Ficha Corrida

10/12/2014

O que Andrea Neves não aprendeu com Fidel?

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Andrea Neves,Comunismo,Comunista,Cuba,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 9:28 am
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Aécio em Cuba, comendo na mão de Fidel Castro.

Aecio ComunistaHá mais liberdade em Cuba do que na Minas Gerais dos irmãos Aécio e Andrea Neves. A simples existência da festejada blogueira Yoani Sánchez, que circula pelo mundo pelas mãos dos grupos mafiomidiáticos traduz isso muito bem. O atrelamento da velha mídia brasileira, graças à mão de ferro da distribuidora das verbas do então governador Aécio Neves, ao donatário das alterosas explicam a diferença entre Cuba e Minas Gerais. A listas das vítimas processadas por Aécio Neves não para de crescer. Mantém uma banca de advogados especializados em processar quem ousa discordar ele: A lista dos twitteiros processados por Aécio Neves. O poder da irmã Andrea Neves sobre a velha mídia mineira é tão grande que quando Mauro Chaves publicou o clássico “Pó pará, governador”, o Jornal de Minas fez  a defesa do Aécio Neves: “Minas a reboque, não”. 

O azar dos ditadores atuais, como a famiglia Neves, é que a internet é o melhor detetive para encontrar as pernas curtas da mentira. Os xingamentos da direita raivosa encabeçada por Aécio Neves espalharam um monte de bobagens a respeito do  tal de bolivarianismo  e o tal de “Vai pra Cuba”, das manifestações pós eleições, patrocinadas por Aécio Neves e seus estafetas Lobão e Jair Bolsonaro.

Eles, Andrea e Aécio, estão brincando, mas sua manada levam a sério. São tantas as bobagens que não admira que o playboy mimado esteja em forte crise de abstinência. Não fosse a camisa de força que eles puseram em seus amigos nos grupos mafiomidiáticos e eles sequer poderiam sair à rua impunemente. Acontece que no Brasil do Instituto Millenium há Aécios, Serras, FHCs Alkmin, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa que tudo podem. Como nos filmes do velho oeste, têm licença para assassinarem, impunemente, reputações. Andrea e Aécio Neves aprenderam com Fidel que a condução da mídia com mão-de-ferro, mas não aprenderam a investiram no povo, em quem mais precisa. Ao contrário de Fidel, em Minas Aécio Neves investe em aeroportos em terras da família. A Minas de Aécio e Andrea jamais exportará mais médicos. Em compensação, transformaram Minas no principal ponto de distribuição de drogas pro Nordeste.

 

Os aloprados que gritam “Vai pra Cuba” podem pedir dicas para a poderosa irmã de Aécio — que foi e curtiu

Postado em 08 dez 2014 – por : Kiko Nogueira

Andrea e Lobão

Andrea e Lobão

A multidinha que invadiu as galerias do Congresso para gritar o clássico “Vai pra Cuba” do fundo de seus pulmões pode pedir à irmã de Aécio Neves informações sobre a ilha.

Andrea, a poderosa irmã do senador, seu braço direito, conselheira, confidente e coordenadora de campanha, esteve no país em 2013, como relata em seu blog. Portanto, em pleno auge do regime bolivariano brasileiro, pouco antes de Aécio se candidatar. Pouco depois ele perderia e viraria uma espécie de heroi macunaímico dos aloprados que têm certeza absoluta de que vivemos uma ditadura comunista.

O que pensariam os fascistas das visitas de Andrea? Seriam capazes de perdoá-la? Ou ela seria considerada uma traidora? E ao senador? Seria ele culpado por tabela? Deveria ter proibido a mana de embarcar naquele avião maldito rumo ao reduto vermelho maldito?

Aquela não foi a primeira vez. Num post sobre Havana, uma Andrea emotiva escreveu o seguinte: “Voltei a Cuba. Entre a primeira e a segunda viagem, quase 30 anos… Mudou Havana, mudei eu ou mudamos nós duas?”

Enigmático. Mas seu ânimo não era denuncista, como se depreende das fotos. Junto a cartões postais como o parlamento e uma rua com aqueles edifícios restaurados, há uma foto sua com um velhote, ambos sorridentes.

Em 2012, ela se indignara contra a morte do prisioneiro político Wilmar Mendoza após uma greve de fome, aos 31 anos. “Para a minha geração, durante muitos anos, a revolução cubana foi o símbolo do idealismo e a prova de que era possível construir uma sociedade mais justa”, escreve.

“Não sei em que exato momento muitos de nós começaram a perceber que, infelizmente, o processo não era tão linear, nem os princípios tão absolutos quanto imaginávamos. Em que momento tivemos que acrescentar ao nosso sonho de revolução as imagens da censura, dos prisioneiros políticos, da corrupção?”

(Ela reclamar de censura é lindo, mas sigamos adiante).

E então ela se lembra de que esteve lá em 1985, participando de um certo Diálogo Juvenil e Estudantil da América Latina e do Caribe sobre a Dívida Externa. Foi ali que teve sua estreia como oradora. “Para quem até hoje não se sente à vontade com os microfones, estrear sendo ouvida pelo próprio Fidel, num auditório lotado, não foi fácil”, diz.

Quando voltou, publicou um artigo no JB chamado “Mamãe, Eu Fui a Cuba”, devidamente replicado no blog.

O que você achou de Cuba? Perguntaram-me as pessoas. Uma sociedade surpreendente, ouso dizer, tendo plena consciência do quão provocativa a expressão pode soar. É claro que o país enfrenta uma série de dificuldades. Uma economia frágil, uma política de habitação que ainda não foi capaz de suprir as necessidades da área, são as mais evidentes. Mais algum tempo lá e, certamente, outras questões viriam à tona. Mas há outra realidade que salta aos olhos e que, juro, me encheu de orgulho.

Uma sociedade em que um especializado e eficaz serviço de educação e saúde é gratuitamente oferecido à população. Um país de nove milhões de habitantes em que a alimentação básica é subsidiada pelo Governo e onde se imprimem 2,5 milhões de livro a cada três meses. E isso sem falar na alegria das crianças, nas minissaias das moças e no olhar galante dos rapazes que se insinuam pelas ruas. Tudo regado a muito calor, a reclamações sobre o ônibus cheio e à irreverência dos soldados que, na hora do almoço tiram a farda para um mergulho no mar.

[…]

Chego em casa, desarrumo as malas e penso em como é grande o cordão da esperança. É isso aí. Mamãe, eu fui à Cuba. E qualquer dia desses eu quero voltar.

“No mais”, bate outra vez, com esperanças o meu coração”.

Andrea Neves não sobreviveria à canalha de extrema direita que seu irmão atiça — eventualmente, direto da praia.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

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19/06/2014

Veja como os EUA tratam a Yoani Sánchez deles

 

Dos años de Assange en 20 m2

Se cumplen 24 meses de la entrada del ‘exhacker’ en la Embajada ecuatoriana en Londres

Patricia Tubella / Soraya Constante Londres / Quito 18 JUN 2014 – 21:40 CET29

Assange, en una comparecencia desde la embajada, en 2012. / LEON NEAL (AFP)

El pulso político y diplomático que encarna el fundador de Wikileaks, Julian Assange, permanece enquistado cuando se cumplen este jueves dos años de su entrada en la Embajada de Ecuador en Londres, donde sigue refugiado bajo riesgo de ser arrestado si pone un pie fuera del recinto. Mientras el Gobierno ecuatoriano sostiene que el exhacker, que la fiscalía sueca quiere interrogar por posibles delitos sexuales, “no es un fugitivo” sino un asilado bajo su amparo, las autoridades británicas persisten en su empeño de detenerlo por haber violado los términos de la libertad condicional aquel 19 de junio de 2012, y mantienen un cerco policial en torno a la legación cuya factura ya roza los seis millones de libras.

En todas las entrevistas hechas a Assange, durante los dos años que lleva en el recinto diplomático, ha habido una pregunta constante. ¿Cómo es vivir en una embajada? Sus respuestas han permitido conocer que pasa los días confinado en una oficina de 20 metros cuadrados convertida en habitación. En ese espacio trabaja (jornadas de 17 horas frente a un ordenador), se ejercita (en una cinta para correr que le regaló el cineasta Ken Loach) y recibe visitas, según los reportes del periódico británico The Daily Mail en 2012. Por declaraciones de uno de sus abogados, Baltasar Garzón, se sabe que su mobiliario incluye una cama, una mesa, una estantería y ahí se acaba su mundo.

El propio australiano comparecerá en una rueda de prensa en conexión internauta este jueves con el ministro de Exteriores ecuatoriano, Ricardo Patiño, según este anunció su cuenta de Twitter sin precisar más detalles.

“Es una lástima” que los contribuyes británicos deban costear la presencia constante de la policía a lo largo de los últimos 24 meses, pero Assange va a ser un invitado de ese territorio diplomático de forma indefinida, a no ser que medie un gesto del Gobierno de David Cameron, advertía el embajador ecuatoriano, Juan Falconi Puig, en una reciente entrevista al diario The Times. Con esas declaraciones, Falconi Puig frustraba las expectativas de que el relevo de su antecesora, Ana Albán, en junio del año pasado, apuntara a una vía de solución del litigio entre Quito y Londres. Los términos que plantea hoy el embajador siguen siendo los mismos en los que incide el presidente de Ecuador, Rafael Correa, desde que concediera asilo político por “razones humanitarias” al pirata informático australiano: que la justicia sueca le interrogue por videoconferencia o bien desplace a sus funcionarios a Londres a tal efecto. La fiscalía sueca considera que, en vista de los delitos por los que fue denunciado por Miss A. y miss W., es necesario que Assange sea interrogado en Suecia.

más información

El Gobierno ecuatoriano apuesta por que sea interrogado en Londres porque “ha aceptado los argumentos de Assange” de que corre el riesgo de ser extraditado a Estados Unidos si aceptar trasladarse a Suecia para responder a las acusaciones –todavía no se han presentado cargos en su contra- de violación y asalto sexual contra dos mujeres.

El hacker que hace cuatro años difundió a través de Wikileaks miles de cables confidenciales del Departamento de Estado de EEUU y sobre las operaciones militares en Irak y Afganistán, es hoy un hombre “que sufre”, en palabras del embajador Falconi, que vive encerrado en una de las doce habitaciones de las que consta la legación ecuatoriana en el barrio de Knightsbridge. La última imagen que ha proyectado al mundo es una fotografía difundida en las redes sociales en vísperas del mundial de fútbol de Brasil y en la que aparece con buen aspecto y ataviado, cómo no, con la camiseta de la selección nacional de Ecuador.

"En el caso de Assange no había garantías del debido proceso"

Rafael Correa, presidente de Ecuador

A pesar de que la sede diplomática ecuatoriana ocupa un lujoso piso de 200 metros, Assange tiene la movilidad restringida, al menos durante el día, cuando la embajada ecuatoriana atiende los requerimientos de sus ciudadanos y otras personas. Por los reportes que ha hecho el diario ecuatoriano El Telégrafo, que lleva el conteo de los días que Assange lleva en la embajada en su sitio web, se conoce que el hacker australiano recibe periódicamente a un entrenador personal, que practica el boxeo y la calistenia, y que tiene una lámpara azul que imita la luz del día.

La falta de la luz del día es justamente es lo que más ha trascendido de los diez minutos de entrevista que mantuvo el periodista Antoine de Caunes del programa Le Grand Journal de Canal Plus con Assange la semana pasada. “Físicamente lo más difícil es la falta de luz del día. La luz solar solo la vi 20 minutos, hace dos años, cuando salí al balcón para hacer una declaración”, relató Assange que vestía pantalones vaqueros, camisa a cuadros y zapatos deportivos y lucía una barba de color platino que le daba un aspecto mayor a sus 42 años.

El pasado 15 de mayo, en una entrevista que Correa concedió a la Televisión Nacional de Chile, salió el tema. “Lo consideramos un ciudadano con derecho a pedir asilo y nosotros un país soberano con derecho a otorgar asilo”, respondía y añadía que la protección otorgada por el Estado ecuatoriano no se debía a su labor informativa: “Cuidado… No hemos justificado lo que hizo Julian Assange, creemos que los Estados deben tener información confidencial por su seguridad nacional, etc., pero en el caso de Assange no había garantías del debido proceso”.

Para el Gobierno de Cameron, enfrascado estos días en la crisis que ha supuesto la ofensiva yihadista en Irak, Assange entraña un problema casi olvidado por el público británico aunque el reciente balance del gasto policial que supone la vigilancia a Assange haya operado de incómodo recordatorio: 5,9 millones de libras hasta finales de marzo, según la Policía Metropolitana. Sobre el edificio que responde al número 3 de la calle Hans Crescent, muy próximo a los almacenes Harrod´s, ya no sobrevuelan los helicópteros cuyo ruido molestaba al vecindario en los primeros meses de la crisis. Pero al menos dos agentes –probablemente alguno más agazapado- siguen apostados día y noche frente a la hoy famosísima embajada de Ecuador en Londres.

Hasta el pasado diciembre, la Agregaduría de Defensa de España en el Reino Unido ocupaba la planta que está justo encima de la legación ecuatoriana, pero esta unidad que oficialmente tiene como función engrasar las relaciones bilaterales con sus homólogos militares británicos se ha desplazado a una nueva sede en Notting Hill “por razones administrativas”. Desde la embajada española en el Reino Unido, responsable de ese departamento encabezado por el capitán de navío Pablo A. Lewicki, se asegura que la presencia del incómodo residente del antiguo inmueble –Assange- no ha tenido nada que ver con el traslado.

"Cuando uno tiene un principio, hay que luchar por ello y simplemente no ceder"

Julian Assange

La agencia local Andes ha difundido un vídeo de cuatro minutos en el que el fundador de Wikileaks agradece a Ecuador por mantener la protección diplomática a su favor. “Han pasado dos largos años desde que entré a este edificio (…) La situación es difícil para mí, personalmente y mucho más para mis hijos, pero tengo ventajas, gracias al apoyo del Gobierno ecuatoriano y su pueblo he podido trabajar en circunstancias difíciles. Sí, con una amplia vigilancia policial alrededor del edificio; sí, incluso con el espionaje de la agencia británica de inteligencia, pero trabajar (…) Esa capacidad de trabajo me ha mantenido en marcha (…) El juego no ha terminado, sabemos en materia de derecho internacional que Reino Unido, los Estados Unidos y Suecia tienen la obligación de respetar los derechos de asilo de todo el mundo”.

Añadió que formalmente no está acusado de crimen alguno y que pese a eso ha estado detenido cuatro años en Londres (dos años en la Embajada de Ecuador). Para terminar recordó su misión para con el mundo. “Cuando uno tiene un principio, hay que luchar por ello y simplemente no ceder. Y en relación a las promesas que he hecho al mundo para presentar la información de Estados Unidos y sus aliados, eso es algo a lo que estoy decidido y no fallaré”.

Pero no todas las declaraciones y apariciones que Assange ha hecho desde la sede diplomática ecuatoriana han sido bien recibidas por el Gobierno ecuatoriano. En junio de 2013 actuó como vocero del extécnico de la CIA, Edward Snowden, e indicó que el salvoconducto que le habría permitido viajar desde Hong Kong hasta Rusia fue concedido en la misión ecuatoriana en Londres. Ese mismo año creó el Partido Wikileaks y se postuló como candidato al Legislativo en Australia, como parte de la campaña grabó un vídeo parodia de sus contrincantes que luego difundió por Internet. Ambos episodios molestaron al presidente Correa, quien en el primer caso emplazó a Assange a no referirse a situaciones internas Ecuador y en el otro a no burlarse de sus adversarios.

Así las cosas, todo apunta a que Julian Assange cumplirá dentro de dos semanas los 43 años encerrado en su bastión numantino del corazón de Londres. Su caso empieza a evocar al del cardenal Jozesf Mindszenty, asilado durante tres lustros en la embajada estadounidense de Budapest, donde se refugió tras el aplastamiento soviético de la revolución húngara de 1956. Se le permitió salir del país y años después murió en el exilio.

Dos años de Assange en 20 m 2 | Internacional | EL PAÍS

02/06/2014

Governo bolivariano nega asilo a perseguido por ditadura sanguinária

Cuba x EUASnowden confirma ter pedido asilo ao Brasil

Delator de espionagem dos EUA diz que ‘adoraria’ morar no país e se surpreende com negativa do governo brasileiro

Ex-funcionário da NSA revela que seu objetivo era fugir para o Equador e diz estar tenso com fim de asilo na Rússia

DE SÃO PAULO

O ex-prestador de serviços da NSA (Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos) Edward Snowden afirmou neste domingo (2) que adoraria morar no Brasil e confirmou que fez um pedido de asilo ao país.

Em entrevista ao programa "Fantástico", da Rede Globo, o delator do esquema de espionagem dos Estados Unidos disse que a solicitação foi feita no período em que ficou retido no aeroporto de Sheremetyevo, em Moscou.

"Eu adoraria morar no Brasil. Se o país oferecesse o asilo, eu aceitaria. De fato, já pedi asilo ao Brasil, quando estava no aeroporto."

Informado de que o país havia negado seu pedido, ele se disse surpreso. "Talvez eu não tenha cumprido algum procedimento a ser seguido."

Questionado, o Ministério das Relações Exteriores disse que não vai comentar sobre a entrevista de Edward Snowden ao "Fantástico".

Em dezembro, o delator fez uma "carta aberta ao povo do Brasil, obtida pela Folha, que foi enviada ao governo brasileiro. Nela, Snowden prometeu colaborar com as investigações sobre a ação da NSA no país em troca do asilo.

Na entrevista, no entanto, ele negou que vá oferecer informações para conseguir o benefício. Snowden ainda elogiou a presidente Dilma Rousseff por ter sido a primeira a fazer um discurso contra a espionagem americana.

Dilma está entre os dirigentes que tiveram e-mails e telefonemas interceptados pela NSA. A Petrobras também foi espionada pela agência.

O jornalista Glenn Greenwald, que denunciou o esquema e estava com Snowden na entrevista ao "Fantástico", afirmou que, nos próximos meses, serão revelados mais detalhes da espionagem realizada pelos EUA e o Reino Unido no Brasil.

EQUADOR

Pela primeira vez, Snowden revelou que seu objetivo durante sua fuga era chegar ao Equador. Ele ficou 39 dias retido na Rússia após seu passaporte ter sido cancelado.

O delator afirma que tem uma vida boa em Moscou e que consegue até sair na rua. "A Rússia não é um país perfeito, espiona a internet e censura a imprensa, mas é muito melhor que a prisão".

Snowden disse ainda que gostaria de ser julgado pelos tribunais dos EUA, mas não espera um processo justo.

"Você não pode ser um traidor, a não ser que sua lealdade seja transferida ao governo. Não queria derrubá-los [com o vazamento], quero que sejam melhores".

14/05/2014

Yoani Sánchez, por seu tradutor italiano

Filed under: CIA,Cuba,Direita,Direita Miami,Mercenários,Veja,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 11:48 pm
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Gordiano Lupi. Yoani Sánchez, il suo periodico e la mia libertà

09 Maggio 2014

Yoani Sánchez ha disdetto il contratto con La Stampa e ha fatto di me un uomo libero, ché fino a ieri non potevo dire quel che pensavo, visto che la traducevo. Adesso che non ho più alcun legame e che gli interessi della blogger più ricca e premiata del mondo vengono gestiti dalla sua agente, Erica Berla, posso togliermi i sassolini dalle scarpe. Mi stavano facendo un male…

Ho avuto il torto di credere nella lotta di Yoani Sánchez ritenendola una lotta di David contro Golia, una lotta che partiva dal basso per colpire il potere, una lotta idealista per la libertà di Cuba. Mi sono dovuto rendere conto – a suon di cocenti delusioni – che l’opposizione di Yoani era lettera morta, per non dire di comodo, come per far credere al mondo che a Cuba esiste libertà di parola. Ho cominciato a dubitare che Yoani fosse non tanto un’agente della Cia – come dicevano i suoi detrattori – quanto della famiglia Castro, stipendiata per gettare fumo negli occhi. Ma anche se non fosse niente di tutto questo, basterebbe il fatto che mi sono reso conto di avere a che fare con una persona che mette al primo posto interessi per niente idealistici. Una blogger che conduce la sua vita tranquilla, che a Cuba nessuno conosce e che nessuno infastidisce, che non viene minacciata, imprigionata, zittita, che non ha problemi a entrare e uscire dal suo paese. Per la sua bella faccia mi sono preso offese e minacce di castristi e comunisti italiani, per aver condiviso una lotta inesistente, un sogno di libertà sperato da molti, ma non certo da lei, che pensava solo al denaro proveniente da premi e contratti. A questo punto non lo so se Yoani Sánchez è un’agente della Cia o della Rivoluzione Cubana. Non lo so e non m’interessa neppure di saperlo. So solo che non è la persona che credevo. Tanto mi basta.

Un episodio su tutti avrebbe dovuto farmi aprire gli occhi sulla realtà, oltre un anno fa, quando mandai mia suocera a casa di Yoani per chiederle chiarimenti sul viaggio italiano. Ebbene, la fecero attendere sulle scale. Non la fecero passare neppure in sala. Un comportamento molto strano per un cubano del popolo. Avrei dovuto credere a mia suocera quando mi diceva: “Quella gente non lotta per la libertà di Cuba. A loro interessa solo riempirsi le tasche”. Non l’ho fatto e ho sbagliato. Ho creduto in una lotta ideale che non esisteva. In realtà lo scopo di Yoani Sánchez è sempre stato quello di diventare ricca e famosa. Adesso l’ha raggiunto. Adesso stia lontano da me, che ho perduto persino il diritto di rientrare a Cuba, mentre la principessa delle blogger entra ed esce come se fosse un moscone che un po’ ronza all’Avana, un po’ a Miami. La parola farfalla non le si addice. Moscone è il termine più confacente. Adesso Yoani Sánchez aprirà un periodico yoani-capa-vejafarlocco, come li chiamiamo qui in Italia, qualcuno dei servizi glielo traduca in cubano, io non lo so fare. Un periodico farlocco come L’Avanti di Lavitola, con tutto il rispetto per Lavitola. Aprirà un giornale, insieme ai suoi amichetti, che a Cuba non leggerà nessuno, perché consultabile on line. Ma a Yoani cosa importa? A lei basta che qualcuno lo finanzi, che si legga a Miami, tanto tanto in Spagna, che la comunità cubana continui a illudersi per una paladina inesistente.

Fin qui abbiamo viaggiato insieme, cara Yoani. Adesso basta. Il mio viaggio prosegue da solo, lontano dalle tue mire. Tocca anche Cuba, certo, che fa parte della mia vita, anche se molti cubani mi hanno deluso. Proverò a non pensarci, per rispetto a mia moglie, che è una cubana del popolo e non ha niente a che vedere con la tua alterigia borghese. E poi, l’ha detto anche Fidel Castro che sarà la storia a decidere. Vediamo chi assolverà.

Gordiano Lupi

TELLUS folio

Tradutor oficial de Yoani Sanchez na Itália lança carta denunciando a blogueira cubana como mercenária

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Quem não se lembra da passagem meteórica pelo Brasil da “blogueira” cubana Yoani Sánchez que foi recebida no Brasil com tapete verde-amarelo pela direita tupiniquim, e em especial por órgãos da mídia corporativa. Agora, eis que o tradutor oficial de Yoani no jornal italiano “La Stampa” nos últimos seis anos, Gordiano Lupi, acaba de lançar uma espécie de carta-testemunho que detona a sua imagem de paladina da democracia em Cuba.

Uma questão interessante nessa carta é a questão levantada por Lupi: a quem serve Yoani, ao castrismo ou aos exilados de direita em Miami?

Abaixo minha tradução do original italiano que pode ser encontrado (Aqui! em italiano) ou (Aqui! em inglês)

Yoani Sánchez , seu jornal é a minha liberdade

Yoani Sanchez e Juliana AssangePor Gordiano Lupi

Yoani Sánchez encerrou o contrato com a La Stampa e fez-me um homem livre, porque até ontem eu não poderia dizer que ele estava pensando, mas apenas fazer a tradução de suas falas. Agora que eu já não tenho qualquer ligação e que os interesses dos mais ricos e blogueira mais premiada do mundo são administrados por seu agente, Erica Beba, eu posso tirar meus sapatos de pedra que me estavam fazendo mal.

Eu cometi o erro de acreditar na luta Yoani Sánchez, acreditar que era uma luta de David e Golias, uma luta que foi a partir de baixo para combater o poder, uma luta idealista pela liberdade de Cuba. Agora eu tenho que explicar – ao som de amargas decepções – que a oposição Yoani era letra morta, para não mencionar confortável, como se para fazer o mundo acreditar que em Cuba não há liberdade de expressão. Comecei a duvidar de que Yoani não era tanto uma agente da CIA- como diziam seus detratores – como a família Castro, mas uma assalariada para jogar areia nos nossos olhos. Mas mesmo se não fosse nada disso, bastaria dizer que eu percebi que você tem que lidar com uma pessoa que dá prioridade aos interesses de todo idealista. Um blogueira que leva a sua vida tranquila em Cuba, que ninguém sabe e ninguém incomoda, e que não é ameaçada, presa, silenciada, que não tem nenhum problema para entrar e sair da sua terra. Por seu belo rosto recebi ofensas e ameaças de seguidores de Fidel Castro e de comunistas italianos, para partilhar de uma luta que não existe, um sonho de liberdade esperado por muitos, mas certamente que não é dela, que só pensava no dinheiro proveniente de doações e contratos. Nesse ponto, eu não sei se Yoani Sánchez é uma agente da CIA ou da Revolução Cubana. Eu não sei e não me importo em saber. Eu só sei que não é a pessoa que eu pensava. E isto é suficiente para mim.

Um episódio que me abriu os olhos à realidade, correu há mais de um ano atrás, quando eu mandei a minha sogra à casa de Yoani para pedir esclarecimentos sobre uma viagem à Itália. Bem, eles a fizeram esperar nas escadas. Nem sequer a deixaram ir para um quarto. Um comportamento muito estranho para o povo cubano. Eu deveria ter acreditado na minha sogra, quando ela me disse: ” Essas pessoas não lutam pela liberdade de Cuba Elas estão interessadas ​​apenas encher os bolsos”. Eu não acreditei na minha sogra e estava errado. Eu acreditava em uma luta ideológica que não existia. Na verdade, o objetivo de Yoani Sánchez foi sempre a de se tornar rica e famosa. Agora, ela conseguiu. Agora poderá ficar longe de mim , pois eu mesmo perdi o direito de voltar a Cuba, enquanto a princesa de blogueiros pode entrar e sair, como se fosse uma mosca que fica  zumbindo em Havana e um pouco em Miami. A palavra borboleta não combina com ela, pois mosca-varejeira é o termo mais apropriado . Agora Yoani Sánchez vai abrir uma falsa revista , como as chamamos aqui na Itália , que poderá ser traduzida por outra pessoa, pois eu não irei. Um falso jornal como a “La Avanti” de Valter Lavitola , com todo o respeito para Lavitola. Yoani vai abrir um jornal , junto com seus amigos, que ninguém em Cuba não vai ler, porque só estará disponível online. Mas o que isso importa? Ela apenas quer alguém para financiá-la, e que será lido em Miami e na Espanha, onde a comunidade cubana continua a se iludir com uma paladina inexistente.

Até agora, viajamos bastante juntos, querida Yoani. Mas suficiente é suficiente. Continuarei minha jornada sozinho, longe de suas ambições. Ele também toca Cuba é claro, que faz parte da minha vida, embora muitos cubanos tenham me decepcionado . Vou tentar não pensar sobre isso, por respeito a minha esposa, que é cubana, e não tem nada a ver com a sua arrogância burguesa. E como Fidel Castro disse que a história vai decidir, vamos ver quem vai ser absolvido.

FONTE: http://www.tellusfolio.it/index.php?prec=%2Findex.php&cmd=v&id=17330

Outra opinião a respeito do tour dela pelo Brasil e as pessoas que dela se aproximaram, aqui: DEIXE YOANI FALAR, MAS OUÇA CUBA TAMBÉM

19/03/2014

Edward Snowden e a liberdade de expressão made in USA

Yoani Sánchez dá voltas ao mundo criticando a falta de liberdade em Cuba mas sempre volta pra casa. Já Edward Snowden

Edward Snowden: “Las revelaciones más grandes están aún por llegar”

El exanalista de la NSA vuelve a dar una charla en Vancouver tras hacerlo en Austin

Toni García Vancouver 18 MAR 2014 – 23:58 CET16

Snowden, en la pantalla de un robot en Vancouver. / GLENN CHAPMAN (AFP)

Cuando Chris Anderson, el mandamás del TED (Technology Education Culture), anunció que el próximo invitado a sus charlas de divulgación iba a ser Edward Snowden, más de uno casi se cae de la silla. Sabido es que Snowden está refugiado en algún lugar de Rusia, después de haber filtrado miles de documentos secretos gracias a su trabajo en la NSA, una de las agencias de espionaje más poderosas del mundo. El estadounidense, obviamente, no estaba allí, al menos no físicamente. Una suerte de plataforma rodante que coronaba un monitor, apareció en el escenario de las charlas el martes en Vancouver, Canadá. La controlaba, de forma remota, el propio Snowden. El hombre más buscado del mundo (o al menos uno de los más perseguidos) apareció sonriente en el monitor, dispuesto a hablar de control gubernamental, espionaje y transparencia: “Nuestros derechos son importantes, porque nunca sabemos cuando los vamos a necesitar” afirmó de entrada, provocando el primero de los muchos aplausos del auditorio, que en su mayoría parecía rendido al espía más famoso de la era moderna, con permiso de Julian Assange.

“Las revelaciones más grandes aún están por llegar” afirmó Snowden, después de que Anderson (que ejercía de maestro de ceremonias) le inquiriera sobre los centenares de miles de archivos clasificados (se calcula que se llevó 1.7 millones) que aún restaban en su poder y que no habían visto la luz del día. “¿Alguien cree que con todo este entramado se ha prevenido o evitado alguna acción terrorista? Yo digo que no. El terrorismo es la excusa, porque esa palabra genera una reacción emocional (…) Lo único que pretendo es que uno pueda viajar en tren, o enviar un mensaje de texto sin preocuparse por como esas acciones van ser juzgadas por el gobierno en el futuro” explicaba el ex analista.

Snowden, que lleva unas semanas de gira (hace unos días apareció –también vía satélite- en el festival SXSW de Austin), dijo a la audiencia que no quiere "herir" al Gobierno de EE UU, "pero el hecho de que alguien sea declarado culpable sin posibilidad juicio es algo a lo que debemos oponernos como sociedad”. Más tarde, cuando Anderson leyó unas declaraciones de un oficial de los servicios de inteligencia de los Estados Unidos en los que éste afirmaba “me encantaría poner una bala en la cabeza de Snowden”, se mostró algo más lacónico: “Creo que hice lo mejor para el pueblo americano pero soy muy consciente de que hay algunos países que preferirían que no estuviera aquí”.

Finalmente, un visiblemente nervioso Tim Berners-Lee (considerado el padre de la World Wide Web) subió al escenario para reflexionar junto a Snowden sobre el papel de los individuos en un mundo que parece vivir bajo la batuta de las grandes corporaciones del espionaje (“la NSA, por error, interceptó las comunicaciones de todos los ciudadanos de Washington por un año” decía Snowden entre las risas de la audiencia) y culminó el acto con una reflexión en voz alta: “Soy la prueba viviente de que un individuo puede enfrentarse, cara a cara, con las agencias de inteligencia más poderosas del mundo… y ganar”.

Edward Snowden: “Las revelaciones más grandes están aún por llegar” | Internacional | EL PAÍS

03/11/2013

É “glande” a liberdade de expressão made in England

Inglaterra dá lição em Cuba de como devem ser tratados os que incitam “causa política”…

Brasileiro foi detido por incitar ‘causa política’

David Miranda, parceiro do jornalista Glenn Greenwald, foi preso por 9 horas em agosto

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Segundo o jornal britânico "Guardian", o motivo pelo qual o brasileiro David Miranda foi detido, em agosto deste ano no aeroporto de Heathrow, em Londres, teria sido o de promover "causas políticas ou ideológicas".

Miranda é namorado do jornalista Glenn Greenwald, responsável pela publicação no jornal britânico "Guardian" das denúncias sobre o programa de espionagem do governo dos EUA.

A agência Reuters, entretanto, cita informações da polícia e de documentos de inteligência que afirmam que o parceiro de Glenn Greenwald estaria envolvido com "terrorismo", tentando transportar documentos do ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden.

Após a sua libertação e retorno ao Rio, Miranda entrou com uma ação judicial contra o governo britânico exigindo a devolução dos materiais apreendidos com ele por autoridades britânicas e uma revisão judicial da legalidade de sua detenção.

Um documento divulgado em uma audiência relacionada à ação de Miranda nesta semana afirma que "a inteligência [britânica] indica que Miranda provavelmente está envolvido em atividades de espionagem, com potencial para agir contra os interesses da segurança nacional do Reino Unido".

Segundo a Reuters, uma nova audiência sobre a ação de Miranda está marcada para a semana que vem.

ACORDO

Também consequência das informações vazadas pelo ex-técnico da NSA, Edward Snowden, o mal estar entre EUA e Alemanha pode ter um fim, de acordo com o jornal alemão "Frankfurter Allgemeine Zeitung".

Segundo a publicação, os países estudam assinar acordo sobre espionagem.

    Yoani e o “Mais Médicos”

    Filed under: Blackwater,Bradley Manning,Edward Snowden,Julian Assange,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 7:17 am
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    Cuba x EUAHá algo de errado em Cuba. Os médicos cubanos saem pelo mundo atendendo as populações carentes e quando voltam usam o dinheiro para comprar sapatos ou arrumar o teto das casas. Esses médicos deveriam ter contato com Yoani Sánchez. Ela poderia lhes ensinar como fazer périplo pelo mundo e voltar para cuba e, ao invés de comprar sapatos e arrumar o teto da casa, funda um jornal em parceria com a SIP. Será que Edward Snowden, Julian Assange ou Bradley Manning poderiam voltar para os EUA para comprar sapatos, arrumar o teto da casa ou mesmo fundar um blog?! Será que sofreriam censura ou iriam direto para Guantánamo? Aliás, o que Yoani Sánchez tem a dizer a respeito dos direitos humanos em Guantánamo? Os Médicos Cubanos ganham mais ou menos que os soldados brasileiros no Haiti? Quanto ganha um mercenário da Blackwater no Afeganistão?

    MÔNICA BERGAMO

    monica.bergamo@grupofolha.com.br

    Yoani: ‘Médicos cubanos são muito talentosos’

    A blogueira cubana diz que fica "triste" porque os profissionais servem "como mão de obra barata", mas afirma que eles vão ajudar a salvar vidas

    Opositora do regime comunista, a blogueira e ativista cubana Yoani Sánchez defende a contratação de profissionais da ilha pelo programa brasileiro Mais Médicos. Mas diz que "há algo de verdade" em chamá-los de "escravos", porque seriam usados "como mão de obra barata".

    "Gostaria que as organizações sindicais brasileiras ajudassem esses médicos", diz.

    Há alguns dias, ela conversou com Joelmir Tavares em Denver, nos EUA, na assembleia da SIP, a Sociedade Interamericana de Imprensa.

    Procurada para comentar as declarações de Yoani à coluna, a Embaixada de Cuba não se pronunciou.

    Já o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que ajudou a receber a blogueira no Brasil em fevereiro, discordou dela.

    "O que eu gostaria de dizer à Yoani, com todo o carinho, é que os médicos cubanos com quem conversei não reclamam da remuneração nem se sentem como escravos."

    Os profissionais de saúde sabem previamente as regras e não são obrigados a aceitar o trabalho, diz o petista.

    "Eles se inscrevem porque querem vir. Sabem que vão receber uma remuneração menor do que os R$ 10 mil pagos pelo governo brasileiro [à Organização Pan-Americana de Saúde, que repassa a verba ao governo cubano]. Não vejo por que criticar Cuba ou o Brasil pelo projeto."

    A seguir, trechos da entrevista com Yoani.

    Folha – O que pensa do programa Mais Médicos?

    Yoani Sánchez – Tenho opiniões desencontradas. Por um lado, nunca estaria contra um projeto médico que vai ajudar a salvar vidas, a proteger pessoas, a atender a população que não tem acesso ou que tem um acesso limitado à saúde pública. Parece-me bom que médicos, sejam cubanos, russos, suecos ou brasileiros, ajudem outros seres humanos.

    E qual é sua segunda opinião?

    Minha crítica a esse projeto e a esse movimento de enviar médicos cubanos ao Brasil é que essas pessoas, nas questões salarial, laboral e sindical, são utilizadas como mão de obra barata. São pessoas que vão a diferentes países, e não só ao Brasil. Há experiências parecidas na Venezuela, Equador, Bolívia, África do Sul. Os governos desses países pagam grandes quantias ao governo cubano e, em troca, os médicos recebem valor quase simbólico [estimado entre 25% e 40% do total].

    Isso me entristece porque em Cuba temos profissionais muito qualificados. Há exceções, como em toda parte. Mas nós temos profissionais talentosos, que estão passando por uma situação econômica e material lamentável. Muitos são grandes especialistas em sua área, mas não têm dinheiro nem para comprar um par de sapatos ou tomar café da manhã.

    Muitas vezes os médicos são mais vítimas do que beneficiários. Portanto, eu gostaria que as organizações sindicais brasileiras, de proteção a médicos, de proteção a profissionais da saúde, ajudassem esses médicos.

    O que eles pensam do Brasil?

    Conheço alguns que foram selecionados para ir para o Brasil. E a primeira reação deles é de alegria, porque terão a oportunidade de ir a um país onde irão ganhar um pouco mais de dinheiro, onde vão poder ter certas liberdades. Pensam que, quando voltarem [a Cuba], poderão comprar um computador, uma lavadora nova, ou vão poder construir o teto da casa. É muito triste que um profissional da saúde tenha que sair do país para conseguir essas realizações. Parece-me muito boa a ajuda humanitária. Mas, por favor, por uma condição salarial, laboral e humana satisfatória.

    E a parceria de Brasil e Cuba?

    Imagino que o governo brasileiro tenha acertado as condições com o governo cubano. Em parte porque precisa de médicos, em parte porque isso se converte em uma questão de geopolítica.

    A maioria dos países para onde Cuba tem enviado médicos são nações que interessam ao governo cubano. É uma maneira também de ter uma presença não militar, que se converte em uma força de pressão diplomática. Lamentavelmente, a presença desses médicos às vezes vira motivo para silenciar críticas ao governo cubano.

    Pode ocorrer com o Brasil?

    Espero que o governo do Brasil possa superar isso e seguir mantendo ênfase nos direitos humanos, sem prejudicar o projeto de levar médicos cubanos a seu território. Vamos ver isso nos próximos meses. Não há comparação, por exemplo, com a proximidade entre os governos de Cuba e Venezuela. Noto mais cautela. Lamentavelmente, muitas vezes os interesses econômicos se sobrepõem aos políticos. No porto de Mariel [em Cuba], o Brasil está ajudando muito, com dinheiro e prestígio. Ultrapassa ligeiramente o tom diplomático.

    O que pensou sobre os protestos, alguns agressivos, contra os médicos cubanos no Brasil?

    Sou uma pacifista. Não gosto da violência, nem por parte dos que pensam como eu nem dos que discordam de mim. Quando se aplica a violência contra uma pessoa, ela sai mais dignificada.

    Alguns cubanos foram chamados até de escravos.

    É triste, é triste. Mas há algo de verdade nisso, no sentido de que essas pessoas, nos direitos laborais e salariais, estão sendo muito sacrificadas.

    Como se sente quando é atendida por médicos cubanos?

    Desde 2009 não vou a nenhum médico em Cuba. Na última vez que fui, por causa de um golpe que havia sofrido em um sequestro da polícia política, os médicos que me atenderam foram entrevistados por autoridades, o que viola o juramento de Hipócrates. Decidi que não voltaria a um médico lá, por causa da falta de privacidade. Resolvi contar com a sorte em relação à minha saúde. Por sorte [beija a mão direita], sou uma pessoa saudável.

    Consegue pensar em alternativas para solucionar a falta de médicos no Brasil?

    O Brasil é um país muito complexo, que não conheço em profundidade. Mas penso que seria preferível o incentivo à formação de médicos locais a trazê-los de fora, porque [os brasileiros] conhecem melhor o idioma, os lugares, se identificam melhor com as pessoas. Mas desejo muita sorte a esse projeto [Mais Médicos].

    Você está fundando um jornal em Havana. Como ele será?

    É um jornal digital. Vamos tratar de tudo: cotidiano, tecnologia, economia. Eu e a equipe queremos lançá-lo até o fim do ano. Vamos ver se os santos da tecnologia e da informação nos permitem.

    Não tem medo de censura?

    Claro. Mas vamos fazer. Não vamos esperar que seja permitido para fazermos.

    03/10/2013

    Como o Tio Sam USAria a lei para cuidar das suas Yoani Sánchez

    Filed under: Panteras Negras,Terrorismo de Estado,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 9:24 am
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    Sócrates, da democracia corintiana, e o gesto de apoio aos Panteras Negras

    É até engraçado a condenação dos Panteras Negras por reagirem de modo violento ao sistema que os trava como escravos. Prender, torturar, matar simplesmente porque eram de cor preta, raça negra, era considerado normal. Aguentar em silêncio é coisa de Martin Luther King. Defender o direito dos seus nos EUA é crime. Com prisão perpétua, em solitária. Imagine se Cuba fizesse isso com Yoani Sánchez…

    Se os brasileiros quiserem entender um pouco do que foi os Panteras Negras não é difícil. A internet está cheia de informações.

    Na Olimpíada da Cidade do México, Tommie Smith e John Carlos, dois atletas medalhistas dos EUA, fizeram a saudação "black power", braço estendido com o punho enluvado e fechado, durante a cerimônia de premiação da modalidade. O Comitê Olímpico Internacional (COI) baniu-os dos jogos.

    O punho erguido ("Raised Fist") foi usado como símbolo de propaganda do Black Panther Party.

    Reinaldo, Eusébio e Sócrates (futebolista), todos ex-jogadores de futebol comemoravam seus gols com o braço erguido e punho fechado assim como os Panteras.

    USA, scarcerato Black Panther da 40 anni in cella d’isolamento

    Herman Wallace ha passato gli ultimi 41 dei suoi 71 anni in una cella d’isolamento di 3 metri per 2, ventitré ore al giorno, tutti i giorni. Novecentomila ore di solitudine senza poter leggere, studiare o lavorare.

    Nel 1971 Herman Wallace, Albert Woodfox e Robert Hillary King (conosciuti come gli Angola 3, dal nome della prigione dove sono detenuti) erano tre giovani membri delle Black Panthers, l’organizzazione rivoluzionaria che lottava per i diritti dei neri americani. Vennero condannati per rapina a mano armata e spediti al Penitenziario di Stato della Louisiana, anche detto "Angola prison".

    Le Pantere Nere continuarono l’attività politica da dietro le sbarre, studiando, fornendo supporto legale (Wallace e Woodfox divennero "jailhouse lawyers", esperti di questioni giudiziarie per i loro compagni di cella), organizzando scioperi e assemblee carcerarie. Nel 1972, durante una rivolta, la guardia carceraria Brent Miller venne pugnalata a morte. Le accuse ricaddero sui tre, che vennero giudicati colpevoli e condannati ad una vita d’isolamento.

    Herman Wallace sta morendo. Ha quasi 72 anni, un tumore al fegato allo stadio terminale e gli restano poche settimane di vita, forse appena qualche giorno. Il giudice Brian Jackson ne ha ordinato la scarcerazione immediata, non per motivi di salute (che pure sarebbero stati sufficienti al rilascio), ma perché ha stabilito che la sentenza di condanna emessa 40 anni fa è incostituzionale: viola il XIV emendamento della Costituzione americana, quello che tutela l’eguale protezione di ogni cittadino americano. Il nostro "giusto processo", che a Wallace è sempre stato negato.

    Andrew Cohen, giornalista del The Atlantic, ha studiato a fondo il caso Wallace ed è arrivato alla conclusione che non esiste neppure una prova che dimostri la sua colpevolezza nell’omicidio di Miller. Cohen racconta come l’indagine condotta sia stata del tutto "inadeguata" e perlopiù viziata da pregiudizi razziali. Ma il giornalista soprattutto denuncia l’enormità della pena inflitta: un unicum nel sistema giudiziario americano che il reporter, cronista di giudiziaria e attivitista contro la pena di morte, giudica "crudele quanto inusuale".

    Amnesty International, che si occupa del caso degli Angola 3 da diversi anni, ha rilasciato un comunicato che giunge alle stesse conclusioni: "Non esiste nessuna prova che leghi i due al delitto; le tracce di DNA che avrebbero potuto scagionare Woodfox e Wallace sono andate perdute e le deposizioni dei testimoni oculari screditate".

    L’ultimo appello con il quale si chiedeva la scarcerazione di Wallace risale a luglio scorso. Ora, finalmente, un giudice ha deciso di fare quello che è giusto, anche se con 40 anni di ritardo. Herman Wallace è libero, anche se la sua libertà equivale a morire fuori dalla cella nella quale ha passato tutta la sua vita. Non è molto. Non è molto per la "patria dei diritti civili", non è molto per la giustizia, non è molto per chi si è battuto per anni contro questa condanna assurda. Ma siamo sicuri significhi molto per Herman Wallace e la sua famiglia.

    USA, scarcerato Black Panther da 40 anni in cella d’isolamento – AgoraVox Italia

    30/09/2013

    Cláudia Trevisan e Yoani Sánchez e a liberdade de expre$$ão made in U$A

    A possível explicação para a prisão da jornalista brasileira

    seg, 30/09/2013 – 08:27

    Michel

    A nota de Joaquim Barbosa lamentando a abusiva prisão da jornalista Cláudia Trevisan na Yale University, nos EUA, é um alento nesse episódio repugnante. Alguns especulam que o próprio Barbosa poderia ter solicitado a prisão da repórter do Estadão, pois o presidente do STF já tivera grave rusga com Felipe Recondo, outro profissional do jornal, que noticiou uma reforma no banheiro de Barbosa que teria custado R$ 90 mil. Enfim, a própria Cláudia Trevisan não acredita que Barbosa esteja por trás da sua prisão. Sim, é possível que ela esteja certa. Daí surge uma possível explicação para o episódio: um mal entendido. Muito provavelmente Barbosa, enfaticamente, avisou à segurança da universidade que seria procurado pela jornalista do Estadão (ela avisou a Barbosa que insistiria em procurá-lo) e que não daria entrevistas; e não autorizava a presença de nenhum jornalista brasileiro na universidade.

    Mas por que Joaquim Barbosa foi tão enfático em não aceitar a presença da jornalista? Pesquisando sobre o “Global Constitutionalism Seminar” que o presidente do STF foi participar, o que mais chama a atenção são as raras menções ao tal seminário, que acontece anualmente. Fechado à imprensa, no máximo aparecem dados superficiais sobre seminários anteriores. Ironicamente, um deles tratou também de “equality, free expression, dignity, and detention” (igualdade, liberdade de expressão, dignidade e detenção). Ou seja: tudo que não foi observado na detenção de Cláudia Trevisan. Outra paradoxal ironia é esse tom secreto; proibido à imprensa, já que dele participa o presidente do único STF do mundo que transmite ao vivo suas sessões – e só consegue enxergar virtude nisso.

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    Com todo esse caráter hermético que a organização do evento na Universidade Yale faz questão de manter, Joaquim Barbosa, ao alertar aos organizadores que uma jornalista brasileira iria inadvertidamente procurá-lo, estaria se isentando da culpa de “atrair os louvores da imprensa” para um evento fechado. Em outras palavras: Joaquim Barbosa temia que a organização do seminário julgasse que ele, presidente da Corte mais aberta do mundo, tenha sido responsável pela presença da imprensa brasileira no evento. Motivos para tal desconfiança não faltam. Basta lembrar da polêmica viagem de Joaquim Barbosa à Costa Rica num avião da FAB. Entre os convidados do festivo vôo estava uma jornalista da Globo escalada para cobrir o evento, ou, para afagar a vaidade do presidente da mais alta Corte brasileira.

    A segurança da Yale e a polícia talvez não reservariam um tratamento tão estúpido a uma jornalista brasileira se soubessem que a presença dela era simpática a uma das maiores autoridades do país que prestigiava um evento na tradicional universidade. Além da violência, estavam dispostos a processar Cláudia Trevisan por “invasão” de propriedade particular. A desistência em processar a jornalista pode ter sido motivada pela própria reação de Joaquim Barbosa em “lamentar” o episódio. Afinal, era “só” para proibir o trabalho da imprensa – não algemar, prender e processar. Bom, enquanto isto a blogueira cubana Yoani Sánchez, com patrocínio da imprensa ocidental “made in USA”, roda livremente o mundo demonizando a “ditadura de Cuba que cerceia a liberdade de imprensa”.

    08/09/2013

    Snowden, Manning e Assange não podem voltar para casa; Yoani Sánchez, pode!

    Há uma passagem em Heródoto, pai da História, a respeito da espionagem no Império Persa. A mensagem era enviada tatuada na nuca do agente, deixava o cabelo crescer e então era enviado ao destinatário. Com o tempo, começou a faltar agentes, o que levou à surpreendente descoberta. No final da mensagem tatuada, chave do enigma. “Mate-o depois de ler  mensagem”. Ora, todos os impérios praticaram e praticam espionagem. E também em todos os estados vítimas havia internamente os que serviam e eram servidos pelos impérios. No Brasil há os que, na Alemanha de Hitler foram chamados de Os Carrascos Voluntários de Hitler, que cumprem a agenda paga pelo império. Que os EUA tentem nos boicotar e roubar é da lógica, que existam aqui quem se submete aos intere$$es de quem os finanCIA, também é compreensível. O que não é compreensível é que, sabendo de tudo,  aceite com passividade bovina.

    Snowden, Manning e Assange são nossos novos herois

    Diario do Centro do Mundo 5 de setembro de 2013

    Eles revelaram algo que não só os EUA, mas todos os grandes poderes estão fazendo.

    HONG KONG-CHINA-US-SECURITY-INTELLIGENCE

    Publicado originalmente no Common Dreams. O autor, o esloveno Slavoj Zizek, é filósofo e teórico crítico, professor da European Graduate School e de insituições americanas como a Universidade de Columbia, e  Universidade de Michigan.

    POR SLAVOJ ZIZEK

    Todos nos lembramos do rosto sorridente do presidente Obama, cheio de esperança e confiança, em sua primeira campanha: “Yes, we can!” — nós podemos nos livrar do cinismo da era Bush e trazer justiça e bem-estar para o povo americano. Agora que os EUA continuam suas operações secretas e expandem sua rede de inteligência e espionagem até mesmo na direção de seus aliados, podemos imaginar manifestantes gritando para Obama: “Como você pode usar os drones para matar?Como você pode espiar nossos aliados?” Obama murmura com um sorriso zombeteiro: “Yes, we can.”

    Mas a personalização perde o sentido: a ameaça à liberdade revelada pelos whistleblowers tem raízes mais profundas, sistêmicas. Edward Snowden deve ser defendido não só por que seus atos envergonharam os serviços secretos dos EUA; ele revelou algo que não só os EUA, mas também todos os grandes (e não tão grandes) poderes – da China à Rússia, da Alemanha a Israel – estão fazendo (na medida em que são tecnologicamente capazes de fazê-lo) .

    Seus atos forneceram uma base factual para as nossas suspeitas de que estamos sendo monitorados e controlados – a lição é global, muito além do padrão americano. Nós realmente não soubemos nada através de Snowden (ou Manning ) que já não presumíssemos que fosse verdade. Mas uma coisa é suspeitar de maneira geral, outra é obter dados concretos. É um pouco como saber que um parceiro sexual está traindo você – pode-se aceitar o conhecimento abstrato, mas a dor surge com os detalhes picantes, as fotos do que eles estavam fazendo etc.

    Em 1843, o jovem Karl Marx afirmou que o ancien régime da Alemanha “apenas imagina que acredita em si mesmo e exige que o mundo imagine a mesma coisa”. Em tal situação, colocar a culpa em quem está no poder torna-se uma arma. Ou, como Marx continua: “A pressão deve ser mais premente adicionando-lhe a consciência da pressão, a vergonha deve ser mais vergonhosa ao ser divulgada”.

    Esta, exatamente, é a nossa situação hoje: estamos diante do cinismo descarado dos representantes da ordem global existente, que só imaginam que acreditam em suas idéias de democracia, direitos humanos etc.

    Em seu texto clássico “O que é o Iluminismo”, Kant contrasta o uso “público” e “privado” da razão — “privado” é , para Kant, a ordem institucional em que vivemos (o nosso estado, nossa nação… ), enquanto o “público” é a universalidade transnacional do exercício da razão: “O uso público da razão deve ser sempre livre e só ele pode trazer entendimento entre os homens; o uso privado da razão, por outro lado, pode muitas vezes ser muito limitado, sem particularmente impedir o progresso do entendimento. Por uso público da razão eu me refiro ao que um acadêmico faz perante o público leitor.”

    Segundo Kant, o domínio do Estado é “privado” e contido por interesses particulares, enquanto indivíduos que refletem sobre questões gerais usam a razão de forma “pública”. Esta distinção kantiana é especialmente pertinente com a internet e outras novas mídias. Em nossa era da computação em nuvem, não precisamos mais de grandes computadores individuais: softwares e informações são fornecidos sob demanda e os usuários podem acessar as ferramentas ou aplicativos da web através de browsers.

    Este maravilhoso novo mundo, no entanto, é apenas um lado da história. Usuários estão acessando programas e arquivos de software que são mantidos longe de salas climatizadas com milhares de computadores.

    Para gerenciar uma nuvem é preciso um sistema de monitoramento que controla o seu funcionamento, e este sistema é, por definição, escondido dos usuários. Quanto menor e mais personalizado o item (smartphone) que eu tenho em mãos, e mais fácil de usar, mais sua configuração tem de confiar no trabalho que está sendo feito em outro lugar, num vasto circuito de máquinas que coordena a experiência do usuário. Quanto mais a nossa experiência é espontânea e transparente, mais ela é regulada pela rede invisível controlada por agências estatais e grandes empresas privadas, que seguem suas agendas secretas.

    Uma lei secreta, desconhecida dos indivíduos, legitima o despotismo arbitrário daqueles que a exercem, como indicado no título de um recente relatório sobre a China: “Mesmo o que é segredo é um segredo na China.” Intelectuais incômodos que informam sobre a opressão política, catástrofes ecológicas, a pobreza rural etc ficam anos na prisão por trair um segredo de Estado. Como muitas das leis são confidenciais, torna-se difícil para as pessoas saberem como e quando as estão violando.

    O que torna o controle de nossas vidas tão perigoso não é o fato de que perdemos nossa privacidade e que todos os nossos segredos íntimos são expostos ao Big Brother. Não existe agência estatal capaz de exercer tal controle – não porque eles não saibam o suficiente, mas porque sabem demais. A quantidade de dados é muito grande, e apesar de todos os programas para a detecção de mensagens suspeitas, os computadores são demasiado estúpidos para interpretar e avaliar corretamente, resultando erros ridículos em que pessoas inocentes são listadas como potenciais terroristas — e isso faz com que o controle estatal das comunicações seja mais perigoso. Sem saber por quê, sem fazer nada ilegal, todos nós podemos ser listados como potenciais terroristas.

    Lembre-se da resposta lendária de um editor de um jornal do grupo Hearst à dúvida do dono de por que ele não tirava longas e merecidas férias: “Tenho medo de que se eu sair haverá caos e tudo vai desmoronar – mas eu tenho ainda mais medo de descobrir que, se eu sair, as coisas vão continuar normalmente sem mim, a prova de que eu não sou realmente necessário!” Algo semelhante pode ser dito sobre o controle estatal das nossas comunicações: devemos temer que não temos segredos, que as agências estatais secretas sabem tudo, mas devemos temer ainda mais que elas não consigam se sair bem nessa empreitada.

    É por isso que os whistleblowers têm um papel crucial na manutenção da “razão pública”. Assange, Manning, Snowden são os nossos novos heróis, casos exemplares da nova ética que convém à nossa era de controle digital. Eles não são mais apenas os denunciantes das práticas ilegais de empresas privadas e autoridades públicas; eles denunciam essas próprias autoridades públicas quando elas se engajam no “uso privado da razão”.

    Precisamos de Manning e Snowden na China, na Rússia, em todos os lugares. Há estados muito mais opressivas do que os EUA – apenas imagine o que teria acontecido a alguém como Manning em um tribunal russo ou chinês (provavelmente sem direito a julgamento público). No entanto, não se deve exagerar a suavidade dos EUA: é verdade, os EUA não tratam os prisioneiros com tanta brutalidade como a China ou a Rússia – por causa de sua prioridade tecnológica, os Estados Unidos simplesmente não precisam da abordagem brutal. Nesse sentido, os EUA são ainda mais perigosos do que a China na medida em que suas medidas de controle não são percebidas, enquanto a brutalidade chinesa é exibida abertamente.

    Portanto, não é suficiente jogar um Estado contra o outro (como Snowden, que usou a Rússia contra os EUA): precisamos de uma nova rede internacional para organizar a proteção dos denunciantes e a disseminação de sua mensagem. Denunciantes são nossos heróis porque eles provam que, se quem está no poder faz o que faz, nós também podemos fazer.

    Snowden, Manning e Assange são nossos novos herois | Diário do Centro do Mundo

    23/08/2013

    Vou desenhar!

    Algumas pessoas, por deficiência intelectual, preguiça mental ou por servilismo canhestro, têm dificuldades para separar o interesse ideológico do dado factual. Para a festejada miss Soledade, colunista de Zero Hora, Rosane de Oliveira, investir na saúde pública é “aposta de risco”. A regra é clara, a RBS trata tudo como se fosse um simples jogo. É por isso que seus colunistas transitam livremente do campo esportivo para o político, sem estarem preparados para nenhum dos dois. Mas se desincumbem das tarefas que os chefes mandam com docilidade bovina. Ser subserviente, no caso da RBS, é condição sine qua non. Duvido que Yoani Sánchez seja tão dócil quanto Rosane é com seu patrão. Num país como o nosso, em que a desigualdade social é gigantesca, receber dez mil reais parece troco, uma esmola, quase uma ofensa, tamanha a desconsideração pelo valor. Como já esgotaram a lista de possíveis problemas, agora se apegam  ao valor que ficará no bolso dos médicos cubanos. Esta filigrana se escora no fato de que profissional liberal não paga imposto. Ou alguém nunca ouviu no consultório particular a pergunta: é com nota? Porque com nota é um valor; sem, outro. E não vão ouvir a população que se beneficiará pelo acesso ao serviço médico. A população que, em virtude da luta da RBS, pode ficar sem médico, deveria repensar sua relação com este grupo mafiomidiático e dar aos funcionários da RBS o mesmo tratamento que ela está dando a quem está sem médico.

    Se Cuba não é o paraíso que os simpatizantes apregoam, também não é a falsa democracia que a RBS defende, até porque a RBS simpatizou abertamente com a ditadura brasileira. Por que será que Yoani Sánchez pode circular o mundo falando mal de Cuba e retornar para casa para usufruir das “precariedades” da Ilha? E o que aconteceria se Edward Snowden ou Julian Assange pisassem nos EUA? O mesmo que aconteceu com Bradley Manning… Imagine-se o que diria Rosane de Oliveira, em nome da RBS, se Cuba espionasse o Brasil como fez os EUA…

    Se um médico cubano que fica, digamos, com apenas 50% do salário, pode ser considerado escravo, o que se pode dizer do entregador do jornal Zero Hora, que recebe um salário mínimo mensal? Conheço pessoas altamente qualificadas que recebem da RBS, para desenvolverem atividades administrativas, 50% dos 50% dos cubanos. A RBS os considera seus escravos?! Perguntem quanto ganha um vendedor da Vivo, da OI ou Tim, estas festejadas multinacionais. Seriam todos trabalhadores escravos? Esta semana um trabalhador do Bank of America, em Londres, morreu em virtude da “jornada extenuante” de trabalho. E ele recebia menos que os médicos cubanos… A RBS não tratou como trabalho escravo, e nem cobrou tratamento mais humano. Precisa explicar esta diferença de tratamento para as mesmas questões? Se não entendeu, sinta-se na estrebaria e relinche!

     

    Rosane de Oliveira: "Dilma faz aposta de risco ao trazer cubanos"

    Rosane de Oliveira

    rosane.oliveira@zerohora.com.br

    Se der certo, o programa Mais Médicos estará para a presidente Dilma Rousseff como o Bolsa Família para o ex-presidente Lula. É saúde a demanda número 1 da população em todos os Estados brasileiros. Os prefeitos querem mais médicos e não se importam se são cubanos, espanhóis, portugueses, argentinos ou uruguaios. Diante do desinteresse dos brasileiros em receber uma bolsa de R$ 10 mil para clinicar nas periferias das grandes cidades e nos confins do Brasil, o governo vai importar profissionais de outros países, ignorando as críticas dos sindicatos e dos conselhosregionais de medicina, que exigem a revalidação do diploma.

    Se os estrangeiros conseguirem dar às populações desassistidas a atenção que não têm hoje, Dilma pode se consagrar com esses eleitores, mas enfrentará uma oposição ferrenha dos médicos brasileiros. Os descontentes poderão usar sua capacidade de articulação para desgastar a presidente e, assim, tentar impedir sua reeleição, mas Dilma foi convencida pelos ministros Alexandre Padilha e Aloizio Mercadante de que vale a pena comprar a briga.

    A maior dificuldade de Dilma em relação aos médicos cubanos será convencer a população de que não está trazendo escravos de jaleco, com diploma de curso superior. Porque é inconcebível para a cultura brasileira aceitar que os R$ 10 mil da bolsa oferecida pelo Brasil sejam pagos ao governo cubano e que só uma pequena parcela retorne para o médico.

    Ainda que 20% ou 30% de R$ 10 mil seja uma pequena fortuna para os médicos que trabalham em Cuba, acostumados a receber uma ração básica e salário em torno de US$ 20, no Brasil, o apelo de consumo é diferente. O fato de não poderem dispor do dinheiro, como poderão os médicos de outras nacionalidades, e de estarem impedidos de trazer a família para viver com eles no Brasil coloca os cubanos na condição de escravos em pleno século 21.

    Com a importação de 4 mil médicos cubanos e a remessa do dinheiro para a ilha, o governo brasileiro contribui para a sobrevida do regime comunista cubano. É oxigênio para uma ditadura asfixiada pelo embargo dos Estados Unidos, que ensaia os primeiros passos de uma abertura, mas está longe de ser o paraíso socialista que seus simpatizantes apregoam.

    ZERO HORA

    27/07/2013

    Edward Snowden x Yaoni Sanchez: a diferença entre civilização e barbárie

    Não é mero acaso que as raízes do nazismo esteja nos EUA, nem que a escravidão e o apartheid tenha sobrevivido por lá até bem recentemente e não está de todo solucionado. Quem acredita que os EUA darão tratamento humanitário também acreditou que existia armas de destruição em massa no Iraque ou que os EUA não vivem espionando e se metendo nas políticas internas dos nossos países.

    Estados Unidos no pedirá la pena de muerte para Snowden

    El fiscal general de EE UU confirma que Snowden recibiría todas las garantías judiciales

    Agencias Washington 26 JUL 2013 – 17:47 CET104

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    Eric Holder, Fiscal General estadounidense. / Matt Rourke (AP)

    El ex contratista de la Agencia de Seguridad Nacional (NSA) Edward Snowden, filtrador de los programas masivos de espionaje de EE UU y Reino Unido en Internet, no se enfrentaría a pena de muerte ni sería torturado y recibiría todas las garantías del sistema judicial civil de Estados Unidos si fuera extraditado, según ha indicado el fiscal general, Eric Holder, en una carta remitida a su homólogo ruso.

    En la misiva, fechada el 23 de julio y publicada este viernes, Holder indica que lo que quiere es disipar las dudas respecto a lo que ocurriría a Snowden si Rusia lo entregara para enfrentarse a cargos de revelar ilegalmente secretos gubernamentales sobre los programas de espionaje.

    Snowden se encuentra en el aeropuerto moscovita de Sheremetievo desde el 23 de junio y ha solicitado asilo temporal en Rusia, ante la imposibilidad por ahora de viajar a los países iberoamericanos que le han ofrecido acogerle, entre ellos Venezuela y Bolivia.

    Snowden se encuentra en el aeropuerto moscovita de Sheremetievo desde el 23 de junio y ha solicitado asilo temporal en Rusia

    La noticia de la carta se produce después de que el portavoz del Kremlin, Dimitri Peskov, haya indicado que el presidente ruso, Vladimir Putin, no quiere que el caso de Snowden afecte a las relaciones entre Rusia y Estados Unidos. Según Peskov, los directores de la Agencia Federal de Seguridad rusa (FSB) y la Oficina Federal de Investigación estadounidense (FBI) mantienen actualmente conversaciones sobre el caso.

    "El jefe del Estado ha expresado su firme determinación de no permitir" que el tema afecte a las relaciones bilaterales, ha declarado Peskov ante los periodistas, citado por la agencia estatal de noticias RIA Novosti.

    "No tengo ninguna duda de que va a ser así, al margen de cómo evolucione la situación", ha añadido en referencia al compromiso de Snowden de renunciar a cualquier actividad política sobre Estados Unidos como condición para recibir el asilo político en Rusia.

    El portavoz ha anunciado que los directores de la FSB y del FBI, Alexander Bortnikov y Robert Mueller, mantienen personalmente las conversaciones entre los dos países sobre el futuro de Snowden, acusado de espionaje en Estados Unidos y que ha solicitado asilo político en Rusia.

    Asimismo, el portavoz ha asegurado que el Kremlin no está participando directamente en estas negociaciones. "El presidente no está implicado" en ello, ha añadido. "Por lo que sé, no se ha propuesto que el tema de Snowden figure en la agenda de los jefes de Estado", ha precisado.

    Estados Unidos no pedirá la pena de muerte para Snowden | Internacional | EL PAÍS

    Manning, da cadeia ao julgamento; Yoani Sanchez livre, de volta a Cuba

     

    Manning buscaba denunciar la política belicista de EU: defensa

    Es joven, ingenuo, pero bien intencionado; no pretendía dañar al país, argumentan sus abogados ante la juez

    Los periodistas que cubren el proceso acusan intimidación

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    Bradley Manning a su llegada a la corte en el Fuerte Meade.Foto Ap

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    La camioneta del dibujante Clark Stoeckley, quien fue sacado de la audiencia contra el militar. El hombre suele conducir ese vehículo que lleva mensajes de apoyo a Manning y a la página de Internet WikileaksFoto Reuters

    David Brooks

    Corresponsal

    Periódico La Jornada
    Sábado 27 de julio de 2013, p. 15

    Nueva York, 26 de julio.

    Una juez militar determinará próximamente si el soldado Bradley Manning es un traidor que actuó como espía y buscó asistir al enemigo, como acusa el gobierno de Barack Obama, o alguien que actuó como denunciante que deseaba detonar un debate público sobre las políticas de guerra estadunidenses, como afirmó hoy su abogado defensor, al concluir la etapa final de la corte marcial por cargos relacionados con la mayor filtración de documentos oficiales clasificados en la historia de Estados Unidos.

    Manning es joven, ingenuo, pero bien intencionado. Actuó como denunciante que buscaba no dañar a su país, sino provocar un debate público para reformar la política exterior, expresó hoy el defensor David Coombs en los argumentos finales ante el tribunal militar, en el Fuerte Meade, en la fase final de la corte marcial, ofreciendo así una caracterización contrastante con la presentada por los fiscales, quienes calificaron de traidor, anarquista y egoísta al soldado, de 25 años.

    El defensor insistió en que la evidencia presentada en semanas recientes en el proceso demuestra que la motivación de Manning eran sus creencias humanistas. No es egoísta, insistió, sino alguien preocupado por todos, por salvar vidas, reportaron los pocos periodistas que han tenido acceso al proceso, bajo condiciones criticadas por ellos y otras organizaciones que han denunciado obstáculos a su trabajo, así como la transparencia de la corte marcial.

    Coombs señaló algunas cosas que el mismo Manning escribió en chats sobre sus motivaciones. Sentía que todos estábamos conectados con todos, que teníamos un deber con nuestros hermanos seres humanos. Eso podría ser un poco ingenuo, pero ello no es antipatriótico. No es algo antiestadunidense. De eso verdaderamente se trata Estados Unidos, argumentó el abogado ante la juez, la coronel Denise Lind.

    Durante varias horas Coombs cuestionó varios elementos claves del caso contra su cliente, sobre todo sus intenciones y el uso de Wikileaks, sitio de Internet al que entregó más de 700 mil documentos oficiales militares y diplomáticos que forman parte del argumento para el cargo más serio de los 21 que enfrenta Manning: Asistir el enemigo, el cual implica una condena a cadena perpetua.

    Después de reiterar que no había ninguna intención de dañar a Estados Unidos y menos de asistir a los enemigos, el abogado insistió en que Wikileaks era un medio noticioso legítimo, no algo diferente a los medios tradicionales, como el New York Times o The Guardian, entre otros, que publicaron el material filtrado por Manning. Él se lo dio a una organización periodística, enfatizó. Aseguró que sí seleccionó datos, ya que tenía acceso a millones de documentos clasificados. Seleccionó la información que él creía que el público debería conocer.

    Coombs advirtió que acusar a Manning de ayudar a enemigos de Estados Unidos, como Al Qaeda –algo explícitamente declarado por el gobierno en este caso–, por filtrar información a una empresa que opera como medio de noticias, establecería un precedente peligroso. Dar algo a una organización noticiosa legítima es la manera de hacer que el gobierno rinda cuentas. Dar información al mundo para comunicar al público no es dar inteligencia al enemigo, subrayó.

    La evidencia en este juicio, resumió Coombs, comprueba que él (Manning) tenía buena motivación: detonar reformas, provocar cambio, hacer una diferencia. No tenía una intención general de maldad.

    La juez Lind, con la conclusión de la presentación de evidencia por el gobierno y la defensa, ahora tendrá que decidir entre las caracterizaciones casi opuestas del acusado, que han sido presentadas a lo largo de casi dos meses y resumidas en estos últimos dos días. Los 21 cargos, incluyendo los más graves –asistir al enemigo y violaciones a la Ley de Espionaje–, implican condenas a cadena perpetua más 154 años de prisión. Manning ya había aceptado cargos con una pena máxima de 20 años de cárcel. Se espera una decisión en los próximos días, pero no hay plazo para anunciar el veredicto.

    Ello marcará la primera vez que habrá un fallo judicial en uno de los casos contra denunciantes que han filtrado documentos oficiales al público perseguidos en el gobierno de Obama –duplicando el número total durante todos los presidentes anteriores. También será la primera vez en que se determinará si un oficial o funcionario puede ser condenado como espía –varios de los cargos en éste y los otros seis casos son bajo la Ley de Espionaje– por filtrar información clasificada a los medios, estableciendo potencialmente un precedente legal para el futuro con graves implicaciones para la libertad de prensa en este país.

    Mientras tanto, reporteros en el centro de prensa instalado en las afueras del tribunal, donde tienen que observar el juicio por circuito cerrado, informaron que ayer y hoy hubo presencia intimidatoria y nuevas medidas de seguridad.

    Ayer, varios comunicadores, incluido el reportero del New York Times, relataron que dos guardias militares, armados con pistolas, vigilan a los periodistas pasando por las filas y observando lo que están haciendo en sus computadoras e indicando que no puede tener abiertos otros sitios de Internet mientras avanza el juicio, entre otras cosas, algo que no había sucedido a lo largo de las semanas que ha durado este proceso.

    Hoy, la juez anunció que alguien había sido expulsado –a partir de ayer– por acciones intimidatorias, aunque nunca se detalló más el asunto, y que estaba prohibido su regreso. Al parecer el expulsado era un dibujante acreditado, quien suele conducir una camioneta pintada con mensajes de apoyo a Manning y Wikileaks.

    Los periodistas reportan la ironía de que estando en el Fuerte Meade, sede de la Agencia de Seguridad Nacional, la súper secreta agencia de espionaje de comunicaciones a escala mundial, la red de Internet se cae a cada rato en el centro de prensa.

    Enlaces:

    Los cables sobre México en WikiLeaks

    Sitio especial de La Jornada sobre WikiLeaks

    La Jornada: Manning buscaba denunciar la política belicista de EU: defensa

    15/03/2013

    Yoani Sánchez, enfim, entre os seus

    Filed under: Isto é EUA!,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 9:25 am
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    Yoani Sánchez terá oportunidade de falar ao EUA o que acontece em Cuba, mais precisamente, em Guantánamo. Possivelmente pedirá liberdade de expressão para Bradley Manning e que os EUA deixem de perseguir Assange…

    Yoani Sánchez aterriza en EE UU

    La periodista cubana visita la Universidad de Columbia y recibe la mención de los premios Cabot que le otorgaron hace cuatro años

    Andrea Aguilar Nueva York15 MAR 2013 – 06:28 CET34

    La bloguera cubana Yoani Sanchez Cordero habla con Mirta Ojito / P. FOLEY (EFE)

    En una discreta pizarra blanca se anunciaba el evento, “Yoani Sánchez primeras palabras”, pero el revuelo era patente el jueves por la tarde en el hall de la Escuela de Periodismo de la Universidad de Columbia, donde se pedían tarjetas de identificación y paseaban un par de policías. Se trataba de un encuentro con estudiantes, como el que al otro lado del pasillo de la tercera planta se celebraba con la directora de la edición americana de la revista Glamour, solo que en este caso la protagonista era una de las figuras que más expectación ha despertado en Cuba y fuera de sus fronteras, una voz que a pocos ha dejado indiferente.

    Cinco años y cerca de 20 solicitudes oficiales después –en lo que ella misma describe como una “cruzada personal y profesional”– Sánchez, fundadora del blog Generación Y, ha logrado viajar fuera de la isla. Apenas unas horas después de aterrizar por primera vez en EE UU procedente de México, se subía a un escenario junto a Ted Hanken, profesor de CUNY y su guía en esta visita, que hizo las veces de traductor. Fue saludada por el decano de la escuela Nicholas Lemann y por Joshua Friedman, director de los Premios Maria Moors Cabot, que quiso resaltar la excitación que el evento había provocado y la larga espera de casi cuatro años que había costado. Unas horas después se celebraría la cena de entrega de los premios y Yoani al fin recibiría el que le fue otorgado en 2009.

    La charla con la periodista Mirta Ojito, profesora de la escuela, arrancó con una firme declaración de intenciones por parte de Sánchez que adelantó que a su regreso quiere ayudar a fundar un medio independiente en Cuba. “Las condiciones legales no están ahí, sin embargo creo que ha llegado el momento de pasar de un ejercicio personal e individual como el blog, y de la catarsis en 140 caracteres que es twitter a un medio colectivo”, afirmó. “Sería un medio digital, pero el día después del cambio estaría listo para circular por las manos de los cubanos”.

    Con voz suave y pausada, pero decidida y contundente, Yoani fue desgranando las peculiaridades de la realidad informativa en Cuba. Habló del periodista Calixto Ramón Martínez, que destapó la epidemia de cólera en la isla y lleva en prisión seis meses, pendiente de un juicio; habló de la censura y la prisión en la que todos los profesionales del mundo de la información padecen en Cuba; y también de la particular difusión de noticias por medios tan creativos que permiten a muchos “ser especialistas en Internet sin Internet”. Los USB o lápices de memoria son la manera en que muchos cubanos logran almacenar páginas que luego circulan de mano en mano. “El que te quiere encontrar lo logra”, afirmó antes de reconocer que es imposible cuantificar el número de personas que recurren a estos mecanismos. “El gobierno le tiene pánico a Internet”. Un sistema basado en el control informativo, sostuvo Sánchez, no podría soportar la avalancha de información que contiene la Red, pero han sido las nuevas tecnologías lo que han permitido romper el férreo control.

    Salones particulares ­­–no como el de Columbia donde casi una decena de cámaras grababan este coloquio que retransmitió en directo vía livestream– sirven de platós improvisados donde se filman programas de televisión creados por la sociedad civil cubana que “circulan como una gripe”, aseguró Sánchez. Y entre las telenovelas y otros entretenimientos grabados en discos duros, que pasan de mano en mano, se encuentran algunos inesperados “hits” como los documentales “Corea del Norte, acceso al terror” y “Stalin la amenaza roja” junto a cerca de 20 episodios de una serie sobre la Guerra Fría.

    La reacción del gobierno cubano antes los blogueros, según explicó Yoani, ha pasado por distintas fases: de ignorarlos completamente, a acusarlos de haber sido formados en laboratorios del Pentágono. Una reacción similar a la que el gobierno castrista tuvo con la prensa escrita independiente en los 80, pero Sánchez vislumbra esto un síntoma para la esperanza: este podría ser el primer paso para la aceptación, puesto que no sólo les están leyendo sino que hay huestes de twiteros encargados de contestarla a ella y a otros. La primavera árabe, apuntó, ha sido seguida con extrema atención tanto por el gobierno, como por aquellos que como ella plantan batalla a la censura.

    Sólo los estudiantes estaban autorizados a participar en el turno de preguntas en el que se plantearon cuestiones sobre cómo ayudar desde el exilio, en qué fallan los medios extranjeros a la hora de informar sobre Cuba, o qué problemas y contradicciones ha identificado esta implacable crítica en su visita al exterior. Yoani dijo que la tecnología ­–desde los retweets hasta la entrega de tarjetas para la conexión a Internet­– y las recargas a los móviles de los twiteros cubanos (mandan sus mensajes vía mensaje de texto, cuyo precio asciende a más de un dólar) son dos vías para ayudar; explicó que la libertad de expresión es lo que permitiría la denuncia de otras violaciones de derechos humanos; se mostró crítica con la visión algo folclórica que percibe en determinadas informaciones sobre su país, en las que casi nunca se marca una diferencia en los titulares entre el gobierno cubano y el país; y contó que al llegar en el primer vuelo a Panamá sintió que emprendía un viaje en el tiempo, hacia el futuro que le aguarda a Cuba.

    En el exterior Sánchez ha encontrado un “griterío, un coro plural, a veces afónico”, no del todo perfecto, pero algo que sin duda prefiere al silencio o discurso sincopado oficial en Cuba. En este viaje cuando la han entrevistado ha tratado de plantear preguntas ella también y así conocer los peligros a los que están expuestos los periodistas en el norte México o las profundas diferencias sociales que establecen una acusada brecha en Brasil. En este último país la aguardaba una incómoda sorpresa, ya que un grupo la acosó e insultó, algo que resultó en una contrarreacción a favor de Sánchez y 35.000 nuevos seguidores en Twitter. “No me da miedo que manipules mis palabras, sino mi silencio”, aseguró. Su fuerza, dice que la saca de los amigos, de su esposo y su hijo adolescente y de las pequeñas cosas que un gobierno no puede arrebatarte.

    Al final, ya agotado el turno de preguntas hubo una diatriba por parte de una mujer interceptada por el director de los Premios Cobot, Friedman que le advertía que el encuentro ya había terminado. Leía una serie de 40 preguntas que los opositores a la creadora de Generación Y han difundido ­–“en Brasil eran 50 así que han quitado 10”­, broméo Sánchez–. Los aplausos del público acabaron por silenciar esta última intervención y Yoani salió presurosa escoltada por personal de la escuela y con un ramo de flores entre las manos. En el patio de butacas una espontánea alzó una pancarta que la acusaba de no “ser prensa libre sino barata”. Como dijo la propia Sánchez, no cabe duda de que Cuba despierta pasiones. En los próximos días las conferencias en el New School, New York University y CUNY, entre otros lugares, prometen ser igualmente agitadas.

    Yoani Sánchez aterriza en EE UU | Internacional | EL PAÍS

    01/02/2013

    La noticia de un pasaporte

    Filed under: Cuba,EUA,Yoani Sánchez — Gilmar Crestani @ 8:50 am

    A cubana famosa por ser empregada de El País, não quer sair de Cuba. Mas conta das dificuldade para consegui-lo. Se ela soubesse a peripécia que os brasileiros fazem para conseguir um visto para entrar nos EUA, não diria tanta bobagem. Até bem pouco tempo atrás, quando o Brasil vivia o auge do desmonte sob FHC, quem quisesse ir ao EUA, além de tirar os sapatos, também teria de levar os três últimos contracheques, devidamente assinados, além de uma outra série de documentos, até a embaixada em Brasília. Hoje, com a economia dos EUA em crise, e com o PIBinho estourando o bolso dos brasileiros, os EUA estão abrindo consulados, também conhecidos como caça-níqueis, em qualquer cidade com duas vacas, um cemitério e um casal de velhinhos…

    La noticia de un pasaporte

    El papeleo ante el Departamento de Inmigración y Extranjería depara un sinfín de peripecias

    Yoani Sánchez 31 ENE 2013 – 21:34 CET168

    La bloguera cubana Yoani Sánchez posa con su pasaporte en La Habana. / Alejandro Ernesto (EFE)

    El día no empezó bien. En lugar de eso pareció iniciarse con el pie izquierdo, como dicen los más viejos por estos lares cuando todo sale mal. En la mañana las autoridades le habían comunicado al ex preso político Juan Ángel Moya que no lo dejarían salir del país por cuestiones de “interés público”. Era el primer excluido de una reforma migratoria que se puso en práctica el 14 de enero pasado y que ha despertado tantas esperanzas como recelos. Mi turno era en la tarde. Así que me fui al Departamento de Inmigración y Extranjería para saber si finalmente aquel librito de carátula azulada con el escudo de la república estampado ya estaba listo para mí. La respuesta de la funcionaria me confirmó que la jornada había comenzado torcida desde el principio. “Venga la semana que viene, tenemos retraso”, me aseveró con una sonrisa en los labios.

    Como a cualquier cubano acostumbrado a la poca transparencia de la burocracia, la desconfianza me carcomió aún más. Se habrán arrepentido, fue lo primero que pensé. Después especulé que quizás la promesa de dejarme salir solo había sido una zanahoria para que cerrara el blog, silenciara mi opinión, me quedara tranquila en casa hasta el día de la partida. Recapitulé todo lo que había escrito desde que presenté mi solicitud de pasaporte y un pensamiento sombrío me envolvió. Una denuncia sobre la existencia de droga en Cuba; una furibunda crítica al secretismo en torno al cable de fibra óptica Alba-1 y un texto aclarando que no iba a transformarme en otra persona para poder traspasar las fronteras nacionales. En fin, me había portado mal en el ciberespacio y ya llegaba el castigo, resumí en mis pensamientos durante buena parte de este martes.

    Cuando las oficinas llegaban a su hora de cierre, los custodios atrancaban las verjas de las instituciones y los funcionarios regresaban a sus casas, en la contestadora entró un mensaje. “¡Tome el teléfono, es inmigración!” exclamaba una voz femenina al otro lado de la línea. Lo primero que me pregunté fue cómo sabía ella que yo estaba en casa. Claro, si es el Ministerio del Interior lo saben todo… bromeé antes de regresarle la llamada. Pero entonces aquel día sombrío dio un giro inesperado y la misma oficial me informó de que mi pasaporte estaba listo para ser entregado. En apenas unas horas desde la salida del sol yo había vivido las oscilaciones del optimismo al pesimismo y de vuelta otra vez a la ilusión. Un concentrado de emociones similares a las experimentadas durante cinco años en que recibí hasta veinte negativas de viaje. La suspicacia no se borra tan fácilmente, la duda no es algo que termine con una frase.

    Me dirigí hacia aquel lugar diciéndome que en ningún país del mundo la entrega de un pasaporte debería ser noticia. Tampoco debería levantar ningún revuelo el saber si un ciudadano puede tomar un avión o no. Sin embargo, Cuba tiene la peculiaridad de la anomalía, la regularidad de lo irregular. De manera que nada más comentar en Twitter que ya tenía mi documento de viaje, una avalancha de llamadas, mensajes de aliento y pedidos de entrevistas me cayó encima. La noche terminó con mi hermana casi llorando al otro de la línea, después de un año y medio en que el estrecho de la Florida no nos ha permitido el abrazo.

    Hoy me he levantado con el librito de páginas de filigrana en la cabecera de la cama. Lo he tomado nuevamente entre las manos. El día empieza con buen pie, pensé, mientras lo hojeaba por enésima vez frente a mis ojos.

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