Ficha Corrida

26/10/2015

Os EUA e a Lava Jato

TioSam

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley

Enviado por marcio valley dom, 25/10/2015 – 18:36

do blog do Marcio Valley

John Adams foi o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, tendo George Washington como presidente, e seu segundo presidente, governando no período de 1797 a 1801. Iluminista e republicano, está inserido num contexto histórico que representa o início do fim de uma longa tradição, cujo berço é Grécia clássica e seu filho dileto é o senado romano, na qual o pensamento filosófico e a arte da oratória ainda eram fortes na política. Tempos nos quais não havia esperança para um candidato a político alienado da razão, das verdades e das condições históricas de sua própria época, como hoje parece ser apanágio necessário de parcela considerável dos políticos brasileiros.

Adams disse uma obviedade que, proferida pela boca de um pensador que experimentou o poder, ganha densidade: “Existem duas maneiras de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada, a outra é pela dívida.”

E disse outra que merece profunda e necessária reflexão pelos brasileiros, que estamos numa grave turbulência democrática: "Democracia nunca dura muito e logo se desperdiça, exaure, e mata a si mesma. Nunca houve até agora uma democracia que não tenha cometido suicídio."

As palavras chave aqui são espada, dívida e escravidão.

A sociedade ocidental experimenta, como forma de organização política, a democracia submetida ao estado de direito, entendida a democracia como o direito do cidadão de participar do poder político, em oposição às ditaduras e tiranias, e o estado de direito como o cabedal jurídico que limita a atuação estatal ao garantir os direitos e liberdades individuais, impedindo o despotismo e o esmagamento do cidadão pelo peso do Estado.

Não se pode discordar da afirmação de Churchill de que a democracia é o pior dos regimes políticos, porém não existe nada melhor. De fato, a democracia dá voz potencial a todos os cidadãos na escolha do próprio destino, sendo que a participação nos rumos da coletividade é um dos principais fatores de elevação da autoestima. Mesmo para quem advogue o socialismo, a democracia deve ser considerada indispensável como meio de alcançar a felicidade comum, caso contrário pode-se repetir a farsa que foi a experiência soviética.

A democracia, como forma de governo, encontrou um sistema econômico que aparentemente com ela forma um par perfeito na direção dos negócios públicos e privados: o capitalismo. Baseado na propriedade privada, nenhuma pessoa que defenda o liberalismo, entendido como a liberdade de autodeterminação da própria vida, pode ser contra o capitalismo sem incorrer numa contradição em termos.

Ainda assim, democracia e capitalismo parecem estar fracassando no objetivo de estender à humanidade a qualidade de vida que deveria ser um efeito necessário do desenvolvimento humano. Por quê?

A resposta parece ser: democracia e capitalismo degeneraram por excesso de liberdade deste último.

Praticamente todas as ações humanas estão sujeitas a alguma restrição de liberdade individual, pois tal restrição é absolutamente necessária à manutenção da saúde do tecido social. Seria impossível viver numa sociedade que não penalizasse o homicídio, a apropriação indevida do patrimônio alheio e a violação da liberdade sexual, apenas para ficar nesses exemplos.

A democracia e o capitalismo, como produtos da ação humana, não podem ficar de fora dessa restrição nas respectivas atuações. E, na verdade, estão de fato sujeitos a diversas restrições.

O problema é que o capitalismo consegue escapar dessas amarras e, livre, corrompe a democracia.

Enquanto o capitalismo manteve-se essencialmente territorial, ainda era possível exercer sobre ele algum pouco controle, ante a necessidade do capital, e muitas vezes do próprio capitalista, de permanecer no local da produção. Obrigado a estar no local, devia alguma submissão às leis locais, ainda que mínima. Tal possibilidade de controle, ainda que bastante rarefeita, não mais existe. Atualmente, desvinculado de qualquer território específico, nenhum país é capaz de lhe restringir a liberdade.
A primeira vítima dessa liberdade é justamente a democracia.

Historicamente, os ricos sempre foram senhores do Estado, num primeiro momento como monarcas e, posteriormente, como eleitores privilegiados. Salvo poucas exceções, ou os ricos estão no poder diretamente ou o poder é exercido pelos escolhidos da riqueza. A estreiteza da relação riqueza-governo é de tal ordem que se chega a justificar a existência do Estado como instituição garantidora da propriedade, nada mais.

Democracia real, portanto, sempre foi e continua a ser uma utopia longínqua.

Mesmo quando se fala em democracia clássica grega, isso guarda pouca relação com o que se entende hoje por democracia popular. O comparecimento à praça da Ágora era exclusividade de cidadãos homens nascidos de pais atenienses, uma casta de privilegiados. Mulheres e estrangeiros residentes eram excluídos da democracia. Além disso, havia servidão e escravidão em Atenas, obviamente sem direito algum, o que por si contraria o sentimento que temos hoje em relação aos fins e objetivos da democracia.

Contudo, num único e breve momento da história, que não chegou a cem anos, um espirro histórico em quase cinco mil anos de civilização, uma parte da própria elite, talvez entediada pela mesmice, inaugurou uma nova forma de pensar que hoje designamos por Iluminismo.

Os iluministas eram membros altamente intelectualizados da elite, pensadores que puseram a razão acima dos temores mitológicos que até então dominavam a humanidade. Durante esse período, Nietzche chegou a decretar a morte de Deus. O filósofo só não previu que, tratando-se de um ser todo-poderoso, no final do século seguinte, Ele ressuscitaria, e com bastante disposição para angariar fundos, nas igrejas pentecostais.

Essa facção diletante e aborrecida da elite europeia começou a pensar em coisas como o abandono das barbaridades da Idade Média, do obscurantismo religioso e das arbitrariedades do Estado. Iniciou um processo de valorização do ser humano, visando à construção de uma nova sociedade, fundada axiologicamente no altruísmo social e na dignidade da pessoa humana. Havia um quê de utilitarismo no objetivo pretendido por essa elite de intelecto entendiado que ousou desafiar as repugnâncias de sua época. Não era, propriamente, o bem do indivíduo que se buscava, mas da sociedade. Afinal, uma sociedade com uma carga menor de carências individuais é certamente capaz de gerar um ambiente menos perigoso para circular, possivelmente com um grau de felicidade geral maior e mais cheirosa e bonita de se ver.

Embora o ciclo do pensamento iluminista tenha durado pouco, encerrando-se no despertar do século XIX, ecos dessa forma racionalista de pensar, pressupondo a valorização do ser humano, persiste até os dias de hoje e foi consagrada em instrumentos históricos notáveis, como a constituição americana e a carta dos direitos humanos. Nossa constituição é recheada de valores iluministas.

Esse espirro histórico durante o qual uma fração da parcela rica da sociedade foi confrontada com sua obrigação moral de cuidar dos desvalidos veio a causar, tempos depois, reforçada pela influência de outros eventos históricos importantes, como a ascensão das ideias de Marx e as grandes guerras, um pequeno, mas significativo relaxamento na sofreguidão pelo lucro.
Por um breve momento, repentinamente parecia que a sociedade humana tinha encontrado o caminho para o florescimento de grande parte dos indivíduos, um arranjo saudável entre a busca pelo lucro e a necessidade de excluir a experiência humana da miséria abjeta.

Durante esse piscar de olhos, nós parecíamos realmente ser a espécie mais inteligente do planeta.

A legislação trabalhista protetiva ganhou impulso, um patamar salarial mínimo é garantido, estipula-se um máximo de horas para o trabalho, o Estado passa a conceder assistência social aos desfavorecidos, o acesso a uma educação fundamental é garantida, assim como o acesso à saúde básica, além de outras iniciativas vocacionadas à eliminação da condição de vida degradante.

Um pouco depois disso, em meados do século XX, ao bem-estar da população veio agregar-se uma outra concessão do capital: a redução da miséria pelo incremento na renda. Foi a época dos baby boomers americanos e dos Trinta Gloriosos da França. Nesse momento histórico também se inclui os cinquenta anos em cinco de Juscelino, no Brasil.

Entretanto, quando tudo indicava que a democracia e o capitalismo iriam cumprir o desígnio para o qual estavam predestinados, de conduzir a humanidade ao paraíso na Terra, salvar o planeta da miséria, eis que se inicia um desagradável retrocesso e se reacende a fogueira quase apagada da degradação da condição humana. Perdem-se totalmente ou são mitigadas as conquistas históricas do desenvolvimento civilizatório iniciado a partir do final do século XIX.

A América Latina viu-se arrebatada por ditaduras, no Oriente Médio inicia-se um processo de desestabilização política que ainda continua, a Europa ser torna um fantasma do que chegou a ser do que poderia ainda ser.

Quem é o culpado? Quem estragou a festa da civilização?

O culpado mais provável é a ressurgência da ótica do poder absoluto que dominava o cenário na época da barbárie humana, dos faraós, czares e imperadores. Retorna a vontade do rico de usar o seu poder de forma absoluta, inquestionável, acima do bem e do mal. Poder absoluto que, hoje, se traduz na perspectiva do lucro a qualquer preço, pensamento bárbaro similar à conquista total e da terra arrasada, que se colocou no passado e se coloca no presente acima dos interesses da humanidade. Esse espírito deletério é representado por algo que é celebrado e olhado de forma positiva até por quem é sua vítima: a globalização da economia.

A globalização não é um movimento recente, as grandes navegações do século XVI já representavam esse intuito, e tampouco é culpada pelo problema, trata-se apenas de ferramenta extremamente útil para alcançar o real objetivo: lucratividade desmedida, poder sem limites.

A globalização é atualmente a maior responsável pela renovação da escravidão em roupagens modernas. Hoje o senhor do escravo não precisa mais construir senzalas e nem necessita morar na casa grande. Ele obtém o trabalho gratuito pagando, por exemplo, cinquenta centavos de dólar por uma camisa numa fábrica em Bangladesh, que emprega costureiras por 20 dólares mensais. A corporação fashion americana ou europeia pode afirmar, assim, que não é ela a responsável por pagar esse salário miserável a um trabalhador seu. Certamente.

Numa sociedade saudável, a globalização seria ótima, desde que entendida como a liberdade plena de deslocamento do ser humano no planeta, pessoas e seus patrimônios. No despertar da humanidade, a globalização era um fato, inexistiam fronteiras e impedimentos ao tráfego humano.

Nossa sociedade, porém, está muito longe de ser saudável. Alguém já afirmou que somente uma pessoa muito doente pode se dizer perfeitamente adaptada a essa sociedade degenerada. Nesse sentido, a inquietação, o inconformismo, é que seria sinônimo de inteligência e saúde mental.

A globalização, vista sob seu aspecto meramente econômico, admite apenas a liberdade de tráfego para o capital. Pessoas continuam locais e impedidas de atravessar fronteiras, vide o exemplo trágico dos refugiados, alvo da “piedade” europeia muitas vezes traduzida no afundamento de seus barcos.

Atualmente, o poder político real não está mais nas mãos dos presidentes das nações. Voltamos à era dos faraós, dos reis, dos imperadores. A única diferença é que, hoje, eles sentam em tronos incógnitos. Não se sabe mais quem são os reis e onde estão os seus castelos, porque eles perderam o ancestral orgulho de estar no comando. A nova onda do imperador é não ser admirado, somente temido. A invocação da genealogia e da heráldica tornaram-se anacrônicas e até perigosas para os soberanos num mundo apertado por sete bilhões de pessoas, em grande parte faminta, no qual matar milhares, em caso de convulsão, não é mais assim tão glamouroso. Hoje, nossos novos monarcas se apetecem somente pelo poder e pela riqueza. Alguns poucos, menos cerebrais, à isso acrescentam a vontade da fama.

Os novos reis não possuem um local definido, uma área geográfica, para a ação imperial. No antigo modelo, cada nação representava um pedaço do planeta dominado por seu próprio rei. O poder do rei estava adstrito ao território da nação. Isso é passado. Na atual divisão do poder, território nada mais significa. O comando não mais se divide entre nações e seus territórios, mas entre corporações e seus ramos de negócios. A economia está fatiada e cada uma das fatias representa um reino específico comandado por poucos monarcas absolutos. Há quem sustente que temos atualmente 147 reis, cada um deles comandando as corporações que encabeçam e que, em desdobramento, dominam todas as demais (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-c…).

O poder dos novos reis emana, tanto das riquezas do passado, decorrentes da acumulação primitiva, como das riquezas modernas, obtidas por empreendedorismo e oportunismo. Munidos da força dessas riquezas, manipulam a política como meio de controlar os sistemas monetário e financeiro, ou seja, a toda a economia. Não se trata de uma conspiração, mas de orientação identitária a partir de uma ideia contida no senso comum, de que a riqueza deve ser mantida nas mãos de quem as detém e ampliada ao máximo, independentemente das consequências. Embora não seja uma conspiração, em toda a plenitude da palavra, isso não significa que não se reúnam ocasionalmente para traçar diretrizes comuns. Fazem isso com frequência regular no Fórum Econômico de Davos, na reunião de Bilderberg e em outros grupos menores, mas não menos importantes, como a sociedade Skull & Bones, além de outros, alguns dos quais talvez nem chegue ao conhecimento do público.

Como todo rei, eles precisam de um exército. Esse exército, atualmente, se chama Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos não são "o" império, como muitos pensam. São apenas o soldado do imperador, a interface do poder, a máscara com a qual é encenado o teatro farsesco da democracia e da liberdade. São também a espada de que nos alertava John Adams, com a qual é imposta a vontade absoluta dos reis a todos os países.

Os Estados Unidos, como braço armado dos imperadores, submete a economia mundial à vontade do poder de quatro modos distintos: (a) corrompendo os governos nacionais, (b) mediante a concessão de empréstimos condicionados a exigências futuras virtualmente impossíveis de cumprir, concedidos por instituições como Banco Mundial e FMI, (c) assassinando políticos de países estrangeiros que incomodem ou (d) pelo velho, tradicional e eficaz método de invasão armada.

Independentemente do método, o objetivo é o mesmo: fragilizar a nação-alvo e obrigá-la ao cumprimento da agenda corporativa. Um interesse presente é a venda de ativos do colonizado. A privataria tucana praticada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não possui outra explicação. Um intuito marcadamente presente é o controle de recursos naturais, principalmente o petróleo. Outras vezes, o desejo é instalar bases militares americanas no país. Enfim, a submissão das demais nações é interessante sempre e pelos mais variados motivos, mas principalmente por interesse em recursos minerais ou de proteção aos produtos das corporações internacionais.

Embora na superfície se tratem de solicitações americanas, o interesse subjacente, e principal, é das corporações. Apenas como exemplo, a guerra do Iraque favoreceu empresas de construção e petrolíferas, tendo o governo americano arcado com a totalidade do prejuízo. Na privatização brasileira, foram corporações que se beneficiaram do sucateamento de nossas estatais.

Constitui fato histórico reconhecido que o governo dos Estados Unidos atuou para desestabilizar governos de países soberanos, muitos deles pacíficos e amigos dos americanos, inclusive através de assassinatos políticos.

Foi assim em 1949, quando o governo americano auxiliou o golpe de estado que conduziu Husni al-Za’im ao comando da Síria. Alçado ao poder, Za’im implementou ações em benefício de corporações do petróleo.

Em 1953, os americanos, com apoio dos ingleses, derrubaram Mohammed Mossadegh, que fora democraticamente eleito presidente do Irã. Mossadegh ousou nacionalizar a indústria de petróleo iraniana, até então controlada por uma corporação britânica, porque entendia que essa riqueza mineral deveria beneficiar primeiramente o povo iraniano. Em seu lugar, ascendeu Mohammad Reza Pahlavi, um tirano autoritário, porém simpático ao poderio americano. Reza Pahlavi permaneceu no poder até 1979, quando uma revolução iraniana, liderada pelo Aiatolá Khomeini, o depôs.

Como agiram os americanos nesse episódio? Enviaram um emissário, munido de milhões de dólares, para corromper os adversários políticos de Mossadegh. Mossadegh, um democrata eleito, foi retratado pela imprensa como um tirano, enquanto Reza Pahlavi, um monarca absolutista despótico, era fantasiado de liberal.

Conduzido pela desonestidade da imprensa e por políticos corruptos totalmente desvinculados dos interesses do Irã, o povo aderiu ao golpe a auxiliou na queda de Mossadegh. Tiro no próprio pé, movido pela ignorância e pela fraude.

O modelo utilizado no Irã, contra Mossadegh, torna-se padrão para a derrubada discreta de governos incômodos: envio de poucos emissários americanos, preferencialmente um homem só, com acesso ilimitado a dinheiro, para corromper a imprensa e políticos locais.

O modus operandi é relatado por John Perkins, no livro Confissões de um Assassino Econômico, ele próprio tendo sido um desses agentes infiltrados.

Em 1954, na Guatemala, o governo de Arbenz Guzmán, eleito democraticamente presidente em 1951, desejava realizar uma ampla reforma agrária no país, em benefício de seu povo. Isso, porém contrariava amplamente os interesses de uma corporação americana do ramo de frutas. O governo dos EUA enviou emissários para corromper os políticos da oposição. Novamente a imprensa mundial agiu, passando a imagem de que Arbenz era um agente soviético. Arbenz foi deposto, sendo substituído por uma ditadura militar que atendia aos interesses da corporação prejudicada. Esse é considerado o primeiro dos vários golpes militares patrocinados pelos americanos na América Latina, Brasil inclusive.

Em 1963, no Iraque, o general Abd al-Karim Qasim, que havia liderado um golpe contra monarquia e proclamado a república, foi deposto e preso com apoio dos americanos. Qasim era nacionalista, o que sempre desagrada as corporações. De 1963 a 1968 há uma sucessão de golpes e assassinatos no poder iraquiano, sempre com suspeitas de participação dos americanos, até se estabilizar a presidência nas mãos de Ahmed Hassan al-Bakr do Partido Baath, auxiliado por um jovem político, que se tornará seu vice-presidente em 1979 e, finalmente, dez anos depois, passará a comandar o país, Saddam Hussein.
Saddam se tornaria marionete dos EUA em suas tentativas de derrubar o governo do Irã, iniciadas em 1980, novamente por interesses no petróleo.

Em 31 de março de 1964, João Goulart, democraticamente eleito vice-presidente do país e que assumiu de forma constitucional a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, também sob a pecha de agente soviético e que também pretendia realizar uma reforma agrária no país, foi deposto por um golpe militar apoiado financeiramente pelo governo dos Estados Unidos. Como sempre, em seu lugar assumiu uma ditadura militar, que vigorou até 1984, vinte anos após.

Em 1981, Jaime Roldós, eleito democraticamente presidente do Equador em 1979, morreu num acidente de avião. Existem fortes suspeitas de que o acidente tenha sido obra do governo americano. Roldós, assim como Mossadegh no Irã, desejava, e estava adotando ações para esse fim, que o petróleo equatoriano beneficiasse o povo do Equador, o que desagradou as corporações do petróleo. Afirma-se que, não sendo possível desinstalar Roldós pela corrupção, restou a opção de simular um acidente de avião.

Hugo Chavez, eleito democraticamente para presidente da Venezuela em 1998, reelegendo-se em 2000 e novamente em 2006, foi duramente combatido pelo governo americano, com apoio integral da imprensa venezuelana. O discurso de Chavez era anti-neo-liberalismo e contrário à geopolítica americana. Em sua primeira eleição, Chavez encerrou um ciclo de 43 anos no poder de um conluio de políticos corruptos que englobava os três maiores partidos venezuelanos. Chavez utilizou o imenso poderia da Venezuela no petróleo como uma arma contra os americanos. Novamente um político nacionalista pretendendo utilizar o petróleo para ajudar o próprio povo. O percentual de venezuelanos classificados como pobres despencou de quase metade da população, 49,4% no ano de 1999, para menos de um terço, 27,8% no ano de 2010. A história revela que esse comportamento não agrada às corporações. Por isso, em 2002, com a imprensa totalmente contrária a Chavez, um golpe de estado o depôs, com fortes indícios de participação ativa dos americanos, que imediatamente reconheceram a legitimidade do governo golpista. Entretanto, ante a reação mundial negativa, o golpe foi um fracasso e, três dias depois, Chavez voltou ao poder.

Os exemplos de intervenção americana direta e indireta poderia continuar por longo tempo, como no golpe do Chile em 1973, na Argentina em 1976, na morte de Omar Torrijos do Panamá em 1981, na tragédia do Afeganistão, na invasão do Iraque em 2003, na Nicarágua e em El Salvador na década de 1980, Camboja, Vietnã e etc e etc…

Brasil. 2002. Um partido criado pelos trabalhadores e com origem nitidamente socialista elege o seu candidato para a presidência da república. O político de origem sindicalista e sem formação acadêmica, Luis Inácio Lula da Silva, após três tentativas infrutíferas, finalmente sobe a rampa do Palácio do Planalto, não sem antes se comprometer formalmente a não instalar um governo comunista no país, num documento denominado Carta aos Brasileiros, nítida concessão às corporações.

Lula surpreende os conservadores, pois sob seu governo a economia avança admiravelmente. De fato, no período de 2003 a 2010, o PIB brasileiro apresenta um aumento anual médio de 4% ao ano, enquanto o representante da elite neoliberal, o acadêmico laureado Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos anteriores, obteve somente 2,3% ao ano. No último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, a taxa de desemprego era de 10,5% da população economicamente ativa. Lula a reduz para 5,3%. A arrecadação tributária bate recordes em cima de recordes, não por aumento da tributação, mas como reflexo de um incrível incremento no mercado interno. Lula liquida a dívida brasileira com o FMI e aumenta as reservas de US$ 37,6 bilhões para US$ 288,5 bilhões . A taxa de juros Selic cai de 25% ao ano para 8,75% ao ano. O Brasil atravessa sem grandes danos a maior crise econômica desde 1929, que foi a crise de 2008. O salário mínimo, que teve redução real (descontada a inflação) no governo FHC de cerca de 5%, consegue aumento real de cerca de 54% nos oitos anos do governo petista.

Enfim, Lula surpreendeu positivamente durante os oito anos de seu mandato. Contudo, somente obteve paz no primeiro mandato, de 2003 a 2006. A partir do final do primeiro mandato, todavia, passou a ser alvo de crítica feroz da grande imprensa e dos políticos de oposição, principalmente do próprio PSDB.

O que mudou?

Muitas coisas podem ter provocado essa mudança de atitude. Uma delas, talvez a mais relevante, foi o anúncio da descoberta de imensas jazidas de petróleo na camada do pré-sal, ocorrida justamente em 2006. Segue-se à descoberta o anúncio do governo petista de que essas jazidas de petróleo seriam resguardadas para o interesse nacional, inclusive com a possibilidade de criação de uma estatal específica para elas, a Petrosal, o que desagrada às grandes corporações de petróleo do mundo.

Petróleo, nacionalismo, interesses corporativos, ação desestabilizadora. A história se repete.

Um governo cujo sucesso, até então, e embora com um certo ar blasé, era reconhecido pela imprensa, numa reviravolta passa a ser alvo de uma campanha difamatória impiedosa dessa mesma imprensa. Ilícitos que, quando comprovados em governos passados, sequer mereciam manchetes, passaram a ser estampados na capa de jornais e revistas por meras suspeitas.

Adotou-se a prática da escandalização do banal, da manipulação dos fatos e da culpabilidade por dedução lógica.

O escândalo do mensalão transforma uma prática corriqueira em todos os partidos, incorreta, porém usual, de utilização das sobras do caixa 2 de campanhas para a conquista de apoio político, é manejado para parecer compra de votos. Se foi comprovada a compra de votos para votar a emenda da reeleição da Fernando Henrique Cardoso, obviamente interessado nessa emenda, e nada respingou na reputação de FHC, no mensalão afirma-se a compra de votos para aprovação de leis de interesse público, como leis da previdência e outras, sem que se pare para pensar porque um partido iria adotar tal prática para aprovação de projetos de interesse nacional. E ainda que se comprovasse o pagamento, e isso não foi provado, o erro estaria no partido que compra ou no político que precisa ser comprado para aprovar tais leis?

Sem conseguir evitar a reeleição de Dilma pelo PT, mesmo com o mensalão, a escandalização avança, provocando dissensões no próprio tecido social. Amigos deixam de se falar, parentes se dividem, pessoas brigam nas ruas por conta de opiniões contrárias, cadeirantes são agredidos por se manifestarem a favor do PT, velórios são vilipendiados pelo ódio político, pessoas públicas são agredidas em restaurantes em função de exercerem cargo no governo, sair à rua com uma estrelinha do PT aos poucos vai se transformando numa aventura mortal.

Nada impede a imprensa e um setor menos intelectualizado do PSDB de prosseguir nessa sanha acusatória. O governo se vê envolvido numa trama que envolve a grande mídia, um partido (PSDB) que representa os interesses neoliberais desejado pelas corporações, parcela do Ministério Público Federal e do judiciário federal simpáticos ao PSDB, com alguns de seus componentes inclusive tendo sido nomeados pelo próprio Fernando Henrique Cardoso.

A corrupção sistêmica, que Fernando Henrique Cardoso, recentemente, reconheceu existir desde o seu governo, e que soube e que nada fez pois sabia que isso seria mexer num vespeiro incontrolável, é atribuída ao único partido político que em toda a história brasileira agiu de forma republicana e deixou as instituições funcionarem no combate à corrupção.

Como se diz, o PT torna-se vítima de seu próprio republicanismo.

O povo, conduzido como massa de manobra, não percebe as discrepâncias no discurso oposicionista da moralidade seletiva e se agita contra o partido que forneceu as melhores condições jamais experimentadas pelos trabalhadores e pela parcela menos desfavorecida do país.

Contudo, por mais insana que se apresente a conduta da oposição tucana e da imprensa, não parece provável que assumiriam a possibilidade de causar uma ruptura social no país se não houvessem interesses ocultos muito mais sólidos.

A imprensa parece estar cavando a própria sepultura, ao enterrar sua credibilidade em toneladas de lama desveladas rapidamente pela internet. Um ato de suicídio dessa magnitude não pode representar um mero interesse em se livrar de um partido incômodo. Deve existir algo mais.

Quais são os verdadeiros interesses ocultos por trás desse movimento de desestabilização do governo brasileiro?

A equação possui governo de tendência socialista, petróleo, nacionalismo, escandalização pela imprensa e um partido político que atua de forma contrária aos interesses do próprio país.

Todas as vezes em que esses elementos estiveram presentes na mesma equação, os Estados Unidos da América atuaram em desfavor do governo nacional rebelde aos interesses das corporações.

Não há motivo algum para supor que agora fariam diferente.

Na eleição americana do ano 2000, Al Gore foi nitidamente alvo de uma fraude eleitoral que conduziu Bush filho ao poder. Poderia ter iniciado uma disputa jurídica acirrada para obtenção de recontagem. Republicanamente, porém, abdicou dessa disputa em nome da paz política dos Estados Unidos.

No Brasil, Aécio Neves, coloca a própria ambição política acima de um resultado político justo, honesto e reconhecido pelo seu próprio partido após realizar dispendioso e inútil esmiuçamento nas urnas eleitorais. Isso, todavia, não impede Aécio de assumir essa insanidade vexatória num comportamento que o fez ser apelidado corretamente por Jânio de Freitas de “taradinho do impeachment”.

Aécio Neves, cuja riqueza pessoal em grande parte é devida à ação política oligárquica de sua família e à sua própria atuação política, pois está envolvido na política desde antes de se formar na faculdade, se vende como um paladino da moralidade e da ética para maquiar o que é somente mera ambição política, egolatria e mania de grandeza. Se acha no direito de desestabilizar a nação em nome desses vícios de caráter, sendo ombreado nesse propósito por pessoa vaidosa que pensa incorporar a figura de estadista e de sábio político, Fernando Henrique Cardoso, mas que não revela a grandeza de impedir a luta fratricida que está se iniciando no Brasil.

Todavia, não se vê uma defesa contundente da democracia pelo “parceiro amigo” do Brasil, os EUA, que seriam capazes de adotar ações através das próprias corporações donas dos meios de comunicação brasileiros.

O silêncio dos americanos em relação a assuntos internos de outros países que com potencial de atingi-los, mesmo superficialmente, é revelador, pois sempre foi indicativo, não de neutralidade, mas de incitação, apoio material ou, no mínimo, posição favorável aos revoltosos.

O Brasil sempre foi um empecilho às corporações por sua inclinação a um alinhamento com os países sul-americanos e com outras nações menos privilegiadas.

Isso, por si só, já constitui uma ofensa ao imperialismo corporativo.

A gota d’água foi a política protecionista do pré-sal.

É muito possível, pelo que se extrai dos relatos históricos, que a tentativa de desestabilização do governo do PT, acentuado no governo da Dilma, possua garras de águia habilmente escondidas.

Garras que manipulam marionetes brasileiras.

no blog: http://marciovalley.blogspot.com.br/2015/10/estados-unidos-da-america-por-tras-dos.html

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley | GGN

20/10/2015

Com uma meia verdade pode-se contar uma mentira inteira

Pre-sal (2)José Serra e FHC cumprem, por vias transversas, promessa feita a Chevron no convescote de Foz do Iguaçu. A meia verdade é que entidade dos EUA vão processar a Petrobrás nos EUA. A mentira inteira está em não contar que as informações foram fornecidas por aqueles que dizem investigar a Petrobrás para proteger o patrimônio nacional. Sim, há quem queira quebrar a Petrobrás para entrega-la de bandeja, como Petrobrax, aos EUA. Sim, duas matérias saídas em outros jornais explicam muito bem de onde partiu a mentira de ataque à Petrobrás.

A charge do Santiago, ao lado, foi publicada tão logo se anunciou a descoberta do Pré-Sal. Premonitória, mas evidente. Desde o nascimento da Petrobrás se soube que a sua defesa sempre implica na criminalização dos seus defensores.

Se alguém ainda tinha dúvidas a respeito de quem são os Quinta Colunas atuais, e que sempre houveram no Brasil, basta ver o que saiu ontem, mas que a Folha de hoje sonega de forma olímpica:

Agentes dos EUA recolhem provas da Lava Jato em processo contra Petrobrás
Lava Jato terá ajuda dos EUA para investigar Odebrecht

Não é sintomático que as maiores empresas brasileiras, as únicas em condições de competirem com empresas dos EUA, sejam atacadas por todos os flancos?! Alguém consegue imaginar o serviço de inteligência brasileiro, o MPF e a PF indo aos EUA buscar subsídio para processarem a Coca-Cola, o McDonald’s no Brasil?!

Recentemente a Argentina também foi processada pelos fundos abutres nos EUA. Um juiz, nos EUA eles ou são eleitos pelo voto popular ou são indicados pelo Executivo, Thomas Griesa, deu ganho de causa aos abutres. Alguém ainda há de lembrar da arapongagem dos EUA na Petrobrás, revelada pelo ex-espião da NSA, Edward Snowden?! Eles investigava, no Brasil, dois alvos: Dilma Roussef e a Petrobrás. Bingo! As duas entidades que estão sob ataque virulento dos vira-latas também conhecidos como agentes dos interesses dos EUA no Brasil.

Nós brasileiros, ao contrário dos argentinos, já não dependemos de juiz nos EUA para atuar contra o Brasil…

Pimco e mais três entidades processam Petrobras nos EUA

THAIS BILENKY
DE NOVA YORK

19/10/2015 19h09 – Atualizado às 21h12

Na sexta-feira (16), mais quatro autores passaram a processar a Petrobras na Justiça americana. Um deles é a gestora de ativos Pimco, que abriu uma ação individual contra a companhia na corte de Nova York.

Os outros três autores passaram a integrar a ação coletiva já existente, liderada pelo USS, fundo de pensão inglês. São eles o Tesouro estadual da Carolina do Norte, a entidade que representa aposentados no Havaí e o gestor Union Investment.

A adesão das três entidades à ação coletiva não altera o rito na corte, mas fortalece o pleito. A acusação sustenta que US$ 98 bilhões das ações e títulos da Petrobras foram inflados artificialmente pela companhia ao superestimar o valor de alguns de seus principais projetos. Segundo os autores, a diretoria da estatal tinha conhecimento da prática.

Em tese, todos os investidores que tinham participação acionária na Petrobras no período contemplado (2009 a 2015) são representados pela ação coletiva. A abertura de processos individuais mostra confiança de que os autores serão ressarcidos.

A Pimco, gigante do mercado financeiro, acusa a companhia de inflar preços artificialmente e fazer declarações falsas sobre o valor de ativos e lucros. Afirma também que a Petrobras distorceu informações sobre seus métodos de controle interno de corrupção.

A ação cita os ex-presidentes Maria das Graça Foster (2012-2015) e José Sérgio Gabrielli (2005-2012), além de outros funcionários, por supostamente terem ciência das práticas ilícitas.

Entraram como coautores a gestora Allianz, Western Asset e o fundo de pensão de funcionários da Boeing, entre outros.

A ação diz que o valor da Petrobras caiu de US$ 310 bilhões, em 2008, para os atuais US$ 33 bilhões e que a "integridade" da companhia está em xeque. A Pimco pede indenizações a prejuízos acumulados entre 16 outubro de 2010 e 15 de maio de 2015.

REFLEXOS DA LAVA-JATO

Em junho, a Corte de Nova York negou pedido da Petrobras para encerrar a ação coletiva que pede ressarcimento por perdas com corrupção e informou que as partes deverão se preparar para o julgamento até o dia 1º de fevereiro de 2016.

Com a ação, investidores querem recuperar os prejuízos daqueles que aplicaram em ADRs (recibos de ações na Bolsa de NY) ou em títulos de dívida da Petrobras de janeiro de 2010 a março deste ano.

As ações se iniciaram depois da descoberta do escândalo de corrupção na estatal revelado pela Operação Lava Jato.

24/08/2015

A Chevron apresenta suas credenciais

pre-Sal (3)Com o comando, via MBL, da Marcha dos Zumbis, e tendo José Serra & PSDB como linha auxiliar, os EUA prescindem de revolução para se apropriarem do nosso pré-sal. Dispensáveis as revelações do Edward Snowden a respeito das arapongagens da NSA. Quem tem quintas colunas William Waack, José Serra, Aécio Neves e FHC não precisa de espiões. Aliás, em 2010 FHC foi artífice de um convescote em Foz do Iguaçu prometendo, caso Serra se elegesse, entregar a Petrobrás à Chevron.

Não precisa ser dotado de grande inteligência para saber que os EUA estiveram e estão por trás de todos os levantes recentes nos principais produtores de petróleo. Desde Líbia, Egito, Síria, Ucrânia e Venezuela. Em todos está o dedo sujo de petróleo dos EUA. Está no DNA dos ianques a apropriação dos bens onde eles estiverem. Por que haveria de ser diferente no Brasil?

Bem, as provas estão aí. Se é que alguém ainda tinha dúvida.

 

Agentes dos EUA recolhem provas da Lava Jato em processo contra Petrobrás

REDAÇÃO, BLOG FAUSTO MACEDO

22 Agosto 2015 | 22:00

Para embasar ação coletiva, investigadores americanos buscam no Brasil informações levantadas pela investigação do esquema de corrupção na estatal; ‘Não vamos deixar o caso acabar como qualquer pizza’, diz Jeremy Lieberman, o advogado do grupo

Por Julia Affonso e Ricardo Brandt

Investigadores norte-americanos recolheram durante a semana passada cópias de documentos da Operação Lava Jato no Brasil para dar sustentação a uma ação coletiva milionária, ou class action, em curso na Suprema Corte de Nova York. O grupo reclama perdas milionárias causadas pelo esquema de corrupção na companhia após compra de ações da estatal que vieram a sofrer baixas na Bolsa de Valores de Nova York, a maior dos Estados Unidos. Os ex-presidentes da estatal José Sérgio Gabrielli e Graça Foster devem ser citados.

O coletivo é formado por um fundo de pensão de professores e pesquisadores do Reino Unido, outros três de servidores dos Estados de Ohio, Idaho e Havaí, a gestora Skagen, da Noruega, e o Danske Bank, da Dinamarca.

Por negociar papéis na Bolsa de Nova York, a Petrobrás é obrigada a comunicar fatos relevantes que possam influenciar a decisão de investidores. Para eles, a estatal não comunicou apropriadamente ao mercado o esquema de corrupção na empresa.

Durante a estada da comitiva americana no Brasil foram colhidas cópias de documentos e perícias tornadas públicas nas ações criminais da Lava Jato com autoridades e defensores de alguns dos principais delatores da investigação. A missão foi cercada de sigilo para evitar desgaste ante o fato de que a norma aplicável legal é aquela do país onde se produz a prova, ou seja, os advogados da Petrobrás podem questionar o conjunto de provas obtidas sem obedecer formalidades legais.

Os investidores foram recepcionados por um especialista em crimes transnacionais que os acompanhou na busca por evidências sobre cartel, pagamento de propina e superfaturamento de contratos na Petrobrás.

O advogado Jeremy Lieberman, do escritório Pomerantz, é o responsável pela defesa dos investidores. “Sentença, delações premiadas, confissões, tudo pode ser prova. E isso pode ser feito, inclusive, sem a presença física. A presença é o ideal, obviamente, mas muitos (ex-diretores da Petrobrás) estão presos. Nós não sabemos o procedimento de como eles poderiam de alguma forma testemunhar, mas estamos explorando isso”, declarou Lieberman.

‘Vítima’. A companhia foi reconhecida pelo juiz federal Sérgio Moro – que conduz as ações penais da operação na primeira instância – como vítima do cartel de empreiteiras que tomou o controle de contratos bilionários para distribuição de propinas a políticos do PT, PMDB e do PP. Ao assumir o papel de assistente do Ministério Público Federal na acusação aos réus da Lava Jato, a Petrobrás se comprometeu a prestar informações às autoridades.

A defesa dos investidores, no entanto, discorda da posição ocupada pela estatal no processo. “Pensamos que é uma piada dizer que eles são vítimas. A Corte em Nova York abordou essa questão. A Petrobrás disse que foi vítima, portanto, as ações de (Nestor) Cerveró (ex-diretor da área Internacional), (Renato) Duque (ex-diretor de Serviços) e (Paulo Roberto) Costa (ex-diretor de Abastecimento) não devem ser atribuídas à empresa, porque eles não estavam agindo para a empresa, e sim contra a empresa”, afirma o advogado Jeremy Lieberman.

+ Petrobrás foi vítima de ação cruel de criminosos, diz Janot

Para Lieberman, as propinas obtidas pelos ex-diretores da estatal no esquema de corrupção beneficiaram o governo da presidente Dilma Rousseff, o que não pode assegurar status de vítima à Petrobrás.

“Nós dissemos que não. Eles estavam dando subornos ao governo, o governo é o acionista majoritário e, portanto, o que é bom para o governo é bom para a empresa”, afirmou.

Em audiência realizada em junho na Corte de Nova York, a defesa da Petrobrás alegou que apenas poucos ex-executivos da estatal sabiam das irregularidades.

Em abril, a companhia reconheceu em seu balanço financeiro de 2014, divulgado com cinco meses de atraso, a perda de R$ 6,2 bilhões relacionada à Lava Jato. Outros R$ 44,6 bilhões foram registrados como prejuízos após revisão no valor de ativos. Os dados serão utilizados como argumento de defesa dos investidores.

+ ‘Ações nos EUA são um risco muito maior para a Petrobrás’

‘Adoçar’. “O (balanço) é uma munição (para a class action) em grande medida, sim, eles admitiram que pelo menos US$ 2.5 bilhões foram usados em corrupção. O fato de existir um balanço é muito útil, mas nós acreditamos que ele não é preciso, completo. Tentaram ‘adoçar’. É menos munição do que deveria ser. Vamos provar que quando você tirar o açúcar, uma grande quantidade de munição vai sair de lá”, declarou o advogado.

Segundo ele, a class action deverá ser julgada até agosto de 2016. Em cerca de dez dias, a defesa deverá entregar uma petição sobre a investigação à Corte de Nova York. “Nós certamente não vamos deixar o caso acabar como qualquer pizza.”

Para os investidores, as principais vantagens de ingressar na ação consistem na possibilidade de obter indenização punitiva, celeridade no processo, litigância conjunta, o que reduz os custos e une os interesses comuns, assim como a possibilidade de o investidor ter voz ativa nas negociações de uma eventual proposta de acordo pela Petrobrás.

A Petrobrás informou que não se manifestaria sobre a ação na Corte de Nova York. Em abril, entretanto, a estatal apresentou um documento de defesa aos investidores dos EUA com o argumento de que as construtoras formaram um cartel, com esquema de atuação desconhecido pela administração da companhia.

O texto afirma que apenas quatro diretores da empresa sabiam do esquema e foram afastados – Paulo Roberto Costa, Pedro Barusco, Renato de Souza Duque e Nestor Cerveró. Cita ainda que em novembro de 2014 publicou um documento sobre as investigações. Quanto a seus ex-presidentes, José Sérgio Gabrielli informou que não se manifestaria sobre o assunto. Graça Foster não respondeu à reportagem até a conclusão desta edição.

23/08/2015

Jornal argentino mostra quem finanCIA o golpe no Brasil

EUAGloboNão podemos esperar nada da velha mídia brasileira. Aliás, podemos esperar o de sempre, o golpismo rasteiro para beneficiar seus finanCIAdores ideológicos. O jornal argentino Pagina12 mostra quem são os maiores interessados na quebra da Petrobrás e, por conseguinte, desencadear uma crise econômica  para quebrar o Brasil. Não é mero acaso que a descoberta do pré-sal tenha coincidido com a revelação de Edward Snowden de que a NSA estava, como se já não bastassem os serviços de William Waack, grampeando Dilma e a Petrobrás.

Os mesmos interesses, cujo nome é Consenso de Washington, que enterraram a América Latina de Fujimori, Menem e FHC, voltam as baterias para uma nova tentativa de implantar a ALCA. No Brasil a ponta de lança destes interesses está a tentativa de entregar a Petrobrás, conforme projeto de lei perpetrado por José Serra, à Chevron. Álias, coerente com a promessa da campanha de Serra nas eleições de 2010. Até mesmo FHC, em convescote em Foz do Iguaçu, prometeu entregar a Petrobrás aos EUA. O golpe paraguaio se insere nessa louca cavalgada do golpismo made in USA.

El proyecto para Brasil

Por David Cufré

El proyecto económico detrás de las manifestaciones masivas de las últimas semanas contra el gobierno de Dilma Rousseff tiene como uno de sus objetivos prioritarios desandar el camino de la integración regional. En lugar de la alianza con Argentina, Uruguay, Paraguay y Venezuela, una cúpula empresaria de Brasil quiere reemplazar al Mercosur por acuerdos de libre comercio con la Unión Europea y Estados Unidos, sin restricciones ni condicionamientos de los antiguos socios sudamericanos. La movida es alimentada por los grandes medios de comunicación, que transmiten un mensaje monolítico a favor de profundizar las políticas neoliberales. Describen al bloque regional como un lastre, que impide al país despegar hacia el mundo. También le atribuyen una cuota de responsabilidad en la crisis económica, que cada vez es más grave. La salida, dicen, es apostar a nuevos socios comerciales para aumentar las exportaciones, al mismo tiempo que se avanza con señales hacia los mercados financieros, como un ajuste fiscal más severo, la anulación de impuestos al patrimonio, la suba de la edad jubilatoria, el arancelamiento de la salud, una reforma para achicar el Estado y la venta de activos públicos, como edificios y tierras de las fuerzas armadas. Todo ello debería seducir a capitales extranjeros para invertir en el país. Los actores sociales que impulsan esa vuelta de tuerca ortodoxa son los mismos que en Argentina sueñan con un modelo agroexportador, de apertura comercial y desregulación financiera y cambiaria: grandes productores agropecuarios, especialmente de soja y ganado (Brasil se ha convertido en una potencia mundial en ambos casos), sectores vinculados a la banca internacional; el establishment industrial con compañías globales, y una clase media y media alta de grandes ciudades que a pesar de haber sumado ingresos con los gobiernos del PT, no logra convivir con las clases populares que ascendieron gracias a las políticas de redistribución.

Una diferencia sustancial entre Brasil y la Argentina, que agrava las cosas, es que los gobiernos de Lula y Dilma nunca rompieron con el paradigma neoliberal. El país vecino no tuvo un 2001/2002 que enterrara a los años ’90 en el descrédito. Los avances sociales se produjeron gracias a políticas específicas, como el Bolsa Familia, y a la promoción del consumo y el empleo en las etapas de auge económico, promovidas por la suba de los precios internacionales de las materias primas. A eso se suma que el segundo mandato de Dilma arrancó el 1º de enero pasado echando por la borda promesas electorales desarrollistas y nombrando en su gabinete a referentes del proyecto neoliberal del agro y de la banca: Joaquim Levy en Hacienda, doctorado en Chicago, ex funcionario del FMI y director del Banco Bradesco hasta 2014, y Catia Abreu en Agricultura, ex presidenta de la Confederación Nacional de la Agricultura, la Sociedad Rural brasileña. Esta última dijo en junio, en una reunión en Bruselas con la Unión Europea, que Brasil debería firmar un acuerdo de libre comercio con ese bloque sin esperar el consentimiento del Mercosur. El sacudón obligó al gobierno de Rousseff a bajarle el tono, pero la propuesta reapareció la semana pasada por parte del presidente del Senado, Renan Calheiros, uno de los líderes del PMDB, quien hasta ahora mantenía una alianza con el PT pero que en este momento luce al borde de la fractura.

Calheiros se reunió con Levy y le presentó una carta de veinte puntos con los postulados neoliberales, algunos de los cuales se mencionaron más arriba: reducción del impuesto a la herencia, achicamiento del Estado, reforma laboral, flexibilización regulatoria para el sector de la minería, creación de una institución autónoma encargada de auditar la política fiscal, incentivos a la repatriación de capitales y nuevas exigencias para cobrar planes sociales, entre otros. Uno de los puntos dice textualmente: “Acabar con la unión aduanera del Mercosur a fin de posibilitar que Brasil pueda firmar acuerdos bilaterales sin depender del apoyo de los demás miembros del bloque regional”.

La canciller alemana, Angela Merkel, fue recibida anteayer por Dilma en Brasilia con honores de Estado, propios de la jerarquía de la visitante, pero también reflejo del momento político y de las presiones económicas que se viven en el principal socio comercial de la Argentina. La virtual jefa de la Unión Europea sostuvo: “Hay empresas alemanas que quieren y están dispuestas a invertir en Brasil, pero para ello se necesitan condiciones de inversión confiables”. La traducción del idioma diplomático a hechos concretos es dejar de lado la integración latinoamericana para afianzar nuevos lazos con las grandes potencias occidentales.

Eduardo Crespo, prestigioso profesor de la Universidad Federal de Río de Janeiro, analiza con su mirada argentina el proceso brasileño. Considera que los movimientos desestabilizadores contra el Gobierno que se expresaron en las marchas –de perfil “cacerolero”, con una potencia y una masividad nunca antes vistas para la sociedad brasileña– tienden a replegarse. Esto es así, estima, porque el poder económico y buena parte del poder político en la oposición prefieren que Dilma haga el trabajo sucio. Es decir, que implemente aquellos veinte puntos de cepa neoliberal, vaya para atrás con el Mercosur y cierre acuerdos con Europa y Estados Unidos. Y mientras tanto, la seguirán desgastando con las causas de corrupción, a ella y a su eventual sucesor, Lula da Silva. En 2018, la oposición tendría el camino allanado para ganar las elecciones, y el PT quedaría como responsable de la crisis ante la sociedad.

Algo de eso ya se vio con la estigmatización que está haciendo la prensa dominante –mucho menos plural que la argentina– del ex ministro de Hacienda Guido Mantega. El funcionario asumió con Lula en marzo de 2006 y permaneció hasta el final del primer mandato de Dilma, el 31 de diciembre último. Su gestión, como ya se dijo, mantuvo la impronta ortodoxa en términos fiscales, monetarios y cambiarios, aunque en comparación con su antecesor, Antonio Palocci, y su sucesor, Levy, parece un moderado. Eso les basta a los grandes medios para tildarlo de heterodoxo –aunque esté a años luz de Kicillof, para medirlo con la vara nacional– y culparlo de todos los males. “Levy tiene que arreglar los desastres que dejó Mantega”, instalan diarios y canales de televisión. No importa que el violento ajuste fiscal que impuso el actual ministro haya hundido a una economía que ya venía en caída, la responsabilidad se atribuye al “heterodoxo” Mantega.

En esa línea, hay sectores empresarios que aspiran a forzar una privatización de Petrobras, conmocionada por las denuncias de corrupción. Grandes petroleras del exterior están igualmente detrás de esa presa.

Por ahora no surgió en Brasil una reacción popular en defensa de sus intereses, y no será fácil que ocurra porque el partido político que solía representarlos, el PT, está embanderado con las políticas de ajuste. El panorama, así, es sombrío para el proyecto que cobró fuerza hace más de una década en Mar del Plata, cuando la región le dijo no al ALCA y avanzó en su integración. Será un desafío para Daniel Scioli, si se impone en las elecciones, convivir con un Brasil que en lugar de mostrarse como aliado tiene vocación de afianzar otras relaciones. Y si el ganador es Macri, los sueños de un proyecto nacional, popular y latinoamericano quedarán nuevamente en stand by. Ese es el proyecto que el establishment brasileño, Europa y Estados Unidos tienen para la verde-amarela.

Página/12 :: Economía :: El proyecto para Brasil

15/07/2015

Quer saber quem são os corruptos brasileiros?

EUAGloboQuer saber quem são os corruptos brasileiros? Pergunte aos EUA, são eles que corrompem, aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Se nem sempre foi assim, pelo menos depois da  Segunda Guerra tem sido assim, com certeza. É claro que para haver comprador há que haver vendidos. A Chevron só compra porque há sempre um José Serra, um FHC que se vendem.  Para estes dois entreguistas brasileiros vale a máxima cunha pelo Barão de Itararé: “Quem se vende sempre recebe mais do que vale”.

Para essa massa de ignorantes da Marcha dos Zumbis, que pensam que a corrupção é só do tempo em que ela é combatida, ficam aí os arquivos dos EUA para provar que não só havia corruptos na ditadura, como está devidamente documentada nos EUA. Aqui, nossa velha imprensa não tem a dizer por ser exatamente parte da ditadura. E ditadura é, por si só, corrupção, posto que, para existir, corrompe a democracia. Do início ao fim, e até hoje, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium, que já fizeram parte do IBAD, do IPES e frequentaram o DOI-CODI, estão sempre prontos a afrontarem a democracia a e apoiarem golpistas. A marcha dos vadios só existiu porque, sendo bem amestrados, houve também quem os amadrinhassem. As prisões de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden explicam quão atual continua a prática colonialista dos EUA.

Daqui a 50 anos os EUA vão abrir novos baús para revelarem quem são os quinta colunas que conectam os golpistas atuais aos interesses dos EUA. Mas não precisamos esperar tanto tampo para saber que lá estarão as digitais do José Serra, FHC, Aécio Neves, e toda esta matilha que trabalha contra o Brasil.

ELIO GASPARI

O baú dos americanos

Documentos do tempo da ditadura ajudarão no estudo das conexões de Washington com Brasília

O lote de 538 documentos liberados pelo governo americano durante a passagem da doutora Dilma por Washington é um tesouro para quem quiser reconstituir a teia das relações entre os dois países durante a ditadura. Eles estão no site do Arquivo Nacional.

Seu maior valor está na divulgação de mais de uma centena de papéis da Defense Intelligence Agency, a DIA. Ao contrário do que diz a sabedoria convencional, a Central Intelligence Agency não é o único serviço de informações americano e a DIA é a principal operadora de informações militares. Por exemplo: o famoso general Vernon Walters, adido militar no Brasil em 1964, era da DIA e só foi para a CIA anos depois, como seu vice-diretor. Walters foi substituído no Brasil pelo coronel Arthur Moura, um descendente de açorianos, afável, até divertido, fluente em português. Nos anos de chumbo ele foi o mais poderoso funcionário americano no Brasil. Promovido a general a pedido do presidente Médici durante seu encontro com o colega Richard Nixon, passou para a reserva e posteriormente tornou-se diretor da empreiteira Mendes Júnior (ela, a da Lava Jato).

A maioria dos telegramas da DIA foi redigida por Moura. Ele sabia muito –do general que entornava ao mulherengo e ao falastrão. Ajudava os amigos, levando remédios para o ministro do Exército. Moura foi um porta-voz convicto da máquina repressiva da ditadura. Em 1976, já na reserva, escreveu uma carta pessoal ao presidente Jimmy Carter descascando sua política de direitos humanos. Lembrou-lhe que quatro anos antes, ao passar pelo Brasil como governador da Georgia, elogiara a forma como a ditadura combatia o terrorismo. Lembrou ao presidente que ele visitara o país para defender os interesses da fabricante de aviões Lockheed, em cujo jatinho viajara. Alô, Lula. (O general fez chegar uma cópia da carta ao Planalto.)

Do exame da primeira metade do lote de papéis liberados vê-se que o embaixador Charles Elbrick, sequestrado em 1969, manteve o senso de humor na noite de sua libertação, quando foi ouvido por agentes americanos. Elbrick achara que ia morrer. Uma vez solto, disse que se um dia tivesse que ir para a cadeia, ou se voltasse a ser sequestrado, gostaria de receber o tratamento que tivera. Os sequestradores compraram-lhe cigarrilhas quando seu estoque de charutos acabou. Ao levarem comida, desculparam-se pela qualidade: "Nós não sabemos fazer de tudo".

Para quem persegue charadas, o papelório joga luz numa. Em novembro de 1969, quando Carlos Marighella foi morto em São Paulo indo ao encontro de dois freis, o consulado americano lembrou a Washington que sua conexão com os dominicanos do convento de Perdizes já havia sido exposta num telegrama de dezembro em 1968. De fato, há décadas sabia-se que houve um contato do consulado com "frei (dezoito batidas censuradas)". Ilustrando a incompetência da polícia, ele contara que Marighella estivera no convento, localizado nas cercanias do DOPS. Essas dezoito batidas parecem ter sido desvendadas. Outro telegrama, transmitido três dias depois da morte de Marighella e liberado agora, identifica o religioso da conversa de 1968 como "frei Edson Maria Braga" (dezessete batidas). À época havia um frei Edson em Perdizes, mas seu nome completo era Edson Braga de Souza. Era o prior do convento.

06/07/2015

A marcha dos zumbis do PSDB amestrados pelos grupos mafiomidiáticos

O golpismo nunca deixou de existir, apenas foi testando e se fortalecendo em busca de seu retorno. Como os democratas se acovardaram e o governo não reage, os sempre golpistas foram perdendo o pudor que nunca tiveram. Os grupos de mídia criaram um centro coordenador, o Instituto Millenium, e foram recrutando todos os apologistas da tortura, estupro e morte. Basta ver que a Folha de São Paulo recrutou nada menos que Reinaldo Azevedo, Aécio Neves e Ronaldo Caiado. Aí se somaram parte do Poder Judiciário, do MP e da Polícia Federal. A CIA, que sempre agiu livremente, continua financiado golpistas para tomar conta da Petrobrás. No mundo, os EUA se vêem obrigados a fazerem guerras para se apropriarem do Petróleo. No Brasil um senador, José Serra, vira testa de ferro da Chevron, apresenta projeto de lei no Senado para cumprir o papel de entreguista e a imprensa aplauda.

golpe escolher-o-povoRICARDO MELO, na FOLHA, 06/07/2015

O golpe está em marcha

Programa da oposição é derrubar Dilma, custe o que custar; a PF assina embaixo e o governo assiste

As últimas estocadas da oposição provam estar em curso uma operação sistemática para derrubar a presidente Dilma.

Relembrando fatos. A investida desesperada às vésperas da eleição para incriminar Lula e a então candidata. Não deu certo. Recontem-se os votos, decretaram os derrotados. Parece piada, mas isso aconteceu. Também fracassou, tal qual a pecha de estelionato eleitoral! (Alguém esqueceu da desvalorização brutal da moeda em 1999?)

A essa altura, as acusações de roubalheira da Petrobras embaladas pela compra de uma refinaria pareciam cair do céu para um impeachment. Fiasco, até porque o negócio foi recomendado pelo Citibank e avalizado por um conselho composto de ricaços: Jorge Gerdau, Cláudio Haddad, Fábio Barbosa etc.

A história azedou ainda mais quando o executivo petroleiro Pedro Barusco contou que a corrupção estatal avançou no governo do PSDB, turbinada por uma lei que aboliu licitações. Detalhe: Barusco prometeu devolver centenas de milhões de dólares depositados no exterior. Mas a grana não era para o PT? Como estava na conta pessoal dele? Bem, isso não vem ao caso.

Aí surgiu a novela das pedaladas fiscais. Novo fracasso. Todos que conhecem a política mesmo superficialmente sabem que o Tribunal de Contas da União é um almoxarifado para acomodar políticos decadentes, uma espécie de prêmio de consolação para sabujos fiéis ""a favor ou contra, tanto faz. A coisa ficou mais incômoda quando descobriram que as pedaladas começaram na administração Fernando Henrique Cardoso.

Bem, sempre tem o pessoal do Moro e sua equipe de delações. Incrível: o Brasil é o único lugar teoricamente democrático em que candidatos a réus são informados de crimes pelo jornal, TV ou internet. O conteúdo, então, é de espantar.

"O doleiro [Alberto Youssef] não identifica com precisão a pessoa que o teria procurado para pedir ajuda, e deixa claro que não participou da campanha da presidente […] Se não me engano, o pai dele tinha uma empreiteira. Não consigo lembrar do nome da empreiteira […] O doleiro afirmou não saber se Felipe (acusado de ser o intermediário) buscou outros operadores. Questionado sobre o valor do dinheiro a ser internalizado, o doleiro respondeu: ‘Acho que era em torno de R$ 20 milhões’". (FSP, 03/07, Pág. A4)

Tal depoimento, como se percebe robusto, cheio de evidências, em que o acusador ignora o nome do interlocutor, desconhece para quem ele trabalha e sequer sabe o valor exato da propina –tal depoimento está no processo que serviu de base para o PSDB pedir a cassação de Dilma!

Para completar a mistificação, aparece a entrevista do delegado geral da Polícia Federal ao "Estado de S. Paulo". Somos informados que na democracia da jabuticaba existem quatro poderes: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e a…Polícia Federal. "O ministro da Justiça não é o seu chefe?", perguntam as repórteres. Resposta: "O ministro da Justiça é o responsável pela PF, mas na esfera administrativa. As ações da PF na esfera de investigação são feitas no limite da lei".

Pelo jeito, a mesma lei que muda votações na Câmara ao sabor de um presidente que dispensa comentários; deixa impunes sonegadores graúdos da Receita; fornece habeas corpus a banqueiros selecionados; prende antes de julgar e vem transformando o Supremo Tribunal Federal num órgão tão decisivo quanto cerimônias de chá na Academia Brasileira de Letras.

E o governo, o ministro da Justiça, não têm nada a dizer antes que seja tarde?

23/06/2015

Lá como cá os capachos dos EUA estão em evidência

Nestes dias de lesa pátria ao céu cor de anil deste Brasil que já foi varonil, deveria ser obrigatório reler a Carta Testamento de Getúlio Vargas. Principalmente para entender porque a mídia incensa a atitude do Senador José Serra de entregar a Petrobrás e seu pré-sal à Chevron e a mesma mídia condena Lula por trabalhar pela internacionalização de empresas brasileiras.

O velho coronelismo eletrônico quer a volta da diplomacia dos pés descalços.

Embora seja algo recorrente na história da humanidade é-me incompreensível que alguém que viva sob a bandeira de uma nação faça de tudo que rasga-la e submete-la aos espezinhamento de outra.

Na Guerra do Peloponeso, clássico do Tucídides, ve-se como os gregos nacionalistas tiveram de parir uma bigorna para vencer o poderio do Império Persa. Se a simples disputa entre David e Golias já é algo incomensurável, imagine Golias tendo de derrotar seus compatriotas que se fizeram de capacho para os golias Dario e Xerxes desfilarem. Até na pardigmática Batalha das Termópilas, os persas só conseguiram derrotar os 300 de Esparta por que Efialtes, o José Serra da época, traiu e entregou aos persas um atalho ao exército invasor.

Na Argentina e no Brasil os Efialtes são incubados na SIP e no Instituto Millenium, que por sua vez têm sob as asas o Grupos Clarín, Rede Globo, Folha, Estadão, Veja, RBS.

Se é verdade que praga de urubu não pega em cavalo gordo, também é verdade que há sempre um bando de abutres esperando pelo primeiro tropeção do cavalo.

PAPITA PA’L BUITRE

Por Werner Pertot

Gabriela Michetti empezó su campaña asegurando que se les debe pagar a los buitres lo que diga el juez Griesa. “Argentina no puede estar incumpliendo fallos”, dijo en línea con Macri. Economía calcula que esa posición costaría al país entre 17.800 y 22.000 millones de dólares, más de la mitad de las reservas

EL PAIS › GABRIELA MICHETTI, CANDIDATA A VICEPRESIDENTA DEL PRO, PROPUSO ACATAR EL FALLO DEL JUEZ GRIESA Y PAGAR

Los buitres ya tienen a quien ir a votar

A tono con lo que había declarado Mauricio Macri tiempo atrás, ayer, Michetti sostuvo que “Argentina no puede estar incumpliendo los fallos”, por lo que debe acatar lo resuelto por Griesa y pagarles a los fondos buitres.

Por Werner Pertot

La candidata a vicepresidenta del PRO, Gabriela Michetti, propuso acatar el fallo del juez Thomas Griesa y pagarles a los fondos buitre. “Lamentablemente, una vez que tenés el fallo encima, la Argentina no puede estar incumpliendo fallos”, afirmó la senadora PRO, en consonancia con lo que había manifestado su compañero de fórmula, Mauricio Macri, el año pasado. En ese momento, el jefe de Gobierno afirmó: “Si hay que pagar al contado, habrá que pagar el contado. Si regularizamos este tipo de situación y generamos confianza, estos números van a ser insignificantes”.

En caso de tener que pagar a todos los holdouts, la suma llega a un total de entre 17 y 22 mil millones de dólares.

Michetti intentó relativizar la posición de su líder político. “Estoy de acuerdo con batallar con el problema de los fondos buitres a nivel internacional y cambiar las normas que tiene el sistema internacional en relación con estos temas que les hacen mucho daño a los países”, afirmó la candidata a vicepresidenta en declaraciones radiales. Sin embargo, se mostró a favor de acatar el fallo de Griesa. “Si tenemos fallos que cumplir y normas que nos dicen que tenemos que cumplir una ley, yo siempre soy de cumplir leyes, normas y fallos”, afirmó Michetti.

En ese sentido, corroboró lo que ya había afirmado Macri hace menos de un año: “El tiempo se acabó –dijo entonces el aún procesado jefe de Gobierno–. Lo que corresponde para no seguir agravando las cosas, lo que hay que hacer es, con mucha tranquilidad, ir a la instancia que propone Thomas Griesa, no hay otra alternativa”, sostuvo en junio del año pasado. Luego insistió con que “si hay que pagar al contado, habrá que pagar el contado”.

En el momento en que Macri afirmó que había que pagar, el fallo de Griesa implicaba 1330 millones de dólares más intereses (unos 1800 millones actuales). Pero se discutía si eso no activaría la cláusula RUFO, que podría haber habilitado a quienes aceptaron la quita de la deuda a reclamar el mismo trato. Esa cláusula venció en enero de este año. Además, ya en ese momento se preveía que podían ingresar otros fondos al fallo de Griesa, algo que finalmente ocurrió: actualmente el monto a pagar llega a los 5500 millones de dólares y, si Griesa termina extendiéndolo al 7,6 por ciento de acreedores que no ingresaron al canje de deuda, llegaría a un total de entre 17 y 22 mil millones de dólares (ver nota aparte). Para ofrecer una comparación: las reservas del Banco Central llega en la actualidad a 33 mil millones.

En la entrevista radial, le preguntaron a Michetti si habría que pagar igual “aunque fuera un fallo de usura”. “El problema es que una vez que tuviste el fallo, fuiste vos el que también tuvo la culpa de llegar a ese lugar de no saber negociar bien y no saber hacer las cosas bien para llegar a ese lugar”, sostuvo la candidata a vicepresidenta del PRO.

Michetti consideró que el de los fondos buitres es “el gran problema, diría, del capitalismo internacional”. “En esto, la Argentina tiene que ser una de las abanderadas dentro de las naciones del mundo frente a ese problema, e incluso tener socios como Francia, como la misma Alemania, que son países que pueden estar de nuestro lado batallando contra esos fondos”, consideró la ex vicejefa. Sin embargo, insistió en que hay que pagar: “Tenemos fallos que nos dicen que tenemos que pagar cosas, porque nos hemos endeudado y hemos tenido problemas, y hemos llegado a no poder negociar bien y a no llevar bien las cosas”.

“Entonces, también hay una responsabilidad tuya. Porque del otro lado tenés una cosa horrible, espantosa, que es una injusticia enorme del sistema financiero internacional que no está resuelta, pero mientras tanto no podés incumplir las cosas porque te quedaste afuera de la lógica de la inversión y de los préstamos”, consideró la candidata.

En tanto, Michetti se mostró a favor de continuar con la Asignación Universal por Hijo en un eventual gobierno nacional del PRO: “Estamos totalmente de acuerdo en su continuidad y su fortalecimiento. Creemos que hay que hacerlo por ley. Hay que extenderla y debe ser realmente universal”, afirmó la ex vicejefa. “La Presidenta ha decidido hacerlo por decreto, pero nosotros creemos que tiene que ser una ley del Estado argentino”, insistió, aunque no hizo alusión a cuál será su posición frente al proyecto de ley enviado por el Ejecutivo para regular las actualizaciones de la AUH.

Sobre la posibilidad de privatizar Aerolíneas Argentinas, Michetti contestó: “El problema no es que sea pública o privada. Si es privatizada, que el Estado controle; si es pública, que administre el Estado, pero bien. Yo la mantendría y lo que haría seguro es una administración mucho más eficaz”. La candidata a vicepresidenta aprovechó para defender la continuidad en la Corte del juez Carlos Fayt, de 97 años: “Estoy convencida de que es una persona que todavía aporta. Si él está con esa convicción, tiene que seguir. Cuando él sienta que no puede aportar más lo va a comunicar porque es una persona que se nota que tiene lucidez”.

Sobre su (futuro) contrincante en las elecciones generales, el candidato a vicepresidente del Frente para la Victoria, Carlos Zannini, Michetti comentó que no lo conocía y se limitó a decir: “Sé que tiene un componente enormemente ideológico en su forma de ser. Yo no tengo una ideología cerrada. Tengo mis ideas y valores, pero soy una persona abierta a la riqueza de las diferencias”.

Página/12 :: El país :: Los buitres ya tienen a quien ir a votar

12/05/2015

Se Aécio tivesse vencido as eleições o Ártico descansaria em paz

EUAGloboCom síndrome de abstinência, os EUA invadem o Ártico em busca de petróleo. Mesmo com as revoluções patrocinadas na Líbia, Egito, Síria, Ucrânia e Venezuela, o petróleo ainda não jorra suficientemente nas veias ianques. As espionagens na Dilma e na Petrobrás, reveladas por Edward Snowden também não reverteram em benefícios petrolíferos. A cruzada contra a Petrobrás se encaixa direitinho no modus operandi dos EUA nas desestabilizações que resultam em lucros para suas empresas. Enquanto a imprensa brasileira persegue Lula por que ajuda empresas brasileiras abrirem mercados externos, os EUA patrocinam movimentos coxinhas, do tipo MBL, para levarem de graça nosso pré-sal. Como ainda não conseguiram, se obrigam a investirem no Ártico.

Com ressalvas, EUA liberam extração de petróleo no Ártico

Autorização do governo à Shell impulsiona concorrência global em região ambiental e geopoliticamente delicada

Ambientalistas alertam para consequências de acidente em área remota; pressão da indústria é antiga

DO "NEW YORK TIMES", EM WASHINGTONDE SÃO PAULO

O governo Barack Obama concedeu nesta segunda (11) licença condicional à Shell para perfurar poços de petróleo e gás natural no oceano Ártico a partir de julho.

A decisão é uma vitória do setor petroleiro após anos de pressão para operar no mar de Chukchi, uma extensão do oceano Ártico entre o Alasca e a Rússia onde se estima haver grandes reservas de petróleo e gás natural.

A região ártica –estratégica em termos ambientais, econômicos e geopolíticos– abriu nos últimos anos nova frente de disputa entre Rússia (que mantém vários projetos locais), países do norte europeu (sobretudo Noruega, que tem a maior atuação na área), EUA e, mais recentemente, China, por meio de parcerias internacionais.

A nova decisão americana impõe um revés aos ambientalistas, que vinham pressionando o governo para rejeitar as propostas no Ártico, e lança ambiguidade sobre o legado ambiental de Obama (leia análise nesta página).

O argumento central é que, por causa do isolamento da área, um acidente ali poderia ter consequências piores que as do vazamento do Golfo do México em 2010, quando, após a explosão de uma plataforma, 11 pessoas morreram e milhões de litros de petróleo oram derramados no mar.

CONDIÇÕES

A aprovação ainda está condicionada a que a Shell receba outras licenças pendentes, referentes à fauna local e ao descarte de dejetos.

"Enquanto isso, vamos continuar a testar e preparar nossos prestadores de serviços, ativos e planos de contingência", afirmou Curtis Smith, porta-voz da Shell.

O governo Obama inicialmente havia concedido à Shell uma licença para começar a perfurar no oceano Ártico no terceiro trimestre de 2012. No entanto, as primeiras incursões da empresa se viram prejudicadas por numerosos problemas operacionais e de segurança.

Duas das plataformas de petróleo encalharam e tiveram de ser rebocadas para águas mais seguras.

Em 2013, o Departamento do Interior concluiu que a Shell falhara em uma ampla gama de tarefas operacionais básicas, como a fiscalização de subcontratadas encarregadas de funções essenciais.

Em relatório, criticava asperamente a gestão da Shell, que admitiu estar despreparada para os problemas encontrados ao operar no implacável ambiente do Ártico.

A diretora do Serviço de Administração de Energia Oceânica do Departamento do Interior afirmou em comunicado que a nova decisão foi "ponderada" e considerou "os recursos ambientais, sociais e ecológicos da região".

"Estabelecemos altos padrões para a proteção desse ecossistema e de nossas comunidades árticas", escreveu Abigail Ross Hopper.

22/03/2015

2018 – o ano que já começou

PT MBL SSNo maquiavelismo da imprensa, com participação de parcela do MP e Poder Judiciário, tudo será feito para tirar Lula do páreo. Não faltará alguém para dizer que o Lula comprou, via desvios da Petrobrás, todinho e por inteiro, o PP gaúcho. Ninguém dirá que o PP gaúcho esteve, todinho e por inteiro, do lado do Aécio Neves, senão por obra pensada por Lula para jogar o PSDB na “mesma vala”. Então, a direita entregará  um bagre para fisgar Lula. É o que sinaliza a Folha deste final de Semana. O PSDB paulista, com o finanCIAmento de quem sempre esteve ao lado dos golpes contra o Brasil, fará das tripas coração para impedir o retorno de Lula. Se preciso for, não será surpresa se pelas páginas de um dos três grandes aliados do PSDB paulista (Veja, Estadão e Folha) surja um “Pó pará, governador II”! Entregarão quem está por trás do sumiço do helipóptero com 450 kg de cocaína para construir um álibi perfeito. Explico, Ao dizer que a lei pune a todos, entregando pior senador no ranking da Veja, entra um bagre com o único intuito de atingir Lula. A CIA está mais ativa do que nunca, e com a parceria dos grupos econômicos como AMBEV, Multilaser e Banco Itaú, Instituto Millenium, todos com sede em São Paulo, provocarão, se isso viabilizar algum ventríloquo, uma guerra civil.

Terminada as eleições e o abalroamento na decolagem do tapetão voador, a direita nacional prepara corações e mentes para 2018. A Ação 470 visava destruir o PT paulista para viabilizar a candidatura tucana. O PSDB não decolou, mas o PT paulista também não.

Os ataques contra qualquer iniciativa do Prefeito Fernando Haddad, conjugada com a desqualificada candidatura do que poderia ser o pior candidato do PSDB em todos os tempos, Aécio Neves, a sabotagem econômica e a implantação do caos só tem um objetivo: as eleições de 2018.

O convescote de Foz do Iguaçu, em que FHC & José Serra prometiam aos representantes norte-americanos que, caso fosse eleito, o PSDB entregaria a partilha da Petrobrax, digo Petrobrás, à Chevron: “Deixa esses caras [do PT] fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, José Serra na Folha, em 13 de dezembro de 2010. Confirma-se agora, nos primeiros dezesseis dias de Senado do  representante paulista, José Serra, se expõe por inteiro no Projeto de Lei n° 131: “Torna-se imprescindível (…) a revogação da participação obrigatória da estatal no modelo de exploração de partilha de produção, bem como da condicionante de participação mínima da estatal de, ao menos, 30% da exploração e produção de petróleo do pré-sal em cada licitação, disposições constantes da Lei n° 12.351, de 22 de dezembro de 2010. Tal revogação atende aos interesses nacionais e, portanto, deve ser adotada pelo governo.”  Interesses dos “nacionais… ianques”. O que Serra faz de graça em defesa dos interesses norte-americanos, a máfia também fez, mas cobrando um preço muito alto, quando assassinou Enrico Mattei. Mattei criou a ENI, equiparada à Petrobrás, e começou a negociar com o Egito e outras países do Oriente Médio. Aos invés de deixar 25% com os países locais, a ENI propunha 50 a 75%; a CIA, via, máfia, fez explodir o avião em que Mattei viajava. Eram, então, sete irmãs que cartelizavam o mundo do petróleo:

Elenco delle sette sorelle al tempo di Mattei:

  1. Standard Oil of New Jersey, successivamente trasformatasi in Esso (poi Exxon negli USA) e in seguito fusa con la Mobil per diventare ExxonMobil; Stati Uniti
  2. Royal Dutch Shell, Anglo-Olandese; Regno Unito Paesi Bassi
  3. Anglo-Persian Oil Company, successivamente trasformatasi in British Petroleum (BP); Regno Unito
  4. Standard Oil of New York, successivamente trasformatasi in Mobil e in seguito fusa con la Exxon per diventare ExxonMobil; Stati Uniti
  5. Texaco, successivamente fusa con la Chevron per diventare ChevronTexaco; Stati Uniti
  6. Standard Oil of California (Socal), successivamente trasformatasi in Chevron, ora ChevronTexaco; Stati Uniti
  7. Gulf Oil, in buona parte confluita nella Chevron. Stati Uniti

Non Olet

No mundo à moda self-made man norte-americano, importa o fim, o dinheiro, e não a maneira, o meio de se ganhá-lo. É uma simplificação da máxima de Vespasiano, Pecunia non olet, o dinheiro não cheira. Mas quem cheira tem dinheiro…

O Banco Bamerindus foi entregue ao HSBC por FHC. Dizia-se à época o que se diz agora em relação à Petrobrás. Por interesse nacional. Mesmo corrupto, o Bamerindus empregava brasileiros e dinheiro da corrupção ficava por aqui. Com a entrega do Bamerindus, os lucros brasileiros, do trabalho honesto e da corrupção, foram investidos na Suíça ou na sede do HSBC, Inglaterra. É pela mesma razão que os EUA atacaram o HSBC. Se o produto da lavagem do dinheiro ficasse nos EUA, não haveria problema, mas como o dinheiro ia para na Inglaterra ou em outros lugares, a multa pegou pesada.

Os EUA nunca foram contra as drogas. O que eles sempre quiseram foi ficarem com o dinheiro das drogas lá consumidas. Se eles quisessem acabar com a drogas, como disse o ator argentino Ricardo Darín, eles fechariam as entradas. Até porque só Nova York consome 1/3 da cocaína produzida na América Latina. A guerra contra as drogas é, na verdade, uma guerra pelo dinheiro das drogas.

 

Ócio, pai de todos os vícios

Por traz do movimento golpista há jovens bolsistas dos EUA que não trabalham. Vivem do finanCIAmento de ONGs norte-americanas, a exemplo do que já foram a Fundação Ford em relação ao IBAD. O MBL é um filho temporão da OBAN. Ou as instituições republicanas que ainda defendem a democracia cortam este mal pela raiz, ou o que hoje é apenas MBL fará a SS parecer um grupelho amador. O ódio destilado em 15/03 não foi menor que nas marchas alemãs. Basta trocar estrela amarela por estrela vermelha. A única diferença é que ao invés de atacar judeus, suas livrarias, barbearias e bancos, os neonazistas atacam pessoas e sedes do PT.

O desemprego como forma de provocar o declínio da economia é também a arma com a qual pretendem alimentar o ódio de classe. Com a diminuição do pleno emprego, fica mais fácil encontrar mão-de-obra mais barata. As domésticas voltarão ao subemprego, e às condições degradantes. Com a dificuldade em se buscar vínculo formal, a massa desempregada, que já pode consumir produtos que antes lhe eram proibitivos, vira massa de manobra para alavancar distúrbios. Um salvador da pátria, que caçará marajás do serviço público é sempre um mito em construção. Quando não é Collor, pode ser um Joaquim Barbosa. Caiu este mito pelas mãos da Assas JB Corp, mas a Globo já procura substituto de arcanjo com a espada da justiça em mãos.

Neste faroeste paranaense, José Dirceu encarna o mexicano perfeito. Na sequência da linha metodológica, os Procustos do coronelismo eletrônico deitarão na cama da justiça um Lula sob as medidas da conveniência para ser espichado ou encurtado pela Themis de olhos vendados. Como na Alemanha hitlerista, há sempre um exército de carrascos voluntários. Com sangue nos olhos e o brilho dos holofotes, a fila de verdugos só aumenta. Trinta dinheiros não fazem falta ao maior orçamento secreto do mundo.

O finanCIAmento das manifestações, do tipo MBL, por multibiolionários norte americanos, como os irmãos Koch é só um detalhe na engrenagem de moer democracias. Não é mera coincidência que na “marcha dos zumbis” a maioria dos cartazes que pediam o golpe em Dilma eram escritos em inglês. A aculturação denuncia a origem da formação e da deformação.

Organizações norte-americanas, como a Escola das Américas durante a ditadura, fornecem as buchas de canhão do jihad Neoliberal. Os fundamentalistas do EI, perto dos neonazistas do MBL, ficam parecendo jovens de fino trato.

03/03/2015

Arlequim servidor de dois patrões ou ventríloquo vestido de capacho

A insana destruição da Petrobrás atende a um apelo das concorrentes e de governos com interesse no Pré-Sal brasileiro. Se fazem guerra para obterem petróleo em países bem mais distantes, porque não o fariam no Brasil. Como a oposição se perfila, abertamente, ao lado dos interesses norte-americanos, os gastos da CIA para fomentar a destruição da Petrobrás é infinitamente menor do aquele usado para obter o gás na Ucrânia.

No golpe de 1964 a CIA também financiou, com malas cheias de dólares, golpistas e instituições ditas promotoras da democracia. O combate à corrupção é uma bandeira que se ajusta perfeitamente para destruir uma empresa. No caso, para acabar com uma dor de barriga, mata-se o paciente. Só há dois  tipos de brasileiros que ainda não se deram conta que o maior interessado no enfraquecimento do governo e na destruição da Petrobrás é o Tio Sam: os mal informados e os mal intencionados.

Os vazamentos da espionagem dos EUA no Brasil, que envolve Dilma e a Petrobrás, levados a cabo por Edward Snowden são auto explicativos.

 

Serra tira a fantasia: o negócio é fatiar e vender a Petrobras.

27 de fevereiro de 2015 | 12:57 Autor: Fernando Brito

chevon

A entrevista de José Serra ao “dono da lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.

O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.

Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.

O “fio textil” é poliéster, derivado integral de petróleo, que é produzido em Suape, como parte da cadeia de valor gerada pela refinaria, junto com a resina PET, com a que se produz garrafas.

São plásticos, enfim, um dos frutos de maior valor da cadeia de refino de petróleo.

Depois, diz que a Petrobras “não tem que fabricar adubo”.

Parece que está falando de esterco, mas é, simplesmente, de um dos insumos mais importantes da imensa produção agropecuária brasileira: amônia, que é produzida a partir do gás extraído junto com o petróleo.

É o “N” da famosa fórmula NPK dos fertilizantes, que o Brasil, incrivelmente, importa às toneladas.

Depois, fala em vender as usinas termelétricas de eletricidade, que já foram das multis e que a Petrobras teve de assumir porque elas só queriam o negócio com os subsídios que lhes deu FHC na época do apagão de 2001, subsídios que, além disso, eram suportados por nossa petroleira.

A seguir, fala em vender a distribuição, os postos Petrobras.

Aqueles onde o dim-dim entra, sonante, chova ou faça sol.

E aí, finalmente, diz que a empresa deve se conservar na extração de petróleo, mas que este deve ser “aberto ao mercado”.

Como já é, deve-se ler isso como a entrega da parcela exclusiva, de 30%, das imensas jazidas do pré-sal.

Claro que, nos negócios da cadeia do refino de petróleo, a Petrobras pode comprar, vender, dividir, agir como age um empresa que busca concentrar recursos em suas prioridades.

Isso inclui, senador Serra, o tal “fio têxtil”.

É tão bom negócio que seus amigos da Chevron  o produzem em larga escala através da Chevron-Phillips, em oito países.

Assim como a Chevron produz adubo e está cheia de passivos ambientais pela forma terrível que o faz, antes como Texaco e agora  usando  o “codinome” de Ortho.

E, claro, a Chevron não vai abrir mão de seus mais de 8 mil postos de abastecimento só nos Estados Unidos…

Quer dizer, as receitas de Serra para a Petrobras são exatamente o contrário do que fazem seus amigos da Chevron…

Senador, mas o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil?

Serra tira a fantasia: o negócio é fatiar e vender a Petrobras. | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

04/02/2015

Deu no New York Times: EUA continuam com terrorismo de Estado

espiaA dúvida que me assalta neste momento é porque os EUA não precisavam espionar FHC… Bobagem, FHC não fazia nada sem autorização dos EUA. Tanto foi assim que a reeleição foi comprada mas a viabilidade eleitoral se deu graças ao Bill Clinton. Foi ele que ajudou a segurar a reeleição, via FMI, mas depois resolveu espinafrar FHC e o Brasil em público. O notório, e porque não pitoresco, episódio de nossos diplomatas tirando os sapatos para entrarem nos EUA é apenas mais uma imagem da subserviência de FHC.

O convescote de FHC com representantes da Chevron, em Foz do Iguaçu, prometendo entregar a Petrobrás caso Serra fosse eleito, foi de um empreguismo sem precedentes. Os cables vazados pelo Wikileaks também mostram os dedos de José Serra tentando inviabilizar a Petrobrás e entregar, como mostrou a Folha de São Paulo, o pré-sal a Chevron.

Na época dos vazamentos, até William Waack da Rede Globo foi pego. Portanto, a espionagem no Brasil, com tantos capachos tentando entregar o Brasil, é coisa de Peter Sellers…

New York Times diz que EUA ainda espionam Dilma

:

Reportagem publicada pelo jornal "New York Times" nesta terça (3) diz que a presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada pela NSA, Agência de Segurança norte-americana; o jornal registra que dezenas de líderes mundiais sob monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois que a prática veio a público, em 2013; a ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados

3 de Fevereiro de 2015 às 20:30

247 – Reportagem publicada pelo jornal "New York Times" nesta terça-feira (3) diz que a presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada pela NSA (Agência de Segurança dos EUA). O jornal norte-americano registra que dezenas de líderes mundiais sob monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois que a prática veio a público, em 2013. A ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados. “Aparentemente programas no México e no Brasil continuaram”, escreveu o jornal.

O grampo da NSA sobre Dilma Rousseff veio à tona em 1º de setembro de 2013. A presidente brasileira reagiu energicamente e, duas semanas depois, cancelou uma visita oficial a Washington agendada para 23 de outubro de 2013. Dilma também condenou a prática em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 24 setembro de 2014.

O Itamaraty enviou uma mensagem ao blog do jornalista Fernando Rodrigues, que publicou a notícia, comentando a informação do jornal norte-americano. “O Brasil lamenta e repudia todos os episódios de espionagem não-autorizada de autoridades estrangeiras por órgãos de inteligência. O Brasil tem procurado atuar, no sistema multilateral, no sentido de estimular o respeito à privacidade nos meios digitais. Nesse sentido, apoiamos e sediamos a Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano. Também foram aprovadas resoluções, copatrocinadas pelo Brasil, na Assembleia-Geral da ONU, demonstrando o reconhecimento da importância do tema pela comunidade internacional”.

New York Times diz que EUA ainda espionam Dilma | Brasil 24/7

19/03/2013

Ecochatos a serviço da Globo & Chevron

Filed under: Chevron,Rede Globo de Corrupção — Gilmar Crestani @ 8:52 am
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Belo Monte, oposição de ONG, de artistas da Globo e da imprensa cúmplice da Chevron

Belo Monte, oposição de ONG, de artistas da Globo e da imprensa cúmplice da Chevron | Brasil 24/7

23/03/2012

Quanto prejuízo com o (auto-imposto) silêncio do Tijolaço

Filed under: ANP,Chevron,Tijolaço — Gilmar Crestani @ 8:30 am

 

ANP confirma Tijolaço: Chevron economizou no poço

O Tijolaço descumpre sua promessa de silenciar enquanto não há definição  sobre os nomes indicados pelo PDT para o Ministério do Trabalho por uma razão que está acima da política: a verdade.

Agora à tarde, Sílvio Jablonski, assessor de diretoria da ANP, afirmou que, se a petroleira não tivesse deixado uma área não revestida do poço, estendendo o revestimento por mais 400 metros além do que foi realizado, não teria havido o vazamento de 2.400 barris de petróleo, detectado em 8 de novembro.

Ou seja, que a ela não cumpriu os planos de exploração que haviam sido registrados perante os órgãos fiscalizadores que, obviamente, não podem ter um fiscal “morando” em cada plataforma.

É a primeira confirmação oficial do que foi informado aqui, neste blog, no dia 30 de novembro, ou quase quatro meses atrás:

O que a Chevron não disse à imprensa, aos deputados e à sociedade é que deveria existir uma segunda sapata situada algumas centenas de metros abaixo daquela, capaz de sustentar a coluna de tubos de 9 5/8  polegadas e vedar o espaço entre estes tubos e a perfuração de 12 1/4  polegadas, impedindo a ascensão do petróleo por fora da tubulação.

Esta sapata – que seria também submetida, segundo o plano, a “testes de selo”, para verificar sua capacidade de vedação – simplesmente não foi construída.

Veja no quadro do projeto apresentado pela Chevron que ela estaria situada entre 2050 a 2600 metros  (a sigla TVDSS significa True Vertical Depth Sub Sea, profundidade real submarina) e deveria ser capaz de resistir a pressões súbitas (explosões) de mais de seis mil PSI, ou algo como 420 quilogramas-força por centímetro quadrado.

Esta sapata e a vedação jamais existiram, apesar de o poço já ter atingido 3.329 metros de profundidade. Evidentemente, também não o teste de selo.

Só a partir daí, segundo o plano apresentado pela Chevron, é que a perfuração seria feita com a broca de 8 ½ polegadas, que é o diâmetro convencional da chamada “fase final” de um poço de petróleo, aquela que toca o reservatório subterrâneo de óleo. Esta fase não possui revestimento, o que é chamado de “poço aberto” no jargão técnico. No seu depoimento á Comissão de Meio Ambiente, o presidente da Chevron-Brasil (?), o Sr. Charles Buck, admitiu que a broca usada no momento do acidente era a de 8 ½ polegadas.

Na perfuração executada pela Chevron, a situação era de “poço aberto” a partir de 567 metros abaixo do solo marinho. Embora o ponto provável de ruptura tenha sido abaixo da sapata situada neste nível, pode ter ocorrido em outro, em razão da grande extensão – comprimento vertical + horizontal, conhecido tecnicamente como TD(MD) –  aumentada pelo fato de o poço fazer duas longas curvas (dog legs, na linguagem técnica) e ter um trecho horizontal. Se os diagramas apresentados pela Chevron tiverem proporção correta, é possível estimar esta extensão em mais de três quilômetros sem  revestimento ou vedação.

E isso numa formação geológica cheia de fraturas e fissuras, o que é admitido no estudo e provocou até a mudança de direção de três poços perfurados em Frade.

Mas o que poderia ter feito a Chevron não implantar a sapata de sustentação e vedação?

Não é possível dizer, mas é natural que se avalie a vantagem de não o fazer: economia.

Uma sapata com esta resistência  custa algo como R$ 1 milhão, o que somado ao tempo de parada na perfuração, em razão dos custos fixos, pode quadruplicar, pelo menos, de valor. Só o aluguel da sonda  – mesmo a “baratinha” que utilizaram – é equivalente a cerca de R$ 500 mil por dia e ela não pode perfurar enquanto não se completa a cimentação, espera-se o tempo de “pega”  do cimento e se realizam os testes de selagem.

Infelizmente, o “jornalismo investigativo” brasileiro parece ter pouco “apetite” pela apuração de casos que envolvem grandes interesses privados, como o da indústria petroleira e, sobretudo, a multinacional.

Estamos vendo as hipóteses mais absurdas sendo veiculadas pelos jornais para explicar os vazamentos – aparentemente residuais – no campo operado pela empresa americana. Fala-se até em “afundamento” de uma imensa calota de solo marinho por conta de fissuras e- acreditem – em novos “vazamentos naturais”.

Mas ninguém, até agora, se preocupou em comparar o que fez a Chevron e o plano de exploração que ela mesma fez aprovar pelas autoridades públicas, e que está disponível para quem se interessar.

E parece que nossos grandes jornais não se interessam, mesmo.

Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

19/03/2012

Executivo da Chevron não pode fugir. E o Cerra?

Filed under: Chevron,José Serra — Gilmar Crestani @ 8:28 am


Saiu na Agencia Brasil:

Executivos da Chevron estão impedidos de deixar o Brasil sem autorização judicial
17/03/2012
Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Liminar concedida pelo juiz Vlamir Costa Magalhães, da 4ª Vara Federal Criminal, no Rio de Janeiro, impede a saída do país de 17 executivos e profissionais da Chevron Brasil e da Transocean Brasil, sem que haja autorização judicial. Entre os nomes está o do presidente da Chevron Brasil Petróleo, George Raymond Buck III, de origem americana. A decisão atende a pedido do procurador da República em Campos, Eduardo Santos de Oliveira.
Na próxima semana, informou a assessoria de imprensa do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro, os 17 executivos e profissionais ligados à companhia petrolífera serão denunciados à Justiça e processados.
Eles terão que entregar os passaportes em Campos. Segundo o MPF, isso é importante para que eles respondam ao processo no Brasil. A Polícia Federal já foi comunicada.
A decisão do juiz Vlamir Magalhães foi tomada com base em investigação que apura eventual crime cometido pela empresa contra o meio ambiente, em decorrência de vazamento de óleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, em novembro do ano passado. Esta semana, a Chevron comunicou a descoberta de nova mancha de óleo na mesma região.
(…)

Clique aqui para ver o momento no WikiLeaks em que o Padim Pade Cerra, em plena campanha (derrotada) de 2010, promete à Chevron desfazer a obra do Lula e lhe entregar o pré-sal.

Executivo da Chevron não pode fugir. E o Cerra ? | Conversa Afiada

18/03/2012

A privada deu descarga para escapar pelo ralo

Filed under: Brasil,Chevron,Guerra do Petróleo — Gilmar Crestani @ 7:31 am

A iniciativa privada, que tanto critica o serviço público, só entra nos eixos quando há bons servidores públicos, como este Procurador de Campos, no RJ. No Brasil, a iniciativa privada não sobrevive sem um subsídio, uma isenção, um perdão de dívidas ou um financiamento público a fundo perdido. A Gerdau, por exemplo, não fabrica um prego que não tenha participação de dinheiro público. Para crescerem, dinheiro público. Quando quebram, mais dinheiro público, mas os empregados,sem ter participado na bonança, vão pro olho da rua, e pagam pela gastança em casas em Miami, jatos, iates, putaria de luxo. Esta Chevron, vive de achacar governos. Já houve tempo em que governos ventríloquos dos interesses internacionais rastejavam para ela. Queriam entregar inclusive a Petrobrax

Veja o que está acontecendo na Argentina com a Repsol espanhola, que quer só espoliar sem investir nada. Está levando um pontapé na bunda, ainda que tarde. Se bem que quem merecia pontapé na bunda eram os três patetas latinos: Fujimori, Menem & FHC, que entregaram de mão beijada o patrimônio nacional aos exploradores externos. Todo lucro que auferem aqui levam para salvar a matriz.

La justicia brasileña prohíbe dejar el país a 17 ejecutivos de Chevron

La petrolera de EE UU derramó 2.500 barriles de crudo en noviembre en la costa brasileña

Juan Arias Río de Janeiro 18 MAR 2012 – 02:27 CET6

Imagen aérea del vertido de Chevron en noviembre en Campo de Frade (Brasil) / EFE

La justicia brasileña ha aceptado la petición del Procurador General de Campos en el Estado de Rio, Eduardo de Oliveira, de impedir la salida de Brasil de 17 altos ejecutivos de la petrolera Chevron, empezando por su presidente en este país, George Buck.

El juez Vlamir Costa Magalhães, al aceptar la petición del fiscal, ha querido destacar el “interés público”, dada la gravedad de las acusaciones contra los responsables en Brasil de esta multinacional estadounidense del petroleo, acusada del vertido de 2.500 barriles de crudo en noviembre pasado en la costa brasileña, catástrofe ambiental por la que el gobierno pide una indemnización a la compañía de casi mil millones de euros.

Además del estadounidense Buck, en la lista de los 17 a los que se les ha prohibido salir de Brasil sin una orden judicial figuran cuatro brasileños y otros doce extranjeros de EE UU, Francia, Inglaterra y Australia, entre funcionarios de Chevron y de Transocean que operaba en la plataforma donde se originó el vertido de crudo.

El dia 4 de este mes, otro vertido fue advertido en el territorio marítimo de Campos. Según la Marina se ha podido observar una mancha de un kilómetro de extesión. Con ese motivo la dirección de Chevron ha decidido parar sus actividades productivas en Brasil

“Ese nuevo vertido y la petición de suspender las actividades en Brasil demuestran el alto grado de negligencia de la empresa. La excusa de que quieren hacer nuevos estudios geológicos en la zona, es una broma”, ha afirmado el procurador de la república, Santos de Oliveira, autor de la denuncia aceptada por los jueces.

Según Santos, “no hay tecnología para parar esos vertidos. Ellos provocaron una grieta en el suelo marino. Podremos ser testigos de aquí a dos años del mayor desastre ambiental de la historia brasileña”. Y concluye que los casi 1.000 millones de euros pedidos como indemnización “no serán suficientes para los perjuicios provocados por la empresa”.

Los 17 ejecutivos a los que se les ha prohibido dejar el país -ante el temor de que, siendo extranjeros, no regresen para evitar que los procesen en Brasil- serán denunciados por delitos previstos por la Ley de Crímenes Ambientales.

La justicia brasileña prohíbe dejar el país a 17 ejecutivos de Chevron | Internacional | EL PAÍS

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