Ficha Corrida

26/10/2015

Os EUA e a Lava Jato

TioSam

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley

Enviado por marcio valley dom, 25/10/2015 – 18:36

do blog do Marcio Valley

John Adams foi o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, tendo George Washington como presidente, e seu segundo presidente, governando no período de 1797 a 1801. Iluminista e republicano, está inserido num contexto histórico que representa o início do fim de uma longa tradição, cujo berço é Grécia clássica e seu filho dileto é o senado romano, na qual o pensamento filosófico e a arte da oratória ainda eram fortes na política. Tempos nos quais não havia esperança para um candidato a político alienado da razão, das verdades e das condições históricas de sua própria época, como hoje parece ser apanágio necessário de parcela considerável dos políticos brasileiros.

Adams disse uma obviedade que, proferida pela boca de um pensador que experimentou o poder, ganha densidade: “Existem duas maneiras de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada, a outra é pela dívida.”

E disse outra que merece profunda e necessária reflexão pelos brasileiros, que estamos numa grave turbulência democrática: "Democracia nunca dura muito e logo se desperdiça, exaure, e mata a si mesma. Nunca houve até agora uma democracia que não tenha cometido suicídio."

As palavras chave aqui são espada, dívida e escravidão.

A sociedade ocidental experimenta, como forma de organização política, a democracia submetida ao estado de direito, entendida a democracia como o direito do cidadão de participar do poder político, em oposição às ditaduras e tiranias, e o estado de direito como o cabedal jurídico que limita a atuação estatal ao garantir os direitos e liberdades individuais, impedindo o despotismo e o esmagamento do cidadão pelo peso do Estado.

Não se pode discordar da afirmação de Churchill de que a democracia é o pior dos regimes políticos, porém não existe nada melhor. De fato, a democracia dá voz potencial a todos os cidadãos na escolha do próprio destino, sendo que a participação nos rumos da coletividade é um dos principais fatores de elevação da autoestima. Mesmo para quem advogue o socialismo, a democracia deve ser considerada indispensável como meio de alcançar a felicidade comum, caso contrário pode-se repetir a farsa que foi a experiência soviética.

A democracia, como forma de governo, encontrou um sistema econômico que aparentemente com ela forma um par perfeito na direção dos negócios públicos e privados: o capitalismo. Baseado na propriedade privada, nenhuma pessoa que defenda o liberalismo, entendido como a liberdade de autodeterminação da própria vida, pode ser contra o capitalismo sem incorrer numa contradição em termos.

Ainda assim, democracia e capitalismo parecem estar fracassando no objetivo de estender à humanidade a qualidade de vida que deveria ser um efeito necessário do desenvolvimento humano. Por quê?

A resposta parece ser: democracia e capitalismo degeneraram por excesso de liberdade deste último.

Praticamente todas as ações humanas estão sujeitas a alguma restrição de liberdade individual, pois tal restrição é absolutamente necessária à manutenção da saúde do tecido social. Seria impossível viver numa sociedade que não penalizasse o homicídio, a apropriação indevida do patrimônio alheio e a violação da liberdade sexual, apenas para ficar nesses exemplos.

A democracia e o capitalismo, como produtos da ação humana, não podem ficar de fora dessa restrição nas respectivas atuações. E, na verdade, estão de fato sujeitos a diversas restrições.

O problema é que o capitalismo consegue escapar dessas amarras e, livre, corrompe a democracia.

Enquanto o capitalismo manteve-se essencialmente territorial, ainda era possível exercer sobre ele algum pouco controle, ante a necessidade do capital, e muitas vezes do próprio capitalista, de permanecer no local da produção. Obrigado a estar no local, devia alguma submissão às leis locais, ainda que mínima. Tal possibilidade de controle, ainda que bastante rarefeita, não mais existe. Atualmente, desvinculado de qualquer território específico, nenhum país é capaz de lhe restringir a liberdade.
A primeira vítima dessa liberdade é justamente a democracia.

Historicamente, os ricos sempre foram senhores do Estado, num primeiro momento como monarcas e, posteriormente, como eleitores privilegiados. Salvo poucas exceções, ou os ricos estão no poder diretamente ou o poder é exercido pelos escolhidos da riqueza. A estreiteza da relação riqueza-governo é de tal ordem que se chega a justificar a existência do Estado como instituição garantidora da propriedade, nada mais.

Democracia real, portanto, sempre foi e continua a ser uma utopia longínqua.

Mesmo quando se fala em democracia clássica grega, isso guarda pouca relação com o que se entende hoje por democracia popular. O comparecimento à praça da Ágora era exclusividade de cidadãos homens nascidos de pais atenienses, uma casta de privilegiados. Mulheres e estrangeiros residentes eram excluídos da democracia. Além disso, havia servidão e escravidão em Atenas, obviamente sem direito algum, o que por si contraria o sentimento que temos hoje em relação aos fins e objetivos da democracia.

Contudo, num único e breve momento da história, que não chegou a cem anos, um espirro histórico em quase cinco mil anos de civilização, uma parte da própria elite, talvez entediada pela mesmice, inaugurou uma nova forma de pensar que hoje designamos por Iluminismo.

Os iluministas eram membros altamente intelectualizados da elite, pensadores que puseram a razão acima dos temores mitológicos que até então dominavam a humanidade. Durante esse período, Nietzche chegou a decretar a morte de Deus. O filósofo só não previu que, tratando-se de um ser todo-poderoso, no final do século seguinte, Ele ressuscitaria, e com bastante disposição para angariar fundos, nas igrejas pentecostais.

Essa facção diletante e aborrecida da elite europeia começou a pensar em coisas como o abandono das barbaridades da Idade Média, do obscurantismo religioso e das arbitrariedades do Estado. Iniciou um processo de valorização do ser humano, visando à construção de uma nova sociedade, fundada axiologicamente no altruísmo social e na dignidade da pessoa humana. Havia um quê de utilitarismo no objetivo pretendido por essa elite de intelecto entendiado que ousou desafiar as repugnâncias de sua época. Não era, propriamente, o bem do indivíduo que se buscava, mas da sociedade. Afinal, uma sociedade com uma carga menor de carências individuais é certamente capaz de gerar um ambiente menos perigoso para circular, possivelmente com um grau de felicidade geral maior e mais cheirosa e bonita de se ver.

Embora o ciclo do pensamento iluminista tenha durado pouco, encerrando-se no despertar do século XIX, ecos dessa forma racionalista de pensar, pressupondo a valorização do ser humano, persiste até os dias de hoje e foi consagrada em instrumentos históricos notáveis, como a constituição americana e a carta dos direitos humanos. Nossa constituição é recheada de valores iluministas.

Esse espirro histórico durante o qual uma fração da parcela rica da sociedade foi confrontada com sua obrigação moral de cuidar dos desvalidos veio a causar, tempos depois, reforçada pela influência de outros eventos históricos importantes, como a ascensão das ideias de Marx e as grandes guerras, um pequeno, mas significativo relaxamento na sofreguidão pelo lucro.
Por um breve momento, repentinamente parecia que a sociedade humana tinha encontrado o caminho para o florescimento de grande parte dos indivíduos, um arranjo saudável entre a busca pelo lucro e a necessidade de excluir a experiência humana da miséria abjeta.

Durante esse piscar de olhos, nós parecíamos realmente ser a espécie mais inteligente do planeta.

A legislação trabalhista protetiva ganhou impulso, um patamar salarial mínimo é garantido, estipula-se um máximo de horas para o trabalho, o Estado passa a conceder assistência social aos desfavorecidos, o acesso a uma educação fundamental é garantida, assim como o acesso à saúde básica, além de outras iniciativas vocacionadas à eliminação da condição de vida degradante.

Um pouco depois disso, em meados do século XX, ao bem-estar da população veio agregar-se uma outra concessão do capital: a redução da miséria pelo incremento na renda. Foi a época dos baby boomers americanos e dos Trinta Gloriosos da França. Nesse momento histórico também se inclui os cinquenta anos em cinco de Juscelino, no Brasil.

Entretanto, quando tudo indicava que a democracia e o capitalismo iriam cumprir o desígnio para o qual estavam predestinados, de conduzir a humanidade ao paraíso na Terra, salvar o planeta da miséria, eis que se inicia um desagradável retrocesso e se reacende a fogueira quase apagada da degradação da condição humana. Perdem-se totalmente ou são mitigadas as conquistas históricas do desenvolvimento civilizatório iniciado a partir do final do século XIX.

A América Latina viu-se arrebatada por ditaduras, no Oriente Médio inicia-se um processo de desestabilização política que ainda continua, a Europa ser torna um fantasma do que chegou a ser do que poderia ainda ser.

Quem é o culpado? Quem estragou a festa da civilização?

O culpado mais provável é a ressurgência da ótica do poder absoluto que dominava o cenário na época da barbárie humana, dos faraós, czares e imperadores. Retorna a vontade do rico de usar o seu poder de forma absoluta, inquestionável, acima do bem e do mal. Poder absoluto que, hoje, se traduz na perspectiva do lucro a qualquer preço, pensamento bárbaro similar à conquista total e da terra arrasada, que se colocou no passado e se coloca no presente acima dos interesses da humanidade. Esse espírito deletério é representado por algo que é celebrado e olhado de forma positiva até por quem é sua vítima: a globalização da economia.

A globalização não é um movimento recente, as grandes navegações do século XVI já representavam esse intuito, e tampouco é culpada pelo problema, trata-se apenas de ferramenta extremamente útil para alcançar o real objetivo: lucratividade desmedida, poder sem limites.

A globalização é atualmente a maior responsável pela renovação da escravidão em roupagens modernas. Hoje o senhor do escravo não precisa mais construir senzalas e nem necessita morar na casa grande. Ele obtém o trabalho gratuito pagando, por exemplo, cinquenta centavos de dólar por uma camisa numa fábrica em Bangladesh, que emprega costureiras por 20 dólares mensais. A corporação fashion americana ou europeia pode afirmar, assim, que não é ela a responsável por pagar esse salário miserável a um trabalhador seu. Certamente.

Numa sociedade saudável, a globalização seria ótima, desde que entendida como a liberdade plena de deslocamento do ser humano no planeta, pessoas e seus patrimônios. No despertar da humanidade, a globalização era um fato, inexistiam fronteiras e impedimentos ao tráfego humano.

Nossa sociedade, porém, está muito longe de ser saudável. Alguém já afirmou que somente uma pessoa muito doente pode se dizer perfeitamente adaptada a essa sociedade degenerada. Nesse sentido, a inquietação, o inconformismo, é que seria sinônimo de inteligência e saúde mental.

A globalização, vista sob seu aspecto meramente econômico, admite apenas a liberdade de tráfego para o capital. Pessoas continuam locais e impedidas de atravessar fronteiras, vide o exemplo trágico dos refugiados, alvo da “piedade” europeia muitas vezes traduzida no afundamento de seus barcos.

Atualmente, o poder político real não está mais nas mãos dos presidentes das nações. Voltamos à era dos faraós, dos reis, dos imperadores. A única diferença é que, hoje, eles sentam em tronos incógnitos. Não se sabe mais quem são os reis e onde estão os seus castelos, porque eles perderam o ancestral orgulho de estar no comando. A nova onda do imperador é não ser admirado, somente temido. A invocação da genealogia e da heráldica tornaram-se anacrônicas e até perigosas para os soberanos num mundo apertado por sete bilhões de pessoas, em grande parte faminta, no qual matar milhares, em caso de convulsão, não é mais assim tão glamouroso. Hoje, nossos novos monarcas se apetecem somente pelo poder e pela riqueza. Alguns poucos, menos cerebrais, à isso acrescentam a vontade da fama.

Os novos reis não possuem um local definido, uma área geográfica, para a ação imperial. No antigo modelo, cada nação representava um pedaço do planeta dominado por seu próprio rei. O poder do rei estava adstrito ao território da nação. Isso é passado. Na atual divisão do poder, território nada mais significa. O comando não mais se divide entre nações e seus territórios, mas entre corporações e seus ramos de negócios. A economia está fatiada e cada uma das fatias representa um reino específico comandado por poucos monarcas absolutos. Há quem sustente que temos atualmente 147 reis, cada um deles comandando as corporações que encabeçam e que, em desdobramento, dominam todas as demais (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-c…).

O poder dos novos reis emana, tanto das riquezas do passado, decorrentes da acumulação primitiva, como das riquezas modernas, obtidas por empreendedorismo e oportunismo. Munidos da força dessas riquezas, manipulam a política como meio de controlar os sistemas monetário e financeiro, ou seja, a toda a economia. Não se trata de uma conspiração, mas de orientação identitária a partir de uma ideia contida no senso comum, de que a riqueza deve ser mantida nas mãos de quem as detém e ampliada ao máximo, independentemente das consequências. Embora não seja uma conspiração, em toda a plenitude da palavra, isso não significa que não se reúnam ocasionalmente para traçar diretrizes comuns. Fazem isso com frequência regular no Fórum Econômico de Davos, na reunião de Bilderberg e em outros grupos menores, mas não menos importantes, como a sociedade Skull & Bones, além de outros, alguns dos quais talvez nem chegue ao conhecimento do público.

Como todo rei, eles precisam de um exército. Esse exército, atualmente, se chama Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos não são "o" império, como muitos pensam. São apenas o soldado do imperador, a interface do poder, a máscara com a qual é encenado o teatro farsesco da democracia e da liberdade. São também a espada de que nos alertava John Adams, com a qual é imposta a vontade absoluta dos reis a todos os países.

Os Estados Unidos, como braço armado dos imperadores, submete a economia mundial à vontade do poder de quatro modos distintos: (a) corrompendo os governos nacionais, (b) mediante a concessão de empréstimos condicionados a exigências futuras virtualmente impossíveis de cumprir, concedidos por instituições como Banco Mundial e FMI, (c) assassinando políticos de países estrangeiros que incomodem ou (d) pelo velho, tradicional e eficaz método de invasão armada.

Independentemente do método, o objetivo é o mesmo: fragilizar a nação-alvo e obrigá-la ao cumprimento da agenda corporativa. Um interesse presente é a venda de ativos do colonizado. A privataria tucana praticada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não possui outra explicação. Um intuito marcadamente presente é o controle de recursos naturais, principalmente o petróleo. Outras vezes, o desejo é instalar bases militares americanas no país. Enfim, a submissão das demais nações é interessante sempre e pelos mais variados motivos, mas principalmente por interesse em recursos minerais ou de proteção aos produtos das corporações internacionais.

Embora na superfície se tratem de solicitações americanas, o interesse subjacente, e principal, é das corporações. Apenas como exemplo, a guerra do Iraque favoreceu empresas de construção e petrolíferas, tendo o governo americano arcado com a totalidade do prejuízo. Na privatização brasileira, foram corporações que se beneficiaram do sucateamento de nossas estatais.

Constitui fato histórico reconhecido que o governo dos Estados Unidos atuou para desestabilizar governos de países soberanos, muitos deles pacíficos e amigos dos americanos, inclusive através de assassinatos políticos.

Foi assim em 1949, quando o governo americano auxiliou o golpe de estado que conduziu Husni al-Za’im ao comando da Síria. Alçado ao poder, Za’im implementou ações em benefício de corporações do petróleo.

Em 1953, os americanos, com apoio dos ingleses, derrubaram Mohammed Mossadegh, que fora democraticamente eleito presidente do Irã. Mossadegh ousou nacionalizar a indústria de petróleo iraniana, até então controlada por uma corporação britânica, porque entendia que essa riqueza mineral deveria beneficiar primeiramente o povo iraniano. Em seu lugar, ascendeu Mohammad Reza Pahlavi, um tirano autoritário, porém simpático ao poderio americano. Reza Pahlavi permaneceu no poder até 1979, quando uma revolução iraniana, liderada pelo Aiatolá Khomeini, o depôs.

Como agiram os americanos nesse episódio? Enviaram um emissário, munido de milhões de dólares, para corromper os adversários políticos de Mossadegh. Mossadegh, um democrata eleito, foi retratado pela imprensa como um tirano, enquanto Reza Pahlavi, um monarca absolutista despótico, era fantasiado de liberal.

Conduzido pela desonestidade da imprensa e por políticos corruptos totalmente desvinculados dos interesses do Irã, o povo aderiu ao golpe a auxiliou na queda de Mossadegh. Tiro no próprio pé, movido pela ignorância e pela fraude.

O modelo utilizado no Irã, contra Mossadegh, torna-se padrão para a derrubada discreta de governos incômodos: envio de poucos emissários americanos, preferencialmente um homem só, com acesso ilimitado a dinheiro, para corromper a imprensa e políticos locais.

O modus operandi é relatado por John Perkins, no livro Confissões de um Assassino Econômico, ele próprio tendo sido um desses agentes infiltrados.

Em 1954, na Guatemala, o governo de Arbenz Guzmán, eleito democraticamente presidente em 1951, desejava realizar uma ampla reforma agrária no país, em benefício de seu povo. Isso, porém contrariava amplamente os interesses de uma corporação americana do ramo de frutas. O governo dos EUA enviou emissários para corromper os políticos da oposição. Novamente a imprensa mundial agiu, passando a imagem de que Arbenz era um agente soviético. Arbenz foi deposto, sendo substituído por uma ditadura militar que atendia aos interesses da corporação prejudicada. Esse é considerado o primeiro dos vários golpes militares patrocinados pelos americanos na América Latina, Brasil inclusive.

Em 1963, no Iraque, o general Abd al-Karim Qasim, que havia liderado um golpe contra monarquia e proclamado a república, foi deposto e preso com apoio dos americanos. Qasim era nacionalista, o que sempre desagrada as corporações. De 1963 a 1968 há uma sucessão de golpes e assassinatos no poder iraquiano, sempre com suspeitas de participação dos americanos, até se estabilizar a presidência nas mãos de Ahmed Hassan al-Bakr do Partido Baath, auxiliado por um jovem político, que se tornará seu vice-presidente em 1979 e, finalmente, dez anos depois, passará a comandar o país, Saddam Hussein.
Saddam se tornaria marionete dos EUA em suas tentativas de derrubar o governo do Irã, iniciadas em 1980, novamente por interesses no petróleo.

Em 31 de março de 1964, João Goulart, democraticamente eleito vice-presidente do país e que assumiu de forma constitucional a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, também sob a pecha de agente soviético e que também pretendia realizar uma reforma agrária no país, foi deposto por um golpe militar apoiado financeiramente pelo governo dos Estados Unidos. Como sempre, em seu lugar assumiu uma ditadura militar, que vigorou até 1984, vinte anos após.

Em 1981, Jaime Roldós, eleito democraticamente presidente do Equador em 1979, morreu num acidente de avião. Existem fortes suspeitas de que o acidente tenha sido obra do governo americano. Roldós, assim como Mossadegh no Irã, desejava, e estava adotando ações para esse fim, que o petróleo equatoriano beneficiasse o povo do Equador, o que desagradou as corporações do petróleo. Afirma-se que, não sendo possível desinstalar Roldós pela corrupção, restou a opção de simular um acidente de avião.

Hugo Chavez, eleito democraticamente para presidente da Venezuela em 1998, reelegendo-se em 2000 e novamente em 2006, foi duramente combatido pelo governo americano, com apoio integral da imprensa venezuelana. O discurso de Chavez era anti-neo-liberalismo e contrário à geopolítica americana. Em sua primeira eleição, Chavez encerrou um ciclo de 43 anos no poder de um conluio de políticos corruptos que englobava os três maiores partidos venezuelanos. Chavez utilizou o imenso poderia da Venezuela no petróleo como uma arma contra os americanos. Novamente um político nacionalista pretendendo utilizar o petróleo para ajudar o próprio povo. O percentual de venezuelanos classificados como pobres despencou de quase metade da população, 49,4% no ano de 1999, para menos de um terço, 27,8% no ano de 2010. A história revela que esse comportamento não agrada às corporações. Por isso, em 2002, com a imprensa totalmente contrária a Chavez, um golpe de estado o depôs, com fortes indícios de participação ativa dos americanos, que imediatamente reconheceram a legitimidade do governo golpista. Entretanto, ante a reação mundial negativa, o golpe foi um fracasso e, três dias depois, Chavez voltou ao poder.

Os exemplos de intervenção americana direta e indireta poderia continuar por longo tempo, como no golpe do Chile em 1973, na Argentina em 1976, na morte de Omar Torrijos do Panamá em 1981, na tragédia do Afeganistão, na invasão do Iraque em 2003, na Nicarágua e em El Salvador na década de 1980, Camboja, Vietnã e etc e etc…

Brasil. 2002. Um partido criado pelos trabalhadores e com origem nitidamente socialista elege o seu candidato para a presidência da república. O político de origem sindicalista e sem formação acadêmica, Luis Inácio Lula da Silva, após três tentativas infrutíferas, finalmente sobe a rampa do Palácio do Planalto, não sem antes se comprometer formalmente a não instalar um governo comunista no país, num documento denominado Carta aos Brasileiros, nítida concessão às corporações.

Lula surpreende os conservadores, pois sob seu governo a economia avança admiravelmente. De fato, no período de 2003 a 2010, o PIB brasileiro apresenta um aumento anual médio de 4% ao ano, enquanto o representante da elite neoliberal, o acadêmico laureado Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos anteriores, obteve somente 2,3% ao ano. No último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, a taxa de desemprego era de 10,5% da população economicamente ativa. Lula a reduz para 5,3%. A arrecadação tributária bate recordes em cima de recordes, não por aumento da tributação, mas como reflexo de um incrível incremento no mercado interno. Lula liquida a dívida brasileira com o FMI e aumenta as reservas de US$ 37,6 bilhões para US$ 288,5 bilhões . A taxa de juros Selic cai de 25% ao ano para 8,75% ao ano. O Brasil atravessa sem grandes danos a maior crise econômica desde 1929, que foi a crise de 2008. O salário mínimo, que teve redução real (descontada a inflação) no governo FHC de cerca de 5%, consegue aumento real de cerca de 54% nos oitos anos do governo petista.

Enfim, Lula surpreendeu positivamente durante os oito anos de seu mandato. Contudo, somente obteve paz no primeiro mandato, de 2003 a 2006. A partir do final do primeiro mandato, todavia, passou a ser alvo de crítica feroz da grande imprensa e dos políticos de oposição, principalmente do próprio PSDB.

O que mudou?

Muitas coisas podem ter provocado essa mudança de atitude. Uma delas, talvez a mais relevante, foi o anúncio da descoberta de imensas jazidas de petróleo na camada do pré-sal, ocorrida justamente em 2006. Segue-se à descoberta o anúncio do governo petista de que essas jazidas de petróleo seriam resguardadas para o interesse nacional, inclusive com a possibilidade de criação de uma estatal específica para elas, a Petrosal, o que desagrada às grandes corporações de petróleo do mundo.

Petróleo, nacionalismo, interesses corporativos, ação desestabilizadora. A história se repete.

Um governo cujo sucesso, até então, e embora com um certo ar blasé, era reconhecido pela imprensa, numa reviravolta passa a ser alvo de uma campanha difamatória impiedosa dessa mesma imprensa. Ilícitos que, quando comprovados em governos passados, sequer mereciam manchetes, passaram a ser estampados na capa de jornais e revistas por meras suspeitas.

Adotou-se a prática da escandalização do banal, da manipulação dos fatos e da culpabilidade por dedução lógica.

O escândalo do mensalão transforma uma prática corriqueira em todos os partidos, incorreta, porém usual, de utilização das sobras do caixa 2 de campanhas para a conquista de apoio político, é manejado para parecer compra de votos. Se foi comprovada a compra de votos para votar a emenda da reeleição da Fernando Henrique Cardoso, obviamente interessado nessa emenda, e nada respingou na reputação de FHC, no mensalão afirma-se a compra de votos para aprovação de leis de interesse público, como leis da previdência e outras, sem que se pare para pensar porque um partido iria adotar tal prática para aprovação de projetos de interesse nacional. E ainda que se comprovasse o pagamento, e isso não foi provado, o erro estaria no partido que compra ou no político que precisa ser comprado para aprovar tais leis?

Sem conseguir evitar a reeleição de Dilma pelo PT, mesmo com o mensalão, a escandalização avança, provocando dissensões no próprio tecido social. Amigos deixam de se falar, parentes se dividem, pessoas brigam nas ruas por conta de opiniões contrárias, cadeirantes são agredidos por se manifestarem a favor do PT, velórios são vilipendiados pelo ódio político, pessoas públicas são agredidas em restaurantes em função de exercerem cargo no governo, sair à rua com uma estrelinha do PT aos poucos vai se transformando numa aventura mortal.

Nada impede a imprensa e um setor menos intelectualizado do PSDB de prosseguir nessa sanha acusatória. O governo se vê envolvido numa trama que envolve a grande mídia, um partido (PSDB) que representa os interesses neoliberais desejado pelas corporações, parcela do Ministério Público Federal e do judiciário federal simpáticos ao PSDB, com alguns de seus componentes inclusive tendo sido nomeados pelo próprio Fernando Henrique Cardoso.

A corrupção sistêmica, que Fernando Henrique Cardoso, recentemente, reconheceu existir desde o seu governo, e que soube e que nada fez pois sabia que isso seria mexer num vespeiro incontrolável, é atribuída ao único partido político que em toda a história brasileira agiu de forma republicana e deixou as instituições funcionarem no combate à corrupção.

Como se diz, o PT torna-se vítima de seu próprio republicanismo.

O povo, conduzido como massa de manobra, não percebe as discrepâncias no discurso oposicionista da moralidade seletiva e se agita contra o partido que forneceu as melhores condições jamais experimentadas pelos trabalhadores e pela parcela menos desfavorecida do país.

Contudo, por mais insana que se apresente a conduta da oposição tucana e da imprensa, não parece provável que assumiriam a possibilidade de causar uma ruptura social no país se não houvessem interesses ocultos muito mais sólidos.

A imprensa parece estar cavando a própria sepultura, ao enterrar sua credibilidade em toneladas de lama desveladas rapidamente pela internet. Um ato de suicídio dessa magnitude não pode representar um mero interesse em se livrar de um partido incômodo. Deve existir algo mais.

Quais são os verdadeiros interesses ocultos por trás desse movimento de desestabilização do governo brasileiro?

A equação possui governo de tendência socialista, petróleo, nacionalismo, escandalização pela imprensa e um partido político que atua de forma contrária aos interesses do próprio país.

Todas as vezes em que esses elementos estiveram presentes na mesma equação, os Estados Unidos da América atuaram em desfavor do governo nacional rebelde aos interesses das corporações.

Não há motivo algum para supor que agora fariam diferente.

Na eleição americana do ano 2000, Al Gore foi nitidamente alvo de uma fraude eleitoral que conduziu Bush filho ao poder. Poderia ter iniciado uma disputa jurídica acirrada para obtenção de recontagem. Republicanamente, porém, abdicou dessa disputa em nome da paz política dos Estados Unidos.

No Brasil, Aécio Neves, coloca a própria ambição política acima de um resultado político justo, honesto e reconhecido pelo seu próprio partido após realizar dispendioso e inútil esmiuçamento nas urnas eleitorais. Isso, todavia, não impede Aécio de assumir essa insanidade vexatória num comportamento que o fez ser apelidado corretamente por Jânio de Freitas de “taradinho do impeachment”.

Aécio Neves, cuja riqueza pessoal em grande parte é devida à ação política oligárquica de sua família e à sua própria atuação política, pois está envolvido na política desde antes de se formar na faculdade, se vende como um paladino da moralidade e da ética para maquiar o que é somente mera ambição política, egolatria e mania de grandeza. Se acha no direito de desestabilizar a nação em nome desses vícios de caráter, sendo ombreado nesse propósito por pessoa vaidosa que pensa incorporar a figura de estadista e de sábio político, Fernando Henrique Cardoso, mas que não revela a grandeza de impedir a luta fratricida que está se iniciando no Brasil.

Todavia, não se vê uma defesa contundente da democracia pelo “parceiro amigo” do Brasil, os EUA, que seriam capazes de adotar ações através das próprias corporações donas dos meios de comunicação brasileiros.

O silêncio dos americanos em relação a assuntos internos de outros países que com potencial de atingi-los, mesmo superficialmente, é revelador, pois sempre foi indicativo, não de neutralidade, mas de incitação, apoio material ou, no mínimo, posição favorável aos revoltosos.

O Brasil sempre foi um empecilho às corporações por sua inclinação a um alinhamento com os países sul-americanos e com outras nações menos privilegiadas.

Isso, por si só, já constitui uma ofensa ao imperialismo corporativo.

A gota d’água foi a política protecionista do pré-sal.

É muito possível, pelo que se extrai dos relatos históricos, que a tentativa de desestabilização do governo do PT, acentuado no governo da Dilma, possua garras de águia habilmente escondidas.

Garras que manipulam marionetes brasileiras.

no blog: http://marciovalley.blogspot.com.br/2015/10/estados-unidos-da-america-por-tras-dos.html

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley | GGN

23/08/2015

Jornal argentino mostra quem finanCIA o golpe no Brasil

EUAGloboNão podemos esperar nada da velha mídia brasileira. Aliás, podemos esperar o de sempre, o golpismo rasteiro para beneficiar seus finanCIAdores ideológicos. O jornal argentino Pagina12 mostra quem são os maiores interessados na quebra da Petrobrás e, por conseguinte, desencadear uma crise econômica  para quebrar o Brasil. Não é mero acaso que a descoberta do pré-sal tenha coincidido com a revelação de Edward Snowden de que a NSA estava, como se já não bastassem os serviços de William Waack, grampeando Dilma e a Petrobrás.

Os mesmos interesses, cujo nome é Consenso de Washington, que enterraram a América Latina de Fujimori, Menem e FHC, voltam as baterias para uma nova tentativa de implantar a ALCA. No Brasil a ponta de lança destes interesses está a tentativa de entregar a Petrobrás, conforme projeto de lei perpetrado por José Serra, à Chevron. Álias, coerente com a promessa da campanha de Serra nas eleições de 2010. Até mesmo FHC, em convescote em Foz do Iguaçu, prometeu entregar a Petrobrás aos EUA. O golpe paraguaio se insere nessa louca cavalgada do golpismo made in USA.

El proyecto para Brasil

Por David Cufré

El proyecto económico detrás de las manifestaciones masivas de las últimas semanas contra el gobierno de Dilma Rousseff tiene como uno de sus objetivos prioritarios desandar el camino de la integración regional. En lugar de la alianza con Argentina, Uruguay, Paraguay y Venezuela, una cúpula empresaria de Brasil quiere reemplazar al Mercosur por acuerdos de libre comercio con la Unión Europea y Estados Unidos, sin restricciones ni condicionamientos de los antiguos socios sudamericanos. La movida es alimentada por los grandes medios de comunicación, que transmiten un mensaje monolítico a favor de profundizar las políticas neoliberales. Describen al bloque regional como un lastre, que impide al país despegar hacia el mundo. También le atribuyen una cuota de responsabilidad en la crisis económica, que cada vez es más grave. La salida, dicen, es apostar a nuevos socios comerciales para aumentar las exportaciones, al mismo tiempo que se avanza con señales hacia los mercados financieros, como un ajuste fiscal más severo, la anulación de impuestos al patrimonio, la suba de la edad jubilatoria, el arancelamiento de la salud, una reforma para achicar el Estado y la venta de activos públicos, como edificios y tierras de las fuerzas armadas. Todo ello debería seducir a capitales extranjeros para invertir en el país. Los actores sociales que impulsan esa vuelta de tuerca ortodoxa son los mismos que en Argentina sueñan con un modelo agroexportador, de apertura comercial y desregulación financiera y cambiaria: grandes productores agropecuarios, especialmente de soja y ganado (Brasil se ha convertido en una potencia mundial en ambos casos), sectores vinculados a la banca internacional; el establishment industrial con compañías globales, y una clase media y media alta de grandes ciudades que a pesar de haber sumado ingresos con los gobiernos del PT, no logra convivir con las clases populares que ascendieron gracias a las políticas de redistribución.

Una diferencia sustancial entre Brasil y la Argentina, que agrava las cosas, es que los gobiernos de Lula y Dilma nunca rompieron con el paradigma neoliberal. El país vecino no tuvo un 2001/2002 que enterrara a los años ’90 en el descrédito. Los avances sociales se produjeron gracias a políticas específicas, como el Bolsa Familia, y a la promoción del consumo y el empleo en las etapas de auge económico, promovidas por la suba de los precios internacionales de las materias primas. A eso se suma que el segundo mandato de Dilma arrancó el 1º de enero pasado echando por la borda promesas electorales desarrollistas y nombrando en su gabinete a referentes del proyecto neoliberal del agro y de la banca: Joaquim Levy en Hacienda, doctorado en Chicago, ex funcionario del FMI y director del Banco Bradesco hasta 2014, y Catia Abreu en Agricultura, ex presidenta de la Confederación Nacional de la Agricultura, la Sociedad Rural brasileña. Esta última dijo en junio, en una reunión en Bruselas con la Unión Europea, que Brasil debería firmar un acuerdo de libre comercio con ese bloque sin esperar el consentimiento del Mercosur. El sacudón obligó al gobierno de Rousseff a bajarle el tono, pero la propuesta reapareció la semana pasada por parte del presidente del Senado, Renan Calheiros, uno de los líderes del PMDB, quien hasta ahora mantenía una alianza con el PT pero que en este momento luce al borde de la fractura.

Calheiros se reunió con Levy y le presentó una carta de veinte puntos con los postulados neoliberales, algunos de los cuales se mencionaron más arriba: reducción del impuesto a la herencia, achicamiento del Estado, reforma laboral, flexibilización regulatoria para el sector de la minería, creación de una institución autónoma encargada de auditar la política fiscal, incentivos a la repatriación de capitales y nuevas exigencias para cobrar planes sociales, entre otros. Uno de los puntos dice textualmente: “Acabar con la unión aduanera del Mercosur a fin de posibilitar que Brasil pueda firmar acuerdos bilaterales sin depender del apoyo de los demás miembros del bloque regional”.

La canciller alemana, Angela Merkel, fue recibida anteayer por Dilma en Brasilia con honores de Estado, propios de la jerarquía de la visitante, pero también reflejo del momento político y de las presiones económicas que se viven en el principal socio comercial de la Argentina. La virtual jefa de la Unión Europea sostuvo: “Hay empresas alemanas que quieren y están dispuestas a invertir en Brasil, pero para ello se necesitan condiciones de inversión confiables”. La traducción del idioma diplomático a hechos concretos es dejar de lado la integración latinoamericana para afianzar nuevos lazos con las grandes potencias occidentales.

Eduardo Crespo, prestigioso profesor de la Universidad Federal de Río de Janeiro, analiza con su mirada argentina el proceso brasileño. Considera que los movimientos desestabilizadores contra el Gobierno que se expresaron en las marchas –de perfil “cacerolero”, con una potencia y una masividad nunca antes vistas para la sociedad brasileña– tienden a replegarse. Esto es así, estima, porque el poder económico y buena parte del poder político en la oposición prefieren que Dilma haga el trabajo sucio. Es decir, que implemente aquellos veinte puntos de cepa neoliberal, vaya para atrás con el Mercosur y cierre acuerdos con Europa y Estados Unidos. Y mientras tanto, la seguirán desgastando con las causas de corrupción, a ella y a su eventual sucesor, Lula da Silva. En 2018, la oposición tendría el camino allanado para ganar las elecciones, y el PT quedaría como responsable de la crisis ante la sociedad.

Algo de eso ya se vio con la estigmatización que está haciendo la prensa dominante –mucho menos plural que la argentina– del ex ministro de Hacienda Guido Mantega. El funcionario asumió con Lula en marzo de 2006 y permaneció hasta el final del primer mandato de Dilma, el 31 de diciembre último. Su gestión, como ya se dijo, mantuvo la impronta ortodoxa en términos fiscales, monetarios y cambiarios, aunque en comparación con su antecesor, Antonio Palocci, y su sucesor, Levy, parece un moderado. Eso les basta a los grandes medios para tildarlo de heterodoxo –aunque esté a años luz de Kicillof, para medirlo con la vara nacional– y culparlo de todos los males. “Levy tiene que arreglar los desastres que dejó Mantega”, instalan diarios y canales de televisión. No importa que el violento ajuste fiscal que impuso el actual ministro haya hundido a una economía que ya venía en caída, la responsabilidad se atribuye al “heterodoxo” Mantega.

En esa línea, hay sectores empresarios que aspiran a forzar una privatización de Petrobras, conmocionada por las denuncias de corrupción. Grandes petroleras del exterior están igualmente detrás de esa presa.

Por ahora no surgió en Brasil una reacción popular en defensa de sus intereses, y no será fácil que ocurra porque el partido político que solía representarlos, el PT, está embanderado con las políticas de ajuste. El panorama, así, es sombrío para el proyecto que cobró fuerza hace más de una década en Mar del Plata, cuando la región le dijo no al ALCA y avanzó en su integración. Será un desafío para Daniel Scioli, si se impone en las elecciones, convivir con un Brasil que en lugar de mostrarse como aliado tiene vocación de afianzar otras relaciones. Y si el ganador es Macri, los sueños de un proyecto nacional, popular y latinoamericano quedarán nuevamente en stand by. Ese es el proyecto que el establishment brasileño, Europa y Estados Unidos tienen para la verde-amarela.

Página/12 :: Economía :: El proyecto para Brasil

01/05/2015

Que democracia cristã age em parceria com o demônio? A da Alemanha!

Filed under: Alemanha,Angela Merkel,Arapongagem made in USA,Deutsche Bank,NSA — Gilmar Crestani @ 1:22 pm
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alemanha-greciaAngela Merkel fez mais para a economia alemã, com a ajuda do Deutsche Bank, do que Hitler com seus panzers e SS. A destruição da economia da Grécia, por exemplo, tem o DNA ariano da Angela Merkel. É, como dizem os vira-latas brasileiros, o tal de planejamento alemão.

Quando os países ditos do primeiro mundo falam em planejamento esta afirmação não tem necessariamente relação com economia, mas com política. Vampiros também planejam. Planejam o tempo todo como sugar a economia dos outros. É disso que eles dependem.

Depois que Alemanha enfiou 7 x 1 no admirador de Pinochet, Felipão, os ventríloquos da velha mídia passaram a repetir que se tratava da relação do planejamento com o amadorismo. Curioso que antes da Copa o que não existia era planejamento dos organizadores, ao passo que a Seleção era festejada…, como aquela manchete da Folha do dia 05/06/2014: “Copa começa hoje com seleção em alta e organização em cheque”. Para a Folha teria havido  planejamento na Seleção, mas não na organização. A vida como ela é mostrou que os profetas do atraso estavam, como sempre, atrasados.

Até para perder de 7 x 1 tem de ser planejado, não é mesmo. Ou será que as demais seleções não planejaram, só a Alemanha? O fato de perder não significa que tenha faltado planejamento, assim como quem ganhou pode ter alcançado mesmo sem planejamento.

Basta ter o mesmo advogado do fluminense…

Alemanha ajudou os Estados Unidos a espionarem países europeus

Escândalo da colaboração entre o BND e a NSA deixa sob pressão o Governo de Merkel

Luis Doncel Berlim 30 ABR 2015 – 14:01 BRT

Alemania

Angela Merkel, em um ato em Berlim em 29 de abril. / JOHN MACDOUGALL (AFP)

O escândalo da colaboração entre os serviços secretos alemães com a Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) ganhou força até transformar-se em uma séria ameaça ao Governo de Angela Merkel. A revelação de que os norte-americanos utilizaram as instalações do BND – os serviços secretos da Alemanha para o exterior – para espionar locais tão emblemáticos como o Palácio do Eliseu (sede da presidência da França), o ministério dos Assuntos Exteriores francês, ou a Comissão Europeia mira o coração das relações da Alemanha com seus vizinhos europeus.

A informação publicada nesta quinta-feira pelo jornal Süddeutsche Zeitung e as redes de televisão NDR e WDR sacudiu os alicerces da política berlinense. Já não se trata somente de espiões alemães dando informação aos seus colegas norte-americanos sobre empresas, ou a suspeita cada vez mais fundada de que o ministro do Interior, o democrata-cristão Thomas de Maizière, mentiu ao Parlamento.

mais informações

“Espionar os amigos é inaceitável”, disse categoricamente Merkel ao presidente Barack Obama em outubro de 2013, no auge do escândalo pelas escutas norte-americanas, que não respeitaram nem mesmo o celular da chanceler. Mas essas palavras podem agora voltar-se contra a líder alemã. Porque, segundo o Süddeutsche Zeitung, a espionagem a empresas foi feita somente em caráter excepcional. “O objetivo primordial era a espionagem política a nossos vizinhos europeus e às instituições da União Europeia”, diz o jornal, que cita fontes da chancelaria e do BND.

A rodada de revelações que começou em meados de abril deixa Merkel e seu partido democrata-cristão em uma situação muito delicada. As críticas da oposição vão desde os esquerdistas do Die Linke, que acusam o Executivo de “traição à Pátria” até os liberais, que exigem que Merkel peças desculpas aos líderes europeus. Dentro do Governo de grande coalizão também se começa a ouvir o mal-estar. Seu número dois e líder dos social-democratas, Sigmar Gabriel, pediu explicações por fatos que tachou de “escandalosos”.

Mas Merkel e seus porta-vozes permanecem calados por enquanto. Desde que na penúltima semana de abril admitiram que o BND padecia “de déficit técnico e organizacional” que precisava “ser sanado”, negaram-se a explicar quais consequências políticas esse escândalo trará. A oposição pede a demissão do presidente dos serviços secretos, Gerhard Schindel. Mas mesmo que Merkel ofereça sua cabeça, é pouco provável que se conformem com isso.

Espionagem Internacional: Alemanha ajudou os Estados Unidos a espionarem países europeus | Internacional | EL PAÍS Brasil

04/04/2015

Um caso para entender o MBL e Chequer

bandeira-manifestanteMais fácil para entender como funciona o terrorismo de estado made in USA só desenhando. A pátria que usa a bandeira em todas as cenas que contém emoção, sentimentalismo, na máquina de propaganda chamada Hollywood condena o nacionalismo em todos os demais países.

Por aí também se explica porque Bradley Manning, Julian Assange, Edward Snowden e tantos outros purgam a liberdade de expressão na prisão, sujeitos à pena de morte. A bandeira americana cobre todos os corpos dos assassinos que retornam. Fazem filmes para vender a bandeira norte americana, como Cartas de Iwo Jima, onde o personagem principal é a bandeira ianque hasteada em outro país. Ou como aquela na Lua…

Luis Posada Carriles, Michael Townley  e tantos outros assassinos glorificados em filmes como “Sniper Americano” são assassinos de aluguel para matarem quem ousa atravessar o caminho dos EUA. Na frente sai a NSA, a DEA, a CIA com suas arapongagens na Petrobrás e no Governo. Depois vem os profissionais finanCIAdos para causarem tumulto e fomentarem manifestações antidemocráticas.

O MBL e Rogério Chequer são típicos mercenários recrutados para executarem o papel que antes eram feitos por agentes da CIA diretamente. A CIA se resume a financiar e instrumentalizar com seu know-how em fomentação de golpes. O Movimento Brasil Livre – MBL foi criado e é finanCIAdo para atacar interesses nacionais e facilitar a entrada e a defesa de interesses dos EUA.

O caso trazido pelo El País ajuda a entender porque a marcha dos zumbis tem tanto apoio dos golpistas instalados no Instituto Millenium, um puteiro finanCIAdo pela Gerdau.

Juiz norte-americano confirma proteção legal a Michael Townley

Ex-agente da ditadura chilena é acusado do matar o ex-diplomata espanhol Carmelo Soria

Antonieta Cádiz Houston 3 ABR 2015 – 14:20 BRT

Michael Townley.

“Não podemos obrigar Michael Townley a pagar”, disse o juiz norte-americano John Bates neste mês. Nem mesmo 75 dólares (240 reais) por semana. A família do ex-diplomata espanhol Carmelo Soria tentou em vão que o ex-agente da Diretoria Nacional de Inteligência do Chile (DINA) – testemunha sob proteção nos Estados Unidos – pague sete milhões de dólares como indenização pela tortura e morte de Soria, enquanto no Chile e na Espanha os tribunais ainda discutem o caso.

Em sentença de 13 páginas a que o EL PAÍS teve acesso, o juiz distrital John Bates reconheceu que seu veredicto “não ajuda nada” Laura González-Vera, viúva de Soria, apesar de a Justiça ter anteriormente determinado que Townley pagasse o dinheiro.

Townley, de nacionalidade norte-americana, foi agente da DINA, a polícia secreta do ditador Augusto Pinochet, e participou do sequestro e assassinato do diplomata espanhol em 1976. Há mais de 30 anos vive nos EUA sob o programa de proteção a testemunhas do Governo federal. Antes passou cinco anos preso pelo assassinato do embaixador chileno nos EUA, Orlando Letelier.

O fato de estar no programa de proteção a testemunhas impede informar seu paradeiro, situação financeira, atividades etc. Isso limita a capacidade, por parte dos advogados, de forçar o pagamento. Embora a família tenha pedido ao Governo dos EUA que entregue dados do ex-agente, até agora o Gabinete do Promotor Geral insiste em que fazer isso põe em risco a vida da testemunha.

Em 2005, a Justiça determinou que Tonwley pagasse a González-Vera, mas ele se negou. Depois de uma batalha legal que durou pelo menos cinco anos, fez o primeiro pagamento. Só que deixou de pagar de junho de 2013 a janeiro de 2014.

A viúva de Soria voltou a pedir o pagamento, mas agora o juiz Bates respaldou a posição do Governo dos EUA: “A Lei de Reforma da Segurança para Testemunhas não autoriza os tribunais a interpretar as atividades do promotor geral em relação a uma pessoa sob proteção”. “Seria perigoso divulgar a identidade e localização de uma testemunha protegida, inclusive a um tutor”, explicou o magistrado.

Ali Beydoun, o advogado nos Estados Unidos da família do diplomata espanhol morto, assegurou que insistirão para a se faça justiça. “Cada vez que fomos ao tribunal ou enviamos cartas ao Departamento de Justiça nos dizem que o risco à segurança é muito alto. Mas continuaremos pedindo à agência que considere a injustiça que prevalece nesta situação. Não se trata do dinheiro, e sim de que Townley esteja em liberdade.”

Carmelo Soria (leia sobre sua morte aqui, em espanhol) era editor-chefe na sede da CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe) em Santiago do Chile e militava no Partido Comunista da Espanha (PCE). Em 1976 foi sequestrado na rua por militares vestidos de carabineiros (policiais). Seu cadáver foi encontrado dois dias depois, com sinais de tortura.

Desde o início dos anos noventa, sua família tenta em vão mandar para a prisão os responsáveis pelo crime, encontrando barreiras como a lei de anistia chilena ou a condição de testemunhas sob proteção.

Em 2002, o Governo do Chile concordou com uma indenização de 1,5 milhão de dólares para a família, depois que ela interpelou o Estado na Comissão Interamericana de Direitos Humanos. A ratificação pelo Congresso demorou cinco anos. Em 2013 o juiz chileno Lamberto Cisternas determinou que fosse reaberto o caso do assassinato de Soria, mas o nome de Townley foi o grande ausente entre os acusados. “No Chile não se julga Townley. Nâo sabemos por quê e esperamos que façam uma emenda para mudar isso”, afirma Beydoun.

Enquanto isso, na Espanha a Audiência Nacional processou vários agentes pelo assassinato de Soria e alegou que não havia sido efetivo o processo contra esses crimes no Chile. Os agentes foram responsabilizados pelos crimes de genocídio, assassinato e prisão ilegal.

A Espanha pediu ao Chile a extradição de José Ríos San Martin; Jaime Lepe Orellana; Pablo Belmar Labbé; Guillermo Salinas Torres; René Quilhot Palma e Manuel Contreras Sepúlveda, ex-diretor da DINA, mas a Justiça chilena rejeitou o pedido porque o caso estava sob investigação no país. Em 2014 a Audiência Nacional espanhola pediu aos EUA, sem sucesso, a extradição de Townley.

Em 7 de abril o Tribunal Supremo da Espanha decidirá se arquiva ou não os casos ligados à “Justiça universal”, ou seja, a capacidade dos juízes espanhóis de investigar crimes cometidos fora do território do país, entre os quais está o caso do diplomata Carlos Soria. A reforma legal promulgada na Espanha no ano passado pelo Governo do presidente Mariano Rajoy limitou o alcance da Justiça universal. O Supremo deverá deliberar se os tribunais espanhóis têm a competência legal para investigar esses casos.

Juiz norte-americano confirma proteção legal a Michael Townley | Internacional | EL PAÍS Brasil

04/02/2015

Deu no New York Times: EUA continuam com terrorismo de Estado

espiaA dúvida que me assalta neste momento é porque os EUA não precisavam espionar FHC… Bobagem, FHC não fazia nada sem autorização dos EUA. Tanto foi assim que a reeleição foi comprada mas a viabilidade eleitoral se deu graças ao Bill Clinton. Foi ele que ajudou a segurar a reeleição, via FMI, mas depois resolveu espinafrar FHC e o Brasil em público. O notório, e porque não pitoresco, episódio de nossos diplomatas tirando os sapatos para entrarem nos EUA é apenas mais uma imagem da subserviência de FHC.

O convescote de FHC com representantes da Chevron, em Foz do Iguaçu, prometendo entregar a Petrobrás caso Serra fosse eleito, foi de um empreguismo sem precedentes. Os cables vazados pelo Wikileaks também mostram os dedos de José Serra tentando inviabilizar a Petrobrás e entregar, como mostrou a Folha de São Paulo, o pré-sal a Chevron.

Na época dos vazamentos, até William Waack da Rede Globo foi pego. Portanto, a espionagem no Brasil, com tantos capachos tentando entregar o Brasil, é coisa de Peter Sellers…

New York Times diz que EUA ainda espionam Dilma

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Reportagem publicada pelo jornal "New York Times" nesta terça (3) diz que a presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada pela NSA, Agência de Segurança norte-americana; o jornal registra que dezenas de líderes mundiais sob monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois que a prática veio a público, em 2013; a ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados

3 de Fevereiro de 2015 às 20:30

247 – Reportagem publicada pelo jornal "New York Times" nesta terça-feira (3) diz que a presidente Dilma Rousseff “aparentemente” continua sendo espionada pela NSA (Agência de Segurança dos EUA). O jornal norte-americano registra que dezenas de líderes mundiais sob monitoramento da NSA foram excluídos do programa de espionagem depois que a prática veio a público, em 2013. A ordem, no entanto, não abrangeu todos os presidentes espionados. “Aparentemente programas no México e no Brasil continuaram”, escreveu o jornal.

O grampo da NSA sobre Dilma Rousseff veio à tona em 1º de setembro de 2013. A presidente brasileira reagiu energicamente e, duas semanas depois, cancelou uma visita oficial a Washington agendada para 23 de outubro de 2013. Dilma também condenou a prática em discurso na Assembleia Geral da ONU, em 24 setembro de 2014.

O Itamaraty enviou uma mensagem ao blog do jornalista Fernando Rodrigues, que publicou a notícia, comentando a informação do jornal norte-americano. “O Brasil lamenta e repudia todos os episódios de espionagem não-autorizada de autoridades estrangeiras por órgãos de inteligência. O Brasil tem procurado atuar, no sistema multilateral, no sentido de estimular o respeito à privacidade nos meios digitais. Nesse sentido, apoiamos e sediamos a Reunião Multissetorial Global sobre o Futuro da Governança da Internet – a NETmundial – em São Paulo, em abril deste ano. Também foram aprovadas resoluções, copatrocinadas pelo Brasil, na Assembleia-Geral da ONU, demonstrando o reconhecimento da importância do tema pela comunidade internacional”.

New York Times diz que EUA ainda espionam Dilma | Brasil 24/7

Quem finanCIA o tapetão voador na Argentina e Brasil?

Filed under: Alberto Nisman,CIA,DEA & DAS,FHC,Golpismo,Golpistas,Impeachment,Ives Gandra,NSA,Tapetão — Gilmar Crestani @ 9:12 am
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tio samO papel desempenhado por Ives Gandra Martins, a pedido de FHC, faz-me lembrar de um registro preservado pela erupção do Vesúvio nas paredes do banheiro da Cassa della Gemma, em Herculano: “Apollinaris medicus Titi Imp. hic cacavit bene”(Apolinário, médico do Imperador Tito, deu uma bela cagada aqui). Ives Gandra, a pedido de FHC, perpetrou, em bom juridiquês, uma bela cagada golpista.

Acabou a era dos candidatos capachos e só os EUA não viram. O Tio Sam vem perdendo todas abaixo do Caribe. Mas o monstro não descansa. Quando não é a DEA, na Colômbia e Venezuela, é a NSA na Argentina e no Brasil. Por trás de ambas, a CIA. As espionagens reveladas por Edward Snowden continuam. Na Argentina, para derrubar Cristina Kirchner, a CIA conta com a SIP. No Brasil, com o Instituto Millenium.

Estão em andamento novas eleições na Argentina sem que as oposições, favoráveis aos EUA, tenham demonstrado viabilidade eleitoral. Como na Venezuela, os EUA busca influir no rumo das eleições na Argentina e no Brasil. Instrumentado pela CIA e Mossad, um procurador ao melhor estilo Peter Sellers, o Pantera Cor-de-rosa, buscou jogar nas costas da Cristina Kirchner um atentado terrorista ocorrido no governo de um ventríloquo dos EUA, Carlos Menem. Se num primeiro momento servia de álibi para a campanha dos EUA contra o Irã, passou a servir também para vitaminizar a campanha de seus aliados, bons nos grupos mafiomidiáticos mas ruis de votos.

No tempo de FHC, o WikiLeaks revelou como se davam as trocas de informações entre os EUA e o seus vira-bostas. William Waack não gostou, mas os “cables” não deixam dúvida. Quer símbolo pior do capachismo made in PSDB do que se sujeitar a tirar os sapatos para poder entrar nos EUA?! Na Argentina aconteceu o mesmo. Cables vazaram mostrando que todas as informações reunidas pelo procurador Alberto Nisman foram-lhe “produzidas pela CIA”, na embaixada dos EUA em Buenos Aires.

As tentativas golpistas se dão por intere$$e dos EUA, mas também por despeito de pústulas nacionais. Execrado pelo povo, que o quer longe dos cofres públicos, FHC revela-se uma Cassandra, um PÓte até aqui de mágoas. Repete-se a história, traído até pela amante, Miriam Dutra, como provou o exame de DNA, FHC é mais uma vez traído pelas inconfidências de seu advogado, Ives Gandra. É o tal de rabo que sai pelo fraque ou das orelhas que fogem pela cartola…

Alberto Nisman buscava cumprir, sozinho, na Argentina, o que Gilmar Mendes, Ives Gandra, FHC et caeterva querem fazer no Brasil. São apenas instrumentos para interesses escusos. São ventríloquos das petrolíferas. São elas que finanCIAm o tapetão voador daqueles que não tem votos.

PETROLÃO

Advogado de FHC solicitou parecer sobre impeachment

Peça diz haver razões para pedir afastamento de Dilma por desvios em estatal

Ex-presidente diz que só soube do documento pelo jornal e que impeachment ‘não é matéria política’

MARIO CESAR CARVALHODE SÃO PAULO

O parecer jurídico que diz haver fundamentos para o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) por causa dos escândalos na Petrobras foi encomendado por um advogado que trabalha para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e integra o conselho do Instituto FHC.

O documento, escrito pelo advogado Ives Gandra da Silva Martins, foi solicitado por José de Oliveira Costa. O próprio Costa confirmou à Folha que trabalha para FHC: "Sou advogado dele".

Ele nega, no entanto, que o ex-presidente soubesse do parecer. Refuta também que o documento tenha caráter político: "Não tenho ligação nenhuma com o PSDB. Nem sei onde fica o diretório."

Martins nega que a peça tenha pretensões políticas: "Meu parecer é absolutamente técnico. Para mim, é indiferente se o cliente é o Fernando Henrique Cardoso ou uma empreiteira".

O parecerista diz que cobrou pela peça, mas não revela o valor. Advogados ouvidos pela Folha dizem que uma peça dessas assinada por Martins pode custar de R$ 100 mil a R$ 150 mil.

Questionado pela reportagem, FHC disse em nota que soube nesta terça (3) pela Folha que Costa encomendara o parecer –Martins citou o nome do advogado em artigo publicado nesta terça no jornal. Para o ex-presidente, "neste momento", o impeachment "não é uma matéria de interesse político".

ATÉ O FIM

Em artigo publicado neste domingo (1º), FHC incita juízes, procuradores e a mídia a ir até as últimas consequências na apuração dos desvios da Petrobras: "Que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados".

O parecer de Martins conclui que há elementos para que seja aberto o processo de impeachment contra Dilma por improbidade administrativa "não decorrente de dolo [intenção], mas de culpa".

Culpa, em direito, detalha Martins, são as figuras da "omissão, imperícia, negligência e imprudência".

Segundo ele, Dilma tem culpa nesse campo porque ocupava a presidência do conselho da Petrobras em 2006 quando foi comprada a refinaria de Pasadena, nos EUA, por um valor que chegaria a US$ 1,18 bilhão dois anos depois. No ano passado, a presidente disse que não aprovaria a compra se tivesse melhores informações sobre a refinaria.

A compra resultou num prejuízo de US$ 792 milhões, de acordo com o TCU (Tribunal de Contas da União).

A presidente, para o parecerista, manteve uma diretoria na estatal "que levou à destruição da Petrobras".

O advogado de FHC diz que encomendou o parecer a partir de uma dúvida que surgiu numa reunião: "Juridicamente é possível iniciar um processo de impeachment por responsabilidade civil, ou seja, por culpa?" Segundo ele, a peça seria usada se algum cliente tivesse interesse por essa mesma dúvida.

EMPREITEIRA

Costa nega que haja alguma empreiteira investigada na Operação Lava Jato por trás do pedido.

A legislação prevê que tanto as empreiteiras quanto os seus diretores sejam condenados se a Justiça concluir que houve fraude em licitações da Petrobras e que as empresas agiam como um cartel.

29/01/2015

Veja como funciona o terrorismo de estado e quem o finanCIA

Filed under: CIA,EUA,Manipulação,NSA,Terrorismo de Estado,Udo Ulfkotte — Gilmar Crestani @ 10:55 pm
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bandeira-manifestanteApesar do risco que isso implica, a toda hora aparece alguém disposto a entregar o jogo sujo dos EUA via CIA. Se o risco é grande porque alguém resolve botar a boca no trombone? Significa apenas que a sujeira é muito maior do que o cheiro que exala.

Não nenhum Estado nacional que tenha patrocinado o terrorismo mais que os EUA. Nenhum Estado ousou tanto, a ponto de invadir a autonomia de cada país para assassinar cidadãos que eles, e apenas eles, reputam perigosos. Isto que a CIA recruta e se alia exatamente com os sujeitos mais perigosos de cada país.

Os espiões e executores da política de terror praticada pelos EUA não se vestem como Humphrey Bogart. Alguns se parecem mais com Álvaro Dias, William Waack ou Fernando Francischini. São cidadãos com legião de obcecados capachos. Basta balançar um nota em dólar que uma manada abana o rabo e fica de quatro.

Felizmente, vez que outra parecem Julian Assange, Bradley Manning, Edward Snowden ou Udo Ulfkotte para entregar o verdadeiro terrorismo de estado praticado pelos EUA.

E alguém acha que não há coincidência no fato de que todos os países com revoluções são também grandes produtores de petróleo. Com exceção da Arábia Saudita, ditadura parceira dos EUA no terrorismo de Estado, os demais estados têm sofrido com movimentos de desestabilização. Da Líbia, passando pelo Egito, Síria, Ucrânia ou Venezuela, em todos há o dedo sujo dos EUA e seus serviços sujos nada secretos.

Jornalista alemão expõe campanha contra a Rússia na imprensa ocidental

qui, 29/01/2015 – 17:08

Sugerido por Assis Ribeiro

Do Contexto Livre

Jornalista alemão: "Mentimos para convencer da necessidade de guerra contra Rússia"

O jornalista e ex-assessor do Governo Federal da Alemanha, Udo Ulfkotte revelou seu envolvimento no chamado "jornalismo negro", confessando que teve que mentir repetidamente. O destacado jornalista expõe a campanha anti-russa na imprensa ocidental.

"Ele mentiu, traiu, recebendo propina e escondendo a verdade do público", diz o jornalista em seu livro "Gekaufte Journalisten" ("Os jornalistas comprados"), enfatizando que "o que eu estava fazendo não era jornalismo, mas propaganda". Para Ulfkotte, o auge da campanha anti-russa na imprensa ocidental, começou há um ano, sob a liderança da CIA, conforme registrado pelo portal Sputnikbig. Em sua opinião, a cobertura da mídia ocidental dos eventos na Ucrânia é um exemplo claro de manipulação da opinião pública. "É nojento!", Diz Udo.

"Se observarmos de fora o trabalho das redações dos principais meios de comunicação, como ‘Frankfurter Rundschau’, ‘Der Spiegel’, dá a sensação de que os editores e jornalistas são insensíveis ao som com capacetes virtuais repetido incessantemente "A guerra contra a Rússia! A guerra contra a Rússia!". Ulfkotte não tem nenhuma dúvida de que, sob a orientação dos serviços especiais o "Der Spiegel" publicou que o Boeing malaio foi abatido sobre a Ucrânia por um míssil russo sem apresentar qualquer prova. Lembrem-se de que esta desinformação era um pretexto para a imposição de sanções ocidentais contra a Rússia, que de fato, "era uma declaração de guerra econômica em grande escala, que depois foi suplementado com preços artificialmente baixos do petróleo e uma depreciação orquestrada do rublo". O principal objetivo do livro é a explicação para o fato de que "os jornalistas mentiram para seus leitores para convencê-los da necessidade de guerra contra a Rússia." Udo diz estar farto desse nível de manipulação que próprio de "república das bananas". O jornalista denunica que todas as notícias de televisão e os principais jornais e revistas que fomentam a opinião no Ocidente, estão sendo manipulados e distorcidos pelos Estados Unidos.

http://www.contextolivre.com.br/2015/01/jornalista-alemao-mentimos-para…. http://actualidad.rt.com/actualidad/164542-periodista-aleman-ulfkotte-me…

Jornalista alemão expõe campanha contra a Rússia na imprensa ocidental | GGN

06/01/2015

A guerra dos López

E assim, sem mais nem menos, ficamos sabendo que Porto Rico é uma colônia dos EUA controlado sob extremo rigor. Quem ousa discordar, vai preso. Coisa de ditadura bolivariana, que prende qualquer opositor. Óscar López Rivera foi preso nos EUA por exigir, vejam só, a independência a Porto Rico…

E tem gente no Brasil que ainda vibra com os tanques na praça Paz Celestial da China… Será que eles vibrariam se soubessem que os EUA prendem quem se manifesta contra a ocupação de Porto Rico pelos EUA?

Vamos trocar de nomes, porque López é latino e gostaria de saber mais como funciona a liberdade de expressão made in USA. Alguém ainda lembra de Bradley Manning, de Edward Snowden, Julian Assange? Todos cidadãos norte-americanos que ou apodrecem na prisão ou tiveram de fugir para não apodrecerem.

É assim que funciona a liberdade de expressão made in USA. Chega ser até engraçado que os EUA se sirvam de vira-bostas espalhados pela imprensa mundial para exigirem que seus adversários não prendam opositores.

Os EUA não só prendem como mandam matar quem quer que seja que se atravesse em seu caminho. Fazem guerras, revoluções, matam, assassinam, estupram, urinam sobre cadáveres, usam prostitutas e não pagam.

Toda guerra, desde o século passado, só existiu com participação dos EUA. As recentes revoluções no Oriente Médio decorrem da “democracia made in USA”: Líbia, Egito, Ucrânia, Síria….

 

EUA rejeitam troca por opositor venezuelano

Nicolás Maduro disse que só daria indulto a Leopoldo López após porto-riquenho ser solto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

Os Estados Unidos rejeitaram, nesta segunda (5), soltar Óscar López Rivera, preso nos EUA desde 1981 por militar pela independência de Porto Rico, em troca da libertação do opositor venezuelano Leopoldo López.

O Departamento de Estado americano, por meio da porta-voz Jen Psaki, disse que os dois casos não são comparáveis e que as declarações do presidente Nicolás Maduro aumentam as suspeitas dos EUA de que a Justiça venezuelana não seja independente.

A sugestão da troca foi feita por Maduro no domingo (4), ao criticar o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, por ele ter lhe pedido a libertação do opositor.

A ideia também foi rechaçada pela mulher de López. "Maduro, essa não é uma questão de troca, é uma questão de justiça", afirmou Lilian Tintori no Twitter.

Tintori disse que a proposta do presidente é um reconhecimento de que López "é um preso político de seu regime" e que "não há independência dos Poderes" no país.

Também o prefeito de El Hatillo, David Smolansky, membro do partido fundado por López, o Vontade Popular, criticou a proposta: "Leopoldo não pode ser trocado como um terrorista", disse.

PROTESTO

Por meio de seu advogado, López disse que não comparecerá às audiências de seu julgamento, que seria retomado nesta segunda (5), enquanto a Justiça não decidir sobre sua libertação.

A recusa de López, assim como a ausência de um dos outros quatro acusados no caso –um estudante que alegou dor de cabeça–, fez com que a sessão fosse adiada para o dia 13 de janeiro.

A Corte de Apelações da Venezuela delibera sobre dois recursos apresentados pela defesa de López para que ele seja julgado em liberdade.

Segundo o advogado do opositor, Juan Carlos Gutiérrez, a Justiça vem continuamente desrespeitando pactos internacionais de direitos humanos dos quais a Venezuela é signatária. A ONU, entre outras entidades, critica há meses a prisão de López.

Gutiérrez também informou que ele está "bem de saúde" e "produzindo muitos projetos para o futuro da Venezuela".López foi preso em fevereiro, quando começou uma onda de protestos antigoverno. Ele foi acusado de incitar violência e danificar propriedades.

Abra o olho, Dilma, pois quem “cria cuervos”…

Filed under: Brasil,CIA,Diplomacia,EUA,Golpismo,Golpistas,NSA,Petrobrás,Sony — Gilmar Crestani @ 8:30 am
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brics dilma fhcÉ impressionante a capacidade do Clóvis Rossi se fazer de tapete para deixar desfilar os interesses dos EUA. Dá para sentir o ressentimento por que Dilma não se deixou fazer de capacho, como fazia FHC, para os EUA tripudiarem. Ao invés de fazer como os diplomatas de FHC, que precisavam tirar os sapatos para entrarem nos EUA, Dilma exigiu que eles viessem ao Brasil primeiro, e aqui ficassem sabendo que ela esta “cheia de pompa e circunstância. Quer substância” dos EUA.

A pena de aluguel do Rossi não se dá conta, mas quem quer respeito primeiro deve se fazer respeitar. A Dilma, ao contrário do bufão FHC, não é nenhuma ventríloqua.

O que Clovis não se dá conta é que os EUA perderam todas ultimamente. Perderam na Venezuela, tiveram de ceder em Cuba, perderam na Argentina, Bolívia, Equador e Chile. Só lhes resta o diversionismo e o papel de exército da Sony.

Ah, não esqueça de dizer ao seu Obama que não há nenhuma chance de a Petrobrás virar Petrobrax, pois ela é para o Brasil o que a Sony é para os EUA….

Abra o olho, Dilma, pois quem cria cuervos

CLÓVIS ROSSI

Nova lua de mel Brasil/EUA

Encontro Dilma/Biden esboça os contornos de um relacionamento renovado e em patamar mais elevado

Antes mesmo do profícuo encontro do dia 1º entre a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Joe Biden, o secretário norte-americano de Estado, John Kerry, já havia escrito a seu então colega brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, sugerindo que viajasse urgentemente a Washington, para começar a traçar a agenda da visita de Estado de Dilma.

Como se sabe, a visita deveria ter ocorrido no ano passado, mas foi suspensa por causa do episódio de espionagem sobre Dilma.

Figueiredo não chegou a responder a Kerry, porque não sabia se ficaria no cargo, mas a sugestão continua valendo para o novo chanceler, Mauro Vieira.

Aliás, os contornos da viagem já começaram a ser esboçados no encontro Dilma/Biden.

Dilma deixou claro que não quer uma visita que ela chamou de "black tie", ou seja, cheia de pompa e circunstância. Quer substância, disse a Biden.

O vice norte-americano pegou o mote e lembrou à sua interlocutora que os EUA têm clareza quanto à agenda que pretendem desenvolver com o Brasil. O que lhes falta é a agenda que Dilma quer levar à frente, para que o relacionamento se situe em um patamar ainda mais elevado, desejo que a presidente expressou a Biden.

Pode ter sido mera cortesia, mas, se for para valer, é uma definição relevante. Afinal, antes do episódio da espionagem, as relações Brasil/EUA estavam no seu melhor momento desde sempre. Subir um degrau, portanto, não é trivial.

A conversa entre os dois relacionou temas em que a cooperação deve ser muito mais dinâmica, na opinião da presidente. Dilma citou o comércio, após lembrar que os Estados Unidos perderam para a China o primeiro lugar no intercâmbio comercial com o Brasil.

A presidente também mencionou a área de Defesa, em que haveria, segundo ela, muita coisa a fazer em conjunto. Aqui, uma especulação minha, que não foi tema da conversa: suponho que, no capítulo Defesa, Dilma queira incluir o combate ao crime organizado, que se nutre essencialmente do narcotráfico.

Para os EUA, Defesa é lutar principalmente contra o terrorismo; para os países latino-americanos, é combater o narcotráfico. Fecho a especulação e volto à conversa.

Dilma mostrou interesse também em inovação, citando a enorme capacidade norte-americana nessa área, em especial em ciência e tecnologia. A conversa começou com um elogio de Dilma à "coragem" do presidente Barack Obama de normalizar as relações com Cuba, gesto "histórico" para a presidente.

O afago foi devolvido por Biden com a informação de que, na véspera do anúncio, tentara ligar para Dilma, para avisá-la, mas não foi possível porque a governante brasileira estava no interior da Argentina para a cúpula do Mercosul.

Para Dilma, a normalização vai além das relações EUA/Cuba. Provocará, disse ela, uma nova dinâmica nas reuniões multilaterais na América Latina, mais produtiva e construtiva do que as eternas críticas a Washington por sua atitude em relação a Cuba. Está, pois, assentado o tom que marcará 2015 na relação com os EUA.

crossi@uol.com.br

04/01/2015

Perseguição e cerco à Petrobrás continua

Todo dia vazam interesses internacionais à Petrobrás. Desejo antigo, todo ano novo é renovado. A velha mídia, atende quem a finanCIA! Conforme revelou Edward Snowden, a NSA perseguia e grampeava a Petrobrás. Imagine o Brasil fazendo com os EUA o que eles estão querendo fazer com a Correia do Norte porque a Sony  foi hackeada… Para se ter uma ideia de quem finanCIA os a$$oCIAdos do Instituto Millenium basta ver o tratamento que eles dão a estes dois episódios: hackeamento da Sony e arapongagem da NSA na Petrobrás. Em ambos os episódios se posicionam como capachos dos EUA.

Já sabemos muito bem como são estas ONGs sempre a serviço dos interesses do EUA.

Um cara da África do Sul, a colônia do Apartheid, quer nos mostrar transparência? É o mesmo tipo de política do Greenpeace. Só vale para adversários dos EUA. Vamos ver como eles atuaram quando do vazamento de petróleo da BP no Golfo do México, que foi o maior derramamento de petróleo da história dos Estados Unidos. Foram 11 mortos – todos trabalhadores da plataforma, o vazamento de 4,7 milhões de barris de óleo e o comprometimento do litoral de cinco estados, além da habitat marinho. Prejuízo incalculável e irrecuperável.

Essa gente de boa aparência, com cara de padre pedófilo, só engana trouxas. Se querem transparência, exijam dos EUA as provas das armas de destruição em massa no Iraque. Ou de que foi o Governo da Correia do Norte que hackeou a Sony. Ou de como agiu a Inglaterra ao maior dano ecológico ao Golfo do México depois do meteorito que causou a fim dos dinossauros.

Procure no google pelo nome do entrevistado do Estadão, Cobus de Swardt e associe à British Petroleum – BP e terás uma surpresa. Aliás, não terás surpresa alguma. Não há nenhuma manifestação dele sobre o assunto…

Pós-Lava Jato, Globo prega a abertura do pré-sal 

Maílson da Nóbrega quer pré-sal para estrangeiros

Imagens do vazamento da BP no Golfo do México

petrobras-x-petrobrax_tucano

Entrevista. Cobus de Swardt

Chefe da Transparência Internacional vê chance de País enviar recado ao mundo

‘Dilma precisa fazer da Petrobrás um exemplo de transparência’

Jamil Chade

03 Janeiro 2015 | 18h 28

GENEBRA – O governo brasileiro poderá enviar uma forte mensagem neste segundo mandato da presidente Dilma Rousseff se transformar a Petrobrás num “exemplo de transparência e não tolerância com a corrupção”, diz Cobus de Swardt, diretor-gerente da ONG Transparência Internacional, uma das principais entidades de combate a malfeitos do mundo. 

Divulgação

Cobus de Swardt, chefe da Transparência Internacional

O sociólogo sul-africano, que esteve no Brasil em dezembro para uma série de reuniões com autoridades, afirma que essa sinalização do governo tem de ser feita já, a partir de medidas concretas de Dilma. “Não haveria uma mensagem mais forte vinda do Brasil ao resto do mundo mostrando que essa empresa gigante pode mudar para melhor”, diz Swardt, ao comentar a série de escândalos de corrupção envolvendo a estatal petrolífera. 

Em seu discurso de posse, na quinta-feira, Dilma afirmou que defenderá a Petrobrás de “predadores internos” e de “inimigos externos”.

Veja os principais trechos da entrevista do chefe da Transparência Internacional concedida ao Estado:

Como o sr. vê a sequência de escândalos de corrupção no Brasil em 2014?

Infelizmente, a corrupção existe em todos os países. Nenhuma região ou continente está isento desse desafio. No meu país, a África do Sul, temos visto vários escândalos nos últimos anos. Lá, a corrupção é reconhecida como um sério obstáculo à justiça social e à luta contra pobreza e desigualdade. Nem os países no topo do índex da Transparência Internacional da Percepção de Corrupção estão livres de casos de corrupção. A chave é como um país lida com os casos uma vez que são revelados. Países como a Dinamarca, Nova Zelândia e Finlândia estabeleceram um amplo consenso que integridade e responsabilidade são fatores críticos para o sucesso de seus sistemas de governança. Isso não evita totalmente a corrupção. Mas garante uma forma de detectá-la e punir uma vez que ocorra. Voltando ao Brasil, sim, o País tem visto diversos casos de corrupção que chegaram ao público e que foram notícia até mesmo fora do País. Os mais importantes estão relacionados à Petrobrás, que está atraindo muita atenção diante da magnitude do dinheiro desviado da empresa e suas relações aparentes com pessoas na comunidade empresarial e alguns políticos. Existem ainda vários problemas com governos locais pelo País, como as alegações sobre o Metrô de São Paulo e suas relações com políticos locais e empresas estrangeiras. 

O que isso revela do Brasil?

O que é interessante é que escândalos de corrupção que são abertamente debatidos na mídia não significam necessariamente que exista mais corrupção no Brasil, se comparado com anos anteriores ou com outros países. As discussões frequentes e informações sobre corrupção que vemos no Brasil podem também nos dizer que o País tem uma postura aberta para encarar o problema e que os casos não estão mais sendo varridos para baixo do tapete. Durante a campanha eleitoral, a questão esteve presente de forma importante nos debates dos candidatos. Eu, pessoalmente, experimentei essa abertura quando visitei o País no início de dezembro. Tive conversas francas e cândidas com muitas pessoas, independente de sua cor política.

As instituições brasileiras estão preparadas para lidar com a corrupção?

Existem instituições no Brasil que podem lidar com o desafio. Outras estão dispostas a fazê-lo, mas precisam de maior força. E, claro, algumas não estão prontas para o desafio. Sou cuidadoso em não julgar todas as instituições num mesmo pacote. Por exemplo, tenho um profundo respeito pelos esforços da CGU (Controladoria-Geral da União). A tarefa não é fácil em um território tão grande. Também estive reunido com juízes e procuradores extremamente corajosos e comprometidos e que fazem o possível para realizar seus trabalhos de forma correta. Mas existem alguns desafios institucionais que enfrentam, como a falta de recursos ou de leis que precisam ser reformadas e atualizadas para que eles possam trabalhar de forma mais ágil e eficiente. Não podemos esquecer que instituições são criadas por homens e mulheres e, portanto, sempre podem melhorar. É por isso que é importante manter o controle sobre elas e debatê-las em uma sociedade democrática como o Brasil. Um aspecto que não pode ser ignorado é a natureza do sistema político no Brasil. Existem desigualdades entre as regiões. 

Qual impacto os escândalos podem ter na sociedade e na democracia?

Esse impacto pode ser muito importante. Mas ele pode ir por dois caminhos opostos. Se os casos de corrupção forem ignorados e ninguém pagar por eles depois de terem sido investigados e julgados, então isso vai minar a democracia. Estado de Direito e Justiça são vitais para sustentar uma democracia saudável. Se a corrupção prevalecer e houver impunidade aos corruptos, a democracia vai sofrer. De outro lado, se aqueles que devem pagar são punidos e se estabelecem mecanismos para prevenir novos casos, então a democracia está avançando. É triste ver que na América Latina, e não apenas no Brasil, as instituições que lidam de forma mais direta com a vida democrática, como partidos políticos e Parlamentos, tendem a gozar da mais baixa confiança e tendem a ser vistos pela população como aqueles afetados pela praga da corrupção. Várias pesquisas mostram isso. No ano passado, oito de cada dez brasileiros questionados acreditam que os partidos são corruptos ou muito corruptos. Lidar com casos de corrupção, sancionar corruptos, evitar premiar políticos corruptos com nossos votos, essas são as formas para reverter a percepção negativa se queremos que a democracia ganhe força e seja saudável.

Quais desafios a presidente Dilma Rousseff terá em 2015?

Para a presidente, os escândalos recentes de corrupção se traduzem em um início desafiador para seu novo mandato. Mas é também um momento aberto para oportunidades. O que ela fizer nas próximas semanas será extremamente importante. 

Qual deve ser sua resposta em relação à crise na Petrobrás?

Da maior importância será a atitude que ela (Dilma) tomará em relação à Petrobrás. Ela precisa encontrar um equilíbrio bom e honesto entre não interferir no trabalho da Justiça, na condição de chefe do Executivo, mas ao mesmo tempo liderar esforços para fazer da Petrobrás um exemplo de não tolerância em relação ao comportamento corrupto. Ela precisa também trabalhar para tornar essa imensa empresa em um exemplo de transparência. Não haveria uma mensagem mais forte vinda do Brasil ao resto do mundo que mostrando que essa empresa gigante pode mudar para melhor. 

A corrupção pode ser neutralizada?

Certamente, caso contrário eu estaria me dedicando a outro emprego. Gosto da forma que você colocou a questão, apontando para a neutralização do problema. Isso parece mais realista que fazer a corrupção desaparecer completamente. A corrupção pode ser neutralizada. Mas não existe uma fórmula e fatores precisam ser combinados. Você precisa que as vítimas entendam que estão sendo afetadas pela corrupção e que exijam que ele seja parada. Você precisa de instituições que possam intervir de forma eficiente para punir e prevenir. Você também precisa mudar a forma pela qual a sociedade vê a corrupção. E isso tem uma relação com valores e educação. Não é fácil neutralizar a corrupção. Mas é possível. Temos as vítimas, temos os valores e quem em sua mente sã apoiaria ladrões? Temos ainda multidões que podem dizer “não” à corrupção. O que precisamos fazer é agir e unir essas vozes. As pessoas precisam parar de tolerar a corrupção.

22/07/2014

EUA têm Ministério do Voyeurismo

Filed under: Corrupção,EUA,NSA,Voyeurismo — Gilmar Crestani @ 7:29 am
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Para quem acha que o Brasil tem Ministérios demais, uso irregular de verba pública, não custa dar uma olhada em como os EUA, meca de todo vira-lata, usam o dinheiro público.

Fotos de sexo de alvos da NSA eram partilhadas

Acesso às imagens era ‘rotineiro’, diz Snowden

DE SÃO PAULO

O ex-agente da NSA (Agência de Segurança Nacional dos EUA, na sigla em inglês) Edward Snowden disse que funcionários da agência tinham acesso a fotos sexualmente explícitas de alvos de sua vigilância –e que as partilhavam com outras pessoas.

Em entrevista recente ao jornal britânico "The Guardian", Snowden afirmou que a supervisão dos programas de vigilância norte-americanos é "incrivelmente fraca".

Com isso, sempre segundo ele, muitos dos que tinham acesso a e-mails monitorados pela NSA eram pessoas de 18 a 22 anos que repentinamente assumiam enormes responsabilidades e abusavam dos privilégios de sua função.

"Os agentes topam com coisas totalmente não relacionadas ao seu trabalho, como fotos íntimas de pessoas nuas. O que eles fazem? Viram-se na cadeira e mostram para o colega. E o colega diz essa é ótima, vamos mandar ao Bill’", declarou Snowden.

Segundo o ex-agente da NSA, a interceptação desse tipo de imagem é "rotineira" e encarada como uma espécie de "benefício adicional" por quem trabalha na vigilância.

Snowden está asilado em Moscou desde que, em 2013, vazou para a mídia material que revelava a espionagem da NSA. A agência negou complacência com a violação de padrões de profissionalismo.

11/07/2014

Só podia ser coisa de brasileiros… SQN

Terremoto na Alemanha

O governo alemão decidiu expulsar o chefe do serviço secreto norte-americano do país. O referido é agente da CIA e estava lotado na Embaixada.

Flávio Aguiar

Deutsche Welle

Berlim – Não, não são ainda os preparativos para a possível (e esperada) comemoração da quarta conquista da Copa do Mundo (falta ainda, é claro, “combinar com os argentinos”, como diria o Mané Garrincha).
Trata-se de que o governo alemão decidiu expulsar o chefe do serviço secreto norte-americano do país. O referido é agente da CIA e estava  lotado na Embaixada há cerca de um ano. Provavelmente está pagando o pato pelas artes praticadas pelo seu antecessor.
O motivo imediato da medida foi a descoberta de um agente duplo no Bundesnachrichtendienst (que seria o equivalente ao nosso antigo Serviço Nacional de Informações, encarregado da espionagem internacional) que passava informações para os norte-americanos, seguida da descoberta de um outro agente, desta vez um funcionário do Ministério da Defesa, que faria parte do esquema.
O primeiro agente é acusado de passar 218 documentos do BND para os norte-americanos em troca de 25 mil euros. Entre estes haveria documentos sobre a investigação que vem sendo conduzida por uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Bundestag sobre as denúncias de Edward Snowden (que, diga-se de passagem, pediu que a Rússia prorrogue o prazo do seu asilo, que termina em agosto). Ambos os agentes duplos teriam sido recrutados pelo antecessor do atual agente da CIA na Embaixada.
Porém o presente caso, na verdade, foi  uma espécie de gota d’água ‘num pote até aqui de mágoa’, para parafrasear Chico Buarque e Paulo Pontes. O governo alemão sente-se profundamente decepcionado pela falta de explicações convincentes de seus colegas norte-americanos sobre a espionagem dos serviços de inteligência dos EUA no país.
Além de ter seu próprio telefone grampeado, a chanceler Angela Merkel enfrentou a desfeita de ver negado o pedido para ter acesso a seu próprio dossiê na National Security Agency. Tudo o que a chanceler conseguiu foi a promessa de que o seu telefone não seria mais grampeado.
Ademais a Alemanha sempre desejou ser incluída no chamado “Grupo dos Cinco Olhos”, formado por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Nova Zelândia e Austrália, que têm seus serviços secretos integrados quanto à troca de informações. O pedido foi relembrado na sequência das denúncias de Edward Snowden, para ser novamente rejeitado, com o argumento de que se ele fosse atendido, outros países se sentiriam no direito de também pleitear a inclusão.
Na verdade todo este imbróglio mostra apenas a posição subalterna que a Alemanha tem no sistema de logísitica militar e de informação, basicamente, dos Estados Unidos, que é o país que literalmente manda no Grupo dos Cinco Olhos. E a situação só piorou para a auto-estima germânica com a descoberta de que seus agentes estavam desfrutando das primícias e benesses do serviço secreto dos Estados Unidos.

06/07/2014

Crescimento de Dilma gera ganho de US$ 4,8 bi ao Brasil

PrivatizarA queda de Dilma, SQN, gera ganho às estatais que o PSDB pretende privatizar. E o Brasil, o que ganha coma privatização da Petrobrás, do Banco do Brasil? Ganha o mesmo que ganhou com a Vale do Rio Doce? Só para lembrar, o leilão dos aeroportos gerou mais lucros ao Brasil do que a entrega da Vale do Rio Doce. E Vale do Rio Doce não retorna ao Governo Federal, mas os aeroportos, depois de 20 anos, voltam a pertencer à União. O fato de ser bom para especuladores é sinal de que o povo corre perigo. Nunca vi um especulador de bolsa preocupado com a melhoria do povo brasileiro.

Um pergunta aos incrédulos de plantão: por que será que a NSA grampeou todos os executivos da Petrobrás? Por que será que o Instituto Millenium, com seus finaCIAdores ideológicos, não foram grampeados pela NSA mas o governo brasileiro e a Petrobrás foram?

Queda de Dilma gera ganho de US$ 4,8 bi

Ações de estatais sobem quando a presidente cai em pesquisa eleitoral

Estudo de economistas do Insper diz que cada ponto na popularidade da petista vale US$ 801 mi em cinco estatais

DAVID FRIEDLANDERMARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO

A disputa presidencial mais acirrada dos últimos 12 anos detonou uma onda de especulação com ações de estatais. O mercado aposta que, quanto piores forem as pesquisas eleitorais para a presidente Dilma Rousseff, mais as ações dessas empresas sobem na Bolsa de Valores.

Os investidores têm o pé atrás com a presidente porque avaliam que as intervenções do governo nas estatais prejudicam sua rentabilidade. Na visão do mercado, Brasília sacrifica o ganho dessas empresas para controlar preços e estimular o consumo.

Esse "efeito Dilma" foi medido num levantamento sobre o desempenho dos papéis de cinco estatais nos dias da divulgação das últimas 19 pesquisas Ibope e Datafolha. Segundo o estudo, cada ponto da popularidade da presidente vale US$ 801 milhões (cerca de R$ 1,7 bilhão).

Esse foi o ganho de Petrobras, Banco do Brasil, Eletrobras, Cemig e Cesp a cada ponto de aprovação que Dilma perdeu. A conta foi feita pelos economistas do Insper Sérgio Lazzarini, Bruna Bettinelli Alves e João Manoel Pinho de Mello, também analista da gestora Pacífico.

A cada ponto que a aprovação de Dilma perdeu nas pesquisas, as ações dessas empresas subiram em média 0,5 ponto percentual acima da média do mercado, calculada pelo índice Ibovespa.

Neste ano, somente o "efeito Dilma" produziu um ganho, médio, de US$ 4,8 bilhões (R$ 10,6 bilhões) no valor dessas cinco estatais. Segundo o estudo, isso ocorreu porque de fevereiro a julho, a aprovação da presidente caiu de 41% para 35%.

A ansiedade do mercado com o resultado das eleições não era tão evidente desde 2002, quando Lula despontou como favorito na disputa pela Presidência.

Na época, bancos criaram indicadores para estimar como a vantagem de Lula afetaria aplicações atreladas ao dólar e à taxa de juros. O mais famoso foi o lulômetro, do banco Goldman Sachs.

"Na eleição do Lula, a dúvida era se o sistema econômico seria alterado. Já o governo Dilma foi marcado pelas intervenções pesadas nas empresas estatais. Com a reeleição, o mercado acredita que isso vai continuar", afirma Lazzarini, do Insper.

Essa diferença faz com que a especulação se concentre, desta vez, na Bolsa de Valores. Outro fator que desencoraja apostas com o dólar é que o Banco Central tem reservas muito maiores que em 2002.

PESQUISAS E BOATOS

O mercado financeiro é um terreno nervoso por natureza, com profissionais que se dedicam a saltar sobre informações relevantes antes dos outros para ganhar dinheiro. Nesse ambiente, a eleição virou motivo para apostas, movidas a pesquisas eleitorais, consultorias e boatos.

"É especulação pura e da pior qualidade. Ao fazer essa aposta, o investidor busca um ganho de curtíssimo prazo e subestima a capacidade do atual governo de fazer as pazes com o mercado num segundo mandato", afirma Ricardo Lacerda, do banco de investimentos BR Partners.

Na última quarta-feira, a especulação sobre números positivos para Dilma no Datafolha fez a ação da Petrobras cair 1,1% em 45 minutos. "Os preços das ações estão sendo ditados pelas eleições. Os fundamentos econômicos ficaram de lado", diz Daniel Cunha, da XP Investimentos.

O cenário político passou a interferir mais intensamente na Bolsa do começo do ano para cá. Se a corrida pela Presidência continuar disputada, será assim até outubro.

29/03/2014

Entenda porque Astra é nome carro ultrapassado e Petrobrás é o futuro agora

petrobras lucroNão se sabe exatamente quais foram os argumentos da A$tra, embora se saiba que os que odeiam a Petrobrás farão de tudo para transforma-la em Petrobrax, o que se sabe é que a ASTRA é belga e a  Petrobrás é a 13ª empresa petrolífera mundial. Atrás, por exemplo, da GAZPROM russa e pivô da disputa norte-americana na Ucrânia.

É moda no jornalismo tupiniquim usar adversários para subir. Basta ver a quantidade colonistas de pena de aluguel que escreveram livros sobre Lula para ver se faturavam algum patrocinador do tipo Itaú ou Boilesen. A torcida contra a Petrobrás guarda a exata dimensão do interesse em tomar o seu lugar e, por extensão, o seu pré-sal, exatamente como fizeram no Iraque, Líbia, Síria, Ucrânia e tentam fazer na Venezuela. Alguém acha, de sã consciência, que se a Petrobrás fosse um empresa de fundo de quintal, teria tantos interessados em destruí-la?

Para quem não consegue acolherar duas palavras mas engole sem mastigar o que os grupos mafiomidiáticos publicam, deveriam ler um pouco sobre a ENI e sue fundador, o italiano Enrico Mattei. O que o verbete da Wikipédia não diz é que a morte foi provocada por desastre aéreo que envolveu a máfia e as sete irmãs

Será que existe alguém que acredita, além dos beócios assinantes da Veja, que as arapongagens da CIA/NSA no Brasil eram apenas passatempo de criança?

Para belgas, Petrobras fez extravagância em Pasadena

Sócios na refinaria de Pasadena se referiam de forma pejorativa à estatal

Documentos mostram que diretores da Petrobras achavam que colegas da Astra tinham ‘visão de curto prazo’

ISABEL FLECKENVIADA ESPECIAL A PASADENARAQUEL LANDIMDAVID FRIEDLANDERDE SÃO PAULO

Os executivos da Petrobras faziam muita "besteira", eram "extravagantes" nos gastos e qualquer decisão levava "10 vezes mais tempo que o necessário". Era assim que os belgas da Astra se referiam aos seus sócios brasileiros na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).

Os comentários pejorativos de Mike Winget, presidente da Astra, e seu diretor de operações, Terry Hammer, aparecem numa troca de e-mails com outras cinco pessoas da equipe, datada de 2 de novembro de 2007 e obtida pela Folha na Justiça do Texas.

Os diretores da Petrobras também não estavam nem um pouco satisfeitos com os colegas da Astra. Achavam que os belgas tinham "visão de curto prazo", demoravam a "reagir" aos problemas, e pensavam muito diferente da Petrobras, conforme documentos internos da empresa também dessa época.

Na ocasião, as duas companhias discutiam o próximo passo de um negócio que começou no ano anterior, quando a Petrobras comprou da Astra 50% da refinaria texana.

Essa operação é hoje uma das principais dores de cabeça da estatal, que acabou pagando US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que anos antes os belgas tinham comprado por US$ 42 milhões.

O próximo passo era decidir se a Petrobras compraria a outra metade de Pasadena, obrigação prevista no contrato se os sócios brigassem. Os desentendimentos começaram logo depois da associação, quando a Petrobras passou a defender investimentos de até US$ 3 bilhões para duplicar a refinaria.

Os belgas não concordaram e depois de um ano de sociedade já discutiam como sair do negócio. Nos e-mails, trocados enquanto negociavam a venda dos outros 50% para a Petrobras, é perceptível que os executivos da Astra duvidavam que a estatal realmente toparia o negócio.

"Vamos presumir o pior cenário. Teremos que continuar com a sociedade e continuar nessa bagunça por mais um ano", disse Winget. "Precisamos nos preparar para uma guerra suja".

O presidente da Astra disse que "não ficaria surpreso se a Petrobras já tiver se dado conta que a refinaria não vale os US$ 650 milhões que eles sinalizaram".

Pre-sal (2)SURPRESA

Um mês depois, Nestor Cerveró, diretor internacional da Petrobras, surpreendeu a direção da Astra com uma oferta ainda maior: US$ 700 milhões. Cerveró, que estava na BR Distribuidora, foi afastado do cargo depois que o caso de Pasadena voltou à tona.

Nas mensagens entre os belgas, fica implícito que ele era um interlocutor frequente, com quem a Astra "media o pulso" da situação. "Eles provavelmente estão sentindo o terreno… Vamos saber mais depois que o Nestor responder", disse Winget.

Com a proposta de Cerveró na mesa, os belgas acreditaram que tinham um acordo. Eles se afastaram do dia a dia e a Petrobras começou a fazer os investimentos que queria. Gastou US$ 200 milhões nas obras e a refinaria de Pasadena tomou um empréstimo de US$ 500 milhões com o banco BNP Paribas.

No começo de 2008, Cerveró encaminhou o negócio com os belgas para o conselho de administração da Petrobras. Quando ficou ciente de todos os detalhes, Dilma, que presidia o conselho, se recusou a fechar a compra.

A Petrobras, então, passou a exigir que a Astra injetasse dinheiro na refinaria e avalizasse mais um empréstimo. A briga foi parar na Justiça. Como o acordo original beneficiava os belgas, a estatal perdeu e foi forçada a fazer um dos negócios mais estranhos da sua história.

Colaborou SAMANTHA LIMA, do Rio

25/03/2014

Método paraguaio só pode ser aplicado no Paraguai!

tio samNão vi nos grupos mafiomidiáticos a mesma preocupação com a legalidade, nem com a rapidez, nem com qualquer outro tipo de preocupação, quando do afastamento do Presidente Fernando Lugo, pelo Paraguai. Aliás, o PSDB, secundado pela mídia, abraçou a causa como se fosse sua. Álvaro Dias, em muitos anos de parlamento, trabalhou mais pela causa paraguaia do que pela do Brasil. A ponta que une dos dois fatos chama-se EUA. No Paraguai, foi com instrução e apoio logístico da CIA/NSA que os deputados casaram, num processo que sequer durou 24 horas, o Presidente.

A deputada havia sido recrutada pelo CIA/NSA numa jogada marcada com o Panamá para atacar os países da UNASUL. O Paraná é, depois de Porto Rico, o entreposto norte-americano para a importação de drogas da Colômbia, que aliás também tem, coincidentemente, bases militares norte-americanas.

Chavista cassa deputada na Venezuela

María Corina perdeu mandato de forma sumária, segundo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello

Motivo seria ter aceitado oferta do Panamá para discursar na OEA; ato ocorre na véspera de missão da Unasul chegar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, pela Folha (Leia-se, CIA/NSA)

Em uma decisão sumária, que não teve apreciação da Justiça do país, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou ontem que a deputada de oposição María Corina Machado perdeu o seu mandato e está proibida de entrar na Casa.

Cabello afirma que Corina violou dois artigos da Constituição (149 e 191) ao aceitar o papel de representante suplente do Panamá e solicitar o direito à palavra em uma sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos) na sexta-feira.

Em declaração publicada em sua conta no Twitter, a deputada negou a cassação.

"Senhor Cabello: eu SOU deputada da AN [Assembleia Nacional] enquanto o povo da Venezuela assim o quiser", escreveu após chegar a Lima, no Peru, para um seminário da Fundación Liberdad, do escritor Mario Vargas Llosa.

Ele disse que voltará à Venezuela o mais cedo possível para continuar a luta contra o governo. "Vamos lutar até vencer. O regime brutal de Nicolás Maduro pensou que com essa repressão iria nos assustar, mas nos deu mais força". E acrescentou: "Cabello deveria ler a Constituição. Ele não tem poder nem instrução da Assembleia para destituir um deputado".

Na sexta-feira, o Panamá havia cedido sua cadeira na sessão da OEA para que a deputada fizesse um relato sobre a situação no país, que vive intensos protestos contra o governo desde o início de fevereiro.

Os embaixadores dos Estados-membros da OEA aprovaram, no entanto, por 22 votos a favor, 3 contrários e 9 abstenções, o pedido da missão venezuelana para que fosse retirado da agenda o ponto dedicado à situação no país, fazendo com que Corina perdesse a palavra.

Cabello, que lidera a maioria governista da Assembleia, disse que Corina será também investigada por "traição à pátria". "Ela não tem mais imunidade parlamentar, pode ser detida a qualquer momento, sem prévia notificação de ninguém", disse Cabello.

Neste mês, Maduro rompeu relações com o Panamá porque o país levou a crise na Venezuela para a OEA.

O artigo 191 da Constituição da Venezuela afirma que nenhum deputado "pode aceitar ou exercer cargos públicos sem perder seu mandato, exceto em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais, sempre que não suponham dedicação exclusiva".

Já o artigo 149 diz que nenhum deputado pode aceitar cargos e honras de governos estrangeiros sem autorização da Assembleia Nacional.

A destituição da deputada opositora acontece um dia antes do início da reunião, convocada pelo governo, de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) em Caracas para discutir a situação do país.

Já são 36 os mortos desde 12 de fevereiro devido aos protestos na Venezuela.

No domingo, uma grávida morreu em Guaicaipuro, no Estado de Miranda, ao receber um tiro. Ontem, um sargento da Guarda Nacional foi morto em Mérida enquanto desbloqueava uma via.

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