Ficha Corrida

16/11/2016

Por que todo imbecil acredita na ditadura militar?

Filed under: Ditadura,Golpe,Golpe Militar — Gilmar Crestani @ 8:39 am
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intervenção-militarSe as pessoas usassem menos Rede Globo e mais o cérebro para se informar não estaríamos tão mal. O embotamento mental pelo uso do adestramento contínuo das velhas mídias leva algumas pessoas de boa índole, com diploma de curso superior, a ver na ditadura militar a solução para nossos problemas. Eles sequer sabem, ou se sabem não se dão conta, que os militares já tiveram mais de 20 anos comandando o Brasil com mão de ferro. Tiveram oportunidade de terminar com todos os bandidos, mas preferiram “caçar” quem discordava deles. Ter idéias era perigoso. Fizeram tudo tão mal que entregaram o comando da nação de volta não só porque se descobriram incompetentes, mas  porque já não conseguiam esconder a incompetência. O medo da descoberta da incompetência era tão grande que buscaram aprovar uma lei que os perdoava por todos os crimes cometidos. Eles chamaram de anistia. Eu chamo de confissão. Quem se entrega com a condição de que seus crimes sejam perdoados e esquecidos não tem a menor condição moral de conduzir uma nação, muito menos de combater o crime dos outros.

Não imbecilidade maior de pensar, e dizer, que durante a ditadura não havia corrupção. A ditadura é ela mesma a maior corrupção. Não há crime maior que matar a democracia, perseguir, torturar, estuprar, esquartejar e depois ainda esconder o corpo dos que ousam discordar. O Cemitério de Perus, em São Paulo, guarda os restos dos corpos seviciados pelos nossos queridos ditadores…

Além disso, se já não dão segurança, tanto que houve um golpe e eles ou ficaram em silêncio ou se locupletaram. Nossas riquezas, como a Petrobrás, está sendo esquartejada para ser entregue em pedaços à Shell.

Convém lembrar também que a única guerra que nos meteram foi a Guerra do Paraguai, e só venceram o Paraguai com a ajuda da Argentina e da Inglaterra. Assim, até eu derrotaria o Paraguai. E como se tudo isso não bastasse, tem essa de, se nascer mulher, recebe pensão pelo resto da vida. Segundo matéria de O Globo, no ano de 2015, a “União gastará R$ 3,8 bi com pagamento de pensões vitalícias a filhas de militares”. Quem pode duvidar que os filhos homens trocam de sexo só para também receberem pensão?!

Por que não começam os cortes por aí?! Ah, sim, eles estão sempre com uma arma na mão e são treinados para matar.

Militares respondem por quase metade do déficit da Previdência

Embora representem apenas um terço dos servidores, os militares são responsáveis por quase metade do déficit da previdência da União; em 2015, o déficit dos militares era de R$ 32,5 bilhões, ou 44,8% do rombo de R$ 72,5 bilhões da previdência da União, enquanto o déficit dos civis era de R$ 40 bilhões; número de militares — na ativa, na reserva e já reformados —, porém, é de 662 mil ou apenas 30% do total de 1,536 milhão de servidores; pelas projeções, o déficit dos militares aumentará lentamente ao longo das próximas décadas, até 2090

16 de Novembro de 2016 às 07:30 // Receba o 247 no Telegram

247 – Embora representem apenas um terço dos servidores, os militares são responsáveis por quase metade do déficit da previdência da União. em 2015, o déficit dos militares era de R$ 32,5 bilhões, ou 44,8% do rombo de R$ 72,5 bilhões da previdência da União, enquanto o déficit dos civis era de R$ 40 bilhões. Só que o número de militares no país — na ativa, na reserva e já reformados — é de 662 mil ou apenas 30% do total de 1,536 milhão de servidores. Dados são de cálculos feitos pelo ex-secretário da previdência e consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados Leonardo Rolim publicados em O Globo.

"As contas de Rolim consideram como aposentados os militares que estão na reserva e os reformados. Os militares, no entanto, só incluem pensionistas e reformados no cálculo pois argumentam que quem está na reserva pode ser chamado para trabalhar.

Pelas projeções, o déficit dos militares aumentará lentamente ao longo das próximas décadas, até 2090, enquanto o dos civis crescerá fortemente nos próximos anos mas, a partir de 2040, começará a cair. O desempenho é reflexo das mudanças que já foram feitas nas regras de aposentadorias para servidores civis: aqueles que entraram depois de 2003 não se aposentam mais com 100% do salário final — mas com 80% da média dos últimos dez anos — e os servidores também têm idade mínima de aposentadoria, de 55 anos (mulheres) e 60 anos (homens).

— Os militares se aposentam pelo salário final e, em alguns casos, ainda ganham uma patente quando vão para a reserva. Com isso, o inativo militar ganha muito mais do que aquele na ativa. Isso torna a previdência dos militares uma bomba — afirma Leonardo Rolim.

Há várias questões em jogo: a necessidade de preparo físico é uma explicação, na visão dos militares, para não concordarem com a exigência de uma idade mínima. Outro aspecto é o salário menor que o de outras carreiras públicas. E os números comprovam isso: a média é de R$ 6.056, enquanto no Executivo é de R$ 8.401; no Legislativo, de R$ 18.991; e no Judiciário, de R$ 19.101."

Militares respondem por quase metade do déficit da Previdência | Brasil 24/7

12/11/2016

Se fazem isso na democracia, imagine na ditadura

ditadura e roberto marinhoA ditadura militar é um regime que tem na sua gênese a corrupção, porque não nasce de parto natural, mas por fórceps. Sem contar que o filho é fruto de estupro institucional. Quem acredita que algo gerado nestas condições pode ser melhor que a democracia deveria procurar tratamento. Imediatamente!

Matéria do insuspeito, já que parceiro, O Globo, de 2015, dizia que a União gastará R$ 3,8 bi com pagamento de pensões vitalícias a filhas de militares este ano”. Precisa desenhar?

A ditadura não surge do embate de ideias, mas da força bruta das armas em compadrio com a manipulação pelos grupos mafiomidiáticos, que serão seus parceiros e maiores beneficiários. Pensar que o silêncio sobre casos de corrupção é ausência de corrupção é de uma imbecilidade tão grande que não há adjetivos suficientes para qualificar tão baixo nível de cognição. Por exemplo, em protesto contra a PEC 241 foram ocupadas centenas de escolas e universidades por todo o país. Pense porque isso não interessa às velhas mídias? A Folha de São Paulo, envolvida na briga de bugio do PSDB, revelou que José Serra estava lavando 23 milhões na Suíça. Quantos minutos sobre isto viste no Jornal Nacional? Quantas capas da Veja? Viu alguma reportagem no Jornal Zero Hora? Pergunte-se, por quê!?

A única contribuição que regimes ditatoriais lega a pessoas desacostumadas à transparência é a ignorância. É uma espécie de embotamento que mata ou atrofia neurônios.

Se tudo isso não é suficiente para saber que nenhuma ditadura é boa, bastaria pensar quem são aqueles que apoiam golpes ditatoriais. Tome-se o exemplo da Rede Globo. Buscou por todas as formas dar o golpe em 1954. Não conseguiu. Mas não perdeu as esperanças. Graças ao golpe bem sucedido em 1964, a famiglia Marinho dona da Rede Globo é considerada a mais rica do Brasil pela Revista Forbes. Há dezenas de livros que explicam como a Rede Globo construiu seu império na ditadura. Posso citar duas fontes de cabeça para quem se interessar: Muito Além do Cidadão Kane e A História Secreta da Rede Globo.

Se você é gaúcho, nem precisa se interessar pela história da Rede Globo para entender como se captura capachos mediante distribuição de estatuetas. Embaixo do seu nariz está a RBS. Graças a ditadura a RBS tornou o RS e Santa Catarina sua capitania hereditária. Não por acaso só é considerado bom governante aqueles que se submetem aos seus interesses. Os demais não prestam.

Assim se explica porque não verás crítica à ditadura militar na velha mídia pelo simples fato de que eles, como vazou no famoso escândalo da Parabólica, não criticam parceiros. É até uma questão de gratidão. Então, para saber se está sendo enganado, basta observar para que lado apontam a Rede Globo e a RBS e seguir no sentido oposto. Não há erro, pode acreditar!

Se tudo isso não bastasse, pense no fato de que os militares são julgados por seus parceiros de farda. Imagine médico julgando médico, professor julgando professor, polícia julgando polícia. Bandido julgando bandido, mídia julgando mídia. Aliás, já viste um grupo de mídia, nem digo criticar, mas noticiar sobre outro grupo de mídia?! Captou!?

STM – Tribunal aumenta pena de três majores e um capitão que desviaram quase R$ 2 milhões do Exército

Por jloeffler – No dia 12/11/2016

Publicado em 11 de Novembro de 2016 às 08h51

O Superior Tribunal Militar (STM) aumentou a pena aplicada a quatro oficiais do Exército – três majores e um capitão-, acusados de montarem um esquema fraudulento, que desviou cerca de R$ 1,7 milhão do Centro de Pagamento do Exército (CPEx). O major, tido como chefe do esquema, vai cumprir quase 10 anos de reclusão, em regime fechado.

Em um voto extenso, o ministro relator, Cleonilson Nicácio Silva, disse que a conduta do major se revelou egoísta, com meios inescrupulosos e modus operandi improbo, o que implicou na majoração da pena aplicada.

Segundo a denúncia do Ministério Público Militar, em de abril de 2002, o Centro de Pagamento do Exército (CPEx) identificou a realização de vários pagamentos, a pensionistas, processados indevidamente. Durante as investigações, foi constatada a implantação de mais de 50 pensionistas laranjas.

A promotoria informou que fichas-cadastro implantadas no Sistema de Pagamento do Exército tinham erros grosseiros, como pensionistas e instituidores não cadastrados no sistema da Seção de Inativos e Pensionistas (SIP), processos não localizados, contas invertidas e valores indevidos, inexistência de desconto de Imposto de Renda, melhoria de pensão e pensão ainda não julgada, saques de parcelas remuneratórias não cumulativas, alteração de compensação orgânica com base na mudança de posto de referência e inexistência no banco de dados do CPEx dos endereços desses pensionistas.

Perícia -Os peritos de informática constataram que as pessoas haviam sido implantadas supostamente no Comando da 1ª Região Militar (Cmdo 1ª RM), situado no Estado do Rio de Janeiro. Todavia, após a análise dos arquivos, comprovou-se que as implantações estavam associadas ao Órgão Pagador da 15ª Circunscrição de Serviço Militar (15ª CSM), situado no Estado do Paraná.

Foram implantados, de forma irregular, 54 pensionistas fantasmas. Todas as contas bancárias identificadas nos cadastros dos falsos pensionistas foram abertas na Caixa Econômica Federal, em agências situadas principalmente nos Estados de Pernambuco e da Paraíba, sendo que todas, com exceção de três contas, foram abertas no primeiro trimestre de 2002. Dos 54 falsos pensionistas, apenas quatro não tiveram seus nomes utilizados na execução de qualquer pagamento, disse a denúncia.

Os peritos de informática verificaram que, para a realização da fraude, foi necessária a criação de programas, que alteravam as rotinas previstas feitas dentro do Sistema de Pagamento de Pessoal do Exército (SIAPES) e com códigos pessoais de militares do próprio CPex.

Duas frentes criminosas

Em depoimento, um sargento da unidade militar afirmou que fez as modificações, cumprindo ordem verbal de um major, utilizando planilhas que lhe foram entregues por ele, também, por outro oficial, o major chefe do esquema. Depois das inserções das planilhas, os arquivos de pagamento eram transferidos para o computador de grande porte, instalado no Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx).

Dos pensionistas que receberam pagamentos irregulares do Exército, verificou-se que muitos eram parentes por afinidade de um dos oficiais, residentes principalmente nos estados de Pernambuco e da Paraíba.

Ainda de acordo com Ministério Público, a fraude foi feita em duas frentes: a primeira, realizada no CPEx, foi responsável pelo planejamento e pela execução das mudanças na rotina de pagamento do Exército por parte dos oficiais; e a segunda, em algumas cidades dos Estados de Pernambuco e da Paraíba, onde foram recrutadas diversas pessoas, para abrirem contas de caderneta de poupança na Caixa Econômica Federal, com a promessa de receberem um benefício do Governo ou um emprego futuro, dentre outros argumentos apresentados, sob a condição de não ficarem com a posse dos cartões magnéticos.

Esse recrutamento, informou a promotoria, teve a participação direta de seis civis, todos cunhados de um dos militares do CPEx, e, ainda, a participação de outros dois civis. O grupo ficava com a posse dos cartões magnéticos das contas de poupança dos falsos pensionistas, possibilitando os diversos saques e movimentações bancárias que foram realizados.

De acordo com o laudo pericial contábil, foram desviados para as contas de poupança dos falsos pensionistas o montante de R$ 1.767.924,13, sendo revertido para o CPEx a quantia de R$ 971.886,23, restando como prejuízo para o Exército Brasileiro o valor original de R$ 796.037,90. Ainda de acordo com o Ministério Público, com os valores corrigidos, a fraude causou um prejuízo de R$ 3,4 milhões, em valores atuais.

Dos diversos saques efetuados nas contas dos falsos pensionistas, vários foram filmados pelas câmaras da Caixa Econômica Federal , o que possibilitou a identificação de alguns dos autores dos saques, bem como de algumas movimentações financeiras, realizadas nessas contas dos réus.

Denúncia -Diante das provas coletadas, o Ministério Público Militar (MPM) denunciou diversos militares e civis, que foram identificados como integrantes do esquema criminoso operado dentro do quartel do Exército. O Cpex é o órgão do Exército responsável pelo pagamentos de todos os militares da Força, pensionistas e servidores civis.

Agindo em co-autoria, sustentou a acusação, os réus obtiveram vantagem pecuniária ilícita em prejuízo do Exército Brasileiro, que foi mantido em erro, mediante modificações fraudulentas nos programas do Sistema de Pagamento; crimes de estelionato praticados pelos civis, crimes de receptação e peculato, por parte dos militares.

Todos foram denunciados à Justiça Militar da União (JMU), na Auditoria de Brasília, em 21 de janeiro de 2003. E, desde então, o processo se arrastou com inúmeros recursos, inclusive pedidos diversos de perícias. Somente a Sessão de julgamento foi adiada 17 vezes, muitas delas em virtudes do não comparecimento dos réus ou de suas defesas.

Julgamento -Em Sessão de 25 de novembro de 2014, o Conselho Especial de Justiça da 1ª Auditoria da 11ª CJM julgou e condenou quatros oficiais do Exército e dois civis. O major, considerado chefe do esquema, recebeu a pena de cinco anos e cinco meses de reclusão. Um outro major foi condenado à pena de cinco anos e quatro meses de reclusão; um capitão e outro major, ambos, à pena de três anos e nove meses de reclusão, todos por estelionato, crime previstos artigo 251 do Código penal Militar, em regime semiaberto e o direito de apelar em liberdade.

Dois civis também foram condenados à pena de três anos de reclusão, também por peculato. Foram absolvidos, um capitão, um subtenente, dois sargentos e dois civis por não terem cometido crime algum, decidiu os juízes de primeiro grau.

Inconformadas com as condenações, as defesas dos quatros oficiais resolveram apelar junto ao Superior Tribunal Militar (STM).

Ao analisar o recurso, nesta terça-feira (9), em um julgamento longo, de mais de 8 horas de duração e finalizados às 22h30, e com 14 recursos preliminares, o relator, ministro Cleonilson Nicácio Silva, resolver manter as condenações e aumentar a pena aplicada a todos os quatro oficiais.

Em seu voto, o ministro destacou a participação de um deles, o major tido como chefe do esquema montado dentro do CPex para desvio de dinheiro público. A defesa do oficial pediu a absolvição dele, sustentando a (…) falta de prova material do cometimento da infração (…) ao argumento de que (…) não há nada, nestes autos, que demonstre que o acusado (…) tenha, de alguma forma, causado qualquer prejuízo ao erário pela inclusão de falsos pensionistas no sistema de pagamento (…).

Para o relator, a defesa não tinha razão, uma vez que foram comprovadas a autoria, a materialidade e a culpabilidade do réu. Ele sustentou também que os autos comprovam que o acusado foi um dos idealizadores e principais executores da empreitada criminosa. Afinal, ordenou a criação de programas que alteravam a rotina de pagamento da Força Terrestre, possibilitando a inclusão de falsos pensionistas.

Além de manter a condenação, o ministro decidiu por aumentar a pena imposta ao major para 9 anos, 8 meses e 20 dias de reclusão e definiu o regime fechado para o cumprimento da pena.

Sopesaram em seu desfavor a intensidade do dolo ou grau da culpa, o modo de execução, os motivos determinantes e a insensibilidade, a indiferença ou o arrependimento após o crime. Impõe-se o reconhecimento desfavorável dessa circunstância, afinal, o réu manipulou seus subordinados para a criação de programas de informática que alteravam a rotina do pagamento dos pensionistas do Exército Brasileiro, evidenciando o elevado juízo de censura de sua conduta.

O acusado agiu de forma premeditada, organizando e planejando a prática delituosa, atuando, até mesmo, na cooptação de indivíduos humildes para que abrissem contas correntes na Caixa Econômica Federal com objetivo de receber indevidamente importâncias em prejuízo da Administração Militar, fundamentou o relator.

O segundo major, foi condenado à pena de 8 anos e 9 meses de reclusão, em regime fechado; o terceiro major, à pena de pena de 5 anos de reclusão, em regime semiaberto e o capitão, à pena de 4 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, em regime semiaberto.

Os demais ministros do STM, por maioria, acompanharam o voto do relator, que manteve a condenação e exasperou a pena impostos aos militares do Exército.

Fonte: Superior Tribunal Militar

Copiado de:  http://www.sintese.com/noticia_integra_new.asp?id=404025

Praia de Xangri-Lá – Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

29/08/2016

Se fazem isso numa democracia, imagine na ditadura

Filed under: Ditadura,Exército,Golpe Militar,Narcotráfico — Gilmar Crestani @ 10:43 am
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GolpeOAgora fica explicado porque senhoras velhacas portavam cartazes pedindo o retorno da ditadura militar, estavam chapadas. Brincadeiras à parte, os EUA estão enriquecendo com as guerras de combate às drogas. Na Colômbia, assim como no Afeganistão, as drogas eram traficadas usando veículos militares, militares iaques.

Também fica explicado porque os 450 kg de cocaína pegos no heliPÓptero viram pó…

É claro que nem todo militar e viciado, nem o exército é traficante. Mas este é um exemplo para explicar porque na ditadura não havia corrupção nem bandido nas ruas, eles vestiam fardas. Mesmo à paisana, como no caso da bomba no Riocentro, havia quem tinha prazer em matar. Como no nazismo, nas ditadura há uma banalidade do mal, por isso não eram punidos e os crimes, escondidos. A parceria da Rede Globo, assim como da RBS, foi muito boa para construir uma imagem de que sob os militares não havia crime nem corrupção. Vivia-se, dizem, de forma mais segura. Sim, os mortos sabem o quanto era seguro. E agora o maconheiros também…

Caminhão do Exército cheio de maconha é apreendido em SP

Por jloeffler – No dia 28/08/2016 

Essa notícia já havíamos antecipado ao início dessa tarde e envolveu militares de verdade, ou seja, membros de uma das Forças Armadas, no caso o Exército Brasileiro que agirá como de costume com o máximo rigor com esses bandidos que envergavam a farda verde oliva. Já faz alguns anos pilotos da Força Aérea Brasileira também foram presos em investigação da POLÍCIA FEDERAL por transportarem drogas em aviões da FAB à Europa. Não há obviamente segmento algum em que não possa haver condutas delitivas, pois todos são humanos. Nesse caso precisam receber pesadas penas para que isto não mais se repita, pois as FFAA não são iguais ao Parlamento onde poucos escapam já que verdadeiro ninho de corruptos de toda ordem e que agora derrubam um Governo honesto na expectativa de não serem alcançados pelas investigações de corrupção generalizada que pretendem fiquem restritas somente aos petistas quando qualquer sujeito de mediana inteligência sabe que poucos se salvem nesse meio.
O Editor
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Veículo vinha do Mato Grosso do Sul e transportava cerca de 3 toneladas da droga

Por Talissa Monteiro access_time 28 ago 2016, 13h04 – Atualizado em 28 ago 2016, 16h32 Brasil chat_bubble_outline more_horiz
28/08/2016

Dois soldados do Exército brasileiro foram presos após serem flagrados transportando cerca de três toneladas de maconha, em um caminhão na Rodovia Anhanguera, região de Campinas (SP) –

Um caminhão do Exército, pertencente ao 20º Regimento de Cavalaria Blindado (20 RCB), foi apreendido com cerca de 3 toneladas de maconha em Campinas na madrugada deste domingo. O veículo era transportado pelos militares Higor Abdala Costa Attene, Maykon Coutinho Coelho, que estão presos, e Simão Raul, que fugiu baleado.

Segundo a Polícia Militar, Simão foi encontrado em Cordeirópolis (SP) e levado à Santa Casa de Limeira (SP). Depois de ser medicado, ele foi encaminhado à delegacia na capital. Ainda de acordo com a PM, também foram presos dois civis que estariam apoiando o transporte da droga em um veículo branco modelo Uno. A polícia acredita que outras duas pessoas tenham fugido.

Uma equipe da 5ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) descobriu que o carregamento seria levado à uma empresa desativada, utilizada como estacionamento, em Campinas. Os policiais foram até o local, mas os suspeitos desconfiaram da movimentação e tentaram fugir.

Durante a apreensão, houve troca de tiros entre a Polícia Militar e os militares. O caminhão, que havia saído de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e foi apreendido na rodovia Anhanguera, tem marcas de disparos na porta, um vidro quebrado e um pneu furado. Também foi apreendida uma pistola de calibre 380, utilizada pelos cabos e mais uma van, abandonada pelos suspeitos que escaparam.

Em nota, o Exército Brasileiro, por meio de seu Centro de Comunicação Social afirmou que os militares envolvidos serão expulsos da instituição.“O Exército Brasileiro não admite atos desta natureza que ferem os princípios e valores mais caros sustentados pelos integrantes da Força. Diante da gravidade do fato, que desonra a instituição e atinge a nossa sociedade, os militares encontram-se presos e serão expulsos do Exército”. Segundo a PM, a prisão é fruto de uma investigação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), que já acontece há 3 meses.

Fonte: http://veja.abril.com.br/brasil/caminhao-do-exercito-cheio-de-maconha-e-apreendido-em-sp/

Praia de Xangri-Lá – Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

28/08/2016

Criminosos de Estado: julgamentos em Nuremberg e Argentina, mas no Brasil são idolatrados pela Rede Globo

GOLPE-A-GENTE-VE-POR-AQUI

No Brasil da Rede Globo, o golpismo se consolida como método para se chegar ao governo. Tudo é escondido ou mostrado segundo a possibilidade de uso em direção à tomada, direta ou indiretamente, do poder. Foi por isso que todos os crimes dos ditadores foram sonegados do público.

É por isso também que o STF é pressionado a inviabilizar o julgamento dos criminosos. Mesmo aqueles agentes que confessaram a participação nos crimes de prisão ilegal, tortura, estupro e esquartejamento foram julgados. Graças ao papel da Rede Globo e seu poder sobre o Poder Judiciário, Brilhante Ustra morreu inocente.

E depois ainda há quem se assuste com manifestantes portando cartazes pedido a volta do golpe militar. Ora, como se não soubessem que esses midiotas são diturnamente adestrados pela Rede Globo, que os joga como marionetes.

Por que os criminosos da Alemanha nazista, das ditaduras do Chile e Argentina forma julgados e condenados mas no Brasil continuam na ativa como se não fossem bandidos? Nesses países aí, ao contrário do Brasil, não há nenhum órgão com tanto poder quanto à Rede Globo tem no Brasil.

EL PAIS › REPORTAJE A JAIME DIAZ GAVIER, PRESIDENTE DEL TRIBUNAL FEDERAL 1 DE CORDOBA

“Argentina se atrevió a juzgar los crímenes del terrorismo de Estado”

El jueves leyó el fallo de la megacausa La Perla-campo de La Ribera, que incluía 28 perpetuas y daba fin a casi cuatro años de escuchar testimonios del horror. La diferencia entre crímenes de lesa humanidad y terrorismo de Estado.

Por Marta Platía

Jaime Díaz Gavier tiene 66 años, cuatro hijos y es uno de los protagonistas de los juicios por crímenes de lesa humanidad del país desde el 24 de julio de 2008. Ese día sentenció a Luciano Benjamín Menéndez y, por primera vez, lo mandó a una cárcel común. Jovial, conversador culto y de fino sentido humor, se mostró satisfecho con la labor que culminó el jueves pasado, cuando leyó el veredicto del megajuicio La Perla-Campo de La Ribera a Menéndez y otros 42 represores. Junto con sus colegas Camilo Quiroga Uriburu, Julián Falcucci y Carlos Ochoa, Díaz Gavier resolvió 28 perpetuas, diez condenas de 30 meses a 21 años y cinco absoluciones. El un juicio tomó casi cuatro años y tuvo 581 testimonios.

–¿Tiene conciencia de la dimensión de estos juicios?

–Sí, pero creo que se van a apreciar mucho más en el futuro. Ahora hay tantas disputas hasta partidarias que algunos no pueden ver con claridad lo que significan para el país. Pero estoy convencido de que estos fallos serán históricos. Hemos tenido la oportunidad de escuchar 581 testimonios. Eso en sí mismo es irrepetible. Ningún historiador o periodista o escritor, para hacer un informe o escribir un libro, puede recolectar tantos testimonios en este período de tiempo y lograr la reconstrucción como si fuera un rompecabezas, por cierto, de lo que ocurrió hace más de cuarenta años y con criminales que se cambiaban los nombres. Con víctimas vendadas y en un marco de total oscuridad y clandestinidad precisamente para que nunca pudieran esclarecerse. Pero con mucha prueba hemos llegado a reconstruir todo eso, y al estado de certeza que la ley nos exige para la sentencia condenatoria. Y en cinco casos hubo absolutorias. Eso cuando no hemos podido llegar a la certeza, no ya de que los hechos ocurrieron, sino de quiénes fueron sus responsables. Argentina ha sido un ejemplo único en el mundo de un país que se atrevió a juzgar los crímenes de una dictadura desde el poder político, desde sus autoridades nacionales, y esto hay que reconocérselo a Néstor Kirchner y luego a Cristina Fernández de Kirchner. Desde el poder Ejecutivo establecieron una política de Estado en materia de Derechos Humanos, de su preservación y cuidado. Es muy poco frecuente: ningún otro país del mundo que yo conozca, ha dado este hecho magnífico ejemplo de mirarse en su propio espejo y juzgar sus propios dramas. Es mucho más de lo que pasó en Nüremberg: los tribunales allí fueron constituidos por jueces de los países triunfadores, de los Aliados. Nosotros lo hicimos aquí con nuestros magistrados y nuestra legislación.

–¿En qué se diferencia la desaparición forzada de personas del robo de niños?

–Técnicamente es lo que se llama desaparición forzada, que fue establecido por ley 26.200 de 2011. En el caso de los desaparecidos adultos, como en el de niños, es un delito que técnicamente se llama permanente. Esto es: que se está cometiendo todo el tiempo, hoy, ahora. Eso nos ha permitido aplicar esa ley que es posterior a los hechos. El caso concreto del hijo de Silvina Parodi y su esposo Daniel Orozco, el nieto de Sonia Torres (la titular de Abuelas de Plaza de Mayo-Córdoba), es también un desaparecido. Esa criatura que hoy debe tener 40 años, nació en 1976, es un desaparecido. No sabemos quién es ni dónde está. Fue privado de su identidad, entregado a otros padres, y sobre todo, esencialmente, quitado de la autoridad y del amor de su madre. Entonces hemos aplicado, en forma muy novedosa, porque esto no había sido aplicado nunca antes en la Argentina, esta figura de la desaparición forzada: en el caso del niño y en el caso de los adultos es exactamente lo mismo. No han aparecido, no sabemos dónde están. Y quienes saben, porque son los autores materiales de la privación ilegítima de la libertad y del homicidio y su desaparición, no lo dicen. Esta figura pluriofensiva y compleja, así se llama, porque contiene distintas instancias penales: la privación de la libertad y el homicidio, pero fundamentalmente el ocultamiento de los restos de una persona y no darlos a conocer pudiéndolo hacer. Eso particularmente grave. La diferencia está en que supone una pena mayor.

–¿Ustedes fallaron que el terrorismo de Estado comenzó antes del golpe de 1976?

–Nosotros determinamos que el terrorismo de Estado comenzó el 24 de marzo de 1976, cuando las Fuerzas Armadas, manejando todas las fuerzas de seguridad, asaltan el poder político del Estado y constituyen su gobierno de facto, que ya se ha calificado, incluso en numerosos fallos de la Corte Suprema, como terrorismo de Estado. Pero hay una confusión, porque no tienen todavía los fundamentos. Una cosa es el terrorismo de Estado y otra cosa son los delitos de lesa humanidad. Esos pueden cometerse antes del 24 de marzo de 1976, cuando todavía no había, de acuerdo a la categorización que hemos hecho, un terrorismo de Estado. Esos delitos fueron cometidos no desde el Estado mismo sino desde bandas parapoliciales y paramilitares que sí eran funcionarios estatales, que actuaban clandestinamente. De manera absolutamente ilegítima comenzaron con la ejecución de un plan sistemático de eliminación de opositores o de quienes ellos denominaban y fijaban como blanco a aniquilar. En el caso que nosotros hemos juzgado en este juicio, hay hechos que van de marzo de 1975 a marzo de 1976. Según el Tratado de Roma, incorporado a la legislación y al bloque constitucional argentino, se cometen estos delitos no por el Estado mismo, que todavía no es un Estado Terrorista, sino por organizaciones políticas. Grupos ilegales, clandestinos, que sí utilizaron instrumentos y recursos propios del Estado: armas, automóviles, uniformes, comisarías, cuarteles, que los constituyeron ya en centros clandestinos de detención, tortura y homicidio. Fíjese que hay una diferencia bastante notable: en los episodios del año ´75, que son delitos de lesa humanidad por lo que le digo, pero que no están todavía en el marco del terrorismo de Estado, secuestraban a las víctimas, las torturaban, las mataban, pero los cuerpos aparecían. Aparecían… No era el Estado, no tenían el sistema completo que sí consiguen a través del terrorismo de Estado tras el golpe, ya con los enormes recursos represivos que el Estado legítimamente tiene pero utilizados con este fin absolutamente delictivo. Después del 24 de marzo comienza a establecerse el sistema perverso de la desaparición de personas. No se reconoce el hecho, ni se da a conocer a familiares de las víctimas qué pasó.

–Otro punto sobresaliente del fallo fue el de los delitos sexuales.

–Sí, es evidente que las mujeres sufrieron de manera particular los horrores de la represión, porque los abusos sexuales se convirtieron en una metodología cotidiana de tormento y de satisfacción, me parece por lo que hemos podido recabar, de las pulsiones más primitivas de los perpetradores. Muchos de esos episodios no se denunciaron, seguramente por pudor o por su propio dolor y angustia. Pero en este juicio se produjeron algunas denuncias concretas en ese tema. Lo hemos podido acreditar: acreditamos las violaciones, los abusos sexuales ocurridos en la D2. No pudimos determinar en algunos casos la identidad del violador, pero sí muchas víctimas identificaron a quiénes las fueron a buscar a su casa. Y en la propia casa las sometieron. Ellas después, incluso, reconocieron sus nombres y voces cuando las tuvieron detenidas en la D2. Esos son los que hemos condenado por los delitos sexuales.

–¿Es también una novedad que su tribunal nombra como “delitos sexuales de lesa humanidad” ese crimen?

–No sé si es la primera vez, pero sé que no es una situación frecuente por las pocas denuncias formales en la etapa instructoria de los juicios. Pero nosotros en juicio hemos determinado que esos delitos sexuales se constituyeron en un elemento más de la represión del Plan Sistemático (del terrorismo de Estado). Eso pasó en el caso de las mujeres. Por otra parte, los judíos sufrieron también un plus de crueldad por el sólo hecho de ser judíos. En el caso de las mujeres hemos resuelto que es también que las vejaciones sexuales, los abusos y las violaciones fueron también partes, mecanismos del Plan Sistemático para eliminar opositores (políticos). En este caso mujeres.

–Hubo dos momentos en este larguísimo juicio en los que lo vi acusar el impacto de lo que estaba escuchando. Uno fue la declaración de Gloria Di Rienzo, quien contó terribles abusos sexuales. El otro cuando un hombre atestiguó que lo habían violado.

-Sí, lo recuerdo. Un horror. Terrible… También fue difícil con los relatos sobre los hechos ocurridos y acreditados que sufrió la chiquita Alejandra Jaimóvich. El señor que fue violado… Estos episodios son terribles. Hubo algunos hombres que no lo dijeron del todo, pero lo sugirieron y también fueron violados. Son hechos que uno no termina de asombrarse. Hasta dónde puede llegar la crueldad, la perversidad humana. Incluso, otra cosa que me conmovió no por lo físico, sino por lo psíquico, lo íntimo, lo espiritual de Claudia Hunziker, que le encuentran un papelito (con cierta ternura, el juez hace el gesto de desplegar un mensajito) donde ella ponía que estaba enamorada de otro chico Andrés “Chacho” Remondegui. Y la delatan en algo que el pudor humano es tan evidente a esa edad, cuando se es adolescente es tan secreto. Uno se muere de vergüenza por esas cosas. Cuando es más grande no, le encanta decirlo. Pero cuando es más chico provoca un sufrimiento tan brutal. Armarles esa parodia (de cena romántica) inmunda, miserable… Quizás le haya dolido más eso que los tormentos físicos.

–Hubo testigos que conmovieron por su energía, como Emi Villares de D’Ambra, de 86 años, la titular de Familiares de Desaparecidos.

–Ella es tan fuerte. La vi ayer en un programa de televisión y estaba tan alegre por el fallo. Tiene una energxía enorme. Ella, como las otras Abuelas, las Madres. Uno se pregunta ¿cómo viven después de un episodio como ese? Yo pienso que después de perder a un hijo lo que uno debe querer es morirse. Una de mis hijas me decía anoche “papá, viven mucho tiempo y así porque quieren lograr lo que ahora lograron”. Incluso con la esperanza loca de recuperar a sus hijos con vida. En el primer momento los buscaban todavía con vida. Ahora buscan los restos… Se mueren viejas viejas porque su fuerza de vida es esa búsqueda. Muchas veces me han impresionado ellas y también los familiares. Si me hubiese pasado lo que a ellos, si hubiese venido a una audiencia y los hubiera visto a los imputados sentados ahí, tal vez me hubiera acercado, les hubiera dicho algo, pegado un sopapo… pero ellas, ellos no. Siempre me ha asombrado la entereza, la templanza de esta gente que ven ahí, al asesino de su hijo, y no le hicieron nada. Y cuando se les escapaba algo yo les decía que se callen y se callaban. Incluso en la última audiencia, en la sala de audiencia no volaba una mosca cuando yo leía el veredicto. Afuera (la multitud de más de diez mil personas) sí, se escuchaba el bramido a cada condena. Adentro no. Esperaron hasta el final para estallar, para explotar. Y encima los imputados los insultaban y a nosotros, nos amenazaban.

–Cuando declararon los hermanos de Diego Ferreyra, cazado a balazos por Héctor Vergez frente a sus padres, Vergez se dio vuelta y con su mano simulando un revólver, le disparó a la foto de Diego que sostenía un hermano. El lo soportó mirando al asesino directamente a los ojos.

–No sé cómo pudo soportarlo. Es increíble por lo que han pasado los familiares. No deja de conmoverme la actitud permanente de Madres, Abuelas, los familiares y los sobrevivientes: mantuvieron esta conducta increíble ante las provocaciones de estos imputados y sólo reclamaron justicia. Nada más que justicia.

–¿Los criminales de lesa humanidad, deben seguir en la cárcel aún con más de 70 años?

–Creo que sí. Erich Priebke murió a los 101 años en la cárcel de Roma. Tienen que estar ahí mientras que el encierro carcelario no sea motivo de profundización de su enfermedad si ésta no puede tratarse como se debe en prisión. Se debe ser claro en eso. Los delitos de lesa humanidad son imprescriptibles, así que dentro de veinte años deberán seguir siendo juzgados. Por eso es que, para no prolongar esto, hay que hacerlos ahora. Para lograr terminar con todo esto, hay que seguirlos. Hay que pensar que éstos son los primeros juicios que se hicieron después de 40 años de cometidos los crímenes… Arrancamos recién en 2008.

Página/12 :: El país :: “Argentina se atrevió a juzgar los crímenes del terrorismo de Estado”

15/07/2016

A Turquia é aqui!

Violência Chega de hiPÓcrisia!

Não pensemos na Turquia. Pensemos nos bandidos brasileiros, sob a liderança da Rede Globo, que estão golpeando nossa democracia para instalar uma cleptocracia. Nossa plutocracia nos é mais nociva que as forças armadas turcas.

Não choremos a inexistência das armas de destruição em massa que justificaram o roubo do petróleo iraquiano. Choremos pela inexistências das pedaladas fiscais. Pedaladas estas que a Rede Globo e a RBS jogavam na nossa cara como granadas de mão.

Não pensemos no motorista do caminhão que matou 84 inocentes nas ruas de Nice, na França. Aqui perto, há bandidos na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht, no Panama Papers, na Operação Zelotes, no CARF cujo valores surrupiados matam muito mais. Não por acaso, as duas primeiras medidas dos golpistas brasileiros foi diminuir os investimentos em educação e saúde, sem falar no problema da violência social. A primeira medida do novo presidente do Congresso, objetivo primeiro do golpe, foi assassinar a CPI do CARF, que pegou os milhões que o Gerdau & Caterva. Quantas viaturas policiais daria para comprar os 450 kg de pasta base de cocaína pega no heliPÓptero! Quem não fica indignado com a transformação do dono da aeronave em ministro dos golpistas não tem direito de lamentar os crimes de Pablo Escobar, nem se dizer inconformado com os tiroteios da Vila Tronco e da Vila Cruzeiro.

Não choremos pela morte de policiais por franco atiradores nos EUA. Policiais brasileiros morrem todos os dias no combate ao crime. E também aqui os negros são sempre os primeiros na linha de tiro. E contra políticas inclusivas, inclusive cotas raciais, a Rede Globo escala Ali Kamel para perpetrar uma granada de mão com o nome “Não Somos Racistas”. Os dinheiros sonegados ou lavados na Suíça, Seychelles, Cayman, Liechtenstein fazem falta para a segurança pública e para as políticas de inclusão social.

Não repudiemos os militares turcos que atiraram contra o povo turco. Repudiamos aqueles que, vestindo camisas verde-amarelas com escudo da CBF, padrão FIFA, foram, cabresteados pela RBS, ao Parcão pedir a volta da ditadura militar e derrubar uma Presidenta honesta para colocar uma notória quadrilha.

Os mesmos meios de comunicação nacional que ajudaram Eduardo CUnha a golpear a democracia fazem caras e bocas, com ares de indignação, para falarem no golpe turco. Mas foram os mesmos que festejaram o golpe militar contra Hugo Chaves. Não invejemos os bandidos externos, os nossos são mais eficientes. Golpeiam à luz do sol, em pleno domingo à tarde, puxados pela transmissão ao vivo. Trataram do assalto à democracia como se fosse uma rodada do Brasileirão, narrando os votos como se fossem gols marcados pelo time do coração. A senha, cara a velha tradição mafiosa, era famiglia. Esses são bandidos que nos causam mais males que o exército turco.

Je ne suis pas, Hebdo. Je suis Dilma, roubada, vilipendiada pelos bandidos que tomaram de assalto os cofres públicos brasileiros.

Bando de hiPÓcritas!

02/04/2016

Biografia bonsai de um anão moral

Serra_EUA

Faltou acrescentar alguns outros episódios paradigmáticos, que dão a exata dimensão do tamanho moral deste tarja preta no golpismo made in Rede Globo. José Serra é a também autor e beneficiário do Caso Lunus, do escândalos dos Irmãos Vedoin, dos Sanguessugas e da máfia das ambulâncias, da Alstom & Siemens, que o Rodrigo de Grandis, outro anão moral, engavetou. É o mesmo que estrelou nas telas da Globo o premiado documentário bolinha de papel 
São tantas e tão relevantes demonstrações de pouco apreço à verdade e ao Brasil, como prova o convescote de Foz do Iguaçu, onde prometeu entregar a Petrobrás à Chevron, que tem tudo para ser embalsamado pelos Grupos Mafiomidiáticos e vendido como soro no combate a Zika das urnas que abate sobre à direita hidrófoba!
Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento setembro 2016).

Não vai ter Serra

1 de Abril de 2016

Pouco tempo depois de voltar, em 1982, do Chile, onde fez pós-gradução em Economia sem ter se graduado no Brasil, graças a uma lei chilena, José Serra logo ganhou a fama de pisar no pescoço até dos amigos para alcançar o poder. Ou seja: a presidência da República. Ganhou-a em São Paulo, onde foi secretário da Fazenda de Franco Montoro, por indicação de um de seus filhos.

Na primeira oportunidade em que vislumbrou a possibilidade de subir na escala política resolveu abandonar Montoro em pleno mandato e se ofereceu, em 1985 para ser ministro de Tancredo Neves.

A essa altura sua fama já ultrapassara as fronteiras de São Paulo. Tancredo, que era tudo menos bobo, desconfiado de que se o trouxesse ao governo ele conspiraria para tomar o seu lugar respondeu ao interlocutor, enquanto enrolava sua gravata, como de hábito: "Esse não, o Serra é arrogante e prepotente".

A segunda oportunidade veio em 1994, com a eleição de Fernando Henrique. Serra trabalhou dia e noite, principalmente à noite, como convém aos de sua estirpe para se tornar seu poderoso ministro da Fazenda, mas FHC, que não era menos bobo que Tancredo achou de bom alvitre colocá-lo num posto em que oferecesse menos perigo de golpeá-lo: ministro do Planejamento.

No segundo governo, mais uma vez Serra cobiçou a Fazenda. Mais uma vez foi rechaçado: ganhou o ministério da Saúde. E aporrinhava o chefe a toda hora, como relatou o cineasta Bruno Barreto, que recentemente produziu uma série com FHC para o Canal Brasil: "Ele está nadando de manhã, o Serra vem interromper ele! É louco, intempestivo do jeito que o Serra é. Deve ser bipolar. Não dorme". Fez o diabo para aparecer na mídia mais que seu chefe (como FHC já esperava) e se viabilizou como candidato à sua sucessão.

Na campanha presidencial sua fama de golpista somente fez aumentar. Convencido de que perderia se percebessem que era o candidato de quem era (FHC estava com a popularidade no chão) não vacilou em golpear o amigo: escondeu-o acintosamente em toda a propaganda eleitoral. Fez de conta que Fernando Henrique e seu governo não existiram.

Mas não adiantou: perdeu para Lula, o metalúrgico, episódio que deu início ao seu ressentimento com o PT.

Mais adiante, golpeou seus próprios companheiros de partido, aliando-se, em 2004, nas eleições a prefeito de São Paulo a um ex-discípulo de Paulo Maluf chamado Gilberto Kassab. Ganhou a eleição. Logo em seguida, deu golpe nos seus eleitores, abandonando a prefeitura para se candidatar, em 2006, a governador, um magnífico trampolim para chegar aonde queria: a presidência da República.

E deixou a prefeitura nas mãos do ex-malufista.

Em 2010 de novo cobiçou o Planalto e mais uma vez foi derrotado nas urnas, dessa vez por Dilma Rousseff.

O seu rancor em relação ao PT duplicou. Perdeu para o partido pela segunda vez e – mais do que isso – para uma mulher.

Por essa época, além da fama de pisar no pescoço dos amigos ele acrescentou outra: a de desrespeitar as mulheres.

No posto de governador de São Paulo, costumava comparecer à tribuna de honra do Estádio do Pacaembu, para assistir aos jogos do Palmeiras em companhia não da primeira-dama, a chilena Mônica Allende, dançarina do Ballet Nacional do Chile e parente distante de Salvador Allende, que conhecera em 1966, no "exílio", como seria de esperar, mas de uma jovem política do PT, muito simpática e atraente, palmeirense como ele, que conduzia em seu carro oficial.

Nunca ficou claro qual era a relação entre eles. Até que, em 2013, ele e Mônica se separaram.

No dia 10 de dezembro de 2015 seu viés machista manifestou-se mais uma vez. Durante um encontro social, na casa do senador Eunício de Oliveira, em Brasília, ele, agora senador, aproximou-se de uma rodinha e de chofre disparou para a ministra da Agricultura Kátia Abreu:

– Dizem que você é muito namoradeira!

Indignada, Kátia, recém-casada, devolveu com uma coleção de impropérios e uma taça de vinho no seu rosto. E declarou que Serra era conhecido no mundo político por fazer comentários "inapropriados".

Para não perder o costume, na recente disputa pela indicação do candidato do partido a prefeito de São Paulo, deu um golpe em José Aníbal, que o ajudou a se eleger e é seu suplente de senador para apoiar seu rival Andrea Matarazzo.

A mais recente incursão no quesito "pisar no pescoço das mulheres" deu-se há poucos dias.

Em companhia do ministro Gilmar Mendes, que vai passar à história do STF como aquele que concedeu dois habeas-corpus instantâneos ao banqueiro Daniel Dantas, preso por, entre outros delitos, oferecer suborno a um policial federal durante a Operação Satiagraha, que o investigava, de Dias Toffoli, o Robin de Mendes e de Aécio Neves, neto de Tancredo, Serra foi a Lisboa com o objetivo de falar mal da presidente Dilma, insistindo em seu intento de apear do poder o partido que o derrotou duas vezes e a mulher que o derrotou uma. Repetindo o que no ano passado dissera em entrevista à Jovem Pan, afirmou que "se os militares não fossem tão fracos como são hoje ela já teria caído".

Não satisfeito em ser lembrado por ter se submetido a uma tomografia computadorizada após ser atingido na cabeça por uma dilacerante bolinha de papel, o que só percebeu vinte minutos depois, quando o avisaram por telefone, durante a campanha presidencial de 2010, tudo indica que também ficará marcado por se aliar ao pior do pior da política brasileira em 2016, na criação de um impeachment sem crime de responsabilidade, que até o nada petista ministro Marco Aurélio Melo, do STF, já classificou de golpe.

De tanto tentar golpear os amigos, o partido, as mulheres e os que o derrotaram nas urnas, golpe já virou sinônimo de Serra.

E, tal como daqui para a frente não vai ter golpe, também não vai ter Serra.

Não vai ter Serra | Brasil 24/7

01/04/2016

As viúvas do DOI-CODI estão sem “consolo”

Fazendo coro à mãe do golpe, a Rede Globo, José Serra, o ator do atentado da bolinha de papel, perpetrou mais uma raciocinada tão comum na quadrilha dos golpistas. O choro porque o exército não os guindou aos píncaros do golpe paraguaio, é não só o reconhecimento de uma derrota, como mais uma boçalidade de quem só estava na tocaia para assaltar o Estado. O Tarja Preta da Operação Lava Jato, que só não lhe acontece nada porque, segundo Jorge Pozzobom, o PSDB é inimputável perante o Poder Judiciário, desvelou a alma das vivandeiras, assim como a dos patrocinadores das felações premiadas, que gostam de bolinar os bivaques..

“A EXPRESSÃO "VIVANDEIRA" veio do marechal Humberto Castello Branco, há 45 anos, no alvorecer da anarquia militar que baixou sobre o Brasil a treva de 21 anos de ditadura. Referindo-se aos políticos civis que iam aos quartéis para buscar conchavos com a oficialidade, ele disse:
"Eu os identifico a todos. São muitos deles os mesmos que, desde 1930, como vivandeiras alvoroçadas, vêm aos bivaques bolir com os granadeiros e provocar extravagâncias ao Poder Militar"

O pior Senador do Ranking da Veja deveria apresentar, em homenagem ao Exército de Brancaleone que desembarcou em Lisboa, um projeto proibindo, em território nacional, que seus correligionários cantem piada de português.

Pior do que ser um vira-latas, é não ter vergonha de demonstrar o Complexo de Vira-lata em evento internacional. Serra proporcionou um momento de verdadeira vergonha alheia. Ir a Portugal para lastimar que os tanques do exército não o colocam no lugar da Dilma não deixa de ter sido um favor à publicidade externa do baixo nível dos nossos golpistas.

O estranho conceito de “força” do Exército de José Serra

Por Fernando Brito · 01/04/2016

lisboa

Participando do Semi-Golpe de Lisboa, a vergonhosa e fracassada conspiração promovida pela empresa de Gilmar Mendes em Portugal, José Serra disse hoje, segundo a BBC, que “uma intervenção militar só não aconteceu nos dias atuais porque o Exército não tem mais a força política de antigamente.”

Serra tem uma visão ainda “banana republic” do papel das Forças Armadas.

A força que elas têm de ter – e deveriam ter muito mais – é a força militar, porque seu papel é a defesa nacional, não a política.

Os militares brasileiros, em mais de um governo chefiado por gente da caserna, viram como a obsessão pela política foi danosa a isso, embora vez por outra os governos militares – corretamente – tenham investido em alguma independência em tecnologia bélica.

Curioso que, quando se fale no Exército dos EUA, da França, da Inglaterra – para não entrar no terreno pantanoso de regimes que não simbolizam a democracia convencional – ninguém se preocupa em discutir sua “força política”, por que será?

Força política dos militares é fazer com que os governos lhes forneçam meios de equipar-se, de terem desenvolvimento operacional e tecnológico que não as tornem meros enfeites, mas vetores capazes de projetarem-se onde a soberania do país estiver ameaçada ou vulnerável.

A outra política, por definição, divide. E divisão, entre os militares, é – paradoxalmente – uma unidade de tropas sob comando único.

O Exército, como a Marinha e a Aeronáutica, têm muitos – e entre seu melhores – oficiais que compreendem que imiscuir-se no jogo político é importar a cizânia para dentro das organizações militares.

Claro que se preocupa, como é seu dever aliás, com situações de conflito interno, E justamente por isso não deixa de estar atento a quem as provoca.

Políticos, como o senhor Serra, não devem trazer o nome do Exército para a política, a não ser para que ela lhes garanta os recursos para, dentro da realidade do país, qualificar-se como escudo da Nação.

Do contrário, é expô-lo à divisão que há na política.

O que representa apoio aos militares, e seus líderes sabem muito bem, não são uma dúzia de transtornados que pedem que coloquem  um tenente em cada repartição pública.

Estamos, pela primeira vez em um século, vendo o Exército se portar como a uma força de todos, não de uma facção ou, muito menos, de si mesma.

Se José Serra tivesse uma visão um pouquinho mais generosa das instituições, veira que não podem nunca voltarem-se contra a pária aqueles que são “por ela armados”, como está no hino do Exército.

O Exército, ao contrário do que diz Serra ao afirmar que “se o Exército brasileiro ainda tivesse a força que tinha naquele momento, não tenha dúvida de que já teria tido uma militarização no país” está muito mais forte.

Inclusive em relação aos que o querem usar politicamente.

O estranho conceito de "força" do Exército de José Serra – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

19/10/2015

Métodos da ditadura, por quem conheceu no ventre

rbsz zelotesImportante depoimento do Jorge Loeffler sobre os métodos usados pelos agentes da ditadura. As pessoas mais jovens, que se alimentam só da mídia golpista, os midiotas, acabam entrando de gaiato nas histórias dos golpistas. Os assoCIAdos estiveram, estão e sempre estarão ao lado de qualquer golpista. Como reza a fábula da rã e do escorpião, é da natureza da nossa direita e dos seus finanCIAdores ideológicos a aversão ao Estado Democrático de Direito. Como se vê pela contínua perseguição aos movimentos sociais, partidos de esquerda e qualquer um que queira melhorar um pouco que seja na nossa iníqua condição social, os grupos mafiomidiáticos, dominados por cinco famílias, as cinco irmãs (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky), qualquer sinal de que possa haver um golpe paraguaio, lá estão elas aplicando a Lei Rubens Ricúpero: divulgar o que convém ao golpe, esconder o que pode inviabilizar o rumo dos golpistas.

Os pesos e medidas da mídia é o verdadeiro ovo da serpente. Graças a parcialidade dos golpista, pessoas inescrupulosas e desinformadas usam a democracia para pedir a volta da ditadura. Sem saberem, isso é crime que só anti-democráticos toleram. É desta natureza anti-povo que nasce o silêncio da mídia, por exemplo, em relação aos sigilos decretados pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, na vã tentativa de esconder as falcatruas na SABESP, mas também em relação aos crimes praticados no âmbito das corporações policiais. Imagine-se o que aconteceria se a Dilma também decretasse que as informações relativas à Petrobrás fossem mantidas em sigilo por 25 anos?! Mesmo sem nem mesmo sequer indício de qualquer deslize, a mídia e seus correligionários da direita querem destituí-la, para colocar gente como Eduardo CUnha, Aécio Neves, Paulinho da Força Sindical, Agripino Maia, Demóstenes Torres, Gilmar Mendes, Beto Richa, Fernando Francischini & Carlos Sampaio. Os golpistas sempre existiram e continuarão existindo enquanto houver uma imprensa militante em favor do atraso institucional. Hoje, os maiores crimes, a corrupção mais desenfreada acontece com o apoio de grupos empresariais midiáticos. Se na democracia a Operação Zelotes só anda com muito esforço de poucos abnegados, sem qualquer repercussão na mídia, numa ditadura seria não só impensável como os que a conduzem seriam presos, torturados, estuprados, mortos e esquartejados. É disso que se fala quando se mistura as cinco irmãs e ditadores. Pra eles, ditabranda; pra nós, assassinato!

40 anos da morte de Vlado: um depoimento de Clarice Herzog

Por jloeffler – No dia 19/10/2015 

Só mesmo pessoas destituídas de um mínimo de bom senso para estarem tentando incendiar o país e tudo pela ânsia de retorno ao Poder. Esses cretinos ou idiotas estão mexendo com fogo e não se dão conta disto. Digo tal por que infelizmente de agosto a dezembro de 1966 fui lotado no DOPS e ali vi algo que não gostaria e que por longos anos foi jogado nas minhas costas um covarde assassinato de um sargento do Exército que fora preso aqui no Estado. Estava no plantão ao final de uma tarde quando o sargento foi posto em liberdade, mas ao chegar à rua foi colocado num Gordini verde e duas semanas depois seu corpo em adiantado estado de composição foi encontrado no Guaíba. Ele foi assassinado por bandidos da ditadura. Esses agentes, a maioria dos quais da brigada militar eram bandidos da pior espécie, pois matar em defesa própria é algo que admito, mas assassinar a quem nem mesmo se conhece por que é o desejo de uma ditadura. Isto tem um nome: covardia associada a banditismo da pior espécie.
O Editor

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Publicado em Sexta, 16 Outubro 2015 18:42
Escrito por Eugênio Araújo (*)

Entrevista exclusiva a Paulo Markun, no ‘SP, Brasil’ vai ao ar na próxima segunda-feira, às 19h (canal 7 da NET e 61.4 da TV Digital Aberta). Conversa resgata aspectos importantes dos “Anos de Chumbo”

Quis o destino que justamente na semana em que as forças democráticas preparam homenagens ao jornalista Vladimir Herzog, corresse nas redações a morte do coronel Brilhante Ustra, chefe da repressão na ditadura militar.

As chagas deixadas por essa ditadura e detalhes dos momentos finais da vida de Vlado irão ao ar na próxima segunda-feira, às 19h, na voz da viúva do jornalista, Clarice Herzog.

Cabe acentuar a causa mortis de (Carlos Alberto) Ustra, o coronel torturador: falência múltipla de órgãos decorrentes de uma pneumonia, na quinta-feira, 15. Ele comandou o Departamento de Informações do 2º Exército, o temido DOI-Codi, em cujas dependências – segundo o livro Brasil: Nunca Mais – centenas de pessoas foram torturadas. Mais: sob o comando direto de Ustra, ao menos 45 brasileiros foram torturados e assassinados. São 45 histórias brutalmente interrompidas num momento em que o Estado Brasileiro calou boa parte da sociedade civil.

CLARICE HERZOG

clarice-herozogClarice Herzog conversou com Paulo Markun (Imagem: Reprodução/TV Câmara SP)

Pois a farsa que o DOI-Codi tentou imputar ao grande jornalista, então diretor da TV Cultura e que compareceu para prestar depoimentos nas instalações do 2º Exército, há exatas quatro décadas, foi a repugnante versão de suicídio. A Comissão da Verdade desmontou a falsidade de um laudo técnico elaborado na calada da noite. Somaram-se à verdadeira perícia depoimentos de jornalistas presos com Vlado. Ele foi morto numa terrível sessão de tortura e maus tratos.

Meu grande amigo jornalista e presidente do sindicato da categoria em São Paulo nos “Anos de Chumbo”, Audálio Dantas, contou detalhes dessa história macabra no livro As duas guerras de Vlado. Por sinal, Audálio revelou, com rara sensibilidade, como o menino Herzog e sua família sobreviveram à perseguição nazista na Europa. Com cenas dignas de “A vida é bela”, o garoto driblou botas e rifles, desembarcou com os pais na cidade de Santos (SP), construiu uma vida saudável aqui no Brasil e acabou morto nas mãos de torturadores a serviço da Ditadura Militar.

“Se as forças armadas reconhecessem o que realmente foi feito, teríamos mais credibilidade neste país”, desabafa Clarice Herzog, no emocionante relato feito ao jornalista Paulo Markun. Em sua entrevista, a mulher forte, corajosa e decidida conta que a família insistirá na Justiça para que o Exército reconheça a farsa montada.

Confira, abaixo, trecho da entrevista de Clarice Herzog ao ‘SP, Brasil’:

(*) Formado em Comunicação Social pela Cásper Líbero, com MBA pelo Curso Master, ligado à Universidade Navarra (Espanha), Prêmio Esso de Jornalismo e subdiretor de comunicação externa da Câmara Municipal de São Paulo.

Copiado de: http://portal.comunique-se.com.br/

Praia de Xangri-Lá | Saiba tudo o que REALMENTE acontece em Xangri-Lá

13/09/2015

Os assassinos estão soltos e tem ódio de Dilma, Lula e o PT

ditadura militarPara os midiotas que perambulam com a Marcha dos Zumbis pedido o afastamento da Presidenta e espumando pela boca palavras de ódio ao Lula, ao mesmo tempo em que pedem a volta da ditadura, bastaria este único  caso para mostrar como funciona um governo aos moldes do que propugnam. Aos desavisados que ainda não se deram conta dos reais motivos de ódio e perseguição ao PT e seus líderes, eis aí a prova de como eles entendem como deve funcionar a vida em sociedade. Com isso não estou querendo dizer que o PT não tenha cometido erros, mas não há nada que se possa atribuir aos dois, Lula e Dilma, a perseguição diuturna dos perdedores das últimas eleições. Até porque graças ao republicanismo deles já não há lugar para Geraldo Brindeiros, porque, se quisessem, haveria ainda hoje candidatos a Engavetador Geral. Rodrigo de Grandis está aí para provar o que estou dizendo.

Não podemos nos esquecer que havia finanCIAdores ideológicos, os mesmos que hoje patrocinam o golpe, nos porões do DOI-CODI. E eles participavam nas sessões de tortura e estupro. Depois também emprestavam peruas para transportarem os corpos violados e mutilados ao Cemitério de Perus.

Convém lembrar que este tipo de acontecimento tinha a proteção de todos os atuais associados do Instituto Millenium. Lei Rubens Ricúpero veio à luz durante o governo Itamar Franco, via Carlos Monforte, mas a prática já era rotina nos grupos mafiomidiáticos. O exemplo mais contundente desta prática foi o comício das Diretas Já, no Vale do Anhangabaú, que reuniu 1,5 milhões de manifestantes, mas que a Rede Globo noticiou como se tivesse sido comemoração pelo aniversário da cidade. Hoje, quando vemos personagens obtendo espaço na Rede Globo para exporem seus desrespeito à democracia temos o mau costume de criticar as personagens, não aquela que a convocou. Não, não é Aécio o golpista, é a Rede Globo que o usa para golpear. Não é Sartori que é uma mequetrefe, é a RBS que o enfia pela goela dos midiotas gaúchos.

O “agente Guarany”, a bomba e o poder da foto

Por Fernando Brito · 12/09/2015

riocentro

A conclusão – 35 anos depois – da apuração sobre a autoria, intelectual e material, do torpe assassinato de D. Lyda Monteiro, secretária da Ordem dos Advogados do Brasil, na explosão da carta-bomba dirigida ao presidente da instituição, Eduardo Seabra Fagundes, já nos estertores da ditadura no Brasil, não é o ponto final desta chaga na história brasileira recente.

Agora, cabe à Procuradoria Geral da República – mais especificamente ao Dr. Rodrigo Janot – decidir se o caso vai ou não à Justiça, porque não está coberto sequer pela Lei da Anistia – promulgada no ano anterior ao crime – mas por uma alegação de prescrição que, afinal, só pode ser alegada se aceitar-se como legítima toda a “operação-abafa” que envolveu o episódio por décadas.

Antes de reproduzir um trecho do post de Auler – a íntegra está aqui – não posso deixar de prestar uma homenagem a Aníbal Philot – já morto – com quem trabalhei no início de minha carreira, em 1978, cuja foto histórica do atentado do Riocentro, meses depois da bomba na OAB, permitiu identificar com certeza o autor material daquele crime: o ex-sargento do DOI-CODI Magno Cantarino Motta, o “Agente Guarani”, visto no elevador que conduzia ao escritório do presidente da corporação por um ex-colega de quartel.

Dos olhos da testemunha e das lentes de Philot, que não se esmaeceram, saiu a verdade que tantos tentaram apagar.

O Mensageiro da Morte

Marcelo Auler (trecho)

Ao longo destes 35 anos, muitas pessoas apontaram para o agente “Guarany” como o portador da carta-bomba. O próprio, em 2014, ao ser procurado pela jornalista e pesquisadora da CEV-Rio, Denis Assis, parecia querer falar sobre o caso, mas recuou por interferência de sua mulher.

Havia evidências e testemunhos, faltava, porém, quem o reconhecesse como o homem visto com a carta-bomba na sede da OAB. Isto foi conseguido pela CEV-Rio, na semana passada, quando uma testemunha que se encontrava no prédio da Avenida Marechal Câmara, centro do Rio, e cruzou com o portador da carta-bomba, o reconheceu nas fotos apresentadas por Denise de Assis, na presença de Felipe Monteiro.

O agente paraquedista não agiu sozinho. Segundo depoimento do ex-delegado de Policia Civil do Espírito Santo, Claudio Guerra, o chamado autor intelectual do plano foi o já  falecido coronel Freddie Perdigão Pereira, que por muito tempo atuou no CIE (Centro de Informações do Exército), mas também teve participação ativa no DOI-CODI/RJ e na agência do Rio de Janeiro do Serviço Nacional de Informações (SNI), onde estava quando decidiu pelo envio da carta-bomba.

O terceiro militar envolvido também já está morto. Trata-se do sargento Guilherme Pereira do Rosário, paraqudeista da turma de Guarany, especialista em explosivos. Ele montou o artefato levado por Guarany à OAB, em uma oficina de um primo seu, como revelou à CEV-Rio o ex-delegado Guerra,  que convivia com todos eles, principalmente com Perdigão.

Rosário faleceu ao tentar executar um novo atentado que, pelas evidências levantadas, partiu do mesmo grupo de militares: a explosão de uma bomba no show em comemoração ao dia do trabalhador, no Riocentro, Zona Oeste do Rio, em 30 de abril de 1981. Acabou sendo a única vítima fatal da bomba que ele próprio montou. Com ele estava o então capitão Wilson Dias Machado, que mesmo bastante ferido conseguiu sobreviver.

Na noite do atentado do Riocentro, Guarany estava no local. A foto dele acima  é um recorte de uma foto maior em que ele aparece ao lado do Puma onde seu colega de farda e de quartel, Rosário, faleceu com a bomba no colo. Segundo explicou à CEV-Rio o coronel Paulo Malhães, o artefato explodiu quando a corrente do relógio do sargento fez o contato com os polos positivo e negativo do artefato.

Como nesta sexta-feira lembrou o jornalista Chico Otávio em reportagem em O Globo, Rosário, dias depois do atentado à OAB, foi encontrado por duas parentes de Lyda Monteiro na beira do túmulo dela, chorando, como se estivesse pedindo desculpas. As duas senhoras só vieram a saber a identidade daquele estranho visitante quando da sua morte no Riocentro, através das fotos divulgadas pelos jornais.

Nas entrevistas dadas à CEV-Rio nos meses de fevereiro e março de 2014, Paulo Malhães, ao ser questionado sobre a possível participação de Guarany na morte de Lyda, admitiu o envolvimento, apenas ressalvando que ele não seria o autor da ideia.

– Eu conheço o Guarany. Pode até ter sido enviado por alguém para colocar essa bomba. Partir dele, não.

Além de Guerra, dois outros companheiros de Guarany revelaram  à CEV-Rio que é ele quem aparece no retrato falado feito na Policia Federal, em 1990, em um segundo inquérito o qual, controlado pelo próprio Perdigão, tentou jogar a responsabilidade no americano  Ronald James Watters, que acabou inocentado pela Justiça por falta de provas.

Valdemar Martins, também paraquedista da turma de Guarany e Rosário, no último dia 3 confirmou o que já havia dito em 2014 à Denise Assis:

-Na época em que eu estive ai dando o depoimento para vocês, vi algumas fotos. Falei que era o Magno Cantarino Motta. Um agente que era sargento paraquedista, que serviu na mesma unidade que eu, junto com o Guilherme Rosário, ai no Rio de Janeiro. Era o agente Guarany. Confirmo que era o Magno Cantarino Motta, sargento paraquedista que serviu na minha unidade.

-Então podemos considerar um depoimento oficial para a CEV-Rio, uma declaração sua de que reconheceu aqui na sede da Comissão o paraquedista Magno Cantarino, o agente Guarany, como autor da entrega?

– Sim.
Sim, o autor da entrega. Mas não o único autor do crime.

O “agente Guarany”, a bomba e o poder da fotoTIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

17/08/2015

Coxinhaço

O que a geografia da cidade de Porto Alegre ensina. Como diria o poeta Mário Quintana, “olho mapa da cidade com que examinasse a anatomia de um corpo”. Em Porto Alegre o movimento golpista está concentrado nos bairros das classes mais privilegiadas: Bela Vista e Moinhos de Vento. E isso explica porque a concentração dos golpistas acontece no Parcão e no Parque Moinhos de Vento. E, vejam só, a Marcha dos Zumbis II fez transparecer outro aspecto bem gaúcho. Saiu do Parcão e visitou a sede do jornal Zero Hora/RBS, na Av. Ipiranga. É aquele momento em que o peregrino visita seu local sagrado.

Momento vergonha alheia: E como se tudo isso, que é muito mas não é tudo, bastasse, os zumbis portavam cartazes buscando legitimar o crime de sonegação. Claro, eles se referiam à Operação Zelotes, na qual seus patrocinadores, RBS & Gerdau, estão envolvidos. Uma parte do movimento se desgarrou e foi lamber botas no Comando Militar do Sul.

Toxicômanos. Dizem que é na Cidade Baixa que há mais maconheiros. Então seria interessante que a UFRGS fizesse uma análise química nos esgotos da Restinga, Cidade Baixa e Moinhos, como fizeram em Nova Iorque e em Brasília. Vai-se ver onde está concentrados os consumidores de cocaína. Tenho certeza que haverá maior concentração nos bairros que querem entronizar o Napoleão das Alterosas.

É por isso que nos estádios os gaúchos cantam: “sirvam nossas patranhas de modelo em toda terra”. 

Coxinhaço volta a ironizar ato Fora Dilma

Coxinhaço reuniu manifestantes contrários ao ato Fora Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Coxinhaço reuniu manifestantes contrários ao ato Fora Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Luís Eduardo Gomes

Como já virou tradição em Porto Alegre, em um novo dia em que manifestantes pediram pela saída da presidente Dilma Rousseff da presidência,  também é realizado o chamado “Coxinhaço” para marcar a posição contrária.

Leia mais:
Em Porto Alegre, caminhada de 3h pede a saída de Dilma

“Parece que se tornou uma cultura. Quando tem o ato dos coxinhas, nós fazemos o Coxinhaço”,  disse Matheus Castro, que fez parte da organização do ato. Segundo ele, o evento, convocado pelo Facebook, contou com o apoio do Bloco da Diversidade, SindBancários, Federação dos Metalúrgicos e outros movimentos de esquerda.

Marcado para às 16h, o ato reuniu dezenas de pessoas na esquina da Rua da República com a Rua Gen. Lima e Silva, no bairro Cidade Baixa. Foram vendidas coxinhas de galinha ao preço de R$ 2 – quem não tinha poderia levar de graça, assim como doações a mais também eram bem-vindas – para ironizar o ato realizado no Parcão, considerado como uma manifestação da “elite coxinha” brasileira”.  Além disso, também ocorreu uma exposição de exposição de trabalhos de cartunistas contra a redução da maioridade penal.

Ato também contou com manifestações contra a redução da maioridade penal | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Ato também contou com manifestações contra a redução da maioridade penal | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Inicialmente, a presença de público era tímida, com poucos manifestantes aguardando as coxinhas ficarem prontas e curtindo o som de uma banda que improvisava instrumentalmente – sem palavras de ordem como no ato do Parcão – clássicos da cultura popular brasileira.

Um dos primeiros a chegar foi Vicente Schneider, militante da União da Juventude Socialista, que disse salientou que a importância do “Coxinhaço” era a defesa do resultado das urnas.   “É importante estar aqui em defesa da democracia, contra essa onda de golpe e contra as forças conservadores que tentam colocar uma agenda de recesso no País. É importante demonstrar não apoio ao governo, mas ao resultado das urnas”, afirmou.

Aos poucos, porém, o público foi aumentando e a expectativa da organização é que o evento reunisse, assim como nas outras vezes, cerca de 300 pessoas.

Presente pela terceira vez em um “Coxinhaço”, o professor César Weinmann, do Colégio Estadual Inácio Montanha, salienta que, diferentemente do ato contra o governo, o evento é marcado pela diversidade.

“Pode parecer parcial, mas basta olhar a reprodução das imagens. Se tu olhar aqui, vai ver um pessoal em clima de confraternização, diversidade e inclusão. E, se tu for lá, vai ver uma coisa extremamente de ódio, excludente e sectária. Eu prefiro estar do lado das manifestações populares e includentes”, disse.

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Ato reuniu defensores do governo Dilma | Foto: Guilherme Santos/Sul21

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| Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

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Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Foto: Guilherme Santos/Sul21

Coxinhaço volta a ironizar ato Fora Dilma (veja fotos) – Sul 21

16/08/2015

Marcha dos Zumbis II

OBScena: sonegadores amestrados pela RBS cantam “sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra”

sonegar é legitima defesaO Napoleão das Alterosas teve de botar o rabo entre as pernas e voltar correndo para seu hospício. A louca cavalgada em busca do golpe paraguaio acabou como sói acontecer com cavalo paraguaio. Ninguém melhor do que o povo mineiro para falar do toxicômano de casa. Não por acaso, perdeu em Minas. Quem o conhece, não vota nele. Em todo caso, Aécio Neves trabalhou mais hoje do que nestes oito meses de Senado.

As imagens disponibilizadas pelos sites que patrocinam a marcha dos zumbis são elucidativas. Temos desde as vivandeiras dos quartéis, as tais de viúvas dos estupros nos porões do DOI-CODI pedindo um golpe militar. Temos os golpistas paraguaios, que pediam um simulacro de justiça para que o Napoleão das Alterosas possa, enfim, tomar posse. E, como das outras oportunidades, não foi possível distinguir um negro na marcha dos zumbis, nem mesmo na Bahia, o que prova que se trata de uma classe média ressentida em ter de disputar espaços com uma classe social ascendente.

A PEC das domésticas revoltou as senhoras dos bairros Bela Vista e Moinhos de Porto Alegre que saíram do Parcão, onde normalmente levam os poodles e gatos para fazerem em público o que as senhoras fazem na privada, em marcha até Meca, a sede da RBS.

Nos bairros Restinga, Lomba do Pinheiro e IAPI não se viu ninguém fantasiado com camisetas da CBF. Tivemos hoje um autêntico movimento Padrão FIFA, incluindo a bandeira da sonegação, tudo em busca de legitimar os crimes arrolados na Lista Falciani do HSBC e dos envolvidos na Operação Zelotes.

Sob gritos de "ladrão", Aécio bate em retirada da manifestação.

#CarnaCoxinha
A aparição do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na manifestação dos coxinhas a favor da ditadura, do golpe e da corrupção tucana foi relâmpago.
Apesar do ambiente controlado e do cordão de isolamento formado pela assessoria tucana em Belo Horizonte, o que seus assessores temiam ocorreu.
Ao ver a presença do tucano, um manifestante gritou: "Eu quero é o povo na rua, não político ladrão".
Aécio mal ficou meia hora na manifestação. Chegou por vota das 11h30 em um carro que parou perto de um caminhão de som, caminhou alguns metros, cercado de seguranças e assessores tucanos. Subiu no caminhão e falou pouco, logo batendo em retirada, com medo de sua presença atrair hostilidade como ocorreu com o manifestante que gritou "político ladrão".
Em uma área mais reservada dos olhares do público, protegido pela claque tucana, gravou cenas para os telejornais, posou para fotos e falou rapidamente para a imprensa. Foi embora às 12hs. (Com informações de "O Tempo").

Sob gritos de "ladrão", Aécio bate em retirada da manifestação. | Os Amigos do Presidente Lula

15/07/2015

Quer saber quem são os corruptos brasileiros?

EUAGloboQuer saber quem são os corruptos brasileiros? Pergunte aos EUA, são eles que corrompem, aqui e em qualquer outro lugar do mundo. Se nem sempre foi assim, pelo menos depois da  Segunda Guerra tem sido assim, com certeza. É claro que para haver comprador há que haver vendidos. A Chevron só compra porque há sempre um José Serra, um FHC que se vendem.  Para estes dois entreguistas brasileiros vale a máxima cunha pelo Barão de Itararé: “Quem se vende sempre recebe mais do que vale”.

Para essa massa de ignorantes da Marcha dos Zumbis, que pensam que a corrupção é só do tempo em que ela é combatida, ficam aí os arquivos dos EUA para provar que não só havia corruptos na ditadura, como está devidamente documentada nos EUA. Aqui, nossa velha imprensa não tem a dizer por ser exatamente parte da ditadura. E ditadura é, por si só, corrupção, posto que, para existir, corrompe a democracia. Do início ao fim, e até hoje, os a$$oCIAdos do Instituto Millenium, que já fizeram parte do IBAD, do IPES e frequentaram o DOI-CODI, estão sempre prontos a afrontarem a democracia a e apoiarem golpistas. A marcha dos vadios só existiu porque, sendo bem amestrados, houve também quem os amadrinhassem. As prisões de Julian Assange, Bradley Manning e Edward Snowden explicam quão atual continua a prática colonialista dos EUA.

Daqui a 50 anos os EUA vão abrir novos baús para revelarem quem são os quinta colunas que conectam os golpistas atuais aos interesses dos EUA. Mas não precisamos esperar tanto tampo para saber que lá estarão as digitais do José Serra, FHC, Aécio Neves, e toda esta matilha que trabalha contra o Brasil.

ELIO GASPARI

O baú dos americanos

Documentos do tempo da ditadura ajudarão no estudo das conexões de Washington com Brasília

O lote de 538 documentos liberados pelo governo americano durante a passagem da doutora Dilma por Washington é um tesouro para quem quiser reconstituir a teia das relações entre os dois países durante a ditadura. Eles estão no site do Arquivo Nacional.

Seu maior valor está na divulgação de mais de uma centena de papéis da Defense Intelligence Agency, a DIA. Ao contrário do que diz a sabedoria convencional, a Central Intelligence Agency não é o único serviço de informações americano e a DIA é a principal operadora de informações militares. Por exemplo: o famoso general Vernon Walters, adido militar no Brasil em 1964, era da DIA e só foi para a CIA anos depois, como seu vice-diretor. Walters foi substituído no Brasil pelo coronel Arthur Moura, um descendente de açorianos, afável, até divertido, fluente em português. Nos anos de chumbo ele foi o mais poderoso funcionário americano no Brasil. Promovido a general a pedido do presidente Médici durante seu encontro com o colega Richard Nixon, passou para a reserva e posteriormente tornou-se diretor da empreiteira Mendes Júnior (ela, a da Lava Jato).

A maioria dos telegramas da DIA foi redigida por Moura. Ele sabia muito –do general que entornava ao mulherengo e ao falastrão. Ajudava os amigos, levando remédios para o ministro do Exército. Moura foi um porta-voz convicto da máquina repressiva da ditadura. Em 1976, já na reserva, escreveu uma carta pessoal ao presidente Jimmy Carter descascando sua política de direitos humanos. Lembrou-lhe que quatro anos antes, ao passar pelo Brasil como governador da Georgia, elogiara a forma como a ditadura combatia o terrorismo. Lembrou ao presidente que ele visitara o país para defender os interesses da fabricante de aviões Lockheed, em cujo jatinho viajara. Alô, Lula. (O general fez chegar uma cópia da carta ao Planalto.)

Do exame da primeira metade do lote de papéis liberados vê-se que o embaixador Charles Elbrick, sequestrado em 1969, manteve o senso de humor na noite de sua libertação, quando foi ouvido por agentes americanos. Elbrick achara que ia morrer. Uma vez solto, disse que se um dia tivesse que ir para a cadeia, ou se voltasse a ser sequestrado, gostaria de receber o tratamento que tivera. Os sequestradores compraram-lhe cigarrilhas quando seu estoque de charutos acabou. Ao levarem comida, desculparam-se pela qualidade: "Nós não sabemos fazer de tudo".

Para quem persegue charadas, o papelório joga luz numa. Em novembro de 1969, quando Carlos Marighella foi morto em São Paulo indo ao encontro de dois freis, o consulado americano lembrou a Washington que sua conexão com os dominicanos do convento de Perdizes já havia sido exposta num telegrama de dezembro em 1968. De fato, há décadas sabia-se que houve um contato do consulado com "frei (dezoito batidas censuradas)". Ilustrando a incompetência da polícia, ele contara que Marighella estivera no convento, localizado nas cercanias do DOPS. Essas dezoito batidas parecem ter sido desvendadas. Outro telegrama, transmitido três dias depois da morte de Marighella e liberado agora, identifica o religioso da conversa de 1968 como "frei Edson Maria Braga" (dezessete batidas). À época havia um frei Edson em Perdizes, mas seu nome completo era Edson Braga de Souza. Era o prior do convento.

05/05/2015

O que todo defensor de ditadura deveria saber, se tivesse cérebro

No Brasil, como se sabe, os grupos mafiomidiáticos boicotou a Comissão da Verdade. E tinha motivos. Afinal, os assoCIAdos do Instituto Millenium participaram ativamente no golpe e depois do golpe para dar legitimidade aos golpistas. Não pararam nisso. Chegavam a participar nas sessões de tortura, estupro, assassinatos e no esquartejamento das vítimas para que os familiares não pudessem identifica-los. A Folha chama isso de ditabranda. Branda para o Frias que ia para as sessões de tortura e estupro, em sala escura junto como outros empresários, no DOI-CODI. Depois a Folha ainda emprestava as peruas para desovar os corpos dilacerados nas valas comuns do Cemitério de Perus. É por isso que eles odeiam Dilma. O Globo, que fez editorial saudando a chegada da ditadura, admitiu o erro, mas não se corrige. Continua com as mesmas práticas. Eles não se perdoam por Dilma ter sobrevivido à ditadura.

Não é mero acaso que na Argentina o Grupo Clarín, parceiro do Grupo Globo e demais membros dos do Instituto Millenium na SIP, esteve totalmente envolvida com a ditadura e dela se beneficiou para construir um monopólio odioso e odiado por todos os familiares das vítimas da ditadura argentina.

Ignacio Montoya Carlotto

Mariana Eliano 2 MAY 2015 – 23:12 CET

“Não sou um militante, mas o direito à identidade é fundamental”.

Após recuperar sua identidade, Ignacio Montoya Carlotto renunciou ao cargo de diretor da Escola Municipal de Música de Olavarría, que ocupou por seis anos. “É preciso ter a cabeça fresca, e agora estou meio travado, como um computador que pensa e repensa as mesmas coisas.” Começou um tratamento psicológico em junho, assim que contaram que era adotado.

Retrato de Ignacio Montoya Carlotto, neto de Estela de Carlotto, presidenta das Avós da Praça de Maio.

  • Foto:Mariana Eliano

Uma verdade que queima

Eles foram tomados de seus pais, privados de suas identidades e entregues em sua maioria a famílias ligadas ao regime militar que governou a Argentina entre 1976 e 1983

Filhos de militantes assassinados no regime militar argentino narram como encararam sua nova vida entre duas famílias, depois de recuperados pelas Avós da Praça de Maio

Raquel Garzón 2 MAY 2015 – 18:00 BRT

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Vitória e a filha, nascida em um dos mais emblemáticos centros clandestinos de detenção da Argentina. / Mariana Eliano

Chora feito criança, soluçando. Matías tem 37 anos e há 25 sabe que é filho de desaparecidos, vítimas da ditadura militar argentina, mas desmorona e leva vários minutos para se recuperar quando pensa em como vai contar ao seu filho Benjamim, que ainda nem completou dois anos, que ele e seu irmão gêmeo chamavam de “papai” o torturador Samuel Miara, que se apropriou das crianças em maio de 1977, poucos dias depois de a mãe deles os parir em La Cacha, um centro clandestino de detenção localizado na penitenciária de Caseros, em La Plata, capital da província de Buenos Aires. “Se há algo que não vou fazer com o meu filho é mentir para ele. Treinam você para mentir, para levar uma vida dupla”, conta ele no apartamento onde vive, na cidade de Rosario, a 300 quilômetros da capital do país.

mais informações

Tatiana recorda que Mirta, sua mãe, foi sequestrada diante dos seus olhos numa praça de Villa Ballester, quando ela tinha três anos e meio. “Vejo-a como em um filme mudo. Reconstruo o que ela diz: ‘Cuidem-se bem’”. Lá ficaram ela e Laura, sua irmã de três meses, até que a polícia as levou para um juizado de menores como NN (nomen nescio: sem identidade conhecida). Adotadas de boa fé por um casal, foram as primeiras netas recuperadas pelas Avós da Praça de Maio, em 1980. “Até os 12 anos eu achava que meus pais iam voltar”, contou Tatiana, grávida de Pedro, seu terceiro filho, que já terá nascido quando esta reportagem for publicada.

Vitória nasceu na Escola Superior de Mecânica da Marinha (ESMA, na sigla em espanhol), um dos mais emblemáticos centros clandestinos de detenção da Argentina, durante o cativeiro de sua mãe, Cori, cujos olhos ela herdou e transmitiu a Trilce, seu bebê de cinco meses. Militante social desde muito jovem, Viki viveu até os 27 anos acreditando ser filha de Esther e Juan Antonio Azic, o Piraña, um ex-integrante das forças de segurança que se tornou comerciante e acabou sendo condenado a 18 anos de prisão por sequestros e torturas. Foi restituída em 2004, e em 2007 se tornou a primeira neta recuperada a se eleger deputada nacional. Mas continua indo à penitenciária de Ezeiza para visitar aquele que se apropriou dela. Às vezes, leva a filha nos braços. “Apesar do que ele fez e do que é, um repressor, eu o amo”, define, com a voz embargada, na sala do seu apartamento do bairro de Boedo, um ambiente pintado de laranja furioso.

Ignacio, músico, vive em Olavarría, 350 quilômetros a sudoeste da cidade de Buenos Aires. Em 5 de agosto de 2014, ficou sabendo que é filho de Laura Carlotto e neto de Estela, a presidenta das Avós, que o procurava havia mais de três décadas, desde que soube que sua filha o havia parido em uma prisão clandestina. “Pobre mulher, será que um dia vai encontrá-lo?”, chegou a comentar com Celeste, sua mulher, ao vê-la dando uma entrevista na televisão, sem suspeitar que Guido, o neto que procurava, era ele mesmo. E, embora diga que recuperar sua identidade aos 36 anos foi “uma sacudida feliz” (“Choveram-me duas famílias”), admite que “leva um tempo até você reinterpretar a sua vida inteira” e que não é fácil assumir “da noite para o dia que seu rosto se transforme em um pôster”. Enquanto isso, a Justiça investiga ainda sua apropriação e a responsabilidade de Clemente Hurban, seu pai de criação, um trabalhador rural que mal terminou a escola primária e a quem Ignacio trata carinhosamente como “o velho”.

Tomados como botim de guerra pelos militares, 500 crianças nascidas entre 1975 e 1980 na Argentina foram privadas da sua identidade e entregues em sua maioria a famílias ligadas ao regime, que as registraram como filhos próprios, a fim de evitar que fossem educados em ambientes que o regime considerava “subversivos”. Filhos de militantes políticos sequestrados e assassinados pela ditadura que governou o país entre 1976 e 1983 (algumas fontes estimam em até 30.000 os desaparecidos), Matías Reggiardo Tolosa, Tatiana Sfiligoy, Vitória Donda Pérez e Ignacio Montoya Carlotto representam 4 dos 116 casos de netos recuperados até hoje pelas Avós de Praça de Maio, uma associação civil criada em outubro de 1977 por mulheres que encontraram forças para manter vivo o sonho de recuperar os filhos dos seus filhos. O EL PAÍS entrevistou os quatro para saber como se vive depois de uma verdade que arde e que obriga a reconstruir com retalhos e relatos alheios as histórias de seus pais, nas quais se misturam ideais, mentiras, torturas, morte e terrorismo de Estado. Todos eles são hoje mais velhos do que eram seus pais ao serem assassinados.

Ignacio Montoya Carlotto

Filho de Laura Estela Carlotto e Walmir Óscar Montoya, sequestrados em 1977.

Chamam-no de “o Messi dos netos”, apelido dado meio de brincadeira por outros jovens restituídos, criticando o fato de que desde que ele surgiu, em 5 de agosto de 2014, os outros ficaram ofuscados. “Se sua cabeça não está no lugar, uma notícia como esta te destrói, você começa a fazer bobagens”, diz, o mate pela metade, Ignacio, o neto que Estela de Carlotto, presidenta das Avós da Praça de Maio, esperou por 36 anos.

A busca empreendida por sua avó, Estela, começou quando ela soube, por meio do testemunho de sobreviventes, que sua filha Laura, militante do grupo armado Montoneros e sequestrada em novembro de 1977, tinha dado à luz –algemada, num hospital militar– um menino que chamou de Guido, em homenagem ao avô. Poucas horas depois foram separados, e a jovem foi assassinada dois meses mais tarde num confronto forjado. Os militares entregaram à família o corpo de Laura, mas não a criança.

A busca feita por Ignácio começou em 2 de junho do ano passado, dia de seu aniversário, quando uma pessoa próxima da família confirmou para Celeste Madueña, sua mulher, algo de que ele suspeitava: que tinha sido adotado. Ele entrou em contato, por e-mail, com as Avós. Disseram-lhe que apenas 1 a cada 1.000 casos acaba confirmado. Mesmo assim, conversou com seus “velhos”, Juana e Clemente Hurban, que ele continua a considerar assim. “Contaram-me que Carlos Francisco Aguilar, o dono do terreno em que eram caseiros, sabendo que não podiam ter filhos, lhes disse que havia uma mulher de La Plata que não queria criar o seu, e que poderia trazê-lo. Eles aceitaram e assinaram documentos que acreditavam que fossem de adoção. Falaram-lhes que era melhor não me contar nada. São pessoas muito simples, confiaram cegamente.” Aguilar morreu em março de 2014, e sua ausência parece ter relaxado o pacto de silêncio.

Junto assim pedacinhos, um quebra-cabeças de coisinhas lindas. Isso é meu, e assim posso vê-los como papai e mamãe

Ignacio, o neto 114

Em 5 de agosto, por meio do cruzamento do DNA dos envolvidos, comparado com as amostras do Banco Nacional de Dados Genéticos, criado durante a presidência de Alfonsín, em 1987, o país e o mundo se emocionaram com a aparição de Ignacio, o neto recuperado número 114, cuja avó é Estela de Carlotto. Todo argentino se lembra de onde estava quando soube a notícia, tamanha a capacidade de mobilização do caso.

“A situação é muito difícil, não só por ser algo tão íntimo e pelo peso da verdade, mas também por tudo que vem junto: as capas de revistas, as câmeras que te seguem e a expectativa em relação ao que você vai dizer”, relata. “É raro, por exemplo, ter que explicar que você é quem é e se chama como se chama. Não sou Guido. E às vezes recebo cartas de pessoas que me pedem explicações: ‘Como é que você não assume o símbolo que representa?’”. Ele acredita, mesmo assim, num responsabilidade cívica, que supera os incômodos: “Não sou um militante, mas o direito à identidade é fundamental, e faço o que posso para ajudar e incentivar que outros se animem a saber”.

Faz apenas oito meses que a vida de Ignacio deu um giro de 180 graus. Na primeira vez que se encontrou com Estela, sua avó, eles se abraçaram e começaram a chorar. “Foi em La Plata. Nós nos sentamos e começamos a conversar. A alguns quarteirões dali estavam meus primos: 14, mais seus cônjuges e filhos. Ela me perguntou se queria conhecê-los, e pedi um tempo. Fui no dia seguinte. A avó disse para eles: ‘Ele não gosta de ser abraçado nem acariciado, como fazemos entre nós’. Quando cheguei, estavam em fila, tensos. ‘Oi, tudo bem, sou fulano’. Cumprimentei todos, e uma entrou na fila duas vezes! Foi divertido. Vieram também algumas primas por parte do meu pai. Todos nos conhecemos ali, porque não havia certeza, até o DNA, sobre quem era o par da minha mãe. Foi um belo momento.”

Ignacio não fala de perdas, mas de luto e de uma história com um “início dolorosíssimo que tem essa passagem de luz”. “Não tive a chance de perguntar nada, encheram-me de informações. Coisas que sei que são certas, mas que estão filtradas por anos de repetição da história para que não seja esquecida. Mas aos poucos, com todas as viagens que fiz nestes meses, encontrei histórias e fui construindo uma imagem de Laura e de Walmir, que se conheceram na clandestinidade. Por exemplo, mostraram-me um postal que meu pai enviou para minha avó Hortensia, que hoje tem 92 anos. Está cheia de erros horríveis de grafia. E numa época eu era assim, uma tristeza escrevendo. Junto assim pedacinhos, um quebra-cabeças de coisinhas lindas. Isso é meu, e assim posso vê-los como papai e mamãe. Se não, é muito difícil: não os conheceu, não tem registro.”

O que lhe custa mais é defender seu espaço e sua intimidade da invasão implicada por se tornar uma pessoa pública. Agora que choveram chances “de tocar aqui ou ali, de viver em outro lugar”, escolheu a própria Olavarría, onde está construindo uma casa e onde Celeste e ele querem ter um filho (“estamos nesta”).

Chama de ruídos suas dúvidas de antes. “Tive e tenho uma vida feliz. Mas havia certas questões básicas: a semelhança física, por exemplo. Não nos parecíamos. E a música, porque morávamos no campo, a 45 quilômetros daqui, num lugar em que não havia energia elétrica até ano passado. Nem rádio havia. E um dia, quando fomos a uma cidade vizinha, eu tinha 8 ou 9 anos, ouvi uma orquestra típica que tocava um pouquinho de tudo –pasodoble, rock, pop…— foi um clarão, não pude acreditar no que ouvia”, lembra. E começou a estudar.

A música, ele agora sabe, fluía na família. Walmir Montoya, seu pai, era baterista: militante montonero sequestrado em 1977 e fuzilado num suposto confronto, seus restos enterrados como NN (sigla de nenhum nome) numa sepultura coletiva, e encontrados em 2006 pela Equipe Argentina de Antropologia Forense. Seu avô paterno era saxofonista, e seu avô materno, Guido, um amante da música, fã de jazz. “O sangue não é água”, diz Ignacio. Saboreia como refrão esse dito que tem equivalentes em vários idiomas, enquanto toca no piano Los niños que soñaban em colores, “uma valsinha jazzeada”, suave e bela, a primeira que compôs depois de saber quem é.

Tatiana Sfiligoy

Filha de Mirta Graciela Britos Acevedo e Óscar Ruarte, que continuam desaparecidos.

Havíamos visto a operação na esquina de casa, um grupo armado. E minha mãe decidiu ir à praça. Nos seguiram e não houve alternativa. Começou a nos beijar e a se despedir. Não me lembro de ter tido medo. E, sim, perplexidade. Essa foi a última vez que vi minha mãe”, conta Tatiana, lembrando aquele dia infernal de 1977.

Não julgo meus pais. A geração deles pensou que era possível uma mudança

Tatiana

Tinha 3 anos e meio. Seis meses depois, ela e sua meia-irmã Laura (filha de Alberto Jotar, também desaparecido, parceiro de Mirta Britos naquela época) foram entregues a um casal de boa-fé, Inés e Carlos Sfiligoy, que as adotou. Tatiana decidiu manter o sobrenome e os chama de mãe e pai. “Quando, em 1980, nos convocaram ao tribunal porque minhas avós haviam nos localizado e ambas as famílias se encontraram, houve um entendimento. ‘Que as partes se entendam’, disse o juiz, e o fizeram. Foi estabelecido um regime de visitas para minhas avós, que viviam em Córdoba. Isso me permitiu crescer e me apoiar em outros pais, sem cortar os laços com elas nem com meus primos e tios e sem ocultar a história dos meus pais biológicos. Isso foi atípico”, resume Tatiana. Casos como o dela — onde não houve roubo de crianças nem apropriação por aqueles que os criaram — são contados nos dedos.

Até os 18 anos, Tatiana não perguntou muito. Um dia, encontrou em um jornal um comunicado da Associação Argentina de Atores que incluía o nome de seus pais. “Tive um impacto muito grande e levei quase um ano para buscar mais dados.” Mas o fez. Viajou a Córdoba, onde Mirta e Óscar militavam nas organizações guerrilheiras FAL 22 e PRT-ERP. “Foi muito forte para mim e para seus companheiros. Me olhavam como se eu fosse um fantasma, porque me pareço com meus pais.”

Começou então para ela uma época de ativismo pelos direitos humanos. Estudou psicologia e participou dos primeiros escrachos organizados contra repressores pela associação HIJOS (filhos pela identidade e justiça contra o esquecimento e o silêncio, na sigla em espanhol), criada em 1995 para lutar contra a impunidade. “Os escrachos eram muito malvistos. Eram momentos muito importantes para os filhos de desaparecidos. Levou muito tempo, inclusive durante a democracia, para que a memória fosse uma política de Estado”, lembra.

Tatiana Sfiligoy tinha três anos e meio quando sua mãe, perseguida por paramilitares, a abandonou em uma praça com sua irmã bebê. / Mariana Eliano

O grupo HIJOS colocou recentemente em evidência as divisões que existem entre os militantes de direitos humanos em relação ao kirchnerismo, ao queimar em La Plata — em 24 de março, nos 39 anos do golpe de Estado — dois bonecos abraçados de Hebe de Bonafini, líder das Mães da Praça de Maio, e César Milani, atual chefe do Estado Maior do Exército argentino. O gesto simbolizava o repúdio diante das contradições do Governo de Cristina Kirchner, que defende ativamente uma política pela memória, mas nomeou Milani em 2013 e ainda mantém no cargo esse militar suspeito de crimes contra a humanidade.

A história é marcada na pele. “Não julgo meus pais. A geração deles pensou que era possível uma mudança. Era grande o compromisso e pouca a consciência da tragédia que se formava. Acho que nunca pensaram que seriam mortos”, reflete Tatiana. Depois da morte de suas avós, há cinco anos, os contatos com a família biológica são menos frequentes (“quase tudo é por Internet”). Com Laura, sua irmã, é quase a mesma coisa. “O processo dela foi diferente. Vive nos EUA. É paradoxal, porque não conheceu nossos pais, não lembra deles, mas sofre. Não os perdoa. É nisso que acontece o maior desencontro. Estamos falando outra língua. Tenho dois sobrinhos lá e é complicado.”

DNA obrigatório?

É possível obrigar alguém a enfrentar uma verdade que não deseja conhecer? A irmã mais nova de Victoria Donda nasceu em 1980, também apropriada, e foi chamada de Carla pelo casal Azic. Seu caso foi resolvido em 2008, quando, perante a sua negativa em fazer análises imunogenéticas, a Justiça ordenou que fossem obtidas amostras de DNA através de objetos pessoais da jovem. No dia 27 de maio daquele ano foi confirmado que se tratava de Laura, terceira filha do casal formado por Silvia Beatriz María Dameri e Orlando Antonio Ruiz, ainda desaparecidos. Existem precedentes da Corte Suprema argentina que declaram inconstitucional a extração forçada de sangue. Mas, pela existência de métodos não invasivos (análises de amostras de cabelo ou saliva), a Justiça tomou decisões priorizando o valor social da restituição da identidade de uma pessoa e a possibilidade de investigar o delito de sua apropriação.

Um caso muito controvertido foi o de Marcela e Felipe Noble Herrera, filhos adotivos de Ernestina Herrera de Noble, diretora do jornal Clarín, veículo que o kirchnerismo considera ser de oposição. Por causa de um processo iniciado por duas famílias (Lanuscou-Miranda e Gualdero-García) que atribuíam aos jovens a condição de filhos de desaparecidos, foi iniciada uma longa disputa judicial, que incluiu em 2010 o sequestro das roupas íntimas que os irmãos vestiam naquele momento. Para encerrar a “inédita perseguição política” que os jovens diziam viver, eles solicitaram em 2011 a comparação do seu DNA com todas as amostras existentes no Banco Nacional de Dados Genéticos. Todas as análises deram negativo.

Em 10 de março de 2014, a juíza federal Sandra Arroyo Salgado deu por terminadas as perícias no processo. Em março deste ano, Javier Gonzalo Penino Viñas, que tinha sido adotado ilegalmente pelo repressor Jorge Vildoza e recuperou sua identidade em 1999, depôs como testemunha de defesa no julgamento de sua apropriadora, Ana María Grimaldos, esposa de Vildoza, alegando seu direito de manter esse laço. Em 14 de abril, a Justiça condenou a apropriadora a seis anos de prisão. Dois dias antes disso, as Avós da Praça de Maio confirmaram o suicídio de Pablo Germán Athanasiu Laschan, que havia recuperado sua identidade aos 37 anos, em agosto de 2013, depois de se submeter voluntariamente ao exame. Pablo tinha sido registrado como filho próprio por um casal com estreitos vínculos com a ditadura. Seu apropriador está detido como parte de um processo por crimes contra a humanidade.

Matías Reggiardo Tolosa

Filho de María Rosa Ana Tolosa e Juan Enrique Reggiardo, desaparecidos em fevereiro de 1977.

“Eu perguntava às garotas com quem saía: “Você sabe quem eu sou?”, diz Matías enquanto conversamos rodeados pela cadeirinha de alimentação e os brinquedos de Benjamín. “Agora levo na gozação, mas, diante dessa pergunta, pensavam: a) é um assassino em série; b) é casado; c) é gay.” Em 2009, conheceu María, que não temeu ouvir a resposta; casaram-se três anos depois e nasceu o menininho cujas fotos forram as paredes.

Considera-se um homem feliz e até mesmo ri várias vezes ao longo da conversa. Mas nunca pôde acostumar-se a comemorar seu aniversário em 27 de abril, quando se presume que nasceu, durante o cativeiro de María Rosa Tolosa, sua mãe, que continua desaparecida. Ainda festeja a data em 16 de maio, dia em que ele e seu irmão gêmeo, Gonzalo, chegaram à casa do ex-subcomissário Samuel Miara, condenado em 2014 à prisão perpétua por delitos de lesa humanidade cometidos nos centros clandestinos de detenção Club Atlético, El Banco e Olimpo. Miara e sua mulher, Beatriz Castillo, os registraram em 1977 como filhos próprios. Até 1985 os meninos não suspeitavam de nada. Nesse ano, fugiram para o Paraguai: as Avós da Praça de Maio os descobriu pensando que eram outros gêmeos filhos de desaparecidos, os Rossetti Ross.

Foram extraditados em 1989, mas verificar sua identidade levou anos (“lembre que não havia ainda DNA, mas estudos de histocompatibilidade”), durante os quais continuaram vivendo por decisão judicial com os Miaras. Esse tempo foi muito difícil. “Eles nos disseram que tinham cometido um delito e que iriam ser presos. A Justiça estabeleceu um procedimento de forte controle. Durante toda a minha adolescência, e até completar 18 anos, tive de ir a cada 15 dias ver um psicólogo forense. Nós nos sentíamos como coelhinhos da Índia e sei que nosso caso é tratado ainda hoje em diferentes campos da psicologia.

Não é o mesmo restituir um menor de idade do que você descobrir quem é na idade adulta. O caso Miara ainda dói. Em 1994, os gêmeos chegaram às telas da televisão argentina; tinham 16 anos e acabavam de se mudar para morar com o tio materno, Eduardo Tolosa. Pediam para voltar com seus apropriadores, que na época sentiam ser seus pais, e a quem amavam. Por que? “Fomos obrigados a cortar todos os laços com nossa vida anterior: a cidade, os amigos, o colégio, os Miaras. No começo tentávamos falar de forma clandestina com eles, escapávamos. Chegaram a destacar policiais para nos seguirem. Estávamos aprisionados por ambos os lados. Tudo isso provocou um atraso muito significativo em nossa vontade de recuperar nossas origens”, recorda agora Matías.

Nós o vimos várias vezes na prisão. Quando vim morar em Rosário, pedi até que não falasse mais comigo

Matías, sobre o pai adotivo, Samuel Miara, condenado por crimes contra a humanidade

Depois do escândalo midiático (“ainda me parece uma loucura que nos tenham dado espaço; hoje, se você coloca um menor na televisão sem autorização, fecham a emissora”), Eduardo, que não queria negociar um regime de visitas com os apropriadores, renunciou à guarda dos sobrinhos e os garotos foram viver com uma família substituta até chegar à maioridade. Aos 21 anos, Matías e Gonzalo decidiram voltar a viver com Beatriz Castillo. “Sentia que não tinha outro lugar para onde ir”, explica Matías. “Eu a chamava de mamãe, mas sempre estava consciente do que tinham feito. Samuel estava preso por ter se apropriado de nós. A distância começa a se aprofundar nos meus 28 anos, porque comecei a me dar conta.”

Em junho de 2005, a Corte Suprema declara a inconstitucionalidade das leis do Ponto Final e Obediência Devida, que junto com os indultos do menemismo garantiam impunidade. Assim, militares cujo ajuizamento havia sido suspenso retornam aos tribunais. Miara volta à prisão para ser julgado por delitos de lesa humanidade. O processo foi muito lento e os gêmeos o visitavam. “Nós o vimos várias vezes na prisão. Falávamos de tudo, mas houve momentos em que meu irmão e eu o encurralamos um pouco, e essas conversas me fizeram sentir que eu não tinha por que passar por isso: estar com uma pessoa que é um psicopata e demonstra isso pra você, que diz coisas que te fazem mal, e que está na cadeia, além do mais, com outros repressores. A última vez que vi Miara foi em 2007, e Beatriz, em 2011. Quando vim morar em Rosário, pedi até que não falasse mais comigo. Mas continuou fazendo isso por um tempo.”

Sabe por relatos que Quique, seu pai, tinha um modo de falar sussurrado, como o seu, e que, como ele, amava literatura. “Se você é tirado de seus pais quando eles têm 24 anos, você não pode brigar com nada. Não pode chegar a essa distância natural que há na adolescência em relação aos pais. Embora você sempre se pergunte se eles poderiam ter agido de outra maneira para se salvar.”

Complexa e dolorosa para os irmãos Reggiardo Tolosa, sua experiência representou um antes e um depois nos casos de restituição. Diana Kordon, psicanalista que trabalhou com as Mães da Praça de Maio até 1990, e que hoje coordena a Equipe Argentina de Trabalho e Pesquisa Psicossocial, especializada no apoio às vítimas de traumatismos sociais, recorda que o consenso naquele momento era outro: “Não era só a mídia que debatia se tinham de ser restituídos ou não. Discutíamos entre profissionais. Era muito forte a pressão no sentido de que estávamos estimulando um novo trauma nas crianças. Agora é diferente: houve a legitimização do fato de que a apropriação existiu e é um crime condenável em termos sociais, mas também em relação às pessoas que a sofreram e suas famílias.

Matías Reggiardo Tolosa, cujos pais desapareceram em 1977. Já adolescente, ele soube que havia sido entregue a outra família quando bebê. / Mariana Eliano

Essa mudança na forma de olhar se evidencia também na quantidade de consultas anuais que as Avós recebem, um aumento de mais de 600% entre 2001 (109 consultas) e 2014 (678), com um pico de 117 apresentações em setembro em decorrência do efeito Guido, depois da restituição do neto de Estela de Carlotto, presidenta da instituição. “A apropriação é uma situação traumática porque rompe a cadeia genealógica e sua transmissão cultural, que vai muito além do sangue. A restituição, por sua vez, é um momento de grande crise, mas também a possibilidade de um grande encontro com a verdade”, define Kordon. Reconstruir laços com suas famílias de origem levou anos para Matías. O tempo sanou sua relação com Eduardo, seu tio materno, a quem reencontrou nas audiências do julgamento de Miara, finalmente condenado em 2013.

Embora com demora, voltou a relacionar-se com a família de seu pai: Guarda um álbum fotográfico de capa azul preparado em 2009 para ele por suas tias paternas. Na primeira página desse documento se lê: “Memórias de teu pai, Quique, Juan Enrique Reggiardo”, e se vê uma árvore genealógica desenhada à mão, que dá nome aos rostos das fotos.

Victoria Analía Donda Pérez

Filha de María Hilda Pérez e José María Laureano Donda, que continuam desaparecidos.

Sua vida mudou para sempre em 24 de julho de 2003, quando Juan Antonio Azic, a quem chamava de pai, tentou suicidar-se dando um tiro na cabeça com sua arma regulamentar. Ficou em coma três meses. A razão chegou pela imprensa: Azic figurava entre os repressores cuja extradição pedia o juiz espanhol Baltasar Garzón para julgá-los por crimes de lesa humanidade fora da Argentina, onde ainda vigoravam as leis de Ponto Final e Obediência Devida.

Analía (esse era seu nome naquela altura) sentiu que sua vida desabava e telefonou para as avós da Praça de Maio para desculpar-se por seu pai. Poucos dias depois, um grupo do HIJOS contatou-a para lhe dizer que suspeitavam que tinha sido apropriada por Azic e sua mulher, Esther, e que isso só poderia ser confirmado por uma análise de DNA. “Lembro-me da sensação de estar diante de um abismo, que tudo desabava. Via tudo escuro e tremia muito. Suponho que de medo. Foram dias em que tremi sem parar”, conta agora Victoria Donda com um fio de voz, enquanto prepara a mamadeira de Trilce, seu bebê.

“Demorei oito meses para me decidir a fazer o exame porque sentia que era dar uma prova para prenderem Juan, um homem que eu amava muito. Que amo muito. Apesar do que fez e das responsabilidades que lhe cabem por isso, porque é um repressor e por isso está preso, eu o amo”. Ainda o visita na penitenciária. Como são esses encontros? “Mais tranquilos, já não há nada que ocultar. De algumas coisas escolhemos não falar, mas é uma relação linda”.

Apesar do que fez e das responsabilidades que lhe cabem por isso, porque é um repressor e por isso está preso, eu o amo

Victoria

O exame demonstrou que era filha de María Hilda Pérez, Cori, e José María Donda, conhecido como Pato, integrantes do Montoneros, sequestrados em 1977. E também, que seu tio não é outro que o oficial da Marinha Adolfo Donda Tigel, hoje na prisão, responsável pela inteligência da ESMA, por onde passaram mais de 4.200 presos desaparecidos. Ali nasceu Victoria, separada de sua mãe com 15 dias de vida: foi a mãe que lhe deu o nome e, com ajuda de uma companheira que a assistiu no parto, perfurou suas orelhinhas com uma agulha cirúrgica e passou fiozinhos azul-claros por elas, segundo relatos de alguns sobreviventes. Essas vozes apontam seu tio como o delator de seus pais. Também foi ele que levou Eva Daniela, sua irmã mais velha, nascida em 1974, que estava aos cuidados de sua avó, Leontina, uma das fundadoras de Avós da Praça de Maio.

Adolfo Donda conseguiu tirar a guarda da menina e a criou como sua filha, afundando uma tragédia familiar que representa a de todo um país. Eva sente afeto de filha por esse tio-pai-apropriador que estava a par do sequestro da cunhada e do irmão e que a criou, mas permitiu – no cúmulo da crueldade ou da contradição – a entrega de sua outra sobrinha, Victoria, a quem inclusive se negou a conhecer.

Vitória e a filha, nascida em um dos mais emblemáticos centros clandestinos de detenção da Argentina. / Mariana Eliano

A relação entre as duas irmãs foi muito difícil durante anos. A mais velha das Donda chegou inclusive a participar, em 2009, de um ato da associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Terrorismo na Argentina, que conta os assassinatos de militares pela guerrilha. Recentemente o vínculo está se recompondo, alentado em parte pelo desejo de deixar para seus próprios filhos outra realidade afetiva. “Estamos nisso”, diz Victoria. “Visitamo-nos, vemo-nos. Saímos juntas. Está bom. Há coisas que é melhor não falarmos. Ela está em um processo pessoal também”, define.

A política foi a melhor terapia de Victoria. “Belicosa”, como gosta de se definir, é um rosto das ideias de esquerda que luta pela legalização da droga (“é o único modo de combater o narcotráfico”) e pelos direitos das mulheres. Assegura que quando Trilce, seu bebê, tiver condições de entender, contará tudo a ela, com Disney como aliado (para desgosto de seus companheiros de partido, o Livres do Sul). “Tenho pensado em assistir Enrolados com ela. O filme fala de uma apropriação porque Rapunzel foi afastada de seus pais e mentiram para ela sobre sua origem”.

Viki teve duas mães. Pelo menos é assim que sente. “Esther, a mulher de Juan, foi minha mãe e vai ser a avó de Trilce, não importa que tenha morrido há quatro anos. Mas minha mamãe biológica, Cori, também me fez falta: senti muitas saudades dela durante minha gravidez. Nunca a vi, é claro, mas precisava dela perto”.

E há cicatrizes. Desde 2003 sonha que está sendo sequestrada por homens sem rosto e falta um lugar onde honrar seus pais. “O que mais dói é a ausência da ausência; não saber onde estão meus pais. Que quando quero ir levar uma flor para eles tenho que ir a um rio”, diz, aludindo à morte de Cori, que foi “transferida”, eufemismo usado pelos militares para se referir aos prisioneiros que eram drogados e jogados ao Rio da Prata nos chamados “voos da morte”.

Enquanto a bebê sorri, muito contente com o movimento de gravadores e câmeras, Victoria fala do nome que escolheu para ela junto com Pablo, seu marido: “A canção de Trilce”, de Daniel Viglietti, uma de seus favoritas; o som, quase um doce, que não quer dizer nada e entretanto “soa como uma mistura de triste e doce”. Possivelmente um verso do poema homônimo de César Vallejo encerre outra chave da escolha quando repete teimoso: “Não tenhamos mais pena”.

Detalhe do mural dos desaparecidos na Escola Superior de Mecânica da Marinha (ESMA), o centro de detenção e tortura da ditadura militar argentina. / Mariana Eliano

Ditadura Militar Argentina: Uma verdade que queima | Internacional | EL PAÍS Brasil

27/04/2015

A guerra dos ditadores era contra agitadores

marcha dos zumbisNo dia de hoje a Folha republica matéria de 50 atrás. A guerra do ditadores eram contra os agitadores. Os agitadores de hoje querem a ditadura. Vá entender o mugido desta manada. O perigoso agitador era Miguel Arraes, avô de Eduardo Campos. Sim, ao invés de combater a corrupção e o ócio nas forças armadas, os ditadores faziam guerra aos agitadores.

Eleição legítima era feita na sauna, vestidos só de quepe. Mas para ditadores, era legítima.

Ah, se os coxinhas soubessem um pouco mais de história…

HÁ 50 ANOS

Costa e Silva reassume pasta da Guerra e adverte ‘agitadores’

DO BANCO DE DADOS – O general Arthur da Costa e Silva reassumiu ontem (26/4) o Ministério da Guerra e advertiu em seu discurso "os agitadores e traidores". "As Forças Armadas enfrentarão sem transigência toda e qualquer ação contrária aos supremos interesses da nação", disse.

A fala foi uma reação ao debate nas Forças Armadas sobre a libertação do ex-governador de Pernambuco Miguel Arraes, no dia 21. Os generais temem que o fato seja visto como fraqueza do governo.

Costa e Silva também defendeu Castello Branco, afirmando que ele foi "eleito legitimamente pelos representantes do povo brasileiro".

17/03/2015

Marcha dos Zumbis

marcha dos zumbisQue me desculpem os crédulos, mas a marcha dos zumbis não tem nada a ver com corrupção. Trata-se de maus perdedores, despeitados por perderem a quarta eleição seguida.

Fosse contra a corrupção, o povo que vestiu a camiseta da seleção no Brique da Redenção, Seleção esta presidida desde sempre por notórios corruptos, também teria feito algum cartaz contra o PP gaúcho. O PP gaúcho pego inteirinho na Operação Lava Jato não mereceu nenhuma crítica. Ninguém lembrou da candidata do PP ao governo gaúcho, Ana Amélia Lemos ou do Otavio Germano da Operação Rodin. Por que ninguém levou cartaz cobrando de Pedro Simon e José Ivo Sartori a participação do PMDB de Renan Calheiros, José Sarney e Eduardo Cunha em todos os casos de corrupção já investigados?! Simples! Trata-se de uma manada conduzida a cabresto pela RBS & Globo.

Trata-se dos mesmos zumbis que saíram às ruas para dizer “não vai ter Copa”. E, que ódio, teve Copa! Não teve foi seleção que defendesse a camiseta com que saíram à rua…

Por mais que os ventríloquos da Multilaser, da AMBEV e do Banco Itaú, demonstrassem toda a má educação de uma elite branca de olhos azuis, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, Dilma se elegeu com mais de 54 milhões de votos. Eis a verdadeira fonte do ódio que alimenta os zumbis. Eles queriam Aécio Neves, o pior senador no ranking da Veja. Da insuspeita Veja, que foi e é, junto com a Rede Globo e suas filiadas, os grandes eleitores dos viciados em pó. Por que ninguém pediu investigação a respeito do sumiço do helicóptero com 450 kg de cocaína? Seria porque também são consumidores?!

Por que não havia nenhum cartaz contra a corrupção praticada sob a bandeira do HSBC? Por que os 210 mil zumbis paulistas não falaram da Alstom, da Siemens, do Robson Marinho, na crise d’água?  A fixação em Lula e Dilma explica o estresse eleitoral. Os zumbis atenderam a um chamado da Rede Globo que não aguenta mais viver sem o duto que FHC, via Miriam Dutra, a abastecia.  Por que será que todo coronelismo eletrônico, os mesmos que se perfilaram à ditadura, também agora clamam pela volta da ditadura. Nada mal para quem a financiou. Quem não foi torturado, estuprado ou morto tem direito a chamar ditadura de ditabranda e apoiar quem sai às ruas pedir a volta da ditadura.

Por que não havia cartazes pedido punição ao Eduardo Cunha? Um notório corrupto, desde muito antes da Lava Jato? Por que ninguém se lembrou de quem comprou a reeleição? Não passa de uma marcha de sociopatas maus perdedores. Eles não suportam que caiam migalhas das políticas sociais para camadas da população que sempre foram alijadas das políticas públicas. Embora sejam políticas tímidas diante do tamanho das necessidades, esta pequenas políticas que botam pessoas pobres nos melhores cursos das universidades públicas e particulares é fonte de todo ódio contra quem ousou redirecionar políticas públicas.

As manifestações, notadamente de uma classe média ventríloqua da Globo, foi apenas uma catarse de perdedores. E fica ainda mais evidente quando a polícia do Geraldo Alckmin viu um milhão de pessoas onde o Datafolha, vinculado a Folha de São Paulo, que de petista não tem nada, encontrou, no pico, 210 mil. Por que as polícias vinculadas aos partidos derrotados por Dilma no âmbito nacional, como no RS, inflaram o número de manifestantes? Por que nenhum gaúcho portou cartazes pedido explicações a respeito da Operação Rodin?

Fico perplexo vendo meus próprios colegas expondo uma avareza dantesca. Exatamente aqueles que se manifestam contra a Lula e Dilma, contra a corrupção do PT, são os mesmos que se aproximam buscando algum tipo de vantagem são os mesmos que se revoltam contra o Bolsa Família, o PROUNI e o FIES. São os mesmos que abatem as mensalidades das filhos que estudam em escolas particulares no imposto de renda. Abatem despesas médicas de plano de saúde particular no imposto de renda. São os mesmos que recebem, vejam só, auxílio alimentação de mais de R$ 600,00 reais mensais, que recebem auxílio creche de mais de R$ 500,00 reais, por filho, que recebem Auxílio Saúde no valor de R$ R$ 131,00 (CJF flexibiliza valor de auxílio saúde pago a magistrados e servidores).

Por que estas pessoas ficam indignadas com o Bolsa Família, que é pago condicionado à frequência escolar dos filhos, causa tanto ódio àqueles que recebem auxílio creche mesmo o filho não indo à creche? Que basta provar que seja filho e receberá o valor do zero ao sexto ano.

Isso não é ignorância, porque eles sabem exatamente de tudo isso. É ódio de classe, é também egoísmo.  É a soma de analfabetismo político com demonstração de insensibilidade social sem precedentes. Mau  caratismo somado a uma tremenda cara de pau!

A pergunta que não quer calar: Por que será que a Marcha das Vadias leva para a Avenida Paulista e o Parque da Redenção mais gente que a marcha dos zumbis?

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