Ficha Corrida

30/07/2016

Diferenças entre Brasil e Venezuela

As revelações do WikiLeaks a respeito do papel da boqueteira substituta de Monica Lewinsky, que pode, diante do pato Donald Trump, até vir a gozar de novo, dizem mais a respeito do Brasil do que da Venezuela e dos EUA. Qualquer pessoa dotada de um mínimo de discernimento sabe que, como na fábula da rã e do escorpião, é da natureza dos EUA a busca de submissão de qualquer país aos seus interesses. Até aí, nada de novo a respeito dos impérios. Uma frase de Porfirio Díaz é suficiente para comprovar isso: "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos." Falar sobre isso é chover no molhado.

Além do DNA do escorpião, os EUA também tem atração fata pelo petróleo. E o roteiro das guerras mais recentes, desde a derrubada do Xá Reza Pahlevi, passando pela invasão do Kwait, Iraque até as mais recentes  do Egito, Lívia, Ucrânia, Síria não é de estranhar que tenha tido papel crucial nas sucessivas tentativas de derrubar Hugo Chávez e agora Maduro. São todos países grandes produtores de petróleo.

E assim chega-se ao Brasil do Pré-Sal. Mas há aqui uma diferença substancial. Enquanto em relação aos outros países os EUA se obriga a agir de forma explícita e sub-repticiamente, com o Brasil se dá de forma absolutamente inversa. São os brasileiros que fazem comitiva para ir aos EUA oferecendo nosso Petróleo. Ficou famoso um convescote em Foz do Iguaçu quando José Tarja Preta Serra ofereceu a Chevron, caso fosse eleito, a Petrobrás. Não por acaso é da trupe que buscou mudar o nome para Petrobrax para torna-la mais atrativa, mais palatável ao paladar norte-americano.

O exército de vira-latas nacionais que peregrinam aos EUA, como faziam os sátrapas da antiga Pérsia, para oferecer o Brasil na bandeja pode ser visto pela TV, Rádio e Jornal todos os dias. Nossos quinta colunas são assumidos. Não têm a mínima vergonha de dizer que vão a Miami comprar ternos chineses. No Brasil adotam uma postura de fidalgos europeus, mas nos EUA são tratados como autênticos cucarachas made in Paraguai. Pior, gostam disso.

A pior das prostitutas têm mais dignidade que os nossos fundamentalistas que gozam só de virar a bunda pra meca imperialista. A sabujice, a subserviência aos interesses ianques é ativo da nossa plutocracia. O Google está aí para quem quiser saber quem são os que, por qualquer dá cá esta palha, praticam a arte de tirar os sapatos e arriar as calças ao Tio Sam. Nossos puxa-sacos peregrinam em busca de auxílio para melhor foder com o Brasil e os Brasileiros.

Se hoje temos uma cleptocracia provisória no Planalto, não é porque os EUA impuseram, mas porque é tudo o que nossas “instituições” tem a oferecer aos EUA em termos de capachismo.A diferença entre Brasil e Venezuela, com o perdão do vocabulário, é que enquanto os EUA fazem boquete na direita venezuelana, os nossos vira-latas fazem fila, cheirando um a bunda do outro, para fazerem boquete no Tio Sam.

Emails de Clinton revelam sabotagem contra a Venezuela

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Enquanto Hillary Clinton publicamente acolheu o aprimoramento das relações com a Venezuela como secretária de Estado, ela reservadamente ridicularizou o país e continuou a apoiar os esforços de desestabilização, como revelou seus emails vazados pelo WikiLeaks; em 2010, Clinton perguntou a Arturo Valenzuela, então secretário assistente de Estado de Relações Ocidentais, como "reinar sob Chávez". Valenzuela respondeu que, "precisamos considerar com cautela as consequências em confrontá-lo publicamente mas devemos avaliar as oportunidades de outros na região ajudarem"

30 de Julho de 2016 às 07:16 // Receba o 247 no Telegram

Da Carta Maior Enquanto Hillary Clinton publicamente acolheu o aprimoramento das relações com a Venezuela como secretária de Estado, ela reservadamente ridicularizou o país e continuou a apoiar os esforços de desestabilização, como revelou seus emails vazados pelo WikiLeaks.

Em 2010, Clinton perguntou a Arturo Valenzuela, então secretário assistente de Estado de Relações Ocidentais, como "reinar sob Chávez". Valenzuela respondeu que, "precisamos considerar com cautela as consequências em confrontá-lo publicamente mas devemos avaliar as oportunidades de outros na região ajudarem".

Sua resposta estava alinhada com a estratégia da embaixada norte-americana em 2006, também revelada nos telegramas da inteligência do WikiLeaks: "uma proximidade criativa dos EUA até os parceiros regionais de Chávez irá desencadear um abismo entre eles e Chávez", disse o telegrama confidencial da embaixada. "Nos recusando a levar a sério cada surto de Chávez, vamos frustrá-lo ainda mais, pavimentando o caminho para mais erros Bolivarianos. Também abrimos espaço para que outros atores internacionais respondam".

A Espanha estava entre os países dispostos a ajudar os EUA em sua estratégia subversiva de relações exteriores. A ex-secretária de Estado, Madeleine Albright, passou a mensagem da administração do primeiro ministro conservador, Mariano Rajoy, em 2012, expressando intenções de "reorientar a política estrangeira da Espanha para que possa trabalhar com a dos EUA na América Latina, especialmente na Venezuela e em Cuba … Com o aparecimento de uma transição em Cuba e algo significante na Venezuela (e possivelmente nos Andes), uma relação forte de trabalho entre os EUA e a Espanha seria de grande ajuda".

Se tratando de reuniões regionais, Clinton estava especialmente preocupada com a Venezuela. Respondendo a uma declaração da ONU contra o golpe de Honduras em 2009 – que ela apoiou – Clinton mudou de assunto para a Venezuela: "Ok – mas eles já condenaram a Venezuela por negar liberdade de imprensa?" ela escreveu para o chefe de gabinete assistente, Jake Sullivan.

Ele respondeu: "eu duvido muito. E isso é só a ponta do iceberg", ao que Clinton escreveu, "Ah, esse iceberg proverbial". Clinton foi cautelosa em não responder a todas as "artimanhas" de Hugo Chávez, mas sua equipe insistiu que as políticas venezuelanas eram uma ameaça aos interesses estadunidenses.

Um e-mail aconselhando como gastar os fundos da Agência Estadunidense de Desenvolvimento internacional (USAID) sugeriu fortemente frear o apoio a estados de esquerda como Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba porque o dinheiro "poderia prejudicar um desenvolvimento democrático real ao entregar ‘propriedade’ a populistas centralizadores".

Clinton deveria usar linguagem como "’propriedade local’ de um modo sutil" para evitar que suas palavras sejam "usadas contra ela por demagogos e cleptocratas", disse o e-mail. Quaisquer fundos canalizados em tais estados não confiáveis, adicionou o e-mail, deve ser acompanhado de "mudanças de comportamento humano".

Ajuda internacional para a Venezuela foi deslocada, mas transmissões para contrariar "propaganda" local foram amplificadas.

O Conselho de Transmissão de Governantes (BBG) – que comanda as estações Marti, Voz da América, Rádio Livre Europa/Rádio Liberdade, Rádio Livre Ásia e as Redes de Transmissão do Oriente Médio – exigiram mais financiamento em um e-mail de 2010 enviado para Clinton para "combater os esforços de diplomacia pública para os inimigos da América, os quais ele (presidente Walter Isaacson) identifica como Irã, Venezuela, Rússia e China".

O BBG, com um orçamento anual de $700 milhões – agora em $750 milhões – estava "encarando uma competição crescente de incursões de outros governantes na transmissão internacional … incluindo a TeleSur da Venezuela".

Um mês depois, quando o Conselho estava sofrendo com cortes, a senadora da Flórida, nascida em Cuba, Ileana Ros-Lehtinen sugeriu que os recursos fossem focados em países de alta prioridade como Cuba, Venezuela e Equador. "Que a diversão comece – e vamos continuar com nossos planos", respondeu Clinton.

Outro e-mail vazado da agência de inteligência, Stratfor, descreveu o BBG como "responsável pelas agressões via TV e rádio contra Cuba", que recebeu sua própria categoria de financiamento estatal de quase $40 milhões. O Conselho se separou do controle do Departamento de Estado em 1999, se tornando oficialmente uma agência independente. "O Congresso concordou que a credibilidade do sistema de transmissões internacional dos EUA era crucial para sua efetividade como ferramenta diplomática", de acordo com o orçamento de 2008 do Congresso sobre operações estrangeiras.

Enquanto agia com frieza e desprezo com a Venezuela, Clinton era gentil com ‘jogadores’ da América Latina que se opunham às políticas de esquerda do país. Sua conselheira e chefe de gabinete, Cheryl Mills, a enviou uma recomendação para que Mari Carmen Aponte fosse apontada como embaixadora dos EUA em El Salvador. Aponte, notou o e-mail, "lutou consistentemente contra os esforços de Cuba e da Venezuela para ganhar influência na América Central e como resultado de suas habilidades de negociação, os EUA e El Salvador irão abrir um centro de monitoramento eletrônico novo e conjunto que será uma ferramenta para lutar contra crimes transnacionais".

Ela ganhou a indicação e depois se tornou secretária de Estado assistente de Relações Ocidentais.

Clinton também foi bombardeada por dizer, "estamos ganhando!" quando a oposição venezuelana ganhou a maioria de assentos no parlamento em 2015 e por servir como secretária de Estado enquanto a Administração Nacional de Segurança (NSA) espionava regularmente e Venezuela.

Créditos da foto: Tech Sgt. Cohen A. Young

Emails de Clinton revelam sabotagem contra a Venezuela | Brasil 24/7

29/07/2015

O golpe paraguaio será midiático

Houve um verão em que se capturava um presidente mediante o uso de uma amante. Era o tempo em que o dito cujo era traído até pela amante e seus diplomatas tinham de tirar os sapatos para entrarem nos EUA.  Foi quando seus mentores da Rede Globo promulgaram, via Parabólica, a Lei Rubens Ricúpero.

Os mesmos grupos que fizeram editorial saudando a chegada da ditadura, esconderam os comícios pelas Diretas-Já continuam sabotando a democracia, seja oferecendo estatuetas compradas com dinheiro sonegado, trocando informação por dinheiro. A criminalização dos movimentos sociais, o ódio de classe está tatuado na paleta dos assoCIAdos do Instituto Millenium.

Foi assim no golpe na Venezuela (A Revolução Não Será Televisionada), e na Argentina, o que obrigou Cristina Kirchner a promulgar a lei de Médios. O Grupo Clarín, assim como o Globo, se locupletou com a ditadura. Na democracia encontrou o enfrentamento de um governo, ao contrário do Brasil, que lutou pela democratização de acesso à informação. Assim, ao contrário da Argentina, por não termos enfrentado como deveria o monopólio dos grupos mafiomidiáticos, estamos mais sujeitos ao golpe paraguaio. Na Argentina, a partir do momento que a Lei de Médios foi promulgada, o golpismo diminuiu.

Ou o Brasil acaba com o monopólio das cinco famílias (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirostsky) ou estas cinco famílias ainda vão reimplantar a ditadura.

Ignacio Ramonet: Maior batalha da esquerda na América Latina é contra ‘golpe midiático’

Pedro Aguiar | Quito – 24/07/2015 – 08h00

Ao abrir evento que comemora os dez anos de existência da emissora Telesur, jornalista falou sobre comunicação e avanço da esquerda na região

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O maior confronto enfrentado na América Latina atualmente é “a batalha midiática”, desde pelo menos o ano de 2002, quando a tentativa frustrada de derrubar Hugo Chávez na Venezuela deu início a um novo tipo de golpe de Estado, o “golpe midiático”, transferindo aos meios de comunicação privados o papel de partido político nas oposições aos governos da “guinada à esquerda”.

A avaliação foi feita pelo jornalista e professor Ignacio Ramonet, ex-editor do jornal Le Monde Diplomatique, na palestra de abertura do congresso “Comunicação e Integração Latino-Americana”, realizado entre os dias 22 e 23 de julho em Quito, capital do Equador.

Organizado pelo Ciespal (Centro Internacional de Estudos Superiores da Comunicação para a América Latina), o evento comemora nesta sexta-feira (24/07) os dez anos de fundação da Telesur, canal multinacional de televisão mantido por diversos governos da região. Fundada por iniciativa de Chávez três anos após o golpe fracassado, a emissora nasceu com o papel de promover uma alternativa na cobertura das notícias latino-americanas, feita por jornalistas e comunicadores da própria região.

Agência Andes (arquivo/2012)

Ex-editor do ‘Le Monde Diplomatique’, Ignacio Ramonet é jornalista e professor espanhol radicado na França

“Nos últimos 15 anos, todos os governos progressistas que chegaram ao poder democraticamente na região vêm sendo mantidos por via eleitoral. Nenhum deles foi derrotado nas urnas. Por isso, a resistência à mudança vem sendo cada vez mais brutal, apelando para novos tipos de golpes, alguns com fachada judicial, parlamentar, e sempre com forte ajuda da mídia”, disse Ramonet, lembrando os casos do Paraguai, Honduras e investidas recentes na Argentina e no Brasil.

Ao lado de Ramonet, a presidente da empresa, Patricia Villegas, lembrou que as principais coberturas do canal até agora foram justamente em países que não participam do consórcio, como a campanha militar contra a guerrilha das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o golpe contra o presidente Manuel Zelaya, em Honduras, em 2009.

“Naquele momento, o mundo só pôde acompanhar o que acontecia em Honduras, minuto a minuto, graças ao sinal da Telesur. Porque as emissoras privadas globais ou não estavam lá, e as que estavam preferiam ignorar”, disse.

Para Ramonet, o grande mérito da Telesur ao longo dessa década foi oferecer “uma outra leitura” sobre os acontecimentos da América Latina e do mundo, fugindo das perspectivas de redes privadas como CNN e Fox News que, para ele, seguem praticamente a mesma linha.

“Estou convicto de que a CNN vai desaparecer, não por falta de capital, mas por falta de audiência”, previu Ramonet, falando por teleconferência desde Caracas para a plateia de jornalistas, intelectuais e estudantes reunida no auditório equatoriano. “A Telesur não tem concorrência. Esse é o sonho de qualquer canal. Porque as outras fazem mais ou menos a mesma coisa”.

‘Convergência digital’

Segundo o jornalista — que é espanhol mas vive radicado na França desde 1972 —, a maior mudança na comunicação nos últimos dez anos foi a integração das várias plataformas, a chamada “convergência digital”: smartphones, tablets e computadores, que roubaram da televisão o posto de tela principal da mídia. E, se antes as inovações tecnológicas estouravam primeiro nas cidades ricas da Europa e dos EUA, aponta Ramonet, agora já são disseminadas simultaneamente nas grandes metrópoles da América Latina e de outras regiões em desenvolvimento.

“As novas plataformas abandonam a continuidade que obrigava o espectador a assistir tudo linearmente; agora ele pode ver o que quiser, na ordem que quiser. Os canais que se adaptarem melhor são os que têm mais chance de sobreviver”, aponta.

Patricia Villegas enfatizou que a adaptação às novas plataformas é uma de suas maiores preocupações da Telesur. “Não adianta fazer conteúdos-espelho, que se repetem de forma idêntica na TV, na web, no Facebook, no Twitter. Os conteúdos precisam ser complementares e diferentes, porque o público os consome de formas diferentes”, disse ela.

Divulgação/Ciespal

Congresso intitulado ‘Comunicação e Integração Latino-Americana’ acontece em Quito, capital equatoriana

Além do décimo aniversário, completado nesta sexta-feira, dia 24 de julho, a Telesur celebra também um ano desde o início da produção de conteúdos em inglês. “Não estamos traduzindo informações, mas produzindo diretamente em inglês”, enfatizou Patricia Villegas. Segundo ela, a entrada na esfera anglófona sinaliza a intenção da empresa em ampliar sua presença global. Por enquanto restrita ao site e às redes sociais, a Telesur em inglês espera iniciar em breve transmissões também como canal de televisão, com sede em Quito.

Sul geopolítico

“Na América Latina, vários intelectuais e lideranças políticas têm o vício de só ver a relação regional com o ‘gigante do norte’, os Estados Unidos. Mas também é extremamente importante considerar nossa relação com a China, a África, o Oriente Médio. A Telesur tem a tarefa de transportar a missão progressista da América Latina para o resto do mundo”, disse Ramonet.

Justamente por isso, Villegas diz que o canal continua expandindo seu universo de pautas para outras regiões, como o ataque da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte, a aliança militar ocidental) na Líbia, em 2011, e mais recentemente na crise financeira da Grécia, quando o canal enviou jornalistas para Atenas e investiu na cobertura ao vivo. “Às vezes perguntam aos nossos repórteres: ‘O que vocês estão fazendo aqui?’. Estamos aqui porque a nossa ideia de ‘sul’ não é apenas geográfica, mas principalmente geopolítica. Enxergamos a informação como um serviço, e não como mercadoria”.

“Durante muito tempo na América Latina, o jornalismo era um privilégio das emissoras privadas, e as TVs públicas ficavam relegadas à programação educativa, cultural e folclórica. Daí a importância de investir em produzir informação numa tela pública. Não se trata de um monólogo do Estado, mas de dar voz também aos grupos comunitários, como indígenas e afrodescendentes, contra a folclorização dessas comunidades”, concluiu Patricia Villegas.

Da teoria à prática

A proposta do congresso em Quito é ser não apenas acadêmico, mas também proporcionar a troca de experiências práticas em jornalismo e gestão de mídia voltada para a integração regional, ambos sob uma perspectiva crítica. A ideia é que professores, intelectuais e estudantes de fato dialoguem com jornalistas, diretores de emissoras e agências de notícias e gestores públicos do setor.

“É fundamental a teoria que reflete sobre a prática para dar-lhe sentido e compreender melhor a realidade para fazer diferente”, comentou Ramonet.

O diretor do CIESPAL, o espanhol Francisco Sierra, lembrou na fala de abertura que a tentativa de descrédito sobre a Telesur e outras mídias públicas, assim como contra as iniciativas de regulação e democratização da mídia pelos governos da “guinada à esquerda”, lembra muito o ataque da mídia privada feito contra a campanha da Nova Ordem Mundial da Informação e Comunicação (NOMIC) e o Relatório MacBride da Unesco (Órgão da ONU para Educação, Ciência e Cultura), entre os anos 70 e 80.

Ele recordou o legado do comunicólogo boliviano Luis Ramiro Beltrán, falecido na semana passada, que não apenas teorizou sobre a comunicação latino-americana, mas ajudou a promover fóruns e encontros internacionais para criar iniciativas práticas de alternativas midiáticas na região naquela mesma época.

Nos dois dias do evento, que reuniu mais de 400 pessoas, também estarão presentes outros nomes do pensamento crítico da região, como o argentino Atilio Borón, do Clacso (Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais), e o colombiano Omar Rincón, do Ceper (Centro de Estudos de Jornalismo, em espanhol). Mais de 100 trabalhos acadêmicos foram inscritos para apresentação. Entre eles, o do geógrafo André Pasti, doutorando pela Universidade de São Paulo, que discutirá a trajetória das lutas pela democratização da comunicação no Brasil.

“É importantíssimo aprendermos e nos inspirarmos com os processos de democratização da comunicação em curso em outros países da América Latina. O congresso permite esse diálogo”, disse Pasti a Opera Mundi.

Leia abaixo a carta que o líder cubano Fidel Castro enviou à Telesur em comemoração ao décimo aniversário da emissora:



21/06/2015

Milagre, do ovo da serpente nasceram gêmeos

rbs lasier-ana-amelia-rbs-eleicoes-rio-grande-do-sulPor que os filhotes da RBS não usam o púlpito do Senado para denunciar as empresas pegas na Operação Zelotes, Operação Pavlova ou na Lista Falciani do HSBC? Por exemplo, o que Ana Amélia Lemos tem a dizer a respeito do PP gaúcho, seu partido, pego inteiro e por completo na Operação Lava Jato? O que Lasier Martins tem a dizer a respeito do envolvimento de seu partido nas falcatruas da Assembleia Legislativa Gaúcha?!

O correligionário de Lasier Martins, Gilmar Sossella foi cassado pelos malfeitos praticados na campanha eleitoral. Lasier, como jornalista metido a saber e ter opinião sobre tudo, sabia das práticas de seu colega? Se sabia e nada fez, é cúmplice. Se não sabia, é ignorante. Mas é uma ignorância conveniente típica de funcionário da RBS.

Era uma vez um deputado chamado Diógenes Basegio que tinha um Gatto, mas o gato, nas palavras do Gatto era ele, Basegio. Dúvida shakespeariana, qual dos dois é mais gato? Com a palavra o filhote da RBS, Lasier Martins. Mas o silêncio fala mais alto.

Os filhos gêmeos da RBS poderiam falar a respeito das Operações Leite Compensado, Queijo Condensado. Contra bandidos que envenenam alimentos, os dois acocam. Sempre que aparece alguém metido em falcatrua no sul os dois desnorteiam. Para não falar dos patrões e de seus financiadores ideológicos, os dois imaturos representantes da manada bovina gaúcha atacam Maduro.

Senadores gaúchos Ana Amélia e Lasier Martins se associam a pataquada do Aécio e dos três patetas na Venezuela

Published junho 20, 2015

Lasier Ana AméliaProposta da senadora Ana Amélia conseguiu apoio de apenas 27 senadores, entre os quais Lasier Martins
Com informações da  Agência Senado

A senadora Ana Amélia (PP-RS) propôs ao Plenário do Senado nesta quinta-feira (18) uma moção de repúdio ao tratamento recebido pela comitiva de senadores brasileiros em missão na Venezuela. Apesar de não obter o apoio de 27 dos senadores (um terço dos 81) para votação no Plenário, como prevê o Regimento Interno, a proposta foi acatada e encaminhada às autoridades venezuelanas.

Comentário do Blogueiro: Na verdade a Ana Amélia chamou de “moção”, mas é uma cartinha assinada por ela e meia duzia de Senadores, já que não foi homologada pela ampla maioria dos senadores. Com esta ridícula “moção”, Ana Amélia e Lasier Martins, que apoiou, como se pode ver nesta matéria da Agência Senado, se associam a pataquada do demo tucanato na Venezuela.

O líder do governo, Delcídio do Amaral (PT-MS), foi um dos senadores que resistiu à aprovação da proposta. Ele reiterou que já havia feito contato com o Palácio do Planalto e com os ministros da Defesa, da Justiça e das Relações Exteriores. O parlamentar considerou suficiente a nota do presidente do Senado, Renan Calheiros, condenando os acontecimentos narrados pelos senadores da comitiva.

— Acho que com qualquer outro tipo de atitude, sem que tomemos um conhecimento claro do que efetivamente aconteceu, poderemos estar nos precipitando desnecessariamente — disse Delcídio, sem descartar medidas mais incisivas se houver confirmação de “algo efetivamente grave”.

O primeiro-vice-presidente do Senado, Jorge Viana, também avaliou que a nota divulgada por Renan seria suficiente. Ele acrescentou que, segundo relatos do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a Venezuela estava recebendo hoje da Colômbia um acusado de matar um parlamentar chavista, o que causou confusão em Caracas, que prejudicou os senadores brasileiros.

— A informação é que estão liberando uma das pistas de acesso à cidade de Caracas e há a possibilidade de terem o trânsito [liberado] para que possam chegar a Caracas — disse Viana, reiterando solidariedade aos colegas.

Também a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) afirmou que o melhor seria aguardar notícias mais completas de Caracas. Ela lembrou que, há uma semana, esteve em Caracas o ex-presidente espanhol Felipe González, crítico de Hugo Chávez.

— E nada disso aconteceu. Foi recebido com muito respeito pela população e desenvolveu todas as atividades — disse Vanessa.

Diante da resistência, Ana Amélia, que chegou a receber apoio de Dalírio Beber (PSDB-SC) e Lasier Martins (PDT-RS), pediu a aprovação do requerimento apenas em seu nome, o que foi acatado pelo presidente Renan Calheiros. O expediente seguiu para publicação e envio às autoridades.

Pelo Regimento Interno (art. 222), o senador pode apresentar voto de aplauso, repúdio ou louvor que será encaminhado em nome do autor, após a leitura no Plenário. Se disser respeito a ato público ou a acontecimento de alta significação nacional ou internacional, o voto poderá ser encaminhado em nome do Senado Federal, mediante requerimento subscrito por um terço dos senadores e aprovação pelo Plenário. [Agência Senado]

19/06/2015

O incrível exército de “branca” leone

branca leoneQuando li que Aécio Neves comandaria o Exército de “Branca” Leone que invadiria a Venezuela, lembrei-me logo do José Serra. Só pode ter sido uma artimanha do vampiro paulista. Deve ter pedido para alguém entregar ao bêbado das alterosas um mapa da Venezuela com a planta do Palácio de Los Lopez e outro com a planta do Palácio de Miraflores em Assunção. Em todo caso, vê-se que Álvaro Dias passou o bastão dos golpistas paraguaios ao ainda em síndrome de abstinência, Aécio Neves. Nestas horas Aécio já deve estar rumo ao Chile. Para assumir o lugar do Neymar. Onde houver a possibilidade de alguém cair, lá estão os soldados do Exército de Brancaleone em prontidão, prontos a passarem a perna.

E eu que pensava que depois da marcha dos zumbis e da marcha dos vadios o ridículo já havia subido ao telhado. De fato, não conheço a alma dos ventríloquos. Como diz um amigo meu, “é muita chinelagem emplumada”. A trupe do PSDB foi buscar lã e saiu tosquiada.

Viva Simón Bolívar!!!

Nem a genialidade do Mário Monicelli poderia imaginar uma marcha mais histriônica do que a destas cavalgaduras medievais sobre a Venezuela. Como Napoleão e e Hitler sobre Moscou, chegaram mas não entraram.

Alguém ainda há de lembrar de uma matéria da Folha de São Paulo de março de 2009: “Governo de SP manda recolher 500 mil livros de geografia com 2 Paraguais”.   Eram os tempos de José Serra, esta mente sombria que endoidece Aécio Neves.  Só ele poderia induzir Aécio a esta louca cavalgada.

Senadores são hostilizados por governistas na Venezuela

Comitiva de senadores volta ao Brasil sem obter reunião com políticos presos; militantes cercaram veículo do grupo

Bloqueio frustra visita de Aécio à Venezuela

Comitiva de senadores volta ao Brasil sem obter reunião com políticos presos; militantes cercaram veículo do grupo

Chegada de extraditado e lavagem de túnel atrapalharam saída de aeroporto; policial admite ‘sabotagem’

SAMY ADGHIRNIDE CARACAS

Uma comitiva de oito senadores brasileiros foi a Caracas nesta quinta (18) e, após seis horas de espera, voltou sem conseguir se reunir com opositores do governo.

O veículo que levava o grupo, liderado por Aécio Neves (PSDB-MG) e pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), ficou parado na saída do aeroporto Simón Bolívar, devido a um congestionamento causado por um bloqueio policial.

Na saída do terminal, o micro-ônibus foi cercado por dezenas de partidários do governo, que bateram no veículo gritando: "Chávez não morreu, multiplicou-se".

Neste momento, batedores fecharam o caminho, alegando que não havia condições de a comitiva prosseguir.

Sem poder sair do aeroporto, os senadores acabaram voltando ao Brasil no fim da tarde. Segundo a Folha apurou, a embaixada brasileira ofereceu um helicóptero para levá-los até o aeroporto militar La Carlota, na região central de Caracas, mas a alternativa foi recusada pela comitiva. Oficialmente, a embaixada nega ter feito a oferta.

Os senadores não puderam ser ouvidos porque estavam no voo de volta, que chegou a Brasília apenas nos primeiros minutos desta sexta (19).

Autoridades que escoltavam a comitiva alegaram que o bloqueio se devia a obras na pista, limpeza de túneis e segurança para o translado de um prisioneiro recém-extraditado da Colômbia. Mais cedo, o trânsito parou por um derramamento de carga –esta foi a razão apontada pelo presidente Nicolás Maduro para o tráfego impedido.

O avião com Yonny Bolívar, acusado de matar uma manifestante grávida nos protestos de 2104, aterrissou em Caracas às 11h (12h30, em Brasília), uma hora antes da chegada da aeronave da FAB que levou a comitiva.

À Folha, porém, um dos agentes da Polícia Nacional Bolivariana admitiu haver uma ação orquestrada para bloquear a passagem do veículo com os brasileiros.

Como o micro-ônibus não passou pelo acesso à estrada que leva a Caracas, a comitiva de senadores voltou ao aeroporto. Lá, foram recebidos pelas mulheres de opositores e pela deputada cassada María Corina Machado.

O deputado João Daniel (PT-SE), que foi a Caracas a convite do governo, disse que ficou preso no trânsito devido a um acidente, mas chegou à capital após quatro horas, por uma rota alternativa.

A Folha viu María Corina cogitar a rota alternativa, que passa por uma zona perigosa, mas o oficial do governo que acompanhava a comitiva disse que não poderia garantir a segurança do grupo, e os senadores recuaram.

"Nós fomos sitiados e impedidos de cumprir o objetivo da nossa missão. Isto é um claro incidente diplomático da mais alta gravidade, e vamos exigir que a presidente Dilma convoque para consultas o embaixador em Caracas [Ruy Pereira] e tome outras providências cabíveis", afirmou Aécio à Folha.

Para o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), "eles [manifestantes] foram claramente pagos pelo governo".

Integravam a comitiva José Agripino (DEM), Ronaldo Caiado (DEM), Ricardo Ferraço (PMDB), José Medeiros (PPS) e Sérgio Petecão (PSD).

A previsão era que os senadores fossem ao presídio de Ramo Verde, onde tentariam visitar o opositor Leopoldo López, detido há mais de um ano acusado de instigar protestos contra o governo. Planejavam também visitar o prefeito metropolitano de Caracas, Antonio Ledezma, em prisão domiciliar.

Colaboraram MÔNICA BERGAMO, colunista da Folha, e FABIANO MAISONNAVE, de São Paulo

17/06/2015

Vetado na Venezuela, Aécio pode visitar presos do governo Richa

Deu no blog do ESMAEL MORAIS uma dica de viagem para o reis do aeroportos particulares, Aécio Neves. Diz-se que ele não vai lá para criticar Madura. Ele vai sugerir a construção de aecioportos… A dúvida é se ele estava querendo ir mesmo para a Venezuela ou seria para a Colômbia. Turismo às vezes tem disso. Depois de protestar contra Madura na Venezuela, Aécio deve peregrinar à Colômbia para rezar ao Padim Pablo Escobar!

Se preferir o Paraná, Aécio poderá visitar a cunhada do Vaccari. Ou atravessar a Ponte da Amizade cantando Língua de Trapo: Tudo para o Paraguai

16 jun 2015 – 22:30

maduro_aecio_richaOs senadores Aécio Neves (MG) e Aloísio Nunes (SP), ambos do PSDB, foram impedidos de pousar com jato da FAB (Força Aérea Brasileira) na Venezuela, onde visitariam presos oposicionistas ao governo de Nicolás Maduro.

Segundo o senador Roberto Requião (PMDB-PR), os tucanos só conseguirão autorização para aterrissar a aeronave militar se antes visitarem os presos do governo Beto Richa (PSDB).

“Venezuela só para licença de pouso para avião de Aécio se antes passar no Paraná para visitar os presos do governo do Beto Richa”, ironizou o peemedebista em uma tuitada ácida.

No Paraná, mais de uma centena de integrantes graduados do governo Beto Richa estão presos por cobrarem propina ou participar de esquema de corrupção contra o erário. Todos os chefes de fiscalização indicados pelo tucano estão na cadeia e, curiosamente, a arrecadação do estado cresceu nesse período.

Vetado na Venezuela, Aécio pode visitar presos do governo Richa | Esmael Morais

13/05/2015

Se o Brasil adotasse medida venezuelana, ex-candidato a presidente não poderia sair do Brasil

Filed under: HeliPÓptero,hiPÓcrita,Narcotráfico,Venezuela — Gilmar Crestani @ 7:56 am
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Aécio acoca_nNa luta contra a Venezuela, finanCIAda pelos EUA e com apoio pelos donos de jornal, qualquer pum é notícia. Todos estão unidos novamente contra a Venezuela porque um desertor disse que o presidente do Legislativo estaria envolvido com o tráfico. Pronto. O mundo caiu.

Lá como cá, vide Alberto Youssef, bandido vira fonte digna, para caluniar sem provas. Contrario senso, aqui como lá, quando as provas abundam, a justiça, como diria o Jorge Pozzobom e a própria Folha em editorial, passa a mão na bunda dos envolvidos. Imagine um helipóptero com 450 kg de cocaína sumindo como pó ao vento. Sim, no Brasil acontece. Aqui, na disputa pela indicação do partido para candidato a Presidente, José Serra fez Mauro Chaves publicar o antológico artigo: “Pó pará, governador”! Na época não houve celeuma na mídia entorno das drogas porque uma regras do jornalismo é o inusitado, não o corriqueiro. Mas se acontece com os inimigos, lá vem a velha Lei Rubens Ricúpero!

Acontecia também na Venezuela antes de Hugo Chávez. O que importa não é o pó nem sua quantidade, mas quem PÓde e quem não PÓde mexer com produto consumido por 9 em cada dez diretores de jornal. Ou será mero acaso que o jornal só informe funcionário do grupo somente após ele alegar que “está limpo”, e não enquanto ele está consumindo?!

A Folha assim como os demais a$$oCIAdos do Instituto Millenium fazem às vezes de filiais da CIA no serviço sujo contra a Venezuela.

A Rede onde trabalha William Waack vendeu uma informação repassada “gratuitamente” pela CIA de que uma das esposas de Bin Laden o teria entregue aos EUA. Veja aqui!

A história de agora e sempre na Venezuela funciona da mesma forma. Quando do assassinato do ex-parceiro dos EUA no Afeganistão na luta contra a Rússia, Bin Laden, a Rede Globo, para dizer que ele era um covarde, chegou a fazer uma encenação colocando Bin Laden atirando contra seus assassinos usando uma mulher como escudo. Nesta semana saiu a verdade. A CIA pago 25 milhões de dólares para o serviço secreto do Paquistão entregar Bin Laden.

Agora estou esperando uma nova encenação da Globo mostrando uma montanha de dólares encima de uma mesa…

A verdade, tão simples quanto verdadeira, é que Venezuela e Brasil têm petróleo mais a mão que não Ártico!

Venezuela proíbe saída do país de diretores de jornais

Veículos são punidos por repercutir texto que liga presidente do Legislativo ao tráfico

SAMY ADGHIRNIDE CARACAS

A Justiça da Venezuela proibiu nesta terça (12) 22 diretores de sites e jornais de oposição de sair do país, por terem repercutido relatos de supostos vínculos do presidente do Legislativo, Diosdado Cabello, com o tráfico.

A notícia foi divulgada no site dos jornais "El Nacional" e "Tal Cual", cujos executivos foram visados pela medida.

Uma fonte do "Tal Cual" disse à Folha que um dos diretores, Manuel Puyana, já foi notificado da proibição de sair do país e da obrigação de se apresentar toda semanal ao tribunal. Outro diretor do jornal está nos EUA e, diante da decisão, não retornará.

O vice-presidente editorial do "El Nacional", Argenis Martinez, disse que ainda não recebeu notificação. "Eles [membros do governo] são tão sem-vergonha que já tinham a proibição de sair do país pronta antes mesmo de começar o julgamento", diz.

O caso começou em janeiro, quando as publicações, assim como boa parte da mídia mundial, repercutiram reportagem do jornal espanhol "ABC" apontando suposto vínculo de Cabello com o tráfico internacional de cocaína.

A fonte da reportagem era o militar desertor Leamsy Salazar, ex-chefe de segurança de Cabello. Segundo Salazar, hoje protegido pelos EUA, o político comanda um cartel que opera a partir das Forças Armadas da Venezuela.

Analistas questionam a existência desse tipo de cartel, mas ressaltam que a Venezuela não teria se tornado a plataforma de narcotráfico que é hoje sem envolvimento ou conivência de autoridades.

Cabello negou as acusações e prometeu processar os responsáveis por repercutir a notícia. Também exigiu abertamente que eles fossem proibidos de deixar o país.

08/04/2015

Por que os EUA continuam sendo sinônimo de terrorismo de Estado?

TioSangueNa véspera da Cúpula das América, os EUA reconhecem que são uma nação que fomenta discórdia mediante a repetição de mentiras. O assessor para fins de segurança nacional dos EUA declarou: “EUA não acreditam que a Venezuela seja uma ameaça à segurança nacional". Segundo Rhodes, é linguagem "pro forma" (por pura formalidade) para sanções. A declaração reforça e demonstra o verdadeiro caráter de um país que espalha, diretamente ou mediante financiamento de ONGs locais, do tipo MBL, o terrorismo pelo mundo. Assim como na Venezuela, os EUA contam com um exército de brasileiros que se vendem por qualquer trinta dinheiros. Mark Weisbrot confirma, no texto abaixo (em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista), que os EUA financiaram grupos políticos para derrotarem Lula. Depois Edward Snowden revelou que os EUA não só finanCIAvam como também espionavam Dilma e a Petrobrás.

Portanto, a tentativas atuais de destruir a Petrobrás e jogar nas costas da Dilma, mediante o uso dos grupos mafiomidiáticos e ONGs do tipo Instituto Millenium, é uma mera continuação da política norte-americana de defender seus interesses em oposição aos do Brasil. Coincidentemente, o coronelismo eletrônico entronada na RBS, financiado por empresários do tipo Gerdau, é o mesmo que têm contas no HSBC e também foram pegos sonegando, mediante fraude, bilhões de reais. O dinheiro sonegado em impostos é investido em política de entrega da Petrobrás e de precarização das políticas sociais. A Operação Zelotes e a Lista Falciani são duas pontas de um mesmo método que atende interesses ianques contra o Brasil.

Há uma coincidênCIA nos investimentos dos EUA que definem a escolha dos países a serem atacados, o petróleo. A lista é por demais conhecida: Iraque, Líbia, Egito, Síria, Ucrânia, Irã, Venezuela e Brasil são grandes produtores de Petróleo.

Não precisa ser inteligente para entender, basta não ser burro!

MARK WEISBROT

TENDÊNCIAS/DEBATES

O preço político das sanções à Venezuela

A mesma administração Obama que finalmente começaria a normalizar as relações com Cuba, emprega sanções contra a Venezuela

A última Cúpula das Américas, em Cartagena, na Colômbia, em 2012, foi um desastre para o presidente Barack Obama. Houve escândalos entre agentes do serviço secreto americano e profissionais do sexo, uma rebelião do sul contra a fracassada "guerra às drogas" americana e, sobretudo, oposição unânime ao embargo dos EUA a Cuba.

O sinal mais decisivo de que não era apenas um caso de os suspeitos de sempre causando problemas foi o aviso dado pelo presidente Manuel Santos, da Colômbia –um dos poucos "amigos" de Washington na região–, de que não haveria outra cúpula sem Cuba.

No ano passado, Barack Obama ofereceu um presente de Natal surpresa aos seus vizinhos do sul: depois de mais de meio século de agressão contra Cuba, ele finalmente começaria a normalizar as relações. Bem-vindos ao século 21!

Embora republicanos jihadistas e neoconservadores tentem adiar o processo no Congresso, a Casa Branca expressou publicamente a esperança de que houvesse pelo menos embaixadas abertas nos dois países antes da cúpula de 10 de abril.

Mas o que Deus dá com uma mão, ele tira com a outra. Em 9 de março a Casa Branca declarou "emergência nacional" devido à "extraordinária ameaça à segurança nacional" representada pela Venezuela.

A administração Obama tentou minimizar a linguagem empregada, descrevendo-a como mera formalidade, mas o mundo sabe que esse tipo de linguagem ameaçadora e as sanções que a acompanham podem ser bastante prejudiciais à saúde do país designado. No passado, houve ocasiões em que até foram seguidas de ações militares.

Fato mais alarmante, no caso atual, foi que em uma audiência no Senado, em 17 de março, Alex Lee, do Departamento de Estado, declarou que as sanções atuais são apenas "a primeira saraivada" contra a Venezuela. É claro que o mundo fora de Washington sabe que as sanções não guardam relação alguma com as supostas violações dos direitos humanos na Venezuela.

Mas as sanções também deixaram claro que a abertura do presidente Obama não representou nenhuma mudança na estratégia de Washington para a região: a intenção de ampliar as relações comerciais e diplomáticas visou apenas propiciar uma estratégia mais eficaz de enfraquecimento do governo cubano –e de todos os governos de esquerda na região.

Isso inclui o Brasil, onde, em 2005, o Departamento de Estado dos Estados Unidos financiou esforços para enfraquecer o governo petista, segundo documentos do próprio governo norte-americano.

Representantes do Brasil, do México, da Colômbia, da Argentina e quase todos os países das Américas manifestaram-se contra as sanções na OEA (Organização dos Estados Americanos). A Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), por exemplo, pediram a sua revogação.

O governo cubano também respondeu com força, jogando por terra as esperanças de algum acordo antes da próxima cúpula, à qual Obama irá de mãos abanando após essa iniciativa mal pensada.

Esperemos que o Brasil –e que todos os outros países presentes à Cúpula das Américas, nesta sexta-feira (10) e sábado (11) no Panamá– deixe claro que esse tipo de comportamento de "Estado fora da lei", com sanções unilaterais que violam a Carta da OEA, não será tolerado.

MARK WEISBROT é codiretor do Centro de Pesquisas Econômicas e Políticas, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa

Tradução de CLARA ALLAI

 

N

24/02/2015

Pimenta no dos outros

guantanamoEstou lendo, dentre outros, Guerras Sujas, que pode facilmente ser baixado em “.pdf” na internet. Nele se conta toda sorte de arbitrariedades cometidas pelos serviços secretos dos EUA. Não se trata apenas de métodos ilegais, mas de assassinatos. Sem qualquer tipo de julgamentos, a CIA pode torturar, assassinar quem os EUA entenderem inimigos do Estado. Do seu Estado. No livro conta-se também onde, como e porque os EUA espalharam e terceirizaram estes “serviços” em Nações ventríloquas. Portanto, os EUA não têm a menor autoridade moral para criticar a Venezuela. Aliás, se a Venezuela adotasse os mesmos métodos dos EUA, os cidadãos norte-americanos correriam risco de vida ao tentarem entrar na Venezuela.

A direita brasileira, partícipe de todos os golpes perpetrados contra o Brasil, intumesce o peito para urrar contra o bolivarianismo da Venezuela. Aliás, acusam Dilma de fazer o mesmo. Por que não falam dos métodos dos EUA? Na Venezuela, é o poder judiciário, goste-se ou não dele, quem atua. Nos EUA, é o executivo. Como capachos dos EUA, a direita tupiniquim veste a carapuça para se fazer de advogado dos EUA mas esquecem de olhar o próprio umbigo. Ao criticarem a prisão do Prefeito de Caracas não se dão conta da contradição, posto que festejam as prisões da Operação Lava Jato. Só há dois tipos de brasileiros que não se dão conta destas contradições, os mal informados e os mal intencionados. Ambos agem como manada conduzida pelos grupos mafiomidiáticos. Se há algum paralelo entre as situações da Venezuela e do Brasil é a existência de grandes reservas de petróleo. Energia esta que move a máquina de guerra dos EUA e causa manifestações populares em todos os países produtores. A CIA sabe o que faz. Eu sei o que ela sempre fez.

Altman: Dilma merece aplausos sobre Venezuela

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"Não há dúvidas a respeito: isolar e derrotar o governo venezuelano é a bola da vez na estratégia norte-americana para recuperar hegemonia na América Latina", diz o jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247; "Outras administrações também são alvos de operações desestabilizadoras – como é o caso da Argentina e, em certa medida, também o do Brasil. Mas sobre Caracas é a ofensiva mais relevante"; segundo ele, a prisão seguiu trâmites legais; "Golpista de primeira hora em 2002, quando a direita tentou derrubar Chávez, Ledezma foi denunciado por um dos oficiais acusados pelos protestos violentos do ano passado. A propósito, a mesma imprensa que celebra as prisões determinadas pelo juiz Sergio Moro como instrumento para arrancar delações premiadas na Operação Lava Jato, agora trata de impugnar a confissão do coronel José Arocha Pérez, pois teria sido obtida enquanto estava preso"; confira

23 de Fevereiro de 2015 às 18:14

247 – O jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi e colunista do 247, elogiou o distanciamento da presidente Dilma Rousseff em relação à crise política venezuelana, que viveu um novo capítulo na semana passada, com a prisão de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas.

"Nos últimos dias, múltiplas vozes, da oposição de direita ao presidente da Câmara dos Deputados, da velha mídia a intelectuais de aluguel, exigem que o governo brasileiro condene a prisão de Antonio Ledezma, prefeito de Caracas. Os argumentos que esgrimem, em geral, ferem a verdade dos fatos", diz ele.

Segundo Altman, a prisão seguiu os ritos legais. "Os procuradores Katherine Harington, Yeison Moreno e José Orta apresentaram denúncia e pediram a detenção do prócer oposicionista seguindo todos os trâmites constitucionais. Golpista de primeira hora em 2002, quando a direita tentou derrubar Chávez, Ledezma foi denunciado por um dos oficiais acusados pelos protestos violentos do ano passado", afirma. "A propósito, a mesma imprensa que celebra as prisões determinadas pelo juiz Sergio Moro como instrumento para arrancar delações premiadas na Operação Lava Jato, agora trata de impugnar a confissão do coronel José Arocha Pérez, pois teria sido obtida enquanto estava preso."

Ele lembra, ainda, o movimento norte-americano para desestabilizar a América Latina. "Não há dúvidas a respeito: isolar e derrotar o governo venezuelano é a bola da vez na estratégia norte-americana para recuperar hegemonia na América Latina. Outras administrações também são alvos de operações desestabilizadoras – como é o caso da Argentina e, em certa medida, também o do Brasil. Mas sobre Caracas é a ofensiva mais relevante", afirma. "Não se trata apenas de disputa pelo controle das riquezas naturais, especialmente o petróleo e o gás. O tema primordial é geopolítico. De todas experiências progressistas desse início de século, a mais antagonista ao capitalismo tem lugar na Venezuela, o que é suficiente para despertar temor e ódio entre os senhores do mundo. Apesar de seus graves problemas e dificuldades."

Leia a íntegra em seu blog.

Altman: Dilma merece aplausos sobre Venezuela | Brasil 24/7

06/01/2015

A guerra dos López

E assim, sem mais nem menos, ficamos sabendo que Porto Rico é uma colônia dos EUA controlado sob extremo rigor. Quem ousa discordar, vai preso. Coisa de ditadura bolivariana, que prende qualquer opositor. Óscar López Rivera foi preso nos EUA por exigir, vejam só, a independência a Porto Rico…

E tem gente no Brasil que ainda vibra com os tanques na praça Paz Celestial da China… Será que eles vibrariam se soubessem que os EUA prendem quem se manifesta contra a ocupação de Porto Rico pelos EUA?

Vamos trocar de nomes, porque López é latino e gostaria de saber mais como funciona a liberdade de expressão made in USA. Alguém ainda lembra de Bradley Manning, de Edward Snowden, Julian Assange? Todos cidadãos norte-americanos que ou apodrecem na prisão ou tiveram de fugir para não apodrecerem.

É assim que funciona a liberdade de expressão made in USA. Chega ser até engraçado que os EUA se sirvam de vira-bostas espalhados pela imprensa mundial para exigirem que seus adversários não prendam opositores.

Os EUA não só prendem como mandam matar quem quer que seja que se atravesse em seu caminho. Fazem guerras, revoluções, matam, assassinam, estupram, urinam sobre cadáveres, usam prostitutas e não pagam.

Toda guerra, desde o século passado, só existiu com participação dos EUA. As recentes revoluções no Oriente Médio decorrem da “democracia made in USA”: Líbia, Egito, Ucrânia, Síria….

 

EUA rejeitam troca por opositor venezuelano

Nicolás Maduro disse que só daria indulto a Leopoldo López após porto-riquenho ser solto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS DE SÃO PAULO

Os Estados Unidos rejeitaram, nesta segunda (5), soltar Óscar López Rivera, preso nos EUA desde 1981 por militar pela independência de Porto Rico, em troca da libertação do opositor venezuelano Leopoldo López.

O Departamento de Estado americano, por meio da porta-voz Jen Psaki, disse que os dois casos não são comparáveis e que as declarações do presidente Nicolás Maduro aumentam as suspeitas dos EUA de que a Justiça venezuelana não seja independente.

A sugestão da troca foi feita por Maduro no domingo (4), ao criticar o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, por ele ter lhe pedido a libertação do opositor.

A ideia também foi rechaçada pela mulher de López. "Maduro, essa não é uma questão de troca, é uma questão de justiça", afirmou Lilian Tintori no Twitter.

Tintori disse que a proposta do presidente é um reconhecimento de que López "é um preso político de seu regime" e que "não há independência dos Poderes" no país.

Também o prefeito de El Hatillo, David Smolansky, membro do partido fundado por López, o Vontade Popular, criticou a proposta: "Leopoldo não pode ser trocado como um terrorista", disse.

PROTESTO

Por meio de seu advogado, López disse que não comparecerá às audiências de seu julgamento, que seria retomado nesta segunda (5), enquanto a Justiça não decidir sobre sua libertação.

A recusa de López, assim como a ausência de um dos outros quatro acusados no caso –um estudante que alegou dor de cabeça–, fez com que a sessão fosse adiada para o dia 13 de janeiro.

A Corte de Apelações da Venezuela delibera sobre dois recursos apresentados pela defesa de López para que ele seja julgado em liberdade.

Segundo o advogado do opositor, Juan Carlos Gutiérrez, a Justiça vem continuamente desrespeitando pactos internacionais de direitos humanos dos quais a Venezuela é signatária. A ONU, entre outras entidades, critica há meses a prisão de López.

Gutiérrez também informou que ele está "bem de saúde" e "produzindo muitos projetos para o futuro da Venezuela".López foi preso em fevereiro, quando começou uma onda de protestos antigoverno. Ele foi acusado de incitar violência e danificar propriedades.

04/05/2014

Ah! Esses comunistas, sem Alca nem calças…

Filed under: ALCA,Comunismo,México,Petróleo,Venezuela — Gilmar Crestani @ 1:24 pm
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Venezuela petroleo

Não é na Venezuela…

Boi, porco e frango sobem 25% em um ano e o consumo cai 20%. E não é na Venezuela

Mauro Santayana

Para alimentar sua população, e afastar o risco de uma crise de abastecimento, governo mexicano pede que Brasil e Argentina forneçam, em caráter de emergência, 300.000 toneladas de frango.

É de dar pena. Mas, para infelicidade de seu próprio povo, o modelo neoliberal mexicano  continua fazendo água por todos os lados.

Empresa menos rentável da América Latina no ano passado, segundo o site especializado Latinvex, a PEMEX teve, em 2013, o maior prejuízo de sua história, da ordem de mais de 12 bilhões de dólares – e ele já passa de U$ 2.5 bilhões no primeiro trimestre deste ano. Enquanto isso, com todos os seus problemas, a Petrobrás – eleita no mesmo ranking a empresa mais rentável do continente latino-americano em 2013- lucrou, no mesmo período, mais de U$ 10 bilhões.

O conteúdo local dos produtos mandados para o exterior, pelos cinco principais setores exportadores mexicanos, segundo a revista local Paradigma, não chega a 60%, contra 90% no Brasil e na China.

Segundo a OCDE, quatro em cada 10 mexicanos não recebem um salário que dê para comprar uma cesta básica.

No país mais desigual das Américas, junto com o Chile, não existe seguro desemprego, e 60% da população ativa está na informalidade. 

Agora, para ilustrar melhor o que verdadeiramente está ocorrendo por lá, o site especializado em proteína animal www.eurocarne.com, citando a associação de importadores de carnes do México, acaba de divulgar que houve um aumento de 25% no preço da carne de frango, boi e porco – o suíno, por exemplo, passou de 30 para 48 pesos o quilo – no mercado mexicano, nos últimos meses, devido ao crescimento dos custos de produção nos EUA, seu principal fornecedor de alimentos.

Com isso, o consumo de proteínas no país de Zapata, com mais de 50% da população em situação de pobreza, caiu, também, no mesmo período, extraordinários 20%.

Para evitar o aumento da inflação e uma grave crise de abastecimento, o governo Peña Nieto está ultimando a importação, da Argentina e do Brasil, em caráter de emergência, de 300.000 toneladas de frango.

E ainda tem mexicano – que com certeza não precisa comer empanada na hora do almoço – que fica falando mal da Venezuela nos sites e redes sociais.

É isso aí.

Trata-se do incompetente e decadente Mercosul, dando de comer ao povo da nau capitânia da “próspera” – o México cresceu a metade do Brasil no ano passado – e “bem sucedida” – na opinião de The Economist e do Financial Times – Aliança do Pacífico.

http://www.eurocarne.com/noticias?codigo=28959

SQN

13/04/2014

Colonismo de Aluguel

tio samCoincidentemente, os dois assuntos sobre os quais Clovis Rossi tem opiniões definitivas, Ucrânia e Venezuela, estão também em voga na Casa Branca. Por que Clóvis Rossi não se debruça sobre a situação atual da Líbia, do Iraque, do Paraguai ou mesmo Colômbia? Ora, vou desenhar como funciona a pena de aluguel, com as palavras do inquilino:

"Esse conflito forneceu à Unasul seu mais significativo teste até hoje; e, apesar dos resmungos domésticos e internacionais a respeito de sua independência [em relação ao governo], ela se mostrou à altura da ocasião", escreve David Smilde, lúcido blogueiro sobre Venezuela do Wola (Washington Office on Latin America).”

A qualidade dos argumentos apresentados pelo funcionário da Folha serve apenas para comprovar que o “raciocínio” está sempre de acordo com quem o finanCIA! Por que cargas d’água o pensamento e as análises do colonista estão sempre em conformidade com o que sai de Washington?!

Não é coincidência que a posição adotada por Clóvis Rossi em relação à Venezuela tenha de estar respaldada por um blogueiro do Washington Office on Latin America?! A desfaçatez, o mau caratismo, a subserviência, o capachismo é tão gritante que só capadócios e beócios não enxergam. A posição de todos os países da UNASUL só tem validade quando respaldada por um órgão acessório do Governo dos EUA! Faça-me o favor, né!

CLÓVIS ROSSI

Democracia, a chave na Venezuela

Primeiro diálogo com a oposição é bom começo, mas as dificuldades à frente são imensas e complexas

Comecemos pelo lado positivo do diálogo entre oposição e governo na Venezuela: "O importante é que se iniciou o caminho, que é o mais transcendental para um país", como diz Julio Lattan, presidente da Frente de Advogados Bolivarianos.

Passemos agora ao papel da Unasul (União de Nações Sul-Americanas), visto com desconfianças pela oposição e, no Brasil, pelos críticos da política externa: "Esse conflito forneceu à Unasul seu mais significativo teste até hoje; e, apesar dos resmungos domésticos e internacionais a respeito de sua independência [em relação ao governo], ela se mostrou à altura da ocasião", escreve David Smilde, lúcido blogueiro sobre Venezuela do Wola (Washington Office on Latin America).

Ou seja, a aposta do Brasil na Unasul e no diálogo passou airosamente pelo primeiro teste.

Mas era óbvio que essa primeira sessão não poderia ser suficiente para estabelecer a paz em um país tão tremendamente polarizado como a Venezuela.

Ressaltado o lado otimista, vamos às dificuldades. Primeira delas: sem incluir os estudantes, ausentes do diálogo desta semana, não há como desmontar as manifestações e pacificar a rua rebelada.

Segunda: sem que o governo se incline por anistiar os presos que participaram pacificamente das manifestações, é pouco provável que a oposição, mesmo a moderada (a única que foi ao diálogo), sente-se de novo à mesa.

Mas, mais importante que essas questões conjunturais, o que separa governo e oposição é a avaliação sobre o teor da democracia venezuelana. Para a oposição, é zero. Para o governo, é 100%.

Há fatos e opiniões que indicam que a oposição está mais perto da verdade. Para começar, recente pesquisa do Ivad (Instituto Venezuela de Análise de Dados) mostra que 55% dos consultados concordam com a oposição. Mais: o diretor para a América da respeitada Human Rights Watch, José Miguel Vivanco, diz que o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela é apenas "um apêndice do Executivo".

Não há democracia de verdade sem independência dos Poderes.

Até a igreja local afirma que a origem dos protestos, que já duram dois meses, "é a pretensão do partido oficial e das autoridades da República de implantar o chamado plano da pátria (criado por Hugo Chávez), por trás do qual se esconde a imposição de um governo totalitário", como diz monsenhor Diego Padrón, presidente da Conferência Episcopal Venezuelana.

Se o presidente Nicolás Maduro quer mesmo, como disse durante o diálogo de paz, conduzir um processo que leve "a altíssimos níveis de respeito, coexistência, convivência, com base na tolerância", terá forçosamente que aumentar substancialmente o teor de democracia.

Tem força para tanto? Duvida o blogueiro Smilde: "Maduro não parece ser uma liderança suficientemente forte para adotar uma nova direção. Nem ninguém é na coalizão [governista]. Isso a coloca em posição pobre para fazer concessões em um diálogo". Equivale a dizer que a bola da pacificação está com o presidente –e meio murcha.

crossi@uol.com.br

25/03/2014

Método paraguaio só pode ser aplicado no Paraguai!

tio samNão vi nos grupos mafiomidiáticos a mesma preocupação com a legalidade, nem com a rapidez, nem com qualquer outro tipo de preocupação, quando do afastamento do Presidente Fernando Lugo, pelo Paraguai. Aliás, o PSDB, secundado pela mídia, abraçou a causa como se fosse sua. Álvaro Dias, em muitos anos de parlamento, trabalhou mais pela causa paraguaia do que pela do Brasil. A ponta que une dos dois fatos chama-se EUA. No Paraguai, foi com instrução e apoio logístico da CIA/NSA que os deputados casaram, num processo que sequer durou 24 horas, o Presidente.

A deputada havia sido recrutada pelo CIA/NSA numa jogada marcada com o Panamá para atacar os países da UNASUL. O Paraná é, depois de Porto Rico, o entreposto norte-americano para a importação de drogas da Colômbia, que aliás também tem, coincidentemente, bases militares norte-americanas.

Chavista cassa deputada na Venezuela

María Corina perdeu mandato de forma sumária, segundo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello

Motivo seria ter aceitado oferta do Panamá para discursar na OEA; ato ocorre na véspera de missão da Unasul chegar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, pela Folha (Leia-se, CIA/NSA)

Em uma decisão sumária, que não teve apreciação da Justiça do país, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou ontem que a deputada de oposição María Corina Machado perdeu o seu mandato e está proibida de entrar na Casa.

Cabello afirma que Corina violou dois artigos da Constituição (149 e 191) ao aceitar o papel de representante suplente do Panamá e solicitar o direito à palavra em uma sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos) na sexta-feira.

Em declaração publicada em sua conta no Twitter, a deputada negou a cassação.

"Senhor Cabello: eu SOU deputada da AN [Assembleia Nacional] enquanto o povo da Venezuela assim o quiser", escreveu após chegar a Lima, no Peru, para um seminário da Fundación Liberdad, do escritor Mario Vargas Llosa.

Ele disse que voltará à Venezuela o mais cedo possível para continuar a luta contra o governo. "Vamos lutar até vencer. O regime brutal de Nicolás Maduro pensou que com essa repressão iria nos assustar, mas nos deu mais força". E acrescentou: "Cabello deveria ler a Constituição. Ele não tem poder nem instrução da Assembleia para destituir um deputado".

Na sexta-feira, o Panamá havia cedido sua cadeira na sessão da OEA para que a deputada fizesse um relato sobre a situação no país, que vive intensos protestos contra o governo desde o início de fevereiro.

Os embaixadores dos Estados-membros da OEA aprovaram, no entanto, por 22 votos a favor, 3 contrários e 9 abstenções, o pedido da missão venezuelana para que fosse retirado da agenda o ponto dedicado à situação no país, fazendo com que Corina perdesse a palavra.

Cabello, que lidera a maioria governista da Assembleia, disse que Corina será também investigada por "traição à pátria". "Ela não tem mais imunidade parlamentar, pode ser detida a qualquer momento, sem prévia notificação de ninguém", disse Cabello.

Neste mês, Maduro rompeu relações com o Panamá porque o país levou a crise na Venezuela para a OEA.

O artigo 191 da Constituição da Venezuela afirma que nenhum deputado "pode aceitar ou exercer cargos públicos sem perder seu mandato, exceto em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais, sempre que não suponham dedicação exclusiva".

Já o artigo 149 diz que nenhum deputado pode aceitar cargos e honras de governos estrangeiros sem autorização da Assembleia Nacional.

A destituição da deputada opositora acontece um dia antes do início da reunião, convocada pelo governo, de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) em Caracas para discutir a situação do país.

Já são 36 os mortos desde 12 de fevereiro devido aos protestos na Venezuela.

No domingo, uma grávida morreu em Guaicaipuro, no Estado de Miranda, ao receber um tiro. Ontem, um sargento da Guarda Nacional foi morto em Mérida enquanto desbloqueava uma via.

23/03/2014

Marcha em Madri: o povo espanhol está Maduro?!

Filed under: El País,Espanha,Grupos Mafiomidiáticos,Venezuela — Gilmar Crestani @ 10:49 am
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Quando o povo protesta na Espanha, os grupos mafiomidiáticos escondem seus governantes. Quanto diferença em comparação com o tratamento que dispensam à Venezuela? Não sabe por quê? Pergunte a quem os finanCIA!

La Marcha de la Dignidad toma el centro de Madrid con miles de personas

La protesta concluyó con 24 detenidos, de ellos tres menores, y un centenar de heridos

Los manifestantes llegados a pie desde fuera de Madrid no pasaron de 2.000

La protesta se inspira en el sindicato de Gordillo y en los campamentos de IU en Extremadura

Jerónimo Andreu / MARIÉN KADNER / J. J. GÁLVEZ Madrid 23 MAR 2014 – 00:58 CET2850

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Foto: ÁLVARO GARCÍA / Vídeo: EL PAÍS-LIVE!

Las ocho marchas por la dignidad confluyeron ayer en Madrid. A unas 2.000 personas que llegaron a pie desde distintas partes de España se les unieron decenas de miles más en la capital. Los organizadores de la multitudinaria manifestación cifran la asistencia en dos millones de personas. La Delegación del Gobierno señaló sobre las nueve de la noche que había 50.000 manifestantes, cifra que posteriormente rebajó a 36.000 asistentes.

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Un centenar de heridos y 24 detenidos tras la marcha

F. J. BARROSO

La Marcha de la Dignidad fue pacífica hasta bien entrada la noche. Solo entonces elementos radicales y policías antidisturbios entraron en acción. Pasadas las nueve de la noche, ya había una veintena de detenidos, después de varias cargas policiales y el recibimiento a pedradas de los agentes. Casi en la medianoche la cifra se cerró en 24 detenidos, de los que tres eran menores.

La Delegación del Gobierno informó de que a los detenidos se les acusa de resistencia y atentado a la autoridad, vandalismo y destrozos en el mobiliario urbano.

Emergencias de Madrid ha informado también de que hay 101 heridos de carácter leve o muy leve, de los que 67 son policías (46 nacionales y 9 municipales) y, el resto, 34 ciudadanos que participaban en la marcha. Además, 15 personas han sido trasladadas a hospitales para una valoración médica.

Las ocho marchas trataban de ser una metáfora de un malestar que recorre España. Un malestar concreto sepultado bajo números escalofriantes: casi seis millones de parados, decenas de miles de desahucios y miles de millones de recortes en gasto social. La marcha desembocó en manifestación. Todo discurrió de forma pacífica y planificada hasta entrada la noche, cuando elementos radicales y policías antidisturbios entraron en acción. Pasadas las nueve de la noche, ya había 24 detenidos, de los que tres eran menores. Además, los disturbios causaron un centenar de heridos leves o muy leves, de los que 55 eran policías. En total, 15 personas fueron trasladadas a hospitales para una valoración, según Emergencias Madrid.

La convocatoria de la Marcha incluía tres lemas principales (“No al pago de la deuda”, “Ni un recorte más”, “Fuera los Gobiernos de la troika”). Pero de ese programa de mínimos se supo poco ayer. Palideció frente a la diversidad de reivindicaciones de las pancartas. “Si no luchas, pueden contigo”, protestaba Mamen Ruiz, murciana de 32 años con dos hijos y que se unió a la Plataforma de Afectados por la Hipoteca (PAH) de su ciudad cuando vio cerca el desahucio. Virginia, de 47 años y funcionaria de Justicia se manifestaba “por las tasas, por la ley del aborto y para decirle a Gallardón que se vaya”. Belén Calvo, maestra, de 32 años y en paro desde hace tres, tomó un autobús en Burgos por la mañana vestida con una camiseta con la leyenda “Gamonal. Barrio vivo, barrio combativo”. “He venido porque tengo dignidad”, sentenció. En el remolino de voces decepcionadas se fundieron extrabajadores de Panrico y Coca-cola, barrenderos de Madrid, las mujeres del carbón asturiano, pequeños partidos de izquierda, miembros de las mareas antirrecortes…

Las ocho marchas que llegaron el viernes a las proximidades de Madrid se despertaron temprano ayer. Después de un tentempié de fruta y verdura en el barrio de Vallecas, la procedente de Murcia y Valencia (que durmió en el polideportivo de Rivas Vacíamadrid) fue recibida en el centro con lágrimas, bocadillos, sopa de cocido en vasos de plástico y agua. Desde allí, unas 2.000 personas continuaron hasta Atocha.

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El sustrato de la protesta fueron las columnas de caminantes que siguieron el trazado de las seis carreteras nacionales que confluyen en la capital. Pero la verdadera materia prima de la concentración fueron los madrileños y los llegados en trenes, coches y autobuses desde todo el país. En Atocha todas las columnas se unieron en un brazo que avanzó hasta la plaza de Colón, donde se leyó un manifiesto.

A las ocho y media de la tarde se registraron unas cargas en Génova después de que un grupo comenzara a lanzar objetos ante las vallas colocadas por los antidisturbios junto a la sede del PP. Fue la única acción violenta reseñable durante la marcha. La preocupación por episodios de este tipo ha sido constante. Agripa Hervás, organizador de la marcha este y miembro de Esquerra Unida del País Valencià reconocía cierta inquietud: “Tememos que grupos extremistas estropeen una marcha pacifista”. Esta alerta dio pie a un despliegue policial de récord: 1.650 antidisturbios, además de efectivos de la Guardia Civil y la policía municipal.

La manifestación entre Atocha y Colón figuraba en los permisos de la Delegación del Gobierno en Madrid a nombre de un particular. La Marcha de la Dignidad se presenta como un movimiento sin líderes que ha progresado a golpe de asambleas. En gran medida es cierto, pero eso no significa que sus inicios no hayan sido cincelados con esmero. El gran impulsor de la iniciativa ha sido el Sindicato Andaluz de Trabajadores (SAT) de Diego Cañamero y José Manuel Sánchez Gordillo, pero el germen del movimiento se plantó el año pasado en Extremadura, en los Campamentos Dignidad. Esta semilla ha ido regándose hasta ramificar en una elaborada organización que ofrece cobijo a las reivindicaciones de más de 300 colectivos y miles de ciudadanos sin ninguna adscripción.

Los Campamentos Dignidad nacieron en Mérida con una concentración frente a una oficina de empleo que exigía la creación de 25.000 puestos públicos y una renta básica. Abrazado a estas dos reivindicaciones el movimiento fue trepando con vigor, lo que le permitió entretejerse a colectivos en expansión, como la PAH.

Manuel Cañada, excoordinador general de Izquierda Unida en Extremadura y tres veces candidato a presidir la Junta, se convirtió en cabeza visible del campamento. Cañada, miembro de la vertiente más ortodoxa del Partido Comunista (la que en Extremadura ha rehusado pactar con el PSOE) se propuso demostrar que los parados representaban una fuente de movilización social. “Los Campamentos Dignidad somos el 15-M obrero”, ha sido una de sus consignas, insistiendo en lo fértil que resulta el clima de anarquía y pluralidad para movimientos de contestación.

La estrategia de Cañada es un buen ejemplo de la gordillización de la izquierda del sur: el recurso a acciones de resistencia civil para hacer política fuera de los canales parlamentarios. El extremeño reconoce el ascendiente del alcalde de Marinaleda, ha participado en encierros y asaltos a supermercados, y colabora con los impulsores del modelo de okupación social de la Corrala Utopía, plataforma sevillana próxima al SAT.

Los Campamentos organizaron una primera Marcha Dignidad en Extremadura en septiembre de 2013. En esta fase Cañada también tendió puentes con el Frente Cívico Somos Mayoría de Julio Anguita, que ha terminado oficiando de maestro de ceremonias en los actos de presentación de la Marcha de la Dignidad.

Con estos padrinos, el mismo mes de septiembre se desarrolló una primera reunión en Madrid para planificar una marcha estatal. A partir de este pistoletazo de salida arrancó una frenética actividad marcada por la institución de pequeñas plataformas locales dedicadas a recabar apoyos económicos, difundir el proyecto por Internet y negociar con sus respectivos Ayuntamientos el alojamiento de las columnas de manifestantes.

Las asociaciones que han contado con medios (especialmente sindicatos e IU) han cedido locales e infraestructuras para las reuniones de los comités, pero el movimiento se ha basado en la autofinanciación. Por ejemplo, el viaje en los autobuses que llegaron ayer a la capital le ha costado una media 20 euros a cada viajero. Todos los detalles se han cuidado a pesar de la multicefalia imperante. Un equipo jurídico de 50 letrados voluntarios se ha movilizado para enfrentarse a previsibles problemas legales en las manifestaciones. “Si te detienen, hay que decir ‘equipo jurídico 22m”, reza su cuenta de Twitter.

El colectivo Campamento Amigo 15M, red con experiencia en movilizaciones como las mareas ciudadanas, se ha ocupado de coordinar la búsqueda de domicilios en Madrid. Esta red avisa de que no gestiona la creación de un campamento, asunto peliagudo después de que varios colectivos expresaran su ambición de repetir una instalación como la de los indignados en la puerta del Sol en 2011, algo que la Delegación de Gobierno aseguró que evitaría a toda costa.

A las nueve de la noche se habían producido tímidos intentos de extender tiendas por Recoletos sin demasiado éxito.

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La Marcha de la Dignidad toma el centro de Madrid con miles de personas | Política | EL PAÍS

05/03/2014

Venezuela, para quem quer ir além do PF

Filed under: Desinformação,Espírito de Manada,Venezuela — Gilmar Crestani @ 8:13 am
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Meus amigos no Facebook, e como temos amigos no Facebook(?!), alguns que sequer conhecemos, reproduzem imagens e informações sobre a Venezuela sem qualquer crítica. Nos tempos da internet o que mais me agrada no Facebook é descobrir como é fácil desmontar farsas. A única coisa que me decepciona, é como tanta gente de quem eu esperava mais discernimento, entra nessa de reproduzir informações facilmente desmentíveis. Que se expõem ao ridículo sem cerimônia. Imagens da Síria postas na Venezuela, imagens do Haiti trazidas para o Brasil.

Deve funcionar, pelo menos para quem não se preocupa se é verdadeiro ou falso, desde que sirva para catarse. A maioria dos meus “amigos do facebook” que reproduzem automaticamente imagens falsificadas não têm condições de formularem duas frases com sujeito, verbo e predicado. Pedir um raciocínio encima do que acabam de divulgar é como chamar o cara de fdp. Fica ofendido.

O feice tem disso, revela que educação não se compra, nem inteligência se transfere. O espírito de manada pode até salvar almas tumultuadas mas não evita que desempenhem papais ridículos.

Os críticos do socialismo olham para a Venezuela e dizem: ‘nós avisamos’. Mas eles estão errados

Postado em 04 Mar 2014

por : Diario do Centro do Mundo

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Publicado originalmente no Independent.

POR OWEN JONES

Aqui está a narrativa da direita: o povo venezuelano saiu às ruas contra um regime que abusa dos direitos humanos. A resposta tem sido a repressão assassina, sendo cada morte uma prova contundente de uma autocracia monstruosa. As políticas econômicas do governo não serviram para nada além de ruína para a população, o que demonstra mais uma vez que o “socialismo” é um fracasso abjeto. Aqueles que desafiam esta narrativa, como eu, não são nada além de ingênuos, idiotas úteis, os equivalentes modernos dos fabianos que foram para a União Soviética de Stalin louvá-la como uma nova civilização.

Vamos dar algum contexto. Antes de Hugo Chávez ser eleito presidente em 1998, a Venezuela foi governada por várias administrações neoliberais. Em 1975, 15% dos venezuelanos viviam na pobreza. Duas décadas mais tarde, o número subiu para 45%. Quando venezuelanos protestaram contra o então presidente Pérez – que abandonou o neoliberalismo em 1989 -, todo o poder do estado foi jogada sobre eles no chamado “Caracazo”, um massacre da Praça de Tiananmen em que centenas de manifestantes foram abatidos.

Repelido pela elite política tradicional, os venezuelanos deram a Chávez uma vitória esmagadora em 1998. Na época, ele defendia a abordagem da Terceira Via defendida por Tony Blair, mas sua principal estratégia era usar a riqueza do petróleo para financiar programas sociais. As taxas de pobreza despencaram de 50% para cerca de 25%; a extrema pobreza foi reduzida em dois terços. Segundo a ONU, o que representa a segunda maior queda percentual de pobreza na América Latina.

O bastião tradicional do dogma neoliberal, o Banco Mundial, revela que, enquanto a renda per capita da Venezuela definhava abaixo da média do continente antes de Chávez chegar ao poder, ela é agora de US$13 120, mais alta do que Brasil ou Argentina, contra uma média de US$ 8 981. Apesar dos problemas econômicos recentes, a ONU revelou que a Venezuela teve a maior queda no número de pessoas em situação de pobreza na região em 2012.

Isso quer dizer que a Venezuela é uma espécie de paraíso? Não. A inflação está em mais de 50%. Sob o antecessor neoliberal de Chávez, Rafael Caldear, na década de 1990, ela superou os 100%. E, no entanto isso não foi apresentado como um fracasso do capitalismo de livre mercado.

A situação da lei e da ordem é simplesmente inaceitável, agravada por vários fatores: vizinhos em guerra civil na Colômbia; uma sociedade que está repleta de armas; e uma força policial ineficaz e corrupta. O apoio do governo a tiranias como a da Síria e a da Líbia não deve ser esquecido, mas dado o apoio ocidental a ditaduras infames como a da Arábia Saudita – e emprego lucrativo de Tony Blair na ditadura do Cazaquistão -, não vamos exagerar na dose de hipocrisia.

Mas dê uma olhada no comportamento da oposição. Em 2002, Chávez foi derrubado por um golpe apoiado pelo Ocidente, vigorosamente incitado por uma mídia privada que faz Fox News parecer liberal. E no entanto um levante popular devolveu o governo eleito ao poder. Imagine se o nosso governo eleito fosse derrubado por uma junta, matando muitas pessoas inocentes no processo, e a coisa toda fosse aplaudida por ITN e Sky News. Qual seria o resultado?

Quanto às credenciais democráticas do governo, quando Chávez foi eleito, em 1998, recebeu 3,7 milhões de votos contra 2,6 milhões da oposição. Em 2013, seu sucessor, Nicolás Maduro, recebeu 7,6 milhões de votos, contra 7,4 milhões da oposição. Os observadores internacionais têm repetidamente declarado que as eleições são livres. Em 2012, o ex- presidente dos EUA Jimmy Carter elogiou o processo eleitoral da Venezuela, dizendo ser “o melhor do mundo”. Quando Chávez perdeu um referendo constitucional em 2007, ele aceitou.

A Venezuela é um dos países mais polarizados do mundo. Negociações devem acontecer, os mortos precisam de justiça, o governo deve garantir as liberdades e a desordem violenta precisa acabar. Mas uma coisa é clara. Aqueles que usam os problemas da Venezuela para ganhar pontos políticos não têm nenhum interesse na verdade.

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Diário do Centro do Mundo » Os críticos do socialismo olham para a Venezuela e dizem: ‘nós avisamos’. Mas eles estão errados

27/02/2014

Venezuela x EUA: a pergunta que não quer calar

Filed under: Guerra do Petróleo,Isto é EUA!,Terrorismo de Estado,Venezuela — Gilmar Crestani @ 8:17 am
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Venezuela petroleoSe, como diz o Secretário de Estado norte-americano, John Kerry, “As tensões entre os dois países já duraram demais", por elas existem!? O que a Venezuela fez aos EUA para haver tensão? Por acaso a Venezuela anda se imiscuindo nos assuntos internos dos EUA?

Os EUA dizem e fazem o que bem entendem nos assuntos internos das nações porque há sempre uma classe de vira-latas que se vende por trinta dinheiros e algumas quinquilharia de Miami, se lixando para o resto da nação. É assim na Venezuela, em Porto Rico, que virou colônia de férias dos EUA, Argentina, Colômbia e Brasil.

Todo os dias lemos nos jornais e vimos pelas TV que o é bom para os EUA é bom para o Brasil. Nunca foi nem nunca será, pelo simples motivo de que países não têm amigos, tem interesses! Nos EUA, depois de 50 anos os documentos são liberados e a verdade vem a tona. No caso da Venezuela, está por demais clara a participação dos EUA desde o golpe que derrubou Hugo Cháves e colocou Pedro Carmona por dois dias na Presidência. Tempo suficiente para seu Pedro fechar o Congresso, Suprema Corte, e, por isso, ser reconhecido pelos EUA como “governante legítimo”…

EUA querem nova relação com Caracas

Provável embaixador venezuelano no país, porém, tem retórica de combate à influência americana no continente

Maximilien Arveláiz já serviu no Brasil, onde participou de ato de apoio a condenados no escândalo do mensalão

ISABEL FLECKDE NOVA YORK

Um dia depois de os EUA retaliarem Caracas, expulsando três diplomatas venezuelanos, o secretário de Estado americano, John Kerry, disse ontem estar disposto a tentar normalizar as relações entre os dois países.

"Estamos preparados para mudanças nessas relações. As tensões entre os dois países já duraram demais", disse Kerry à emissora MSNBC.

Kerry, porém, destacou que os EUA não vão aceitar ser "responsabilizados por coisas que nunca fizeram".

Há dez dias, quando expulsou três diplomatas americanos do país, Maduro acusou o governo americano de tentar "desestabilizar a democracia venezuelana".

Anteontem, o chanceler venezuelano, Elías Jaua, havia anunciado a indicação do atual assessor internacional de Nicolás Maduro, Maximilien Sánchez Arveláiz, para assumir o posto de embaixador em Washington.

As duas capitais estão sem embaixadores desde 2010, quando o então presidente Hugo Chávez se recusou a aceitar o nome indicado por Washington. Em retaliação, os EUA suspenderam o visto do então embaixador venezuelano, Bernardo Herrera.

A escolha do governo venezuelano para o posto, contudo, já levanta dúvidas sobre a intenção de Maduro de ter uma real reaproximação com os EUA.

Arveláiz, que serviu como embaixador no Brasil entre 2010 e 2013, sempre foi um importante articulador político de Chávez na América do Sul e representante de sua retórica de combate à influência americana na região.

Em setembro de 2012, em uma das poucas entrevistas concedidas no Brasil, ele atribuiu ao governo de Barack Obama "dois golpes de Estado: um em Honduras [2009] e outro no Paraguai [2012]".

"Chávez entregou a Obama o livro do [Eduardo] Galeano –escritor uruguaio, autor do clássico Veias Abertas da América Latina’, sobre os anos de exploração e dominação no continente. Mas parece que Obama não leu", disse Arveláiz ao blog do amigo José Dirceu.

No dia em que o presidente paraguaio Fernando Lugo foi destituído, em junho de 2012, Arveláiz esteve em Assunção com o então chanceler Maduro, acusado de incentivar as Forças Armadas paraguaias a se rebelarem contra a cassação de Lugo.

Ele também foi importante elo entre Chávez e a esquerda brasileira. Em 2013, foi criticado por participar, como embaixador, de um ato de apoio aos petistas condenados no caso do mensalão.

Em 2007, quando era ministro-conselheiro em Brasília, articulou a distribuição de um livro sobre Simón Bolívar em escolas públicas.

Descrito por Maduro como o "filho queridíssimo de Chávez", Arveláiz ostentava em seu escritório em Brasília uma foto jogando futebol de mesa com o comandante.

No ano passado, foi escolhido por Maduro para assessorá-lo em política externa "sob a nova ética socialista".

Caso os países resolvam restabelecer sua relação, o nome de Arveláiz ainda terá que ser aceito pelos EUA.

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