Ficha Corrida

27/01/2015

Je suis Jeffrey Sterling

TioSangueÉ inacreditável, mas apesar de todas as evidências, os EUA continuam acusando seus adversários políticos de fazerem exatamente o que só ele faz.  E tudo em função da necessidade da energia que move a economia norte-americana, o petróleo.

Nenhum outro país praticou tanto terrorismo que os EUA. No entanto, posa de moralista fazendo acusações a torto e a direito contra todos que não se lhe ajoelham. O Brasil se dobrou tanto no tempo de FHC a ponto de nossos diplomatas terem de tirar os sapatos para entrarem nos EUA. Os vira-latas adoram, os capachos, idem. Mas quem tem espinha dorsal não se dobra como moluscos.

É o caso do Irã. Os persas tem uma história de milênios. Depois que foram derrotados pelos gregos, os persas ficaram no seu reduto. Não há uma única invasão atribuída ao Irã. E não custa lembrar que os EUA treinaram e deram armas ao Iraque de Saddam Hussein para fazer a famigerada guerra Irã-Iraque.

Agora surge mais esta informação. A de que os EUA estavam se imiscuindo nos assuntos internos do Irã, para detonar seus conhecimentos na área da energia atômica. Taí, ó, a causa de tanto ódio ao Irã. Para assassinar o ex-parceiro, Saddam Hussein, os EUA, em parceria com a velha mídia, inventaram a tal da existência de armas de destruição em massa. Para detonar com o Irã, inventaram o uso do conhecimento nuclear para fabricar bomba atômica. Agora vem a tona mais um caso em que cidadãos norte-americanos, enojados com uma política belicista e terrorista contra países detentores de muito petróleo, denunciam as manipulações.

Estou lendo Guerras Sujas, em que o especialista em espionagem norte-americana, Jeremy Scahill. Lá pelas página tantas há a seguinte informação: ““A história das operações secretas nas décadas de 1950 a 1970 não foi feliz”, disse Clarke aos legisladores. A CIA orquestrou a deposição de governos populistas na América Latina e no Oriente Médio, apoiou esquadrões da morte em toda a América Central, instrumentalizou o assassinato do líder rebelde Patrice Lumumba no Congo e fomentou a ação de juntas militares e ditaduras. O dilúvio de assassinatos ficou tão fora de controle que em 1976 um presidente republicano, Gerald Ford, precisou editar a Ordem Executiva 11905 que proibia explicitamente os Estados Unidos de levar a termo “assassinatos políticos”.7

Esse é o país que quer ensinar bons modos aos muçulmanos, para quem nossos vira-latas ficam prostrados como muçulmanos virados pra Meca apenas para que o traseiro esteja na posição que dá mais prazer os EUA.

Jeffrey Sterling se soma a outras figuras que exemplificam a liberdade de expressão made in USA, como Bradley Manning, Julian Assange, Edward Snowden.

 

Júri americano condena ex-agente da CIA

Para jurados, Sterling forneceu a jornalista dados sobre missão secreta no Irã

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS, na Folha de 27/01/2015

Um ex-agente da CIA (agência de inteligência dos EUA) foi condenado nesta segunda-feira (26) acusado de fornecer detalhes secretos de uma operação dos EUA para frustrar as ambições nucleares do Irã a um repórter do jornal "The New York Times".

Os jurados de um tribunal federal decidiram, no terceiro dia de deliberações, que Jeffrey Sterling, 47, é culpado de todas as nove acusações de que foi alvo.

No início do dia, os jurados haviam dito ao juiz que não poderiam chegar a um veredito unânime. Ao fim do dia, porém, após o juiz instá-los a continuar a analisar o caso, eles entregarem o veredito de que Sterling era culpado.

No julgamento, que durou duas semanas, o ex-agente da agência americana estava sendo acusado de ter fornecido ao jornalista James Risen detalhes sobre a missão secreta que o governo dos EUA realizava para minar o programa nuclear iraniano.

A ex-secretária de Estado Condoleezza Rice chegou a dizer que a missão era um dos segredos mais bem guardados do governo americano.

O julgamento vinha sendo adiado havia anos, e os procuradores vinham pressionando o jornalista para que divulgasse suas fontes.

Em janeiro do ano passado, Risen recorreu à Suprema Corte dos Estados Unidos contra uma ordem que o obrigava a revelar a fonte utilizada no livro que escreveu e no qual revelava segredos da agência de inteligência.

LIVRO

Em 2006, Risen publicou o livro "Estado de Guerra", no qual relata a tentativa da CIA de conseguir que um ex-cientista russo transmitisse ao Irã projetos nucleares com falhas para prejudicar o seu programa atômico, fazendo com que ele nunca chegasse a termo.

O jornalista acabou sendo intimado a depor contra o ex-oficial da CIA.

Na apelação à Suprema Corte, os advogados de Risen afirmaram que revelar a fonte de informação vai contra a liberdade de imprensa na investigação de supostas condutas irregulares do governo.

Risen acabou não sendo obrigado a depor quando ficou claro para os promotores que ele não revelaria suas fontes mesmo se acabasse preso por desacato.

A promotoria havia reconhecido que não havia provas diretas contra Sterling, mas disse que as provas circunstanciais contra ele eram esmagadoras.

Em seu livro, Risen descreve a missão da CIA como "irremediavelmente mal feita".

Ele afirmou ainda que os dados que seriam fornecidos ao Irã pelo cientista russo poderiam acabar sendo úteis caso os iranianos conseguissem separar as informações corretas das falsas.

A defesa de Sterling diz que é mais fácil que o jornalista tenha obtido informações sobre a missão com algum congressista.

16/01/2015

Como funciona a liberdade de expre$$ão sob tutela dos EUA

Muro que separa as democracias do México x EUA: liberdade?!

muroA parceria dos EUA com o México não se resume à ALCA. México também serve de puteiro, de mão de obra barata, de fornecedor ao maior mercado consumidor de cocaína. Ontem saiu a notícia de que o multimilionário, que, com Peña Nieto, se apropriou do Estado mexicano, comprou ações do NYT. Uma mão lava a outras; as duas, a droga. Tudo com a devida cobertura dos grupos mafiomidiáticos unidos para acobertarem ou mostrarem tudo o que é permitido por quem a finanCIA.

Tudo o que os EUA queriam e FHC estava prestes a entregar, conseguiram no México. Na mais atual do que a velha frase do Porfirio Díaz: “Pobre México, tão longe de Deus, tão perto dos EUA”….  Não se trata apenas do muro construído para separar dos dois países, mas os túneis diplomáticos para garantir a subserviência. Apesar de que não consta, ao contrário dos diplomatas de FHC, da exigência de os diplomatas mexicanos terem de tirar os sapatos para entrar nos EUA.

Agora a Agência Pública, parceira do WikiLeaks, revela mais esta bomba, mas que só é bomba pelo fato de os velhos grupos de mídia tentarem esconder. É inacreditável, mas nada que a CIA não autorize sai nas páginas dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

Não é inacreditável que a velha mídia tenha abraçado o “je suis Charlie”, mas faça um silêncio constrangedor em relação aos massacres perpetrados pelos EUA ou pelos Estados que estão sob sua tutela?!

Governo mexicano participou do ataque contra estudantes de Ayotzinapa

por Anabel Hernandez, Steve Fisher | 15 de janeiro de 2015

Baseada em documentos e depoimentos, investigação jornalística desmente versão oficial sobre o massacre no México e compromete o Exército e a Polícia Federal nas ações que levaram à morte de três estudantes e ao desaparecimento de 43 jovens

*Especial para Agência Pública

O governo do presidente mexicano Enrique Peña Nieto participou do ataque aos estudantes da escola normal rural de Ayotzinapa na noite de 26 de setembro em Iguala, no Departamento de Guerrero, que resultou em três mortos e 43 desaparecidos. Testemunhos, vídeos, relatórios inéditos e declarações judiciais que constam dos procedimentos da Procuradoria Geral de Justiça de Guerrero mostram que a Polícia Federal (PF) participou diretamente dos fatos.

 

Peña Nieto: administração envolvida em massacre de estudantes no México. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

A versão oficial do governo mexicano é de que o prefeito de Iguala, José Luis Abarca (PRD), supostamente ligado à quadrilha Guerreros Unidos, havia ordenado o ataque para evitar que os estudantes atrapalhassem um evento eleitoral de sua mulher, María de los Ángeles Pineda Villa, no centro da cidade. As polícias municipais das localidades de Iguala e Cocula teriam atacado e capturado os estudantes, depois massacrados e queimados pela quadrilha Guerreros Unidos sem que o Exército e a Polícia Federal tivessem conhecimento dos fatos.

Mas a investigação realizada para esta reportagem, com apoio do Programa de Jornalismo Investigativo da Universidade de Berkeley, Califórnia, revelou uma história bem diferente. Além da Polícia Federal, também o Exército mexicano participou do ataque.

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Um relatório inédito do governo de Guerrero, concluído em outubro e entregue pouco depois à administração de Peña Nieto, prova que os estudantes foram monitorados pelos governos estadual, municipal e federal no dia 26 de setembro, desde que saíram da escola, através do Centro de Control, Comando, Comunicaciones y Cómputo (C4), que reúne os três níveis de governo.

Às 17h59 o C4 de Chilpancingo informou que os normalistas estavam saindo de Ayotzinapa em direção a Iguala. Às 20 horas a PF e a polícia estadual chegaram à estrada Chilpancingo-Iguala onde os estudantes tinham feito uma arrecadação de doações. Às 21h22 o chefe da base da PF, Luis Antonio Dorantes, foi informado – pessoalmente e através do C4 – de que os estudantes tinham entrado na estação do ônibus; às 21:40 o C4 de Iguala reportou o primeiro tiroteio aos três níveis de governo.

De acordo com o relatório de investigação preliminar dos fatos, a Fiscalía General de Guerrero havia ordenado desde 28 de setembro que a PF informasse “com urgência” se seus integrantes participaram ativamente dos fatos ocorridos em 26 de setembro (entre as 20 horas e o dia seguinte), e, em caso positivo, quantos policiais estavam envolvidos. Também pediu o registro de entrada e saída de pessoal da base de operações da PF, localizada a cinco minutos do lugar do ataque, o número de patrulhas, e o registro do armamento usado entre 24 a 28 de setembro. De acordo com o relatório da investigação prévia (HID/SC/02/0993/2014) a PF nunca entregou a documentação exigida.

Entre os documentos reunidos por essa investigação estão 12 vídeos gravados nos celulares pelos estudantes durante o ataque. Em um deles, a presença da PF está claramente identificada. “Os policiais já estão indo, vão ficar os federais que vão querer nos provocar”, diz em uma das gravações um estudante, no momento em que seu companheiro Aldo Gutiérrez Solano acabava de levar um tiro na cabeça e jazia na rua em uma poça de sangue. Aldo ainda está em coma.

Entre os documentos reunidos por essa investigação estão 12 vídeos gravados nos celulares pelos estudantes durante o ataque. Em um deles, a presença da PF está claramente identificada

Por causa da pressão política, o governo de Guerrero se afastou das investigações em 4 de outubro, que passaram ao controle do governo federal, quando se ocultou a participação da PF e do Exército no ataque. Testemunhos foram manipulados para contribuir com a versão oficial dos fatos. Documentos da Procuraduría General de la República (PGR), obtidos pela reportagem, revelam que pelo menos seis dos supostos integrantes de Guerreros Unidos que testemunharam contra Abarca, policiais de Iguala e Cocula, foram detidos ilegalmente, espancados ou torturados antes de depor. Dois deles são Raúl Núnez Salgado, suposto operador financeiro da organização criminosa, e Sidronio Casarrubias, tido como líder.

A Equipe Argentina de Antropologia Forense, reconhecida mundialmente por sua experiência na localização de corpos dos desaparecidos da ditadura militar na Argentina, informou no dia 7 de dezembro ter identificado um corpo entregue pela PGR como sendo do estudante Alexander Mora. Um dentre os 43 desaparecidos. Mas a Equipe Argentina assinalou que a versão da PF – de que os restos mortais foram encontrados em um rio – não poderia ser verificada porque os técnicos forenses não estavam presentes durante a descoberta do corpo e não puderam analisar a área.

O governo os vigiava

Do relatório elaborado pelo governo de Guerrero sobre o ataque aos estudantes consta a ficha informativa número 02370, assinada pelo coordenador de operações da Região Norte da Secretaría de Seguridad Pública y Protección Civil de Guerrero, José Adame Bautista, com data de 26 de setembro. Ali se afirma que às 17h59 “o C4 Chilpancingo informou a saída de dois ônibus da viação Estrella de Oro, com os números 1568 e 1531, levando estudantes da escola rural Ayotzinapa em direção à cidade de Iguala…”.

Isso significa que os governos estadual e federal – além do municipal – estavam monitorando os estudantes antes do ataque, já que os três níveis de governo estão presentes no C4 de Chilpancingo e Iguala. Em 2013 houve várias reuniões públicas entre o governador Angel Aguirre e o Secretário de Governo Miguel Angel Osorio Chong reforçando essa cooperação.

Em seu relatório, Adame Bautista escreve que os dois ônibus chegaram às 20 horas à cabine 3 do pedágio de Iguala. Em uma ação coordenada, a polícia estadual, com quatro elementos, e a PF com cinco elementos e três patrulhas sob o comando do oficial Victor Colmenares Campos, “monitoraram” as atividades dos estudantes.

“A Polícia Estadual se fez presente no local, mantendo-se à distância dos jovens, que minutos depois decidiram se retirar do lugar sem que se registrasse nenhum incidente ou confronto”, relata o citado documento do governo de Guerrero.

Segundo depoimentos judiciais da investigação preliminar HID/SC/02/0993/2014 e outras testemunhas, Abarca e a esposa saíram da praça central de Iguala às 20h45 e foram jantar com oito membros da família em um restaurante modesto a 15 minutos do centro de Iguala. Quando os estudantes chegaram na estação central eram 9 da noite – e portanto a presença deles não afetaria o evento político, como alega a PGR justificando sua versão dos fatos.

A dona do restaurante, a senhora Lili, confirmou que a família saiu às 22h30 em absoluta tranquilidade junto com as respectivas escoltas e um motorista.

O prefeito de Iguala e sua mulher, irmã de narcotraficantes que atuam em Guerrero desde 2000, foram apontados pelo governo estadual e pela PGR como os principais responsáveis pelo ataque e desaparecimento dos estudantes e detidos no dia 4 de novembro em seu esconderijo na cidade do México. Abarca permanece preso, mas a PGR ainda não conseguiu uma ordem de prisão contra sua esposa.

Os estudantes

Omar García, líder do Comité de Orientación Política e Ideológica (COPI) da escola normal de Ayotzinapa explicou que este ano sua escola tinha se encarregado de conseguir 20 ônibus para que as escolas normais rurais fossem à tradicional marcha de 2 de outubro que rememora o massacre estudantil de 1968. Antes de ir a Iguala já tinham “capturado” oito ônibus e estavam em busca de mais no dia do massacre. Ao contrário da versão da PGR, afirmou que os estudantes nunca tiveram a intenção de protestar contra o prefeito e sua esposa.

A história da escola normal está marcada pela trajetória do guerrilheiro Lucio Cabañas, que estudou ali e na década de 1960 chefiou o grupo armado Partido de los Pobres em Guerrero. Seu movimento foi perseguido ferozmente pelo governo, particularmente pelo Exército na chamada “guerra suja”, quando ocorreram desaparecimentos e execuções. Desde então a escola é relacionada com a guerrilha e seus estudantes sofrem ataques e abusos de autoridade.

O ataque de 26 de setembro não foi apenas contra os estudantes mas contra a estrutura política e ideológica da escola. Um dos estudantes desaparecidos fazia parte do Comité Lucha Estudiantil (CLE), o órgão máximo de governo da escola normal, e 10 eram “ativistas políticos em formação” do COPI, segundo Omar García.

O ataque de 26 de setembro não foi apenas contra os estudantes mas contra a estrutura política e ideológica da escola

Garcia conta que os estudantes pegaram cinco ônibus. Dois foram em direção ao Periférico Sul e os outros três erraram o caminho. Testemunhas afirmam que por volta das 22 horas viram três ônibus de passageiros na rua Juan N Álvarez e que quando estavam perto da catedral os estudantes começaram a descer. O motorista do primeiro ônibus, Hugo Benigno Castro disse em depoimento judicial que os estudantes desceram para perguntar onde ficava a saída para Chilpancingo.

Foi ali o primeiro ataque. Ouviram-se tiros e as pessoas começaram a correr. O policial municipal Raúl Cisneros declarou que estava no lugar e admitiu que lutou com dois estudantes que supostamente queriam desarmar seu supervisor de turno, Alejandro Temescalco, e ele, por isso fizeram disparos para o ar. Apesar da rua estar cheia de gente não houve feridos. Os estudantes jogaram pedras e afugentaram as patrulhas. Os três ônibus seguiram então em direção a Periférico, já longe do centro, onde a rua é mais escura e pouco movimentada.

A Polícia Federal

O secretário de Segurança Pública municipal, Felipe Flores Velázquez, em sua declaração judicial do dia 27 de setembro, disse que às 21h22 recebeu uma comunicação telefônica de que os estudantes estavam tomando os ônibus. Afirmou ter ligado imediatamente para Luis Antonio Dorantes, chefe da base da PF, que lhe garantiu que estaria alerta.

O relatório do governo de Guerrero afirma que depois de tomar conhecimento da captura dos ônibus pelos estudantes a Secretaría de Seguridad Pública y Protección Civil do estado “reuniu todo o seu pessoal nas instalações da polícia estadual” e que essa mobilização se deu “diante dos fatos que estavam se desenrolando.”

“Às 21h30 os rádio operadores da polícia estadual de C4 Iguala e do Quartel Regional me deram a conhecer que as operadoras do serviço de emergência 066 tinham atendido a uma chamada telefônica em que se advertia que os estudantes da normal rural Ayotzinapa estavam fazendo confusão nas centrais de ônibus Estrella Blanca e Estrella de Oro…”, apontou Adame Bautista em sua ficha de informações. Ele especifica que na chamada se pedia “o apoio das autoridades”.

O C4 está sob o controle da polícia estadual mas há um rádio operador de cada uma das forças:  Exército, Polícia Federal, polícia estadual e municipal. As instalações da polícia municipal, da PF e do 27º Batalhão de Infantaria ficam na mesma zona, a uma distância de 3 a 4 minutos do local do ataque. Do C4 se controla a rede de câmeras de vigilância de Iguala, algumas localizadas no centro da cidade, onde ocorreram três ataques, mas apesar de requeridas pela Fiscalía General del Estado, as imagens dessas câmeras nunca foram entregues.

O C4 está sob o controle da polícia estadual mas há um rádio operador de cada uma das forças:  Exército, Policía Federal, policía estadual e municipal

Às 21:40 o C4 de Iguala recebeu o aviso de “disparos de arma de fogo”. Segundo Adame Bautista a polícia estadual não atendeu à contingência por ordem do subsecretário de Prevención y Operación Policial estadual, Juan José Gatica Martínez, e por isso os policiais teriam ficado protegendo as instalações prisionais locais.

Natividad Elías Moreno, rádio operador da polícia municipal de Iguala, explicou em entrevista que o C4 de Iguala está conectado ao Sistema Nacional de Segurança Pública, controlado pela Secretaría de Gobernación, cujo titular é Miguel Ángel Osorio Chong. Afirmou categoricamente que todos os informes que chegam ao C4 são simultaneamente recebidos pela PF, Exército e as outras instituições.

“Se nessa noite as informações sobre a ocupação dos ônibus pelos estudantes e sobre o tiroteio chegaram na C4, todas as instituições se inteiraram do assunto?”, perguntaram-lhe na entrevista. “Definitivamente sim”, respondeu o rádio operador.

O Procurador Jesús Murillo Karam afirmou, em 7 de novembro do ano passado, que o “rádio operador da central de polícia de Iguala David Hernández Cruz” declarou que foi Abarca quem ordenou o ataque aos estudantes. De acordo com a cópia obtida da “Orden de los Servicios Operativos de Vigilancia así como de los Servicios Administrativos”, não existe nenhum empregado dessa corporação com esse nome.

Vídeos da noite infernal

Os estudantes sofreram quatro ataques durante a noite de 26 de setembro e a madrugada do dia 27. Uma operação precisa e bem orquestrada que supera as capacidades de qualquer polícia municipal mexicana.

O segundo ataque ocorreu algumas quadras antes de chegarem ao Periférico. As balas atingiram os vidros dos ônibus e furaram os pneus. Uma patrulha municipal impediu a passagem da caravana dos três ônibus e outras patrulhas ficaram por trás. Alguns estudantes tentaram passar por uma das patrulhas. O estudante Cornelio Copeño disse em sua declaração que esse foi o momento em que seu companheiro Aldo levou um tiro na cabeça e caiu no chão.

O motorista do ônibus disse que o ataque durou mais de 30 minutos. Os doze vídeos obtidos captaram a agressão. Em um áudio sem imagem se ouvem os disparos. Em outro se vê Aldo ao lado da patrulha agitando os braços. Em outra gravação se escuta os estudantes reclamando com os policiais que estavam na parte traseira dos ônibus recolhendo as cápsulas detonadas.

O terceiro ônibus foi o mais atingido. Os assentos e corredores estão manchados de sangue nas fotos tiradas pelos estudantes. Dali se levaram alguns dos 43 desaparecidos.

Em seu depoimento, o normalista Francisco Trinidad Chalma disse que havia cerca de sessenta policiais em volta de 17 ou 18 detidos do lado esquerdo do ônibus. Outros testemunhos dos estudantes falam em mais de trinta policiais “em posição de tiro”. Alguns descreveram que os agressores estavam equipados com joelheiras, capacetes, cotoveleiras e balaclavas acompanhados de uma patrulha que trazia equipamentos para metralhadoras. Investigações mostraram que a polícia municipal de Iguala não usava esse equipamento, que também não está entre os objetos apreendidos pela Fiscalía.

Alguns estudantes descreveram agressores equipados com joelheiras, capacetes, cotoveleiras e balaclavas acompanhados de uma patrulha que trazia equipamentos para metralhadoras

“… Eu perguntei aos colegas que estiveram na cena do crime quem os tinha baleado, e eles me disseram que primeiro os policiais municipais usaram uma patrulha identificada para impedir a sua circulação, e que quando alguns colegas ao lado tentaram reduzir para passar pela patrulha chegou a Polícia Federal que disparou contra meus pares, ferindo vários deles … “, disse à Fiscalía o estudante Luis Pérez Martínez, que afirmou ainda que os policiais federais estavam recolhendo as cápsulas para não deixar provas.

Uma testemunha entrevistada disse que foi ver o que se passava. Quando chegou, a rua estava fechada por policiais encapuzados, com armas grandes, uniformes escuros e com um detalhe que fixou na memoria: suas calças eram diferentes das usadas pela polícia municipal. Disse que ficou com medo e foi embora.

Os estudantes que estiveram durante os três ataques foram procurados, mas não foi possível localizá-los. Segundo informações, nas primeiras declarações prestadas na manhã do dia 26 eles deram nomes falsos por medo. Depois seus pais os tiraram da escola.

No dia 27 de setembro a PF assumiu o controle da segurança pública em Iguala e junto com o Exército participou da busca aos desaparecidos. Depois do ataque o chefe da base da PF, Luis Antonio Dorantes, e o oficial Victor Colmenares, que vigiou os estudantes quando eles chegaram à estrada, foram removidos do cargo, segundo informações da base policial.

A PGR pôs toda a culpa na polícia municipal de Cocula e de Iguala. No entanto, a base de Iguala tem uma única entrada e saída por onde não passam as pick-ups Roll Bar da polícia municipal que teriam levado os estudantes aos bandidos. Seria preciso embarcar os estudantes na rua chamando a atenção de todos os vizinhos que vivem ao lado da base policial, que disseram em entrevistas não terem visto nada de anormal naquela noite e que estranhavam que os policiais que serviam apenas para controlar os bêbados da cidade tivessem executado aquela operação.

Em depoimentos oficiais, os policiais de Iguala disseram que entre 22h30 e 23 horas receberam ordens para ir à base da PF, onde ficaram até o dia seguinte. Foi nessa hora que ocorreu o terceiro ataque.

O terceiro e quarto ataques

Às 23h Omar García chegou a Iguala junto com outros estudantes de Ayotzinapa depois de ter recebido um pedido do socorro de seus companheiros. Houve uma hora que os disparos pararam e não se via mais a polícia. Os estudantes chamaram a imprensa e enquanto davam entrevista um comando abriu fogo contra eles a distância. Dispararam a correr, mas muitos ficaram feridos e dois estudantes caíram mortos: Daniel Solís y Yosivani Guerrero.

Omar descreveu os disparadores como “gente treinada” que atacou “em formação” concentrando “os disparos de fogo no lugar em que estávamos”, afirmou. “Havia um tiroteio que vinha de uma altura e depois provenientes a outra altura”. Segundo os exames periciais, havia duas trajetórias de balas: uma de cima para baixo e outra de baixo para cima.

Os atacantes pararam para recarregar e foi essa a oportunidade que os estudantes tiveram para correr.

Junto com esse terceiro ataque houve uma quarta agressão contra um dos ônibus de normalistas que se dirigia ao Periférico Sul. De acordo com o relatório da Fiscalía o ônibus da Estrella de Oro foi atacado no trecho Iguala-Mezcala e ficou com os vidros quebrados e pneus furados. Encontraram pedras com vestígios de sangue e de gás lacrimogênio no veículo.

Também foi atacado por engano um ônibus de jogadores de futebol. Ali morreram mais três pessoas. Ao fim dessa noite, havia seis mortos, 29 feridos por arma de fogo e 43 desaparecidos.

Painel com os 43 desaparecidos de Ayotzinapa. Foto: Leandra Felipe/Agência Brasil

Painel com os 43 desaparecidos de Ayotzinapa. Foto: Leandra Felipe/Agência Brasil

Às 10 da manhã de 27 de setembro, o corpo de Julio Cesar Mondragón, o terceiro estudante assassinado, foi encontrado nas imediações do C4, na zona industrial de Iguala. Tinha o rosto destruído, sem um dos globos oculares e a calça enrolada até a debaixo dos glúteos. Não tinha marcas de tiro, morreu por fratura do crânio segundo a autópsia e por isso pode ter sido um dos estudantes sequestrados dos ônibus.

A participação dos militares

O secretário da Defesa do governo mexicano, Salvador Cienfuegos, disse aos deputados no dia 13 de novembro que o 27º Batalhão de Infantaria, comandado pelo coronel José Rodríguez Pérez, tomou conhecimento do ataque duas horas depois de ocorrido. Mas não foi isso que aconteceu.

Logo depois do segundo ataque, entre às 23h e meia-noite, o Capitão Crespo, do 27º Batalhão de Infantaria, usando uniforme militar camuflado, chegou à base da polícia municipal de Iguala junto com 12 militares fortemente armados a bordo de duas viaturas. Com o pretexto de que estaria em busca de uma moto branca, Crespo vasculhou todo o local. Mais tarde chegou um aviso de que havia uma moto retida no centro e Crespo foi procurado no Batalhão mas não estava lá. Testemunhas da visita do Capitão disseram que depois que souberam do desaparecimento dos estudantes a conduta de Crespo lhes pareceu ainda mais suspeita.

Uma faixa colocada nos arredores de Iguala no dia 30 de outubro, dirigida a Peña Nieto e supostamente assinada por um narcotraficante conhecido como “El Gil”, responsabilizava entre outros o Capitão Crespo pelo desaparecimento dos estudantes de Ayotzinapa, acusado de trabalhar para o crime organizado.

“Se derem nomes falsos nunca mais ninguém vai encontrá-los”, disse textualmente o comandante militar segundo Omar

Outro comando militar apareceu entre meia-noite e uma hora da manhã no hospital para onde os estudantes haviam levado seu companheiro Edgar com um tiro no rosto. Segundo Omar Garcia, os militares os revistaram procurando armas, fizeram com que tirassem a camisa, depois os fotografaram e pediram seus nomes “verdadeiros”, como explicou Omar: “Se derem nomes falsos nunca mais ninguém vai encontrá-los”, disse textualmente o comandante militar segundo Omar, que entendeu a advertência como ameaça: “Estavam insinuando que iam sumir com a gente, nos deixar em algum lugar”.

Torturados antes de depor

"Protestar é um direito; reprimir é um delito", diz pintura na Escola Rural Raúl Isidro Burgos, em Ayotzinapa. Foto: Leandra Felipe/Agência Brasil

“Protestar é um direito; reprimir é um delito”, diz pintura na Escola Rural Raúl Isidro Burgos, em Ayotzinapa. Foto: Leandra Felipe/Agência Brasil

Documentos provam que, depois que a PGR assumiu as investigações em 5 de outubro, pelo menos cinco supostos integrantes de Guerreros Unidos que fizeram declarações contra Abarca e a polícia municipal de Iguala e Cocula foram torturados pela Marinha e pela PF antes de depor.

Sidronio  Casarrubias, acusado pela PGR de ser o líder máximo de Guerreros Unidos, foi detido no dia 15 de outubro entre as nove e dez da noite em um restaurante brasileiro embora a PGR tenha dito que ele havia sido capturado na estrada México-Toluca. Raúl Núñez Salgado, o dono de um açougue em Iguala que costuma organizar bailes na cidade, foi preso no dia 16 de outubro quando saía  de um centro comercial em Acapulco; antes do depoimento apresentava mais de trinta feridas em diferentes partes do corpo, hemorragia interna nos olhos, machucados nos ouvidos, hematomas de 12 por 8 centímetros no rosto, e marcas no pescoço, braços e costelas. Fez uma queixa de espancamento contra os marinheiros que o prenderam.

Pelo menos cinco supostos narcotraficantes que fizeram declarações contra Abarca e a polícia municipal foram torturados pela Marinha e pela PF antes de depor

Carlos Canto, conhecido como “El Pato”, professor do Ensino Médio e dono do bar La Perinola, foi detido em Iguala no dia 22 de outubro. Em declaração judicial do dia 29 de outubro disse que foi torturado com choques elétricos e espancamento pela Marinha para acusar uma lista de nomes previamente preparada pelos militares.

No dia 7 de novembro de 2014 o Procurador Murillo Karam apresentou Patricio Reyes Landa, visivelmente machucado, como autor de uma suposta confissão de que havia matado e queimado os estudantes.

Francisco Lozano e Eury Flores foram presos pela Marinha em 27 de outubro em Cuernavaca, Morelos. De acordo com o exame físico da PGR, Flores tinha hematomas nas costelas, no olho, no lábio e disse que queria apresentar uma denúncia contra seu agressor. Lozano tinha uma ferida no tórax e outras marcas e declarou ter sido torturado pelos elementos da Marinha que o prenderam.

O contador Nestor Napoleón Martínez, filho de um funcionário da Secretaria de Saúde de Guerrero, foi detido em 27 de outubro. Ao se apresentar à PGR tinha mais de dez lesões, entre elas hematomas na região do estômago e na área dos testículos. Afirmou que tinha sido ferido durante a prisão.

Vidulfo Rosales, advogado dos normalistas e dos familiares dos desaparecidos, disse em uma entrevista que desde o início os estudantes apontaram a presença da PF nos ataques. E no final de novembro os estudantes acrescentaram novas declarações em seus depoimentos à PGR para incluir a participação dos federais e do Exército nos ataques.

No dia 21 de novembro o juiz Ulises Bernabé García foi convocado pela PGR e voluntariamente contou a visita do Capitão Crespo à base policial municipal, afirmando que os estudantes de Ayotzinapa nunca foram levados para lá, desmentindo a versão do governo federal.

Apesar dos documentos que provam que o governo vigiou os estudantes desde quatro horas antes do ataque, que soube do ocorrido durante todo o tempo e que suas forças de segurança participaram do ataque, até hoje – um mês depois desta investigação ser publicada no México – o governo de Enrique Peña Nieto segue negando os fatos e se recusando a dar uma explicação. Os pais dos estudantes desaparecidos, agora, exigem que se investigue a participação da PF e do Exército.

Anabel Hernandez é uma das mais respeitadas jornalistas investigativas do México, especializada em denunciar casos de corrupção, narcotráfico e abusos de poder. Colaboradora das revistas Reforma e Processo, sua obra mais conhecida é o livro “Los Señores del Narco”, publicado em 2010. Em 2012, recebeu da Associação Mundial de Jornais e Editoras de Notícias (WAN-IFRA) o prêmio Pluma de Oro de la Libertad. Foi eleita em 2014  pela organização Repórteres sem Fronteiras como um dos “100 heróis da informação”, ao lado de Julian Assange e Glenn Greenwald.

Governo mexicano participou do ataque contra estudantes de Ayotzinapa | Pública

09/11/2014

Biografia não autorizada de Wiliam Waack

Mídia europeia é pró-EUA por pressões da CIA

"Publiquei artigos da autoria de agentes da CIA e outros serviços de inteligência como se tivessem sido escritos por mim"

RT.com

reprodução

O jornalista e editor alemão Udo Ulfkotte declarou que foi forçado a publicar — como de sua autoria — trabalho de agentes de inteligência, sob o risco de ser demitido se não cumprisse tais ordens. Ulfkotte fez tais revelaçãos durante entrevistas ao RT e ao Russia Insider

“Eu acabei publicando artigos da autoria de agentes da CIA e outros serviços de inteligência, especialmente o serviço secreto alemão, como se tivessem sido escritos por mim,” declarou ao Russia Insider. Ele fez comentários como esse ao RT em uma entrevista exclusiva no começo de outubro.

“Um dia a BND (agência de inteligência estrangeira alemã) veio a meu escritório noFrankfurter Allgemeine em Frankfurt. Eles queriam que eu escrevesse um artigo sobre a Líbia e Muammar Gaddafi… Eles me deram várias informações secretas e queriam que eu escrevesse um artigo com meu nome,” contou à RT.
“Este artigo era sobre como Gaddafi havia tentado secretamente construir uma fábrica de gás venenoso. Foi uma história impressa no mundo todo dois dias mais tarde.”


Ulfkotte revela tudo isso e mais em seu livro ‘Jornalismo Comprado,’ onde ele menciona que se sente envergonhado pelo que fez no passado.

"Não é certo o que fiz no passado. Manipular as pessoas, fazer propaganda. E não é certo o que meus colegas fazem e fizeram, pois foram subornados para trair as pessoas não somente da Alemanha, mas de toda a Europa,” declarou. “Fui jornalista por 25 anos e fui educado para mentir, para trair, para não dizer a verdade ao público.”

“Fui subornado pelos americanos para não relatar exatamente a verdade… fui convidado pelo German Marshall Fund of United States para viajar aos EUA. Eles pagaram todas as minhas despesas e me colocaram em contato com americanos que eles gostariam que eu conhecesse,” declarou.
“Me tornei cidadão honorário do estado de Oklahoma nos EUA somente porque escrevi a favor dos EUA. Fui apoiado pela CIA. Os ajudei em várias situações e me sinto envergonhado por tê-lo feito.”
Muitos outros jornalistas estão envolvidos na mesma prática, completou.
“A maior parte dos jornalistas que você vê em países estrangeiros, eles se dizem jornalistas e podem até ser. Mas muitos deles, como eu no passado, são chamados ‘cobertura não-oficial.’ Isso significa que trabalham para uma agência de inteligência, que a ajudam se elas pedem. Mas elas nunca dirão que te conhecem.”
Os jornalistas escolhidos para estes tipos de trabalho são de grandes grupos midiáticos. O relacionamento com o serviço secreto começa como uma amizade.
“Eles trabalham com seu ego, te fazem se sentir importante. E um dia um deles perguntará ‘você poderia me fazer um favor?’”
Tradução de Roberto Brilhante

02/10/2014

Liberdade made in USA!

Filed under: Liberdade made in USA!,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 9:12 am
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Cuando todo queda al revés

Por David Brooks *

A veces parece que todo está al revés. Durante los últimos días han surgido una serie de ejemplos que hacen pensar que el observador está de cabeza, o las cosas que observa son lo opuesto de lo que dicen ser. El país que se proclama como el faro de la libertad mundial tiene la mayor población encarcelada en el planeta: 2,2 millones de reos. Estados Unidos tiene menos de 5 por ciento de la población mundial, pero casi 25 por ciento de la población encarcelada del mundo. Esta semana, un informe del Consejo Nacional de Investigaciones, grupo científico de élite de la Academia Nacional de Ciencias, reportó que casi uno de cada 100 adultos en el país está en prisión, tasa de 5 a 10 veces más alta que las de Europa y otras democracias. De los encarcelados, 60 por ciento son afroestadounidenses o latinos. El informe señala que la explosión en la cantidad de población encarcelada es en parte resultado de la llamada guerra contra las drogas durante los últimos 40 años.

El país que se considera ejemplo de democracia, o sea, de un gobierno electo y que gobierna en nombre del pueblo, una vez más mostró que el pueblo tiene muy poca influencia sobre sus representantes. A pesar de que la opinión pública está abrumadoramente a favor de un incremento del salario mínimo (en algunos sondeos más de 75 por ciento lo apoya), el Senado, del que más de la mitad de sus integrantes son millonarios, rechazó esa medida. No fue inusual, ya que recientemente, al analizar sondeos de opinión pública y compararlos con la toma de decisiones políticas en los últimos 30 años, investigadores comprobaron que los intereses de los más ricos casi siempre prevalecen sobre la voluntad e influencia de las mayorías.

En el país que se proclama campeón del mundo civilizado, el Estado sigue asesinando legalmente a reos, incluso en violación al derecho internacional en el caso de varios mexicanos y otros extranjeros. La semana del 31/04 al 6/05 el mundo fue testigo de una barbaridad sobre otra en Oklahoma: no sólo se trató de una ejecución, sino de algo que fue más una muerte por tortura, por fallas al ejecutar a un reo, en el intento por matarlo humanamente, acto que el alto comisionado de derechos humanos de la Organización de Naciones Unidas condenó como probable castigo cruel, inhumano y degradante. En Estados Unidos se han realizado 1379 ejecuciones desde 1976, y esta fue la número 20 este año. Más allá de la brutalidad, entre 1973 y la actualidad, 144 reos que esperaban en las celdas de la muerte han sido exculpados (no hay cifras sobre cuántos ejecutados eran inocentes y habían sido víctimas de procesos fallidos), y se calcula que más de 4 por ciento de los que están en espera de ejecución podrían haber sido condenados erróneamente.

Con su autoelogio de ser un país en el cual la justicia impera para todos, en Nueva York se realizó uno de los últimos juicios relacionados con participantes del movimiento Ocupa Wall Street. Cecily McMillan, estudiante de la Universidad New School, firme promotora de la acción no violenta, está acusada de golpear a un policía debajo del ojo cuando éste intentó arrestarla, acusación que implica una condena potencial hasta de siete años de cárcel. Ella afirma que el policía la agarró por atrás y le lastimó los pechos, y que ella no sabía que el agresor era un oficial cuando le dio un codazo como reacción espontánea de defensa. No importa que el policía haya sido acusado anteriormente de uso excesivo de fuerza, ni que McMillan no tenga antecedentes penales, ni que la policía empleara tácticas de agresión física múltiples veces contra los Ocupa. Como suele suceder, los que denuncian o son víctimas de la injusticia aquí se encuentran en el banquillo de los acusados. (N. de la R.: Fue condenada a 60 días en la prisión de Rikers Island y cinco años en libertad condicional.)

Mientras tanto, como señala el periodista Matt Taibbi en su nuevo libro sobre la aplicación de la Justicia en la época de la mayor brecha de riqueza en un siglo, los más ricos se han vuelto intocables por la Justicia, mientras se aplica de manera cada vez más agresiva contra disidentes y delincuentes pobres. Subraya, como otros, que ningún ejecutivo de los bancos más grandes, responsables del fraude masivo que detonó la peor crisis financiera desde la Gran Depresión, ha sido encarcelado por este hecho que ha impactado en millones de ciudadanos.

En lo que el presidente Barack Obama proclamó desde sus primeros días como el gobierno más transparente de la historia, el director de Inteligencia nacional, James Clapper, ha ordenado a todo empleado en el sector de Inteligencia y seguridad nacional no tener contacto ni comentar nada con ningún periodista. Por otro lado, la Casa Blanca logró, con sus aliados en el Senado, anular una medida que hubiera obligado a Obama a reportar al público el número de personas muertas o heridas por sus operaciones con uso de fuerza letal, como drones en Pakistán y otros países.

El 1º de mayo es el Día de los Trabajores en casi todo el mundo menos aquí, el país donde se originó con la lucha sindical de los mártires de Chicago por la jornada de ocho horas, a finales del siglo XIX. En años recientes la fecha ha sido resucitada por inmigrantes en lucha por sus derechos básicos, pero ahora fue oficialmente cambiada a algo que no tiene nada que ver con sus orígenes. El presidente Obama, quien considera a Chicago como su ciudad de origen y quien como organizador comunitario seguramente conoce la referencia histórica, justo el mismo día en que inmigrantes y sindicatos se movilizaban por el país en demanda de derechos laborales y civiles, emitió un decreto para designar el 1º de mayo “Día de la Lealtad, fecha en la cual renovamos nuestras convicciones y principios de libertad, igualdad y justicia”, y llamó a que todos celebren este día desplegando la bandera estadounidense o jurando lealtad a la república.

A veces es como esas salas de espejos que distorsionan todo e incluso logran invertir el reflejo hasta que todo queda al revés.

* De La Jornada, de México. Especial para Página/12. David Brooks es periodista mexicano, corresponsal en los Estados Unidos.

Página/12 :: Contratapa :: Cuando todo queda al revés

21/09/2014

Quem finanCIA?

eua vergonhaPelo andar da carruagem a CIA resolveu eliminar o intermediário Instituto Millenium e tomar para si as rédeas da condução do nosso pensamento. Antes eles finanCIAvam o IBAD, o iFHC, o Instituto Millenium. Por isso que se diz, depois da Wikileaks e do William Waack que os EUA não precisam invadir o Brasil.

A presença de FHC como padrinho, e Celso Lafer, aquele que tinha de tirar os sapatos para entrar nos EUA, não é só sintomático, é o retrato pronto de acabado da nova roupagem do entreguismo de sempre.

Há por aqui um exército grande o suficiente para entregar de mão beijada o que eles querem. Esses institutos/ongs disseminadas por aí, com recursos vindos à sorrelfa explicam porque a CIA tem o maior orçamento do mundo sem precisar declarar o destino.

Quando se fala em Instituto da Liberdade, que se atrela aos EUA, precisam primeiro explicar porque o país da liberdade deles criou um muro entre os EUA e o México!

O Muro de Berlim caiu para que os EUA construíssem um Muro Mexicano! Liberdade made in USA é isso aí!

Casa Ibiá, ao seu dispor, Tio Sam!

EUAGloboEconomistas abrem versão de ‘Casa das Garças’ em SP

Centro de Debate de Políticas Públicas reúne nomes de linhagem ortodoxa

Associados lançam agenda econômica, mas não querem ser vinculados a nenhum dos partidos políticos

THAIS BILENKYMARIANA CARNEIRODE SÃO PAULO

Uma casa na rua Ibiapinópolis, no Jardim Paulistano, já recebeu Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente pelo PSDB, Marina Silva, presidenciável pelo PSB, e Fernando Haddad, prefeito pelo PT. Na última sexta (19), foi a vez de um ex-integrante do Federal Reserve, o banco central americano, falar sobre a política monetária dos EUA.

É assim a nova rotina na Casa Ibiá, imóvel recuperado por iniciativa do empresário Marcos Lederman e que virou sede do CDPP. O Centro de Debate de Políticas Públicas é um "think-tank" (tanque de pessoas pensando, na tradução literal do inglês).

A arquitetura, a discrição dos integrantes e a linha de pensamento dos economistas faz com que o lugar se assemelhe à famosa Casa das Garças carioca. Enclave do debate econômico encrustado no Leblon, foi fundado por Edmar Bacha e Dionísio Dias Carneiro, saídos da PUC-Rio.

Pela época em que foi criada –em 2003, no fim da era FHC– e pela associação dos seus fundadores com o governo do PSDB, a Casa das Garças acabou rotulada como "ninho tucano". O CDPP, enfatizam seus associados, quer ser apartidário.

Foi FHC quem fez a palestra inaugural da Casa Ibiá, no fim do ano passado. Na plateia, estavam ex-ministros de seu governo, como Pedro Malan e Celso Lafer, lembra-se um dos presentes.

Foi um dos eventos que mais encheram o auditório, que comporta 50 pessoas. Também foi assim na apresentação de Marina Silva sobre sustentabilidade, feita antes de ela se tornar candidata pelo PSB. Até filhos dos associados foram neste dia.

O CDPP tem hoje 40 sócios e um site. Lá aparecem nomes como os de José Berenguer, presidente do JP Morgan no Brasil, José Olympio Pereira, do Credit Suisse, e Pedro Moreira Salles, um dos acionistas do Itaú Unibanco.

Dirigido pelo ex-presidente do Banco Central Affonso Celso Pastore, um dos sócios-fundadores, o clube vive da contribuição dos membros e por enquanto não aceita patrocínios. "Meu sonho é um dia chegar em alguma coisa parecida com o Peterson Institute", diz Pastore.

Foi no renomado "think-tank" americano onde nasceu, nos anos 1990, o "Consenso de Washington" –um receituário de reformas para os países da América Latina que incluíam privatização de estatais e abertura comercial e é considerado o marco do neoliberalismo na região.

ORTODOXIA NO DNA

A linhagem dos economistas reunidos na Casa Ibiá é ortodoxa, assevera Pastore, referindo-se a uma tendência que advoga a menor presença do Estado na economia.

"Não temos nenhum heterodoxo [no CDPP]. Isso dá uma noção do que a gente julga que seria o DNA [do grupo]." Comporta também pessoas que estiveram no governo do PT, como Marcos Lisboa, Joaquim Levy, Henrique Meirelles e Bernard Appy.

O clube começou com reuniões informais e jantares. Com o tempo, foi ganhando adeptos e se tornou necessária uma estrutura. Há dois anos, as reuniões passaram a ocorrer no Insper, até que a Casa Ibiá ficou pronta. Chegou-se a aventar um vínculo formal com a Casa das Garças, mas a ideia não avançou.

O primeiro produto do CDPP ficou pronto na última semana. O documento "Sob a luz do sol: uma agenda para o Brasil" faz um diagnóstico das "razões da perda de dinamismo da economia brasileira". A principal recomendação é dar maior transparência às políticas públicas.

Às vésperas da eleição presidencial, Pastore afirma que não há intenções de o documento servir de base para um programa de governo.

"Nossa ação para nesse ponto [de formulação da agenda]. Cada um que a use como julgar melhor."

Outro propósito é tentar "pescar" jovens pesquisadores nas faculdades paulistanas. O objetivo é oxigenar o debate entre gerações.

02/09/2014

Vírus ou cavalo de tróia: do Stuxnet a Marina Malafaia

Marina MalafaiaMINHA HISTÓRIA – MIKKO HYPPÖNEN

Arma de governo

Especialista em vírus conta como uma força-tarefa revelou, aos poucos, o principal malware feito por um Estado, o Stuxnet, instalado pelos EUA em usina no Irã

ALEXANDRE ARAGÃODE SÃO PAULO

Quando conseguimos o código, não nos demos conta da importância. Percebemos que era um caso interessante, mas não tínhamos ideia de que havia infectado um sistema de enriquecimento nuclear –nem sabíamos que havia sido encontrado no Irã.

Foi em 2010, quando tivemos acesso ao Stuxnet original. Ele foi encontrado por uma pequena empresa de antivírus de Belarus. As companhias do Leste Europeu prestam muitos serviços de segurança para o Irã porque não têm restrições em fazer negócios com aquele país, ao contrário do resto da Europa.

Começamos a prestar mais atenção porque o vírus explorava uma falha de dia zero –vulnerabilidade de um sistema, como o Windows, que não haviam sido notadas antes. Falhas de dia zero são raras, valiosas e interessantes.

Só então encontramos outras falhas dia zero sendo exploradas. Não havíamos nunca, jamais, visto malware que explorava mais de uma falha dia zero. O Stuxnet explorava três. O que é completamente único. E isso imediatamente diz que não é normal.

Então começamos a nos dar conta de que o que tínhamos na mão era tão grande e complicado, e provavelmente foi tão caro para ser desenvolvido, que a fonte era um governo. Também encontramos dicas de que o vírus fora encontrado no Irã e tinha a ver com o programa nuclear.

Um amigo meu da empresa Computer Associates, da Austrália, foi o primeiro a declarar em uma lista de e-mails que, com base no que havia sido descoberto até então, era seguro dizer que tratava-se de uma operação do governo dos Estados Unidos contra o programa nuclear iraniano.

Ele enviou esse e-mail e, dois minutos depois, enviou outro dizendo que gostaria que todos soubessem que ele nunca teve tendências suicidas –só para o caso de ser encontrado morto. Isso é o quão paranoicos estávamos.

CONFIGURAÇÃO

A não ser que a rede infectada esteja configurada de forma específica, o código não faz nada. A rede precisa de um modelo específico de conversores de energia que precisam estar conectados em grupos específicos.

É a digital do sistema. É assim que o vírus sabe que está na usina certa. Se não encontrar essa configuração, não faz nada. Se o terminal de uma fábrica de alimentos em São Paulo for infectado, nada acontecerá porque a configuração é outra.

A pergunta passou a ser: "Há alguma instalação iraniana com essa configuração?". Procuramos fotos no site da Presidência do Irã.

Encontramos uma do então presidente Mahmoud Ahmadinejad olhando o monitor de uma usina. Demos zoom. O computador à frente mostra a disposição da usina –que casa exatamente com a do Stuxnet. Foi assim que provamos. Depois, descobrimos por meio de outras fontes que estávamos certos.

O governo americano restringiu o vírus porque não queria causar dano, por exemplo, dentro do próprio país ou em outro lugar. Quando um sistema é infectado, a primeira coisa que o vírus faz é checar a data. Se passou de junho de 2012, não faz nada. O Stuxnet expirou.

17/07/2014

Liberdade de imprensa made in USA

Filed under: Liberdade de Expressão,Liberdade made in USA! — Gilmar Crestani @ 9:06 am
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Tio Sam DemocrataJustiça bolivariana ameaça liberdade de imprensa no terra do terrorismo de Estado. Só rindo KKKK!

Ex-editora do ‘NYT’ vê ameaça à imprensa

Jill Abramson critica Justiça por obrigar colega a depor no julgamento de possível fonte

ISABEL FLECKDE NOVA YORK

É "preocupante" a situação da liberdade de imprensa nos Estados Unidos. O diagnóstico é da ex-editora-executiva do "New York Times" Jill Abramson, que considera a decisão da Justiça americana que obriga um ex-colega a depor no julgamento de uma possível fonte um "golpe no coração da democracia" do país.

A jornalista, que esteve à frente do "NYT" entre setembro de 2011 e maio passado –quando foi demitida por divergências sobre seu "modo de gestão"–, destaca a quantidade de processos movidos contra delatores nesta administração, o dobro de todos os outros governos até 1917, quando foi criada a Lei de Espionagem, somados.

"É surpreendente que o governo Obama tenha sido tão agressivo em buscar esses processos contra delatores, que são as fontes de reportagens que considero importantes e de interesse público", disse Abramson a um grupo reunido em Nova York pela organização The Common Good na terça (15).

A jornalista citou o caso de James Risen, do "NYT", que teve rejeitado pela Suprema Corte o recurso para não testemunhar sobre um agente da CIA, sua possível fonte. Ainda lembrou o monitoramento de um repórter da Fox News após uma matéria sobre a Coreia do Norte.

Sobre sua abrupta demissão, em maio, Abramson desabafou: "Não foi a melhor experiência da minha vida. Mas, com o tempo, você acaba lidando com ela".

Descalça sobre um banquinho para poder ver e ser vista por todos –Abramson tem menos de 1,5 metro de altura–, ela disse ter se espantado com a dimensão que sua saída ganhou. "É esquisito se tornar a história’", disse, lembrando que dezenas de jornalistas viajaram até o interior da Carolina do Norte só para cobrir seu discurso após sua demissão.

Em tom saudoso, disse que, se pudesse voltar atrás, teria escrito mais reportagens no período em que foi editora-executiva. "Sempre senti muita falta de escrever."

Agora, seu plano é ensinar narrativa de não ficção aos alunos de Harvard.

19/06/2014

Ué, mas não era a Venezuela que era perigosa para jornalistas?!

Filed under: Assassinato,Jornalismo,Liberdade made in USA!,México,Peña Nieto — Gilmar Crestani @ 10:57 pm
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Como o México não passa de um entreposto de cocaína para abastecer os EUA, nada do que diz respeito a eles nos interessa. Só podemos nos interessar por aqueles países que os EUA permitem que nos interessemos. Sabemos tudo sobre Hugo Chávez e Nicolas Maduro. E quem é mesmo o ventríloquo dos EUA no México. Como já disse Porfirio Díaz: "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos." Por isso que os a$$oCIAdos do Instituto Millenium não publicam nada a respeito do México. Talvez, se publicassem, teria de informar sobre os desastres econômicos que o PRI de Peña Nieto, uma espécie de Fernando Henrique Cardoso quando jovem, está causando por aquelas bandas. A única coisa que ele não está fazendo igual a FHC foi sentar na cadeira antes de ser eleito…(http://veja.abril.com.br/blog/caca-ao-voto/uncategorized/fernando-henrique-cardoso-caiu-da-cadeira/)

Como é um protetorado dos EUA, toda barbaridade é permitida, assim como toda informação nos é sonegada. E por aí também se justifica todo ataque à Venezuela. O que o México tinha, os EUA já levaram. Já a Venezuela tem petróleo, que até a chegada de Chávez, era tido como se dos EUA fosse.

México reconoce que 102 reporteros han sido asesinados desde 2000

Paula Chouza México 7

La cifra de muertos del Gobierno supera los registros de asociaciones y de la Comisión Nacional de Derechos Humanos

El Gobierno de México reconoce 102 periodistas asesinados desde el año 2000

La cifra de muertos oficial supera los registros de asociaciones y de la CNDH

Paula Chouza México 19 JUN 2014 – 23:11 CET7

Periodistas protestan durante el funeral del reportero veracruzano Gregorio Jiménez, en febrero pasado. / EFE

En los últimos diez años, alrededor de 500 periodistas han muerto en todo el mundo por ejercer su profesión, según la ONU. De estos, una quinta parte trabajaba en México. La Fiscalía Especial para la Atención de Delitos cometidos contra la Libertad de Expresión, que depende de la Procuraduría General de Justicia mexicana, registra 102 homicidios contra la prensa en los últimos 14 años. Son estas las primeras cifras oficiales que publica el Gobierno desde que se creó el organismo en el año 2010.

Según los datos recogidos en el informe, los asesinatos de periodistas se intensificaron a partir de 2006, el primer año del Gobierno de Felipe Calderón (2006-2012), etapa en la que el entonces presidente puso en marcha una dura estrategia para acabar con los carteles de la droga en México. Mientras entre 2000 y 2005, bajo el mandato de Vicente Fox, las víctimas de delitos contra la libertad de expresión fueron 21, en el sexenio calderonista la cifra se elevó a 71. El documento revela que el año más negro para la prensa fue 2010, con un total de 13 fallecidos.

“La cifra global de muertes es considerablemente mayor a la denunciada por la asociación Artículo 19”, dice su director en México, Darío Ramírez. La organización de defensa de los derechos de los profesionales de la información ha documentado en el mismo período 77 muertes en todo el país. El dato es superior también al registrado por la Comisión Nacional de Derechos Humanos, con 86 fallecidos. “Como número total es muy lamentable”, señala la titular de la Fiscalía, Laura Angelina Borbolla. “Más allá de eso resulta especialmente preocupante porque los comunicadores ejercen una función social fundamental como informadores”.

Para Ramírez, los datos son “una evidencia clara del contexto de inseguridad de los últimos 14 años, de la incapacidad del Estado mexicano para impedir los asesinatos y también de la impunidad”. El informe publicado por la Fiscalía reconoce que hay 155 averiguaciones previas aún pendientes y solo 33 despachadas.

“El ritmo de las investigaciones no depende ni del número de funcionarios ni de la capacidad del departamento, si no del procedimiento, que es largo. La instrucción de pruebas dura como mínimo nueve meses”, explica la fiscal. “Los estándares de efectividad”, asegura, “corresponden con los de la Procuraduría General de la República”.

Según los registros desde el año 2000, las entidades más violentas son Chihuahua (16 fallecidos) y Veracruz (15). La región del sureste, donde se encuentra este último Estado resulta la más peligrosa para ejercer la profesión periodística, con 35 informadores asesinados, mientras el noroeste se convierte en la segunda zona más violenta, con 27 homicidios.

En el apartado de las desapariciones la FEADLE reconoce 24 expedientes abiertos. Michoacán, Tamaulipas y Veracruz, zonas donde la presencia del crimen organizado ha sido una constante en los últimos años, se sitúan a la cabeza de la República en casos de periodistas desaparecidos. En la actualidad, el Gobierno de la República reconoce que hay 16.000 ciudadanos desaparecidos. Al término del mandato de Felipe Calderón la lista era de 27.000, ha asegurado recientemente el secretario de Gobernación, Miguel Ángel Osorio Chong.

“El fenómeno real de que hubo un incremento de delitos contra los profesionales de los medios de comunicación es una de las razones que motivó la creación de la Fiscalía”, explica Borbolla. La otra fue la visita conjunta y las conclusiones posteriores del informe elaborado por las Naciones Unidas y la Organización de Estados Americanos. “El documento establecía que era la Federación (el Gobierno central) la que debía investigar los delitos contra la libertad de expresión, la necesidad de una coordinación con autoridades locales, el establecimiento de protocolos y la creación de políticas de prevención”.

En lo que va de 2014 dos periodistas han sido asesinados en el país. El último homicidio tuvo lugar en Acapulco a comienzos de junio. Jorge Torres Palacios tenía 50 años, era reportero y trabajaba como portavoz de Salud en el Ayuntamiento de esa ciudad, puerto turístico de enorme atracción en el pacífico mexicano. Al periodista lo secuestraron un jueves por la tarde y cuatro días después fue hallado sin vida, decapitado y desmembrado. Las causas que rodean el crimen son todavía un misterio, pero el contexto que rodea Acapulco es violento: 113 homicidios por cada 100.000 habitantes.

La otra víctima mortal fue Gregorio Jiménez, de 43 años. A él se lo llevaron el 5 de febrero y apareció muerto el 11. El periodista veracruzano colaboraba con varios medios y cobraba 1, 5 dólares por cada artículo publicado. El piso de su casa era de tierra y la vivienda no tenía agua corriente, luz eléctrica o drenaje. Las precarias condiciones en las que desarrollaba su actividad profesional y la pasividad de las autoridades locales, llevó a 16 compañeros de varias asociaciones periodísticas del país a investigar el caso. Desde que Javier Duarte se convirtió en gobernador de Veracruz, en diciembre de 2010, han sido asesinados diez periodistas y tres continúan desaparecidos. Además, un diario fue incendiado y al menos 25 reporteros se han visto obligados a dejar el Estado por amenazas.

Según un informe de la organización Reporteros Sin Fronteras publicado en febrero, México se encuentra entre los 30 países más peligrosos del mundo para ejercer el periodismo, a la par de naciones como Irak, Corea del Norte, Irán y Siria. “El nivel de indefensión de la prensa es mayor que nunca”, concluye Ramírez después de revisar el informe del Gobierno federal. “La reflexión debe ir en esa dirección, los mecanismos de protección actuales son insuficientes”.

El Gobierno de México reconoce 102 periodistas asesinados desde el año 2000 | Internacional | EL PAÍS

Veja como os EUA tratam a Yoani Sánchez deles

 

Dos años de Assange en 20 m2

Se cumplen 24 meses de la entrada del ‘exhacker’ en la Embajada ecuatoriana en Londres

Patricia Tubella / Soraya Constante Londres / Quito 18 JUN 2014 – 21:40 CET29

Assange, en una comparecencia desde la embajada, en 2012. / LEON NEAL (AFP)

El pulso político y diplomático que encarna el fundador de Wikileaks, Julian Assange, permanece enquistado cuando se cumplen este jueves dos años de su entrada en la Embajada de Ecuador en Londres, donde sigue refugiado bajo riesgo de ser arrestado si pone un pie fuera del recinto. Mientras el Gobierno ecuatoriano sostiene que el exhacker, que la fiscalía sueca quiere interrogar por posibles delitos sexuales, “no es un fugitivo” sino un asilado bajo su amparo, las autoridades británicas persisten en su empeño de detenerlo por haber violado los términos de la libertad condicional aquel 19 de junio de 2012, y mantienen un cerco policial en torno a la legación cuya factura ya roza los seis millones de libras.

En todas las entrevistas hechas a Assange, durante los dos años que lleva en el recinto diplomático, ha habido una pregunta constante. ¿Cómo es vivir en una embajada? Sus respuestas han permitido conocer que pasa los días confinado en una oficina de 20 metros cuadrados convertida en habitación. En ese espacio trabaja (jornadas de 17 horas frente a un ordenador), se ejercita (en una cinta para correr que le regaló el cineasta Ken Loach) y recibe visitas, según los reportes del periódico británico The Daily Mail en 2012. Por declaraciones de uno de sus abogados, Baltasar Garzón, se sabe que su mobiliario incluye una cama, una mesa, una estantería y ahí se acaba su mundo.

El propio australiano comparecerá en una rueda de prensa en conexión internauta este jueves con el ministro de Exteriores ecuatoriano, Ricardo Patiño, según este anunció su cuenta de Twitter sin precisar más detalles.

“Es una lástima” que los contribuyes británicos deban costear la presencia constante de la policía a lo largo de los últimos 24 meses, pero Assange va a ser un invitado de ese territorio diplomático de forma indefinida, a no ser que medie un gesto del Gobierno de David Cameron, advertía el embajador ecuatoriano, Juan Falconi Puig, en una reciente entrevista al diario The Times. Con esas declaraciones, Falconi Puig frustraba las expectativas de que el relevo de su antecesora, Ana Albán, en junio del año pasado, apuntara a una vía de solución del litigio entre Quito y Londres. Los términos que plantea hoy el embajador siguen siendo los mismos en los que incide el presidente de Ecuador, Rafael Correa, desde que concediera asilo político por “razones humanitarias” al pirata informático australiano: que la justicia sueca le interrogue por videoconferencia o bien desplace a sus funcionarios a Londres a tal efecto. La fiscalía sueca considera que, en vista de los delitos por los que fue denunciado por Miss A. y miss W., es necesario que Assange sea interrogado en Suecia.

más información

El Gobierno ecuatoriano apuesta por que sea interrogado en Londres porque “ha aceptado los argumentos de Assange” de que corre el riesgo de ser extraditado a Estados Unidos si aceptar trasladarse a Suecia para responder a las acusaciones –todavía no se han presentado cargos en su contra- de violación y asalto sexual contra dos mujeres.

El hacker que hace cuatro años difundió a través de Wikileaks miles de cables confidenciales del Departamento de Estado de EEUU y sobre las operaciones militares en Irak y Afganistán, es hoy un hombre “que sufre”, en palabras del embajador Falconi, que vive encerrado en una de las doce habitaciones de las que consta la legación ecuatoriana en el barrio de Knightsbridge. La última imagen que ha proyectado al mundo es una fotografía difundida en las redes sociales en vísperas del mundial de fútbol de Brasil y en la que aparece con buen aspecto y ataviado, cómo no, con la camiseta de la selección nacional de Ecuador.

"En el caso de Assange no había garantías del debido proceso"

Rafael Correa, presidente de Ecuador

A pesar de que la sede diplomática ecuatoriana ocupa un lujoso piso de 200 metros, Assange tiene la movilidad restringida, al menos durante el día, cuando la embajada ecuatoriana atiende los requerimientos de sus ciudadanos y otras personas. Por los reportes que ha hecho el diario ecuatoriano El Telégrafo, que lleva el conteo de los días que Assange lleva en la embajada en su sitio web, se conoce que el hacker australiano recibe periódicamente a un entrenador personal, que practica el boxeo y la calistenia, y que tiene una lámpara azul que imita la luz del día.

La falta de la luz del día es justamente es lo que más ha trascendido de los diez minutos de entrevista que mantuvo el periodista Antoine de Caunes del programa Le Grand Journal de Canal Plus con Assange la semana pasada. “Físicamente lo más difícil es la falta de luz del día. La luz solar solo la vi 20 minutos, hace dos años, cuando salí al balcón para hacer una declaración”, relató Assange que vestía pantalones vaqueros, camisa a cuadros y zapatos deportivos y lucía una barba de color platino que le daba un aspecto mayor a sus 42 años.

El pasado 15 de mayo, en una entrevista que Correa concedió a la Televisión Nacional de Chile, salió el tema. “Lo consideramos un ciudadano con derecho a pedir asilo y nosotros un país soberano con derecho a otorgar asilo”, respondía y añadía que la protección otorgada por el Estado ecuatoriano no se debía a su labor informativa: “Cuidado… No hemos justificado lo que hizo Julian Assange, creemos que los Estados deben tener información confidencial por su seguridad nacional, etc., pero en el caso de Assange no había garantías del debido proceso”.

Para el Gobierno de Cameron, enfrascado estos días en la crisis que ha supuesto la ofensiva yihadista en Irak, Assange entraña un problema casi olvidado por el público británico aunque el reciente balance del gasto policial que supone la vigilancia a Assange haya operado de incómodo recordatorio: 5,9 millones de libras hasta finales de marzo, según la Policía Metropolitana. Sobre el edificio que responde al número 3 de la calle Hans Crescent, muy próximo a los almacenes Harrod´s, ya no sobrevuelan los helicópteros cuyo ruido molestaba al vecindario en los primeros meses de la crisis. Pero al menos dos agentes –probablemente alguno más agazapado- siguen apostados día y noche frente a la hoy famosísima embajada de Ecuador en Londres.

Hasta el pasado diciembre, la Agregaduría de Defensa de España en el Reino Unido ocupaba la planta que está justo encima de la legación ecuatoriana, pero esta unidad que oficialmente tiene como función engrasar las relaciones bilaterales con sus homólogos militares británicos se ha desplazado a una nueva sede en Notting Hill “por razones administrativas”. Desde la embajada española en el Reino Unido, responsable de ese departamento encabezado por el capitán de navío Pablo A. Lewicki, se asegura que la presencia del incómodo residente del antiguo inmueble –Assange- no ha tenido nada que ver con el traslado.

"Cuando uno tiene un principio, hay que luchar por ello y simplemente no ceder"

Julian Assange

La agencia local Andes ha difundido un vídeo de cuatro minutos en el que el fundador de Wikileaks agradece a Ecuador por mantener la protección diplomática a su favor. “Han pasado dos largos años desde que entré a este edificio (…) La situación es difícil para mí, personalmente y mucho más para mis hijos, pero tengo ventajas, gracias al apoyo del Gobierno ecuatoriano y su pueblo he podido trabajar en circunstancias difíciles. Sí, con una amplia vigilancia policial alrededor del edificio; sí, incluso con el espionaje de la agencia británica de inteligencia, pero trabajar (…) Esa capacidad de trabajo me ha mantenido en marcha (…) El juego no ha terminado, sabemos en materia de derecho internacional que Reino Unido, los Estados Unidos y Suecia tienen la obligación de respetar los derechos de asilo de todo el mundo”.

Añadió que formalmente no está acusado de crimen alguno y que pese a eso ha estado detenido cuatro años en Londres (dos años en la Embajada de Ecuador). Para terminar recordó su misión para con el mundo. “Cuando uno tiene un principio, hay que luchar por ello y simplemente no ceder. Y en relación a las promesas que he hecho al mundo para presentar la información de Estados Unidos y sus aliados, eso es algo a lo que estoy decidido y no fallaré”.

Pero no todas las declaraciones y apariciones que Assange ha hecho desde la sede diplomática ecuatoriana han sido bien recibidas por el Gobierno ecuatoriano. En junio de 2013 actuó como vocero del extécnico de la CIA, Edward Snowden, e indicó que el salvoconducto que le habría permitido viajar desde Hong Kong hasta Rusia fue concedido en la misión ecuatoriana en Londres. Ese mismo año creó el Partido Wikileaks y se postuló como candidato al Legislativo en Australia, como parte de la campaña grabó un vídeo parodia de sus contrincantes que luego difundió por Internet. Ambos episodios molestaron al presidente Correa, quien en el primer caso emplazó a Assange a no referirse a situaciones internas Ecuador y en el otro a no burlarse de sus adversarios.

Así las cosas, todo apunta a que Julian Assange cumplirá dentro de dos semanas los 43 años encerrado en su bastión numantino del corazón de Londres. Su caso empieza a evocar al del cardenal Jozesf Mindszenty, asilado durante tres lustros en la embajada estadounidense de Budapest, donde se refugió tras el aplastamiento soviético de la revolución húngara de 1956. Se le permitió salir del país y años después murió en el exilio.

Dos años de Assange en 20 m 2 | Internacional | EL PAÍS

15/06/2014

Profi$$ionais da desinformação

Se no tempo da internet ainda há quem se atreva a jogar com informação, que pode ser desmentida na sequência, imagine antes, quando a parceria de ditadores e donos de jornais, rádios, tvs e revistas era umbilical, quase sexual. Quem tiver dificuldade de ler em francês, provavelmente nosso complexo de vira-lata só permite saber inglês, há sempre a ajuda do google (https://translate.google.com/?hl=pt-BR)….

Por exemplo, para desgastar o governo federal, as cinco irmãs (Folha, Abril, Estado, Globo & RBS) falam nos gastos públicos e nos desvios. Não leste nenhuma linha a respeito de que o gasto público está nas obras de mobilidade urbana em relação à Copa. Os Estádios, mesmo os públicos, foram construídos com financiamento do BNDES. Ah, dirão, mas não é dinheiro público. É. É tão público quanto os empréstimos feitos pela Gerdau, RBS e Globo. Por que só estes podem se beneficiar dos empréstimos públicos? Pior, em nenhum dos veículos das cinco irmãs apareceu a informação de que o Ministério Público Federal e o Tribunal de Contas da União criaram grupos de trabalho para acompanharem as obras relacionadas à Copa. Por que ninguém cobra do MP nem do TCU um relatório a respeito do que existe de errado para que a Justiça possa julgar? Por que não interessa a verdade, apenas a versão. A versão dos que torcem contra o Brasil para que Aécio possa se eleger e terminar com esta história de aumentar o salário mínimo todos os anos…

Professionnel de la désinformation

UNE PROFESSION DE PLUS EN PLUS EN VOGUE

Le temps où il suffisait de dire « je l’ai lu dans le journal, je l’ai entendu à la radio, vu à la télévision » pour faire taire tous les incrédules est désormais dépassé. Ce qu’on écrit dans le journal, ce que l’on dit à la radio, ce qu’on nous montre à la télévision n’a plus la crédibilité d’antan. Une nouvelle profession s’y est taillé une place pour en faire le lieu privilégié de la désinformation aux allures de ce qu’il y a de plus vrai et de plus convaincant. Un métier qui se vend aux plus offrants. Des vendeurs d’images et d’opinions qui savent se vendre ainsi que ce qu’ils produisent. Ils ont tous et toutes l’allure de personnes qui ne sauraient mentir ou tromper leur public.

Déjà, nous connaissons les fonctions des attachés de presse des ministres et des représentants des grandes institutions nationales et internationales. Ils ont pour tâches de mettre en évidence tous les beaux et bons côtés de leurs patrons tout en faisant apparaître subtilement tous les mauvais côtés de leurs adversaires. Qu’il en soit ainsi dans le cadre d’une institution ou d’un ministère gouvernemental, ne surprend personne et c’est normal qu’il en soit ainsi. On se souviendra du spécialiste en communication que le nouveau maire Labaume de la ville de Québec avait fait venir de France pour lui confier le maintien d’une bonne image publique devant à ses électeurs et électrices. Dans ce cas précis, ce fut un grand fiasco, puisque le maire a dû le remercier de ses services peu de temps après l’avoir engagé, ses compétences n’étant pas à la hauteur des attentes.

Dans le cas de la presse écrite et des bulletins d’information nationales et internationales, la situation est différente. Le public s’attend à ce que ces grands réseaux d’information leur fournissent des faits, des analyses qui permettent de mieux comprendre ce qui se passe dans telle ou telle région du monde. C’est là la seule façon pour plus de 80 % de la population de se faire un jugement sur ces faits et d’exprimer leurs attentes par rapport aux engagements de leurs gouvernements respectifs. Des dizaines de milliards de dollars sont engagés chaque année en armements et en interventions militaires dans divers pays du monde. Les dirigeants politiques et les médias de communication qui leur sont soumis en arrivent à convaincre par divers montages les citoyens et citoyennes de la justesse de ces dépenses et de ces interventions.

Au cours des dix dernières années, nous avons vécu une sorte de sommet dans la mise en place des moyens permettant de tromper carrément les auditeurs et auditrices sous le couvert d’une présentation erronée de faits et d’analyses, fabriquées à dessein pour qu’elles soient reprises par tous les médias officiels (mainstream). Souvent, ce ne sera que plus tard que les langues se délieront pour mettre au grand jour la tricherie.

On nous a convaincus qu’il y avait en Irak des armes de destruction massive, qu’il était urgent d’intervenir avant que Saddam Hussein ne vienne nous empoisonner tous. Ce n’est que plus tard que nous avons appris que ce n’était qu’un grand mensonge soutenu par nos médias.

On nous a également convaincus qu’en Libye, Kadhafi bombardait des populations civiles entières comme par plaisir de tuer. Ce fut également là un grand mensonge, entretenu par nos médias. Le chef de la fausse révolution libyenne admet que Kadhafi n’a pas tué de manifestants.

En Syrie que n’a-t-on pas dit pour que le monde sache que le président Al-Assad est un dictateur sanguinaire qui n’a aucun respect des de la personne et qui prend une sorte de plaisir à tuer d’innocentes victimes. Encore là, le mensonge et les demi-vérités ont fait leur travail auprès de l’opinion publique.

Que dire de ce qui se passe en Ukraine ? Depuis des mois on nous dit que l’ex-président ne répondait plus à ses obligations et que le peuple ukrainien ne pouvait plus le supporter. Il fallait donc se porter au secours de ce peuple pris en otage par un Président sans conscience. Les faits nous révèlent de plus en plus qu’on nous a menti pour mieux agir dans le sens d’intérêts qui vont bien au-delà de celui de se porter à la défense d’un peuple.

Ce même stratagème s’applique à Cuba et à Fidel Castro depuis plus de cinquante ans. Que n’a-t-on pas dit sur Fidel et que n’a-t-on pas fait pour le faire disparaître. L’homme qu’on cherche à détruire moralement et physiquement est toujours là, vivant simplement dans une demeure sans luxe et sans éclat. La dernière manipulation à paraître en fait un pacha milliardaire dont la fortune serait cachée dans une île secrète. Un autre grand mensonge, présenté comme la pure vérité.

Au moment d’écrire ces lignes, le gouvernement du Venezuela révèle le plan mis en place par la droite vénézuélienne et Washington pour assassiner le président Maduro. Depuis plusieurs mois, une véritable campagne de dénigrement du Président et de la révolution bolivarienne est largement entretenue et soutenue par nos médias officiels. On dit de Maduro qu’il est un dictateur, qu’il opprime les étudiants qui manifestent pacifiquement, qu’il ne respecte pas les droits de la personne, etc. Encore là, des mensonges plus que nécessaires. Ils sont mis à jour par le gouvernement avec des preuves qui en démontrent la grande tricherie.

Plus les évènements avancent dans le temps, plus nous découvrons les mensonges mis à la disposition d’une manipulation machiavélique de l’opinion publique. Des spécialistes de la désinformation se consacrent comme de véritables artistes à créer l’illusion et la ressemblance avec la vérité pour mieux assurer les interventions militaires et autres à des fins qui n’ont rien à voir avec les intérêts des peuples visés.

Sur l’ensemble des questions relatives aux interventions des États-Unis dans le monde, je vous réfère à cet article portant sur la guerre asymétrique et la violence des États-Unis. Je ne crois pas que vous trouverez cet article dans les journaux qui servent le système.

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Sharyl Attkisson (capture sur Agence Info Libre)
http://www.dailymotion.com/agencein…

Pour terminer, je vous laisse avec le témoignage d’une journaliste, Sharyl Attkisson, qui a démissionné pour des raisons professionnelles après avoir œuvré dans les plus grands réseaux d’information des États-Unis, dont CNN et CBS. Elle nous dit comment ça se passe dans le milieu de la désinformation.

Pour le moment le père du mensonge arrive encore à s’imposer comme le père de la vérité, mais il est possible que ses heures soient comptées. Les langues se délient et les consciences s’éveillent.

Oscar Fortin

Québec, le 11 juin 2014

http://humanisme.blogspot.com

Professionnel de la désinformation – AgoraVox le média citoyen

02/06/2014

Governo bolivariano nega asilo a perseguido por ditadura sanguinária

Cuba x EUASnowden confirma ter pedido asilo ao Brasil

Delator de espionagem dos EUA diz que ‘adoraria’ morar no país e se surpreende com negativa do governo brasileiro

Ex-funcionário da NSA revela que seu objetivo era fugir para o Equador e diz estar tenso com fim de asilo na Rússia

DE SÃO PAULO

O ex-prestador de serviços da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) Edward Snowden afirmou neste domingo (2) que adoraria morar no Brasil e confirmou que fez um pedido de asilo ao país.

Em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, o delator do esquema de espionagem dos Estados Unidos disse que a solicitação foi feita no período em que ficou retido no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou.

"Eu adoraria morar no Brasil. Se o país oferecesse o asilo, eu aceitaria. De fato, já pedi asilo ao Brasil, quando estava no aeroporto."

Informado de que o país havia negado seu pedido, ele se disse surpreso. "Talvez eu não tenha cumprido algum procedimento a ser seguido."

Questionado, o Ministério das Relações Exteriores disse que não vai comentar sobre a entrevista de Edward Snowden ao "Fantástico".

Em dezembro, o delator fez uma "carta aberta ao povo do Brasil, obtida pela Folha, que foi enviada ao governo brasileiro. Nela, Snowden prometeu colaborar com as investigações sobre a ação da NSA no país em troca do asilo.

Na entrevista, no entanto, ele negou que vá oferecer informações para conseguir o benefício. Snowden ainda elogiou a presidente Dilma Rousseff por ter sido a primeira a fazer um discurso contra a espionagem americana.

Dilma está entre os dirigentes que tiveram e-mails e telefonemas interceptados pela NSA. A Petrobras também foi espionada pela agência.

O jornalista Glenn Greenwald, que denunciou o esquema e estava com Snowden na entrevista ao "Fantástico", afirmou que, nos próximos meses, serão revelados mais detalhes da espionagem realizada pelos EUA e o Reino Unido no Brasil.

EQUADOR

Pela primeira vez, Snowden revelou que seu objetivo durante sua fuga era chegar ao Equador. Ele ficou 39 dias retido na Rússia após seu passaporte ter sido cancelado.

O delator afirma que tem uma vida boa em Moscou e que consegue até sair na rua. "A Rússia não é um país perfeito, espiona a internet e censura a imprensa, mas é muito melhor que a prisão".

Snowden disse ainda que gostaria de ser julgado pelos tribunais dos EUA, mas não espera um processo justo.

"Você não pode ser um traidor, a não ser que sua lealdade seja transferida ao governo. Não queria derrubá-los [com o vazamento], quero que sejam melhores".

26/05/2014

Via Ucrânia, EUA mostra à Rússia como se ganha eleição, no Ocidente

Filed under: Arapongagem made in USA,Liberdade made in USA!,Rússia,Ucrânia — Gilmar Crestani @ 8:46 am
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ucrainainUcrânia elege ‘rei do chocolate’, diz pesquisa

Empresário do setor, moderado Petro Poroshenko tinha 55% dos votos em boca de urna; ele prometeu estabilidade

Novo presidente diz que visitará o leste, onde a participação nas urnas foi baixa devido à onda separatista pró-Rússia

LEANDRO COLONENVIADO ESPECIAL A KIEV

Como era esperado, o magnata ucraniano Petro Poroshenko venceu em primeiro turno as eleições presidenciais realizadas neste domingo (25), apontavam as pesquisas de boca de urna até a conclusão desta edição. Os resultados oficiais devem sair nesta segunda-feira (26).

Dono de uma fortuna de US$ 1,3 bilhão, é conhecido como o "Rei do Chocolate", por ser dono da principal marca do país, além de um canal de televisão.

O roteiro deste pleito também parece ter se confirmado com a baixa adesão do leste e novas promessas de diálogo com a Rússia.

Poroshenko, 48, obteve cerca de 55% dos votos, muito à frente da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, 53, com 13%, que reconheceu a derrota. Com a pesquisa em mãos, ele fez discurso de vencedor: prometeu buscar a unidade da Ucrânia, viajando ao leste, palco da onda separatista pró-Moscou que dificultou a votação na região.

"O primeiro passo que vamos tomar no gabinete presidencial será parar a guerra, colocar fim ao caos e trazer a paz para a Ucrânia", disse.

Poroshenko defende laços maiores com a União Europeia, mas tentando não criar atritos com a Rússia.

A Folha acompanhou algumas seções eleitorais em Kiev, onde a situação foi diferente –apesar das longas filas, não havia clima tenso, e a adesão era alta.

Essa eleição é considerada a mais importante da Ucrânia desde sua independência em 1991, na derrocada da União Soviética. Marca a substituição definitiva do presidente deposto em fevereiro, Viktor Yanukovich, aliado dos russos, em meio a protestos que deixaram dezenas de mortos. Um governo interino e fragilizado estava no poder.

Poroshenko foi um dos principais mentores da queda de Yanukovich, sob a acusação de que ele cedeu à pressão de Moscou ao se negar a assinar um acordo comercial com o bloco europeu. Apesar disso, chegou a ser ministro de Yanukovich, em 2012.

Ao celebrar o resultado, Poroshenko disse que vai dialogar com a Rússia, acusada por Kiev de estimular o separatismo no leste. Reafirmou que não reconhece a anexação da península da Crimeia por Moscou.

O presidente russo, Vladimir Putin, não comentou o resultado até a conclusão desta edição. Já o americano Barack Obama elogiou o processo eleitoral, considerado por ele um "passo importante" para o fim da crise.

Aliado de Poroshenko, o ex-campeão mundial de boxe Vitali Klitschko foi apontado como vencedor na disputa para a prefeitura de Kiev.

BOICOTE NO LESTE

A eleição no leste ocorreu com baixíssima adesão. Praticamente não houve votação na cidade de Donetsk, uma espécie de "capital" dos militantes pró-Rússia desde o mês passado. Nenhuma seção eleitoral funcionou na cidade durante o dia –ao todo, na província de Donetsk, apenas 426 de 2.430 seções de votação operaram, segundo a Comissão Eleitoral. "Sou responsável pela seção de três mil eleitores e aqui não teve votação", disse à Folha Bodnia Olensii, chefe eleitoral.

Os separatistas bloquearam zonas eleitorais e destruíram urnas. Dos 35 milhões de eleitores, de 15% a 20% são do leste, com forte presença separatista.

20/05/2014

Informação que no Brasil só se publica com autorização da CIA

La embajadora argentina ante la ONU, Marita Perceval, durante el debate sobre los treinta años de democracia en América latina.

EL PAIS › DEBATE ORGANIZADO POR CLACSO EN LA ONU SOBRE TREINTA AñOS DE DEMOCRACIAS

“Estado de derecho con derechos”

En una discusión con académicos y funcionarios, la representante argentina Marita Perceval acuñó esa categoría. También pidió “democracias intensas”. Gentili sobre desigualdades. El ángulo brasileño. La postura del PNUD.

Por Martín Granovsky

Desde Nueva York

La embajadora argentina en la ONU sonrió cuando un colega le dijo: “Gracias a Marita Perceval por este debate fuera de la caja”. La “caja” pareció una alusión a cierta grisura burocrática que impregna el intercambio público en Naciones Unidas y que cada tanto rompen o los cinco del Consejo de Seguridad cuando aprueban una intervención militar o los países periféricos cuando logran cambiar el sentido común de las discusiones.

Perceval abrió un seminario auspiciado en la ONU por la misión argentina y por la embajada sueca y organizado por el Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales y el OLA, el Observatorio Latinoamericano de la New School. Fue la conclusión de otro encuentro de OLA y Clacso en la propia New School. En ambos casos el tema fue planteado así: “Treinta años de democracia en América latina: logros, procesos y desafíos”.

Fundada en 1919 por un grupo de intelectuales que buscaban un sitio de debate libre, la New School llegó a contar con John Maynard Keynes de profesor. En 2003 y 2004, el presidente Néstor Kirchner convirtió al lugar en uno de sus espacios de contacto internacional. El periodista y profesor universitario Ernesto Semán le acercó al economista Paul Krugman, con quien Kirchner mantuvo un diálogo público. Krugman, como Joseph Stiglitz, desplegaba una visión heterodoxa sobre la deuda externa argentina. Ambos estaban a favor de su reestructuración con quita después del default decretado por el entonces presidente Adolfo Rodríguez Saá a fines de 2001.

“Un hombre de acción y un hombre de pensamiento”, resumió entonces la senadora Cristina Fernández de Kirchner, mirando primero a Kirchner y después a Krugman. “Yo pienso también”, ironizó Kirchner ante su esposa y principal asesora.

También la New School, donde el economista Michael Cohen dirige la Maestría de Relaciones Internacionales, fue la sede donde el consejero exterior de Luiz Inácio Lula da Silva, Marco Aurélio García, dijo en 2006 una frase muy utilizada luego por dirigentes y presidentes de la región: “Por primera vez Sudamérica tiene presidentes que se parecen a sus pueblos”. Se refería sobre todo a Evo Morales, un aymara, y a Lula, un tornero. En la mesa redonda en la que habló participaron el flamante canciller de Bolivia, David Choquehuanca, y Cristina Kirchner, muy activa en jornadas de diplomacia pública.

El debate de 2006 se desarrolló en un salón histórico del centro universitario, el Orozco. José Clemente Orozco, uno de los tres grandes muralistas mexicanos, junto con David Alfaro Siqueiros y Diego Rivera, en menos de dos meses de 1931 dedicó una sala a la “hermandad universal”. Hay escenas de la Revolución Mexicana y varias figuras reconocibles. Una de ellas, Gandhi. Otra, Lenin. En un costado, Stalin. Más allá de juicios históricos, la sala es una joya del muralismo y sólo alguien con criterio stalinista borraría a Stalin, pero por si acaso, en 2006, los participantes del panel eligieron poner la mesa en la pared de Gandhi.

El análisis

Sin necesidad de decidir murales de fondo, en el tramo de la ONU de las actividades de Clacso y Ola, la embajadora argentina, una profesora universitaria de Filosofía que antes de llegar a la ONU fue senadora nacional oficialista, recomendó pensar en “democracias posibles”, aunque de inmediato dijo que las posibles “son las democracias necesarias, donde las organizaciones civiles hicieron experiencias para defender los derechos humanos y los recursos naturales”. “Miremos lo que nuestras propias sociedades han ido generando y comparemos con otras geografías”, recomendó. Alertó contra etapas basadas “en una corporación política que sólo mira sus propios intereses” y pidió “incluir a todos en el debate público, para democratizar la palabra”.

Para la representante en la ONU, “la clave es construir Estados de derecho que respeten y promuevan los derechos, y democracias intensas”.

Marten Grunditz, el embajador sueco, participó del encuentro como representante de un país que sigue manteniendo la cooperación con la investigación en ciencias sociales a través de la Agencia Sueca para el Desarrollo Internacional. La entidad tiene una característica: sólo firma acuerdos si ve que hay garantías de que la investigación tenga un nexo concreto con políticas públicas de reducción de pobreza y desigualdad. Grundiz destacó la vigencia de la cooperación entre la ASDI y Clacso y la inscribió dentro de lo que describió como una tradición de apoyo a la democracia y los derechos humanos en América latina.

Pablo Gentili, el secretario ejecutivo de Clacso, recomendó “más de democracias que de democracia en América latina”. Y al meterse con la historia recordó una frase de su abuelo, a quien describió como un inmigrante italiano pobre y cocinero. “Cuando yo le preguntaba el porqué de algo, él antes de responder quería saber en relación con qué se lo preguntaba.”

“Siempre hay que tener en cuenta el contexto de lo realmente existente en el mundo o de lo que realmente existió en América latina”, dijo Gentili. “En relación con nuestro pasado, América latina está mucho mejor por el esfuerzo de consolidación democrática realizado desde el Estado y desde la sociedad. La democracia quedó erigida como un valor, y esto es evidente cuando la democracia es sometida a prueba: se genera una reacción de defensa muy fuerte. La mayoría cree ya que la democracia y su mantenimiento son necesarios. Lo que se discute es cómo ampliarla.”

Para Gentili, uno de los activos de los últimos años es la “estabilidad económica lograda mientras se desarrollaba la crisis” iniciada en 2008, porque América latina “resultó mucho menos afectada que por otras crisis”. Agregó el secretario de Clacso, una entidad académica regional que desde 1967 coordina centros de investigación y hoy articula a 370 sitios donde se produce nuevo conocimiento en ciencias sociales: “El futuro de la democracia está indisolublemente unido al futuro de la igualdad y la justicia social. En muchos de nuestros países disminuyó significativamente la pobreza. Es un buen resultado de las políticas públicas y de la movilización y la lucha social. Pero persisten procesos de acumulación de riqueza que tornan muy desigual al continente. Es un gran problema para la democracia. La producción de riqueza crea pobreza. El Estado empuja a los pueblos hacia arriba y el mercado los repele y produce pobreza. El mercado de trabajo continúa relacionado con el racismo y la discriminación de género. En Brasil, muchas mujeres negras consiguen entrar en las facultades de Medicina. Es un hecho revolucionario si tenemos en cuenta que todavía una mujer negra médica gana un 40 por ciento menos que un colega blanco y hombre”.

Gentili, que fue director de Flacso Brasil, vive en Río de Janeiro desde hace 21 años y tiene una fluida relación personal con Lula, se mostró preocupado por “la violencia que afecta en lo más crudo y duro a los jóvenes pobres”, que arroja como resultado la muerte de un joven negro cada 30 minutos. A su criterio, ese tipo de violencia tiene tres fuentes originarias: “violencia policial, violencia de los entornos familiares y violencia de pandillas”.

Región única

Como parte de ese encuentro con un tono fuera de caja, el representante alterno de Brasil en la ONU no pareció sentirse violentado con las palabras de Gentili. Guilherme de Aguiar Patriota, quien antes de llegar a ese puesto fue asesor de Marco Aurélio García, dijo que “nuestra región es única por la forma de consolidación de la democracia, después de los períodos de terror del siglo XX y luego de la historia sangrienta de varios siglos de colonización europea, con su contenido antihumano y los terrores del período colonial, de los que se habla muy poco”. Afirmó que “los países en desarrollo antes fueron colonias, y no sólo sufrieron por serlo sino que muchas veces sus riquezas fueron el pago de acuerdos entre las potencias coloniales”.

“Durante demasiado tiempo la región no gozó de la libertad necesaria para expresar su conciencia de igualdad social, una conciencia que incluyera por supuesto la igualdad de los indígenas y los afrodescendientes.”

Al ceñirse a la cronología que daba título al encuentro en la ONU dijo Guilherme Patriota que “los avances de los últimos 30 años fueron significativos, aunque tengamos pendientes siglos de déficit sociales”.

El representante alterno brasileño también calificó de “inaceptables” los índices de homicidio y buscó poner un marco internacional. No habló de correlación de fuerzas, aunque su explicación sonó a resultado de un crudo análisis de poder. “Los avances son frágiles. En la ONU la lucha es diaria. No hay una visión común a todos de que éste, el de la búsqueda de mayor igualdad, sea el camino a seguir. Y es el camino, junto con darle el lugar merecido a la política como instrumento de valorización democrática sin caer en la tendencia de los medios a tratar la política como una cosa de segunda clase.”

El representante alterno de Brasil volvió a referirse a los grandes medios en otro tramo, en relación con articulaciones poderosas. Un concepto suyo: “Discutamos la concentración de medios, a veces en varias familias o incluso en una sola”. Un mensaje para los Marinho, de la Red Globo. Otro concepto: “La violencia es un instrumento del conservadorismo, para difundir una cultura del miedo contra segmentos más pobres, los negros, los que no tienen condiciones de expresión suficientes”.

El encuentro en la ONU fue la ocasión para que estrenara su cargo la nueva directora regional para América latina del PNUD, el Programa de Naciones Unidas para el Desarrollo. Jessica Faieta, ecuatoriana, con un paso por Buenos Aires durante la crisis de 2001, pidió manejarse “con una concepción más amplia de la democracia, que implica una dimensión integral de la ciudadanía civil, política y social”.

Dijo que en los últimos años “los Estados introdujeron importantes reformas, inclusive modernizando sus constituciones para ampliar derechos, y los países incrementaron los niveles de desarrollo humano e inclusión social”.

Un ejemplo de esas políticas es que “América latina mejoró los niveles de gasto social por persona en momentos en que otros países del mundo realizan lo contrario”. En el continente, según Faieta, “los ciudadanos se manifiestan en las calles y en los medios electrónicos”. Los protagonistas de estos movimientos son “sectores jóvenes y de capas medias, y pueblos originarios”. Avanzó el reconocimiento de derechos a las mujeres, “pero el 30 por ciento de participación de mujeres en los parlamentos sólo se alcanzó en 8 países de la región, y solo un 11 por ciento de mujeres son jefas de gobiernos locales”.

martin.granovsky@gmail.com

Página/12 :: El país :: “Estado de derecho con derechos”

04/04/2014

Além do ZunZuneo, os EUA também criaram Rede, Tuc.anus e Psolido…

cuba-usa-embargoGoverno americano criou ‘Twitter cubano’

Segundo informou a Associated Press, americanos recolhiam dados de mensagens e queriam estimular dissidentes

Casa Branca nega que programa tenha sido encoberto; usuários não sabiam da origem da rede, extinta em 2012

DE SÃO PAULODA ASSOCIATED PRESS

O governo dos Estados Unidos foi responsável pela criação de uma rede social para cubanos, revelou ontem a agência de notícias Associated Press.

Segundo a AP, o objetivo do chamado ZunZuneo –alusão ao nome dado pelos cubanos ao beija-flor– era fomentar a oposição ao regime cubano pela comunicação em rede.

Em Cuba, o acesso à internet é controlado pelo governo, mas o ZunZuneo funcionava também via SMS, e o número de usuários, que não sabiam do vínculo com os EUA, chegou a 40 mil.

Ainda segundo a AP, prestadores de serviços terceirizados pelos americanos recolhiam mensagens e informações pessoais dos usuários para, possivelmente, utilizá-las com fins políticos.

De acordo com a agência de notícias, o ZunZuneo, que funcionou de 2010 a 2012, era operado por companhias de fachada secretas e financiado por bancos estrangeiros para que a participação dos Estados Unidos fosse encoberta.

O porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, confirmou que a rede fazia parte de uma política americana para ajudar os cubanos a se comunicarem, mas negou a tentativa de escondê-lo. "Sugestões de que se tratava de um programa encoberto são erradas", disse Carney ontem.

Segundo ele, programas implementados em ambientes não permissivos, como Cuba, são levados com discrição pelo governo. "Isso não é único para Cuba", afirmou.

Carney disse ainda que o Escritório de Supervisão do Governo revisou o programa em 2013 e o considerou dentro da lei. O porta-voz explicou que o dinheiro investido foi debatido no Congresso.

A informação da AP é de que o montante de US$ 1,6 milhão gasto com o ZunZuneo era parte de uma verba reservada a um projeto não especificado no Paquistão, de acordo com dados oficiais.

"O propósito era criar uma plataforma para os cubanos falarem livremente entre si e ponto", disse Matt Herrick, porta-voz da Usaid (Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA), responsável pela criação da rede.

O projeto começou a ser desenvolvido em 2009, depois que os EUA tiveram acesso — provavelmente de forma ilícita, segundo a AP– a cerca de 500 mil números de celulares cubanos e passaram a enviar-lhes notícias sobre esportes, clima e entretenimento para engajá-los na rede social.

"Como eu poderia ter percebido [a participação dos EUA]? Não havia uma placa dizendo bem-vindo ao ZunZuneo, por cortesia da Usaid’", disse à AP Ernesto Guerra, um usuário cubano.

O ZunZuneo foi lançado pouco depois da detenção, em Cuba, do prestador de serviços americano Alan Gross, lançando suspeita sobre seu envolvimento no caso, o que a Casa Branca negou.

Ele foi detido depois de viajar repetidamente ao país em uma outra missão clandestina da Usaid, para expandir o acesso à internet usando tecnologia confidencial, que apenas governos empregam.

A Usaid informou que o ZunZuneo parou de funcionar em 2012, quando as verbas do governo para o projeto acabaram. Segundo a AP, agentes cubanos chegaram a identificar a origem das mensagens e tentaram invadir a rede, o que teria levado os EUA a cortar o serviço.

Até a conclusão desta edição, o governo cubano não havia comentado o caso.

USAID

Criada em 1961 para dar assistência a programas humanitários, a Usaid tem um histórico de operações controversas na América do Sul.

No Brasil, a agência financiou um seminário, em 2005, sobre a reforma política, realizado no Congresso Nacional. A ideia era fazer o evento coincidir com a discussão no Legislativo, mas houve um esforço para que a organização do evento parecesse local, e não americana.

    19/03/2014

    Edward Snowden e a liberdade de expressão made in USA

    Yoani Sánchez dá voltas ao mundo criticando a falta de liberdade em Cuba mas sempre volta pra casa. Já Edward Snowden

    Edward Snowden: “Las revelaciones más grandes están aún por llegar”

    El exanalista de la NSA vuelve a dar una charla en Vancouver tras hacerlo en Austin

    Toni García Vancouver 18 MAR 2014 – 23:58 CET16

    Snowden, en la pantalla de un robot en Vancouver. / GLENN CHAPMAN (AFP)

    Cuando Chris Anderson, el mandamás del TED (Technology Education Culture), anunció que el próximo invitado a sus charlas de divulgación iba a ser Edward Snowden, más de uno casi se cae de la silla. Sabido es que Snowden está refugiado en algún lugar de Rusia, después de haber filtrado miles de documentos secretos gracias a su trabajo en la NSA, una de las agencias de espionaje más poderosas del mundo. El estadounidense, obviamente, no estaba allí, al menos no físicamente. Una suerte de plataforma rodante que coronaba un monitor, apareció en el escenario de las charlas el martes en Vancouver, Canadá. La controlaba, de forma remota, el propio Snowden. El hombre más buscado del mundo (o al menos uno de los más perseguidos) apareció sonriente en el monitor, dispuesto a hablar de control gubernamental, espionaje y transparencia: “Nuestros derechos son importantes, porque nunca sabemos cuando los vamos a necesitar” afirmó de entrada, provocando el primero de los muchos aplausos del auditorio, que en su mayoría parecía rendido al espía más famoso de la era moderna, con permiso de Julian Assange.

    “Las revelaciones más grandes aún están por llegar” afirmó Snowden, después de que Anderson (que ejercía de maestro de ceremonias) le inquiriera sobre los centenares de miles de archivos clasificados (se calcula que se llevó 1.7 millones) que aún restaban en su poder y que no habían visto la luz del día. “¿Alguien cree que con todo este entramado se ha prevenido o evitado alguna acción terrorista? Yo digo que no. El terrorismo es la excusa, porque esa palabra genera una reacción emocional (…) Lo único que pretendo es que uno pueda viajar en tren, o enviar un mensaje de texto sin preocuparse por como esas acciones van ser juzgadas por el gobierno en el futuro” explicaba el ex analista.

    Snowden, que lleva unas semanas de gira (hace unos días apareció –también vía satélite- en el festival SXSW de Austin), dijo a la audiencia que no quiere "herir" al Gobierno de EE UU, "pero el hecho de que alguien sea declarado culpable sin posibilidad juicio es algo a lo que debemos oponernos como sociedad”. Más tarde, cuando Anderson leyó unas declaraciones de un oficial de los servicios de inteligencia de los Estados Unidos en los que éste afirmaba “me encantaría poner una bala en la cabeza de Snowden”, se mostró algo más lacónico: “Creo que hice lo mejor para el pueblo americano pero soy muy consciente de que hay algunos países que preferirían que no estuviera aquí”.

    Finalmente, un visiblemente nervioso Tim Berners-Lee (considerado el padre de la World Wide Web) subió al escenario para reflexionar junto a Snowden sobre el papel de los individuos en un mundo que parece vivir bajo la batuta de las grandes corporaciones del espionaje (“la NSA, por error, interceptó las comunicaciones de todos los ciudadanos de Washington por un año” decía Snowden entre las risas de la audiencia) y culminó el acto con una reflexión en voz alta: “Soy la prueba viviente de que un individuo puede enfrentarse, cara a cara, con las agencias de inteligencia más poderosas del mundo… y ganar”.

    Edward Snowden: “Las revelaciones más grandes están aún por llegar” | Internacional | EL PAÍS

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