Ficha Corrida

11/10/2016

Tudo o que é sólido desmancha no ar

OBScena: trens conduzem os judeus aos campos de concentração, qualquer semelhança não é mera coincidência

Trens da mídia conduzem as massasNão há mal que sempre dure, nem bem que não se termine. A prosperidade econômica trazidas pelas transformações sociais levaram o Brasil a quitar suas dívidas impagáveis com o FMI. E foi além, ajudando a criar o Banco dos BRICs. Tudo parecia sólido como os aeroportos lotados, as ruas engarrafas de pobres dirigindo seu próprio carro. O Brasil virara um ator internacional, respeitado mundo afora. Lula fora o primeiro e único presidente brasileiro convidado para participar do G8. Tudo parecia tão sólido. Mas aí esqueceu-se que nem todos tinham solidez intelectual, porque ainda há uma massa de brasileiros que terceirizam o uso do cérebro. E, como sabemos, o diabo é segundo inquilino das descerebrados. O primeiro sempre foi a Rede Globo. O PT, de Lula e Dilma, trouxe crescimento econômico e feijão na mesa de milhões de brasileiros, mas esqueceu-se de que, antes, precisaria ter enchido os vazios da massa encefálica. Tanto mais avanços, maior se tornou a resistência dos privilegiados de sempre.

Essa lição está sendo tatuada na pele de todos os brasileiros de todas as ideologias. Só os indiferentes à sorte alheia saem-se incólumes da destruição do tecido sócio-econômico de uma sociedade e, principalmente, da desolação diante do inevitável retrocesso. Destes se pode dizer o que Fernando Pessoa dizia sobre felicidade: “Só as crianças e os loucos são felizes. Mas eles não sabem”. Só a ignorância explica que passividade com que os cordeiros se dirigem ao abate. Faz lembrar aqueles trens cheios de judeus com destino aos campos de concentração. O estouro da boiada contra a corrupção transformou o ódio em passividade bovina diante da mão leve em plena luz do dia.

Do mote, rir para não chorar, rio por dentro toda vez que alguém próximo me diz: “Nunca pensei que as manifestações fossem dar nisso”. Sim, não foi por falta de sinais e aviso. Toda vez que a Rede Globo se posiciona a favor de algo, boa coisa não pode ser. Diagnóstico tão simples quanto certeiro. E só não notou que havia uma manada pronta para o adestramento quando até seres que se dizem bem pensantes entraram conduzidos como gado ao matadouro sem dar um berro. Quem poderia imaginar que Eduardo CUnha seria o homem mais poderoso depois do golpe, se desculpa um amigo. Parece antes encontrar uma desculpa para si do que uma justificativa para mim. E nisso mora mais um engano. O fato de CUnha não só não ter sido preso, em que pesem as toneladas de provas produzidas lá fora, contra ele e famiglia, já que no Brasil paira um cortina de fumaça sobre seu destino, explica também porque chegamos onde estamos. Atribuir a Eduardo CUnha é tomar a sombra pelo objeto. Basta entender que, não fosse CUnha, seria outro, porque se criaram as condições, que independeriam do ator, qualquer ventríloquo da Rede Globo o faria. Antes de CUnha a Globo já usara Joaquim Barbosa. E continuará usando, até porque os males deste país não são mais as saúvas, mas a produção fordiana de capachos. Neste momento a mídia já dá João Dória Jr em breve na Presidência. Todos os que saíram às ruas dizendo combater a corrupção nada mais foram que peões, como o foi Eduardo CUnha, da Rede Globo.

A aliança de alguns grupos de esquerda com Eduardo CUnha a serviço da Globo lembram os pactos de Hitler e Stálin, mas também de Hitler com Mussolini. Os resultados já estão aí, embora os aliados ainda tenham dificuldades para admitirem. Não se trata apenas do PSOL, mas, por exemplo, do Sindicato dos Servidores do Poderes Judiciários do RS, que vangloriavam da parceria com Ana Amélia Lemos, Eduardo CUnha para conseguirem um aumento de 70% nos salários. Foram parceiros das pautas bombas e de toda sorte de movimentos do golpe. E a bomba, a PEC 241, veio a cair exatamente sobre a cabeça da categoria que dizem defender. Os concurseiros do serviço público, ou pelo menos boa parcela, bem que está merecendo o congelamento de salários e o sucateamento da saúde e ensinos públicos.

Como diz o ditado, quando a cabeça não ajuda, o corpo padece. A categoria  padece as consequências do analfabetismo político de seus cabeças.

Como escreveu a historiadora Barbara Tuchman, A Marcha da Insensatez se fez ao andar. E estava aí na frente dos olhos, bastava não ser analfabeto político. Claro, houve também a combinação dos astros. O astro maior, aquele que é responsável pela existência dos buracos negros da economia internacional, já tinha dado sinais de sua fome: chamaram de primavera, o que não passava de peste negra, árabe. Como num jogo de dominó, foram caindo Iraque, Egito, Síria, Ucrânia, Síria. Na América Latina a Venezuela, bombardeada, literalmente, por todos os lados e meios, manteve-se, paupérrima e em frangalhos, de pé. Eram todos sinais de que o petróleo faz mal à saúde dos países que o tem. A sina de um país que tem uma elite predadora é ter uma malta sob controle. O único país que entrega sua riqueza, antes a Vale do Rio Doce e agora a Petrobrás, está fadado a ser um novo Porto Rico.

O ódio secular aos desfavorecidos pode ser encontrados com muita facilidade em vários segmentos sociais, todos de classe média. Aliás, quer um diagnóstico mais perfeito da doença de uma sociedade do que o combate enraivecido das agremiações médicas ao programa mais médicos. Comunidades que não tinham acesso ou muita dificuldade para ter acesso, foram olimpicamente desprezadas pelo segmento social mais privilegiado da sociedade. Os médicos formaram um dos principais pilares do golpe. Nada pode ser mais emblemático deste ódio ancestral do que o exemplo paradigmático de Ali Kamel, responsável pelo modelo de jornalismo da Rede Globo, escrevendo um calhamaço de quase mil páginas (Não Somos Racistas) para combater as políticas de inclusão social e racial?! A classe média, aquela das novelas da Globo, branca com serviçais pretas, viu na emancipação social um ataque frontal ao costume colonial da senzala ao pé da cozinha.

A emancipação social de uma extensa massa de excluídos desencadeou manifestações que fazem estátuas corarem: Danusa Leão, socialite das aspirantes a dondocas, se insurgiu com a socialização dos aeroportos. Afinal, qual a vantagem de se poder ir a Nova Iorque se até o filho do porteiro pode ir? Ou como aquele funcionário exemplar da RBS, Luis Carlos Prates, babando ódio com o fato de “agora todo mundo pode ter carro”. O ódio nazi-fascista veio sendo paulatina e metodicamente construídos pela velha mídia. Citei apenas três exemplo, mas o ódio contra o PT passou a ser condição para ganhar emprego nos decrépitos veículos da velha mídia. Comprar ternos, ou quinquilharias chinesas, em Miami é um sintoma de apartheid social que se expôs sem pudor nem constrangimento.

O golpe paraguaio, ao contrário do que disse o Ministro,  não foi um tropeço da democracia. Bastaria ter atentado para as cascas de banana que foram deliberadamente jogadas no caminho da Dilma. Disso até o maior beneficiário do golpe, Michel Temer, admite, como o fez na ONU.

O verniz institucional é a nova modalidade de golpe na América Latina. É ele que explica os tropeços nas democracias. Ele foi ensaiado em Honduras e no Paraguai. Tentou-se na Argentina, com a morte do agente da CIA, Alberto Nisman. Mas a demão de verniz, porque made in Paraguai, não sobrevive à menor brisa. Ao contrário, abaixo da primeira camada aparecem as digitais de notórios golpistas, não por acaso, são os mesmos que estão diuturnamente nas velhas mídias.

Não se irá muito adiante se as pessoas não compreenderam o que foram as quebradeiras de 2008, capitaneadas pelo Goldman Sachs e Leman Brothers. Não por acaso, nos EUA. Mas aí seria pedir de mais, que as pessoas tenham alguma prevenção em relação à sede sagrada do mundo golpista.

Os escritores Gersualdo Bufalino e Leonardo Sciascia diziam que os sicilianos, para não trabalharem, escreviam. A mídia brasileira para não administrarem, golpeia. Sem o papel doutrinador da mídia não teria havido golpe. Tanto que bastou o golpe se consumar para que a fatura fosse imediatamente paga: 900% de aumento da publicidade oficial não é nem nunca será mera coincidência. Não é por acaso também que os governos mais corruptos sejam também os mais amados pela mídia: Globo & FHC; Antonio Britto e Yeda Crusius & RBS. A aliança de FHC com a Rede Globo começou com uma estratégia brilhante: Miriam Dutra. Ali FHC foi capturado. O método se aperfeiçoou encobrindo a compra da reeleição, cuja técnica vazou pelas bocas de Rubens Ricúpero e Carlos Monforte no Escândalo da Parabólica. No RS, basta dizer que Antonio Britto deu de bandeja a CRT para a RBS. O grupo Correio do Povo, sem sucesso, esperneou, denunciou, protestou. A CRT seria, e foi, da RBS. Ninguém detém o controle de quase 80% do mercado midiático impunemente. Quem detém esta capilaridade pode fazer de qualquer funcionário, por mais medíocre que seja, senador.

No Caminho com Maiakóvski

Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada
.”

16/09/2016

Tolstói explica caça a Lula

Filed under: Caça ao Lula,Fascismo,Fábulas,Nazismo,Tolstói — Gilmar Crestani @ 9:35 am
Tags:

FASCISTAS

Um camponês entrou com uma ação contra o carneiro. A raposa ocupava naquele momento as funções de juíza. Ela fez comparecer na sua presença o mujique e o carneiro. Explicou o caso.
— Fale, do que reclamas, oh camponês?
— Veja isso, disse o ele, na outra manhã eu percebi que me faltavam duas galinhas; eu não encontrei delas nada além dos ovos e das penas, e durante a noite, o carneiro era o único no quintal.
A raposa, então, interroga o carneiro. O acusado, tremendo rogou graça e proteção à juíza.
— Esta noite, disse ele, eu me encontrava, é verdade, sozinho no quintal, mas eu não saberia responder a respeito das galinhas; elas me são, aliás, inúteis, pois eu não como carne. Chame todos os vizinhos, ajuntou ele, e eles dirão que jamais me tiveram por um ladrão.
A raposa questionou ainda o camponês e o carneiro longamente sobre o assunto, e depois ela sentenciou:
— Toda noite, o carneiro ficou com as galinhas, e como as galinhas são muito apetitosas, a ocasião era favorável, eu julgo, segundo a minha consciência, que o carneiro não pôde resistir à tentação. Por consequência, eu ordeno que se execute o carneiro e que se dê a carne ao tribunal e, a pele, ao reclamante”.

Quando a Justiça vira política, a defesa é na política – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

24/12/2015

Quer saber como o nazismo se tornou viável?

Filed under: Eduardo Cunha,Fascismo,MPF,Nazismo — Gilmar Crestani @ 11:19 am
Tags:

Há um livro que ajudam a entender a marcha nazi-fascista no Brasil, Os Carrascos Voluntários de Hitler. Hoje, o MPF abriga uma corja que engrossa a marcha insensatez. O proselitismo político em que deveria zelar pela legalidade, sem qualquer eufemismo, torna possível o que se pensava impossível alguns anos atrás, o renascimento nazi-fascismo. A atitude isolada de magarefe do direito somada aos zumbis que cercam nas ruas e restaurantes pessoas como Guido Mantega e Chico Buarque são exemplo de que não estamos livres de retrocessos institucionais. A cobertura a atitudes como a deste militante dos toxicômanos pelos grupos mafiomidiáticos ajuda a explicar a marcha dos zumbis que querem derrubar uma Presidente recém eleita contra a qual não pesa, admitido até por alguns dos seus mais ferozes adversários políticos, nenhum irregularidade.

Ao se somar a personagens como Aécio Neves e Eduardo CUnha resta o velho ditado: diga-me com quem andas e direi quem és!

O procurador militante do TCU

qui, 24/12/2015 – 09:56 Atualizado em 24/12/2015 – 10:16 – Luis Nassif

O Procurador Júlio Marcelo de Oliveira, do Ministério Público do Tribunal de Contas, é militante político. Comparece a passeatas a favor do impeachment e, em sua página do Facebook, ele é a esposa conclamam as pessoas a aderirem à movimentos como ˆVai pra rua".

É direito do cidadão, é imprudência do procurador. Do servidor público exige-se isenção política. O servidor que se vale de preferências políticas no exercício das funções de Estado desrespeita a cidadania, o serviço público e compromete sua própria corporação.

***

Quando levantou as "pedaladas", Júlio comportou-se tecnicamente, inclusive quando apontou as diferenças de dimensão entre 2014 e anos passados. Quando passou a superdimensionado seus efeitos, a botar fogo no TCU por uma punição radical, exagerou. Mas, ainda assim, se poderia atribuir ao excesso de zelo com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Não ficou nisso. Passou a torpedear, uma a uma, as tentativas de amenizar os efeitos da Lava Jato na economia. Não se limitava apenas a torpedear as parcas iniciativas do governo, mas a proferir juízo de valor sobre temas como a lei de leniência.

Quando crítica o fato de haver muitas instâncias de leniência e o acusado poder fazer um leilão com a mais leniente, é uma opinião técnica. Quando investe contra qualquer acordo, e defende que a única punição correta é aquela que líquida com as empresas, age politicamente – e irresponsavelmente.

***

Como também age politicamente quando recorre a esse execrável expediente de barganhar reportagens e de alimentar blogs e publicações empenhadas na campanha do impeachment. E tira de vez a máscara quando avança decididamente para além das chinelas e, em entrevista à BBC Brasil defende claramente o impeachment como punição para as pedaladas.

Ontem, mais uma vez exerceu a militância, ao entrar em juízo de valores sobre a motivação do vice-presidente Michel Temer em assinar medidas que podem ser caracterizadas como pedaladas, como se o jurista e parlamentar ladino fosse um insuficiente necessitando de apoio da autoridade pública.

O fato de aparecer em passeatas pró-impeachment e de todos – literalmente todos – seus pareceres serem contra o governo compromete não apenas a ele. Ele é o responsável por sua biografia. Mas afeta a imagem de todos os procuradores que trabalham seriamente e respeitam princípios como o da impessoalidade no serviço público

***

A crise política e a Lava Jato – somada à inação do governo – já derrubaram o PIB em 2 pontos percentuais adicionais. Não dá mais para usar a crise como holofote para exibicionismos irresponsáveis, valendo-se do poder que foi conferido pelo Estado.

Seja a favor ou contra o governo de plantão, é um ativismo irresponsável para com o país.

O procurador militante do TCU | GGN

23/12/2015

Rapaz de vida fácil odeia quem não se prostitui

Dizer que se trata de um playboy nazi-fascista é deixar passar em branco quem pôs e chocou o ovo da serpente. Os nazi-fascista estão cada vez mais desenvoltos a partir do momento em que o Napoleão das Alterosas frustrou a expectativa dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium de voltarem a encher as burras de dinheiro, como nos bons de tempos de FHC. O que seria num governo Aécio pode ser visto em São Paulo: os sucessivos governos do PSDB nestes mais de 20 anos que transformaram São Paulo numa Capitania Hereditária milhares de assinaturas da Veja, Estadão, Folha são distribuídos pelas escolas públicas de São Paulo. São eles, os grupos mafiomidiáticos os que plantam e espalham ódio. Estes fascistas não se sentiriam tão à vontade não fosse a cobertura e o incentivo que lhe dão os verdadeiros mentores.

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico

ter, 22/12/2015 – 22:52 – Luis Nassif

O primeiro instante de celebridade do neto foi fotografar-se aos beijos com o ex-jogador Ronaldo.

O rapaz que ofendeu Chico Buarque é pouco informado sobre as aventuras de seu avô, Mário Garnero com o PT.

Garnero foi uma liderança estudantil importante. Depois, casou-se com uma herdeira do grupo Monteiro Aranha e passou a representar o sogro no capital da Volkswagen. Lá, como diretor de Recursos Humanos, conheceu e aproximou-se de Lula e dos sindicalistas do ABC.

Mas toda sua carreira foi pavimentada no regime militar.

Foi responsável por um seminário internacional em Salzburg, visando vender o país aos investidores externos no momento em que os ecos do Brasil Grande projetava a imagem do país no mundo.

Do seminário nasceu o Brasilinvest, um dos primeiros bancos de investimento do país tendo como acionistas diversos grupos internacionais. Garnero arrebentou com o banco desviando recursos para holdings fantasmas, como forma de se capitalizar para conquistar o controle absoluto da instituição. Quando terminou a operação, viu-se dono de um banco quebrado.

Antes disso, era o menino de ouro dos militares. Tornou-se num anfitrião de primeiríssima acolhendo em sua casa, ou em um almoço anual nas reuniões do FMI, a fina nata do capitalismo mundial. Tornou-se, de fato, um dos brasileiros mais bem relacionados do planeta. Mas jamais conseguiu transformar o relacionamento em negócios legítimos. Não tinha a visão do verdadeiro empreendedor. Terminou cercado por parceiros de negócio algo nebulosos.

Acabou se convertendo na bomba relógio que João Batista Figueiredo deixou para Tancredo Neves. A desmoralização final dos militares foram os escândalos da Capemi, brilhantemente cobertos para a Folha pelo nosso José Carlos de Assis.

Figueiredo impediu Delfim Netto de ajudar Garnero, vaticinando: o Brasilinvest será a Capemi do Tancredo. A razão maior era a presença, no Conselho de Administração, de Aécio Cunha, pai de Aécio e genro de Tancredo. E também de personagens de peso na vida nacional da época, como o presidente da Volskwagen Wolfgang Sauer, Helio Smidt, da Varig  e o publicitário Mauro Salles.

Colhi depoimento de Sauer sobre o episódio e testemunhei o alemão de ferro chorar na minha frente pela traição do amigo Garnero.

Percebendo a armadilha, Tancredo incumbiu seu Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, de não facilitar em nada a vida da Brasilinvest. Da derrocada de Garnero, valeu-se Roberto Marinho para tomar-lhe o controle da NEC Telecomunicações.

Depois disso, continuou a vida tornando-se uma espécie de João Dória Junior internacional. Aos encontros anuais da Brasilinvest comparecia a fina flor do capitalismo – e modelos belíssimas. Aliás, a capacidade de selecionar mulheres era uma das especialidades de Garnero, que conseguiu um encontro de Gina Lolobrigida para seu sogro.

No início do governo Lula, Garnero valeu-se da familiaridade dos tempos de ABC para se aproximar de José Dirceu, ainda poderoso Ministro da Casa Civil. A aproximação lhe rendeu prestígio e bons negócios.

Graças a ela, conseguiu levar o Instituto do Coração para Brasília, em um episódio controvertido que estourou tempos depois, com boa dose de escândalo. Aliás, até hoje respondo a um processo maluco do Mário Gorla, o sócio de Garnero no empreendimento. Esteve também por trás dos problemas do Instituto do Coração em São  Paulo.

Quando os chineses começaram a desembarcar no Brasil, fui procurado por analistas da embaixada da China interessados em informações sobre o país. E me contaram que estavam conversando com um BNDES privado. Indaguei que história era essa. Era o Brasilinvest – na ocasião um mero banco desativado, localizado em uma das torres do conjunto Brasilinvest na Avenida Faria Lima. Não sabiam que Garnero já se desfizera totalmente do patrimônio representado pelas torres. E tinha um banco de fachada.

Garnero ajudou na aproximação de Dirceu com parte dos empresários norte-americanos. Na véspera do estouro do "mensalão" Dirceu já tinha uma viagem agendada para Nova York organizada por ele.

Sem conseguir se enganchar no governo Lula, Garnero acabou se dedicando ao setor imobiliário. Os filhos não seguiram sua carreira, internacionalmente brilhante, apesar dos tropeços. Ficaram mais conhecidos pelas conquistas e pela vida vazia.

Já o neto consegue seu segundo instante de celebridade. O primeiro foi em um vídeo polêmico, simulando um agarra com o ex-jogador Ronaldo.

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico | GGN

 

O jovem incoerente que provocou Chico Buarque

22 de dezembro de 201523 de dezembro de 2015Marcelo Auler

Matéria reeditada no dia 23/12, às 07h43, para acerto de informações. Errei ao postar que Alvaro Garnero Filho filiou-se ao PRB. Na verdade, foi seu pai, Alvaro Garnero, quem se filiou e chegou a se inscrever para disputar a Câmara Federal em 2014, mas acabou renunciando. Peço desculpas pelo erro. Mas ele não compromete as demais informações.

Marcelo Auler

A esta altura, na internet, já “viralizou” o vídeo que a Glamurama , de Joyce Pascowitch, postou com o bate-boce entre Chico Buarque e os jovens Alvaro Garnero Filho e Tulio Dek, em mais uma clara demonstração de intolerância política com quem pensa diferente. É óbvio, que nos dias atuais de radicalismo à flor da pele, haverá sempre quem defenda um ou outro. Dependerá da ideologia política de cada um. A questão, porém, passa por outra discussão comum nos dias atuais: a incoerência.

chico buarqueEla veio de um dos jovens que cobraram do compositor, cantor e, escritor o fato dele “morar em Paris” com base, certamente, como disse o próprio Chico, na leitura de Veja.

Erraram, pois, é público que ele mora no Rio, onde anda diariamente pelas ruas e passa por centenas de pessoas sem ser importunado como ocorreu na noite de segunda-feira, na saída de um restaurante.

O importunaram e ainda filmaram a provocação, na expectativa de posarem de heróis – da direita xiita – por alguns momentos nas redes sociais.

Mas, enquanto Chico não faz de seu imóvel na cidade luz e de suas temporadas de recolhimento por lá um trampolim para as páginas de jornais e menos ainda colunas sociais, o mesmo não se pode falar de um dos rapazes que o provocaram com base em informação errada: “Para quem mora em Paris é fácil, não? Você mora em Paris”.

Álvaro Garnero Filho, assim como o pai, é figurinha fácil nas colunas de fofoca e futilidades. Basta googlar seu nome que logo aparecem fotos das quais deve ser orgulhar. Afinal, há gosto para tudo.

Não se sabe se os familiares de Alvarinho, forma como Lu Lacerda o trata em sua coluna social, possui imóveis no exterior. Certamente sim, pois seu bisavô era Joaquim Monteiro de Carvalho, que entre outros feitos trouxe para o Brasil empresas como a Volkswagen, a Peugeot e a Moët & Chandon. Já o avô, Mario Garnero, é o dono do Brasilinvest, um banco de negócios que em 1985 foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central.

Alvarinho pode até não dispor de imóveis da família em outros países, nem por isso, porém, deixa de desfrutar “.La Doce Vita”. E isto está mais registrado nas colunas de fofoca do que as visitas de Chico Buarque a Paris.

Alvarinho e Álvaro Garnero com o DJ Jach E em Saint-Tropez férias com o filho 29.07.2013

Alvarinho e Álvaro Garnero com o DJ Jach E em Saint-Tropez férias com o filho 29.07.2013

   Em julho de 2013, por exemplo, a coluna de Lu Lacerda registrava o curioso ingresso do Alvaro Garnero pai no mundo político. Ele assinou a ficha de filiação ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) do senador “Marcelo Crivella (RJ) que, na época, ocupava o Ministério da Pesca, por conta de seus  conhecimentos em piscicultura.

Pois, enquanto o pai se filiou ao partido cujo político maior ocupou um ministério do governo Dilma Rousseff, do  Partido dos Trabalhadores, o fiçlho e seus amigos classificam os petistas e seus apoiadores, como Chico Buarque de “merdas”.

A nota do anúncio da filiação tinha como ilustração uma foto de pai e filho. Não estavam em nenhum evento político. Muito menos em uma atividade produtiva. Mas ao lado do  do DJ Jack-E  em uma boite em Saint Tropez, uma pequena comuna francesa, localizada na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur, no departamento de Var, na definição da enciclopédia livre Wikipédia.

Um ano depois, Alvaro Garnero Filho voltou não apenas a uma, mas a algumas colunas sociais. Foi em  agosto de 2014. Todas registravam, com louvor o grande feito do jovem, então com 18 anos, estava “pegando”, ops!, namorando a socialite, atriz, cantora, empresária, escritora, estilista de moda, modelo, compositora e produtora norte americana, Paris Hilton, quinze anos mais velha.

Na coluna de Brfuno Astuto, de Época, o registro da pegação de Alvarinho com Paris Hilton. Namoro aprovado pelo pai.

Na coluna de Brfuno Astuto, de Época, o registro da pegação de Alvarinho com Paris Hilton. Namoro aprovado pelo pai.

As fotos do casalzinho enamorado foram feitas em Ibiza, na Espanha, lugar frequentado pelos mais endinheirados e badalados. Aliás, vale aqui repetir o que o colunista da revista Época – ele não lê apenas Veja, viu Chico Buarque! – registrou na nota:

“O verão europeu, mais precisamente em Ibiza, na Espanha, é o palco de um novo casal jet setter que tem dado o que falar: a socialite Paris Hilton e o estudante brasileiro Álvaro Garnero, conhecido entre os endinheirados paulistas como Alvarinho, filho do empresário e apresentador homônimo, que mora em St Moritz, na Suíça. “Estive com a Paris em Mônaco e ela é supersimpática, engraçada e bonita”, diz Álvaro pai, que aprovou o novo affair do rebento, de apenas 18 anos. “Ele tem 1,98 m de altura, é bonito de doer, gente boa, esportista e onde passa a mulherada fica louca. Eles estão empolgados, mas ele mora na Europa e ela nos Estados Unidos. Só com o tempo para saber se vai dar certo”

Descobre-se então que Alvarinho mora (ou morou) na Europa. Quem diria, logo ele que foi questionar Chico Buarque por ter um apartamento em Paris, pelo menos em agosto do ano passado, morava em St Moritz, na Suíça.

Estava na Suíça, namorando a atriz famosa e posando para colunas sociais enquanto no Brasil se desenrolava a eleição mais disputadas para a presidência da República. Nela, seu pai que chegou a se inscrever como candidato a deputado federal por São Paulo, fazendo uma previsão de gasto de R$ 6 milhões, acabou renunciando à candidatura.

Já Chico Buarque, como todos sabem, participou da campanha eleitoral, coerentemente, apoiando partidos e políticos em que sempre confiou, por motivos que nunca escondeu.

Abaixo, reproduzimos o vídeo postado pela Glamurama, da discussão de Alvaro Garnero e Túlio Deck com Chico Buarque na noite de segunda-feira (21/12) no Leblon. Mesmo aqueles que já o assistiram, vale a pena ver de novo, sabendo destes pequenos detalhes sobre o jovem Alvarinho. Mas, por favor, não cobrem coerência dele.

Inserir legenda de vídeo aqui

O jovem incoerente que provocou Chico Buarque | Marcelo Auler

 

No Rio, jovem diz que Chico Buarque é “um merda”; Folha e Estadão reproduzem vídeo sem xingamento e “culpam” a vítima

publicado em 22 de dezembro de 2015 às 18:16

Da Redação

Restaurante Sushi Leblon, Rio de Janeiro. Chico Buarque estava acompanhado por Eric Nepomuceno, Miguel Faria Jr. e Cacá Diegues. Na saída do jantar, foi abordado por um grupo de jovens.

Dentre eles estavam o rapper Tulio Dek e, segundo a colunista Heloisa Tolipan, Alvarinho, filho do empresário paulista Álvaro Garnero. Um terceiro jovem se identificou no vídeo como Guilherme Mota.

Tulio e Alvarinho tem em comum a amizade com o jogador Ronaldo, que chegou a participar da gravação de um videoclipe do rapper.

Alvarinho causou polêmica ao aparecer em um vídeo beijando e mordendo o pescoço de um Ronaldo bêbado.

Durante o bate boca, Chico Buarque foi chamado de “merda” por um dos playboys.

A TV Folha reproduziu vídeo do Glamurama — que primeiro noticiou o acontecido — que não inclui o xingamento a Chico Buarque.

O mesmo fez o Estadão.

Os jornais paulistas não mencionaram a ofensa, mas apenas o questionamento às convicções políticas de Chico Buarque. O Estadão enfatizou que Chico “bateu boca” e a Folha, que foi “questionado”. Uma forma descarada de culpar a vítima.

No Facebook, fãs de Chico repreenderam o comportamento do rapper.

Abaixo, trecho de uma das letras de Tulio Dek, em O Que Se Leva da Vida:

E nessa levada
Eu vou levando a minha vida
E não to nem aí se alguém duvida
Se a vida é guerra
Então vou guerrear
Se é zoação
Então deixa eu zoar
E se no Arpex eu relaxo
Vou relaxar
E se na Lapa eu batalho
Quero batalhar
E se o mar tá bombando
Então eu vou surfar
E se as mulheres tão dando mole
Por que não aproveitar?
Se vai rolar a festa
Vamos festejar
Se a barra tá pesada
Vamos segurar
Se o mundo acabar
Vou improvisar
Se só amor faz bem
Então deixa eu amar
Se teu amor é falso
Então sai pra lá
Se não tiver humildade
É melhor parar
Se tudo der errado
Então deixa eu te ajudar
Mas se eu pegar no mic
Não peça pra eu parar

Agora fiquem com Trocando em miúdos, de Chico Buarque e Francis Hime:

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

FullSizeRender 

Acompanhe o VIOMUNDO também no Facebook e no Twitter

No Rio, jovem diz que Chico Buarque é "um merda"; Folha e Estadão reproduzem vídeo sem xingamento e "culpam" a vítima – Viomundo – O que você não vê na mídia

25/09/2015

Dallagnol compara a Lava Jato à Alemanha Nazista

OBScena: cartaz nazista denunciando a corrupção na Alemanha Nazista, qualquer semelhança é mera coincidência

nazismo - cartaz nazista denunciando corrupção no governo alemãoTodos sabemos que Hitler não era alemão mas austríaco, terra também de outro grande personagem da História, Freud. A comparação, como diria o pai do “psicanalhismo” moderno, foi um tremendo ato falho. Faz todo sentido quando vemos a marcha dos zumbis, aos quais Dallagnol faz coro, portando suásticas. A descoberta recente a respeito da Volkswagen também não recomendaria qualquer comparação com a Alemanha. Mas fazer o quê quando o inconsciente fala mais alto…

Será coincidência que as posições de Dallagnol se assemelham às de Gilmar Mendes, que chamou o TSE de Tribunal Nazista?! Por que esta obsessão com o pessoal de Goebbels!?

Se o pessoal da Lava Jato é profissional honesto, decente e competente precisamos urgente uma CPI para investigar o que está acontecendo com os demais. Tenho a impressão, quando vejo o périplo Bob Esponaja do MPF por Igrejas, MBL, que prega o impeachment, que foi colocado na Lava Jato para melar a investigação. Diante de tamanha imbecilidade, só não me venham dizer que a indicação se deve ao nível de sua inteligência.

Aliás, os três patetas (Igor Romário de Paula, Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol) deixam os originais, como se dizia antigamente, no chinelo…

Dallagnol: Lava Jato irá se reinventar como a Alemanha

Coordenador da força-tarefa da investigação da Lava-jato no Ministério Público Federal no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, lamentou a decisão do STF de fatiar as investigações da operação: “Agora, temos que nos aprender a nos reinventar, nós devemos nos adaptar à realidade, a realidade está posta e como pessoas, como países que sofrem derrotas, como a Alemanha que sofreu derrotas na primeira e na segunda guerra, nós devemos ser capazes de ser maleáveis e nos reerguer e lutar para continuar construindo um país melhor para nós e para as futuras gerações”

25 de Setembro de 2015 às 06:31

247 – O coordenador da força-tarefa da investigação da Lava-jato no Ministério Público Federal no Paraná, o procurador Deltan Dallagnol, lamentou a decisão do Supremo Tribunal Federal de fatiar as investigações da operação. Segundo ele, foi uma derrota para o grupo.

“É claro que a investigação acaba sofrendo com a sua divisão. Nós vamos lutar e trabalhar arduamente para que não haja grandes perdas. Pelo contrário, para que consigamos agregar, a partir dessa derrota que nós tivemos no Supremo Tribunal Federal”, disse.

Em Nova York representando a força-tarefa do Ministério Público Federal no prêmio Global Investigation Review, ele citou o caso da Alemanha na Segunda Guerra dizendo que a Lava Jato vai se "reinventar":

“Agora, temos que nos aprender a nos reinventar, nós devemos nos adaptar à realidade, a realidade está posta e como pessoas, como países que sofrem derrotas, como a Alemanha que sofreu derrotas na primeira e na segunda guerra, nós devemos ser capazes de ser maleáveis e nos reerguer e lutar para continuar construindo um país melhor para nós e para as futuras gerações”, completou.

Leia aqui reportagem de Catarina Alencastro sobre o assunto.

Dallagnol: Lava Jato irá se reinventar como a Alemanha | Brasil 24/7

16/09/2015

FinanCIAdores ideológicos da perseguição à Lula

anaueOs grandes veículos de comunicação publicam para agradar quem os finanCIAm. Por isso, em nenhum destes veículos encontrará algum tipo de cobrança à Volkswagen por ter participado ativamente na ditadura. Seria mero acaso a atual aliança da Volks com a CBF, outra entidade íntegra…

A Volks, assim como outros 70 grandes empresas brasileiras, se aliaram aos ditadores para imporem violência e morte aos brasileiros. São os mesmos que finanCIAm o MBL.

Há um documentário que mostra como a CIA funcionava na América Latina: “Inimigo do meu inimigo”. Por meio deste documentário fica-se sabendo que Klaus Barbie, o açougueiro de Lyon, foi recrutado pela CIA para desestabilizar governos populares na América Latina.

Já em 2005 o melhor jornal argentino, Pagina12, denunciava: “En los ’60 y ’70, empresas de primera línea cooperaron con las dictaduras de Brasil y Argentina para reprimir a sindicalistas.” No Brasil, quando se trata de punir criminosos há sempre a possibilidade de eles contarem com um Geraldo Brindeiro, um Gilmar Mendes ou um Rodrigo de Grandis para a impunidade.

A matriz paulista do nazi-fascismo

No Brasil não foi diferente. Além das 6 malas de dólares com que a CIA, via FIESP, comprou o General Amaury Kruel, também houve a participação direta do chefe do campo de extermínio de Treblinka durante o nazismo, Franz Paul Stangl, via Volkswagen, no Dops paulista.

Não é mera coincidência que o maior foco golpista esteja em São Paulo. Lembremos do sequestro do Abílio Diniz, quando a polícia paulista vestiu a camisa do PT no sequestrador para botar a culpa no Lula. O então presidente da FIESP, Mário Amato, falou que “Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o País.” O movimento CANSEI, do João Dória Jr, também patrocinado pela Philips, também é de São Paulo. O MBL é da terra da garoa. Sem contar a TFP do Plínio Corrêa de Oliveira e o movimento integralista, do Plinio Salgado. Os reis dos camarotes vips do Itaquerão, que xingaram Dilma na abertura da Copa do Mundo de 2014, foram patrocinados por ilustres empresas paulistas: AMBEV, Multilaser e Banco Itaú.

http://operamundi.uol.com.br/conteudo/reportagens/38816/cnv+sistema+da+volkswagen+para+vigiar+funcionarios+na+ditadura+foi+criado+por+criminoso+nazista.shtml

Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal por colaborar com a ditadura

Metalúrgicos são rendidos e presos por fazerem greve, durante os anos de chumbo da ditadura. ICONOGRAPHIA/MEMORIAL DA DEMOCRACIA

Metalúrgicos são rendidos e presos por fazerem greve, durante os anos de chumbo da ditadura. ICONOGRAPHIA/MEMORIAL DA DEMOCRACIA

Da RBA

A Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo, na próxima terça-feira (22), por colaboração e apoio à repressão durante a ditadura civil-militar de 1964. O coletivo Memória, Verdade, Justiça e Reparação, formado por integrantes de centrais sindicais, movimentos sociais e outras entidades, farão a denúncia com base em documentos que comprovam a participação da montadora em casos de tortura e violação dos direitos dos trabalhadores.

A expectativa é que o MPF aceite a denúncia e que a empresa reconheça sua responsabilidade institucional, por meio de pedido de desculpas e indenização das vítimas. Processo semelhante foi adotado por outros países, como a Argentina e a Alemanha, por exemplo.

Em entrevista à repórter Camila Salmazio, da Rádio Brasil Atual, Álvaro Egea, advogado e secretário da CSB, relata vários episódios em que a empresa agiu em apoio à repressão. Um dos casos envolveu o ferramenteiro Lúcio Belantani, que foi detido sob acusação de conspirar contra o regime, e começou a ser torturado ainda nas dependências da montadora. Egea conta que Lúcio ficou 42 dias preso e incomunicável nas dependências do Dops, e era levado à fábrica para que delatasse os demais companheiros, tudo isso com a anuência do chefe de segurança da Volkswagen.

“É importante que uma grande corporação como a Volkswagen, que tem muitos acionistas na Alemanha que vão acompanhar isso, seja chamada à responsabilidade. Primeiro, para reconhecer os seus erros; segundo, para pedir desculpas, pedir perdão aos trabalhadores e ao povo brasileiro, e por fim, para indenizar suas vítimas”, detalha o advogado.

O coletivo também confirmou a existência de uma lista de nomes de lideranças sindicais ativas na luta contra a repressão, que era compartilhada pelas empresas do cinturão industrial de São Paulo, para impedir que conseguissem empregos. Segundo Egea, além de fazer uso dessa lista, a Volkswagen “secretariava” as reuniões em que os nomes eram discutidos. “Há evidências documentais muito concretas da participação da Volkswagen não só na repressão dos seus trabalhadores, mas como na delação e colaboração estreita com os órgãos de repressão.”

O trabalho do coletivo é realizado desde janeiro, dando continuidade às apurações realizadas no âmbito da Comissão Nacional da Verdade, que investigou crimes e violações cometidas durante a ditadura civil-militar também no movimento sindical.

Para Egea, ações como as denúncias propostas agora contra a Volkswagen, que visa a identificar e responsabilizar responsáveis por torturas, é uma forma de completar o processo de transição da ditadura para a democracia. Ele pede também que o Supremo Tribunal Federal reveja a interpretação da Lei da Anistia, para que os torturadores sejam punidos. O advogado diz ainda que outras empresas, como a Petrobras, a Embraer, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, de Santos) e o Metrô de São Paulo também devem ser denunciados por colaboração.

“A democracia formal foi conquista. Agora, a punição aos torturadores, o processo de busca da verdade, o processo de preservação dessa memória, de autoeducação da sociedade brasileira, esse processo ainda está em curso.”

Volkswagen será denunciada ao Ministério Público Federal por colaborar com a ditadura « Sul21

04/05/2015

Conheça a Pasárgada dos Vira-Latas

Filed under: Apartheid,Complexo de Vira-Lata,EUA,Fascismo,Nazismo,Pasárgada,Racismo — Gilmar Crestani @ 8:15 am
Tags:

Nada mal para quem sonha em comprar quinquilharias chinesas em Miami. Os EUA continuam sendo a pátria que ainda não promoveu o liberação dos escravos. O apartheid continua uma das principais formas de organização social, mas ainda assim atrai cucarachas para lavar limpar banheiro, lavar prato e levar tiro pelas costas. O Caso Jean Charles de Menezes é paradigmático de como a Pasárgada dos coxinhas trata brasileiros.

Nestes temos de fascismo, como o visto agora na República das Araucárias, comandada por um pistoleiro de aluguel, Fernando Francischini, e por um filho da mãe chamado Beto Richa, nunca é demais lembrar que a ideologia do nazismo nasceu nos EUA e teve simpatia até de rei da Inglaterra, George VI, antes de chegar na Alemanha.

Assim como os veículos brasileiros que clamaram e deram sustentação ideológica à ditadura hoje querem nos ensinar ética e democracia, também os países onde o nazismo nasceu querem ensinar como o mundo deve se comportar. Problema deles e daqueles ao redor do mundo que vivem com Complexo de Vira-lata.

A eleição de Barack Obama é como a ida de Joaquim Barbosa ao STF. Um ponto fora da curva. A elite branca sempre está à procura de um capitão-de-mato para fazer o serviço sujo em seu nome.

livro

Compare a imagem da perseguição fascista do PSDB, acima, com as imagens abaixo. Por que chama a atenção dos nossos vira-latas o que acontece lá mas escondem o que acontece aqui?

Imagem de Baltimore vira capa de revista após viralizar no Instagram

POR FMAIA -30/04/15 12:28

baltimore2

A foto da capa da revista norte-americana “Time” mostra um homem fugindo de um batalhão de policiais durante os protestos contra a morte de Freddy Gray, em Baltimore, nesta semana. A imagem já era conhecida por milhares de usuários do Instagram, no qual se tornou viral.

O autor da imagem, Devin Allen, é um fotógrafo amador que costuma compartilhar sua fotografia de rua em sua conta no Instagram.

Antes de ser escolhida como capa da revista, a foto feita por Allen tinha se tornado viral, recebendo milhares de compartilhamentos no Instagram e no Twitter.

O fotógrafo disse à revista que, quando fez o clique, achou que era uma boa foto e resolveu fazer o upload para seu celular. Quando terminou, se viu no meio dos policiais e continuou fotografando o protesto. Horas depois, Allen descobriu que sua foto tinha se tornado viral.

baltimore3

Segundo a “Time”, a foto captura a intensidade e a natureza caótica dos protestos com perfeição, sendo uma escolha natural para a capa.

Mas essa não foi a única foto de Allen que se tornou viral, uma de suas imagens chegou a ser compartilhada pela cantora Rihanna, que possui 17,7 milhões de seguidores. Já outras apareceram na rede de notícias BBC e no canal de notícias CNN.

Allen, que pegou uma câmera pela primeira vez em 2013, se inspira no trabalho de fotógrafos como Gordon Parks –conhecido por suas fotos para a revista Life– e artistas como Andy Warhol.

13/04/2015

Marcha de zumbis ou “somente” nazi-fascismo?

Com já salientou um legítimo representante da direita tupiniquim, paulista e aliado do PSDB, há uma elite branca que é um verdadeiro retrocesso. Essa elite é alimentada por um jornalismo dirigido por pessoas capazes de se lançarem à aventura de escreverem um livro que é uma verdadeira prova do nazi-fascismo à moda brasileira: Não somos racistas…  Nem estou falando de Rachel Sheherazade, mas de Ali Kamel, o poderoso terceirizado da Rede Globo que diz o que e o que não é notícia.

Ao que parece, as políticas sociais que levam cores antes pouco vistas aos bancos das faculdades, como as cotas raciais, é o verdadeiro eixo motriz que alimente o ódio de uma classe que antes se beneficiava sozinha dos políticas públicas. Aliás, as políticas só era públicas se atingisse uma classe que se acha por direito divino, beneficiária de todos os direitos.

Ache um negro na Av. Paulista !

Panelaço da GloboNews é uni-racial.

O Conversa Afiada selecionou duas fotos para submeter ao amigo navegante.
Quem achar um negro ganha de presente um livro do Gilberto Freire com “i” (ver no ABC do C Af):

(Foto: Nelson Almeida/AFP)

(Foto: Nelson Almeida/AFP)

Paulo Henrique Amorim
Leia também:

#AceitaDilmavez: Panelaço é global derrota
#AceitaDilmaVez é um dos assuntos mais comentados do mundo
Datafalha convoca panelaço

Ache um negro na Av. Paulista ! | Conversa Afiada

Marcha dos Zumbis II

zumbisSegundo o Data Ficha Corrida, Jardel fez mais votos que o número de zumbis que perambularam ontem pelas ruas de Porto Alegre. Em São Paulo, Tiririca fez mais votos que a reunião de todos os zumbis arregimentados pela Rede Globo e demais assoCIAdos do Instituto Millenium.

Faltou sangue nos jornais que alimentam a manada de vampiros sociais.

Nos anos trinta, as marchas que na Alemanha e Itália pediu a condenação dos que pensavam diferentes, também tiveram o patrocínio dos grupos de mídia. Os nazi-fascistas que tentam ressuscitar os camisas negras italianos ou as SS alemães, não se dão conta que hoje há muitas formas de se desconstruir o discurso do ódio. Um deles, usado por Dilma, é deixarem o peixe ser pego pela própria boca. As manifestações de ódio expulsaram das passeatas aqueles que tinham interesse genuíno em combater a corrupção. Quando estes se veem na companhia de corruptos pegos na Zelotes ou no HSBC, é evidente que ficam com os dois pés atrás. Ser contra a corrupção não é uma obrigação, é uma condição. Se for verdadeiro, combate-se todas, e não apenas as dos outros, senão fica parecendo que eles apenas não querem concorrência.

Com diz a hashtag #AceitaDilmaVez, pois até na várzea se aprende que ganhar é bom mas saber perder é bonito. Depois de apostarem no tapetão voador do TSE, do STF e da Rede Globo de Sonegação, à oposição teve recorrer aos seus eleitores, aos ratos.

A direita não aprende. Pelo menos poderia ter demonstrado mais inteligência. Ao arregimentar defensores da ditadura, revelam de maneira simplória que, além de não só não terem propostas que substituam as atuais, querem implantar aquelas de meio século atrás, que, em plena era da internet, mistura ausência total de liberdade de liberdade com ausência total de coerência.

Se as razões que os levam a pedir um golpe contra Dilma é a corrupção, porque não havia nenhum cartaz dos porto-alegrenses pedindo a punição dos envolvidos na Operação Zelotes. Nenhum cartaz ostentava o logotipo da RBS ou Gerdau. Por que não havia cartazes denunciando a participação de todo o PP Gaúcho na Operação Lava Jato? Por que não cobram do deputado Luis Carlos Heinze(PP/RS) pelo fato de, mesmo sabendo, não ter denunciado a corrupção de seu partido? Todos haveremos de nos lembrar que Heinze fez campanha ao lado de Ana Amélia Lemos e Aécio Neves nas recentes eleições. Em nenhum momento falou aos dois (Ana Amélia e Aécio) o que ele sabia? Eles (Ana Amélia e Aécio) não sabiam de nada?

Como escreveu o jornalista Nirlando Beirão, só estiveram na marcha dos zumbis convocados pela Rede Globo os lambe-botas do milicos.

Há uma outra incongruência nos zumbis que saíram às ruas ontem. Era o mesmo pessoal que dizia #naovaitercopa, mas que de repente se vestiu de verme e amarelo. A própria Folha de São Paulo, que patrocina a marcha dos zumbis, manchetou, na abertura da Copa: “Copa começa hoje com seleção em alta e organização em xeque”. Teve copa, não teve foi seleção. Teve eleição, não teve foi vitória da oposição.

A Rede Globo e seus asseclas nos Estados, começando por Sarney, este impoluto Varão de Plutarco, no Maranhão, & Sirotsky, na Região Sul, encabeçaram a convocação de sua manada, mas só apareceram ratos. Foi-se o poder de quem corrompia mas passava impune denunCIAndo os outros. Não é difícil verificar a diferença de tratamento dado pelo pessoal dos grupos mafiomidiáticos entre a marcha de ontem e aquela que denunciava a votação da terceirização. Enquanto a marcha que combatia o retorno do trabalho escravo era massacrado pela polícia, o de ontem era abençoado pelo pessoal que criou o PCC. A dúvida é de onde vem tanto ódio ao trabalhador? Será o antigo preconceito em que era desonroso ter uma profissão? Só o déficit civilizatório para não saber que até Platão comercializava azeite para se sustentar. Além de comerciar, também assessorava o déspota Dionísio de Siracusa. Como se vê, nem Platão era platônico…

Se houvesse um mínimo de decência em quem marcha em busca a esmo à procura de um golpe, não teria a parceria de torturadores da ditadura. Desde quando a parceria com torturadores, estupradores e assassinos é sinônimo de civilidade?

19/03/2015

Quem põe os ovos da serpente

RBS & PP gaúcho, tudo a ver!

ANA RBS LEMOSO comportamento facistóide não é exclusividade destas serpentes recém saídas da casca. Quem os pariu foram os grupos mafiomidiáticos. O coronelismo eletrônico reunido entorno do Instituto Millenium vem insuflando ódio. Estes vermes não se criariam em condições normais de temperatura e pressão. O ódio nasce pelos veículos da Rede Globo, e filiais, que buscam criminalizar todos os segmentos sociais que não se dobram aos seus usos e costumes.

As filiais da Globo, como a RBS, dão exemplo diuturno de quem produz o adubo do ódio.

Ontem, lá pelas 19:30 horas, o comentarista esportivo da Rádio Gaúcha, pertencente à RBS, na abertura do jogo do Inter com EMELEC, destilou o que se pode chamar o suprassumo do ódio. Outro repórter da emissora, Matheus Schuch, acompanhava uma manifestação de moradores que estavam há seis dias sem água.

Após a informação do repórter, Maurício Saraiva, em companhia do chefe, Pedro Ernesto Denardin, comentou, mais ou menos com estas palavras:

“- estas pessoas deveriam procurar outro lugar para se manifestar. Eles estão atrapalhando o direito de quem, após  o final do trabalho, quer ir pra casa. Quem está no trânsito não tem culpa. Desse jeito o motorista parado no trânsito pode muito bem pensar ‘bem feito’, tem mais é que ficar sem água mesmo. Mas estas coisas acontecem por causa da corrupção no Governo Federal em Brasília.”

Isso, assim, na maior cara de pau. A culpa pela falta de água dos moradores da Protásio Alves é culpa do Governo Federal. Nenhuma palavra a respeito da demora pelo DMAE. Se isso não coisa de mau caráter então não sei o que seja.

A manipulação grosseira já é ofensiva só por ser grosseira. Maurício Saraiva, na melhor das hipóteses, diante do que disse pelos microfones da Rádio Gaúcha, ou é muito burro ou é mau caráter. O que o levou a fazer este tipo de ligação?

Pela capacidade de associação, vou descartar burrice pois deve ter sido contratado pela sua outra “qualidade”. Quando alguém com o poder de usar um microfone para jogar nas costas do governo federal o que é da competência do governo municipal chego a conclusão que só pode ser funcionário da RBS. Aliás, Lasier Martins e Ana Amélia Lemos faziam exatamente isso. E graças ao comportamento exatamente igual ao de Maurício Saraiva, forem eleitos pela manada gaúcha que pasta nos potreiros da RBS.

Se o mau caratismo é uma exigência da empresa onde trabalha, há outro dato que beira ao pitoresco, que explica porque a RBS abraçou o prefeito municipal. Ninguém mais tem dúvida das relações promíscuas entre a RBS e a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. São objetivos exclusivamente em relação às especulações imobiliárias.

Os comentários venenosos como este do Maurício Saraiva, endossado pelo seu chefe que estava ao seu lado, tem por fim um único objetivo: criar ambiente de animosidade da população contra o Governo Federal e, ao mesmo tempo, desviar o foco daquela manifestação. Fica por demais evidente que se trata de ódio de classe, que acompanha a RBS desde sempre, contra movimentos sociais dos mais necessitados. Enquanto no domingo incentiva a classe média branca e patrimonialista contra o governo federal, ontem insuflava motoristas contra os manifestantes. E se um motorista, irritado com a perda de tempo no trânsito e diante do que dizia Maurício Saraiva, passasse por cima de uma daquelas pessoas?

O comportamento nazi-fascista de São Paulo é fruto de pessoas inescrupulosas que detém espaço nobre na velha mídia cujo único objetivo é desviar o foco das verdadeiras questões para atacar o governo federal. Nenhuma palavra do Maurício Saraiva a respeito do partido de sua colega, Ana Amélia Lemos, o PP gaúcho, pego por inteiro na Operação Lava Jato. Por que, ao invés de botar a culpa nas famílias sem água, não cobrou do DMAE pela demora em fornecer um bem essencial àqueles manifestantes?

O ovo da serpente é desovado por pessoas que ocupam espaços nobres em veículos como a Zero Hora, a Rádio Gaúcha e tantos outros veículos da RBS. São eles que insuflam o ódio contra os movimentos sociais, desde que movimentos sociais sejam de pobres. Coincidentemente, exatamente aquelas pessoas beneficiárias dos variados programas sociais do Governo Federal.

Pelo comportamento, o MBL tem no DNA um gene da SS! O nazi-fascismo esteve nos discursos exclusivamente contra o Governo Federal, recém eleito, por quem perdeu a eleição e não se conforma.

 

Após hostilizar jornalista, MBL diz que “deu água”

:

Repórter Zé Antonio, da Carta Capital (de xadrez), foi alvo de agressão verbal por integrantes do Movimento Brasil Livre, que o provocou a discursar diante de uma massa que gritava: "ei, Carta, vai tomar no c…"; ele conta ter sido empurrado por um dos manifestantes em cima do carro de som e que um dos líderes do grupo o segurou pelos dois braços; "No cercado ao lado do carro de som, muitas pessoas nos xingaram de ‘sujos’, ‘vendidos’ entre outras coisas. Tentamos sair pelo meio da Paulista com a ‘escolta’ do MBL, mas a hostilidade estava grande e recuamos", detalha o repórter; coordenador do movimento, o jovem Kim Kataguiri disse ao 247 que o movimento "deu água" e "protegeu" a equipe até chegar à redação

19 de Março de 2015 às 05:00

Gisele Federicce, 247 – Depois de estimular agressão à equipe de reportagem da Carta Capital, que cobria as manifestações da Avenida Paulista contra o governo federal no último domingo 15, o Movimento Brasil Livre declarou ter "protegido" os jornalistas até chegarem à redação da revista. "Demos água e os protegemos até chegarem na redação da CC. Hostilidade de verdade é o que a nossa república sofre com o PT", respondeu Kim Kataguiri ao 247, ao ser questionado sobre o episódio.

A Carta Capital publicou um vídeo que mostra Zé Antonio, editor-executivo do site, sendo hostilizado em cima de um carro de som enquanto entrevistava Kim Kataguiri. Ele estava acompanhado de Yghor Boy, repórter de vídeo. Um dos integrantes do MBL, Tom Martins, que falava ao microfone vestido com uma camiseta da seleção brasileira, "denunciou" à multidão a presença da revista na manifestação e provocou o jornalista a discursar em nome da publicação à massa ensandecida que gritava "ei, Carta, vai tomar no c…".

"Expliquei que estava trabalhando, além de ser um empregado e não ter a prerrogativa de falar pelo veículo. No carro de som, após eu manifestar minha preocupação com a hostilidade, um dos integrantes do MBL insinuou que quem estava ali protestando com eles não era ladrão. Perguntei se ele estava dizendo que eu era desonesto, e ele me empurrou. O Renan [Hass], líder do MBL, me segurou pelos dois braços", conta Zé Antonio, em relato enviado por email ao 247.

"No cercado ao lado do carro de som, muitas pessoas nos xingaram de ‘sujos’, ‘vendidos’ entre outras coisas. Tentamos sair pelo meio da Paulista com a ‘escolta’ do MBL, mas a hostilidade estava grande e recuamos. Numa segunda tentativa, por trás do carro de som, conseguimos sair do local. Três pessoas foram atrás do grupo por algum tempo nos xingando. Quando estávamos na esquina da Peixoto Gomide com a Alameda Santos, bem próximo da redação, dispensamos a ‘escolta’ e voltamos para o prédio", continua o jornalista.

Ironicamente, na terça-feira 17, em entrevista ao site da revista Veja, Kim Kataguiri disse que o MBL também protesta pela "liberdade de imprensa", baseado principalmente no episódio em que a sede da Editora Abril, em São Paulo, foi alvo de protestos após a publicação da capa criminosa de Veja "Eles sabiam de tudo", sobre a presidente Dilma e o ex-presidente Lula, a dois dias das eleições presidenciais, em outubro do ano passado. A revista foi obrigada a publicar direito de resposta no dia do pleito.

Após hostilizar jornalista, MBL diz que “deu água” | Brasil 24/7

17/03/2015

Marcha dos Zumbis

marcha dos zumbisQue me desculpem os crédulos, mas a marcha dos zumbis não tem nada a ver com corrupção. Trata-se de maus perdedores, despeitados por perderem a quarta eleição seguida.

Fosse contra a corrupção, o povo que vestiu a camiseta da seleção no Brique da Redenção, Seleção esta presidida desde sempre por notórios corruptos, também teria feito algum cartaz contra o PP gaúcho. O PP gaúcho pego inteirinho na Operação Lava Jato não mereceu nenhuma crítica. Ninguém lembrou da candidata do PP ao governo gaúcho, Ana Amélia Lemos ou do Otavio Germano da Operação Rodin. Por que ninguém levou cartaz cobrando de Pedro Simon e José Ivo Sartori a participação do PMDB de Renan Calheiros, José Sarney e Eduardo Cunha em todos os casos de corrupção já investigados?! Simples! Trata-se de uma manada conduzida a cabresto pela RBS & Globo.

Trata-se dos mesmos zumbis que saíram às ruas para dizer “não vai ter Copa”. E, que ódio, teve Copa! Não teve foi seleção que defendesse a camiseta com que saíram à rua…

Por mais que os ventríloquos da Multilaser, da AMBEV e do Banco Itaú, demonstrassem toda a má educação de uma elite branca de olhos azuis, na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, Dilma se elegeu com mais de 54 milhões de votos. Eis a verdadeira fonte do ódio que alimenta os zumbis. Eles queriam Aécio Neves, o pior senador no ranking da Veja. Da insuspeita Veja, que foi e é, junto com a Rede Globo e suas filiadas, os grandes eleitores dos viciados em pó. Por que ninguém pediu investigação a respeito do sumiço do helicóptero com 450 kg de cocaína? Seria porque também são consumidores?!

Por que não havia nenhum cartaz contra a corrupção praticada sob a bandeira do HSBC? Por que os 210 mil zumbis paulistas não falaram da Alstom, da Siemens, do Robson Marinho, na crise d’água?  A fixação em Lula e Dilma explica o estresse eleitoral. Os zumbis atenderam a um chamado da Rede Globo que não aguenta mais viver sem o duto que FHC, via Miriam Dutra, a abastecia.  Por que será que todo coronelismo eletrônico, os mesmos que se perfilaram à ditadura, também agora clamam pela volta da ditadura. Nada mal para quem a financiou. Quem não foi torturado, estuprado ou morto tem direito a chamar ditadura de ditabranda e apoiar quem sai às ruas pedir a volta da ditadura.

Por que não havia cartazes pedido punição ao Eduardo Cunha? Um notório corrupto, desde muito antes da Lava Jato? Por que ninguém se lembrou de quem comprou a reeleição? Não passa de uma marcha de sociopatas maus perdedores. Eles não suportam que caiam migalhas das políticas sociais para camadas da população que sempre foram alijadas das políticas públicas. Embora sejam políticas tímidas diante do tamanho das necessidades, esta pequenas políticas que botam pessoas pobres nos melhores cursos das universidades públicas e particulares é fonte de todo ódio contra quem ousou redirecionar políticas públicas.

As manifestações, notadamente de uma classe média ventríloqua da Globo, foi apenas uma catarse de perdedores. E fica ainda mais evidente quando a polícia do Geraldo Alckmin viu um milhão de pessoas onde o Datafolha, vinculado a Folha de São Paulo, que de petista não tem nada, encontrou, no pico, 210 mil. Por que as polícias vinculadas aos partidos derrotados por Dilma no âmbito nacional, como no RS, inflaram o número de manifestantes? Por que nenhum gaúcho portou cartazes pedido explicações a respeito da Operação Rodin?

Fico perplexo vendo meus próprios colegas expondo uma avareza dantesca. Exatamente aqueles que se manifestam contra a Lula e Dilma, contra a corrupção do PT, são os mesmos que se aproximam buscando algum tipo de vantagem são os mesmos que se revoltam contra o Bolsa Família, o PROUNI e o FIES. São os mesmos que abatem as mensalidades das filhos que estudam em escolas particulares no imposto de renda. Abatem despesas médicas de plano de saúde particular no imposto de renda. São os mesmos que recebem, vejam só, auxílio alimentação de mais de R$ 600,00 reais mensais, que recebem auxílio creche de mais de R$ 500,00 reais, por filho, que recebem Auxílio Saúde no valor de R$ R$ 131,00 (CJF flexibiliza valor de auxílio saúde pago a magistrados e servidores).

Por que estas pessoas ficam indignadas com o Bolsa Família, que é pago condicionado à frequência escolar dos filhos, causa tanto ódio àqueles que recebem auxílio creche mesmo o filho não indo à creche? Que basta provar que seja filho e receberá o valor do zero ao sexto ano.

Isso não é ignorância, porque eles sabem exatamente de tudo isso. É ódio de classe, é também egoísmo.  É a soma de analfabetismo político com demonstração de insensibilidade social sem precedentes. Mau  caratismo somado a uma tremenda cara de pau!

A pergunta que não quer calar: Por que será que a Marcha das Vadias leva para a Avenida Paulista e o Parque da Redenção mais gente que a marcha dos zumbis?

02/01/2015

Os EUA e o nazismo latino

Filed under: CIA,Ditadura,EUA,Golpistas,Inimigo de meu inimigo,Nazismo — Gilmar Crestani @ 8:56 am
Tags:

bolsonaro-charge.gifAs ditaduras latinas contaram com o apoio de fugitivos nazistas. Estes deixaram inoculado na cultura americana, de norte a sul, o DNA racista e homofóbico. E o mais inacreditável nesta história de transferência de métodos é que tudo se deu com o conhecimento e a participação norte-americana. Há um documentário muito interessante que mostra muito bem como tudo se aconteceu: Inimigo do meu inimigo.

Enquanto a CIA se encarregava de recrutar os sobreviventes e espalha-los pela América Latina, Hollywood aperfeiçoava a máquina de propaganda para vender o heroísmo dos que entraram em campo somente quando o time adversário já estava cansado. A Alemanha nazista foi derrotada em Estalingrado. Perdeu homens, armas, dinheiro e o rumo. Foi somente após a derrota de Estalingrado que os EUA entraram na Guerra. Tanto que chegaram a Berlim muito depois dos russos. E isso que os russo haviam sofrido para defenderem a própria terra, coisa que não houve em relação aos EUA.

Um historiador inglês da atualidade, Antony Beevor, vem publicando uma série de livros sobre a Segunda Guerra. Estou lendo Dia D: a Batalha pela Normandia. Já li Stalingrado: o cerco fatal; Berlim 1945: a queda; Creta: Batalha e resistência na Segunda Guerra Mundial 1941 / 1945; A Batalha Pela Espanha.

Apesar de todo viés ocidental, fica por demais evidente que o ponto de descendência de Hitler foi Estalingrado. Ali foi o começo do fim. No entanto, a máquina de propaganda norte-americana vende a idéia de que foram eles que derrotaram os nazistas. Pelo contrário, há muitas evidências de que os nazistas buscavam entregarem-se ao norte-americanos com medo dos russos. Daí porque também a CIA tenha recrutado tantos nazistas. A continuidade do espírito nazista continuou, a partir da Segunda Guerra, com o exército norte-americano. Basta ver todas as guerras em que se envolveram, nas derrubadas de governos que eles patrocinaram, nas ditaduras que deram sustentação. O que foi Vietnã se não a mesma tentativa de genocídio de Hitler?! E junto com o espírito nazistas, e dele decorrência lógica, as ideias racistas (vide luta dos Panteras Negras, Martin Luther King). Ou alguém ainda tem dúvida de que os EUA não só apoiaram o Apartheid Sul-Africano, como prezavam o mesmo método em casa.

A ideologia homofóbica latina casou muito bem com as ideias nazistas impostas pelos EUA nas diversas ditaduras latinas (Chile, Argentina, Venezuela, Bolívia, Uruguai, Paraguai e Brasil) pós Segunda Guerra. Coincidentemente, todas com patrocínio ideológico, financeiros e armas dos EUA.

Nazista que tentou ‘curar’ gays vira tema de documentário

Dinamarquês Carl Vaernet fazia experimentos com testosterona e fugiu para a Argentina após derrota do Eixo

FELIPE GUTIERREZDE BUENOS AIRES

Um nazista que buscou uma "cura" para a homossexualidade por meio de experimentos feitos em homens gays no campo de concentração de Buchenwald (Alemanha) virou tema do documentário "Triângulo Rosa".

Carl Vaernet, o nazista, era um médico dinamarquês e foi um dos colaboradores que fugiram para o país sul-americano após a derrota do Eixo.

"[Heinrich] Himmler autorizou a pesquisa de Vaernet e demandou o extermínio de existência anormal’", relata o militante LGBT Peter Tatchell, que, na década de 1990, pressionou o governo dinamarquês a abrir os documentos sobre o médico.

Segundo Tatchell, os nazistas perseguiram homossexuais por entender que traíam o ideal ariano masculino e por temer que pudessem causar um "dano" demográfico.

"Os nazistas descreviam os gays como sabotadores sexuais’", explica. "Eles pensavam que a homossexualidade enfraquecia o Terceiro Reich, que precisava aumentar a população alemã para criar um exército e uma força de trabalho cada vez maior para conquistar a Europa", diz.

Em suas experiências, Vaernet dava testosterona aos pacientes. O nazista desenvolveu uma cápsula que liberava o hormônio aos poucos (uma espécie de glândula artificial) após ser inserida cirurgicamente. De tempos em tempos, ele abria novamente os "pacientes" para trocar o aparato. Segundo Tatchell, trata-se do único caso conhecido de experimentos feitos em gays detidos em campos de concentração.

O argentino Esteban Jasper, um dos diretores do documentário "Triângulo Rosa", afirma que cerca de 20 homens foram submetidos aos experimentos, e que três morreram no processo. "Ele não era um cientista com todas as letras", diz Jasper.

Inicialmente, Vaernet não fazia pesquisa. Ele tinha uma clínica em Copenhagen, mas sua ligação com o nazismo o tornou alvo da resistência dinamarquesa. Ele viajou para a Alemanha e, com seus contatos, conseguiu trabalho em hospitais locais e acesso aos presos que usou como cobaia.

Logo depois da derrota do Eixo, Vaernet voltou à Dinamarca. "Ele foi preso logo, mas pouco depois enganou as autoridades dizendo que tinha uma doença séria que tinha de ser tratada na Suécia. De lá foi para a Argentina", relata Jakob Rubin, autor de um livro sobre o nazista.

O médico chegou a Buenos Aires em 1947 e conseguiu um emprego no Ministério da Saúde da Argentina.

Segundo Rubin, Vaernet também teve uma clínica em Buenos Aires. Não se sabe, porém, se ele voltou a procurar a "cura" para a homossexualidade na Argentina.

Quando foi ao país, o médico deixou para trás os filhos do primeiro casamento. O empresário Jan Vaernet, de Copenhagen, é um dos descendentes que ficaram na Europa. Ele só soube do passado nazista de sua família quando era adolescente, pelos jornais dinamarqueses.

"Eu sabia que o meu avô paterno tinha ido para a Argentina. Mas meu pai era antinazista e tinha vergonha dos problemas e do nome do pai dele, que era reconhecidamente o de um colaboracionista. Eles se distanciaram antes de eu nascer."

Os netos argentinos de Vaernet também cresceram desconhecendo a filiação ao nazismo e as experiências no campo de concentração.

O veterinário Sérgio Vaernet, que mora na cidade de Resistencia, no Estado do Chaco, nasceu quando o avô já estava morto. "Na minha família simplesmente não se falava da Dinamarca ou do passado. Era um tema que trazia muita dor. Só fui descobrir a história depois de adulto", conta.

15/12/2014

Bolsonaros é melhor e único produto de qualquer ditadura

Bolsonaro por SantiagoComo explicar que todos os principais grupos de comunicação estiveram do lado dos ditadores, golpeando a democracia e os direitos humanos, e agora queiram cantar de defensores da liberdade? Graças às cinco irmãs (Globo, Veja, Folha, Estadão & RBS) coordenados pelo Instituto Millenium, a OBAN do século XXI, há uma fábrica de bolsonaros nas redações. Pergunte ao Estadão quem foi seu Diretor de Redação, Pimenta Neves, o assassino de Sandra Gomide? E na Globo, com Ali Kamel, o  mentor de que “Não somos racistas”. E na RBS & Veja com Augusto Nunes… 

Basta ver como eles tratam os movimentos sociais, como o MST, e como tratam as manifestações para implantarem um regime que impede a existência de manifestações.

RICARDO MELO

Bolsonaros não existem por acaso

Concessões diante da barbárie na ditadura alimentam cotidiano das delegacias e banditismo parlamentar

À luz do bom senso mais prosaico, nenhum argumento contra a revisão da Lei da Anistia fica em pé. O mais utilizado: a lei prega o esquecimento e se aplica "aos dois lados".

A Lei da Anistia foi aprovada em plena vigência do regime militar. Só havia dois partidos autorizados a funcionar: Arena e MDB. Um terço dos senadores era biônico, indicado pelo regime na engenharia do pacote de abril de 1977. Em votação apertada, 206 a 201 votos no Congresso, os generais e o alto empresariado que os sustentava obrigaram um parlamento castrado a engolir a absolvição dos algozes. Chamar isso de acordo é abusar da estupidez alheia. O maior interesse do texto sempre foi inocentar facínoras e seus mandantes, que se deleitavam com a barbárie cometida nas câmaras de tortura.

Ah, mas os mortos vítimas dos "terroristas"? A tentativa de simetria peca por todos os lados. Nunca se pode, pelo menos do ponto de vista da democracia, colocar no mesmo plano o poder de Estado e o de seus opositores –até por serem absolutamente desiguais. Claro que isso não alivia a perda de familiares, seja de que lado for. Mas omite-se o importante: os oposicionistas daquela época foram "julgados" e presos –na melhor das hipóteses. Outros tantos simplesmente desapareceram do mapa, nos porões militares, nos combates forjados ou executados a sangue frio. Foram mais do que "punidos".

Já o batalhão de choque do regime, do Planalto à rua Tutoia, pretendeu escapar ileso com a lei 6683/79. Tenta até hoje, com a ajuda de um Supremo Tribunal Federal cujos veredictos são para lá de controversos. Nada disso esconde a hipocrisia do enredo, e a vergonha de o Brasil ser o único país do continente a avalizar práticas de torturas.

"Ah, mas isso é remexer no passado; com todo respeito aos mortos, vamos cuidar dos vivos." Ocorre que é justamente pelos vivos que se defende a punição de quem institucionalizou a tortura. Por trás das humilhações cometidas cotidianamente contra acusados nas delegacias, inocentes ou culpados, está a jurisprudência de que maus-tratos fazem parte do dia a dia policial. A certeza da impunidade de quem maltrata em nome do Estado sobrevive "em nome da lei".

Pode-se até entender que muitas iniciativas políticas dependam da chamada "relação de forças". É o jogo democrático. Preocupa perceber, no entanto, que a democracia esteja sendo usada para defender a barbárie. É inaceitável, por exemplo, que chefes militares simplesmente se recusem a liberar documentos e informações sobre a violência nos quartéis. E nada acontece. Pense num ministro refratário a fornecer dados sobre tal ou qual projeto. Num país civilizado, o cidadão seria imediatamente demitido.

Aqui, não. Os militares, constitucionalmente submetidos ao poder civil no papel, pintam e bordam. Pior: a presidente da República, chefe deles, não dá um pio. O mínimo a esperar era que, diante de um relatório como o da Comissão da Verdade, a presidente repudiasse publicamente os responsáveis pelos anos de chumbo. Em nome das Forças Armadas. Isto mesmo. Militar que não gostasse teria de se submeter, ou então vestir o pijama –para dizer o mínimo.

As concessões diante de um passado abominável têm alto preço no presente e no futuro. O deputado Bolsonaro está aí para provar. Por muito menos, por se deixar fotografar de cueca, um deputado certa vez teve o seu mandato cassado. Bolsonaro idolatra o estupro, ofende colegas e faz pouco dos direitos humanos sempre que pode. Um bandido. Seus herdeiros seguem pelo mesmo caminho, clamando pela intervenção militar. Num belo dia, a história pede licença para se repetir.

06/12/2014

Só para a Rede Globo do Ali Kamel não há racismo

Ali Aranha comeu KamelA Rede Globo escalou Ali Kamel, seu chefe de jornalismo, para perpetrar um livro: Não somos racistas. Mas os fatos estão provando o contrário. Para a Globo, pior para os fatos. Já que para eles o que importa é a versão que eles vendem. Talvez por isso só aumente a aversão pela Globo. Esconderam ditadura com suas prisões ilegais, as torturas, os estupros, os assassinatos, os esquartejamentos, as desovas em valas clandestinas. De nada adiantou admitir que errou em apoiar a ditadura, o editorial saudando a chegada da ditadura é uma peça, é como se fosse uma tatuagem na alma da Rede Globo. Por mais pó que passe, e, como sabem Aécio e Casagrande, há muito pó por lá, a cicatriz teima em aparecer. Por todos os lados, todos os dias, em campos de futebol, como na Arena da OAS, nos altares, o racismo continua dando as caras.

Em pleno século XXI, políticos com interesse em ocupar a Presidência convocam e participam de atos racistas, pedido a volta da ditadura e atacando negros e homossexuais. Não estariam fazendo isso não houvesse, primeiro, a lavagem cerebral perpetrada pelos assoCIAdos do Instituto Millenium. Graças aos preconceitos, às difamações e às manipulações dos grupos mafiomidiáticos os movimentos de ultradireita, nazistas, estão brotando. Deve-se às cinco irmãs que as ratazanas estão saindo das bocas de lobo para cairem de boca com os Lobões da vida.

Diante de tantos pecados, seriam uma pena se não existisse inferno. Tem horas, como esta, que sinto pena do diabo!

Padre negro sofre racismo e é transferido após contrariar “fiéis” ricos e conservadores

Transferência de padre negro causa revolta na cidade de Adamantina, interior de São Paulo. Wilson Luís Ramos enfrentou preconceito racial e resistência de fiéis ricos e conservadores, que não concordam com o fato de pobres e excluídos terem sido atraídos para a sua Paróquia

padre wílson negro racismo

Comunidade se mobiliza para que Padre Wílson, afastado e vítima de racismo, permaneça em Paróquia (divulgação)

Moradores de Adamantina, de 35 mil habitantes, no interior de São Paulo, se revoltaram com a decisão da Igreja Católica de substituir um padre negro, vítima de preconceito racial e de fieis insatisfeitos com sua forma de administrar a Paróquia Santo Antônio, a principal da cidade.

Além do preconceito, o padre Wilson Luís Ramos enfrenta a resistência de fieis conservadores e ricos, que discordam do seu jeito simples e do fato de ter atraído pessoas pobres e excluídas –além de muitos jovens, entre eles usuários de drogas– para dentro da Matriz da cidade, onde chegou em 2012.

Incomodados com o padre, um grupo de fieis reclamou com o bispo que, depois de fazer uma consulta na cidade, decidiu pela troca de padre, alegando que ele dividiu a paróquia. Mas a decisão do bispo de Marília, Dom Luiz Antônio Cipolini, tomada em 28 de novembro, revoltou os moradores, que foram às redes sociais e às ruas fazer manifestações para tentar manter Ramos na cidade.

A situação gerou uma onda de protestos em toda a cidade. Um abaixo-assinado de apoio ao padre recebeu 5 mil assinaturas em dois dias; na Câmara Municipal, todos vereadores declararam apoio ao padre, na última sessão, segunda-feira; e até pastores da Igreja Evangélica declaram apoio e criticaram abertamente a decisão do bispo.

Os jovens ligados à igreja — que já tinham feito um abraço simbólico na igreja matriz e escrito frases de apoio nos vidros dos carros–, lançaram o abaixo-assinado na segunda-feira para coletar 20 mil assinaturas. “Já estamos com 5 mil assinaturas, em dois dias”, festejou nesta quarta-feira, José Lúcio Mantovani, um dos líderes do movimento de apoio ao padre. Segundo ele, as manifestações vão continuar nos próximos dias e documentos sobre o caso estão sendo reunidos para ser enviados ao superior do bispo.

“O que existe é um grupo de poucos fieis insatisfeitos com o padre. O bispo deveria atender o desejo da maioria, que quer a manutenção do padre na cidade. Mas acho que há forças ocultas que impedem que ele fique com nós e continue o trabalho maravilhoso que vem fazendo”, declarou Mantovani.

As forças ocultas poderiam ser interesses políticos da própria igreja em trazer de volta um padre que ficou na cidade por 13 anos e que foi substituído por Ramos pelo bispo anterior. Dom Luiz, que está na região há apenas um ano, gostaria de trazê-lo de volta, dizem os jovens. Outro motivo também seria o fato de o padre ser negro.

“Passei por diversos momentos de preconceito, que me causaram humilhação e sofrimento. Ainda outro dia flagrei duas senhoras na frente da igreja comentando que deveriam trocar o galo que está lá em cima, na cúpula, por um urubu”, contou padre Wilson.

O bispo também tem conhecimento do preconceito sofrido pelo padre. “Sabemos que ele tem sido vítima de preconceito por parte de fieis, mas sabemos que ele tem vencido esse preconceito, que não é a principal causa de sua saída”, afirmou Dom Luiz Cipolini. “O verdadeiro motivo é a divisão que ele causou na paróquia. É isso. E não podemos deixar que isso ocorra”, completou o bispo.

Dom Luiz contou que, ao tomar conhecimento das reclamações, pediu ao padre que escolhesse outra paróquia, o que foi negado por padre Wilson, mas que, para apurar melhor o que estava acontecendo em Adamantina, pediu ao Conselho de Presbíteros que fizesse uma consulta popular. “Após essa consulta, o padre decidiu por deixar a paróquia. Foi ele quem pediu”, afirmou o bispo. “Não é uma divisão qualquer, há uma parte muito grande da paróquia que é pela sua saída”, disse.

Padre Wilson diz que não é bem assim. “Depois de ser humilhado e passar por muito sofrimento por conta do preconceito e de sofrer muita pressão por parte do bispo para deixar a paróquia, eu não tive escolhe a não aceitar essa saída”, contou à reportagem. “Essa divisão que ele fala, não existe. O que existe é um pequeno grupo de fieis que é contra meu trabalho, pessoas que estavam havia 13 anos na coordenação das pastorais que não gostaram de ser substituídas”, contou. “Mas sempre defendi o entendimento como saída para este problema e há possibilidade de entendimento”, afirmou.

No entanto, para jovens que fazem parte dos grupos da paróquia, a realidade é que o bispo quer ver de volta o antigo padre. “Sabemos que há outros interesses, também. O bispo sabe que até na consulta feita na cidade, apenas algumas das 71 pessoas ouvidas foram contra o padre. E todas as 680 pessoas que se inscreveram para serem ouvidas na consulta enviaram cartas ao bispado manifestando apoio ao padre”, contou Ivanete Sylvestrino. “Há outros interesses, pois se o bispo fosse ouvir mesmo a maioria, ele decidiria em favor, não de meia dúzia de insatisfeitos, mas sim da grande maioria da população, que está se manifestando em apoio ao padre”, completou.

Chico Siqueira, Terra

Padre negro sofre racismo e é transferido após contrariar “fiéis” ricos e conservadores

05/12/2014

Mein gott, o Führer caiu na piscina!

Filed under: Direita,Direita Hidrófoba,Direita Miami,Golpismo,Golpistas,Nazismo — Gilmar Crestani @ 9:38 am
Tags:

 

A suástica na piscina e o nazismo submerso do Direito

4 de dezembro de 2014 | 10:29 Autor: Fernando Brito

suastica

Ontem, correu a rede a foto da piscina de alguém, entre Pomerode e Rio dos Cedros (região de Blumenau, Santa Catarina) que, caprichosamente, desenhou um suástica no fundo da piscina de sua casa.

Fotografado por um piloto de helicóptero, o “mimo” – concluiu a polícia – não constitui crime, porque é “para culto próprio” e não para apologia pública, embora se possa duvidar que um hitlerista, depois de enxugar-se na toalha, adote posturas democráticas.

Lembrei-me do episódio ao ler o vigoroso artigo do ex-promotor e professor de Direito Cézar Roberto Bitencourt, a quem não conheço senão do que está escrito ali.

E de uma teoria que, ao contrário daquela famosa do “domínio do fato”, não se ousa assumir.

O “Direito Penal do Inimigo”, também alemã (Feindstrafrecht) uma emanação jurídica neonazista que, pouco confessadamente, está na raiz das práticas jurídicas discriminatórias que, mundialmente, têm seu símbolo maior na prisão de Guantánamo, onde os presos não são exatamente seres humanos como eu e você.

Elevada ao extremo e despida das sofisticações, tem a mesma linha de justificação daquela do matador de moradores de rua em Mogi das Cruzes (SP), alegando que eles “não pagavam imposto” e não eram “úteis à sociedade”.

Apesar de não serem judeus, nein, mein Füher?

Originalmente usado para a criminalização dos “indesejáveis”, sejam islamitas, pobres, negros, etc, parece  este tal “direito penal”  tomou conta de nosso Judiciário e de sua instância mais alta: o Tribunal da Mídia.

Transcrevo, para que o leitor e a leitora reflita, trechos do texto de Bitencourt onde trata das violações constitucionais – e morais – do que vem acontecendo nesta “delação premiada” que é apresentada hoje quase como um “banho no Rio Jordão” para criminosos.

“Como se tivesse descoberto uma poção mágica, o legislador contemporâneo acena com a possibilidade de premiar o traidor — atenuando a sua responsabilidade criminal — desde que delate seu comparsa, facilitando o êxito da investigação das autoridades constituídas. Com essa figura esdrúxula o legislador brasileiro possibilita premiar o “alcaguete”, oferecendo-lhe vantagem legal, manipulando os parâmetros punitivos, alheio aos fundamentos do direito-dever de punir que o Estado assumiu com a coletividade.”

Não é preciso escrever os nomes de São Paulo Roberto Costa ou do beato Youssef, não é? Mas, adiante:

“Note-se que, ainda que seja possível afirmar ser mais positivo moralmente estar ao lado da apuração do delito do que de seu acobertamento, é, no mínimo arriscado apostar em que tais informações, que são oriundas de uma traição, não possam ser elas mesmas traiçoeiras em seu conteúdo. Certamente aquele que é capaz de trair, delatar ou dedurar um companheiro movido exclusivamente pela ânsia de obter alguma vantagem pessoal, não terá escrúpulos em igualmente mentir, inventar, tergiversar e manipular as informações que oferece para merecer o que deseja. Com essa postura antiética, não se pode esperar que o delator adote, de sua parte, um comportamento ético e limite-se a falar a verdade às autoridades repressoras; logicamente, o beneficiário da delação dirá qualquer coisa que interesse às autoridades na tentativa de beneficiar-se. Essa circunstância retira eventual idoneidade que sua delação possa ter, se é que alguma delação pode ser considerada idônea em algum lugar.”

E como se obtêm estas delações?

(…)pelas informações vazadas na mídia, essas nulidades e inconstitucionalidades são pródigas na “colaboração premiada” celebrada na “operação lava jato”, com o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Trata-se, a rigor, de um “acordo de colaboração premiada” eivado de nulidades, mas nulidades absurdamente grotescas, ou seja, decorrentes de negação de garantias fundamentais impostas pelo Ministério Público (negociador da delação) a referido réu e ao seu defensor!

Pelo que vazou, foram violadas, dentre outras, as garantais fundamentais da ampla defesa, do devido processo legal, do direito ao silêncio, de não produzir prova contra si mesmo, direito de não se autoincriminar etc. Ou seja, foi imposto ao “delator” que renunciasse {pode ?!} — a todos esses direitos constitucionais —, inclusive direitos de ações (afastando a jurisdicionalidade do cidadão). Afinal, desde quando as garantias fundamentais do direito de ação, do devido processo legal, da ampla defesa podem simplesmente ser renunciadas por alguém, ainda mais na imposição de uma delação premiada?

Diz um dos promotores do caso, Manoel Pastana, como se as consegue: “o passarinho pra cantar precisa estar preso”. Os delegados de polícia, há tempos (e alguns ainda hoje) ainda aproveitam para “dependurar” num poleiro passarinhos, não é?

Voltem0s ao professor Bitencourt:

“Prende-se para investigar, prende-se para fragilizar, prende-se para forçar a confissão e, por fim, prende-se para desgastar, subjugar, ameaçar e forçar a “colaboração premiada”! Aliás, a própria autoridade repressora reconhece, oficialmente, em seu parecer, que esse é o objetivo maior das prisões e tem sido exitoso: arrancar a confissão e forçar a “delação”! Retornamos à Idade Média, quando às ordalhas e a tortura também tinham objetivo de arrancar a confissão, e também eram cem por cento exitosas! Só falta torturar fisicamente, por que psicologicamente já está correndo!”

E tudo isso aplaudido pela “mídia democrática”, com seus juristas padrão Merval, sob o silêncio da Ordem dos Advogados e da postura histérica que quer transformar a esquerda em “mãe da corrupção”ou, como diz Aécio Neves, em uma “organização criminosa”.

Aquela suástica no fundo da piscina não aparece quando as águas estão turvas e agitadas.

A suástica na piscina e o nazismo submerso do Direito | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Próxima Página »

Blog no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: