Ficha Corrida

14/10/2016

Costa Rica & Bunda Suja, a dupla face do golpismo

guerras sujasNão tenho provas mas tenho  convicção de que há uma força tarefa nacional a serviço dos EUA. Destruíram empresas que competiam internacionalmente com empresas norte-americanas. Afundaram a Petrobrás com a mesma facilidade com que afundaram a P-36. Até porque o Brasil fica mais próximo dos EUA do que qualquer outro grande produtor de petróleo, com exceção da Venezuela.

Então, porque fazer guerra ao Iraque, Síria, Líbia, Egito ou Ucrânia se o Petróleo que o Tio Sam precisa pode ser obtido sem o desgaste de uma guerra? José Serra, não por acaso nomeado chanceler, já havia prometido em convescote em Foz do Iguaçu que entregaria a Petrobrax à Chevron. Isso também explica porque o ator da bolinha de papel foi homenageado com o significativo apelido de Tarja Preta

Como diz o ditado espanhol, “non creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Como revelou a Edward Snowden, a CIA não grampeava Serra ou FHC, mas Dilma e a Petrobrás. Talvez isso explique como foi possível grampear a presidência e os grampos tenham recebido leitura dramática por parte da Rede Globo. Como em 1964, os marines dos EUA usados no golpe falam fluentemente português.

A Casa das Américas, sob nova direção, ordenou e os quinta coluna agiram com eficiência. Não é inacreditável que a Polícia Federal saiba tudo o que acontece na Petrobrás, mas não saiba nada do avião que matou Eduardo Campos. Conseguem descobrir digitais de um sobrinho do Lula em Angola mas não conseguem identificar quem é o dono dos 450 kg de pasta base de cocaína do heliPÓptero?

De novo, não tenho provas mas tenho convicção que a CIA constrói as provas necessárias à atuação dos golpistas. Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium só têm de amestrar a manada para que tudo seja aceito como se fosse um fato da natureza. Desconfie dos agentes que toda hora aparecem nas velhas mídias posando de heróis. Eles podem ser heróis para a Costa Rica, Panamá, Honduras, Paraguai,  Miami ou Washington, jamais para o povo brasileiro.

A atuação dos EUA nos subterrâneos da política internacional, inclusive usando sobreviventes nazistas, pode ser vista no documentário “Inimigo do meu inimigo” e lido no livro Guerras Sujas. Quem tem um neurônio já percebeu, quem não tem está no golpe.

Costa Rica impõe sigilo em papéis da embaixada brasileira, que podem explicar o golpe de 2016

Costa Rica decretou sigilo sobre 12 memorandos de sua embaixada no Brasil escritos entre janeiro e setembro de 2016, os quais supostamente versavam a respeito da situação política no país em meio ao processo de impeachment; declaração de reserva sobre os documentos listados significa que "nenhuma pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira" poderá ter acesso a eles"; "Como governo, temos a responsabilidade, a obrigação, de proteger adequadamente correspondências cuja divulgação poderia trazer consequências danosas ao país em matéria de relações diplomáticas", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Manuel González; cabe notar que San José não apenas é a sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, como sempre foi um aliado diplomático dos EUA na América Central

13 de Outubro de 2016 às 20:01 // Receba o 247 no Telegram

Da Agência Sputnik Brasil A Costa Rica acaba de decretar sigilo sobre 12 memorandos de sua embaixada no Brasil escritos entre janeiro e setembro de 2016, os quais supostamente versavam a respeito da situação política no país em meio ao processo de impeachment. O que dizem as entrelinhas do misterioso caso quanto ao cenário atual da América Latina? Sputnik explica!

"Está declarada reserva sobre os relatórios políticos apresentados pelo chefe da missão diplomática destacada na República Federativa do Brasil, cujo conteúdo se refere, parcial ou integralmente, a assuntos que possam comprometer relações bilaterais", diz o decreto publicado na terça-feira (11) no jornal oficial costarriquenho, o "La Gaceta".

A declaração de reserva sobre os documentos listados significa que "nenhuma pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira" poderá ter acesso a eles, e que os destinatários dos informes, bem como os que receberam cópias das mensagens por parte do embaixador da Costa Rica no Brasil, deverão "guardar estrita confidencialidade em relação aos mesmos".

O governo costarriquenho justificou a ação com base em prerrogativas previstas na Constituição Política – em particular, na independência dos Poderes, e em resoluções da Procuradoria Geral da República que indicam que matérias relativas à segurança, à defesa nacional e às relações exteriores da República podem ser submetidas a segredo de Estado.

Na quarta-feira (12), o chanceler da Costa Rica, Manuel González, enviou uma declaração à imprensa brasileira reiterando a atitude tomada pelo governo de seu país: "Como governo, temos a responsabilidade, a obrigação, de proteger adequadamente correspondências cuja divulgação poderia trazer consequências danosas ao país em matéria de relações diplomáticas", afirmou o ministro das Relações Exteriores.

Façamos uma breve retrospectiva sobre o caso.

Correspondências secretas e guerra de informações

Em 18 de março, um mês antes do afastamento da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, todas as embaixadas brasileiras no exterior receberam uma mensagem do Itamaraty alertando sobre o risco iminente de golpe de Estado no país, e instruindo as representações diplomáticas a mediar o contato entre as organizações da sociedade civil locais e as do Brasil.

Algumas horas depois, a Secretaria Geral do Itamaraty abortou a ordem, alegando que as circulares haviam sido enviadas "sem autorização superior". Apesar disso, o episódio deixou claro que, mesmo dentro do Itamaraty, sempre houve dúvidas sobre a legitimidade do processo que derrubou a presidenta Dilma e levou Michel Temer à presidência, ao lado do tucano José Serra na chancelaria.

Talvez fosse necessário retraçar a cartografia dessa história aos idos de 2013, quando, segundo afirma o jornalista Pepe Escobar, teria sido deflagrada uma poderosa operação no país, "com pegadas da ação norte-americana", para atender a interesses internos e internacionais, tais como a criminalização do PT, a inviabilização de Lula como candidato em 2018, a implantação de uma "política econômica ultraliberal", a alteração das regras de exploração do pré-sal e a reversão da "política externa multilateralista que resultou nos BRICS, na integração sul-americana e em outros alinhamentos Sul-Sul".

Desde os grampos da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) à Petrobras e à própria Dilma – escândalo cuja revelação, por parte do Wikileaks, desencadeou um período de esfriamento nas relações diplomáticas entre Brasília e Washington – à chegada no Brasil, em agosto de 2013, de uma embaixadora norte-americana que já havia servido no Paraguai pouco antes do golpe parlamentar contra o presidente Fernando Lugo, há uma série de fatores que, de fato, levantam dúvidas sobre os interesses estrangeiros no impeachment de Dilma.

Em dezembro de 2012, o Wikileaks vazou um telegrama diplomático norte-americano que relatava a promessa feita pelo então candidato à presidência José Serra a uma executiva da petroleira Chevron, de que, se eleito, ele mudaria o modelo de partilha do pré-sal fixado pelo governo Lula – o que acaba de acontecer sob o governo Temer, com Serra na pasta de Relações Exteriores. Nesse contexto, pulamos para o dia 20 de setembro deste ano, quando, pouco antes de Michel Temer discursar na Assembleia Geral da ONU, o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, e o chanceler González abandonaram o salão, acompanhados no gesto por representantes de Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba e Nicarágua.

https://twitter.com/i/videos/tweet/778345169582161921

No mesmo dia, a Presidência da Costa Rica afirmou que a decisão se dera de forma "soberana e individual", e que havia sido suscitada pela "dúvida de que, ante certas atitudes e atuações, se queira lecionar sobre práticas democráticas". A nota citou, particularmente, "certos atos de violência ocorridos após a conclusão do processo de ‘impeachement’", fazendo referência a uma série de episódios de violência policial e de repressão contra manifestantes que denunciaram o processo como golpe de Estado.

O ato diplomático, porém, causou profunda surpresa não só em Brasília, como também dentro da própria Costa Rica, insuspeita de "bolivarianismo". Cabe notar que San José não apenas é a sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, como sempre foi um aliado diplomático dos EUA na América Central, tendo extinguido suas Forças Armadas em 1948.

Assim, em 29 de setembro, o deputado do Partido Libertação Nacional (PLN), Rolando González, um dos líderes da oposição costarriquenha, exigiu que o chanceler entregasse os memorandos escritos pela embaixada no Brasil no período de janeiro a setembro, a fim de verificar se eles continham alguma informação que pudesse fundamentar o gesto diplomático do presidente Solís na Assembleia Geral da ONU. E, em 3 de outubro, o governo assinou o decreto, publicado no dia 11, baixando sigilo sobre os documentos solicitados.

Démarche diplomática da Costa Rica

O presidente costarriquenho, eleito em 2014 com 77% dos votos, se define como um social-democrata de centro-esquerda no espectro político latino-americano. Apesar de nunca ter se pronunciado explicitamente contra o golpe no Brasil, sua retirada da Assembleia Geral da ONU antes da fala de Temer deixou claro suas hesitações a respeito do governo do peemedebista.

Em 22 de setembro, Solís reconheceu, em entrevista à CNN em espanhol, que as relações com o Brasil estavam "tensas" após o episódio, mas demonstrou cautela no trato com o governo Temer, reconhecendo o Brasil como uma "potência mundial e latino-americana".

"Nós nunca havíamos feito nenhuma observação sobre o ‘impeachment’ em ocasiões anteriores. Mantivemos uma atitude muito ponderada durante todo o período prévio à tomada de poder do senhor Temer e nos referimos aos processos posteriores porque nos preocupa que possam marcar uma tendência que leve o Brasil, que é una potência mundial e latino-americana, a um caminho que não seja o adequado", disse ele.

"Há um ato político indubitável que admito e explico: o tomamos porque nos preocupa a opacidade de alguns dos processos que se seguiram (depois do impeachment), a violência contra a oposição política e a possibilidade de uma lei de anistia que creio que deixaria impune uma série de feitos que são muito questionáveis e que a justiça brasileira terá que atender", acrescentou.

Em 29 de setembro, o chanceler Manuel González afirmou que a relação com o Brasil era "normal" e reiterou que a Costa Rica não tinha "nada a dizer" a respeito do processo de impeachment. "O que assinalamos são situações no exercício da presidência de Temer. Há preocupação sobre uma tendência a atos que podem afetar a democracia nesse país (Brasil)", disse ele em entrevista coletiva.

A tentativa de San José de amenizar o simbolismo do que ocorreu na Assembleia Geral (basta notar que foi a primeira vez em toda a história das participações do Brasil em órgãos multilaterais que outros países se retiraram, em protesto, enquanto um chefe de Estado brasileiro discursava, e que isso aconteceu no principal fórum global dos países, a ONU) parece obedecer a imperativos pragmáticos das relações exteriores, principalmente quando se leva em conta o tamanho do Brasil na conta das importações e exportações da América Latina.

A Bolívia, que sempre denunciou como ilegítimo o governo Temer, anunciou em 3 de outubro a normalização de suas relações diplomáticas com o Brasil. Certamente, o pragmatismo econômico exerceu grande papel nessa decisão, já que La Paz precisa discutir os termos da renovação do contrato de compra e venda de gás boliviano pelas empresas brasileiras, acordo que vence em 2019, bem como os planos de construção de hidrelétricas na Amazônia e a construção de uma ferrovia que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.

O Uruguai, liderado pelo presidente Tabaré Vázquez, que também havia se posicionado a favor da presidenta Dilma durante seu processo de impeachment, também reavaliou sua posição, privilegiando o fato de que o Brasil está entre os maiores países compradores de produtos uruguaios.

Configuração de forças na América Latina

Existem dois fundamentos historicamente estabelecidos para o reconhecimento da legitimidade de um Estado nas relações internacionais: por um lado, a declaração interna de soberania; por outro, o reconhecimento externo de outros Estados.

Além da retirada inédita de representantes estrangeiros durante o discurso de Temer em setembro, alguns analistas viram na falta de aplausos durante a fala do peemedebista e no fato de o presidente dos EUA, Barack Obama, ter "se atrasado" para fazer o seu último discurso no fórum (evitando desse modo se encontrar nos bastidores da ONU com o presidente brasileiro) certo isolamento nunca antes visto do Brasil na arena internacional, refletido pelas dúvidas acerca da legitimidade do governo Temer.

Ideologias à parte, e independentemente de se considerar o impeachment legítimo ou não, a cooperação entre os países da região com o Brasil é ameaçada por certa inabilidade da atual chancelaria.

Enquanto os governos de Dilma e o de Lula estreitaram os laços do país com os vizinhos latino-americanos e assumiram um papel de liderança na região, o governo Temer se afasta do continente e dos BRICS e volta a política externa para as grandes potências mundiais. Em suas primeiras ações, o novo chanceler acusou governos de países latino-americanos de "propagar falsidades" e disse que o secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) "extrapolava suas funções".

O cenário, enfim, parece caminhar para o fim da multilateralidade que caracterizou os esforços do país nos últimos anos. As perspectivas de integração da América Latina estão baixas. O Brasil parece se alinhar novamente aos EUA. Por outro lado, os governos de esquerda latino-americanos continuam sob ataque. Se o Brasil vai se tornar cada vez mais isolado ou se as nações vizinhas vão se render ao pragmatismo econômico ou ao neoliberalismo, só o tempo, e as resistências, irão dizer.

Costa Rica impõe sigilo em papéis da embaixada brasileira, que podem explicar o golpe de 2016 | Brasil 24/7

18/09/2016

Deu química

Lavoisier - hotel parisAlém de ternos em Miami, nossa plutocracia também importa powerpoint made in USA! Quem resolve seguir os script da CIA, só tem de se adaptar o roteiro. Não é só o dedo, Tio Sam já estão com a mão enterrada nesse buraco.

Guardei na memória dos meus tempos de colégio uma frase do químico francês, Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Está dando química entre os quinta coluna tupiniquins e seus mentores ianques. Mas acho que seja uma outra frase das vítimas do terror francês que faz a obsessão da caça ao grande molusco: “Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo."

Eles acreditam que decepando a cabeça do Lula a esquerda demoraria um século para se reconstruir no Brasil.

"Nada se cria, tudo se transforma"

A inspiração de Dallagnol para seu power point velhaco. Por Paulo Nogueira

Postado em 17 Sep 2016 – por : Paulo Nogueira

Imitador barato

Imitador barato

O procurador Deltan Dallagnol não é apenas espalhafatoso, exibicionista e, convenhamos, tolo.

É um também um plagiador. Um imitador. E o que é pior: um copiador de coisas ruins.

Veja a imagem abaixo.

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É parte de um power point apresentado, algum tempo atrás, por um procurador americano para condenar um acusado. Reparou na semelhança?

A sentença foi anulada exatamente por causa daquele slide. Foi considerado uma peça destinada a “manipular os jurados”.

O uso de power points nas acusações tem sido crescente criticado nos meios jurídicos americanos. Num artigo, essa estratégia foi classificada, no título, como a “maneira mais vil para os procuradores conseguirem um veredito de culpa”. Você pode ver o texto aqui.

Pelo menos dez sentenças foram anuladas, nos últimos anos, porque os tribunais americanos consideraram que as regras do julgamento justo foram violadas pelo emprego de power points “altamente inflamáveis”.

O expediente já está sendo chamado de “advocacia visual” pelos acadêmicos americanos da área de direito.

Um advogado definiu assim os power points. “Todos nós sabemos o que os comerciais publicitários podem persuadir as pessoas num nível subconsciente. Mas não me parece que a justiça criminal tenha interesse em ingressar nessa esfera.”

E é dentro desse quadro que Dallagnol e companheiros trazem para o Brasil uma prática que nos Estados Unidos é cada vez mais questionada.

Dallagnol achava que estava sendo “moderno”. Não. Estava sendo inepto. Estava chegando com atraso a um expediente que onde surgiu, os Estados Unidos, já resulta em anulações de sentença e é objeto de estudos críticos dos estudiosos do Direito.

Por tudo isso, mereceu todo o esculacho que recebeu, expresso nos memes que inundaram as redes sociais.

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo A inspiração de Dallagnol para seu power point velhaco. Por Paulo Nogueira

26/07/2016

Teoria da DependênCIA, de FHC & CIA

FHC & ClintonCom nojo dos nossos grupos mafiomidiáticos, vejo  todos os dias a RAI, Rede Internacional de Televisão Italiana. É uma espécie de fuga, confesso, e de saúde mental, gostaria de crer. Não perco os episódios “Un giorno nella Storia”. Hoje, por exemplo, falava de Vitaliano Brancati, um escritor siciliano que flertou com o início do fascismo mas que cedo renegou-o. Não é a todos que é dado a capacidade de identificar o ovo da serpente. Alguns só se dão conta depois de serem picados.

Poucos descobriram em FHC um agente dos interesses norte-americanos. Menos ainda foram os que denunCIAram seu trabalho de quinta coluna. Eleito e tendo feito das tripas  coração para destruir, com o PDV e a privataria, pouco se associou seus antecedentes teóricos com a prática no executivo.

Afinal, será que é tão difícil assim entender que a Teoria da Dependência é seu tributo aos seus finanCIAdores ideológicos. Se eu disser que só serei independente se depender de meu pai, dirão que sou louco, mas essa tem sido o projto de vida de FHC: o Brasil só se tornará um país independente se submeter aos EUA. FHC acredita que é melhor viver de migalhas, embaixo da mesa, do que tentar participar do banquete. Nunca uma personagem da história do Brasil encarnou tão bem o Complexo de Vira-Lata. Quando teve a oportunidade, FHC pôs em prática sua teoria, de subserviente. O modelo fracassou de público e crítica.

A eleição de Lula foi um giro de 180º. Pegou um time desacreditado em si e transformou em campeão da transformação social. Não só em termos econômicos, mas na esperança de chegar à universidade, de ter acesso aos serviços públicos, como saúde, mas, sua primeira iniciativa foi atuar para que os miseráveis pudessem fazer pelo menos 3 refeições por dia. Nem precisa dizer que sofreu todo tipo de boicote e ódio. Basta citar apenas dois episódios emblemáticos: Danusa Leão, musa da plutocracia, manifestando sua inconformidade com o fato de ter de dividir aeroportos internacionais com filhos de empregadas domésticas. O segundo exemplo foi dado por um funcionário da RBS, Luis Carlos Prates, representante máximo da cleptocracia midiática, que se mostrou inconformado com o fato de que, nos governos petistas, “qualquer miserável agora pode ter um carro”. 

As cinco famílias que dominam os tradicionais meios de comunicação (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky) atuam como caranguejos no balde: quando um pobre caranguejo está buscando sair do balde, os outros o puxam pelas pernas. Bastou o Brasil respirar um pouco de democracia para que a plutocracia se insurgisse e construísse esse golpe paraguaio. Um golpe que coloca no comando da nação um exemplo clássico de quadrilha a serviço. Minam as esperanças e entregam o patrimônio, arduamente construído por todos os brasileiros,aos moldes dos antigos sátrapas persas.

E tudo isso se tornou possível, inclusive o golpe em curso, graças ao amestramento da manada de midiota que tem na Rede Globo sua égua madrinha. Tanto é assim que hoje a justiça já não é mais aquela ditada pelo STF, mas pelo Merval Pereira, o porta-boss da elite cleptocrata.

A vocação suicida da elite. Por Eleonora de Lucena

Por Fernando Brito · 26/07/2016

A natureza colonial de nossa elite, antes de significar a adesão à metrópole, implica a renúncia à ideia de ter um destino próprio. Ela  não se vê e não se quer como parte – privilegiada que seja – de uma nação, para o que é necessário compreender pertencer a um povo.

Num rabisco sociológico, não tem sentimentos de pertença – de ligação natural, de mesmo heterogênea, fazer parte de uma coletividade nacional. O prior, ainda seguindo este esboço, é que esta elite serve como referência para um grupo imensamente – e ponha imensamente num país com o grau de urbanização e o tamanho do Brasil – que a elas imita, porque a ele quer e crê pertencer.

Duro, mas preciso, o artigo da jornalista Eleonora de Lucena, na Folha de hoje, é um retrato agudo do comportamento desta elite, que não é apenas suicida, porque mata, ou tenta matar ao longo da história, a vocação do Brasil para ser uma das grandes – e certamente a de mais “biodiversidade” humana – nações deste planeta.

Escracho

Eleonora de Lucena*, na Folha

A elite brasileira está dando um tiro no pé. Embarca na canoa do retrocesso social, dá as mãos a grupos fossilizados de oligarquias regionais, submete-se a interesses externos, abandona qualquer esboço de projeto para o país.

Não é a primeira vez. No século 19, ficou atolada na escravidão, adiando avanços. No século 20, tentou uma contrarrevolução, em 1932, para deter Getúlio Vargas. Derrotada, percebeu mais tarde que havia ganho com as políticas nacionais que impulsionaram a industrialização.

Mesmo assim, articulou golpes. Embalada pela Guerra Fria, aliou-se a estrangeiros, parcelas de militares e a uma classe média mergulhada no obscurantismo. Curtiu o desenvolvimentismo dos militares. Depois, quando o modelo ruiu, entendeu que democracia e inclusão social geram lucros.

Em vários momentos, conseguiu vislumbrar as vantagens de atuar num país com dinamismo e mercado interno vigoroso. Roberto Simonsen foi o expoente de uma era em que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não se apequenava.

Os últimos anos de crescimento e ascensão social mostraram ser possível ganhar quando os pobres entram em cena e o país flerta com o desenvolvimento. Foram tempos de grande rentabilidade. A política de juros altos, excrescência mundial, manteve as benesses do rentismo.

Quando, em 2012, foi feito um ensaio tímido para mexer nisso, houve gritaria. O grupo dos beneficiários da bolsa juros partiu para o ataque. O Planalto recuou e se rendeu à lógica do mercado financeiro.

Foi a senha para os defensores do neoliberalismo, aqui e lá fora, reorganizarem forças para preparar a reocupação do território. Encontraram a esquerda dividida, acomodada e na defensiva por causa dos escândalos. Apesar disso, a direita perdeu de novo no voto.

Conseguiu, todavia, atrair o centro, catalisando o medo que a recessão espalhou pela sociedade. Quando a maré virou, pelos erros do governo e pela persistência de oito anos da crise capitalista, os empresários pularam do barco governista, que os acolhera com subsídios, incentivos, desonerações. Os que poderiam ficar foram alvos da sanha curitibana. Acuada, nenhuma voz burguesa defendeu o governo.

O impeachment trouxe a galope e sem filtro a velha pauta ultraconservadora e entreguista, perseguida nos anos FHC e derrotada nas últimas quatro eleições. Privatizações, cortes profundos em educação e saúde, desmanche de conquistas trabalhistas, ataque a direitos.

O objetivo é elevar a extração de mais valia, esmagar os pobres, derrubar empresas nacionais, extinguir ideias de independência. Em suma, transferir riqueza da sociedade para poucos, numa regressão fulminante. Previdência, Petrobras, SUS, tudo é implodido com a conversa de que não há dinheiro. Para os juros, contudo, sempre há.

Com instituições esfarrapadas, o Brasil está à beira do abismo. O empresariado parece não perceber que a destruição do país é prejudicial a ele mesmo. Sem líderes, deixa-se levar pela miragem da lógica mundial financista e imediatista, que detesta a democracia.

Amargando uma derrota histórica, a esquerda precisa se reinventar, superar divisões, construir um projeto nacional e encontrar liderança à altura do momento.

A novidade vem da energia das ruas, das ocupações, dos gritos de “Fora, Temer!”. Não vai ser um passeio a retirada de direitos e de perspectiva de futuro. Milhões saborearam um naco de vida melhor. Nem a “teologia da prosperidade” talvez segure o rojão. A velha luta de classes está escrachada nas esquinas.

*Eleonora de Lucena é repórter especial da Folha e foi Editora-executiva do jornal de 2000 a 2010

A vocação suicida da elite. Por Eleonora de Lucena – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

23/03/2016

Caso de PÓ-li-CIA

Filed under: CIA,Fascismo,Gestapo,Polícia Federal,STASI,Violência — Gilmar Crestani @ 6:45 am
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pfSeria hilário, não fosse trágico. Quando se adentra a escuridão do fascismo, a perna treme até para inocentes. E assim se explica o uso da prisão preventiva como método para obter confissão. Se a moça tivesse sido presa, pelo terror que confessa, entregaria pai, mãe e vizinhos.

No logotipo da viatura está escrito POLiCIA, em maiúsculo, mas com “i” minúsculo? Por quê? Este “i” é una conjunção? Se fossem em espanhol escreveriam POLyCIA?! Isso tem a ver com a denúncia, que é antiga, de que a CIA paga e comanda?

A Polícia Federal, que seria um contrapeso, virou a STASI do MPF?! Há um livro que explica o momento atual da Polícia Federal, bom para se entender o momento em que estamos vivendo: “Os Carrascos Voluntários de Hitler”.

Vão dizer, em relação à prisão da moça, como também disseram em relação à cunhada do Vaccari, perdas colaterais. A mesma explicação que a CIA dava para as bombas jogadas sobre hospitais e escolas no Afeganistão. O problema que nem todas as vítimas são jornalistas e dispõem de espaço em jornal do tamanho do Estadão.

Por que eles batem na porta da Paula Marinho? Ou por que não tocam o interfone da Cláudia Cruz, ou da Andrea Neves? Também são mulheres e todas citadas na Lava Jato! Covardia?

Não fosse jornalista a vítima, não ficaríamos sabendo. É deste Estado Policial que estamos com medo. E da seletividade nas escolha das vítimas. Quer ver como isso funciona? Tem um jornalista chamado Diego Escosteguy nas redes sociais pregando violência contra o Ministro Teori Albino Zavascki. A PF vai bater na porta do apartamento dele?

Lembremos que, pelo andar da carruagem, presunção de inocência só existe para golpista. Ninguém deve esquecer que a Folha de São Paulo, ao ser pega publicando uma Ficha Falsa da Dilma, saiu-se com esta explicação: “O segundo erro foi tratar como autêntica uma ficha cuja autenticidade, pelas informações hoje disponíveis, não pode ser assegurada – bem como não pode ser descartada.” Como quem diz, é verdadeira, pelo menos até que a vítima consiga provar que é falsa. A inocência da moça, pelas informações disponíveis, não pode ser assegurada,mas também não pode ser descartada. Presume-se a culpa!

A Gestapo de Moro. Ou para que jornalistas saibam como começa a sanha fascista sobre a imprensa

Por Fernando Brito · 22/03/2016

nazi

A matéria foi publicada sem uma explicação, sem uma indignação, sem um protesto.

Para “cumprir tabela” da liberdade que está sendo atropela.

Não pelos “bolivarianos”, mas pelos beleguins de Sério Moro.

O relato, publicado por uma repórter do Estadão, sob nome fictício, sem uma linha de protesto do jornal.

Só muitas horas mais tarde o jornal assumiu o nome de sua profissional, provavelmente por insistência dela prórpai e da redação, envergonhada pela covadia.

O Estadão nem sequer merece os versos de Camões e os doces das receitas que estampava na época da (outra) ditadura.

Nojo profundo.

E aviso: na minha porta são serão tratados como agentes do Estado.

Serão tratados como o que estão consentindo ser: agentes da Gestapo.

O dia em que a PF bateu na minha porta

Luciana Amaral ,antes identificada com nome fictício no Estadão

Hoje de manhã fui acordada com batidas na porta do meu apartamento e um sonoro: “Polícia Federal, abre a porta”. Como jornalista, já cobri várias operações da PF, mas nunca pensei que acabaria incluída em uma delas.

Ainda sonolenta, não sabia bem ao certo que horas eram. Meu cachorro acordou assustado e foi ver quem era. E eu continuava tentando entender o que acontecia. Pensava se não estava sonhando com o noticiário do dia a dia.

Só que as batidas continuavam. Assim como o insistente: “PF, abre a porta agora. Temos um mandado de busca e apreensão nesse endereço.” Não conseguia acreditar. Logo eu, que, como diz o ditado, nunca matei uma formiga e não gosto de escancarar minhas preferências políticas, apesar de, por ofício, precisar apurar casos de corrupção envolvendo políticos.

Sem saber como agir ou se aquilo era realidade, interfonei para o porteiro. Em resposta, ouvi: “É verdade. É a PF. Você vai ter que abrir.” Ok, fazer o quê? Quem não deve, não teme. Abri a porta ainda com a roupa de dormir e lá estavam três agentes da PF, dois do Paraná e um de São Paulo ­ nenhum japonês ­ além de duas pessoas do condomínio, como testemunhas. Os policiais se apresentaram e falaram que estavam ali a mando do juiz Sérgio Moro, como parte das investigações da Lava Jato. Li o mandado. Percebi que estavam atrás, principalmente, de dinheiro vivo.

Eu nem tinha tido tempo de abrir o jornal e saber da nova etapa da operação, nem dos atentados na Bélgica. Eu só conseguia pensar “Logo eu? Logo eu?”.

Atendi a porta. “Ok, podem entrar, mas pelo menos me deixem trocar de roupa.” Fui para o quarto, me arrumei e fui ver no que a visita ia dar.

Depois de fazerem festinhas com o meu cachorro, começaram o questionário. Agora, com tom de voz mais baixo. ­ Há quanto tempo você mora aqui?, perguntaram. ­

Um mês e meio, é alugado, respondi. ­

Com o que trabalha? ­

Sou jornalista

­ De onde?, quiseram saber. ­

Do Estadão. ­

Você cobre a Lava Jato? ­

Não, estou na editoria de Política agora, mas já cobri operações da PF em Brasília. ­

Você é de Brasília?

Tem informações privilegiadas da Lava Jato? ­

Não. ­

Você tem parentes políticos, ministros ou ligados a empreiteiras? ­

Não. ­ Você tem algum cofre aqui em casa?

Neste momento, apenas ri.

Depois de mais algumas perguntas e respostas, sempre me explicando o passo a passo da ação deles ali, os agentes pediram para abrir os armários do quarto. Deixei. Como não havia nada de excepcional para ver, logo voltamos para a sala. Papelada assinada, notificando que nada constava naquele endereço. Disseram que iriam atrás do antigo locatário: “Esse vai ser investigado.” Conversamos ainda um pouco sobre a situação política do País, a vizinhança do prédio e a viagem dos policiais paranaenses até São Paulo. Falaram para eu tirar o cachorrinho da varanda. “Não deixa ele preso lá não, tadinho. Ele deve estar estranhando todo esse povo na casa dele.” Se despediram de mim. ­

Gente, vamos embora que ela tem que trabalhar.

Muito bem. Eu tinha mesmo que trabalhar. Desejo que a investigação siga o seu rumo. Mas uma coisa é certa: este dia vai ficar marcado como o dia em que caí na Lava Jato. De paraquedas

PS. Veja aqui como o texto foi originalmente publicado com nome ficticio

ficticio

A Gestapo de Moro. Ou para que jornalistas saibam como começa a sanha fascista sobre a imprensa – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

26/10/2015

Os EUA e a Lava Jato

TioSam

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley

Enviado por marcio valley dom, 25/10/2015 – 18:36

do blog do Marcio Valley

John Adams foi o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, tendo George Washington como presidente, e seu segundo presidente, governando no período de 1797 a 1801. Iluminista e republicano, está inserido num contexto histórico que representa o início do fim de uma longa tradição, cujo berço é Grécia clássica e seu filho dileto é o senado romano, na qual o pensamento filosófico e a arte da oratória ainda eram fortes na política. Tempos nos quais não havia esperança para um candidato a político alienado da razão, das verdades e das condições históricas de sua própria época, como hoje parece ser apanágio necessário de parcela considerável dos políticos brasileiros.

Adams disse uma obviedade que, proferida pela boca de um pensador que experimentou o poder, ganha densidade: “Existem duas maneiras de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada, a outra é pela dívida.”

E disse outra que merece profunda e necessária reflexão pelos brasileiros, que estamos numa grave turbulência democrática: "Democracia nunca dura muito e logo se desperdiça, exaure, e mata a si mesma. Nunca houve até agora uma democracia que não tenha cometido suicídio."

As palavras chave aqui são espada, dívida e escravidão.

A sociedade ocidental experimenta, como forma de organização política, a democracia submetida ao estado de direito, entendida a democracia como o direito do cidadão de participar do poder político, em oposição às ditaduras e tiranias, e o estado de direito como o cabedal jurídico que limita a atuação estatal ao garantir os direitos e liberdades individuais, impedindo o despotismo e o esmagamento do cidadão pelo peso do Estado.

Não se pode discordar da afirmação de Churchill de que a democracia é o pior dos regimes políticos, porém não existe nada melhor. De fato, a democracia dá voz potencial a todos os cidadãos na escolha do próprio destino, sendo que a participação nos rumos da coletividade é um dos principais fatores de elevação da autoestima. Mesmo para quem advogue o socialismo, a democracia deve ser considerada indispensável como meio de alcançar a felicidade comum, caso contrário pode-se repetir a farsa que foi a experiência soviética.

A democracia, como forma de governo, encontrou um sistema econômico que aparentemente com ela forma um par perfeito na direção dos negócios públicos e privados: o capitalismo. Baseado na propriedade privada, nenhuma pessoa que defenda o liberalismo, entendido como a liberdade de autodeterminação da própria vida, pode ser contra o capitalismo sem incorrer numa contradição em termos.

Ainda assim, democracia e capitalismo parecem estar fracassando no objetivo de estender à humanidade a qualidade de vida que deveria ser um efeito necessário do desenvolvimento humano. Por quê?

A resposta parece ser: democracia e capitalismo degeneraram por excesso de liberdade deste último.

Praticamente todas as ações humanas estão sujeitas a alguma restrição de liberdade individual, pois tal restrição é absolutamente necessária à manutenção da saúde do tecido social. Seria impossível viver numa sociedade que não penalizasse o homicídio, a apropriação indevida do patrimônio alheio e a violação da liberdade sexual, apenas para ficar nesses exemplos.

A democracia e o capitalismo, como produtos da ação humana, não podem ficar de fora dessa restrição nas respectivas atuações. E, na verdade, estão de fato sujeitos a diversas restrições.

O problema é que o capitalismo consegue escapar dessas amarras e, livre, corrompe a democracia.

Enquanto o capitalismo manteve-se essencialmente territorial, ainda era possível exercer sobre ele algum pouco controle, ante a necessidade do capital, e muitas vezes do próprio capitalista, de permanecer no local da produção. Obrigado a estar no local, devia alguma submissão às leis locais, ainda que mínima. Tal possibilidade de controle, ainda que bastante rarefeita, não mais existe. Atualmente, desvinculado de qualquer território específico, nenhum país é capaz de lhe restringir a liberdade.
A primeira vítima dessa liberdade é justamente a democracia.

Historicamente, os ricos sempre foram senhores do Estado, num primeiro momento como monarcas e, posteriormente, como eleitores privilegiados. Salvo poucas exceções, ou os ricos estão no poder diretamente ou o poder é exercido pelos escolhidos da riqueza. A estreiteza da relação riqueza-governo é de tal ordem que se chega a justificar a existência do Estado como instituição garantidora da propriedade, nada mais.

Democracia real, portanto, sempre foi e continua a ser uma utopia longínqua.

Mesmo quando se fala em democracia clássica grega, isso guarda pouca relação com o que se entende hoje por democracia popular. O comparecimento à praça da Ágora era exclusividade de cidadãos homens nascidos de pais atenienses, uma casta de privilegiados. Mulheres e estrangeiros residentes eram excluídos da democracia. Além disso, havia servidão e escravidão em Atenas, obviamente sem direito algum, o que por si contraria o sentimento que temos hoje em relação aos fins e objetivos da democracia.

Contudo, num único e breve momento da história, que não chegou a cem anos, um espirro histórico em quase cinco mil anos de civilização, uma parte da própria elite, talvez entediada pela mesmice, inaugurou uma nova forma de pensar que hoje designamos por Iluminismo.

Os iluministas eram membros altamente intelectualizados da elite, pensadores que puseram a razão acima dos temores mitológicos que até então dominavam a humanidade. Durante esse período, Nietzche chegou a decretar a morte de Deus. O filósofo só não previu que, tratando-se de um ser todo-poderoso, no final do século seguinte, Ele ressuscitaria, e com bastante disposição para angariar fundos, nas igrejas pentecostais.

Essa facção diletante e aborrecida da elite europeia começou a pensar em coisas como o abandono das barbaridades da Idade Média, do obscurantismo religioso e das arbitrariedades do Estado. Iniciou um processo de valorização do ser humano, visando à construção de uma nova sociedade, fundada axiologicamente no altruísmo social e na dignidade da pessoa humana. Havia um quê de utilitarismo no objetivo pretendido por essa elite de intelecto entendiado que ousou desafiar as repugnâncias de sua época. Não era, propriamente, o bem do indivíduo que se buscava, mas da sociedade. Afinal, uma sociedade com uma carga menor de carências individuais é certamente capaz de gerar um ambiente menos perigoso para circular, possivelmente com um grau de felicidade geral maior e mais cheirosa e bonita de se ver.

Embora o ciclo do pensamento iluminista tenha durado pouco, encerrando-se no despertar do século XIX, ecos dessa forma racionalista de pensar, pressupondo a valorização do ser humano, persiste até os dias de hoje e foi consagrada em instrumentos históricos notáveis, como a constituição americana e a carta dos direitos humanos. Nossa constituição é recheada de valores iluministas.

Esse espirro histórico durante o qual uma fração da parcela rica da sociedade foi confrontada com sua obrigação moral de cuidar dos desvalidos veio a causar, tempos depois, reforçada pela influência de outros eventos históricos importantes, como a ascensão das ideias de Marx e as grandes guerras, um pequeno, mas significativo relaxamento na sofreguidão pelo lucro.
Por um breve momento, repentinamente parecia que a sociedade humana tinha encontrado o caminho para o florescimento de grande parte dos indivíduos, um arranjo saudável entre a busca pelo lucro e a necessidade de excluir a experiência humana da miséria abjeta.

Durante esse piscar de olhos, nós parecíamos realmente ser a espécie mais inteligente do planeta.

A legislação trabalhista protetiva ganhou impulso, um patamar salarial mínimo é garantido, estipula-se um máximo de horas para o trabalho, o Estado passa a conceder assistência social aos desfavorecidos, o acesso a uma educação fundamental é garantida, assim como o acesso à saúde básica, além de outras iniciativas vocacionadas à eliminação da condição de vida degradante.

Um pouco depois disso, em meados do século XX, ao bem-estar da população veio agregar-se uma outra concessão do capital: a redução da miséria pelo incremento na renda. Foi a época dos baby boomers americanos e dos Trinta Gloriosos da França. Nesse momento histórico também se inclui os cinquenta anos em cinco de Juscelino, no Brasil.

Entretanto, quando tudo indicava que a democracia e o capitalismo iriam cumprir o desígnio para o qual estavam predestinados, de conduzir a humanidade ao paraíso na Terra, salvar o planeta da miséria, eis que se inicia um desagradável retrocesso e se reacende a fogueira quase apagada da degradação da condição humana. Perdem-se totalmente ou são mitigadas as conquistas históricas do desenvolvimento civilizatório iniciado a partir do final do século XIX.

A América Latina viu-se arrebatada por ditaduras, no Oriente Médio inicia-se um processo de desestabilização política que ainda continua, a Europa ser torna um fantasma do que chegou a ser do que poderia ainda ser.

Quem é o culpado? Quem estragou a festa da civilização?

O culpado mais provável é a ressurgência da ótica do poder absoluto que dominava o cenário na época da barbárie humana, dos faraós, czares e imperadores. Retorna a vontade do rico de usar o seu poder de forma absoluta, inquestionável, acima do bem e do mal. Poder absoluto que, hoje, se traduz na perspectiva do lucro a qualquer preço, pensamento bárbaro similar à conquista total e da terra arrasada, que se colocou no passado e se coloca no presente acima dos interesses da humanidade. Esse espírito deletério é representado por algo que é celebrado e olhado de forma positiva até por quem é sua vítima: a globalização da economia.

A globalização não é um movimento recente, as grandes navegações do século XVI já representavam esse intuito, e tampouco é culpada pelo problema, trata-se apenas de ferramenta extremamente útil para alcançar o real objetivo: lucratividade desmedida, poder sem limites.

A globalização é atualmente a maior responsável pela renovação da escravidão em roupagens modernas. Hoje o senhor do escravo não precisa mais construir senzalas e nem necessita morar na casa grande. Ele obtém o trabalho gratuito pagando, por exemplo, cinquenta centavos de dólar por uma camisa numa fábrica em Bangladesh, que emprega costureiras por 20 dólares mensais. A corporação fashion americana ou europeia pode afirmar, assim, que não é ela a responsável por pagar esse salário miserável a um trabalhador seu. Certamente.

Numa sociedade saudável, a globalização seria ótima, desde que entendida como a liberdade plena de deslocamento do ser humano no planeta, pessoas e seus patrimônios. No despertar da humanidade, a globalização era um fato, inexistiam fronteiras e impedimentos ao tráfego humano.

Nossa sociedade, porém, está muito longe de ser saudável. Alguém já afirmou que somente uma pessoa muito doente pode se dizer perfeitamente adaptada a essa sociedade degenerada. Nesse sentido, a inquietação, o inconformismo, é que seria sinônimo de inteligência e saúde mental.

A globalização, vista sob seu aspecto meramente econômico, admite apenas a liberdade de tráfego para o capital. Pessoas continuam locais e impedidas de atravessar fronteiras, vide o exemplo trágico dos refugiados, alvo da “piedade” europeia muitas vezes traduzida no afundamento de seus barcos.

Atualmente, o poder político real não está mais nas mãos dos presidentes das nações. Voltamos à era dos faraós, dos reis, dos imperadores. A única diferença é que, hoje, eles sentam em tronos incógnitos. Não se sabe mais quem são os reis e onde estão os seus castelos, porque eles perderam o ancestral orgulho de estar no comando. A nova onda do imperador é não ser admirado, somente temido. A invocação da genealogia e da heráldica tornaram-se anacrônicas e até perigosas para os soberanos num mundo apertado por sete bilhões de pessoas, em grande parte faminta, no qual matar milhares, em caso de convulsão, não é mais assim tão glamouroso. Hoje, nossos novos monarcas se apetecem somente pelo poder e pela riqueza. Alguns poucos, menos cerebrais, à isso acrescentam a vontade da fama.

Os novos reis não possuem um local definido, uma área geográfica, para a ação imperial. No antigo modelo, cada nação representava um pedaço do planeta dominado por seu próprio rei. O poder do rei estava adstrito ao território da nação. Isso é passado. Na atual divisão do poder, território nada mais significa. O comando não mais se divide entre nações e seus territórios, mas entre corporações e seus ramos de negócios. A economia está fatiada e cada uma das fatias representa um reino específico comandado por poucos monarcas absolutos. Há quem sustente que temos atualmente 147 reis, cada um deles comandando as corporações que encabeçam e que, em desdobramento, dominam todas as demais (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-c…).

O poder dos novos reis emana, tanto das riquezas do passado, decorrentes da acumulação primitiva, como das riquezas modernas, obtidas por empreendedorismo e oportunismo. Munidos da força dessas riquezas, manipulam a política como meio de controlar os sistemas monetário e financeiro, ou seja, a toda a economia. Não se trata de uma conspiração, mas de orientação identitária a partir de uma ideia contida no senso comum, de que a riqueza deve ser mantida nas mãos de quem as detém e ampliada ao máximo, independentemente das consequências. Embora não seja uma conspiração, em toda a plenitude da palavra, isso não significa que não se reúnam ocasionalmente para traçar diretrizes comuns. Fazem isso com frequência regular no Fórum Econômico de Davos, na reunião de Bilderberg e em outros grupos menores, mas não menos importantes, como a sociedade Skull & Bones, além de outros, alguns dos quais talvez nem chegue ao conhecimento do público.

Como todo rei, eles precisam de um exército. Esse exército, atualmente, se chama Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos não são "o" império, como muitos pensam. São apenas o soldado do imperador, a interface do poder, a máscara com a qual é encenado o teatro farsesco da democracia e da liberdade. São também a espada de que nos alertava John Adams, com a qual é imposta a vontade absoluta dos reis a todos os países.

Os Estados Unidos, como braço armado dos imperadores, submete a economia mundial à vontade do poder de quatro modos distintos: (a) corrompendo os governos nacionais, (b) mediante a concessão de empréstimos condicionados a exigências futuras virtualmente impossíveis de cumprir, concedidos por instituições como Banco Mundial e FMI, (c) assassinando políticos de países estrangeiros que incomodem ou (d) pelo velho, tradicional e eficaz método de invasão armada.

Independentemente do método, o objetivo é o mesmo: fragilizar a nação-alvo e obrigá-la ao cumprimento da agenda corporativa. Um interesse presente é a venda de ativos do colonizado. A privataria tucana praticada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não possui outra explicação. Um intuito marcadamente presente é o controle de recursos naturais, principalmente o petróleo. Outras vezes, o desejo é instalar bases militares americanas no país. Enfim, a submissão das demais nações é interessante sempre e pelos mais variados motivos, mas principalmente por interesse em recursos minerais ou de proteção aos produtos das corporações internacionais.

Embora na superfície se tratem de solicitações americanas, o interesse subjacente, e principal, é das corporações. Apenas como exemplo, a guerra do Iraque favoreceu empresas de construção e petrolíferas, tendo o governo americano arcado com a totalidade do prejuízo. Na privatização brasileira, foram corporações que se beneficiaram do sucateamento de nossas estatais.

Constitui fato histórico reconhecido que o governo dos Estados Unidos atuou para desestabilizar governos de países soberanos, muitos deles pacíficos e amigos dos americanos, inclusive através de assassinatos políticos.

Foi assim em 1949, quando o governo americano auxiliou o golpe de estado que conduziu Husni al-Za’im ao comando da Síria. Alçado ao poder, Za’im implementou ações em benefício de corporações do petróleo.

Em 1953, os americanos, com apoio dos ingleses, derrubaram Mohammed Mossadegh, que fora democraticamente eleito presidente do Irã. Mossadegh ousou nacionalizar a indústria de petróleo iraniana, até então controlada por uma corporação britânica, porque entendia que essa riqueza mineral deveria beneficiar primeiramente o povo iraniano. Em seu lugar, ascendeu Mohammad Reza Pahlavi, um tirano autoritário, porém simpático ao poderio americano. Reza Pahlavi permaneceu no poder até 1979, quando uma revolução iraniana, liderada pelo Aiatolá Khomeini, o depôs.

Como agiram os americanos nesse episódio? Enviaram um emissário, munido de milhões de dólares, para corromper os adversários políticos de Mossadegh. Mossadegh, um democrata eleito, foi retratado pela imprensa como um tirano, enquanto Reza Pahlavi, um monarca absolutista despótico, era fantasiado de liberal.

Conduzido pela desonestidade da imprensa e por políticos corruptos totalmente desvinculados dos interesses do Irã, o povo aderiu ao golpe a auxiliou na queda de Mossadegh. Tiro no próprio pé, movido pela ignorância e pela fraude.

O modelo utilizado no Irã, contra Mossadegh, torna-se padrão para a derrubada discreta de governos incômodos: envio de poucos emissários americanos, preferencialmente um homem só, com acesso ilimitado a dinheiro, para corromper a imprensa e políticos locais.

O modus operandi é relatado por John Perkins, no livro Confissões de um Assassino Econômico, ele próprio tendo sido um desses agentes infiltrados.

Em 1954, na Guatemala, o governo de Arbenz Guzmán, eleito democraticamente presidente em 1951, desejava realizar uma ampla reforma agrária no país, em benefício de seu povo. Isso, porém contrariava amplamente os interesses de uma corporação americana do ramo de frutas. O governo dos EUA enviou emissários para corromper os políticos da oposição. Novamente a imprensa mundial agiu, passando a imagem de que Arbenz era um agente soviético. Arbenz foi deposto, sendo substituído por uma ditadura militar que atendia aos interesses da corporação prejudicada. Esse é considerado o primeiro dos vários golpes militares patrocinados pelos americanos na América Latina, Brasil inclusive.

Em 1963, no Iraque, o general Abd al-Karim Qasim, que havia liderado um golpe contra monarquia e proclamado a república, foi deposto e preso com apoio dos americanos. Qasim era nacionalista, o que sempre desagrada as corporações. De 1963 a 1968 há uma sucessão de golpes e assassinatos no poder iraquiano, sempre com suspeitas de participação dos americanos, até se estabilizar a presidência nas mãos de Ahmed Hassan al-Bakr do Partido Baath, auxiliado por um jovem político, que se tornará seu vice-presidente em 1979 e, finalmente, dez anos depois, passará a comandar o país, Saddam Hussein.
Saddam se tornaria marionete dos EUA em suas tentativas de derrubar o governo do Irã, iniciadas em 1980, novamente por interesses no petróleo.

Em 31 de março de 1964, João Goulart, democraticamente eleito vice-presidente do país e que assumiu de forma constitucional a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, também sob a pecha de agente soviético e que também pretendia realizar uma reforma agrária no país, foi deposto por um golpe militar apoiado financeiramente pelo governo dos Estados Unidos. Como sempre, em seu lugar assumiu uma ditadura militar, que vigorou até 1984, vinte anos após.

Em 1981, Jaime Roldós, eleito democraticamente presidente do Equador em 1979, morreu num acidente de avião. Existem fortes suspeitas de que o acidente tenha sido obra do governo americano. Roldós, assim como Mossadegh no Irã, desejava, e estava adotando ações para esse fim, que o petróleo equatoriano beneficiasse o povo do Equador, o que desagradou as corporações do petróleo. Afirma-se que, não sendo possível desinstalar Roldós pela corrupção, restou a opção de simular um acidente de avião.

Hugo Chavez, eleito democraticamente para presidente da Venezuela em 1998, reelegendo-se em 2000 e novamente em 2006, foi duramente combatido pelo governo americano, com apoio integral da imprensa venezuelana. O discurso de Chavez era anti-neo-liberalismo e contrário à geopolítica americana. Em sua primeira eleição, Chavez encerrou um ciclo de 43 anos no poder de um conluio de políticos corruptos que englobava os três maiores partidos venezuelanos. Chavez utilizou o imenso poderia da Venezuela no petróleo como uma arma contra os americanos. Novamente um político nacionalista pretendendo utilizar o petróleo para ajudar o próprio povo. O percentual de venezuelanos classificados como pobres despencou de quase metade da população, 49,4% no ano de 1999, para menos de um terço, 27,8% no ano de 2010. A história revela que esse comportamento não agrada às corporações. Por isso, em 2002, com a imprensa totalmente contrária a Chavez, um golpe de estado o depôs, com fortes indícios de participação ativa dos americanos, que imediatamente reconheceram a legitimidade do governo golpista. Entretanto, ante a reação mundial negativa, o golpe foi um fracasso e, três dias depois, Chavez voltou ao poder.

Os exemplos de intervenção americana direta e indireta poderia continuar por longo tempo, como no golpe do Chile em 1973, na Argentina em 1976, na morte de Omar Torrijos do Panamá em 1981, na tragédia do Afeganistão, na invasão do Iraque em 2003, na Nicarágua e em El Salvador na década de 1980, Camboja, Vietnã e etc e etc…

Brasil. 2002. Um partido criado pelos trabalhadores e com origem nitidamente socialista elege o seu candidato para a presidência da república. O político de origem sindicalista e sem formação acadêmica, Luis Inácio Lula da Silva, após três tentativas infrutíferas, finalmente sobe a rampa do Palácio do Planalto, não sem antes se comprometer formalmente a não instalar um governo comunista no país, num documento denominado Carta aos Brasileiros, nítida concessão às corporações.

Lula surpreende os conservadores, pois sob seu governo a economia avança admiravelmente. De fato, no período de 2003 a 2010, o PIB brasileiro apresenta um aumento anual médio de 4% ao ano, enquanto o representante da elite neoliberal, o acadêmico laureado Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos anteriores, obteve somente 2,3% ao ano. No último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, a taxa de desemprego era de 10,5% da população economicamente ativa. Lula a reduz para 5,3%. A arrecadação tributária bate recordes em cima de recordes, não por aumento da tributação, mas como reflexo de um incrível incremento no mercado interno. Lula liquida a dívida brasileira com o FMI e aumenta as reservas de US$ 37,6 bilhões para US$ 288,5 bilhões . A taxa de juros Selic cai de 25% ao ano para 8,75% ao ano. O Brasil atravessa sem grandes danos a maior crise econômica desde 1929, que foi a crise de 2008. O salário mínimo, que teve redução real (descontada a inflação) no governo FHC de cerca de 5%, consegue aumento real de cerca de 54% nos oitos anos do governo petista.

Enfim, Lula surpreendeu positivamente durante os oito anos de seu mandato. Contudo, somente obteve paz no primeiro mandato, de 2003 a 2006. A partir do final do primeiro mandato, todavia, passou a ser alvo de crítica feroz da grande imprensa e dos políticos de oposição, principalmente do próprio PSDB.

O que mudou?

Muitas coisas podem ter provocado essa mudança de atitude. Uma delas, talvez a mais relevante, foi o anúncio da descoberta de imensas jazidas de petróleo na camada do pré-sal, ocorrida justamente em 2006. Segue-se à descoberta o anúncio do governo petista de que essas jazidas de petróleo seriam resguardadas para o interesse nacional, inclusive com a possibilidade de criação de uma estatal específica para elas, a Petrosal, o que desagrada às grandes corporações de petróleo do mundo.

Petróleo, nacionalismo, interesses corporativos, ação desestabilizadora. A história se repete.

Um governo cujo sucesso, até então, e embora com um certo ar blasé, era reconhecido pela imprensa, numa reviravolta passa a ser alvo de uma campanha difamatória impiedosa dessa mesma imprensa. Ilícitos que, quando comprovados em governos passados, sequer mereciam manchetes, passaram a ser estampados na capa de jornais e revistas por meras suspeitas.

Adotou-se a prática da escandalização do banal, da manipulação dos fatos e da culpabilidade por dedução lógica.

O escândalo do mensalão transforma uma prática corriqueira em todos os partidos, incorreta, porém usual, de utilização das sobras do caixa 2 de campanhas para a conquista de apoio político, é manejado para parecer compra de votos. Se foi comprovada a compra de votos para votar a emenda da reeleição da Fernando Henrique Cardoso, obviamente interessado nessa emenda, e nada respingou na reputação de FHC, no mensalão afirma-se a compra de votos para aprovação de leis de interesse público, como leis da previdência e outras, sem que se pare para pensar porque um partido iria adotar tal prática para aprovação de projetos de interesse nacional. E ainda que se comprovasse o pagamento, e isso não foi provado, o erro estaria no partido que compra ou no político que precisa ser comprado para aprovar tais leis?

Sem conseguir evitar a reeleição de Dilma pelo PT, mesmo com o mensalão, a escandalização avança, provocando dissensões no próprio tecido social. Amigos deixam de se falar, parentes se dividem, pessoas brigam nas ruas por conta de opiniões contrárias, cadeirantes são agredidos por se manifestarem a favor do PT, velórios são vilipendiados pelo ódio político, pessoas públicas são agredidas em restaurantes em função de exercerem cargo no governo, sair à rua com uma estrelinha do PT aos poucos vai se transformando numa aventura mortal.

Nada impede a imprensa e um setor menos intelectualizado do PSDB de prosseguir nessa sanha acusatória. O governo se vê envolvido numa trama que envolve a grande mídia, um partido (PSDB) que representa os interesses neoliberais desejado pelas corporações, parcela do Ministério Público Federal e do judiciário federal simpáticos ao PSDB, com alguns de seus componentes inclusive tendo sido nomeados pelo próprio Fernando Henrique Cardoso.

A corrupção sistêmica, que Fernando Henrique Cardoso, recentemente, reconheceu existir desde o seu governo, e que soube e que nada fez pois sabia que isso seria mexer num vespeiro incontrolável, é atribuída ao único partido político que em toda a história brasileira agiu de forma republicana e deixou as instituições funcionarem no combate à corrupção.

Como se diz, o PT torna-se vítima de seu próprio republicanismo.

O povo, conduzido como massa de manobra, não percebe as discrepâncias no discurso oposicionista da moralidade seletiva e se agita contra o partido que forneceu as melhores condições jamais experimentadas pelos trabalhadores e pela parcela menos desfavorecida do país.

Contudo, por mais insana que se apresente a conduta da oposição tucana e da imprensa, não parece provável que assumiriam a possibilidade de causar uma ruptura social no país se não houvessem interesses ocultos muito mais sólidos.

A imprensa parece estar cavando a própria sepultura, ao enterrar sua credibilidade em toneladas de lama desveladas rapidamente pela internet. Um ato de suicídio dessa magnitude não pode representar um mero interesse em se livrar de um partido incômodo. Deve existir algo mais.

Quais são os verdadeiros interesses ocultos por trás desse movimento de desestabilização do governo brasileiro?

A equação possui governo de tendência socialista, petróleo, nacionalismo, escandalização pela imprensa e um partido político que atua de forma contrária aos interesses do próprio país.

Todas as vezes em que esses elementos estiveram presentes na mesma equação, os Estados Unidos da América atuaram em desfavor do governo nacional rebelde aos interesses das corporações.

Não há motivo algum para supor que agora fariam diferente.

Na eleição americana do ano 2000, Al Gore foi nitidamente alvo de uma fraude eleitoral que conduziu Bush filho ao poder. Poderia ter iniciado uma disputa jurídica acirrada para obtenção de recontagem. Republicanamente, porém, abdicou dessa disputa em nome da paz política dos Estados Unidos.

No Brasil, Aécio Neves, coloca a própria ambição política acima de um resultado político justo, honesto e reconhecido pelo seu próprio partido após realizar dispendioso e inútil esmiuçamento nas urnas eleitorais. Isso, todavia, não impede Aécio de assumir essa insanidade vexatória num comportamento que o fez ser apelidado corretamente por Jânio de Freitas de “taradinho do impeachment”.

Aécio Neves, cuja riqueza pessoal em grande parte é devida à ação política oligárquica de sua família e à sua própria atuação política, pois está envolvido na política desde antes de se formar na faculdade, se vende como um paladino da moralidade e da ética para maquiar o que é somente mera ambição política, egolatria e mania de grandeza. Se acha no direito de desestabilizar a nação em nome desses vícios de caráter, sendo ombreado nesse propósito por pessoa vaidosa que pensa incorporar a figura de estadista e de sábio político, Fernando Henrique Cardoso, mas que não revela a grandeza de impedir a luta fratricida que está se iniciando no Brasil.

Todavia, não se vê uma defesa contundente da democracia pelo “parceiro amigo” do Brasil, os EUA, que seriam capazes de adotar ações através das próprias corporações donas dos meios de comunicação brasileiros.

O silêncio dos americanos em relação a assuntos internos de outros países que com potencial de atingi-los, mesmo superficialmente, é revelador, pois sempre foi indicativo, não de neutralidade, mas de incitação, apoio material ou, no mínimo, posição favorável aos revoltosos.

O Brasil sempre foi um empecilho às corporações por sua inclinação a um alinhamento com os países sul-americanos e com outras nações menos privilegiadas.

Isso, por si só, já constitui uma ofensa ao imperialismo corporativo.

A gota d’água foi a política protecionista do pré-sal.

É muito possível, pelo que se extrai dos relatos históricos, que a tentativa de desestabilização do governo do PT, acentuado no governo da Dilma, possua garras de águia habilmente escondidas.

Garras que manipulam marionetes brasileiras.

no blog: http://marciovalley.blogspot.com.br/2015/10/estados-unidos-da-america-por-tras-dos.html

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley | GGN

20/10/2015

Com uma meia verdade pode-se contar uma mentira inteira

Pre-sal (2)José Serra e FHC cumprem, por vias transversas, promessa feita a Chevron no convescote de Foz do Iguaçu. A meia verdade é que entidade dos EUA vão processar a Petrobrás nos EUA. A mentira inteira está em não contar que as informações foram fornecidas por aqueles que dizem investigar a Petrobrás para proteger o patrimônio nacional. Sim, há quem queira quebrar a Petrobrás para entrega-la de bandeja, como Petrobrax, aos EUA. Sim, duas matérias saídas em outros jornais explicam muito bem de onde partiu a mentira de ataque à Petrobrás.

A charge do Santiago, ao lado, foi publicada tão logo se anunciou a descoberta do Pré-Sal. Premonitória, mas evidente. Desde o nascimento da Petrobrás se soube que a sua defesa sempre implica na criminalização dos seus defensores.

Se alguém ainda tinha dúvidas a respeito de quem são os Quinta Colunas atuais, e que sempre houveram no Brasil, basta ver o que saiu ontem, mas que a Folha de hoje sonega de forma olímpica:

Agentes dos EUA recolhem provas da Lava Jato em processo contra Petrobrás
Lava Jato terá ajuda dos EUA para investigar Odebrecht

Não é sintomático que as maiores empresas brasileiras, as únicas em condições de competirem com empresas dos EUA, sejam atacadas por todos os flancos?! Alguém consegue imaginar o serviço de inteligência brasileiro, o MPF e a PF indo aos EUA buscar subsídio para processarem a Coca-Cola, o McDonald’s no Brasil?!

Recentemente a Argentina também foi processada pelos fundos abutres nos EUA. Um juiz, nos EUA eles ou são eleitos pelo voto popular ou são indicados pelo Executivo, Thomas Griesa, deu ganho de causa aos abutres. Alguém ainda há de lembrar da arapongagem dos EUA na Petrobrás, revelada pelo ex-espião da NSA, Edward Snowden?! Eles investigava, no Brasil, dois alvos: Dilma Roussef e a Petrobrás. Bingo! As duas entidades que estão sob ataque virulento dos vira-latas também conhecidos como agentes dos interesses dos EUA no Brasil.

Nós brasileiros, ao contrário dos argentinos, já não dependemos de juiz nos EUA para atuar contra o Brasil…

Pimco e mais três entidades processam Petrobras nos EUA

THAIS BILENKY
DE NOVA YORK

19/10/2015 19h09 – Atualizado às 21h12

Na sexta-feira (16), mais quatro autores passaram a processar a Petrobras na Justiça americana. Um deles é a gestora de ativos Pimco, que abriu uma ação individual contra a companhia na corte de Nova York.

Os outros três autores passaram a integrar a ação coletiva já existente, liderada pelo USS, fundo de pensão inglês. São eles o Tesouro estadual da Carolina do Norte, a entidade que representa aposentados no Havaí e o gestor Union Investment.

A adesão das três entidades à ação coletiva não altera o rito na corte, mas fortalece o pleito. A acusação sustenta que US$ 98 bilhões das ações e títulos da Petrobras foram inflados artificialmente pela companhia ao superestimar o valor de alguns de seus principais projetos. Segundo os autores, a diretoria da estatal tinha conhecimento da prática.

Em tese, todos os investidores que tinham participação acionária na Petrobras no período contemplado (2009 a 2015) são representados pela ação coletiva. A abertura de processos individuais mostra confiança de que os autores serão ressarcidos.

A Pimco, gigante do mercado financeiro, acusa a companhia de inflar preços artificialmente e fazer declarações falsas sobre o valor de ativos e lucros. Afirma também que a Petrobras distorceu informações sobre seus métodos de controle interno de corrupção.

A ação cita os ex-presidentes Maria das Graça Foster (2012-2015) e José Sérgio Gabrielli (2005-2012), além de outros funcionários, por supostamente terem ciência das práticas ilícitas.

Entraram como coautores a gestora Allianz, Western Asset e o fundo de pensão de funcionários da Boeing, entre outros.

A ação diz que o valor da Petrobras caiu de US$ 310 bilhões, em 2008, para os atuais US$ 33 bilhões e que a "integridade" da companhia está em xeque. A Pimco pede indenizações a prejuízos acumulados entre 16 outubro de 2010 e 15 de maio de 2015.

REFLEXOS DA LAVA-JATO

Em junho, a Corte de Nova York negou pedido da Petrobras para encerrar a ação coletiva que pede ressarcimento por perdas com corrupção e informou que as partes deverão se preparar para o julgamento até o dia 1º de fevereiro de 2016.

Com a ação, investidores querem recuperar os prejuízos daqueles que aplicaram em ADRs (recibos de ações na Bolsa de NY) ou em títulos de dívida da Petrobras de janeiro de 2010 a março deste ano.

As ações se iniciaram depois da descoberta do escândalo de corrupção na estatal revelado pela Operação Lava Jato.

18/09/2015

Golpe Paraguaio, agora na Argentina

O Gilmar Mendes argentino foi mais competente que o similar nacional…

Depois da Líbia, Egito, Ucrânia, Síria, a CIA invade a América Latina. Já deu golpe em Honduras e Paraguai. Está ensaiando no Brasil e acaba de encenar na Argentina. Depois do bem sucedido golpe paraguaio, os golpistas latino-americanos se ouriçaram. A histeria do Ministro Gilmar Mendes ontem no STF é sintoma deste viés. A síndrome de abstinência com que o Napoleão das Alterosas tem conduzido seus passos após a derrota nas eleições, se inscreve neste mesmo sentido. O verniz jurídico é uma forma de lavagem, como fazia o HSBC

El voto es lo de menos

Por Mario Wainfeld

La sentencia de la autodenominada “Excelentísima” Cámara Nacional de Apelaciones en lo Contencioso Administrativo de Tucumán es peor que pésima: arbitraria. La diferencia es cualitativa. Hay arbitrariedad cuando los jueces fallan contra el derecho vigente sin sostener una argumentación razonada. La decisión es mero producto de su voluntad aunque tenga el formato de una sentencia.

La consecuencia es una grave situación institucional sin precedentes desde la restauración del sistema democrático en 1983. Las soluciones a las preocupantes secuelas deben buscarse dentro del propio sistema legal que, a pesar de lo que quieran tres magistrados y muchos factores de poder, debe defenderse con sus propias herramientas.

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El autor de esta nota es abogado, recibido en una universidad pública hace más de cuarenta años. Ejerció la profesión durante más de veinticinco. Es, entonces, un profesional formado y baqueteado aunque no pretende ser un jurista, un teórico de alto nivel. Esta columna aspira a la divulgación y por eso ahorra al lector promedio ciertos tecnicismos.

Anular una elección es excepcional: requiere presupuestos de enorme dimensión. En líneas generales, los jueces deben preservar la validez de los actos de otros poderes y, en este caso, del pronunciamiento ciudadano. Todo sistema legal prescribe qué debe hacerse en cada caso si hay dudas o ambigüedades. En esta situación sólo puede anularse el comicio si se violaron las reglas constitucionales de modo flagrante y con efecto en el veredicto popular. Es la proyección concreta de un criterio general: no hay sanción ni condena, menos una nulidad total, sin plena prueba. En concordancia, no se debe condenar penalmente si hay duda ni se debe hacer lugar a una demanda civil por daños si el actor no prueba plenamente los hechos y la responsabilidad del otro.

Los jueces deben limitar su afán intervencionista, imperativo válido hasta para los referís de fútbol.

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Los “considerandos”, esto es, los fundamentos cabales de la decisión, son relativamente cortos. Mucho más escuetos que el relato de los hechos.

No es banal ni cínico preguntarse qué impacto produjeron las circunstancias que la Cámara enumera o el contexto de clientelismo sobre el que divaga. Lo serio y legal es ponderar la gravitación de las anormalidades en el resultado. En este caso, cabe inferir, no se hizo porque es clavado que la cantidad de mesas impugnadas en detalle (aun con fundamentos opinables) ni remotamente puede alterar el resultado final.

En la nutrida historia de elecciones desde 1983, que registra episodios de violencia, falta de boletas, maniobras, cortes de luz, escrutinios suspendidos y otras irregularidades distintos tribunales apelaron a remedios más sensatos y acotados. Por ejemplo a elecciones complementarias en mesas, escuelas o ciudades íntegras.

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Pasemos, casi, por alto la adjudicación de la competencia del Tribunal. La Cámara se la arrogó declarando la inconstitucionalidad de una norma que le deniega entender en este pleito. Todo apesta a “forum shopping”, a que la oposición política provincial eligió un tribunal afín y este validó la maniobra. Pero ese aspecto, que podría sellar la invalidez de la decisión, es quizás menos grave que el fondo de la sentencia, al que dedicaremos más espacio.

Dos ejes sustentan la sentencia. El primero es la existencia de clientelismo que vicia el acto electoral. El segundo, una cantidad de supuestas irregularidades.

La Cámara alude “a las consecuencias enormemente perniciosas que las prácticas clientelares tienen sobre los principios fundamentales del régimen representativo y, en particular, sobre la genuina expresión de voluntad del elector que es su presupuesto”. El alegato es interesante para un coloquio. En Tribunales sólo procede a condición de sopesar cabalmente cuán perniciosas son dichas prácticas, si existen.

El Tribunal, revelando un pobre o nulo conocimiento de la nutrida bibliografía nacional sobre el tema, acumula reflexiones generales, dogmáticas, plagadas de soberbia. Se autoerige en custodia de los sectores “desamparados” a cuyo voto le pasa por arriba. La categorización de “desamparados” no está escrita en ningún texto legal: es un arrebato ideológico, sintomático de las clases dominantes. La compasión –superioridad– niega la autonomía de los sujetos. Enumera algunos hechos tan comunes cuan transversales a todas las fuerzas políticas (la oposición tucumana gobierna San Miguel). Pero ni se esfuerza en valorar cuál es su gravitación en el resultado, ni siquiera en el plano más especulativo.

Su fundamento es que las prácticas clientelares vician irreparablemente el comicio.

No entraremos acá a discurrir a fondo sobre el clientelismo ni aun polemizar sobre el uso opinable de ese vocablo. Cualquier abordaje comprueba que no se habla de una acción aislada sino de un sistema de relaciones. Sea que se la apode “clientelismo” o sea que se elija una taxonomía más compleja y seria no es una praxis que surge y se extingue en las jornadas electorales. Si Tucumán padece “clientelismo” que ejerce el efecto de mancha venenosa, el contexto continuará dentro de semanas o meses, cuando deberían realizarse las nuevas elecciones que la sentencia impone. La proyección de lo resuelto (o de la cosmovisión que lo nutre) es que nunca podrá votarse en Tucumán con la libertad hipotética que “exigen” los magistrados.

La relación entre los votantes, los punteros, los dirigentes locales y las autoridades puede y debe analizarse, eventualmente criticarse. Su solución o tratamiento no es potestad de un patriarcado de clase, de una elite endógama, (los jueces en general) sino de la emancipación popular que les ajena.

Aseverar que los pobres son esclavos, masas inermes o que su voluntad ha sido subyugada por la entrega de un puñado de bienes se asemeja demasiado a la narrativa de ciertas fuerzas o referentes de la derecha argentina.

La viga fundante del fallo es antojadiza, tributaria de una perspectiva aristocrática y sesgada de la sociedad. Cero análisis empírico hay acerca del efecto en la elección anulada. Sobre eso debían expedirse los jueces sin hacer (se dice en sentido figurado) ejercicio ilegal de las ciencias sociales.

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Lo primero que revela la reseña del fallo sobre incidentes e irregularidades es la enumeración de las mesas supuestamente viciadas. Son un puñado, irrelevante para torcer la diferencia final.

Hay una perla reveladora cuando se habla de la quema de urnas y otros actos vandálicos. Se omite que está probado que, cuanto menos en parte sustantiva, los cometió un dirigente de la oposición que promueve el amparo y lo gana. La Cámara no se da por enterada del hecho que por ser “notorio” (sabido por la opinión pública) tiene el deber de conocer y valorar. Tal vez se deba a que su fuente de información son programas de televisión y notas de la prensa hegemónica que encubrió el dato. Los magistrados premian la conducta aviesa de quien ensució el comicio y reclama su nulidad. Desconocen que nadie puede alegar su propia torpeza y que la mala fe no debe ser premiada.

Corresponde investigar esas y otras anomalías, investigarlas, sancionarlas si son delitos pero no extrapolar o des dimensionar sus consecuencias concretas.

Exorbitante es la sentencia, un precedente antidemocrático. Les viene como anillo al dedo a quienes están generando un escenario pre golpista, con el ansia casi confesa de descalificar un resultado nacional si el candidato oficialista Daniel Scioli gana “apretadamente” por más de diez puntos y superando el cuarenta por ciento de los votos.

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Corre el plazo para recurrir a la Corte Suprema provincial. Se actúa contra reloj: es factible que no haya tiempo para que se expida antes de la fecha fijada para el cambio de autoridades. En Tribunales, el que quiere demorar o dilatar usualmente gana. He ahí el primer objetivo de la oposición nacional y tucumana.

Cabe suponer –porque es lo ajustado a derecho y por su composición– que la Corte provincial revocará la decisión. La oposición podría plantear recurso extraordinario ante la Corte Suprema nacional. Este no es automático como una apelación común. Puede considerarse improcedente, lo que primero dirime el supremo tribunal provincial y en definitiva el nacional. Si el provincial rechazara el recurso podría quedar un lapso en que la sentencia que comentamos quedara sin efecto, suspendida. En ese plazo, podría asumir José Manzur.

Lo más verosímil es que no se llegue en fecha y que la provincia quede acéfala en octubre. Una indeseable intervención federal es un desenlace factible que puede devenir inevitable. Todos los escenarios lucen insatisfactorios. Son consecuencia de la irresponsabilidad de la Cámara. Se discute si los jueces deben tomar en cuenta las consecuencias sociales y políticas de sus decisiones o si deben ignorarlas con olímpico desdén. Es un bizantinismo de juristas, enfrascados en su arrogancia y torres de cristal. Max Weber lo expresó mejor: todos los que hacen política son responsables de las consecuencias de sus acciones, aun de las no queridas (que no es el caso). Una grave conmoción deriva de la arbitrariedad.

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Entre tanto la Cámara Nacional Electoral Nacional ha ordenado medidas para preservar y mejorar las elecciones de octubre. Puede discreparse parcialmente aunque todas son sistémicas y ponderadas. Algunos ejemplos son mejorar la dotación de autoridades de mesa, la expedición de certificados, precaver que se sustraigan o escatimen boletas, capacitar a los ciudadanos.

Una movilización ciudadana que incluya a fiscales aguerridos debería sumarse al combo de movidas.

El autor de esta nota no concuerda con la mirada política de los camaristas nacionales, que cuestionó en una nota reciente. Nobleza obliga: lo que hacen hasta hoy es manejarse dentro del sistema, valerse de su experiencia para evitar problemas conocidos, con acciones reformistas y factibles. Claro que son camaristas electorales y no una terna de improvisados cuya mala praxis armoniza, en chocante sintonía, con un clima desestabilizador al que contribuyeron.

mwainfeld@pagina12.com.ar

Página/12 :: El país :: El voto es lo de menos

16/09/2015

FinanCIAdores ideológicos da perseguição à Lula

anaueOs grandes veículos de comunicação publicam para agradar quem os finanCIAm. Por isso, em nenhum destes veículos encontrará algum tipo de cobrança à Volkswagen por ter participado ativamente na ditadura. Seria mero acaso a atual aliança da Volks com a CBF, outra entidade íntegra…

A Volks, assim como outros 70 grandes empresas brasileiras, se aliaram aos ditadores para imporem violência e morte aos brasileiros. São os mesmos que finanCIAm o MBL.

Há um documentário que mostra como a CIA funcionava na América Latina: “Inimigo do meu inimigo”. Por meio deste documentário fica-se sabendo que Klaus Barbie, o açougueiro de Lyon, foi recrutado pela CIA para desestabilizar governos populares na América Latina.

Já em 2005 o melhor jornal argentino, Pagina12, denunciava: “En los ’60 y ’70, empresas de primera línea cooperaron con las dictaduras de Brasil y Argentina para reprimir a sindicalistas.” No Brasil, quando se trata de punir criminosos há sempre a possibilidade de eles contarem com um Geraldo Brindeiro, um Gilmar Mendes ou um Rodrigo de Grandis para a impunidade.

A matriz paulista do nazi-fascismo

No Brasil não foi diferente. Além das 6 malas de dólares com que a CIA, via FIESP, comprou o General Amaury Kruel, também houve a participação direta do chefe do campo de extermínio de Treblinka durante o nazismo, Franz Paul Stangl, via Volkswagen, no Dops paulista.

Não é mera coincidência que o maior foco golpista esteja em São Paulo. Lembremos do sequestro do Abílio Diniz, quando a polícia paulista vestiu a camisa do PT no sequestrador para botar a culpa no Lula. O então presidente da FIESP, Mário Amato, falou que “Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o País.” O movimento CANSEI, do João Dória Jr, também patrocinado pela Philips, também é de São Paulo. O MBL é da terra da garoa. Sem contar a TFP do Plínio Corrêa de Oliveira e o movimento integralista, do Plinio Salgado. Os reis dos camarotes vips do Itaquerão, que xingaram Dilma na abertura da Copa do Mundo de 2014, foram patrocinados por ilustres empresas paulistas: AMBEV, Multilaser e Banco Itaú.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/38816/cnv+sistema+da+volkswagen+para+vigiar+funcionarios+na+ditadura+foi+criado+por+criminoso+nazista.shtml

Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal por colaborar com a ditadura

Metalúrgicos são rendidos e presos por fazerem greve, durante os anos de chumbo da ditadura. ICONOGRAPHIA/MEMORIAL DA DEMOCRACIA

Metalúrgicos são rendidos e presos por fazerem greve, durante os anos de chumbo da ditadura. ICONOGRAPHIA/MEMORIAL DA DEMOCRACIA

Da RBA

A Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, na próxima terça-feira (22), por colaboração e apoio à repressão durante a ditadura civil-militar de 1964. O coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação, formado por integrantes de centrais sindicais, movimentos sociais e outras entidades, farão a denúncia com base em documentos que comprovam a participação da montadora em casos de tortura e violação dos direitos dos trabalhadores.

A expectativa é que o MPF aceite a denúncia e que a empresa reconheça sua responsabilidade institucional, por meio de pedido de desculpas e indenização das vítimas. Processo semelhante foi adotado por outros países, como a Argentina e a Alemanha, por exemplo.

Em entrevista à repórter Camila Salmazio, da Rádio Brasil Atual, Álvaro Egea, advogado e secretário da CSB, relata vários episódios em que a empresa agiu em apoio à repressão. Um dos casos envolveu o ferramenteiro Lúcio Belantani, que foi detido sob acusação de conspirar contra o regime, e começou a ser torturado ainda nas dependências da montadora. Egea conta que Lúcio ficou 42 dias preso e incomunicável nas dependências do Dops, e era levado à fábrica para que delatasse os demais companheiros, tudo isso com a anuência do chefe de segurança da Volkswagen.

“É importante que uma grande corporação como a Volkswagen, que tem muitos acionistas na Alemanha que vão acompanhar isso, seja chamada à responsabilidade. Primeiro, para reconhecer os seus erros; segundo, para pedir desculpas, pedir perdão aos trabalhadores e ao povo brasileiro, e por fim, para indenizar suas vítimas”, detalha o advogado.

O coletivo também confirmou a existência de uma lista de nomes de lideranças sindicais ativas na luta contra a repressão, que era compartilhada pelas empresas do cinturão industrial de São Paulo, para impedir que conseguissem empregos. Segundo Egea, além de fazer uso dessa lista, a Volkswagen “secretariava” as reuniões em que os nomes eram discutidos. “Há evidências documentais muito concretas da participação da Volkswagen não só na repressão dos seus trabalhadores, mas como na delação e colaboração estreita com os órgãos de repressão.”

O trabalho do coletivo é realizado desde janeiro, dando continuidade às apurações realizadas no âmbito da Comissão Nacional da Verdade, que investigou crimes e violações cometidas durante a ditadura civil-militar também no movimento sindical.

Para Egea, ações como as denúncias propostas agora contra a Volkswagen, que visa a identificar e responsabilizar responsáveis por torturas, é uma forma de completar o processo de transição da ditadura para a democracia. Ele pede também que o Supremo Tribunal Federal reveja a interpretação da Lei da Anistia, para que os torturadores sejam punidos. O advogado diz ainda que outras empresas, como a Petrobras, a Embraer, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, de Santos) e o Metrô de São Paulo também devem ser denunciados por colaboração.

“A democracia formal foi conquista. Agora, a punição aos torturadores, o processo de busca da verdade, o processo de preservação dessa memória, de autoeducação da sociedade brasileira, esse processo ainda está em curso.”

Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal por colaborar com a ditadura « Sul21

23/08/2015

Jornal argentino mostra quem finanCIA o golpe no Brasil

EUAGloboNão podemos esperar nada da velha mídia brasileira. Aliás, podemos esperar o de sempre, o golpismo rasteiro para beneficiar seus finanCIAdores ideológicos. O jornal argentino Pagina12 mostra quem são os maiores interessados na quebra da Petrobrás e, por conseguinte, desencadear uma crise econômica  para quebrar o Brasil. Não é mero acaso que a descoberta do pré-sal tenha coincidido com a revelação de Edward Snowden de que a NSA estava, como se já não bastassem os serviços de William Waack, grampeando Dilma e a Petrobrás.

Os mesmos interesses, cujo nome é Consenso de Washington, que enterraram a América Latina de Fujimori, Menem e FHC, voltam as baterias para uma nova tentativa de implantar a ALCA. No Brasil a ponta de lança destes interesses está a tentativa de entregar a Petrobrás, conforme projeto de lei perpetrado por José Serra, à Chevron. Álias, coerente com a promessa da campanha de Serra nas eleições de 2010. Até mesmo FHC, em convescote em Foz do Iguaçu, prometeu entregar a Petrobrás aos EUA. O golpe paraguaio se insere nessa louca cavalgada do golpismo made in USA.

El proyecto para Brasil

Por David Cufré

El proyecto económico detrás de las manifestaciones masivas de las últimas semanas contra el gobierno de Dilma Rousseff tiene como uno de sus objetivos prioritarios desandar el camino de la integración regional. En lugar de la alianza con Argentina, Uruguay, Paraguay y Venezuela, una cúpula empresaria de Brasil quiere reemplazar al Mercosur por acuerdos de libre comercio con la Unión Europea y Estados Unidos, sin restricciones ni condicionamientos de los antiguos socios sudamericanos. La movida es alimentada por los grandes medios de comunicación, que transmiten un mensaje monolítico a favor de profundizar las políticas neoliberales. Describen al bloque regional como un lastre, que impide al país despegar hacia el mundo. También le atribuyen una cuota de responsabilidad en la crisis económica, que cada vez es más grave. La salida, dicen, es apostar a nuevos socios comerciales para aumentar las exportaciones, al mismo tiempo que se avanza con señales hacia los mercados financieros, como un ajuste fiscal más severo, la anulación de impuestos al patrimonio, la suba de la edad jubilatoria, el arancelamiento de la salud, una reforma para achicar el Estado y la venta de activos públicos, como edificios y tierras de las fuerzas armadas. Todo ello debería seducir a capitales extranjeros para invertir en el país. Los actores sociales que impulsan esa vuelta de tuerca ortodoxa son los mismos que en Argentina sueñan con un modelo agroexportador, de apertura comercial y desregulación financiera y cambiaria: grandes productores agropecuarios, especialmente de soja y ganado (Brasil se ha convertido en una potencia mundial en ambos casos), sectores vinculados a la banca internacional; el establishment industrial con compañías globales, y una clase media y media alta de grandes ciudades que a pesar de haber sumado ingresos con los gobiernos del PT, no logra convivir con las clases populares que ascendieron gracias a las políticas de redistribución.

Una diferencia sustancial entre Brasil y la Argentina, que agrava las cosas, es que los gobiernos de Lula y Dilma nunca rompieron con el paradigma neoliberal. El país vecino no tuvo un 2001/2002 que enterrara a los años ’90 en el descrédito. Los avances sociales se produjeron gracias a políticas específicas, como el Bolsa Familia, y a la promoción del consumo y el empleo en las etapas de auge económico, promovidas por la suba de los precios internacionales de las materias primas. A eso se suma que el segundo mandato de Dilma arrancó el 1º de enero pasado echando por la borda promesas electorales desarrollistas y nombrando en su gabinete a referentes del proyecto neoliberal del agro y de la banca: Joaquim Levy en Hacienda, doctorado en Chicago, ex funcionario del FMI y director del Banco Bradesco hasta 2014, y Catia Abreu en Agricultura, ex presidenta de la Confederación Nacional de la Agricultura, la Sociedad Rural brasileña. Esta última dijo en junio, en una reunión en Bruselas con la Unión Europea, que Brasil debería firmar un acuerdo de libre comercio con ese bloque sin esperar el consentimiento del Mercosur. El sacudón obligó al gobierno de Rousseff a bajarle el tono, pero la propuesta reapareció la semana pasada por parte del presidente del Senado, Renan Calheiros, uno de los líderes del PMDB, quien hasta ahora mantenía una alianza con el PT pero que en este momento luce al borde de la fractura.

Calheiros se reunió con Levy y le presentó una carta de veinte puntos con los postulados neoliberales, algunos de los cuales se mencionaron más arriba: reducción del impuesto a la herencia, achicamiento del Estado, reforma laboral, flexibilización regulatoria para el sector de la minería, creación de una institución autónoma encargada de auditar la política fiscal, incentivos a la repatriación de capitales y nuevas exigencias para cobrar planes sociales, entre otros. Uno de los puntos dice textualmente: “Acabar con la unión aduanera del Mercosur a fin de posibilitar que Brasil pueda firmar acuerdos bilaterales sin depender del apoyo de los demás miembros del bloque regional”.

La canciller alemana, Angela Merkel, fue recibida anteayer por Dilma en Brasilia con honores de Estado, propios de la jerarquía de la visitante, pero también reflejo del momento político y de las presiones económicas que se viven en el principal socio comercial de la Argentina. La virtual jefa de la Unión Europea sostuvo: “Hay empresas alemanas que quieren y están dispuestas a invertir en Brasil, pero para ello se necesitan condiciones de inversión confiables”. La traducción del idioma diplomático a hechos concretos es dejar de lado la integración latinoamericana para afianzar nuevos lazos con las grandes potencias occidentales.

Eduardo Crespo, prestigioso profesor de la Universidad Federal de Río de Janeiro, analiza con su mirada argentina el proceso brasileño. Considera que los movimientos desestabilizadores contra el Gobierno que se expresaron en las marchas –de perfil “cacerolero”, con una potencia y una masividad nunca antes vistas para la sociedad brasileña– tienden a replegarse. Esto es así, estima, porque el poder económico y buena parte del poder político en la oposición prefieren que Dilma haga el trabajo sucio. Es decir, que implemente aquellos veinte puntos de cepa neoliberal, vaya para atrás con el Mercosur y cierre acuerdos con Europa y Estados Unidos. Y mientras tanto, la seguirán desgastando con las causas de corrupción, a ella y a su eventual sucesor, Lula da Silva. En 2018, la oposición tendría el camino allanado para ganar las elecciones, y el PT quedaría como responsable de la crisis ante la sociedad.

Algo de eso ya se vio con la estigmatización que está haciendo la prensa dominante –mucho menos plural que la argentina– del ex ministro de Hacienda Guido Mantega. El funcionario asumió con Lula en marzo de 2006 y permaneció hasta el final del primer mandato de Dilma, el 31 de diciembre último. Su gestión, como ya se dijo, mantuvo la impronta ortodoxa en términos fiscales, monetarios y cambiarios, aunque en comparación con su antecesor, Antonio Palocci, y su sucesor, Levy, parece un moderado. Eso les basta a los grandes medios para tildarlo de heterodoxo –aunque esté a años luz de Kicillof, para medirlo con la vara nacional– y culparlo de todos los males. “Levy tiene que arreglar los desastres que dejó Mantega”, instalan diarios y canales de televisión. No importa que el violento ajuste fiscal que impuso el actual ministro haya hundido a una economía que ya venía en caída, la responsabilidad se atribuye al “heterodoxo” Mantega.

En esa línea, hay sectores empresarios que aspiran a forzar una privatización de Petrobras, conmocionada por las denuncias de corrupción. Grandes petroleras del exterior están igualmente detrás de esa presa.

Por ahora no surgió en Brasil una reacción popular en defensa de sus intereses, y no será fácil que ocurra porque el partido político que solía representarlos, el PT, está embanderado con las políticas de ajuste. El panorama, así, es sombrío para el proyecto que cobró fuerza hace más de una década en Mar del Plata, cuando la región le dijo no al ALCA y avanzó en su integración. Será un desafío para Daniel Scioli, si se impone en las elecciones, convivir con un Brasil que en lugar de mostrarse como aliado tiene vocación de afianzar otras relaciones. Y si el ganador es Macri, los sueños de un proyecto nacional, popular y latinoamericano quedarán nuevamente en stand by. Ese es el proyecto que el establishment brasileño, Europa y Estados Unidos tienen para la verde-amarela.

Página/12 :: Economía :: El proyecto para Brasil

18/05/2015

Jornal argentino descobre o que sempre soubemos: FHC é um mercenário!

Las opiniones de Cardoso son apreciadas por Washington, según los archivos revelados por Wikileaks.

Imagen: EFE

EL MUNDO › EN BRASIL, EL EX PRESIDENTE CARDOSO REDOBLO SU APOYO A LA OPOSICION VENEZOLANA

La diplomacia paralela no descansa

Lilian Tintori y Mitzy Capriles, esposas de los opositores presos López y Ledezma, fueron recibidas por Cardoso, quien se comprometió a visitar Venezuela. Para los socialdemócratas es urgente erradicar la política “ideológica y bolivariana”.

Por Darío Pignotti

Página/12 En Brasil

Desde Brasilia

De San Pablo a Nueva York, con la atención puesta en Caracas. El ex presidente y efímero ex canciller Fernando Henrique Cardoso ha redoblado su apoyo a la oposición venezolana procesada por instigar a la insurrección armada, sumándose a las presiones encabezadas por el español Felipe González, considerado persona no grata por las autoridades caraqueñas.

Cardoso y González, jefe del gobierno español hasta mediados de los años ’90, integran el Club de Madrid, embarcado en una escalada contra el gobierno de Nicolás Maduro, al que acusan de violar los derechos humanos por la detención de Leopoldo López y Antonio Ledezma.

La visita de Cardoso a Venezuela quedó por lo pronto suspendida, dado que Felipe González frenó provisoriamente el viaje que estaba agendado para hoy, según las informaciones recogidas al cierre de esta crónica.

“No no nos equivoquemos, el Club de Madrid no es Felipe González, ni José María Aznar, ni Alvaro Uribe, ni Fernando Henrique Cardoso, el que realmente lo dirige es Obama, él es el dueño de ese circo”, afirmó el defensor del Pueblo de Venezuela, Tarek William Saab, en diálogo con Página/12, cuando aseguró que su gobierno respeta las garantías de los presos.

Lilian Tintori y Mitzy Capriles, esposas de los opositores presos López y Ledezma, fueron recibidas por Cardoso en el instituto que lleva su nombre, en San Pablo. Durante el encuentro Cardoso se comprometió a visitar Venezuela, informó ayer el sitio de noticias UOL, del diario Folha de S. Paulo. Se llegó a especular con que el líder histórico del Partido de la Socialdemocracia Brasileña (PSDB) podría viajar desde Nueva York, donde recibió el premio a la personalidad del año junto Bill Clinton, con quien cultiva una amistad desde los tiempos en que ambos eran presidentes.

Diez días atrás Brasil fue escogido por los enemigos de Maduro para una ofensiva diplomática que incluyó un encuentro con Aécio Neves, candidato presidencial del PSDB en 2014. El senador Neves calificó como “bochornosa” la posición de Dilma Rousseff ante la crisis venezolana y anunció que viajará al país caribeño junto a otros parlamentarios.

Rousseff es parte del Grupo de Amigos de Venezuela, junto a Colombia y Ecuador, creado a instancias de la Unasur, que trabaja para descomprimir la crisis y la realización de elecciones parlamentarias este año.

Para Neves Venezuela vive bajo una “dictadura”, circunstancia que legitima cualquier estrategia para desalojarla del Palacio de Miraflores, una posición en la que no se disimula el apoyo a la desestabilización violenta que en 2014 dejó 43 muertos, en su mayoría militantes chavistas y miembros de las fuerzas de seguridad.

Cardoso también ha pedido mano dura con Maduro y llegó a decir que el Palacio del Planalto –presidencia– ha sido “omiso” ante Maduro. Las opiniones de Cardoso son apreciadas por Washington, según se desprende de varios documentos liberados por Wikileaks en los que se liberaron reportes diplomáticos. Según indican esos papeles, hubo varias reuniones de funcionarios norteamericanos en el Instituto Fernando Henrique Cardoso, y en algunas fue analizada la situación de Venezuela y cuestionada la posición “tolerante” de los gobiernos del Partido de los Trabajadores.

En otros encuentros entre norteamericanos y dirigentes socialdemócratas hubo opiniones críticas sobre la legislación petrolera que fortaleció a Petrobras. Y los interlocutores del PSDB prometieron trabajar para reformarla y garantizar más ventajas a las multinacionales.

Lula y Correa

Los gestos de Cardoso, Neves y la derecha brasileña en respaldo a la oposición venezolana se inscriben en una serie de movimientos dirigidos a lo que el ex presidente Lula denominó como intento de restaurar “un nuevo ciclo conservador” en la región. Lula admitió el riesgo de que las fuerzas conservadoras retomen el poder en una región conmocionada por intentos de desestabilización de gobiernos constitucionales.

Coincidió con el alerta pronunciado recientemente por el mandatario ecuatoriano Rafael Correa sobre los ataques lanzados contra “los gobiernos progresistas de nuestra América que están tratando de cambiar las cosas”.

Cardoso tuvo conceptos severos contra los gobiernos del PT al recibir la condecoración en Nueva York y esta semana posiblemente acusará a Lula de haber tenido conocimiento de casos de corrupción, según adelantó ayer el diario Folha de S. Paulo.

Para los socialdemócratas es perentorio erradicar esta política externa “ideológica y bolivariana”, al tiempo que legisladores de esa agrupación exigen la creación de una comisión que investigue el préstamo del Banco Nacional de Desarrollo Económico y Social para construir el puerto de Mariel en Cuba, inaugurado este año por los presidentes Rousseff y Raúl Castro. “Los conservadores están criticando el financiamiento del puerto de Mariel y del aeropuerto de Caracas, ellos tienen una visión de la política internacional marcada por la sumisión (a Estados Unidos)”, disparó Lula refiriéndose a Cardoso y los suyos, pero sin mencionarlos. Lo hizo durante un seminario junto al secretario general de Unasur, Ernesto Samper, que recordó la “pesadilla neoliberal” de los años ’90 y su efecto pernicioso para la integración.

A las discrepancias entre Lula y Cardoso se las puede entender en el contexto de una disputa mayor sobre el destino de la integración regional.

Cardoso no hesita en inclinarse por el modelo de librecambista subordinado a Estados Unidos que defendió en su reciente gira por aquel país.

Incluso, según lo han manifestado algunos economistas que integraron el gobierno cardosista (1995-2003), como André Lara Resende, mientras defienden retomar las negociaciones para un Aérea de Libre Comercio de las América. Neves llegó a calificar de “anacrónico” al Mercosur y prometió revisarlo si hubiera sido electo en los comicios de 2014, en los que resultó vencido por Dilma.

Durante el evento encabezado por Lula y Samper en San Pablo hubo cuestionamientos al Banco Interamericano de Desarrollo y al Banco Mundial. “Estoy comenzando a pensar que los chinos pueden resolver nuestros problemas de financiamento en América del Sur, dado que ni el Banco Mundial ni el Banco Interamericano de Desarrollo liberan recursos suficientes”, afirmó Lula. Precisamente mañana Dilma Rousseff recibirá en Brasilia al primer ministro chino, Li Keqiang, con quien analizará inversiones chinas en infraestructura del orden de los 53.000 millones de dólares.

Página/12 :: El mundo :: La diplomacia paralela no descansa

13/05/2015

FHC, nosso homem nos EUA, todos os anos

Filed under: Bill Clinton,Capacho,CIA,EUA,FHC,Ventríloquo — Gilmar Crestani @ 8:38 am
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FHC DepedenteUma tradição que se mantém desde os velhos tempos do velho Bill, os EUA adoram homenagearam seus serviçais. Principalmente os ventríloquos e capachos, que obrigam diplomatas tirar os sapatos para entrar naquela Casa Grande. Em situação normal, diria que FHC sofre da Síndrome de Estocolmo, mas o caso está mais para Complexo de Vira-Lata. Basta que veja o vídeo em que Bill Clinton espinafrou FHC em público!

A valorização de FHC nos EUA é inversamente proporcional ao seu tamanho eleitoral onde o conhecem de cor e salteado. Lá, um gigante latino; aqui, um anão patético. Parafraseando Ronaldo Caiado quando falou de seu colega de DEM, FHC é um homem à procura de um patrocinador.

A melhor notícia é que FHC conseguiu botar na comitiva todos os seus eleitores brasileiros. A segunda melhor notícia é que enquanto estavam lá, o interesse da CIA pelo narcotráfico deslocou-se para a Venezuela.

A Folha poderia ter relembrado seu leitores dos principais escândalos envolvendo FHC e os EUA, como a tentativa de entrega da Base de Alcântara aos EUA, o escândalo envolvendo o SIVAM e a Raytheon, a tentativa de entregar a Petrobrax à Chevron. Sem contar o “auxílio” do Bill Clinton para que o pires de FHC voltasse com FMI com os caraminguás que garantiriam sua reeleição

A teoria desde sempre defendida por FHC é por demais elucidativa: seríamos tantos mais independentes quanto mais dependêssemos dos EUA. É a tal de teoria da dependência. Para FHC, ser independente é depender dos EUA! Francamente, precisa desenhar?!

Mas como vivemos um momento de Lumpenjornalismo, o que era para ser informação vira hagiografia.

Homenageado nos EUA, FHC critica política econômica

Tucano diz que petistas acreditaram em ‘mágica’

GIULIANA VALLONEDE NOVA YORKVERA MAGALHÃESENVIADA ESPECIAL A NOVA YORK

Em discurso a empresários, diplomatas e à alta cúpula do PSDB, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou nesta terça-feira (12) a política econômica da presidente Dilma Rousseff.

Ao receber o prêmio "Pessoa do Ano", da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos, em Nova York, o tucano afirmou, sem citar o nome da petista, que o governo interpretou a política de conjuntura, adotada após a crise mundial de 2008, "como um sinal para fazer marcha à ré".

fhc submisso"Paulatinamente fomos voltando à expansão sem freios do setor estatal, ao descaso com as contas públicas, aos projetos megalômanos que já haviam caracterizado e inviabilizado o êxito de alguns governos do passado."

De acordo com FHC, o governo acreditou que haveria "fórmula mágica para o crescimento econômico". "O castelo de cartas desfez-se ao sopro da realidade", afirmou.

Na fala, FHC traçou um histórico das relações entre Brasil e EUA e fez um paralelo entre seu período e o momento atual do país. Criticou a corrupção, a que chamou de "práticas que a melhor eufemismo são ditas no Brasil como não republicanas".

"Tão grave quanto este desvio das boas práticas foi a pretensão de sustentar o poder a partir de políticas de hegemonia partidária pregada e posta em ação por grupos que se autodenominam como de vanguarda", afirmou.

FHC foi aplaudido com entusiasmo ao criticar o silêncio do Brasil diante do autoritarismo na Venezuela e do terrorismo do Estado Islâmico.

O evento homenageou ainda o ex-presidente americano Bill Clinton, que saudou a amizade com o tucano em seu discurso. Lembrou de quando se conheceram, em 1994, e afirmou que o tucano fez um governo "extraordinário".

"E ei-nos aqui, juntos no futuro", afirmou. "Poder é difícil de obter, difícil de exercer. O que define parceria é dividir sonhos, projetos. Fernando Henrique foi para mim esse parceiro", afirmou.

Entre os políticos presentes estavam os governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Pedro Taques (PDT-MT), os senadores tucanos Aécio Neves, José Serra e Tasso Jereissati e deputados de várias siglas.

A jornalista Vera Magalhães viajou a convite do grupo Lide

    27/04/2015

    Se quiseres saber sobre o Brasil, acesse sites de fora

    É inacreditável, mas se quisermos mais notícias sobre o Brasil temos de procurar em sites de fora. Na DW, BBC, Pagina12 e outros. No Brasil, só malhação para esconder a incompetência tucana.

    As acusações contra Dilma visam unicamente esconder os paupérrimos governos do PSDB, de Aécio Neves em Minas, de Geraldo Alckmin em São Paulo e de Beto Richa no Paraná. Vimos isso também no RS, com Yeda Crusius, e a RBS escondendo a Operação Rodin.

    A RBS também esconde a Operação Zelotes e a Operação Pavlova, coincidentemente, envolvida em ambas.

    Por que a mídia brasileira não fala da participação da CIA na marcha dos zumbis? Claro, a CIA é finanCIA o Instituto Millenium. Os grupos mafiomidiáticos são, e sempre foram, parceiros da CIA e dos EUA. O MBL é um movimento inteiramente finanCIAdo por empresas norte-americanas.

    “La Inteligencia golpista que está actuando en América del Sur no se limita a la Inteligencia de cada país”, dijo el diputado Machado.

    SUBNOTAS

    EL MUNDO › SIBA MACHADO, DIPUTADO DEL PT DE BRASIL, AFIRMA QUE LOS INTENTOS DESESTABILIZADORES RECIBEN AVALES DEL EXTERIOR

    La CIA y su simpatía con la campaña contra Dilma

    El dirigente petista Machado habla de la proximidad entre el opositor Aécio Neves y dirigentes venezolanos acusados de conspirar contra Maduro. Y desconfía del uso que se hace de la información que EE.UU. robó al Estado brasileño.

    Por Darío Pignotti

    Página/12 En Brasil – Desde Brasilia

    ¿Washington respalda al movimiento sedicioso contra Dilma?, preguntó este diario a políticos y académicos que invariablemente respondieron “sí”, pero casi todos a condición de anonimato. Algunos lo solicitaron alegando carecer de pruebas, otros posiblemente por temor al azote de la prensa, donde se ridiculizan las especulaciones sobre la injerencia norteamericana.

    Brasil vive bajo un estado de sitio mediático, donde se difama sumariamente a cualquiera que apoye al gobierno, denuncie el golpe blando o insinúe que éste recibe apoyo externo. El jefe del bloque de diputados del PT, Sibá Machado, no se amilana ante las críticas de la prensa tradicional y responde sin dobleces cuando se lo indaga sobre la eventual conexión norteamericana. “Hay que ser inocente para suponer que la campaña de desestabilización no recibe algún tipo de apoyo de afuera. Me llama la atención que nadie en los medios investigue ese tema, cuando es bastante lógico pensar que todo esto está manipulado desde muy arriba.”

    –¿Muy arriba significa la Inteligencia norteamericana?

    –Ya he dicho y sigo diciendo que trabajo con la hipótesis de que la Inteligencia golpista que está actuando en América del Sur no se limita a la Inteligencia de cada país. Estamos ante intereses que vienen de afuera de la región en represalia a que varios gobiernos sudamericanos asumieron una línea de mayor independencia frente a Estados Unidos. Miremos lo que está pasando en Venezuela, en Brasil, en Argentina. Vemos bastante semejanza en las acciones contra sus gobiernos, en el lenguaje utilizado, en el papel de los grandes medios, el papel jugado por el Poder Judicial.

    Si miramos hacia atrás tenemos más ejemplos, como el golpe contra Hugo Chávez (2002), el golpe con maquillaje institucional contra el presidente paraguayo Fernando Lugo (2012) y acá también lo estamos viendo ahora cuando la oposición busca el parecer de juristas para justificar el impeachment (juicio político) contra la presidenta Dilma.

    –¿Hay documentos sobre la participación de la CIA y la NSA?

    –No tengo documentos, repito que estoy formulando un razonamiento a partir de antecedentes y elementos políticos. Yo trabajo con la hipótesis de que la CIA y otros órganos de Inteligencia como la NSA están operando, eso es algo que se nota. Y esta desestabilización regional tiene su motivación particular en Brasil, donde el PT ganó cuatro elecciones consecutivas desde 2002. Vamos a hacer un repaso. A los norteamericanos no les cayó bien que Dilma suspendiera la visita de Estado a Washington (2013) debido a las filtraciones que sufrió de parte de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA), Estados Unidos no recibió de buen grado la participación nuestra en los Brics, la creación de un banco alternativo al Banco Mundial, de una agencia alternativa al FMI. Ellos no aprueban actitudes importantes en la geopolítica y la economía. No les gustó la construcción del puerto de Mariel en Cuba, la diversificación de los mercados, el nuevo paradigma de la política externa brasileña.

    Aécio y los gusanos

    A poco de ser derrotado en las presidenciales de octubre de 2014, Aécio Neves, del Partido de la Socialdemocracia Brasileña, adoptó un discurso incendiario contra Dilma, exigiendo su destitución a través de un impeachment considerado inapropiado hasta por caciques socialdemócratas, como el ex mandatario Fernando Henrique Cardoso.

    Durante la entrevista con Página/12 en su oficina de la Cámara de Diputados, el petista Machado habla de la proximidad entre Neves y dirigentes venezolanos acusados de conspirar contra el presidente Nicolás Maduro. Y mencionó su reciente paso por el Foro de Lima, donde él confraternizó con derechistas prominentes, como el ex presidente uruguayo Jorge Batlle, el escritor peruano Mario Vargas Llosa y el cubano afincado en Miami Carlos Alberto Montaner, paladín del pensamiento agusanado.

    –¿Cómo se articula Neves con sus pares latinoamericanos?

    –Por un lado, está su actividad pública. Estuvo en Lima, donde se reunió con familiares de los golpistas venezolanos (las esposas de Leopoldo López y Antonio Ledezma, ambos procesados). Por lo que veo, Aécio está tomando el modelo de la ultraderecha venezolana. En realidad, estos contactos internacionales me recuerdan a la Operación Cóndor, cuando las dictaduras actuaban en red. Y digo más, nosotros sospechamos que Aécio se comunica frecuentemente con otros golpistas, que mantiene reuniones clandestinas y que se articulan para sembrar inestabilidad contra los gobiernos progresistas.

    –Una de las banderas de Neves es la corrupción en Petrobras…

    –Qué curioso es que Aécio salga a despotricar contra Petrobras pidiendo que se desmonte el marco jurídico petrolero implementado en los gobiernos del PT. Aécio piensa igualito a las multinacionales norteamericanas. Estoy convencido de que Estados Unidos no está conforme con la ley petrolera, que le da mucho poder a Petrobras. Ellos preferían el modelo anterior, de concesiones, era un paradigma entreguista conveniente a las multinacionales. En cambio, la ley actual garantiza que el petróleo es patrimonio nacional.

    –Dilma viajará en junio a Washington, pero hasta ahora EE.UU. no informó a Brasil sobre los documentos hurtados de los archivos de Petrobras.

    –Digo nuevamente que no tengo documentos, pero desconfío de que una parte de la información robada por la NSA a Petrobras haya ido a parar a manos de la oposición. Ellos, la NSA y la oposición golpista, no tienen escrúpulos, juegan al vale todo, y lo que quieren es desmontar a Petrobras y desmontar a las grandes empresas nacionales brasileñas. Lo que pasó fue serio. La NSA robó secretos de Estado, es posible que ellos hayan sabido tempranamente que Petrobras había descubierto pozos gigantes en la zona de presal (aguas ultraprofundas en 2007), que hayan manejado información antes de que el ex presidente Lula la anunciara públicamente.

    Página/12 :: El mundo :: La CIA y su simpatía con la campaña contra Dilma

    21/04/2015

    Tríplice coroa

    No mesmo dia em que aparecem mais ligações entre o Grupo Clarín, o irmão siamês da Rede Globo em golpismo, ambos filiados à SIP, avó do Instituto Millenium, com o golpista argentino, Maurício Macri, o Aécio Neves portenho, mas com menos pó, também se desmancha o castelo de areia envolto no caso Nisman & CIA e fundos podres que haviam se unido para derrotar Cristina Kirchner.

    O Grupo Clarín, assim como a Rede Globo, foi parceira da ditadura e com ela se locupletou, inclusive no roubo de bebês. A herdeira do Grupo Clarin, D. Hernestina Herrera de Noble, adotou dois bebês cujos pais foram sumidos, muito provavelmente nos voos da morte, quando aviões jogavam presos políticos sobre o delta do Rio Paraná. Agora, assim como a Globo foi pega em sonegação, por isso tenta de todas as formas derrubar Dilma e por isso novamente se une a golpistas, também o Grupo Clarín vê em Maurício Macri a salvação que a Ley de Médios lhe negou. Recentemente a Revista Veja tentou fazer uma dobradinha com o Grupo Clarín, provavelmente muito bem finanCIAdos, dizendo que o filho de Cristina Kirchner tinha conta no exterior. O banco apontado pela Veja negou. E a Veja? Só negou…

    Outro ponta deste tridente de hoje foi a descoberta da participação Fondos Buites, fundos podres, na armação com o procurador Nisman, muito bem alimentado pela CIA, na morte do procurador para incriminar o governo argentino. Os EUA tentaram de todas as formas envolver o Irã, na busca da construção de uma justificativa para mais uma cavalgada insana em busca do petróleo iraniano. Um ex-diretor da entidade judaica, AMIA, “Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán.” O engraçado no imbróglio dos fundos podres é que eles investiam em papéis públicos argentinos que, por ter alto risco, davam muito ganho. Quando a Argentina quebrou, eles não quiseram quebrar. É o tal de investimento de risco sem risco. Do tipo descoberto na Operação Zelotes, cujas cabeças conhecidas são a RBS e Gerdau.

    O terceiro elo foi justamente o enterro da denúncia de Nisman segundo a qual Cristina Kirchner era acusa de acobertar o Irã no atentado à AMIA. Todos os três textos reproduzidos abaixo.

    Assim como nós sabemos quem finanCIA o MBL e o Fernando Gouveia, a Argentina também sabe quem sustenta Maurício Macri e o Grupo Clarín. Por traz de tudo, os sempre escusos interesses dos EUA, a terra do terrorismo de Estado.  

     

    El muro que levantó el Grupo Clarín y que la Justicia mandó derribar.

    Con una millonaria ayudita de los amigos

    Con el pretexto de la “urgencia” para reacondicionar vagones del subte, el gobierno porteño le alquiló el galpón al Grupo Clarín por un millón y medio de dólares por año.

    Por Werner Pertot

    Además de rehusarse a demoler el muro construido junto a la planta de impresión del Grupo Clarín, el gobierno de Mauricio Macri le alquiló un galpón en ese mismo lugar al holding empresarial por un costo anual de un millón y medio de dólares. Para hacerlo, sortearon mecanismos de control con el pretexto de la urgencia de conseguir un lugar para los vagones de subte de la línea B que debían ser reacondicionados. “Estamos acostumbrados a los manejos desprolijos e irregulares de Sbase, pero en este caso particular, se revela la especial relación del gobierno de Macri con el Grupo Clarín”, señaló el auditor porteño Eduardo Epszteyn.

    Se trata de la planta denunciada por los legisladores Aníbal Ibarra y María Elena Naddeo por construir un muro que impide el paso en una calle pública. Los dirigentes y un vecino presentaron un amparo, ya que el gobierno porteño se negaba a demoler el muro. En la causa judicial, la gestión PRO argumentó que no sabía si el muro existía, que no tenía conocimiento de quién lo construyó y otra serie de argumentos de antología. La jueza Lidia Lago los desarmó uno por uno en un fallo en el que le ordenó al gobierno de Macri que demuela el muro en un plazo de diez días. La procuración porteña apeló para evitar tener que demoler un muro que corta el acceso a una calle pública, que es utilizada por la planta de impresión del Grupo Clarín como estacionamiento privado y depósito.

    El conductor Víctor Hugo Morales sufrió una agresión la semana pasada, cuando fue a tomar imágenes del muro para su programa Bajada de línea, donde se dieron los primeros detalles de la relación entre Sbase y el galpón del Grupo Clarín. Según pudo reconstruir el equipo del auditor Epszteyn, la procuración porteña emitió un dictamen a posteriori del alquiler de parte de un galpón de 7000 metros cuadrados en Agustín Magaldi 2139 por la bicoca de 115 mil dólares más IVA por mes. El contrato de alquiler fue firmado por Sbase, la empresa estatal de subtes que controla el macrismo, con un fideicomiso de nombre LOMA XXI, que comparte la dirección fiscal con el Grupo Clarín y con AGEA.

    El lugar fue alquilado para recibir los vagones que llegaron de Madrid para la línea B. Curiosamente, pese a que el gobierno porteño sabía con anticipación de la llegada de estos vagones, la contratación del galpón se hizo utilizando un mecanismo previsto para casos de urgencia, que evitó el dictamen previo de la procuración.

    En su dictamen posterior, la procuración –que conduce Julio Conte Grand, un funcionario designado por Macri– encontró que varias de las cláusulas del contrato “colisionan con lo dispuesto en el Reglamento de Contrataciones” de Sbase. No encontró probada la excepcionalidad para firmar ese contrato ni por qué se hizo en moneda extranjera. “Considero que deberá acompañarse de un informe técnico por el cual se deberá invocar y justificar debidamente las razones por las que motivaron y tornaron necesario tales apartamientos respecto del Reglamento de Contrataciones de Sbase, considerando que se trata de un mecanismo contractual de excepción”, le marcó la procuración porteña a Sbase. “La actuación de la procuración es pública –detalló Epszteyn–. Mi equipo la encontró, ya que tenemos como costumbre buscar toda información pública relacionada con un tema que se esté auditando. Y justamente estamos auditando a Sbase.”

    La resolución 2124/14 de Sbase, firmada por su presidente Juan Pablo Piccardo –a la que accedió Página/12–, corrobora lo planteado por el equipo de Epszteyn: el contrato se firmó el 14 de agosto de 2014, tiene una duración de 36 meses, y un canon de 115.500 dólares por mes a partir del 1° de marzo de este año. Y la frutilla del postre: la inmobiliaria que hizo las averiguaciones para Sbase se llevó otros 173.250 dólares en comisiones.

    Página/12 :: El país :: Con una millonaria ayudita de los amigos

     

    EL PAIS › LA DAIA EMITIO UN COMUNICADO PARA RESPONDER A LA PRESIDENTA Y AL EX DIRECTOR JORGE ELBAUM

    Los nexos entre la denuncia y los buitres

    Antes de partir hacia Rusia, la Presidenta subió a las redes sociales su análisis sobre lo revelado.

    La entidad judía buscó desmentir lo revelado por su ex director ejecutivo en un artículo publicado en Página/12 sobre las presiones para derogar el memorándum con Irán.

    La DAIA le respondió a través de un comunicado a la presidenta Cristina Kirchner y al ex director ejecutivo de esa entidad Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán. La Presidenta retomó el artículo y consideró que se trata de un “modus operandi global”. La DAIA expresó su “consternación y preocupación” ante lo dicho por Elbaum y volvió a calificarlo de falso. El ex directivo ratificó sus dichos y replicó a la DAIA, a la que consideró “una institución muy poco representativa”.

    “En la Argentina se intentó que el Congreso no aprobara el Memorándum de Entendimiento. Cualquier similitud no es mera coincidencia y mucho menos casualidad”, afirmó CFK en un texto que subió a su página web durante el fin de semana. “Estamos ante un modus operandi de carácter global que no sólo lesiona severamente las soberanías nacionales interfiriendo y coaccionando el funcionamiento de los distintos poderes de los Estados, sino que además genera operaciones políticas internacionales de cualquier tipo, forma y color”, advirtió.

    Lo de modus operandi tenía que ver con un artículo aparecido en el diario israelí Haaretz que revelaba cómo lobbistas pro israelíes operaban en estos días para que sancionen una ley para revisar el acuerdo nuclear que Estados Unidos firmó con Irán.

    La DAIA emitió un comunicado, firmado por su presidente, Julio Schlosser, y su secretario general, Jorge Knoblovits, en el que consideró: “La representación política de la comunidad judía argentina expresa su consternación y preocupación respecto de imputaciones formuladas por la máxima autoridad del país, lamentablemente basadas en declaraciones de un ex empleado de la DAIA y actual funcionario del gobierno argentino, plagada de falsedades y mentiras sobre supuestas confabulaciones internacionales de las cuales sería parte la entidad”.

    La DAIA destacó en su comunicado de repudio que “reafirma su inclaudicable lucha por la verdad y la justicia en el caso del atentado terrorista del que fuera víctima el 18 de julio de 1994 con el terrible saldo de 85 personas asesinadas”. Indicó que su “único ámbito de actuación respecto de ese luctuoso hecho es el de los tribunales de justicia”.

    Elbaum ratificó luego sus dichos y se refirió a la DAIA. “Es una institución específica que es muy poco representativa, donde votan 120 personas cada 3 años”, por lo que “ha construido simbólicamente una imagen de representatividad de la cual carece”. “Lo primero que debemos hacer desde el Estado, pero también desde los judíos, es poner en evidencia que ellos representan a una porción de derecha conservadora, aliada con los fondos buitre.”

    En su artículo, Elbaum había relatado una serie de reuniones en las que Nisman les habría dicho que podía conseguir la ayuda de Paul Singer. También señaló la intervención del periodista José “Pepe” Eliaschev, del jurista Daniel Sabsay, del filósofo Santiago Kovadloff y de Marcos Aguinis para torcer la voluntad de la dirección de la DAIA en contra de la iniciativa del Gobierno. La Presidenta dijo haber leído tres veces el artículo, “algo que nunca hago”.

    Página/12 :: El país :: Los nexos entre la denuncia y los buitres

     

    EL PAIS › EL FISCAL DE CASACION JAVIER DE LUCA DESESTIMO LA DENUNCIA DE NISMAN CONTRA LA PRESIDENTA CRISTINA KIRCHNER

    “No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

    De Luca insistió en que no existe delito en lo denunciado. Sólo resta que la Cámara de Casación firme una resolución dejando en pie el desestimiento de primera instancia del juez Rafecas para que la denuncia de Nisman se archive.

    El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, ayer, Por Raúl Kollmann e Irina Hauser

    @El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, desistió ayer del recurso de Casación por la denuncia del fallecido fiscal Alberto Nisman contra la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, el canciller Héctor Timerman, el diputado Andrés Larroque y varios dirigentes sociales. De Luca tenía la obligación de fundamentar su desistimiento y lo hizo en un escrito de 27 páginas en los que afirma que en la denuncia de Nisman “por más que se recorran todas sus hipótesis una y otra vez, no se logra encontrar delito alguno a averiguar y demostrar”. De Luca sostiene que no existe delito en la firma del memorándum ni en la constitución de una Comisión de la Verdad, todo lo cual fue votado por el Congreso. “Sostener que firmar un tratado constituye un plan criminal es un absurdo desde el punto de vista jurídico. Las supuestas motivaciones, móviles o ultra-intenciones no son delito”, remata el fiscal. Tras la presentación del escrito de De Luca, la Sala I de la Cámara de Casación seguramente dirá que el recurso no fue sostenido, lo que deja firme el desestimiento original del juez Daniel Rafecas. Será el final de una denuncia que naufragó desde el principio (ver aparte).

    Tratado

    Aunque se pretenda descalificar a De Luca por su pertenencia a la agrupación Justicia Legítima, lo cierto es que el fiscal no sólo siguió los lineamientos del fallo de primera instancia de Rafecas y de dos de los tres jueces de Casación –Jorge Ballestero y Eduardo Freiler–, sino que convalidó los mismos argumentos que públicamente explicaron juristas de la talla de Raúl Zaffaroni, León Arslanian, Ricardo Gil Lavedra, Julio Maier o Luis Moreno Ocampo. Todos coincidieron en que en la denuncia de Nisman no existe delito o que tenía más de denuncia política que judicial.

    El fiscal dice: “Véase que la conformación de una ‘Comisión de la Verdad’ y la notificación a Interpol de la celebración del acuerdo internacional están escritas en el mismo memorándum, totalmente a la vista, y fueron ratificados por el Congreso de la Nación. Es decir, nuestros legisladores, en el ejercicio de su potestad constitucional, dispusieron esas cláusulas. No queda resquicio alguno para operaciones encubiertas o la realización de móviles ocultos, porque está todo a la vista. Un tratado es equiparable a una ley. Fue votado por el Congreso. Es el soberano el que decide. Hay tratados que eximen de extradición, que modifican regímenes de excarcelaciones y todo ello está dentro de las facultades del Legislativo y el Ejecutivo, que luego promulga. No puede haber delito en eso”.

    Interpol

    Ya está demostrado que la Cancillería no pidió el levantamiento de las alertas rojas. Las pruebas exhibidas fueron categóricas: la carta a Interpol advirtiéndole que la firma del memorándum no cambiaba el status de las capturas; la respuesta de Interpol ratificando que no habría cambios; las declaraciones de Ronald Noble.

    Sin embargo, De Luca resalta que ni el Ejecutivo ni el Legislativo argentino tenían facultades para incidir en el levantamiento de las órdenes de captura, incluso si se hubiera hecho alguna gestión. “No existe en Interpol el mecanismo de solicitudes u órdenes de los poderes ejecutivos –afirma De Luca–. No es un procedimiento reglado para bajar las alertas rojas. Ni Argentina ni Irán tienen capacidad legal de bajar alertas. Sólo los jueces son quienes pueden solicitar a Interpol las altas y las bajas de las capturas internacionales de personas imputadas de delitos, que dan lugar a un procedimiento reglado de Interpol. Los otros poderes de los respectivos Estados no tienen una competencia específica para incidir en el proceso interno de la Interpol al respecto, ni para darles el alta ni para darles la baja.”

    AMIA

    Hay un punto del dictamen de De Luca que va a uno de los meollos del memorándum. El fiscal explica que el tratado no detuvo nada de la causa judicial argentina, que siempre estuvo en las manos de un juez, Rodolfo Canicoba Corral, y delegada en un fiscal, Nisman. De Luca analiza que el expediente afrontaba un problema sin solución: los prófugos no podían ser indagados porque ni se presentaban voluntariamente ni podían ser aprehendidos. “No se podía avanzar –señala De Luca–. En ese contexto, se desprende de la simple lectura del memorándum que el acuerdo no pretende otra cosa que traer a derecho a esas personas para que declaren ante el juez de la causa. La historia judicial argentina está plagada de búsqueda de soluciones, porque no se trata de un conjunto de normas pétreas. Los poderes del Estado competentes buscan e instauran un mecanismo que destrabe una situación. Y la solución puede ser criticada por los políticos, la doctrina, las partes, pero es lo que pudieron y supieron concretar quienes dirigen las políticas exterior y criminal de la República.” Esto no significa –redondea De Luca– que el Ejecutivo o el Legislativo hayan entorpecido la causa judicial, que siempre estuvo a cargo de un magistrado. No se afectó el trámite judicial en la Argentina. Tampoco significó ayuda para los prófugos, no les facilitó la elusión de la Justicia.

    Comisión

    De Luca responde al argumento de que la creación de la Comisión de la Verdad, en el marco del Memorándum, sea una ayuda a los prófugos y, por lo tanto, un delito. “De la lectura misma del memorándum –dictamina De Luca– surge que el juez y el fiscal a cargo de la etapa de investigación no están obligados ni vinculados por las acciones y conclusiones de la llamada ‘Comisión de la Verdad’, de modo que no tiene efectos sobre el proceso porque siempre dependerán de la decisión autónoma que tomen los magistrados a cargo. La intervención de la Comisión no tiene mayor valor que el que pudieran tener las infinitas opiniones, estudios, investigaciones y conclusiones que sobre el atentado hubo desde el primer día. Y ello conduce a visibilizar que el Poder Ejecutivo y el Poder Legislativo, al concretar este acuerdo, con esa redacción, de ningún modo entorpecieron la marcha del proceso penal que, reitero, en nuestro país está a cargo de un magistrado que pertenece a otro poder del Estado.”

    Delito

    El fiscal de Casación, en su desistimiento del recurso, polemiza con lo que llama una falacia “consistente en sostener que la hipótesis del denunciante (Nisman) puede dar lugar a un delito o puede dar lugar a un no delito, lo cual demanda investigación para su dilucidación”. El fiscal rechaza ese proceder: “Si se reciben denuncias del tipo ‘en la casa de al lado se trafican estupefacientes’, o que ‘Fulano mató a Mengano’, o de un robo de una cartera, etcétera, debemos investigarlas porque se parte de la base de que traficar estupefacientes, matar a otro, o robar, son delitos. Pero si la denuncia consiste en tratar de probar si Fulano es infiel a su mujer porque tiene manceba, esa investigación está vedada porque el adulterio no es más delito en la Argentina. En este caso, como ya se dijo, el supuesto intento de hacer caer las alertas rojas y la creación de una comisión que opinaría sobre el caso, no pueden constituir la base de un delito, porque no son una ayuda para los prófugos y se inscriben en la competencia constitucional de los otros poderes del Estado”. Es decir que hubo un tratado y una ley, que –como señaló la Cámara Federal– pudo haberse considerado inconstitucional, pero no un delito.

    Finalmente, el fiscal les responde a quienes dicen que hay que investigar e iniciar un proceso de recolección de pruebas. “Nuestra ley –remata De Luca– exige que lo que se denuncie e investigue sean hechos que constituyan delitos y no cualquier hecho de la vida. En este caso no estamos ante hechos que no se pudieran probar, sino que lo que se pretende probar son hechos que no podrían configurar un delito.”

    Página/12 :: El país :: “No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

    13/04/2015

    Empiricus, empresa cujo sucesso entrou pela última sílaba

    Filed under: CIA,Empiricus,Magarefes,Picaretagem — Gilmar Crestani @ 10:41 pm
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    Como já disse alhures, a Empiricus entrou pela última sílaba. Aos amestrados, bem feito. Aos mal intencionados, idem. À manada de otários, ibidem. A CIA investe toda verba de seu orçamento secreto em otários. Por isso os EUA se obrigam a cometerem assassinatos ao redor do mundo. O dinheiro gasto em maus propagandistas induz ao ódio, mas não convence aos que tem um mínimo de discernimento. Por isso, depois dos maus resultados, a solução final é o assassinato.

    Quem ouviu a Empiricus no fim de janeiro, deixou de ganhar 50% com Petrobras

    13 de abril de 2015 | 12:17 Autor: Fernando Brito

    empiricus

    Há seis dias, sob o escárnio de alguns “entendidos” em Bolsa, escrevi aqui que não era coisa de um ou dois pregões a alta da Petrobras.

    Neste momento, a ação, que começou o ano a R$ 9, marcava pouco mais de R$ 12,56 na Bovespa.

    Ou 39% a mais.

    Naquele dia, o crescimento era de 20%.

    Considerado o pior valor deste ano, o do dia  30 de janeiro (R$ 8,04), o ganho foi de mais de 50% para quem comprou a esta cotação.

    E os espertos compraram, porque só os bobos se entregam ao terrorismo dos urubus do mercado.

    Quer ver o que o “sabichão” da Empiricus, cuja onipresente propaganda  polui 11 entre cada dez paginas de Internet, dizia no dia seguinte àquele 30 de janeiro? Está no G1:

    “Para Felipe Miranda, analista da Empiricus Research, a tendência é que o valor das ações da Petrobras caia ainda mais, e que a empresa emita mais ações para cobrir o “rombo”: “o petróleo cai, cria ambiente de estrangulamento financeiro, e isso implica mais queda”, diz. Para ele, não é uma boa comprar ações da estatal, mas sim de vender, e o quanto antes, melhor.”

    Os clientes que seguiram seus conselhos devem estar “morrendo de felicidade”, não é?

    Ninguém “adivinha” cotação de Bolsa, mas pode, sim, entender tendências de médio prazo.

    E a ação da Petrobras está muito desvalorizada e por isso há investidores que não apenas estão mantendo o que compraram barato como aproveitando a pressão de venda dos pequenos, atemorizada com as perdas que sofreram.

    Ninguém pode “cravar” a quanto e em que prazo irá a ação e a empresa está sujeita, ainda, a muita turbulência política.

    E o cenário mundial do petróleo é recessivo, ainda que poucos acreditem que isso chegue ao final do ano.

    Nada seria mais estúpido do que apontar um cenário ufanista para a Petrobras, a não ser pintar, como fazem, um cenário de destruição.

    A recuperação da Petrobras no mercado de ações será lenta, terá altos e baixos, mas vai ocorrer.

    Porque a Petrobras é uma das maiores e mais capazes empresas do mundo do petróleo e está sentada sobre reservas que ficaram imensas, após o pré-sal.

    E é essa, e nenhuma outra, a razão pela qual a querem paralisar.

    Para entregar.

    Quem ouviu a Empiricus no fim de janeiro, deixou de ganhar 50% com Petrobras | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

    MBL: saiba quem finanCIA!

    Filed under: CIA,Golpismo,Golpistas,Marcha dos Zumbis,MBL,Rogério Chequer — Gilmar Crestani @ 10:10 am
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    Nada como uma overdose de liberdade para se descobrir o paradeiro dos golpistas. Como diz o velho ditado, basta seguir o dinheiro. E lá estão eles com as mãos  sujas no HSBC.

    O lucrativo negócio dos golpistas

    Por Altamiro Borges
    O jornal Estadão, que não esconde a sua simpatia pelas marchas golpistas contra o governo Dilma, publicou neste domingo (12) uma curiosa reportagem – assinada pelos jornalistas Ricardo Galhardo, Vamar Hupsel, Ricardo Chapola e Fábio Leite. Ela questiona as fontes de arrecadação dos grupos que organizaram os recentes protestos – que pedem desde o impeachment da presidenta até o retorno dos militares. “Embora cobrem transparência e lisura do governo federal, Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre e Revoltados On Line não fornecem nota fiscal de venda das camisetas que levam suas marcas e serão usadas por muitos manifestantes nos protestos de hoje. A comercialização das peças, bem como as doações recebidas, são as justificativas usadas por eles para financiar suas atividades”.
    Ainda segundo a minúscula matéria, “Revoltados On Line e Movimento Brasil Livre vendem seus produtos pela internet e as entregam pelo correio sem o documento fiscal. Ambos argumentam que não são uma empresa formal. O Vem Pra Rua montou um ponto de venda na papelaria Paperchase, no Itaim Bibi, bairro nobre da zona sul de São Paulo. A reportagem comprou uma camiseta e pediu a nota, mas não recebeu. Somente depois de questionar o porta-­voz do movimento, Rogério Chequer, o documento foi fornecido ­ em nome da papelaria… Na segunda-­feira, o Estado enviou questões aos três movimentos sobre fontes de recursos, organização jurídica, nomes de integrantes, ligações externas e processos decisórios. O Vem Pra Rua respondeu parcialmente. Marcello Reis, do Revoltados On Line, alegou falta de tempo. Renan Santos, do MBL, não respondeu.
    A breve reportagem do Estadão indica que não dará para esconder por muito tempo as nebulosas transações – e os suspeitos vínculos – destes grupos fascistóides. Através dos blogs e redes sociais, inúmeras denúncias já circularam pela internet. Aos poucos e em doses discretas, a mídia golpista vai sendo forçada a abordar as fontes de financiamento destas sinistras organizações. Na semana passada, a própria CBN – a rádio que toca mentira da Rede Globo – deu mais algumas pistas num comentário do radialista Leopoldo Rosa. Vale conferir alguns trechos da reportagem intitulada “Grupos que organizam protestos contra a presidente Dilma Rousseff atingem profissionalização”.
    “O maior trio elétrico do Brasil. Equipamentos alugados a diárias de R$ 20 mil. Filiais em 130 cidades. Pelo menos quatro grandes entidades organizadoras. Essa descrição caberia muito bem a qualquer show ou grande evento, mas a estrutura e organização é para o protesto contra a presidente Dilma Rousseff, no dia 12 de abril. Os grupos que convocam os atos estão cada vez mais organizados. Alguns viraram pessoa jurídica, outros estão ganhando administradores em diversos estados, além de páginas na internet e pessoas que ajudam a convocar e divulgar os atos. O fundador do Revoltados Online, Marcello Reis, diz que o grupo, que defende o impeachment da presidente quer se transformar em associação para ampliar a arrecadação por meio de mensalidades”.
    “Deve ser deste grupo o maior carro de som na Avenida Paulista, a diária do equipamento custa R$ 20 mil. No Rio de Janeiro, o grupo deve levar cinco carros que já vão começar a rodar nesta semana, anunciando a manifestação. Em outros estados, o número de carros ainda não foi definido. Depende de quanto os grupos vão arrecadar até lá. Além das doações que já recebe, o Revoltados Online também comercializa camisetas. Uma peça chega a custar R$ 175. O Movimento Brasil Livre, um dos maiores organizadores do protesto também investe na venda de itens pela internet. No entanto, Renan Santos, líder do movimento rejeita o que chamou de gourmetização das manifestações”.

    A reportagem até tenta aliviar a barra dos grupelhos oportunistas, mas não consegue esconder totalmente a sujeira fascistóide. Pelo jeito, há algo de muito podre nos porões destas marchas!
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