Ficha Corrida

27/05/2016

O Circo da Quadrilha

merda globoQuando FHC comprou a reeleição por 200 mil à cabeça, José Sarney (Honoráveis Bandidos) & Roberto Marinho imortalizaram-no na Academia Brasileira de Letras. Miriam Dutra (Tomás Dutra Schmidt) & Brasif são eternamente agradecidas. Os serviçais foram distribuídos entre os principais beneficiados dos esquemas que haviam sido montados por FHC. É nessa conjuntura que Pedro Parente desce no Salgado Filho é abrigado nos holerites da RBS. Mas ele não é a única ligação afetiva com os esquemas industriais montados na era FHC. Pedro Correia conseguiu o passe da dublê de jornalista e ponta-de-lança da RBS em Brasília, Ana Amélia Lemos. Com mais esta aquisição, montava-se a tour de força, a peça de resistência a qualquer iniciativa de manter programas sociais. Mas para isso precisavam criminalizar o Governador Olívio Dutra, e, depois, Tarso Genro. O PP de Pedro Correia, José Otávio Germano (um dos biscoitos Zezé) e Augusto Nardes serviu de barriga de aluguel à RBS. Para despistar, introduziram Lasier Martins no PDT que, nas mãos de Vieira da Cunha virou uma sigla de aluguel.

Quando Lula assumiu, começou a desaparelhar os estames da quadrilha criando a CGU. Como era um presidencialismo de coalizão, teve de manter as ocupações de porteira fechada: o PP gaúcho e o PMDB de Michel Temer e Eduardo CUnha, ficou com a Petrobrás (Pedro Barusco e  Sérgio Machado, cavalo de Tróia do PSDBJ. Toda iniciativa de retirar os chefes de quadrilha distribuídos pelas Estatais, vinha a Rede Globo e a RBS dizendo que o PT queria aparelha o Estado. Com o bombardeio diuturno dos maiores interessados na manutenção das velhas estruturas, Lula não conseguiu. Para isso apostou em Dilma Rousseff. Por ter exercido com dedicação e honestidade cargos no Governo Olívio e na Casa Civil, sem qualquer mácula, Dilma tinha e tem a cara da mulher incorruptível. Ou, como dizem seus detratores  na velha mídia, de “gerentona”.

Dilma não está na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, não está na Lista Odebrecht, não está no Panama Papers. Dilma não está na Operação Lava Jato, na Operação Zelotes, na Operação Pavlova, na Operação Ouro Verde (Portocred). Entendeu porque, dado o golpe, estas listas saíram do noticiário?!

Dilma acabou com o esquema de Furnas. Um esquema tão antigo e de tanta serventia, inclusive a ministro do STF, não poderia ser jogado no lixo como brinquedo quebrado. Ali começou o ódio dos que estão “putos com ela”, do “primeiro a ser comido”, mas, principalmente, do vingativo sócio dos bancos suíços, Eduardo CUnha. A única coisa que Dilma ganhou com isso foi o ódio eterno da dupla Rede Globo & Eduardo CUnha que, com o dinheiro da corrupção bem guardado na Suíça, compraram a senha de entrada no circo montado no Congresso. A Rede Globo faturou o show ao vivo. Ah, a senha era de entrada no circo com o que se garantia proteção midiática eterna foi “famiglia”… É a atualização do “Coronelismo, enxada e voto” em, como já denunciei em artigo publicado no Observatório da Imprensa em outubro de 2002, em Coronelismo Eletrônico

rbs golpeClaro, Dilma não moveu contra uma vírgula, pelo contrário, deu tudo e muito mais para que a Operação Lava Jato fizesse com que não sobrasse pedra sobre pedra nos esquemas de corrupção que herdara dos seus detratores. E é fácil de entender porque Dilma não se entregaria, ou como vazou o Renan, “ela tem uma bravura pessoal que é uma coisa inacreditável”. Ao contrário dos “putos” e dos “com medo” e “primeiro a ser comido”, não há uma vírgula de acusação contra Dilma. É limpa. Por aí se explica o ódio que lhe devotam todos os corruptos. Não é sem razão que a manada de amestrados vestiu, sem pensar nem tergiversar, a camisa da CBF para simbolizar o apego à corrupção. Sabe aqueles nossos conhecidos que vociferavam acusando o governo de corrupto? Pois é, tome cuidado com eles. Das duas, uma: ou são muito ignorantes ou são corruptos. Não há meio termo para explicar tanto esforço para derrubar uma presidente honesta para colocar em seu lugar uma quadrilha ramificada como câncer em metástase pelos instituições. Diz muito a respeito do funcionamento de nossas instituições porque Paulo Salim Maluf não pode sair do Brasil sob o risco de ser preso, como o foi José Maria Marin, mas que por aqui, como Ricardo Teixeira, não lhes acontece nada. Se “todo mundo conhece” os esquemas do Aécio Neves, com dez delações, mantém-se como inimputável, é porque as instituições falharam ou se locupletaram. Eu preferiria a primeira, mas, pelas evidências, não vejo como não se admitir a simbiose de interesses. Chama atenção o fato de que até a cunha do Vaccari foi presa, mas nada, nem depoimento coercitivo, acontece com Andrea Neves e Cláudia Cruz. Por aí se vê que estamos nas mãos de algo ainda pior do que a Cosa Nostra, já que para combater a máfia havia as instituições, mas e para limpar as instituições?

O circo se fecha, reunindo os que foram saídos pelo voto mas voltaram pelo crime, quando a RBS consegue emplacar na Petrobrás, vejam só, Pedro Parente:Pedro Parente, ex-ministro de FHC, será o novo presidente da Petrobras”. O circo montado pela Rede Globo & RBS conseguiu trazer de volta toda a quadrilha que o voto havia defenestrado. Para nós, gaúchos, a presença de Eliseu Rima Rica na Casa Civil é por demais explicado. Nem desenhando fica mais claro. Há tantas caras para mostrar o Brasil dos golpistas, mas o ator pornô, Alexandre Frota, no Ministério da Educação é mais do que um acinte, é um cusparada no nosso rosto.

A plutocracia midiática conseguiu dar o golpe numa Presidenta honesta para implantar uma Cleptocracia.  O complô, como denuncia a imprensa internacional, não permite que chamemos de golpe paraguaio, pois no golpe paraguaio houve um verniz de legalidade. No golpe à brasileira trata-se de uma verdadeira república das bananas, pois o cheiro mostra que deram um verniz de merda. Royalties ao Gregório Duvivier

De nada adianta trocar os políticos se a manada continuar sendo guiada pela égua madrinha das cinco irmãs (Globo, Veja, Estadão, Folha & RBS).

Em gravação, Renan expõe influência de jornais na Lava Jato

qua, 25/05/2016 – 17:36 – Atualizado em 25/05/2016 – 17:39

Patricia Faermann

Jornal GGN – Durante a conversa com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, o senador Renan Calheiros expôs o papel da imprensa na crise política do Brasil e no processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Renan e Machado citam Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha de S. Paulo, João Roberto Marinho, das Organizações Globo, uma funcionária não identificada da Folha, outro do Uol e o colunista Gerson Camarotti, da Globo.

Em determinado momento do diálogo, Sérgio Machado chama a atenção do senador para a antecipação da imprensa sobre etapas da Operação Lava Jato: "Renan, na semana passada, não sei se tu viu, um material que saiu na quinta ou sexta-feira de um cara aqui do Uol, um jornalista aqui, dizendo que quinta-feira tinha viajado às pressas… E que estava sendo montada operação no Nordeste com Polícia Federal, o caralho, na quinta-feira", disse, em referência à 24ª fase da Lava Jato, que mirou no ex-presidente Lula, no dia 4 de março.

"Então, meu amigo, a gente tem que pensar como é que a gente encontra uma saída para isso aí, porque a imprensa…", emendou Machado, temendo as consequências da falta de controle político sobre o avanço da Operação, sob o consentimento de meios de comunicação. 

"Não vê essa matéria do Camarotti [Gerson Camarotti, comentarista de política da Globo]?", recordou-se Renan Calheiros. Na trancrição disponibilizada pela Folha, o nome do jornalista foi omitido, ao contrário do que revela o áudio. O GGN apurou que faziam referência à reportagem "‘Sei que posso ser preso a qualquer momento’, diz Renan Calheiros", publicada no dia 10 de março deste ano. Na matéria, o colunista afirma que Renan "fez um desabafo que surpreendeu a todos os presentes", durante jantar com senadores tucanos e peemedebistas. "Ao falar do ambiente de imprevisibilidade da operação Lava Jato, Renan disparou: ‘Eu sei que posso ser preso a qualquer momento. Há dois anos estão tentando isso’", publicou.

"Só se [você] fosse um imbecil", respondeu Machado, em ironia à publicação de Camarotti. "Como é que tu vai sentar numa mesa para negociar e diz que está ameaçado de preso, pô? Só quem não te conhece. É um imbecil [o jornalista]", apontou. "É, tem que ter um fato contra mim", completou Renan. "Mas mesmo que tivesse, você não ia dizer, porra, não ia se fragilizar, tu não é imbecil", disse. 

"Agora, a Globo passou de qualquer limite, Renan", ressaltou o ex-presidente da Transpetro.

Em seguida, o presidente do Senado contou que havia agendado "uma conversa inicial com o governo", nos dias seguintes de março, e a presidente Dilma lhe disse que uma "conversa dela com João Roberto [Marinho] foi desastrosa". Durante o diálogo relatado por Dilma a Renan, a presidente teria "reclamado" sobre o posicionamento e atuação dos jornais da rede Globo na crise política. "Ele [Marinho] disse que não tinha como influir. [Dilma] disse que tinha como influir, porque ele influiu em situações semelhantes, o que é verdade", contou Renan. 

"E ele [Marinho] disse que o que está acontecendo é um efeito manada no Brasil contra o governo", contou o senador, expondo o posicionamento admitido pela Rede Globo.

Em trecho seguinte, Renan disse que também havia conversado, ele próprio, com alguma funcionária da Folha, sem especificar se era jornalista, executiva, diretora, etc. "A conversa com a menina da Folha foi muito ruim. Com Otavinho [Otavio Frias Filho, a conversa] foi muito melhor", disse. "Otavinho reconheceu que tem exageros, eles próprios têm cometido exageros", teria admitido o diretor do jornal paulista. 

E seguiu: "com o João [Roberto Marinho], veio com aquela conversa de sempre, diz que não manda, que não influencia, que hoje é muito difícil", disse Renan, reforçando a fala da presidente Dilma, que alertou a Marinho o tratamento "diferente" para "casos iguais". "[Dilma] disse a ele: João, não é, é porque vocês tratam diferentemente de casos iguais. Nós temos vários indicativos. E ele disse o seguinte: isso virou uma manada, uma manada, está todo mundo contra o governo. Quer dizer, uma maneira sutil de dizer ‘acabou’", contou o senador à Machado.

Leia mais:

Renan intermediou em nomeação de Lula para a Casa Civil como saída da crise

O estadista Renan e as pegadinhas de Sérgio Machado

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Em gravação, Renan expõe influência de jornais na Lava Jato | GGN

12/08/2015

Quando fatos e fotos prescindem do domínio do fato, nem MP nem PF aparecem

OBScena: famiglia dei capitani, sotto i capi dei capiTutti buona gente

Não há o menor movimento dentre os bravos procuradores e delegados para investigar este Clan. E olha que o volume movimentado ultrapassa em muito algumas das operações espalhafatosas. Esta parcialidade joga luz sobre o verdadeiro interesse no combate à corrupção.

A máfia do futebol brasileiro prescinde do bom ou mau uso da teoria do domínio do fato. Sobejam provas. Falta colhão e hombridade a quem deveria zelar pelo bom nome das instituições Ministério Público e Polícia Federal.

Operação Zelotes dorme em berço esplêndido. No mesmo quarto onde dormiram os papéis mandados da Suíça para o Rodrigo de Grandis.

Trata-se de uma ala do museu, como os círculos do inferno de Dante, onde se encontram a Lista de Furnas, a Lista Falciani do HSBC, a Operação Pavlova, a compra da reeleição, o Caso Raytheon, a doação da Vale do Rio Doce, o limite da responsabilidade na Embratel…

É uma parte do museu que tem mais alas que escola de samba. Por coincidência, os direitos televisivos do carnaval, comandado pelo jogo do bicho, e do futebol,  comandado pelos parceiros José Maria Marin, Ricardo Teixeira e J. Hawilla,  sempre estiveram com a Rede Globo.

Lá ficam guardados os casos de corrupção envolvendo parceiros ideológicos destes delegados e procuradores Padrão FIFA… 

A súbita revolta de Galvão Bueno com a CBF é uma história mal contada. Por Kiko Nogueira

Postado em 24 jul 2015 – por : Kiko Nogueira

Tutti buona gente

Galvão Bueno tem feito o que colunistas de TV chamam de “duras críticas” ao presidente da CBF, Marco Polo del Nero, em seu programa “Bem, Amigos”.

A mais recente delas foi por ocasião da ausência do cartola na reunião da Fifa em Zurique. Depois de se lamentar “como atleta que fui”, alguém que “ vive o esporte desde que se entende por gente”, Galvão pontuou que estava indignado.

“Ele tem vários cargos de importância na Fifa: é presidente do Comitê do Futebol de Areia, terminou ontem o Campeonato Mundial em Portugal e ele não foi”, falou.

O comentarista Caio Ribeiro, como sempre no papel de escada, pediu a renúncia do dirigente. “A verdade é uma só: ele não tá pensando no dia seguinte, tá pensando na sobrevivência dele, então talvez hoje, nesse momento, não esteja apto a ocupar o cargo que ocupa’’.

Então Galvão Bueno, locutor das partidas da seleção desde tempos imemoriais, está revoltado com os escândalos do futebol brasileiro. Mas por que agora?

O motivo mais óbvio é o prejuízo que a derrocada do time causa à Globo. Graças ao fiasco na Copa América, a Globo não terá o Brasil na Copa das Confederações em 2017.

Os direitos para transmitir os mundiais da Rússia e do Catar foram garantidos numa boa, numa negociação sem licitação, como um reconhecimento da antiga e rentável parceria entre CBF, Fifa e Globo. E se a equipe de Dunga não se classificar?

Agora, simular aversão às práticas de Del Nero é um pouco demais. Se ele é ladrão, Ricardo Teixeira é o quê? Sem Teixeira não haveria Marin ou Del Nero. Ele fez miséria durante anos, sem que Galvão Bueno ou qualquer de seus colegas abrisse o bico.

O recado agora, antes de ser de alguém preocupado com os rumos do esporte, é de um sócio — ou porta-voz da sócia, a Globo.

A diatribe de GB é tão estapafúrdia quanto a de Zeca Camargo. Zeca é autor de um dos mais formidáveis besteirois do jornalismo moderno. A “crônica” na Globo News em que misturou a comoção pela morte de um cantor sertanejo que ele não conhecia com o nosso suposto “abismo cultural”, fechando com a mania de livros para colorir, é um clássico do nonsense.

Zeca, veja bem, apresenta um programa de bastidores de novelas. A exploração da tragédia com Cristiano Araújo foi enorme, sem dúvida — principalmente na Globo. O G1, por exemplo, está dando até agora qualquer coisa remotamente relativa a isso, como uma entrevista com familiares da namorada do rapaz.

Galvão e Zeca fariam um favor a seu público, e sobretudo a si mesmos, se parassem de fingir que não trabalham onde trabalham.

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Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Diário do Centro do Mundo » A súbita revolta de Galvão Bueno com a CBF é uma história mal contada. Por Kiko Nogueira

22/06/2015

Entenda porque a Rede Globo canonizou Eduardo Cunha

sonegacao nao eh corrupcao marcha de ontemQuem quiser entender como funciona golpe mafiosos via sonegação de impostos, o canal 254  da Sky, History, vez que outra passa O Guia Completo da Máfia. Neste documentário Michael Franzese, o ex-capitão da família Colombo, explica de forma didática como ele fez funcionar um esquema, dentre muitos outros, de distribuição de combustíveis que lhes dava milhões de dólares por semana.

Os esquemas de sonegação, que a turba da marcha dos zumbis diz que não é crime, é o crime mais praticado exatamente por aqueles que cobram austeridade, ética e estado mínimo. Quer saber quem são eles? É fácil, consulte a Lista Falciani, do HSBC. Ou então descubra quem está envolvido na Operação Zelotes. Encontrarás toda semelhança aos métodos descritos por Franzese.

Como nossa sociedade é hiPÓcrita, o sonegador de milhões é aplaudido. O batedor de carteira, linchado. Veja se tem falatório encima da sonegação milionária da Rede Globo, da RBS ou da Gerdau!? Necas pitibiriba.

Para entender como Eduardo CUnha chegou à presidência da Câmara Federal basta ler nas entrelinhas o poema Quadrilha, do Carlos Drummond de Andrade:

Severino Cavalcanti amava Augusto Nardes que amava Eduardo Cunha
que amava
Solange Almeida que amava Alberto Youssef que amava o Paulo Roberto Costa
que não amava ninguém.
Severino foi para os Nova York, Nardes para o tCU,
CUnha morreu de rir, Solange ficou pra laranja,
Youssef delatou Aécio Neves que casou com Igor Romário de Paula
que ainda não tinha entrado na história

Golpista das relações de Eduardo Cunha é suspeito do golpe no Postalis

dom, 21/06/2015 – 21:02

Atualizado em 21/06/2015 – 21:21

Jornal GGN – O presidente da Câmara Eduardo Cunha pode alegar, em sua defesa, nunca ter sido condenado.

Mas é inegável o extraordinário grau de conhecimento que tem de pessoas envolvidas em algumas das grandes patifarias da República.

A IstoÉ desta semana traz denúncia sobre um desdobramento do golpe ocorrido com o Fundo Postalis. A denúncia se baseia em delação de funcionário do grupo Galileo Educacional (http://migre.me/qnwXs).

Com base nos recebíveis dos alunos, o grupo lançou debêntures do mercado que acabaram adquiridas pelo Postalis e ela Petros. Depois se constatou que as duas principais universidades do grupo estavam em crise séria, prestes a serem fechadas pelo MEC (Ministério da Educação).

Segundo a matéria o dinheiro desviado teria ido para os senadores Renan Calheiros, Lindbergh Farias e o deputado Luiz Sérgio.

Curiosamente, a revista apresenta uma pista mas não vai atrás. Segundo a fonte da Polícia federal, o dinheiro do Postalis pode ter ido parar na conta de Ricardo Magro, dono da Refinaria de Manguinhos, alvo de inquéritos da polícia por fazer parte do grupo de aventureiros que passou a dar golpes do setor petrolífero através da sonegação de ICMS.

Magro é estreitamente ligado ao presidente da Câmara Eduardo Cunha.

Em reportagem de Chico Otávio, em O Globo de 22.11.2010 (http://migre.me/qnwZD) fala-se das investigações  da Polícia Civil para apurar o envolvimento de Eduardo Cunha com um esquema de fraude envolvendo a refinaria.

Cunha admitiu relações com Magro, mas disse “não ter qualquer atividade comercial de nenhuma natureza com ele”.

A Polícia grampeou conversas de Magro com um deputado que prometera a ele pressionar determinada empresa a retomar a venda de gasolina de Manguinhos, vendida no mercado fluminense em operações ilegais de sonegação de ICMS.

O tal deputado falava de um telefone da rádio Melodia, de propriedade do próprio Cunha.

Na época, Cunha não tinha ainda retomado a aliança com a Globo e atribuiu a reportagem a uma “desavença pessoal com o diretor do mais importante órgão das Organizações Globo”.

O episódio da sonegação de Manguinhos foi relatado pelo GGN em 14 de maio de 2013 (http://migre.me/qnxgi).

Cunha foi livrado do inquérito pelo então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. A alegação era a de que a empresa que teria sido pressionada – a Brasken -  é uma sociedade anônima. Portanto, não haveria como enquadrá-lo no artigo 312 do Código Penal, que menciona especificamente órgãos da administração pública. Essa opinião foi acatada pelo Ministro Celso de Mello. 

Magro é um empresário com tão pouca visibilidade que as únicas menções a ele no Google são relativos a golpes que aplicou. E a única foto é uma ¾ amarelada, que a revista Época conseguiu anos atrás.

Golpista das relações de Eduardo Cunha é suspeito do golpe no Postalis | GGN

30/11/2014

Eu ainda lembro que vocês fizeram na gestão passada!

Todos tínhamos melhores expectativas quanto aos resultados dos governos Lula e Dilma. Gostaríamos de termos visto inclinações mais à esquerda, com gente do calibre de um Stédile no lugar de uma Katia Abreu nos Ministérios. De ter vistor mais políticas e obras destinadas aos menos favorecidos. Tudo isso era e continua sonho. Mas, se não fomos tão felizes como desejamos, evitamos uma catástrofe maior do que a tragédia que nos legaram. Não é fácil administrar um país com uma tradição de quinhentos anos governado pela e para a elite. O problema do Brasil continua sendo aqueles que enriquecem encima de seu povo e vai a Miami comprar quinquilharias.

Para quem já estudou um pouco do latifúndio no RS vai entender isso. Nossos fazendeiros e seus filhos estudavam em Paris. Os peões dormiam em galpões e até hoje festejam terem sido deixados dormirem com os cavalos nos galpões enquanto os patrões dormiam na Casagrande com suas escravas, mulheres, filhas. O lucro auferido nas fazendas eram gostos nos “Moulins Rouges”, de Paris, mas também de Porto Alegre. Nada era reinvestido no município onde se localizava a fazenda. Hoje, a EMBRATEL, Vale, Santander e tantas outras empresas entregues ao capitalismo internacional lucram encima do povo brasileiro mas investem nas sedes das matrizes, como mostra a Folha de hoje: Espanha aposta no Brasil para crescer

Os mais jovens não sabem ou não lembram, mas todo dia havia uma sigla dando pitacos sobre o Brasil. O FMI mandava e desmandava, até porque era ele quem condicionava a condução do país aos empréstimos necessários para cobrir a quebradeira geral.

28/11/2014 – 32 capas de jornal que vão te lembrar como foi o Brasil tucano nos tempos de FHC

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Desemprego. Arrocho salarial. Apagão elétrico. Escândalos. Mendigagem ao FMI e, claro…privatizações. Relembre.

(Por Paulo Henrique Amorim, em Conversa Fiada)

Fernando ​Henrique Cardoso governou o Brasil por 8 anos. Entre 1995 e 2002, colecionou fracassos e terminou o seu segundo mandato com 26% de aprovação.

​(​Lula, apenas como comparação, saiu do Governo aprovado por ​87% dos brasileiros.)

O Príncipe da Privataria​ não empolgou nem seus correligionários. Tanto que Padim Pade ​​Cerra e Geraldo Alckmin não defenderam o legado de FHC em suas disputas eleitorais. Ambos o esconderam e não dividiram o palanque com o grão-tucano.

Afinal, como se sabe, o FHC vendeu as joias da família e aumentou a dívida da família. Um “jênio”!

Mas o tempo passa e, 12 anos depois de seu mandato, inúmeros feitos de FHC foram esquecidos. O Conversa Afiada, sempre preocupado em ajudar, relembra momentos marcantes do tucano. As manchetes da época são suficientes para matar a saudade de FHC.


É como fizeram com a Vale do Rio Doce já faziam com a Petrobrás: encolhem a empresa para que ela desvalorize e seja mais fácil para vender barato.


Além de tudo FHC quase acabou com o plano Real.

32 capas de jornal que vão te lembrar como foi o Brasil tucano nos tempos de FHC « Poços10 – Poder e Política

03/10/2014

FHC tem razão: Aécio & Marina são iguais

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,ALSTOM,Corrupção,FHC,José Serra,PSDB,Reeleição,Siemens — Gilmar Crestani @ 8:35 am
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fhc-filho FHC é tão “çábio” que assumiu como seu o filho que era só da mãe. Os filhos de D. Ruth, conhecendo a incapacidade do FHC pediram um exame de DNA e comprovaram que FHC foi enganado pela funcionária da Globo, Miriam Dutra,  e pela própria Globo, que o capturou.

É este pilantra que comprou a reeleição pagando R$ 200 mil reais para cada deputado que a velha mídia insiste em nos vender como alguém confiável.

FHC, se fosse honesto consigo mesmo, poderia dizer que o PSDB está virando pó, para delírio do seu candidato, em função das brigas intestinas no interior do próprio partido. Ninguém em sã consciência esquece que foi José Serra que detonou Aécio  Neves com aquele artigo “Pó pará, governador!”. Aécio, por meio da irmã, Andrea Neves, respondeu: “Minas a reboque, não!”

Quando a briga entre peessedebistas paulistas e mineiros chegou a este ponto, viu-se que não haveria mais volta. Em vários momentos desta campanha FHC ajudou a fincar a faca nas costas do Aécio Neves, nas várias vezes que sugeriu apoio do PSDB à Marina Silva. São Paulo tem o que há de pior em termos de conservadorismo, de atraso sociológico. Não é por acaso que São Paulo pariu o que há de pior na política até hoje no Brasil. Basta lembrar alguns nomes para se ter ideia do que é São Paulo para o Brasil: Ademar de Barros, Jânio Quadros, Orestes Quércia, Paulo Maluf, José Serra, Celso Pitta, FHC, Marco Feliciano, Tiririca!

Entrevista. Fernando Henrique Cardoso

Ex-presidente vê cenário eleitoral ‘instável’ e já fala em união de PSDB e PSB contra Dilma em um eventual 2º turno

Aécio e Marina têm de se aliar, diz FHC

Débora Bergamasco

03 Outubro 2014 | 03h 00

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 2, que o cenário eleitoral no momento está “muito instável” e com “possibilidade real” de o candidato tucano Aécio Neves ir para o 2.º turno. E, segundo ele, havendo 2.º turno Aécio e a candidata do PSB, Marina Silva, têm que estar juntos para derrotar a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT). Em entrevista ao Estado, FHC comentou o enfraquecimento de Marina na disputa: quando ela entrou, parecia um tufão avançando. Agora, virou uma “ventania com cara de vento”.

ROBSON FERNANDJES/ESTADÃO-5/8/2014

Para FHC, eleitores ‘se juntarão independentemente das decisões da cúpula’

Como o senhor avalia hoje o cenário eleitoral?

Muito instável. Estamos vendo uma flutuação de opinião que leva a crer na possibilidade real de Aécio ir para o segundo turno. Isso em consequência de uma campanha desleal que foi feita pelo PT em cima da Marina que, de alguma maneira, a afetou. E o Aécio teve a virtude de se manter com muita energia, nos piores momentos. Quando começou (a onda Marina) eu disse: precisa avaliar se isso é vento, ventania ou tufão. Se for um tufão, acabou. Se for ventania, pode ser que vire vento.

Às vésperas da eleição, Marina é vento, ventania ou tufão?

Neste momento, é ventania com cara de vento. Temos de ser prudentes com esse movimento de opinião pública, porque ele muda muito rapidamente. Eu não quero dizer que está escrito que Marina vai virar vento. Pode ser que não. Mas está parecendo que vai.

Marina e Aécio vão se juntar em um 2.º turno?

Se houver 2.º turno, e acho que vai haver, necessariamente os que estão na oposição terão de apoiar uns aos outros. E quem mais necessitaria seria Marina, para mostrar que tem capacidade de, juntado-se a outros, governar. O Aécio não precisa mostrar isso, o partido dele já governou.

Mas o PSDB precisa dos votos.

Acho que os eleitorados dos dois lados se juntarão independentemente das decisões da cúpula. Mas, para poder dar mais firmeza e mostrar que governa, aí precisa de decisão da cúpula também. O PSDB, como partido, tem de dizer de que lado está. Estamos elegendo governadores, uma bancada, essa gente toda vai ter de se pronunciar. E o PSDB é um partido que sempre assumiu sua responsabilidade.

Quando Aécio começou a cair nas pesquisas e Marina subir, a campanha do PSDB passou a associá-la ao PT. O sr. concorda?

Eu não sou favorável a insistir que a Marina é PT porque ela não é mais. Dizer isso é dar crédito ao PT. Essa ideia não partiu de mim. Eu valorizo mais o fato de ela ter deixado de ser do que ter sido. Mas a desconstrução da Marina foi muito mais a questão de banco, (de dizerem) que ela vai servir aos ricos e não aos pobres, que é a tecla do PT. O que é uma infâmia gritante. Por que a Marina, o que é? É pobre, negra, vem da floresta e sempre foi uma lutadora, só mesmo com muita propaganda para estigmatizá-la como agente do capital financeiro. Não cabe.

Há chance de o PSDB não ir ao 2.º turno, após mais de 20 anos. O que significaria para o partido?

Nos tira dessa condição de polarização do debate político de ideias neste momento e, eventualmente, pode ser mais difícil a reeleição dos nossos governadores que forem para o 2.º turno. A eleição atual está mostrando uma independência curiosa do eleitorado que vota diferentemente para deputado, para governador e presidente. O que mostra que o sistema político partidário eleitoral fracassou, está falido. Se quisermos ter maior consistência no sistema político, medidas terão de ser tomadas.

Mas esse não seria um momento de avaliar internamente o papel do PSDB em termos de representatividade, de bandeiras?

Sem dúvida. Mas estamos falando do PSDB e dos demais partidos. Houve uma perda de confiabilidade no sistema partidário que afeta a todos. O PT não é mais a mesma coisa. Tenho propagado que sejam mudadas algumas regras no sistema eleitoral, como voto distrital e etc. Mas mesmo sem isso, só com o financiamento eleitoral do jeito que é hoje, por exemplo, a eleição em si já fica corrompida.

Por quê?

Veja a lista de quem dá dinheiro: empreiteiras, bancos e algumas grandes empresas. Para quem? Para todos. Cabe isso? Ao dar para todos, está claro o que está querendo. Teve uma empresa que deu R$ 90 milhões, algo assim. Cabe em algum lugar do mundo uma empresa dar R$ 90 milhões? Alguma coisa está por trás disso. Também é preciso votar uma lei de barreira. Ninguém aguenta mais falsos partidos, que se organizam só para ter um pedaço do Orçamento. Tem que ter um limite para se ter acesso ao Fundo Partidário.

24/05/2014

Operação Rodin: “sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra”

Bis in idem: não deu certo com Antônio Britto, a RBS atacou com Yeda Crusius. Veio a Operação Rodin e os pensadores da RBS se esconderam na moita. E da moita lançaram a Operação Rodin 2, com Ana Amélia Lemos e, na suplência, Lasier Martins. Procure na empresa que domina 80% do mercado de informação do RS informações sobre a Operação Rodin e verás que um filho teu foge à luta, simplesmente porque é fdp!

Se não ganham a capa da Zero Hora como iriam sair na capa da Veja! Pela teoria do domínio do fato, a RBS estaria hoje acéfala…

Só para provar o slogan: a RB$ é ávida por todos os lados!

Operação Rodin: 3ª Vara Federal de Santa Maria (RS) condena 29 em ação criminal

23 de maio de 2014

(Atualizado às 17h14)

A 3ª Vara Federal de Santa Maria (RS) condenou ontem (22/5/14) 29 acusados de envolvimento no desvio de recursos públicos do Detran/RS. As irregularidades teriam ocorrido entre 2003 e 2007, em contratos firmados com a Fundação de Apoio à Tecnologia e à Ciência (Fatec) e a Fundação Educacional e Cultural para o Desenvolvimento e Aperfeiçoamento da Educação e da Cultura (FUNDAE), vinculadas à Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), para a realização dos exames teóricos e práticos de direção veicular para fins de expedição da Carteira Nacional de Habilitação.

A sentença, com 1.860 folhas, analisou 30 fatos atribuídos a 32 réus. Todos os
condenados foram responsabilizados, solidariamente, pela devolução ao Detran da
quantia de R$ 90.625.575,96, montante mínimo do dano causado ao erário público, devidamente atualizado. Cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região, com sede em Porto Alegre. Todos poderão recorrer em liberdade.

O processo tem 63.627 folhas (249 volumes), 57 (cinqüenta e sete) mil folhas de apensos e documentos apreendidos. Foram inquiridas mais de 300 (trezentas) testemunhas, sendo mais de 200 (duzentas) por carta precatória. Há mais de 100 ações relacionadas, incluindo pedidos de habeas corpus e mandados de segurança impetrados ao longo do andamento. Pelo menos outras 12 ações vinculadas à Operação Rodin, em sua maioria criminais ou de improbidade administrativa, seguem tramitando em Santa Maria.

O juiz Loraci Flores de Lima determinou a intimação das partes em regime de urgência. A cópia integral da sentença em mídia digital (CD-ROM), arquivos assinados eletronicamente com certificado digital e com senhas de proteção e número de série individualizado por réu e defesa técnica já estão disponíveis aos procuradores na secretaria da vara.

Operação Rodin, mas pode chamar de 45, cano duplo (Yeda & Ana Amélia):

Cronograma do caso:

6 de novembro de 2007 – Polícia Federal (PF) deflagra a chamada Operação Rodin. Decretadas a prisão temporária de 13 pessoas, o bloqueio de bens e a busca e apreensão de documentos
3 de março de 2008 – PF entrega inquérito ao Ministério Público Federal (MPF)
15 de maio de 2008 – MPF entrega denúncia à 3ª Vara Federal e Juizado Especial Criminal da Subseção Judiciária de Santa Maria
27 de maio de 2008 – Juíza federal Simone Barbisan Forte recebe denúncia contra 40 pessoas
26 de janeiro de 2009 – iniciam as oitivas de testemunhas de acusação
12 de março de 2009 – iniciam oitivas de testemunhas de defesa
29 de abril de 2010 – continua a fase de produção de provas e oitiva de testemunhas de defesa
16 de novembro de 2011 – iniciam interrogatórios dos réus
24 de julho de 2013 – são entregues os últimos documentos solicitados durante a fase de diligências finais
7 de novembro de 2013 – inicia prazo para apresentação de memoriais
18 de dezembro de 2013 – autos com juiz para sentença
22 de maio de 2013 – proferida sentença

Resumo das absolvições e condenações:

– ABSOLVIÇÕES (TODAS AS ACUSAÇÕES):

FRANCISCO JOSÉ DE OLIVEIRA FRAGA
GILSON ARAÚJO DE ARAÚJO

LENIR BEATRIZ DA LUZ FERNANDES

– CONDENAÇÕES:

1) ALEXANDRE DORNELLES BARRIOS – Advogado do Detran na gestão de Carlos Ubiratan dos Santos
Condenação: 09 (nove) anos e 06 (seis) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 270 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, caput, da Lei nº 8.666/93 : Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Art. 299 do CP : Falsidade ideológica

2) ALFREDO PINTO TELLES – Sócio da Newmark, cunhado de Lair Ferst
Condenação: 17 (dezessete) anos e 05 (cinco) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 500 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93: tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

3) CARLOS DAHLEM DA ROSA – dono da Carlos Rosa Advogados, que prestava consultoria ao projeto
Condenação: 36 (trinta e seis) anos e 11 (onze) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 1012 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93: tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 333 do CP: Corrupção ativa

4) CARLOS UBIRATAN DOS SANTOS – Diretor-presidente do Detran entre 2003 e 2006, quando foi firmado o convênio com a Fatec
Condenação: 32 (trinta e dois) anos e 10 (dez) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 1426 dias-multa, calculada à razão de 8/10 (oito
décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, caput, da Lei nº 8.666/93 : Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 317 do CP : Corrupção passiva
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

5) CENIRA MARIA FERST FERREIRA – Irmã de Lair, sócia da Rio Del Sur, uma das empresas terceirizadas
Condenação: 05 (cinco) anos em regime inicial semi-aberto, multa na totalidade de 272 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações: Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

6) DARIO TREVISAN DE ALMEIDA – Professor da UFSM, presidiu
a Coperves de 1993 a 2007 e coordenava o Trabalhando pela Vida na Fatec
Condenação: 26 (vinte e seis) anos e 08 (oito) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 760 dias-multa, calculada à razão de 6/10 (seis décimos) do salário mínimo vigente à data do fato, e perda de cargo público
Acusações:
Art. 288 do CP: Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº8.666/93 : tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP: Corrupção passiva
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

7) DENISE NACHTIGALL LUZ – Esposa de Ferdinando Fernandes e sócia do Nachtigall Advogados Associados, subcontratada pela Fatec
Condenação: 22 (vinte e dois) anos e 07 meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 606 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações: Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 : tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato

8) EDUARDO REDLICH JOÃO – Identificado como intermediário de Lair Ferst
Condenação: 05 (cinco) anos e 05 (cinco) meses em regime inicial semi-aberto, multa na totalidade de 179 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações: Art. 312 do CP: Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

9) EDUARDO WEGNER VARGAS – Filho do presidente afastado do Tribunal de Contas do Estado, João Luiz Vargas, era sócio da IGPL
Condenação: 05 (cinco) anos e 01 (um) mês em regime inicial semi-aberto, multa na totalidade de 76 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP: Peculato

10) ELCI TERESINHA FERST – Irmã de Lair Ferst e sócia da Newmark, uma das terceirizadas
Condenação: 05 (cinco) anos e 05 (cinco) meses em regime inicial semi-aberto, multa na totalidade de 233 dias multa, calculada à razão de 1/10 (um décimo) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações: Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

11) FERDINANDO FRANCISCO FERNANDES – Filho de José Fernandes e sócio da Pensant
Condenação: 38 (trinta e oito) anos e 07 (sete) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 1054 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº8.666/93: tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 333 do CP : Corrupção ativa

12) FERNANDO FERNANDES – Filho de José Fernandes e sócio da Pensant
Condenação: 31 (trinta e um) anos e 03 (três) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 664 dias-multa, calculada à razão de 8/10 (oito décimos) do
salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 : tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 333 do CP: Corrupção ativa

13) FLÁVIO ROBERTO LUIZ VAZ NETTO – Diretor-presidente do Detran na
época em que foi deflagrada a Operação Rodin
Condenação: 20 (vinte) anos e 10 (dez) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 696 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo vigente à data do fato; e cassação da aposentadoria
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, caput, da Lei nº 8.666/93 : Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 317 do CP: Corrupção passiva

14) HÉLVIO DEBUS OLIVEIRA SOUZA – Contador da Fundae e sócio da S3 Contabilidade Consultoria e Assessoria
Condenação: 07 (sete) anos e 07 (sete) meses em regime inicial semi-aberto, multa na totalidade de 148 dias-multa, calculada à razão de 6/10 (seis décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP: Associação Criminosa
Art. 312 do CP: Peculato

15) HERMÍNIO GOMES JUNIOR – Ex-diretor técnico do Detran
Condenação: 32 (trinta e dois) anos e 02 (dois) meses em regime inicial fechado, além de multa na totalidade de 1370 dias-multa, calculada à razão de 8/10 (oito décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, caput, da Lei nº 8.666/93 : Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóteses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade:
Art. 312 do CP: Peculato
Art. 317 do CP : Corrupção passiva
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

16) JOSÉ ANTÔNIO FERNANDES – Sócio da Pensant
Condenação: 38 (trinta e oito) anos e 07 (sete) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 1054 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo
vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP: Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93: tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP: Peculato
Art. 333 do CP: Corrupção ativa

17) LAIR ANTÔNIO FERST – Empresário, ex-coordenador da bancada do PSDB na Assembleia
Condenação: 25 (vinte e cinco) anos e 02 (dois) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 686 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93: tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 333 do CP : Corrupção ativa
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

18) LUCIANA BALCONI CARNEIRO – Ex-funcionária da Fatec, sócia da Pakt, secretária executiva do Trabalhando pela Vida
Condenação: 02 (dois) anos em regime inicial aberto, multa na totalidade de 94 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações: Art. 299 do CP : Falsidade ideológica

19) LUIZ CARLOS DE PELLEGRINI – Dirigiu a Fatec em 2006 e 2007
Condenação: 08 (oito) anos e 09 (nove) meses em regime inicial fechado, multa na
totalidade de 181 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato; e perda do cargo público
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP: Peculato

20) LUIS PAULO ROSEK GERMANO – Prestador de serviços da Carlos Rosa Advogados
Condenação: 08 (oito) anos e 09 (nove) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 181 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP: Peculato

21) MARCO AURÉLIO DA ROSA TREVIZANI – Contador de Lair Ferst
Condenação: 14 (quatorze) anos e 04 (quatro) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 582 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP: Associação Criminosa
Art. 312 do CP: Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

22) NILZA TEREZINHA PEREIRA – Dá nome à NT Pereira, uma das terceirizadas
Condenação: 10 (dez) anos e 07 (sete) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 362 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

23) PATRÍCIA JONARA BADO DOS SANTOS – Advogada, esposa de Carlos Ubiratan dos Santos e administradora da NT Pereira
Condenação: 15 (quinze) anos e 02 (dois) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 536 dias-multa, calculada à razão de 8/10 (oito décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

24) PAULO JORGE SARKIS – Reitor da UFSM quando do contrato entre o Detran e a Fatec
Condenação: 12 (doze) anos em regime inicial fechado, multa na totalidade de 298 dias-multa, calculada à razão de 1 (um) salário mínimo vigente à data do
fato; Cassação da aposentadoria
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP : Peculato

25) PEDRO LUIS SARAIVA AZEVEDO – Cunhado de Hermínio Gomes Júnior, dono da PLS Azevedo, prestava serviço a uma terceirizada
Condenação: 09 (nove) anos e 04 (quatro) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 362 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

26) ROSANA CRISTINA FERST – Irmã de Lair Ferst, era sócia da Rio Del Sur, subcontratada pela Fatec
Condenação: 16 (dezesseis) anos e 08 (oito) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 586 dias-multa, calculada à razão de 4/10 (quatro décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 : tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 299 do CP: Falsidade ideológica

27) ROSMARI GREFF ÁVILA DA SILVEIRA – Secretária executiva da Coperves na gestão de Dario Trevisan
Condenação: 10 (dez) anos e 03 (três) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 145 dias-multa, calculada à razão de 2/10 (dois décimos) do salário mínimo vigente à data do fato; e perda de cargo público
Acusações: Art. 312 do CP: Peculato

28) RUBEN HOHER – Contador da Fundae e coordenador do projeto do Detran quando a Fundae foi contratada. Sócio da Doctos, uma das terceirizadas
Condenação: 26 (vinte e seis) anos e 05 (cinco) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 775 dias-multa, calculada à razão de 6/10 (seis décimos) do salário mínimo vigente à data do fato.
Acusações:
Art. 89, parágrafo único, da Lei nº 8.666/93 : tendo comprovadamente concorrido para a consumação da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilidade ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público.
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 317 do CP: Corrupção passiva
Reconhecida a extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva, com base no arts. 107, IV (“Extingue-se a punibilidade pela prescrição, decadência ou perempção”), 109, IV (“A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto no § 1o do Art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não excede a quatro”) e 115 do CP (“são reduzidos de metade os prazos de prescrição quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor de 21 anos, ou, na data da sentença, maior de 70 anos”)

29) SILVESTRE SELHORST – Secretário executivo da Fatec
Condenação: 25 (vinte e cinco) anos e 02 (dois) meses em regime inicial fechado, multa na totalidade de 630 dias-multa, calculada à razão de 6/10 (seis décimos) do salário mínimo vigente à data do fato;
Acusações:
Art. 288 do CP : Associação Criminosa
Art. 312 do CP : Peculato
Art. 317 do CP: Corrupção passiva

Portal da Justiça Federal da 4ª Região

No cesto do Instituto Millenium, o incesto jornalístico entre Veja, Folha & PSDB

instituto-millenium-preliminarioEstão dando outro nome ao partido dos tucanos. Virou Partido da Suruba Das Boas… A orgia tem sido organizada pelos alcoviteiros do Instituto Millenium. Depois que as assinaturas de Veja e Folha foram distribuídas nas Escolas Públicas do Estado de São Paulo, por seu governantes, nunca foi tão fácil acusar adversários ao mesmo tempo que defendem com unhas e dentes os parceiros. D. Judith Brito vive!

Relações midiáticas incestuosas no ninho tucano

Postado por Juremir em 20 de maio de 2014

Que a grande mídia brasileira é tucana toda a fauna sabe.

Que Veja e Folha de S. Paulo são tucanas até as minhocas sabem.

Mas certas confirmações mostram as entranhas dessa intimidade.

O editor da Veja, Otávio Cabral, casado com a colunista da Folha Vera Magalhães, trabalhará na campanha de Aécio Neves.

Na última eleição, o marido (Gilnei Rampazzo) de Eliane Cantanhêde, colunista da Folha, foi marqueteiro de José Serra.

Certamente essas relações explicam o olhar enviesado de Veja e Folha de S. Paulo.

Eis o jornalismo completo: cama, mesa e banho.

Banho de objetividade, isenção, imparcialidade e jogo de cena.

O amor é lindo.

Instituto Milleniumj

20/01/2014

Entenda de onde vem todo o ódio ao Lula

Mais, fica também explicado porque o Tribunal de Contas do Município de São Paulo é também a casa de Ali Babá. Bombardearam todos os prefeitos que não eram seus comparsas. Quando não conseguem por lá, acionam parceiros dos tribunais superiores. Os ataques às políticas de Fernando Haddad é uma das formas de uma elite pior do que a Roma em fim de Império que administra São Paulo como se fosse uma sua Capitania Hereditária, herdada de D. João VI. A particularidade desta descoberta é a forma como ela vem a público. Há anos ela corre pelos escaninhos dos engavetadores gerais. E os principais veículos de comunicação, Veja, Folha, Estadão, todos de São Paulo, fazem piruetas para esconder. Ninguém ousa incriminar a quadrilha que vendeu o Brasil por trinta dinheiros. Se dependesse dos grupos mafiomidiáticos, jamais se ficaria sabendo disso tudo, porque, afinal, são parceiros, como já declarou Judith Brito.

Papel confirma suborno de Alstom a tucanos

:

Documento apreendido na sede da Alstom aponta que integrantes da Secretaria de Energia, na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998, e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina por contrato de US$ 45,7 milhões; pasta era comandada por Andrea Matarazzo; Suíça já apontava pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; denúncias ligam esquema com reeleição de FHC

20 de Janeiro de 2014 às 05:20

247 – Foi encontrada na França uma nova prova de que Alstom pagou propina a agentes públicos na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998. Segundo a Folha de S. Paulo, um documento apreendido na sede da empresa indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época).

No momento da assinatura do contrato, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. Ele nega ter recebido propina. No entanto, o documento reforça tese da Polícia Federal, baseada em informações do Ministério Público da Suíça, que já citava como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada.

Segundo o novo documento, a Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.

O Ministério Público de São Paulo pedirá a dissolução da multinacional francesa Alstom no Brasil em razão do propinoduto nos trens.

Os promotores dizem ter provas suficientes para demonstrar o pagamento de propina aos políticos, como a quebra de sigilo bancário de contas secretas que a Alstom mantinha na Suíça, que mostra que a empresa abasteceu outras contas das quais saíram pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas.

De acordo com denúncias publicadas pela revista Veja e a Folha de S. Paulo, parte desse dinheiro foi usado na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial (leia mais).

Papel confirma suborno de Alstom a tucanos | Brasil 24/7

cp20012014

Documento mostra como Alstom distribuiu propina

Contrato de estatal de SP envolveu pasta de Energia e 3 diretorias de gestão tucana

Divisão do suborno é indicada em papel apreendido na França e decifrado por ex-vice presidente da empresa

MARIO CESAR CARVALHOFLÁVIO FERREIRADE SÃO PAULO

Um documento apreendido na sede da Alstom, na França, indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse em 1998 um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época) com a estatal na gestão de Mário Covas (PSDB).

Até agora, a Polícia Federal só havia chegado até o intermediador da propina, o lobista Romeu Pinto Jr., que admitiu ter recebido recursos da Alstom para pagar suborno, mas alegou desconhecer os destinatários. Ele sustenta que entregou os valores a motoboys enviados por pessoas que não conhecia.

O documento traz detalhes da divisão e do caminho do dinheiro. Segundo o papel, a Secretaria de Energia, chamada de "SE", recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.

À época da assinatura do contrato, em abril de 1998, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo por seis meses. Ele nega ter recebido propina.

O documento menciona os destinatários do suborno por meio de siglas. "SE" era a forma como a Alstom chamava a Secretaria de Energia em comunicações internas, segundo papéis do inquérito da PF. As diretorias são designadas pelas siglas DF, DT e DA.

A Folha consultou Jean-Pierre Courtadon, que foi vice-presidente da Alstom-Cegelec, e ele confirmou que DA, DT e DF costumavam designar diretorias administrativas, técnica e financeira.

Courtadon é investigado no Brasil sob suspeita de ter repassado propina, o que ele nega. Apuração na Suíça concluiu que ele não fez repasses a políticos e inocentou-o.

Entre 1998 e 1999, as diretorias administrativa, técnica e financeira da EPTE eram ocupadas por Carlos Eduardo Epaminondas França, Sidney Simonaggio e Vicente Okazaki, respectivamente. Como as negociações para o contrato se estenderam por anos, não dá para saber se o documento designa esses diretores ou outros.

ENIGMA

O mistério do documento é a sigla "F", apontada como recebedora de 2% do valor do contrato (R$ 1,04 milhão). Entre os executivos que assinaram o contrato, há um cujo sobrenome começa com "F": Henrique Fingerman.

Ele foi diretor financeiro da EPTE até maio de 1998 e assumiu a presidência da empresa em seguida. Fingerman, como Matarazzo, já foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção.

O valor do suborno no documento chega a R$ 6,4 milhões, ou 12,3% do contrato. O maior valor, segundo a PF, foi pago a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (R$ 2,07 milhões) e chefe da Casa Civil de Mário Covas entre 1995 e 1997.

A investigação brasileira sobre a Alstom começou em 2008 para apurar suspeita de que a companhia havia pago propina para reativar em 1998 aditivo de contrato que fora assinado em 1983 para construção de três subestações de energia. A lei limita a duração de contratos a cinco anos.

O documento obtido pela Folha foi usado nos processos francês e suíço contra a Alstom. O da França foi arquivado porque até 2000 era permitido pagar comissões para obter negócios no exterior. O da Suíça resultou numa multa para a Alstom de US$ 42,7 milhões em 2011. A multa não contemplou a suspeita de suborno no Brasil porque a apuração aqui não foi encerrada.

O promotor Silvio Marques, que atua no caso, diz já ter visto o documento na Suíça. " Ele nunca foi usado porque ninguém sabia o significado das siglas".

O documento aponta que a empresa MCA, usada por Romeu Pinto Jr. para intermediar a propina, recebeu 7,5% do valor do contrato diretamente da Alstom francesa. Contas secretas que a Alstom tinha na Suíça remeteram mais US$ 516 mil para a MCA.

A Alstom do Brasil também participou do processo. A empresa Acqua Lux, que pertence a Sabino Indelicato, recebeu R$ 1,82 milhão (3,5% do contrato). Investigadores suspeitam que Indelicado seja laranja de Robson Marinho.

18/12/2013

E a culpa é do… maquinista!

Filed under: Isto é PSDB!,Propinoduto Tucano,Tremsalão — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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propinoduto tucanoUé, mas não era só uma montagem do PT?!

Secretário de Alckmin diz que diretor o decepcionou

Jurandir Fernandes não defende ex-subordinado acusado de levar propina

O titular da secretaria paulista de Transportes Metropolitanos culpa a lei de licitações pela formação de cartéis

DE SÃO PAULO

O secretário de Transportes Metropolitanos do governo de São Paulo, Jurandir Fernandes, disse à Polícia Federal que ficou "decepcionado" com um antigo subordinado dele na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) que é acusado de ter recebido propina da empresa Alstom em uma conta que mantinha na Suíça.

O subordinado é João Roberto Zaniboni, diretor de operações e de manutenção da CPTM entre 1999 e 2003. Zaniboni recebeu US$ 836 mil em uma conta que mantinha no Credit Suisse, em Zurique.

Como diretor da CPTM, Zaniboni assinou aditivos que aumentaram em cerca de R$ 12 milhões os contratos que a estatal tinha com a Alstom, a Bombardier e a Inepar.

À época em que ele foi diretor da CPTM, Jurandir ocupava pela primeira vez a secretaria de Transportes Metropolitanos (2001 a 2005)–ele voltou ao cargo em 2011.

O secretário disse que o fato de Zaniboni ter mantido conta no exterior o "deixa indignado". O ex-diretor da CPTM foi condenado na Suíça por lavagem de dinheiro.

A CPTM é subordinada a essa secretaria. O depoimento de Fernandes foi prestado no último dia 25.

O secretário colocou a culpa na legislação brasileira pelos cartéis que atuam em licitações públicas.

"O processo licitatório brasileiro é muito lento, muito cheio de espaços e prazos, o que abre oportunidades para que o mercado se articule, o que pode diminuir a competitividade", disse ao delegado Milton Fornazari Junior.

O secretário confirmou à PF que conheceu em 2003 o consultor Arthur Teixeira, apontado como alguém que teria intermediado propina paga por empresas como Alstom e Siemens. Foi uma empresa de Teixeira que fez os depósitos na conta de Zaniboni na Suíça.

Fernandes classificou Teixeira de "lobista do setor metroferroviário". Após voltar ao cargo com a eleição do governador Geraldo Alckmin (PSDB), ele teve três reuniões com Teixeira em 2011. A Folha não conseguiu localizar o advogado de Zaniboni.

O secretário disse também conhecer o executivo Masao Suzuki, da Mitsui, multinacional japonesa acusada por um ex-funcionário de ter queimado provas sobre o cartel –o que a empresa nega.

Fernandes também teve como subordinado dois executivos da CPTM que tiveram recursos bloqueados por suspeita de ter recebido propina.

Os executivos são Oliver Hossepian, que foi presidente da CPTM, e Ademir Venâncio, diretor da empresa. Ele disse não saber se Zaniboni, Oliver e Venâncio atuavam conjuntamente na CPTM para cobrar propina.

(MARIO CESAR CARVALHO E FLÁVIO FERREIRA)

31/10/2013

Mauro Ricardo, um quadro do partido dos melhores quadros

Filed under: Isto é PSDB!,Mauro Ricardo — Gilmar Crestani @ 10:40 pm
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Chega ao fim mais um capítulo de uma lenda urbana dos anos 90. Naquela década os grupos mafiomidiáticos se desdobravam tecendo loas ao partido que tinha os “melhores quadros”, o PSDB. E, de fato, para se desincumbir do papel de vendilhões que o neoliberalismo exigia, o PSDB foi farto e se fartou. Mas um a um dos postes de FHC e Serra foram queimando fio até chegarmos em Mauro Ricardo. Nós gaúchos conhecemos muito bem aquela que, por ter sido amestrada nos corredores e atrás das portas da RBS, também foi catapultada para administrar o Piratini. Os gaúchos, sempre dispostos a engoliram qualquer merda que a RBS defeca, sufragaram o nome da cruela, que a história registra como tendo sido a pior inquilina do Piratini. E olha  que para ser pior que Antonio Britto não é fácil, mas nada é impossível quando se trata de um agente da RBS. Mas, voltando ao incensado quadro do PSDB, hoje está pendurado na Prefeitura de ACM Neto, em Salvador. Amanhã poderá abrilhantar uma penitenciária, onde já deveria estar aquele que, junto com Fujimori e Menem, compunha o trio de patetas teleguiados pelo Consenso de Washington, FHC, égua madrinha desta quadrilha. Quadrilha é o coletivo de “melhores quadros”…

Quem liga Cerra ao rombo na Prefeitura de SP

Mauro Ricardo teve o “domínio do fato” ? Kassab diz que sim !

Mauro Ricardo é carioca. Formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, se tornou funcionário de carreira da Receita Federal em 1993.
Em 1995, foi trabalhar com o então Ministro do Planejamento, José Serra.
Desde então, se tornou uma espécie de “secretário padrão” de Serra.
Sempre que o tucano ocupou um cargo público, Mauro Ricardo esteve com ele como membro destacado da equipe.
Em 1998, depois de perder a eleição para a prefeitura de São Paulo para Celso Pitta, Serra se tornou ministro da Saúde de Fernando Henrique, e lá foi Mauro Ricardo. Na gestão de Serra, ele assumiu a presidência da Funasa, Fundação Nacional de Saúde.  
Mauro Ricardo permaneceu no cargo até o fim do Governo de FHC.
Em 2002, Serra perdeu a eleição presidencial para Lula e fica momentaneamente sem mandato.
Nesse período, Mauro Ricardo foi presidir a Copasa, Companhia de Saneamento de Minas Gerais.
Presidiu a estatal mineira entre 2003 e 2004 – na administração do também tucano Aécio Neves.
Em 2004, José Serra é eleito prefeito de São Paulo, e Mauro Ricardo volta a trabalhar com ele, dessa vez, para assumir a Secretaria de Finanças do Município.
No meio do mandato, Serra renuncia para ser candidato ao governo do Estado de São Paulo.
Serra é eleito em 2006, e Mauro Ricardo “sobe” com ele: assume a Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Em 2010, Serra se prepara para mais um voo presidencial – novo voo frustrado. Ele perde a eleição e fica novamente sem mandato.
O substituto de Serra no Palácio dos Bandeirantes, Geraldo Alckmin, se apressa em ocupar os espaços da máquina do Governo serrista, e a despeito dos pedidos de Serra – noticiados pela imprensa na época – Mauro Ricardo é substituído em 2011.
Imediatamente, Mauro Ricardo volta para a Secretária de Finanças do Município de São Paulo, na gestão do então prefeito Gilberto Kassab. Vice de Serra em 2004, Kassab herdou a prefeitura em 2006, e se reelegeu em 2008.
Mauro Ricardo ficou como titular da pasta de Finanças até o fim do mandato de Kassab.
Nesse período, ele chefiou diretamente – segundo o ex-prefeito Gilberto Kassab, com ”total autonomia” – pelo menos dois dos quatro ex-servidores presos hoje, suspeitos de desviar 200 milhões de reais dos cofres da prefeitura de São Paulo, nos últimos 3 anos.
Mauro Ricardo era chefe direto de Ronilson Bezerra Rodrigues, ex-subsecretário da Receita Municipal (exonerado do cargo em 19/12/2012); e Eduardo Horle Barcelos, ex-diretor do Departamento de Arrecadação e Cobrança (exonerado do cargo em 21/01/2013).
No final do mandato de Kassab, Mauro Ricardo foi ”disputado” por dois prefeitos eleitos em 2012 – Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA), de Salvador, e Arthur Virgílio (PSDB-AM), de Manaus.
Mauro Ricardo escolheu Salvador, onde é novamente Secretário de Finanças.
Clique aqui para ler a nota do Prefeito Haddad sobre a “Operação Necator”.
Murilo Henrique Silva, editor do Conversa Afiada
Clique aqui para ler “Haddad põe a polícia em cima de equipe do Cerra”

Quem liga Cerra ao rombo na Prefeitura de SP | Conversa Afiada

 

Os detalhes da quadrilha que beneficiava construtoras na prefeitura de SP

qui, 31/10/2013 – 09:41

Sugerido por Webster Franklin

Correio do Brasil

Fernando Haddad descobre “ninho” de corrupção de R$ 500 milhões

Por Redação, com agências – de São Paulo 

Uma investigação da Controladoria Geral do Município, criada pelo prefeito Fernando Haddad, resultou na prisão nesta quarta-feira, de quatro ex-altos funcionários da gestão de Gilberto Kassab entre os anos de 2006 e 2012. A operação, chamada de a Operação Necator, foi realizada em conjunto entre Ministério Público Estadual e a CGM (Controladoria Geral do Município), órgão criado por Haddad.

O ex-subsecretário da Receita Municipal e ex-diretor de Arrecadação são acusados de liderar uma quadrilha que abatia irregularmente ISS para grandes construtoras, que  pertenceram à equipe do então secretário de Finanças Mauro Ricardo, oriundo da gestão de José Serra, com dívidas de R$ 480 mil eram resolvidas por R$ 12 mil. Centenas de imóveis, carros de luxo e até lotéricas foram comprados com verba desviada.

A operação “acerto de contas” descobriu que escritório da quadrilha era chamado de “ninho” e  ficava a 300 metros da sede da Prefeitura.  O ex-prefeito Gilberto Kassabdeclarou: “Não foram indicados por mim”.

“Descobrimos outros Arefs”, exclamou um secretário municipal diante da prisão, na manhã desta quarta-feira 30, de quatro ex-altos funcionários da Prefeitura de São Paulo.

Ligados à Secretária de Finanças na gestão do prefeito Gilberto Kassab e do secretário Mauro Ricardo, oriundo da equipe do prefeito anterior José Serra, os quatro presos são acusados de fazer parte de uma quadrilha que pode ter desviado mais de R$ 500 milhões dos cofres municipais por meio do abatimento de irregular de dívidas de ISS – Imposto Sobre Serviço, o principal tributo do município.

Segundo investigação com origem em março na Controladoria Geral do Município, criada pelo atual prefeito Fernando Haddad, o grupo concedia “habite-se” para grandes construtoras de imóveis por meio de recebimentos pessoais por fora dos meios normais. Num dos casos apurados, uma construtora com dívida de R$ 480 mil de ISS conseguiu liberar a construção e entrega de um prédio recolhendo apenas R$ 12 mil aos cofres públicos.

Entre os presos na operação “Acerto de Contas” estão o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues e o ex-diretor de arrecadação do orgão Eduardo Barcelos. Ambos eram do primeiro escalão da Secretaria de Finanças, comandada por Mauro Ricardo. O secretário foi homem de confiança na Prefeitura paulistana do ex-prefeito José Serra e permaneceu no cargo na gestão de Gilberto Kassab.

– Não foram indicados por mim, desviou Kassab ao ser abordado sobre as prisões.

A Acerto de Contas apurou que os negócios ilegais sobre as dívidas de ISS eram feitos num escritório apelidado de “ninho”, que ficava a 300 metros da sede da Prefeitura, no centro da capital. Desvios de mais de R$ 500 milhões sobre o principal imposto municipal podem ter sido cometidos. Com o dinheiro obtido, a quadrilha, segundo as investigações, comprou dezenas de imóveis e carros de luxo, além de casas lotéricas. As propriedades foram legalizadas em nomes de terceiros.

A comparação com o caso de Hussain Aref Saab, ex-diretor diretor do Departamento de Edificações da Prefeitura, também nas gestões de Kassab e Serra, é quase automática. Aref amealhou mais de uma centena de imóveis em seu nome e no de familiares. Ele é acusado de ter liderado um esquema de corrupção com grandes construtoras para liberar bem mais facilmente a aprovação de edifícios residenciais e comerciais na maior cidade do país.

A operação, realizada nas cidades de São Paulo e Santos e no estado de Minas Gerais, mobilizou mais de 50 agentes da Controladoria Geral do Município, do Ministério Público do Estado de São Paulo e das Polícias Civis de São Paulo e de Minas Gerais. Também foi determinado pela Justiça o sequestro dos bens dos envolvidos e das empresas por eles operadas. Além das prisões, foram efetuados procedimentos de busca e apreensão de documentos e valores nas residências dos servidores e de terceiros por eles utilizados, assim como nas sedes de empresas ligadas ao esquema.

Estima-se que, em decorrência da ação da organização criminosa presa hoje, somente nos últimos três anos, tenha havido um prejuízo potencial superior a R$ 200 milhões para os cofres do Município de São Paulo, valor que pode chegar a R$ 500 milhões, se considerado todo o tempo em que os operadores do grupo atuaram no esquema desvendado.

As investigações tiveram seu início a partir da identificação, pela recém-criada Controladoria Geral do Município, de auditores fiscais que apresentavam fortes indícios de evolução patrimonial incompatível com a respectiva remuneração. Foi detectado que dois desses servidores atuavam em um mesmo setor, responsável pela arrecadação do ISS para fins de emissão do habite-se de empreendimentos imobiliários recém-construídos.

Por meio de análise estatística efetuada pelo seu setor de inteligência e de produção de informações estratégicas, a Controladoria constatou que nas obras sob a responsabilidade desses auditores fiscais a arrecadação do ISS era substancialmente menor ao percentual arrecadado pela média dos outros servidores que atuavam na mesma área.

De posse de tais dados, foi acionado o Ministério Público do Estado de São Paulo e iniciou-se uma investigação conjunta com o Grupo de Atuação Especial de Repressão à Formação de Carteis e à Lavagem de Dinheiro e de Recuperação de Ativos – Gedec.

No curso das investigações, com as informações decorrentes da quebra dos sigilos bancário e fiscal, dos dados provenientes do sistema de inteligência financeira e das interceptações telefônicas dos investigados, autorizadas pela Justiça, foi possível ratificar, não apenas a hipótese do crime de corrupção, como também toda a cadeia de comando da organização criminosa e a existência de um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro.

Do mesmo modo, por meio do exame dos dados oriundos da quebra do sigilo bancário, o Gedec identificou a existência de diversas transferências, em valores vultosos, efetuadas por empresas construtoras e incorporadoras de imóveis na conta corrente de empresas de titularidade de alguns dos auditores fiscais investigados e de seus familiares. Na conta bancária de uma dessas empresas houve depósitos de empresas construtoras que, em somente um mês, totalizaram mais de R$ 1,8 milhões. Outro detalhe que impressiona é que, no mesmo dia ou poucos dias após os depósitos, coincidentemente certificados de quitação do ISS eram emitidos, de modo que os empreendimentos imobiliários administrados pelas mesmas construtoras pudessem obter o “habite-se”.

Apenas exemplificando, em 02/12/2010, uma das construtoras/incorporadoras efetuou uma transferência bancária no valor de R$ 407.165,65 para a conta da empesa de um dos fiscais. No dia seguinte, 03/12/2010, a mesma empresa obteve o certificado de quitação do ISS, mediante o recolhimento aos cofres públicos municipais no valor de R$ 12.049,59, quantia cerca de 34 vezes menor que aquela depositado na conta da empresa do servidor.

Além disso, testemunhas foram ouvidas e confirmaram a extorsão efetuada e o “modus operandi” da organização criminosa, informando detalhes e o nome de outros possíveis agentes que supostamente também atuavam no esquema.

A Controladoria Geral do Município, dando prosseguimento às investigações já em curso, irá instaurar processo disciplinar para apurar as responsabilidades, na esfera administrativa, dos servidores envolvidos. Além disso, também determinará a instituição de uma força-tarefa, com vistas a adoção de medidas para o ressarcimento aos cofres municipais, inclusive, se for o caso, por meio da cobrança junto às empresas que possam haver se beneficiado do esquema.

Os servidores também deverão responder pelos crimes de concussão/corrupção passiva, advocacia administrativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

27/10/2013

Azevedo, Magnoli & Pondé, as caras da Folha são

ILUSTRADA EM CIMA DA HORA

Grupo impede debates de colunistas da Folha

Manifestantes em festival na BA suspenderam falas de Demétrio Magnoli e L. F. Pondé

DE SÃO PAULO

Uma manifestação de cerca de 30 estudantes interrompeu ontem duas mesas na Flica (Festa Literária Internacional de Cachoeira), na Bahia.

O protesto pedia o cancelamento de debates com o sociólogo Demétrio Magnoli e o filósofo Luiz Felipe Pondé, colunistas da Folha. A organização da Flica cancelou as mesas para garantir a segurança dos convidados.

A mesa "Donos da Terra? – Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens", da qual participavam Magnoli e a historiadora Maria Hilda Baqueiro Paraíso, foi interrompida 20 minutos após o início do debate, que havia começado às 10h (no horário da Bahia, que não adere ao horário de verão).

Segundo Emanuel Mirdad, um dos organizadores da Flica, os alunos, que estavam sentados assistindo ao debate, gritaram palavras de ordem contra Magnoli, a quem chamaram de racista.

O protesto seguiu com alunos se despindo. Outros estudantes jogaram uma cabeça de porco no palco.

"Eu sou um antirracista e é por isso que sou contra as cotas. Os grupos, a fim de não discutir argumentos sobre cotas, preferem lançar impropérios. Eles não se limitam a fazer isso. Eles depredam o debate", afirma Magnoli.

A organização do festival deslocou seguranças para proteger Magnoli, que se recusou a deixar o palco. Para encerrar a manifestação, os alunos exigiram o cancelamento da mesa em que Pondé participaria, às 20h (hora local) e a divulgação de um manifesto.

Com a participação de Pondé e do sociólogo francês Jean-Claude Kaufmann, a mesa, de nome "As Imposições do Amor ao Indivíduo", discutiria o tema do amor.

A organização do festival permitiu que os estudantes lessem a nota no palco. O evento decidiu cancelar também a mesa com Pondé, que ocorreria à noite.

"[A acusação de racismo] É uma coisa idiota. Quem me lê sabe que eu nunca escrevi nada desse tipo. Isso revela a estupidez do movimento deles e o caráter totalitário e difamatório", afirma Pondé.

"Eu acho errado cota baseado em raça, seja lá qual raça for. O que devia existir é uma escola pública decente, mas dizer que é racismo é mau-caratismo."

Era o quarto dia do festival, previsto para terminar hoje.

A reportagem não conseguiu localizar representantes do grupo de alunos antes da conclusão desta edição.

11/08/2013

Reportagem exemplar de como mostrar o crime e absolver o criminoso

Filed under: ALSTOM,Rede Globo de Corrupção,Rede Globo de Sonegação,Siemens — Gilmar Crestani @ 9:36 am
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E se isso tudo tivesse acontecido nos governos Lula ou Dilma, qual teria sido o tratamento? No mínimo, com certeza não iriam esconder o acusado.

E-mails sugerem que planos da CPTM vazaram a empresas

Mensagens apontam que houve favorecimento em quatro concorrências.
Cade investiga suposta formação de cartel em licitações do transporte.

Do G1 São Paulo

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Mensagens trocadas por ex-executivos da multinacional alemã Siemens, e às quais o Jornal Nacional teve acesso, sugerem que empresas souberam com antecedência de planos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) em quatro concorrências. Os documentos fazem parte da denúncia enviada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ao Ministério Público de São Paulo, sobre a suposta formação de cartel em concorrências do Metrô e da CPTM entre 1998 e 2007, durante governos do PSDB.

O processo de licitações citado nas mensagens começou em 2004, no segundo mandato do atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, os e-mails sugerem que as empresas discutiram a partilha do Programa Boa Viagem para recuperação, reforma e modernização dos trens.

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arte_cartel_siemens_metro_sp (Foto: Editoria de Arte / G1)

Em 24 de novembro de 2004, dois dias antes da divulgação da licitação, o funcionário da Siemens Marco Missawa afirmou: "as diferentes reformas devem ser dadas a vários fornecedores. A CPTM tem por objetivo principal dar o pacote completo para quatro fornecedores grandes (Alstom, Siemens, Bombardier e TTrans). No momento, são realizadas reuniões com as quatro firmas acima mencionadas para assegurar as condições mais importantes para que a concorrência ocorra sem problemas". Em outro trecho da mensagem, o executivo sugere que as empresas negociam prazos com a Companhia. "Paralelamente, continuamos o desenvolvimento dos prazos da licitação com as três firmas e a CPTM".

 

Seis dias depois do primeiro e-mail, em 30 de novembro, Peter Golitz, também executivo da Siemens, comentou em outra mensagem eletrônica o anúncio no Diário Oficial de que mais dados sobre a concorrência estariam disponíveis a partir de 3 de dezembro. "Isso já nos havia sido informado com antecedência pelos nossos conhecidos na CPTM (em nossas visitas a Presidente Altino e em nosso churrasco de confraternização)", dizia a mensagem. Presidente Altino é onde funciona uma das oficinas da companhia de trens.

Golitz se mostrou preocupado com o pouco tempo que tinha para preparar a documentação da concorrência. "Lembrando que teremos todos os documentos para providenciar durante o período de festas, o que nos deixa poucos dias úteis para isso.”

Material encontrado no computador do executivo da Siemens mostra que entre as tarefas a serem feitas, em conjunto com consultores, estava pedir o adiamento de duas a quatro semanas para a entrega da proposta à CPTM. No dia 3 de dezembro, a Companhia publicou no Diário Oficial o aviso de que a licitação seria adiada por uma semana. O edital também foi atrasado. Segundo relatório do Cade, ao final do processo da licitação do Projeto Boa Viagem, as empresas que aparecem nas mensagens dos executivos foram contempladas.

Golitz é um dos executivos que assinaram o acordo de leniência com o Cade, ou seja, em troca de não serem processados criminalmente, eles aceitaram colaborar com as investigações.

Outro lado
A CPTM afirmou que "não houve qualquer orientação para que empregados ou diretores participassem ou promovessem reuniões ou conversas para tratar de assuntos relacionados a editais de licitação”. Segundo a companhia, todas as informações foram passadas em audiências publicas e por meio da publicação de editais. Sobre as mensagens que sugerem que houve adiamento da licitação para beneficiar o suposto cartel, a Companhia disse que a única alteração de data foi por conta do processo licitatório e de procedimentos legais.

A Siemens, a Alstom e a Bombardier reafirmam que cooperam integramente com as autoridades, mas como a investigação ainda está em andamento, não podem se manifestar publicamente sobre as denúncias. A TTrans não foi encontrada para comentar o assunto.

O PSDB tem reafirmado nos últimos dias que não compactua com a corrupção e não tolera desmandos dessa natureza.

Entenda o caso
O Cade investiga a suposta formação de cartel para licitações do Metrô de São Paulo e do Distrito Federal na esfera de ilícitos econômicos. Segundo reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", a Siemens entregou documentos nos quais afirma que o governo de São Paulo sabia e deu aval à formação de um cartel que envolveria 18 empresas.

Nesta semana, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) instaurou um inquérito para investigar, na esfera criminal, possíveis envolvidos no suposto cartel. Os executivos das empresas envolvidas poderão ser responsabilizados por formação de cartel e fraude a licitações. Já os agentes públicos só poderão ser denunciados por fraudes a licitações, já que o cartel envolve apenas empresas.

Além da esfera criminal e econômica, o MP já havia anunciado apurações na esfera cível. Desde 2008, a Promotoria de Justiça da Cidadania da capital investiga em 45 inquéritos sobre possíveis irregularidades em licitações do Metrô e CPTM.

Os executivos da Siemens não poderão ser denunciados desde que colaborem com as autoridades, informou o MP-SP. Já os possíveis agentes públicos envolvidos poderão ser acusados por "qualquer facilitação na elaboração de editais, no direcionamento, no cancelamento de habilitações".

Para acompanhar as investigações, o governador Geraldo Alckmin criou uma comissão externa chamada Movimento TranSParência. Segundo o governo, a comissão terá independência e acesso a contratos e documentos para identificar e apontar possíveis problemas.

14/06/2013

Só PEC 37 para quebrar o ovo da serpente

Procurador Geral que livrou Dantas do mensalão ganhou contrato da Brasil Telecom

seg, 10/06/2013 – 10:50 – Atualizado em 14/06/2013 – 14:37

Luis Nassif

Do Jornal GGN – Em sua sabatina no Senado, o jurista Luiz Roberto Barroso  considerou o julgamento do chamado mensalão “ponto fora da curva”.  Barroso é considerado o maior constitucionalista brasileira, unanimidade, saudado tanto pela direita quanto pela esquerda. Sua opinião foi corroborada pelo Ministro Marco Aurélio de Mello, um dos julgadores mais implacáveis.

Externou o que todo o meio jurídico comenta à boca pequena desde aquela época: foi um julgamento de exceção. E não apenas pelo rigor inédito (para crimes de colarinho branco) das condenações, mas pela excepcional seletividade na escolha das provas, sonegando informações essenciais para a apuração completa do episódio.

Houve o pagamento de despesas de campanha dos novos aliados do PT. Utilizaram-se recursos de caixa dois para tal. Havia o intermediário das transações – o publicitário Marcos Valério e a agência DNA. Na outra ponta, os beneficiários. E, no comço do  circuito, os financiadores.

Se poderia ter se obtido a condenação fazendo o certo, qual a razão para tantas irregularidades processuais anotadas? Não se tratou apenas dos atropelos à presunção da inocência e outros princípios clássicos do ordenamento jurídico brasileiro. Há também a suspeita de ocultação deliberada de provas.

1. Ignorou-se laudo comprovando a aplicação dos recursos da Visanet.

2. Esconderam-se evidências de que o contrato da DNA com a Visanet era anterior a 2003.

3. Desmembrou-se o processo para que outros diretores do Banco do Brasil – que compartilharam decisões com o diretor de marketing Antonio Pizolato e assumiram responsabilidades maiores – não entrassem na AP 470.

4. Ignoraram-se evidências nítidas de que a parte mais substancial dos fundos do DNA foi garantida pelas empresas de telefonia de Daniel Dantas.

O contrato de Antonio Fernando

Aparentemente, desde o começo, a prioridade dos Procuradores Gerais da República Antônio Fernando (que iniciou as investigações), de Roberto Gurgel (que deu prosseguimento) e do Ministro do STF Joaquim Barbosa (que relatou a ação) parece ter sido a de apagar os rastros do principal financiador do mensalão: o banqueiro Daniel Dantas. Inexplicavelmente, ele foi excluído do processo e seu caso remetido para um tribunal de primeira instância.

Excluindo Dantas, não haveria como justificar o fluxo de pagamentos aos mensaleiros. Todos os absurdos posteriores decorrem dessa falha inicial, de tapar o buraco do financiamento, depois que Dantas foi excluído do inquérito.

Responsável pelas investigações, o procurador geral Antônio Fernando de Souza tomou duas decisões que beneficiaram diretamente  Dantas. A primeira, a de ignorar um enorme conjunto de evidências e  excluir Dantas do inquérito – posição mantida por seu sucessor, Roberto Gurgel e pelo relator Ministro Joaquim Barbosa. A segunda, a de incluir no inquérito o principal adversário de Dantas no governo: Luiz Gushiken. Aliás, com o concurso de Antonio Pizolatto – que acabou tornando-se vítima, depois de diversas decisões atrabiliárias dos PGRs.

Foi tal a falta de provas para incriminar Gushiken, que o PGR seguinte, Roberto Gurgel, acabou excluindo-o do inquérito.

Pouco depois de se aposentar, Antônio Fernando tornou-se sócio de um escritório de advocacia de Brasília – Antônio Fernando de Souza e Garcia de Souza Advogados -, que tem como principal contrato a administração da carteira de processos da Brasil Telecom, hoje Oi, um dos braços de Dantas no financiamento do mensalão. O contrato é o sonho de todo escritório de advocacia: recebimento de soma mensal vultosa para acompanhar os milhares de processos de acionistas e consumidores contra a companhia, que correm nos tribunais estaduais e federais.

Os sinais de Dantas

Qualquer jornalista que acompanhou os episódios, na época, sabia que a grande fonte de financiamento do chamado “valerioduto” eram as empresas de telefonia controladas por Dantas, a Brasil Telecom e a Telemig Celular. Reportagens da época comprovavam – com riqueza de detalhes – que a ida de Marcos Valério a Portugal, para negociar a Telemig com a Portugal Telecom, foi a mando de Dantas.

Dantas possuía parcela ínfima do capital das empresas Telemig, Amazônia Celular e Brasil Telecom. O valor de suas ações residia em um acordo “guarda-chuva”, firmado com fundos de pensão no governo FHC, que lhe assegurava o controle das companhias. Tentou manter o acordo fechando aliança com setores do PT – que foram cooptados, sim. Quando o acordo começou a ser derrubado na Justiça, ele se apressou em tentar vender o controle da Telemig, antes que sua participação virasse pó.

No livro “A Outra Historia do Mensalão”, Paulo Moreira Leite conta que a Polícia Federal apurou um conjunto de operações entre a Brasil Telecom e a DNA. A executiva Carla Cicco, presidente da BT, encomendou à DNA uma pesquisa de opinião no valor de R$ 3,7 milhões. Houve outro contrato, de R$ 50 milhões, a ser pago em três vezes. Era dinheiro direto no caixa da DNA – e nao apenas uma comissão de agenciamento convencional, como foi no caso da Visanet.. Pagaram-se as duas primeiras. A terceira não foi paga devido às denúncias de Roberto Jefferson que deflagraram o mensalão.

Apesar de constar em inquérito da Polícia Federal – fato confirmado por policiais a Paulo Moreira Leite – jamais esse contrato de R$ 50 milhões fez parte da peça de acusação. Foi ignorado por Antônio Fernando, por seu sucessor Roberto Gurgel e pelo relator Ministro Joaquim Barbosa. Ignorando-o, livrou Dantas do inquérito. Livrando-o, permitiu-lhe negociar sua saída da Brasil Telecom, ao preço de alguns bilhões de reais.

As gambiarras no inquérito

Sem Dantas, como justificar os recursos que financiaram o mensalão? Apelou-se para essa nonsense de considerar que a totalidade da verba publicitária da Visanet (R$ 75 milhões) foi desviada. Havia comprovação de pagamento de mídia, especialmente a grandes veículos de comunicação, de eventos, mas tudo foi deixado de lado pelos PGRs e pelo relator Barbosa.

Em todos os sentidos, Gurgel foi um continuador da obra de Antonio Fernando. Pertencem ao mesmo grupo político – os "tuiuius" – que passou a controla o Ministério Público Federal. Ambos mantiveram sob estrito controle todos os inquéritos envolvendo autoridades com foro privilegiado. Nas duas gestões, compartilhavam as decisões com uma única subprocuradora  – Cláudia Sampaio Marques, esposa de Gurgel. Dentre as acusações de engavetamento de inquéritos, há pelos menos dois episódios controvertidos, que jamais mereceram a atenção nem do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) nem da Associação Nacional dos Procuradores da República  (ANPR) – esta, também, dominada pelos "tuiuius": os casos do ex-senador Demóstenes Torres e do ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda.

Tanto na parte conduzida por Antonio Fernando, quanto na de Gurgel, todas as decisões pareceram ter como objetivo esconder o banqueiro.

É o caso da  “delação premiada” oferecida a Marcos Valério. O ponto central – proposto na negociação – seria imputar a Lula a iniciativa das negociações com a Portugal Telecom. Sendo bem sucedido, livraria Dantas das suspeitas de ter sido o verdadeiro articulador das negociações. A "delação premiada" não  foi adiante porque, mesmo com toda sua discricionariedade, Gurgel não tinha condições de oferecer o que Valério queria: redução das penas em todas as condenações.

Quando iniciaram-se as investigações que culminaram na ação, Antônio Fernando foi criticado por colegas por não ter proposto a delação premiada a Marcos Valério. Acusaram-no de pretender blindar Lula. A explicação dada na época é que não se iria avançar a ponto de derrubar o presidente da República, pelas inevitáveis manifestações populares que a decisão acarretaria. Pode ser. Mas, na verdade, na época, sua decisão  blindou Daniel Dantas, a quem Valério servia. Agora, na proposta de "delação" aceita por Gurgel não entrava Dantas – a salvo dos processos – mas apenas Lula.

O inquérito dá margem a muitas inteerpretaçòes, decisões, linhas de investigação. Mas como explicar que TODAS as decisões, todas as análises de provas tenham sido a favor do banqueiro?

Os motivos ainda não explicados

Com o tempo aparecerão os motivos efetivos que levaram o Procurador Geral Roberto Gurgel e o relator Joaquim Barbosa a endossar a posição de Antonio Fernando e se tornarem também avalistas  desse jogo.

Pode ter sido motivação política. Quando explodiu a Operação Satiagraha – que acusou Daniel Dantas de corrupção -, Fernando Henrique Cardoso comentou que tratava-se de uma “disputa pelo controle do Estado”.

De fato, Dantas não é apenas o banqueiro ambicioso, mas representa uma longa teia de interesses que passava pelo PT, sim, mas cujas ligações mais fortes são com o PSDB de Fernando Henrique e principalmente de José Serra.

Uma disputa pelo poder não poderia expor Dantas, porque aí se revelaria a extensão de seus métodos e deixaria claro que práticas como as do mensalão fazem parte dos (péssimos) usos e costumes da política brasileira. E, se comprometesse também o principal partido da oposição, como vencer a guerra pelo controle do Estado? Ou como justificar um julgamento de exceção.

Vem daí a impressionante blindagem proposta pela mídia e pela Justiça. É, também, o que pode explicar a postura de alguns Ministros do STF, endossando amplamente a mudança de conduta do órgão no julgamento. Outros se deixaram conduzir pelo espírito de manada. Nenhum deles engrandece o Supremo.

Poderia haver outros motivos? Talvez. Climas de guerra santa, como o que cercaram o episódio, abrem espaço para toda sorte de aventureirismo, porque geram a solidariedade na guerra, garantindo a blindagem dos principais personagens. No caso de temas complexos – como os jurídicos – o formalismo e a complexidade dos temas facilitam o uso da discricionariedade. Qualquer suspeita a respeito do comportamento dos agentes pode ser debitada a uma suposta campanha difamatória dos “inimigos”. E com a mídia majoritariamente a favor, reduz a possibilidade de denúncias ou escândalos sobre as posições pró-Dantas.

É o que explica os contratos de Antonio Fernando com a Brasil Telecom jamais terem recebido a devida cobertura da mídia. Não foi denunciado pelo PT, para não expor ainda mais suas ligações com o banqueiro. Foi poupado pela mídia – que se alinhou pesadamente a Dantas. E foi blindado amplamente pela ala Serra dentro do PSDB.

Com a anulação completa dos freios e contrapesos, Antonio Fernando viu-se à vontade para negociar com a Brasil Telecom.

De seu lado, todas as últimas atitudes de Gurgel de alguma forma  vão ao encontro dos interesses do banqueiro. Foi assim na tentativa de convencer Valério a envolver Lula nos negócios com a Portugal Telecom. E também na decisão recente de solicitar a quebra de sigilo do delegado Protógenes Queiroz – que conduziu a Satiagraha – e do empresário Luiz Roberto Demarco – bancado pela Telecom Itália para combater Dantas, mudando completamente em relação à sua posição anterior.

A quebra do sigilo será relevante para colocar os pingos nos iis, comprovar se houve de fato a compra de jornalistas e de policiais e, caso tenha ocorrido, revelar os nomes ou interromper de vez esse jogo de ameaças. Mas é evidente que o o resultado  maior foi  fortalecer as teses de Dantas junto ao STF, de que a Satiagraha não passou de um instrumento dos adversários comerciais. Foi um advogado de Dantas – o ex-Procurador Geral Aristisdes Junqueira – quem convenceu Gurgel a mudar de posição.

Com seu gesto, Gurgel coloca sob suspeitas os próprios procuradores que atuaram não apenas na Satiagraha como na Operação Chacal, que apurava envolvimento de Dantas com grampos ilegais.

Em seu parecer pela quebra do sigilo, Gurgel mencionou insistentemente um inquérito italiano que teria apurado irregularidades da Telecom Itália no Brasil. Na época da Satiagraha, dois procuradores da República – Anamara Osório (que tocava a ação da Operação Chacal  na qual Dantas era acusado de espionagem) e Rodrigo De Grandis – diziam claramente que a tentativa de inserir o relatório italiano nos processos visava sua anulação.. Referiam-se expressamente à tentativa do colunista de Veja, Diogo Mainardi, de levar o inquérito ao juiz do processo. Anamara acusou a defesa de Dantas de tentar ilegalmente incluir o CD do relatório no processo.

Dizia a nota do MPF de São Paulo:

"Para as procuradoras brasileiras, a denúncia na Itália é normal e só confirma o que já havia sido dito nos autos inúmeras vezes pelo MPF que, a despeito dos crimes cometidos no Brasil por Dantas e seus aliados e pela TIM, na Itália, "a investigação privada parecia ser comum entre todos, acusados e seus adversários comerciais". Além disso, o MPF não pode se manifestar sobre uma investigação em outro país, por não poder investigar no exterior, e vice-versa.

Para o MPF, as alusões da defesa de que a prova estaria "contaminada" não passam de "meras insinuações", pois a prova dos autos brasileiros foi colhida com autorização judicial para interceptações telefônicas e telemáticas, bem como, busca e apreensão. Tanto é assim que outro CD entregue à PF, em julho de 2004, por Angelo Jannone, ex-diretor da TIM, também foi excluído dos autos como prova após manifestação do MPF, atendendo pedido da defesa de Dantas".

Agora, é o próprio PGR quem tenta colocar o inquérito no  processo que corre no Supremo e, automaticamente, colocando sob suspeição seus  próprios procuradores.. E não se vê um movimento em defesa de seus membros por parte da ANPR.

Quando a Satiagraha foi anulada no STJ (Superior Tribunal de Justiça), o Ministério Público Federal recorreu, tanto em Brasília quanto em São Paulo.  Na cúpula, porém, Dantas conseguiu o feito inédito de sensibilizar quatro dos mais expressivos nomes do MInistério Público Federal pós-constituinte: os ex-procuradores gerais Antonio Fernando e Aristides Junqueira (que ele contratou para atuar junto a Roberto Gurgel), o atual PGR e o ex-procurador e atual presidente do STF Joaquim Barbosa.

Levará algum tempo para que a poeira baixe, a penumbra ceda e se conheçam, em toda sua extensão, as razões objetivas que levaram a esse alinhamento inédito em favor de Dantas.

GGN | Procurador Geral que livrou Dantas do mensalão ganhou contrato da Brasil Telecom

10/05/2013

Democracia made in Rede Globo

Filed under: Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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Ora, é fácil entender a preferência da Rede Globo pelo Corinthians. É só observar qual foi o clube que comprou juízes e o brasileirão de 2005. Qual é o clube que leva marginais para outros países, que causam mortes e, não contentes com isso, pagam um torcedor menor de idade para assumir a culpa. Se for um time metido em todas estas falcatruas tem todas as chances de ter laços fortíssimos  com a Rede Globo. Neste jogo, as apostas se atraem… No Rio Grande do Sul, aos domingos à tarde, durante o Brasileirão de 2013, a RBS passava mais jogos do Rio e São Paulo do que dos clubes gaúchos. Então podemos botar neste mesmo saco de gambás a Rede Globo e sua afiliadas. São farinhas do mesmo monopólio mafiomidiático.

Um palmeirense se insurge contra o monopólio dos ‘gambás’ na Globo

Diario do Centro do Mundo 10 de maio de 2013 0

Até numa novela aparece uma ‘gambazinha’.

Corinthians na Libertadores

Corinthians na Libertadores

O texto abaixo foi publicado, originalmente, no site Forza Palestra.

Não faz muito, na década de 1990, não havia futebol na TV aberta no domingo à tarde. Os únicos jogos televisionados (quase nunca para a mesma praça) eram os de sábado à tarde (16h) e quarta à noite (21h30). Não havia, portanto, as aberrações que hoje são comuns (22h, fim de semana às 18h30, dia de semana às 19h15 etc.). E a distribuição dos jogos transmitidos por clube era equânime, ao menos entre o Trio de Ferro. Ponto.

Não tenho condições de fazer um levantamento sobre o que mudou na relação TV x futebol (é contra mesmo) nas últimas duas décadas. Para os propósitos deste post, basta expor o seguinte cenário:

Libertadores/2013. Considerando fase de grupos e oitavas, os três representantes paulistanos  entraram em campo oito vezes (quatro em casa e quatro fora). O Corinthians teve todos os seus oito jogos transmitidos ao vivo, para todo o país, em horário “nobre”. O São Paulo teve apenas três, sempre confrontos diretos com outro clube brasileiro. O Palmeiras, por sua vez, não teve sequer uma partida na TV aberta.

O universo de análise é o da Libertadores, mas, de forma geral, isso se aplica a todas as competições recentes: instituiu-se um monopólio nas transmissões televisivas (e se antes os gambás clamavam pelo monopólio do sofrimento e por outros mais, agora ganharam um de verdade, este ainda mais maléfico do que as falácias de costume).

Aí virá algum imbecil (ou mais de um) dizer que os gambás têm mais torcida, dão mais audiência etc. e tal.

Muito perspicaz da parte do imbecil, não? Pois então é necessário dizer que o Corinthians sempre teve mais torcida que os rivais e a propalada diferença não necessariamente se converte em audiência assim tão mais expressiva. Os números estão aí para provar, em especial porque mesmo torcedores de outros clubes acabam por assistir aos jogos – isso se aplica a todos, vale dizer. Portanto, o que está em jogo não é audiência. Definitivamente.

Ainda que fosse, o erro estratégico está em atender, valorizar e, digamos, fidelizar apenas uma parcela do público, marginalizando toda aquela parte que, vejam só, é a maioria. Na busca por uma suposta audiência elevada, a emissora câncer deste “país do futebol” (ah, que piada!) acaba por ignorar todos os demais. É de uma cretinice sem tamanho.

Porque se é verdade que os gambás têm mais torcida (e, potencialmente, gerariam mais audiência), é ainda mais correto dizer que uma emissora de TV (seja ela a maldita Rede Globo ou qualquer outra) tem muito mais a ganhar com a aposta em diversificação do público, que é o que acontece desde sempre.

Acontece que os últimos anos ficaram marcados por essa agenda diferenciada, em que somente um clube tem espaço.

De minha parte, eu quero mais é que a Globo se foda. Como vou ao estádio aqui e fora de casa, pouco me importa se vai rolar transmissão na TV aberta ou não; a questão toda é que essa divisão desigual na grade de programação tem desdobramentos muito mais sérios, sendo os principais aqueles relacionados à distribuição das cotas de TV e à obtenção de patrocinadores (porque é evidente que as empresas vão querer pagar mais para quem tem exposição maior e mais qualificada).

Pior até: como 95% do público não vai ao estádio (ou por opção ou por residir em outros estados), a TV é uma das poucas formas de interação com o clube. É a maneira de manter uma relação, fortalecer o sentimento e, no limiar, transmitir isso para outros.

Com um único clube na TV, é possível a repetição de um esquema que, em tempos idos, fez dos clubes cariocas tão fortes nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste: as então onipresentes rádios cariocas se encarregaram de difundir a “imagem” (relevem, por favor) dos clubes cariocas Brazil afora.

Mas a coisa sempre pode piorar: porque agora, talvez na tentativa de reforçar ainda mais a concentração de público, a Rede Globo resolve lançar mão de sua arma mais midiática para uma divulgação gratuita daquelas falácias todas que já conhecemos. Vejam os senhores que a nova novela das 7 (acho que é isso) traz uma personagem gambá. Sim, é isso mesmo que os senhores estão lendo: uma personagem gambá. Atenção para a nota extraída do site da emissora: “Fulana de tal apresenta a corintiana Giane”.

Observem com atenção: o “corintiana” foi aplicado ao nome como um aposto mesmo. Onde normalmente deveria aparecer a profissão da criatura, mandaram ver um “corintiana”. Notem que a cidadã não é professora, nem médica, nem advogada, nem puta, nem qualquer outra merda; é “corintiana”.

E a escolha da personagem (e da atriz, enfim) atende bem aos propósitos recentes de higienização e domesticação da torcida gambá. O perfil do público lá do outro lado mudou. Não é à toa.

Se isso não é uma tentativa de estabelecer uma realidade que interessa às conveniências globais, eu não sei mais o que é. Se você concorda, apoia ou entende como normal o fato de um time ter oito jogos transmitidos enquanto o seu maior rival não tem nenhum, então você é mais um dos putos que estão matando o futebol. E se não vê mal algum nessa história da gambazinha da novela, ou é mal intencionado ou é um cretino mesmo.

Um palmeirense se insurge contra o monopólio dos ‘gambás’ na Globo – Diário do Centro do Mundo

13/09/2010

O Instituto Millenium e seus quadrúpedes

Filed under: PIG,RBS — Gilmar Crestani @ 2:59 am
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E depois Lula é que é ignorante

‘Se Dilma vencer, Lula não se elege mais nem deputado’, diz Serra em sabatina do GLOBO

Com Serra, o desastre seria tão grande que nem se reelegeria, reconhecendo que Lula o venceria sem abrir a boca. O tamanho da inteligência do melhor quadro do PSDB se explica se levarmos em conta  outra declaração de sua lavra:  Num torneio, a candidata do governo perde no quesito más companhias.

De fato, quem haveria de negar-lhe o troféu PIG de Merda, se o próprio declara  que no quesito más companhias ele é imbatível…

Campanha de Fogaça se rende e convoca Eliseu Padilha

A cobra morta... insepulta!

A cobra morta... insepulta!

A RBS faz um esforço descomunal para alavancar as suas candidaturas. Mas como a inteligência não é o forte do Grupo RBS, mas não há como negar que a afirmação de que José Fogaça “se rende” ao Padilha Rima Rica é uma confissão que assusta qualquer gaúcho minimamente decente. A RBS cunhou a manchete lembrando de Eliseu Padilha no affair dos Precatórios do DNER.

Eliseu Padilha, para quem não lembra, é o rei dos precatórios. Já tratei do dito cujo em outro lugar. A rima não mudou, continua rimando com Quadrilha.

PMDB

O vice-governador, do DEMo, coligado com PMDB & PSDB no RS, gravou B usatto falando dos compromi$$os do PMDB de Padilha & Simon no Banrisul. Antes foi a famiglia Rigotto na CEE, com Fogaça no Governo do Estado, qual será a estatal a ser assaltada?

O PMDB não é o polvo que se espalha nas estatais. São apenas garotos de recado da RB$, a quem servem por trinta dinheiros.

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