Faltou acrescentar alguns outros episódios paradigmáticos, que dão a exata dimensão do tamanho moral deste tarja preta no golpismo made in Rede Globo. José Serra é a também autor e beneficiário do Caso Lunus, do escândalos dos Irmãos Vedoin, dos Sanguessugas e da máfia das ambulâncias, da Alstom & Siemens, que o Rodrigo de Grandis, outro anão moral, engavetou. É o mesmo que estrelou nas telas da Globo o premiado documentário bolinha de papel…
São tantas e tão relevantes demonstrações de pouco apreço à verdade e ao Brasil, como prova o convescote de Foz do Iguaçu, onde prometeu entregar a Petrobrás à Chevron, que tem tudo para ser embalsamado pelos Grupos Mafiomidiáticos e vendido como soro no combate a Zika das urnas que abate sobre à direita hidrófoba!
Alex Solnik
Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão", "O domador de sonhos" e "Dragonfly" (lançamento setembro 2016).
Não vai ter Serra
1 de Abril de 2016
Pouco tempo depois de voltar, em 1982, do Chile, onde fez pós-gradução em Economia sem ter se graduado no Brasil, graças a uma lei chilena, José Serra logo ganhou a fama de pisar no pescoço até dos amigos para alcançar o poder. Ou seja: a presidência da República. Ganhou-a em São Paulo, onde foi secretário da Fazenda de Franco Montoro, por indicação de um de seus filhos.
Na primeira oportunidade em que vislumbrou a possibilidade de subir na escala política resolveu abandonar Montoro em pleno mandato e se ofereceu, em 1985 para ser ministro de Tancredo Neves.
A essa altura sua fama já ultrapassara as fronteiras de São Paulo. Tancredo, que era tudo menos bobo, desconfiado de que se o trouxesse ao governo ele conspiraria para tomar o seu lugar respondeu ao interlocutor, enquanto enrolava sua gravata, como de hábito: "Esse não, o Serra é arrogante e prepotente".
A segunda oportunidade veio em 1994, com a eleição de Fernando Henrique. Serra trabalhou dia e noite, principalmente à noite, como convém aos de sua estirpe para se tornar seu poderoso ministro da Fazenda, mas FHC, que não era menos bobo que Tancredo achou de bom alvitre colocá-lo num posto em que oferecesse menos perigo de golpeá-lo: ministro do Planejamento.
No segundo governo, mais uma vez Serra cobiçou a Fazenda. Mais uma vez foi rechaçado: ganhou o ministério da Saúde. E aporrinhava o chefe a toda hora, como relatou o cineasta Bruno Barreto, que recentemente produziu uma série com FHC para o Canal Brasil: "Ele está nadando de manhã, o Serra vem interromper ele! É louco, intempestivo do jeito que o Serra é. Deve ser bipolar. Não dorme". Fez o diabo para aparecer na mídia mais que seu chefe (como FHC já esperava) e se viabilizou como candidato à sua sucessão.
Na campanha presidencial sua fama de golpista somente fez aumentar. Convencido de que perderia se percebessem que era o candidato de quem era (FHC estava com a popularidade no chão) não vacilou em golpear o amigo: escondeu-o acintosamente em toda a propaganda eleitoral. Fez de conta que Fernando Henrique e seu governo não existiram.
Mas não adiantou: perdeu para Lula, o metalúrgico, episódio que deu início ao seu ressentimento com o PT.
Mais adiante, golpeou seus próprios companheiros de partido, aliando-se, em 2004, nas eleições a prefeito de São Paulo a um ex-discípulo de Paulo Maluf chamado Gilberto Kassab. Ganhou a eleição. Logo em seguida, deu golpe nos seus eleitores, abandonando a prefeitura para se candidatar, em 2006, a governador, um magnífico trampolim para chegar aonde queria: a presidência da República.
E deixou a prefeitura nas mãos do ex-malufista.
Em 2010 de novo cobiçou o Planalto e mais uma vez foi derrotado nas urnas, dessa vez por Dilma Rousseff.
O seu rancor em relação ao PT duplicou. Perdeu para o partido pela segunda vez e – mais do que isso – para uma mulher.
Por essa época, além da fama de pisar no pescoço dos amigos ele acrescentou outra: a de desrespeitar as mulheres.
No posto de governador de São Paulo, costumava comparecer à tribuna de honra do Estádio do Pacaembu, para assistir aos jogos do Palmeiras em companhia não da primeira-dama, a chilena Mônica Allende, dançarina do Ballet Nacional do Chile e parente distante de Salvador Allende, que conhecera em 1966, no "exílio", como seria de esperar, mas de uma jovem política do PT, muito simpática e atraente, palmeirense como ele, que conduzia em seu carro oficial.
Nunca ficou claro qual era a relação entre eles. Até que, em 2013, ele e Mônica se separaram.
No dia 10 de dezembro de 2015 seu viés machista manifestou-se mais uma vez. Durante um encontro social, na casa do senador Eunício de Oliveira, em Brasília, ele, agora senador, aproximou-se de uma rodinha e de chofre disparou para a ministra da Agricultura Kátia Abreu:
– Dizem que você é muito namoradeira!
Indignada, Kátia, recém-casada, devolveu com uma coleção de impropérios e uma taça de vinho no seu rosto. E declarou que Serra era conhecido no mundo político por fazer comentários "inapropriados".
Para não perder o costume, na recente disputa pela indicação do candidato do partido a prefeito de São Paulo, deu um golpe em José Aníbal, que o ajudou a se eleger e é seu suplente de senador para apoiar seu rival Andrea Matarazzo.
A mais recente incursão no quesito "pisar no pescoço das mulheres" deu-se há poucos dias.
Em companhia do ministro Gilmar Mendes, que vai passar à história do STF como aquele que concedeu dois habeas-corpus instantâneos ao banqueiro Daniel Dantas, preso por, entre outros delitos, oferecer suborno a um policial federal durante a Operação Satiagraha, que o investigava, de Dias Toffoli, o Robin de Mendes e de Aécio Neves, neto de Tancredo, Serra foi a Lisboa com o objetivo de falar mal da presidente Dilma, insistindo em seu intento de apear do poder o partido que o derrotou duas vezes e a mulher que o derrotou uma. Repetindo o que no ano passado dissera em entrevista à Jovem Pan, afirmou que "se os militares não fossem tão fracos como são hoje ela já teria caído".
Não satisfeito em ser lembrado por ter se submetido a uma tomografia computadorizada após ser atingido na cabeça por uma dilacerante bolinha de papel, o que só percebeu vinte minutos depois, quando o avisaram por telefone, durante a campanha presidencial de 2010, tudo indica que também ficará marcado por se aliar ao pior do pior da política brasileira em 2016, na criação de um impeachment sem crime de responsabilidade, que até o nada petista ministro Marco Aurélio Melo, do STF, já classificou de golpe.
De tanto tentar golpear os amigos, o partido, as mulheres e os que o derrotaram nas urnas, golpe já virou sinônimo de Serra.
E, tal como daqui para a frente não vai ter golpe, também não vai ter Serra.
02/04/2016
Biografia bonsai de um anão moral
10/04/2015
Homem de palavras
Como diz o ditado, quem fala muito dá bom dia a cavalo. Costa primeiro fez a narrativa política, para desgaste eleitoral dos seus adversário. Nunca é demais lembrar que ele começou ocupando postos na Petrobrás ainda no governo de FHC. Uma era em que tudo era permitido, menos ser honesto. Os desonestos tinham um Engavetador Geral. Para o que viesse depois, teriam um Gilmar Mendes no STF. O PSDB foi precavido. Sabia que um dia a casa cairia, por isso precisaria de alguém de confiança no STF. Jorge Pozzobom sabe o que diz quando diz que o PSDB tem imunidade do Poder Judiciário para roubar. Ele conhecia Yeda Crusius e as facilidades com que ela contou nos casos em que esteve envolvida, como a Operação Rodin.
Agora como ficam aqueles que Costa jogou na lama? Por onde anda o picareta Fernando Francischini que tentou fazer um carnaval que, agora, revela-se uma micareta. Rima rica, com picareta!
Costa migou do PSDB para o PP, que botou o PP gaúcho na roda da Lava Jato. É incrível, por que será que os que sempre mamam nas tetas do Estado tem o pendor, além de vociferarem contra o peso do Estado, também ousam botar a culpa nos outros.
E se a moda pega, delatores presos descantando o verso quando em liberdade?! O que era Petrolão, virou delação e agora, mentirão!
Lava Jato: Costa desdiz tudo o que disse
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Ex-diretor Paulo Roberto Costa mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas; a nova versão está em petição enviada nesta quinta (9) à Justiça; em depoimento como delator em 2 de setembro do ano passado, Costa dizia que "empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos"; agora ele diz que os preços seguiam os parâmetros da estatal e o percentual das obras que era desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, "eram retirados da margem de lucro das empresas"; se não houve superfaturamento das obras, prisões de empreiteiros perdem sentido
9 de Abril de 2015 às 21:42
247 – O ex-diretor Paulo Roberto Costa mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da Petrobras investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas. A nova versão está em petição enviada nesta quinta (9) à Justiça. Em depoimento como delator em 2 de setembro do ano passado, Costa dizia que "empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos". Agora ele diz que os preços seguiam os parâmetros da estatal e o percentual das obras que era desviado para partidos, entre 1% e 3% do valor do contrato, "eram retirados da margem de lucro das empresas".
A delação foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal em 29 de setembro do ano passado. Ele poderá perder benefícios caso a Justiça constate que houve rompimento do acordo. A acusação de que as obras tinham sobrepreço faz parte de uma denúncia apresentada em março pelos procuradores da Lava Jato, mas ainda não há estimativa do valor. A denúncia já foi aceita pelo juiz federal Sergio Moro, e Costa figura como um dos réus. O TCU (Tribunal de Contas da União) também apontou superfaturamento em uma série de obras investigadas pela Lava Jato.
A defesa de Costa cita um exemplo hipotético de que não teria havido superfaturamento nas obras: "Se uma empresa oferecia uma proposta 15% acima do orçamento básico e repassava os 3%, ela ficava com lucro de 12%; no caso de não repasse ficaria com um lucro de 15%". Costa refuta também que cuidasse da lavagem do dinheiro desviado das obras. Costa nega também que ele e o doleiro Alberto Youssef recebessem uma lista que citava as obras e as empresas que seriam vencedoras de cada uma delas.
Lava Jato: Costa desdiz tudo o que disse | Brasil 24/7
Costa muda delação e diz que não havia sobrepreço em obras
Ex-diretor da Petrobras afirma agora que repasses a partidos saíam da margem de lucro das empreiteiras
Advogado do delator nega que seu cliente tenha alterado a versão dada em depoimento em setembro de 2014
MARIO CESAR CARVALHO e GRACILIANO ROCHA, DE SÃO PAULO, para a FOLHA
O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa mudou a versão que apresentou em seu acordo de delação e agora diz que as obras da estatal investigadas na Operação Lava Jato não eram superfaturadas. A nova versão está em petição apresentada nesta quinta-feira (9) à Justiça.
Em depoimento em 2 de setembro de 2014, ele dizia que "empresas fixavam em suas propostas uma margem de sobrepreço de cerca de 3% em média, a fim de gerarem um excedente de recursos a serem repassados aos políticos".
Agora ele diz que os valores entregues aos partidos "eram retirados da margem [de lucro] das empresas". Na sequência, afirma: "Não se pode dizer que houve sobrepreço".
De acordo com essa nova versão, que coincide com a das empreiteiras, a Petrobras não teria pago a mais pelas obras. As empresas dizem que foram achacadas.
A delação de Costa foi homologada pelo Supremo em setembro de 2014. Ele poderá perder benefícios caso a Justiça constate que houve rompimento do acordo.
A acusação de que obras tinham sobrepreço está na denúncia apresentada em março pelos procuradores.
Costa já foi preso duas vezes sob acusação de comandar o esquema de propinas na diretoria de Abastecimento, que ocupou entre 2004 e 2012, o qual beneficiava o PP, PMDB e PT. Ele cumpre prisão domiciliar desde setembro.
Sua defesa dá um exemplo hipotético de que não teria havido superfaturamento: "Se uma empresa oferecia uma proposta 15% acima do orçamento básico e repassava os 3%, ela ficava com lucro de 12%; no caso de não repasse ficaria com um lucro de 15%".
Costa diz que a ex-presidente da Petrobras Graça Foster atuou em duas obras em que houve participação do cartel quando era diretora de gás (2007 a 2012). São os gasodutos de Pilar-Ipojuca (PE) e Urucu-Coari (AM). A petição aponta que Renato Duque, ex-diretor de Serviços preso, também foi responsável pelos gasodutos.
Para os procuradores, a propina nessas duas obras e na refinaria Presidente Vargas (PR) foi de R$ 136,1 milhões.
Costa nega que ele e o doleiro Alberto Youssef recebessem uma lista com as obras e as empresas que seriam vencedoras de cada licitação. "Isso nunca aconteceu", diz o advogado João Mestieri.
Pelo acordo, Costa ficará um ano em prisão domiciliar com tornozeleira e sua pena poderá variar de um a dois anos em regime semiaberto.
OUTRO LADO
Mestieri, que na nova petição pede perdão judicial a Costa, nega que seu cliente tenha mudado a versão sobre o preço das obras. "Não é uma mudança da delação", diz ele. "Isso não foi bem explicado antes", completou.
O advogado de Duque, Alexandre Lopes, diz que seu cliente não participou de nenhuma ilicitude. Graça Foster não quis se pronunciar.
23/03/2015
Rede Globo conduz manda para combater (concorrência na) corrupção
Toda vez que a Globo ficou alijada das tetas da Petrobrás ajudou a dar golpe. Para tanto, conta com a condução de uma manada que a segue bovinamente.
“Pagamento de propina na Petrobras transcende o PT e o PSDB”
Autor de livro sobre elo entre empreiteiras e ditadura fala que esquemas vem dos anos 50
Gil Alessi São Paulo 18 MAR 2015 – 16:17 BRT
Nem durante o Governo do tucano Fernando Henrique Cardoso, como disse a presidenta Dilma, nem no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, como afirmou o delator da Lava Jato Pedro Barusco. Nenhum dos dois partidos foi pioneiro quando o assunto é corrupção na Petrobras, segundo Pedro Henrique Pedreira Campos, professor do departamento de História da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
Campos é autor do livro ‘Estranhas Catedrais – As Empreiteiras Brasileiras e a Ditadura Civil-Militar’ (Editora da UFF, 2014), que mostra como as mesmas construtoras que hoje estão no banco dos réus da operação Lava Jato já pagavam propinas e se organizavam em cartéis durante o regime militar. E até antes.
O título, ele explica, é uma referência a "Vai Passar", gravada por Chico Buarque em 1994, que cita as "estranhas catedrais" erguidas no país das "tenebrosas transações".
Pergunta. Com a Lava Jato há um debate sobre a origem da corrupção na Petrobras. Quando começou a corrupção na estatal?
Resposta. Existe um jogo de empurra para ver de quem é a culpa, e isso fica muito à mercê dos conflitos políticos atuais. O problema transcende as principais siglas partidárias, PSDB e PT. A prática de pagamento de propina na Petrobras vai além disso. Pode ser que tenha surgido no governo do FHC e do Lula um esquema para financiamento de campanha. Este tipo específico de procedimento talvez tenha sido criado nestes governos, com o envolvimento de diretores da estatal e repasse para partidos. Mas isso é apenas um indicativo de quão incrustadas na Petrobras estão estas construtoras. Muitas dessas empresas prestam serviço para a estatal desde 1953, e existem registros de que essas práticas ilegais já existiam nesta época.
P. A corrupção é a exceção ou a regra no mercado das construtoras?
R. A impressão que tenho, e temos indícios disso, é de que a prática de cartel é institucionalizada no mercado de obras públicas. As vezes existem conflitos, mas o que impera é o acordo, os empresários não querem uma luta fratricida, porque isso reduziria as taxas de lucro deles, então eles tentam dividir os serviços. E isso remonta há muito tempo, desde a década de 50, quando o mercado de obras publicas no Brasil começa a se firmar.
P. Qual era a situação das grandes construtoras antes ditadura?
R. Na segunda metade da década de 50, com a construção de Brasília no Governo de Juscelino Kubitschek e a as obras de infraestrutura rodoviária, as empresas começaram a prosperar. Antes de JK elas tinham apenas alcance local e regional: eram empreiteiras mineiras, paulistas e cariocas que realizavam obras em seus respectivos Estados. Naquele período elas não tinham sequer o domínio sobre técnicas para obras hidrelétricas, por exemplo.
P. Como era a relação das empreiteiras com os militares?
A Odebrecht, que hoje é uma gigante do mercado, era muito periférica antes da ditadura. Era uma pequena empreiteira nordestina, bastante secundária"
R. Elas foram sócias da ditadura. Nisso a Camargo Corrêa se destaca. O dono era muito próximo do regime, e ela financiou a Operação Bandeirante, que perseguiu militantes de esquerda no país. As empreiteiras tiveram uma participação importante no golpe de 1964, que foi um golpe civil-militar. Várias associações de empresários foram antessalas do golpe, que contou com uma participação intensa do setor de construção. E depois elas colheram os frutos deste apoio.
P. Qual construtora que mais cresceu durante a ditadura?
R. A Odebrecht, que hoje é uma gigante do mercado, era muito periférica antes da ditadura. Era uma pequena empreiteira nordestina, bastante secundária. Não participou das obras do plano de metas do JK, nem das rodovias, mas ela cresce de maneira impressionante durante o período de exceção. Em grande parte porque ela tinha uma presença muito forte junto à Petrobras, que na época tinha muitas obras no Nordeste. Quando a estatal começou a crescer, a Odebrecht foi junto. E à partir daí ela conseguiu o contrato do aeroporto do Galeão (RJ).
P. O que deu força às empreiteiras brasileiras na ditadura?
R. O decreto presidencial 64.345 de 1969 estabeleceu uma reserva de mercado paras empresas brasileiras, que caiu como uma luva para elas, que não tinham como concorrer com as estrangeiras. [Segundo o texto, “só poderão contratar a prestação de serviços de consultoria técnica e de Engenharia com empresas estrangeiras nos casos em que não houver empresa nacional devidamente capacitada”] O decreto facilita a formação de cartel entre elas, a aumentou muito o volume de recursos e obras que as construtoras passaram a obter de contatos públicos. Com esse dinheiro elas vão adquirir tecnologia para realizar outras obras, como aeroportos supersônicos, as usinas nucleares, etc. Com o decreto elas passaram a tocar as obras do chamado ‘milagre econômico’ da ditadura, o que permitiu que elas obtivessem lucros altíssimos e aprofundassem as práticas de cartel e corrupção no Governo.
P. Não havia investigação destas práticas irregulares na ditadura?
R. [Essas práticas] não eram coibidas. Muitas vezes obras eram contratadas sem concorrência, isso era muito comum na época. As investigações sobre práticas de cartel eram raras, os mecanismos de controle estavam amordaçados, não havia Ministério Público e a imprensa era censurada.
P. Existe algum indício de que durante a ditadura haviam pagamentos de propina?
R. Naquele período vinham menos denúncias a público, mas isso não quer dizer que não houvesse corrupção. Há indícios que havia um sistema de propina institucionalizado naquela época. Documentos do Serviço Nacional de Informação indicam que haviam pagamentos irregulares, e que alguns agentes públicos seriam notórios recebedores de propina e comissões. Isso era muito comum e corriqueiro no período. Com o fim da ditadura isso passa a vir mais a público.
“Quem faz o orçamento da republica são as empreiteiras”, disso o então ministro da saúde Adib Jatene em 1993
P. Com a democratização, o modus operandi das empreiteiras mudou?
R. Houve uma mudança bastante pronunciada, que segue a mudança da organização do Estado. Durante a ditadura as atenções das empreiteiras estavam voltadas para o poder Executivo – ministérios e empresas estatais, principalmente. E quando o país se abre para a democracia a correlação de forças muda, e elas tentam se adaptar. Elas passam a atuar junto às bancadas e aos partidos políticos, porque o Legislativo ganha força. Elas passam a ser ativas para obter emendas parlamentares e verba para obras. Existe inclusive no Congresso uma bancada da infraestrutura, e eles são bastante afinados com o desenvolvimento das empresas.
P. Existe um mito de que durante a ditadura a corrupção era menor. Isso se comprova factualmente?
R. Eu diria que a corrupção era mais difundida e generalizada, pela falta de mecanismos fortes de fiscalização.
P. As empreiteiras ainda influenciam as decisões do Estado?
R. Acho que sim, elas são muito poderosas. Estamos vivendo um momento singular, elas estão bastante acuadas, mas elas são muito importantes no Parlamento, no processo eleitoral e para pautar as políticas públicas. Vimos no governo Lula a retomada de vários projetos que foram concebidos durante a ditadura, como a transposição do rio São Francisco e a construção de Belo Monte, por exemplo. E isso remete ao poder que esses empresários continuam tendo no Governo. “Quem faz o orçamento da republica são as empreiteiras”, disso o então ministro da Saúde Adib Jatene em 1993. O fato é que os empresários fizeram uma transicão de muito sucesso para a democracia. Elas haviam se apropriado de parte do Estado durante a ditadura, e continuam lá na democracia.
P. Os acordos de leniência que o Governo quer assinar com as empresas da Lava Jato são uma ferramenta que pode mudar a maneira das empreiteiras atuarem?
R. Historicamente elas já estiveram envolvidas em vários escândalos. E a lógica da política brasileira é colocar panos quentes e continuar adiante. A linha do governo é clara: estão na defesa declarada dessas empresas. Para mudar a relação do Estado com as empresas no Brasil seria preciso uma mudança profunda, repensando o sistema de financiamento eleitoral, e criando alternativas às empreiteiras privadas no país.
03/03/2015
Apareceram as vestais PP, PSDB & PS(d)B
Uma pergunta que não pode deixar de ser feita: se as obras nas refinarias construídas nos governos Lula e Dilma resultaram em propina ao PSDB, a quem se destinavam as propinas nas obras no governo do PSDB? Ao Papa?
De repente, depois de passarem meses vazando contra o governo aparecem os meliantes de sempre. Exatamente os que querem derrubar Dilma. E por que querem derrubar a Dilma? Para fazerem exatamente o que fizeram durante os dois mandatos de FHC! Entregar o que resta do patrimônio nacional. E roubar. Trazem de volta o Engavetador-Geral, já têm o Gilmar Mendes. Se compraram a reeleição, porque não comprarão uma ditadura?! Se na primeira vez elegeram Severino Cavalcanti e na segunda o Severino Cavalcanti II, também conhecido por Eduardo Cunha, por que não ressuscitarão Nicolau dos Santos Neto, o Lalau?!
A filha do FHC retornará ao Senado, com Demóstenes Torres de líder do governo. FHC assumirá outro filho com algum ator da Globo e a Veja escalará Reinaldo Azevedo de porta-voz. Ao invés de distribuírem milhares de assinaturas nas escolas públicas de São Paulo, levarão Veja, Folha, Estadão, Globo e Zero Hora às escolas e universidades de todo o Brasil.
E, por fim, Alberto Youssef, devido ao seu trânsito no Judiciário e sua capacidade contábil, será conduzido ao STF ou ao TCU. As empreiteiras continuarão comprando do exterior, com dinheiro do BNDES, as plataformas P-36. O Banco do Brasil será entregue, com um novo PROER, ao HSBC.
Trocarão o tucano pelo helipóptero como símbolo partidário. E distribuirão conta gotas aos paulistas para tomarem banho. Um aperitivo do que foram dos dois mandatos de FHC pode ser encontrado aqui: http://www.psdbnuncamais.blogspot.com.br/
PETROLÃO
Doleiro diz que obras em refinaria geraram propina para três partidos
Em depoimentos, Youssef apontou políticos do PP, do PSDB e do PSB como beneficiários
Delator afirmou ter acertado entrega de R$ 10 mi a Eduardo Campos, morto em acidente em 2014
FLÁVIO FERREIRA, ENVIADO A CURITIBA, ESTELITA HASS CARAZZAI, DE CURITIBA
Em depoimentos de delação na Operação Lava Jato, que investiga esquema de corrupção na Petrobras, o doleiro Alberto Youssef apontou que propinas em contratos da refinaria Abreu e Lima (Pernambuco) resultaram em repasses a integrantes dos partidos PP, PSDB e PSB.
O doleiro indicou como beneficiários de parte dos subornos o senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte (PP-PE), o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, que morreu em março passado.
A Procuradoria-Geral da República promete divulgar nesta semana a lista dos políticos envolvidos no caso.
Em um dos depoimentos, Youssef indicou que Nogueira e Fonte receberam entre 2010 e 2011 parte da propina paga pela construtora Queiroz Galvão em um contrato para implantação de tubovias em Abreu e Lima.
Segundo auditoria da Petrobras, em 2010 as construtoras Queiroz Galvão e a Iesa assinaram contrato no valor de cerca de R$ 2,7 bilhões para a implantação de tubovias na refinaria.
De acordo com o delator, o suborno foi negociado ainda antes da assinatura do contrato, em uma reunião da qual participaram um representante da Queiroz Galvão, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, o então presidente do PP, José Janene, morto em 2010, o ex-assessor do PP João Genu e Youssef.
No encontro realizado num hotel no Rio de Janeiro, o grupo pressionou a Queiroz Galvão a fechar rapidamente o negócio e ameaçou estimular a criação de uma CPI sobre a estatal, ideia aventada pela oposição à época.
Após a reunião, a empreiteira fechou o contrato e parte da propina foi paga em doações oficiais a candidatos, segundo o delator.
O pagamento do suborno em dinheiro foi coordenado por Fernando Soares, o Baiano, também preso na Lava Jato, segundo o delator. Parte da propina foi destinada a Youssef, que então a repassou a Nogueira e Fonte.
Na negociação, também ficou acertado que, do total da propina, R$ 10 milhões seriam destinados a impedir a realização da CPI da Petrobras, e um dos beneficiários desse dinheiro foi o ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra, disse Youssef.
O delator também afirmou que Eduardo Campos recebeu entre 2010 e 2011 R$ 10 milhões de propina paga em contrato do consórcio Conest, formado pelas empreiteiras Odebrecht e OAS, em obras de unidades de Abreu e Lima.
Segundo Youssef, Campos recebeu o repasse para não criar dificuldades nas obras.
A Odebrecht ficou responsável pela propina, no valor de R$ 30 milhões, e o total foi dividido entre Campos, Costa e o PP, disse o doleiro.
O valor destinado a Campos teria sido entregue a um emissário do ex-governador, no Recife.
12/04/2014
O “problema” Pasadena se chama ódio à Petrobras
Exclua quem sempre é contra o Brasil, e só fala nos nossos problemas, mas está sempre disposto a elogiar os EUA e aí terás descoberto o verdadeiro problema de Pasadena. A constatação é tão simples que bastaria comparar o que escreveram a respeito do afundamento da Plataforma P-36, que está no fundo do mar enquanto aquela está dando lucro, para conhecer o caráter de tudo o que está por trás do ódio à Petrobras: o Pré-sal!
Reuters: Pasadena foi ótimo negócio
12 de abril de 2014 | 03:13 Autor: Miguel do Rosário
Uma matéria da Reuters, assinada por Jeb Blount, com base em opiniões de especialistas em petróleo de Nova York, Chicago e São Paulo, corrobora nossa argumentação, de que a compra da refinaria de Pasadena foi um ótimo negócio.
Diz o repórter: ”a refinaria de Pasadena pode ter sido o melhor negócio com refinaria que a empresa já fez em três décadas”.
Logo em seguida, o repórter explica que, na verdade, a Petrobrás não pagou um preço excessivo.
A matéria não é “chapa branca”. É feita por um repórter americano ou inglês com gana de falar mal da Petrobrás. Só que, após entrevistar especialistas em pelo menos três praças comerciais importantes, ele conclui que a Petrobrás pode ter mil outros problemas, mas não é Pasadena.
O foco da matéria é falar mal da refinaria Abreu Lima, que a Petrobrás está construindo em Pernambuco, comparando seus custos com a de outras refinarias no mundo. Só que o repórter mesmo admite que é difícil comparar refinarias. Uma coisa é construir uma refinaria numa área já dotada de logística e infra-estrutura. Outra é montar uma no meio do nada.
O repórter observa, além disso, que investigações sobre Abreu Lima podem trazer mais prejuízos a Eduardo Campos, candidato de oposição, do que a Dilma Rousseff.
Blount também observa que o preço de US$ 1,2 bilhão pago por Pasadena superestima o valor da refinaria porque inclui quase US$ 600 milhões em ativos não ligados à refinaria, como estoques, custos bancários e o braço comercial da Astra.
O preço pago pela Petrobrás pela refinaria em si, segundo a matéria, com base na avaliação de uma firma de Chicago, a Good and Margolin, foi US$ 486 milhões.
Entretanto, mesmo considerando os US$ 1,2 bilhão, trata-se de um valor que Pasadena poderá pagar em apenas cinco anos de operação, estima o jornalista, em virtude do fantástico momento vivido pelas refinarias norte-americanas, principalmente as situadas no Texas.
O novo boom de produção de petróleo de xisto nos EUA reduziu os custos da matéria-prima, e ao mesmo tempo o preço dos derivados está alto, por causa da recuperação econômica do país, de maneira que as margens de lucro das refinarias nunca foram tão altas.
Espero que os deputados e senadores que cometem o equívoco de não ler o Cafezinho, ou se lêem, de não acreditarem no que escrevo, apesar de trazer sempre a fonte, ao menos leiam a Reuters.
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Trechos da matéria
ANÁLISE-Brasil investiga Pasadena, mas Refinaria do Nordeste é problema maior
sexta-feira, 11 de abril de 2014 13:52 BRT Imprimir [-] Texto [+]
Por Jeb Blount, Reuters Brasil
SÃO PAULO, 11 Abr (Reuters) – A compra de uma refinaria nos Estados Unidos pela Petrobras por 1,2 bilhão de dólares virou tema de campanha eleitoral, com a oposição afirmando que a estatal pagou 20 vezes mais que o valor justo pela unidade no Texas e que Dilma Rousseff errou ao aprovar o negócio quando era presidente do Conselho da empresa em 2006.
A investigação, porém, está provavelmente mirando na refinaria errada: mesmo que a Petrobras tenha pago caro, a refinaria de Pasadena, com capacidade para processar 100 mil barris por dia, pode ter sido o melhor negócio em refino que a petroleira já fez em pelo menos três décadas.
(…) A Petrobras não quis comentar sobre Pasadena, pois está conduzindo sua própria investigação, mas José Sergio Gabrielli, que era presidente da Petrobras na época da aquisição, disse nesta semana que a compra de Pasadena foi “um grande investimento”.
(…) Para efeito de comparação, a saudita Aramco e a francesa Total construíram em Jubail (Arábia Saudita) uma refinaria para 400 mil barris diários por 10 bilhões de dólares, ou 25 mil dólares por barril –menos de um terço do custo da Rnest (refinaria do Nordeste, a Abreu Lima).
A chinesa Sinopec planeja concluir no ano que vem em Guangdong uma refinaria para 200 mil barris diários ao preço de 9 bilhões de dólares (45 mil dólares por barril), quase metade do custo da refinaria no Nordeste.
Em Port Arthur (Texas), a Aramco e a anglo-holandesa Royal Dutch Shell gastaram 10 bilhões de dólares por uma refinaria para 350 mil barris/dia, o que também equivale a um terço do valor em Pernambuco.
Em nível mundial, refinarias novas para o processamento de petróleo pesado estão custando “no máximo” 38 a 45 mil dólares por barril, segundo um consultor de refino dos EUA que trabalhou em refinarias da América do Norte, Oriente Médio, América Latina e Ásia.
(…) As refinarias na costa norte-americana do Golfo do México, onde fica Pasadena, geralmente lucram cerca de 10 dólares por barril refinado, segundo Margolin, da Cowan and Company, e Alen Good, analista de ações de empresas de petróleo e refino na Morningstar, em Chicago.
(…) Com base no desembolso de 1,2 bilhão de dólares, a Petrobras provavelmente conseguiria reaver o investimento de Pasadena em cinco anos, segundo Good.
Isso pode se dever mais à sorte do que a um investimento inteligente. Quando a compra foi aprovada, em 2006, a Petrobras estava procurando formas de refinar seu petróleo nos EUA, pois havia a expectativa de que esse país passaria a comprar mais petróleo bruto do Brasil.
Desde então, o boom do petróleo de xisto nos EUA aumentou a demanda pelo refino de petróleo, tornando mais valiosas as refinarias na costa do Golfo.
A cifra de 1,2 bilhão de dólares também pode representar um valor superestimado em relação ao verdadeiro custo de Pasadena, já que o total incluía 595 milhões de dólares em outros itens, como uma parte do estoque de petróleo da empresa Astra já presente na unidade, além de multas e taxas legais. Good e Margolin disseram que esses custos deveriam ser excluídos da avaliação da refinaria.
Quando isso é feito, chega-se ao valor de 486 milhões de dólares pela refinaria propriamente dita, ou 4.860 dólares por barril –valor que pode ser recuperado em um ano de operação a plena capacidade. Ainda para efeito de comparação, 18 vezes menos que a Rnest.
“Faz pouco sentido se comover com Pasadena quando você considera o que a Petrobras está pagando mais pela capacidade de refino no Brasil”, disse Good. “Com esses preços, faz mais sentido para a Petrobras comprar refinarias nos EUA do que construí-las no Brasil.”
Gabrielli também questionou a cifra de 1,2 bilhão de dólares, alegando que na verdade a refinaria texana custou menos de 500 milhões de dólares.
GASOLINA POLÍTICA
Pedro Galdi, analista-chefe da SLW Corretora, de São Paulo, disse que os investigadores deveriam se voltar muito mais para a Rnest do que para Pasadena.
“Todas as refinarias da Petrobras são, de alguma forma, fora da norma, e tenho poucas dúvidas de que, se uma CPI for realmente instalada, isso vai aparecer muito claramente”, disse ele. “Houve uma séria má gestão.”
A refinaria Rnest surgiu de um acordo entre os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela.
A ideia inicial era que a unidade recebesse 60 por cento do petróleo do Brasil e 40 por cento da Venezuela, numa demonstração de amizade internacional e como forma de impulsionar a indústria regional.
Mas para lidar com petróleo venezuelano, que é mais pesado e com poluentes tóxicos do que o produto brasileiro, a Petrobras precisava de duas linhas de refino separadas, e por isso foi preciso acrescentar instalações adicionais.
Funcionários do governo já alertaram aos críticos de Pasadena que uma investigação mais ampla poderá respingar sobre eles próprios. Pernambuco, afinal, é um Estado que já foi governado por Eduardo Campos, ex-aliado e hoje rival eleitoral de Dilma. (…)
Reuters: Pasadena foi ótimo negócio | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”
29/03/2014
Entenda porque Astra é nome carro ultrapassado e Petrobrás é o futuro agora
Não se sabe exatamente quais foram os argumentos da A$tra, embora se saiba que os que odeiam a Petrobrás farão de tudo para transforma-la em Petrobrax, o que se sabe é que a ASTRA é belga e a Petrobrás é a 13ª empresa petrolífera mundial. Atrás, por exemplo, da GAZPROM russa e pivô da disputa norte-americana na Ucrânia.
É moda no jornalismo tupiniquim usar adversários para subir. Basta ver a quantidade colonistas de pena de aluguel que escreveram livros sobre Lula para ver se faturavam algum patrocinador do tipo Itaú ou Boilesen. A torcida contra a Petrobrás guarda a exata dimensão do interesse em tomar o seu lugar e, por extensão, o seu pré-sal, exatamente como fizeram no Iraque, Líbia, Síria, Ucrânia e tentam fazer na Venezuela. Alguém acha, de sã consciência, que se a Petrobrás fosse um empresa de fundo de quintal, teria tantos interessados em destruí-la?
Para quem não consegue acolherar duas palavras mas engole sem mastigar o que os grupos mafiomidiáticos publicam, deveriam ler um pouco sobre a ENI e sue fundador, o italiano Enrico Mattei. O que o verbete da Wikipédia não diz é que a morte foi provocada por desastre aéreo que envolveu a máfia e as sete irmãs…
Será que existe alguém que acredita, além dos beócios assinantes da Veja, que as arapongagens da CIA/NSA no Brasil eram apenas passatempo de criança?
Para belgas, Petrobras fez extravagância em Pasadena
Sócios na refinaria de Pasadena se referiam de forma pejorativa à estatal
Documentos mostram que diretores da Petrobras achavam que colegas da Astra tinham ‘visão de curto prazo’
ISABEL FLECKENVIADA ESPECIAL A PASADENARAQUEL LANDIMDAVID FRIEDLANDERDE SÃO PAULO
Os executivos da Petrobras faziam muita "besteira", eram "extravagantes" nos gastos e qualquer decisão levava "10 vezes mais tempo que o necessário". Era assim que os belgas da Astra se referiam aos seus sócios brasileiros na refinaria de Pasadena, no Texas (EUA).
Os comentários pejorativos de Mike Winget, presidente da Astra, e seu diretor de operações, Terry Hammer, aparecem numa troca de e-mails com outras cinco pessoas da equipe, datada de 2 de novembro de 2007 e obtida pela Folha na Justiça do Texas.
Os diretores da Petrobras também não estavam nem um pouco satisfeitos com os colegas da Astra. Achavam que os belgas tinham "visão de curto prazo", demoravam a "reagir" aos problemas, e pensavam muito diferente da Petrobras, conforme documentos internos da empresa também dessa época.
Na ocasião, as duas companhias discutiam o próximo passo de um negócio que começou no ano anterior, quando a Petrobras comprou da Astra 50% da refinaria texana.
Essa operação é hoje uma das principais dores de cabeça da estatal, que acabou pagando US$ 1,18 bilhão por uma refinaria que anos antes os belgas tinham comprado por US$ 42 milhões.
O próximo passo era decidir se a Petrobras compraria a outra metade de Pasadena, obrigação prevista no contrato se os sócios brigassem. Os desentendimentos começaram logo depois da associação, quando a Petrobras passou a defender investimentos de até US$ 3 bilhões para duplicar a refinaria.
Os belgas não concordaram e depois de um ano de sociedade já discutiam como sair do negócio. Nos e-mails, trocados enquanto negociavam a venda dos outros 50% para a Petrobras, é perceptível que os executivos da Astra duvidavam que a estatal realmente toparia o negócio.
"Vamos presumir o pior cenário. Teremos que continuar com a sociedade e continuar nessa bagunça por mais um ano", disse Winget. "Precisamos nos preparar para uma guerra suja".
O presidente da Astra disse que "não ficaria surpreso se a Petrobras já tiver se dado conta que a refinaria não vale os US$ 650 milhões que eles sinalizaram".
Um mês depois, Nestor Cerveró, diretor internacional da Petrobras, surpreendeu a direção da Astra com uma oferta ainda maior: US$ 700 milhões. Cerveró, que estava na BR Distribuidora, foi afastado do cargo depois que o caso de Pasadena voltou à tona.
Nas mensagens entre os belgas, fica implícito que ele era um interlocutor frequente, com quem a Astra "media o pulso" da situação. "Eles provavelmente estão sentindo o terreno… Vamos saber mais depois que o Nestor responder", disse Winget.
Com a proposta de Cerveró na mesa, os belgas acreditaram que tinham um acordo. Eles se afastaram do dia a dia e a Petrobras começou a fazer os investimentos que queria. Gastou US$ 200 milhões nas obras e a refinaria de Pasadena tomou um empréstimo de US$ 500 milhões com o banco BNP Paribas.
No começo de 2008, Cerveró encaminhou o negócio com os belgas para o conselho de administração da Petrobras. Quando ficou ciente de todos os detalhes, Dilma, que presidia o conselho, se recusou a fechar a compra.
A Petrobras, então, passou a exigir que a Astra injetasse dinheiro na refinaria e avalizasse mais um empréstimo. A briga foi parar na Justiça. Como o acordo original beneficiava os belgas, a estatal perdeu e foi forçada a fazer um dos negócios mais estranhos da sua história.
Colaborou SAMANTHA LIMA, do Rio
10/09/2013
Solução: excluir do leilão empresas norte-americanas
Dilma vê interesse econômico em espionagem
Em nota, presidente critica os EUA após revelação de que Petrobras estava entre alvos de agência norte-americana
Para assessores, caso ‘joga pressão’ sobre a Casa Branca; governo diz que leilão de campo será feito normalmente
DE BRASÍLIA
A presidente Dilma Rousseff disse ontem que as novas denúncias de espionagem feitas pela NSA (Agência de Segurança Nacional), desta vez contra a Petrobras, podem indicar que a motivação dos EUA não é de "segurança ou combate ao terrorismo, mas interesses econômicos e estratégicos".
A presidente divulgou uma nota na qual ela diz que "tentativas de violação e espionagem de dados e informações são incompatíveis com a convivência democrática entre países amigos, sendo manifestadamente ilegítimas".
Mais cedo, questionada pelo site G1 se a espionagem à estatal era grave, disse que "tanto quanto a minha" –referência às informações de que ela também teria sido monitorada.
Dilma reagia a reportagem do "Fantástico", da TV Globo, de anteontem.
Dilma já sugerira em entrevista na sexta que a espionagem tinha fins econômicos, mas agora foi mais enfática.
Segundo documentos secretos obtidos pelo jornalista Glenn Greenwald com o ex-técnico da NSA Edward Snowden, treinamento interno para funcionários da agência sobre como espionar "redes privadas de computadores" citou a Petrobras como um dos "muitos alvos" que "usam redes privadas".
Na nota, Dilma diz que "o governo brasileiro está empenhado em obter esclarecimentos do governo norte-americano sobre todas as violações eventualmente praticadas, bem como em exigir medidas concretas que afastem em definitivo a possibilidade de espionagem ofensiva aos direitos humanos, à nossa soberania e aos nossos interesses econômicos".
Para assessores presidenciais, o novo episódio "joga pressão" sobre o governo dos EUA para que dê "esclarecimentos definitivos" sobre a espionagem contra o Brasil.
Na nota, assinada pela presidente e não por sua assessoria, ela ressalta que as primeiras "denúncias" estavam relacionadas ao governo brasileiro, inclusive a "esta Presidência", mas agora o alvo das tentativas é a Petrobras, maior empresa brasileira.
"Sem dúvida, a Petrobras não representa ameaça à segurança de qualquer país. Representa, sim, um dos maiores ativos de petróleo do mundo e um patrimônio do povo brasileiro", afirma Dilma.
A presidente encerra a nota afirmando que o Brasil vai tomar "todas as medidas para proteger o país, o governo e suas empresas".
O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse que o caso não vai interferir no leilão do campo de Libra, para exploração de petróleo do pré-sal, que está confirmado para o dia 21 de outubro.
A Petrobras divulgou nota em que diz que "dispõe de sistemas altamente qualificados e permanentemente atualizados para a a proteção da sua rede interna de computadores". A ANP (Agência Nacional de Petróleo) também divulgou nota, confirmando a data do leilão para outubro. (TAI NALON, VALDO CRUZ, NATUZA NERY E JÚLIA BORBA)
Colaborou a Sucursal do Rio
29/03/2013
Para entender a Folha, bastam três parágrafos
Na obsessão de atacar o governo federal, vasculhando qualquer indício que possa auxiliar seus amestrados nas eleições, a Folha não está nem aí para as contradições de suas sacadas. Como esta. A manchete diz que a Eletrobrás teve prejuízo de 6,8 bilhões. Na sequência, diz que não fosse o prejuízo, o lucro teria sido de 5,9 bilhões. Numa conta simples, de subtração, o prejuízo estaria abaixo de 1 bilhão. Uma diferença “simplória” entre a manchete e o sub-título. Pior, no parágrafo que abre o texto, as ações sobem 16,2%. Que desastre!
Corte nas tarifas dá à Eletrobras prejuízo recorde de R$ 6,8 bilhões
Sem redução imposta pelo governo, empresa teria registrado lucro de R$ 5,9 bilhões em 2012
Apesar do resultado, ações sobem 16,2%, sob impacto de plano de reestruturação que deve cortar custos
26/05/2011
Querem que a Petrobras seja a Vale?
Os primeiros indícios de que haveria petróleo na camada do pré-sal surgiram em 2006. No ano seguinte, a confirmação de que era um grande depósito de óleo. Em 2008, a Petrobras fez a primeira extração de petróleo do pré-sal.
Como você vê, são apenas cinco anos entre a situação de um país que tinha reservas “na conta do chá” para suas necessidades e outro, que tem condições de tornar-se um dos maiores produtores do mundo.
Não tem sentido apressar decisões que, amanhã, serão irreversíveis.
Há um pesado plano de investimentos em curso, que inclui refinarias, petroleiros, navios-sonda, plataformas e um sem-fim de equipamentos sofisticados.
É uma rematada tolice tratar a discussão sobre o cronograma de investimentos da Petrobras com a leviandade que está sendo tratado pela mídia. Todo dia, toda hora, publicam-se especulações sobre isso.
Não se trata de cortar ou não cortar investimentos, mas da velocidade e da forma com que estes serão feitos.
A Petrobras poderia sair por aí comprando ou alugando sondas usadas. Poderia encomendar petroleiros na China. Poderia reduzir ou eliminar as exigências de conteúdo nacional nas suas encomendas. Poderia importar mão-de-obra e não formá-la aqui. Poderia optar por exportar o petróleo em bruto, em lugar de erguer caras e demoradas refinarias.
Pagaria, assim, mais barato, num primeiro momento. Aproveitaria mais rapidamente o preço alto do petróleo no mercado internacional. Lucraria mais, pagaria maiores dividendos a seus acionistas no curto prazo. Mesmo para o Governo, entraria mais rapidamente o dinheiro dos royalties e participações especiais.
A Petrobras seria, então, como a Vale foi, na gestão Agnelli. E não falta quem defenda que ela seja assim.
Ganharia muito, e muito rápido. E o Brasil perderia muito. E para sempre.
13/05/2011
Da importância das empresas públicas
Tivesse sido privatizada não poderia ser instrumento de combate à roubalheira da privada. E a velha mídia, sempre defende a putaria privada. Vide o caso da Vale do Rio Doce. Mesmo o governo detendo a maioria das ações, foi duramente criticado por defender o interesse do Brasil acima das veleidades pessoais do financiador da mídia, Roger Agnelli. Essa velharia do coronelismo eletrônico dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium cansa, dá nojo.
Combustíveis estão até 11,5% mais baratos nos postos do Rio
Publicada em 12/05/2011 às 23h33m
Fabiana Ribeiro e Ramona Ordoñez
RIO – Um dia depois de a BR Distribuidora ter anunciado redução dos preços da gasolina e do álcool hidratado – de 6% e 13%, respectivamente – para sua rede de postos em todo o país, o consumidor já encontra combustível até 11,5% mais barato do que na semana anterior. Levantamento feito pelo GLOBO em dez postos do Rio mostra que os preços da gasolina começaram a baixar nesta quinta-feira, acompanhando reduções do preço do álcool. O freio nos preços foi articulado pelo governo, conforme antecipou o GLOBO na terça-feira, que decidiu usar a BR, subsidiária da Petrobras – que conta com 7 mil postos de um total de 37 mil revendas no país e negocia mais de 40% do volume de combustíveis vendido – para acelerar a normalização dos valores cobrados nas bombas. Trata-se de uma estratégia para conter a alta da inflação.
LEIA MAIS:Combustíveis são vilão da inflação em abril, aponta IBGE
De acordo com o levantamento, oito postos baixaram os preços do álcool, enquanto seis reduziram os da gasolina. No Posto Escola da BR, na Lagoa, o litro do etanol caiu de R$ 2,599 para R$ 2,299 – 11,54%. O litro da gasolina também ficou mais barato no posto, passando de R$ 3,149 para R$ 2,999: queda de 4,76% em uma semana. Na Tijuca, na Zona Norte, mais um posto da BR alterou os preços. Enquanto a gasolina passou a ser vendida ontem por R$ 2,938, numa queda de 4,30%, o preço do álcool caiu para R$ 2,298 (10,55%).
Distribuidoras: ação do governo é desnecessária
As reduções, contudo, não ficaram restritas aos postos BR. Na Praça da Bandeira, o posto Mini Praça, sem bandeira, o preço do álcool caiu para R$ 2,179 (4,84% a menos do que na semana passada). Já a gasolina ficou quase 2% mais em conta no posto Palácio Guanabara (Esso), em Laranjeiras .
– Com preços mais altos, o posto ficou mais vazio. Com os preços melhores, e devem cair mais, os consumidores devem voltar a abastecer como antes – disse um frentista de um posto Ipiranga no Rio Comprido.
O presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, destacou que os preços do álcool hidratado (combustível) e do anidro (misturado á gasolina) vão continuar caindo nas próximas semanas. Mas, para o executivo, essa redução não se deve à intervenção do governo federal na BR Distribuidora. Mas sim a um aumento natural da oferta do álcool (período de safra) pelos usineiros.
Leia a íntegra da reportagem na edição digital (exclusivo para assinantes)
Combustíveis estão até 11,5% mais baratos nos postos do Rio – O Globo
24/04/2011
De como justificar a privatização da Petrobras
Ou de como engabelar leitores desatentos. Para montar no cavalo da privatização da Petrobrás, o Estadão uso o estribo da RC Consultores. Aí vou eu ao oráculo e descubro que a informação mais palpitante a respeito do consultor é lusitana roda é o Instituto Millenium, aquela coisa empenhada em “exterminar a velha esquerda”: Biografia – É doutor em economia pela Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, é vice-presidente do Instituto Atlântico e chairman da SR Rating, classificadora de riscos. Preside também a RC Consultores, consultoria econômica, o Conselho de Planejamento Estratégico da Fecomercio-SP. Também é um dos coordenadores do Movimento Brasil Eficiente (MBE).
E nem fui mais fundo para não me afogar na lama. Quem quiser saber mais basta consultar o google.
Apagão de combustíveis provoca rombo de US$ 18 bilhões na balança
Com o aumento da frota em circulação, consumo de derivados de petróleo supera a produção local e impulsiona as importações
23 de abril de 2011 | 16h 00
Raquel Landim, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO – Com a disparada do preço do etanol, que subiu mais de 30% nos postos de combustível desde o início do ano, os motoristas migraram em massa para a gasolina, provocando escassez do produto. Faltou combustível em alguns postos do interior de São Paulo e a Petrobrás e os usineiros chegaram a importar gasolina e etanol.
A situação é resultado da queda da produção de etanol, provocada pela entressafra da cana e pela alta do preço do açúcar, mas reflete também um problema estrutural do País. Com o aumento da frota de veículos e o crescimento da economia, e sem investimentos compatíveis na produção de gasolina, diesel e etanol, o País começa a viver um "apagão" de combustíveis.
O consumo de derivados de petróleo (gasolina, diesel e nafta) ultrapassou a produção local, impulsionando as importações, que ficam cada vez mais caras com o aumento do preço do petróleo lá fora. Em geral, a Petrobrás prioriza a produção de gasolina localmente e concentra as importações em diesel e nafta.
A situação vai provocar um déficit de US$ 18 bilhões na balança de derivados de petróleo este ano, conforme projeção da RC Consultores. Em 2010, as importações de derivados ultrapassaram as exportações em US$ 13 bilhões, segundo o Ministério do Desenvolvimento. Em 2000, o rombo era de US$ 3,2 bilhões.
Diferente do "apagão" de energia elétrica, que interrompe a produção nas fábricas e deixa as cidades às escuras, a falta de combustível é sanada com importações, desde que a situação não seja muito grave. "A população pode não perceber, mas vivemos um estrangulamento do setor de combustíveis, um apagão", disse Adriano Pires, diretor executivo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
O problema é que a situação aumenta a vulnerabilidade externa do País. Em 2010, o superávit comercial chegou a US$ 20,3 bilhões, mas poderia ter sido 64% maior não fosse o rombo dos combustíveis. O resultado da balança ameniza o déficit em conta corrente (resultado das transações externas do País, incluindo remessas de lucros e viagens internacionais), que deve atingir US$ 61,5 bilhões este ano.
Em 2010, pela primeira vez desde 2000, o País comprou mais derivados do que petróleo bruto. Foram adquiridos 27,38 milhões de metros cúbicos de derivados ante 19,66 milhões de óleo bruto, conforme a Agência Nacional de Petróleo (ANP). "Ficamos mais dependentes da importação de derivados, que têm valor agregado mais alto", disse José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB).
Descompasso. Uma das principais armas do governo para tirar o País da crise global foi estimular a venda de automóveis com incentivos fiscais. Em 2010, foram licenciados 3,52 milhões de veículos, mais que o dobro dos 1,49 milhão de 2000. A frota atual é de 32,5 milhões de carros, ônibus e caminhões.
Esse crescimento, porém, não foi acompanhado pelo aumento na produção de combustíveis. No ano passado, o País consumiu 117,9 milhões de metros cúbicos de derivados de petróleo, 11% a mais do que produziu. Até então, a oferta se equiparava ou superava a demanda. "Não temos refinarias suficientes para atender ao crescimento da economia", disse Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores. A Petrobrás tem quatro em construção, mas a produção de derivados só deve crescer em 2013.
Apagão de combustíveis provoca rombo de US$ 18 bilhões na balança – economia – Estadao.com.br
15/02/2011
Chevron, a criminosa
Esta é a empresa por trás do golpe tucano contra a Petrobrás. Não só financiou Arthur Virgílio e Alvaro Dias, no Senado, senão também a campanha de José Serra. O vazamento da WikeLeaks a respeito da promessa de Serra de que mudaria as regras do Pré-Sal, para favorecer a Chevron, mostra a prática criminosa de ambos.
Un tribunal ecuatoriano condena a Chevron a pagar 6.100 millones por contaminar la Amazonia
30.000 ciudadanos acusaron a la compañía de dañar sus tierras y matar sus animales con el vertido de material tóxico
S. POZZI / AGENCIAS – Nueva York – 14/02/2011
Multimillonario varapalo judicial para la petrolera estadounidense Chevron en Ecuador, después de que un tribunal en Lago Agrio se pronunciara en su contra en el marco de un controvertido proceso medioambiental y le impusiera una sanción de 8.000 millones de dólares (6.100 millones de euros) como compensación por los daños causados por sus actividades industriales en el Amazona. La demanda original reclamaba 27.000 millones de dólares en concepto de limpieza y compensación por los daños.
"Se condena a la demandada al pago de los costos de las medidas de reparación de los daños", señaló el juez Nicolás Zambrano en la sentencia. El juez dijo en la sentencia, de 188 paginas, que está demostrada la presencia de sustancias contaminantes en la zona que es probable que sean "los causantes de los daños reportados al ecosistema y a la salud de las personas".
La decisión de lo que es llamado el "juicio del siglo", ha llegado despues de 17 años de pleitos de las comunidades indígenas del Ecuador agrupadas en el Frente de Defensa de la Amazonia, que acaban de ganar una gran batalla contra un presunto crimen ambiental, informa Juan Arias. Los indígenas acusaron a la entonces Texaco, hoy Chevron, de haber vertido residuos tóxicos mientras operaban en los campos de petroleo de la Amazonia del Ecuador. El caso se refiere a las prácticas de explotación de Texaco durante los años 1970 y 1980, que afectaron a la vida salvaje y a la población indígenas. El gigante petrolero rechazó la sentencia, que calificó de "ilegítima", por eso apelará. Chevron afirma que el informe del perito del tribunal no fue independiente ya que habia sido redactado en colaboración con los demandantes. El caso está siendo seguido muy de cerca por la industria, por el precedente que pueda sentar de cara a procesos similares en tribunales internacionales.
Para la empresa la sentencia es "inaplicable" ya que la semana pasada un panel de la Corte Permanente de Arbitraje de La Haya prohibió temporalmente la aplicación de cualquier sentencia que emitiera el tribunal ecuatoriano contra Chevron. Una decisión que vino propiciada después de que a Chevron demandara en Estados Unidos a docenas de abogados y entidades a los que acusa de participar en una conspiración para "extorsionarle".
En cualquier caso, Chevron no tiene activos en Ecuador que puedan ser incautados para el cumplimiento de la sentencia, por lo que los demandantes podrían iniciar procesos en terceros países donde la empresa sí tiene operaciones para intentar cobrar la indemnización, ha asegurado una fuente a la agencia Efe. Pablo Fajardo, el principal abogado de los demandantes en Ecuador, señaló en un comunicado que la sentencia reconoce "la contaminación intencional e ilegal de la selva de Ecuador por parte de Chevron". Fajardo afirmó que las pruebas que presentaron en el juicio demuestran que la compañía "liberó miles de millones de galones de desechos tóxicos en la selva y en el suministro de agua".
Chevron adquirió Texaco hace una década. El proceso judicial contra la petrolera arrancó en 2003. La demanda es respaldada por 30.000 ecuatorianos, que acusaron a la compañía de contaminar sus tierras y matar sus animales con el vertido de material tóxico. También se cita un incremento en los casos de cáncer. La compañía responde que no hay pruebas científicas legítimas.
30/10/2010
A imagem destas eleições
Diz-se que uma imagem vale por mil palavras. Pronto, eis a imagem. Agora tente explicar a diferença. Podes até usar mais de mil palavras.
Sobre este assunto, já publiquei extensa pesquisa aqui neste blog, leia AQUI!
19/10/2010
O PSDB já abriu a loja
FHC ESTÁ ACERTANDO A VENDA DO BRASIL EM FOZ DO IGUAÇU
Laerte Braga
(DESAFIO QUALQUER TUCANO OU ALIADO A DESMENTIR OS FATOS ABAIXO. A VENDA DO BRASIL PELAS COSTAS DO POVO BRASILEIRO – TUCANOS SÃO CORRUPTOS E TRAIDORES)
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Neste momento que escrevo, domingo, 21h31m, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso está falando, em inglês, para 150 investidores estrangeiros no Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu. O evento é fechado, a fala de FHC está se dando em um jantar e o assunto é a privatização da PETROBRAS, de ITAIPU e do BANCO DO BRASIL, além de outras “oportunidades” de negócios no Brasil. FHC está assumindo com os empresários o compromisso de venda dessas empresas em nome de José FHC Serra. A idéia inicial dos organizadores de realizar o evento no Hotel Internacional foi afastada para evitar presença de jornalistas. Leia a matéria completa aqui, no blog redecastorphoto e no Blog da Hildegard Angel. |
20/03/2010
Petrobras versus Petrobrax
Quem estiver interessado em saber o porquê dos ataques das grandes corporações mediáticas brasileira e seus representes políticos deverá estudar a biografia de alguns personagens internacionais. Em destaque estão Mosaddeq, do Irã;Nasser, no Egito; Mattei, da Itália; Pérez Alfonzo, da Venezuela e Abdullah al-Tariki, da Arábia Saudita.
A cobiça pelo petróleo é tanta que durante a Segunda Guerra Hitler abriu várias frentes em sua busca no cáucaso. A Batalha de Estalingrado deu-se com este objetivo. E foi o início da desgraça de Hitler. Os Aliados, só foram contar com a participação dos EUA depois que Hitler perdeu Estalingrado. E ainda assim chegaram atrasados em Berlim. Aliás, os Russos só chegaram antes que os Aliados em Berlim porque estes estavam muito mais ocupados em destruir todas as refinadoras de petróleo francesas do que em combaterem o nazismo. No livro Berlim 1945: A Queda, o historiador inglês, Antony Beevor, relata o medo atávido que os nazistas tinham dos russos. Quando viram que seriam derrotados foram logo correndo se jogarem nos braços dos americanos, e assim a CIA os recrutou os principais criminosos nazistas e os espalhou pela América do Sul. Quem duvida poderá conferir no documentário Inimigo de meu Inimigo, de Kevin Macdonald
Mohammed Mosaddeq, o incorruptível, foi Primeiro Ministro do Irã, sendo o responsável pela nacionalização da exploração do petróleo, e só saiu derrubado com a ajuda da CIA. No seu lugar foi instalado um governo títere dos EUA. A 15 de Agosto de 1953, instigado pela CIA, o xá Mohammad Reza Pahlavi demitiu Mosaddeq. Mosaddeq permaneceu no seu cargo até ao dia 19 de Agosto, quando um golpe de estado instalou o general Fazlollah Zahedi como novo primeiro-ministro. Pahlavi só foi deposto com Revolução Iraniana de 1979, que provocou a fuga do xá a instalação do Aiatolá Ruhollah Khomeini como chefe máximo do país. Em 1979, o Irã deixa para trás o regime imperial e proclama a República Islâmica do Irã. No regime odiado pelos EUA, a participação feminina no parlamento passa de 0%, na época do despótico xá, para 4,1%. No Brasil havia (8,8%), EUA (16,3%) e Inglaterra (19,7%). O perigoso Khomeini levou os EUA, em 1980, a se associarem ao anjo Saddam Hussein e deflagrarem a Guerra Irã-Iraque. Em 1941 – em plena Segunda guerra mundial – o xá se inclinava para o regime nazista. Ante esta situação, tropas britânicas e soviéticas invadem o país, para não perder a principal fonte de abastecimento de petróleo. Reza Pahlevi se exila na ilha Maurício e abdica em favor de seu filho
Mohamed Reza Pahlevi.
O hoje perigoso Irã, como nos querem fazer crer os agentes do PIG financiados pela CIA, nunca deflagrou guerra contra outros países. Sempre usou de seus recursos militares exclusivamente para sua defesa contra Russos, Ingleses, Americanos & Iraquianos.
Derrubou, 1952, a monarquia egípcia de Faruk I e implantou uma República. Em questão, o controle da própria produção de petróleo. Foi considerado um modelo para os presidentes do Terceiro Mundo. Dizem que o presidente brasileiro Jânio Quadros governava com uma foto do líder egípcio em seu gabinete. Foi o responsável pela nacionalização do Canal de Suez, que era explorado por ingleses e franceses. Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul há um bairro chamado Nasser.
Após a Segunda Guerra, como Ministro da Energia, transformou a Azienda Generale Italiana Petroli Agip em Ente Nacionale Idrocarburi (ENI). Sob sua batuta teve início uma nova relação, mais justa, com os países produtores de petróleo. Propôs acordos muita mais vantajosos com os países do Oriente Médio e com a antiga União Soviética, ajudando a quebrar o oligopólio do petróleo das “Sete Irmãs. Foi dele a iniciativa segundo a qual o país das reservas exploradas receberia 75% dos lucros. Lembremos que no início a companhia Inglesa expulsa do Irã pagava 15%!! A luta de Enrico de Mattei rendeu a auto-sustentabilidades energética à Itália, mas cobrou seu preço. Um acordo entre a Máfia e a CIA explodiu o avião em que viajava em 1962. É o caso emblemático, sempre citado, dos que se opõem aos interesses das empresas petrolíferas americanas. Troque máfia por PIG e entenderás o consórcio que hoje luta pela entrega do Pré-Sal aos americanos.
Juan Pablo Pérez Alfonzo
Político democrático da Venezuela, Pérez Alfonzo foi Ministro de Minas e Hidrocarburetos (Petróleo) durante o qual implementou a polícia de petróleo do "Fifty’Fifty". Por esta, a participação do lucros do Estado nos ganhos das petrolíferas não poderia ser inferior a 50%. Entabulou boas relações com os demais países produtores de petróleo com os quais criou a OPEP para defender os interesses dos países produtores frente às grandes companhias de petróleo. Por sua persistência e métodos para conseguir defender os interesses de seu país foi apelidado pela CIA de Senhor Guerrilheiro. Deixou a OPEP quando esta virou um simples cartel na mão das grandes companhias.
Abdullah al-Tariki
Foi o primeiro Ministro do Petrólio da Arábia Saude que, junto com Pérez Alfonzo, criou a OPEP, para defender os países produtores. Depois ajudou, com incentivo da CIA, a transformar a OPEP em boneco de ventríloquo das grandes companhias de petróleo.
No 1º Congresso Árabe, 1960, ao qual Alfonzo se convidou, já que não era árabe, realizado no Egito, Tariki e Alfonzo promoveram reuniões secretas. As reuniões ocorriam no Resort Maadi e ficou conhecido como Pacto de Maadi. Os encontros secretos deveram-se em virtude de que a CIA e as companhias petrolíferas patrulhavam e davam "consultoria gratuita" a membros árabes dome$sticáveis. Os países signatários do pacto visavam proteger os países produtores frente às companhias petrolíferas, já que o preço do petróleo baixava, mas o preço dos combustíveis vendidos pelas companhias, não. A formulação da OPEP acabou acontecendo em Bagdá, no Iraque.
Como nos dias de hoje, os jornais que defendiam os interesses americanos não levaram a séria a criação dos países produtores, profetizando um mês de vida para a OPEP. O jornal Washington Post não se pejou em afirmar que se tratava de um encontro de um briguento conglomerado de emirados, de jóqueis de camelo e de república de bananas. Mudaram os tempos e os países, mas a imprensa continua sempre golpista e favor dos donos do capital. E a opinião pública que se lixe!
Os dois principais mentores da OPEP, Tariki e Alonzo não duraram. No lugar deles foram colocados "pe$$oas de bem", com facilidade para o diálogo com as empresas americanas.
Na história da OPEP tem-se ainda de levar em conta o papel da Argélia e da Líbia. A Argélia, com o Acordo de Evian estava se desvencilhando da França, que detinha 90% do petróleo encontrado no Saara. Com a liberdade garantida, a Argélia deu um passo a frente e impôs uma desapropriação de 51% do capital para poder controlar o que era dela. Já na Líbia, como declarou um assessor de Nixon, o regime do Rei Idris era
confiável pois era corrupto. Mas aí Kadafi (Muammar al-Gaddafi) em 1969 acabou com a festa do Rei. Declarou ilegais as bebidas alcoólicas e os jogos de azar, exigiu e obteve a retirada americana e inglesa de bases militares, expulsou as comunidades judaicas e aumentou decididamente a participação das mulheres na sociedade. Recentemente, a partir de 2006, pa$$ou a se entro$sar melhor com os EUA, de modo que ninguém mais condena seu governo, nem mesmo os já quarenta anos de mandato. Ninguém mais ousa chamá-lo de ditador. Como dizem os colonistas títeres da CIA, ditador é só Fidel, Kadafi já foi dome$ticado, é só um amigo confiável. Mui inte$$ante!
José Bento Renato Monteiro Lobato
O homem que desencadeou a luta pela exploração do petróleo no Brasil também foi perseguido por suas idéias. Preso várias vezes, nunca deixou de lutar por suas convicções, principalmente no que diz respeito à possibilidade de o Brasil ser um auto-suficiente produtor de petróleo. Sua luta ficou registrada em livros e na memória do povo brasileiro, mas principalmente porque suas professias se concretizaram e da forma mais bonita possível. Tanto é que, por ironia da história, o primeiro poço de petróleo encontrado no Brasil foi em Lobato, Salvador.
Curiosamente, um dos livros de Lobato, O Presidente Negro, profetiza o surgimento da internet para 2228 (- Ainda havia jornais neste tempo? – Sim, mas jornais nada relembrativos dos dias de hoje. Eram radiados e impressos em caracteres luminosos num quadro mural existente em todas casas.), de teletrabalho ("em vez de ir todos os dias o empregado para o escritorio e voltar pendurado num bonde que desliza sobre barulhentas rodas de aço, fará ele o seu serviço em casa e o radiará para o escritorio. Em suma: trabalhar-se-á à distancia".) , e da escolha de Obama, negro, para presidente dos EUA.
Hugo Chávez
As hostilidades da Casa Branca com Hugo Chávez se inserem neste contexto do Petróleo. Como o Rei Idris da Líbia, os EUA sempre tinham muitas facilidades de conver$ar com os mandatários venezuelanos. A partir do momento que Hugo Chávez passou a defender os interesses venezuelanos, os as empresas jornalísticas e os seus colonistas amestrados por todos os cantos, que os há e aos montes, passaram a chamá-lo de ditador. Para democratizar a Venezuela a CIA, junto com a RCTV, de Gustavo Cisneros patrocinou um golpe de estado. Pôs Pedro Carmona para ensinar democracia aos venezuelanos. Durou apenas dois dias mas foi o suficiente para fechar o Congresso Nacional e a Suprema Corte daquele país. O sucesso foi
tanto que o Instituto Millenium pediu sua consultoria. Cisneros foi o convidado de honra dos "falsos democratas" do PIG.
Bras ou Brax?
No Brasil, temos dois personagens, um de cada lado da trincheira. Monteiro Lobato e sua luta "O Petróleo é Nosso" e Fernando Henrique Cardoso, com a tentativa de entregar a Petrobras aos EUA, na vã tentativa de ser aclamado Secretário Geral da ONU. O primeiro passo do PSDB foi retirar da companhia brasileira o monopólio da exploração para entregar de mão beijada aos americanos. Isto é, aquilo que a Petrobrás havia descoberto por seus méritos e serviços, foi entregue como um mimo, um panetone de final de ano, às grandes petrolíferas.
Na continuidade, buscou exterminar de vez a companhia, dando um novo nome, Petrobrax, mais palatável internacionalmente. Com a mudança do nome da companhia garantiria de vez a dissociação com o nome Brasil, esse país caipira, indigno de ter uma companhia de exploração do petróleo.
Como no Primeiro Congresso Árabe do Egito, a descoberta do Pré-Sal fez com Álvaro Dias obtivesse seu brinde à la Milton Friedman ("Não há almoço grátis!"). Uma empresa americana de Houston, Texas, se prontificou em dar "consultoria gratuita" ao PSDB. Álvaro Dias (PSDB/PR) declarou que “Foi a única empresa até agora que topou nos ajudar porque não é daqui e deve trabalhar para as concorrentes da Petrobrás. Na próxima semana devemos ter muito mais munição”.
Não se deixe enganar. Quem só sabe vender o que outros conseguiram nunca passará de camelô. Estadista é aquele que constrói, jamais aquele destrói, vende ou doa.
Alguém poderia me informar o endereço das refinarias da Shell, Texaco, Esso, Ipiranga no Brasil? Uminha só?
Download História do Petróleo, documentário da History Channel.