Ficha Corrida

18/09/2016

Zelotes dos Zelotskys e das Zelites

Zelotes no pNão deu zebra, deu a lógica. A obsessiva caça ao grande molusco é a cortina de fumaça perfeita na tentativa de jogar, com a cumplicidade da velha mídia, a sujeira dos finanCIAdores ideológicos para debaixo do tapete. Enquanto o foco da força tarefa se concentra na produção fordiana de powerpoint contra Lula, o elenco que aparece nas mais variadas listas ri à toa.

Ninguém mais fala no elenco milionário que atua na Lista de Furnas, a Lista Falciani do HSBC, a Lista Odebrecht, Panama Papers, Operação Zelotes (CARF), Operação Ouro Verde(Portocred)?! A famiglias da Rede Globo, Gerdau, Banco SAFRA, Sirotsky estão escondidas atrás das cortinas de fumaça dos caçadores do grande molusco.

A caça a Lula aplaca o apetite da hienas hidrófobas cevadas pelo ódio fascista mas, principalmente, cria uma cortina de fumaça, um verdadeiro biombo, de proteção à plutocracia. Enquanto caçam Lula, Sérgio Machado  não entende o que foi feito de Eduardo CUnha, Cláudia Cruz, Aécio Neves, Andrea Neves, José Serra, FHC, Romero Jucá, José Sarney, Michel Temer, Eliseu Rima Rica e Moreira Franco. Eu sei, deitam e rolam.

Sabia que a operação Zelotes, sem Powerpoint, é maior do que a Lava Jato?

Publicado em setembro 17, 2016 por Luiz Müller Deixe um comentário

Luiz Carlos Trabuco, Joseph Safra e André Gerdau estão entre os mais de 50 indiciados

Dos JORNALISTAS LIVRES

Longe dos holofotes da grande imprensa, sem delações premiadas ou prisões preventivas, a operação Zelotes investiga fraudes contra a Receita Federal que podem chegar a R$ 19 bilhões. Empresas multadas pela Receita teriam pago a conselheiros para votarem a seu favor nos recursos apresentados ao CARF. A operação já indiciou 54 pessoas. E ainda faltam muitas.

O que seria então o “tal de CARF”?

Bem, é o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais. Quando uma empresa ou uma pessoa física é autuada pela Receita Federal, ela pode, em primeiro lugar, recorrer à própria Receita para não pagar ou para reduzir a multa. Se perder esse primeiro recurso e quiser continuar a recorrer, o julgamento em segunda instância é no CARF. Se o contribuinte ganhar no CARF, não caberá mais recursos à União. Se o contribuinte perder, ainda pode ir à Justiça. Bem poderoso esse CARF, não acha?

Mais incrível é que esse desconhecido CARF tem mais de 100 anos e tem 216 conselheiros. É bem antigo e bem grande. Desses 216, metade é oriunda da Receita Federal, auditores em final de carreira. A outra metade, “representando a sociedade”, vem das confederações da indústria, do comércio, da agricultura. São turmas compostas por esses conselheiros que julgam os recursos que lá chegam. O estoque atual em discussão no Conselho totaliza R$ 565 bilhões.

Como começou a operação Zelotes?

Em 2013, a Corregedoria da Receita Federal fez a denúncia de que havia um esquema de compra e venda de decisões dentro do Conselho. A Polícia Federal investigou e concluiu que, de fato, havia fortes indícios de irregularidades e fraudes em 74 julgamentos ocorridos após 2005. “Um pedido de vista valia 20, 30 ou 50 mil” dependendo do valor envolvido no processo, afirmou o deputadoPaulo Pimenta. Venda de sentenças e negociação para troca de conselheiros, são outros exemplos de irregularidades que estão sendo investigadas. Assim nasceu a operação Zelotes, que significa falta de zelo, nesse caso, pela coisa pública.

Quais empresas já estão indicidas?

Ontem, 15/09, foram indiciados diretores da Mundial S.A. e ex-dirigentes, incluindo um ex-presidente, do CARF. A Mundial, com 120 anos de existência, é resultado da fusão da Eberle com Zivi-Hercules. A empresa é conhecida por seus alicates, tesouras, cortadores, pinças, facas e talheres. O suposto prejuízo de R$ 43 milhões aos cofres públicos nem é tão expressivo em comparação com as denúncias anteriores que envolvem Bradesco, Safra e Gerdau.

Bradesco é suspeito de se livrar de multas de R$ 3 bilhões

Em julho, haviam sido denunciados o presidente Luiz Carlos Trabuco e mais 3 diretores do Bradesco. De acordo com a denúncia, a instituição tentou, em 2014, livrar-se de uma cobrança de aproximadamente R$ 3 bilhões no órgão. (Valor Econômico de 28/07/2016)

Processos administrativos contra Safra somavam R$ 1,5 bilhão

Em março, a Zelotes denunciou por corrupção ativa o banqueiro Joseph Safra, o banqueiro mais rico do mundo, segundo a agência de notícias Reuters. O Ministério Público federal ofereceu denúncia contra Joseph Safra e a diretoria da empresa por atos praticados em “processos administrativos fiscais, todos envolvendo a JS ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS S/A, sociedade empresária integrante do Grupo SAFRA, cujos valores discutidos somavam R$ 1.493.800,000,00 (um bilhão, quatrocentos e noventa e três milhões e oitocentos mil reais) em agosto de 2014, mas, atualmente, giram em torno de um bilhão e oitocentos milhões de reais”. (Íntegra da denúncia)

Gerdau é acusada de tentar evitar multas de R$1,5 bilhão

Em maio, foram indiciados André Gerdau e mais 18 envolvidos em suspeitas de corupção, tráfico de influència e lavagem de dinheiro. “A suspeita é que o grupo Gerdau tenha tentado evitar, por meio do CARF, o pagamento de multas que somam R$ 1,5 bilhão.” Afirma matéria do portal G1.

Valores assustadores e pouca repercussão nos meio de comunicação

Embora estejamos vivendo uma cruzada anti-corrupção no Brasil, a operação Zelotes ainda é muito pouco conhecida. Especialmente por telespectadores de nossas redes de televisão e nossos ouvintes de rádios. A sonegação é a corrupção decapitalistas e anunciantes. Seria essa a explicação para não estarmos todos com panelas em punho?

Para saber mais sobre a operação Zelotes:

1 Artigo Prá Lava Jato nada? Tudo! E pra Zelotes?, publicado em 17/05/2015 por Jornalistas Livres, emhttps://jornalistaslivres.org/2015/09/pra-lava-jato-nada-tudo-e-pra-zelotes/

2 Artigo Lava Jato e Zelotes têm diferenças gritantes, publicado em 02/05/2015 por Brasil247, emhttp://www.brasil247.com/pt/247/brasil/179310/Lava-Jato-e-Zelotes-tem-diferencas-gritantes

3 Artigo Zelotes: ex-presidente do Carf é alvo de nova denúncia do MPF, publicado por EBC agéncia Brasil, em 16/09/2016, emhttp://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2016-09/zelotes-ex-presidente-do-carf-e-alvo-de-nova-denuncia-do-mpf

06/08/2016

Hebe Bonafini, como Lula, também é caçada

No Brasil e na Argentina, plutocracia se una à cleptocracia na caça a líderes populares.

A triste coincidência que une, como na Operação Condor, Brasil e Argentina. A caçada ao grande molusco inspira ao lavador do Panama Papers, Maurício Macri, fazer da representante das Mães da Praça de Maio, Hebe Bonafini, alvo de sua natureza espúria. Coincidentemente, o esporte praticado nos dois países, que jamais será considerado esporte olímpico, se destina a caçar exatamente aquelas pessoas mais identificadas com os setores sociais sempre vítimas dos autoritarismos. Líder na luta para identificar os milhares de filhos roubados pela ditadura argentina, Hebe virou vítima preferencial de um governo que levou o término de políticas sociais e elevou os impostos às estratosferas. Nada diferente do que prentendem os caçadores de Lula no Brasil. Lá Maurício Macri tem o apoio do Grupo Clarin, colega no Panama Papers. No Brasil, qualquer um que se decida por caçar o grande molusco sempre contará com o apoio da Rede Globo, igualmente, via Mossack & Fonseca, no Panama Papers.

EL PAIS › Nota de tapa

EL DIA DE LA MADRE

Por Irina Hauser

Hebe de Bonafini y la multitud que se reunió para respaldarla lograron su objetivo: el juez Martínez de Giorgi levantó la orden de detención y aceptó ir él a la Casa de las Madres a tomarle declaración.

Una clase magistral de las Madres

Tras una larga charla con los abogados de Madres, el juez Marcelo Martínez de Giorgi aceptó el pedido de eximición de prisión. La movilización solidaria con Hebe –ayer recibió el llamado de CFK– obligó a rever el marco de la indagatoria.

Por Irina Hauser

Hay una foto que la muestra a Hebe de Bonafini subida a la combi que la llevaba a Mar del Plata ayer a la tarde donde tiene la sonrisa amplia, los labios pintados y los ojos chiquitos pero luminosos. Siempre es raro verla sin el pañuelo blanco de Madre de Plaza de Mayo, con su pelo corto y gris. Estaba contentísima. Se lo decía a todo el mundo. Había logrado que Marcelo Martínez de Giorgi levantara la orden de detención. Ella le mandó a decir, a través de su abogado, que aceptaba que le tomen la declaración indagatoria en la causa “Sueños Compartidos” mientras sea en la casa de las Madres, y también lo consiguió. Es posible que el juez vaya en los próximos días, aunque no estableció cuándo.

El jueves a la noche, después de haber estado rodeada de una inmensa masa humana que la acompañó en la sede de las Madres ante la orden de detención de Martínez de Giorgi por no ir a la indagatoria, Bonafini se reunió con sus colaboradores de confianza y con su abogado Juan Manuel Morente. Para ella había sido un día de gloria, ya que no hubo modo de que la indagaran, pero les dijo que temía que si la iban a buscar para detenerla se generaran situaciones de violencia con las fuerzas de seguridad. Morente le propuso descomprimir, mostrar disposición a declarar en la sede de las Madres, y que la eximan de prisión. Cuando llegó ayer a la mañana al despacho del juez en los tribunales de Comodoro Py no fue recibido de buena gana, pero la situación se distendió con el correr del diálogo.

Morente pidió por escrito levantar la captura y señaló que las fuerzas de seguridad habían puesto “en peligro cierto la salud y la vida de varios ciudadanos que se autoconvocaron”. Agregó que ante “la potencial disposición a la ejecución por parte del Ministerio de Seguridad de concretar una medida en forma abusiva que ponga en riesgo a terceras personas, sumado a las condiciones personales de la citada, y teniendo tal acto el fin único de garantía de defensa de mi defendida, que no genera perjuicio a terceros, es que solicito se formalice el acto de declaración en la sede de Hipólito Yrigoyen 1584”. Las deliberaciones con el juez llevaron cerca de tres horas.

En el ínterin la fiscal Paloma Ochoa dictaminó a favor del pedido de eximición de prisión. Ya el día de la orden de detención intentó poner un freno a Martínez de Giorgi al exigirle garantías de que la indagaría de inmediato sin dejarla detenida. Ahora que el juez aceptó, lo único que dejó pendiente es que le planteen más argumentos (por ejemplo de salud) para trasladarse a tomar la declaración.

Fuera de la formalidad, con su bravura habitual Hebe dijo que “Martínez de Giorgi no tiene huevos”, “se las agarra con las Madres, con las indefensas, y no con quien debería”. “Al juez no lo respeto, porque él no nos respeta a nosotros, a un juez pago por el Estado y por otros, como Clarín, no lo puedo respetar, no lo puedo respetar como mujer del pueblo, como madre de desaparecidos (…) que revise las 40 cajas que le mandamos que ni las miró, se las agarró conmigo, pero que se las agarre con (Sergio) Schoklender, con los que roban, pero no con las madres (… ) es un desvergonzado, le tiraron de los huevos porque no hizo nada por esta causa desde hace mucho. Ahora le dijeron, ´movela´, y con quien la mueve, con las indefensas”, estalló Bonafini.

Martínez de Giorgi replicó públicamente: “ordené la indagatoria de la Bonafini constructora de viviendas, no de la defensora de los derechos humanos”. También dijo que los mismos ex funcionarios “que acompañaron a Bonafini en la Fundación (para evitar su detención) son los que la pusieron a construir viviendas” y en diálogo con este diario dijo que analiza imputarles “encubrimiento”, o derivar una denuncia (ver aparte). De hecho, recibió una presentación del abogado Santiago Dupuy de Lome (denunciante frecuente) contra la ex ministra de Cultura, Teresa Parodi, el ex secretario legal y técnico Carlos Zannini y el diputado Andrés Larroque por impedir que Hebe fuera detenida.

La causa conocida como “Sueños compartidos” –el nombre del programa para construcción de viviendas sociales de las Madres– se inició en 2011, cuando salieron a la luz maniobras con cheques de los hermanos Sergio y Pablo Schoklener, apoderados de la Asociación, a quienes les habían confiado el manejo de la administración. Sueños Compartidos recibía dinero del Ministerio de Planificación para la construcción de viviendas con unos paneles móviles que importaba Sergio Schoklender. En un comienzo el ex juez Norberto Oyarbide investigó lavado de dinero, al seguir la ruta de gran cantidad de cheques que recibían los hermanos en cuestión, a quienes procesó por desviarlos de su finalidad, además de no pagar cargas sociales de los trabajadores. Martínez de Giorgi investigaba los contratos y a los funcionarios públicos implicados. Ahora hay una única causa. Los Schoklender estuvieron detenidos en 2012 y fue un gran escándalo. Luego no pasó casi más nada.

La detención del ex secretario de Obras Públicas, José López, con los nueve millones de dólares en el convento, empujó al juez a despabilar el expediente, porque López sería uno de sus principales implicados, ya que distribuía fondos para obras. El juez citó a 43 personas, entre ellas Hebe. Ya declararon los Schoklender, el ex ministro de Trabajo Carlos Tomada, el ex subsecretario de Obras Públicas Abel Fatala, López (trasladado desde el penal de Ezeiza) y el show seguirá también con el ex ministro de Planificación Julio de Vido. La acusación común es la de defraudación, en unos 200 millones de pesos.

Hebe pasó la mañana en la casa de las Madres, y recibió un llamado de Cristina Fernández de Kirchner, que la hizo llorar. Pero lloraba mucho, cada vez que hablaba del impacto de ver “al pueblo movilizado” a su alrededor.

Página/12 :: El país :: Una clase magistral de las Madres

 

El Madrazo

Por Luis Bruschtein

Fue más que rebeldía. Y no fue nada alocado. Al negarse a concurrir al juzgado, que es un hecho judicial, Hebe de Bonafini lo desconoció como tal. No lo reconoce como hecho judicial sino como hecho político y lo rechaza, por esa razón, como siempre hicieron las Madres: con resistencia civil, es una forma de no violencia para alertar por la violencia que se está incubando al usar a la justicia como instrumento de persecución política. Más allá de su peso ético en una sociedad en la que algunos sectores intentan, sin lograrlo, esquivar su gravitación, Hebe funcionó en este caso como síntoma de algo que está muy extendido. Los referentes funcionan así, como marcadores de temas que crecen en forma subterránea y se manifiestan cuando ya no tienen remedio. El gesto de rebeldía de Hebe de Bonafini es un síntoma y al mismo tiempo una advertencia. Aunque la acusen de intransigente y hasta de violenta en sus expresiones, ese gesto que puede ser calificado de ambas cosas por quienes la detestan, en realidad es una forma de prevenir las consecuencias violentas de la intransigencia del gobierno.

A esta altura no ve el que no quiere. En estos siete meses, el gobierno conservador avanzó en forma fulminante en decisiones económicas altamente agresivas del consumo popular y la producción interna. La velocidad se vio como fundamental para aprovechar el momento de mayor respaldo tras el triunfo electoral. El mismo criterio sirvió para avanzar en el plano político desarmando con rapidez y una facilidad inusitada al Frente para la Victoria, sembrando la dispersión a partir de fuertes presiones económicas a los gobernadores e intendentes, las que repercutieron en los bloques del FPV y en el kirchnerismo y su campo de alianzas. Y el mismo criterio de guerra relámpago se aplicó en la ofensiva mediática y judicial contra referentes del movimiento social y contra Cristina Kirchner, que puede convertirse en la cabeza de la oposición con mayor convocatoria.

El capital político que devino del triunfo electoral fue subestimado por el FPV y bien calibrado por el PRO-Cambiemos que lo aprovechó hasta la última gota. Pudo aplicar, aunque con dificultades, medidas económicas por las que en otras épocas se hubiera incendiado el país, y generó una crisis en el FPV que todavía está en desarrollo. Estos dos planos de acción son visualizados por la sociedad como movidas políticas del gobierno. Pero no sucede lo mismo con la campaña de desprestigio y neutralización en contra del movimiento social y de dirigentes opositores porque el gobierno se oculta detrás de los grandes medios del oficialismo y sus periodistas, así como de jueces y fiscales del partido judicial.

Pero para alcanzar las metas que obtuvo en los tres niveles de su blitzkrieg, el gobierno quemó naves y capital político. Los costos de la ferocidad del PRO-Cambiemos en estos siete meses se empiezan a ver en el profundo malestar creado por la inflación, la desocupación y la carestía de la vida, que se expresó en movilizaciones masivas y cacerolazos. Y a nivel político, la brutalidad del ajuste impactó en fuerzas amigas de la oposición, como las cúpulas sindicales dispuestas a conciliar, el massismo y progres antiperonistas, que difícilmente puedan sostener su política de diferenciación del kirchnerismo, que aparece así como la única fuerza de oposición real en sintonía con los que están afectados y se movilizan contra las medidas económicas.

El tercer nivel –la persecución judicial y el desprestigio mediático a este sector de la oposición– tuvo menos resistencia porque fue menos visible, ocultado tras argumentos de anticorrupción que son altamente sensibles para la sociedad. Hasta que Hebe de Bonafini se les plantó el jueves, el mismo día del ruidazo contra el tarifazo, y puso en evidencia con ese gesto que las medidas económicas antipopulares y el ataque judicial y mediático a dirigentes de este sector de la oposición forman parte del mismo paquete.

No se negó a declarar ni a esclarecer un hecho delictivo ante la justicia. Con el plantón denunció a la Justicia por prestarse a la persecución de dirigentes sociales y políticos con la excusa de perseguir la corrupción. Ya sea porque participa de esa estrategia o porque se hace cargo de la inercia creada por los medios y varios de sus colegas, el juez no la convocó para aclarar nada, sino para machacar con el desfile de una Madre de Plaza de Mayo ante los tribunales, que es una forma de degradarla mediáticamente, como lo hicieron con la exposición pública, ilegal e innecesaria judicialmente, de las pilas de billetes de la herencia de Florencia Kirchner.

Como ha sido la herramienta más eficaz, la campaña judicial y mediática contra integrantes de los gobiernos anteriores se convirtió en algo cotidiano, pero el abuso de estos mecanismos terminó por ponerlos en evidencia y el gesto de Hebe ha sido expresión de esta eclosión de un sentido opuesto al antikirchnerismo exacerbado que le imponían los medios del macrismo.

Hay ex funcionarios del kirchnerismo que fueron acusados y como se alinearon en otras fuerzas, ya no lo son. Cada ex funcionario kirchnerista, incluyendo a la ex presidenta, no tiene una sola causa, sino multitud de causas, muchas de ellas absurdas, como viajes en helicóptero o transferencias de autos usados en los años 90, lo que pone en evidencia la búsqueda del efecto mediático a través de la saturación y la manipulación, así como la complicidad de los jueces que aceptaron abrir esas causas descabelladas. Los allanamientos innecesarios y abundantemente reproducidos por los medios oficialistas que saturan los medios, igual que las persistentes citaciones y las medidas extremas de los jueces como el congelamiento de los fondos de la ex presidenta, más las interminables falsas denuncias nunca demostradas de cuentas en el exterior de la familia Kirchner o declaraciones públicas de grandes empresarios o ex funcionarios que después se desdijeron cuando tuvieron que declarar ante la justicia, a las que se suman las acusaciones por delitos que claramente fueron cometidos por los que denuncian, como en la causa del dólar a futuro y Fútbol para Todos, o campañas que se montaron sobre declaraciones compradas a delincuentes y pruebas falsas colocadas por funcionarios policiales, como fue la acusación feroz contra Aníbal Fernández. Toda esa pudrición de la política ha quedado tan expuesta que a esta altura nunca se sabrá si hubo corrupción o no durante el kirchnerismo, porque toda la campaña contra el gobierno anterior está infectada, corrompida hasta la raíz. No es como dijo un comentarista de la televisión: esta causa sí y esta no; porque todo el paquete huele a podrido, y no por la corrupción k sino por la corrupción de los políticos, fiscales y jueces que han pervertido estas herramientas para sacarles provecho político o personal.

La complicidad de jueces y fiscales y de la prensa oficialista le dio cierta impunidad a esa estrategia, pero el malestar provocado por la crisis económica tendió a sacar estos temas del foco de interés de la sociedad que los empezó a mirar con distancia, con más objetividad y así la mugre salió a la vista. Cuando Hebe se plantó, sabía que ya existía un plafón social que podía entender lo que estaba haciendo. Estaba expresando el hartazgo por la persecución política a través de la Justicia y dijo “Macri, pará la mano”, explicó que lo mismo le había hecho el gobierno radical-policial de Jujuy a Milagro Salas y que lo mismo tratan de hacer con Cristina Kirchner.

Hay una semilla fértil de violencia en esta persecución a una fuerza que cuenta con un fuerte respaldo popular. Es violencia que se incuba. Igual que la denuncia que está impulsando la cúpula de la colectividad judía contra Cristina Kirchner por el memorándum nunca aplicado entre Argentina e Irán. La iniciativa se suma a la campaña judicial y mediática contra el gobierno anterior y parcializa y expone por primera vez en Argentina a la colectividad judía como parte central de un conflicto cada vez más violento contra una fuerza política popular. Es una actitud temeraria por parte de esos dirigentes que rompen una tradición histórica de la colectividad judía donde hay diversidad de pensamiento. Las acciones del Isis buscan desatar una campaña contra los musulmanes para que estos se radicalicen hacia sus posiciones de guerra santa. El gobierno de derecha de Israel coincide con esa política de los terroristas, aunque por distintas razones: Espera que esa ola antimusulmana consolide su alianza con las potencias occidentales frente a los reclamos palestinos. Las decisiones que ha tomado la conducción de la colectividad judía argentina en consonancia con el gobierno macrista y la derecha israelí evidencian que quieren importar a la Argentina el clima de violencia que está haciendo estragos en Europa y los Estados Unidos.

Página/12 :: El país :: El Madrazo

 

Hebe, el ruido y el silencio

Por Sandra Russo

El jueves estaba pensando en escribir sobre el ruido y el silencio. Esa noche iba a haber ruidazo, y pensaba que, de alguna manera, ese estruendo metálico matizado con silbatos y bocinas que iba a unificar a todo el país sería un “pará la mano Macri” también con el silencio. Un basta de silencio. Hay un torniquete de silencio que nos está atormentando. Porque ante los sucesivos reclamos populares, este modelo opone silencio. La indiferencia es una forma del silencio. Las frases hechas son una forma del silencio. El cinismo es una forma del silencio. Estaba pensando en eso cuando me enteré que estaban por detener a Hebe, y salí para la plaza.

Entonces unas palabras sobre Hebe y el silencio: ella fue la que siempre lo rompió. Ella fue el gran ruidazo argentino desde hace cuarenta años. Ella siempre dijo lo indecible. Lo que por buenos modales, por educación, por corrección política, por conveniencia, por miedo, por hipocresía, depende el caso, muchos otros no dijeron. Hebe es una desmesura de luchadora, la que le corresponde a este país en proporción con sus tragedias. Ella es el grito que quedó vibrando para siempre. Ella y sus palabras y sus palabrotas son el filo que siempre rasga el silencio. Milagro, Cristina y Hebe son, además todo lo otro que son, voces en alto. Y son mujeres los blancos elegidos para el escarmiento. Mujeres con feminidades que no responden a la expectativa del poder global, patriarcal, clasista. Las tres dicen lo que ese poder prefiere mantener en silencio. Y no hablan por sí mismas. Hablan por otros.

Durante décadas, la imagen estampada en la memoria colectiva como la síntesis de la vida cotidiana en la dictadura fue el Obelisco enfundado en una pancarta que rezaba: “El silencio es salud”. Ese concepto no se circunscribía al ruido urbano en un país en el que la oposición política, social, estudiantil y sindical estaba siendo sistemáticamente eliminada. “Eliminada” no remite aquí a su noción contemporánea. Hoy eliminamos virus, eliminamos publicaciones o contactos que nos interfieren o nos agreden. Cuando fue colgado aquel cartel, eliminar era secuestrar y desaparecer. Para silenciar.

Se trataba de convertir el silencio en una zona de confort de la que fueran arrancadas las voces críticas. Así opera el poder antidemocrático cuando sus propias acciones y propósitos son oficialmente ocultados y la realidad que podría ser tapa, se tapa. Silenciando. Dentro de esa aspiración totalitaria hay un amplio abanico de silenciamientos. Desde su clímax, que fue la metodología que probaron y condenaron los juicios a los represores, hasta la uniformidad de opiniones en los medios de comunicación, la monotonía de las mentiras, la supresión de la política, pasando por la banalización industrial de la cultura, y llegando al núcleo, al corazón del silencio: quebrar la voluntad de decir de cada uno.

Los dispositivos para implantar el silencio de facto siempre persiguen eso. Que cada vez más gente prefiera no abrir la boca. Que cada vez más gente pierda la dimensión de su propia capacidad de comunicación. Que cada vez más gente se sienta tan impotente y presionada, que ya no sean necesarios los comisarios de las ideas. El ciudadano modelo en los regímenes totalitarios es el que absorbe su dolor o sus pérdidas sin ánimo de describirlo, ni denunciarlo ni de intentar reparar nada. Un ciudadano vencido y parco. Callado. Eso avizoró Orwell hace sesenta años y cuando el capitalismo todavía no había enloquecido tanto. Que vigilar no sólo sirve para acallar, sino también para hacer perder la voluntad de hablar.

En su ensayo Lenguas sueltas, el escritor británico pakistaní Hanif Kureishi, repasando el patrón disciplinador de regímenes e instituciones dominantes, dice que “en parte, la historia del siglo XX es la historia del silencio”. Minorías sociales, étnicas, raciales, sexuales y a veces hasta mayorías –como en los dieciocho años de proscripción del peronismo, durante el cual se pretendió vivir en democracia– han sido silenciadas para dejar en pie sólo un punto de vista, el oficial. Kureishi complejiza el tema porque entrecruza el mandato de silencio político con el vínculo personal, íntimo, que cada quien tiene con la palabra. “En el centro de todo hay algo más: la persona que no quiere oír sus propias palabras. Es la persona dueña de ellas, la que las ha fabricado en el interior de su cuerpo, pero que tiene y no tiene acceso a ellas, que es su prisionero, cárcel y ley. Si queríamos crear un sistema autoritario bien completo, en el que no hubiera lenguas sueltas, habría de ser aquel en el que los sueños estuvieran controlados”.

A lo largo de la historia, la inercia del colonialismo de cualquier tipo hizo que hablaran unos pocos y callaran todos los demás. Las “lenguas sueltas” siempre generan tensiones, discusiones, choques de distintas visiones, suponen una horizontalidad que en estos meses se ha borrado por completo. Diga lo que diga el Pro, que hoy está en uso de la palabra pública, cada día se hace más evidente que el aparato de lenguaje oficial esteriliza las ficciones de debates que vemos diariamente. El Pro no tiene palabra, de manera literal. No sólo porque Macri no haya dicho la verdad sobre el proyecto que encarnaba, sino también porque sus funcionarios callan de una manera nueva: no “hablan” en el sentido que se le ha dado aquí, no “se expresan”. Aparatean los debates con frases ya programadas, y su único objetivo en cualquier discusión es operar como un frontón ante cualquier posibilidad de discusión real.

Estamos, así, en una fase de silencio siniestro, que es a lo que se contesta. Los ciudadanos hacen ruido no sólo porque las tarifas son imposibles, sino también porque nadie los escucha y encima se les ríen en la cara. Es como si sus voces no existieran. Y sus opiniones, sus puntos de vista, apenas tienen reflejo en los medios. En estos meses, se han levantado a destajo programas de radio y televisión que muchos ciudadanos veían o escuchaban. Han sacado de juego a un buen número de periodistas de los medios audiovisuales, sin que los que se quedaron en ellos parezcan inmutarse, como si la interrupción de la libertad de expresión no fuera percibida. Nos pasamos años debatiendo estos temas porque había completa libertad de expresión. Parecía que quedaban las redes, pero Facebook está bajando sitios o inhabilitando cuentas, oficioso ante denuncias masivas de los trolls.

En tiempos antidemocráticos, dice Kureishi, siempre hay buenas razones para no hablar. Razones políticas, razones familiares, razones subjetivas. Hay que sobreponerse al temor e incluso al reparo ancestral hacia la propia voz en alto para hablar. El habla democrática y multicultural genera disputas, incorreciones, desacuerdos. Los que hablan pueden ofender, herir, molestar. Cuando hablan todos siempre habrá un habla sin sentido o un habla irrelevante, pero sólo en la lluvia de voces es donde podemos sentirnos con derecho a decir lo nuestro, y con la chance de hallar nuevas razones, imágenes o argumentos que expresen lo que sentimos. El hecho de que hablen todos puede generar un ruido inmenso y con consecuencias, porque hablar es un acto individual y colectivo a un mismo tiempo. Hablar le abre la puerta a lo impredecible. El problema del silencio, en cambio, “es que sabemos con exactitud cómo va a ser”.

Página/12 :: Contratapa :: Hebe, el ruido y el silencio

O papel da imprensa, mais sujo que papel higiênico usado, para proteger sua cleptocracia

Se Michel Temer recebe, no Jaburu, da Odebrecht, culpa do Lula. Se Eliseu Padilha também recebe gorjeta de Marcelo Odebrecht, culpa do Lula. Se Aécio Neves é o primeiro a ser comido, culpa do Lula. Se Lula não aparece na Lista de Furnas, Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht, no Panama Papers ou em Liechtenstein, e também não é citado nas delações, isso só prova que Lula é, sim, o grande culpado. Porque, se ele aparecesse em tudo, como o Aécio, ele seria inocente, como a Andrea Neves ou a Cláudia Cruz

Mas, como dizia Tom Jobim, para a turma do golpe paraguaio o sucesso de Lula, um nordestino que tirou milhões da miséria, é ofensa pessoal..

Imprensa prova que tem lado promovendo Temer, o inelegível, diz Greenwald

Imprensa prova que tem lado promovendo Temer, o inelegível, diz Greenwald

sex, 05/08/2016 – 16:21 – Atualizado em 05/08/2016 – 16:24

Jornal GGN – O portal The Intercept levantou alguns momentos em que a grande mídia citou Michel Temer como potencial candidato a presidente em 2018 sem evidenciar que o interino já foi condenado pela Justiça Eleitoral à inelegibilidade por oito anos.

A ideia de Temer concorrer à "reeleição" – alguns veículos tratam como se ele já tivesse sido eleito presidente da República, e não ocupado o cargo em função de um impeachment – desagradaria PSDB e seus satélites, que estão pavimentando o caminho para um de seus caciques.

Temer teve de reagir às reportagens, dizendo que não tem pretensões presidenciais, para evitar a implosão precoce da base aliada. Apesar disso, aliados chegaram a dizer à imprensa que se ele quiser, será candidato, nem que para isso seja preciso alterar a Lei da Ficha Limpa.

Por Glenn Greenwald e Inacio Vieira

Grande mídia promove candidatura de Temer ignorando sua inelegibilidade

Do The Intercept

Desde que Michel Temer assumiu a presidência interinamente, a grande mídia vem especulando em torno da possibilidade do presidente em exercício se candidatar à reeleição em 2018. Conforme nossa reportagem em junho, Temer foi condenado em maio por violar a lei eleitoral e está impedido de se candidatar a qualquer cargo (incluindo a presidência da República) por oito anos.

Já em sua primeira grande entrevista no exercício do cargo, o programa Fantástico, da Rede Globo, não deixou o assunto da candidatura passar em branco e Temer, que parecia inicialmente deixar em aberto a possibilidade da candidatura, logo concluiu de forma assertiva. “Não é a minha intenção [ser candidato]. Aliás, não é a minha intenção, e é a minha negativa. Eu estou negando a possibilidade de uma eventual reeleição”.

Nos dois meses que se seguiram, em diversas menções à possível candidatura de Temer, a grande mídia negligenciou um dado crucial: a condenação na Justiça Eleitoral que decretou a inelegibilidade do interino por oito anos bastaria para que as especulações em torno da candidatura consideradas impróprias, não fosse o profundo desejo da grande mídia de ver a reeleição concretizada.

A Lei Ficha Limpa, que hoje impede Temer de concorrer à reeleição, faz parte da trajetória do então presidente da Câmara desde 2009, quando apoiou e encaminhou para votação na casa o projeto que alterou a legislação anteriormente conhecida como Lei da Inelegibilidade. Em seu canal no YouTube, Temer falou em 2010 da “felicidade em fazer tramitar e aprovar o Projeto Lei do Ficha Limpa”, do qual se diz o “grande patrocinador”:

No último fim de semana, a possibilidade da candidatura de Temer foi ressuscitada novamente, desta vez pelo novo presidente da Câmara, Rodrigo Maia, em entrevista ao Estado de S.P. De acordo com o jornal, Maia haveria lançado Temer como candidato.

Em um artigo de linguagem predominantemente positiva e esperançosa com relação ao futuro de Temer, o jornal contou a “previsão ou premonição de Maia” que “Lula e Temer podem disputar segundo turno”, mas “Temer vencerá”. Maia também advertiu que “Temer será o candidato do nosso campo quer queira quer não”. Restou ao leitor determinar se “quer queira Temer” ou “quer queira o leitor”.

A Folha de S.P. ecoou a narrativa de esperança sem questionar a viabilidade do projeto.

O coro da grande imprensa continuou mesmo após o interino se mostrar humildemente “honrado com a lembrança” de Maia em nota oficial. Mas deixou claro: “Não cogito disputar a reeleição”. Os grandes jornais do país seguiram a deixa e refletiram em suas reportagens a “escolha” do presidente em exercício por não concorrer ao Planalto em 2018.

Os colunistas do Jornal O Globo não se conformaram com a negativa do presidente interino e continuaram a ignorar a decisão da Justiça Eleitoral pela impossibilidade da candidatura.

Por três dias inteiros, após a sugestiva entrevista de Rodrigo Maia, seguiram-se as especulações a respeito das intenções do interino, sem nenhuma menção à condenação por doações acima do limite legal na campanha eleitoral de 2014 que o tornaram inelegível até 2024.

Depois de dezenas de machetes e capas especulativas, o promotor do Ministério Público de São Paulo, José Carlos Bonilha, chamou a atenção para a inelegibilidade de Temer na quarta-feira. A jornalista Mônica Bergamo da Folha de S.P. informou na sexta que o Ministério Público pretende impugnar a candidatura caso venha a se concretizar. Ao contrário do que alegaram blogs de direita, Temer não se tornaria elegível após pagamento da multa pela condenação, esclareceu o promotor em entrevista para o Jornal O Globo essa semana:

“É necessário esclarecer que o pagamento da multa não afasta a inelegibilidade. E também é preciso ser dito que não depende da vontade dele ser ou não candidato. A inelegibilidade dele é uma consequência legal e não cabe a ele ou qualquer aliado decidir sobre isso. Esta é uma decisão que foi tomada pela Justiça Eleitoral.”

É difícil imaginar uma prova mais contundente da parcialidade da mídia dominante do que a promoção da candidatura de Temer por meses sem mencionar tamanho impedimento legal.

Imprensa prova que tem lado promovendo Temer, o inelegível, diz Greenwald | GGN

Olimpíadas à sombra do Golpe Paraguaio

Stop Coup in Brazil

Estou acompanhando as Olimpíadas pela RAI (TV italiana). Nesta manhã de sábado, o jornal TG3 mostra a vaia sonora à Michel Temer e explica os motivos. A usurpação do poder por um grupo político envolvido em diversos crimes. Também foi notada a ausência de Pelé, que, segundo o jornal, não está bem explicada mas se comenta que seria para não emprestar, gratuitamente, as imagens que serviriam para aumentar o faturamento da Rede Globo.

Resumo da ópera. Neste momento o mundo, com exceção da América Latina, está em dificuldade: como explicar Golpe Paraguaio em alemão, italiano, francês, chinês, inglês ou russo?!

Em compensação, há uma compreensão universal que há um golpe em curso no Brasil é que a Plutocracia logrou, parole juste, sepultar a democracia e instalar uma verdadeira cleptocracia.

Ainda há, por estas bandas, quem pensa que se trata de um processo legal. Eduardo CUnha concordaria. Eliseu Rima Rica diria tri-legal… Mas convém lembrar que o nazismo e o fascismo também se instalaram de forma legal.

O caráter do nazi-fascista se faz presente mediante as ações e omissões da Rede Goebbels. Se alguém pensa que basta tirar Michel Temer, está muito enganado. O problema não é Michel Temer, ficha suja inelegível por oito anos. O problema são os grupos mafiomidiáticos, golpistas desde sempre. Se é vergonhoso ter Michel Temer e José Ivo Sartori nos executivos no Planalto e no Piratini, pior ainda é ver ao nosso lado, pessoas pretensamente inteligentes, porque portadoras de diploma de curso superior, pois são prova que atestam que conhecimento não é caráter.

Em tempos de olimpíadas sempre é bom lembrar o fair play, o respeito às regras do jogo. No Brasil do golpe de 2016 a legalidade é um tapetão persa.

E saber perder!

15/07/2016

A Turquia é aqui!

Violência Chega de hiPÓcrisia!

Não pensemos na Turquia. Pensemos nos bandidos brasileiros, sob a liderança da Rede Globo, que estão golpeando nossa democracia para instalar uma cleptocracia. Nossa plutocracia nos é mais nociva que as forças armadas turcas.

Não choremos a inexistência das armas de destruição em massa que justificaram o roubo do petróleo iraquiano. Choremos pela inexistências das pedaladas fiscais. Pedaladas estas que a Rede Globo e a RBS jogavam na nossa cara como granadas de mão.

Não pensemos no motorista do caminhão que matou 84 inocentes nas ruas de Nice, na França. Aqui perto, há bandidos na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht, no Panama Papers, na Operação Zelotes, no CARF cujo valores surrupiados matam muito mais. Não por acaso, as duas primeiras medidas dos golpistas brasileiros foi diminuir os investimentos em educação e saúde, sem falar no problema da violência social. A primeira medida do novo presidente do Congresso, objetivo primeiro do golpe, foi assassinar a CPI do CARF, que pegou os milhões que o Gerdau & Caterva. Quantas viaturas policiais daria para comprar os 450 kg de pasta base de cocaína pega no heliPÓptero! Quem não fica indignado com a transformação do dono da aeronave em ministro dos golpistas não tem direito de lamentar os crimes de Pablo Escobar, nem se dizer inconformado com os tiroteios da Vila Tronco e da Vila Cruzeiro.

Não choremos pela morte de policiais por franco atiradores nos EUA. Policiais brasileiros morrem todos os dias no combate ao crime. E também aqui os negros são sempre os primeiros na linha de tiro. E contra políticas inclusivas, inclusive cotas raciais, a Rede Globo escala Ali Kamel para perpetrar uma granada de mão com o nome “Não Somos Racistas”. Os dinheiros sonegados ou lavados na Suíça, Seychelles, Cayman, Liechtenstein fazem falta para a segurança pública e para as políticas de inclusão social.

Não repudiemos os militares turcos que atiraram contra o povo turco. Repudiamos aqueles que, vestindo camisas verde-amarelas com escudo da CBF, padrão FIFA, foram, cabresteados pela RBS, ao Parcão pedir a volta da ditadura militar e derrubar uma Presidenta honesta para colocar uma notória quadrilha.

Os mesmos meios de comunicação nacional que ajudaram Eduardo CUnha a golpear a democracia fazem caras e bocas, com ares de indignação, para falarem no golpe turco. Mas foram os mesmos que festejaram o golpe militar contra Hugo Chaves. Não invejemos os bandidos externos, os nossos são mais eficientes. Golpeiam à luz do sol, em pleno domingo à tarde, puxados pela transmissão ao vivo. Trataram do assalto à democracia como se fosse uma rodada do Brasileirão, narrando os votos como se fossem gols marcados pelo time do coração. A senha, cara a velha tradição mafiosa, era famiglia. Esses são bandidos que nos causam mais males que o exército turco.

Je ne suis pas, Hebdo. Je suis Dilma, roubada, vilipendiada pelos bandidos que tomaram de assalto os cofres públicos brasileiros.

Bando de hiPÓcritas!

01/06/2016

Prometeu Acorrentado

OBScena: a águia rouba nosso pré-sal da mesma forma com que comia o fígado de Prometeu.

tio samNa peça de Ésquilo, a história é sobre deuses. O semi-humano Prometeu está preso a rocha e seu fígado é comido pelas águias. Eu diria, urubus. Zeus recusou aos homens os seus dons, da mesma forma que pensou envia-los todos ao inferno. Entre os dons que Prometeu deu aos homens estava o de poderem escapar da morte. Mas o maior benefício que Prometeu concedeu aos seres humanos foi o fogo. Com o fogo se espanta animais ferozes, mas também se prepara os alimentos. Por esse motivo Prometeu sabia que iria ser punido por Zeus. Ao salvar milhões da miséria, como fez com o programa Fome Zero, Lula desencadeou a ira dos deuses. Numa República de Bananas ajudar pessoas a sair da miséria é crime capital é quem ousar merece ter o fígado comido em vida.

Não há almoço grátis, escreveu Milton Friedman. A obsessiva caçada ao Grande Molusco terá de aumentar o preço do botim para manter a rédea nos capitães-de-mato. Mas há um dilema. Se esticar demais a corda, perde a construção da prova. Se não apertar, ele fala o que não é música para os ouvidos dos caçadores.

O edital foi lançado: se matar, 450 kg de argumentos e 300 virgens em Liechtenstein. Se também trouxer a cabeça, apartamento em Miami e papel higiênico made in Panama Papers pro resto da vida. Em caso de a Estória bater com os desejos dos ventríloquos do Tio Sam, há uma lista de presentes à espera em diversos lugares: Lista Falciani do HSBC na Suíça; Lista Odebrecht com Marcelo & Famiglia; Lista de Furnas com os políticos de Minas Gerais

A informação do direcionamento da delação seria apenas uma patacoada de bolivarianos não fosse o fato de sair dos mesmos fornos crematórios que transformaram o Brasil numa República das Bananas. Sem provas, as hienas piram…

Enquanto caçam Lula, Eduardo CUnha deita e rola pra cima do orçamento público como rato em queijo suíço.

Para quem achava muito ver a plutocracia instalar a mais abjeta cleptocracia, ainda não viu nada. Cenas trash podem sair nos próximos capítulos.

A história do Brasil está sendo escrita para pessoas de pouco cérebro, estômato forte e nenhum escrúpulo. Ainda bem que, para se acabar, há promessa de uma felação premiada…

Como na tragédia, querem o fígado de Lula, vivo ou morto. Sua salvação depende de filiação ao PSDB. Seria seu passaporte para viver em paz.

Delação de sócio da OAS trava após ele inocentar Lula

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado

MARIO CESAR CARVALHO
BELA MEGALE
DE SÃO PAULO

01/06/2016 02h00

As negociações do acordo de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da OAS condenado a 16 anos de prisão, travaram por causa do modo como o empreiteiro narrou dois episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A freada ocorre no momento em que OAS e Odebrecht disputam uma corrida para selar o acordo de delação.

Segundo Pinheiro, as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido.

A versão é considerada pouco crível por procuradores. Na visão dos investigadores, Pinheiro busca preservar Lula com a sua narrativa.

O empresário começou a negociar um acordo de delação em março e, três meses depois, não há perspectivas de que o trato seja fechado.

Pinheiro narrou que Lula não teve qualquer papel na reforma do apartamento e nas obras do sítio, segundo a Folha apurou. A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio.

Já a reforma no tríplex do Guarujá, pela versão de Pinheiro, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada por Lula.

CORRIDA

Condenado em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Pinheiro corre para fechar um acordo porque pode voltar para a prisão neste mês, quando o TRF (Tribunal Regional Federal) de Porto Alegre deve julgar o recurso de seus advogados.

O risco de voltar à prisão deve-se à mudança na interpretação da lei feita pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro deste ano, de que a pena deve ser cumprida a partir da decisão de segunda instância. Ele ficou preso por cerca de seis meses.

A decisão da Odebrecht de fazer um acordo de delação acrescentou uma preocupação a mais para Pinheiro.

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba e Brasília adotaram uma estratégia para buscar extrair o máximo de informação da Odebrecht e OAS: dizem que só vão fechar acordo com uma das empresas. E, neste momento, a Odebrecht está à frente, segundo procuradores.

A OAS e o Instituto Lula não quiseram se pronunciar.

27/05/2016

O Circo da Quadrilha

merda globoQuando FHC comprou a reeleição por 200 mil à cabeça, José Sarney (Honoráveis Bandidos) & Roberto Marinho imortalizaram-no na Academia Brasileira de Letras. Miriam Dutra (Tomás Dutra Schmidt) & Brasif são eternamente agradecidas. Os serviçais foram distribuídos entre os principais beneficiados dos esquemas que haviam sido montados por FHC. É nessa conjuntura que Pedro Parente desce no Salgado Filho é abrigado nos holerites da RBS. Mas ele não é a única ligação afetiva com os esquemas industriais montados na era FHC. Pedro Correia conseguiu o passe da dublê de jornalista e ponta-de-lança da RBS em Brasília, Ana Amélia Lemos. Com mais esta aquisição, montava-se a tour de força, a peça de resistência a qualquer iniciativa de manter programas sociais. Mas para isso precisavam criminalizar o Governador Olívio Dutra, e, depois, Tarso Genro. O PP de Pedro Correia, José Otávio Germano (um dos biscoitos Zezé) e Augusto Nardes serviu de barriga de aluguel à RBS. Para despistar, introduziram Lasier Martins no PDT que, nas mãos de Vieira da Cunha virou uma sigla de aluguel.

Quando Lula assumiu, começou a desaparelhar os estames da quadrilha criando a CGU. Como era um presidencialismo de coalizão, teve de manter as ocupações de porteira fechada: o PP gaúcho e o PMDB de Michel Temer e Eduardo CUnha, ficou com a Petrobrás (Pedro Barusco e  Sérgio Machado, cavalo de Tróia do PSDBJ. Toda iniciativa de retirar os chefes de quadrilha distribuídos pelas Estatais, vinha a Rede Globo e a RBS dizendo que o PT queria aparelha o Estado. Com o bombardeio diuturno dos maiores interessados na manutenção das velhas estruturas, Lula não conseguiu. Para isso apostou em Dilma Rousseff. Por ter exercido com dedicação e honestidade cargos no Governo Olívio e na Casa Civil, sem qualquer mácula, Dilma tinha e tem a cara da mulher incorruptível. Ou, como dizem seus detratores  na velha mídia, de “gerentona”.

Dilma não está na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, não está na Lista Odebrecht, não está no Panama Papers. Dilma não está na Operação Lava Jato, na Operação Zelotes, na Operação Pavlova, na Operação Ouro Verde (Portocred). Entendeu porque, dado o golpe, estas listas saíram do noticiário?!

Dilma acabou com o esquema de Furnas. Um esquema tão antigo e de tanta serventia, inclusive a ministro do STF, não poderia ser jogado no lixo como brinquedo quebrado. Ali começou o ódio dos que estão “putos com ela”, do “primeiro a ser comido”, mas, principalmente, do vingativo sócio dos bancos suíços, Eduardo CUnha. A única coisa que Dilma ganhou com isso foi o ódio eterno da dupla Rede Globo & Eduardo CUnha que, com o dinheiro da corrupção bem guardado na Suíça, compraram a senha de entrada no circo montado no Congresso. A Rede Globo faturou o show ao vivo. Ah, a senha era de entrada no circo com o que se garantia proteção midiática eterna foi “famiglia”… É a atualização do “Coronelismo, enxada e voto” em, como já denunciei em artigo publicado no Observatório da Imprensa em outubro de 2002, em Coronelismo Eletrônico

rbs golpeClaro, Dilma não moveu contra uma vírgula, pelo contrário, deu tudo e muito mais para que a Operação Lava Jato fizesse com que não sobrasse pedra sobre pedra nos esquemas de corrupção que herdara dos seus detratores. E é fácil de entender porque Dilma não se entregaria, ou como vazou o Renan, “ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável”. Ao contrário dos “putos” e dos “com medo” e “primeiro a ser comido”, não há uma vírgula de acusação contra Dilma. É limpa. Por aí se explica o ódio que lhe devotam todos os corruptos. Não é sem razão que a manada de amestrados vestiu, sem pensar nem tergiversar, a camisa da CBF para simbolizar o apego à corrupção. Sabe aqueles nossos conhecidos que vociferavam acusando o governo de corrupto? Pois é, tome cuidado com eles. Das duas, uma: ou são muito ignorantes ou são corruptos. Não há meio termo para explicar tanto esforço para derrubar uma presidente honesta para colocar em seu lugar uma quadrilha ramificada como câncer em metástase pelos instituições. Diz muito a respeito do funcionamento de nossas instituições porque Paulo Salim Maluf não pode sair do Brasil sob o risco de ser preso, como o foi José Maria Marin, mas que por aqui, como Ricardo Teixeira, não lhes acontece nada. Se “todo mundo conhece” os esquemas do Aécio Neves, com dez delações, mantém-se como inimputável, é porque as instituições falharam ou se locupletaram. Eu preferiria a primeira, mas, pelas evidências, não vejo como não se admitir a simbiose de interesses. Chama atenção o fato de que até a cunha do Vaccari foi presa, mas nada, nem depoimento coercitivo, acontece com Andrea Neves e Cláudia Cruz. Por aí se vê que estamos nas mãos de algo ainda pior do que a Cosa Nostra, já que para combater a máfia havia as instituições, mas e para limpar as instituições?

O circo se fecha, reunindo os que foram saídos pelo voto mas voltaram pelo crime, quando a RBS consegue emplacar na Petrobrás, vejam só, Pedro Parente:Pedro Parente, ex-ministro de FHC, será o novo presidente da Petrobras”. O circo montado pela Rede Globo & RBS conseguiu trazer de volta toda a quadrilha que o voto havia defenestrado. Para nós, gaúchos, a presença de Eliseu Rima Rica na Casa Civil é por demais explicado. Nem desenhando fica mais claro. Há tantas caras para mostrar o Brasil dos golpistas, mas o ator pornô, Alexandre Frota, no Ministério da Educação é mais do que um acinte, é um cusparada no nosso rosto.

A plutocracia midiática conseguiu dar o golpe numa Presidenta honesta para implantar uma Cleptocracia.  O complô, como denuncia a imprensa internacional, não permite que chamemos de golpe paraguaio, pois no golpe paraguaio houve um verniz de legalidade. No golpe à brasileira trata-se de uma verdadeira república das bananas, pois o cheiro mostra que deram um verniz de merda. Royalties ao Gregório Duvivier

De nada adianta trocar os políticos se a manada continuar sendo guiada pela égua madrinha das cinco irmãs (Globo, Veja, Estadão, Folha & RBS).

Em gravação, Renan expõe influência de jornais na Lava Jato

qua, 25/05/2016 – 17:36 – Atualizado em 25/05/2016 – 17:39

Patricia Faermann

Jornal GGN – Durante a conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o senador Renan Calheiros expôs o papel da imprensa na crise política do Brasil e no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Renan e Machado citam Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha de S. Paulo, João Roberto Marinho, das Organizações Globo, uma funcionária não identificada da Folha, outro do Uol e o colunista Gerson Camarotti, da Globo.

Em determinado momento do diálogo, Sérgio Machado chama a atenção do senador para a antecipação da imprensa sobre etapas da Operação Lava Jato: "Renan, na semana passada, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira de um cara aqui do Uol, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas… E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira", disse, em referência à 24ª fase da Lava Jato, que mirou no ex-presidente Lula, no dia 4 de março.

"Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que a gente encontra uma saída para isso aí, porque a imprensa…", emendou Machado, temendo as consequências da falta de controle político sobre o avanço da Operação, sob o consentimento de meios de comunicação. 

"Não vê essa matéria do Camarotti [Gerson Camarotti, comentarista de política da Globo]?", recordou-se Renan Calheiros. Na trancrição disponibilizada pela Folha, o nome do jornalista foi omitido, ao contrário do que revela o áudio. O GGN apurou que faziam referência à reportagem "‘Sei que posso ser preso a qualquer momento’, diz Renan Calheiros", publicada no dia 10 de março deste ano. Na matéria, o colunista afirma que Renan "fez um desabafo que surpreendeu a todos os presentes", durante jantar com senadores tucanos e peemedebistas. "Ao falar do ambiente de imprevisibilidade da operação Lava Jato, Renan disparou: ‘Eu sei que posso ser preso a qualquer momento. Há dois anos estão tentando isso’", publicou.

"Só se [você] fosse um imbecil", respondeu Machado, em ironia à publicação de Camarotti. "Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil [o jornalista]", apontou. "É, tem que ter um fato contra mim", completou Renan. "Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, tu não é imbecil", disse. 

"Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan", ressaltou o ex-presidente da Transpetro.

Em seguida, o presidente do Senado contou que havia agendado "uma conversa inicial com o governo", nos dias seguintes de março, e a presidente Dilma lhe disse que uma "conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa". Durante o diálogo relatado por Dilma a Renan, a presidente teria "reclamado" sobre o posicionamento e atuação dos jornais da rede Globo na crise política. "Ele [Marinho] disse que não tinha como influir. [Dilma] disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade", contou Renan. 

"E ele [Marinho] disse que o que está acontecendo é um efeito manada no Brasil contra o governo", contou o senador, expondo o posicionamento admitido pela Rede Globo.

Em trecho seguinte, Renan disse que também havia conversado, ele próprio, com alguma funcionária da Folha, sem especificar se era jornalista, executiva, diretora, etc. "A conversa com a menina da Folha foi muito ruim. Com Otavinho [Otavio Frias Filho, a conversa] foi muito melhor", disse. "Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios têm cometido exageros", teria admitido o diretor do jornal paulista. 

E seguiu: "com o João [Roberto Marinho], veio com aquela conversa de sempre, diz que não manda, que não influencia, que hoje é muito difícil", disse Renan, reforçando a fala da presidente Dilma, que alertou a Marinho o tratamento "diferente" para "casos iguais". "[Dilma] disse a ele: João, não é, é porque vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos. E ele disse o seguinte: isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer ‘acabou’", contou o senador à Machado.

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22/12/2015

Ministro da Suprema Corte, por decreto, na Argentina do Marcri tem

O que Maurício Macri vem fazendo na Argentina mostra o que teria acontecido no Brasil se o Napoleão das Alterosas tivesse vencido as últimas eleições. Ambos são bons em atacar o bolivarianismo dos governos Dilma e Kirchner. Basta ver o que fazem quando assumem para se ter certeza de que atacam para se defenderem. Acusam de algo que fazem.

Se o playboy dos hiPÓcritas tivesse ganho as eleições Rodrigo de Grandis seria nomeado procurador-geral e para o STF desencavaria muitos outros Gilmar Mendes.

Nas próximas eleições, em 2018, lembrem-se do famoso “efeito orloff”, eu sou você amanhã, quando se dizia que tudo o que aconteceria na Argentina depois também aconteceria no Brasil.

Para el juez Alejo Ramos Padilla, Carlos Rosenkrantz y Horacio Rosatti no podrían asumir a menos que sus pliegos pasen por el Senado.

Freno a los jueces por decreto y “en comisión”

Con una medida cautelar se suspendió la posible asunción de los abogados designados por Macri para la Corte

Por Irina Hauser

La designación de dos jueces de la Corte Suprema por decreto y en comisión tuvo ayer la primera medida cautelar en contra y quedó en suspenso. El juez federal de Dolores, Alejo Ramos Padilla, sostuvo que puede ser nula y ordenó que el alto tribunal se abstenga de tomarles juramento a los elegidos, Carlos Rosenkrantz y Horacio Rosatti. La suspensión solo cesa, dice la resolución, si los pliegos son aprobados con mayoría especial por el Senado, la instancia que el Gobierno decidió saltear al firmar el decreto 85/2015. El fallo considera “arbitrario y abusivo” el método que se utilizó para los nombramientos, en base a una interpretación forzada del inciso 19 del artículo 99 de la Constitución Nacional, cuando existen –apunta– procedimientos específicos para cubrir vacantes en forma definitiva o transitoria. Buena parte de su argumentación se sostiene en fallos no muy lejanos de la propia Corte, en especial el que dice que hasta para ser conjuez supremo hay que obtener los dos tercios de los votos en el Senado, cuyo acuerdo “constituye un excelente freno sobre el posible favoritismo presidencial”, en palabras del encumbrado tribunal. “No sé si tiene valor el fallo, porque lo que hacemos nosotros es constitucional, y la decisión la tiene la Corte cuando llegue el momento de la jura, creo que a ellos no les aplica este tipo de fallos”, dijo el presidente Mauricio Macri. Todo indica que el Poder Ejecutivo apelará, con lo cual no está todo dicho.

“Todas las partes y las autoridades públicas en particular tienen que respetar las decisiones de los jueces dictadas en marco de las causas sometidas a su jurisdicción, de lo contrario no habría forma de garantizar la división de poderes”, explicó el juez Ramos Padilla, consultado por Página/12. “Por lo tanto, la Corte se debe abstener de tomar el juramento, que es algo que corresponde a su función administrativa, que le otorga la Constitución, no a su función jurisdiccional”, añadió. Un tramo del fallo alude a la reunión que tuvieron Macri y el presidente de la Corte, Ricardo Lorenzetti, tras la cual anunciaron la postergación de la asunción de Rosenkrantz y Rosatti para febrero y con eso intentaron mostrar que la discusión estaba superada. Ramos Padilla dice que, aunque hasta la agencia de noticias de la Corte lo pintó así, el debate sobre la legalidad recién empieza. En eso radica, según justifica, la “urgencia” de una cautelar que frene la asunción: “si estamos frente a un proceso ilegítimo de designación, el mismo ya ha sido puesto en marcha, se encuentra en vías de ejecución” y sólo falta que la “Corte Suprema les reciba juramento a los designados”. Los supremos hablarían de esto hoy, en su acuerdo.

Ciudadanos, jueces, políticos

Hasta ahora se presentaron más de una docena de medidas cautelares contra el nombramiento de supremos por decreto en distintas provincias. Algunas provienen de organizaciones como el Centro de Estudios para la Promoción de la Igualdad y la Solidaridad (Cepis), Abogados por la Justicia Social (AJUS), Movimiento de Profesionales para los Pueblos e HIJOS, pero las hay de ciudadanos sueltos. Una de ellas fue rechazada por la jueza Rita Ailán, por no tener un supuesto interés legítimo. Ramos Padilla, en cambio, aceptó la de un “ciudadano común”, Mariano José Orbaiceta. Alega que la “Corte Suprema tiene jurisdicción en los asuntos de todo el país y todos los ciudadanos pueden verse afectados si dos de sus cinco miembros son designados de manera unilateral por el Poder Ejecutivo sin acuerdo del Senado y sin siquiera poder ejercitar el derecho” que les ha otorgado el decreto 222/03 que autolimitó a las autoridades. Ese decreto faculta a “los ciudadanos en general” además de organizaciones, a formular las apreciaciones que quieran sobre los candidatos, pero no sólo se aplica en una primera etapa de impugnaciones ante el Ministerio de Justicia (que es la que puso en marcha el Gobierno), sino en una segunda que “se está eludiendo”: la que se desarrolla en el Senado, que incluye una audiencia pública, dice Ramos Padilla.

En el Gobierno celebraban que el fallo hubiera sido firmado por un juez al que pueden identificar con la agrupación crítica Justicia Legítima. Es un recurso al que fuerzas antikirchneristas recurren cuando quieren descalificar una decisión judicial sin más y dar a entender que sólo encierra una intencionalidad política. En el macrismo evalúan que les resulta funcional la lógica “amigo-enemigo” en casos así. Justicia Legítima, fuente de inspiración de reformas judiciales promovidas por el gobierno pasado, está en la otra vereda. Macri, el más despiadado, directamente llegó a decir que duda de que el fallo tenga algún valor y que un juez le pueda dar una indicación a la Corte sobre un acto administrativo. Ayer asumió Carlos Balbín como procurador del Tesoro (jefe de los abogados del Estado) y será quien se ocupe de analizar una posible apelación.

La Corte en su trampa

El día que, en pleno brindis de fin de año y homenaje a Carlos Fayt, Lorenzetti anunció que la Corte les tomaría juramento a los dos designados por decreto y que eran “bienvenidos”, en el mismo salón, los propios funcionarios y empleados del tribunal recordaban los fallos supremos que en distintos temas señalaron que no se puede obviar el Senado en el nombramiento de jueces, incluso subrogantes (como dice el fallo que declaró la inconstitucionalidad del sistema de subrogancias), y que la aprobación requiere una mayoría calificada en la caso de los cortesanos. La prórroga de la jura dio cuenta de una advertencia de la Corte al Gobierno: una versión le atribuye el enojo y desacuerdo a Elena Highton de Nolasco; otra al propio Lorenzetti. El hecho es que Ramos Padilla asienta una buena parte de su fundamentación en un fallo reciente del alto tribunal y lo pone en un brete. Es el que declaró la nulidad de una lista de conjueces que había sido aprobada por el Ejecutivo (entonces Cristina Kirchner) con acuerdo del Senado para cubrir cargos en la Corte en casos de que fuera necesario. Lo que cuestionó la sentencia es que la aprobación no había sido con la mayoría agravada que se requiere para los jueces máximos. Decía que eso “ponía en peligro derechos, garantías y hasta el propio diseño constitucional y republicano”.

Ramos Padilla razona que si los conjueces de la Corte, que suelen ser sorteados para intervenir en un solo caso, deben cumplir con los mismos requisitos de designación que cualquier miembro estable, más aún se debería aplicar esa regla a Rosatti y Rosenkrantz, que “habrán de intervenir en todos los procesos”. Luego cita tramos del fallo sobre los conjueces (“Aparicio”). Uno dice que el sistema de designación de jueces “encierra la búsqueda de un imprescindible equilibrio político, pues (…) el acuerdo del Senado constituye un excelente freno sobre el posible favoritismo presidencial”. Eso lo firmaron Lorenzetti, Highton de Nolasco, Fayt y Juan Carlos Maqueda. “El nombramiento de los jueces de la Nación con arreglo al sistema constitucionalmente establecido se erige en uno de los pilares de la división de poderes”, señala también aquel fallo. A partir de eso, Ramos Padilla, advierte que si se continúa con un procedimiento irregular se afectará –según dice la Corte– “la división de poderes, el sistema republicano, los equilibrios”, la imparcialidad e independencia” y podrían primar “los favoritismos”.

¿Por qué no es válido recurrir al inciso 19 del artículo 99 de la Constitución para designar jueces por decreto? Según el juez, si bien esa disposición autoriza a “llenar vacantes de los empleos, que requieran el acuerdo del Senado, y que ocurran durante su receso”, el concepto de “empleo” “no puede ser equiparable a la función de juez” ya que la expresión lleva implícita la “relación de dependencia”, pero los jueces pertenecen a otro Poder del Estado, razona. Considerarlos a los jueces empleados pone “en crisis todo el sistema republicano”, alerta. Agrega que no es cierto que la Corte no pueda funcionar con tres hasta que haya nuevos nombramientos: hay mecanismos para cubrir eventuales faltas, primero con los presidentes de Cámara. Cuestiona la equiparación, en el decreto, con precedentes donde se nombró en comisión a jueces inferiores, pero antes de la reforma constitucional de 1994, cuando –por ejemplo– se estableció el Consejo de la Magistratura para desterrar la designación política, a dedo, de los jueces.

Todas las voces

Al final hace un racconto de juristas de todo el arco ideológico que estos días cuestionaron la iniciativa de Macri: Raúl Zaffaroni (quien habló de abuso de autoridad), Daniel Sabsay (dijo que se elude el decreto 222), Andrés Gil Domínguez (dijo que hay gravedad institucional y que no hay razones de excepcionalidad), Ricardo Gil Lavedra (“la decisión es grave y no sostenible”), Alejandro Carrió (dijo que la Corte puede funcionar igual), León Arslanian (“no hay justificación”).

“Si el mecanismo de designación de los jueces del máximo tribunal de la Nación no es válido –indica Ramos Padilla–, si ello no surge del texto ni del espíritu de la Constitución, si con ello se afecta la división de poderes, la independencia de los jueces, la garantía del juez natural, las facultades del Congreso, la participación y control ciudadano y en definitiva, a la cabeza de uno de los poderes del Estado y por ende, a todo el sistema de justicia, resulta necesario que los mecanismos constitucionales se pongan en funcionamiento cuanto antes para frenar esa ilegalidad que afecta principios básicos sobre los que se asienta la república.” Por todo esto es que el fallo anticipa que la designación podría ser nula en una resolución sobre el fondo y corresponde suspenderla. Este estado de situación podría cambiar con la apelación del Ejecutivo (de acuerdo con cómo sea concedida seguirá suspendida la jura o no) o con una eventual aprobación del Senado.

Página/12 :: El país :: Freno a los jueces por decreto y “en comisión”

21/12/2015

História bonsai da privada

privadanEvite o mau cheiro, ao terminar de ler dê descarga! A lista das excelências da privada não para de crescer: Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiróz-Galvão, RBS HSBC, Rede Globo, Carlinhos Cachoeira, Eduardo CUnha, Samarco. Aliás, por falar em SAMARCO, não nos esqueçamos que por trás da SAMARCO há duas empresas multinacionais às quais foram doadas por FHC a extração de minérios: a Vale do Rio Doce, cujo preço de venda foi inferior à concessão da exploração de três aeroportos brasileiros, com a diferença de que depois de 20 anos os aeroportos voltam ao governo federal, e a Vale não; e a BHP, com um histórico de “negligências” por onde passa que transforma natureza. Literalmente, hoje são as duas maiores privadas brasileiras. O tamanho da descarga destas privadas destrói tudo o que se encontra pelo caminho e já chegou ao mar.

Imagine o que teria acontecido se a tragédia de Mariana tivesse sido provocado pela Petrobrás, os golpistas da Rede Globo, RBS, Folha, Estadão, Gilmar Mendes, Aécio Neves, Chevron, José Serra & FHC estaria pedindo sua privatização.

Por que Golpe de 64 jamais se repetiria em 2015

Coloque os bacharéis da UDN Golpista ao lado do Gilmar PSDB-MT!​

publicado 20/12/2015

Em 1964, o Golpe tinha os Estados Unidos, o embaixador americano, o chefe da CIA no Brasil e a Quinta Frota a caminho.
Em 2015 não tinha.
Em 1964, o Golpe tinha o mensalão do IBAD.
Tinha o IPES do General Golbery com sua plêiade de empresários paulistas e intelectuais de renome.
O Golpe de 2015 não tinha Golbery: seus substitutos e exegetas não chegam perto em esperteza.
Embora sejam igualmente golpistas e americanófilos.
O Golpe de 64 contou com intelectuais equivocados, mas, de respeitáveis: Antonio Callado, Carlos Heitor Coni, que estudou para padre, Otto Lara Resende, Odylo Costa, filho, Rubem Fonseca, Alberto Dines, Wilson Figueiredo.
Quem são os intelectuais do Golpe de 2015?
Ataulpho Merval de Paiva, a Urubóloga, essa Ilustre colonista da Fel-lha, e o Gaspari (se você conseguir entender o que ele diz, ao fim da décima leitura do mesmo parágrafo).
Por isso, o Gaspari se chama, aqui, de o dos chapéus.
Uns medíocres que se fazem importantes com a repetição: como se a estultice tantas vezes repetida se tornasse sabedoria.
Repetição no jornal, na rádio, na tevê aberta, na tevê paga, nos blogs  – e nas conferências que os bancos pagam, como subsídio velado.
Ponha um Merval ao lado do Callado.
A Urubóloga ao lado do Coni.
A Ilustre ao lado de … do … qualquer um.
O Gaspari ao lado do Dines.
(Ele, o de chapéu, vai adorar a sugestão…)
A comparação revelará o abismo que os separa: uns tinham solidez, quilômetros de livros lidos, tinham abrangência, alcance.
Eram Golpistas, mas não eram parvos.
Sabiam escrever o próprio nome.
Não são os “intelectuais” do Golpe de 2015.
(Suspeita-se que a Ilustre jamais tenha lido um único livro.)
São esses intelectuais de 2015 que usam o amplo espaço da Democracia brasileira para tentar destrui-la.
Outro intelectual de 2015 é o Ministro do PSDB-MT, o Ministro Sic Gilmar, do Supremo.
Coloque-o, amigo navegante, ao lado dos “bacharéis da UDN”.
Da UDN de 1964.
Todos Golpistas como o Ministro do PSDB-MT.
Mas, compare Gilmar com Milton Campos, Prado Kelly, Bilac Pinto, Pedro Aleixo, Adauto Lucio Cardoso.
Gilmar fica do tamanho de um rábula de Diamantino.
Um provincianoto com verniz de germanófilo.
Nunca viveu fora do eixo Diamantino-Brasilia.
Tem a visão de mundo de uma barata.
O Golpe de 1964 tinha no Congresso o Carlos Lacerda, máximo Golpista, profissional do Golpe.
Mas, compare-o com os congressistas Golpistas de 2015.
O Eduardo Cunha.
Ponha Cunha, Aecím, Ferraço, Pauzinho, Caiado, Mendonça Filho, Cunha Lima  – essa armada brancaleone ao lado do Lacerda.
Lacerda diria deles: são o efeito do purgante , como disse a um Cunha que o chamou de “purgante”.
O Golpe de 1964 tinha as Forças Armadas.
Hoje não tem.
As Forças Armadas se dedicam exclusivamente à superior tarefa de defender a Soberania Nacional dos que cobiçam as riquezas da Amazônia Azul.
O Golpe de 1964 tinha uma razão Moral, digamos assim.
No ambiente da Guerra Fria, o Brasil fazia parte do quadro de valores impostos pelos americanos, os vencedores da II Guerra – ao lados soviéticos, que entraram primeiro em Berlim, e dos chineses do Mao, que massacraram e imobilizaram os japoneses, depois de Nanquim.
Mas, aqui, parecia que só os americanos ganharam a Guerra.
E, na luta entre a Democracia americana  e o Comunismo, a classe média brasileira se inclinou para o lado americano.
Qual é o argumento “moral” do Golpe de 2015?
O combate à corrupção?
É uma tentativa de recriar a polaridade.
Se, antes, era a Democracia vs o Comunismo que comia criancinhas, agora é a corrupção do Estado (petista) vs a virtude privada.
A virtude do André Esteves, esse campeão do empreendedorismo pátrio!
Esse herói da Avenida Faria Lima!
Das empreiteiras que fizeram o Alckmin e o Cerra naufragar nas mãos da Conceição Lemes.
A virtude privada do Ricardo Sergio de Oliveira.
Do Preciado.
Do Paulo Afrodescendente.
Do sócio da filha do Cerra naquela sorveteria.
Quá, quá, quá!
A virtude privada dos sonegadores da Zelotes.
À falta de um argumento “moral”, os Golpistas tentaram usar o coitado do vice decorativo.
Um inocente (em termos) útil.
Só ele achava que os tucanos iam dar o Golpe para que Temer e o Wellington, aquele amigão do Paulo Dote, governassem o Brasil.
Os tucanos já tinham até nomeado o Ministro da Fazenda, o Padim Pade Cerra.
O Temer seria promovido de mordomo a rainha da Inglaterra.
O Golpe de 2015 não tinha uma linha de comando definida, clara, como em 1964.
Ia ser um general.
A Vaca Fardada, o Castello ou o Costa.
E foi um general.
(Os dois segundos mereciam o epíteto do primeiro.)
O Golpe de 2015, não!
Podia ser o Cunha, o Temer, o Cerra, o Aecím!
O FHC, por aclamação – em Higyenopolis!
Os Golpistas estavam e estão irremediavelmente divididos.
E tomara que a Presidenta tenha a clareza de manter a Casa Grande dividida como está hoje.
E  governar também com a franja progressista da Casa Grande.
Floriano enfrentou a monarquia e os carcomidos em aliança com a cafeicultura paulista, que, naquela altura, significa progresso.
Vargas não se cansou de recorrer a empresários  – Horácio Lafer, José Ermirio de Moraes – para fazer avançar a agenda social.
Porque a Casa Grande que tem a sede em São Paulo não tem base social.
Os tucanos não têm candidato a governador e o candidato a Prefeito da preferência do Alckmin vai fazer comício em Sapopemba numa BMW.
Quem simboliza a Casa Grande paulista, hoje?
O Skaf, presidente da FIE P, um industrial da galpão?
O João Dória, que vive de apresentar ricos a políticos e políticos a ricos?
O Cerra, o Alckmin, que ainda serão tragados na Lava Jato?
O Otavím?
O FHC, que não controla a… nem a vaidade?
O Golpe de 1964 não se reproduziria jamais em 2015.
Porque, se, em 1964, o Golpe tinha líderes civis, em 2015 não teve nada que se possa chamar de “líder”.
Os Golpistas de 2015 são diferentes dos Bourbon.
Os Golpistas de 2015 não aprenderam nada e esqueceram tudo.
Dilma governará até o dia 1º de janeiro de 2019, quando passará o poder ao Lula ou a quem o Lula apoiar.
Porque os defensores da Legalidade botam mais gente na rua que os Golpistas.
Paulo Henrique Amorim

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