As revelações do WikiLeaks a respeito do papel da boqueteira substituta de Monica Lewinsky, que pode, diante do pato Donald Trump, até vir a gozar de novo, dizem mais a respeito do Brasil do que da Venezuela e dos EUA. Qualquer pessoa dotada de um mínimo de discernimento sabe que, como na fábula da rã e do escorpião, é da natureza dos EUA a busca de submissão de qualquer país aos seus interesses. Até aí, nada de novo a respeito dos impérios. Uma frase de Porfirio Díaz é suficiente para comprovar isso: "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos." Falar sobre isso é chover no molhado.
Além do DNA do escorpião, os EUA também tem atração fata pelo petróleo. E o roteiro das guerras mais recentes, desde a derrubada do Xá Reza Pahlevi, passando pela invasão do Kwait, Iraque até as mais recentes do Egito, Lívia, Ucrânia, Síria não é de estranhar que tenha tido papel crucial nas sucessivas tentativas de derrubar Hugo Chávez e agora Maduro. São todos países grandes produtores de petróleo.
E assim chega-se ao Brasil do Pré-Sal. Mas há aqui uma diferença substancial. Enquanto em relação aos outros países os EUA se obriga a agir de forma explícita e sub-repticiamente, com o Brasil se dá de forma absolutamente inversa. São os brasileiros que fazem comitiva para ir aos EUA oferecendo nosso Petróleo. Ficou famoso um convescote em Foz do Iguaçu quando José Tarja Preta Serra ofereceu a Chevron, caso fosse eleito, a Petrobrás. Não por acaso é da trupe que buscou mudar o nome para Petrobrax para torna-la mais atrativa, mais palatável ao paladar norte-americano.
O exército de vira-latas nacionais que peregrinam aos EUA, como faziam os sátrapas da antiga Pérsia, para oferecer o Brasil na bandeja pode ser visto pela TV, Rádio e Jornal todos os dias. Nossos quinta colunas são assumidos. Não têm a mínima vergonha de dizer que vão a Miami comprar ternos chineses. No Brasil adotam uma postura de fidalgos europeus, mas nos EUA são tratados como autênticos cucarachas made in Paraguai. Pior, gostam disso.
A pior das prostitutas têm mais dignidade que os nossos fundamentalistas que gozam só de virar a bunda pra meca imperialista. A sabujice, a subserviência aos interesses ianques é ativo da nossa plutocracia. O Google está aí para quem quiser saber quem são os que, por qualquer dá cá esta palha, praticam a arte de tirar os sapatos e arriar as calças ao Tio Sam. Nossos puxa-sacos peregrinam em busca de auxílio para melhor foder com o Brasil e os Brasileiros.
Se hoje temos uma cleptocracia provisória no Planalto, não é porque os EUA impuseram, mas porque é tudo o que nossas “instituições” tem a oferecer aos EUA em termos de capachismo.A diferença entre Brasil e Venezuela, com o perdão do vocabulário, é que enquanto os EUA fazem boquete na direita venezuelana, os nossos vira-latas fazem fila, cheirando um a bunda do outro, para fazerem boquete no Tio Sam.
Emails de Clinton revelam sabotagem contra a Venezuela
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Enquanto Hillary Clinton publicamente acolheu o aprimoramento das relações com a Venezuela como secretária de Estado, ela reservadamente ridicularizou o país e continuou a apoiar os esforços de desestabilização, como revelou seus emails vazados pelo WikiLeaks; em 2010, Clinton perguntou a Arturo Valenzuela, então secretário assistente de Estado de Relações Ocidentais, como "reinar sob Chávez". Valenzuela respondeu que, "precisamos considerar com cautela as consequências em confrontá-lo publicamente mas devemos avaliar as oportunidades de outros na região ajudarem"
30 de Julho de 2016 às 07:16 // Receba o 247 no Telegram
Da Carta Maior – Enquanto Hillary Clinton publicamente acolheu o aprimoramento das relações com a Venezuela como secretária de Estado, ela reservadamente ridicularizou o país e continuou a apoiar os esforços de desestabilização, como revelou seus emails vazados pelo WikiLeaks.
Em 2010, Clinton perguntou a Arturo Valenzuela, então secretário assistente de Estado de Relações Ocidentais, como "reinar sob Chávez". Valenzuela respondeu que, "precisamos considerar com cautela as consequências em confrontá-lo publicamente mas devemos avaliar as oportunidades de outros na região ajudarem".
Sua resposta estava alinhada com a estratégia da embaixada norte-americana em 2006, também revelada nos telegramas da inteligência do WikiLeaks: "uma proximidade criativa dos EUA até os parceiros regionais de Chávez irá desencadear um abismo entre eles e Chávez", disse o telegrama confidencial da embaixada. "Nos recusando a levar a sério cada surto de Chávez, vamos frustrá-lo ainda mais, pavimentando o caminho para mais erros Bolivarianos. Também abrimos espaço para que outros atores internacionais respondam".
A Espanha estava entre os países dispostos a ajudar os EUA em sua estratégia subversiva de relações exteriores. A ex-secretária de Estado, Madeleine Albright, passou a mensagem da administração do primeiro ministro conservador, Mariano Rajoy, em 2012, expressando intenções de "reorientar a política estrangeira da Espanha para que possa trabalhar com a dos EUA na América Latina, especialmente na Venezuela e em Cuba … Com o aparecimento de uma transição em Cuba e algo significante na Venezuela (e possivelmente nos Andes), uma relação forte de trabalho entre os EUA e a Espanha seria de grande ajuda".
Se tratando de reuniões regionais, Clinton estava especialmente preocupada com a Venezuela. Respondendo a uma declaração da ONU contra o golpe de Honduras em 2009 – que ela apoiou – Clinton mudou de assunto para a Venezuela: "Ok – mas eles já condenaram a Venezuela por negar liberdade de imprensa?" ela escreveu para o chefe de gabinete assistente, Jake Sullivan.
Ele respondeu: "eu duvido muito. E isso é só a ponta do iceberg", ao que Clinton escreveu, "Ah, esse iceberg proverbial". Clinton foi cautelosa em não responder a todas as "artimanhas" de Hugo Chávez, mas sua equipe insistiu que as políticas venezuelanas eram uma ameaça aos interesses estadunidenses.
Um e-mail aconselhando como gastar os fundos da Agência Estadunidense de Desenvolvimento internacional (USAID) sugeriu fortemente frear o apoio a estados de esquerda como Venezuela, Equador, Nicarágua e Cuba porque o dinheiro "poderia prejudicar um desenvolvimento democrático real ao entregar ‘propriedade’ a populistas centralizadores".
Clinton deveria usar linguagem como "’propriedade local’ de um modo sutil" para evitar que suas palavras sejam "usadas contra ela por demagogos e cleptocratas", disse o e-mail. Quaisquer fundos canalizados em tais estados não confiáveis, adicionou o e-mail, deve ser acompanhado de "mudanças de comportamento humano".
Ajuda internacional para a Venezuela foi deslocada, mas transmissões para contrariar "propaganda" local foram amplificadas.
O Conselho de Transmissão de Governantes (BBG) – que comanda as estações Marti, Voz da América, Rádio Livre Europa/Rádio Liberdade, Rádio Livre Ásia e as Redes de Transmissão do Oriente Médio – exigiram mais financiamento em um e-mail de 2010 enviado para Clinton para "combater os esforços de diplomacia pública para os inimigos da América, os quais ele (presidente Walter Isaacson) identifica como Irã, Venezuela, Rússia e China".
O BBG, com um orçamento anual de $700 milhões – agora em $750 milhões – estava "encarando uma competição crescente de incursões de outros governantes na transmissão internacional … incluindo a TeleSur da Venezuela".
Um mês depois, quando o Conselho estava sofrendo com cortes, a senadora da Flórida, nascida em Cuba, Ileana Ros-Lehtinen sugeriu que os recursos fossem focados em países de alta prioridade como Cuba, Venezuela e Equador. "Que a diversão comece – e vamos continuar com nossos planos", respondeu Clinton.
Outro e-mail vazado da agência de inteligência, Stratfor, descreveu o BBG como "responsável pelas agressões via TV e rádio contra Cuba", que recebeu sua própria categoria de financiamento estatal de quase $40 milhões. O Conselho se separou do controle do Departamento de Estado em 1999, se tornando oficialmente uma agência independente. "O Congresso concordou que a credibilidade do sistema de transmissões internacional dos EUA era crucial para sua efetividade como ferramenta diplomática", de acordo com o orçamento de 2008 do Congresso sobre operações estrangeiras.
Enquanto agia com frieza e desprezo com a Venezuela, Clinton era gentil com ‘jogadores’ da América Latina que se opunham às políticas de esquerda do país. Sua conselheira e chefe de gabinete, Cheryl Mills, a enviou uma recomendação para que Mari Carmen Aponte fosse apontada como embaixadora dos EUA em El Salvador. Aponte, notou o e-mail, "lutou consistentemente contra os esforços de Cuba e da Venezuela para ganhar influência na América Central e como resultado de suas habilidades de negociação, os EUA e El Salvador irão abrir um centro de monitoramento eletrônico novo e conjunto que será uma ferramenta para lutar contra crimes transnacionais".
Ela ganhou a indicação e depois se tornou secretária de Estado assistente de Relações Ocidentais.
Clinton também foi bombardeada por dizer, "estamos ganhando!" quando a oposição venezuelana ganhou a maioria de assentos no parlamento em 2015 e por servir como secretária de Estado enquanto a Administração Nacional de Segurança (NSA) espionava regularmente e Venezuela.
Créditos da foto: Tech Sgt. Cohen A. Young
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