independência e credibilidade. Muita gente não entende isso’, responde o jornalista Marcelo Rech, diretor de redação do Zero Hora. O presidente da RBS, Nelson Sirotsky, por sua vez, acha que Brito tratava melhor os jornalistas do Grupo. Mas não por ser ex-funcionário da casa, e sim por ser um colega de profissão. ‘O ex-governador, por sua condição de jornalista, mantinha uma relação diferenciada com vários profissionais da RBS e também de outros veículos. Mas esse relacionamento não interferiu nas relações da RBS com o governo’, afirma.

Para entender a guerra eleitoral sem cair no campo da subjetividade e da paixão, basta fazer uma pequena pesquisa em cima do que foi exibido e publicado na época. Em seus editoriais, a posição do grupo RBS sempre foi abertamente contrária ao PT. No conteúdo jornalístico, entretanto, essa posição é bem mais discreta e pode ser interpretada de duas maneiras diferentes. Por um lado, a RBS diz que está cumprindo sua missão jornalística quando abre espaço para notícias sobre problemas na administração petista. Por outro, o PT afirma que a Rede Brasil Sul se deixa levar por factóides, potencializa denúncias, minimaliza os desmentidos e força a barra na edição de imagens.

O que é inegável , entretanto, é que entre os articulistas da Rede Brasil Sul predomina um forte sentimento anti-petista. E um generoso espaço é reservado diariamente a esses colunistas nos veículos do grupo. Coincidência ou não, o atual presidente da Assembléia Legislativa gaúcha, Sérgio Zambiasi, do PTB, um dos mais ardorosos opositores do PT no estado, é funcionário da casa. Ele apresenta um programa matinal na rádio Farroupilha e assina uma coluna diária no jornal Diário Gaúcho, ambos da RBS. Outro que é implacável com os petistas é o colunista José Barrionuevo, que assina a coluna política mais comentada de Porto Alegre, a Página 10, do Zero Hora. Barrio-nuevo, apesar de 30 anos de jornalismo político no currículo e de um passado de militância esquerdista na JUC (Juventude Universitária Católica), chegou a ser ameaçado de morte, em coro, por militantes do PT, durante a passeata que cercou a sede do jornal. ‘Não sou adestrado. O PT tem uma postura messiânica: ou tu crê, ou morre’, diz o jornalista. Entre informações, contra-informações e desmentidos, a corrida pelo governo chegou na reta final tecnicamente empatada. Brito esteve perto de vencer no primeiro turno, mas foi prejudicado por uma aliança entre o PT e o PDT, partido de Brizola, governador do Rio Grande em 1961 e que tem no Sul seu mais importante reduto.

Na véspera do pleito, a tensão entre RBS e PT atingiu seu ponto máximo. O Zero Hora foi obrigado a interromper a rodagem de sua edição dominical, que contava com uma pesquisa eleitoral do Ibope, depois que a Frente Popular, encabeçada por Olivío, emplacou um direito de resposta. A decisão favorável da Justiça Eleitoral se deu em função de um anúncio do PSDB, publicado dias antes na primeira página, em que Fernando Henrique aparecia pedindo votos para Antônio Brito. Milhares de exemplares que já haviam sido impressos sem o direito de resposta foram recolhidos por Oficiais de Justiça quepercorreram bancas em Porto Alegre, Pelotas e Santa Maria. A decisão deixou a cúpula da RBS enfurecida. No dia seguinte, na sessão de política, o jornal se defendeu. ‘Desde o regime militar, essa é a primeira vez que o Zero Hora sofre apreensão de exemplares’. Terminada a apuração, Olívio Dutra venceu por uma pequena margem de votos, contrariando, mais uma vez, as pesquisas de opinião, que davam ligeira vantagem para Brito.

Trincheira no subsolo

Com a vitória de Dutra, uma tropa jornalística de choque começou a se movimentar. No subsolo do Palácio Piratini, dois lances de escada abaixo da recepção, foi montado o quartel general de imprensa do governo. Uma verdadeira trincheira, onde vinte e cinco jornalistas acompanhados de mais algumas dezenas de funcionários assistem, diariamente, cada reportagem de TV, lêem linha por linha impressa nos jornais diários e ouvem todos os locutores de rádio. Nada que se fale sobre o governo deve passar desapercebido, especialmente se o comentário partir da RBS. Dutra, por sua vez, optou pela radicalização no trato com a mídia. Quem pegar pesado, responde na Justiça.

‘O governo adota uma prática não muito convencional em relação à imprensa. Diante das críticas, muitas vezes, opta por ações judiciais. O diretor de redação do Zero Hora, apenas para exemplificar, está sendo processado por um editorial crítico, mas respeitoso. Isso, para mim, é decorrente da infância política da nossa democracia’, reclama Nelson Sirotsky.

Em geral, o governo evita ações diretas do Estado contra jornalistas e opta por processos individuais, para evitar maiores constrangimentos. Contudo, até o primeiro escalão petista já se acostumou com a fama de governo que mais processou jornalistas na história gaúcha. ‘A liberdade de imprensa tem certos limites’, afirma o jornalista Jorge Correa, dirigente petista, ex-presidente do Sindicato da categoria e repórter do Zero Hora há quinze anos.

De longe o mais processado, o colunista Barrionuevo, que recentemente comparou, em sua seção, um secretário de Dutra a Goebels – o ministro da propaganda nazista -, agora se diz perseguido. ‘Meu nome foi colocado em uma lista de jornalistas que não podem receber informação do governo. Como se não bastasse, me processar virou uma orientação: existe uma dezena de processos contra mim. O pessoal do Palácio é truculento’.

Ouvindo os comentários do articulista, impossível não perguntar: como se sustenta uma coluna diária de política, regularmente recheada de furos relacionados ao PT, se não existe a menor relação de fonte com o governo? A chave está no próprio partido, segundo Barrionuevo: ‘o que eu digo sobre o Palácio é um décimo do que o pessoal do Tarso me diz sobre o Olívio. Estou chegando à conclusão que o PT moderno é mais odiado pelo Palácio que eu’. A resposta do articulista joga luz sobre outro embate que ocorre nos bastidores da política gaúcha: a disputa fratricida entre os partidários do prefeito Tarso Genro e os dutristas. A rusga ganhou notoriedade nacional durante a realização do II Fórum Social Mundial, realizado em fevereiro deste ano, em Porto Alegre. O prefeito acusou o governador de adotar práticas stalinistas na condução da TV Educativa gaúcha, depois que sua intervenção na cerimônia de abertura foi simplesmente cortada da programação na edição.

Além de arranhar a imagem do partido, a declaração desencadeou uma avalanche de críticas sobre o trabalho da TVE. A oposição afirma que não tem vez na emissora. A RBS diz que a TVE preserva o governador e não cobre as crises estaduais. Os tarsistas se dizem preteridos.

A atuação do núcleo de imprensa da Palácio não desagradou apenas veículos e profissionais que trabalham para a família Sirotsky. Processos e ofensivas contra jornalistas de oposição ao governo se tornaram rotina, independente do veículo. Essa postura irritou até militantes petistas históricos do Sul. ‘O Olívio se relaciona mal com a imprensa. Ele não assimila as críticas’, afirma José Carlos Torves, presidente do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul e dirigente do PT. Torves, que também costuma dizer que a RBS mente, foi o responsável por um movimento do Sindicato contra Guaracy Cunha, o Secretário de Comunicação do Estado e Denise Mantovani, a assessora de imprensa. Em meados do ano passado, um representante do Palácio telefonou para a redação da semanal IstoÉ , tentando interferir em uma matéria sobre a CPI do Jogo do Bicho, um dos calcanhares de Aquiles da administração Dutra. Segundo Guaracy e Denise, o repórter responsável pela pauta, Luis Milman não estaria qualificado para a matéria, uma vez que ele faz parte do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, opositor do governo. Os argumentos do Palácio não foram suficientes para evitar uma advertência pública por parte da Comissão de Ética do Sindicato. Vale lembrar que o Sindicato é dirigido pela corrente PT Amplo, do prefeito Tarso Genro.

Outro caso polêmico relacionado à imprensa local e o governo foi prota-gonizado pelo jornalista Helio Gama. Durante o processo eleitoral de 1998, Gama, então diretor da sucursal da Gazeta Mercantil do Rio Grande do Sul, publicou um suplemento especial exaltando a capacidade do Estado, leia-se de Antônio Brito, em atrair grandes empresas para a região. O PT entrou com recurso na Justiça Eleitoral e conseguiu um parecer favorável. A edição foi apreendida.

Gama, no entanto, afirma que Du-tra não esqueceu do episódio e cortou todos os anúncios da Gazeta, que representavam o grosso do fatura-mento. ‘Fiquei constrangido com essa história. Me senti responsável pelo corte. A Gazeta começou a dar prejuízo e então resolvi sair por conta própria’. Gama deixou o jornal em 28 de fevereiro de 2000. Coincidência ou não, pouco tempo depois, um anúncio de página inteira do Banrisul (Banco do Estado do Rio Grande do Sul) foi publicado.

Relação delicada

Não é só na justiça onde se concentram as ações do governo relacionadas à Rede Brasil Sul. Uma das primeiras medidas de Dutra foi anunciar o fim do ‘monopólio da RBS’, na divisão das verbas destinadas à publicidade estatal. ‘Nós democratizamos a verba e nos recusamos a reforçar o monopólio dos veículos’ diz Felix Valente, coordenador de publicidade do governo. Ele afirma que a atitude não foi uma retaliação e sim uma tentativa de fortalecer pequenos veículos do interior, antes preteridos no planejamento de mídia do Piratini.

A medida desagradou a cúpula da emissora, que defendia um critério de investimento baseado nos índices de audiência. No governo anterior, o faturamento da RBS com publicidade do governo representava 2,5% do orçamento total do Grupo, uma vez que ela é responsável pelos maiores índices de circulação e Ibope. Na gestão Dutra, esse número caiu para 1%.

Depois das mudanças, reportagens e textos assinados por profissionais próximos ao partido começaram a circular pela Internet, especulando sobre uma séria crise financeira na Rede Brasil Sul, em função da reengenharia na divisão da verba publicitária. Os boatos foram desmentidos pela empresa: a parcela relativa à publicidade oficial é irrisória perto do fatu-ramento geral. A empresa fica com 60% da verba publicitária de todos os anunciantes privados do RS. O suficiente para manter-se independente das verbas estatais.

A nova regra, entretanto, colocou mais combustível relação entre a Rede e o governo estadual. Ao sentir que a tradicional campanha petista anti-RBS ganharia fôlego, o Grupo tratou de tomar algumas providências para defender sua credibilidade. O primeiro passo foi contratar como colunista da casa ninguém menos que Lula, o eterno presidenciável do PT. Com sua assinatura em 2 mil toques semanais, ficaria difícil para os ativistas falar em parcialidade. O segundo foi lançar uma campanha ousada de publicidade, onde expoentes de esquerda do estado, entre líderes estudantis e sindicais, apareciam criticando de forma entusiasmada os veículos da família Sirotsky. O mote era: ‘Existem as mais diversas opiniões. Um jornal deve abrir espaço para todas’. Durante os três anos de administração petista, a RBS não deu trégua. Tudo que pudesse significar um arranhão na imagem do governo ganhava notoriedade instantânea. O maior trunfo da Rede foi uma CPI instalada na Assembléia Legislativa, dominada pela oposição, com o intuito de questionar a atuação do governo na área da segurança. Não havia em pauta qualquer denúncia de corrup-ção ou improbidade. O que se questionava, entre outros pontos, era se faltavam soldados na PM ou se o Instituto Geral de Perícia estava deixando de receber investimentos.

Nos noticiários de TV e jornais da RBS, as reportagens sobre a CPI vinham invariavelmente acompanhadas de cenas de violência urbana ou de histórias dramáticas de vítimas. O ponto alto da crise, entretanto, se deu quando o jornal Diário Gaúcho, o braço popular da Rede, denunciou o envolvimento de policiais e deputados com o jogo do bicho. O ‘furo’ ganhou contornos dramáticos quando o ex-tesoureiro do PT no estado, Jairo Carneiro – expulso do partido por suspeita de desvio de recursos – ligou para a redação para fazer uma denúncia grave. Ele afirmava para o editor do jornal que um consórcio de bicheiros teria doado R$ 600 mil para a campanha de Olívio Dutra, através de uma entidade chamada Clube da Cidadania. Desnecessário dizer que a RBS colocou o assunto no alto da página e no horário nobre.

O caso ‘Carneiro’ acabou na Assembléia Legislativa. A oposição não perdeu tempo e deu uma carona para o ex-tesoureiro na CPI da Segurança Pública. ‘A CPI mudou completamente de rumo. Atropelou o regimento, criou fatos políticos e deixou de abordar a segurança pública’, afirma Denise Mantovani, assessora de imprensa do Governador Olívio Dutra.

A cúpula da RBS acha que as reclamações petistas não passam de teoria conspiratória do núcleo Piratini. E defende a sua cobertura. ‘Eu não estou aqui para sacanear com ninguém. Mais de 300 pessoas trabalham no Telejornalismo da RBS, duvido que alguém te diga: vamos sacanear o governo’, afirma Rui Costa Jr, diretor de jornalismo da RBS TV.

Com as novas denúncias, o episódio ganhou manchetes nacionais, merecendo até uma série de reportagens no Jornal Nacional. O lance mais inusitado do episódio do jogo do bicho ocorreu quando o presidente do Clube da Cidadania, Diógenes de Oliveira, foi convocado para depor. Ele tentou virar o jogo e apresentou uma série de documentos tentando provar que a RBS possui empresas em paraísos fiscais e que estaria em vias de quebrar financeiramente. Foi o suficiente para o PT lançar mais uma leva de adesivos e bandeiras com o slogam: ‘RBS lava e leva para Cayman’. O desenlace da crise com o jogo do bicho chega a ser cômico. O depoimento de Carneiro era aguardado pela oposição e pela RBS como uma bomba que feriria de morte a administração Dutra. Mas, para surpresa geral, quando chegou ao plenário, em frente às câmeras e ao vivo para todo o Rio Grande, o ex-tesoureiro simplesmente desmentiu tudo, dizendo que inventou a história para se vingar do partido que o expulsou. A CPI da Segurança Pública segue até hoje como uma das principais atividades da Assembléia. Segue, também, como uma das pautas preferidas dos noticiários da RBS. Já o caso do bicho esfriou. Principalmente depois que o ministério Público Estadual arquivou a denúncia por ausência de provas.

Com a proximidade da eleição estadual, a guerra entre o primeiro e o quarto poder do Rio Grande do Sul deve ganhar novo ímpeto. Dessa vez, entretanto, os dois lados entram no pleito mais calejados. Afinal, 14 anos é tempo suficiente para a mídia e o poder propriamente dito se adaptarem a um fator inerente a qualquer democracia saudável: a dialética.

Quando o ex-repórter Antônio Brito relembra seus quatro anos como governador do Rio Grande do Sul, ele faz questão de frisar que mantinha um ótimo relacionamento com a imprensa. Uma prova disso seria o fato de ele ter se recusado a processar seus ex-colegas repórteres quando passou para o ouro lado do balcão. Apesar da fama auto-proclamada , Brito é autor de um processo inusitado e inédito na história do jornalismo brasileiro. Ele pede indenização ao segundo maior grupo de comunicação, o Caldas Jr, do qual faz parte o jornal Correio do Povo, a Rádio e a TV Guaíba, por não aparecer como objeto de pauta. Isso mesmo. Enquanto a maioria dos governantes vai à justiça reclamar de injúria, calúnia e difamação, Brito pede para voltar a ser notícia.

O veto teria sido ordenado quando Brito ainda era governador, durante um dos episódios mais polêmicos de sua administração. Em 1997, o Governo do Estado iniciou um processo de desestatização, anunciando que iria vender a Companhia Riograndense de Telecomunicações. Entre os principais consórcios que se apresentaram para disputar a licitação, estavam um encabeçado pela RBS e outro pelo Grupo Caldas Jr.

A família Sirotsky foi a vencedora, o que causou a ira de Renato Ribeiro, dono da Caldas Jr. Segundo consta no processo, esse seria o motivo de um veto a seu nome que dura até hoje. ‘O jornal Correio do Povo, principal veículo da requerida, a Rádio Gaúcha e a TV Guaíba, controlados pelas empresas Rés, passaram a, sistemática e deliberadamente, omitir o nome do peticionário de todas as notícias. O Autor do presente simplesmente sumiu do noticiário’, diz o processo. Questionado sobre o veto, os representantes do Grupo são diretos: ‘Nada a declarar’. O ex-governador que o diga. (PPV)"

Observatorio da Imprensa – Materias – 8/5/2002

18/09/2016

Zelotes dos Zelotskys e das Zelites

Zelotes no pNão deu zebra, deu a lógica. A obsessiva caça ao grande molusco é a cortina de fumaça perfeita na tentativa de jogar, com a cumplicidade da velha mídia, a sujeira dos finanCIAdores ideológicos para debaixo do tapete. Enquanto o foco da força tarefa se concentra na produção fordiana de powerpoint contra Lula, o elenco que aparece nas mais variadas listas ri à toa.

Ninguém mais fala no elenco milionário que atua na Lista de Furnas, a Lista Falciani do HSBC, a Lista Odebrecht, Panama Papers, Operação Zelotes (CARF), Operação Ouro Verde(Portocred)?! A famiglias da Rede Globo, Gerdau, Banco SAFRA, Sirotsky estão escondidas atrás das cortinas de fumaça dos caçadores do grande molusco.

A caça a Lula aplaca o apetite da hienas hidrófobas cevadas pelo ódio fascista mas, principalmente, cria uma cortina de fumaça, um verdadeiro biombo, de proteção à plutocracia. Enquanto caçam Lula, Sérgio Machado  não entende o que foi feito de Eduardo CUnha, Cláudia Cruz, Aécio Neves, Andrea Neves, José Serra, FHC, Romero Jucá, José Sarney, Michel Temer, Eliseu Rima Rica e Moreira Franco. Eu sei, deitam e rolam.

Sabia que a operação Zelotes, sem Powerpoint, é maior do que a Lava Jato?

Publicado em setembro 17, 2016 por Luiz Müller Deixe um comentário

Luiz Carlos Trabuco, Joseph Safra e André Gerdau estão entre os mais de 50 indiciados

Dos JORNALISTAS LIVRES

Longe dos holofotes da grande imprensa, sem delações premiadas ou prisões preventivas, a operação Zelotes investiga fraudes contra a Receita Federal que podem chegar a R$ 19 bilhões. Empresas multadas pela Receita teriam pago a conselheiros para votarem a seu favor nos recursos apresentados ao CARF. A operação já indiciou 54 pessoas. E ainda faltam muitas.

O que seria então o “tal de CARF”?

Bem, é o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Quando uma empresa ou uma pessoa física é autuada pela Receita Federal, ela pode, em primeiro lugar, recorrer à própria Receita para não pagar ou para reduzir a multa. Se perder esse primeiro recurso e quiser continuar a recorrer, o julgamento em segunda instância é no CARF. Se o contribuinte ganhar no CARF, não caberá mais recursos à União. Se o contribuinte perder, ainda pode ir à Justiça. Bem poderoso esse CARF, não acha?

Mais incrível é que esse desconhecido CARF tem mais de 100 anos e tem 216 conselheiros. É bem antigo e bem grande. Desses 216, metade é oriunda da Receita Federal, auditores em final de carreira. A outra metade, “representando a sociedade”, vem das confederações da indústria, do comércio, da agricultura. São turmas compostas por esses conselheiros que julgam os recursos que lá chegam. O estoque atual em discussão no Conselho totaliza R$ 565 bilhões.

Como começou a operação Zelotes?

Em 2013, a Corregedoria da Receita Federal fez a denúncia de que havia um esquema de compra e venda de decisões dentro do Conselho. A Polícia Federal investigou e concluiu que, de fato, havia fortes indícios de irregularidades e fraudes em 74 julgamentos ocorridos após 2005. “Um pedido de vista valia 20, 30 ou 50 mil” dependendo do valor envolvido no processo, afirmou o deputadoPaulo Pimenta. Venda de sentenças e negociação para troca de conselheiros, são outros exemplos de irregularidades que estão sendo investigadas. Assim nasceu a operação Zelotes, que significa falta de zelo, nesse caso, pela coisa pública.

Quais empresas já estão indicidas?

Ontem, 15/09, foram indiciados diretores da Mundial S.A. e ex-dirigentes, incluindo um ex-presidente, do CARF. A Mundial, com 120 anos de existência, é resultado da fusão da Eberle com Zivi-Hercules. A empresa é conhecida por seus alicates, tesouras, cortadores, pinças, facas e talheres. O suposto prejuízo de R$ 43 milhões aos cofres públicos nem é tão expressivo em comparação com as denúncias anteriores que envolvem Bradesco, Safra e Gerdau.

Bradesco é suspeito de se livrar de multas de R$ 3 bilhões

Em julho, haviam sido denunciados o presidente Luiz Carlos Trabuco e mais 3 diretores do Bradesco. De acordo com a denúncia, a instituição tentou, em 2014, livrar-se de uma cobrança de aproximadamente R$ 3 bilhões no órgão. (Valor Econômico de 28/07/2016)

Processos administrativos contra Safra somavam R$ 1,5 bilhão

Em março, a Zelotes denunciou por corrupção ativa o banqueiro Joseph Safra, o banqueiro mais rico do mundo, segundo a agência de notícias Reuters. O Ministério Público federal ofereceu denúncia contra Joseph Safra e a diretoria da empresa por atos praticados em “processos administrativos fiscais, todos envolvendo a JS ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS S/A, sociedade empresária integrante do Grupo SAFRA, cujos valores discutidos somavam R$ 1.493.800,000,00 (um bilhão, quatrocentos e noventa e três milhões e oitocentos mil reais) em agosto de 2014, mas, atualmente, giram em torno de um bilhão e oitocentos milhões de reais”. (Íntegra da denúncia)

Gerdau é acusada de tentar evitar multas de R$1,5 bilhão

Em maio, foram indiciados André Gerdau e mais 18 envolvidos em suspeitas de corupção, tráfico de influència e lavagem de dinheiro. “A suspeita é que o grupo Gerdau tenha tentado evitar, por meio do CARF, o pagamento de multas que somam R$ 1,5 bilhão.” Afirma matéria do portal G1.

Valores assustadores e pouca repercussão nos meio de comunicação

Embora estejamos vivendo uma cruzada anti-corrupção no Brasil, a operação Zelotes ainda é muito pouco conhecida. Especialmente por telespectadores de nossas redes de televisão e nossos ouvintes de rádios. A sonegação é a corrupção decapitalistas e anunciantes. Seria essa a explicação para não estarmos todos com panelas em punho?

Para saber mais sobre a operação Zelotes:

1 Artigo Prá Lava Jato nada? Tudo! E pra Zelotes?, publicado em 17/05/2015 por Jornalistas Livres, emhttps://jornalistaslivres.org/2015/09/pra-lava-jato-nada-tudo-e-pra-zelotes/

2 Artigo Lava Jato e Zelotes têm diferenças gritantes, publicado em 02/05/2015 por Brasil247, emhttp://www.brasil247.com/pt/247/brasil/179310/Lava-Jato-e-Zelotes-tem-diferencas-gritantes

3 Artigo Zelotes: ex-presidente do Carf é alvo de nova denúncia do MPF, publicado por EBC agéncia Brasil, em 16/09/2016, emhttp://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-09/zelotes-ex-presidente-do-carf-e-alvo-de-nova-denuncia-do-mpf

04/09/2016

Análise lúcida sobre os erros do PT no país da mídia golpista

Filed under: Manipulação,PT,RBS,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 10:12 am
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Os erros do PT foram monumentais, a começar pela ingenuidade em acreditar que as instituições brasileiras sejam republicanas. O erro número dois foi subestimar a capacidade da Rede Globo em arregimentar, adestrar e conduzir corações e mentes contra Lula, Dilma e o PT. A Rede Globo coordenou, via Instituto Millenium, a construção de um discurso criminalizando todas as iniciativas de esquerda. A luta contra as cotas de inclusão social não começou com a boçalidade de Ali Kamel no livro “Não somos racistas”.  O livro foi apenas a condensação de um programa trabalhado diuturnamente pelos múltiplos veículos. Quem não lembra, por exemplo, que uma tapioca comprada com cartão corporativo era trabalhado até derrubar o “infrator”? Agora compare a informação da compra da tapioca com cartão corporativo com a apreensão de 450 kg de cocaína num helipóptero de uma amigo do Aécio Neves? Ou o uso de dinheiro público para construir aeroportos nas terras de familiares (Cláudio e Montezuma). Há termos de comparação na compra de uma tapioca com cartão corporativo e o depósito, em benefício de José Serra, de 23 milhões de reais no exterior?

Mais que a convocação da massa de bovinos para vestirem as camisetas da CBF, foram os silêncios e os superestimação de conduzidos diuturnamente pela Rede Globo. É a clássica Lei Rubens Ricúpero, revelada no escândalo da Parabólica: a Rede Globo mostra o que lhe interessa e esconde o que não atende aos seus interesses.

Mas tudo isso seria facilmente perceptível se o PT, conhecedor disso, não legitimasse. A partir do momento que a Maria do Rosário sobe à tribuna para homenagear a RBS, legitima o golpismo dos Sirotsky. Quando, após o golpe, Lindeberg Farias vai à Globo News conceder entrevista, legitima todo o processo que resultou no golpe pela Rede Globo. Quando Lula, desconhecendo a natureza golpista da Rede Globo, homenageia-a, legitima-a. Quando Dilma autoriza a entrada da Rede Globo no Palácio do Planalto, legitima-a como veículo de informação. São duas demonstrações, não de ingenuidade, mas de imbecilidade. Será que nem Lula nem Dilma conhecem a fábula da rã e do escorpião?

O golpe foi engendrado, produzido e conduzido pelas cinco irmãs (Globo, Veja, Folha, Estadão & RBS). É ingenuidade continuar focando em Michel Temer e deixar passar batido as incubadoras de Eduardo CUnha, José Sarney, Renan Calheiros, FHC, Aécio Neves, Romero Jucá, José Tarja Preta Serra, Ana Amélia Lemos.

No RS, por exemplo, não basta defenestrar José Ivo Sartori. O problema não está nele, mas em quem fez das tripas corações para que o Tiririca da Serra se elegesse. De nada adianta tirar Sartori se não atacar a RBS. De nada adianta atacar Sartori e poupar Sebastião Mello, ambos tributários de Eliseu Padilha. De nada serve ridicularizar o Tiririca da Serra mas votar em Ana Amélia Lemos e Lasier Martins.

Resumo da ópera: de nada serve atacar os frutos e esquecer a árvore que os produz.

Brasil, la razón y la historia

Por José Natanson *

Imagen: AFP.

El carácter espurio del impeachment contra Dilma Rousseff –espurio porque el hecho de que cumpliera ritualmente los pasos constitucionales no logró ocultar el dato básico, que es la ausencia de delito– no debería impedirnos analizar los errores que lo hicieron posible, no para patear en el piso al héroe caído sino para intentar sacar algo en limpio de un proceso que merece atención.

Y en este sentido lo primero que cabe señalar es el cambio de contexto. Como se sabe, a partir de 2002-2003 América latina experimentó una década de alto crecimiento económico que en algunos países alcanzó tasas chinas (aunque habría que revisar la comparación: China ya no crece a tasas chinas). Brasil, aunque se expandió a un ritmo más lento que el promedio regional, creció de manera sostenida e incluyente hasta que, en algún momento entre 2011 y 2012, se detuvo. La respuesta de Dilma a este viraje en la dirección del viento fue la peor entre todas las posibles: desdiciéndose de sus promesas electorales, impuso un ajuste ortodoxo no muy diferente al que proponía la oposición de derecha durante la campaña, le encomendó la tarea al banquero ultraliberal Joaquim Levy y después le retaceó el apoyo, a punto tal que al final se negaba a fotografiarse con él.

Con todas las variables macroeconómicas –crecimiento, inflación, desempleo, déficit– alineándose en contra, se abrió la oportunidad para una convergencia entre el poder económico, la justicia y los partidos de derecha, entre los cuales sobreviven formaciones ultramontanas que harían sonrojar hasta a Cecilia Pando. Los medios fueron decisivos pero no determinantes: de hecho, la misma configuración mediática hegemonizada por la Red Globo había ensayado sin éxito una acusación similar contra Lula a propósito del escándalo del mensalão en 2005. La ofensiva, construida alrededor de una serie de acusaciones bastante probadas que involucran a la mitad de la clase política, incluyendo a la primera línea del PT pero excluyendo significativamente a la propia Dilma, acentuó la fragilidad del gobierno.

Puesta frente a este escenario ultraexigente que no se esperaba, la presidenta no encontró una salida: se negó, por un lado, a negociar con los poderes fácticos y sus representantes parlamentarios una coalición que le permitiera, incluso de espaldas a la sociedad, gobernar hasta el final de su mandato con políticas de estabilización y ajuste, como había hecho Fernando Henrique Cardoso en su segundo gobierno. Pero tampoco se animó a convocar a un plebiscito para impulsar la reforma política y las elecciones anticipadas. Dotada de una cualidad ética (o una rigidez táctica) diferente a la de Lula, no quiso avanzar por la cornisa enjabonada de un pacto con los impresentables del Congreso ni se sintió lo suficientemente segura como para dar el salto al vacío de un referendo, que recién mencionó cuando ya no estaba en sus manos convocarlo. Sin rosca ni votos, Dilma terminó semi-paralizada, gobernando en el vacío.

Porque además, y aquí la responsabilidad le cabe a Lula más que a ella, el PT había producido un asombroso proceso de desmovilización de su base política. Provisto de algunos de los mejores cuadros políticos de Brasil, un caudal de afiliados que en su momento alcanzó los dos millones y un líder fuera de serie, el PT llegó al gobierno empujado por la épica de una historia que se remonta a las huelgas contra la dictadura en el ABC paulista y de a poco, casi sin darse cuenta, se fue entibiando. Relajado en la comodidad algodonada del Estado brasilero, perdió tensión y sentido, lo que explica la mezcla de apatía y hastío con que fue recibida la noticia del impeachment: puede que una parte de la sociedad brasilera estuviera en contra del desplazamiento de Dilma, pero pocos estaban dispuestos a hacer algo por impedirlo.

En este aspecto, el contraste con Venezuela es ilustrativo. A diferencia del PT y del Frente Amplio uruguayo, nacidos en un contexto de lucha contra las dictaduras, y a diferencia también del MAS boliviano, una construcción política de décadas originada en el sindicalismo cocalero del Chapare, la llegada al poder de Hugo Chávez fue producto de una accidente, casi diríamos una carambola de la historia, como la de Rafael Correa y en cierto modo la de Néstor Kirchner. Al fin y al cabo un paracaidista, Chávez aterrizó inesperadamente en Miraflores rodeado apenas de un puñado de seguidores inexpertos y quizás por eso se dio a la tarea de construir, inevitablemente desde arriba, una base militante capaz de respaldarlo en los momentos difíciles: probablemente sea la persistencia obstinada de este núcleo duro inconmovible el que explique que el chavismo logre mantenerse en pie a pesar del “ya se cae” que viene repitiéndose desde años (queda de la duda de si la contracara de esta base incondicional, el costo efectivo de su construcción y sostenimiento, no son precisamente algunos de los rasgos más criticables del régimen venezolano: las derivas autoritarias, la corrupción desenfrenada, la desinstitucionalización rampante; en otras palabras, ¿hasta que punto las marcas negativas del chavismo son menos desvíos corregibles que la condición necesaria para su supervivencia?).

Pero hablábamos de Brasil y del proceso de desmovilización del PT, que en parte explica su caída y que a su vez es resultado del cambio en la conformación de su electorado. En efecto, desde su fundación en los 80 hasta la llegada de Lula a la presidencia en 2003, la base social del PT estuvo integrada por los obreros calificados y las clases medias progresistas de los grandes centros urbanos. Fundado al estilo del laborismo británico, el PT nació como un típico partido de masas industrial afincado sobre todo en los estados modernos del sur y el centro, que perdía sistemáticamente en las zonas africanizadas del nordeste, donde se reelegían sin dificultad viejos caudillos de derecha que aquí llamaríamos “popular conservadores”. Esta ecuación se invirtió durante la primera presidencia de Lula, cuando el escándalo del mensalão derivó en el alejamiento de parte del electorado original que sin embargo fue compensado con el creciente apoyo del sub-proletariado nordestino, beneficiado por el fabuloso proceso de inclusión social impulsado desde el gobierno. Como entre la primera victoria presidencial de Lula en 2002 y su reelección en 2006 el porcentaje de votos fue prácticamente el mismo, este movimiento tectónico del electorado pasó relativamente desapercibido hasta que el politólogo André Singer lo detectó y definió como el paso del “petismo” al “lulismo”.

Dilma, que es lulista pero no es Lula, en el sentido de que fue elegida y reelegida con los votos de los sectores más pobres de la sociedad pero carece de la historia de vida y el carisma de su padrino, mantuvo el patrón de inclusión vía consumo iniciado por Lula, sin preocuparse por profundizar la activación política, construir poder popular o, digamos, empoderar a las masas. Se encontró con un partido desmovilizado, al que cultivó poco y que, cuando llegó el momento crucial, no tenía ni la energía ni los recursos para defenderla.

Pero la forma en que cayó Dilma se explica también por una tradición brasilera que se remonta al inicio de su historia nacional. En contraste con las guerras sangrientas que marcaron la independencia de la América española, Brasil se separó de Portugal por una decisión política de Pedro I, el príncipe heredero, aceptada sin resistencia por su padre, y más tarde, en 1889, se convirtió en república mediante una disposición no menos administrativa (esto ha hecho que la historia brasileña sea una historia desprovista de héroes y estatuas, sin un Bolívar o un San Martín a los que venerar). Del mismo modo, la versión brasileña del populismo, el varguismo, fue un movimiento redistributivo e incluyente pero en el que el componente movilizatorio estaba notablemente atenuado (digamos: un peronismo sin 17 de Octubre). Mucho más tarde, la ebullición de los 60 creó un movimiento guerrillero entusiasta pero disperso y sin fuerza, al menos en comparación con Argentina, Uruguay o Chile, y luego la dictadura, aunque desde luego torturó y mató, no creó un sistema de campos de concentración al estilo argentino y hasta consintió el funcionamiento controlado del Congreso, que nunca fue clausurado. La recuperación de la democracia se realizó también de manera negociada, “segura”, según la famosa definición de Geisel, el general que la inició, a punto tal que el primer presidente democrático, Tancredo Neves, no fue elegido por voto directo sino mediante el viejo sistema de colegio electoral creado por los militares.

Lo que quiero decir con esto es que la historia brasileña es en esencia una historia de pactos entre elites, que son las que realmente gobiernan Brasil, como no sucede en ningún otro país de la región salvo los de Centroamérica. Los efectos de esta tradición son paradójicos: si por un lado le ha permitido a Brasil evitar “pisos de sufrimiento” como los registrados en Argentina (las luchas entre unitarios y federales, la dictadura, Malvinas, el 2001), por otro lado limitó severamente la incidencia de la población en las decisiones nacionales, como confirmó la pasividad social de la semana pasada. La significativa ausencia en Brasil de una Plaza de Mayo, ese centro simbólico de la política argentina al que la gente marcha cada tantos años para festejar o voltear gobiernos, no responde tanto una cuestión urbanística como de historia política. Y también, claro, a la decisión de Kubitschek de trasladar la capital al medio de la selva, explicable por la estrategia desarrollista de llevar la civilización al desierto pero también por la intención de alejar el centro de las decisiones políticas de las masas que habitan los grandes conglomerados urbanos.

Concluyamos entonces señalando que el desplazamiento de Dilma, el modo sordo, casi sin ruido, con el que fue desalojada del poder, se explica por la ofensiva inescrupulosa de la derecha y por la forma de construcción política elegida por el PT tanto como por una tradición histórica típicamente brasilera. La caída de Dilma confirma un patrón, subraya una cultura política. Y abre un nuevo tiempo en Sudamérica, que recién estamos empezando a descifrar. Sus errores, que ahora se hacen evidentes, no deberían oscurecer el hecho de que su gobierno, igual que los de Lula antes, lograron combinar, como nunca desde el varguismo, estabilidad económica, libertad política e inclusión social, tres condiciones que parece difícil que puedan volver a conjugarse en el futuro cercano.

* Director de Le Monde Diplomatique, Edición Cono Sur www.eldiplo.org

Página/12 :: El mundo :: Brasil, la razón y la historia

03/09/2016

Dilma, vítima de um estupro mafiomidiático, sai maior do que entrou

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Dilma sai do golpe maior do que entrou. Já seus algozes, entraram anões e saíram ratazanas.

Dos bueiros abertos pela Rede Globo, RBS, Estadão, Folha de São Paulo, Veja saíram os autores do golpe paraguaio. Os grupos mafiomidiáticos são os autores intelectuais do golpe. Também por isso são os maiores beneficiários.

– Dilma não tem nada a ver com a Brasif, nem com Miriam Dutra. FHC e Rede Globo, tem!

– Dilma não tem nada a ver com Zezé Perrella. Aécio Neves, tem!

– Dilma não tem nada ver com o crime organizado e o PCC. Alexandre Morais, tem!

– Dilma não tem nada a ver com o Paraguai. Álvaro Dias, tem!

– Dilma não tem nada a ver com estupradores. Jair Bolsonaro, tem!

– Dilma não tem nada a ver com Eduardo CUnha. Michel Temer, tem!

– Dilma não está na Lista de Furnas, Lista Falciani, Lista Odebrecht, Panama Papers, Operação Zelotes, Operação Lava Jato. Os estupradores da democracia, sim!

– Dilma não foi delatada por ninguém. Rede Globo, RBS, Romero Jucá, Aécio Neves, José Sarney, José Serra, FHC, Eliseu Padilha, foram!

El ala rota

Por Sandra Russo

“Ahora no hay torturas, pero hoy también miro a los ojos a las personas que me juzgan, y todos nosotros seremos juzgados por la historia. Esta es la segunda vez en mi vida que, junto a mí, se juzga a la democracia”. Dilma Rousseff sabía, cuando comenzó su descargo antes de ser destituida, cuál sería el veredicto, porque nunca se trató de la investigación o constancia de un delito, sino de un juicio llevado adelante por la antipolítica que representan esos oscuros legisladores que a la hora de la vendetta, a la hora de levantar o bajar el pulgar, se exhibieron a sí mismos, ya en la Cámara de Diputados, en toda su pobreza moral e intelectual, gritando “¡Sí!” con invocaciones extrañas. “Por mis nietas”, “contra el comunismo”, “contra el Foro Social Mundial”, “por Dios” o “contra el populismo” fueron algunas de esas bizarras manifestaciones que decapitaron la democracia en Brasil. “Nunca cedí. Nunca cambié de bando”, dijo antes Dilma, pintándose en ese último capítulo de su gobierno, después de haber sido electa por 54 millones de personas, como un espécimen de la política de las convicciones, en oposición a la política de los intereses.

La mujer que nunca cedió es la misma adolescente de cabeza casi rapada que miraba fijo a jueces militares que se tapaban la cara en l970, cuando aquella militante de VAR Palmares de entonces 22 años fue condenada, torturada y encarcelada. La misma que varias décadas más tarde, después de la irrupción del neoliberalismo en los 90, unió su esfuerzo y su suerte a la de Lula. La misma que comprendió, junto a otros líderes y dirigentes de la región, que de desmontar la histórica farsa de la democracia latinoamericana y reconvertirla en una democracia representativa al servicio de los sectores populares se trataba el nuevo objetivo sincrónico que podía elevar a la región a un rango desconocido hasta entonces, después de dos siglos de pantomimas marcadas por el fraude, el golpe, la corrupción y la extranjerización.

¿A qué no cedió nunca Dilma? ¿Cuál es el bando al que siempre le fue leal? Aquella adolescente que integró el VAR Palmares como consecuencia del golpe militar de 1964, vivió, creció, maduró y fue la ministra de Energía de Lula y luego su sucesora. Los unía el mismo proyecto de país. No cambiaron sus ideas, cambiaron las circunstancias. La democracia es un término muy vago, muy abstracto, que sólo cobra vigor en los hechos de tanto en tanto. Básicamente implica reglas de juego. No existieron esa reglas de juego cuando la generación de Dilma y la de otros presidentes populares latinoamericanos tenían la edad de los jóvenes que ahora, nacidos y crecidos en democracia, de pronto ven asaltadas sus vidas por un orden extraño, que tiene las formas de la democracia pero que no la extiende a sus propias vidas. Que les saca derechos sobre sus propias vidas. Esta generación de jóvenes latinoamericanos, los de los países cuyos gobiernos fueron acusados de populistas y uno tras otro fueron siendo atacados y embestidos bajo diferentes formas de presiones bestiales, nacieron y crecieron bajo un ala que, aunque nunca se desplegó tanto como para amparar a todos, se extendía en ese sentido. Desde el cinismo del posicionamiento político, hoy muchos niegan lo que el pueblo sabe. Estos años marcaron vidas enderezadas por el ascenso social, y eso sólo fue posible porque no se cedió a las presiones. Las hubo ininterrumpidamente. Para no ceder, es necesario estar convencido más allá de cómo mida la imagen. Estos jóvenes nacieron y crecieron en países de culturas inclusivas, porque sus respectivos Estados coincidían, bajo diferentes estilos y medidas, en constituirse en los garantes responsables de ese tipo de bienestar.

El tipo de bienestar en el que creen quienes defienden los Estados inclusivos , es aquel que deviene del derecho de alguien sólo por la gracia de haber nacido. No es casual, ni fruto del peronismo del Papa, que sobre ese tipo de Estado caiga un halo vinculado a lo más elemental, lo más simple de la cristiandad o el humanismo. Las ideas que sostienen la defensa de los Estados inclusivos parte, en efecto, de ver en el otro, especialmente al más castigado, al último de la fila de atributos y dones, como a alguien de quien hay que hacerse responsable. El Estado inclusivo es una construcción colectiva elaborada desde los cimientos de una convicción moral. Es prepolítico. Es concebir la política de Estado, es decir, la esencia estatal, como la nodriza que da la leche de la madre ausente. Aquello que el último de los últimos no tuvo la suerte de recibir por el azar del nacimiento, tiene el Estado la obligación de proveerlo.

Pero no se hablaba de Estados inclusivos, al menos en América latina, cuando Dilma miraba fijo a los jueces militares que estaban por condenarla. El vértigo de la violencia que instauraron los golpes militares de los 70, y sus respuestas, obnubilaba. Cuando aquí en 1983, Alfonsín hizo llorar a millones de personas recitando el preámbulo de la Constitución, en este país se salía de una larga noche de siete años, y esa opresión nos hacía creer que el paso hacia lo constitucional sería el primero en un camino que seguiría por lo que también decía Alfonsín. Queríamos que la democracia curara, que alimentara, que educara. Creíamos que la democracia era eso. Y no lo fue.

Llevó muchos años, muchos muertos, mucho sufrimiento comprender que la democracia por sí misma, como simple regla de juego, no implica la equidad. Llevó una década perdida, de confusión y hechizo, de injusticia, de saqueo, comprender que a esa democracia inclusiva hay que llegar, que hay que tallarla, que si no queremos volver a perder nunca más las reglas del juego, que es lo único que garantiza un mínimo de civilidad, es ésa la lucha, la verdadera, la más clara, la más justa de las luchas a las que vale la pena adherir. La de hacer de la democracia no sólo un sistema, sino un lugar. Darle cuerpo y volumen a la democracia. Lograr que habite no sólo en las instituciones, sino sobre todo en cada ciudadano, en su vida privada, en su domingo en familia, en su paternidad, en su maternidad, en los anhelos que se pueden tener siendo realista, en la expectativa de los deseos satisfechos, en la chance de la felicidad.

El golpe de Brasil y el tembladeral en el que se ha convertido esta región y este país, vuelven a poner de relieve que todo nuestro esfuerzo como personas comprometidas con una idea del otro, con esa profunda idea de un Estado responsable especialmente de los más débiles, debe ser un motor. Un gran motor que nos guíe entre nuestras diferencias, porque es tan oscuro el tiempo que se avecina, que tenemos que echar mano de nuestra conciencia histórica. Eso sí nos une a muchos que pensamos diferente, pero que estamos de acuerdo en que la democracia, si no es inclusiva, es apenas una palabra y una fachada. De algún lugar se debería exprimir la empatía para encontrar la confluencia de las luchas y convertirlas en una sola.

Página/12 :: Contratapa :: El ala rota

A violência é o único argumento dos fascistas

A democracia brasileira foi estuprada à luz do dia mediante mentiras abjetas propagadas por todas as empresas jornalísticas.” – DCM

OBScena: violência fascista arranca olho de jovem manifestante para legitimar o golpe paraguaio pela força

ViolênciaSabemos como começa, mas não como termina. Começa com os editoriais dos seus apoiadores. A violência começa pelas redações dos jornais. E lá na cozinha dos grupos mafiomidiáticos que se constrói a narrativa dos bons contra os maus. É lá que a violência é justificada sempre para permitir que seus parceiros ideológicos saqueiem o erário. Instalada a Cleptocracia, a violência é sua primeira obra.

Uma das formas mais fáceis e, por isso, utilizadas para drenar dinheiro dos cofres públicos é encher os veículos que os apoiam com publicidade. Basta a ver que a primeira medida de um golpista, de um parceiro da velha mídia é jogar a comunicação pública na privada.

Olívio e Tarso reforçaram a comunicação pública, que não é movida por publicidade nem por interesses imobiliários como a RBS. O que fizeram seus sucessores bancados pela RBS? Sucatearam a TV Piratini e FM Cultura para que a RBS nadasse de braçada. A Brigada Militar faz dobradinha com a RBS. Homenageia com medalhas os funcionários da RBS, e a RBS vira biombo para a violência da brigada. As condecorações da Brigada tem o mesmo papel das estatuetas distribuídas pela Rede Globo, um símbolo igual ao beijo entre mafiosos.

Não por acaso, a mesma cleptocracia que deu o golpe na democracia, se ancorou nas cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS) e a primeira medida foi atacar a EBC. O segundo passo, porque não tem legitimidade, é a violência para atacar porque aplicam uma velha máxima latina “civis pacem para bellum”, se queres a paz prepare-se para a guerra. Foi assim na ditadura de 1964, está sendo assim no golpe de 2016. Pensam que para se legitimarem precisam impedir as pessoas de se manifestarem, seja tirando-lhes veículos públicos, seja tirando-lhes, literalmente, a visão.

Michel Temer, beneficiado com o cargo de presidente devido ao golpe dado por Eduardo CUnha a pedido da Rede Globo e suas filiais, declarou que as manifestações eram de “40, 50 pessoas”. Ora, ora, ora. Se eram apenas 40, 50, porque tanta violência? Ora, como na fábula da rã e do escorpião, porque a violência é da natureza do poder ilegítimo.

A violência do Estado é uma exigência de seus patrocinadores e de seus principais beneficiários a mídia privada. Foi assim na ditadura é assim agora. Para a RBS e seus ventríloquos, a violência e o assassinato pelas costas de seus inimigos é vista apenas como “um mártir”, uma oportunidade de defesa aos defensores das vítimas e não como um assassinato. Como já escrevi em outra oportunidade, “Os bandidos das ruas são filhos das redações” e das suas relações promíscuas. Basta pensar o que teria publicado a RBS se o estuprador de Florianópolis fosse filho do Olívio ou do Tarso, como é filho deles, a morte foi do Mosquito!

Para os bandidos encastelados sob o nome de imprensa, a morte de um jovem de periferias, de preferência de cor preta, é festejada. Já um senhor branco, que usa um heliPÓptero pilotado por servidor público seu subalterno, abastecido com gasolina paga pelo erário, que pousa em suas fazendas, mesmo que seja apreendido com 450 kg de cocaína, sua punição será virar ministro de seus golpistas.

Ninguém que saiba o que foram as SS nazistas e os camicia nera fascistas pode ignorar que a violência é o único argumento dos fascistas. E os fascistas hoje foram e são incubados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

No RS, advogado é agredido por PM e seu filho chuta soldado na cabeça

Por jloeffler – No dia 02/09/2016

Enquanto filho teria eu tido a mesma atitude em defesa do meu pai e meu filho estou certo teria feito o mesmo. Esse é o arremedo de Governo Sartori. Não posso esquecer que Sartori traz em seu DNA esse espírito debochado e bandido do PMDBosta. Para nos prestar o policiamento de quarteirão alega ele que não dispõe de guardas em número suficiente, mas para bater nos que não aceitam terem seus votos ROUBADOS pelo partido dele, partido de bandidos usurpadores aí não mais existe a CARÊNCIA DE EFETIVO. Como ele é essencialmente debochado penso que mentiroso também.
O Editor
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02 Setembro 2016

Em Caxias do Sul, na serra gaúcha, o protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff (PT) na noite da última quarta-feira (31) acabou em agressão. Um vídeo mostra um homem apanhando de policiais militares. Na sequência, um rapaz, filho do agredido, chuta a cabeça de um dos policiais, que desmaiou e chegou a ter convulsões.
A reportagem é de Paula Sperb, publicada por portal Uol, 01-09-2016.
O vídeo foi divulgado pela Mídia Ninja, grupo de jornalistas independentes, mas é de autoria desconhecida. Ao menos três policiais aparecem na cena. As imagens mostram o advogado Mauro Rogério Silva dos Santos, 51, sendo atingido com cassetete na cabeça, barriga e pernas por um policial, enquanto outro PM o segura.
Em outro momento, Santos está no chão e dois policiais o agridem. O registro mostra na sequência um rapaz correndo e chutando a cabeça de um dos policiais, que estava abaixado.

O jovem foi identificado como Vinicius Zabot dos Santos, 21, filho do advogado. “Quem não faria aquilo [ao ver o pai no chão]?”, disse o advogado à Folha.
O advogado contou que costuma buscar o filho na saída da faculdade, por volta das 22h, mas por causa do protesto encontrou o filho um pouco mais tarde.
O protesto já havia acabado quando Santos chegou ao centro da cidade a pedido do filho, que junto com um grupo de jovens, assistia a abordagem policial a uma mulher e a um adolescente, apontados como autores de pichações contra o atual presidente, Michel Temer (PMDB). As pichações chamavam Temer de “golpista”.
“Peguei minha carteira da OAB e me dirigi aos policias com cautela. ‘Sou advogado’, eu disse. ‘O senhor se retire’, um deles falou, já muito perto de mim. Logo um deles me empurrou e não consegui nem falar mais, me deram voz de prisão”, disse o advogado.
Depois de agredir o PM, Vinícius levou dois tiros da polícia de arma não-letal, na perna e nas costas –as marcas se assemelham a tiros de sal, segundo o advogado.
Motivação
O filho de Santos, estudante universitário e ex-atleta de canoagem, agora é investigado pela Polícia Civil por tentativa de homicídio. Ele passou a noite na Penitenciária Industrial de Caxias do Sul e obteve liberdade provisória na manhã desta quinta (1º).
O policial atingido com o chute na cabeça foi o soldado Cristian Luiz Preto, 32, que desmaiou e chegou a ter convulsões, segundo a Brigada Militar (a PM gaúcha). Preto ficou internado no Hospital Pompéia e recebeu alta no final da manhã. Segundo a corporação, ele sofreu uma concussão.
O motivo que provocou a cena filmada tem versões diferentes. Pela justificativa da polícia, Santos teria interferido na abordagem dos supostos pichadores e atrapalhou o trabalho da polícia.
Segundo o delegado Duarte, os policias teriam reagido depois que o advogado deu uma cabeçada em um dos soldados, quebrando seus dentes. De acordo com o delegado, o vídeo divulgado nas redes sociais não mostra a agressão feita pelo advogado.
“Se eles acham que eu sou culpado, que divulguem as imagens das câmeras de segurança, então”, disse o advogado.
Para Santos, os policiais não entenderam que ele era advogado. “Ou é preto ou é advogado, as duas coisas não”.
Na opinião do advogado, houve abuso policial. “Na rua falavam baixinho que iam fazer um ‘pacotinho’, mas não entendi e disseram que tinha muita gente ali. Na delegacia, os policiais militares fizeram o tal ‘pacotinho’: algemaram com força meus braços nas costas, dobraram minhas pernas para trás por dentro das algemas e um policial sentou em cima”.
O advogado conta ainda que os policiais usaram técnicas de sufocamento. “É quase inimaginável que o ser humano faça isso com outro. Na delegacia me diziam: ‘Doutor, o senhor vai ter que escrever com os dentes amanhã’ por causa da minha mão machucada’”, disse.
Segundo o delegado Rodrigo Duarte, o inquérito deve levar até 30 dias para ser concluído. Pai e filho foram autuados em flagrante, o rapaz por tentativa e homicídio e o pai, por lesão corporal grave e desacato. Os policiais envolvidos na cena não receberam punição — a Brigada Militar abriu inquérito policial militar para apurar a conduta dos policiais.
O comandante responsável pelo policiamento em Caxias, coronel Antônio Osmar da Silva, não atendeu a reportagem. Segundo sua assessoria, o assunto é de responsabilidade do 12º Batalhão da cidade, onde trabalham os policiais.
Os servidores do 12º Batalhão informaram à Folha que o responsável da unidade, o tenente-coronel Ronaldo Buss, não comentaria o caso. Procurado, no 12º Batalhão, o capitão Amilton Turra, que comandou a operação de quarta-feira, não atendeu as ligações.
Em Porto Alegre
Em Porto Alegre, uma manifestação contra Michel Temer percorreu diversas ruas da cidade a partir da Esquina Democrática, ponto tradicional de protestos dos movimentos sociais desde a ditadura militar. Um pequeno grupo atacou a sede do partido de Temer, o PMDB, quebrando janelas e a fachada do prédio, na Avenida João Pessoa. A tropa de choque da Brigada Militar usou bombas de gás lacrimogêneo.
Outro protesto, no Parque Moinhos de Vento, conhecido como Parcão, celebrou o impeachment de Dilma vendendo chope “sem inflação”. “Dois copos por apenas cinco Temers”, dizia o cartaz de divulgação da festa.

Fonte: http://ihu.unisinos.br/559660-no-rs-advogado-e-agredido-por-pm-e-seu-filho-chuta-soldado-na-cabeca

Praia de Xangri-Lá

01/09/2016

Porto Alegre diz não à linha sucessória defendida pela RBS: Eduardo CUnha/Temer, Sartori & Sebastião Mello

SegurançaSe Temer é CUnha, RBS é Rede Globo. São paralelas que sempre se encontram nos golpes.

De Brasília a Porto Alegre, a mão que balança a democracia tem digitais da Globo e da RBS. Está no DNA de ambas. A Rede Globo brotou em 1954, mas cresceu em 1964. A RBS nasceu das cincas da Última Hora, também em 1964.

A parceira entre ambas pode ser medida pelos seus representantes no Congresso: enquanto a Rede Globo conta com Aécio Neves e Eduardo CUnha, a RBS conta com Ana Amélia Lemos e Lasier Martins.

Ontem parece que Porto Alegre acordou.

Começou a perceber que não diferença entre o PMDB (Puro Merda, Droga e Bosta) de José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá, Michel Temer e Eduardo CUnha não difere do PMDB dos gaúchos Eliseu Padilha, José Ivo Sartori e Sebastião Mello. Graças à RBS o RS foi entregue a um palhaço, também conhecido como Tiririca da Serra.

Se os porto-alegrenses não abrirem o olho, se depender da RBS, a capital será entregue à sua miniatura, Sebastião Mello.

Porto Alegre já se encontra entregue às traças, se depender da RBS será entregue às ratazanas.

Porto Alegre tem megaprotesto contra Temer no PMDB e na RBS

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“Hoje, mostramos ao PMDB que não vai ter arrego para golpistas e, para a Brigada Militar, que não temos medo. Nós não vamos sair das ruas”, disseram os organizadores da manifestação; protesto ocorreu diante da sede do PMDB e também da RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul, que apoiou a deposição de Dilma; reportagem de Marco Weissheimer, no Sul 21

1 de Setembro de 2016 às 05:09 // Receba o 247 no Telegram

Por Marco Weissheimer, no Sul 21

A página do evento no Facebook já anunciava um ato de grandes dimensões. Em menos de 24 horas, cerca de seis mil pessoas confirmaram presença no ato contra o golpe que começou a se concentrar a partir das 18 horas, na Esquina Democrática, no centro de Porto Alegre. Alguns minutos depois do horário marcado para o início da concentração, os primeiros gritos de “Fora Temer!” começaram a ecoar no centro da capital gaúcha. Em poucos minutos, centenas de pessoas começaram a se reunir na Esquina Democrática. A chuva, que prejudicou o ato chamado para o dia anterior, cessou e o céu chegou a exibir alguns minutos de sol no final da tarde de quarta-feira em Porto Alegre. Os gritos de “Fora Temer” se alternaram com os “Golpistas, fascistas, não passarão” e “Dilma guerreira, mulher brasileira”. Mas o grito mais repetido, desde o início do ato, foi mesmo o “Fora Temer”.

A concentração inicial foi marcada pelo enterro da democracia. Um caixão coberto de velas foi velado por um grupo de manifestantes no centro de Porto Alegre. E o ambiente foi de velório mesmo. Dezenas de pessoas cercaram o caixão depositado na Esquina Democrática em um clima de silêncio e gravidade que durou alguns minutos. O clima para o ato foi esquentando com a chegada de vários grupos de coletivos e organizações que, desde o primeiro semestre vem participando das manifestações de rua em Porto Alegre: Levante Popular da Juventude, Juventude do PT, União da Juventude Socialista (UJS), coletivos Kizomba e Mudança, do PT, União Nacional de Estudantes (UNE), União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes), entre outros grupos, deram a dinâmica da manifestação que, pouco depois das 19 horas, saiu em caminhada pela Borges de Medeiros, pegando a Salgado Filho e depois a João Pessoa, aos gritos de “Olê, olê, olê, fora Temer”.

O papel da Rede Globo e da RBS no processo de derrubada da presidenta Dilma Rousseff também foi lembrado pelos milhares e manifestantes que ocuparam praticamente toda a avenida João Pessoa, desde o viaduto na conjunção com a Salgado Filho até as proximidades da Venâncio Aires. O clima era de muita indignação com os acontecimentos dos últimos dias no Senado. “Temer, ladrão, teu lugar é na prisão” foi uma das palavras de ordem mais repetidas pelos manifestantes, um público predominantemente muito jovem, com uma faixa etária média em torno de 22 anos, e com muitos estudantes secundaristas que participaram do movimento de ocupação das escolas no primeiro semestre.

Na descida da João Pessoa, os manifestantes passaram por um efetivo numeroso do Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, postado sob às arvores do Parque da Redenção, ao longo da avenida. Um pouco antes da Venâncio Aires, a manifestação fez uma parada em frente à sede do PMDB, onde o caixão velado na Esquina Democrática foi colocado no meio da rua e incendiado em forma de protesto contra a violação da democracia no país. Logo em seguida, alguns manifestantes passaram a tentar derrubar uma grade de acesso à sede do PMDB, denunciando o protagonismo do partido de Michel Temer, do governador José Ivo Sartori e do vice-prefeito Sebastiao Melo, no processo de derrubada de Dilma Rousseff. A grade foi finalmente derrubada e um container que estava na calçada foi lançado dentro da sede do PMDB aos gritos de “lixo, lixo”.

Neste momento, a Brigada Militar começou a disparar bombas de gás da Redenção em direção a João Pessoa, em frente à sede do PMDB, com o objetivo de dividir a coluna de manifestantes que, aquela altura, somava alguns milhares de pessoas. Conseguiu provisoriamente seu objetivo, fazendo com  que algumas centenas de manifestantes corressem para a Lima Silva, na Cidade Baixa. Mas, logo, em seguida, o grupo se reagrupou e seguiu em direção à avenida Ipiranga e de lá para a frente do prédio da RBS, onde ocorreu o confronto mais sério com a Brigada Militar. A uma quadra do prédio da Zero Hora, cerca de dez viaturas da polícia militar correram para a frente da RBS com as sirenes ligadas. Logo, um destacamento do pelotão de choque se posicionou em frente ao prédio. Um grupo de manifestantes começou a queimar pneus na avenida Ipiranga, do lado oposto ao do prédio de ZH. Os brigadianos começaram a lançar bombas de gás e balas de borracha que atingiram as costas de uma manifestantes que ficou cerca de 20 minutos deitado no piso da avenida Érico Veríssimo até se recuperar dos ferimentos e conseguir voltar a andar.

Após um período de muita correria e asfixia provocada pelas bombas de gás, a manifestação se reagrupou na Érico Veríssimo e seguiu em direção à Cidade Baixa. O restante do trajeto foi tranquilo e recebeu muitos apoios de moradores e frequentadores de bares da região. Na esquina da República com a José do Patrocínio, um letreiro luminoso com os dizeres “Fora Temer!” foi exibido na lateral de um prédio. Por volta das 21h30min, a manifestação chegou à Perimetral, ao lado do Largo Zumbi dos Plamares, onde ocorreu uma rápida reunião transmitida boca a boca para todos os participantes.

“Hoje, mostramos ao PMDB que não vai ter arrego para golpistas e, para a Brigada Militar, que não temos medo. Nós não vamos sair das ruas”, disseram os organizadores da manifestação que convidaram para uma assembleia popular que ocorrerá neste domingo, às 16 horas, na sede do Centro de Professores do Estado do Rio Grande do Sul (CPERS Sindicato). Essa assembleia definirá os próximos passos o movimento que promete intensificar as mobilizações de rua “contra o golpe e o governo ilegítimo de Michel Temer”. O escracho promovido em frente à sede do PMDB evidenciou que o resultado do processo de impeachment no Congresso Nacional provocou uma fratura na sociedade que, dificilmente, será resolvida pelas bombas de gás e balas de borracha da polícia militar.

Porto Alegre tem megaprotesto contra Temer no PMDB e na RBS | Brasil 24/7

29/08/2016

A fábrica de ratazanas da RBS

rbs golpeQuem sai aos seus não degenera, diz o ditado. Fetter, assim como Antônio Britto, Yeda Crusius, Luis Carlos Prates, Ana Amélia Lemos e Lasier Martins  são ratazanas produzidas nos porões da RBS, também conhecida, devido às descobertas nas Operações Zelotes e Ouro Verde (Portocred)  da Polícia Federal, como Rede Baita Sonegadora.

Desde o final do século passado que venho denunciado o papel da RBS sempre criminalizando os movimentos sociais para defender a plutocracia. Foram muitos artigos escritos para o Observatório da Imprensa, como este de 2001: Os negócios, a política e a esquerda. Quem é gaúcho ou catarinense não tem o direito de dizer que não sabe que a RBS tem atuação fascista em relação aos movimentos sociais e aos representantes de esquerda. A perseguição a Olívio Dutra e José Paulo Bisol. Este ganhou indenizações milionárias da RBS por sanha persecutória. A famiglia Sirotsky não é flor que se cheire…

Portanto, não há nada de novo. O fascismo perdeu a modéstia já faz muito tempo no RS. A recente cavalgada da RBS em parceria com a Rede Globo, convocando seus midiotas para comparecerem ao Parcão de Porto Alegre para destituir Dilma, em parceria firmada com Eliseu Rima Rica, mostra perfeitamente de que lado a RBS sempre, desde que emergiu das cinzas em 1964, esteve. A RBS nasceu, cresceu e se expandiu com a ditadura, foi uma simbiose em que ambos se locupletaram.  Não é mero acaso que o principal jornal do grupo Zero Hora, tenha sido apreendido na democracia mas jamais durante a ditadura, tenha nascido das cinzas do jornal Ultima Hora.

A história da RBS, recentemente escrita em parceria com Augusto Nardes e Gerdau, é uma longa ficha corrida de atendado aos movimento sociais e apropriação de recursos públicos. O exemplo mais recente está no atual momento do RS. Com a violência cotidiana e em todos os  pontos do Estado, com o Tiririca da Serra desviando recursos da segurança para investir em propaganda na RBS, vai gastar mais em instalação, manutenção para a provisória Força Nacional, do que investe em segurança. A Feira de Esteio virou motivo para jorrar dinheiro público nos múltiplos veículos da RBS. Mas não para por aí. A Feira está pagando para funcionários da RBS, como Pedro Ernesto Denardim, fazer show na Expointer. Comparado com Denardim, meu avô pareceria Mozart. Não se trata de artista, mas de retribuir os comentários que diagnosticam a violência como sendo um problema herdado do governo anterior.

Quando alguém dos movimentos sociais ou da esquerda em geral é investigado, a RBS criminaliza tudo e todos. Não é a pessoa, mas as instituições às quais o investigado pertence. Agora, quando todo o PP gaúcho é pego na Operação Lava Jato, a RBS não criminaliza o PP. O Partido de Merdas, Drogas e Bostas está infestado de gente como Michel Temer, José Sarney, Renan Calheiros, Eliseu Quadrilha, José Ivo Sartori, Sebastião Mello, mas a RBS esconde que fazem parte de um mesma agremiação. Este é o modus operandi da RBS. Portanto, Fetter não é um fruto temporã, mas está dentro da lógica da RBS. Não exceção, é condição.

As pessoas que têm um pouco de memória vão lembrar das reportagens que a Veja, em parceria com a RBS, fazia durante o governo Olívio Dutra para dizer que a violência havia tomado conta de Porto Alegre. Para os mais novos, há outra informação que precisa ser dita. A parceria da RBS com o Governo FHC resultou em empréstimos subsidiados pelo Banco do Brasil. Quando FHC foi apeado do poder, alguns de seus serviçais aportaram nos holerites da RBS. Um deles, Pedro Parente virou moeda de troca no golpe em curso. A parceria ideológica da RBS com Eliseu Padilha, Eduardo CUnha e Michel Temer, todos envolvidos em operações em andamento na Justiça, levou Pedro Parente para a Petrobrás onde já começa a jogar, como Antonio Brito fez com a CRT, bens públicos na privada.

Diz um ditado que a maconha produz falta de memória e outras coisas que não lembro. Deve ser por isso que Alexandre Fetter se esqueceu de dizer que parcela das pessoas com as quais convive consume produtos ilegais, que, em função do tráfico, geram violência. Um ex-governador do RS, parceiro da RBS, depois que seu enteado foi internado na Pinel por overdose, foi se desintoxicar na Espanha. Deve ser por isso que criminalizam o traficante pobre mas não se incomodam com o fato de o dono do heliPÓptero, que transportava 450 kg de cocaína, agora tenha virado ministro. Sem o consumo dos frequentadores do Parcão não haveria tráfico na Vila Cruzeiro!

 

Locutor da RBS que mandou cuspir em Lula diz esperar que jornalistas sejam vítimas de violência

Postado em 28 de agosto de 2016 às 9:25 pm

Do Sul21:

O comunicador Alexandre Fetter, do programa Pretinho Básico, da rádio Atlântida (Grupo RBS), defendeu que jornalistas e formadores de opinião que criticam excessos da Brigada Militar, filhos e parentes de políticos e governantes sejam as próximas vítimas da violência que assola o Rio Grande do Sul, “que sejam eles a sangrar e a deixar suas famílias enterradas”, afirmou em uma “carta aberta” lida ao vivo no programa da última sexta-feira.

Fetter acusou deputados de “defender bandidos publicamente com o interesse velado de perpetuação no poder”, sem esclarecer que deputados seriam estes. Esses políticos, acrescentou, “estão advogando para miseráveis e ignorantes que são maioria neste país e que neles vão seguir votando”. O comunicador atacou também jornalistas e formadores de opinião, afirmando:

“Não é possível que jornalistas ou formadores de opinião sigam em seus espacinhos públicos batendo na Brigada Militar, na Polícia, em suas práticas de defesa da sociedade, denegrindo e manchando a imagem da instituição. Tenho mais do que vergonha destas pessoas, tenho nojo destas pessoas, gente que eu adoraria citar o nome, colegas de profissão que trabalham ali no morro do lado, trabalham aqui, um pouquinho acima, mas não dá, infelizmente. Para mim, que gente assim sejam as próximas vítimas, que sejam eles a sangrar e deixar suas famílias enterradas”.

Os “ideais marxistas” também foram apontados por Fetter como responsáveis pela criminalidade. Esses ideais, segundo ele, estariam “entranhados nas faculdades de Direito e Jornalismo, nos poderes, especialmente Legislativo e Judiciário” e, entre outros problemas, “não permitem que a polícia mate…”.

O comunicador da RBS também chamou o governador Sartori de “figura patética” e defendeu que as próximas vítimas de violência sejam filhos e parentes dos atuais governantes: “eu quero que sejam amigos, parentes e familiares destes que estão patrocinando o massacre urbano lá de dentro de seus gabinetes, com segurança particular na porta”. “Que sejam vocês as próximas vítimas, seus parentes, seus filhos, seus pais, suas mães”.

Diário do Centro do Mundo Locutor da RBS que mandou cuspir em Lula diz esperar que jornalistas sejam vítimas de violência

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