Ficha Corrida

03/11/2016

O ódio a Lula é inversamente proporcional às suas virtudes

PatrimonialismoPoucos pessoas no mundo podem ter recebido tantos títulos de Doutor Honoris Causa quanto Lula, mas o despeito e a ignorância não o perdoam por isso! Quanto a Raduan Nassar, seus livros falam por si: Um Copo de Cólera e Lavora Arcaica, que li ainda quando cursava Letras. Econômico nas palavras mas pródigo em altruísmo, algo incompreensível ao plutocratas.

Como julgam Lula tomando a si e aos seus por parâmetro, é claro que buscam ver nele o que eles fariam. De dono da Friboi, de um Castelo (que nada mais é do que Escola Superior de Agricultura (Elsalq), de triplex em Guarujá, Pedalinhos, casas no Uruguai, castelo de Taj Mahal.  Tudo pode ser atribuído a ele porque a boçalidade não tem limites. Mas, como sabemos, trata-se de diversionismo. Enquanto procuram os padalinhos do Lula, Eduardo CUnha sumia com 251 milhões. Enquanto caçam Lula, ninguém lembra dos 450 kg de cocaína no heliPÓptero, nem dos 24 milhões do Tarja Preta na Suíça. Em bom português, a caça ao grande molusco não passa de cortina de fumaça.

Neste feriado, lendo O Mundo de Atenas, do escritor, filólogo, filósofo, historiador e professor italiano, Luciano Canfora, quando li a frase em que descreve a luta entre democratas e oligarcas, lembrei-me do que está ocorrendo no Brasil:

As oligarquias demonstravam em geral um acentuado espírito ‘internacionalista’. Sob a égide de Esparta, ajudavam-se umas às outras na luta contra o demo.

Contra o povo e os que com ele se perfilam, vale tudo, inclusive, e principalmente, ajudar o sistema financeiro internacional. Doar a Petrobrax à Chevron é o de menos, porque o fascismo é ainda pior. Muito pior!

E, se tudo isso não bastasse, Lula tem de provar que o que não é dele, não é dele. Se não provar que não é dele, é porque é dele. Entendeu?!

Durma com um bestialógico destes!

PSDB uniu Lula a Raduan Nassar

Tucano não quis, mas o ministro Haddad quis!

publicado 02/11/2016 -Créditos: Ricardo Stuckert -Do site Lula.com.br:

Por que Lula visitou o Campus de Lagoa do Sino da Ufscar?

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Ao lado do escritor Raduan Nassar, o ex-presidente foi ao interior de SP para receber homenagem
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao município de Buri (263 km de São Paulo) nesta terça-feira. Ele foi recebido no campus da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos). Lá, junto com o escritor Raduan Nassar, descobriu a placa do novo Laboratório de Agricultura Familiar, do Centro de Ciências da Terra da universidade. Mas por que Lula e Raduan tiveram a honra de inaugurar o laboratório da instituição federal?
O que hoje é o campus Lagoa do Sino da Ufscar, na cidade de Buri, já foi uma fazenda particular de 640 hectares, propriedade da família de Raduan. Em 2007, o escritor – vencedor do Prêmio Camões de Literatura – decidiu doar suas terras à Universidade de São Paulo, instituição pública estadual.
Ele mesmo conta: “Eu tentei doar. Fiquei três anos enfrentando a burocracia do governo estadual para que minha fazenda se tornasse parte da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP). Mas não consegui”.
Tamanha foi a dificuldade e falta de interesse do Estado de São Paulo com o potencial doador, que ele desistiu. Desistiu de doar para a USP, mas não da ideia de tornar sua propriedade uma ferramenta em prol da pesquisa e do ensino público e gratuito.
Raduan foi, então, à Presidência da República, conforme explica: “Em 2009, eu falei com [a escritora] Marilene Felinto, que por sua vez conversou com Gilberto Carvalho [então trabalhando na Presidência da República]. Eu disse que queria doar, mas disse também que se a burocracia levasse mais de três meses, eu então desistiria de vez, e iria vender a fazenda.”
O assunto logo chegou ao conhecimento do então presidente Lula, que falou com seu ministro da Educação da época, Fernando Haddad. O ex-presidente explica como foi: “Eu disse pro Raduan, ‘se São Paulo não quer, pode deixar que nós queremos’. Falei com o ministro Haddad, e em menos de duas semanas a fazenda passou a fazer parte da Ufscar, dentro do plano de expansão das univeridades federais, que estávamos pondo em prática”.
Hoje, o campus Lagoa do Sino tem 500 alunos e abriga cinco cursos de engenharia, com especial vocação e direcionamento para as áreas de segurança alimentar e agricultura familiar.
O atual governo federal, no entanto, não mostra interesse em seguir desenvolvendo o projeto original do campus. Professores e alunos temem o sucateamento do espaço público, a redução no número de vagas e cursos e, finalmente, a privatização do campus, única instituição pública de ensino superior atendendo as cidades da região.
É neste contexto de retrocesso que Lula e Raduan foram recebidos nesta terça-feira para inaugurar o Laboratório de Agricultura Familiar. Foram recebidos com festa e homenagens, sob aplausos e gritos de luta e resistência. Como disse Lula: “Os mesmos que hoje reduzem os investimentos da educação pública já defenderam que somente ricos pudessem ter acesso ao ensino superior. Mas não vamos deixar de lutar, os estudantes e todo o povo brasileiro sabem defender suas conquistas”. Que assim seja.

PSDB uniu Lula a Raduan Nassar — Conversa Afiada

18/09/2016

Deu química

Lavoisier - hotel parisAlém de ternos em Miami, nossa plutocracia também importa powerpoint made in USA! Quem resolve seguir os script da CIA, só tem de se adaptar o roteiro. Não é só o dedo, Tio Sam já estão com a mão enterrada nesse buraco.

Guardei na memória dos meus tempos de colégio uma frase do químico francês, Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Está dando química entre os quinta coluna tupiniquins e seus mentores ianques. Mas acho que seja uma outra frase das vítimas do terror francês que faz a obsessão da caça ao grande molusco: “Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo."

Eles acreditam que decepando a cabeça do Lula a esquerda demoraria um século para se reconstruir no Brasil.

"Nada se cria, tudo se transforma"

A inspiração de Dallagnol para seu power point velhaco. Por Paulo Nogueira

Postado em 17 Sep 2016 – por : Paulo Nogueira

Imitador barato

Imitador barato

O procurador Deltan Dallagnol não é apenas espalhafatoso, exibicionista e, convenhamos, tolo.

É um também um plagiador. Um imitador. E o que é pior: um copiador de coisas ruins.

Veja a imagem abaixo.

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É parte de um power point apresentado, algum tempo atrás, por um procurador americano para condenar um acusado. Reparou na semelhança?

A sentença foi anulada exatamente por causa daquele slide. Foi considerado uma peça destinada a “manipular os jurados”.

O uso de power points nas acusações tem sido crescente criticado nos meios jurídicos americanos. Num artigo, essa estratégia foi classificada, no título, como a “maneira mais vil para os procuradores conseguirem um veredito de culpa”. Você pode ver o texto aqui.

Pelo menos dez sentenças foram anuladas, nos últimos anos, porque os tribunais americanos consideraram que as regras do julgamento justo foram violadas pelo emprego de power points “altamente inflamáveis”.

O expediente já está sendo chamado de “advocacia visual” pelos acadêmicos americanos da área de direito.

Um advogado definiu assim os power points. “Todos nós sabemos o que os comerciais publicitários podem persuadir as pessoas num nível subconsciente. Mas não me parece que a justiça criminal tenha interesse em ingressar nessa esfera.”

E é dentro desse quadro que Dallagnol e companheiros trazem para o Brasil uma prática que nos Estados Unidos é cada vez mais questionada.

Dallagnol achava que estava sendo “moderno”. Não. Estava sendo inepto. Estava chegando com atraso a um expediente que onde surgiu, os Estados Unidos, já resulta em anulações de sentença e é objeto de estudos críticos dos estudiosos do Direito.

Por tudo isso, mereceu todo o esculacho que recebeu, expresso nos memes que inundaram as redes sociais.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo A inspiração de Dallagnol para seu power point velhaco. Por Paulo Nogueira

15/09/2016

MPF – Memes do Powerpoint Folclórico

Filed under: Caça ao Lula,Lula Seja Louvado,MPF,Vergonha Alheia — Gilmar Crestani @ 9:29 am
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giphyNeste momento “vergonha alheira” não há como não lembrar do pistoleiro de aluguel, Eduardo CUnha. Tão logo executado o serviço, foi empacotado pelos mandantes e escondido o corpo. Rapidamente, buscam mudar de assunto. E, desde sempre, caçar o grande molusco.

Na teoria do domínio do fato, todos os que ajudaram armar a tocaia em que o pistoleiro se alcovitou para executar o assassinato da Democracia seriam tão responsáveis quanto o assassino. Afinal, quem facilita o trabalho do pistoleiro, seja abrindo a porta, raspando o código do revólver, ou mesmo servindo  a marmita enquanto aguarda a vítima, de alguma forma contribui para o crime.

Fiquei esperando por explicações que ajudasse a entender como e porque Lula teria trabalhado para que o primeiro a ser comido pudesse se lavar em Liechtenstein  ou para que Tarja Preta recebesse os 23 milhões da Odebrecht, não no Brasif, mas no exterior.

Um cara que dirige bêbado dando mau exemplo, foge de bafômetro, cheira, bate em mulher, faz aeroporto  em terro particular com dinheiro público, encheu seu governo de parentes, é senador por MG mas não sai das praias cariocas, faz viagens particulares com aviões da FAB, destruiu a saúde e a educação em seu estado, perdeu as eleições em seu próprio estado. Tantas vezes foi delatado que, se fosse do PT, já estaria preso.

Esperei sentado na expectativa de que aparecesse um fluxograma elucidando a participação do Lula no caso do heliPÓptero. 450 kg!!!

E aí me pergunto, e se montassem um powerpoint do Aécio Neves será que apareceria o dedo mindinho do Lula escondido em alguma parte do playboy mais blindado do Brasil?!

Havia um aparente paradoxo na atuação da Mistério Público agora revelado. Basta somarmos os comportamentos do Dallagnol com o de Rodrigo de Grandis e aí chegaremos à Lei Rubens Ricúpero, vazada no caso da Parabólica. Inspirado no mestre Houdini, louve-se, na criação de mais uma cortina de fumaça, a capacidade de abafar o assunto palpitante do momento, a cassação do CUnha e suas relações com Temer. Resta um brilhante diversionista dos ventríloquos da Rede Globo.

Como previram CARLOS FERNANDO DOS SANTOS LIMA E DIOGO CASTOR DE MATTOS em artigo para a Folha de São Paulo, Deltan Dallagnol deu um “duplo twist carpado, uma variação do salto twist”.

Depois do movimento contra a corrupção o MPF deveria abraçar outra campanha: pelo respeito à inteligência alheia.

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15 versões do powerpoint de Dallagnol menos ridículas que o original

Postado em 15 Sep 2016 – por : Kiko Nogueira

O diagrama de Deltan Dallagnol na denúncia contra Lula virou um clássico instantâneo pelo ridículo. Dallagnol prestou um serviço inestimável à causa oposta que defende.

Sua apresentação de powerpoint expôs o grau de idiotice, amadorismo e forçação de barra do time da Lava Jato. Dois anos e tanto de investigações foram resumidas num desenho feito pelo estagiário da Vasconcelândia.

Fosse nas Casas da Banha, o gerente teria uma conversa com Dallagnol. “Essa pergunta pode parecer óbvia nesse momento particular, mas eu preciso fazê-la: o que você estava pensando? Em nome de Deus, que merda estava se passando na sua cabeça?”

As bolinhas com setas apontando para uma bola grande no meio viraram meme. Abaixo, as versões que nosso time de especialistas escolheu. O melhor do Brasil continua sendo o brasileiro.

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Diário do Centro do Mundo 15 versões do powerpoint de Dallagnol menos ridículas que o original

21/08/2016

Silva para Silva

Entenda porque a plutocracia promove a caça obsessiva ao grande molusco. Ele é Silva. A cleptocracia roubou dos Silva até as Olimpíadas.

SilvasDo Portal do Movimento Popular:

Em 2009, um Silva foi a Copenhagen e convenceu o mundo que no seu Brasil, no Rio, era possível fazer uma Olimpíada.

Enquanto isso, em Marilia, outro Silva, aos 15 anos, dava seus primeiros passos no atletismo.

E na Cidade de Deus, uma Silva golpeava o destino no tatame.

Nesses sete anos, aquele Silva ajudou os dois jovens Silvas com programas sociais dedicados ao esporte.

"Bolsa esmola", diziam muitos não-silvas.

2016 chegou.

A Silva da Cidade de Deus e o Silva de Marilia colocaram seus ouros no peito para orgulho de milhões de outros silvas anônimos espalhados pelo país.

Aquele primeiro Silva, que tornou possíveis os sonhos de tantos silvas, foi expulso da festa pelos não-silvas que, neste exato momento, estão imaginando como fazer para se apropriar do ouro dos silvas. O Brasil não é generoso com os silvas. Mas é feito por eles.

Parabéns, Rafaela, Thiago, Luiz Inácio e toda a família Silva.

Conheça a Bolsa Pódio e os programas sociais que beneficiaram os atletas que levaram medalhas na Olimpíada. Por Pedro Zambarda

Postado em 19 Aug 2016 – por : Pedro Zambarda de Araujo

Rafaela foi uma entre os muitos atletas beneficiados pelos programas sociais

Negra, moradora da favela, lésbica e militar da Marinha, Rafaela Silva foi a primeira medalha de ouro do Brasil na Olimpíada de 2016. Sensação nas redes sociais, ela foi  beneficiada diretamente do Bolsa Pódio, programa social do primeiro governo Dilma Rousseff, o desempenho da atleta levantou discussões sobre o papel dessas iniciativas na preparação de esportistas de ponta.

Rafaela não foi a única. Thiago Braz, um jovem de 22 anos, superou o recordista Renaud Lavillenie para chegar no ouro no salto com vara e também foi beneficiado pelo programa. Isaquias Queiroz, prata na canoagem, recebeu também a bolsa.

Para entender: a Bolsa Pódio foi concebida originalmente em uma lei de número 12.395, de 16 de março de 2011. Para entrar no programa, somente os 20 melhores atletas do ranking mundial ou na prova específica da modalidade podem fazer parte.

Há quatro grupos em que os atletas brasileiros poderiam se enquadrar. Se estivesse entre a 17ª e a 20ª posições, a judoca receberia R$ 5 mil de bolsa para estimular o seu desempenho. Na faixa entre a 9ª e a 16ª posições, o esportista recebe R$ 8 mil. Entre a 4ª e a 8ª posição, a bolsa sobe para R$ 11 mil. O financiamento máximo é de R$ 15 mil, para a 1ª, 2ª e 3ª posições nos rankings.

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Se o atleta cumprir os critérios e ter indicação por sua confederação esportiva, em conjunto com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), ou pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), será necessário enviar um plano esportivo para análise.

O documento será analisado pelos membros do COB (ou CPB), da confederação e do Ministério do Esporte. Depois de aprovado em todas as frentes, o contemplado tem seu nome publicado no Diário Oficial. A bolsa vale por 12 meses e pode ser renovada.

Rafaela Silva recebeu o benefício desde sua participação em 2012 na Olimpíada de Londres, quando foi desclassificada por dar um golpe ilegal contra a húngara Hedvig Karakas. Na época, ela foi chamada de a “vergonha da família”, mas superou o trauma e venceu quatro anos depois.

A bolsa ajudou tanto Rafaela que ela fez campanha pela presidente Dilma Rousseff nas eleições de 2014, justificando seu voto. Além dela, dos 14 judocas brasileiros na Olimpíada, 13 recebem ajuda do programa petista.E o benefício de 2011 não foi o único para ela.

Pelo menos oito medalhistas brasileiros vieram do setor militar. O governo federal concede ainda mais incentivos financeiros para atletas alistados.

Rafaela Silva, por exemplo, é integrante da Marinha. Como terceiro sargento, ela faz parte do Programa de Atletas de Alto Regimento do Ministério da Defesa com o Ministério do Esporte.

A iniciativa ocorre com alistamento voluntário que leva em conta medalhas que a judoca conquistou anteriormente, que contam como pontos. Integrada ao programa, Rafaela recebe um soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, direito à assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além usar todas as instalações esportivas militares adequadas para seu treinamento.

Este outro programa foi lançado em 2008, durante o segundo mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa consome pelo menos R$ 18 milhões e é inspirado em experiências bem-sucedidas em países como Alemanha, China, Rússia, França e Itália.

As duas bolsas, combinadas, mostram como os atuais militares e os governos de Lula e Dilma prepararam nossos atletas para esta Olimpíada.

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Pedro Zambarda de Araujo

Sobre o Autor

Escritor, jornalista e blogueiro. Autor do projeto Geração Gamer, que cobre jogos digitais feitos no Brasil. Teve passagem pelo site da revista EXAME e pelo site TechTudo.

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01/06/2016

Prometeu Acorrentado

OBScena: a águia rouba nosso pré-sal da mesma forma com que comia o fígado de Prometeu.

tio samNa peça de Ésquilo, a história é sobre deuses. O semi-humano Prometeu está preso a rocha e seu fígado é comido pelas águias. Eu diria, urubus. Zeus recusou aos homens os seus dons, da mesma forma que pensou envia-los todos ao inferno. Entre os dons que Prometeu deu aos homens estava o de poderem escapar da morte. Mas o maior benefício que Prometeu concedeu aos seres humanos foi o fogo. Com o fogo se espanta animais ferozes, mas também se prepara os alimentos. Por esse motivo Prometeu sabia que iria ser punido por Zeus. Ao salvar milhões da miséria, como fez com o programa Fome Zero, Lula desencadeou a ira dos deuses. Numa República de Bananas ajudar pessoas a sair da miséria é crime capital é quem ousar merece ter o fígado comido em vida.

Não há almoço grátis, escreveu Milton Friedman. A obsessiva caçada ao Grande Molusco terá de aumentar o preço do botim para manter a rédea nos capitães-de-mato. Mas há um dilema. Se esticar demais a corda, perde a construção da prova. Se não apertar, ele fala o que não é música para os ouvidos dos caçadores.

O edital foi lançado: se matar, 450 kg de argumentos e 300 virgens em Liechtenstein. Se também trouxer a cabeça, apartamento em Miami e papel higiênico made in Panama Papers pro resto da vida. Em caso de a Estória bater com os desejos dos ventríloquos do Tio Sam, há uma lista de presentes à espera em diversos lugares: Lista Falciani do HSBC na Suíça; Lista Odebrecht com Marcelo & Famiglia; Lista de Furnas com os políticos de Minas Gerais

A informação do direcionamento da delação seria apenas uma patacoada de bolivarianos não fosse o fato de sair dos mesmos fornos crematórios que transformaram o Brasil numa República das Bananas. Sem provas, as hienas piram…

Enquanto caçam Lula, Eduardo CUnha deita e rola pra cima do orçamento público como rato em queijo suíço.

Para quem achava muito ver a plutocracia instalar a mais abjeta cleptocracia, ainda não viu nada. Cenas trash podem sair nos próximos capítulos.

A história do Brasil está sendo escrita para pessoas de pouco cérebro, estômato forte e nenhum escrúpulo. Ainda bem que, para se acabar, há promessa de uma felação premiada…

Como na tragédia, querem o fígado de Lula, vivo ou morto. Sua salvação depende de filiação ao PSDB. Seria seu passaporte para viver em paz.

Delação de sócio da OAS trava após ele inocentar Lula

José Aldemário Pinheiro Filho, o Léo Pinheiro, em depoimento à CPI da Petrobras no ano passado

MARIO CESAR CARVALHO
BELA MEGALE
DE SÃO PAULO

01/06/2016 02h00

As negociações do acordo de delação de Léo Pinheiro, ex-presidente e sócio da OAS condenado a 16 anos de prisão, travaram por causa do modo como o empreiteiro narrou dois episódios envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A freada ocorre no momento em que OAS e Odebrecht disputam uma corrida para selar o acordo de delação.

Segundo Pinheiro, as obras que a OAS fez no apartamento tríplex do Guarujá (SP) e no sítio de Atibaia (SP) foram uma forma de a empresa agradar a Lula, e não contrapartidas a algum benefício que o grupo tenha recebido.

A versão é considerada pouco crível por procuradores. Na visão dos investigadores, Pinheiro busca preservar Lula com a sua narrativa.

O empresário começou a negociar um acordo de delação em março e, três meses depois, não há perspectivas de que o trato seja fechado.

Pinheiro narrou que Lula não teve qualquer papel na reforma do apartamento e nas obras do sítio, segundo a Folha apurou. A reforma do sítio, de acordo com o empresário, foi solicitada em 2010, no último ano do governo Lula, por Paulo Okamotto, que preside o Instituto Lula. Okamotto confirmou à PF que foi ele quem pediu as obras no sítio.

Já a reforma no tríplex do Guarujá, pela versão de Pinheiro, foi uma iniciativa da OAS para agradar ao ex-presidente. A empresa gastou cerca de R$ 1 milhão na reforma do apartamento, mas a família de Lula não se interessou pelo imóvel, afirmou ele a seus advogados que negociam a delação, em versão igual à apresentada por Lula.

CORRIDA

Condenado em agosto do ano passado por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa, Pinheiro corre para fechar um acordo porque pode voltar para a prisão neste mês, quando o TRF (Tribunal Regional Federal) de Porto Alegre deve julgar o recurso de seus advogados.

O risco de voltar à prisão deve-se à mudança na interpretação da lei feita pelo Supremo Tribunal Federal em fevereiro deste ano, de que a pena deve ser cumprida a partir da decisão de segunda instância. Ele ficou preso por cerca de seis meses.

A decisão da Odebrecht de fazer um acordo de delação acrescentou uma preocupação a mais para Pinheiro.

Os procuradores da Lava Jato em Curitiba e Brasília adotaram uma estratégia para buscar extrair o máximo de informação da Odebrecht e OAS: dizem que só vão fechar acordo com uma das empresas. E, neste momento, a Odebrecht está à frente, segundo procuradores.

A OAS e o Instituto Lula não quiseram se pronunciar.

30/03/2016

Quem finaCIA a caçada ao Lula?

Sim, temos de perguntar o preço da caçada. Afinal, como disse Milton Friedman, “não existe almoço grátis”. A mobilização deste exército de incursão alma a dentro de um homem tem, para além da remuneração de seus agentes, o preço da logística. A invasão de sua vida e de seus familiares já é, por si só, um excesso. Executar várias vezes, pelos mais variados vieses, denota uma obsessão para lá de doentia. Nenhuma ficção conseguiu prever tamanho arsenal envolvido numa caçada humana. Nem nos faroestes se viu tamanha obsessão na perseguição a bandidos. O drama é que o caçado não tem sequer uma acusação formal da qual possa se defender.

Qual o custo em diárias, auxílio refeição, auxílio alimentação, hospedagens, gastos com aluguéis, combustíveis, telefones? Quantas bolsas famílias poderiam ter sido pagas com o salário dos seus perseguidores? Afinal, se em tanto tempo não conseguiram sequer uma açãozinha que justificasse tantos gastos, temos de admitir que ou são incompetentes, ou que, sim, é só perseguição?! Não seria o caso de se pensar pelo desligamento do serviço público deste exército de incompetentes?! Até porque são os impostos que a população paga que sustenta esta matilha de incompetentes.

Quanto tempo os agentes de perseguição perderam perseguindo Lula? Por que não houve o mesmo afinco para esclarecer quem era o dono do jatinho que vitimou Eduardo Campos? Por que ninguém se interessou para esclarecer a quem pertencia os 450 kg de cocaína do heliPÓptero? Por que estes mesmos agentes não fizeram e não fazem o mesmo em relação ao Aécio Neves, octa deletado? Por que Eduardo CUnha, mesmo com a avalanche de documentos repassados pela Suíça continua sendo o agente executor deste complô?

Por que todos os delatados nas enésimas operações da Vaza a Jato não são devassados como o foi Lula? O que a mulher de Eduardo CUnha, Cláudia Cruz, e a irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, não são devassadas se existe contra elas acusações e provas consistentes? Seria porque fazem parte do exército de caça ao Lula os crimes praticados pelos comparsas não vem ao caso?

Por que tanto ódio? Simples, e tomando por parâmetro as pessoas próximas a mim que o odeiam, o ódio a Lula deve-se a sua ousadia de implementar políticas sociais. A decisão da Rede Globo em publicar um petardo chamado “Não somos racistas” só para servir de instrumento contra as políticas raciais já demonstra de onde vem o ódio. As cotas raciais, as políticas públicas que permitem a ascensão e emancipação de classes sociais menos privilegiadas via acesso às universidades públicas foi como se Lula tivesse dado um soco no estômago de quem tinha na universidade pública seu direito adquirido.

Os privilegiados odeiam dividir o que eles entendem como sendo seus por direito divino, com “subalternos”… Como se em cidadania houvesse hierarquia!

Eraldo Peres:

Instituto Lula divulgou nesta terça-feira uma nota em três idiomas (português, inglês e espanhol) para rebater as suspeitas levantadas contra o ex-presidente pelo Ministério Público e pela Polícia Federal:  ‘O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime. Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições’, afirma o ex-presidente

30 de Março de 2016 às 05:14

247 – O Instituto Lula divulgou nesta terça-feira uma nota em três idiomas (português, inglês e espanhol) para rebater as suspeitas levantadas contra o ex-presidente pelo Ministério Público e pela Polícia Federal:  ‘O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime. Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições’, afirma o ex-presidente. Leia abaixo:

NOTA À IMPRENSA

1) LULA NÃO É RÉU, NÃO COMETEU NENHUM CRIME NEM É INVESTIGADO PELA JUSTIÇA

Em inglês: http://www.institutolula.org/en/lula-is-not-a-defendant-nor-is-he-being-investigated-by-justice

Em espanhol: http://www.institutolula.org/es/lula-no-es-acusado-y-no-ha-sido-investigado-por-la-justicia

No Brasil, a função de investigar é da Polícia e do Ministério Público. A função de denunciar é exclusiva do Ministério Público, de seus promotores e procuradores.

No Brasil, juízes não investigam, não acusam, não denunciam. Juízes julgam. E só participam de investigações indiretamente, autorizando ou não atos invasivos (apreensões, escutas) e coercitivos (conduções, prisões temporárias) formalmente solicitados pelo Ministério Público e pela Polícia.

Somente depois que o Ministério Público apresenta denúncia formal, e se essa denúncia for aceita por um juiz, é que um cidadão torna-se réu, ou, como se diz popularmente, torna-se acusado.

O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime.

A denúncia apresentada contra ele por três promotores de São Paulo notoriamente facciosos, a partir de um inquérito considerado ilegal pelo Conselho Nacional do Ministério Público, não foi aceita pela Justiça. Portanto, não há ação nem réu.

O ex-presidente Lula não é acusado nem mesmo investigado, porque esta figura não existe no direito brasileiro. Aqui investigam-se fatos, não pessoas. Policiais e promotores que fazem acusações a pessoas em entrevistas, fora dos autos, cometem crime.

Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições.

Mas nenhum desses agentes apresentou uma acusação fundamentada para justificar a abertura de ação penal contra o ex-presidente. E não apresentou porque Lula sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois de ser presidente da República.

Os únicos juízes que um dia condenaram Lula eram membros de um tribunal de exceção, criado pela odiosa Lei de Segurança Nacional da ditadura militar.

Em 1980, Lula foi preso porque lutava pela democracia e pelos trabalhadores.

2) LULA É O ALVO DE UMA CAÇADA PARAJUDICIAL

Em mais de 40 anos de vida pública, a vida do ex-presidente Lula foi vasculhada em todos os aspectos: político, fiscal, financeiro e até pessoal.

Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, um exército de jornalistas, policiais, promotores, procuradores e difamadores profissionais está mobilizado com o objetivo de encontrar um crime – qualquer um – para acusar Lula e, dessa forma, afastá-lo do processo político.

Nada menos que 29 procuradores e promotores de 5 instâncias já se envolveram nesta verdadeira caçada parajudicial, além de 30 auditores fiscais da Receita Federal e centenas de policiais federais.

Os movimentos desse exército tornaram-se frenéticos em meados do ano passado, quando ficou claro que as investigações da Operação Lava Jato não alcançariam o ex-presidente.

Nenhuma conta bancária, nenhuma empresa, nenhuma delação, nada liga Lula aos desvios investigados em negócios milionários com poços de petróleo, navios, sondas, refinarias. Nada.

Desde então, Lula, sua família, o Instituto Lula e a empresa LILS Palestras tornaram-se alvo de uma avalanche de inquéritos e fiscalizações por parte de setores do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita Federal:

  • 4 inquéritos abertos por procuradores federais de Brasília e do Paraná;
  • 2 inquéritos diferentes sobre os mesmos fatos, abertos por procuradores federais e do estado de São Paulo, o que é inconstitucional;
  • 3 inquéritos policiais abertos pela Polícia Federal em Brasília e no Paraná;
  • 2 ações de fiscalização da Receita Federal;
  • Quebra do sigilo fiscal e bancário de Lula, do Instituto Lula, da LILS Palestras e de mais 12 pessoas e 38 empresas de pessoas ligadas ao ex-presidente;
  • Quebra do sigilo telefônico e das comunicações por internet de Lula, de sua família, do Instituto Lula e de diretores do Instituto Lula; até mesmo os advogados de Lula foram atingidos por esta medida ilegal;
  • 38 mandados de busca e apreensão nas casas de Lula e de seus filhos, de funcionários e diretores do Instituto Lula, de pessoas ligadas a ele, executados com abuso de autoridade, apreensões ilegais e sequestro do servidor de e-mails do Instituto Lula;

Nos últimos 10 meses, Lula prestou 4 depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público e apresentou informações por escrito em 2 inquéritos.

Lula prestou informações ao Ministério Público sobre todas as suas viagens internacionais, quem o acompanhou, onde e quando se hospedou, como foram pagas essas despesas, as pessoas com quem se encontrou nessas viagens, inclusive chefes de estado e de governo; sobre as palestras que realizou, onde, quando e contratado por quem; o Instituto Lula e a empresa LILS Palestras prestaram informações ficais, bancárias e contábeis de todas suas atividades;

Apesar de ter cumprido todos os mandados e solicitações e de ter prestado esclarecimentos às autoridades até voluntariamente, Lula foi submetido, de forma ilegal, injustificada e arbitrária, a uma condução coercitiva para depoimento sem qualquer intimação anterior;

Lula foi alvo de um pedido de prisão preventiva, de forma ainda mais ilegal, injustificável e arbitrária, pedido que foi prontamente negado pela Justiça.

Ao longo desses meses, agentes do estado vazaram criminosamente para a imprensa dados bancários e fiscais de Lula, de seus filhos, do Instituto Lula e da LILS Palestras.

Por fim, o juiz Sergio Moro divulgou ilegalmente conversas telefônicas privadas do ex-presidente Lula, sua mulher, Marisa Letícia, e seus filhos, com diversos interlocutores que nada têm a ver com os fatos investigados, inclusive com a presidenta da República.

Conversas entre advogados e clientes também foram divulgadas pelo juiz Moro, rompendo um dogma mundial de inviolabilidade das comunicações.

Nenhum líder político brasileiro teve sua intimidade, suas contas, seus movimentos tão vasculhados, num verdadeiro complô contra um cidadão, desrespeitando seus direitos e negando a presunção da inocência.

E apesar de tudo, não há nenhuma ação judicial aberta contra Lula, nenhuma denúncia do Ministério Público Federal, nenhuma ação da Receita Federal por crime tributário ou fiscal.

O resultado desse complô de agentes do estado e meios de comunicação é a maior operação de propaganda opressiva que já se fez contra um homem público no Brasil.

Foi a incitação ao ódio contra a maior liderança política do País, num momento em que o Brasil precisa de paz, diálogo e estabilidade política.

3) LULA NÃO FOGE DA JUSTIÇA; LULA RECORRE À JUSTIÇA

O ex-presidente recorreu sistematicamente à Justiça contra os abusos e arbitrariedades praticadas por agentes do estado, difamadores profissionais e meios de comunicação que divulgam mentiras a seu respeito.

A defesa de Lula solicitou e obteve a abertura de Procedimentos Disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público contra dois procuradores da República que atuaram de forma facciosa;

Apresentou ao CNMP e obteve a confirmação de ilegalidade na abertura de inquérito por parte de promotores do Ministério Público de São Paulo;

Apresentou ao STF e aguarda o julgamento de Ação Cível Originária, com agravo, para definir a quem compete investigar os fatos relacionados ao sítio Santa Bárbara e ao Condomínio Solaris;

Recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e aguarda julgamento contra decisão da juíza da 4a Vara Criminal sobre o mesmo conflito de competência;

Apresentou ao STF habeas corpus contra decisão injurídica do ministro Gilmar Mendes, corrigida e revogada pelo ministro Teori Zavascki em mandado de segurança da Advocacia Geral da União;

Apresentou ao STF recurso contra decisão do ministro Gilmar Mendes que o impede de assumir o cargo de Ministro de Estado, embora Lula preencha todos os requisitos constitucionais e legais para esta finalidade;

Apresentou ao juiz Sergio Moro 4 solicitações de devolução de objetos pessoais de noras e filhos de Lula, apreendidos ilegalmente pela Polícia Federal.

É nas instituições que Lula se defende dos abusos e, neste momento, quem deve explicações ao STF não é Lula, é o juiz Sergio Moro; e quem tem de se explicar ao Conselho Nacional do Ministério  Público são dois procuradores do Ministério Público Federal.

Contra seus detratores na imprensa, no Congresso Nacional e nas redes subterrâneas de difamação, os advogados do ex-presidente Lula apresentaram:

  • 6 queixas crime;
  • 6 interpelações criminais;
  • 9 ações indenizatórias por danos morais;
  • 5 pedidos de inquéritos criminais;
  • e formularam duas solicitações de direito de resposta, uma das quais atendida e outra, contra a TV Globo, em tramitação na Justiça.

Quem deve explicações à Justiça e à sociedade não é Lula; são os jornais, emissoras de rádio TV que manipularam notícias falsas e acusações sem fundamento de procuradores e agentes de estado notoriamente facciosos.

4) LULA NÃO PEDIU NEM PRECISA DE “FORO PRIVILEGIADO”

É importante esclarecer que a prerrogativa de foro (erroneamente chamada de foro privilegiado) do STF se exerce sobre parlamentares, ministros do governo, presidente e vice-presidente da República e membros dos tribunais superiores.

Neste caso, processos e julgamentos são feitos diretamente na última instância, o que não permite recursos a outras cortes ou juízes.

Lula tem o compromisso de ajudar a presidenta Dilma Rousseff, de todas as formas possíveis, para que o Brasil volte a crescer e gerar empregos, num ambiente de paz, estabilidade e confiança no futuro.

A convocação da presidenta Dilma para Lula ser ministro veio depois, e não antes, de o juiz Sergio Moro autorizar uma série de arbitrariedades contra Lula: violação de domicílio, condução coercitiva injustificada, violação de garantias da família e de colaboradores do ex-presidente.

Não existe nenhum ato ou decisão judicial pendente de cumprimento que possa ser frustrada pelo fato de Lula assumir o cargo de ministro.

E além disso: a mais grave arbitrariedade cometida pelo juiz Sergio Moro – pela qual ele está sendo chamado a se explicar na Suprema Corte – ocorreu no momento em que o ex-presidente Lula detinha a prerrogativa de foro.

Momentos depois de Lula ter sido nomeado ministro, a Força Tarefa da Lava Jato grampeou ilegalmente uma conversa entre ele e a presidenta Dilma, conversa que foi divulgada quase instantaneamente pelo juiz Moro.

Ou seja: nem mesmo nas poucas horas em que foi ministro Lula ficou a salvo das arbitrariedades do juiz – nem ele nem a presidenta da República.

Não existe salvo-conduto contra a arbitrariedade. Contra a arbitrariedade existe a lei.

Para garantir seus direitos, Lula recorre e continuará recorrendo à Justiça em todas as instâncias, todos os tribunais, pois juízes tem de atuar como juízes desde a mais alta Corte à mais remota comarca.

Além disso, as fortes reações – dentro e fora do Brasil – à condução coercitiva de Lula e ao grampo ilegal da presidenta servem de alerta para que novas arbitrariedades não sejam cometidas neste processo.

5) SÃO FALSAS E SEM FUNDAMENTO AS ALEGAÇÕES CONTRA LULA

Em depoimentos, memoriais dos advogados e notas do Instituto Lula, o ex-presidente Lula esclareceu os fatos e rebateu as alegações de seus detratores.

Lula entrou e saiu da Presidência da República com o mesmo patrimônio imobiliário que possuía adquirido em uma vida de trabalho desde a infância.

Não oculta, não sonega, não tem conta no exterior, não registra bens em nome de outras pessoas nem de empresas em paraísos fiscais.

Um breve resumo das respostas às alegações falsas, com a indicação dos documentos que comprovam a verdade:

Apartamento no Guarujá: Lula não é nunca foi dono do apartamento 164-A do Condomínio Solaris, porque a família não quis comprar o imóvel, mesmo depois de ele ter sido reformado pelo verdadeiro proprietário. Informações completas em: http://www.institutolula.org/documentos-do-guaruja-desmontando-a-farsa

Sítio em Atibaia: Lula não é nunca foi dono do Sítio Santa Bárbara. O Sítio foi comprado por amigos de Lula e de sua família com cheques administrativos, o que elimina as hipóteses de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. As reformas feitas no sítio nada têm a ver com os desvios investigados na LavaJato.

Informações completas e documentos sobre Atibaia e o patrimônio de Lula em:

http://www.institutolula.org/o-que-o-ex-presidente-lula-tem-e-o-que-inventam-que-ele-teria

Palestras de Lula: Depois que deixou a presidência da República, Lula fez 72 palestras contratadas por 40 empresas do Brasil e do exterior, recolhendo impostos por meio da empresa LILS Palestras. Os valores pagos e as condições contratuais foram os mesmos para as 40 empresas: tanto as 8 investigadas na Lava Jato quanto às demais 32, incluindo a INFOGLOBO, da Família Marinho. Todas as palestras foram efetivamente realizadas, conforme comprovado nesta relação com datas, locais, contratantes, temas, fotos, vídeos e notícias:

http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf

Doações ao Instituto Lula: O Instituto Lula recebe doações de pessoas e empresas, conforme a lei, para manter suas atividades, e isso nada tem a ver com as investigações da Lava Jato. A Força Tarefa divulgou ilegalmente alguns doadores, mas escondeu os demais e omitiu do público como esse dinheiro é aplicado, o que se pode ver no Relatório de Atividades Instituto Lula 2011-2015:

http://www.institutolula.org/conheca-a-historia-e-as-atividades-do-instituto-lula-de-1993-a-2015

Acervo presidencial: O ex-presidente Lula não desviou nem se apropriou ilegalmente de nenhum objeto do acervo presidencial, nem cometeu ilegalidades no armazenamento. Esta nota esclarece que a lei brasileira obriga os ex-presidentes a manter e preservar o acervo, mas não aponta meios e recursos:

http://www.institutolula.org/acervo-presidencial-querem-criminalizar-o-legado-de-lula

É falsa a notícia de que parte do acervo teria sido desviada por Lula ou que ele teria se apropriado de bens do palácio. A revista que espalhou essa farsa é a mesma que desmontou o boato numa reportagem de 2010:

http://www.institutolula.org/epoca-faz-sensacionalismo-sobre-acervo-que-ela-mesmo-noticiou-em-2010

6) O INTERROGATÓRIO DE LULA

Neste link, a íntegra do depoimento de Lula aos delegados e procuradores da Operação Lava Jato, prestado sob condução coercitiva no aeroporto de Congonhas em 4 de março de 2016.

http://www.institutolula.org/leia-a-integra-do-depoimento-de-lula-a-pf-em-14-03

Em nota, Lula afirma ser vítima de ‘complô’ | Brasil 24/7

19/03/2016

Lula e o mito de Sísifo

Filed under: Caça ao Lula,Golpe Paraguaio,Lula Seja Louvado,Mitologia,Sísifo — Gilmar Crestani @ 9:47 am
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sisifoSísifo foi condenado a carregar uma pedra até o cume da montanha. Todo vez que lá chegava, a pedra rolava de volta ao ponto de partida e tinha de retomar a tarefa. O esforço sobre-humano para rolar a pedra morro acima cumulado com a determinação, infrutífera, de manter a pedra no alto e a frustração decorrente da consciência do esforço, revela o absurdo da vida humana na terra. Mas não só. Serve também para explicar situações em que tudo parece se voltar contra, criando uma sensação que a ciência chama de fadiga dos metais.

Assim como Freud utilizada o mito de Édipo para explicar o fenômeno humano da atração do filho pela mãe, Albert Camus viu n’O Mito de Sísifo uma explicação para o absurdo da existência humana, uma vez apenas nós humanos temos consciência da finitude. O desespero derivada desta constatação pode  levar ao suicídio. Mas esta não é solução. Não é por acaso que virou assunto caro a muitos filósofos, da antiguidade aos dias de hoje. Camus não concluiu pelo suicídio, mas pela revolta. O sujeito bipolar oscila entre o suicídio e a revolta. O homem de fibra tenaz racionaliza a revolta e a põe em causa que justifique aos vindouros a razão de sua existência. É por isso que o homem clássico grego concluiu que é melhor morrer lutando, uma morte honrosa, do que viver como escravo. Foi esta atitude que deu forças para que derrotassem, por exemplo, o poderoso império persa, até hoje assunto retomado em prosa em verso pelos mais variados ramos das ciências humanas.

Silva não contou com ajuda de equipe especializada para sair do ventre de D. Lindu. Veio ao mundo incorporando Sísifo. Mal nasce, começa a disputa por carinho e a atenção da mãe com os irmãos que o antecederam. Superada esta etapa, outra tarefa hercúlea lhe posta à mesa. O prato vazio. Tanto se repete que a migração se impõe. E de-le rolar pedras. Em terra estranha se requer doses ainda maiores de esforço e determinação. Como se todo dia, para sonhar com a janta e a cama, fosse necessário carregar nas costas uma Pedra da Gávea para o alto do Pico do Papagaio, sabendo que ao amanhecer ela estaria à porta esperando para ser novamente empurrada para o alto. Sabia que para sair do Silva e ganhar o Luiz Inácio teria de provar da bílis que o destino lhe impunha. A viagem de Silva para Lula foi mais longa e penosa que as vicissitudes de Sísifo. Pior do que a inclinação da montanha são as armadilhas que os seres humanos colocavam para que a pedra escorregasse. Não se comanda as maiores greves, em pleno período ditatorial, nem se inscreve o nome no panteão dos heróis da pátria sem vencer exércitos que mais parecem de zumbis pela rapidez com que se reproduzem. Contra todos os prognósticos, contra a força das maiores forças, Sísifo subiu a rampa do Planalto. Lula levara para dentro do Palácio um contingente de esperanças mais pesado que a Pedra da Gávea. E mal saberia ele que a pedra, ainda sob os ombros, só aumentaria de peso. Pior, firmada no alto como um marco no horizonte da humanidade, desceu a planície para aprecia-la.

Universidades-Agencia-sem-tabelaDe novo, como Sísifo, viu os zumbis derrubando, pedra por pedra, o alicerce que fizera o Brasil ser visto de forma diferente pelos quatro cantos do mundo. Se havia persistência em empurrar trabalhos colossais morro acima, como a transposição do São Francisco, as cotas raciais ou a criação de 14 Universidade Federais, o PROUNI, o FIES, também é verdade que o ódio de seus detratores aumentara na mesma proporção dos prêmios o honrarias internacionais que vem acumulando. Tanto que o Estadão cobrava efeitos imediatos da criação das universidades, como se fosse uma revolução coperniana, mudando o eixo do mundo, da terra para o sol.

A cada passo rumo ao ápice do sucesso multiplicam-se os soldados da inveja, em proporção muitas vezes superiores ao exército de terracota do imperador Qin Shi Huang. Após a etapa de cada sucesso outro desafio sempre maior se lhe apresenta.

E, de repente, a perseguição de que é objeto o catapulta para sucessos ainda mais espetaculares. A caçada implacável de que é vítima tem feito Lula crescer. Por que Lula foi feito pra luta, independentemente dos desafios que vão sendo interpostos em seu caminho.

O conhecimento que Lula legou ao brasileiros mais humildes, vias universidades públicas gratuitas, incorpora-se à força que o mantém vivo e incomodando tanto. E isso que os resultados universitários sempre tardam pelo menos cinco anos para aparecerem. É um processo, que parece um milagre.

Para desespero de seus detratores, Lula, como Sísifo, não se suicida, se revolta. E luta!

18/03/2016

Pepe, Olívio & Lula x Temer, Aécio & CUnha

Pepe Mujica saindo para o trabalho (Presidência do Uruguai) Olívio Dutra (ex-governador do RS) indo de ônibus para a faculdade.
Mujica seu Fusca na Quinta

Pepe Mujica e Olívio Dutra são figuras da política que a direita midiática adora…  Mas a direita só os atura e elogia ou quando estão fora do poder, ou quando, endossando o discurso da moralidade, fazem o jogo dela.

Ninguém foi tão vilipendiado como Olívio Dutra enquanto governador. Tentaram de todas as formas, como agora com a Dilma, derruba-lo do Piratini. Coincidentemente, até gravações clandestinas apareceram tentando ligalo-lo ao jogo do bicho. O deputado Vieira da CUnha, cujo sobrenome não é a única coisa que o assemelha ao Eduardo CUnha, entrava ao vivo, nos estúdios da RBS, no Jornal Nacional. Todo dia a Rede Globo tinha uma revelação bombástica que justificaria derruba-lo do Piratini. Hoje resta provado que o único crime praticado por Olívio Dutra foi ter criado uma Universidade Estadual, a UERGS. Veja que coincidência, Lula criou 14 Universidades Federais, o FIES, o PROUNI, o ENEM… FHC não só não criou nenhuma  universidade como baixou lei proibindo a criação de escolas técnicas… Isso diz muito sobre os valores que se quer para o Brasil.

Bastou Olívio Dutra sair do governo, continuar circulando de ônibus, sem ter acrescentado um único centavo ao seu patrimônio para que a RBS passasse a lhe tecer “loas e encômios”…. Lula, enquanto estava quieto em seu canto, também foi deixado em paz. Não pretendia mais disputar cargo político. Bastou acenarem com sua volta que todas as baterias se voltaram contra ele. E aí a primeira coisa que inventaram foi o “aumento espetacular de sua riqueza”. De uma hora para outra virou dono da Friboi, Fazendas, Castelos, Aviões, Iates. Até hoje não há nenhuma prova de absolutamente nada. Bem, o fascismo tem uma forma muito simples de substituir as provas. Se não tem provas é porque foi muito astuto para esconde-las. Já o fascismo midiático também tem sua fórmula para caça-lo: se os fatos não estão de acordo com a necessidade em destruí-lo, pior para os fatos. Uma hora, quando não é candidato, Lula é um pobretão que vai à praia levando cerveja no isopor. Se candidato vira um perigoso milionário. Olívio Dutra só é aceito pela mídia e golpistas porque, na lógica fascista, só pobre pode ser de esquerda. É a mesma lógica de quem defende o financiamento privado das eleições, das explicações do banqueiro Cláudio Procownick para levar a babá pro golpe.

Paradoxalmente, os mesmos que se desincumbem da incansável caçada ao Lula, sem formalizarem uma denúncia sequer, deixam passar batido todas as denúncias materialmente comprovadas a respeito de FHC (Miriam Dutra, Brasif, compra de votos da reeleição), Aécio Neves (o pior Senador de Liechtenstein ), Eduardo CUnha (um queijo suíço de contas). Mas é um paradoxo fácil de se decifrar. Para os fascistas alçarem os seus há que se, primeiro, criminalizar os potenciais adversários.

A inversão de valores fica patente quando o movimento de caça ao Lula veste camisas Padrão FIFA com escudo da CBF, duas instituições acima de qualquer suspeita, com o MPF e a PF… Aliás, apesar de sobejarem provas, não movem uma linha sequer para investigarem, mesmo a Suíça tendo entregue toda documentação comprobatória. Trata-se de uma demonstração cabal de onipotência montada na certeza de impunidade. Há corruptos presos fora do país que, quando no Brasil, viviam nas telas da Rede Globo como arautos da moralidade. Os guerreiros da moralidade não viam, nem ouviam, só cheiravam.

O ex-presidente uruguaio, Pepe Mujica, passou a ser elogiado com mais ênfase pela mídia brasileira a partir da apreensão do heliPÓptero com 450 kg de cocaína. Claro, a liberação da maconha no Uruguai, já abraçada por FHC no Brasil, seria o melhor antídoto contra o narcotráfico… Mas Aécio só elogiaria se também liberassem a pepsi.
Os fascistas adoram políticos adversários pobres e os seus, ricos! Esta é fácil de entender. Pobres não têm condições econômicas para comprar midiotas.

25/01/2016

Eu ainda lembro o que o PSDB não fez na gestão passada

Filed under: Ódio de Classe,Lula Seja Louvado,PSDB — Gilmar Crestani @ 12:33 am
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PSDB unica obra boa

O PSDB GOVERNOU O BRASIL POR 8 (OITO) ANOS.
– Não teve Copa no govêrno deles;
– Nem Olimpiadas;
– Nem Copa das Confederações;
– Nem fizeram uma única Universidade sequer;
– Nem Hospitais;
– Nem Escolas Técnicas;
– Nem Ferrovias;
– Nem Estaleiros;
– Nem ponte sobre o Amazonas;
– Nem estradas;
– Nem reformaram Aeroportos;
– Nem a transposição do São Francisco;
– Nem compraram caças para a Força Aérea;
– Nem pagaram a dívida como FMI;
– Nem criaram 14 milhões de empregos;
– Nem reajustaram o salário mínimo com a Inflação;
– Nem fizeram PROUNI;
– Nem FIES;
– Nem Minha Casa Minha Vida;
– Nem Bolsa Família;
– Nem Luz Para Todos;
– Nem Ciências Sem Fronteiras;
– Nem Pré-Sal;
– Nem expansão da Energia Eólica;
– Nem o Arco Metropolitano (BR593)
– Nem %$#@ NENHUMA !!!!
– AHHH ! Fizeram Sim !
– Venderam tudo aquilo que conseguiram e embolsaram o dinheiro

Bem, houve pelo menos uma boa ação do PSDB, colocaram a faixa presidencial no melhor Presidente que este país já teve: LULA!

O que o Cerra e o FHC fizeram? — Conversa Afiada

15/12/2015

A Folha não tem amigos, só capangas

A prisão de Bulmai é para ser a ponte. Aparece o “japonês bonzinho” com um aparato de guerra como se estivesse prendendo Bin Laden. Este é o teatro do absurdo encenado pela Deltan Dallagnol. Aliás, ouvindo-o falar seu discurso remete ao estilo Eduardo CUnha. Cinismo puro. Provavelmente ensaiados atrás dos púlpitos onde CUnha lavava, impunemente, seu dinheiro. Tudo bem que a Lava Jato não quisesse prender Eduardo CUnha, por quaisquer razões que sejam, mas por que a tartaruga ninja não prendeu a mulher do CUnha, também “usufrutária”?! Seria pelas relações dela com a Rede Globo?

Todo mundo sabe que a Lava Jato vai descobrir Lula em algum falcatrua. Se as acusações não estiverem de acordo com os fatos, pior para os fatos.

Nada tem de cartesiano, mas a lógica é platônica: tudo o que Lula fez ou faz, é criminoso. Por exemplo, incentivar o desenvolvimento nacional e a exportação são demonstrações de alguém corrupto. As políticas sociais que incentivam a inclusão de pobres no ensino superior não passa de maquiavelismo, pois com isso Lula terá formado profissionais que possam vir a defende-lo. Como se sabe, a política de FHC, de desmantelamento, via PDV, do ensino superior, visava exatamente isso, impedir que houvesse quem lhe defendesse. Ele não estava interessado, como o Lula, que as novas gerações reconhecessem nele alguém que tenha lutado por eles. É por isso que a Lava Jato vê crime nas doações ao PT mas beatifica e diviniza as doações ao PSDB.

Graças a essas manipulações rasteiras, os midiotas estão minguando. A marcha dos zumbis deu o tamanho exato do patrocinadores do golpe paraguaio: quem tem CUnha tem medo…

Na Folha, Bumlai perde o nome e vira ‘amigo de Lula’

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A Folha de S. Paulo, mais uma vez, conseguiu se superar, em sua perseguição implacável ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva; manchete desta terça-feira, sobre a denúncia contra o pecuarista José Carlos Bumlai substitui o nome do empresário por "amigo de Lula"; recentemente, a Folha já havia ilustrado uma manchete sobre o senador Delcídio Amaral com foto de Lula; jogo de manipulações evidencia que o jornal da família Frias fará de tudo para impedir que o ex-presidente retorne com força à cena política; curiosamente, na semana passada, uma agenda do empresário Natalino Bertin, parceiro de negócios de Bumlai, revelou doações para políticos como Ronaldo Caiado, do DEM, Aloysio Nunes, do PSDB, e até Michel Temer, do PMDB; Lula, o "amigo" não está na lista

15 de Dezembro de 2015 às 08:08

247 – Se alguém ainda acredita na isenção da Folha de S. Paulo em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a manchete desta terça-feira 15 elimina qualquer dúvida.

Único jornal a noticiar como manchete a denúncia contra o pecuarista José Carlos Bumlai, a Folha decidiu trocar o nome do empresário por "amigo de Lula".

No dia 27 de outubro, a Folha já havia dado provas de sua "isenção", ao ilustrar uma manchete sobre o senador Delcídio Amaral (PT-MS) com uma imagem de Lula abatido. Confira abaixo:

No caso de Bumlai, curiosamente, na semana passada foi divulgada uma agenda apreendida na casa de Natalino Bertin, parceiro de negócios do pecuarista.

Nela, aparecem doações para políticos como Ronaldo Caiado, do DEM, Aloysio Nunes, do PSDB, e até para o vice Michel Temer, do PMDB. Lula, "o amigo", não está na lista.

Leia, abaixo, reportagem sobre a lista Bertin-Bumlai:

LISTA BERTIN-BUMLAI TRAZ TEMER, ALOYSIO E CAIADO

Lista de doações de Natalino Bertin, sócio do pecuarista José Carlos Bumlai, o "amigo de Lula", é frustrante para quem aposta no golpe ou na prisão do ex-presidente; Natalino Bertin teria doado recursos para o tucano Aloysio Nunes e para o democrata Ronaldo Caiado, ambos defensores do golpe; na lista de doações, aparece também o vice-presidente Michel Temer, que teria recebido R$ 2 milhões e seria o beneficiário direto do golpe, assim como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com R$ 1 milhão; não está claro se os recursos foram lícitos ou doados pelo caixa dois do grupo Bertin

11 DE DEZEMBRO DE 2015 ÀS 20:04

247 – A Polícia Federal encontrou, em São Paulo, há três semanas, uma agenda de Natalino Bertin, parceiro de negócios do pecuarista José Carlos Bumlai, os nomes de alguns de políticos associados a valores doados na eleição de 2010. Aparecem o vice-presidente Michel Temer (PMDB), o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), e os senadores Aloysio Nunes (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM).

Os investigadores ainda irão analisar as informações para descobrir se os recursos foram, de fato, repassados aos políticos. O passo seguinte será descobrir se as doações foram registradas na Justiça Eleitoral ou se foram realizadas por meio de caixa dois. Na maioria das anotações, o empresário registra "valores combinados" com os políticos, parcelas pagas e as respectivas datas em que cada valor foi entregue, e ainda especifica se o dinheiro foi pago "em reais".

Um dos primeiros nomes a surgir na agenda do dono do Grupo Bertin é o do vice-presidente Michel Temer (PMDB), que teria recebido R$ 2 milhões na campanha de 2010. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é citado como beneficiário de R$ 1 milhão. Os senadores Aloysio Nunes Ferreira (PSDB) e Ronaldo Caiado (DEM) são citados como beneficiários de R$ 500 mil cada um. A senadora gaúcha Ana Amélia Lemos (PP) teria recebido R$ 100 mil.

A lista de políticos é extensa, chegando a quase 30 nomes de candidatos dos mais diferentes estados, entre deputados estaduais e federais, candidatos a governos estaduais e, claro, candidatos à Câmara e ao Senado. Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva teria recebido R$ 650 mil; Nelson Trad Filho, prefeito de Campo Grande, é citado como beneficiário de R$ 500 mil. Candidato ao Senado por São Paulo, em 2010, o cantor Netinho teria recebido R$ 500 mil; o ex-deputado Candido Vaccarezza, aparece com R$ 600 mil.

Os investigadores da Operação Lava Jato apreenderam o material durante a operação "Passe Livre", que levou para a prisão o pecuarista José Carlos Bumlai.

Os políticos citados apresentaram versões divergentes sobre as anotações de Natalino Bertin. Edinho Silva negou ter recebido qualquer recurso do empresário. "O Grupo Bertin nunca foi doador de minhas campanhas a prefeito de Araraquara ou deputado estadual; tampouco foi doador do PT estadual paulista, quando da minha gestão como presidente".

O senador Aloysio Nunes afirma que não recebeu dinheiro de campanha do Grupo Bertin, de empresas relacionadas ou do Natalino Bertin nas eleições de 2010.

A senadora Ana Amélia confirma que recebeu a doação.

O vice-presidente, Michel Temer, confirmou o recebimento de 1,5 milhão de reais em três parcelas de 500.000 reais, o que confere com parte das anotações de Natalino Bertin. Foi o próprio vice que pediu a Natalino Bertin a doação, posteriormente declarada na prestação de contas do Diretório Nacional do PMDB. Eduardo Cunha também confirmou ter recebido a doação do empresário.

Na Folha, Bumlai perde o nome e vira ‘amigo de Lula’ | Brasil 24/7

14/12/2015

O ódio a Lula tem cura

Folha de São Paulo: “Em 13 anos de PT no poder, o Brasil distribuiu sua renda como em nenhum período da história registrada pelo IBGE. Todos ganharam. Quanto mais pobre, melhor a evolução. Foram 129% de aumento real (acima da inflação) na renda dos 10% mais pobres. Nos 10% mais ricos, 32%.” Agora procure uma manchete da Folha que demonstre esta informação. Não há. Todo mundo, literalmente, já sabe, que os governos Lula e Dilma tiraram da miséria milhões de brasileiros. Não precisa ser muito inteligente para constatar. Bastar não ser anencefálico, um midiota amestrado para ver. Quando Danusa Leão e Luis Carlos Prates vociferam contra a possiblidade de pessoas mais simples viajarem ou de comprarem carro, antes privilégio de poucos, vê-se que o ódio a Lula é do tipo mais baixo, e por isso mais difícil de ser extirpado. Sim, é a classe média que ganhou, mas que viu outros ganharem e, por isso, disputam espaços com ela. Onde estão os que odiavam o ENEM? De repente o ENEM se consolidou, não sem antes fomentarem uma onda irracional de ódio a Lula e ao PT. O ódio ao Mais Médicos se deve também a esta dificuldade da classe média em dividir espaços. Não estão preocupados em resolver o problema de quem não tinha acesso a médicos, mas em combater quem possa diminuir sua margem de lucro.

O ódio ao Lula é em grande parte decorrente do incômodo de dividir espaço com alguém, como nas políticas de castas, que julgam inferior. Parte dos que ascendem em instituições públicas, como Poder Judiciário, MPF e Polícia Federal, saíam da classe média, por isso há uma parte podre, que vê com ódio que estão tendo de compartir espaços que antes lhes eram cativos. Demorará ainda algum tempo para que a massa que ascendeu e chegou, via políticas sociais, aos bancos das universidades a chegarem nestas instituições. Até lá, o preconceito, e por isso o ódio, a Lula é uma realidade palpável.

Lula nunca ganhará uma estatueta da Globo. E isso é a melhor coisa que lhe poderia acontecer.

Paulo Pimenta – Deputado federal pelo PT-RS

Em busca de um crime do Lula -13 de Dezembro de 2015
    LULA MARQUES: <p>Brasília- DF 14-08-2015 Foto Lula Marques/Agência PT Ex-presidente Lula durante ato educação para todos.</p>

Há um vício de origem no noticiário e nesse arremedo de investigação sobre medidas provisórias de incentivos fiscais nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O que se quer, mais uma vez, é encontrar um crime para pendurar no pescoço de Lula. Às favas os fatos: as Medidas Provisórias (MPs) em questão criaram dezenas de milhares de empregos numa parte do Brasil em que a indústria automotiva jamais teria chegado sem um empurrão do Estado. Isso se chama política de desenvolvimento regional. No país dos justiceiros, virou crime. “Crime do Lula”.

A primeira MP, a 471/2009, simplesmente prorrogou, até 2015, o incentivo que vigorava desde 1999 e seria extinto em 2010. Foi aprovada por unanimidade no Congresso. A segunda, 512/2010, estendeu o incentivo a novos projetos. Em 2013, o Congresso acrescentou emenda à MP 627, sobre tributação de empresas no exterior, estendendo o incentivo até 2020. Como é comum nos trâmites de legislação tributária (e também de interesses corporativos), escritórios de lobby foram contratados pelas partes interessadas.

Na cabeça de alguns jornalistas, delegados e procuradores, Lula só poderia ter assinado tais MPs para favorecer a indústria automotiva, movido a propina. É gente que julga os outros pela régua da própria malícia ou da própria mediocridade. Não têm noção do que seja governar um país ou coordenar políticas públicas dentro do jogo democrático.

A primeira “reportagem” do Estado de S. Paulo sobre o tema, de outubro passado, já trazia entre aspas a expressão “MP comprada”, sem explicar quem, acaso, a teria vendido. Fazia uma ligação inverossímil e desonesta entre a MP de 2009 e um contrato firmado, cinco anos mais tarde, entre um escritório investigado na Zelotes e a empresa do filho de Lula. Caso inédito de propina a longuíssimo prazo…

A reportagem desonesta deu azo à invasão do escritório do filho de Lula pela PF, autorizada por uma juíza substituta e mais tarde corretamente desautorizada por uma desembargadora do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Torturando os fatos, o que se tenta agora – na imprensa e nas delegacias – é associar o tal contrato ao conjunto de MPs, inclusive a de 2013, que Lula nem assinou, pelo simples fato de não ser mais presidente. Ou seja: não se investigam fatos, investiga-se Lula.

Se tivessem um pingo de honestidade intelectual (abro mão do equilíbrio) nossos justiceiros iriam ao anuário da Anfavea para saber que, além da indiciada CAOA, outras cinco indústrias (das maiores) estão nas regiões abrangidas pelos incentivos: Ford (BA e CE), Fiat Chrysler FCA (PE), John Deere Tratores e Mitsubish (GO) e Mahindra (AM). Foram responsáveis por 8% das unidades produzidas no Brasil em 2013. Estão em fase de implantação unidades da JAC Motors e Foton Motors, ambas na Bahia.

Cada uma dessas fábricas traz consigo uma rede de fornecedores de autopeças e serviços, que gera milhares de empregos de qualidade. O pólo de Camaçari, por exemplo, é o centro de uma rede de 27 fornecedores, gerando 5 mil empregos diretos e 50 mil indiretos. A fábrica da FCA em Goiana (PE) atraiu 16 indústrias do porte da Pirelli, Magneti Marelli, Saint Gobin, entre outras, gerando 9 mil empregos diretos.

Onde está o prejuízo ao interesse público? Onde está o tráfico de influência, se as medidas foram apresentadas publicamente, com exposições de motivos, e aprovadas pelo Congresso? Onde estão as supostas evidências de que as MPs teriam sido “compradas”? E quem as teria “vendido? A unanimidade do Congresso? Só um mentecapto ou alguém de má fé absoluta para imaginar essa trama. Ou alguém inabalavelmente determinado a pendurar um crime – qualquer um – no pescoço do maior líder popular deste País.

Em seu governo, Lula assinou duas Medidas Provisórias que aumentaram os salários da Polícia Federal: a 305/2006, que incorporou as gratificações aos vencimentos e passou o piso de agente iniciante de R$ 4 mil para R$ 6,2 mil; e a 431/2008, que levou esse piso para R$ 7,5 mil. Raciocinando como cidadão, acredito que Lula agiu assim para fortalecer o combate ao crime e à corrupção. Raciocinando como certos jornalistas, promotores e delegados, estaria investigando quem “comprou” as MPs para beneficiar a PF. Seria mais um “crime do Lula”.

Em busca de um crime do Lula | Brasil 24/7

17/11/2015

A obsessão doentia explica caça ao Lula Gigante

Filed under: Golpe Paraguaio,Golpismo,Golpistas,Lula Seja Louvado,Obsessão,Perseguição — Gilmar Crestani @ 7:49 am
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Lula GiganteDesde que Lula tomou posse, todo santo dia há alguma insinuação em algum dos veículos das cinco irmãs (Globo, Veja, Estadão, Folha & RBS). E até hoje não conseguiram apresentar um fiapo de prova sequer. Nas redes sociais, seres anencefálicos, com QI inferior ao de amebas, elencam itens que criminalizam Lula. O primeiro da lista, por entenderem ser o mais gravoso, é chama-lo de Brahma. Sim, na cabeça de pessoas doentes consumir uma bebida de péssima qualidade é algo que depõe contra alguém que ousa ser o melhor Presidente que este país já teve. Coincidência ou não, os mesmos que buscam impingir-lhe o comportamento de bêbado silenciam sobre a campanha de FHC pela liberação da maconha. Aliás, são os mesmos que não ousam falar no heliPÓptero apreendido com 450 kg de cocaína. Só seres abjetos, rastejantes podem sugerir que consumir Brahma é mais nocivo que alimentar o narcotráfico.

Neste quesito das drogas o efeito nocivo sobre a massa encefálica pode ser evidenciado pela ilogicidade dos argumentos. Primeiro porque não há nenhuma ilegalidade, quando se tem mais de 18 anos, em se consumir produtos alcoólicos. Segundo, que o consumo de drogas mais pesadas, como a cocaína, é moeda corrente entre os derrotados do Lula. Afinal, não foi nenhum petista mas José Serra que teria pedido ao Mauro Chaves o antológico artigo “Pó pará, governador”. As várias insinuações a respeito dos costumes heterodoxos do presidente do PSDB não partiram do PT. O primeiro,perpetrado pelo Mauro Chaves, deve-se à disputa intestina do PSDB pelo direito de concorrer a Presidente da República pelo PSDB. Cabe nesta seara também o que publicou Juca Kfouri e, pelo que se saiba, jamais contestado pelo Napoleão das Alterosas. Aliás, até a revista norte-americana TMZ publicou a respeito do farinha mineira… Para terminar, imagine o que diriam os a$$oCIAdos do Instituto Millenium se um amigo do Lula tivesse seu helicóptero apreendido com 450 kg de cocaína. Todo dia, até evaporar a última molécula do pó, haveria manchete com bonecos infláveis insinuando que o consumo de drogas pelo Lula.

Como Lula ousou fazer um governo a anos luz distante da mediocridade que se viu até hoje, os setores que flertam com o nazi-fascismo institucional vasam continuamente para se auto alimentaram insinuações de toda sorte para buscarem denegrir a imagem de Lula e assim inviabiliza-lo para uma nova disputa. Ouço diariamente reclamações pelo fato de agora pessoas mais pobres também terem carro, de modo que afeta um mundo maravilhoso onde não havia congestionamento no trânsito, e viajar de avião era uma aventura na qual não havia possibilidade de encontrar o filho do porteiro. A política de cotas, alimentada por uma mídia jihadista (Não somos racistas), horripilou a classe média que agora vê seu filho bem nascido e freguês de boas escolas tendo de competir com filhos de agricultores, quilombolas e índios.

Ouso com alguma frequência que não é justo ter investido uma grana federal no ensino particular para que na hora de obter o ensino gratuito ele tenha de competir com as vagas do ENEM. São os mesmos que reclamam da carga de impostos que odeiam terem de competir pelo ensino gratuito. São os mesmos que na hora de comprar um apartamento buscam financiamento da CAIXA, jamais do Bradesco, Santander ou Itaú. Tudo o que é público não presta, se não estiver à sua disposição. O caso mais emblemático é o da própria Rede Globo que, ao invés de buscar ajuda nos bancos particulares foi buscar no BNDES a transfusão de recursos públicos para dar uma sobrevida à sua Globopar.

Está simplesmente impossível de consumir qualquer produtos veiculado pela Rede Globo, Folha de São Paulo, Estadão, Veja & RBS. A carga de veneno totalmente desproporcional a qualquer razoabilidade intoxica o ar. Nem a Madre Teresa de Calcutá teria tanta paciência diante da contínua e grosseira manipulação das informações.

Até por não consumir nenhum produto que os alimente, tenho Fernandinho Beira-Mar e Marcola pessoas como menos pernicioso à nossa sociedade do que o comportamento dos grupos mafiomidiáticos. A desonestidade pode se medida por dois fatos bem atuais: ao mesmo tempo que investem contra a lei que pune a falta de ética a imprensa, jogam no olho da rua o jornalista que ousa questionar os métodos mafiosos de seus patrões.

Por último, como nada conseguem diretamente nada contra Lula, passaram a perseguir membros da família. Por que a PolíCIA Federal não investiga quem e de forma foi sustentado o ostracismo da amente e filho de FHC na Espanha? Por que não investigam o genro de FHC, Benjamin Steinbruch, que pode participar nas privatidoações do sogro?! Por que nunca houve perseguição a FHC pela forma nada repúblicana com que sua filha Luciana Cardoso repousou por tantos anos, sem trabalhar, no gabinete do Heráclito Fortes? E a troco de quê?

O problema não é a investigação de Lula e sua família. O que se espera de órgão públicos são comportamentos republicanos, usando os mesmos pesos e medidas para qualquer cidadão. Infelizmente, o ódio compartilhado pelos setores mais retrógrados da nossa sociedade deixa setores do MPF, PF e Judiciário obsecados pela caça ao Lula Gigante. Talvez seja puro diversionismo, pois enquanto isso a corrupção de seus parceiros ideológicos campeia desenfreada, como se está vendo na Operação Zelotes, na Lista Falciani do HSBC e até na tentativa de beatificar um Lúcifer, que é Eduardo CUnha. Aliás, a permanência em liberdade de Eduardo Cunha, apesar de tudo o que já se sabe, põe por terra a bandeira anti-corrupção do MPF. O MPF virou a longa manus das máfias corporativas.

O ódio golpista se deve aos avanços de Lula e Dilma

Filed under: Dilma,Golpismo,Golpistas,Lula Seja Louvado,Tim Vickery — Gilmar Crestani @ 12:01 am
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Tim Vickery: Minha primeira geladeira e por que o Brasil de hoje lembra a Inglaterra dos anos 60

Tim Vickery* Colunista da BBC Brasil

  • 13 novembro 2015

Eduardo MartinoImage copyright Eduardo Martino

Acho que nasci com alguma parte virada para a lua. Chegar ao mundo na Inglaterra em 1965 foi um golpe e tanto de sorte. Que momento! The Rolling Stones cantavam I Can’t Get no Satisfaction, mas a minha trilha sonora estava mais para uma música do The Who, Anyway, Anyhow, Anywhere.

Na minha infância, nossa família nunca teve carro ou telefone, e lembro a vida sem geladeira, televisão ou máquina de lavar. Mas eram apenas limitações, e não o medo e a pobreza que marcaram o início da vida dos meus pais.

Tive saúde e escolas dignas e de graça, um bairro novo e verde nos arredores de Londres, um apartamento com aluguel a preço popular – tudo fornecido pelo Estado. E tive oportunidades inéditas. Fui o primeiro da minha família a fazer faculdade, uma possibilidade além dos horizontes de gerações anteriores. E não era de graça. Melhor ainda, o Estado me bancava.

Olhando para trás, fica fácil identificar esse período como uma época de ouro. O curioso é que, quando lemos os jornais dessa época, a impressão é outra. Crise aqui, crise lá, turbulência econômica, política e de relações exteriores. Talvez isso revele um pouco a natureza do jornalismo, sempre procurando mazelas. É preciso dar um passo para trás das manchetes para ganhar perspectiva.

Será que, em parte, isso também se aplica ao Brasil de 2015?

Não tenho dúvidas de que o país é hoje melhor do que quando cheguei aqui, 21 anos atrás. A estabilidade relativa da moeda, o acesso ao crédito, a ampliação das oportunidades e as manchetes de crise – tudo me faz lembrar um pouco da Inglaterra da minha infância.

Por lá, a arquitetura das novas oportunidades foi construída pelo governo do Partido Trabalhista nos anos depois da Segunda Guerra (1945-55). E o Partido Conservador governou nos primeiros anos da expansão do consumo popular (1955-64). Eles contavam com um primeiro-ministro hábil e carismático, Harold Macmillan, que, em 1957, inventou a frase emblemática da época: "nunca foi tão bom para você" ("you’ve never had it so good", em inglês).

É a versão britânica do "nunca antes na história desse país". Impressionante, por sinal, como o discurso de Macmillan trazia quase as mesmas palavras, comemorando um "estado de prosperidade como nunca tivemos na história deste país" ("a state of prosperity such as we have never had in the history of this country", em inglês).

Arquivo PessoalImage copyright Arquivo Pessoal Image caption Vickery volta ao local onde passou sua infância

Macmillan, "Supermac" na mídia, era inteligente o suficiente para saber que uma ação gera uma reação. Sentia na pele que setores da classe média, base de apoio principal de seu partido, ficaram incomodados com a ascensão popular.

Em 1958, em meio a greves e negociações com os sindicatos, notou "a raiva da classe média" e temeu uma "luta de classes". Quatro anos mais tarde, com o seu partido indo mal nas pesquisas, ele interpretou o desempenho como resultado da "revolta da classe média e da classe média baixa", que se ressentiam da intensa melhora das condições de vida dos mais pobres ou da chamada "classe trabalhadora" ("working class", em inglês) na Inglaterra.

Em outras palavras, parte da crise política que ele enfrentava foi vista como um protesto contra o próprio progresso que o país tinha alcançado entre os mais pobres.

Mais uma vez, eu faço a pergunta – será que isso também se aplica ao Brasil de 2015?

Alguns anos atrás, encontrei um conterrâneo em uma pousada no litoral carioca. Ele, já senhor de idade, trabalhava como corretor da bolsa de valores. Me contou que saiu da Inglaterra no início da década de 70, revoltado porque a classe operária estava ganhando demais.

No Brasil semifeudal, achou o seu paraíso. Cortei a conversa, com vontade de vomitar. Como ele podia achar que suas atividades valessem mais do que as de trabalhadores em setores menos "nobres"? Me despedi do elemento com a mesquinha esperança de que um assalto pudesse mudar sua maneira de pensar a distribuição de renda.

Mais tarde, de cabeça fria, tentei entender. Ele crescera em uma ordem social que estava sendo ameaçada, e fugiu para um lugar onde as suas ultrapassadas certezas continuavam intactas.

GettyImage copyright Getty Image caption ‘Parte da crise política da Inglaterra foi vista como protesto contra o progresso entre os mais pobres’, diz Vickery

Agora, não preciso nem fazer a pergunta. Posso fazer uma afirmação. Essa história se aplica perfeitamente ao Brasil de 2015. Tem muita gente por aqui com sentimentos parecidos. No fim das contas, estamos falando de uma sociedade com uma noção muito enraizada de hierarquia, onde, de uma maneira ainda leve e superficial, a ordem social está passando por transformações. Óbvio que isso vai gerar uma reação.

No cenário atual, sobram motivos para protestar. Um Estado ineficiente, um modelo econômico míope sofrendo desgaste, burocracia insana, corrupção generalizada, incentivada por um sistema político onde governabilidade se negocia.

A revolta contra tudo isso se sente na onda de protestos. Mas tem um outro fator muito mais nocivo que inegavelmente também faz parte dos protestos: uma reação contra o progresso popular. Há vozes estridentes incomodadas com o fato de que, agora, tem que dividir certos espaços (aeroportos, faculdades) com pessoas de origem mais humilde. Firme e forte é a mentalidade do: "de que adianta ir a Paris para cruzar com o meu porteiro?".

Harold Macmillan, décadas atrás, teve que administrar o mesmo sentimento elitista de seus seguidores. Mas, apesar das manchetes alarmistas da época, foi mais fácil para ele. Há mais riscos e volatilidade neste lado do Atlântico. Uma crise prolongada ameaça, inclusive, anular algumas das conquistas dos últimos anos. Consumo não é tudo, mas tem seu valor. Sei por experiência própria que a primeira geladeira a gente nunca esquece.

*Tim Vickery é colunista da BBC Brasil e formado em História e Política pela Universidade de Warwick

Tim Vickery: Minha primeira geladeira e por que o Brasil de hoje lembra a Inglaterra dos anos 60 – BBC Brasil

15/10/2015

Caça ao Lula gigante continua

mpA palhaçada não tem fim. Para o MPF só existe um objetivo na vida da instituição. Não dão um passo que seja em busca de tentativa de envolver Lula em algo que sirva para impedi-lo de se candidatar novamente à Presidência. E a coisa é tão sorrateira que só se fica sabendo porque os “crimes” que lhe são imputados foram “cometidos” por seus antecessores. Portanto, só viram crimes se puderem de alguma forma alcançarem Lula. Quando se trata do PSDB, o MP é um imenso Rodrigo de Grandis, um Mistério Púbico!

Não se pode duvidar que, para condenar Lula, condenem, como fizeram com Sérgio Guerra, o morto Itamar. FHC, por ser do PSDB, como diria Jorge Pozzobom, não corre risco algum. Como sabemos, o PSDB tem imunidade até para traficar.

Essa obsessão doentia precisa ser tratada antes que, aos moldes d’O Alienista, transformem o Brasil numa imensa Casa Verde. Será que não existe um psicotécnico mais eficiente para se aplicado nestes concursos?!

MÔNICA BERGAMO

monica.bergamo@grupofolha.com.br

PALÁCIO DOS CRISTAIS

O Ministério Público Federal abriu inquérito civil para investigar os ex-presidentes Lula, Fernando Henrique Cardoso, Itamar Franco e Fernando Collor de Mello por "possível apropriação indevida de bens públicos". Eles têm até o fim do mês para se defender.

CRISTAIS 2
Lula, FHC, Collor e o espólio de Itamar estão sendo intimados para dizer se levaram do Palácio do Planalto, ao fim de seus mandatos, objetos "entregues por Estados estrangeiros em encontros diplomáticos e outros de natureza pública e institucional" que pertenceriam "à República Federativa do Brasil". Ou seja, de levar dos palácios de Brasília coisas que não lhes pertenciam.

LETRA DA LEI
A ação foi aberta inicialmente contra Lula. Os advogados dele alegaram que a lei 8.394/91 diz que "documentos que constituem o acervo presidencial privado" são "de propriedade do Presidente da República, inclusive para fins de herança, doação ou venda". Ao fim de cada governo, um órgão especializado cataloga, embrulha os objetos e os entrega ao ex-mandatário para que ele os preserve em outro lugar.

TUDO IGUAL
A defesa citava ainda que outros ex-presidentes também levaram objetos que ganharam em seus mandatos para casa ou para seus respectivos institutos. E pediu o arquivamento da ação. Em vez disso, os procuradores estenderam a investigação para todos os ex-presidentes que exerceram seus mandatos depois de 1991, quando a lei dos arquivos foi editada.

TUDO IGUAL 2
O iFHC, instituto de Fernando Henrique Cardoso, diz que desconhece a ação e que o ex-presidente seguiu as regras estabelecidas na lei de acervos presidenciais.

11/10/2015

Paradoxos

Lula está sendo caçado porque pode viajar para qualquer lugar do mundo e onde quer que vá é sempre bem recebido.

Eduardo CUnha, José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Marco Polo Del Nero não podem podem mais viajar para o exterior sob o risco de não voltarem mais. Aliás, o Marin está na Suíça com possibilidade de parar nos EUA. J. Hawilla nunca foi importunado pelos investigadores pátrios. Está preso nos EUA. E se der com a língua nos dentes vai impedir que gerações atuais e futuras de Marinho e Sirotsky levem seus filhos para a Disney…

O que explica este paradoxo?

Simples, nossas instituições adoram proteger corruptos e perseguir quem combate a corrupção. Não é sem outro motivo que a compra da reeleição e todos os casos de corrupção nas privatizações não deram em nada. O pior Senador no ranking da Veja utiliza recursos públicos para construir aeroportos nas terras de familiares para uso particular, usa avião do Estado para passar fins de semana para namorar no Rio ou em Florianópolis e continua solto.

A mulher do Eduardo CUnha tem contas na Suíça. A própria Suíça informou. Ela goza da mesma imunidade do Robson Marinho, investigado na Suíça, solto no Brasil e no TCE/SP. E CUnha não chegou à Presidência da Câmara com o voto do Kim Kataguiri, mas da manada amestrada pelos grupos mafiomidiáticos, a começar pelo PSDB. Cunha é a repetição, como farsa, do Severino Cavalcanti, o breve. Escolhidos para algozes, são os que na feliz afirmação do Gregório Duvivier, vão “limpar o chão com merda”.

Por que todo corrupto que veste o papel de paladino da moralidade contra Lula, Dilma e PT recebe os serviços de um Rodrigo de Grandis?! Mas a cunhada do Vaccari foi presa porque, que beleza, o cunhado é do… PT! Os fundamentos jurídicos são de afrouxar as pregas de tanto rir: “a literatura jurídica me permite”, chicanas “foi feito pra isso, sim”. Chegaram ao cúmulo de importar da Alemanha o nome de uma teoria para estuprá-la: domínio do fato. Que curioso. José Genoíno foi preso porque era presidente do PT. Um helipóptero com 450 kg de cocaína com valor  de mercado milhares de vezes superior o patrimônio do José Genoíno é como se fosse apenas mais um chopp de saideira.

Marin nunca foi investigado no Brasil. Está preso na Suíça. Ricardo Teixeira nunca foi sequer investigado para uma possível explicação. Hoje está foragido. Paulo Salim Maluf continua inocente no Brasil. Mas Genoíno e a cunhada do Vaccari, pelo crime de serem do PT, foram presos.

Por que ninguém da Operação Zelotes foi preso? Porque ninguém deles é do PT.

E se tudo isso é muito, não é tudo! Estes são os cavaleiros que pretendem derrubar Dilma para colocarem no lugar dela o Napoleão das Alterosas. Para isso não nos faltam Alienistas

A derrota de Cunha é a derrota de Moro, da Lava Jato e da mídia. Por Paulo Nogueira

Postado em 10 out 2015 -por : Paulo Nogueira

Agora vai ser difícil rir

Agora vai ser difícil rir

O grande azar de Cunha foi ter ficado ao alcance de quem não está sob seu domínio nem de seus amigos e aliados: a Suíça.

Foi o mesmo azar de Marin.

No Brasil, Cunha permaneceria impune como sempre aconteceu nestes anos todos de uma carreira obscura e cheia de acusações de delinquência.

Nem Moro e nem a Polícia Federal têm alguma ação sobre tipos como Cunha.

Isso mostra a face real do combate à corrupção que se trava no Brasil da Lava Jato.

Quem acredita nos propósitos redentores dessa cruzada demagógica acredita em tudo.

O alvo é um, e ele não inclui figuras como Cunha ou Marin.

Isso significa que, passado o circo da Lava Jato, nada de efetivo terá mudado – a não ser que se alterem profundamente a estrutura de fiscalização a roubalheiras no Brasil de forma que fiquem desprotegidos os plutocratas e amigos seus como Cunha.

O episódio deixa também exposta a imprensa.

O que ela fez para investigar Cunha nestes anos todos, e sobretudo nos últimos meses quando ele acumulou um poder extraordinário no Congresso graças a seu gangsterismo?

Nada. Nada. Mais uma vez: nada.

Não por inépcia, ou não por inépcia apenas. Mas por má fé, por desonestidade.

Cunha era aliado, porque significava um ataque permanente ao governo Dilma.

E aos aliados a imprensa não cobra nada. Veja como Aécio tem sido tratado. Como ele escapou de ser sequer citado como amigo de Perrela no caso (abafado por jornais e revistas) do helicóptero de meia tonelada de pasta de cocaína.

A derrota de Cunha frente às autoridades suíças é, também, a derrota de Moro, da Lava Jato e da imprensa, não necessariamente nesta ordem.

Tanto estardalhaço nas prisões dos suspeitos de sempre, e tanta permissividade em relação a tipos como Eduardo Cunha.

É preciso destacar também o papel patético, nesta história criminosa, do PSDB.

Já eram cabais as evidências contra Cunha e seus líderes, num universo paralelo, diziam que era preciso dar a ele o benefício da dúvida.

Este benefício jamais foi dado a ninguém fora do círculo de interesses do PSDB.

É uma demonstração incontestável de que a lengalenga anticorrupção do PSDB é a continuação da mesma estratégia golpistas que matou Getúlio e derrubou Jango.

É a velha UDN de Lacerda ressuscitada nos tucanos.

Na condição de morto vivo, ou morto morto, Eduardo Cunha cala sobre o que deveria ser dito – a questão das contas – e tagarela sobre o que é ridículo dizer.

Ele está se fazendo de vítima. Diz que está sendo perseguido pelo governo e pelo PT.

Não foi ele que roubou, não foi ele que barbarizou, não foi ele que criou contas secretas expostas pelas autoridades suíças: é o PT que está perseguindo.

A isso se dá o nome de doença.

É preciso louvar, por último, o papel de Janot.

Fosse nos tempos de FHC com seu engavetador geral, sabemos onde ia dar o dossiê dos suíços.

Na gaveta.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

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