Ficha Corrida

06/09/2014

Depois de ajudar Hitler, Volkswagen espionou Lula para a ditadura

Filed under: Ditadura,WikiLeaks,William Waak,Wolkswagen — Gilmar Crestani @ 9:18 am
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A empresa alemã, para melhorar sua relação com a Globo, vai mudar de nome. Em homenagem aos espiões do passado e do presente, e para estreitar as relações com a principal parceira e avalista da ditadura, vai se chamar Volkswaak?!

waackVolkswagen espionou Lula durante ditadura

Documentos da Comissão da Verdade mostram como empresas ajudavam militares

DE SÃO PAULO

Documentos reunidos pela Comissão Nacional da Verdade mostram que empresas como a multinacional alemã Volkswagen colaboraram com a ditadura (1964-85) ao repassar para órgãos da repressão informações sobre funcionários e reuniões de sindicalistas.

Um dos alvos da empresa, segundo reportagem da agência Reuters divulgada nesta sexta-feira (5), foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que no início dos anos 1980 despontava nacionalmente como líder sindical na região do ABC paulista.

A comissão vai apresentar em São Paulo, na próxima segunda, o resultado parcial de uma investigação sobre as empresas que colaboraram com os militares na ditadura.

Dezenas de companhias, nacionais e estrangeiras, ajudaram os órgãos da repressão denunciando trabalhadores engajados na resistência e repassando informações sobre a atuação deles, sobretudo nos sindicatos, entre o final dos anos 1970 e o início da década de 1980.

Um dos responsáveis pelo trabalho na Comissão Nacional da Verdade é o pesquisador Sebastião Neto, que levantou relatórios produzidos pelo extinto Conselho Comunitário de Segurança, que funcionava na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, e era integrado pelas Forças Armadas, polícias civis e militares, além de representantes das empresas –eram pelo menos 19.

Um dos documentos encontrados diz respeito à Volkswagen e indica que a multinacional repassou dados de dezenas de reuniões sindicais, além de planos de trabalhadores sobre greves e reivindicações salariais. A empresa, segundo o documento, também forneceu informações de veículos utilizados nos atos sindicais.

A Volkswagen documentou para os militares um comício em junho de 1983 que contou com a presença de Lula, que nunca trabalhou na empresa, mas era à época um dos mais importantes líderes trabalhistas do país.

O futuro presidente é citado pela companhia alemã como um crítico à "pouca vergonha do governo" militar e por incentivar os trabalhadores a suspenderem, em protesto, o pagamento de prestações ao BNH (Banco Nacional da Habitação) pela compra de imóveis.

À agência Reuters, a empresa disse que vai investigar os indícios de que funcionários passaram informações aos militares. "A Volkswagen é reconhecida como um modelo por tratar seriamente a sua história corporativa. A empresa irá lidar com este assunto da mesma forma", afirma comunicado da empresa.

22/10/2013

Todos espionam, mas só os EUA sabem…

Filed under: Arapongagem made in USA — Gilmar Crestani @ 7:41 am
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Ontem mesmo nos EUA um novo serial killers entrou em ação. Assassinato parece ser a única coisa com a qual os EUA não se interessam em saber para prevenir. Se o fato de existir algo legitima sua continuidade, o assassinato não deveria se combatido, nem o narcotráfico. Pior que o método mafioso é a indigência dos argumentos. Se os EUA estão fazendo o que sempre fizeram, o silêncio de quem denunciou que havia arapongagem do Brasil é sintomático. A vassalagem é a única coisa perene num vira-latas. Qual é mesmo a superioridade moral dos EUA em relação a qualquer republiqueta de banana?

EUA dizem à França que ‘todos espionam’

Governo francês reage com indignação à notícia de que agência americana vigiou mais de 70 milhões de ligações

Embaixador dos EUA é chamado a se explicar; México também se queixa de espionagem a e-mails de presidente

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da França reagiu com furor à revelação de que a Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês) fez mais de 70 milhões de gravações de dados telefônicos de franceses no período entre dezembro de 2012 e janeiro de 2013, segundo o jornal "Le Monde".

Em resposta, a porta-voz da NSA, Caitlin Hayden, alegou que "todas as nações realizam operações de espionagem": "Nós já deixamos claro que os EUA recolhem informações de inteligência no exterior do mesmo modo que todos os países recolhem".

É a resposta mais dura da Casa Branca a um aliado desde junho, quando a mídia começou a divulgar informações vazadas pelo ex-técnico da NSA Edward Snowden –a espionagem feita no Brasil, por exemplo, levou a presidente Dilma Rousseff a cancelar visita aos EUA (veja quadro).

A reportagem do "Monde", publicada ontem, cita dados divulgados por Snowden, asilado na Rússia desde agosto.

À noite, a Casa Branca divulgou que o presidente Barack Obama entrara em contato com seu colega francês, François Hollande, e prometera "rever" o modo como os EUA coletam informações.

O premiê francês, Jean-Marc Ayrault, se disse "profundamente escandalizado" com o novo caso: "É inacreditável que um país aliado espione tantas informações privadas sem nenhuma justificativa estratégica", declarou.

O chanceler do país, Laurent Fabius, anunciou a convocação "imediata" do embaixador americano para que dê explicações sobre o caso. "Entre sócios, essa prática é totalmente inaceitável. É preciso assegurar-se rapidamente de que não voltará a acontecer", disse o chanceler.

Segundo a França, a espionagem será discutida hoje em encontro entre Fabius e o secretário de Estado americano, John Kerry, antes de uma reunião sobre a situação na Síria.

Anteontem, a revista alemã "Der Spiegel" já havia revelado a interceptação de e-mails de Felipe Calderón, presidente do México de 2006 a 2012, pela agência americana. A Chancelaria mexicana chamou a prática de "inaceitável, ilegítima e contrária ao direito mexicano e internacional".

A porta-voz da NSA lembrou a menção ao assunto feita por Obama na Assembleia-Geral da ONU e disse ser necessário "um equilíbrio entre a legítima preocupação com a segurança de nossos concidadãos e aliados e as preocupações de todo o mundo sobre proteção da intimidade".

    13/10/2013

    Porque os Estados Unidos estão desunidos?

    Filed under: EUA,Noam Chomsky,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 11:04 am
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    Noam Chomsky e o labirinto americano

    Noam Chomsky

    Ele sustenta: na Síria, Washington adotou lógica da Máfia, e perdeu; no Congresso, Obama é vítima da ultradireita, que age como os nazistas

    Entrevista a Harrison Samphir, no Znet | Tradução: Vinícius Gomes | Imagem de HikingArtist

    Noam Chomsky é, aos 84 anos, um dos maiores intelectuais no mundo. Seu trabalho e suas realizações são bem conhecidos – ele é linguista norte-americano, professor emérito no Massachussets Institute of Technology (MIT) há mais de 60 anos, analista e ativista político constante, crítico original do capitalismo e da ordem mundial que tem como centro os Estados Unidos

    Nesse entrevista, Chomsky debate a paralisação do governo norte-americano, por disputas incessantes no sistema político e, em especial, chantagem das forças de direita mais primitivas. Também aborda os sinais de perda de influência de Washington na Síria e da emegência, na América do Sul, de um conjunto de governos que afasta-se dos EUA, pela primeira vez em dois séculos.

    Gostaria de começar com a paralisação recente do governo dos EUA. Por que ela é diferente dessa vez, se já aconteceu no passado?

    Noam Chomsky: Paul Krugman fez há dias, no New York Times, um ótimo comentário a respeito. Lembra que o partido republicano é minoritário entre a opinião pública e controla a Câmara [House of Representatives, que junto do Senado representa o Legislativo nos EUA]. Está levando o governo à paralisação e talvez ao calote de suas dívidas. Conseguiu a maioria por conta de inúmeras artimanhas. Obteve uma minoria de votos, mas a maioria das cadeiras. Está se utilizando disso para impor uma agenda extremamente nociva para a sociedade. Foca particularmente a questão do sistema de saúde público.

    Os EUA são o único, entre os países ricos e desenvolvidos, que não possue um sistema nacional de saúde pública. O sistema norte-americano é escandaloso. Gasta o dobro de recursos de países comparáveis, para obter um dos piores resultados. E a razão para isso é ser altamente privatizado e não-regulado, tornando-se extremamente ineficiente e caro. Aquilo que alguns chamam de “Obamacare” é uma tentativa de mudar esse sistema de forma suave – não tão radicalmente como seria desejável – para torná-lo um pouco melhor e mais acessível.

    O Partido Republicano escolheu o sistema de saúde como alavanca para conquistar alguma força política. Quer destruir o Obamacare. Essa posição não é unânime entre os republicanos, é de uma ala do partido – chamada de “conservadora”, de fato, profundamente reacionária. Norman Orstein, um dos principais comentaristas conservadores, descreve o movimento, corretamente, como uma “insurgência radical”.

    Então, há uma insurgência radical, que implica grande parte da base republicana, disposta a tudo – destruir o país, ou qualquer coisa, com o intuito de acabar com a Lei de Assistência Acessível (o Obamacare). É a única coisa a que foram capazes de se agarrar. Se falharem nisso, terão de dizer a sua base que mentiram para ela, ao longo dos últimos cinco anos. Por isso, estão dispostos a ir até onde for necessário. É um fato incomum – penso que único – na história dos sistemas parlamentaristas modernos. É muito perigoso para o país e para o mundo.

    Como a paralisação poderia terminar?

    Bem, a paralisação por si só é ruim – mas não devastadora. O perigo real surgirá nas próximas semanas. Há, nos Estados Unidos, uma legislação rotineira – aprovada todo ano – que permite ao governo tomar dinheiro emprestado. Do contrário, ele não funciona. Se o Congresso não autorizar a continuação da tomada de empréstimos, talvez o governo peça moratória. Isso nunca aconteceu e um calote do governo norte-americano não seria muito prejudicial apenas aos EUA. Ele provavelmente afundaria o país, de novo, numa profunda recessão – mas talvez também quebre o sistema financeiro internacional. É possível que encontrem maneiras para contornar a situação, mas o sistema financeiro mundial depende muito da credibilidade do Departamento do Tesouro dos EUA. A credibilidade dos títulos de dívida emitidos pelos EUA é vista como “tão boa quanto ouro”: esses papéis são a base das finanças internacionais. Se o governo não conseguir honrá-los, eles não possuirão mais valor, e o efeito no sistema financeiro internacional poderá ser muito severo. Mas para destruir uma lei de saúde limitada, a extrema direita republicana, os reacionários, estão dispostos a fazer isso.

    No momento, os EUA estão divididos sobre como o tema será resolvido. O ponto principal a observar é a divisão no Partido Republicano. O establishment republicano, junto com Wall Street, os banqueiros, os executivos de corporações não querem isso – de maneira nenhuma. É parte da base que deseja, e tem sido muito difícil controlá-la. Há uma razão para terem um grande grupo de delirantes em sua base. Nos últimos 30 ou 40 anos, ambos os partidos que comandam a política institucional dos EUA inclinaram-se para a direita. Os democratas de hoje são, basicamente, aquilo que se costumava chamar, há tempos, de republicanos moderados. E os republicanos foram tanto para a direita que simplesmente não conseguem votos, na forma tradicional.

    Tornaram-se um partido dedicado aos muito ricos e ao setor corporativo – e você simplesmente não consegue votos dessa maneira. Por isso, têm sido compelidos a mobilizar eleitores que sempre estiveram presentes no sistema político, mas eram marginais. Por exemplo, os extremistas religiosos. Os EUA são um dos expoentes no que se refere ao extremismo religioso no mundo. Mais ou menos metade da população acredita que o mundo foi criado há alguns milhares de anos; dois terços da população está aguardando a segunda vinda de Cristo. A direita também teve de recorrer aos nativistas. A cultura das armas, que está fora de controle, é incentivada pelos republicanos. Tenta-se convencer as pessoas de que devem se armar, para nos proteger. Nos proteger de quem? Das Nações Unidas? Do governo? Dos alienígenas?

    Uma enorme parcela da sociedade é extremamente irracional e agora foi mobilizada politicamente pelo establishment republicano. Os líderes presumem que podem controlar este setor, mas a tarefa está se mostrando difícil. Foi possível perceber isso nas primárias republicanas para a presidência, em 2012. O candidato do establishment era Romney, um advogado e investidor em Wall Street – mas a base não o queria. Toda vez que a base surgia com um possível candidato, o establishment fazia de tudo para destruí-lo, recorrendo, por exemplo, a ataques maciços de propaganda. Foram muitos, um mais louco que o outro. O establishment republicano não os quer, tem medo deles, conseguiu nomear seu candidato. Mas agora está perdendo controle sobre a base.

    Sinto dizer que isso tem algumas analogias históricas. É mais ou menos parecido com o que aconteceu na Alemanha, nos últimos anos da República de Weimar. Os industriais alemães queriam usar os nazistas, que eram um grupo relativamente pequeno, como um animal de combate contra o movimento trabalhista e a esquerda. Acharam que podiam controlá-los, mas descobriram que estavam errados. Não estou dizendo que o fenômeno vai se repetir aqui, é um cenário bem diferente, mas algo similar está ocorrendo. O establishment republicano, o bastião corporativo e financeiro dos ricos, está chegando em um ponto em que não consegue mais controlar a base que mobilizou.

    Na política externa, as notícias sobre a Síria sumiram da mídia convencional, desde a aprovação do acordo para confiscar as armas químicas do arsenal de Assad. Você pode comentar esse silêncio?

    Nos EUA, há pouco interesse sobre o que acontece fora das fronteiras. A sociedade é bem insular. A maioria das pessoas sabe bem pouco sobre o que acontece no mundo e não liga tanto para isso. Está preocupada com seus próprios problemas, não têm o conhecimento ou o compreensão sobre o mundo ou sobre História. Quando algo, no exterior, não é constantemente martelado pela mídia, esta maioria simplesmente não sabe nada a respeito.

    A Síria vive uma situação muito ruim, atrocidades realmente terríveis, mas há lugares muito piores no mundo. As maiores atrocidades das últimas décadas têm ocorrido no Congo – na região oriental –, onde mais ou menos 5 milhões de pessoas foram mortas. Nós – os EUA – estamos envolvidos, indiretamente. O principal mineral em seu celular é o coltan, que vem daquela região. Corporações internacionais estão lá, explorando os ricos recursos naturais Muitas delas bancam milícias, que estão lutando umas contra as outras pelo controle dos recursos, ou de parte deles. O governo de Ruanda, que é um cliente dos EUA, está intervindo maciçamente, assim como Uganda. É praticamente uma guerra mundial na África. Bem, quantas pessoas sabem disso? Mal chega à mídia e as pessoas simplesmente não sabem nada a respeito.

    Na Síria, o presidente Obama fez um discurso sobre o que chamou de sua “linha vermelha”: não se pode usar armas químicas; pode-se fazer de tudo, exceto utilizar armas químicas. Surgiram relatórios credíveis, afirmando que a Síria utilizou essas armas. Se é verdade, ainda está em aberto, mas muito provavelmente é. Nesse ponto, o que estava em jogo é o que se chama de credibilidade. A liderança política e os comentaristas de política externa indicavam, corretamente, que a credibilidade norte-americana estava em jogo. Algo precisava ser feito para mostrar que nossas ordens não podem ser violadas. Planejou-se um bombardeio, que provavelmente tornaria a situação ainda pior, mas manteria a credibilidade dos EUA.

    O que é “credibilidade”? É uma noção bem familiar – basicamente, a noção principal para organizações como a Máfia. Suponha que o Poderoso Chefão decida que você terá que pagá-lo, para ter proteção. Ele tem de “bancar” essa afirmação. Não importa se precisa ou não do dinheiro. Se algum pequeno lojista, em algum lugar, decidir que não irá pagá-lo, o Poderoso Chefão não deixa a ousadia impune. Manda seus capangas espancá-lo sem piedade, ainda que o dinheiro não signifique nada para ele. É preciso estabelecer credibilidade: do contrário, o cumprimento de suas ordens tenderá a erodir. As relações exteriores funcionam quase da mesma maneira. Os EUA representam o Poderoso Chefão, quando dão essas ordens. Os outros que cumpram, ou sofram as consequências. Era isso que o bombardeio na Síria demonstraria.

    Obama estava chegando a um ponto do qual, possivelmente, não seria capaz de escapar. Não havia quase apoio internacional nenhum – sequer da Inglaterra, algo incrível. A Casa Branca estava perdendo apoio internamente e foi compelida a colocar o tema em votação no Congresso. Parecia que seria derrotada, num terrível golpe para a presidência de Obama e sua autoridade. Para a sorte do presidente, os russos apareceram e o resgataram com a proposta de confiscar as armas químicas, que ele prontamente aceitou. Foi uma saída para a humilhação de encarar uma provável derrota.

    Faço comentário adicional. Você perceberá que este é um ótimo momento para impor a Convenção sobre Proibição de Armas Químicas no Oriente Médio. A verdadeira convenção, não a versão que Obama apresentou em seu discurso, e que os comentaristas repetiram. Ele disse o básico, mas poderia ter feito melhor, assim como os comentaristas. A Convenção sobre Proibição de Armas Químicas exige que sejam banidas a produção, estocagem e uso delas – não apenas o uso. Por que omitir produção e estocagem? Razão: Israel produz e estoca armas químicas. Consequentemente, os EUA irão evitar que tal convenção seja imposta no Oriente Médio. É um assunto importante: na realidade, as armas químicas da Síria foram desenvolvidas para se contrapor às armas nucleares de Israel, o que também não foi mencionado.

    Você afirmou recentemente que o poder norte-americano no mundo está em declínio. Para citar sua frase em Velhas e Novas Ordens Mundiais, de 1994, isso limitará a capacidade dos EUA para “suprimir o desenvolvimento independente” de nações estrangeiras? A Doutrina Monroe está completamente extinta?

    Bem, isso não é uma previsão, isso já aconteceu. E aconteceu nas Américas, muito dramaticamente. O que a Doutrina Monroe dizia, de fato, é que os EUA deviam dominar o continente. No último século isso de fato foi verdade, mas está declinando – o que é muito significativo. A América do Sul praticamente se libertou, na última década. Isso é um evento de relevância histórica. A América do Sul simplesmente não segue mais as ordens dos EUA. Não restou uma única base militar norte-americana no continente. A América do Sul caminha por si só, nas relações exteriores. Ocorreu uma conferência regional, cerca de dois anos atrás, na Colômbia. Não se chegou a um consenso, nenhuma declaração oficial foi feita. Mas nos assuntos cruciais, Canadá e EUA isolaram-se totalmente. Os demais países americanos votaram num sentido e os dois foram contra – por isso, não houve consenso. Os dois temas eram admitir Cuba no sistema americano e caminhar na direção da descriminalização das drogas. Todos os países eram a favor; EUA e Canadá, não.

    O mesmo se dá em outros tópicos. Lembre-se de que, algumas semanas atrás, vários países na Europa, incluindo França e Itália, negaram permissão para sobrevoo do avião presidencial do boliviano Evo Morales. Os países sul-americanos condenaram veementemente isso. A Organização dos Estados Americanos, que costumava ser controlada pelos EUA, redigiu uma condenação ácida, mas com um rodapé: os EUA e o Canadá recusaram-se a subscrever. Estão agora cada vez mais isolados e, mais cedo ou mais tarde, penso que os dois serão, simplesmente, excluídos do continente. É uma brusca mudança em relação ao que ocorria há pouco tempo.

    A América Latina é o atual centro da reforma capitalista. Esse movimento poderá ganhar força no Ocidente?

    Você está certo. A América Latina foi quem seguiu com maior obediência as políticas neoliberais instituídas pelos EUA, seus aliados e as instituições financeiras internacionais. Quase todos os países que se orientaram por aquelas regras, incluindo nações ocidentais, sofreram – mas a América Latina padeceu particularmente. Seus países viveram décadas perdidas, marcadas por inúmeras dificuldades.

    Parte do levante da América Latina, particularmente nos últimos dez a quinze anos, é uma reação a isso. Reverteram muitas daquelas medidas e se moveram para outra direção. Em outra época, os EUA teriam deposto os governos ou, de uma maneira ou de outra, interrompido seu movimento. Agora, não podem fazer isso.

    Recentemente, os EUA testemunharam o surgimento de seus primeiros refugiados climáticos – os esquimós Yup’ ik – na costa sul na ponta do Alaska. Isso coloca em mórbida perspectiva o impacto humano no meio ambiente. Qual é sua posição acerca dos impostos sobre emissões carbono e quão popular pode ser tal medida nos EUA ou em outro país?

    Acho que é basicamente uma boa ideia. Medidas muito urgentes têm de ser tomadas, para frear a contínua destruição do meio ambiente. Um imposto sobre carbono é uma maneira de fazer isso. Se isso se tornasse uma proposta séria nos EUA, haveria uma imensa propaganda contrária, desencadeada pelas corporações – as empresas de energia e muitas outras –, para tentar aterrorizar a população. Diriam que, em caso de criação do tributo, todo tipo de coisa terrível aconteceria. Por exemplo, “você não será mais capaz de aquecer sua casa”… Se isso terá sucesso ou não, dependerá da capacidade de organização dos movimentos populares.

    SQN

    03/09/2013

    "Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses"

    LatuffEUAGloboAlguém consegue imaginar o que aconteceria se o Brasil fizesse algo parecido com o Presidente dos EUA?! Dependendo de como reagir o império colonial, o melhor que os brasileiros podem fazer é começar indicando nossos vira-bostas e vira-latas embaixadores nossos nos EUA. Pelo menos nos livramos destas pragas por aqui. Por tudo o que os EUA vêm fazendo, todo e qualquer cidadão norte-americano deveria ser considerado, no Brasil, desde já, persona non grata. Dado o passado e o presente de intromissão nos assuntos internos de tantos países, torço para que todo norte-americano no exterior volte para casa envolto na bandeira deles, dentre de um saco.

    JANIO DE FREITAS

    A força dos interesses

    Ser amistoso em retribuição a atos inamistosos é, no mínimo, subserviência –e não parece próprio de Dilma

    Na estreita margem de reação ao seu alcance, a mais (ou única) eficaz resposta do governo brasileiro ao dos Estados Unidos é pôr em suspenso a visita da presidente Dilma Rousseff a Barack Obama, marcada para o próximo mês. E confirmá-la ou sustá-la a depender do que o governo americano faça com a exigência de explicação escrita que lhe fez ontem o governo brasileiro, sobre a violação das comunicações oficiais e pessoais até da presidente brasileira.

    Assuntos importantes podem haver, mas não assuntos graves para negociações de Dilma e Obama. A visita foi prevista, portanto, sobretudo como um gesto amistoso. Mas ser amistoso em retribuição a atos inamistosos é, no mínimo, subserviência. O que não parece próprio de Dilma Rousseff e, de uns poucos anos para cá, deixou de ser a atitude brasileira com os Estados Unidos.

    A interceptação das comunicações da Presidência não é só uma transgressão das normais internacionais de convivências soberanas, praticada pelo governo americano contra o brasileiro. São ações inamistosas dos Estados Unidos. De duas ordens.

    Uma, sub-reptícia, de violação de direitos e de sigilos brasileiros protegidos pelo direito internacional e por tratados de que os dois países são signatários. Outra, a depreciação da soberania brasileira, se não for a negação mesma.

    Neste segundo aspecto, a visão de um país sob condições neocoloniais ficou explicitada outra vez, diretamente, ao ministro da Justiça brasileiro, José Eduardo Cardozo, quando levou a Washington, na semana passada, uma proposta de acordo para meios honestos e legais de coleta americana de informações no Brasil (sem embaraços, desde que autorizada judicialmente, como exige a Constituição do Brasil).

    O governo americano recusou a proposta com um argumento dado como definitivo e apresentado de modo que o ministro descreveu como "peremptório": os Estados Unidos agem com base na sua legislação interna e consideram-se cumprindo uma missão internacional. As leis que regem a conduta americana no Brasil, como na violação do sigilo das comunicações presidenciais e quaisquer outras, são as leis americanas, não a Constituição brasileira e seu corpo de leis. E pronto.

    Com a sugestão a Washington, o Brasil cumpriu o papel de diplomacia respeitável, mas, a rigor, mesmo o acordo seria inócuo: os Estados Unidos não são confiáveis. Vale lembrar, a propósito, um ensinamento, tão pouco aproveitado no jornalismo, dado por John Foster Dulles, o mais proeminente secretário de Estado americano desde a Segunda Guerra Mundial: "Os Estados Unidos não têm amigos, têm interesses".

    E força. Da qual abusam segundo seus interesses. "Se o Congresso aprovar, a ação dos EUA na Síria ocorrerá mesmo que o Conselho da Segurança da ONU seja contrário" –é uma resolução destes dias. A desproporção de forças militares reflete-se sobre os organismos internacionais de regulação e julgamento, o que sinaliza, por antecipação, as escassas perspectivas dos recursos a cortes internacionais insinuados pelos ministros Cardozo e Luiz Alberto Figueiredo, o estreante de Relações Exteriores.

    A menos que se constitua um movimento de países com alguma dose de representatividade, algo bastante problemático. E dependente, quem sabe, dos arquivos e da disposição de Edward Snowden de divulgar violações graves em outros países, como fez com seu coadjuvante Glenn Greenwald nestas revelações sobre o furto americano de sigilos da Presidência brasileira.

    Se o Brasil não tem meios para dar a resposta à altura, será muito pedagógico que ao menos se mantenha ereto –como se mostra até aqui.

    06/08/2013

    Como se prevenir contra os métodos anti-democráticos?!

    Filed under: Espionagem made in USA,Isto é EUA! — Gilmar Crestani @ 9:18 am
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    El pais › Cristina Kirchner le planteó a Ban Ki-moon su preocupación por el espionaje norteamericano y la retención a Evo

    “Hay que establecer una regulación global sobre espionaje”

    Por Victoria Ginzberg

    La Presidenta encabezará hoy la sesión del Consejo de Seguridad de la ONU. Antes, se reunió con el secretario general del organismo y le planteó los temas que le preocupan del escenario internacional.

    EL PAIS › CRISTINA KIRCHNER LE PLANTEO A BAN KI-MOON SU PREOCUPACION POR EL ESPIONAJE NORTEAMERICANO Y LA RETENCION A EVO

    “Son temas que deben debatirse sin ignorarlos”

    La Presidenta encabezará hoy la sesión del Consejo de Seguridad de la ONU. Antes, se reunió con el secretario general del organismo y le planteó los temas que le preocupan del escenario internacional.

    Por Victoria Ginzberg

    Desde Nueva York

    El encuentro se realizó en el piso 38 del rascacielos de paredes vidriadas de las Naciones Unidas, en la primera avenida. El despacho del secretario general del organismo internacional, Ban Ki-moon, mira al oeste, es decir que tiene una vista privilegiada de la ciudad de Nueva York, sus avenidas y sus torres, incluido el clásico edificio Chrysler, que queda a tres cuadras de allí. En ese marco, la presidenta Cristina Fernández de Kirchner le planteó al dirigente de la ONU algunas de sus preocupaciones actuales relacionadas con el escenario internacional. Esto es, la retención del avión del presidente de Bolivia, Evo Morales, y el espionaje cibernético realizado por Estados Unidos y revelado por Edward Snowden. “Son temas que deben debatirse, con altura y sin necesidad de adjetivaciones, sin discusiones de barricadas, pero sin ignorarlos, sin meter la cabeza como el avestruz”, dijo CFK cuando salió de la reunión.

    Junto a la Presidenta estuvieron con Ban Ki-moon el canciller Héctor Timerman, el secretario de Medios Alfredo Scoccimarro, la embajadora en Estados Unidos, Cecilia Nahon; la representante ante la ONU, Marita Perceval, y el diputado Guillermo Carmona, presidente de la Comsión de Relaciones Exteriores de la Cámara baja. Todos se sentaron en la larga mesa del salón, que en una de sus paredes tiene el logo de la ONU plateado y en el que, además de la bandera celeste que identifica al organismo internacional, lucía ayer la celeste y blanca de la Argentina. CFK relató el encuentro antes de salir, en el lobby del edificio de la ONU. “Si no me paro me hacen un tackle”, dijo, divertida. Alguno de los temas que se tocaron en la reunión coincidieron con los que habían hablado con Ban Ki-monn los cancilleres del Mercosur que estuvieron en ese mismo lugar por la mañana (ver aparte). Respecto del incidente ocasionado cuando un grupo de países europeros (España, Italia, Portugal y Francia) impidieron que el avión de Morales atravesara su espacio aéreo ante la suposición de que el ex contratista de la Agencia de Seguridad estadounidense Snowden estaba a bordo, aseguró que “nos tocó muy de cerca” y que fue un hecho que, “además de ser una afrenta personal a un jefe de Estado, violaba la Convención de Viena” sobre las relaciones diplomáticas.

    Sobre el espionaje cibernético en sí mismo, señaló que planteó “la necesidad de establecer una regulación global al respecto, no sólo por la paz y seguridad de las naciones sino también por la paz y seguridad de los individuos”. CFK recordó La vida de los otros, una película alemana de 2006 en la que se refleja la vigilancia que la policía secreta de la República Democrática (Stasi) ejercía sobre los intelectuales. Allí se cuenta la historia de un espía y un escritor espiado y se muestra cómo, con micrófonos ocultos y una central telefónica montada en el desván del edificio, se escucha todo lo que la persona involucrada dice. “Eran métodos rudimentarios, ahora hay otros”, señaló la Presidenta. En otra cita, mencionó que en estos asuntos, como dice Umberto Eco, somos la “civilización del cangrejo”, porque “vamos para atrás”.

    Cristina Kirchner reiteró el reclamo de soberanía sobre las Islas Malvinas, a lo que el secretario general de Naciones Unidas señaló que es un asunto difícil debido a la negativa del Reino Unido de sentarse a dialogar. CFK y Ban Ki-moon también hablaron de la situación de Haití y de Egipto, convulsionado por un reciente golpe de Estado. Al mencionar estos hechos, la Presidenta aprovechó para introducir una cuestión que será parte del debate que encabezará hoy ante el Consejo de Seguridad de Naciones Unidas, que por este mes es presidido por la Argentina: la eficacia que tuvieron las organizaciones regionales, en especial la Unasur, en la resolución de conflictos, como la mediación –cuando Néstor Kirchner era secretario general– entre Colombia y Venezuela y en los intentos desestabilizadores en Bolivia y Ecuador.

    Sostuvo que tal vez la eficiencia de este organismo regional estaba dada porque las decisiones se toman por consenso, aunque algunas veces ello implique largas discusiones. Y lo comparó con la ONU, o mejor dicho con el Consejo de Seguridad, donde el veto de cualquiera de sus cinco miembros permanentes (Estados Unidos, Rusia, China, Francia y el Reino Unido) puede anular las decisiones del órgano, el único cuyas resoluciones son de cumplimiento efectivo para los estados miembro. “Argentina plantea reformas en el Consejo de Seguridad, pero no desde la óptica de ampliar sus miembros permanentes, porque si ampliamos el número lo único que hacemos es ampliar el problema, en lugar de que veten cinco, vetan nueve.”

    La reforma del Consejo de Seguridad se discute en la ONU desde hace muchos años. La Argentina está entre los países que abogan por eliminar la categoría de “miembro permanente” y el derecho a veto que lo acompaña. Brasil, que en la mayoría de las cuestiones de política exterior coincide en su agenda con la Argentina, está entre los que plantean sumar nuevos “miembros permanentes”, ya que aspira a convertirse en uno de ellos. De todas maneras, la reforma del Consejo implicaría modificar la Carta de la ONU y para esto se necesita el visto bueno, justamente, de los miembros permanentes, que no parecen interesados en perder sus privilegios.

    Así, al exponer los resultados de su reunión y antes de retirarse por la puerta que da a la calle 43, CFK mostró cómo al hablar de los organismos regionales y en su eficacia para la resolución de conflictos también se pueden decir otras cosas. Habrá qué ver en qué términos se plantean estos temas hoy, cuando la Presidenta encabece el debate abierto propuesto por la Argentina en el marco de su presidencia en el Consejo de Seguridad.

    La presencia de un jefe de Estado en el Consejo de Seguridad no es inédita. Sucede cuando el país que ejerce la presidencia del órgano quiere otorgarle importancia a este hecho o a algún tema en particular. Y CFK no se caracteriza por restarle valor a este foro internacional, sino todo lo contrario, aun con las críticas que pueda tener a su funcionamiento. En mayo, estuvo en el Consejo el presidente de Togo y en 2012 lo hicieron otros tres jefes de Estado. Barack Obama, por su parte, habló allí en 2009 y Nicolas Sarkozy lo hizo en 2007.

    Lo que será novedoso es que la Argentina llevará hasta ese organismo a la Unasur y a la Celac, presidida actualmente por Cuba. El tema elegido –“La relación entre las Naciones Unidas y las organizaciones regionales y subregionales para el mantenimiento de la paz y la seguridad internacionales”– así lo habilita. También habrá representantes de la Liga Arabe y de la Unión Africana. Se espera que lleguen cerca de catorce cancilleres y vicecancilleres, lo que implica un respaldo para Argentina.

    “Va a ser una jornada interesante en la cual América latina tendrá la oportunidad de ser vocera frente al Consejo de Seguridad, ni más ni menos que el máximo órgano responsable de garantizar la paz y la seguridad en el mundo”, resaltó ayer Timerman. El canciller señaló también que “será la primera vez en la historia que Unasur y Celac hablen y sean miembros informantes frente al Consejo de Seguridad, lo que también dará una perspectiva distinta sobre cuál es la realidad de América latina.”

    Como adelantó la Presidenta ayer, la Unasur y la Celac, organismos que son producto de un momento de gran integración en la región, pueden aportar su experiencia en términos de prevención de los conflictos y mecanismos de alerta temprana. Luego del debate, el Consejo de Seguridad emitirá una resolución que hablará, seguramente, de las experiencias acumuladas en materia de cooperación positiva entre las Naciones Unidas y su Consejo de Seguridad y los acuerdos y organismos regionales y llamará a seguir desarrollando esta asociación. Está descartado que los temas incómodos para los miembros permanentes figuren allí, ya que el documento debe salir con su aprobación. Por eso, tal vez, varios de esos asuntos fueron abordados ayer en las reuniones con Ban Ki-moon. Pero esto no implica que no puedan ser mencionados por los participantes en sus exposiciones, aunque todo será de forma muy diplomática. Habrá que escucharlos hoy, en el orden que haya establecido el dado que se usa para sortear los oradores. CFK abrirá el evento que comenzará por la mañana.

    Página/12 :: El país :: “Son temas que deben debatirse sin ignorarlos”

    05/08/2013

    Estados Unidos fecham 19 centros de espionagem

    Agora a pergunta que não quer calar; quando fecharão as embaixadas denunciadas por Edwar Snowden, onde também imperava centros de espinonagens, incluindo o Brasil? Onde houver uma embaixada norte-americana, aí haverá sempre um foco de provocação e de terrorismo de estado. Não houve e não há um golpe de estado (Bradley Manning e Edwar Snowden estão aí para provar) onde não esteja também os serviços de golpe (inteligência) dos EUA.

    EE UU extiende el cierre en 19 de sus embajadas una semana más

    La decisión de la Administración de extremar las precauciones ha sido aplaudida por el Congreso del país

    Eva Saiz Washington 5 AGO 2013 – 02:22 CET3

    Estados Unidos ha decidido ampliar hasta el 10 de agosto la orden de cierre de gran parte de sus embajadas en los países árabes o de mayoría musulmana de Oriente Próximo, Norte de África y Sur de Asia ante la persistencia del riesgo de un atentado terrorista por parte de la rama de Al Qaeda en la península Arábiga. Cuando el pasado jueves el Departamento de Estado informó de la clausura de varias de las sedes de sus misiones diplomáticas en ese territorio, dejó abierta la posibilidad de extender esta medida para extremar la cautela. El criterio del Gobierno estadounidense ha sido bien recibido por senadores y congresistas de ambos partidos.

    “Dado que muchas de nuestras embajadas iban a permanecer cerradas con motivo del fin del Ramadán durante esta semana, hemos decidido, en aras de extremar la cautela, ampliar la clausura de varias de nuestras legaciones diplomáticas y consulados”, se indica en el comunicado facilitado por el Departamento de Estado. La orden es efectiva para 19 de las 21 embajadas que este domingo cerraron sus puertas ante la amenaza de un atentado terrorista por parte de Al Qaeda, del que la Administración estadounidense tiene indicios “serios y creíbles” de que se pueda producir en los próximos días gracias a la interceptación por parte de sus servicios de inteligencia de correos y mensajes electrónicos de líderes de la organización.

    Los legisladores que han tenido acceso a los informes que han motivado la adopción de estas medidas de seguridad han aplaudido la actitud del Gobierno de EE UU. “Estas son, probablemente, las amenazas más creíbles y específicas de las que tenemos constancia desde el 11-S”, ha reconocido a la cadena CBS el republicano Michael McCaul, presidente del comité de Seguridad Nacional de la Cámara de Representantes.

    Departamento de Estado de EE UU.

    Muchos de los políticos que este domingo han alabado la decisión del Gobierno de EE UU de extremar las precauciones en Oriente Próximo y el Norte de África han hecho hincapié en la importancia que los programas de vigilancia de la Administración han tenido a la hora de poder preparar a la nación para prevenir un posible ataque terrorista, justo cuando la extensión y la eficacia de estas técnicas de espionaje, desveladas por el exanalista de la CIA, Edward Snowden, están siendo cuestionadas por una buena parte del Congreso y de la sociedad estadounidense. “La Agencia Nacional de Inteligencia [NSA] ha demostrado su importancia una vez más”, ha asegurado el influyente senador republicano Lindsey Graham, quien ha advertido a sus colegas del Capitolio que si “quieren desmantelarlas, solo harán de EE UU un país mucho menos seguro”.

    La orden de ampliar el cierre de las embajadas afecta, entre otras, a las sedes de Egipto, Jordania, Arabia Saudí, Kuwait, Libia o Catar. Las misiones de Afganistán o Argelia tienen previsto abrir como de costumbre este lunes. A la decisión de clausurar los edificios de las misiones diplomáticas, EE UU sumó este viernes una alerta de viaje, que no impide a sus ciudadanos viajar a la zona, pero sí les insta a extremar las precauciones.

    EE UU extiende el cierre en 19 de sus embajadas una semana más | Internacional | EL PAÍS

    13/07/2013

    Efeito Edward Snowden

    Com a liberação das informações que dão conta do conluio do Facebook e Microsoft nas espionagens patrocinadas pelos EUA, a CIA começa a botar o rabo entre as pernas e seus vira-latas e vira-bostas ficaram na berlinda.

    La oposición de Capriles se desinfla en Venezuela

    Los adversarios del Gobierno creen que el líder ha dilapidado la posibilidad de cambios en el modelo chavista con el capital político obtenido en las elecciones

    Alfredo Meza Caracas12 JUL 2013 – 06:35 CET102

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    Capriles en un acto con seguidores en Caracas el pasado 14 de abril. / Carlos Garcia Rawlins (REUTERS)

    Tres meses después de las elecciones, el líder opositor venezolano, Henrique Capriles, ha perdido fuelle. Los contrarios al presidente Nicolás Maduro creen que no ha sabido aprovechar el capital político obtenido en los comicios celebrados el pasado 14 de abril para provocar cambios en el modelo chavista.

    Los analistas políticos Fausto Masó y Luis García criticaron hace poco en dos artículos la estrategia de la oposición para manejar la crisis política venezolana. El título del escrito de Masó era casi una provocación para quienes sintieron en abril que tenían al alcance de la mano el fin de 14 años de chavismo. ¿Y si Nicolás Maduro durase los seis años?. Razonaba el articulista que Venezuela se estaba acostumbrando al nuevo presidente al igual que al tráfico, a la delincuencia y al desabastecimiento. “Maduro se está convirtiendo en una mala costumbre, pero las malas costumbres son eternas, mientras el espacio en los medios de la oposición le ocurre como a la piel de zapa de Balzac, se achica”, escribió. Mucho más directo, García Mora se preguntaba: “¿Para dónde va Henrique Capriles Radonski?” y argumentaba que la oposición no tenía objetivo estratégico definido y que lucía entrampada.

    Estas ideas son parte de una opinión generalizada entre buena parte de los adversarios del Gobierno, quienes han empezado a preguntarse, después de ver lo sucedido en Brasil -donde protestas masivas y extendidas en el tiempo han obligado a la presidenta Dilma Rousseff a promover reformas-, si su líder ha dilapidado la oportunidad de conseguir cambios en el chavista con el poder político de los recientes comicios. Más allá de esto, se cuestionan: si la oposición está segura de que fue despojada del triunfo, ¿por qué desistió de presionar en la calle hasta que se reconociera el resultado?

    El miércoles 17 de abril Capriles Radonski convocó a sus seguidores a marchar hacia el Consejo Nacional Electoral para solicitar un recuento de votos, la única manera, dijo entonces, de resolver la crisis política desatada después del anuncio del estrecho resultado. En las calles había numerosos focos de protesta que a la postre terminarían con nueve personas fallecidas, 78 lesionadas, y con la amenaza del gobierno de enjuiciarle como el instigador de esas muertes. El candidato decidió entonces suspender la caminata para evitar una masacre similar a la ocurrida el 11 de abril de 2002 -el día que comenzó el breve golpe de Estado contra Hugo Chávez- y reorientar su estrategia. Sus seguidores debían cesar las protestas callejeras, volver a casa y dejar que él llevara el reclamo ante el árbitro comicial e impugnara las elecciones ante el Supremo en caso de que la mayoría oficialista del CNE no aceptara abrir las urnas. El tiempo se encargaría de terminar de erosionar las precarias bases que sostenían a Maduro, que debía iniciar su mandato con un presupuesto comprometido y una escasez galopante con congénitas debilidades de liderazgo. La estrategia de Capriles apostaba –apuesta– al desgaste de Maduro, que no tiene una conexión emocional con su electorado, para luego, entonces sí, construir una mayoría sólida y amplia que permita burlar las inequidades de los procesos electorales venezolanos.

    Hoy Capriles luce apagado. Maduro se ha fortalecido y dirige un Gobierno en el cual es posible identificar rasgos de un estilo propio. El reclamo ante el Supremo ha caído en el olvido después de que la Sala Constitucional, de mayoría chavista, se avocara a conocer la causa. Así, el entusiasmo de la oposición se ha diluido en la rutina e incluso en la indiferencia frente a los graves problemas del país y al colapso del modelo económico chavista. Aunque el Gobierno se ha mostrado dispuesto a trabajar con la empresa privada, no ha renunciado a perfeccionar la política de controles a través de una nueva ley en la Asamblea Nacional -que regula los precios de los vehículos nuevos y usados- y la vuelta de Eduardo Samán, un comunista recalcitrante, a la dirección del Indepabis, el organismo encargado de vigilar que se cumplan los topes establecidos por el Estado en el valor de los bienes y servicios. El Gobierno cree que con más controles podrá reducir la inflación, que en junio llegó a 4,7% para sumar 25% en el primer semestre del año.

    Maduro pudo recuperarse con golpes precisos para confinar a la oposición a sus bastiones como en los tiempos de Hugo Chávez, donde no hace daño. Cuando Capriles visitó Colombia, donde fue recibido por el presidente Juan Manuel Santos, la airada reacción de Maduro puso en alerta a los demás países. Desde entonces el reconocimiento de la comunidad internacional al joven Gobierno venezolano fue más decidido. Es posible que esa sea la prueba del éxito de la diplomacia bolivariana o de la lenta e inexorable muerte del reclamo opositor. Dos episodios así lo demuestran: el presidente de México, Enrique Peña Nieto, dijo que no recibiría al gobernador de Miranda en caso de que éste visitara el país. Y el nuncio apostólico en Caracas, Pietro Parolin, exhortó al líder estudiantil Vilca Fernández a suspender la huelga de hambre que mantenía en la sede diplomática a propósito del conflicto entre las universidades y el Gobierno. Era, dijo el representante del papa Francisco en el país, un lugar impropio para esas manifestaciones. “Aunque estamos preocupados por el conflicto, la Nunciatura no está involucrada directamente en él”, aclaró.

    Quizá el conflicto que mantiene cerradas las principales universidades públicas de Venezuela sea el mejor rasero para medir cómo se ha enfriado la protesta opositora. Los reclamos de la educación superior –un presupuesto justo, el respeto a la autonomía y un aumento sustancial de los magros salarios de los docentes, demandas parcialmente complacidas por el Gobierno- no han movilizado a su electorado en la misma proporción que hace tres meses. Tal vez en esa actitud tenga que ver la tibieza de Capriles frente a la aventura de la huelga. Primero recomendó a los profesores no suspender las clases. Cuando arreció el conflicto sí decidió solidarizarse con su estrategia. “El Gobierno tiene la posibilidad de resolver el conflicto universitario. Ellos regalan 4 mil millones de dólares al año al gobierno cubano”, escribió en su cuenta de Twitter el 18 de junio.

    Todas esas contradicciones han sido aprovechadas por el Gobierno, que sí tiene conciencia de su debilidad si asoma alguna fisura. Por ello se han mostrado como un bloque alrededor de Maduro. Bien lo dice Masó: “Diosdado Cabello [presidente de la Asamblea Nacional de Venezuela y número dos del chavismo] no conspira para sacar a Maduro de Miraflores. Los dos están hermanados porque la salida de uno, o del otro, significaría el fin de ambos”.

    La oposición de Capriles se desinfla en Venezuela | Internacional | EL PAÍS

    09/07/2013

    William Waack sai do armário

    Filed under: William Waak — Gilmar Crestani @ 8:31 am
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    JANIO DE FREITAS

    Espiados e indignados

    Cumpramos o ritual de fingir-nos surpresos e indignados com a espio-nagem agora revelada

    Vamos fingir que nos sentimos surpresos e indignados. Vamos à ONU com um protesto contra a espionagem com que o governo dos Estados Unidos invadiu mensagens eletrônicas no Brasil. Vamos cobrar do governo americano explicações sobre a central de espionagem instalada em Brasília pelo combinado CIA-NSA.

    Faz parte da boa educação cívica mostrar-se surpreso e indignado. Tal como os franceses do presidente François Hollande, pouco antes de ele se sujeitar aos EUA e proibir o sobrevoo da França pelo avião em que supunham estar Edward Snowden, o revelador das espionagens americanas naquele, no nosso e em numerosos outros países.

    Cumprido o ritual da surpresa e da indignação, podemos reconhecer que estamos entre os países de maior hospitalidade, senão a maior de todas, a agentes de informação, de subversão antidemocrática e de espionagem dos EUA. Qualidade nacional de que há provas sem conta. Mas, para ficar só em exemplos poucos e notórios, lembremos que o golpe de 1964 foi articulado em três frentes –a militar, a empresarial e a política.

    A primeira foi montada pelo adido militar da embaixada dos EUA, general Vernon Walters, especialista em golpes mandado ao Brasil para mais um.

    A segunda foi executada pelo próprio embaixador Lincoln Gordon, junto ao grande empresariado e a meios de comunicação. E a terceira ficou a cargo de uma entidade da CIA chamada Ibad, montada e dirigida por um tal Ivan Hasslocher, deslocado para a Suíça logo depois do golpe.

    Antes disso, outro embaixador americano, Adolf Berle Jr., orientou, com sua equipe, uma conspiração militar para derrubada de Getúlio.

    Repórteres americanos como John Gerassi e ex-agentes da CIA como Phillip Agee, entre muitos outros, publicaram artigos, reportagens e livros sobre a atividade de agentes na América Latina e, em particular, no Brasil. Foram muito pouco publicados aqui.

    Não se esperariam atitudes, contra essa liberdade de invasão da CIA, por parte dos seus aliados-beneficiários brasileiros, fossem ainda conspiradores ou já governo. Mesmo os alvos da ação, porém, jamais usaram dos seus poderes legais para contê-la. Todo o governo Jango sabia das atividades de Gordon e de Walters. Em Pernambuco e em Goiás foram identificados agentes insuflando lavradores. O governo nada fez. Desde sempre consta da legislação brasileira que os militares são responsáveis pela soberania nacional. Nenhum dos seus chefes se moveu contra as violações praticadas pelos americanos.

    Mais recentemente, a criação do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia) foi entregue à Raytheon, empresa que presta serviços ao Departamento de Defesa (nome do departamento que superintende o planejamento e a execução dos ataques militares e invasões de países pelos EUA). A concorrência foi tão limpa, que a precedeu até a invasão dos escritórios da então Thomson no Rio, multinacional francesa que era a mais provável vencedora e teve todos os seus estudos e projetos roubados.

    Declarada "vencedora" a Raytheon, Fernando Henrique telefonou ao presidente Bill Clinton para informá-lo a respeito. Depois explicaria o resultado e o telefonema: "O Clinton pediu pela Raytheon…".

    Desde então, todos os dados sobre espaço aéreo, solo e subsolo da Amazônia são transmitidos, em rede e equipamentos criados pela Raytheon, para a central do Sivam. Se você quiser, pode acreditar que a transmissão termina aí.

    Os espiões e agentes de americanos são íntimos nossos. Mas cumpramos o ritual de fingir-nos surpresos e indignados com a espionagem agora revelada.

    Liberdade made in USA

    Filed under: Golpismo,Liberdade made in USA!,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 8:17 am
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    O problema não são os EUA e sua mentalidade colonialista. Qualquer menino do quinto ano sabe que os EUA são a verdadeira fábrica de terroristas de estado. Não há guerra que não tenha o dedo, as armas e o desejo dos EUA de dominar o mundo. Tudo isso é sabido e dado como fato até pelos EUA. O problema são nossos ventríloquos, nossos vira-bostas e vira-latas que passam os dias servindo de capachos na defesa dos EUA. Como se precisassem disso. As massas ignaras que saem às ruas contra “isso TUDO” foram muito bem conduzidas por serviço competente orientado a partir da CIA, que todos sabemos tem acesso ao Facebook e Microsoft. Como toda massa de manobra que pensa a partir da Rede Globo e suas filiais pelos Estados, não passam de inúteis, mas informados e mal intencionados.

    CARLOS HEITOR CONY

    Espiões que saíram do frio

    RIO DE JANEIRO – Os jornais de ontem trouxeram em manchete a revelação de que os Estados Uni- dos mantinham bases de investigação, via satélite, em vários países, inclusive no Brasil, cujo governo, na época exercido por militares, dera licença para que tais bases fossem instaladas.

    Notícia velha, por sinal. Antes do advento da internet, os órgãos secretos da CIA já conseguiam gravar conversas no próprio Salão Oval da Casa Branca, cuja consequência final foi a renúncia do presidente Richard Nixon.

    E tem mais: no dia 29 de março de 1964, quase véspera do golpe militar que derrubou o presidente João Goulart e deu início à ditadura, o serviço secreto norte-americano conseguiu gravar e mandar para Washington as conversas mantidas por JK e o general Jair Dantas Ribeiro, ministro da Guerra de Jango, que se internara numa suíte do HSE (Hospital dos Servidores do Estado, no Rio), com uma crise renal que o afastara de Brasília.

    JK estava preocupado com as notícias recebidas, de que tropas federais de Minas atacariam a Guanabara para prender o presidente e instaurar a ditadura. Alegando uma visita de cortesia, foi recebido pelo general, que continuava despachando com sua equipe numa suíte ao lado. Na época, JK era apenas o candidato do PSD para a sucessão de 1965, não tinha qualquer poder, mas era rastreado dia e noite pelos serviços secretos norte-americanos.

    Há, na Biblioteca do Congresso (em Washington), o original da mensagem resumindo a conversa entre os dois, que estavam sozinhos na suíte do hospital. Uma simples visita de cortesia entre dois personagens à margem dos acontecimentos daquele ano foi gravada pela CIA.

    Publiquei, no livro "Memorial do Exílio" (Edições Bloch, 1983), a cópia da mensagem em papel timbrado e assinado por agentes do governo dos Estados Unidos.

    13/05/2011

    Putaria Gaudéria

    Filed under: Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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    Ricardo LiedEstão faltando os jornalistas da RB$ que receberam senha para acessar o sistema Guardião. Os paladinos da moralidade devem prestar contas da participação na espionagem política perpetrada neste Estado durante o desgoverno da ex-funcionária da RBS, Yeda Crusius.

    Justiça aceita denúncia de espionagem dentro do governo do RS

    Lucas Azevedo12 de maio de 2011 às 23:27h

    A Justiça do Rio Grande do Sul recebeu, na tarde de quinta-feira 12, denúncia contra três investigados pelo Ministério Público Estadual acusados de terem acessado ilegalmente o Sistema de Consultas Integradas da Secretaria de Segurança Pública gaúcha.

    O sargento da Brigada Militar (BM) César Rodrigues de Carvalho, 39 anos, o tenente-coronel da reserva da BM e ex-assessor de gabinete da ex-governadora Yeda Crusius, Frederico Bretschneider Filho, 48 anos, e o ex-chefe de gabinete de Yeda, Ricardo Luís Lied, 36 anos, viraram réus e deverão apresentar defesa à Justiça.

    Em janeiro, o MP havia denunciado os três afirmando que o sargento consultava o cadastro geral de identificação de pessoas físicas a mando do ex-chefe de gabinete e do militar da reserva. Na ocasião, o juiz pediu novos esclarecimentos, que foram apresentados no dia 13 de abril.

    Em setembro do ano passado, o promotor Amilcar Macedo divulgou que descobriu o esquema durante uma investigação que apurava o envolvimento de Rodrigues com empresários exploradores de máquinas caça-níqueis, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

    Através de escutas telefônicas, emails e seguindo os rastros deixados pelo sargento no Consultas Integradas, apurou-se um esquema de espionagem que envolvia servidores de dentro do gabinete da governadora. Dados sigilosos de políticos, advogados, delegados de Polícia, oficiais da Brigada Militar e de jornalistas foram acessados sem autorização e para fins políticos e particulares.

    Para o MP, Rodrigues trabalhava a mando do ex-chefe de gabinete, Ricardo Lied, e do tenente-coronel Bretschneider Filho. A mando dos superiores o sargento fez cerca de 96 mil consultas; 1,2 mil em uma semana. Entre os bisbilhotados, está o filho de 8 anos da ex-deputada estadual petista e agora secretária do governo de Tarso Genro, Stela Farias.

    Rodrigues foi denunciado pelo crime de concussão (exigir vantagem indevida), ao cobrar propina de um contraventor, e Lied e Bretschneider por violação de sigilo funcional (revelar fato de que tem ciência em razão do cargo).

    Matérias relacionadas:

    http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/arapongagem-no-piratini

    http://www.cartacapital.com.br/destaques_carta_capital/sargento-investigado-no-rs-passava-informacoes-a-rbs

    http://www.cartacapital.com.br/politica/chefes-de-poder-foram-bisbilhotados-por-sargento-da-casa-militar-do-rs

    http://www.cartacapital.com.br/politica/emails-comprovam-que-ex-chefe-de-gabinete-de-yeda-solicitou-espionagem

    Justiça aceita denúncia de espionagem dentro do governo do RS « CartaCapital

    15/03/2011

    Isto é PSDB

    Filed under: Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 9:41 am
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    O exemplo vem de cima. José Serra usou e abusou do método. É o idealizador da espionagem partidária como método político. Foi denunciado, mas a mídia, a velha, acobertou. É método manjado desde o caso Lunus. Montou no caso dos “aloprados”. O staff de Dilma quase caiu de novo na emboscada.

    Se fazem isso com correligionários, o que não fazem com adversário políticos? Pois é, nós sabemos. A história, recente, está aí para não nos deixar mentir.

    O PSDB precisa urgente se adaptar a convivência democrática. Sair do submundo da espionagem e da perseguição pelo aparelhamento do Estado e deixar de usar o Estado como forma de coação. E a mídia, a velha, que passe a exercer o papel que Constituição garante: informar com isenção. Chega de compadrio para proteger corruptos e bandidos.

    Espionagem de secretário derruba diretor da polícia

    Um dos mais importantes delegados da cúpula da Segurança de SP, Desgualdo pediu imagens de encontro ao Shopping Higienópolis

    15 de março de 2011 | 0h 00

    Marcelo Godoy – O Estado de S.Paulo

    O escândalo de espionagem contra o secretário da Segurança Pública, Antônio Ferreira Pinto, derrubou ontem um dos mais importantes delegados da cúpula da Polícia Civil: Marco Antônio Desgualdo. Ex-delegado-geral, ele dirigia desde 2009 o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. E foi flagrado entre os homens que foram ao Shopping Pátio Higienópolis obter, por meio de suposta fraude, a fita de um encontro que Ferreira Pinto teve com um jornalista.

    O Estado procurou Desgualdo, mas não conseguiu localizá-lo. Foi o centro de compras que revelou a existência do esquema de espionagem contra o secretário. Depois que o vídeo foi divulgado na internet, o shopping informou que havia entregue as imagens a policiais civis que diziam estar investigando "uma ocorrência de outra natureza". Não havia nada, entretanto, a ser investigado, a não ser o próprio chefe da Segurança do Estado.

    Em um desses sites, ligado a um delegado de polícia, o ex-delegado Paulo Sérgio Oppido Fleury – demitido por Ferreira Pinto em 2010 sob a acusação de desviar mercadorias – ameaçava divulgar o vídeo antes de ele se tornar público. O objetivo da espionagem era jogar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) contra o secretário, acusando Ferreira Pinto de ser o responsável pela divulgação de informações contra o sociólogo Túlio Kahn, ex-coordenador de estatísticas da Secretaria da Segurança. Sites ligados a policiais civis afirmavam que Ferreira queria atingir seu colega de secretariado Saulo de Castro Abreu Filho, titular de Logística e Transportes, a quem Kahn seria ligado.

    Responsável por afastar 200 policiais do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) e pela investigação sobre fraudes no Departamento Estadual de Trânsito (Detran) que envolveram 162 delegados, Ferreira Pinto não nega que tenha se encontrado no shopping com o jornalista da Folha de S. Paulo. Mas disse ao Estado que o objeto da conversa foi o caso de uma escrivã despida em uma revista por corregedores – o abuso provocou a queda da cúpula da Corregedoria da Polícia Civil.

    Além de Desgualdo, outros dois delegados de classe especial são suspeitos no episódio do shopping: o ex-diretor do Detran Ivaney Cayres de Souza e o ex-diretor do Denarc Everardo Tanganelli. Fleury e um investigador conhecido como Cardenutto também são investigados. Outros dois diretores da Polícia Civil ainda podem cair.

    QUEM É QUEM NA CRISE?

    Antônio Ferreira Pinto

    Assumiu a Secretaria da Segurança Pública em 2009, depois de passar pela Administração Penitenciária – para onde foi em 2006, pouco depois das rebeliões nos presídios. Uns o consideram próximo demais da PM. Outros dizem que ele não gosta da Polícia Civil.

    Saulo de Castro Abreu Filho

    Atual secretário de Logística e de Transportes, foi titular da Segurança entre 2002 e 2006. Em sua gestão, três dos suspeitos de envolvimento na espionagem faziam parte da cúpula da Polícia Civil. Seria desafeto de Ferreira Pinto.

    Os suspeitos de "vigiar" o secretário

    Marco Antônio Desgualdo

    O diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa é próximo ao ex-secretário Saulo. Conhecido por investigar homicídios misteriosos, foi delegado-geral por oito anos.

    Everardo Tanganelli

    É investigado sob suspeita de fraude na reforma do prédio do Denarc, setor que dirigiu até 2009. Na gestão, policiais foram acusados de achacar traficantes colombianos.

    Ivaney Cayres de Souza

    Ex-diretor do Detran e do Denarc. É investigado por suspeita de participar de fraude de R$ 40 milhões no sistema de emplacamentos do Detran e por lavagem de dinheiro.

    Paulo Sérgio Oppido Fleury

    Ex-delegado, foi demitido sob a suspeita de desvio de mercadorias. É filho do delegado Sérgio Paranhos Fleury, símbolo da repressão na ditadura.

    Espionagem de secretário derruba diretor da polícia – saopaulo – Estadao.com.br

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