Ficha Corrida

02/05/2015

Marcha dos zumbis: o sol é o melhor desinfetante

Filed under: Manifestações Políticas,Marcha dos Zumbis — Gilmar Crestani @ 9:59 am
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Há greves pelo Estado, mas a velha mídia abre espaço para o que resta da marcha dos zumbis. Há um dado positivo. Serve para que saibamos quem são eles. Talvez fosse o caso de o jornal, ao invés de publicar a foto que eles mandaram, tivesse entrevistado para saber quem paga seus tênis Asics…

É menos que 50% da marcha do MBL para Brasília. Pelo jeito são pessoas desempregadas, que estão passando fome  e dormindo mal por falta de condições… SQN! Parecem, sim, terem saído da CIA Athletic ou da Academia do Parcão.

Fico me perguntando se eles protestaram contra o sumiço do helipóptero e os aeroportos na terra do Tio Quedo? Será que eles sabem que a RBS & Gerdau, sozinhos, são investigados por valores superiores a todas as demais investigações que se desenrolam pelo Brasil afora? Por que será que eles não protestam em frente da RBS e da Gerdau?

Que bom que não fizeram com eles o que Beto Richa fez no Paraná. Nada como o sol para desinfetar mentes sombrias. Será que eles protestaram na frente da casa do José Ivo Sartori pela aumento da violência no RS?! Ou será que o aumento do narcotráfico e seus derivativos lhes é bem vindo?

Se eles pudessem comparar quem respeita manifestações como a deles talvez portassem cartazes elogiando o comportamento democrático e os investimentos sociais da Dilma.

Grupo permaneceu durante 40 minutos no local proferindo palavrões | Foto: Brigada Militar / Divulgação / CP

Grupo permaneceu durante 40 minutos no local proferindo palavrões | Foto: Brigada Militar / Divulgação / CP

A presidente Dilma Rousseff chegou a Porto Alegre no final da manhã sem agendas oficiais marcadas. Ela se dirigiu à residência do ex-marido Carlos Araújo. À tarde, um grupo de dez pessoas, denominado La Banda Loka Liberal, se aproximou da casa e protestou contra a presidente e contra o PT, chegando a dizer alguns palavrões contra Dilma. Agentes da Polícia Federal que fazem a segurança da presidente apenas observaram a manifestação. O grupo permaneceu cerca de 40 minutos.

Correio do Povo | Notícias | Dez pessoas protestam em frente à residência do ex-marido de Dilma

16/10/2014

Aécio made in USA

bandeira manifestanteA cada dia que passa uma nova revelação, uma pior que a outra, a respeito da vida pregressa do candidato da direita hidrófoba. Não bastasse a promiscuidade entre privada e público, agora também a comprovação de que seu principal agente econômico é um cidadão norte-americano.

Se já não era de estranhar o alinhamento automático de FHC com os EUA, a ponto de seus diplomatas aceitarem de cabeça baixar terem de tirar os sapatos para entrarem nos EUA, agora a a revelação de Armínio Fraga, que já foi cogitado para ocupar cargo no Banco Central dos EUA, seja o homem bomba de Aécio Neves. O alinhamento automático, desde a ditadura até o último dia de FHC, não trouxe ao Brasil melhorias ao povo. Quem se beneficiava era aqueles que, por indicação do pai, do avô, do tio, tinham empregos, os melhores, garantidos, e sem precisar trabalhar. O verdadeiro aparelhamento do Estado era a ocupação de postos pelo DNA. A Lei anti-nepotismo é recente. No Judiciário havia a linhagem do “gen jurídico”. Bastava um tubarão no topo da pirâmide para que cabeças de bagres e piranhas infestassem os cargos públicos. Como fez agora o Ministro Fux em relação às filhas (copie e cole no google “Fux Filhas” para ver onde vais parar…). É a tal de meritocracia do Aécio que, no popular, se chama pistolão…  Este é o verdadeiro patrimonialismo, o aparelhamento do Estado. Em Minas tratou o Estado foi tratado por Aécio como se fosse sua privada, espalhando familiares por todos os órgãos. Não existe prova maior do que a construção, com dinheiro público, do aeroporto na fazenda do Tio Quedo, deixando as chaves do aeroporto aos cuidados do tio.

Não é inacreditável que em São Paulo, onde as manifestações foram as mais violentas e onde a polícia baixou o cassetete sem dó nem piedade, tenha sido reeleito no primeiro turno exatamente quem desceu o porrete de forma mais violenta. O mesmo Estado que hoje é principal fornecedor de votos a Aécio, e onde Tiririca, Silas Malafaia e Marco Feliciano sejam os campões de votos? Ou seria porque é em São Paulo que fica a sede do Instituto Millenium, aquele puteiro que coordena as ações dos grupos mafiomidiáticos de que são exemplo a sra. Judith Brito e ANJ? Não é mera coincidência que as sedes dos principais “partidos opositores” aos movimentos sociais, às esquerdas em geral e ao governo federal em particular tenham sede em São Paulo: Grupo Abril que edita a Veja; o Grupo Folha, o Estadão, a Multilaser, o Banco Itaú

Não é mera coincidência que os mesmos atores do golpe de 1964 (CIA e Rede Globo) estejam novamente ao lado de Aécio Neves

EUAGloboNão é inacreditável que no Estado onde o PSDB é forte, o Ministério Público arquiva toda e qualquer investigação que envolva políticos do PSDB? Mesmo tendo sido condenados na Suíça e na Alemanha, pela corrupção instalada respectivamente pela Alstom e Siemens, Robson Marinho continue presidindo o Tribunal de Contas daquele Estado?

Não é inacreditável que todos os processos para investigar os desvios cometidos pelos políticos paulistas, na maioria tucanos, tenha sido arquivado pelo Ministério Público. Será que o PSDB contratou o advogado do Fluminense, a Justiça paulista é igual ao STJD?

Se tudo isso, que é muito, não é tudo. Há algo que reputo ainda pior.

Há uma coincidência muito grande em manifestações que explodiram em vários países do mundo, mas só naqueles cuja principal riqueza é o petróleo. Aconteceu na Líbia, no Egito, na Turquia, na Ucrânia, na Venezuela e… no Brasil.

Todas manifestações espontâneas, mas todas atentando contra os interesses nacionais. Todas, também coincidentemente, com finanCIAmento de ongs norte-americanas.

Desde os vazamentos do WikiLeaks do Julian Assange se sabe da parceria de políticos tucanos, alguns jornalistas e um outro tanto de empresários que trabalham alinhados com o serviço de inteligência dos EUA, também conhecida como CIA.

A mesma que deu suporte e logística ao golpe de 1964 e que, pelas revelações, busca insuflar conflitos religiosos no Brasil(por aí mora a explicação dos 14% de crescimento da bancada evangélica…)

Mais recentemente, os papéis filtradas por Edward Snowden mostraram a infiltração de agentes na CIA que grampearam até a Presidência da República. Embora que os EUA grampearem é regra e não exceção, também foi revelado que o alvo principal sempre foi a Petrobrás.

Coincidentemente, a Petrobrás também é o alvo principal de investigações mal explicadas, com vazamentos seletivos  e condenações a priori pelos envolvidos com a candidatura do melhor amigo dos EUA neste momento no Brasil. É através de Aécio Neves, e seu cogitado homem forte da economia, Armínio Fraga, que fecha os pontos do desenho que mostra a figura do Tio Sam nestas eleições.

A proximidade com os EUA só é bom para cidadãos norte-americanos. México que o diga, aliás, como já dizia Porfirio Díaz: “Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos."

Bomba!
NauFraga tem dupla cidadania

Leblon confirma: ministro de Aecioporto é tão americano quanto brasileiro

Bem que o Conversa Afiada suspeitava.
Agora, está aí o Leblon, que não nos deixa mentir:

Abaixo os intermediários: Armínio Gordon para Presidente


Armínio Fraga tem cidadania americana e isso não é uma metáfora: ele foi indicado a Obama pelo ex-Secretário do Tesouro, Tim Geithner,como alguém confiável
A notícia soa como uma daquelas tiradas espirituosas da verve nacionalista brasileira: ‘Armínio Fraga cogitado para comandar o Fed norte-americano (o BC dos EUA)’.
Parece um revival do bordão dos anos 60, ‘Abaixo os intermediários, Lincoln Gordon para a presidência’, em cenário invertido.
Gordon, embaixador gringo, um dos articuladores do golpe de 64, não chegou lá.Mas a cogitação de Armínio , ex-presidente do BC, de Fernando Henrique Cardoso, que despontou para o estrelato rentista como operador do fundo especulativo de George Soros –e hoje é o principal fiador de Aécio Neves junto aos mercados– é mais que uma metáfora venenosa.
A proposta, real, foi revelada pelo próprio autor, Timothy Geithner, ex-secretário do Tesouro dos EUA, que conta o episódio em seu livro, ‘Stress Test’ (‘teste de resistência’). Nele, Geithner faz um retrospecto do fiasco da paridade entre o Real e o dólar , que obrigou a uma maxidesvalorização cambial de 30% em 1999. A decisão, empurrada com a barriga até se consumar a reeleição de FHC em 1998, ancorada em dupla fraude: compra de votos para aprovar a emenda constitucional no Congresso e a ilusão da moeda forte.
A ressaca começou logo em seguida à contagem dos votos. A máxi de janeiro de 1999 fez explodir a inflação levando Armínio a elevar a taxa de juro básica do país a 45%. Fechou-se assim o torniquete que o transformou em um centurião dos endinheirados : desvalorização da moeda, perda de poder de comora dos assalariados e juro sideral. Ele é soberbo nisso.
Quem diz é o amigo Geithner que narra assim a implosão: ‘Após abandonar uma tentativa inicial de se manter a paridade do real com o dólar, uma liderança econômica soberba do Brasil conseguiu dar a volta por cima em poucos meses’.
Em matéria sobre o livro, de maio deste ano, o jornal Folha de SP () destaca a origem da credibilidade do brasileiro junto aos americanos: ’Ao explicar os pacotes de ajuda decididos pelo governo norte-americano, diz a matéria da Folha, Geithner acrescenta que “só funcionaram quando lidamos com líderes competentes e confiáveis. O presidente do banco central brasileiro, Armínio Fraga, que também possui cidadania americana, foi tão notável que mais tarde eu o mencionei para o presidente Obama como um potencial presidente do Fed [o BC americano]“, escreveu Geithner citado pela Folha. Seu empenho pela nomeação da ‘ liderança econômica soberba’ foi tão entusiasmada que fez questão de lembrar a Obama, como diz no livro, a condição de cidadão norte-americano de Armínio ( ele tem dupla cidadania e neste caso não é apenas uma metáfora venenosa)
A empatia entre ‘Tim’, como é chamado o ex-Secretário do Tesouro, e Armínio tem raízes profundas. O americano é um entusiasta dos derivativos que funcionaram como um dos bombeadores da crise de 2008.Não só. Durante a crise, Tim funcionou como uma espécie de embaixador da alta finança junto à Casa Branca: sua prioridade era salvar bancos.
A intercambialidade de Gordons , Armínios e Tins não é novidade na história brasileira.
Mas nem por isso a influência desses coringas deixa de trazer problemas no trato de interesses e agendas, nem sempre tão complementares quanto eles.
Tome-se a encruzilhada do país nos dias que correm.
Dois de seus principais desafios consistem em elevar a taxa de investimento e reverter o estiolamento da base industrial.
Armínio e Aécio Neves deram uma entrevista ao jornal Valor, no início de maio, em que o coordenador econômico da candidatura tucana expõe seu modus operandi ao tecer críticas à ação oficial nessa área.
Entre outras coisas, o amigo de Geithner manifesta sua desaprovação ao Programa de Sustentação do Investimento (PSI). Talvez a coisa mais certa que o governo fez nessa frente.
Criado na crise de 2009, o programa garante crédito barato de longo prazo à aquisição de bens de capital, desde que apresentem 60% de conteúdo nacional.
O mesmo critério incômodo foi incorporado ao regime de partilha, que rege a exploração soberana do pré-sal brasileiro.
Todas as encomendas associadas à exploração das reservas bilionárias devem incluir 60% de conteúdo fabricado no país.
Compreende-se a má vontade.
Nos idos tucanos, quando Armínio pontificava, dizia-se que a melhor política industrial para uma nação em desenvolvimento é não ter política industrial alguma.
Com Armínio no comando (aqui, no Brasil) voltaríamos aos domínios dessa fé inquebrantável na capacidade dos livres mercados para alocar recursos com maior eficiência, ao menor custo.
O veículo por excelência dessa ubiquidade é o capital financeiro, dotado de alguns requisitos.
A saber: liberdade irrestrita de ir e vir, um Banco Central complacente e condições adequadas para impor sua remuneração pelos serviços prestados.
Se alguém disser que nessa chocadeira vingou o ovo do colapso neoliberal de 2008 não estará longe de uma verdade sintética acerca do ocorrido.
O amigão de Armínio ajudou na choca.
Quando presidente do Fed regional, de Nova Iorque, Geithner defendia que os bancos podiam reduzir suas reservas de segurança e alavancar operações , mesmo sem ter caixa para honrá-las, se necessário.
Deu-se o que se sabe. E agora se sabe que quando se deu, Geithner lembrou-se de Armínio – ‘competente e confiável’, afiançou ao presidente norte-americano, para ajudar a resolver o melê.
Hoje, no Brasil, essa linha de pensamento nomeia o arrocho fiscal, de consequências sabidas, como a principal alavanca corretiva para destravar o crescimento da economia.
Trata-se de recuar o Estado para o mercado agir e a sociedade prosperar. É o que dizem.
Nunca é demais repetir que essa reordenação vigora há alguns anos em países europeus, sob ajuste da troika.
Neles se colhe taxas de desemprego de 11,5% a 50% (entre os jovens); as contas públicas se distanciam do equilíbrio; o crédito mingua, a atividade econômica rasteja e a juventude migra. Mas a extrema direita floresce: sua bandeira é substituir a desordem resultante por uma ordem policial atuante.
Em nenhuma outra dimensão da luta política nesse momento a pauta do país é tão esfericamente blindada e impermeável quanto na área econômica.
Discute-se como se não existisse a opção de cortar os juros para a construção de um equilíbrio que poupe o investimento público em programas sociais e em infraestrutura.
Sim, é verdade, na era das finanças desreguladas o comando do Estado sobre a taxa de juros é limitado pelo poder de chantagem dos capitais que respondem à ‘afronta’ com fugas maciças levando a uma crise nas contas externas.
Mas também é verdade que tudo se passa como se o recurso do controle de capitais não figurasse no cardápio econômico mundial, embora seja tolerado até pelo FMI.
A invisibilidade imposta a essas angulações é parte da encruzilhada brasileira.
Ao afunilar o horizonte do país num labirinto repetitivo desemboca-se, inapelavelmente, no paredão do arrocho onde estão escritos os mandamentos seguidos pelos Armínios e assemelhados.
É impossível desmontar essa ciranda sem afetar os interesses da alta finança.Razão pela qual respeitados economistas cogitam alguma forma de controle de capitais numa reordenação macroeconômica para retomada do crescimento.
Se o PT avançará nessa direção num eventual segundo governo Dilma é incerto. Depende em grande parte da correlação de forças interna e externa.
Agora, imaginar que um potencial presidente do Fed americano possa agir contra seus camaradas de fé, em defesa do país, equivale a aceitar que Lincoln Gordon operou o golpe por amor à democracia.

Leia mais:


LULA: AÉCIO MENTIU SOBRE NAUFRAGA !

Bomba! NauFraga tem dupla cidadania | Conversa Afiada

01/10/2014

CIA já não (co)move cacerolas

As classes médias argentinas e brasileiras são suscetíveis de manipulação. Compram com facilidade qualquer versão manipuladora. Mesmo com o maior orçamento secreto do mundo, a CIA já não consegue criar mais com tanta facilidade “manifestações espontâneas”.

Embora esteja sempre atenda aos movimentos subterrâneos, a CIA já não consegue esconder seu modus operandi, e assim as pessoas vão aprendendo que não se pode embarcar no primeiro barco que aparece. Às vezes o condutor do barco é Caronte

Cacerola, ayer fue primavera

Por Jorge Halperín

Justo en septiembre, un mes de históricas resonancias golpistas –el derrocamiento de Yrigoyen en 1930, el de Perón en 1955, el de Salvador Allende, en 1973, golpes de cacerolas mediante–, y en los días en que Luis Barrionuevo auguró un próximo estallido social, vino a fracasar el último cacerolazo.

Casi resulta una transgresión recordarlo. Tan imperceptible fue su llamita que muchos ni siquiera llegaron a enterarse de que existía una convocatoria para el 18-S. ¿Por qué, entonces, ocuparse de semejante ausencia? Porque los cacerolazos irrumpieron en algún momento con fuerza en el escenario político, y algo debe querer decir su falta absoluta de repercusión. Alguna lectura puede practicarse sobre semejante desvanecimiento colectivo justo cuando tiene lugar una fuerte ofensiva contra el Gobierno por parte de los grupos empresarios y los conglomerados mediáticos, con los cuales han aparecido tan asociadas estas expresiones de la calle (recuérdese, por no ir más lejos, los cacerolazos contra la resolución 125).

Los motivos de esta ausencia pueden ser muchos, bien distintos y hasta contradictorios:

– Que exista un menor rechazo a la gestión de CFK por parte de sectores sociales medios y altos. Dudoso.

– Que el rechazo no haya disminuido, pero estén obrando otros motivos para debilitar el cacerolazo.

– Es indudable que los llamados para el 18-S fueron notoriamente más débiles que los anteriores.

– Y, parte de ello, y bien sugestiva, fue la menor repercusión que tuvo en los días previos en los medios opositores.

– Es posible que esta forma de rechazo se haya agotado, como sucedió con la –en otros tiempos vigorosa– “protesta del campo”.

– Acaso se consumió por su abrumadora dispersión de contenidos, tanto manifiestos (contra la 125, la inflación, la inseguridad, la corrupción, el cepo cambiario, la Diktadura, la re-reelección, Guillermo Moreno, Luis D’Elía, por la Justicia independiente, la República, la libertad) como “latentes” (por prejuicios étnicos, contra los juicios a los represores de la dictadura, contra los subsidios y políticas sociales, contra el poder femenino de CFK, por el derrocamiento del Gobierno). Y vale emplear aquella metáfora psicológica, ya que los cacerolazos, antes que un sesgo estratégico, llevan una impronta visceral, un estado de ánimo colectivo de un sector que posee un nivel medio de educación pero muy pobre cultura política.

Quizá tuvo la corta vida de toda expresión política que carece de organicidad, como sucedió con las multitudes que convocaba el seudo ingeniero Blumberg y como podría sugerirlo la evolución de los últimos cacerolazos (ver más abajo).

– Tal vez suceda lo contrario: que no deba hablarse de “evolución” de los cacerolazos, ya que este tipo de protestas son cambiantes, presentan un fuerte componente del clima del momento y pueden resurgir en cualquier otra circunstancia.

– Puede que un sector de quienes se sumaban esté optando por no atacar al Gobierno cuando el país enfrenta una amenaza externa encarnada por los fondos buitre.

– No debería descartarse que existan simpatizantes de las cacerolas que consideren que no vale la pena hostigar a un gobierno que tiene los días contados, tal vez convencidos de que estamos ante un “fin de ciclo”, indiferentes al dato de que el oficialismo sigue siendo la fuerza mayoritaria.

– Quizá la debilidad de las cacerolas de septiembre se deba al rechazo que sienten muchos hacia los nuevos aliados de la ofensiva contra CFK, Luis Barrionuevo, Hugo Moyano, Momo Venegas.

– Hay quien, medio en broma o medio en serio, explicó la ausencia señalando que muchos desertaron para embarcarse en tours de compras a Chile.

Es posible que lo que termine de explicar el llamado “Fracacerolazo” sea una combinación de algunas de las razones expuestas, o aun otras. Por ejemplo, que la mayor presencia de la oposición, lanzada ya a distintas precandidaturas, absorba energías que antes se volcaban a expresiones de protesta inorgánicas.

En este sentido, apunto la opinión de mi colega de Página/12 Luciana Peker, quien piensa que la oposición corporativa y mediática eligió fortalecer las alternativas partidarias para mejorar sus chances en 2015 antes que dispersar energías en cacerolas, que carecen de conducción y continuidad y no son una opción real de poder.

Pero creo que no necesariamente una protesta cacerolera perjudica la acción partidaria opositora, y en ese sentido también resulta posible que se estén guardando energías en la preparación de alguna acción agresiva “convergente” para el mes de diciembre.

Si no se quiere desdeñar el dato de la evolución de los cacerolazos, hay que recordar que en 2012, luego de tres protestas sucesivas en una semana de junio, el 13 de septiembre se congregaron unas 200.000 personas en la Plaza de Mayo convocadas especialmente por algunos sitios de las redes como El Cipayo y El Anti K. El 8 de agosto de 2013 la convocatoria cacerolera resultó tan débil que se calculó la concurrencia en un 10 por ciento de las anteriores, es decir que sólo estuvieron los “caceroleros duros”. Se culpó en parte a la cercanía de las PASO, del mismo modo que el nuevo fracaso de las cacerolas del 8 de noviembre de 2013 se atribuyó al avance de la oposición en los comicios legislativos.

Como sea, la agonía del cacerolazo no deja de ser significativa en un momento en que la oposición partidaria y sindical evita las movilizaciones, mientras que el oficialismo, contra quienes diagnostican fatiga de gestión, consumó dos multitudinarios encuentros de los seguidores de Jorge Taiana y de La Cámpora, esta última un fenómeno de militancia juvenil que no se daba desde los primeros tiempos de Raúl Alfonsín.

Justo en septiembre, mes de los cimbronazos.

Página/12 :: El país :: Cacerola, ayer fue primavera

16/02/2014

Black Block: perguntas (ainda) sem respostas

bandeira-manifestanteStanley Burburinho

Estão tentando desviar o foco mostrando a tal lista com doadores. As doações, em milhões de dólares, vêm do exterior. Mas os inocentes úteis, maioria de jovens …que não enxerga um palmo à frente, é manipulada e não acredita. Se dizem de esquerda, mas no fundo odeiam o PT. Jovem de classe média e de extrema-esquerda? Pode até ser, mas é muito difícil.
Não vi nenhum black bloc protestar contra os mais de 600 incêndios suspeitos em favelas de SP, com média de 2 incêndios por semana.
Não vi nenhum black bloc protestar pedindo investigação sobre uma suposta ligação entre esses incêndios suspeitos em favelas de SP com a máfia dos fiscais da Prefeitura de SP e com as construtoras.
Depois que Haddad assumiu a Prefeitura de SP, há mais de 1 ano, nunca mais ocorreu incêndio suspeito em favela de SP.
Não vi nenhum black bloc protestando junto com os Sem Teto ou junto com os Sem Terra.
Não vi nenhum black bloc protestando contra as agressões da PM de SP contra os moradores da Cracolândia.
Não vi nenhum black bloc protestando contra o cartel dos trens e metrô de SP com a Alstom e Siemens.
Mas vi black bloc depredando a sede do PT de SP.
Mas vi black bloc destruindo um ponto de ônibus que é usado por maioria de pobres.
Nunca vi black blocs incendiarem um BMW, Mercedes-Benz, etc, mas vi um fusca, com 4 pessoas dentro, entre elas uma menina de 4 anos, pegar fogo por que havia um colchão incendiado por black blocs. O dono do fusca é serralheiro e usava o fusca para trabalhar. Vão dizer que é "normal" incendiar colchão em via pública.
Não vi nenhum black bloc protestar contra os "eventos capitalistas" Fórmula 1 em outubro do ano passado e Rock in Rio. Mas protestam contra a Copa.
Mas vi um cinegrafista da Band ser assassinado por um rojão lançado por um black bloc. Se o black bloc preso disse que recebia R$ 150,00 por manifestação, então a vida do cinegrafista saiu por R$ 300,00.
Os que lançaram o rojão não são black blocs? Como sabem? Existe um cadastro de black blocs? Se recebem grana, então têm um líder. Se têm um líder, então não são anarquistas.

21/06/2013

Com uma corrupição deeeeste tamanho…

Filed under: Manifestações Políticas — Gilmar Crestani @ 11:07 pm
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O cara está na manifestação errada. Para começar, possivelmente nem foi ele que desenhou o cartaz do protesto. E se foi, deveria empunhar outra bandeira, a da educação. Sem foco, dá nisso, pode levantar um pição!

Vida desequilibrada

18/06/2013

Proposta concreta

Filed under: Manifestações Políticas — Gilmar Crestani @ 8:26 am
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VLADIMIR SAFATLE, na Folha

Há várias maneiras de esconder uma grande manifestação. Você pode fazer como a Rede Globo e esconder uma passeata a favor das Diretas-Já, afirmando que a população nas ruas está lá para, na verdade, comemorar o aniversário da cidade de São Paulo.

Mas você pode transformar manifestações em uma sucessão de belas fotos de jovens que querem simplesmente o "direito de se manifestar". Dessa forma, o caráter concreto e preciso de suas demandas será paulatinamente calado.

O que impressiona nas manifestações contra o aumento do preço das passagens de ônibus e contra a imposição de uma lógica que transforma um transporte público de péssima qualidade em terceiro gasto das famílias é sua precisão.

Como as cidades brasileiras transformaram-se em catástrofes urbanas, moldadas pela especulação imobiliária e pelas máfias de transportes, nada mais justo do que problematizar a ausência de uma política pública eficiente.

Mas, em uma cidade onde o metrô é alvo de acusações de corrupção que pararam até em tribunais suíços e onde a passagem de ônibus é uma das mais caras do mundo, manifestantes eram, até a semana passada, tratados ou como jovens com ideias delirantes ou como simples vândalos que mereciam uma Polícia Militar que age como manada enfu-recida de porcos.

Vários deleitaram-se em ridicularizar a proposta de tarifa zero. No entanto, a ideia original não nasceu da cabeça de "grupelhos protorrevolucionários". Ela foi resultado de grupos de trabalho da própria Prefeitura de São Paulo, quando comandada pelo mesmo partido que agora está no poder.

Em uma ironia maior da história, o PT ouve das ruas a radicalidade de propostas que ele construiu, mas que não tem mais coragem de assumir.

A proposta original previa financiar subsídios ao transporte por meio do aumento progressivo do IPTU. Ela poderia ainda apelar a um imposto sobre o segundo carro das famílias, estimulando as classes média e alta a entrar no ônibus e a descongestionar as ruas.

Apenas nos EUA, ao menos 35 cidades, todas com mais de 200 mil habitantes, adotaram o transporte totalmente subsidiado. Da mesma forma, Hasselt, na Bélgica, e Tallinn, na Estônia. Mas, em vez de discussão concreta sobre o tema, a população de São Paulo só ouviu, até agora, ironias contra os manifestantes.

Ao menos, parece que ninguém defende mais uma concepção bisonha de democracia, que valia na semana passada e compreendia manifestações públicas como atentados contra o "direito de ir e vir". Segundo essa concepção, manifestações só no pico do Jaraguá. Contra ela, lembremos: democracia é barulho.

Quem gosta de silêncio prefere ditaduras.

VLADIMIR SAFATLE escreve às terças-feiras nesta coluna.

13/06/2013

Sem reivindicação, não há solução

Sou a favor da derrubada das árvores no gasômetro. Já me manifestei aqui sobre os ecochatos. Também acho que PCO, PSTU e PSOL são como Abel e Caim. Só querem matar um ao outro para aparecem na bíblia, e por isso disputam entre si quem provoca mais vandalismo. Já fiz greves e nunca me envolveria com violência. Mas…

Isto posto…, não há como se conseguir avanços sociais sem luta, sem pontapé na porta, sem trancar o trânsito ou pichar prédio da RBS. Não fossem as reações por vezes violentas, ainda haveria apartheid na África do Sul. Gente, não faz 50 anos e Martin Luther King foi assassinado nos EUA simplesmente porque exigia, pacificamente, que seus irmãos negros fossem tratados como todos os demais seres humanos. Lembrem-se que o Katrina, em New Orleans, mostrou que nos EUA ainda são cidadãos de segunda. Quem tiver interesse e quiser saber mais, está passando repetidas vezes nos canais HBO um documentário com o cantor Harry Belafonte: "Sing Your Song". Se não buscassem de todas as formas seus direitos, ainda seriam escravos. Quantas homens e mulheres precisaram morrer para que fosse estendido o voto universal.  Os Gerdau da vida, os Daniel Dantas não precisam arrombar portas para arrombarem cofres públicos para usarem o conteúdo na defesa de seus interesses. Dois minutos de prosa em particular, falando com a “pessoa certa”, resolvem seus problemas. Quando a RBS estava à beira da insolvência (O Besouro Voa), um cochicho com Pedro Parente ou Pérsio Arida abriu as portas do Banco do Brasil. E assim os dois vieram a fazer parte, dois de saídos do governo FHC, do Grupo RBS.

Não ando de ônibus, mas me parece injustificável que cada passageiro pague por uma passagem de ônibus o equivalente ao preço de um litro de óleo diesel. Pior, quase sempre para andar dependurado como frango em abatedouro.

Sem contar que o MST consegue alguma coisa mediante ocupação e denúncia de áreas improdutivas. E os índios, agora acusados pelas UDR da vida de ocuparem as “terras produtivas”…

EDITORIAIS

editoriais@uol.com.br

Retomar a Paulista

Avenida vital de São Paulo se tornou território preferido de protestos abusivos, que prejudicam milhões para chamar a atenção do público

Oito policiais militares e um número desconhecido de manifestantes feridos, 87 ônibus danificados, R$ 100 mil de prejuízos em estações de metrô e milhões de paulistanos reféns do trânsito. Eis o saldo do terceiro protesto do Movimento Passe Livre (MPL), que se vangloria de parar São Paulo –e chega perto demais de consegui-lo.

Sua reivindicação de reverter o aumento da tarifa de ônibus e metrô de R$ 3 para R$ 3,20 –abaixo da inflação, é útil assinalar– não passa de pretexto, e dos mais vis. São jovens predispostos à violência por uma ideologia pseudorrevolucionária, que buscam tirar proveito da compreensível irritação geral com o preço pago para viajar em ônibus e trens superlotados.

Pior que isso, só o declarado objetivo central do grupelho: transporte público de graça. O irrealismo da bandeira já trai a intenção oculta de vandalizar equipamentos públicos e o que se toma por símbolos do poder capitalista. O que vidraças de agências bancárias têm a ver com ônibus?

Os poucos manifestantes que parecem ter algo na cabeça além de capuzes justificam a violência como reação à suposta brutalidade da polícia, que acusam de reprimir o direito constitucional de manifestação. Demonstram, com isso, a ignorância de um preceito básico do convívio democrático: cabe ao poder público impor regras e limites ao exercício de direitos por grupos e pessoas quando há conflito entre prerrogativas.

O direito de manifestação é sagrado, mas não está acima da liberdade de ir e vir –menos ainda quando o primeiro é reclamado por poucos milhares de manifestantes e a segunda é negada a milhões.

Cientes de sua condição marginal e sectária, os militantes lançam mão de expediente consagrado pelo oportunismo corporativista: marcar protestos em horário de pico de trânsito na avenida Paulista, artéria vital da cidade. Sua estratégia para atrair a atenção pública é prejudicar o número máximo de pessoas.

É hora de pôr um ponto final nisso. Prefeitura e Polícia Militar precisam fazer valer as restrições já existentes para protestos na avenida Paulista, em cujas imediações estão sete grandes hospitais.

Não basta, porém, exigir que organizadores informem à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 30 dias antes, o local da manifestação. A depender de horário e número previsto de participantes, o poder público deveria vetar as potencialmente mais perturbadoras e indicar locais alternativos.

No que toca ao vandalismo, só há um meio de combatê-lo: a força da lei. Cumpre investigar, identificar e processar os responsáveis. Como em toda forma de criminalidade, aqui também a impunidade é o maior incentivo à reincidência.

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