Ficha Corrida

14/08/2016

Rede Globo, desde 1954 dando golpes

Ninguém que não seja um fascista ou analfabeto político, desculpe a redundância, sabe perfeitamente que todos os golpes, desde 1954, têm a participação da Rede Globo. Frustrou-se em 54, com Getúlio, mas teve êxito em 1964. Além das rupturas, a Rede Globo sempre conseguiu impor não só sua agenda, como também seus ventríloquos. Para quem ainda não viu, o documentário Muito Além do Cidadão Kane é um bom começo. O livro do Daniel Herz, a História Secreta da Rede Globo documenta e mostra cada um dos episódios em que a Rede Globo fraudou a democracia e promoveu seus negócios.

Em 1964 a Rede Globo fez editorial saudando a chegada da ditadura. Recentemente reconheceu que foi um erro mas jamais pediu desculpas nem devolveu o que recebeu em troca do golpe. Seu dia a dia é recheado de pequenos e grandes golpes. Pequeno golpe foi distorcer o debate entre Lula e Collor. Grande golpe foi fazer publicar um livro com o título “Não Somos Racistas” para criminalizar as políticas de inclusão sociais e raciais do Governo Lula. Diariamente aparecem manifestações racistas de todo tipo, mas, para a Rede Globo, não há racismo. Para a Rede Globo, se os fatos não estão de acordo com suas más intenções, pior para os fatos. A obsessão em criminalizar o grande molusco não passa de cortina de fumaça para esconder suas relações, via Miriam Dutra & Brasif, com FHC. Com suas baterias voltadas contra a família Silva, as famiglias criminosas ganham imunidade para continuar atuando. Não por acaso silencia a respeito do primeiro a ser comido, de Eduardo CUnha, mesmo sabendo que Cláudia Cruz está com ele desde que era sua funcionária. Assim como Miriam Dutra, Cláudia Cruz saiu para continuar sendo…

As práticas da Rede Globo se submetem à Lei Rubens Ricúpero, revelada no Escândalo da Parabólica. Na ocasião os representantes de FHC & Rede Globo fizeram publicar uma cláusula pétrea do modus operandi da Rede Globo: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”…  Se lavar dinheiro no Panama Papers ou sonegar as Copas de 2002 e 2006 já é muito, mas não é tudo. Temos de lembrar da PROCONSULT, quando a Rede Globo tentou roubar a eleição de Leonel Brizola. A perseguição a Lula e sua família é uma verdadeira cortina de fumaça para proteger Eduardo Cunha, Romero Jucá, Michel Temer, Eliseu Rima Rica, Renan Calheiros e qualquer bandido que esteja, a seu serviço, na política.

Infelizmente, seu poder de recrutar midiotas que a seguem bovinamente parece interminável. A Plutocracia brasileira chegou ao ápice ao apoiar a Cleptocracia que tomou o Planalto Central na mão leve.

De nada adianta apenas culpa em Temer, Serra, Aécio, CUnha, Ana Amélia Lemos. Eles são apenas os marionetes atuais dos interesses da Rede Globo. Estes passam, mas desde 1954 a Rede Globo permanece dando as cartas em todos os ramos da nossa sociedade. Recruta, mediante a farta distribuição de estatuetas, quem lhe possa ser útil.

Ou o Brasil acaba com a Rede Globo ou a Rede Globo ainda transformará o Brasil num seu puteiro.

 

FORA TEMER VOLTA COM FORÇA TOTAL NO MINEIRÃO

Publicado em agosto 13, 2016 por Luiz Müller

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No jogo de futebol feminino entre Brasil e Austrália nesta sexta no Mineirão, em Belo Horizonte, os torcedores voltaram a protestar pela saída do presidente interino, Michel Temer, com todas as forças; em um vídeo, um segurança dá as instruções a um grupo: “Temer vocês podem erguer à vontade! Mas tem símbolo da Globo, aí não pode!”; a Justiça Federal rejeitou ontem recurso do Comitê Rio 2016 e manteve liminar que permite a realização de protestos políticos nas arenas da Olimpíada do Rio; confira alguns vídeos

Do Brasil 247 – O jogo de futebol feminino entre Brasil e Austrália pela Olimpíada do Rio de Janeiro, que terminou em vitória para o Brasil nos pênaltis, nesta sexta-feira 12 no Mineirão, em Belo Horizonte, foi dominado por protestos contra o presidente interino, Michel Temer, nas arquibancadas.

Os registros foram feitos no mesmo dia em que a Justiça manteve liminar que permite a realização de protestos políticos nas arenas dos Jogos. Com a decisão, a Justiça Federal (TRF 2) rejeitou recurso do Comitê Rio 2016 que pretendia derrubar a liminar que permite os protestos.

Em um vídeo publicado pelo Mídia Ninja, uma orientação nova aos torcedores manifestantes: “Temer vocês podem erguer à vontade! Mas tem símbolo da Globo, aí não pode!”. Assista alguns dos protestos:

https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/698694720288676/

https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/698661706958644/

https://www.facebook.com/midiaNINJA/videos/698632640294884/

 

FORA TEMER VOLTA COM FORÇA TOTAL NO MINEIRÃO | Luíz Müller Blog

26/07/2016

Teoria da DependênCIA, de FHC & CIA

FHC & ClintonCom nojo dos nossos grupos mafiomidiáticos, vejo  todos os dias a RAI, Rede Internacional de Televisão Italiana. É uma espécie de fuga, confesso, e de saúde mental, gostaria de crer. Não perco os episódios “Un giorno nella Storia”. Hoje, por exemplo, falava de Vitaliano Brancati, um escritor siciliano que flertou com o início do fascismo mas que cedo renegou-o. Não é a todos que é dado a capacidade de identificar o ovo da serpente. Alguns só se dão conta depois de serem picados.

Poucos descobriram em FHC um agente dos interesses norte-americanos. Menos ainda foram os que denunCIAram seu trabalho de quinta coluna. Eleito e tendo feito das tripas  coração para destruir, com o PDV e a privataria, pouco se associou seus antecedentes teóricos com a prática no executivo.

Afinal, será que é tão difícil assim entender que a Teoria da Dependência é seu tributo aos seus finanCIAdores ideológicos. Se eu disser que só serei independente se depender de meu pai, dirão que sou louco, mas essa tem sido o projto de vida de FHC: o Brasil só se tornará um país independente se submeter aos EUA. FHC acredita que é melhor viver de migalhas, embaixo da mesa, do que tentar participar do banquete. Nunca uma personagem da história do Brasil encarnou tão bem o Complexo de Vira-Lata. Quando teve a oportunidade, FHC pôs em prática sua teoria, de subserviente. O modelo fracassou de público e crítica.

A eleição de Lula foi um giro de 180º. Pegou um time desacreditado em si e transformou em campeão da transformação social. Não só em termos econômicos, mas na esperança de chegar à universidade, de ter acesso aos serviços públicos, como saúde, mas, sua primeira iniciativa foi atuar para que os miseráveis pudessem fazer pelo menos 3 refeições por dia. Nem precisa dizer que sofreu todo tipo de boicote e ódio. Basta citar apenas dois episódios emblemáticos: Danusa Leão, musa da plutocracia, manifestando sua inconformidade com o fato de ter de dividir aeroportos internacionais com filhos de empregadas domésticas. O segundo exemplo foi dado por um funcionário da RBS, Luis Carlos Prates, representante máximo da cleptocracia midiática, que se mostrou inconformado com o fato de que, nos governos petistas, “qualquer miserável agora pode ter um carro”. 

As cinco famílias que dominam os tradicionais meios de comunicação (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky) atuam como caranguejos no balde: quando um pobre caranguejo está buscando sair do balde, os outros o puxam pelas pernas. Bastou o Brasil respirar um pouco de democracia para que a plutocracia se insurgisse e construísse esse golpe paraguaio. Um golpe que coloca no comando da nação um exemplo clássico de quadrilha a serviço. Minam as esperanças e entregam o patrimônio, arduamente construído por todos os brasileiros,aos moldes dos antigos sátrapas persas.

E tudo isso se tornou possível, inclusive o golpe em curso, graças ao amestramento da manada de midiota que tem na Rede Globo sua égua madrinha. Tanto é assim que hoje a justiça já não é mais aquela ditada pelo STF, mas pelo Merval Pereira, o porta-boss da elite cleptocrata.

A vocação suicida da elite. Por Eleonora de Lucena

Por Fernando Brito · 26/07/2016

A natureza colonial de nossa elite, antes de significar a adesão à metrópole, implica a renúncia à ideia de ter um destino próprio. Ela  não se vê e não se quer como parte – privilegiada que seja – de uma nação, para o que é necessário compreender pertencer a um povo.

Num rabisco sociológico, não tem sentimentos de pertença – de ligação natural, de mesmo heterogênea, fazer parte de uma coletividade nacional. O prior, ainda seguindo este esboço, é que esta elite serve como referência para um grupo imensamente – e ponha imensamente num país com o grau de urbanização e o tamanho do Brasil – que a elas imita, porque a ele quer e crê pertencer.

Duro, mas preciso, o artigo da jornalista Eleonora de Lucena, na Folha de hoje, é um retrato agudo do comportamento desta elite, que não é apenas suicida, porque mata, ou tenta matar ao longo da história, a vocação do Brasil para ser uma das grandes – e certamente a de mais “biodiversidade” humana – nações deste planeta.

Escracho

Eleonora de Lucena*, na Folha

A elite brasileira está dando um tiro no pé. Embarca na canoa do retrocesso social, dá as mãos a grupos fossilizados de oligarquias regionais, submete-se a interesses externos, abandona qualquer esboço de projeto para o país.

Não é a primeira vez. No século 19, ficou atolada na escravidão, adiando avanços. No século 20, tentou uma contrarrevolução, em 1932, para deter Getúlio Vargas. Derrotada, percebeu mais tarde que havia ganho com as políticas nacionais que impulsionaram a industrialização.

Mesmo assim, articulou golpes. Embalada pela Guerra Fria, aliou-se a estrangeiros, parcelas de militares e a uma classe média mergulhada no obscurantismo. Curtiu o desenvolvimentismo dos militares. Depois, quando o modelo ruiu, entendeu que democracia e inclusão social geram lucros.

Em vários momentos, conseguiu vislumbrar as vantagens de atuar num país com dinamismo e mercado interno vigoroso. Roberto Simonsen foi o expoente de uma era em que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) não se apequenava.

Os últimos anos de crescimento e ascensão social mostraram ser possível ganhar quando os pobres entram em cena e o país flerta com o desenvolvimento. Foram tempos de grande rentabilidade. A política de juros altos, excrescência mundial, manteve as benesses do rentismo.

Quando, em 2012, foi feito um ensaio tímido para mexer nisso, houve gritaria. O grupo dos beneficiários da bolsa juros partiu para o ataque. O Planalto recuou e se rendeu à lógica do mercado financeiro.

Foi a senha para os defensores do neoliberalismo, aqui e lá fora, reorganizarem forças para preparar a reocupação do território. Encontraram a esquerda dividida, acomodada e na defensiva por causa dos escândalos. Apesar disso, a direita perdeu de novo no voto.

Conseguiu, todavia, atrair o centro, catalisando o medo que a recessão espalhou pela sociedade. Quando a maré virou, pelos erros do governo e pela persistência de oito anos da crise capitalista, os empresários pularam do barco governista, que os acolhera com subsídios, incentivos, desonerações. Os que poderiam ficar foram alvos da sanha curitibana. Acuada, nenhuma voz burguesa defendeu o governo.

O impeachment trouxe a galope e sem filtro a velha pauta ultraconservadora e entreguista, perseguida nos anos FHC e derrotada nas últimas quatro eleições. Privatizações, cortes profundos em educação e saúde, desmanche de conquistas trabalhistas, ataque a direitos.

O objetivo é elevar a extração de mais valia, esmagar os pobres, derrubar empresas nacionais, extinguir ideias de independência. Em suma, transferir riqueza da sociedade para poucos, numa regressão fulminante. Previdência, Petrobras, SUS, tudo é implodido com a conversa de que não há dinheiro. Para os juros, contudo, sempre há.

Com instituições esfarrapadas, o Brasil está à beira do abismo. O empresariado parece não perceber que a destruição do país é prejudicial a ele mesmo. Sem líderes, deixa-se levar pela miragem da lógica mundial financista e imediatista, que detesta a democracia.

Amargando uma derrota histórica, a esquerda precisa se reinventar, superar divisões, construir um projeto nacional e encontrar liderança à altura do momento.

A novidade vem da energia das ruas, das ocupações, dos gritos de “Fora, Temer!”. Não vai ser um passeio a retirada de direitos e de perspectiva de futuro. Milhões saborearam um naco de vida melhor. Nem a “teologia da prosperidade” talvez segure o rojão. A velha luta de classes está escrachada nas esquinas.

*Eleonora de Lucena é repórter especial da Folha e foi Editora-executiva do jornal de 2000 a 2010

A vocação suicida da elite. Por Eleonora de Lucena – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

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