Ficha Corrida

11/10/2016

Tudo o que é sólido desmancha no ar

OBScena: trens conduzem os judeus aos campos de concentração, qualquer semelhança não é mera coincidência

Trens da mídia conduzem as massasNão há mal que sempre dure, nem bem que não se termine. A prosperidade econômica trazidas pelas transformações sociais levaram o Brasil a quitar suas dívidas impagáveis com o FMI. E foi além, ajudando a criar o Banco dos BRICs. Tudo parecia sólido como os aeroportos lotados, as ruas engarrafas de pobres dirigindo seu próprio carro. O Brasil virara um ator internacional, respeitado mundo afora. Lula fora o primeiro e único presidente brasileiro convidado para participar do G8. Tudo parecia tão sólido. Mas aí esqueceu-se que nem todos tinham solidez intelectual, porque ainda há uma massa de brasileiros que terceirizam o uso do cérebro. E, como sabemos, o diabo é segundo inquilino das descerebrados. O primeiro sempre foi a Rede Globo. O PT, de Lula e Dilma, trouxe crescimento econômico e feijão na mesa de milhões de brasileiros, mas esqueceu-se de que, antes, precisaria ter enchido os vazios da massa encefálica. Tanto mais avanços, maior se tornou a resistência dos privilegiados de sempre.

Essa lição está sendo tatuada na pele de todos os brasileiros de todas as ideologias. Só os indiferentes à sorte alheia saem-se incólumes da destruição do tecido sócio-econômico de uma sociedade e, principalmente, da desolação diante do inevitável retrocesso. Destes se pode dizer o que Fernando Pessoa dizia sobre felicidade: “Só as crianças e os loucos são felizes. Mas eles não sabem”. Só a ignorância explica que passividade com que os cordeiros se dirigem ao abate. Faz lembrar aqueles trens cheios de judeus com destino aos campos de concentração. O estouro da boiada contra a corrupção transformou o ódio em passividade bovina diante da mão leve em plena luz do dia.

Do mote, rir para não chorar, rio por dentro toda vez que alguém próximo me diz: “Nunca pensei que as manifestações fossem dar nisso”. Sim, não foi por falta de sinais e aviso. Toda vez que a Rede Globo se posiciona a favor de algo, boa coisa não pode ser. Diagnóstico tão simples quanto certeiro. E só não notou que havia uma manada pronta para o adestramento quando até seres que se dizem bem pensantes entraram conduzidos como gado ao matadouro sem dar um berro. Quem poderia imaginar que Eduardo CUnha seria o homem mais poderoso depois do golpe, se desculpa um amigo. Parece antes encontrar uma desculpa para si do que uma justificativa para mim. E nisso mora mais um engano. O fato de CUnha não só não ter sido preso, em que pesem as toneladas de provas produzidas lá fora, contra ele e famiglia, já que no Brasil paira um cortina de fumaça sobre seu destino, explica também porque chegamos onde estamos. Atribuir a Eduardo CUnha é tomar a sombra pelo objeto. Basta entender que, não fosse CUnha, seria outro, porque se criaram as condições, que independeriam do ator, qualquer ventríloquo da Rede Globo o faria. Antes de CUnha a Globo já usara Joaquim Barbosa. E continuará usando, até porque os males deste país não são mais as saúvas, mas a produção fordiana de capachos. Neste momento a mídia já dá João Dória Jr em breve na Presidência. Todos os que saíram às ruas dizendo combater a corrupção nada mais foram que peões, como o foi Eduardo CUnha, da Rede Globo.

A aliança de alguns grupos de esquerda com Eduardo CUnha a serviço da Globo lembram os pactos de Hitler e Stálin, mas também de Hitler com Mussolini. Os resultados já estão aí, embora os aliados ainda tenham dificuldades para admitirem. Não se trata apenas do PSOL, mas, por exemplo, do Sindicato dos Servidores do Poderes Judiciários do RS, que vangloriavam da parceria com Ana Amélia Lemos, Eduardo CUnha para conseguirem um aumento de 70% nos salários. Foram parceiros das pautas bombas e de toda sorte de movimentos do golpe. E a bomba, a PEC 241, veio a cair exatamente sobre a cabeça da categoria que dizem defender. Os concurseiros do serviço público, ou pelo menos boa parcela, bem que está merecendo o congelamento de salários e o sucateamento da saúde e ensinos públicos.

Como diz o ditado, quando a cabeça não ajuda, o corpo padece. A categoria  padece as consequências do analfabetismo político de seus cabeças.

Como escreveu a historiadora Barbara Tuchman, A Marcha da Insensatez se fez ao andar. E estava aí na frente dos olhos, bastava não ser analfabeto político. Claro, houve também a combinação dos astros. O astro maior, aquele que é responsável pela existência dos buracos negros da economia internacional, já tinha dado sinais de sua fome: chamaram de primavera, o que não passava de peste negra, árabe. Como num jogo de dominó, foram caindo Iraque, Egito, Síria, Ucrânia, Síria. Na América Latina a Venezuela, bombardeada, literalmente, por todos os lados e meios, manteve-se, paupérrima e em frangalhos, de pé. Eram todos sinais de que o petróleo faz mal à saúde dos países que o tem. A sina de um país que tem uma elite predadora é ter uma malta sob controle. O único país que entrega sua riqueza, antes a Vale do Rio Doce e agora a Petrobrás, está fadado a ser um novo Porto Rico.

O ódio secular aos desfavorecidos pode ser encontrados com muita facilidade em vários segmentos sociais, todos de classe média. Aliás, quer um diagnóstico mais perfeito da doença de uma sociedade do que o combate enraivecido das agremiações médicas ao programa mais médicos. Comunidades que não tinham acesso ou muita dificuldade para ter acesso, foram olimpicamente desprezadas pelo segmento social mais privilegiado da sociedade. Os médicos formaram um dos principais pilares do golpe. Nada pode ser mais emblemático deste ódio ancestral do que o exemplo paradigmático de Ali Kamel, responsável pelo modelo de jornalismo da Rede Globo, escrevendo um calhamaço de quase mil páginas (Não Somos Racistas) para combater as políticas de inclusão social e racial?! A classe média, aquela das novelas da Globo, branca com serviçais pretas, viu na emancipação social um ataque frontal ao costume colonial da senzala ao pé da cozinha.

A emancipação social de uma extensa massa de excluídos desencadeou manifestações que fazem estátuas corarem: Danusa Leão, socialite das aspirantes a dondocas, se insurgiu com a socialização dos aeroportos. Afinal, qual a vantagem de se poder ir a Nova Iorque se até o filho do porteiro pode ir? Ou como aquele funcionário exemplar da RBS, Luis Carlos Prates, babando ódio com o fato de “agora todo mundo pode ter carro”. O ódio nazi-fascista veio sendo paulatina e metodicamente construídos pela velha mídia. Citei apenas três exemplo, mas o ódio contra o PT passou a ser condição para ganhar emprego nos decrépitos veículos da velha mídia. Comprar ternos, ou quinquilharias chinesas, em Miami é um sintoma de apartheid social que se expôs sem pudor nem constrangimento.

O golpe paraguaio, ao contrário do que disse o Ministro,  não foi um tropeço da democracia. Bastaria ter atentado para as cascas de banana que foram deliberadamente jogadas no caminho da Dilma. Disso até o maior beneficiário do golpe, Michel Temer, admite, como o fez na ONU.

O verniz institucional é a nova modalidade de golpe na América Latina. É ele que explica os tropeços nas democracias. Ele foi ensaiado em Honduras e no Paraguai. Tentou-se na Argentina, com a morte do agente da CIA, Alberto Nisman. Mas a demão de verniz, porque made in Paraguai, não sobrevive à menor brisa. Ao contrário, abaixo da primeira camada aparecem as digitais de notórios golpistas, não por acaso, são os mesmos que estão diuturnamente nas velhas mídias.

Não se irá muito adiante se as pessoas não compreenderam o que foram as quebradeiras de 2008, capitaneadas pelo Goldman Sachs e Leman Brothers. Não por acaso, nos EUA. Mas aí seria pedir de mais, que as pessoas tenham alguma prevenção em relação à sede sagrada do mundo golpista.

Os escritores Gersualdo Bufalino e Leonardo Sciascia diziam que os sicilianos, para não trabalharem, escreviam. A mídia brasileira para não administrarem, golpeia. Sem o papel doutrinador da mídia não teria havido golpe. Tanto que bastou o golpe se consumar para que a fatura fosse imediatamente paga: 900% de aumento da publicidade oficial não é nem nunca será mera coincidência. Não é por acaso também que os governos mais corruptos sejam também os mais amados pela mídia: Globo & FHC; Antonio Britto e Yeda Crusius & RBS. A aliança de FHC com a Rede Globo começou com uma estratégia brilhante: Miriam Dutra. Ali FHC foi capturado. O método se aperfeiçoou encobrindo a compra da reeleição, cuja técnica vazou pelas bocas de Rubens Ricúpero e Carlos Monforte no Escândalo da Parabólica. No RS, basta dizer que Antonio Britto deu de bandeja a CRT para a RBS. O grupo Correio do Povo, sem sucesso, esperneou, denunciou, protestou. A CRT seria, e foi, da RBS. Ninguém detém o controle de quase 80% do mercado midiático impunemente. Quem detém esta capilaridade pode fazer de qualquer funcionário, por mais medíocre que seja, senador.

No Caminho com Maiakóvski

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada
.”

21/04/2015

Tríplice coroa

No mesmo dia em que aparecem mais ligações entre o Grupo Clarín, o irmão siamês da Rede Globo em golpismo, ambos filiados à SIP, avó do Instituto Millenium, com o golpista argentino, Maurício Macri, o Aécio Neves portenho, mas com menos pó, também se desmancha o castelo de areia envolto no caso Nisman & CIA e fundos podres que haviam se unido para derrotar Cristina Kirchner.

O Grupo Clarín, assim como a Rede Globo, foi parceira da ditadura e com ela se locupletou, inclusive no roubo de bebês. A herdeira do Grupo Clarin, D. Hernestina Herrera de Noble, adotou dois bebês cujos pais foram sumidos, muito provavelmente nos voos da morte, quando aviões jogavam presos políticos sobre o delta do Rio Paraná. Agora, assim como a Globo foi pega em sonegação, por isso tenta de todas as formas derrubar Dilma e por isso novamente se une a golpistas, também o Grupo Clarín vê em Maurício Macri a salvação que a Ley de Médios lhe negou. Recentemente a Revista Veja tentou fazer uma dobradinha com o Grupo Clarín, provavelmente muito bem finanCIAdos, dizendo que o filho de Cristina Kirchner tinha conta no exterior. O banco apontado pela Veja negou. E a Veja? Só negou…

Outro ponta deste tridente de hoje foi a descoberta da participação Fondos Buites, fundos podres, na armação com o procurador Nisman, muito bem alimentado pela CIA, na morte do procurador para incriminar o governo argentino. Os EUA tentaram de todas as formas envolver o Irã, na busca da construção de uma justificativa para mais uma cavalgada insana em busca do petróleo iraniano. Um ex-diretor da entidade judaica, AMIA, “Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán.” O engraçado no imbróglio dos fundos podres é que eles investiam em papéis públicos argentinos que, por ter alto risco, davam muito ganho. Quando a Argentina quebrou, eles não quiseram quebrar. É o tal de investimento de risco sem risco. Do tipo descoberto na Operação Zelotes, cujas cabeças conhecidas são a RBS e Gerdau.

O terceiro elo foi justamente o enterro da denúncia de Nisman segundo a qual Cristina Kirchner era acusa de acobertar o Irã no atentado à AMIA. Todos os três textos reproduzidos abaixo.

Assim como nós sabemos quem finanCIA o MBL e o Fernando Gouveia, a Argentina também sabe quem sustenta Maurício Macri e o Grupo Clarín. Por traz de tudo, os sempre escusos interesses dos EUA, a terra do terrorismo de Estado.  

 

El muro que levantó el Grupo Clarín y que la Justicia mandó derribar.

Con una millonaria ayudita de los amigos

Con el pretexto de la “urgencia” para reacondicionar vagones del subte, el gobierno porteño le alquiló el galpón al Grupo Clarín por un millón y medio de dólares por año.

Por Werner Pertot

Además de rehusarse a demoler el muro construido junto a la planta de impresión del Grupo Clarín, el gobierno de Mauricio Macri le alquiló un galpón en ese mismo lugar al holding empresarial por un costo anual de un millón y medio de dólares. Para hacerlo, sortearon mecanismos de control con el pretexto de la urgencia de conseguir un lugar para los vagones de subte de la línea B que debían ser reacondicionados. “Estamos acostumbrados a los manejos desprolijos e irregulares de Sbase, pero en este caso particular, se revela la especial relación del gobierno de Macri con el Grupo Clarín”, señaló el auditor porteño Eduardo Epszteyn.

Se trata de la planta denunciada por los legisladores Aníbal Ibarra y María Elena Naddeo por construir un muro que impide el paso en una calle pública. Los dirigentes y un vecino presentaron un amparo, ya que el gobierno porteño se negaba a demoler el muro. En la causa judicial, la gestión PRO argumentó que no sabía si el muro existía, que no tenía conocimiento de quién lo construyó y otra serie de argumentos de antología. La jueza Lidia Lago los desarmó uno por uno en un fallo en el que le ordenó al gobierno de Macri que demuela el muro en un plazo de diez días. La procuración porteña apeló para evitar tener que demoler un muro que corta el acceso a una calle pública, que es utilizada por la planta de impresión del Grupo Clarín como estacionamiento privado y depósito.

El conductor Víctor Hugo Morales sufrió una agresión la semana pasada, cuando fue a tomar imágenes del muro para su programa Bajada de línea, donde se dieron los primeros detalles de la relación entre Sbase y el galpón del Grupo Clarín. Según pudo reconstruir el equipo del auditor Epszteyn, la procuración porteña emitió un dictamen a posteriori del alquiler de parte de un galpón de 7000 metros cuadrados en Agustín Magaldi 2139 por la bicoca de 115 mil dólares más IVA por mes. El contrato de alquiler fue firmado por Sbase, la empresa estatal de subtes que controla el macrismo, con un fideicomiso de nombre LOMA XXI, que comparte la dirección fiscal con el Grupo Clarín y con AGEA.

El lugar fue alquilado para recibir los vagones que llegaron de Madrid para la línea B. Curiosamente, pese a que el gobierno porteño sabía con anticipación de la llegada de estos vagones, la contratación del galpón se hizo utilizando un mecanismo previsto para casos de urgencia, que evitó el dictamen previo de la procuración.

En su dictamen posterior, la procuración –que conduce Julio Conte Grand, un funcionario designado por Macri– encontró que varias de las cláusulas del contrato “colisionan con lo dispuesto en el Reglamento de Contrataciones” de Sbase. No encontró probada la excepcionalidad para firmar ese contrato ni por qué se hizo en moneda extranjera. “Considero que deberá acompañarse de un informe técnico por el cual se deberá invocar y justificar debidamente las razones por las que motivaron y tornaron necesario tales apartamientos respecto del Reglamento de Contrataciones de Sbase, considerando que se trata de un mecanismo contractual de excepción”, le marcó la procuración porteña a Sbase. “La actuación de la procuración es pública –detalló Epszteyn–. Mi equipo la encontró, ya que tenemos como costumbre buscar toda información pública relacionada con un tema que se esté auditando. Y justamente estamos auditando a Sbase.”

La resolución 2124/14 de Sbase, firmada por su presidente Juan Pablo Piccardo –a la que accedió Página/12–, corrobora lo planteado por el equipo de Epszteyn: el contrato se firmó el 14 de agosto de 2014, tiene una duración de 36 meses, y un canon de 115.500 dólares por mes a partir del 1° de marzo de este año. Y la frutilla del postre: la inmobiliaria que hizo las averiguaciones para Sbase se llevó otros 173.250 dólares en comisiones.

Página/12 :: El país :: Con una millonaria ayudita de los amigos

 

EL PAIS › LA DAIA EMITIO UN COMUNICADO PARA RESPONDER A LA PRESIDENTA Y AL EX DIRECTOR JORGE ELBAUM

Los nexos entre la denuncia y los buitres

Antes de partir hacia Rusia, la Presidenta subió a las redes sociales su análisis sobre lo revelado.

La entidad judía buscó desmentir lo revelado por su ex director ejecutivo en un artículo publicado en Página/12 sobre las presiones para derogar el memorándum con Irán.

La DAIA le respondió a través de un comunicado a la presidenta Cristina Kirchner y al ex director ejecutivo de esa entidad Jorge Elbaum, quien publicó el sábado pasado una columna en Página/12 en la que vinculó al fallecido fiscal Alberto Nisman con los fondos buitre y reveló el contenido de una serie de reuniones del magistrado con directivos de la DAIA, periodistas e intelectuales que buscaban presionar para que las entidades de la comunidad judía tomaran una postura contraria al Memorándum de Entendimiento con Irán. La Presidenta retomó el artículo y consideró que se trata de un “modus operandi global”. La DAIA expresó su “consternación y preocupación” ante lo dicho por Elbaum y volvió a calificarlo de falso. El ex directivo ratificó sus dichos y replicó a la DAIA, a la que consideró “una institución muy poco representativa”.

“En la Argentina se intentó que el Congreso no aprobara el Memorándum de Entendimiento. Cualquier similitud no es mera coincidencia y mucho menos casualidad”, afirmó CFK en un texto que subió a su página web durante el fin de semana. “Estamos ante un modus operandi de carácter global que no sólo lesiona severamente las soberanías nacionales interfiriendo y coaccionando el funcionamiento de los distintos poderes de los Estados, sino que además genera operaciones políticas internacionales de cualquier tipo, forma y color”, advirtió.

Lo de modus operandi tenía que ver con un artículo aparecido en el diario israelí Haaretz que revelaba cómo lobbistas pro israelíes operaban en estos días para que sancionen una ley para revisar el acuerdo nuclear que Estados Unidos firmó con Irán.

La DAIA emitió un comunicado, firmado por su presidente, Julio Schlosser, y su secretario general, Jorge Knoblovits, en el que consideró: “La representación política de la comunidad judía argentina expresa su consternación y preocupación respecto de imputaciones formuladas por la máxima autoridad del país, lamentablemente basadas en declaraciones de un ex empleado de la DAIA y actual funcionario del gobierno argentino, plagada de falsedades y mentiras sobre supuestas confabulaciones internacionales de las cuales sería parte la entidad”.

La DAIA destacó en su comunicado de repudio que “reafirma su inclaudicable lucha por la verdad y la justicia en el caso del atentado terrorista del que fuera víctima el 18 de julio de 1994 con el terrible saldo de 85 personas asesinadas”. Indicó que su “único ámbito de actuación respecto de ese luctuoso hecho es el de los tribunales de justicia”.

Elbaum ratificó luego sus dichos y se refirió a la DAIA. “Es una institución específica que es muy poco representativa, donde votan 120 personas cada 3 años”, por lo que “ha construido simbólicamente una imagen de representatividad de la cual carece”. “Lo primero que debemos hacer desde el Estado, pero también desde los judíos, es poner en evidencia que ellos representan a una porción de derecha conservadora, aliada con los fondos buitre.”

En su artículo, Elbaum había relatado una serie de reuniones en las que Nisman les habría dicho que podía conseguir la ayuda de Paul Singer. También señaló la intervención del periodista José “Pepe” Eliaschev, del jurista Daniel Sabsay, del filósofo Santiago Kovadloff y de Marcos Aguinis para torcer la voluntad de la dirección de la DAIA en contra de la iniciativa del Gobierno. La Presidenta dijo haber leído tres veces el artículo, “algo que nunca hago”.

Página/12 :: El país :: Los nexos entre la denuncia y los buitres

 

EL PAIS › EL FISCAL DE CASACION JAVIER DE LUCA DESESTIMO LA DENUNCIA DE NISMAN CONTRA LA PRESIDENTA CRISTINA KIRCHNER

“No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

De Luca insistió en que no existe delito en lo denunciado. Sólo resta que la Cámara de Casación firme una resolución dejando en pie el desestimiento de primera instancia del juez Rafecas para que la denuncia de Nisman se archive.

El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, ayer, Por Raúl Kollmann e Irina Hauser

@El fiscal ante la Cámara de Casación, Javier De Luca, desistió ayer del recurso de Casación por la denuncia del fallecido fiscal Alberto Nisman contra la presidenta Cristina Fernández de Kirchner, el canciller Héctor Timerman, el diputado Andrés Larroque y varios dirigentes sociales. De Luca tenía la obligación de fundamentar su desistimiento y lo hizo en un escrito de 27 páginas en los que afirma que en la denuncia de Nisman “por más que se recorran todas sus hipótesis una y otra vez, no se logra encontrar delito alguno a averiguar y demostrar”. De Luca sostiene que no existe delito en la firma del memorándum ni en la constitución de una Comisión de la Verdad, todo lo cual fue votado por el Congreso. “Sostener que firmar un tratado constituye un plan criminal es un absurdo desde el punto de vista jurídico. Las supuestas motivaciones, móviles o ultra-intenciones no son delito”, remata el fiscal. Tras la presentación del escrito de De Luca, la Sala I de la Cámara de Casación seguramente dirá que el recurso no fue sostenido, lo que deja firme el desestimiento original del juez Daniel Rafecas. Será el final de una denuncia que naufragó desde el principio (ver aparte).

Tratado

Aunque se pretenda descalificar a De Luca por su pertenencia a la agrupación Justicia Legítima, lo cierto es que el fiscal no sólo siguió los lineamientos del fallo de primera instancia de Rafecas y de dos de los tres jueces de Casación –Jorge Ballestero y Eduardo Freiler–, sino que convalidó los mismos argumentos que públicamente explicaron juristas de la talla de Raúl Zaffaroni, León Arslanian, Ricardo Gil Lavedra, Julio Maier o Luis Moreno Ocampo. Todos coincidieron en que en la denuncia de Nisman no existe delito o que tenía más de denuncia política que judicial.

El fiscal dice: “Véase que la conformación de una ‘Comisión de la Verdad’ y la notificación a Interpol de la celebración del acuerdo internacional están escritas en el mismo memorándum, totalmente a la vista, y fueron ratificados por el Congreso de la Nación. Es decir, nuestros legisladores, en el ejercicio de su potestad constitucional, dispusieron esas cláusulas. No queda resquicio alguno para operaciones encubiertas o la realización de móviles ocultos, porque está todo a la vista. Un tratado es equiparable a una ley. Fue votado por el Congreso. Es el soberano el que decide. Hay tratados que eximen de extradición, que modifican regímenes de excarcelaciones y todo ello está dentro de las facultades del Legislativo y el Ejecutivo, que luego promulga. No puede haber delito en eso”.

Interpol

Ya está demostrado que la Cancillería no pidió el levantamiento de las alertas rojas. Las pruebas exhibidas fueron categóricas: la carta a Interpol advirtiéndole que la firma del memorándum no cambiaba el status de las capturas; la respuesta de Interpol ratificando que no habría cambios; las declaraciones de Ronald Noble.

Sin embargo, De Luca resalta que ni el Ejecutivo ni el Legislativo argentino tenían facultades para incidir en el levantamiento de las órdenes de captura, incluso si se hubiera hecho alguna gestión. “No existe en Interpol el mecanismo de solicitudes u órdenes de los poderes ejecutivos –afirma De Luca–. No es un procedimiento reglado para bajar las alertas rojas. Ni Argentina ni Irán tienen capacidad legal de bajar alertas. Sólo los jueces son quienes pueden solicitar a Interpol las altas y las bajas de las capturas internacionales de personas imputadas de delitos, que dan lugar a un procedimiento reglado de Interpol. Los otros poderes de los respectivos Estados no tienen una competencia específica para incidir en el proceso interno de la Interpol al respecto, ni para darles el alta ni para darles la baja.”

AMIA

Hay un punto del dictamen de De Luca que va a uno de los meollos del memorándum. El fiscal explica que el tratado no detuvo nada de la causa judicial argentina, que siempre estuvo en las manos de un juez, Rodolfo Canicoba Corral, y delegada en un fiscal, Nisman. De Luca analiza que el expediente afrontaba un problema sin solución: los prófugos no podían ser indagados porque ni se presentaban voluntariamente ni podían ser aprehendidos. “No se podía avanzar –señala De Luca–. En ese contexto, se desprende de la simple lectura del memorándum que el acuerdo no pretende otra cosa que traer a derecho a esas personas para que declaren ante el juez de la causa. La historia judicial argentina está plagada de búsqueda de soluciones, porque no se trata de un conjunto de normas pétreas. Los poderes del Estado competentes buscan e instauran un mecanismo que destrabe una situación. Y la solución puede ser criticada por los políticos, la doctrina, las partes, pero es lo que pudieron y supieron concretar quienes dirigen las políticas exterior y criminal de la República.” Esto no significa –redondea De Luca– que el Ejecutivo o el Legislativo hayan entorpecido la causa judicial, que siempre estuvo a cargo de un magistrado. No se afectó el trámite judicial en la Argentina. Tampoco significó ayuda para los prófugos, no les facilitó la elusión de la Justicia.

Comisión

De Luca responde al argumento de que la creación de la Comisión de la Verdad, en el marco del Memorándum, sea una ayuda a los prófugos y, por lo tanto, un delito. “De la lectura misma del memorándum –dictamina De Luca– surge que el juez y el fiscal a cargo de la etapa de investigación no están obligados ni vinculados por las acciones y conclusiones de la llamada ‘Comisión de la Verdad’, de modo que no tiene efectos sobre el proceso porque siempre dependerán de la decisión autónoma que tomen los magistrados a cargo. La intervención de la Comisión no tiene mayor valor que el que pudieran tener las infinitas opiniones, estudios, investigaciones y conclusiones que sobre el atentado hubo desde el primer día. Y ello conduce a visibilizar que el Poder Ejecutivo y el Poder Legislativo, al concretar este acuerdo, con esa redacción, de ningún modo entorpecieron la marcha del proceso penal que, reitero, en nuestro país está a cargo de un magistrado que pertenece a otro poder del Estado.”

Delito

El fiscal de Casación, en su desistimiento del recurso, polemiza con lo que llama una falacia “consistente en sostener que la hipótesis del denunciante (Nisman) puede dar lugar a un delito o puede dar lugar a un no delito, lo cual demanda investigación para su dilucidación”. El fiscal rechaza ese proceder: “Si se reciben denuncias del tipo ‘en la casa de al lado se trafican estupefacientes’, o que ‘Fulano mató a Mengano’, o de un robo de una cartera, etcétera, debemos investigarlas porque se parte de la base de que traficar estupefacientes, matar a otro, o robar, son delitos. Pero si la denuncia consiste en tratar de probar si Fulano es infiel a su mujer porque tiene manceba, esa investigación está vedada porque el adulterio no es más delito en la Argentina. En este caso, como ya se dijo, el supuesto intento de hacer caer las alertas rojas y la creación de una comisión que opinaría sobre el caso, no pueden constituir la base de un delito, porque no son una ayuda para los prófugos y se inscriben en la competencia constitucional de los otros poderes del Estado”. Es decir que hubo un tratado y una ley, que –como señaló la Cámara Federal– pudo haberse considerado inconstitucional, pero no un delito.

Finalmente, el fiscal les responde a quienes dicen que hay que investigar e iniciar un proceso de recolección de pruebas. “Nuestra ley –remata De Luca– exige que lo que se denuncie e investigue sean hechos que constituyan delitos y no cualquier hecho de la vida. En este caso no estamos ante hechos que no se pudieran probar, sino que lo que se pretende probar son hechos que no podrían configurar un delito.”

Página/12 :: El país :: “No hay delito alguno, ni consumado ni tentado”

23/03/2015

Assange explica Nisman: “É Tio Sam, estúpido!”

eua vergonhaSe o dinheiro explica o crime, é o crime que denuncia o autor. Quando a vítima é jogada no colo de desafetos, por trás há quem tem interesse nisso. Parece lógico, mas como explicar para quem está acostumado a receber versões prontas e tem nos EUA a medida da verdade?! A SIP é maior sucursal da CIA na América Latina. O Instituto Millenium é apenas mais um braço da SIP.

Um pouco da história da formação dos EUA e suas incursões pelo mundo, dando golpes, finanCIAndo manifestações contra governos, apoiando golpes e ditadores explica por que os EUA estão por trás da morte de Alberto Nisman. Assim como estão por traz da prisão de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden. Não nos esqueçamos, os nazistas sobreviventes da Segunda Guerra foram recrutados pelos EUA para derrubarem governos democráticos sul-americanos. A história está documentada e muito bem contada no documentário Inimigo do meu inimigo. Os EUA estão por trás da Primavera Árabe que derrubou Kadafi na Líbia, no Egito, Ucrânia, Síria, Venezuela e Brasil (MBL). Na Argentina não seria diferente.

Os grampos na Petrobrás, mais do que na Dilma, são indícios suficientes para quem quiser entender os ataques à maior empresa petrolífera do mundo. Quem não quiser, nem a fórceps.

EL MUNDO › ENTREVISTA CON JULIAN ASSANGE, DIRECTOR DEL SITIO WIKILEAKS

“Nisman se había hecho muy dependiente de los EE.UU.”

En el marco del Encuentro Federal de la Palabra que se celebra en Tecnópolis, el referente australiano de la libertad de expresión habló de Nisman, pasaportes inteligentes, el Estado Islámico, la crisis en Ucrania y el asesinato del opositor ruso Nemtsov.

Por Santiago O’Donnell

Tras mil días de encierro en el pequeño departamento que aloja a la embajada de Ecuador en Londres, mil días sin poder salir al aire libre, Assange luce algo debilitado a través de la pantalla de Tecnópolis. Dice que últimamente no está del mejor humor, que está enojado porque no se destraba su situación judicial (ver aparte) y no puede estar con su familia. Pero el enojo no se le nota. Contesta de buena gana durante una hora y media y sonríe de oreja a oreja cuando el público lo despide con un aplauso. A continuación, el pasaje más destacado de la conversación:

–Los cables de Wikileaks muestran la falta de independencia del fiscal Nisman con respecto a la embajada de Estados Unidos en la investigación del atentado a la AMIA.

–Es cierto. Hay más de 160 cables sobre el atentado a la AMIA y puedes ver en esos cables que Nisman se hizo muy dependiente de Estados Unidos para conseguir informes de inteligencia relacionada con la investigación y mucha de esa información le llegó a través del jefe de contrainteligencia de la Secretaría de Inteligencia (Jaime Stiuso) y Nisman pasó a depender indirectamente de EE.UU. e Israel y directamente de Stiuso. Se puede ver que esa dependencia llegó a un punto tal que llevaba borradores de resoluciones a la embajada para que la embajada los comentara, los revisara y los corrigiera. En un caso llevó un borrador de resolución de dos páginas y la embajada le hizo comentarios, él se lo llevó de vuelta, volvió con un borrador de nueve páginas, lo revisaron nuevamente y esa vez se lo aprobaron. También le dijeron que no podía investigar la pista siria, que no podía investigar otras pistas locales dentro de Argentina. Se puede decir que éste es un problema de un solo hombre que estuvo diez años con la causa y que no avanzó, hasta que en el 2013 la causa se convirtió en un tema de política partidaria (por el acuerdo con Irán). Pero se puede hacer una crítica mucho más importante, que es la falla del gobierno de Kirchner de no haber disciplinado a Nisman a tiempo por su relación con los servicios de inteligencia, su relación con EE.UU., la falla de los medios de Argentina de no controlar y criticar esa investigación, y esa falla en los medios se pudo ver en todos los medios tradicionales: en Página/12, en el grupo Clarín y aun en la organizaciones de la comunidad judía, que expresó dudas sobre la calidad de investigación en la embajada, pero dijo que a pesar esas dudas no quería reducir la credibilidad de esa investigación. Entonces parece que había un acuerdo nacional entre gobierno, oposición y medios de no cuestionar la calidad de la investigación de Nisman, de no indagar sobre de dónde sacaba su información y de qué manera estaba comprometido por su cercanía a la embajada de EE.UU. y al director de contrainteligencia. Pero vayamos más allá. ¿Cuál es el gran problema? El gran problema es que las instituciones argentinas –fiscalías, medios, gobierno y oposición– no tuvieron suficiente fuerza como para lidiar con un caso geopolítico muy serio, en el que hay actores como EE.UU., Israel, Irán, que tenían intereses muy fuertes en este caso. Irán quería protegerse, proteger su reputación y proteger su relación con Argentina, EE.UU. e Israel buscaban demonizar a Irán, la Secretaría de Inteligencia buscaba beneficiarse actuando como intermediario. Las instituciones argentinas no fueron capaces de mantener su integridad ante la presión sostenida de grupos externos y ése es un problema preocupante para la Argentina. Ahora bien, a otros países no les va mucho mejor cuando la presión es tan fuerte. Nosotros lo hemos vivido en nuestra organización en países como Gran Bretaña y aun Alemania en algunos casos. Te doy un ejemplo de Alemania. Edward Snowden obtuvo mucho apoyo de Alemania. Es el país donde más apoyo de la opinión pública recibe de toda Europa y eso tiene que ver con razones históricas, el recelo de los alemanes de la Stasi (el servicio secreto de la ex Alemania Oriental), que la nueva capital sea Berlín, en fin, la gente alemana y los medios alemanes querían que se le diera asilo. El resultado es que la Agencia de Seguridad Nacional de EE.UU. le dijo a la agencia de inteligencia alemana que si permite que su país le dé asilo vamos a dejar de compartir Inteligencia con ustedes y no les vamos a avisar de posibles atentados terroristas en su país. Entonces la Agencia de Seguridad Nacional estaba perfectamente dispuesta a permitir ataques terroristas en Berlín con tal de presionar al gobierno alemán para no ser humillados por una oferta de asilo para Snowden. Así que hasta un país como Alemania puede comprometer sus principios; entonces no puede sorprendernos que Argentina lo haga. Pero ahora que vimos cómo sucede esto, hay que tratar de corregirlo. Entonces esto es lo que podemos aprender de la investigación de Nisman: la manera en que operan las presiones geopolíticas y la debilidad de ciertas instituciones argentinas para enfrentarlas. Fíjese lo que el director de contrainteligencia estaba haciendo en el caso Nisman y las consecuencias que tuvo. Entre ellas, la ley para reformar a los servicios de Inteligencia. La he leído y me parece una buena ley, aunque hay que ver todavía cómo se aplica.

–Otro tema que me preguntan mucho en las redes sociales, especialmente después de nuestra última entrevista, es sobre sus críticas a los nuevos documentos biométricos que se hacen en la Argentina. El ministro que los creó, Florencio Randazzo, los vende como una manera de hacer menos cola en los aeropuertos. ¿Por qué le parece que estos documentos son peligrosos?

–Hay dos problemas. En el caso de los documentos biométricos, hemos visto ejemplos en muchos países en los cuales la base entera de los documentos biométricos ha sido robada. Por ejemplo, en Pakistán revelamos que una consultora trucha manejada por el MI6 (servicio secreto británico) había sido contratada para manejar la base de datos para todo el sistema de identidad biométrico en Pakistán. Y con la complicidad de algunos miembros del gobierno, la consultora se robó la información sobre más de cien millones de paquistaníes. Así que está el problema de que los datos pueden ser robados por fuerzas externas. En segundo lugar, si tenés un servicio de Inteligencia corrupto y un gobierno que hace las cosas mal, podés terminar teniendo una sociedad extremadamente controlada, donde ninguna persona puede existir por fuera de las estructuras formales del gobierno y de las estructuras informales que tienen las agencias de inteligencia.

–¿Todo eso por sacar información del iris del ojo?

–Es suficiente. Una vez que se empieza con un programa biométrico el siguiente paso es agregar más y más identificadores biométricos. En Suecia, por ejemplo, te extraen sangre al nacer y dicen que esa identificación de ADN sirve para aplicarse en políticas de vivienda y para juntar estadísticas para diseñar programas de salud. Sin embargo, esa información ha sido utilizada de manera ilegal por la policía sueca en varias investigaciones criminales y lleva a una sociedad controlada y no podemos saber si esa información no sólo se va a compartir en la Argentina o si se va a compartir con otros países, y por lo tanto con los servicios de Inteligencia de otros países. Esos servicios de inteligencia en Occidente son manejados en gran parte por empresas privadas. Por ejemplo, el ochenta por ciento de la Agencia de Seguridad Nacional es manejado por contratistas del sector privado. Por empresas como Lokheed Marin, Northrop Gruman o Booze, Allen & Hamilton. De hecho Edward Snowden no trabajaba para el gobierno, trabajaba para Booze, Allen & Hamilton. Entonces coleccionás esta información sobre tu gente y pronto se empieza a compartir y me parece que no es saludable para una sociedad que un individuo al nacer, a través de estos elementos de identificación, entre en una relación no sólo con su familia, su comunidad o su ciudad, no sólo con su país y con el servicio de Inteligencia de su país, sino con todos las grandes facciones de poder del mundo. La relación es tan desproporcionada que con el tiempo va a distorsionar la naturaleza de nuestra civilización.

–Su respuesta me lleva a la última filtración de WikiLeaks, de diciembre pasado. Se trata de un documento de la CIA que explica cómo burlar los controles biométricos en los aeropuertos de la Unión Europea y está escrito para agentes que viajan con identidades encubiertas.

–Seguimos metiéndonos en problemas (se ríe). Es un manual de instrucciones que se les entrega a agentes encubiertos para que penetren otros países, para que penetren aeropuertos usando identidades falsas. Incluye una gran cantidad de aeropuertos y sistemas de seguridad, incluyendo en Europa, y da un ejemplo de Europa de un agente de la CIA al que le encontraron en la valija rastros del explosivo C4, presumiblemente de una operación realizada en Europa. El agente fue detenido pero dijo la mentira sugerida por el manual para casos como ése (que el explosivo era de un entrenamiento antiterrorista realizado en EE.UU.) y le creyeron y lo dejaron ir. El manual puede ayudar a ciudadanos comunes para atravesar controles sin despertar sospechas, incluso puede ayudar a periodistas trabajando bajo identidades reservadas o a nuestra propia gente mientras se mueven por el mundo. También señala el miedo que genera la identificación biométrica aun en la CIA porque dificulta un poco sus movimientos. Esa podría ser la única ventaja de este tipo de documentos en términos geopolíticos. Pero a través de la Agencia de Seguridad Nacional pueden hackear estos sistemas biométricos. Entonces al final la CIA, el Mossad o el MI6, las agencias de Inteligencia con más recursos y conocimientos, serán las que puedan viajar por el mundo sintiéndose libres. Serán las últimas personas del planeta en sentirse libres y creo que esto no es saludable porque ya tienen demasiado poder y demasiado poco control. Entonces diría que lo aceptaría si fuera igual para todo el mundo, pero si sirve para cierta gente pero no para otros, perpetuará la severa desigualdad de poder existente.

–Además, como usted ha dicho, después de los secuestros de la CIA en Suecia e Italia durante el gobierno de Bush hijo, el manual demuestra que la CIA de Obama mantiene la intención de realizar operaciones clandestinas en los países de sus aliados europeos.

–Es cierto y se trata de material reciente. Pero debo hacer una distinción. Si bien la CIA secuestró a una persona en Italia, en Suecia lamentablemente no se trató de una operación encubierta, al menos con respecto al gobierno sueco. El gobierno no sólo lo sabía sino que su policía secreta SAPO asistió en el secuestro de su propios refugiados políticos, sus propios buscadores de asilo, algunos de los cuales tenían hijos viviendo en Suecia. La SAPO asistió en esa operación y siguió haciendo operaciones similares durante seis años y nosotros lo revelamos en el 2010.

–Me gustaría preguntarle por la actualidad mundial: el surgimiento del Estados Islámico (EI), la crisis en Ucrania y el asesinato de Nemstov en Rusia.

–Los tres eventos tienen relación. En cuanto al EI, lo podemos ver desde el punto de vista geopolítico y desde el punto de vista cultural. No digo nada demasiado nuevo cuando digo que el EI es un resultado directo del aventurerismo de Occidente. El aventurerismo de Occidente que destruyó la sociedad libia, el aventurerismo de Occidente que destruyó gran parte de la sociedad siria. El aventurerismo de Occidente está destruyendo Irak para extraer petróleo y por otras razones geopolíticas. Mucha gente conoce esto, sabe cómo se envía armamento a Siria, el intento de reducir la influencia iraní en la Irak de la posguerra a través del apoyo a los sunnitas. Lo que no se conoce tanto es que en estos años Arabia Saudita, Qatar y Turquía han aumentado su poder y han logrado un pequeño margen de independencia con respecto a EE.UU. Como resultado EE.UU. ya no es el único actor geopolítico que empuja junto a Israel los acontecimientos en Medio Oriente. Ahora también actúan estos aliados geopolíticos que Estados Unidos no está dispuesto a disciplinar. ¿Y por qué no los disciplina? Porque estos países se hicieron ricos y ahora depositan su dinero en bancos de Occidente y entonces su elites se han fusionado: Qatar con los EE.UU., Arabia Saudita con los EE.UU. Acá, por ejemplo, la famosa tienda Harrod’s es dueña de uno de los edificios que rodean a esta embajada. Harrod’s es propiedad del gobierno de Qatar y la policía secreta británica que espía esta embajada, y que admite haber gastado más de 15 millones de dólares para espiarme, ha hecho un acuerdo secreto con Harrod’s y tienen a los equipos de vigilancia instalados en el edificio de Harrod’s . Entonces éste es un ejemplo interesante de cómo nos afecta la dinámica del poder en Medio Oriente. Desde el punto de vista cultural, hay que analizar cómo una ideología se expande, porque las ideas no son una enfermedad que se propaga como un virus. Las ideología tiene principios, tiene reglas que son fáciles de aprender y fáciles de transmitir. Eso sucede con todas la ideologías o religiones que se difunden. Pero hay otro factor y ése es el dinero que se mueve detrás de estas ideas. A medida que los estados del Golfo se vuelven más ricos, más poderosas se vuelven las ideas que ellos sostienen. La percepción es que cuanto más se difunden esas ideas más poder adquieren, entonces han hecho eso. Al mismo tiempo, la ideología de izquierda existía en Egipto, y en Líbano y en Siria y en Irak, porque el partido Baath (de Saddam Hussein y la dinastía Asad) es un partido secular y autoritario pero no una teocracia. Occidente odia a esos partidos izquierdistas y nacionalistas y durante muchos años hizo todo lo que pudo para destruirlos o al menos sacarlos del poder, y para eso se apoyó en teocracias y movimientos teocráticos. Podemos verlo, por ejemplo, en el colapso y marginalización de la OLP y su reemplazo por Hamas (en Palestina). Nuestros cables revelan que Israel apoyó a Hamas en su etapa inicial, que Hamas fue usado como un instrumento para dividir a la OLP y a la resistencia palestina. Entonces Occidente ha generado todo el dilema y el horror del EI a través de su aventurerismo y su intento de suprimir movimientos seculares de izquierda en Medio Oriente.

–Pasemos a Ucrania.

–El mejor análisis proviene de un reconocido analista geopolítico, John Mearsheimer, un académico muy reputado cuyos trabajos han sido utilizados hasta por el Departamento de Estado. No es un extremista. El tiene la misma opinión que yo. Lo que decimos está documentado en los cables. Hay uno del 2008 que muestra que Rusia traza un línea en la arena y fija sus límites a Estados Unidos y la OTAN. El cable se titula “No quiere decir no” y se refiera a la expansión territorial de la OTAN. Explica que si hay interferencia en Ucrania por un intento de integrarla a la OTAN, eso no será tolerado por las regiones fuertemente rusoparlantes en Ucrania, que se consideran rusas por haber pertenecido a la Unión Soviética, y Crimea es una de esas regiones. Y Rusia advertía que el intento de traer a Ucrania hacia la OTAN causaría una guerra civil. Entonces se puede ver la importancia estratégica que Rusia le otorga a Ucrania como parte de la civilización eslava y el complejo militar-industrial del este de Ucrania, que sigue produciendo misiles balísticos teleguiados, repuestos para misiles, etc. EE.UU. lleva mucho tiempo tratando traer a Ucrania hacia Occidente, si no puede ser con una membresía de la OTAN, al menos que se independice de la esfera de influencia de Moscú, para reducir el complejo industrial-militar ruso y reducir sus bases navales en Crimea. Hace mucho que lo venían intentando y Rusia se venía quejando y advirtiendo lo que pasaría. Europa, bajo la influencia del expansionismo burocrático de la Unión Europea, se sumó a esa puja. Pero los rusos no son inocentes. Su manejo de sus más preciados y queridos aliados estratégicos, de sus socios comerciales más cercanos, fue completamente incompetente. Ningún país puede operar en Ucrania como Rusia. Porque los ucranianos hablan ruso y parecen rusos porque hay relaciones familiares y comerciales entre los dos países. Rusia descuidó a Ucrania porque no se relacionó con su gente, sino con su oligarquía, con su elite política, con la economía ucraniana. Gastó billones de dólares en subsidios para Ucrania. Al mismo tiempo EE.UU. y Europa Occidental gastaron billones de dólares en la creación de ONG, en redes sociales. A través de estas instituciones y de estos medios Occidente prometió acabar con la corrupción en Ucrania. Los rusos hicieron muchas cosas mal cuando podrían haberse relacionado con Ucrania de otra manera. Sacaron muchos agentes de FSB (servicio secreto ruso) de Ucrania para trasladarlos a Chechenia para prevenir ataques terroristas. Chechenia se convirtió en su primera prioridad y vemos los resultados de descuidar a Ucrania.

–¿Y con respecto al asesinato del líder opositor Boris Nemtsov a pasos de Kremlin?

–Ahí hay un vínculo con lo que pasa en Ucrania. Parece que las fuerzas especiales que Rusia está usando para entrenar y apoyar a las fuerzas separatistas en el este de Ucrania provienen, o al menos al principio provenían, de Chechenia y hay una razón para eso: las fuerzas chechenas son las más entrenadas y las más experimentadas en lo que llaman operaciones de contrainsurgencia, que básicamente significa combate en una guerra civil, porque eso es lo que viene pasando en Chechenia, que es una república separatista que busca su independencia de Rusia. Por eso Rusia usó en Ucrania regimientos de Chechenia y estos regimientos están controlados por el presidente de la región chechena, (Razman) Kadyrov, y Kadyrov no quiero decir que es leal a Putin porque tiene su propia agenda, pero formalmente depende de Putin. A lo largo del conflicto checheno Kadyrov desarrolló tropas y un servicio de inteligencia que es bastante poderoso y que ha sido acusado de asesinatos, incluso en Viena por ejemplo, de oponentes de Kadyrov. La guerra en Ucrania hizo que Rusia pusiera mucho dinero en las fuerzas chechenas y los servicios de inteligencia chechenos. El resultado es que se volvieron muy poderosos y de alguna manera rivalizan con el FSB, que hasta entonces era el único servicio de inteligencia que operaba y juntaba inteligencia fuera del país. Los asesinos materiales de Nemtsov en la entrada al Kremlin eran chechenos vinculados con los servicios secretos de ese país.

–Y Kadyrov dijo que el asesino era un héroe nacional…

–Exacto. Por eso es difícil saber bien qué está pasando, pero a cierto nivel los servicios chechenos estaban demostrando que el FSB no controla Moscú y que ellos tienen el poder de matar a alguien en la puertas del Kremlin. Esto no quiere decir que Kadyrov ordenó el asesinato, puede ser un mando intermedio que buscó demostrarle su utilidad a Kadyrov o a la extrema derecha rusa. Vamos a lo que pasó después. Una semana o dos después del asesinato, Putin condecoró a Kadyrov con una medalla por servicios prestados a Rusia. En la misma ceremonia condecoró también al agente del FSB que había envenenado con polonio al ex espía Litvinenko en un restaurant de sushi en Londres (en el 2006). Para la perspectiva de Occidente la imagen que dejó Putin en la ceremonia de premiación fue horrible. Es como si hubiera dicho: “Yo apoyé con igual fuerza a los dos asesinatos”, el del FSB y el de los chechenos. Putin se había mostrado enojado y confundido tras la muerte de Nemstov. Entonces al darle esta medalla a Kadyrov genera una confusión en la población rusa y la hace pensar que tal vez Putin había ordenado el asesinato, que tal vez está contento con el asesinato porque es un líder fuerte que controla la situación. Pero la realidad es que no controla completamente a las fuerzas chechenas. Son un grupo muy cerrado, tienen su propio lenguaje, y tienen agenda propia. El centro de poder de Putin es el FSB, que es el que le provee su seguridad y la relación con los servicios chechenos es muy delicada, así que la situación es muy interesante.

Página/12 :: El mundo :: “Nisman se había hecho muy dependiente de los EE.UU.”

02/03/2015

Nisman morreu três vezes

P12 02032015A primeira quando foi utilizado pela CIA & Mossad para turbinar a oposição contra Cristina Kirchner. A segunda morte, real, perpetrada pela CIA & Mossad também de jogar a culpa em Cristina Kirchner. Na semana passada o poder judiciário argentino decretou a terceira morte, ao rechaçar sua a denúncia de acobertamento do atentado a AMIA. Não precisava ser muito inteligente para saber que as denúncias tinham interesse puramente política e eram turbinadas pelo Grupo Clarín.

As manadas seduzidas pela CIA para se voltarem contra os governos democráticos do Brasil, Argentina e Venezuela obedecem à velha escola da CIA, que busca fomentar em todos os países que não se ajoelham aos EUA. Tanto que nos dois mandatos de FHC, quando seus diplomatas tinham de tirar os sapatos para entrar nos EUA, tudo o que fazia tinha a bênção e proteção dos EUA. Foi assim que a base de Alcântara tinha sido doada aos EUA. A Petrobrás foi transformada em Petrobrax para atender aos interesses da Chevron.

As manifestações contra Cristina Kirchner, Maduro e Dilma são de subalternos dos EUA, fomentados pelo filho da SIP, o Instituto Millenium, e finanCIAdos pelas petrolíferas norte-americanas.

Outro motivo que levou ao desvario direitista argentino revelou-se agora com a estatização dos trens, que o colega de FHC, Carlos Menem, haviam sido entregues à privadas e que tantos acidentes com mortes provocaram.

Sin despedidas

Por Eduardo Aliverti

El discurso presidencial y la imponente manifestación de ayer, junto con el rechazo del juez Daniel Rafecas a la denuncia de Alberto Nisman, los cambios en el gabinete nacional y el paulatino retorno de la economía como tema central de la agenda publicada tienen una cierta relación entre sí. Conviene recorrerlos en ese orden.

Algunos dirigentes y medios de la oposición se mostraron curiosamente sorprendidos por el fallo que desestima el escrito de Nisman. Otros sostuvieron que era esperable, porque Rafecas estaría condicionado por el oficialismo desde su intervención en uno de los affaires que involucran al vicepresidente Boudou. Pero, en todo caso, ese aspecto nunca puede ser el central. La clave es analizar el fallo, y lo cierto es que, como ya fue vastamente difundido, ese dictamen demuele una por una las argumentaciones de Nisman. Eso también era predecible, de acuerdo con lo que la propia oposición sostenía en voz baja, porque la insolvencia jurídica de lo afirmado por el fiscal no alcanzaba para redondear pruebas siquiera estimables. De hecho, vale recordar que no hubo jurista alguno que respaldara la fábula de ese documento. Si es por novedades, entonces, la única consiste en los dos escritos firmados por Nisman entre diciembre y enero últimos, cuyo contenido es revelado por Rafecas al cierre de su fallo y citado particularmente por la Presidenta en su discurso de ayer. Guardados en una caja fuerte de la Unidad Fiscal AMIA, Nisman asevera en ellos todo lo contrario de lo que pensaba denunciar. La antítesis es asombrosa, hasta el punto de que no sólo respalda al gobierno argentino en sus discursos y acciones, desde 2004, para lograr el esclarecimiento del atentado, sino que califica como “entendible” el memorándum de entendimiento con Irán. ¿Qué llevó a Nisman a modificar su postura en forma tan radical, con un mes de diferencia? Las hipótesis, obviamente, son que los textos fueron elaborados por personas distintas, aunque porten la misma firma, o que algún motivo de tamaño insondable llevó a que el fiscal cambiara de opinión de la noche a la mañana. Ambas conjeturas significan un hecho grave de por medio, que, como quiera que fuere, refuta la lógica cerrada de un gobierno encubridor. No es en absoluto curioso, en cambio, que los medios opositores hayan ignorado groseramente semejante tramo de la sentencia de Rafecas. Y tampoco lo es que se valgan de ella para retrucar que el partido judicial no existe, como si se hubiese dicho que la agrupación de magistrados enfrentados al Gobierno comprende a toda la Justicia. Hablando de lógicas elementales, por tanto, habría que tenerles un poco más de respeto.

Las alternativas tribunalicias que se deriven del fallo de Rafecas son difíciles de acertar con precisión exacta, más por las internas de Comodoro Py que por la solidez de sus fundamentos. Pero podría señalarse que, en repercusión política y social, el horrible episodio que sacudió al país tenderá a amesetarse –y quede claro que este razonamiento no implica juicio de valor negativo sobre la gravedad del hecho–. Es, solamente, la deducción que al firmante le parece adecuada, siendo que, y mucho más en un año de elecciones presidenciales, no puede sostenerse –o no debería, al menos– una atención exclusivamente concentrada en este tema. Una cosa es que la oposición encontró el hueco para persistir en su intento de criminalizar al Gobierno y otra muy distinta que con eso sólo le alcanza. Por lo pronto, los cambios en el elenco gubernamental representan un marcaje de agenda que tiene lecturas concurrentes. La asunción de Aníbal Fernández como jefe de Gabinete es una reafirmación de rumbo y estilo ante el tramo electoral determinante, junto con el retorno a sus pagos de Jorge Capitanich y Juan Manzur para territorializar la lucha por los votos. El chaqueño podrá haber sufrido un desgaste de su figura y competir por el municipio de Resistencia, tras quince meses a cargo de la jefatura ministerial de Nación, puede ser visto como un premio consuelo deprimente en los medios nacionales. Pero lo cierto es que en su provincia conserva una buena dosis de popularidad, alentada por la desastrosa gestión del vicegobernador, y no cuentan como en Buenos Aires las comidillas de oratorias monótonas o rotura pública de diarios. Mientras las gentes interesadas o desinformadas se entretienen con eso, el Gobierno comenzó a mover el tablero en los tiempos que maneja Cristina. Que no son los que desean sus oponentes ni jamás lo fueron. Naturalmente, eso tendrá un crescendo que por el peso del año electoral agregará ingredientes múltiples en torno de candidatos, escenarios, pronósticos, propuestas, polémicas y chicanas encendidos como quizá pocas veces se habrá visto. Y está bien que vaya a ser así, porque no es posible ni recomendable que el país continúe virtualmente detenido, en el debate mediático de sus problemas, alrededor de una única cuestión. Dicho sea de paso: una cuestión, la del atentado y la pesquisa, el encubrimiento y sus responsables, que hasta la muerte de Nisman –y desde hacía años– casi no tenía registro en los grandes medios ni en la inmensa mayoría de la sociedad. Lo cual no es justificativo de nada, sino un mero recordatorio.

En llamativa coincidencia o no con el fallo de Rafecas que refutó al fiscal, los titulares y comentarios de la prensa opositora recuperaron abruptamente su interés por la marcha económica. Reaparecieron el déficit de las arcas públicas, la orden de desacato dictada en septiembre último por el juez municipal neoyorquino Thomas Griesa, la importación de petróleo bien que no el aumento de entre 12 y 14 por ciento en las reservas y producción de YPF, el gasto del Estado y las mochilas para la fuerza gobernante que viniere. A su vez, el entramado judicial del caso Nisman pasó poco menos que a compartir cartel con un fallo del juez Bonadío que “habría” encontrado conexiones sospechosas de triangulación entre Lázaro Báez, Cristóbal López y la familia presidencial. Según el afiebrado criterio de algún columnista, ésa sería la causa real de la furia de Cristina contra la Justicia, cual si se tratase de que un presunto hallazgo, solitario y tan en potencial como el grueso del denuncismo, resumiera la complejidad del choque entre el Gobierno y los jueces y fiscales que lo confrontan. Todos indicios de que el partido vuelve a jugarse en un terreno más normal que extraordinario, si por normalidad puede entenderse el retorno a las monsergas habituales sobre el trío corrupción, inseguridad e inflación.

Y ayer sucedió el hecho frente al que sólo los frívolos pueden permanecer indiferentes. El autogolpe anticipado por Elisa Carrió ni siquiera contó con la asistencia de Batman y Flash Gordon, y en su lugar ocurrieron un discurso excepcional tanto por el volumen de su contenido como por una oratoria que, desde el aspecto técnico, es prácticamente inédita. Respecto de la manifestación en la calle, inevitablemente surgirán las comparaciones cuantitativas, inútiles y banales, con la marcha opositora de días pasados. En la de adentro se reiteró el entusiasmo oficial y la inopia de sus contendientes. Entre estos últimos se advirtieron gestos como el del senador radical Gerardo Morales, que no podía disimular una estupefacción admirativa frente a la oradora y otros rostros reveladores de una indiferencia estudiada que poco bien le hace a la imagen de estatura institucional tan cara a la oposición. Toda opinión adversa que quiera formularse sobre la palabra presidencial debiera anteponer la refutación de la impresionante cantidad de datos brindados, a la par de los contextos políticos ilustrados por Cristina. No fue eso lo que ocurrió, al menos entre los testimonios recogidos al momento de cerrarse esta columna. La Presidenta abrió de manera muy directa al aludir al éxito reestructurador de los bonos argentinos y no dejó de resultar gracioso que los medios opositores retrucaran on line mediante una presunta contestación del periodista del Financial Times citado por ella: Joseph Cotterill no rebatió nada, sino que despachó su opinión política. Para gusto del autor, uno de los pasajes más contundentes del discurso fue el relativo a los acuerdos con China, porque involucró con un énfasis de enorme solvencia a aquellos “colonizados mentales” que los cuestionan a rajatabla. Teléfono para sectores empresarios, entre otros, a quienes también preguntó si creen que el Gobierno será tan estúpido como para promover legislación y medidas que vayan a poner en peligro la estabilidad de sus compañías. Los corrió por derecha, en síntesis. Buitres, el incendio en Iron Mountain, Aerolíneas, paritarias, jubilados, planes de asistencia social y desarrollo, Asignación Universal por Hijo, Anses, industria automotriz, educación, actividad cultural, salud pública, ciencia y tecnología, YPF, trenes, producción agropecuaria (“¿exportar maíz e importar chanchos?”), Fuerzas Armadas, AMIA (un tramo impactante, acerca de autoridad moral para hablar, la voladura de la embajada judía, geopolítica, las andanzas del Estado israelí y, claro, los ojos tan pero tan abiertos de Ricardo Lorenzetti), independencia de la Justicia, Malvinas, consumo comercial y de remate el país que viene, con los cómodos e incómodos que pueden preverse a partir de diciembre próximo y la pregunta implícita de si será tan fácil retroceder.

Lo trascendental es que ambos protagonismos, el de afuera y el de adentro, se conjugaron para ratificar que hay un único liderazgo político realmente existente, y que a casi trece años de gobierno el kirchnerismo mantiene una capacidad de movilización notable. Es desde ese piso que seguirá discutiéndose lo que se quiera. El oficialismo lo denomina Nunca Menos y la oposición busca reinterpretar un Nunca Más aplicado a todo cuanto signifique K. En cualquier caso, celebremos que la base consista en esa disputa política pareja y no en el auge del antipueblo. Por eso ayer no hubo despedidas, sino la bienvenida reforzada a que sea así.

Página/12 :: El país :: Sin despedidas

04/02/2015

Jornalixo

Filed under: Alberto Nisman,Ernestina Herrera de Noble,Grupo Clarin,SIP — Gilmar Crestani @ 9:42 am
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clarinO Grupo Clarín é, depois dos EUA, o maior interessado na derrota de Cristina Kirchner. É briga é longa e envolve muitos rounds. Primeiro foi pela quebra do monopólio do Papel Prensa, que o Clarín arrematou durante a ditadura. Com o monopólio, o Grupo Clarín ditava quem teria e quem não teria papel para publicar jornal.

Depois a Ley de Médios regulou a quebra do monopólio e a participação do Clarin em propriedades cruzadas, de jornal, tv, internet, telefonia, tv a cabo, gráfica, imobiliária. A licença e imunidade tributária servia para o Grupo de imiscuir em todos os ramos da economia.

Na sequência, houve a denúncia da adoção, pela dono do Grupo Clarín, Ernestina Herrera de Noble, de duas crianças filhas de desaparecidos políticos durante a ditadura, com quem a o Clarín, como fez a Rede Globo no Brasil, se mancomunou. O sucesso da ditadura foi o sucesso do grupo Clarín. Um deu sustentação ao outro. Tal e qual Roberto Marinho e os ditadores brasileiros. Com a democracia, mas principalmente com a oposição no poder, a Rede Globo teve seu pior IBOPE da história. Não é diferente a vida do Clarín. Sem as verbas públicas com as quais estava acostumada, a solução é expulsar quem os expulsou do poder.

Agora ressurge o papel mais ridículo  que se pode esperar de um grupo de comunicação, a guerra aberta e declarada desce ao lixo. Para tentar incriminar a inimiga mortal, o Clarín toma por verdade um rascunho encontrado no lixo. E quem garante que não foi por causa deste lixo que ele veio a se matar?! A pressão para que assumisse um papel cada vez mais golpista, como se vê hoje no Brasil quando FHC pede a Ives Gandra parecer para o PSDB dar o golpe em Dilma. A morte de Alberto Nisman, com todo jeito de ter sido preparada pela CIA e Mossad, é o último invento para tentar viabilizar a oposição ao governo da Argentina.

Se o  Grupo Clarín desse uma olha no lixo aqui de casa também teria uma surpresa muito grande. Contra ele…

Papéis de promotor implicam Cristina

Após negar existência, promotora que apura morte de Nisman confirma que rascunho pede prisão da presidente argentina

Documentos achados no lixo do apartamento do promotor foram divulgados pelo ‘Clarín’ e integram processo

MARIANA CARNEIRODE BUENOS AIRES

Em menos de 24 horas, uma prova que faz parte do processo que investiga a morte do promotor argentino Alberto Nisman foi tratada como falsa e, em seguida, como verdadeira.

A promotora responsável por investigar a morte de Nisman, Viviana Fein, afirmou nesta terça-feira (3) que foram encontrados rascunhos no lixo da casa de Nisman.

Nos papéis, ele pedia a prisão da presidente Cristina Kirchner, de seu chanceler Héctor Timerman e de outros supostos envolvidos num esquema para encobrir os responsáveis pelo atentado à Amia (associação israelita), em 1994. O governo tem negado qualquer participação em um suposto acobertamento do caso.

Os rascunhos foram revelados pelo "Clarín" no último domingo (1º) e teriam sido descobertos pela polícia no dia seguinte à morte de Nisman, ocorrida em 18 de janeiro.

Na segunda-feira (2), uma nota do Ministério Público, em nome de Fein, havia negado a existência dos papéis.

Também o juiz responsável pelo caso, Ariel Lijo, havia dito desconhecer os rascunhos. A denúncia de Nisman que chegou à Justiça -e está publicada na internet- não pede a prisão da presidente, segundo o juiz Lijo.

Irritado com a reportagem do "Clarín", o chefe de gabinete de Cristina Kirchner, Jorge Capitanich, rasgou as páginas do jornal em entrevista transmitida ao vivo pela TV.

Nesta terça (3), Fein recuou e disse que houve um "erro involuntário" na elaboração da nota do Ministério Público: os rascunhos existem e fazem parte do processo.

A promotora negou que tenha agido sob pressão do governo para desmentir a reportagem, e que houve um erro de interpretação do que havia dito à assessoria de imprensa do Ministério Público.

Na edição desta terça (3), o "Clarín" divulgou a reprodução dos rascunhos e deu detalhes sobre como foram registrados no processo que apura a morte de Nisman.

Segundo a reportagem, há anotações com a letra de Nisman. O jornal afirma que os pedidos de prisão não chegaram à Justiça, mas indicam que o promotor teria provas contundentes contra Kirchner e os demais acusados.

Segundo o jornal, os rascunhos são datados de junho de 2014, o que mostra que Nisman não trabalhou apressadamente, como sugeriu o governo ao tentar desqualificar a denúncia do promotor.

Apesar de Fein admitir a existência dos papéis, Capitanich voltou a classificar de "lixo" a reportagem do "Clarín".

Ele se negou a responder perguntas do jornalista que escreveu as reportagens e atacou o grupo de mídia que publica o jornal: "Não confundam liberdade de empresa com liberdade de expressão".

Quem finanCIA o tapetão voador na Argentina e Brasil?

Filed under: Alberto Nisman,CIA,DEA & DAS,FHC,Golpismo,Golpistas,Impeachment,Ives Gandra,NSA,Tapetão — Gilmar Crestani @ 9:12 am
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tio samO papel desempenhado por Ives Gandra Martins, a pedido de FHC, faz-me lembrar de um registro preservado pela erupção do Vesúvio nas paredes do banheiro da Cassa della Gemma, em Herculano: “Apollinaris medicus Titi Imp. hic cacavit bene”(Apolinário, médico do Imperador Tito, deu uma bela cagada aqui). Ives Gandra, a pedido de FHC, perpetrou, em bom juridiquês, uma bela cagada golpista.

Acabou a era dos candidatos capachos e só os EUA não viram. O Tio Sam vem perdendo todas abaixo do Caribe. Mas o monstro não descansa. Quando não é a DEA, na Colômbia e Venezuela, é a NSA na Argentina e no Brasil. Por trás de ambas, a CIA. As espionagens reveladas por Edward Snowden continuam. Na Argentina, para derrubar Cristina Kirchner, a CIA conta com a SIP. No Brasil, com o Instituto Millenium.

Estão em andamento novas eleições na Argentina sem que as oposições, favoráveis aos EUA, tenham demonstrado viabilidade eleitoral. Como na Venezuela, os EUA busca influir no rumo das eleições na Argentina e no Brasil. Instrumentado pela CIA e Mossad, um procurador ao melhor estilo Peter Sellers, o Pantera Cor-de-rosa, buscou jogar nas costas da Cristina Kirchner um atentado terrorista ocorrido no governo de um ventríloquo dos EUA, Carlos Menem. Se num primeiro momento servia de álibi para a campanha dos EUA contra o Irã, passou a servir também para vitaminizar a campanha de seus aliados, bons nos grupos mafiomidiáticos mas ruis de votos.

No tempo de FHC, o WikiLeaks revelou como se davam as trocas de informações entre os EUA e o seus vira-bostas. William Waack não gostou, mas os “cables” não deixam dúvida. Quer símbolo pior do capachismo made in PSDB do que se sujeitar a tirar os sapatos para poder entrar nos EUA?! Na Argentina aconteceu o mesmo. Cables vazaram mostrando que todas as informações reunidas pelo procurador Alberto Nisman foram-lhe “produzidas pela CIA”, na embaixada dos EUA em Buenos Aires.

As tentativas golpistas se dão por intere$$e dos EUA, mas também por despeito de pústulas nacionais. Execrado pelo povo, que o quer longe dos cofres públicos, FHC revela-se uma Cassandra, um PÓte até aqui de mágoas. Repete-se a história, traído até pela amante, Miriam Dutra, como provou o exame de DNA, FHC é mais uma vez traído pelas inconfidências de seu advogado, Ives Gandra. É o tal de rabo que sai pelo fraque ou das orelhas que fogem pela cartola…

Alberto Nisman buscava cumprir, sozinho, na Argentina, o que Gilmar Mendes, Ives Gandra, FHC et caeterva querem fazer no Brasil. São apenas instrumentos para interesses escusos. São ventríloquos das petrolíferas. São elas que finanCIAm o tapetão voador daqueles que não tem votos.

PETROLÃO

Advogado de FHC solicitou parecer sobre impeachment

Peça diz haver razões para pedir afastamento de Dilma por desvios em estatal

Ex-presidente diz que só soube do documento pelo jornal e que impeachment ‘não é matéria política’

MARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

O parecer jurídico que diz haver fundamentos para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa dos escândalos na Petrobras foi encomendado por um advogado que trabalha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e integra o conselho do Instituto FHC.

O documento, escrito pelo advogado Ives Gandra da Silva Martins, foi solicitado por José de Oliveira Costa. O próprio Costa confirmou à Folha que trabalha para FHC: "Sou advogado dele".

Ele nega, no entanto, que o ex-presidente soubesse do parecer. Refuta também que o documento tenha caráter político: "Não tenho ligação nenhuma com o PSDB. Nem sei onde fica o diretório."

Martins nega que a peça tenha pretensões políticas: "Meu parecer é absolutamente técnico. Para mim, é indiferente se o cliente é o Fernando Henrique Cardoso ou uma empreiteira".

O parecerista diz que cobrou pela peça, mas não revela o valor. Advogados ouvidos pela Folha dizem que uma peça dessas assinada por Martins pode custar de R$ 100 mil a R$ 150 mil.

Questionado pela reportagem, FHC disse em nota que soube nesta terça (3) pela Folha que Costa encomendara o parecer –Martins citou o nome do advogado em artigo publicado nesta terça no jornal. Para o ex-presidente, "neste momento", o impeachment "não é uma matéria de interesse político".

ATÉ O FIM

Em artigo publicado neste domingo (1º), FHC incita juízes, procuradores e a mídia a ir até as últimas consequências na apuração dos desvios da Petrobras: "Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados".

O parecer de Martins conclui que há elementos para que seja aberto o processo de impeachment contra Dilma por improbidade administrativa "não decorrente de dolo [intenção], mas de culpa".

Culpa, em direito, detalha Martins, são as figuras da "omissão, imperícia, negligência e imprudência".

Segundo ele, Dilma tem culpa nesse campo porque ocupava a presidência do conselho da Petrobras em 2006 quando foi comprada a refinaria de Pasadena, nos EUA, por um valor que chegaria a US$ 1,18 bilhão dois anos depois. No ano passado, a presidente disse que não aprovaria a compra se tivesse melhores informações sobre a refinaria.

A compra resultou num prejuízo de US$ 792 milhões, de acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União).

A presidente, para o parecerista, manteve uma diretoria na estatal "que levou à destruição da Petrobras".

O advogado de FHC diz que encomendou o parecer a partir de uma dúvida que surgiu numa reunião: "Juridicamente é possível iniciar um processo de impeachment por responsabilidade civil, ou seja, por culpa?" Segundo ele, a peça seria usada se algum cliente tivesse interesse por essa mesma dúvida.

EMPREITEIRA

Costa nega que haja alguma empreiteira investigada na Operação Lava Jato por trás do pedido.

A legislação prevê que tanto as empreiteiras quanto os seus diretores sejam condenados se a Justiça concluir que houve fraude em licitações da Petrobras e que as empresas agiam como um cartel.

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