Ficha Corrida

14/10/2016

Costa Rica & Bunda Suja, a dupla face do golpismo

guerras sujasNão tenho provas mas tenho  convicção de que há uma força tarefa nacional a serviço dos EUA. Destruíram empresas que competiam internacionalmente com empresas norte-americanas. Afundaram a Petrobrás com a mesma facilidade com que afundaram a P-36. Até porque o Brasil fica mais próximo dos EUA do que qualquer outro grande produtor de petróleo, com exceção da Venezuela.

Então, porque fazer guerra ao Iraque, Síria, Líbia, Egito ou Ucrânia se o Petróleo que o Tio Sam precisa pode ser obtido sem o desgaste de uma guerra? José Serra, não por acaso nomeado chanceler, já havia prometido em convescote em Foz do Iguaçu que entregaria a Petrobrax à Chevron. Isso também explica porque o ator da bolinha de papel foi homenageado com o significativo apelido de Tarja Preta

Como diz o ditado espanhol, “non creo en brujas, pero que las hay, las hay”. Como revelou a Edward Snowden, a CIA não grampeava Serra ou FHC, mas Dilma e a Petrobrás. Talvez isso explique como foi possível grampear a presidência e os grampos tenham recebido leitura dramática por parte da Rede Globo. Como em 1964, os marines dos EUA usados no golpe falam fluentemente português.

A Casa das Américas, sob nova direção, ordenou e os quinta coluna agiram com eficiência. Não é inacreditável que a Polícia Federal saiba tudo o que acontece na Petrobrás, mas não saiba nada do avião que matou Eduardo Campos. Conseguem descobrir digitais de um sobrinho do Lula em Angola mas não conseguem identificar quem é o dono dos 450 kg de pasta base de cocaína do heliPÓptero?

De novo, não tenho provas mas tenho convicção que a CIA constrói as provas necessárias à atuação dos golpistas. Os a$$oCIAdos do Instituto Millenium só têm de amestrar a manada para que tudo seja aceito como se fosse um fato da natureza. Desconfie dos agentes que toda hora aparecem nas velhas mídias posando de heróis. Eles podem ser heróis para a Costa Rica, Panamá, Honduras, Paraguai,  Miami ou Washington, jamais para o povo brasileiro.

A atuação dos EUA nos subterrâneos da política internacional, inclusive usando sobreviventes nazistas, pode ser vista no documentário “Inimigo do meu inimigo” e lido no livro Guerras Sujas. Quem tem um neurônio já percebeu, quem não tem está no golpe.

Costa Rica impõe sigilo em papéis da embaixada brasileira, que podem explicar o golpe de 2016

Costa Rica decretou sigilo sobre 12 memorandos de sua embaixada no Brasil escritos entre janeiro e setembro de 2016, os quais supostamente versavam a respeito da situação política no país em meio ao processo de impeachment; declaração de reserva sobre os documentos listados significa que "nenhuma pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira" poderá ter acesso a eles"; "Como governo, temos a responsabilidade, a obrigação, de proteger adequadamente correspondências cuja divulgação poderia trazer consequências danosas ao país em matéria de relações diplomáticas", afirmou o ministro das Relações Exteriores, Manuel González; cabe notar que San José não apenas é a sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, como sempre foi um aliado diplomático dos EUA na América Central

13 de Outubro de 2016 às 20:01 // Receba o 247 no Telegram

Da Agência Sputnik Brasil A Costa Rica acaba de decretar sigilo sobre 12 memorandos de sua embaixada no Brasil escritos entre janeiro e setembro de 2016, os quais supostamente versavam a respeito da situação política no país em meio ao processo de impeachment. O que dizem as entrelinhas do misterioso caso quanto ao cenário atual da América Latina? Sputnik explica!

"Está declarada reserva sobre os relatórios políticos apresentados pelo chefe da missão diplomática destacada na República Federativa do Brasil, cujo conteúdo se refere, parcial ou integralmente, a assuntos que possam comprometer relações bilaterais", diz o decreto publicado na terça-feira (11) no jornal oficial costarriquenho, o "La Gaceta".

A declaração de reserva sobre os documentos listados significa que "nenhuma pessoa física ou jurídica, nacional ou estrangeira" poderá ter acesso a eles, e que os destinatários dos informes, bem como os que receberam cópias das mensagens por parte do embaixador da Costa Rica no Brasil, deverão "guardar estrita confidencialidade em relação aos mesmos".

O governo costarriquenho justificou a ação com base em prerrogativas previstas na Constituição Política – em particular, na independência dos Poderes, e em resoluções da Procuradoria Geral da República que indicam que matérias relativas à segurança, à defesa nacional e às relações exteriores da República podem ser submetidas a segredo de Estado.

Na quarta-feira (12), o chanceler da Costa Rica, Manuel González, enviou uma declaração à imprensa brasileira reiterando a atitude tomada pelo governo de seu país: "Como governo, temos a responsabilidade, a obrigação, de proteger adequadamente correspondências cuja divulgação poderia trazer consequências danosas ao país em matéria de relações diplomáticas", afirmou o ministro das Relações Exteriores.

Façamos uma breve retrospectiva sobre o caso.

Correspondências secretas e guerra de informações

Em 18 de março, um mês antes do afastamento da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados, todas as embaixadas brasileiras no exterior receberam uma mensagem do Itamaraty alertando sobre o risco iminente de golpe de Estado no país, e instruindo as representações diplomáticas a mediar o contato entre as organizações da sociedade civil locais e as do Brasil.

Algumas horas depois, a Secretaria Geral do Itamaraty abortou a ordem, alegando que as circulares haviam sido enviadas "sem autorização superior". Apesar disso, o episódio deixou claro que, mesmo dentro do Itamaraty, sempre houve dúvidas sobre a legitimidade do processo que derrubou a presidenta Dilma e levou Michel Temer à presidência, ao lado do tucano José Serra na chancelaria.

Talvez fosse necessário retraçar a cartografia dessa história aos idos de 2013, quando, segundo afirma o jornalista Pepe Escobar, teria sido deflagrada uma poderosa operação no país, "com pegadas da ação norte-americana", para atender a interesses internos e internacionais, tais como a criminalização do PT, a inviabilização de Lula como candidato em 2018, a implantação de uma "política econômica ultraliberal", a alteração das regras de exploração do pré-sal e a reversão da "política externa multilateralista que resultou nos BRICS, na integração sul-americana e em outros alinhamentos Sul-Sul".

Desde os grampos da Agência Nacional de Segurança dos EUA (NSA) à Petrobras e à própria Dilma – escândalo cuja revelação, por parte do Wikileaks, desencadeou um período de esfriamento nas relações diplomáticas entre Brasília e Washington – à chegada no Brasil, em agosto de 2013, de uma embaixadora norte-americana que já havia servido no Paraguai pouco antes do golpe parlamentar contra o presidente Fernando Lugo, há uma série de fatores que, de fato, levantam dúvidas sobre os interesses estrangeiros no impeachment de Dilma.

Em dezembro de 2012, o Wikileaks vazou um telegrama diplomático norte-americano que relatava a promessa feita pelo então candidato à presidência José Serra a uma executiva da petroleira Chevron, de que, se eleito, ele mudaria o modelo de partilha do pré-sal fixado pelo governo Lula – o que acaba de acontecer sob o governo Temer, com Serra na pasta de Relações Exteriores. Nesse contexto, pulamos para o dia 20 de setembro deste ano, quando, pouco antes de Michel Temer discursar na Assembleia Geral da ONU, o presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, e o chanceler González abandonaram o salão, acompanhados no gesto por representantes de Bolívia, Equador, Venezuela, Cuba e Nicarágua.

https://twitter.com/i/videos/tweet/778345169582161921

No mesmo dia, a Presidência da Costa Rica afirmou que a decisão se dera de forma "soberana e individual", e que havia sido suscitada pela "dúvida de que, ante certas atitudes e atuações, se queira lecionar sobre práticas democráticas". A nota citou, particularmente, "certos atos de violência ocorridos após a conclusão do processo de ‘impeachement’", fazendo referência a uma série de episódios de violência policial e de repressão contra manifestantes que denunciaram o processo como golpe de Estado.

O ato diplomático, porém, causou profunda surpresa não só em Brasília, como também dentro da própria Costa Rica, insuspeita de "bolivarianismo". Cabe notar que San José não apenas é a sede da Corte Interamericana de Direitos Humanos, como sempre foi um aliado diplomático dos EUA na América Central, tendo extinguido suas Forças Armadas em 1948.

Assim, em 29 de setembro, o deputado do Partido Libertação Nacional (PLN), Rolando González, um dos líderes da oposição costarriquenha, exigiu que o chanceler entregasse os memorandos escritos pela embaixada no Brasil no período de janeiro a setembro, a fim de verificar se eles continham alguma informação que pudesse fundamentar o gesto diplomático do presidente Solís na Assembleia Geral da ONU. E, em 3 de outubro, o governo assinou o decreto, publicado no dia 11, baixando sigilo sobre os documentos solicitados.

Démarche diplomática da Costa Rica

O presidente costarriquenho, eleito em 2014 com 77% dos votos, se define como um social-democrata de centro-esquerda no espectro político latino-americano. Apesar de nunca ter se pronunciado explicitamente contra o golpe no Brasil, sua retirada da Assembleia Geral da ONU antes da fala de Temer deixou claro suas hesitações a respeito do governo do peemedebista.

Em 22 de setembro, Solís reconheceu, em entrevista à CNN em espanhol, que as relações com o Brasil estavam "tensas" após o episódio, mas demonstrou cautela no trato com o governo Temer, reconhecendo o Brasil como uma "potência mundial e latino-americana".

"Nós nunca havíamos feito nenhuma observação sobre o ‘impeachment’ em ocasiões anteriores. Mantivemos uma atitude muito ponderada durante todo o período prévio à tomada de poder do senhor Temer e nos referimos aos processos posteriores porque nos preocupa que possam marcar uma tendência que leve o Brasil, que é una potência mundial e latino-americana, a um caminho que não seja o adequado", disse ele.

"Há um ato político indubitável que admito e explico: o tomamos porque nos preocupa a opacidade de alguns dos processos que se seguiram (depois do impeachment), a violência contra a oposição política e a possibilidade de uma lei de anistia que creio que deixaria impune uma série de feitos que são muito questionáveis e que a justiça brasileira terá que atender", acrescentou.

Em 29 de setembro, o chanceler Manuel González afirmou que a relação com o Brasil era "normal" e reiterou que a Costa Rica não tinha "nada a dizer" a respeito do processo de impeachment. "O que assinalamos são situações no exercício da presidência de Temer. Há preocupação sobre uma tendência a atos que podem afetar a democracia nesse país (Brasil)", disse ele em entrevista coletiva.

A tentativa de San José de amenizar o simbolismo do que ocorreu na Assembleia Geral (basta notar que foi a primeira vez em toda a história das participações do Brasil em órgãos multilaterais que outros países se retiraram, em protesto, enquanto um chefe de Estado brasileiro discursava, e que isso aconteceu no principal fórum global dos países, a ONU) parece obedecer a imperativos pragmáticos das relações exteriores, principalmente quando se leva em conta o tamanho do Brasil na conta das importações e exportações da América Latina.

A Bolívia, que sempre denunciou como ilegítimo o governo Temer, anunciou em 3 de outubro a normalização de suas relações diplomáticas com o Brasil. Certamente, o pragmatismo econômico exerceu grande papel nessa decisão, já que La Paz precisa discutir os termos da renovação do contrato de compra e venda de gás boliviano pelas empresas brasileiras, acordo que vence em 2019, bem como os planos de construção de hidrelétricas na Amazônia e a construção de uma ferrovia que ligará os oceanos Atlântico e Pacífico.

O Uruguai, liderado pelo presidente Tabaré Vázquez, que também havia se posicionado a favor da presidenta Dilma durante seu processo de impeachment, também reavaliou sua posição, privilegiando o fato de que o Brasil está entre os maiores países compradores de produtos uruguaios.

Configuração de forças na América Latina

Existem dois fundamentos historicamente estabelecidos para o reconhecimento da legitimidade de um Estado nas relações internacionais: por um lado, a declaração interna de soberania; por outro, o reconhecimento externo de outros Estados.

Além da retirada inédita de representantes estrangeiros durante o discurso de Temer em setembro, alguns analistas viram na falta de aplausos durante a fala do peemedebista e no fato de o presidente dos EUA, Barack Obama, ter "se atrasado" para fazer o seu último discurso no fórum (evitando desse modo se encontrar nos bastidores da ONU com o presidente brasileiro) certo isolamento nunca antes visto do Brasil na arena internacional, refletido pelas dúvidas acerca da legitimidade do governo Temer.

Ideologias à parte, e independentemente de se considerar o impeachment legítimo ou não, a cooperação entre os países da região com o Brasil é ameaçada por certa inabilidade da atual chancelaria.

Enquanto os governos de Dilma e o de Lula estreitaram os laços do país com os vizinhos latino-americanos e assumiram um papel de liderança na região, o governo Temer se afasta do continente e dos BRICS e volta a política externa para as grandes potências mundiais. Em suas primeiras ações, o novo chanceler acusou governos de países latino-americanos de "propagar falsidades" e disse que o secretário-geral da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) "extrapolava suas funções".

O cenário, enfim, parece caminhar para o fim da multilateralidade que caracterizou os esforços do país nos últimos anos. As perspectivas de integração da América Latina estão baixas. O Brasil parece se alinhar novamente aos EUA. Por outro lado, os governos de esquerda latino-americanos continuam sob ataque. Se o Brasil vai se tornar cada vez mais isolado ou se as nações vizinhas vão se render ao pragmatismo econômico ou ao neoliberalismo, só o tempo, e as resistências, irão dizer.

Costa Rica impõe sigilo em papéis da embaixada brasileira, que podem explicar o golpe de 2016 | Brasil 24/7

26/10/2015

Os EUA e a Lava Jato

TioSam

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley

Enviado por marcio valley dom, 25/10/2015 – 18:36

do blog do Marcio Valley

John Adams foi o primeiro vice-presidente dos Estados Unidos, tendo George Washington como presidente, e seu segundo presidente, governando no período de 1797 a 1801. Iluminista e republicano, está inserido num contexto histórico que representa o início do fim de uma longa tradição, cujo berço é Grécia clássica e seu filho dileto é o senado romano, na qual o pensamento filosófico e a arte da oratória ainda eram fortes na política. Tempos nos quais não havia esperança para um candidato a político alienado da razão, das verdades e das condições históricas de sua própria época, como hoje parece ser apanágio necessário de parcela considerável dos políticos brasileiros.

Adams disse uma obviedade que, proferida pela boca de um pensador que experimentou o poder, ganha densidade: “Existem duas maneiras de conquistar e escravizar uma nação. Uma é pela espada, a outra é pela dívida.”

E disse outra que merece profunda e necessária reflexão pelos brasileiros, que estamos numa grave turbulência democrática: "Democracia nunca dura muito e logo se desperdiça, exaure, e mata a si mesma. Nunca houve até agora uma democracia que não tenha cometido suicídio."

As palavras chave aqui são espada, dívida e escravidão.

A sociedade ocidental experimenta, como forma de organização política, a democracia submetida ao estado de direito, entendida a democracia como o direito do cidadão de participar do poder político, em oposição às ditaduras e tiranias, e o estado de direito como o cabedal jurídico que limita a atuação estatal ao garantir os direitos e liberdades individuais, impedindo o despotismo e o esmagamento do cidadão pelo peso do Estado.

Não se pode discordar da afirmação de Churchill de que a democracia é o pior dos regimes políticos, porém não existe nada melhor. De fato, a democracia dá voz potencial a todos os cidadãos na escolha do próprio destino, sendo que a participação nos rumos da coletividade é um dos principais fatores de elevação da autoestima. Mesmo para quem advogue o socialismo, a democracia deve ser considerada indispensável como meio de alcançar a felicidade comum, caso contrário pode-se repetir a farsa que foi a experiência soviética.

A democracia, como forma de governo, encontrou um sistema econômico que aparentemente com ela forma um par perfeito na direção dos negócios públicos e privados: o capitalismo. Baseado na propriedade privada, nenhuma pessoa que defenda o liberalismo, entendido como a liberdade de autodeterminação da própria vida, pode ser contra o capitalismo sem incorrer numa contradição em termos.

Ainda assim, democracia e capitalismo parecem estar fracassando no objetivo de estender à humanidade a qualidade de vida que deveria ser um efeito necessário do desenvolvimento humano. Por quê?

A resposta parece ser: democracia e capitalismo degeneraram por excesso de liberdade deste último.

Praticamente todas as ações humanas estão sujeitas a alguma restrição de liberdade individual, pois tal restrição é absolutamente necessária à manutenção da saúde do tecido social. Seria impossível viver numa sociedade que não penalizasse o homicídio, a apropriação indevida do patrimônio alheio e a violação da liberdade sexual, apenas para ficar nesses exemplos.

A democracia e o capitalismo, como produtos da ação humana, não podem ficar de fora dessa restrição nas respectivas atuações. E, na verdade, estão de fato sujeitos a diversas restrições.

O problema é que o capitalismo consegue escapar dessas amarras e, livre, corrompe a democracia.

Enquanto o capitalismo manteve-se essencialmente territorial, ainda era possível exercer sobre ele algum pouco controle, ante a necessidade do capital, e muitas vezes do próprio capitalista, de permanecer no local da produção. Obrigado a estar no local, devia alguma submissão às leis locais, ainda que mínima. Tal possibilidade de controle, ainda que bastante rarefeita, não mais existe. Atualmente, desvinculado de qualquer território específico, nenhum país é capaz de lhe restringir a liberdade.
A primeira vítima dessa liberdade é justamente a democracia.

Historicamente, os ricos sempre foram senhores do Estado, num primeiro momento como monarcas e, posteriormente, como eleitores privilegiados. Salvo poucas exceções, ou os ricos estão no poder diretamente ou o poder é exercido pelos escolhidos da riqueza. A estreiteza da relação riqueza-governo é de tal ordem que se chega a justificar a existência do Estado como instituição garantidora da propriedade, nada mais.

Democracia real, portanto, sempre foi e continua a ser uma utopia longínqua.

Mesmo quando se fala em democracia clássica grega, isso guarda pouca relação com o que se entende hoje por democracia popular. O comparecimento à praça da Ágora era exclusividade de cidadãos homens nascidos de pais atenienses, uma casta de privilegiados. Mulheres e estrangeiros residentes eram excluídos da democracia. Além disso, havia servidão e escravidão em Atenas, obviamente sem direito algum, o que por si contraria o sentimento que temos hoje em relação aos fins e objetivos da democracia.

Contudo, num único e breve momento da história, que não chegou a cem anos, um espirro histórico em quase cinco mil anos de civilização, uma parte da própria elite, talvez entediada pela mesmice, inaugurou uma nova forma de pensar que hoje designamos por Iluminismo.

Os iluministas eram membros altamente intelectualizados da elite, pensadores que puseram a razão acima dos temores mitológicos que até então dominavam a humanidade. Durante esse período, Nietzche chegou a decretar a morte de Deus. O filósofo só não previu que, tratando-se de um ser todo-poderoso, no final do século seguinte, Ele ressuscitaria, e com bastante disposição para angariar fundos, nas igrejas pentecostais.

Essa facção diletante e aborrecida da elite europeia começou a pensar em coisas como o abandono das barbaridades da Idade Média, do obscurantismo religioso e das arbitrariedades do Estado. Iniciou um processo de valorização do ser humano, visando à construção de uma nova sociedade, fundada axiologicamente no altruísmo social e na dignidade da pessoa humana. Havia um quê de utilitarismo no objetivo pretendido por essa elite de intelecto entendiado que ousou desafiar as repugnâncias de sua época. Não era, propriamente, o bem do indivíduo que se buscava, mas da sociedade. Afinal, uma sociedade com uma carga menor de carências individuais é certamente capaz de gerar um ambiente menos perigoso para circular, possivelmente com um grau de felicidade geral maior e mais cheirosa e bonita de se ver.

Embora o ciclo do pensamento iluminista tenha durado pouco, encerrando-se no despertar do século XIX, ecos dessa forma racionalista de pensar, pressupondo a valorização do ser humano, persiste até os dias de hoje e foi consagrada em instrumentos históricos notáveis, como a constituição americana e a carta dos direitos humanos. Nossa constituição é recheada de valores iluministas.

Esse espirro histórico durante o qual uma fração da parcela rica da sociedade foi confrontada com sua obrigação moral de cuidar dos desvalidos veio a causar, tempos depois, reforçada pela influência de outros eventos históricos importantes, como a ascensão das ideias de Marx e as grandes guerras, um pequeno, mas significativo relaxamento na sofreguidão pelo lucro.
Por um breve momento, repentinamente parecia que a sociedade humana tinha encontrado o caminho para o florescimento de grande parte dos indivíduos, um arranjo saudável entre a busca pelo lucro e a necessidade de excluir a experiência humana da miséria abjeta.

Durante esse piscar de olhos, nós parecíamos realmente ser a espécie mais inteligente do planeta.

A legislação trabalhista protetiva ganhou impulso, um patamar salarial mínimo é garantido, estipula-se um máximo de horas para o trabalho, o Estado passa a conceder assistência social aos desfavorecidos, o acesso a uma educação fundamental é garantida, assim como o acesso à saúde básica, além de outras iniciativas vocacionadas à eliminação da condição de vida degradante.

Um pouco depois disso, em meados do século XX, ao bem-estar da população veio agregar-se uma outra concessão do capital: a redução da miséria pelo incremento na renda. Foi a época dos baby boomers americanos e dos Trinta Gloriosos da França. Nesse momento histórico também se inclui os cinquenta anos em cinco de Juscelino, no Brasil.

Entretanto, quando tudo indicava que a democracia e o capitalismo iriam cumprir o desígnio para o qual estavam predestinados, de conduzir a humanidade ao paraíso na Terra, salvar o planeta da miséria, eis que se inicia um desagradável retrocesso e se reacende a fogueira quase apagada da degradação da condição humana. Perdem-se totalmente ou são mitigadas as conquistas históricas do desenvolvimento civilizatório iniciado a partir do final do século XIX.

A América Latina viu-se arrebatada por ditaduras, no Oriente Médio inicia-se um processo de desestabilização política que ainda continua, a Europa ser torna um fantasma do que chegou a ser do que poderia ainda ser.

Quem é o culpado? Quem estragou a festa da civilização?

O culpado mais provável é a ressurgência da ótica do poder absoluto que dominava o cenário na época da barbárie humana, dos faraós, czares e imperadores. Retorna a vontade do rico de usar o seu poder de forma absoluta, inquestionável, acima do bem e do mal. Poder absoluto que, hoje, se traduz na perspectiva do lucro a qualquer preço, pensamento bárbaro similar à conquista total e da terra arrasada, que se colocou no passado e se coloca no presente acima dos interesses da humanidade. Esse espírito deletério é representado por algo que é celebrado e olhado de forma positiva até por quem é sua vítima: a globalização da economia.

A globalização não é um movimento recente, as grandes navegações do século XVI já representavam esse intuito, e tampouco é culpada pelo problema, trata-se apenas de ferramenta extremamente útil para alcançar o real objetivo: lucratividade desmedida, poder sem limites.

A globalização é atualmente a maior responsável pela renovação da escravidão em roupagens modernas. Hoje o senhor do escravo não precisa mais construir senzalas e nem necessita morar na casa grande. Ele obtém o trabalho gratuito pagando, por exemplo, cinquenta centavos de dólar por uma camisa numa fábrica em Bangladesh, que emprega costureiras por 20 dólares mensais. A corporação fashion americana ou europeia pode afirmar, assim, que não é ela a responsável por pagar esse salário miserável a um trabalhador seu. Certamente.

Numa sociedade saudável, a globalização seria ótima, desde que entendida como a liberdade plena de deslocamento do ser humano no planeta, pessoas e seus patrimônios. No despertar da humanidade, a globalização era um fato, inexistiam fronteiras e impedimentos ao tráfego humano.

Nossa sociedade, porém, está muito longe de ser saudável. Alguém já afirmou que somente uma pessoa muito doente pode se dizer perfeitamente adaptada a essa sociedade degenerada. Nesse sentido, a inquietação, o inconformismo, é que seria sinônimo de inteligência e saúde mental.

A globalização, vista sob seu aspecto meramente econômico, admite apenas a liberdade de tráfego para o capital. Pessoas continuam locais e impedidas de atravessar fronteiras, vide o exemplo trágico dos refugiados, alvo da “piedade” europeia muitas vezes traduzida no afundamento de seus barcos.

Atualmente, o poder político real não está mais nas mãos dos presidentes das nações. Voltamos à era dos faraós, dos reis, dos imperadores. A única diferença é que, hoje, eles sentam em tronos incógnitos. Não se sabe mais quem são os reis e onde estão os seus castelos, porque eles perderam o ancestral orgulho de estar no comando. A nova onda do imperador é não ser admirado, somente temido. A invocação da genealogia e da heráldica tornaram-se anacrônicas e até perigosas para os soberanos num mundo apertado por sete bilhões de pessoas, em grande parte faminta, no qual matar milhares, em caso de convulsão, não é mais assim tão glamouroso. Hoje, nossos novos monarcas se apetecem somente pelo poder e pela riqueza. Alguns poucos, menos cerebrais, à isso acrescentam a vontade da fama.

Os novos reis não possuem um local definido, uma área geográfica, para a ação imperial. No antigo modelo, cada nação representava um pedaço do planeta dominado por seu próprio rei. O poder do rei estava adstrito ao território da nação. Isso é passado. Na atual divisão do poder, território nada mais significa. O comando não mais se divide entre nações e seus territórios, mas entre corporações e seus ramos de negócios. A economia está fatiada e cada uma das fatias representa um reino específico comandado por poucos monarcas absolutos. Há quem sustente que temos atualmente 147 reis, cada um deles comandando as corporações que encabeçam e que, em desdobramento, dominam todas as demais (http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=rede-c…).

O poder dos novos reis emana, tanto das riquezas do passado, decorrentes da acumulação primitiva, como das riquezas modernas, obtidas por empreendedorismo e oportunismo. Munidos da força dessas riquezas, manipulam a política como meio de controlar os sistemas monetário e financeiro, ou seja, a toda a economia. Não se trata de uma conspiração, mas de orientação identitária a partir de uma ideia contida no senso comum, de que a riqueza deve ser mantida nas mãos de quem as detém e ampliada ao máximo, independentemente das consequências. Embora não seja uma conspiração, em toda a plenitude da palavra, isso não significa que não se reúnam ocasionalmente para traçar diretrizes comuns. Fazem isso com frequência regular no Fórum Econômico de Davos, na reunião de Bilderberg e em outros grupos menores, mas não menos importantes, como a sociedade Skull & Bones, além de outros, alguns dos quais talvez nem chegue ao conhecimento do público.

Como todo rei, eles precisam de um exército. Esse exército, atualmente, se chama Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos não são "o" império, como muitos pensam. São apenas o soldado do imperador, a interface do poder, a máscara com a qual é encenado o teatro farsesco da democracia e da liberdade. São também a espada de que nos alertava John Adams, com a qual é imposta a vontade absoluta dos reis a todos os países.

Os Estados Unidos, como braço armado dos imperadores, submete a economia mundial à vontade do poder de quatro modos distintos: (a) corrompendo os governos nacionais, (b) mediante a concessão de empréstimos condicionados a exigências futuras virtualmente impossíveis de cumprir, concedidos por instituições como Banco Mundial e FMI, (c) assassinando políticos de países estrangeiros que incomodem ou (d) pelo velho, tradicional e eficaz método de invasão armada.

Independentemente do método, o objetivo é o mesmo: fragilizar a nação-alvo e obrigá-la ao cumprimento da agenda corporativa. Um interesse presente é a venda de ativos do colonizado. A privataria tucana praticada durante o governo de Fernando Henrique Cardoso não possui outra explicação. Um intuito marcadamente presente é o controle de recursos naturais, principalmente o petróleo. Outras vezes, o desejo é instalar bases militares americanas no país. Enfim, a submissão das demais nações é interessante sempre e pelos mais variados motivos, mas principalmente por interesse em recursos minerais ou de proteção aos produtos das corporações internacionais.

Embora na superfície se tratem de solicitações americanas, o interesse subjacente, e principal, é das corporações. Apenas como exemplo, a guerra do Iraque favoreceu empresas de construção e petrolíferas, tendo o governo americano arcado com a totalidade do prejuízo. Na privatização brasileira, foram corporações que se beneficiaram do sucateamento de nossas estatais.

Constitui fato histórico reconhecido que o governo dos Estados Unidos atuou para desestabilizar governos de países soberanos, muitos deles pacíficos e amigos dos americanos, inclusive através de assassinatos políticos.

Foi assim em 1949, quando o governo americano auxiliou o golpe de estado que conduziu Husni al-Za’im ao comando da Síria. Alçado ao poder, Za’im implementou ações em benefício de corporações do petróleo.

Em 1953, os americanos, com apoio dos ingleses, derrubaram Mohammed Mossadegh, que fora democraticamente eleito presidente do Irã. Mossadegh ousou nacionalizar a indústria de petróleo iraniana, até então controlada por uma corporação britânica, porque entendia que essa riqueza mineral deveria beneficiar primeiramente o povo iraniano. Em seu lugar, ascendeu Mohammad Reza Pahlavi, um tirano autoritário, porém simpático ao poderio americano. Reza Pahlavi permaneceu no poder até 1979, quando uma revolução iraniana, liderada pelo Aiatolá Khomeini, o depôs.

Como agiram os americanos nesse episódio? Enviaram um emissário, munido de milhões de dólares, para corromper os adversários políticos de Mossadegh. Mossadegh, um democrata eleito, foi retratado pela imprensa como um tirano, enquanto Reza Pahlavi, um monarca absolutista despótico, era fantasiado de liberal.

Conduzido pela desonestidade da imprensa e por políticos corruptos totalmente desvinculados dos interesses do Irã, o povo aderiu ao golpe a auxiliou na queda de Mossadegh. Tiro no próprio pé, movido pela ignorância e pela fraude.

O modelo utilizado no Irã, contra Mossadegh, torna-se padrão para a derrubada discreta de governos incômodos: envio de poucos emissários americanos, preferencialmente um homem só, com acesso ilimitado a dinheiro, para corromper a imprensa e políticos locais.

O modus operandi é relatado por John Perkins, no livro Confissões de um Assassino Econômico, ele próprio tendo sido um desses agentes infiltrados.

Em 1954, na Guatemala, o governo de Arbenz Guzmán, eleito democraticamente presidente em 1951, desejava realizar uma ampla reforma agrária no país, em benefício de seu povo. Isso, porém contrariava amplamente os interesses de uma corporação americana do ramo de frutas. O governo dos EUA enviou emissários para corromper os políticos da oposição. Novamente a imprensa mundial agiu, passando a imagem de que Arbenz era um agente soviético. Arbenz foi deposto, sendo substituído por uma ditadura militar que atendia aos interesses da corporação prejudicada. Esse é considerado o primeiro dos vários golpes militares patrocinados pelos americanos na América Latina, Brasil inclusive.

Em 1963, no Iraque, o general Abd al-Karim Qasim, que havia liderado um golpe contra monarquia e proclamado a república, foi deposto e preso com apoio dos americanos. Qasim era nacionalista, o que sempre desagrada as corporações. De 1963 a 1968 há uma sucessão de golpes e assassinatos no poder iraquiano, sempre com suspeitas de participação dos americanos, até se estabilizar a presidência nas mãos de Ahmed Hassan al-Bakr do Partido Baath, auxiliado por um jovem político, que se tornará seu vice-presidente em 1979 e, finalmente, dez anos depois, passará a comandar o país, Saddam Hussein.
Saddam se tornaria marionete dos EUA em suas tentativas de derrubar o governo do Irã, iniciadas em 1980, novamente por interesses no petróleo.

Em 31 de março de 1964, João Goulart, democraticamente eleito vice-presidente do país e que assumiu de forma constitucional a presidência após a renúncia de Jânio Quadros, também sob a pecha de agente soviético e que também pretendia realizar uma reforma agrária no país, foi deposto por um golpe militar apoiado financeiramente pelo governo dos Estados Unidos. Como sempre, em seu lugar assumiu uma ditadura militar, que vigorou até 1984, vinte anos após.

Em 1981, Jaime Roldós, eleito democraticamente presidente do Equador em 1979, morreu num acidente de avião. Existem fortes suspeitas de que o acidente tenha sido obra do governo americano. Roldós, assim como Mossadegh no Irã, desejava, e estava adotando ações para esse fim, que o petróleo equatoriano beneficiasse o povo do Equador, o que desagradou as corporações do petróleo. Afirma-se que, não sendo possível desinstalar Roldós pela corrupção, restou a opção de simular um acidente de avião.

Hugo Chavez, eleito democraticamente para presidente da Venezuela em 1998, reelegendo-se em 2000 e novamente em 2006, foi duramente combatido pelo governo americano, com apoio integral da imprensa venezuelana. O discurso de Chavez era anti-neo-liberalismo e contrário à geopolítica americana. Em sua primeira eleição, Chavez encerrou um ciclo de 43 anos no poder de um conluio de políticos corruptos que englobava os três maiores partidos venezuelanos. Chavez utilizou o imenso poderia da Venezuela no petróleo como uma arma contra os americanos. Novamente um político nacionalista pretendendo utilizar o petróleo para ajudar o próprio povo. O percentual de venezuelanos classificados como pobres despencou de quase metade da população, 49,4% no ano de 1999, para menos de um terço, 27,8% no ano de 2010. A história revela que esse comportamento não agrada às corporações. Por isso, em 2002, com a imprensa totalmente contrária a Chavez, um golpe de estado o depôs, com fortes indícios de participação ativa dos americanos, que imediatamente reconheceram a legitimidade do governo golpista. Entretanto, ante a reação mundial negativa, o golpe foi um fracasso e, três dias depois, Chavez voltou ao poder.

Os exemplos de intervenção americana direta e indireta poderia continuar por longo tempo, como no golpe do Chile em 1973, na Argentina em 1976, na morte de Omar Torrijos do Panamá em 1981, na tragédia do Afeganistão, na invasão do Iraque em 2003, na Nicarágua e em El Salvador na década de 1980, Camboja, Vietnã e etc e etc…

Brasil. 2002. Um partido criado pelos trabalhadores e com origem nitidamente socialista elege o seu candidato para a presidência da república. O político de origem sindicalista e sem formação acadêmica, Luis Inácio Lula da Silva, após três tentativas infrutíferas, finalmente sobe a rampa do Palácio do Planalto, não sem antes se comprometer formalmente a não instalar um governo comunista no país, num documento denominado Carta aos Brasileiros, nítida concessão às corporações.

Lula surpreende os conservadores, pois sob seu governo a economia avança admiravelmente. De fato, no período de 2003 a 2010, o PIB brasileiro apresenta um aumento anual médio de 4% ao ano, enquanto o representante da elite neoliberal, o acadêmico laureado Fernando Henrique Cardoso, nos oito anos anteriores, obteve somente 2,3% ao ano. No último ano do governo de Fernando Henrique Cardoso, em 2002, a taxa de desemprego era de 10,5% da população economicamente ativa. Lula a reduz para 5,3%. A arrecadação tributária bate recordes em cima de recordes, não por aumento da tributação, mas como reflexo de um incrível incremento no mercado interno. Lula liquida a dívida brasileira com o FMI e aumenta as reservas de US$ 37,6 bilhões para US$ 288,5 bilhões . A taxa de juros Selic cai de 25% ao ano para 8,75% ao ano. O Brasil atravessa sem grandes danos a maior crise econômica desde 1929, que foi a crise de 2008. O salário mínimo, que teve redução real (descontada a inflação) no governo FHC de cerca de 5%, consegue aumento real de cerca de 54% nos oitos anos do governo petista.

Enfim, Lula surpreendeu positivamente durante os oito anos de seu mandato. Contudo, somente obteve paz no primeiro mandato, de 2003 a 2006. A partir do final do primeiro mandato, todavia, passou a ser alvo de crítica feroz da grande imprensa e dos políticos de oposição, principalmente do próprio PSDB.

O que mudou?

Muitas coisas podem ter provocado essa mudança de atitude. Uma delas, talvez a mais relevante, foi o anúncio da descoberta de imensas jazidas de petróleo na camada do pré-sal, ocorrida justamente em 2006. Segue-se à descoberta o anúncio do governo petista de que essas jazidas de petróleo seriam resguardadas para o interesse nacional, inclusive com a possibilidade de criação de uma estatal específica para elas, a Petrosal, o que desagrada às grandes corporações de petróleo do mundo.

Petróleo, nacionalismo, interesses corporativos, ação desestabilizadora. A história se repete.

Um governo cujo sucesso, até então, e embora com um certo ar blasé, era reconhecido pela imprensa, numa reviravolta passa a ser alvo de uma campanha difamatória impiedosa dessa mesma imprensa. Ilícitos que, quando comprovados em governos passados, sequer mereciam manchetes, passaram a ser estampados na capa de jornais e revistas por meras suspeitas.

Adotou-se a prática da escandalização do banal, da manipulação dos fatos e da culpabilidade por dedução lógica.

O escândalo do mensalão transforma uma prática corriqueira em todos os partidos, incorreta, porém usual, de utilização das sobras do caixa 2 de campanhas para a conquista de apoio político, é manejado para parecer compra de votos. Se foi comprovada a compra de votos para votar a emenda da reeleição da Fernando Henrique Cardoso, obviamente interessado nessa emenda, e nada respingou na reputação de FHC, no mensalão afirma-se a compra de votos para aprovação de leis de interesse público, como leis da previdência e outras, sem que se pare para pensar porque um partido iria adotar tal prática para aprovação de projetos de interesse nacional. E ainda que se comprovasse o pagamento, e isso não foi provado, o erro estaria no partido que compra ou no político que precisa ser comprado para aprovar tais leis?

Sem conseguir evitar a reeleição de Dilma pelo PT, mesmo com o mensalão, a escandalização avança, provocando dissensões no próprio tecido social. Amigos deixam de se falar, parentes se dividem, pessoas brigam nas ruas por conta de opiniões contrárias, cadeirantes são agredidos por se manifestarem a favor do PT, velórios são vilipendiados pelo ódio político, pessoas públicas são agredidas em restaurantes em função de exercerem cargo no governo, sair à rua com uma estrelinha do PT aos poucos vai se transformando numa aventura mortal.

Nada impede a imprensa e um setor menos intelectualizado do PSDB de prosseguir nessa sanha acusatória. O governo se vê envolvido numa trama que envolve a grande mídia, um partido (PSDB) que representa os interesses neoliberais desejado pelas corporações, parcela do Ministério Público Federal e do judiciário federal simpáticos ao PSDB, com alguns de seus componentes inclusive tendo sido nomeados pelo próprio Fernando Henrique Cardoso.

A corrupção sistêmica, que Fernando Henrique Cardoso, recentemente, reconheceu existir desde o seu governo, e que soube e que nada fez pois sabia que isso seria mexer num vespeiro incontrolável, é atribuída ao único partido político que em toda a história brasileira agiu de forma republicana e deixou as instituições funcionarem no combate à corrupção.

Como se diz, o PT torna-se vítima de seu próprio republicanismo.

O povo, conduzido como massa de manobra, não percebe as discrepâncias no discurso oposicionista da moralidade seletiva e se agita contra o partido que forneceu as melhores condições jamais experimentadas pelos trabalhadores e pela parcela menos desfavorecida do país.

Contudo, por mais insana que se apresente a conduta da oposição tucana e da imprensa, não parece provável que assumiriam a possibilidade de causar uma ruptura social no país se não houvessem interesses ocultos muito mais sólidos.

A imprensa parece estar cavando a própria sepultura, ao enterrar sua credibilidade em toneladas de lama desveladas rapidamente pela internet. Um ato de suicídio dessa magnitude não pode representar um mero interesse em se livrar de um partido incômodo. Deve existir algo mais.

Quais são os verdadeiros interesses ocultos por trás desse movimento de desestabilização do governo brasileiro?

A equação possui governo de tendência socialista, petróleo, nacionalismo, escandalização pela imprensa e um partido político que atua de forma contrária aos interesses do próprio país.

Todas as vezes em que esses elementos estiveram presentes na mesma equação, os Estados Unidos da América atuaram em desfavor do governo nacional rebelde aos interesses das corporações.

Não há motivo algum para supor que agora fariam diferente.

Na eleição americana do ano 2000, Al Gore foi nitidamente alvo de uma fraude eleitoral que conduziu Bush filho ao poder. Poderia ter iniciado uma disputa jurídica acirrada para obtenção de recontagem. Republicanamente, porém, abdicou dessa disputa em nome da paz política dos Estados Unidos.

No Brasil, Aécio Neves, coloca a própria ambição política acima de um resultado político justo, honesto e reconhecido pelo seu próprio partido após realizar dispendioso e inútil esmiuçamento nas urnas eleitorais. Isso, todavia, não impede Aécio de assumir essa insanidade vexatória num comportamento que o fez ser apelidado corretamente por Jânio de Freitas de “taradinho do impeachment”.

Aécio Neves, cuja riqueza pessoal em grande parte é devida à ação política oligárquica de sua família e à sua própria atuação política, pois está envolvido na política desde antes de se formar na faculdade, se vende como um paladino da moralidade e da ética para maquiar o que é somente mera ambição política, egolatria e mania de grandeza. Se acha no direito de desestabilizar a nação em nome desses vícios de caráter, sendo ombreado nesse propósito por pessoa vaidosa que pensa incorporar a figura de estadista e de sábio político, Fernando Henrique Cardoso, mas que não revela a grandeza de impedir a luta fratricida que está se iniciando no Brasil.

Todavia, não se vê uma defesa contundente da democracia pelo “parceiro amigo” do Brasil, os EUA, que seriam capazes de adotar ações através das próprias corporações donas dos meios de comunicação brasileiros.

O silêncio dos americanos em relação a assuntos internos de outros países que com potencial de atingi-los, mesmo superficialmente, é revelador, pois sempre foi indicativo, não de neutralidade, mas de incitação, apoio material ou, no mínimo, posição favorável aos revoltosos.

O Brasil sempre foi um empecilho às corporações por sua inclinação a um alinhamento com os países sul-americanos e com outras nações menos privilegiadas.

Isso, por si só, já constitui uma ofensa ao imperialismo corporativo.

A gota d’água foi a política protecionista do pré-sal.

É muito possível, pelo que se extrai dos relatos históricos, que a tentativa de desestabilização do governo do PT, acentuado no governo da Dilma, possua garras de águia habilmente escondidas.

Garras que manipulam marionetes brasileiras.

no blog: http://marciovalley.blogspot.com.br/2015/10/estados-unidos-da-america-por-tras-dos.html

EUA: por trás dos golpes, as garras, por Márcio Valley | GGN

19/09/2015

EUA e Cuba, tem papo? Não, tem Papa!

Como na fábula da rã e do escorpião, não há porque pensar que os EUA mudarão a natureza de seu proceder. Continuarão atuando com truculência. Como Cuba não cedeu, os EUA cederam. Estão dando um passo atrás para avançarem rápido como uma blitzkrieg. Tão logo quanto possível, vão tentar transformar, novamente, Cuba num puteiro. Fulgêncio Batista morreu, mas o modus operandi dos EUA em relação ao seu quintal não mudou. E sempre haverá um FHC, um José Serra, um quinta coluna para tirar os sapatos e lamber as botas ianques.

Se alguém quer conhecer a natureza do ódio que os EUA armazenam em relação à Cuba leia “Os últimos soldados da guerra fria”.

A existência de Bradley Manning, Edward Snowden,  Julian Assange servem para nos mostrarem do que os EUA são capazes.

Premonición

Por Eduardo Valdés *

“Estados Unidos dialogará con Cuba cuando tenga un presidente negro y haya un papa latinoamericano”. Esta fue la respuesta de Fidel Castro al periodista Brian Davis quien, en 1973, durante una ronda de prensa a regreso de un viaje a Vietnam, le había preguntado cuándo creía que se podrían restablecer las relaciones entre Cuba y Estados Unidos.

Del 19 al 22 de este mes, el papa Francisco, el primer papa latinoamericano de la historia y además argentino, visitará Cuba como coronamiento del puente más importante que logró construir desde su elección a Sumo Pontífice que consiste justamente en el restablecimiento relaciones entre Cuba y Estados Unidos.

Un deshielo para el cual fue decisiva la reunión que tuvo lugar en marzo del año pasado en el Vaticano entre Barack Obama, el primer presidente negro de Estados Unidos, y el papa Francisco, aunque las conversaciones se desarrollaron en su primera etapa en Canadá. Decisiva fueron también las dos cartas idénticas que el Santo Padre dirigió al presidente Obama y a su par cubano Raúl Castro invitándolos a “resolver cuestiones humanitarias de interés común, con el fin de lanzar una nueva fase en las relaciones entre las dos partes” como precisó al respecto un comunicado emitido por el Vaticano. Dichas cartas fueron entregadas a sus destinatarios por el arzobispo de La Habana, el cardenal Jaime Ortega, otro gran protagonista de esta histórica mediación papal cuyo broche de oro será la llegada del Santo Padre a La Habana.

A ese respecto, los obispos de la Iglesia Católica cubana destacaron que “con esta visita, el Santo Padre quiere mostrarnos su cercanía en un momento en que, gracias también a su mediación, se respiran aires de esperanza en nuestra vida nacional por las nuevas posibilidades de diálogo que están teniendo lugar entre Estados Unidos y Cuba. ¡No es fácil vivir peleados con el vecino de al lado! ¡Por eso es muy importante lo que viene haciendo el Papa, como pastor universal de la Iglesia, en la búsqueda de la reconciliación y la paz entre todos los pueblos de la tierra!”

Con toda probabilidad el papa Francisco aprovechará esta importante visita, y aún más sus discursos ante el Congreso de Estados Unidos y las Naciones Unidas, para reiterar su llamado a la paz y volver a denunciar al tráfico de armas y a los intereses internacionales involucrados en este comercio.

Muchas veces el Santo Padre hizo referencia a este tema:

1) En la entrevista con el periodista Henrique Cymerman, publicada en el periódico catalán La Vanguardia el 12 de junio de 2014, lo explicó de forma muy contundente: “Descartamos a toda una generación para mantener un sistema económico que ya no se sostiene, un sistema que para sobrevivir tiene que hacer la guerra, como siempre han hecho los grandes imperios. Pero, puesto que no se puede hacer la tercera guerra mundial, entonces se hacen guerras locales. ¿Y esto qué significa? Que se fabrican y se venden armas, y de esta manera los balances de las economías idólatras, las grandes economías mundiales que sacrifican al hombre al pie del ídolo dinero, obviamente se sanan”.

2) Además, volvió a denunciar los intereses de los traficantes de armas y la indiferencia al respecto de los Estados durante la Misa de Pascua cuando también expresó la esperanza de que el pacto entre Irán y el Grupo 5+1 “constituya un paso definitivo hacia un mundo más seguro y fraterno”, para luego pedir el cese al fuego en Siria e Irak, haciendo extensiva la plegaría por Tierra Santa, Libia, Yemen, Nigeria, Sudán, la República Democrática del Congo y su “amada” Ucrania.

3) Por último, durante la audiencia general del miércoles 2 de septiembre, al recordar que en aquellos días se conmemora en Asia el final de la Segunda Guerra Mundial, el Papa volvió a denunciar que “los fabricantes y traficantes de armas están manchados con la sangre de los inocentes”.

Sin embargo, cabe destacar otro aspecto del llamado del Santo Padre a construir la paz. En ocasión del encuentro con los 7 mil niños de la Fábrica de la Paz, él también explicó que la paz no consiste sólo en el silencio de las armas, sino que para que haya paz hace falta también que “cada día se dé un paso en la justicia, para que no haya niños hambrientos, enfermos que no tengan la posibilidad de ser ayudados en la salud. Hacer todo esto es hacer la paz. La paz es un trabajo, no es quedarse tranquilos, es trabajar para que todos tengan la solución a los problemas, a las necesidades que tienen en sus tierras, en sus patrias, en sus familias, en sus sociedades: así se hace la paz, ¡artesanalmente!”.

En dos entrevistas que el papa Francisco ha concedido recientemente, volvió a explicitar este concepto aun más claramente. Hablando de la crisis migratoria actual a la emisora portuguesa Radio Renascença dijo: “Vemos estos refugiados, esta pobre gente, que escapa de la guerra, que escapa del hambre, pero esa es la punta del iceberg” y precisó “pero debajo de eso, está la causa, y la causa es un sistema socioeconómico malo, injusto, porque dentro de un sistema socioeconómico, dentro de todo, dentro del mundo, hablando del problema ecológico, dentro de la sociedad socioeconómica, dentro de la política, el centro siempre tiene que ser la persona”.

Luego, hablando a la radio argentina Milenium, volvió a explicar que “vivimos en un sistema que por ganar dinero se ha desplazado al hombre del centro y se ha puesto al dinero desembocando en la existencia de sistemas corrompidos, con esclavitud, trabajo esclavo y descuido de la creación”.

En cambio, para construir la paz hace falta volver a poner el hombre al centro del proyecto político y eso no tanto como “ciudadano” o como “sujeto económico”, sino como “persona dotada de una dignidad trascendente” como pidió en su visita al Parlamento Europeo en Estrasburgo, el pasado 25 de noviembre.

Sin embargo, cabe destacar que esto comporta también promover una “globalización de la “solidaridad”, porque “la inequidad, la injusta distribución de las riquezas y de los recursos, es fuente de conflictos y de violencia entre los pueblos, porque supone que el progreso de unos se construye sobre el necesario sacrificio de otros y que, para poder vivir dignamente, hay que luchar contra los demás”, como subrayó el Santo Padre en la Exhortación Apostólica Evangelii gaudium.

Por su parte, también los obispos cubanos subrayaron que “la misericordia es también “ponerle corazón a la miseria” y añaden que “el papa Francisco, Misionero de la Misericordia, quiere invitarnos a que no nos cansemos de practicar la misericordia.”

Una esperanza en este sentido se expresa también de algunos documentos reservados de la Casa Blanca y del Departamento de Estado de Estados Unidos que dio a conocer el diario italiano La Stampa. En dichos documentos escritos para la preparación del primer encuentro entre el Papa y el presidente Obama, que se llevó a cabo en marzo del año pasado en el Vaticano, se afirmaba que “la herencia diplomática del papa Francisco todavía está en construcción, pero la ‘conversión pastoral’ que es la característica de su pontificado, está cobrando formas importantes. La presencia del Pontífice en el escenario global significa que sus acciones pastorales tendrán amplias implicaciones políticas”.

A ese respecto, permítanme afirmar que personalmente opino que esta previsión tendrá el mismo destino que la premonición de Fidel Castro.

* Embajador de la República Argentina ante el Vaticano.

Página/12 :: El mundo :: Premonición

23/08/2015

Jornal argentino mostra quem finanCIA o golpe no Brasil

EUAGloboNão podemos esperar nada da velha mídia brasileira. Aliás, podemos esperar o de sempre, o golpismo rasteiro para beneficiar seus finanCIAdores ideológicos. O jornal argentino Pagina12 mostra quem são os maiores interessados na quebra da Petrobrás e, por conseguinte, desencadear uma crise econômica  para quebrar o Brasil. Não é mero acaso que a descoberta do pré-sal tenha coincidido com a revelação de Edward Snowden de que a NSA estava, como se já não bastassem os serviços de William Waack, grampeando Dilma e a Petrobrás.

Os mesmos interesses, cujo nome é Consenso de Washington, que enterraram a América Latina de Fujimori, Menem e FHC, voltam as baterias para uma nova tentativa de implantar a ALCA. No Brasil a ponta de lança destes interesses está a tentativa de entregar a Petrobrás, conforme projeto de lei perpetrado por José Serra, à Chevron. Álias, coerente com a promessa da campanha de Serra nas eleições de 2010. Até mesmo FHC, em convescote em Foz do Iguaçu, prometeu entregar a Petrobrás aos EUA. O golpe paraguaio se insere nessa louca cavalgada do golpismo made in USA.

El proyecto para Brasil

Por David Cufré

El proyecto económico detrás de las manifestaciones masivas de las últimas semanas contra el gobierno de Dilma Rousseff tiene como uno de sus objetivos prioritarios desandar el camino de la integración regional. En lugar de la alianza con Argentina, Uruguay, Paraguay y Venezuela, una cúpula empresaria de Brasil quiere reemplazar al Mercosur por acuerdos de libre comercio con la Unión Europea y Estados Unidos, sin restricciones ni condicionamientos de los antiguos socios sudamericanos. La movida es alimentada por los grandes medios de comunicación, que transmiten un mensaje monolítico a favor de profundizar las políticas neoliberales. Describen al bloque regional como un lastre, que impide al país despegar hacia el mundo. También le atribuyen una cuota de responsabilidad en la crisis económica, que cada vez es más grave. La salida, dicen, es apostar a nuevos socios comerciales para aumentar las exportaciones, al mismo tiempo que se avanza con señales hacia los mercados financieros, como un ajuste fiscal más severo, la anulación de impuestos al patrimonio, la suba de la edad jubilatoria, el arancelamiento de la salud, una reforma para achicar el Estado y la venta de activos públicos, como edificios y tierras de las fuerzas armadas. Todo ello debería seducir a capitales extranjeros para invertir en el país. Los actores sociales que impulsan esa vuelta de tuerca ortodoxa son los mismos que en Argentina sueñan con un modelo agroexportador, de apertura comercial y desregulación financiera y cambiaria: grandes productores agropecuarios, especialmente de soja y ganado (Brasil se ha convertido en una potencia mundial en ambos casos), sectores vinculados a la banca internacional; el establishment industrial con compañías globales, y una clase media y media alta de grandes ciudades que a pesar de haber sumado ingresos con los gobiernos del PT, no logra convivir con las clases populares que ascendieron gracias a las políticas de redistribución.

Una diferencia sustancial entre Brasil y la Argentina, que agrava las cosas, es que los gobiernos de Lula y Dilma nunca rompieron con el paradigma neoliberal. El país vecino no tuvo un 2001/2002 que enterrara a los años ’90 en el descrédito. Los avances sociales se produjeron gracias a políticas específicas, como el Bolsa Familia, y a la promoción del consumo y el empleo en las etapas de auge económico, promovidas por la suba de los precios internacionales de las materias primas. A eso se suma que el segundo mandato de Dilma arrancó el 1º de enero pasado echando por la borda promesas electorales desarrollistas y nombrando en su gabinete a referentes del proyecto neoliberal del agro y de la banca: Joaquim Levy en Hacienda, doctorado en Chicago, ex funcionario del FMI y director del Banco Bradesco hasta 2014, y Catia Abreu en Agricultura, ex presidenta de la Confederación Nacional de la Agricultura, la Sociedad Rural brasileña. Esta última dijo en junio, en una reunión en Bruselas con la Unión Europea, que Brasil debería firmar un acuerdo de libre comercio con ese bloque sin esperar el consentimiento del Mercosur. El sacudón obligó al gobierno de Rousseff a bajarle el tono, pero la propuesta reapareció la semana pasada por parte del presidente del Senado, Renan Calheiros, uno de los líderes del PMDB, quien hasta ahora mantenía una alianza con el PT pero que en este momento luce al borde de la fractura.

Calheiros se reunió con Levy y le presentó una carta de veinte puntos con los postulados neoliberales, algunos de los cuales se mencionaron más arriba: reducción del impuesto a la herencia, achicamiento del Estado, reforma laboral, flexibilización regulatoria para el sector de la minería, creación de una institución autónoma encargada de auditar la política fiscal, incentivos a la repatriación de capitales y nuevas exigencias para cobrar planes sociales, entre otros. Uno de los puntos dice textualmente: “Acabar con la unión aduanera del Mercosur a fin de posibilitar que Brasil pueda firmar acuerdos bilaterales sin depender del apoyo de los demás miembros del bloque regional”.

La canciller alemana, Angela Merkel, fue recibida anteayer por Dilma en Brasilia con honores de Estado, propios de la jerarquía de la visitante, pero también reflejo del momento político y de las presiones económicas que se viven en el principal socio comercial de la Argentina. La virtual jefa de la Unión Europea sostuvo: “Hay empresas alemanas que quieren y están dispuestas a invertir en Brasil, pero para ello se necesitan condiciones de inversión confiables”. La traducción del idioma diplomático a hechos concretos es dejar de lado la integración latinoamericana para afianzar nuevos lazos con las grandes potencias occidentales.

Eduardo Crespo, prestigioso profesor de la Universidad Federal de Río de Janeiro, analiza con su mirada argentina el proceso brasileño. Considera que los movimientos desestabilizadores contra el Gobierno que se expresaron en las marchas –de perfil “cacerolero”, con una potencia y una masividad nunca antes vistas para la sociedad brasileña– tienden a replegarse. Esto es así, estima, porque el poder económico y buena parte del poder político en la oposición prefieren que Dilma haga el trabajo sucio. Es decir, que implemente aquellos veinte puntos de cepa neoliberal, vaya para atrás con el Mercosur y cierre acuerdos con Europa y Estados Unidos. Y mientras tanto, la seguirán desgastando con las causas de corrupción, a ella y a su eventual sucesor, Lula da Silva. En 2018, la oposición tendría el camino allanado para ganar las elecciones, y el PT quedaría como responsable de la crisis ante la sociedad.

Algo de eso ya se vio con la estigmatización que está haciendo la prensa dominante –mucho menos plural que la argentina– del ex ministro de Hacienda Guido Mantega. El funcionario asumió con Lula en marzo de 2006 y permaneció hasta el final del primer mandato de Dilma, el 31 de diciembre último. Su gestión, como ya se dijo, mantuvo la impronta ortodoxa en términos fiscales, monetarios y cambiarios, aunque en comparación con su antecesor, Antonio Palocci, y su sucesor, Levy, parece un moderado. Eso les basta a los grandes medios para tildarlo de heterodoxo –aunque esté a años luz de Kicillof, para medirlo con la vara nacional– y culparlo de todos los males. “Levy tiene que arreglar los desastres que dejó Mantega”, instalan diarios y canales de televisión. No importa que el violento ajuste fiscal que impuso el actual ministro haya hundido a una economía que ya venía en caída, la responsabilidad se atribuye al “heterodoxo” Mantega.

En esa línea, hay sectores empresarios que aspiran a forzar una privatización de Petrobras, conmocionada por las denuncias de corrupción. Grandes petroleras del exterior están igualmente detrás de esa presa.

Por ahora no surgió en Brasil una reacción popular en defensa de sus intereses, y no será fácil que ocurra porque el partido político que solía representarlos, el PT, está embanderado con las políticas de ajuste. El panorama, así, es sombrío para el proyecto que cobró fuerza hace más de una década en Mar del Plata, cuando la región le dijo no al ALCA y avanzó en su integración. Será un desafío para Daniel Scioli, si se impone en las elecciones, convivir con un Brasil que en lugar de mostrarse como aliado tiene vocación de afianzar otras relaciones. Y si el ganador es Macri, los sueños de un proyecto nacional, popular y latinoamericano quedarán nuevamente en stand by. Ese es el proyecto que el establishment brasileño, Europa y Estados Unidos tienen para la verde-amarela.

Página/12 :: Economía :: El proyecto para Brasil

13/04/2015

A CIA finanCIA

Pre-sal (2)O voto de cabresto do tempo dos coronéis importava em deixar marcas na cédula para que o coronel pudesse identificar e, assim, pagar o eleitor.

Na marcha dos zumbis, a CIA vai pagar somente a quem escreveu manifestações em inglês.

O golpe militar de 1º de abril de 1964, era tão mentiroso, que caiu num primeiro de abril, mas, como nada era verdadeiro, mudaram a data. Não adiantou, mentira tem perna curta. Tão curta que agora os EUA admitem que finanCIAram o golpe.

Nem precisaria admitirem. É mais do que sabido que as maletas de dólares correu solta pelos quartéis. Geisel que o diga.

Agora, de olho no Pré-Sal, conforme revelou Edward Snowden, os EUA finanCIAm o MBL, e tantas outras manadas ao redor do mundo, mas só em países que detém enormes quantidades de petróleo: Líbia, Egito, Síria, Iraque, Ucrânia, Venezuela & Brasil.

Como profeticamente desenhou o Santiago, o Pré-Sal aumenta a pressão!

Azenha: #globogolpista esconde cartazes pedindo intervenção militar

12 de abril de 2015 | 21:24 Autor: Miguel do Rosário

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Azenha, do Viomundo, comenta o fato da Globo mostrar as manifestações escondendo as faixas e cartazes pedindo intervenção militar.

Alguma surpresa nisso?

A Globo, simplesmente, age como ela sempre foi.

Golpista.

Azenha só cometeu um pequeno engano. A faixa sobre a qual ele comenta não defende a Globo. A inscrição no canto inferior diz “Família sob ataque” e não “Mídia sob ataque”.

Provavelmente é uma crítica ao fato da Globo pôr homossexuais em suas novelas.

O coxinhato, como se sabe, também não gosta da Globo, porque eles não tem a sutileza da Vênus. A Vênus sabe que precisa disfarçar o seu golpismo com o verniz de defensora de valores democráticos.

O coxinhato é tosco. Não entende a estratégia…

***

Globonews lê cartazes contra Dilma e pelo impeachment, mas não a faixa que defende ao mesmo tempo a Globo e o golpe militar

publicado em 12 de abril de 2015 às 14:25

por Luiz Carlos Azenha, no Viomundo.

Do ponto-de-vista numérico, as manifestações do 12 de abril foram um tremendo fracasso.

Segundo o UOL, do diário conservador Folha de S. Paulo, eram 52 mil pessoas em todo o Brasil às 14 horas.

No entanto, na Globonews, das Organizações Globo, os protestos foram um tremendo sucesso.

“Tranquilidade”, “família”, “verde-amarelo” e outras descrições anódinas marcaram a descrição feitas pelos repórteres da emissora, que se misturaram aos manifestantes.

Nunca antes na História deste País a Globo tinha feito o que vem fazendo: ir a uma manifestação, ler de forma seletiva os cartazes e permitir que o som natural vaze na transmissão, com gente gritando “Fora Dilma”, “Fora PT” e outras palavras de ordem.

Vocês já viram a Globo fazer isso num protesto do MST ou contra o tucano Geraldo Alckmin? Jamais.

É óbvio que a notícia do dia, de que as manifestações fracassaram do ponto-de-vista numérico, não dominou a cobertura. Por que fracassaram? Cansaço? Indiferença? Dissensão interna? A Globonews simplesmente se esqueceu da verdadeira tarefa do jornalismo, que é esclarecer.

A certa altura, uma repórter em São Paulo fez referência ao fato de que os diferentes carros de som na Paulista utilizavam diferentes palavras de ordem. Mas, ficou nisso. Não entrou em detalhes. Por motivos óbvios: alguns destes carros de som pedem intervenção militar, o que não se enquadra no que a Globo acha aceitável mostrar aos que estão em casa.

A Globo não leu, por exemplo, a faixa que aparece acima, fotografada pelo Leandro Prazeres, do UOL, em Brasília.

Notem o detalhe: além de pregar o golpe, a faixa assume a defesa da Globo (no canto inferior direito) com a frase “a mídia sob ataque”.

Globo e golpe militar, tudo a ver!

Ainda que involuntariamente, no entanto, a Globonews acabou mostrando a intolerância que foi a marca do 15 de março e esteve de volta hoje, nas ruas: em Copacabana, um homem de camisa vermelha foi perseguido por manifestantes e teve de sair escoltado pela Polícia Militar.

É isso mesmo: um homem de camisa vermelha, aparentemente com uma grife no peito, sem qualquer relação com o PT ou com algum partido comunista.

Um simples homem de camisa vermelha, cujo cerco resume o que a Globonews não mostrou: “intolerância” e “golpismo” andaram juntos com “tranquilidade” e “família”.

PS do Viomundo: A Globonews faz mais que cobrir o evento, faz a convocação de quem está em casa ao enfatizar a todo o momento que “tem mais gente chegando”, “famílias inteiras”, etc.

Azenha: #globogolpista esconde cartazes pedindo intervenção militar | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

08/04/2015

Por que os EUA continuam sendo sinônimo de terrorismo de Estado?

TioSangueNa véspera da Cúpula das América, os EUA reconhecem que são uma nação que fomenta discórdia mediante a repetição de mentiras. O assessor para fins de segurança nacional dos EUA declarou: “EUA não acreditam que a Venezuela seja uma ameaça à segurança nacional". Segundo Rhodes, é linguagem "pro forma" (por pura formalidade) para sanções. A declaração reforça e demonstra o verdadeiro caráter de um país que espalha, diretamente ou mediante financiamento de ONGs locais, do tipo MBL, o terrorismo pelo mundo. Assim como na Venezuela, os EUA contam com um exército de brasileiros que se vendem por qualquer trinta dinheiros. Mark Weisbrot confirma, no texto abaixo (em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista), que os EUA financiaram grupos políticos para derrotarem Lula. Depois Edward Snowden revelou que os EUA não só finanCIAvam como também espionavam Dilma e a Petrobrás.

Portanto, a tentativas atuais de destruir a Petrobrás e jogar nas costas da Dilma, mediante o uso dos grupos mafiomidiáticos e ONGs do tipo Instituto Millenium, é uma mera continuação da política norte-americana de defender seus interesses em oposição aos do Brasil. Coincidentemente, o coronelismo eletrônico entronada na RBS, financiado por empresários do tipo Gerdau, é o mesmo que têm contas no HSBC e também foram pegos sonegando, mediante fraude, bilhões de reais. O dinheiro sonegado em impostos é investido em política de entrega da Petrobrás e de precarização das políticas sociais. A Operação Zelotes e a Lista Falciani são duas pontas de um mesmo método que atende interesses ianques contra o Brasil.

Há uma coincidênCIA nos investimentos dos EUA que definem a escolha dos países a serem atacados, o petróleo. A lista é por demais conhecida: Iraque, Líbia, Egito, Síria, Ucrânia, Irã, Venezuela e Brasil são grandes produtores de Petróleo.

Não precisa ser inteligente para entender, basta não ser burro!

MARK WEISBROT

TENDÊNCIAS/DEBATES

O preço político das sanções à Venezuela

A mesma administração Obama que finalmente começaria a normalizar as relações com Cuba, emprega sanções contra a Venezuela

A última Cúpula das Américas, em Cartagena, na Colômbia, em 2012, foi um desastre para o presidente Barack Obama. Houve escândalos entre agentes do serviço secreto americano e profissionais do sexo, uma rebelião do sul contra a fracassada "guerra às drogas" americana e, sobretudo, oposição unânime ao embargo dos EUA a Cuba.

O sinal mais decisivo de que não era apenas um caso de os suspeitos de sempre causando problemas foi o aviso dado pelo presidente Manuel Santos, da Colômbia –um dos poucos "amigos" de Washington na região–, de que não haveria outra cúpula sem Cuba.

No ano passado, Barack Obama ofereceu um presente de Natal surpresa aos seus vizinhos do sul: depois de mais de meio século de agressão contra Cuba, ele finalmente começaria a normalizar as relações. Bem-vindos ao século 21!

Embora republicanos jihadistas e neoconservadores tentem adiar o processo no Congresso, a Casa Branca expressou publicamente a esperança de que houvesse pelo menos embaixadas abertas nos dois países antes da cúpula de 10 de abril.

Mas o que Deus dá com uma mão, ele tira com a outra. Em 9 de março a Casa Branca declarou "emergência nacional" devido à "extraordinária ameaça à segurança nacional" representada pela Venezuela.

A administração Obama tentou minimizar a linguagem empregada, descrevendo-a como mera formalidade, mas o mundo sabe que esse tipo de linguagem ameaçadora e as sanções que a acompanham podem ser bastante prejudiciais à saúde do país designado. No passado, houve ocasiões em que até foram seguidas de ações militares.

Fato mais alarmante, no caso atual, foi que em uma audiência no Senado, em 17 de março, Alex Lee, do Departamento de Estado, declarou que as sanções atuais são apenas "a primeira saraivada" contra a Venezuela. É claro que o mundo fora de Washington sabe que as sanções não guardam relação alguma com as supostas violações dos direitos humanos na Venezuela.

Mas as sanções também deixaram claro que a abertura do presidente Obama não representou nenhuma mudança na estratégia de Washington para a região: a intenção de ampliar as relações comerciais e diplomáticas visou apenas propiciar uma estratégia mais eficaz de enfraquecimento do governo cubano –e de todos os governos de esquerda na região.

Isso inclui o Brasil, onde, em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista, segundo documentos do próprio governo norte-americano.

Representantes do Brasil, do México, da Colômbia, da Argentina e quase todos os países das Américas manifestaram-se contra as sanções na OEA (Organização dos Estados Americanos). A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), por exemplo, pediram a sua revogação.

O governo cubano também respondeu com força, jogando por terra as esperanças de algum acordo antes da próxima cúpula, à qual Obama irá de mãos abanando após essa iniciativa mal pensada.

Esperemos que o Brasil –e que todos os outros países presentes à Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10) e sábado (11) no Panamá– deixe claro que esse tipo de comportamento de "Estado fora da lei", com sanções unilaterais que violam a Carta da OEA, não será tolerado.

MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa

Tradução de CLARA ALLAI

 

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23/03/2015

Assange explica Nisman: “É Tio Sam, estúpido!”

eua vergonhaSe o dinheiro explica o crime, é o crime que denuncia o autor. Quando a vítima é jogada no colo de desafetos, por trás há quem tem interesse nisso. Parece lógico, mas como explicar para quem está acostumado a receber versões prontas e tem nos EUA a medida da verdade?! A SIP é maior sucursal da CIA na América Latina. O Instituto Millenium é apenas mais um braço da SIP.

Um pouco da história da formação dos EUA e suas incursões pelo mundo, dando golpes, finanCIAndo manifestações contra governos, apoiando golpes e ditadores explica por que os EUA estão por trás da morte de Alberto Nisman. Assim como estão por traz da prisão de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden. Não nos esqueçamos, os nazistas sobreviventes da Segunda Guerra foram recrutados pelos EUA para derrubarem governos democráticos sul-americanos. A história está documentada e muito bem contada no documentário Inimigo do meu inimigo. Os EUA estão por trás da Primavera Árabe que derrubou Kadafi na Líbia, no Egito, Ucrânia, Síria, Venezuela e Brasil (MBL). Na Argentina não seria diferente.

Os grampos na Petrobrás, mais do que na Dilma, são indícios suficientes para quem quiser entender os ataques à maior empresa petrolífera do mundo. Quem não quiser, nem a fórceps.

EL MUNDO › ENTREVISTA CON JULIAN ASSANGE, DIRECTOR DEL SITIO WIKILEAKS

“Nisman se había hecho muy dependiente de los EE.UU.”

En el marco del Encuentro Federal de la Palabra que se celebra en Tecnópolis, el referente australiano de la libertad de expresión habló de Nisman, pasaportes inteligentes, el Estado Islámico, la crisis en Ucrania y el asesinato del opositor ruso Nemtsov.

Por Santiago O’Donnell

Tras mil días de encierro en el pequeño departamento que aloja a la embajada de Ecuador en Londres, mil días sin poder salir al aire libre, Assange luce algo debilitado a través de la pantalla de Tecnópolis. Dice que últimamente no está del mejor humor, que está enojado porque no se destraba su situación judicial (ver aparte) y no puede estar con su familia. Pero el enojo no se le nota. Contesta de buena gana durante una hora y media y sonríe de oreja a oreja cuando el público lo despide con un aplauso. A continuación, el pasaje más destacado de la conversación:

–Los cables de Wikileaks muestran la falta de independencia del fiscal Nisman con respecto a la embajada de Estados Unidos en la investigación del atentado a la AMIA.

–Es cierto. Hay más de 160 cables sobre el atentado a la AMIA y puedes ver en esos cables que Nisman se hizo muy dependiente de Estados Unidos para conseguir informes de inteligencia relacionada con la investigación y mucha de esa información le llegó a través del jefe de contrainteligencia de la Secretaría de Inteligencia (Jaime Stiuso) y Nisman pasó a depender indirectamente de EE.UU. e Israel y directamente de Stiuso. Se puede ver que esa dependencia llegó a un punto tal que llevaba borradores de resoluciones a la embajada para que la embajada los comentara, los revisara y los corrigiera. En un caso llevó un borrador de resolución de dos páginas y la embajada le hizo comentarios, él se lo llevó de vuelta, volvió con un borrador de nueve páginas, lo revisaron nuevamente y esa vez se lo aprobaron. También le dijeron que no podía investigar la pista siria, que no podía investigar otras pistas locales dentro de Argentina. Se puede decir que éste es un problema de un solo hombre que estuvo diez años con la causa y que no avanzó, hasta que en el 2013 la causa se convirtió en un tema de política partidaria (por el acuerdo con Irán). Pero se puede hacer una crítica mucho más importante, que es la falla del gobierno de Kirchner de no haber disciplinado a Nisman a tiempo por su relación con los servicios de inteligencia, su relación con EE.UU., la falla de los medios de Argentina de no controlar y criticar esa investigación, y esa falla en los medios se pudo ver en todos los medios tradicionales: en Página/12, en el grupo Clarín y aun en la organizaciones de la comunidad judía, que expresó dudas sobre la calidad de investigación en la embajada, pero dijo que a pesar esas dudas no quería reducir la credibilidad de esa investigación. Entonces parece que había un acuerdo nacional entre gobierno, oposición y medios de no cuestionar la calidad de la investigación de Nisman, de no indagar sobre de dónde sacaba su información y de qué manera estaba comprometido por su cercanía a la embajada de EE.UU. y al director de contrainteligencia. Pero vayamos más allá. ¿Cuál es el gran problema? El gran problema es que las instituciones argentinas –fiscalías, medios, gobierno y oposición– no tuvieron suficiente fuerza como para lidiar con un caso geopolítico muy serio, en el que hay actores como EE.UU., Israel, Irán, que tenían intereses muy fuertes en este caso. Irán quería protegerse, proteger su reputación y proteger su relación con Argentina, EE.UU. e Israel buscaban demonizar a Irán, la Secretaría de Inteligencia buscaba beneficiarse actuando como intermediario. Las instituciones argentinas no fueron capaces de mantener su integridad ante la presión sostenida de grupos externos y ése es un problema preocupante para la Argentina. Ahora bien, a otros países no les va mucho mejor cuando la presión es tan fuerte. Nosotros lo hemos vivido en nuestra organización en países como Gran Bretaña y aun Alemania en algunos casos. Te doy un ejemplo de Alemania. Edward Snowden obtuvo mucho apoyo de Alemania. Es el país donde más apoyo de la opinión pública recibe de toda Europa y eso tiene que ver con razones históricas, el recelo de los alemanes de la Stasi (el servicio secreto de la ex Alemania Oriental), que la nueva capital sea Berlín, en fin, la gente alemana y los medios alemanes querían que se le diera asilo. El resultado es que la Agencia de Seguridad Nacional de EE.UU. le dijo a la agencia de inteligencia alemana que si permite que su país le dé asilo vamos a dejar de compartir Inteligencia con ustedes y no les vamos a avisar de posibles atentados terroristas en su país. Entonces la Agencia de Seguridad Nacional estaba perfectamente dispuesta a permitir ataques terroristas en Berlín con tal de presionar al gobierno alemán para no ser humillados por una oferta de asilo para Snowden. Así que hasta un país como Alemania puede comprometer sus principios; entonces no puede sorprendernos que Argentina lo haga. Pero ahora que vimos cómo sucede esto, hay que tratar de corregirlo. Entonces esto es lo que podemos aprender de la investigación de Nisman: la manera en que operan las presiones geopolíticas y la debilidad de ciertas instituciones argentinas para enfrentarlas. Fíjese lo que el director de contrainteligencia estaba haciendo en el caso Nisman y las consecuencias que tuvo. Entre ellas, la ley para reformar a los servicios de Inteligencia. La he leído y me parece una buena ley, aunque hay que ver todavía cómo se aplica.

–Otro tema que me preguntan mucho en las redes sociales, especialmente después de nuestra última entrevista, es sobre sus críticas a los nuevos documentos biométricos que se hacen en la Argentina. El ministro que los creó, Florencio Randazzo, los vende como una manera de hacer menos cola en los aeropuertos. ¿Por qué le parece que estos documentos son peligrosos?

–Hay dos problemas. En el caso de los documentos biométricos, hemos visto ejemplos en muchos países en los cuales la base entera de los documentos biométricos ha sido robada. Por ejemplo, en Pakistán revelamos que una consultora trucha manejada por el MI6 (servicio secreto británico) había sido contratada para manejar la base de datos para todo el sistema de identidad biométrico en Pakistán. Y con la complicidad de algunos miembros del gobierno, la consultora se robó la información sobre más de cien millones de paquistaníes. Así que está el problema de que los datos pueden ser robados por fuerzas externas. En segundo lugar, si tenés un servicio de Inteligencia corrupto y un gobierno que hace las cosas mal, podés terminar teniendo una sociedad extremadamente controlada, donde ninguna persona puede existir por fuera de las estructuras formales del gobierno y de las estructuras informales que tienen las agencias de inteligencia.

–¿Todo eso por sacar información del iris del ojo?

–Es suficiente. Una vez que se empieza con un programa biométrico el siguiente paso es agregar más y más identificadores biométricos. En Suecia, por ejemplo, te extraen sangre al nacer y dicen que esa identificación de ADN sirve para aplicarse en políticas de vivienda y para juntar estadísticas para diseñar programas de salud. Sin embargo, esa información ha sido utilizada de manera ilegal por la policía sueca en varias investigaciones criminales y lleva a una sociedad controlada y no podemos saber si esa información no sólo se va a compartir en la Argentina o si se va a compartir con otros países, y por lo tanto con los servicios de Inteligencia de otros países. Esos servicios de inteligencia en Occidente son manejados en gran parte por empresas privadas. Por ejemplo, el ochenta por ciento de la Agencia de Seguridad Nacional es manejado por contratistas del sector privado. Por empresas como Lokheed Marin, Northrop Gruman o Booze, Allen & Hamilton. De hecho Edward Snowden no trabajaba para el gobierno, trabajaba para Booze, Allen & Hamilton. Entonces coleccionás esta información sobre tu gente y pronto se empieza a compartir y me parece que no es saludable para una sociedad que un individuo al nacer, a través de estos elementos de identificación, entre en una relación no sólo con su familia, su comunidad o su ciudad, no sólo con su país y con el servicio de Inteligencia de su país, sino con todos las grandes facciones de poder del mundo. La relación es tan desproporcionada que con el tiempo va a distorsionar la naturaleza de nuestra civilización.

–Su respuesta me lleva a la última filtración de WikiLeaks, de diciembre pasado. Se trata de un documento de la CIA que explica cómo burlar los controles biométricos en los aeropuertos de la Unión Europea y está escrito para agentes que viajan con identidades encubiertas.

–Seguimos metiéndonos en problemas (se ríe). Es un manual de instrucciones que se les entrega a agentes encubiertos para que penetren otros países, para que penetren aeropuertos usando identidades falsas. Incluye una gran cantidad de aeropuertos y sistemas de seguridad, incluyendo en Europa, y da un ejemplo de Europa de un agente de la CIA al que le encontraron en la valija rastros del explosivo C4, presumiblemente de una operación realizada en Europa. El agente fue detenido pero dijo la mentira sugerida por el manual para casos como ése (que el explosivo era de un entrenamiento antiterrorista realizado en EE.UU.) y le creyeron y lo dejaron ir. El manual puede ayudar a ciudadanos comunes para atravesar controles sin despertar sospechas, incluso puede ayudar a periodistas trabajando bajo identidades reservadas o a nuestra propia gente mientras se mueven por el mundo. También señala el miedo que genera la identificación biométrica aun en la CIA porque dificulta un poco sus movimientos. Esa podría ser la única ventaja de este tipo de documentos en términos geopolíticos. Pero a través de la Agencia de Seguridad Nacional pueden hackear estos sistemas biométricos. Entonces al final la CIA, el Mossad o el MI6, las agencias de Inteligencia con más recursos y conocimientos, serán las que puedan viajar por el mundo sintiéndose libres. Serán las últimas personas del planeta en sentirse libres y creo que esto no es saludable porque ya tienen demasiado poder y demasiado poco control. Entonces diría que lo aceptaría si fuera igual para todo el mundo, pero si sirve para cierta gente pero no para otros, perpetuará la severa desigualdad de poder existente.

–Además, como usted ha dicho, después de los secuestros de la CIA en Suecia e Italia durante el gobierno de Bush hijo, el manual demuestra que la CIA de Obama mantiene la intención de realizar operaciones clandestinas en los países de sus aliados europeos.

–Es cierto y se trata de material reciente. Pero debo hacer una distinción. Si bien la CIA secuestró a una persona en Italia, en Suecia lamentablemente no se trató de una operación encubierta, al menos con respecto al gobierno sueco. El gobierno no sólo lo sabía sino que su policía secreta SAPO asistió en el secuestro de su propios refugiados políticos, sus propios buscadores de asilo, algunos de los cuales tenían hijos viviendo en Suecia. La SAPO asistió en esa operación y siguió haciendo operaciones similares durante seis años y nosotros lo revelamos en el 2010.

–Me gustaría preguntarle por la actualidad mundial: el surgimiento del Estados Islámico (EI), la crisis en Ucrania y el asesinato de Nemstov en Rusia.

–Los tres eventos tienen relación. En cuanto al EI, lo podemos ver desde el punto de vista geopolítico y desde el punto de vista cultural. No digo nada demasiado nuevo cuando digo que el EI es un resultado directo del aventurerismo de Occidente. El aventurerismo de Occidente que destruyó la sociedad libia, el aventurerismo de Occidente que destruyó gran parte de la sociedad siria. El aventurerismo de Occidente está destruyendo Irak para extraer petróleo y por otras razones geopolíticas. Mucha gente conoce esto, sabe cómo se envía armamento a Siria, el intento de reducir la influencia iraní en la Irak de la posguerra a través del apoyo a los sunnitas. Lo que no se conoce tanto es que en estos años Arabia Saudita, Qatar y Turquía han aumentado su poder y han logrado un pequeño margen de independencia con respecto a EE.UU. Como resultado EE.UU. ya no es el único actor geopolítico que empuja junto a Israel los acontecimientos en Medio Oriente. Ahora también actúan estos aliados geopolíticos que Estados Unidos no está dispuesto a disciplinar. ¿Y por qué no los disciplina? Porque estos países se hicieron ricos y ahora depositan su dinero en bancos de Occidente y entonces su elites se han fusionado: Qatar con los EE.UU., Arabia Saudita con los EE.UU. Acá, por ejemplo, la famosa tienda Harrod’s es dueña de uno de los edificios que rodean a esta embajada. Harrod’s es propiedad del gobierno de Qatar y la policía secreta británica que espía esta embajada, y que admite haber gastado más de 15 millones de dólares para espiarme, ha hecho un acuerdo secreto con Harrod’s y tienen a los equipos de vigilancia instalados en el edificio de Harrod’s . Entonces éste es un ejemplo interesante de cómo nos afecta la dinámica del poder en Medio Oriente. Desde el punto de vista cultural, hay que analizar cómo una ideología se expande, porque las ideas no son una enfermedad que se propaga como un virus. Las ideología tiene principios, tiene reglas que son fáciles de aprender y fáciles de transmitir. Eso sucede con todas la ideologías o religiones que se difunden. Pero hay otro factor y ése es el dinero que se mueve detrás de estas ideas. A medida que los estados del Golfo se vuelven más ricos, más poderosas se vuelven las ideas que ellos sostienen. La percepción es que cuanto más se difunden esas ideas más poder adquieren, entonces han hecho eso. Al mismo tiempo, la ideología de izquierda existía en Egipto, y en Líbano y en Siria y en Irak, porque el partido Baath (de Saddam Hussein y la dinastía Asad) es un partido secular y autoritario pero no una teocracia. Occidente odia a esos partidos izquierdistas y nacionalistas y durante muchos años hizo todo lo que pudo para destruirlos o al menos sacarlos del poder, y para eso se apoyó en teocracias y movimientos teocráticos. Podemos verlo, por ejemplo, en el colapso y marginalización de la OLP y su reemplazo por Hamas (en Palestina). Nuestros cables revelan que Israel apoyó a Hamas en su etapa inicial, que Hamas fue usado como un instrumento para dividir a la OLP y a la resistencia palestina. Entonces Occidente ha generado todo el dilema y el horror del EI a través de su aventurerismo y su intento de suprimir movimientos seculares de izquierda en Medio Oriente.

–Pasemos a Ucrania.

–El mejor análisis proviene de un reconocido analista geopolítico, John Mearsheimer, un académico muy reputado cuyos trabajos han sido utilizados hasta por el Departamento de Estado. No es un extremista. El tiene la misma opinión que yo. Lo que decimos está documentado en los cables. Hay uno del 2008 que muestra que Rusia traza un línea en la arena y fija sus límites a Estados Unidos y la OTAN. El cable se titula “No quiere decir no” y se refiera a la expansión territorial de la OTAN. Explica que si hay interferencia en Ucrania por un intento de integrarla a la OTAN, eso no será tolerado por las regiones fuertemente rusoparlantes en Ucrania, que se consideran rusas por haber pertenecido a la Unión Soviética, y Crimea es una de esas regiones. Y Rusia advertía que el intento de traer a Ucrania hacia la OTAN causaría una guerra civil. Entonces se puede ver la importancia estratégica que Rusia le otorga a Ucrania como parte de la civilización eslava y el complejo militar-industrial del este de Ucrania, que sigue produciendo misiles balísticos teleguiados, repuestos para misiles, etc. EE.UU. lleva mucho tiempo tratando traer a Ucrania hacia Occidente, si no puede ser con una membresía de la OTAN, al menos que se independice de la esfera de influencia de Moscú, para reducir el complejo industrial-militar ruso y reducir sus bases navales en Crimea. Hace mucho que lo venían intentando y Rusia se venía quejando y advirtiendo lo que pasaría. Europa, bajo la influencia del expansionismo burocrático de la Unión Europea, se sumó a esa puja. Pero los rusos no son inocentes. Su manejo de sus más preciados y queridos aliados estratégicos, de sus socios comerciales más cercanos, fue completamente incompetente. Ningún país puede operar en Ucrania como Rusia. Porque los ucranianos hablan ruso y parecen rusos porque hay relaciones familiares y comerciales entre los dos países. Rusia descuidó a Ucrania porque no se relacionó con su gente, sino con su oligarquía, con su elite política, con la economía ucraniana. Gastó billones de dólares en subsidios para Ucrania. Al mismo tiempo EE.UU. y Europa Occidental gastaron billones de dólares en la creación de ONG, en redes sociales. A través de estas instituciones y de estos medios Occidente prometió acabar con la corrupción en Ucrania. Los rusos hicieron muchas cosas mal cuando podrían haberse relacionado con Ucrania de otra manera. Sacaron muchos agentes de FSB (servicio secreto ruso) de Ucrania para trasladarlos a Chechenia para prevenir ataques terroristas. Chechenia se convirtió en su primera prioridad y vemos los resultados de descuidar a Ucrania.

–¿Y con respecto al asesinato del líder opositor Boris Nemtsov a pasos de Kremlin?

–Ahí hay un vínculo con lo que pasa en Ucrania. Parece que las fuerzas especiales que Rusia está usando para entrenar y apoyar a las fuerzas separatistas en el este de Ucrania provienen, o al menos al principio provenían, de Chechenia y hay una razón para eso: las fuerzas chechenas son las más entrenadas y las más experimentadas en lo que llaman operaciones de contrainsurgencia, que básicamente significa combate en una guerra civil, porque eso es lo que viene pasando en Chechenia, que es una república separatista que busca su independencia de Rusia. Por eso Rusia usó en Ucrania regimientos de Chechenia y estos regimientos están controlados por el presidente de la región chechena, (Razman) Kadyrov, y Kadyrov no quiero decir que es leal a Putin porque tiene su propia agenda, pero formalmente depende de Putin. A lo largo del conflicto checheno Kadyrov desarrolló tropas y un servicio de inteligencia que es bastante poderoso y que ha sido acusado de asesinatos, incluso en Viena por ejemplo, de oponentes de Kadyrov. La guerra en Ucrania hizo que Rusia pusiera mucho dinero en las fuerzas chechenas y los servicios de inteligencia chechenos. El resultado es que se volvieron muy poderosos y de alguna manera rivalizan con el FSB, que hasta entonces era el único servicio de inteligencia que operaba y juntaba inteligencia fuera del país. Los asesinos materiales de Nemtsov en la entrada al Kremlin eran chechenos vinculados con los servicios secretos de ese país.

–Y Kadyrov dijo que el asesino era un héroe nacional…

–Exacto. Por eso es difícil saber bien qué está pasando, pero a cierto nivel los servicios chechenos estaban demostrando que el FSB no controla Moscú y que ellos tienen el poder de matar a alguien en la puertas del Kremlin. Esto no quiere decir que Kadyrov ordenó el asesinato, puede ser un mando intermedio que buscó demostrarle su utilidad a Kadyrov o a la extrema derecha rusa. Vamos a lo que pasó después. Una semana o dos después del asesinato, Putin condecoró a Kadyrov con una medalla por servicios prestados a Rusia. En la misma ceremonia condecoró también al agente del FSB que había envenenado con polonio al ex espía Litvinenko en un restaurant de sushi en Londres (en el 2006). Para la perspectiva de Occidente la imagen que dejó Putin en la ceremonia de premiación fue horrible. Es como si hubiera dicho: “Yo apoyé con igual fuerza a los dos asesinatos”, el del FSB y el de los chechenos. Putin se había mostrado enojado y confundido tras la muerte de Nemstov. Entonces al darle esta medalla a Kadyrov genera una confusión en la población rusa y la hace pensar que tal vez Putin había ordenado el asesinato, que tal vez está contento con el asesinato porque es un líder fuerte que controla la situación. Pero la realidad es que no controla completamente a las fuerzas chechenas. Son un grupo muy cerrado, tienen su propio lenguaje, y tienen agenda propia. El centro de poder de Putin es el FSB, que es el que le provee su seguridad y la relación con los servicios chechenos es muy delicada, así que la situación es muy interesante.

Página/12 :: El mundo :: “Nisman se había hecho muy dependiente de los EE.UU.”

18/03/2015

EUA promovem golpe paraguaio no Brasil

fhc submissoDaqui a 50 anos, quando começarem as desclassificações dos papéis de Estado dos EUA, ficaremos sabendo quais foram as instituições (ONGs, iFHC, Instituto Millenium) que receberam dinheiro para fomentarem a desestabilização no Brasil. É simples constatar que não se trata de manifestações contra a corrupção. Fosse contra a corrupção, os gaúchos teriam pedido satisfação tanto na Operação Rodin quanto agora em relação a Operação Lava Jato que pegou o PP gaudério por inteiro. Nenhum cartaz cobrava da candidata do PP & d RBS, Ana Amélia Lemos, as denúncias de corrupção que pegou os herdeiros da ARENA. Nenhum cartaz cobrando explicações ao PSDB do Jorge Pozzobom pela compra da casa da Yeda Crusius decorrente da corrupção no DETRAN. E, diga-se de passagem, os mesmos problemas encontrados no DETRAN gaúcho na época da Yeda foram encontrados nos demais DETRANs estaduais onde o PSDB governava.

Há um escândalo internacional envolvendo lavagem de dinheiro no HSBC. Nenhum palavra a respeito. Portanto, não é um movimento contra a corrupção. A menos que seja a corrupção dos outros. Mas aí é para eliminar a concorrência e não para terminar com ela.

Em São Paulo não se viu nenhum cartaz a respeito da corrupção nos trens. Não apareceu Alstom, Siemens, Robson Marinho ou Rodrigo de Grandis. Mas teve muito cartaz em inglês pedido a derrubada do governo.

Em termos de subserviência aos EUA há uma tradição que remonta à origem do PSDB. Os tucanos nasceram sob as bênçãos da Fundação FORD, que financiava todo e qualquer entidade que tivesse algum cromossoma de FHC, como o CEBRAP . Nunca é demais lembrar que FHC entregou o SIVAM à Raytheon, e, tão logo a entrega se concretizou, ligou para Bill Clinton. O então presidente norte-americano fez das tripas coração para que FHC obtivesse empréstimo junto ao FMI e deixasse para estourar a desvalorização do Real logo após a posse. São tantas as provas que é despiciendo rememorar.

Os EUA contam com uma manada de capachos sempre prontos a lutarem contra os interesses do país onde vivem. Graças aos grupos mafiomidiáticos, os quinta colunas são os que mais crescem neste país. Se é verdade que existe uma manada que não sabe nada do passado, é também verdade que há uma outra parte da manada que sabe tudo do passado e que, por isso, continuará fazendo às vezes de vira-lata. O complexo de vira-lata é muito bem explorado pelos EUA exatamente porque encontra aí a maior concentração de vira-lata por metro quadrado.

Que existem problemas no Governo Federal, existem. Como existem no Estadual e no Municipal. A diferença é que no Federal os que sempre estiveram ao lado dos corruptos, como no Escândalo de Sonegação do HSBC, querem derrubar o governo para lucrarem ainda mais. Por trás e junto de todos eles estão, em primeiro lugar, a Rede Globo e suas filiais, como a RBS, depois vem os menos cotados mas tanto ou mais interessados como esse pessoal dos Banco Itaú, que finanCIAm ongs golpistas. Não foi por outro motivo que a arapongagem patrocinada pelos EUA alcançavam a Dilma e a… Petrobrás! Só mal informados e mal intencionados não veem isso.

Moniz Bandeira: EUA estão por trás do golpismo

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O cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira denunciou nesta terça (17) que os Estados Unidos continuam na tentativa de desestabilizar governos de esquerda na América Latina, como os da Venezuela, Argentina e Brasil; "Evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, Now Endowment for Democracy (NED) e outras entidades americanas, para desestabilizar esses países, com a utilização de instrumentos que incluem protestos de rua", afirmou; segundo ele, as manifestações de 2013 e os recentes atos contra Dilma "não foram evidentemente espontâneos"; "A estratégia é aproveitar as contradições domésticas do país, os problemas internos, a fim de agravá-los, gerar turbulência e caos até derrubar o governo sem recorrer a golpes militares", avaliou

18 de Março de 2015 às 05:09

247 – O cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira denunciou nesta terça-feira (17) que os Estados Unidos, por meio de órgãos como CIA, NSA (Agência Nacional de Segurança) e ONGs a eles vinculadas, continuam na tentativa de desestabilizar governos de esquerda e progressistas da América Latina, como os da Venezuela, Argentina e Brasil.

Moniz Bandeira disse que "evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, Now Endowment for Democracy (NED) e outras entidades americanas", para desestabilizar esses países, com a utilização de instrumentos que incluem protestos de rua.

"’As demonstrações de 2013 e as últimas, contra a eleição da presidente Dilma Russeff, não foram evidentemente espontâneas", disse o cientista político. "Os atores, com o suporte externo, fomentam e encorajam a aguda luta de classe no Brasil, intensificada desde que um líder sindical, Lula, foi eleito presidente da República. Os jornais aqui na Alemanha salientaram que a maior parte dos que participaram nas manifestações de domingo, dia 15, era gente da classe média alta para cima, dos endinheirados’", disse Moniz Bandeira, que reside na Alemanha e é autor de vários livros sobre as relações Brasil—EUA.

No caso do Brasil especificamente, citou iniciativas do governo que contrariam Washington, como a criação do Banco do Brics , uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial e o regime de partilha para o pré-sal, que conferiu papel estratégico à Petrobras, descocando as petroleiras estrangeiras. Ele lembrou também que a presidenta Dilma foi espionada pela NSA e não se alinhou com os EUA em outras questões de política internacional, entre as quais a dos países da América Latina.

"A estratégia é aproveitar as contradições domésticas do país, os problemas internos, a fim de agravá-los, gerar turbulência e caos até derrubar o governo sem recorrer a golpes militares", disse.

Neste link a entrevista na íntegra.

Moniz Bandeira: EUA estão por trás do golpismo | Brasil 24/7

15/03/2015

Chamem os Russos

É por demais evidente que todas as manifestações contam com a condução da CIA. No Brasil, o serviço fica ainda mais fácil, já que a sabujice é marca maior. O recrutamento de capachos forma fila nas redações dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. O que o jornal russo está dizendo não é diferente do que vem se constatando a partir da Líbia, Egito, Ucrânia, Síria, Venezuela. Somos todos grandes produtores de petróleo. As guerras pelo petróleo vem sendo feitas a partir dos EUA. Na Venezuela, a Revolução não foi televisionada, por que foi feita a partir das televisões. No Brasil, o recrutamento também partiu do coronelismo eletrônico. Está tudo lá no Dossiê HSBC.

Quando das revelações do Edward Snowden, viu-se que a CIA grampeava a Dilma e… a Petrobrás!

Jornal Russo diz que EUA está por trás das manifestações no Brasil

JornalRusso

O Jornal Russo “Pravda” em seu editorial, destaca as manifestações que irão acontecer neste domingo (15). Segundo o jornal , Washington age apara derrubar a presidente Dilma e manipula os protestos impeachment; o jornal também conta como os norte-americanos patrocinaram e apoiaram Aécio Neves nas eleições de 2014

Em seu editorial, o jornal russo “Prvda.ru” destacou as manifestações que irão ocorrer neste domingo no Brasil pedindo o impeacheament da presidente Dilma Rousseff. Segundo o jornal, os Estados Unidos agem para derrubar a presidente Dilma e manipula os protestos pró-impeachment.

O jornal também cita a oposição do país como “hipócrita” e reproduz uma fala do senador por São Paulo Aloysio Nunes.

O Jornal lembra sobre as disputadas eleições de 2014 entre Dilma e Aécio, em trecho, o jornal explica como os EUA patrocinaram e apoiaram Aécio nas eleições.

Segundo o Jornal, o motivo pelos quais Washington quer ver Dilma fora do comando do Brasil é o desenvolvimento do BRICS e o pré-sal, tão cobiçado pelos norte-americanos.

A matéria também traz uma revelação, em 2013, o vice-presidente dos EUA veio ao Brasil pedir a Dilma acesso aos campos de petroléo brasileiros, mas Joe Biden voltou de mãos vazias, e a partir dai pouco tempo depois estourou a onda de protestos contra Dilma.

Confira a reportagem publicada no dia 03 de março, por Lyuba Lulko no Pravda Russo

CIA, FBI, NSA e todos os homens do rei trabalhar para derrubar a presidente brasileira Dilma Rousseff

No Brasil, a oposição vai realizar marchas de protesto contra o presidente do Brasil, Dilma Rousseff. Ações de protesto são esperados para ocorrer em mais de 25 cidades em todo o país em 15 de março. Em São Paulo, uma manifestação de 200.000 é esperada sob o slogan “Fora Dilma.” É possível mobilizar a população contra o partido que tem sido capaz de melhorar significativamente a vida no país durante 12 anos no poder?

É bem possível que a CIA está envolvida no plano para encenar tumultos no Brasil em todo o país. Ao longo dos últimos anos, o BRICS se tornou a principal ameaça geopolítica para os Estados Unidos.

Um dos principais problemas de hoje para a imprensa ocidental é recuperar o equilíbrio no sistema monetário e financeiro global. Esta é uma ameaça potente que BRICS representa para os EUA e ao dólar americano.

Os EUA vêm tentando destruir e esmagar a Rússia através da crise na Ucrânia, as sanções e a queda dos preços do petróleo. Eles levaram esforço para quebrar a estabilidade na China através da “revolução de guarda-chuvas” em Hong Kong. Na Índia, festa do homem comum está tentando abrir caminho para o poder.

No Brasil, os americanos tentam implementar o cenário da mola da América Latina, de forma semelhante ao que fazem em outros países soberanos da região – Argentina e Venezuela.

Em 15 de março, cerca de 20 organizações vão tomar as ruas das cidades brasileiras, sob os auspícios da oposição para um protesto nacional contra o Partido dos Trabalhadores (PT) e a presidenta – Dilma Rousseff. Eles são os movimentos das redes sociais. Muitos vão estar carregando slogans sobre o impeachment do presidente. Estrelas de mídia, como o cantor Lobão, um Makarevich russo, são esperados para participar também. Oposição senador de São Paulo, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), disse que ele preferiria ver a presidente Dilma “sangrar”.

O plano da CIA contra a presidente Dilma

As razões para as quais Washington quer se livrar de Dilma Rousseff, são fáceis de entender. Ela assinou o acordo sobre a criação do Banco de Desenvolvimento de Novos com o capital social inicial no valor de fundo de 100 bilhões de reservas, bem como adicional de US $ 100 bilhões. Rousseff também apoia a criação de uma nova moeda de reserva mundial.
Em outubro de 2014, Dilma Rousseff iniciou a construção de 5.600 sistema de telecomunicações de fibra óptica quilômetros de extensão através do Atlântico para a Europa. Se for bem sucedido, o projeto, realizado com a participação da empresa estatal Telebras, vai minar o monopólio americano no campo da comunicação, incluindo a Internet.

O novo sistema de comunicação irá garantir a proteção contra a espionagem da NSA. Telebras presidente disse aos meios de comunicação locais que o projeto seria desenvolvido e implementado sem a participação de qualquer empresa americana.

Dilma Rousseff também impede o retorno de grandes empresas de mineração de petróleo dos EUA para o mercado de petróleo e gás do Brasil. O país é rico, com enormes depósitos de petróleo, as reservas não confirmadas de que exceder 100 bilhões de barris. No entanto, foi durante a presidência de Lula, quando o Brasil optou pela empresa estatal chinesa Sinopec.

Em maio de 2013, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden fez uma visita ao Brasil, a fim de convencer a Dilma Rousseff a conceder acesso a campos de petróleo brasileiros. Biden voltou aos EUA de mãos vazias. Imediatamente depois, uma onda de protestos varreu o Brasil como pessoas protestavam contra o aumento dos preços para o transporte público em dez por cento. Classificação colapso de Dilma Rousseff 70-30 por cento. Tudo o que aconteceu um ano antes da eleição presidencial.

Durante este período, os americanos foram consistentemente destruindo regime de Dilma através de outros protestos. Eles incluíram protestos em grande escala contra os custos excessivos para a Copa do Mundo e financiamento insuficiente de programas de assistência social e de saúde. Houve confrontos com a polícia e violência.

De repente, os brasileiros se esqueceu de que o Partido dos Trabalhadores tinha tomado cerca de 30 por cento da população a sair da pobreza com a ajuda de programas de apoio público. A fome eo analfabetismo tornou-se história. Era tornou-se de memória curta? Não, como a CIA sabe muito bem como a lavagem cerebral nas pessoas através da mídia subordinados.

Imediatamente após a saída de Biden do Brasil, foi noticiado que Dilma Rousseff foi implicado no escândalo relacionado com a companhia petrolífera estatal Petrobras. Rousseff foi acusado de receber uma comissão sobre os contratos com a empresa de petróleo. O dinheiro teria sido usado para comprar votos no parlamento.

A mais recente tentativa de remover Rousseff do poder foi feita nas eleições de Outubro de 2014, quando o candidato do PSDB, Aécio Neves poderia tomar posse como Presidente. Se Neves havia sido eleito presidente, novo ministro da Fazenda do Brasil teria sido Arminio Fraga Neto. Neto tem dupla cidadania (segunda – EUA); ele é um grande amigo e ex-sócio de George Soros e seu fundo de hedge Quantum. O Ministro dos Negócios Estrangeiros teria sido Rubens Antonio Barbosa, ex-embaixador em Washington, que atualmente atua como diretor do Albright Stonebridge Group (ASG), em São Paulo.

EUA quer Dilma fora do comando do país há todo custo

De acordo com o Wikileaks, José Serra, um dos líderes do PSDB, prometeu a sua proteção a Chevron em caso de vitória eleitoral. No entanto, apesar da manipulação voto em São Paulo, Dilma Rousseff ganhou um segundo mandato.
Gene Sharp, autor de “da ditadura para a democracia”, descrito 198 ações não-violentas para derrubar governos legítimos. Se generalizada, eles podem explicar formulada da seguinte maneira.

Passo 1: Processamento de opinião pública com base em desvantagens reais, promovendo descontentamento através da mídia, enfatizando tais perturbações como déficit, crime, sistema monetário instável, incapacidade de líderes do estado e suas denúncias de corrupção.

Passo 2: demonizar autoridades através da manipulação de preconceito dizendo, por exemplo, que todos os brasileiros (russos, chineses) são todos corruptos, segurando as ações públicas em defesa da liberdade de imprensa, direitos humanos e as liberdades civis, condenando o totalitarismo, revisando a história em favor das forças que devem ser levados ao poder.

Passo 3: Trabalhando na rua: canalizar os conflitos, promover a mobilização de oposição, o desenvolvimento de plataformas de combate, que englobam todas as demandas políticas e sociais, a compilação de todos os tipos de protestos, habilmente jogar nos erros do Estado, organizando manifestações, a fim de bloquear e captura instituições do Estado para a radicalização de confrontos.

Passo 4: A combinação de diferentes formas de luta: a organização de piquetes e captura simbólica das instituições do Estado, guerra psicológica nos meios de comunicação e promoção de confrontos com a polícia, para criar uma impressão de incontrolabilidade, desmoralizando as agências governamentais e policiais legítimos.

Passo 5: Staging um golpe institucional, com base em protestos de rua, pedindo a renúncia do presidente.

Em que fase da revolução cor está acontecendo no Brasil hoje? Cabe ao nosso querido leitor decidir. A situação agrava na frente de nossos olhos e parece que as autoridades brasileiras fecham os olhos sobre as atividades de inteligência dos EUA debaixo de seus narizes. No Brasil, a CIA, DEA e os oficiais do FBI trabalhar legalmente, sob o pretexto da luta contra o tráfico de drogas. ONGs e fundações que patrocinam revoluções coloridas trabalhar no país também.
Jornalista venezuelano José Vicente Rangel informou que cerca de 500 funcionários dos serviços de inteligência dos EUA chegou a embaixadas dos EUA na Venezuela, Bolívia, Argentina, Brasil, Equador e Cuba para trabalhar como uma rede para desestabilizar regimes democráticos nesses países. O que vai acontecer depois? Já podemos ver um exemplo de que na Ucrânia.

Jornal Russo diz que EUA está por trás das manifestações no Brasil | BRASIL29 noti­cias

03/03/2015

Arlequim servidor de dois patrões ou ventríloquo vestido de capacho

A insana destruição da Petrobrás atende a um apelo das concorrentes e de governos com interesse no Pré-Sal brasileiro. Se fazem guerra para obterem petróleo em países bem mais distantes, porque não o fariam no Brasil. Como a oposição se perfila, abertamente, ao lado dos interesses norte-americanos, os gastos da CIA para fomentar a destruição da Petrobrás é infinitamente menor do aquele usado para obter o gás na Ucrânia.

No golpe de 1964 a CIA também financiou, com malas cheias de dólares, golpistas e instituições ditas promotoras da democracia. O combate à corrupção é uma bandeira que se ajusta perfeitamente para destruir uma empresa. No caso, para acabar com uma dor de barriga, mata-se o paciente. Só há dois  tipos de brasileiros que ainda não se deram conta que o maior interessado no enfraquecimento do governo e na destruição da Petrobrás é o Tio Sam: os mal informados e os mal intencionados.

Os vazamentos da espionagem dos EUA no Brasil, que envolve Dilma e a Petrobrás, levados a cabo por Edward Snowden são auto explicativos.

 

Serra tira a fantasia: o negócio é fatiar e vender a Petrobras.

27 de fevereiro de 2015 | 12:57 Autor: Fernando Brito

chevon

A entrevista de José Serra ao “dono da lista do HSBC” no Brasil, Fernando Rodrigues, é um strip-tease.

O vendedor da Vale – título que lhe foi concedido pelo próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – lista o que se tem de fazer com a maior empresa brasileira.

Vai falando meias-verdades, como a de dizer que a Petrobras está “produzindo fio têxtil”, vai circulando a presa, como um velho leão.

O “fio textil” é poliéster, derivado integral de petróleo, que é produzido em Suape, como parte da cadeia de valor gerada pela refinaria, junto com a resina PET, com a que se produz garrafas.

São plásticos, enfim, um dos frutos de maior valor da cadeia de refino de petróleo.

Depois, diz que a Petrobras “não tem que fabricar adubo”.

Parece que está falando de esterco, mas é, simplesmente, de um dos insumos mais importantes da imensa produção agropecuária brasileira: amônia, que é produzida a partir do gás extraído junto com o petróleo.

É o “N” da famosa fórmula NPK dos fertilizantes, que o Brasil, incrivelmente, importa às toneladas.

Depois, fala em vender as usinas termelétricas de eletricidade, que já foram das multis e que a Petrobras teve de assumir porque elas só queriam o negócio com os subsídios que lhes deu FHC na época do apagão de 2001, subsídios que, além disso, eram suportados por nossa petroleira.

A seguir, fala em vender a distribuição, os postos Petrobras.

Aqueles onde o dim-dim entra, sonante, chova ou faça sol.

E aí, finalmente, diz que a empresa deve se conservar na extração de petróleo, mas que este deve ser “aberto ao mercado”.

Como já é, deve-se ler isso como a entrega da parcela exclusiva, de 30%, das imensas jazidas do pré-sal.

Claro que, nos negócios da cadeia do refino de petróleo, a Petrobras pode comprar, vender, dividir, agir como age um empresa que busca concentrar recursos em suas prioridades.

Isso inclui, senador Serra, o tal “fio têxtil”.

É tão bom negócio que seus amigos da Chevron  o produzem em larga escala através da Chevron-Phillips, em oito países.

Assim como a Chevron produz adubo e está cheia de passivos ambientais pela forma terrível que o faz, antes como Texaco e agora  usando  o “codinome” de Ortho.

E, claro, a Chevron não vai abrir mão de seus mais de 8 mil postos de abastecimento só nos Estados Unidos…

Quer dizer, as receitas de Serra para a Petrobras são exatamente o contrário do que fazem seus amigos da Chevron…

Senador, mas o que é bom para os Estados Unidos não é bom para o Brasil?

Serra tira a fantasia: o negócio é fatiar e vender a Petrobras. | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

24/02/2015

Honestidade, doença rara no Reino Unido, será tratada com terapia

E de repente fica-se sabendo que  a honestidade nos países ditos do primeiro mundo serão tratados como espécies em extinção. Ainda vão criar um greenpeace para defender, não a mata que existe nos outros países, mas a preservação dos últimos espécimes encontrados praticando honestidade.

Mais raros que urso panda ou arara azul, Bradley Manning, Julian Assange, Edward Snowden, Hervé Falciani vão merecer cuidados especiais, próprios de espécie em extinção.

Crescem no Reino Unido organizações de apoio a pessoas que denunciam irregularidades

Pablo Guimón Londres 22 FEB 2015 – 16:24 BRT

Ian Foxley, fundador de Whistleblowers UK.

Elas sempre existiram, mas este novo século parece ter proporcionado um papel protagonista às pessoas que decidem revelar irregularidades de dentro das organizações em que trabalham. A soldado Chelsea Manning, o analista da NSA Edward Snowden, o bancário Hervé Falciani. São apenas a ponta do iceberg de um fenômeno que no Reino Unido, por exemplo, serviu para expor graves deficiências na saúde pública, graças a centenas de testemunhos de corajosos trabalhadores anônimos. A verdadeira história dessas pessoas começa quando decidem dar esse passo.

Não temos uma tradução exata para a palavra inglesa whistleblower, que literalmente seria “soprador de apito”. Temos a expressão “dedo-duro”, que, no entanto, possui uma conotação negativa ausente no termo inglês. Ian Foxley, fundador do Whistleblowers UK, propõe “contadores da verdade” ou “heróis”. Engenheiro aeronáutico, jogador de rugby e tenente-coronel da reserva, Foxley, de 58 anos, conhece em primeira mão as duras consequências de contar a verdade. Por isso criou a organização sem fins lucrativos que pretende ajudar e assessorar aqueles que, como ele mesmo fez há cinco anos, decidem arriscar sua segurança e a de suas famílias para agir de acordo com seus princípios.

Em 2010 Foxley trabalhava para a Airbus em um contrato de mais de 2 bilhões de euros (6 bilhões de reais) entre o ministério da Defesa britânico e a Guarda Nacional saudita. Mas assim que chegou a Riad começou a ver coisas de que não gostou. “Entregaram-me um contrato que, como diretor, devia assinar”, explica, enquanto come um sanduíche de carne em um velho pub de York, a cidade inglesa mais próxima ao povoado onde vive agora com sua família. “Encontrei em uma linha do contrato uma série de pagamentos extras e me recusei a assinar. Eram remessas às ilhas Caiman, a empresas que eu não conhecia. Comecei a averiguar e a empresa se voltou contra mim. Entreguei as provas a um general do Exército britânico, que eu conhecia havia 20 anos. Ele falou com o ministério em Londres, e lá disseram a ele para devolver os documentos à empresa. Foi o que ele fez. Depois me ligaram da empresa para dizer que o que eu tinha feito, na Arábia Saudita, constituía crime de roubo de informação e que iam me prender”.

Foxley conseguiu voltar a Londres e levou o caso à Justiça. O julgamento deve acontecer ainda este ano. Foxley, pai de três filhos, ficou sem trabalho e se transformou, diz ele, em uma espécie de pária. “Quando você denuncia a uma grande empresa há um desequilíbrio de recursos”, explica. “Perde seu emprego, suas economias, e tem dificuldades para voltar a trabalhar no mesmo setor. O dinheiro começa a ser um problema. Meus filhos e minha esposa me compreenderam e me ajudaram muito. Somos católicos, e a religião desempenhou um papel importante ao me proporcionar um contexto moral para medir minhas ações. Mas é uma experiência muito solitária”.

mais informações

Foxley decidiu entrar em contato com outras pessoas que tinham passado pela mesma situação. Montaram uma estrutura para oferecer apoio mútuo e lutar por mudanças legais que protejam quem decide dar esse passo. O Whistleblowers UK – que não é a única organização deste tipo no Reino Unido – faz tudo isso online, com um software que transfere as chamadas entre os sócios e as oculta. Nem mesmo tem uma sede física e é financiado com doações.

A entidade recebe em média dez chamadas por dia, de diferentes países. “Primeiro esclarecemos que tudo o que dirá é confidencial e oferecemos a possibilidade de permanecer no anonimato”, explica. “Dizemos que nossos conselhos vêm da experiência, que nós também passamos por isso. Conforme o setor de procedência, seja Educação, Saúde, Igreja, colocamos a pessoa em contato com denunciantes do mesmo setor. Pomos ao seu dispor nossos conselheiros jurídicos e terapêuticos. E temos uma lista de contatos de jornalistas de diferentes veículos de imprensa”.

O Whistleblowers UK propõe criar uma espécie de escritório do denunciador. “Um ombudsman independente, com representantes em cada setor da sociedade, com recursos e poderes para investigar”, explica Foxley. “As multas impostas às organizações serviriam para financiá-lo e para indenizar aos pessoas que decidem dar esse passo”.

O que caracteriza essas pessoas, diz Foxley, é que atuam “de boa fé”. “Em determinado momento, não vemos outra opção a não ser denunciar uma situação injusta”, explica. “Eu, em minha vida normal, se vir alguém atacando a uma pessoa, tentarei detê-lo. Se vir alguém roubando, irei atrás dele. É a mesma coisa. Por que fiz o que o fiz? Porque era o certo”.

Terapia para dedos-duros | Internacional | EL PAÍS Brasil

19/01/2015

Jogando gasolina no fogo da liberdade de expressão

Dados que explicam o ódio ao Irã

IrãnEstou lendo Antologia da Asneira no Século XX e eis senão quando me deparo, no verbete França, com a seguinte frase atribuía ao cineasta Jean Vautrin: “Se a imbecilidade fosse gasolina, poderíamos passar sem os árabes.” São pelo menos duas afirmações numa única frase. A imbecilidade continua tão grande quanto à variedade de queijos que tornava  a França, segundo De Gaulle, ingovernável. A outra diz respeito ao sentido utilitário que a Europa em geral, e os franceses em particular, têm dos árabes. (A começar por relações, em todos os sentidos, com Muammar Kadafi…)

Tenho lido respeitáveis analistas a respeito do atentado terrorista ao hebdomadário Carlos (Charlie Hebdo). As análises variam segundo se toma o geral ou o particular. No  particular, as mortes ceifadas pelo terror. No geral, o uso coletivo da oportunidade de defender o direito à liberdade de caricaturizar o profeta Maomé. Restringir-se apenas a estes aspectos não explica porque de, repente, os que mais abrem processos, como Ali Kamel, contra quem ousa divergir.

De repente o Primeiro Ministro inglês, David Cameron, não só discorda do Papa em relação ao respeito que se deve dar às religiões, como também se dá ao direito de justificar ataque às religiões. A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes deveria ser o suficiente para entender o verdadeiro alcance da declaração de Cameron. Tem-se liberdade para atacar a religião, sem qualquer risco. Mas qual é a liberdade de ser brasileiro de mochila nas constas no metrô diante da paranoia inglesa? Logo os ingleses que, passados 400 anos das ordenações feudais, da Idade Média, continuam escolhendo para representar-lhes o berço, a genética. E isso que dá para duvidar, com um bom exame de DNA, que a linhagem tenha permanecido pura… O caso do filho da amante de FHC, Miriam Dutra, nos é suficiente para maiores conclusões. Que democracia é essa que o simples fato de nascer de determinada família lhe outorga poderes sobre os demais? Ora, dar à casta real o poder de indicar o primeiro-ministro e dissolver o parlamento interessa à uma elite que se perpetra à margem da influência real. Só Shakespeare tinha dúvida(to be or not to be), mas, depois do affaire da Diana com o magnata de origem sírio-egípcia, a única coisa real na família é a infidelidade e o poder de castas.

Portanto, falar em liberdade de ridicularizar as religiões, quaisquer que sejam elas, é apenas álibi de de bom serviçal dos EUA. Afinal, não foi na Inglaterra que a liberdade de expressão, de Rupert Murdoch, sofreu a maior derrota?! Não é em Londres que Julian Assange está refugiado na Embaixada do Equador devido a perseguição que nega exatamente a liberdade de expressão? E nem se fale em Bradley Manning ou Edward Snowden

Quando dos famosos cables(documentos) vazados pela equipe de Julian Assange, WikiLeaks, um foi suficientemente claro em como os EUA e seus capachos constroem a hegemonia. A CIA buscava instigar no Brasil conflitos religiosos.

Embora tenha sido seminarista por seis anos, não sigo nenhuma religião, mas há um ditado romano que dá ideia de como se constrói boas relações entre os povos: “em Roma, como os Romanos”. Em terra estrangeira, respeite os costumes dos locais.

E aí volto, ao começo. Por que esta necessidade de se atacar o Profeta Maomé, mas não atacar os deuses orientais, da Índia e China, ou mesmo Japão? Simples. Mais do Maomé é a gasolina o combustível que move a liberdade de expressão ocidental… Como disse aquele Sheik “A Idade da Pedra não acabou pela falta de pedra, e a Idade do Petróleo irá acabar muito antes que o mundo fique sem petróleo”. A ganância ocidental tem feito de tudo para tornar verdadeira a frase do Sheik Ahmed Zaki Yamani.

Quando colaborava com o Observatório da Imprensa, o jornal Zero Hora fez um editorial me ameaçando com “medidas judiciais cabíveis”. São estes capachos dos EUA que agora defendem a liberdade de ofensa.

Os grupos de mídia e o desrespeito às religiões

dom, 18/01/2015 – 06:00 Atualizado em 18/01/2015 – 17:58

Luis Nassif

Em meados dos anos 90, um bispo evangélico chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa da TV Record. Houve comoção nacional. A Globo aproveitou o incidente para conduzir uma feroz campanha contra o bispo e a Record.

O episódio resultou na demissão do bispo, no seu afastamento da sua igreja e em pedido de desculpas da Record.

Em Paris, o jornal “Charlie Hebdo” publica uma charge do profeta Maomé. Segue-se o atentado terrorista. A reação francesa foi uma nova edição do jornal com uma nova charge do profeta.

Nem se discute sobre o atentado: é um ato terrorista que deve ser condenado exemplarmente. O que se discute é sobre os limites da liberdade de expressão.

***

No Brasil, os mesmos grupos de mídia que conduziram a campanha contra a Record levantaram-se em defesa da liberdade absoluta de expressão. E aproveitaram oportunisticamente do episódio para combater qualquer forma de regulação. Regulação, aliás, em curso em todos os países desenvolvidos.

***

Vamos por partes.

Não se pode comparar a forma de expressão individual de um artista, ou mesmo de um grupo em seu meio, com a penetração de um grupo de mídia, ainda mais daqueles montados em cima de concessões públicas.

A escala é totalmente diferente. Os grupos de mídia atingem milhões de pessoas, forjam o pensamento de vastas camadas de leitores ou telespectadores. Especialmente no Brasil, detém um poder de cartel imbatível.

Por isso mesmo, tem que existir limites à sua atuação. Mas uma visão vesga do Judiciário não entende essas características e tende a colocar todos os abusos ao abrigo do conceito de liberdade de imprensa.

***

Tome-se a própria Record.

Anos atrás, conduziu uma campanha pesada contra as religiões afro. O Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma ação exigindo reparação, na forma de um programa produzido por lideranças negras, reparando os danos à imagem do negro e da religião.

Montou-se um programa digno, sem ataques à Record, mas explicando a natureza das religiões afro.

Não se conseguiu essa reparação. A sentença – absurda – dava à Record a liberdade total de veicular o que quisesse, sem que os atingidos tivessem direito à resposta.

Não há diferenças: o chute na santa, a charge do profeta, o ataque às religiões afro são atentados à religião. Por que esse tratamento diferenciado, de enaltecer o direito de Charlie Hebdo em satirizar o profeta, tirar o direito do bispo da Record de chutar a santa e conferir à mesma Record o direito de avacalhar às religiões afro?

A diferença está na ponta atingida: depende da maior ou menor influência do grupo atingido, em relação ao agressor.

***

Confira-se:

  1. No episódio da santa, os católicos eram os atingidos e os evangélicos os agressores. Prevaleceu a maior influência católica.
  2. No episódio das religiões afro, atingidos foram os seguidores de religiões afro; agressores, os evangélicos da Record. Prevaleceu a maior influência dos evangélicos.
  3. No caso do Charlie, os atingidos eram muçulmanos.

***

Há algo de muito errado nessas métricas diferentes. Católicos, evangélicos, seguidores de religiões afro, todos merecem o respeito dos meios de comunicação. E os abusos devem ser coibidos, sim, pela Justiça.

E viva o Papa Francisco, o que melhor está entendendo esses tempos nebulosos.

Os grupos de mídia e o desrespeito às religiões | GGN

06/01/2015

A guerra dos López

E assim, sem mais nem menos, ficamos sabendo que Porto Rico é uma colônia dos EUA controlado sob extremo rigor. Quem ousa discordar, vai preso. Coisa de ditadura bolivariana, que prende qualquer opositor. Óscar López Rivera foi preso nos EUA por exigir, vejam só, a independência a Porto Rico…

E tem gente no Brasil que ainda vibra com os tanques na praça Paz Celestial da China… Será que eles vibrariam se soubessem que os EUA prendem quem se manifesta contra a ocupação de Porto Rico pelos EUA?

Vamos trocar de nomes, porque López é latino e gostaria de saber mais como funciona a liberdade de expressão made in USA. Alguém ainda lembra de Bradley Manning, de Edward Snowden, Julian Assange? Todos cidadãos norte-americanos que ou apodrecem na prisão ou tiveram de fugir para não apodrecerem.

É assim que funciona a liberdade de expressão made in USA. Chega ser até engraçado que os EUA se sirvam de vira-bostas espalhados pela imprensa mundial para exigirem que seus adversários não prendam opositores.

Os EUA não só prendem como mandam matar quem quer que seja que se atravesse em seu caminho. Fazem guerras, revoluções, matam, assassinam, estupram, urinam sobre cadáveres, usam prostitutas e não pagam.

Toda guerra, desde o século passado, só existiu com participação dos EUA. As recentes revoluções no Oriente Médio decorrem da “democracia made in USA”: Líbia, Egito, Ucrânia, Síria….

 

EUA rejeitam troca por opositor venezuelano

Nicolás Maduro disse que só daria indulto a Leopoldo López após porto-riquenho ser solto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

Os Estados Unidos rejeitaram, nesta segunda (5), soltar Óscar López Rivera, preso nos EUA desde 1981 por militar pela independência de Porto Rico, em troca da libertação do opositor venezuelano Leopoldo López.

O Departamento de Estado americano, por meio da porta-voz Jen Psaki, disse que os dois casos não são comparáveis e que as declarações do presidente Nicolás Maduro aumentam as suspeitas dos EUA de que a Justiça venezuelana não seja independente.

A sugestão da troca foi feita por Maduro no domingo (4), ao criticar o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, por ele ter lhe pedido a libertação do opositor.

A ideia também foi rechaçada pela mulher de López. "Maduro, essa não é uma questão de troca, é uma questão de justiça", afirmou Lilian Tintori no Twitter.

Tintori disse que a proposta do presidente é um reconhecimento de que López "é um preso político de seu regime" e que "não há independência dos Poderes" no país.

Também o prefeito de El Hatillo, David Smolansky, membro do partido fundado por López, o Vontade Popular, criticou a proposta: "Leopoldo não pode ser trocado como um terrorista", disse.

PROTESTO

Por meio de seu advogado, López disse que não comparecerá às audiências de seu julgamento, que seria retomado nesta segunda (5), enquanto a Justiça não decidir sobre sua libertação.

A recusa de López, assim como a ausência de um dos outros quatro acusados no caso –um estudante que alegou dor de cabeça–, fez com que a sessão fosse adiada para o dia 13 de janeiro.

A Corte de Apelações da Venezuela delibera sobre dois recursos apresentados pela defesa de López para que ele seja julgado em liberdade.

Segundo o advogado do opositor, Juan Carlos Gutiérrez, a Justiça vem continuamente desrespeitando pactos internacionais de direitos humanos dos quais a Venezuela é signatária. A ONU, entre outras entidades, critica há meses a prisão de López.

Gutiérrez também informou que ele está "bem de saúde" e "produzindo muitos projetos para o futuro da Venezuela".López foi preso em fevereiro, quando começou uma onda de protestos antigoverno. Ele foi acusado de incitar violência e danificar propriedades.

16/12/2014

Perseguição é cerco obsessivo à Petrobrás

Petroleo guerraTão logo foi anunciada a descoberta do Pré-Sal os bombardeios contra a empresa foram abertos pelos órgão finanCIAdos pelas sete irmãs.

Nada de novo, pois o que não se diz é que a entrega até já tinha sido selada quando da tentativa de transformação de Petrobrás em Petrobrax.

As informações acabam se encaixando como num jogo de lego. Durante a campanha eleitoral o principal porta-voz do Aécio Neves, como se fosse o verdadeiro articulador, foi FHC. Agora vaza a informação que Aécio já o tinha nomeado para Chanceler do seu ex-futuro governo. Há outras coincidências todas apontando para o norte. Na campanha de 2010, enquanto José Serra se fazia de bolinha de papel FHC fazia pré-venda da Petrobrás em convescote em Foz do Iguaçu. Aliás, o WikiLeaks já havia filtrado um “cable” em que a CIA recrutava intensamente segmentos da mídia que trabalhavam pelo esfacelamento da Petrobrás e a consequente entrega às petrolíferas norte-americanas. Como Serra perdeu, a Petrobrás ganhou uma sobrevida na primeira gestão da Dilma.  De repente a Polícia Federal e o Ministério Público Federal obtém com certa facilidade acesso à informações que muito bem poderiam ter sido previamente plantadas pela CIA. Conseguem pegar todas as empreiteiras atuando de forma cartelizada, como o fazem em tudo, desde a ditadura. A mesma forma cartelizada com que atua o Instituto Millenium em relação aos seus a$$oCIAdos, ou alguém obtém das cinco irmãs (Veja, Globo, Folha, Estadão, RBS) informação sobre as falcatruas da outra? Quem das cinco irmãs divulgou a milionária sonegação da Globo?!

A batalha pela entrega da Petrobrás pode dar sobrevida aos grupos mafiomidiáticos. O cartel das empreiteiras é irmão siamês do cartel da velha mídia. A atuação foi e continua sendo conjunta, tanto que todas as denúncias são contra o Governo Federal, sem qualquer condenação aos grupos empresariais. Aliás, método exatamente oposto ao que acontece com a cartelização nos metrôs de São Paulo. Enquanto na Petrobrás a culpa é do Governo Federal, tremsalão o partido envolvido nunca aparece, nem seus principais dirigentes. E isto que as justiças onde se situam as matrizes da Alstom e Siemens já as condenaram. Inclusive, Robson Marinho continua comandando o Tribunal de Contas de São Paulo. Imagine o que aconteceria se acontecesse com um petista saído da Petrobrás comandando o TCU….

NSA, do Edward Snowden, estava dentro da Petrobrás, provavelmente armazenando as informações que seriam utilizadas a qualquer momento. A versão, qualquer que seja, desde que atenda aos interesses de esfacelar e entregar a Petrobrás pode facilmente ser montada pela CIA. Vide o que fizeram com as armas de destruição em massa do Iraque. Ou teria sido por outro motivo que o atual bombardeiro contra a Petrobrás tenha começado em Pasadena, nos EUA?!

A maneira indisfarçada com que o pessoal do Instituto Millenium festejam a queda do preço das ações da Petrobrás é sintomático. Até porque ninguém as viu festejarem quando as ações estavam alcançando valores estratosféricos que comprovaria a atual queda…

 

Petrobras cai 9% e fica abaixo de R$ 10 pela 1ª vez desde 2004

Papel da estatal teve maior queda desde outubro e chegou a ter negociação suspensa

Falta de balanço do 3º trimestre é um dos motivos para queda; dólar tem maior valor desde março de 2005

ANDERSON FIGODE SÃO PAULO

A decisão da Petrobras de adiar mais uma vez a divulgação do balanço do terceiro trimestre, na sexta (12), derrubou com força os papéis da estatal, que baixaram do patamar dos R$ 10 pela primeira vez em mais de dez anos.

As ações preferenciais da companhia, as mais negociadas, caíram 9,2% nesta segunda-feira (15), a maior queda desde 27 de outubro, primeiro pregão após a eleição que deu a vitória para a presidente Dilma Rousseff. Os papéis terminaram o dia cotados a R$ 9,18, menor valor desde 14 de junho de 2004.

Como chegaram a cair mais de 10%, os papéis da Petrobras foram negociados em leilão durante um período. Esse mecanismo é automático –entra em vigor quando uma ação tem queda expressiva– e visa impedir uma desvalorização mais forte do papel.

As ações ordinárias (com direito a voto) caíram ainda mais: 9,94%, para R$ 8,52 –menor valor desde 5 de novembro de 2003.

Além da ausência de balanço e das denúncias de corrupção, pesaram para a desvalorização a queda no preço do petróleo na cena externa e o corte em recomendações de grandes bancos, como o Credit Suisse.

"Atualmente a maior preocupação da Petrobras é a publicação do balanço, pois sem resultado não há rolagem da dívida nem possível captação via ações", diz o analista Ricardo Kim, da XP Investimentos, em relatório.

Para Eduardo Velho, economista-chefe da gestora de recursos Invx Global, a aversão ao risco global deve continuar. "O movimento é mais estrutural (perene) do que conjuntural. Não se deve esperar recuperação dos preços das commodities. Com o dólar mais forte, elas devem continuar um patamar mais baixo nos próximos anos."

A derrocada das ações da Petrobras pesou no Ibovespa, principal índice da Bolsa, que fechou em queda de 2,05%, para 47.018 pontos, menor nível desde 19 de março.

Mas não foi só a Bolsa brasileira que teve um dia negativo. Os principais índices mundiais fecharam no vermelho, movidos pela preocupação com o petróleo, que ontem recuou mais 2%, para US$ 60. No ano, a cotação do barril caiu cerca de 45%.

Os mercado europeus estão entre os que mais sofreram: Frankfurt caiu 2,7%, Paris, 2,5%, e Londres, 1,9%.

No México, grande produtor de óleo, a queda foi de 3,3%, e, na Bolsa da Argentina, o recuo foi de 8,3%, influenciada pelo desempenho da Petrobras no país.

DÓLAR

No câmbio, o dólar à vista, referência no mercado financeiro, subiu 0,97%, para R$ 2,688 na venda –maior cotação desde 29 de março de 2005. O dólar comercial subiu 1,28%, para R$ 2,685, valor mais elevado desde 29 de março de 2005.

 

Ataque a Petrobras na Bolsa tem nome: entreguem o pré-sal

15 de dezembro de 2014 | 17:36 Autor: Fernando Brito

presal

O ataque especulativo que as ações da Petrobras estão sofrendo tem um significado muito claro.

Não corresponde, em hipótese alguma aos “perigos” que os desvios de recursos produzidos por Paulo Roberto Costa e Cia possam ter produzido.

Mesmo que tenham atingido o bilhão de reais que a mídia acena, isso não corresponde, sequer, a um mês de lucro da companhia.

Há razões objetivas óbvias para a queda que passam muito longe deste motivo: a queda de 40% no preço do petróleo no mercado internacional.

Que só é mencionada, nas análises de nosso jornalismo econômico muito en passant.

As perdas das petroleiras no mercado acionário são generalizadas. Chevron, Shell e BP caíram, desde outubro, algo em torno de 20%

Claro que as da Petrobras, com ataque desfechado contra a empresa, no último mês, ultrapassaram com folga as demais.

Qual é a chance que o mercado vê?

A primeira, é óbvio, é impor uma derrota a Dilma forçando-a a entregar a cabeça de Graça Foster, em nome de deter o vórtice onde o mercado está lançando a petroleira brasileira.

Mas isso é o tático. O estratégico é…

Deixo que O Globo responda, no editorial que publicou ontem.

“A política brasileira para o petróleo, extremamente concentrada na Petrobras, terá de passar por uma revisão. Há sinais que isso começará a ocorrer em 2015. A Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai propor ao Conselho Nacional de Política Energética uma rodada de licitações no ano que vem com uma oferta que englobe de 200 a 300 novas áreas destinadas à exploração. Após tantos anos sem rodadas ou com ofertas minguadas a potenciais investidores, 2015 pode marcar uma reviravolta na política do petróleo.”

Leiloar áreas petrolíferas, numa hora de depreciação do mercado é uma loucura que não pode ir em frente. Porque as petroleiras, que não estão dando conta de tudo o que investiram em exploração de novos campos na hora do petróleo em alta darão o que para assumirem novos compromissos? Nada, é claro, ainda mais tendo que se submeter a políticas de conteúdo nacional e prazos. Mas, aí, para atraí-las, revogam-se as primeiras e dilatam-se os segundos, não é?

Mas tem mais, querem ver?

“O próprio pré-sal também precisa de uma revisão nas regras de exploração de futuros blocos. O governo Lula instituiu o modelo de partilha de produção no pré-sal, tornando a Petrobras operadora única desses blocos, e com uma participação de no mínimo 30% no consórcio investidor. Na prática, ressuscitou o monopólio para essas áreas. Ambas as condições são inexequíveis para a realidade financeira e gerencial da Petrobras.(…)Ainda que mantenha o modelo de partilha para o pré-sal, o governo terá então de rever a obrigação de a Petrobras ser a operadora única dos futuros blocos e ter um limite mínimo de participação nos consórcios.”

Perto do que pretendem fazer com o petróleo brasileiro, Paulo Roberto Costa era ladrão de galinhas…

Ataque a Petrobras na Bolsa tem nome: entreguem o pré-sal | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

10/11/2014

Finalmente aparece o maior interessado nas denúncias contra a Petrobrás: EUA!

Pre-sal (2)Depois da informação de que, num convescote de Foz do Iguaçu, o PSDB oferecia, em caso de eleição, a Petrobrás à Chevron. Depois dos vazamentos de Edward Snowden de que os EUA espionavam a Petrobrás. Depois que de toda uma campanha dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium contra a Petrobrás, aparece enfim as garras do maior interessado: Tio Sam!

Não é mera coincidência que a CIA estivesse no seio de todas as grandes manifestações na Líbia, Egito, Ucrânia, Síria e Venezuela. São todos grandes produtores de petróleo e os EUA são especialistas em provocar distúrbios para tomarem, direta ou indiretamente, o poder nos países produtores de petróleo.

Nada de novo no front. Pelo contrário, segue a lógica dos interesses norte-americanos e seus ventríloquos brasileiros. TODOS CONTRA A PETROBRÁS!

EUA investigam corrupção na Petrobras

Controles internos da estatal são foco principal de investigação do Departamento de Justiça, diz ‘Financial Times’

Lei que inibe prática de corrupção por empresas americanas também pune companhias com ações em Nova York

DE SÃO PAULO

O Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu investigação criminal para examinar as suspeitas de que um esquema de corrupção desviou recursos da Petrobras para políticos e funcionários públicos, segundo o jornal britânico "Financial Times".

Advogados ouvidos pelo jornal disseram que o objetivo é apurar se houve falha nos controles internos da estatal brasileira, que tem ações negociadas na Bolsa de Nova York e por isso está sujeita à legislação americana.

A SEC, principal agência reguladora do mercado de capitais americano, também abriu investigação sobre a Petrobras na área cível, de acordo com o "Financial Times".

Conhecida pela sigla FCPA, a lei americana de combate à corrupção no exterior foi desenhada para punir empresas americanas que subornassem funcionários públicos para fazer negócios em outros países, mas também se aplica a companhias com ações negociadas nos EUA.

As investigações sobre corrupção na Petrobras tiveram início no Brasil em março, quando a Polícia Federal prendeu o ex-diretor de abastecimento da estatal Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef, apontado como operador de um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões.

Os dois aceitaram colaborar com a Justiça para tentar reduzir suas penas. Em seus depoimentos, disseram que ajudaram o PT e outros partidos da base aliada a montar um esquema de superfaturamento de obras e desvio de recursos da estatal.

As autoridades dos EUA querem saber se a Petrobras, seus funcionários, fornecedores ou intermediários violaram a lei americana, que prevê punições para fraudes em registros contábeis e controles internos das empresas.

A advogada brasileira Sylvia Urquiza, que já atuou em casos em que a legislação americana foi aplicada, disse que as penas podem chegar a multas pesadas e à prisão de executivos envolvidos.

Segundo a advogada, a maioria dos casos é resolvida por meio de um acordo entre o governo americano e as empresas, com o pagamento de indenizações milionárias.

Investidores também poderão recorrer à Justiça americana se acharem que tiveram prejuízo com as ações da Petrobras por causa da corrupção na empresa, afirmou o advogado Eduardo Boccuzzi. "As ações da Petrobras perderam 23% neste ano em Nova York", disse.

Procurada, a Petrobras não quis se manifestar. Há duas semanas, a companhia contratou dois escritórios de advocacia para aprofundar investigações internas, abertas sob pressão da PricewaterhouseCoopers, empresa de auditoria que analisa os balanços da estatal.

Colaborou Giuliana Vallone, de Nova York

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