Ficha Corrida

13/10/2016

Paraná, longe de Deus e perto do Paraguai

Filed under: Paraguai,Paraná,República das Araucárias — Gilmar Crestani @ 7:49 am
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Meus parentes do oeste paranaense que me perdoem, mas a terra das araucárias virou um pastelão ao estilo d’A Praça é Nossa. Nunca a primeira sílaba de uma capital se verifica tão adequada ao que acontece naquele Estado. Eles deveriam adotar por hino a música do Língua de Trapo, Tudo para o Paraguai:

Parodiando o político mexicano, Porfírio Diaz, o que faz do Paraná paraná é a sua proximidade com o Paraguai. O que seria do Golpe Paraguaio não fosse a proximidade do Paraná com o Paraguai de Curuguaty? Onde mais condenados por contrabando, com tornozeleira eletrônica, viram imagem institucional de conduta senão no Paraná?

Aí talvez mora a explicação porque os separatistas incluíram o Paraná para engrandecer o país dos gaúchos.

Compre direto do Paraná – Título de doutor honoris causa por R$ 1.300 em 12 x no cartão

07/10/201607/10/2016 Bajonas Teixeira

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Por Bajonas Teixeira, colunista de política do Cafezinho

Caros leitores, vejam que interessante e oportuna é essa venda online de título de doutor honoris causa. A instituição que fica no estado do Paraná, onde esse título anda muito cobiçado ultimamente, oferece o acesso facinho, por R$ 1.300.00  com aquisição online e pagamento em até 12 vezes no cartão. É só declarar de próprio punho, sem nenhuma certificação, algo sobre os ‘próprios’ méritos nas áreas contempladas, a saber: Parapsicologia, Terapias Holísticas, Psicanálise, Teologia, Capelania, Pedagogia, Educação e Administração. Talvez os profissionais sérios, de algumas dessas áreas, tomem alguma providência. Descubram aqui como tudo funciona, no Instituto Nacional de PARAPSICOLOGIA. (Observem a enorme diferença entre essa oferta a baixo custo e os títulos de doutor honoris causa recebidos por Lula de algumas das mais respeitadas universidades do Brasil e do exterior, como a Universidade de Coimbra e a Science Po, de Paris.)

Seguem os detalhes:

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"Para receber este título honorífico basta nos enviar via email suas qualificações de qualquer uma destas áreas: Parapsicologia, Terapias Holísticas, Psicanálise, Teologia, Capelania, Pedagogia, Educação, Administração. Depois fazer seu pagamento via Pagseguro Uol e seu Diploma de "Doutor Honoris Causa" será entregue em sua residência.

Comprovação de Mérito:

Para pleitear o Título basta ser uma pessoa com trabalhos comprovados na área que almeja, seja com formação acadêmica ou com comprovação de já ter feito algum trabalho na área desejada. Nesta modalidade não há provas ou curso. É um Título Honorífico de mérito por trabalhos prestados em um determindao tema ou assunto. Faça ainda hoje seu pedido pelo Título. é fácil e rápido, não há muita burocracia.

O Diploma de Doutor Honoris Causa é concedido a pessoas que tenham grande importância nos âmbitos social, cultural, científico, religioso/eclesiástico, filosófico, ou do melhor entendimento entre as comunidades, as Culturas, os povos e nações. Não é um Diploma Universitário de Graduação, Nem Técnico, Não necessita de ser Reconhecido pelo MEC. Têm a finalidade de Cárater Cultural de Reconhecimento livre para a Honra de Notório Saber; tal como exemplo é exercida a Psicanálise ou a Terapia Holística; também outras Ocupações e Profissões do Mundo Civilizado. O Diploma Doutor Honoris Causa "significa" que é um Diploma de Honra e para a Honra de Reconhecimento de Notório Saber concedido a: determinada pessoa sem discriminação de graduação, formação, raça, cor, partidarismo ou ideologia política. O Diploma Doutor Honoris Causa é concedido pela Honra, para a Honra e pelo reconhecimento de um Ser Humano do bem e que seja um Multiplicador do Bem através de seu Caráter, sua Cultura e de Sabedoria Humanitária Universal

D.H.C. DIPLOMA HONORIS CAUSA.

Taxa de emolumentos emissão: (Consulte/aqui/Tabela) – ou Solicite no Menu (Contato) do site mais Informações

Após aprovação da ficha é necessária a apresentação de documentação específica,  o prazo é de  30 dias (úteis) para emissão e entrega,  contando da data do recebimento da documentação no protocolo interno e administrativo da FANEH;

Primeiro procedimento é solicitar por escrito, através de email: contato@inppnet.com.br a ficha para concessão de Diploma Honoris Causa.

Apresentar documentos de formação ou graduação, entre outros cursos

Apresentar cópia dos documentos pessoais: CPF, RG e comprovante de residência

Apresentar declaração de quantidade de horas atendimento ou serviço social

Comprovar local de atendimento ou do trabalho trabalho Social ou da sua Comunidade

Apresentar declarações e certificados de palestras ou atividades realizadas e outras honrarias recebidas"

Caro leitor, O convidamos para visitar e curtir a página MÁQUINA CRÍTICA. Abraços.

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17/11/2015

O narcotráfico estaria migrando de Minas para o Paraná?

Filed under: Narcotráfico,Paraguai,Paraná,República das Araucárias — Gilmar Crestani @ 9:31 pm
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FHC apologia às drogasNo ano passado a Associação dos Delegados da Polícia Federal divulgou em seu site que “Cocaína saía da Bolívia, passava pelo Paraguai, Triângulo e interior de São Paulo e seguia para Juiz de Fora, onde era distribuída para Rio e Nordeste.” Minas havia se transformado de ponto de distribuição para o Nordeste. Até recentemente, devido à fartura de aeroportos clandestinos construídos por conhecido usuário, o narcotráfico tinha pouso suave nas alterosas. A apreensão do heliPÓptero de propriedade de um amigo do Napoleão das Alterosas não ganhou repercussão na mídia  alinhada à política tóxica do PSDB. Não é sem motivo que ninguém cobra de FHC por abraçar a causa da maconha.

Agora imagine se Lula ao invés de defender políticas sociais, defendesse a regulamentação da maconha… a Veja trataria de chama-lo de Pablo Escobar. Como se trata de parceiros, a Veja silencia.

Cocaína e maconha são drogas ilícitas. Fazer campanha pela liberação é apenas tentativa de legitimar o narcotráfico. E isso explica porque 450 kg de cocaína, como num passe de mágica, vira pó. Folha, Estadão, Globo, Veja, RBS dizem que “amigo Lula” foi denunciado por isso ou aquilo, mas eles não dizem que o helicóptero com 450 kg de cocaína era de amigo do Aécio. Por que esta diferença de tratamento? Porque nossa mídia é toxicômana!

 Agora surge a informação de que a FAB se viu na contingência de interceptar voo suspeito. É que no Paraná parece que a Polícia Federal e o MPF estão mais preocupados em caçar Lula do que narcotraficante.

Há outra coincidência: enquanto foi saído o governador do PSDB em Minas, no Paraná  a República das Araucárias continua sob a batuta do Beto Richa.

O mais engraçado nesta história é que os toxicômanos golpistas costumam imprecar contra Lula, por gostar de uma biritas, chamando-o de Brahma.

FAB intercepta avião, dá tiro de advertência e força pouso em SP

De acordo com a nota, o procedimento foi adotado por se tratar de "uma aeronave suspeita de tráfico de drogas que desobedeceu as orientações iniciais determinadas pela defesa aeroespacial brasileira"

postado em 17/11/2015 08:29

Agência Estado

Reprodução/Internet - 25/9/12Avião do modelo Sêneca EMB-810C, um aparelho igual a este fez pouso forçado no interior de São Paulo

O Comando da Aeronáutica distribuiu nota oficial na segunda-feira (16/11) informando que caças da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram o avião Sêneca EMB-810C, matrícula PT-WHM, no nordeste do Mato Grosso do Sul, e o acompanharam até as proximidades da cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo, obrigando-a pousar.
De acordo com a nota, o procedimento foi adotado por se tratar de "uma aeronave suspeita de tráfico de drogas que desobedeceu as orientações iniciais determinadas pela defesa aeroespacial brasileira". O caso está sendo investigado pelas autoridades policiais.
A Força Aérea explicou, em nota, que o tiro de advertência foi dado para obrigar o avião suspeito a pousar. Lembra ainda que o processo seguiu todos os trâmites legais previstos no decreto nº 5.144, de 16/07/2004, inclusive com a realização do tiro de aviso, recurso que tem como objetivo alertar o piloto para a obrigação de atender às determinações dos caças da FAB.
Em 24 de outubro, a FAB perseguiu e atirou em uma outra aeronave que voava sem plano de voo e fazia uma rota "conhecida por ser utilizada para atividades ilícitas", conforme informação divulgada pela Aeronáutica, na época. Neste caso, no entanto, o piloto não atendeu ao tiro de advertência para que descesse em local determinado pela FAB e "evadiu-se pela fronteira com o Paraguai", não sendo localizado, naquele momento.
Leia mais notícias em Brasil
No dia 26 de outubro, no entanto, um avião monomotor com várias marcas de tiros foi encontrado pela Polícia Civil no aeroporto municipal de Paranavaí, no noroeste do Paraná. A suspeita era que esta era a mesma aeronave perseguida pela Força Aérea Brasileira (FAB) dois dias antes, em Japorã, Mato Grosso do Sul. Este avião apreendido, foi levado para o pátio da Delegacia da Polícia Civil de Paranavaí e os documentos encontrados na cabine foram enviados à Polícia Federal (PF).

FAB intercepta avião, dá tiro de advertência e força pouso em SP – Correio Braziliense – Política e Brasil

13/11/2014

Proximidade do Paraná com Paraguai explica

Filed under: Golpismo,Golpistas,Paraguai,Paraná — Gilmar Crestani @ 9:21 am
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Nestas horas me vem à lembrança o hit do Língua de Trapo:

Ponte da Amizade, onde tudo pode
Pó de cocaína , pó de guaraná.
Ponte da Amizade onde tudo passa,
Caminhão e Kombi, Brasilia e Passat

Contrabando vem, Contabando vai
A gente vai levando, carregando tudo
Lá do Paraguai.

Delegados da Lava Jato atacam PT na internet

:

Durante a campanha eleitoral, perfis de policiais da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que atuam na operação que investiga o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, chamaram o ex-presidente Lula de ‘anta’ e compartilharam reportagens a favor do então candidato tucano Aécio Neves; revelação, da jornalista Julia Dualibi, aponta politização da Operação Lava-Jato; ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, poderá tomar medidas disciplinares

13 de Novembro de 2014 às 05:17

247 – Delegados da Superintendência da Polícia Federal do Paraná, que atuam na Operação Lava Jato, que investiga o esquema comandado pelo doleiro Alberto Youssef, usaram as redes sociais para exaltar o tucano Aécio Neves e atacar o PT.

O delegado Marcio Anselmo, coordenador da Operação, por exemplo, escreveu: “Alguém segura essa anta, por favor", em uma notícia cujo título era: "Lula compara o PT a Jesus Cristo".

Em outros trechos divulgados em reportagem de Julia Dualibi, no Facebook, os delegados compartilharam propaganda eleitoral do então candidato tucano com o conteúdo da delação premiada de Youssef, que teria acusado Dilma e Lula de conivência com os desvios.

Eles também repassaram notícias sobre o depoimento à Justiça de Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás, dizendo que o PT recebia 3% do valor de contratos supostamente superfaturados.

Um deles, o delegado Igor Romário de Paula, da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, participa de um grupo chamado Organização de Combate à Corrupção, cujo símbolo é uma caricatura de Dilma coberta por uma faixa vermelha de "Fora, PT!". Ele também compartilhou um link da revista inglesa The Economist que defendia voto em Aécio e outras propagandas eleitorais do tucano.

A postura foi contestada por especialistas. Segundo o professor de Direito Administrativo Floriano Azevedo Marques, da USP, o servidor não pode se valer de informações sigilosas para fazer suas manifestações: “não convém que (o delegado) repercuta informações sobre a investigação que está conduzindo” (leia mais).

02/11/2014

Neoautoritarismo en Paraguay do Álvaro Dias

Filed under: Autoritarismo,Álvaro Dias,CIA,Golpismo,Golpistas,Paraguai — Gilmar Crestani @ 9:49 pm
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Figurinha distribuída pelo Álvaro Dias, no Facebook, em defesa dos golpistas paraguaios

Paraguai e CIAQuem não lembra da defesa enfática que Álvaro Dias fez dos golpistas paraguaios. Foi ali, com Federico Franco, plantada a gênese do golpe que o mau perdedor PSDB busca insuflar no Brasil. O balão de ensaio paraguaio está dando semente e o PSDB, além do tapetão no TSE, também abriu as bocas de lobo para soltar as ratazanas do golpismo. Quem não tem voto, dá golpe.

Fica a lição paraguaia: não basta dar golpe, a direita também precisa prender, torturar, estuprar, matar e depois esconder os pedaços para que as famílias não reconheçam!  Se não der certo, basta aprovar uma lei de auto anistia.

Neoautoritarismo en Paraguay

Por Rocco Carbone * y
Clyde Soto **

Cuando el poder no encuentra topes que lo contengan se desborda. Y es (casi) imposible que bajo tal circunstancia no se produzcan abusos: exabruptos destinados a reforzar la posición desde donde se posee la responsabilidad –convertida, por falta de límites, en privilegio– de determinar el curso de las cosas. El poder desbordado se convierte en abusivo y el poder abusivo desafiado suele transformarse en violento (violencia explicitada en símbolos o en materialidades), pues para sostenerse precisa neutralizar las resistencias. La violencia del poder abusivo vuelve dificultosa la convivencia humana bajo el signo de la cordura.

Si se mira al Paraguay actual no se puede menos que visualizar la escalada de hechos que ratifican la descomposición de la política (entendida en un sentido democrático) a expensas de un renovado autoritarismo. Es que el viejo poder reconcentrado bajo la figura y las huestes del dictador entre 1954 y 1989 nunca fue contestado de manera suficiente como para erradicarlo definitivamente o para siquiera matizarlo de manera estable bajo los límites democráticos. Preso de un proceso que nada más reacondicionó al sistema político para preservar el poderío de los sectores enriquecidos y beneficiados bajo el régimen, el Paraguay entre 1989 y 2008 vivió una transición sin alternancia. Después se vino el interregno del gobierno de Fernando Lugo, pero luego del golpe, en junio de 2012, el país volvió a una vieja y aparentemente imperecedera hegemonía: la del Partido Colorado (Asociación Nacional Republicana, ANR). Partido co(n)fundido con el Estado y que dentro de sus márgenes supo cobijar, también, al autoritarismo stroesnista.

Dado el contexto, el prefijo “neo” quizás ni siquiera sea necesario para identificar los rasgos comunes al conjunto de abusos autoritarios teñidos del estilo stroesnista que están asolando en estos días al Paraguay, tanto dentro como fuera de sus propias fronteras.

La violencia de ese stroesnismo que nunca se fue se hizo patentemente dolorosa con el asesinato de dos personas por parte de sicarios en el norte del país: un periodista, Pablo Medina, y una joven que lo estaba acompañando en su recorrido, Antonia Maribel Almada, de apenas 19 años. Como responsables se señala a sectores vinculados con el narcotráfico, que hacía ya tiempo venían amenazando al periodista. Lo más grave del caso es la supuesta vinculación de un intendente de la ANR con el crimen: y peor aún es que ya siendo candidato al cargo, en 2010, circulaban denuncias acerca de sus nexos con el crimen organizado en torno de las drogas. El stroesnismo debe ser señalado si se quiere poner a este crimen en su contexto de más largo plazo. Recordemos que a Santiago Leguizamón lo asesinaron hace 23 años, en 1991, apenas iniciada la transición a la democracia. Y no debe olvidarse quién fue el primer presidente de dicho período, un general que como mínimo fue seriamente sospechoso de tener relaciones con el macabro negocio del narco. La dictadura cayó cuando dicho negocio ya estaba floreciente, con participación o anuencia de poderes políticos enquistados en el Estado. Ninguna narcorrepública (palabra repetida en estos días de conmoción) nace de la nada. Cuando se hace plenamente patente es porque ya lleva tanto tiempo que ha ganado suficiente confianza como para mostrarse en su esplendor, sin tapujos. Así es ya en Paraguay, como en otras tantas latitudes de América latina.

El asesinato es el despliegue extremo del poder autoritario instalado. Esto se ratifica en los 115 casos de campesinos asesinados en el marco de la lucha por la tierra entre 1989 y 2013 –incluidos los del caso Curuguaty–, documentados en el Informe Chokokue de la Coordinadora de Derechos Humanos del Paraguay (Codehupy). Asesinato como forma nada singular, ya que el neoautoritarismo se manifiesta de manera diversa y apabullante en otros numerosos hechos. Se inscribe en el cuerpo de Rubén Villalba, que milita desde la cárcel de Tacumbú. Porque la militancia se hace con esa plataforma básica que es el cuerpo, que es el aparato político por excelencia: continente físico, espacio político, hábitat desde donde se produce la resistencia al poder. Y Rubén resiste con su cuerpo encarcelado, con su cuerpo que no pudo soportar la tercera huelga de hambre en 28 meses luego de la masacre de Marina Kue. La lucha de Rubén es la lucha de todx campesinx sin tierra. Y decir “sin tierra” es negar el derecho básico a la vida en el caso específico del campesinado.

El autoritarismo stroesnista se verifica también en ese Paraguay que está fuera de sus fronteras. En la Argentina, concretamente, en el Deportivo Paraguayo, situado en la ciudad de Buenos Aires, el 11 de este mes. Ese día se armó un panel del que participaron los senadores Víctor Bogado, Hugo Richer, Arnaldo Giuzzio y el ex diputado Salym Buzarquis (todos de diferentes partidos), con la finalidad de recordar la modificación del artículo 120 de la Constitución para habilitar el voto de las personas paraguayas residentes en el extranjero y también con vistas a expresar un compromiso político para que aumente la participación de migrantes en las elecciones. Esto: escenario Deportivo puertas adentro. Porque en el espacio público distintas organizaciones político-culturales estaban en pie de protesta en contra de las políticas autoritarias del gobierno Cartes. Frente a ellas, los militantes colorados presentes no supieron responder mejor que con amenazas, violencia física e insultos en contra de lxs compañerxs militantes, gestualidades entre las que circularon un “vos estás marcada” o un “vos no sabés quién soy, te voy a romper la cara para que te acuerdes toda la vida”. Son emergentes lingüísticos del neo o viejo autoritarismo: el ¿inconsciente? político habla.

¿Cómo puede olvidarse la nefasta herencia stroesnista cuando salen al conocimiento público los sistemas corruptos de tráfico de títulos, de notas y de puntos en diversas facultades e institutos universitarios, incluidas las facultades de Derecho de la Universidad Católica y de la Universidad Nacional de Asunción (UNA)? Quizás no tendría que sorprender todo esto, dado que nada menos que el actual rector fue electo a partir de una especie de batalla seccionalera del coloradismo. Estos hechos no deben ser mirados como meras anécdotas de la coyuntura: la corrupción en las carreras de Derecho alimentará un sistema judicial tan descompuesto como sus integrantes, puesto al servicio de la injusticia y del sostenimiento de los poderosos desbocados en sus apetencias.

Y ya que estamos en recuento: ¿cómo olvidar la ilegalidad del apresamiento, interrogatorio y procesamiento de un estudiante chileno? No más por haber estado registrando la manifestación de la Federación Nacional de Estudiantes Secundarios (Fenaes), que realizó una toma simbólica del Ministerio de Educación en demanda de una educación gratuita y de calidad. Entretanto, mientras un fiscal malgasta su tiempo pagado por lxs contribuyentes en perseguir y encarcelar a activistas, un diputado quedó libre –y aún conserva su cargo– pese a haber confesado autoría en el robo de recursos públicos por vía del pago a personas trabajadoras de su casaquinta, quienes supuestamente eran funcionarios públicos cuando en realidad eran parte de un esquema de corrupción entre congresistas.

Paraguay se sacude (casi) cotidianamente con este tipo de casos y noticias. Que remiten menos a un anecdotario que a lastres autoritarios vigentes en los confines nacionales del país y hacia afuera de sus fronteras, también; menos a procesos de ampliación de derechos –vigentes en varios países de la región– que a privilegios. ¿Hasta cuándo seguirá siendo ésta la forma del agua en el país mediterráneo?

* Profesor de la Universidad Nacional de General Sarmiento e investigador del Conicet.
** Investigadora del Centro de Documentación y Estudios (CDE, Paraguay).

Página/12 :: El mundo :: Neoautoritarismo en Paraguay

09/04/2014

A Ucrânia é aqui, no Paraguai

Filed under: Alfredo Stroessner,Ditabranda,Ditadura,Paraguai — Gilmar Crestani @ 10:00 pm
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A mídia brasileira faz o fácil. Publica tudo o que chega pronto made in  USA. Se a CIA fornece, o PIG obedece. Sabemos quando Putim da um pum, ou quando Maduro endurece, mas nada é dito sobre o que acontece no Paraguai, este país capitalista modelo. Só é publicado quando o material vier em embalagens “top secret” enviadas por quem finanCIA. Será porque no Paraguai a Ditadura de Alfredo Stroessner está sendo levada ao banco dos réus, ao contrário da nossa ditabranda?!

Baltasar Garzón, rodeado de activistas paraguayos, anuncia la ampliación de la querella.

Imagen: Bernardino Avila

EL MUNDO › CON APOYO DE BALTASAR GARZON, AMPLIAN LA QUERELLA EN ARGENTINA

El genocidio de Stroessner

La Federación Nacional Aché decidió ampliar la querella presentada en junio del año pasado ante el juzgado federal de Oyarbide para juzgar a los responsables de cometer crímenes de lesa humanidad entre 1954 y 1989.

Con el respaldo del ex juez español Baltasar Garzón, la comunidad indígena Aché de Paraguay presentó ayer una denuncia por el genocidio cometido durante la dictadura de Alfredo Stroessner. Amparada en el principio de jurisdicción universal, la Federación Nacional Aché decidió ampliar la querella presentada en junio del año pasado ante el Juzgado Federal

Nº 5, a cargo del juez Norberto Oyarbide, con el fin de encontrar y juzgar a los responsables de cometer crímenes de lesa humanidad entre 1954 y 1989. “Prácticamente un 60 por ciento del pueblo Aché fue desaparecido, eliminado, con robos de más de doscientos niños que fueron entregados a la servidumbre doméstica, vendidos, entregados en adopción ilegal”, dijo Garzón, presidente del Centro Internacional para la Promoción de los Derechos Humanos (Cipdh), quien acompañó la presentación judicial.

Yudith Rolón, una de las querellantes y titular de la Dirección de Verdad, Justicia y Reparación de Paraguay, lamentó el poco compromiso de la Justicia de su país con el exterminio Aché. “El 6 de agosto del año pasado hemos decidido desde Paraguay, junto a otros compañeros, presentar esta querella a los efectos de buscar justicia desde el principio de la jurisdicción universal. Hemos visto muchísimas veces cómo en Argentina se está ejerciendo justicia. Sin embargo, en Paraguay somos meros espectadores. Nuestra misión como querellantes es abrir esta causa y que se investiguen estos hechos”, apuntó. Además, destacó que las demandas presentadas ante la Justicia argentina van más allá de los crímenes relacionados con el Plan Cóndor.

Juan Maira, abogado de los querellantes, contó que el inicio de las matanzas tuvo como objetivo despojar de sus tierras a la comunidad Aché. “En 1968, se constituye, por el gobierno de Stroessner, lo que se llamó la colonia ‘Rata de monte’. Necesitaban las tierras por una cuestión económica. Entonces, entre el gobierno y los civiles comenzaron a cazar, aunque el término parezca demasiado duro, a los miembros de la comunidad como si fueran animales. Porque los querían en un ghetto. Era una reserva de la que no se les permitía salir. Ahí no vendían solamente a los chicos, sino que a veces también se vendían a las mujeres para servidumbre”, señaló. El abogado no dudó en denominar genocidio a lo ocurrido en esa comunidad porque, según él, fue parte de un plan sistemático para exterminar a los Aché. “Creemos que pudo haber sido desaparecido el 60 por ciento o incluso más. Se calcula que podrían haber desaparecido aproximadamente unas 200 personas. En realidad, la cantidad exacta de habitantes es imposible de calcular. Como eran los dueños ancestrales de esas tierras no se tiene un cálculo exacto”, indicó.

Por su parte, Carlos Ortellado, cuyo padre fue asesinado hace 38 años por las fuerzas del régimen de Stroessner, explicó a Página/12 que la Justicia argentina es la única alternativa ante la falta de respuesta del Estado paraguayo. “Poco a poco vamos avanzando, pero gracias al esfuerzo de los familiares. Nosotros conseguimos la designación de la Defensoría del Pueblo a pedido de las víctimas. Sacamos leyes, a pedido de las víctimas. Respecto de los desaparecidos, tenemos 23 esqueletos que hay que identificar, pero el trabajo de encontrarlos fue nuestro. No fue una decisión del Estado. La única forma de llegar es saltar. Es decir, buscar otras instancias”, aseguró.

Ortellado también resaltó la continuidad de la cultura represiva en su país y vinculó el genocidio Aché con la masacre de Curuguaty, el asesinato de campesinos que terminó con el gobierno del ex presidente Fernando Lugo en 2012. “El famoso Marina Cué es el terreno de los Aché. En ese lugar fueron ejecutados varios indígenas, ocurrió una verdadera masacre: se ejecutaron a once campesinos. En Paraguay, la democracia está en deuda. Se cambió un gobierno constitucional que fue elegido por el pueblo paraguayo”, sostuvo. Desde su visión, el problema radica en que muchos de los familiares de los represores de la dictadura ocupan puestos clave en los poderes del Estado.

“Venimos a pedir justicia, hubo torturas, violaciones, maltratos. No podemos soportar este dolor que sufrimos en nuestro país, este daño que han hecho a nuestro pueblo originario. Sentimos un inmenso dolor. Pedimos que el Estado responda por el daño a nuestro pueblo”, declaró Ceferino Kreigi, miembro de la comunidad Aché, durante la presentación. A su turno, Garzón elogió a la Argentina. “Este país cumple un rol ejemplar al investigar estos casos”, destacó.

Informe: Patricio Porta

Página/12 :: El mundo :: El genocidi

25/03/2014

Método paraguaio só pode ser aplicado no Paraguai!

tio samNão vi nos grupos mafiomidiáticos a mesma preocupação com a legalidade, nem com a rapidez, nem com qualquer outro tipo de preocupação, quando do afastamento do Presidente Fernando Lugo, pelo Paraguai. Aliás, o PSDB, secundado pela mídia, abraçou a causa como se fosse sua. Álvaro Dias, em muitos anos de parlamento, trabalhou mais pela causa paraguaia do que pela do Brasil. A ponta que une dos dois fatos chama-se EUA. No Paraguai, foi com instrução e apoio logístico da CIA/NSA que os deputados casaram, num processo que sequer durou 24 horas, o Presidente.

A deputada havia sido recrutada pelo CIA/NSA numa jogada marcada com o Panamá para atacar os países da UNASUL. O Paraná é, depois de Porto Rico, o entreposto norte-americano para a importação de drogas da Colômbia, que aliás também tem, coincidentemente, bases militares norte-americanas.

Chavista cassa deputada na Venezuela

María Corina perdeu mandato de forma sumária, segundo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello

Motivo seria ter aceitado oferta do Panamá para discursar na OEA; ato ocorre na véspera de missão da Unasul chegar

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, pela Folha (Leia-se, CIA/NSA)

Em uma decisão sumária, que não teve apreciação da Justiça do país, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Diosdado Cabello, afirmou ontem que a deputada de oposição María Corina Machado perdeu o seu mandato e está proibida de entrar na Casa.

Cabello afirma que Corina violou dois artigos da Constituição (149 e 191) ao aceitar o papel de representante suplente do Panamá e solicitar o direito à palavra em uma sessão da OEA (Organização dos Estados Americanos) na sexta-feira.

Em declaração publicada em sua conta no Twitter, a deputada negou a cassação.

"Senhor Cabello: eu SOU deputada da AN [Assembleia Nacional] enquanto o povo da Venezuela assim o quiser", escreveu após chegar a Lima, no Peru, para um seminário da Fundación Liberdad, do escritor Mario Vargas Llosa.

Ele disse que voltará à Venezuela o mais cedo possível para continuar a luta contra o governo. "Vamos lutar até vencer. O regime brutal de Nicolás Maduro pensou que com essa repressão iria nos assustar, mas nos deu mais força". E acrescentou: "Cabello deveria ler a Constituição. Ele não tem poder nem instrução da Assembleia para destituir um deputado".

Na sexta-feira, o Panamá havia cedido sua cadeira na sessão da OEA para que a deputada fizesse um relato sobre a situação no país, que vive intensos protestos contra o governo desde o início de fevereiro.

Os embaixadores dos Estados-membros da OEA aprovaram, no entanto, por 22 votos a favor, 3 contrários e 9 abstenções, o pedido da missão venezuelana para que fosse retirado da agenda o ponto dedicado à situação no país, fazendo com que Corina perdesse a palavra.

Cabello, que lidera a maioria governista da Assembleia, disse que Corina será também investigada por "traição à pátria". "Ela não tem mais imunidade parlamentar, pode ser detida a qualquer momento, sem prévia notificação de ninguém", disse Cabello.

Neste mês, Maduro rompeu relações com o Panamá porque o país levou a crise na Venezuela para a OEA.

O artigo 191 da Constituição da Venezuela afirma que nenhum deputado "pode aceitar ou exercer cargos públicos sem perder seu mandato, exceto em atividades docentes, acadêmicas, acidentais ou assistenciais, sempre que não suponham dedicação exclusiva".

Já o artigo 149 diz que nenhum deputado pode aceitar cargos e honras de governos estrangeiros sem autorização da Assembleia Nacional.

A destituição da deputada opositora acontece um dia antes do início da reunião, convocada pelo governo, de chanceleres da Unasul (União das Nações Sul-Americanas) em Caracas para discutir a situação do país.

Já são 36 os mortos desde 12 de fevereiro devido aos protestos na Venezuela.

No domingo, uma grávida morreu em Guaicaipuro, no Estado de Miranda, ao receber um tiro. Ontem, um sargento da Guarda Nacional foi morto em Mérida enquanto desbloqueava uma via.

07/03/2014

Paraguai

Filed under: Base Militar,CIA,Golpismo,Paraguai — Gilmar Crestani @ 8:13 am
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Na imagem, a realidade do Paraguai vendida pela CIA e distribuída no feicebuque por quem nunca esteve lá.

Paraguai e CIANo Brasil, os mesmos que adulteram imagens de Lula, da ficha falsa da Dilma, divulgam imagens da Haiti como se fosse do Brasil, ou da Líbia e Iraque como se fossem da Venezuela, agora também resolveram defender o Paraguai para atacarem o Brasil. Que a CIA faça isso, é de seu papel, e tem orçamento bilionário pra isso. Agora, quando brasileiros fazem isso, só posso admitir que o complexo de vira-lata continua mais vivo do que nunca.

Só Língua de Trapo explica de forma bem humorada porque o uso, pelos sem noção, da “pujança” Paraguaia para condenarem o Bolsa Família:

Atentado a la zona de paz

Por Emir Sader

El aislamiento político de Estados Unidos en América del Sur tenía su correlato en el aislamiento militar. La base de Manta, en Ecuador, fue desactivada, así que Rafael Correa fue elegido presidente del país. En el paso de la presidencia de Colombia de Uribe a Santos, éste no apeló la decisión del Poder Judicial colombiano en contra de las ocho bases militares de la Operación Colombia, que no fueron así viables.

Cuando los gobiernos de América del Sur constituyeron el Consejo Sudamericano de Defensa, la entonces secretaria de Estado de los Estados Unidos Condoleezza Rice preguntó al entonces ministro de Defensa de Brasil Nelson Jobim cuál sería el lugar de Estados Unidos en ese nuevo órgano y tuvo como respuesta: “Distancia”. En su última reunión, a fines de enero, en La Habana, la Celac, a propuesta del gobierno cubano, decretó a América latina y el Caribe como “zonas de paz”.

Para intentar superar su aislamiento, también en el plan militar corrían rumores, aun durante el gobierno de Fernando Lugo, de que militares norteamericanos estaban instalados en territorio paraguayo, de forma no oficial, sin conocimiento del mismo gobierno de ese país.

Ahora llega la noticia de que el día 24 de febrero de este año, el Comando Sur de EE.UU. instaló un Centro de Operaciones para Emergencias en la ciudad paraguaya de Santa Rosa del Aguaray, en el departamento de San Pedro, al norte de ese país.

El anuncio fue hecho dos días antes por el director de planificación del Comando Sur, George Ballance, después de una reunión con el ministro de Defensa Nacional de Paraguay, Bernardino Soto Estigarribia. El embajador de Estados Unidos y dos diputados del Partido Colorado asistieron a la instalación de la base militar norteamericana.

De esa forma el país del Norte, después del golpe blanco que derrumbó a Fernando Lugo, recibe los dividendos de su nueva estrategia de cambio de gobiernos en América latina, para abrir espacio para la recomposición de sus espacios militares en la región. Mientras, el gobierno de Horacio Cartes cumple su proyecto de volverse el aliado privilegiado de Washington en la región.

La decisión no pasó por ninguna discusión publica ni tampoco por votación en el Parlamento paraguayo. De hecho, la penetración de agentes norteamericanos en el Estado paraguayo nunca dejó de existir, ni siquiera durante los años de gobierno de Lugo. Ya antes de la instalación del centro, la zona se había ido militarizando con la presencia de fuerzas norteamericanas.

Es una zona de grandes luchas campesinas de resistencia al control de las tierras por grandes corporaciones de exportación de soja, además de la presencia en territorio paraguayo del ambicionado reservorio de agua dulce más importante del mundo, el Acuífero Guaraní.

El disfraz de la instalación de la base militar es que se trataría de un centro de operaciones de “emergencia”, buscando pasar la idea de que tenía como función actuar en contra de situaciones de desequilibrio, ecológico o de catástrofes naturales.

Pero el Consejo Sudamericano de Defensa tiene que crear una jurisprudencia respecto de la presencia de tropas extranjeras en territorio de América de Sur, caso contrario la utilización de tropas norteamericanas acantonadas en ese centro podrán generar conflictos, que quedarán fuera de la posibilidad de intermediación de paz del Consejo. Al igual que la decisión de la Celac, se debe imponer una reglamentación que impida que bases militares de potencias externas a la región se instalen en la zona de paz de América latina y el Caribe.

Página/12 :: El mundo :: Atentado a la zona de paz

07/10/2013

Golpe paraguaio e CIA Ltda

Filed under: CIA,Golpe Militar,Paraguai,Terrorismo de Estado,WikiLeaks — Gilmar Crestani @ 9:33 am
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Campesinos y policías cerca de la finca de Curuguayty donde tuvo lugar el enfrentamiento armado.

EL MUNDO › FABRICIO ARNELLA, DE ARTICULACION CURUGUATY

“No hubo emboscada”

Policías mataron a once campesinos, pero ni uno solo fue imputado en el juicio. En cambio acusan a 15 campesinos de matar a seis policías. La denuncia de un activista.

Esta semana se decidirá el futuro de la causa por la masacre de Curuguaty, en la que once campesinos y seis policías murieron en una finca tomada el 15 de junio de 2012 en el este de Paraguay. El confuso episodio disparó la destitución del entonces presidente Fernando Lugo. “Se debate entre la nulidad completa o la elevación a juicio oral, por los delitos de invasión de inmueble, homicidio y asociación criminal”, explicó a Página/12 Fabricio Arnella, miembro de Articulación Curuguaty, que nuclea a organizaciones de derechos humanos y agrupaciones políticas y sociales. Los 15 procesados son campesinos. No hay ningún policía imputado. “En este caso se ha violentado el Estado de Derecho de cabo a rabo”, sostuvo Arnella, quien consideró que no se respetó el debido proceso y que la causa está repleta de irregularidades.

La masacre de Curuguaty cimentó el retorno del Partido Colorado al poder y desnudó la lucha por la tierra en un país esencialmente agrario. Con el arribo de Horacio Cartes a la presidencia se inició un proceso de concentración de hectáreas y de persecución al movimiento campesino, dijo Arnella. “Paraguay va camino a la construcción de un enclave de carácter terrorista y neoliberal. Mientras en la región van perdiendo legitimidad los gobiernos de Santos y Piñera, hay una necesidad de fortalecer al Paraguay para intervenir en los demás países del Cono Sur”, afirmó.

–Según la Fiscalía, los campesinos emboscaron a la policía en Curuguaty.

–Hay muchísimos elementos que fueron saliendo a la luz y que contradicen la versión de la Fiscalía, que es tomada por los medios de comunicación con la intención de generar una conmoción tal que justifique el juicio. Existe un video donde se escucha que los primeros tiros son ráfagas de fusiles automáticos de la policía de elite, algo irregular para un desalojo: 324 efectivos policiales contra 63 campesinos. Según el informe de la Comisión de Derechos Humanos de Paraguay, al menos seis de los 11 campesinos fueron ejecutados luego del enfrentamiento. Hay pruebas que fueron presentadas y que se ocultaron. Todos elementos que desmontan la teoría de la emboscada, que es la de la Fiscalía.

–¿La masacre de Curuguaty fue producto del conflicto por la tierra o parte del plan para desplazar a Lugo de la presidencia?

–Hay un poco de acto ejemplificador por parte de la oligarquía paraguaya contra el movimiento campesino: “Si insisten en esto de luchar por la tierra y la ocupación, éste es el resultado”. Pero esencialmente fue el primer acto de un montaje para allanar el retorno del Partido Colorado. El 15 es la masacre, el 22 es el juicio sumarísimo a Lugo, que duró 16 horas, donde todo el mundo fue testigo de ese bochorno. Y el 21 de abril, finalmente, tuvieron lugar las elecciones más irregulares en la historia democrática de nuestro país desde la caída de Stroessner en 1989.

–¿Qué vino a frustrar el golpe a Lugo?

–La caída del Partido Colorado, luego de 61 años a manos de una alianza sumamente heterogénea, marca el inicio de la apertura democrática. Y algunos cambios sustanciales que se fueron sintiendo en la democratización de las instituciones del Estado, de los programas sociales, la gratuidad de la salud y la posibilidad de que las grandes corporaciones que durante décadas explotaron sin ningún tipo de control, se pudieran ver amenazados por el avance de los sectores más progresistas. Y el freno de las privatizaciones de empresas públicas. La emergencia del sujeto campesino, sindical, obrero, como un actor preponderante en la política nacional, es algo que en suma molestaba más que el propio Lugo.

–¿Cómo afectará la ley de militarización a los campesinos?

–La ley habilita al Poder Ejecutivo a militarizar por decreto cualquier zona del país ante “cualquier presencia de enemigos internos”. Hasta hoy tenemos un campesino asesinado desde su aprobación. Hay cada vez más allanamientos por la madrugada en casas de dirigentes y militantes, interrogatorios a adolescentes, incautación de materiales de formación marxista como elementos probatorios de asesinatos y secuestros. Elementos clásicos del terrorismo de Estado que tienen como objetivo aniquilar a la dirigencia social campesina y para el avance del modelo agroexportador del monocultivo de soja.

–¿Puede volver a ocurrir otra masacre?

–Es lo más probable. La situación en la que se debate nuestro país es el conflicto por la tierra. El modelo agroexportador no deja ninguna renta para el país. No produce ningún beneficio. Los grandes productores no pagan impuestos. El modelo extractivista y el modelo de agricultura familiar no pueden coexistir. La triplicación de la producción de soja, que es la propuesta de Cartes, deberá pasar indefectiblemente por la expulsión de las pocas comunidades campesinas que aún resisten a los polos urbanos a la emigración. Hacia eso vamos.

–¿Lo que pasó en Curuguaty fue necesario para el retorno de los colorados?

–La asunción de Cartes permitió el reciclaje de personajes nefastos. Como el canciller Eladio Loizaga, quien fuera miembro de la cancillería de Stroessner al momento de la articulación entre Argentina y Paraguay para el secuestro de Antonio Maidana y Emilio Roa, ambos miembros del Partido Comunista paraguayo. Esto permite aplicar el modelo neoliberal, mezclando el uribismo colombiano con el menemismo argentino.

Entrevista: Patricio Porta.

Página/12 :: El mundo :: “No hubo emboscada”

23/04/2013

Paraguai, estado-modelo do PSDB, pagou levou

Filed under: Horacio Cartes,Paraguai — Gilmar Crestani @ 8:39 am
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Com apoio logístico e institucional dos EUA e lavagem cerebral pelos grupos mafiomidiáticos, a começar pela vira-lata e vira-bosta Eliane Cantanhêde.

El nuevo presidente de Paraguay admite que nunca en su vida había votado

Horacio Cartes deja entrever que aceptará la inclusión de Venezuela en Mercosur

Francisco Peregil Asunción 23 ABR 2013 – 02:31 CET

El presidente Cartes, este lunes en una rueda de prensa. / A. C. (EFE)

En Paraguay el voto es obligatorio. Pero el presidente electo del país, el candidato conservador del Partido Colorado, Horacio Cartes, no había ejercido su derecho y obligación como ciudadano hasta el domingo, día en que se votó a él mismo. En una conferencia de prensa celebrada un día después de las elecciones, Cartes explicó que no votó porque no creía en los políticos.

“Yo veía cómo la clase política está desprestigiada ante la ciudadanía”, señaló. “Y yo pertenecía a ese tipo de gente que decía para qué vamos a votar si lo que quieren es para ellos. Y es un poco lo que dura todavía. Hay falta de credibilidad. Por eso tenemos que construir la credibilidad. Y la vamos a construir cuando empiece a aparecer que lo que dijimos se convierte en obras . Inclusive con el debate del voto obligatorio o no obligatorio… Y yo a veces digo también, y a veces cambio de parecer… ¿Por qué obligar a alguien que no quiere votar?”.

Durante una entrevista radiofónica celebrada durante la campaña electoral, a Cartes le preguntaron sobre el matrimonio entre personas del mismo sexo y respondió que se pegaría “un tiro en las bolas” si su hijo le dijese que pretende casarse con otro hombre. Ayer se le invitó a desarrollar la respuesta y dijo que sus palabras fueron tergiversadas. A pesar de lo cual, admitió: "Si lastimé a alguna persona pido disculpas".

Cartes reconoció también que estuvo preso durante "unos 60 días" por un delito de evasión de divisas. Pero indicó que fue durante la época de la dictadura militar, en los años ochentas. Dijo que el código penal entonces era distinto y que la causa fue sobreseída después. Rechazó, sin embargo, haber cometido ningún delito de contrabando de tabaco, razón por la cual fue investigado por la justicia brasileña. "No estaría en esta actividad si algo de eso fuera cierto", indicó.

Horacio Cartes, dejó de manifiesto que uno de sus objetivos prioritarios será la reincorporación al Mercado Común del Sur (Mercosur), del que su país fue suspendido a raíz de la destitución del presidente Fernando Lugo el pasado 22 de junio. El problema es que para integrarse de nuevo en el Mercosur, Paraguay tendrá que aceptar a Venezuela como nuevo miembro. Y eso era algo que los senadores del Partido Colorado y los Liberales venían vetando hasta ahora.

Cartes dijo que estaba dispuesto a convencer incluso a los senadores de otros partidos para seguir dentro del organismo, aunque eso implique admitir la incorporación de Venezuela: "Salir del Mercosur sería una tontería", señaló. "Los senadores no pueden impedir que vengan inversiones, que vengan industrias a dar trabajo".

El presidente electo recibió las felicitaciones de todos los mandatarios del Mercosur –la argentina Cristina Fernández, el uruguayo José Mujica el segundo y la brasileña Dilma Roussef— excepto del venezolano, Nicolás Maduro. No obstante, aseguró que le habían llegado “mensajes de buena onda” por parte del presidente venezolano. Y en efecto, Nicolás Maduro lo felicitó públicamente y lo invitó a retomar “la senda de la democracia y la justicia social".

El presidente uruguayo, José Mujica, invitó a Cartes a participar en la próxima cumbre de Mercosur, que se celebrará en junio. Pero Cartes recordó ayer que no asumirá sus funciones hasta el 15 de agosto y, por tanto, no podrá asistir.

El nuevo presidente de Paraguay admite que nunca en su vida había votado | Internacional | EL PAÍS

22/04/2013

Comprando pra chamar de seu

Filed under: Alfredo Stroessner,Horacio Cartes,Paraguai — Gilmar Crestani @ 8:08 am
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E assim os grupos mafiomidiáticos matam a saudade de Alfredo Stroessner… e a CIA coroa mais um “case” de sucesso!

Novo presidente se projetou ao financiar partido

DA ENVIADA A ASSUNÇÃO

O novo presidente do Paraguai é um homem polêmico. Dono de um maiores conglomerados do país, o empresário Horacio Cartes, 56, vive sob a sombra de acusações de ligação com o narcotráfico e lavagem de dinheiro e não tem qualquer preocupação com o discurso politicamente correto.

"Deve ser porque sou novo na política", justifica-se sempre o homem que nunca havia se candidatado a cargo eletivo, mas que sempre esteve ligado à política por seu dinheiro.

Com a derrota colorada em 2008, Cartes avançou no partido justamente por dar à legenda o que ela mais precisava na época: financiamento.

Dentro do Partido Colorado, gerou divisões e, em junho passado, foi acusado por Lugo de ter arquitetado um "golpe" que resultou em seu impeachment-relâmpago. Em seu site de campanha, Cartes chegou a destinar um espaço só para tentar responder às acusações contra ele.

Entre elas, está a de que, há 30 anos, obteve dólares por um preço preferencial do Banco Central paraguaio para vendê-los na cotação paralela, motivo pelo qual chegou a ser preso no fim dos anos 80.

Seu nome também é citado no relatório da CPI da Pirataria, de 2004, pelo envolvimento da sua empresa Tabesa no contrabando de cigarros para o Brasil, e em telegrama de 2010 vazado pelo WikiLeaks, supostamente ligado a uma rede de lavagem de dinheiro e narcotráfico. Cartes nega tudo.

O colorado é divorciado de María Montaña, com quem teve três filhos: Juan Pablo, 28, Sofía, 25, e María Sol, 15.

Nas últimas semanas, comprou briga com a comunidade LGBT ao criticar o casamento gay.

Perguntado sobre como reagiria se seu filho se assumisse homossexual, ele respondeu: "seria como atirar nos meus próprios testículos". (IF)

    21/04/2013

    Acrobacias da Folha

    Filed under: Federico Franco,Golpismo,Paraguai — Gilmar Crestani @ 8:39 am
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    A Folha consegue um milagre: apontar a chance de normalizar a ordem política no vizinho sem nunca antes ter publicado que o vizinha vivia uma ordem política anormal. E não é porque a Folha não sabia do Golpe paraguaio. É simplesmente porque ela apoiava o golpe. A distorção é tão grande que chamava o golpista Federico Franco de Presidente, mas Hugo Cháves, que se submeteu a todos os escrutínios possíveis, recebia a alcunha de ditador. E por aí se entende porque a Folha de São Paulo emprestava seus carros para os agentes da ditadura transportarem os presos políticos clandestinamente, de porão de tortura para seminários clandestinos.

    EDITORIAIS
    EDITORIAIS@UOL.COM.BR

    Transição no Paraguai

    Eleição presidencial traz chance de normalizar a ordem política no vizinho; Brasil deve liderar processo de retorno ao Mercosul

    O Paraguai vai às urnas hoje para escolher seu novo presidente, dez meses após o impedimento de Fernando Lugo pelo Congresso. A expectativa é que o resultado ajude a estabilizar a política do país e acelere a normalização das relações de Assunção com seus vizinhos, principalmente o Brasil.

    Embora as pesquisas eleitorais careçam de confiança, dá-se como favorito o candidato Horacio Cartes, 57, do tradicional Partido Colorado. A agremiação governou o país por 61 anos, até ser derrotada pelo esquerdista Lugo, em 2008.

    Há relativamente pouco tempo na política, Cartes, um controvertido empresário do setor de cigarros, usou seu poder econômico para liderar e unificar um partido fraturado após a perda do poder. Pairam sobre ele suspeitas de contrabando e lavagem de dinheiro.

    Pragmático, Cartes tem sinalizado que almeja uma volta rápida do Paraguai ao Mercosul –o país foi suspenso do bloco de forma abusiva após o impeachment de Lugo. Chamam a atenção, além disso, posições primitivas em temas morais, como a homossexualidade –já disse, por exemplo, que "atiraria nos próprios testículos" caso tivesse um filho gay.

    O principal oponente é Efraín Alegre, 48, do Partido Liberal, sigla a que pertence o atual presidente, Federico Franco (ele assumiu em julho por ser vice de Lugo).

    Ligado a um setor menos conservador da política paraguaia, Alegre defende volta condicionada ao Mercosul. Não poupa o bloco de merecidas críticas pela suspensão do país e pela hipocrisia diante do autoritarismo na Venezuela.

    Internamente, a campanha eleitoral sem sobressaltos e a recente modernização do sistema de voto sugerem a possibilidade de que o Paraguai possa concluir bem uma transição que começou mal. Embora Lugo tenha sido deposto do cargo em acordo com a Constituição, houve evidente cerceamento da defesa, pois o destituído teve poucas horas para exercê-la.

    O próximo presidente paraguaio terá o desafio de aproveitar o bom momento da economia –segundo o FMI, o PIB deve crescer 11% neste ano– para diversificar o país, hoje excessivamente dependente do agronegócio.

    Quanto ao Brasil, que está sem embaixador em Assunção desde a saída de Lugo, deveria apoiar um regresso honroso do Paraguai ao Mercosul, a fim de minimizar o erro da inclusão da Venezuela à revelia do veto pelo Senado paraguaio.

    A insatisfação com o preço da energia de Itaipu vendida ao Brasil segue muito popular na agenda político-eleitoral do Paraguai. Mais uma razão de interesse nacional para tratar o vizinho com mais respeito e menos ideologia.

    20/04/2013

    Paraguai vai às urnas: República ou máfia?

    Filed under: Eleições,Paraguai — Gilmar Crestani @ 7:01 pm
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    Chiqui Ávalos, um dos mais conhecidos jornalistas do Cone Sul, em artigo exclusivo para o Brasil 247, analisa as eleições presidenciais de amanhã, 21 de abril, em seu país, com a contundência e a coragem que o tornaram uma referência no jornalismo e na literatura paraguaia; depois de Fernando Lugo e Federico Franco, o favorito é o colorado Horácio Cartes, que propõe "roubar menos"

    20 de Abril de 2013 às 15:13

    Por Chiqui Ávalos, especial para o 247

    A República vive suas horas mais difíceis. Em pouco tempo mais deverá eleger o condutor de seus destinos, em uma decisão que requer a participação de todos os cidadãos preocupados com o seu futuro. Os anos da ditadura adormeceram a consciência do povo, e os ares de liberdade do 2 e 3 de fevereiro de 1989 se perderam no pântano de uma dilatada transição que até agora não encontrou seu rumo.

    Os diferentes mandatários que se sucederam não conseguiram responder as necessidades do país. O general Andrés Rodriguez, cujo único mérito foi o de acabar a canhonaços com uma quartelada, de forma alguma significou uma revolução, com a idéia de “blanquear” seu passado demasiadamente identificado com o narcotráfico. Co-sogro de Stroessner, o traiu depois de locupletar-se por décadas. Vivia numa mansão em bairro chique da capital, cópia em miniatura do Palácio de Versailles, um monumento ao mau gosto e um deboche à pobreza do povo. Não tinha nem talento nem imaginação para governar o Paraguai. Foi sucedido por um milionário herdeiro das negociatas de Itaipu, Juan Carlos Wasmosy. Começou a vida nos canteiros de obra de Itaipu, pouco mais que um mestre-de-obras protegido pelo coronel Gustavo Stroessner e pela empreiteira brasileira Camargo Correia, tornou-se empreiteiro milionário.   Através de trapaças nas prévias do Partido Colorado e com o apoio da camarilha militar, despojou de seu autêntico triunfo eleitoral o jurista Luis Maria Argaña e se refestelou no poder em meio a descalabros financeiros, expedientes lamacentos de apoio a bancos falidos, enredado numa disputa de poder e interesses econômicos com o general Lino Oviedo, seu ex-padrinho. Impediu a chegada de Oviedo à presidência mediante o uso arbitrário de normas legais e da cumplicidade de um tribunal eleitoral genuflexo, que não duvidou em buscar caminhos tortuosos para impedir tal candidatura.

    OUTRA CONSPIRAÇÃO

    Outra vez o infortúnio golpeou as portas do Paraguai, quando uma conspiração, até agora inexplicada pela conveniência dos fatos, derrubou o governo de Raul Cubas Grau, um técnico alheio aos meandros da política. Cubas assistiu – impávido – uma revolta popular com mortes nas ruas e praças, prisioneiro de sua própria inépcia, trancado em seu gabinete no Palácio de Lopez, sem comunicação com o mundo exterior, perdido em sua debilidade e imerso em seu computador, numa atitude autista e distante. Fernando Henrique Cardoso, ao receber um telefonema com pedido de ajuda, não se negou a fazê-lo: mandou-lhe um jato da Força Aérea Brasileira para que saísse do país…

    Luis González Macchi foi o próximo presidente paraguaio. Fruto do azar das composições políticas, o então presidente do senado assumiu cargo que não conhecia e que não o merecia. As partidas de futebol às tardes, as alegres noitadas de sábado e sua displicência durante os dias, levaram a economia à beira do ‘default’. Enquanto isso, com atitudes circenses, ele dirigia uma BMW roubada no Brasil pelas ruas de Assunção, acompanhado da esposa, uma ex-miss, além de sua “displicência” em receber mais de US$ 1 milhão em sua conta bancária na Suíça em troca de graciosas concessões comprovadas pela Justiça.  Explicou sua rapinagem com uma saída esquizóide: “não sabia que isso era proibido”. Era, portanto, verdadeiramente um inimputável!

    Quando um jornalista, que se supõe familiarizado com a verdade, chegou a Mburuvichá Rocha (“A Casa do Grande Chefe”, vetusta e austera residência oficial onde vivem os presidentes paraguaios), houve esperança. Teve uma equipe econômica formidável, que evitou a quebra do país. Nicanor Duarte Frutos, com seus pouco mais de quarenta anos, estava destinado a entrar para a história. Porém, logo as humanas debilidades foram invadindo sua complexa personalidade, dividida em uma bipolaridade que festejava tanto o influente embaixador norte-americano James Carson, qaunto Fidel Castro, vestindo uniforme e boina a lá Hugo Chávez… A salada ideológica que se instalou em sua cabeça – que nem os psicanalistas consultados resolveram – se completou com um implacável saqueio às arcas do tesouro público, tornando-se muito rico em poucos anos, depois de haver convivido com a pobreza total por décadas ao sobreviver com seu minguado salário de jornalista.

    A CLEPTOCRACIA

    Entretanto, essa voracidade pelo alheio, converteu o mandato de Nicanor Duarte Frutos em uma verdadeira cleptocracia, onde se beneficiaram impunemente os membros de seu círculo de áulicos. O descaramento, a obviedade do roubo, eram vergonhosos em todas as repartições públicas. Tentou, como Menem, FHC e Fujimori, mudar a Constituição e ficar mais um pouquinho. Mas, quando se desfez a quimera da continuidade, tentou impor sua sucessora, a quem manejaria como continuadora da cleptocracia, num governo títere. A escolhida foi Blanca Ovelar, opaca ministra da Educação e ex-jogadora de basquete. Milhões de dólares gastos em vão na primeira derrota do até então imbatível Partido Colorado… Seus dois últimos anos contemplaram um tour constante a especialistas, que com forte medicação o mantinham lúcido ainda que mais distante da realidade que de costume. A recomendação era a de que trocasse o palácio por uma clínica psiquiátrica, onde estaria melhor cuidado.

    A passagem do ex-bispo Fernando Lugo pela presidência foi um autêntico pesadelo. Não tinha a mínima idéia, nem tampouco queria sabê-lo, do que é um governo. Abandonou o poder em mãos de uns picaretas, aproveitadores e delinquentes, que manejavam as burras do Erário enquanto ele se preocupava em desfilar em possantes motocicletas levando “modelos” conhecidas e vulgares na garupa, mandou instalar uma enorme banheira Jacuzzi que compartilhava com elas, além de carregar as prediletas em suas 73 viagens presidenciais ao redor do mundo. Não trouxe sequer um investimento para o Paraguai, mas distribuiu dezenas de passaportes diplomáticos para prostitutas! De seu passado de pregações na distante e empoeirada prelazia de San Pedro à suíte do Plaza Atheneé, em Paris, reservada a xeques árabes e ladrões de paraísos fiscais, ficou a severa suspeita de que, sem muito esforço, o ex-bispo esquerdista já possa ser identificado entre os últimos. Foi um verdadeiro imbecil, com todo o significado etimológico da palavra. Vem do latim ´bacille´, ou ´bastão´. O prefixo ‘im’ significa negativa, ou seja, quem carece de sustentação, não para apoiar-se, mas de habilidade para manejar as coisas. Ainda agora, desacreditado, é figura secundária no cenário político, e divide seu tempo entre palanques em praças vazias na tentativa de ser senador e rápidas fugas de oficiais de justiça com ordens de levá-lo para vários exames de DNA. Fernando Lugo, um verdadeiro imbecil.

    PARAGUAI, REPÚBLICA OU MÁFIA

    Depois de tão dolorosas memórias, repito que a República passa por suas horas mais difíceis. E, lamentavelmente, um de nossos candidatos, o bilionário Horácio Cartes, tem todo o perfil do que NÃO deve ser um presidente da República. Soberbo, homofóbico (“se tiver um filho gay, dou um tirou nos testículos”, disse em recente entrevista), admirador confesso de Strossner. Sua biografia é um verdadeiro prontuário policial, onde se empilham processos judiciais, passagem pela penitenciária de Tacumbu, acusações de lavagem de dinheiro (no Paraguai e no Brasil), de tráfico de drogas, de homicídio culposo, de evasão de divisas. O DEA norte-americano o indica como cabeça de uma organização encarregada de lavagem do dinheiro do narcotráfico, conclusão a que chegou depois de uma paciente investigação de meses que chegou ao requinte de um informe produzido por agente infiltrado em sua “organização criminosa” (sic). Sua campanha, comandada pelo mefistofélico Francisco Javier Cuadra, ex-ministro do assassino Augusto Pinochet, é uma orgia de gastos, um acinte à pobreza de nosso povo.

    Essas eleições serão um divisor de águas para a sociedade paraguaia. Os que pretendem construir com honestidade e transparência um país melhor que deixaremos para nossos filhos, de um lado. Do outro, os que continuarão preferindo os caminhos sombrios da delinqüência.

    Shakespeare, um iluminado, sem saber, definiu com 500 anos de antecedência a situação que hoje vivemos em nosso país. Ser ou não ser, essa é nossa alternativa. Não há meio termo, ou seremos honestos e decentes, ou seremos malfeitores.

    Paraguaios, República ou máfia.

    (*) Chiqui Ávalos é jornalista e escritor paraguaio. Combateu a ditadura de Stroessner, tem vários livros publicados, um deles é o best-seller “A Outra Cara de Horácio Cartes”, e é um das personalidades mais conhecidas de seu país.

    Paraguai vai às urnas: República ou máfia? | Brasil 24/7

    19/04/2013

    Hipócrita quer entrar para um clube hipócrita

    Filed under: Hipocrisia,Paraguai — Gilmar Crestani @ 7:20 am
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    Filosofia made in Paraguai: se o for hipócrita, também quero. É o velho ditado de que quem desdenha quer comprar. Se Federico tivesse conhecimento da famosa frase de Groucho Marx, “Eu não me interesso por um clube que me aceite como sócio”, teria ficado quieto. Perguntar não ofende: com quantos votos Federico Franco chegou à Presidência do Paraguai? Não vão pedir a recontagem dos votos?

    Veja como a Folha publica exatamente como a CIA autoriza que publique: Chávez tantas vezes submetido a escrutínios e sempre eleito era tratado como “ditador”. Já Franco, guindado ao comando do Paraguai por meio de um golpe de estado patrocinado pela CIA, é chamado de “Presidente”. Capacho, não. A Folha é muito bem paga para cumprir este papel de vira-lata.

    Mercosul é hipócrita, diz líder paraguaio

    Presidente Federico Franco diz que seu país foi suspenso pelos parceiros para que Venezuela entrasse no bloco

    Segundo ele, Hugo Chávez era um fator de desestabilização política para toda a América do Sul

    ISABEL FLECKENVIADA ESPECIAL A ASSUNÇÃO

    Às vésperas das eleições no Paraguai de domingo, o presidente Federico Franco olha para o processo eleitoral na Venezuela –cujo resultado é questionado pela oposição– e não resiste à comparação da reação dos vizinhos.

    "Nós saímos do Mercosul para que entrasse a Venezuela: e olhe o que aconteceu. O problema de algumas chancelarias do Mercosul é como sair do imbróglio no qual se meteram", disse à Folha, em entrevista em Assunção.

    Para ele, a "hipocrisia" de Brasil, Argentina e Uruguai não permite que se suspenda a Venezuela do Mercosul como fizeram com o Paraguai, após o impeachment-relâmpago de Fernando Lugo em junho passado.

    Folha – O que mudou para o Paraguai nos dez meses em que esteve suspenso do Mercosul?

    Federico Franco – Do ponto de vista das relações econômicas não houve um impacto. Foi uma suspensão política, não participamos de reuniões, de coquetéis.

    Mas foi prejudicial ao Paraguai não estar presente?

    A sanção foi desmerecida e injusta, mas foi uma decisão política, que agora a hipocrisia do Mercosul não permite tomar com a Venezuela.

    [Na Venezuela] houve uma situação diametralmente diferente da nossa: difícil e complicada e, no entanto, a posição do Mercosul foi de dar um jeitinho. Com a gente, foi desproporcional.

    A Unasul se reuniu para discutir as eleições da Venezuela. O bloco deveria ser tão duro como foi com o Paraguai?

    Não, a Unasul tem que fazer com que se recontem os votos. O processo eleitoral foi no domingo, na segunda de madrugada Maduro foi proclamado vencedor. Em que momento contaram os votos?

    Mas no Paraguai os resultados são esperados para horas após o encerramento das eleições…

    Mas em qualquer parte do mundo os que competem numa eleição têm que fiscalizar as atas. Não há resultado definitivo até que cada candidato confirme as atas.

    O Paraguai precisa voltar ao Mercosul?

    O Paraguai deve voltar, é sócio-fundador. Nós saímos do Mercosul para que entrasse a Venezuela: e olhe o que aconteceu. O problema mais grave que atravessam algumas chancelarias do Mercosul é como sair do imbróglio no qual se meteram.

    O sr. disse que o Paraguai não está disposto a seguir cedendo energia ao Brasil, e que enviaria ao Congresso um projeto de lei para isso.

    O projeto de lei é para que o Paraguai tenha uma política de Estado para o uso de sua energia favorecendo a industrialização. É justo seguir cedendo –e veja que não uso o verbo vender– a energia ao Brasil ao mesmo preço durante 50 anos?

    Mas o Brasil precisa da energia repassada. Há negociação?

    Nós comunicaremos o Brasil, gentilmente, mas com firmeza: `Sabe o quê? Vamos usar a nossa energia’. Não há negociação, está no tratado: a energia que o Paraguai não utiliza cede. O próximo governo vai cumprir ou vai ter que mudar a lei.

    O sr. disse que é um `milagre’ Chávez ter `desaparecido da face da terra’. A região está melhor sem o Chávez?

    Eu, como cristão, não posso estar feliz com a morte de alguém. Mas espero que as relações da Venezuela, com Chávez fora do contexto político, sejam melhores. Chávez teve uma posição muito clara a respeito das Farc, e as Farc têm relação com o EPP (Exército Popular Paraguaio).

    O impeachment abriu as portas para a volta dos colorados?

    Sempre se deu o enfrentamento entre colorados e liberais. Mas é claro que espero que vença o Efraín Alegre.

    03/02/2013

    Os golpistas morrem tarde

    Filed under: Golpismo,Lino Oviedo,Paraguai — Gilmar Crestani @ 11:43 am

     

    Muere en un accidente aéreo el exgeneral golpista paraguayo Lino Oviedo

    El también candidato presidencial viajaba en helicóptero con otras dos personas

    EFE Asunción3 FEB 2013 – 13:59 CET

    Una imagen de enero de 2013 del exgeneral Lino Oviedo, que se presentaba a las elecciones generales de marzo en Paraguay. / NORBERTO DUARTE (AFP)

    El candidato presidencial paraguayo Lino Oviedo murió ayer en un accidente de helicóptero en la provincia paraguaya del Chaco. El general retirado viajaba con otras dos personas.

    más información

    El general retirado y líder del partido UNACE se subió anoche a un helicóptero para volver a Asunción tras participar en un mitin en la ciudad de Concepción, pero la nave perdió contacto con la torre de control al cabo de un par de horas.

    Efectivos del Servicio de Búsqueda y Rescate, compuestos por personal de la Fuerza Aérea y del Cuerpo de Bomberos Voluntarios, partieron esta madrugada y hallaron un helicóptero siniestrado en la localidad de Presidente Hayes, en el Chaco paraguayo con los cuerpos calcinados de tres personas.

    Lino Oviedo, de 69 años, participó en el golpe de Estado del 3 de febrero de 1989 que derrocó al entonces dictador Alfredo Stroessner. En 1999 fue acusado de instigar el asesinato del vicepresidente José María Argaña y de ser uno de los ideólogos de la masacre que ocurrió durante las masivas protestas populares que se registraron en marzo de ese año y que derivaron en la renuncia del presidente Raúl Cubas. Oviedo ya había sido otras dos veces candidato a la presidencia de Paraguay. La última en 2008, cuando Fernando Lugo ganó la presidencia.

    Muere en un accidente aéreo el exgeneral golpista paraguayo Lino Oviedo | Internacional | EL PAÍS

    11/12/2012

    O STF e a interpretação da Constituição

    Filed under: Golpismo,Honduras,Paraguai,STF — Gilmar Crestani @ 11:08 pm

    Enviado por luisnassif, ter, 11/12/2012 – 12:34

    Por JB Costa

    Comentário ao post "Celso de Mello decide quem pode cassar mandatos"

    Se o STF, por interpretação da Carta Magna determinar o fechamento do Congresso, os presidentes das duas Casas deverão obedece-lo, considerando que o Supremo é a única instância para fazer a exegese da Constituição?

    Claro que isso é um raciocínio por absurdo cujo propósito é realçar que NENHUM dos três poderes tem prerrogativas absolutas nem incontestáveis. Se abrirmos frechas para isso, adeus democracia. By by a harmonia e a independência suscitada no art. 2º do "livrinho". O contencioso é entre prerrogativas de poderes. Não é uma pendengazinha simples , não.

    Ora, se à Casa respectiva só cabe DECLARAR a perda do mandato, por que diabos, então, esse inciso? Foi, como já aventei em comentário anterior, de "brincadeirinha"?

    Pode parecer redundância, ou mesmo truísmo, mas é sempre bom lembrar: todos os três poderes foram instituidos e devem atuar na forma como consagrado pelo Poder Constituinte Originário. Ou seja, interpretar não é inventar ou distorcer o sentido do exarado no Contrato. Observe que para os itens III, IV e V o §3º preconiza apenas DECLARAÇÃO por que NÃO HÁ CASSAÇÃO DE MANDATOS , mas a EXTINÇÃO. Já para os itens I, II e VI quando o motivo é a CASSAÇÃO, o § 2º deixa entrever sem nenhuma sombra de dúvidas que a prerrogativa é exclusiva da respectiva mesa a que estiver vinculado o parlamentar. O termo DECIDIDA é indubitável nesse aspecto.

    Como diria aquele velho personagem da Escolinha do Prof. Raimundo: "há controvérsias".

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