Ficha Corrida

18/09/2015

A corrupção boa

globo2O Brasil tem esta criatividade. Este corrupção boa e corrupção ruim. Boa é a nossa; ruim, a dos outros. Desde Judith Brito, o PIG defende a corrupção boa e ataca a concorrência como sendo má. Por exemplo, porque a RBS não fica indignada com a corrupção da sonegação denunciada na Operação Zelotes? Afinal, com tantas empresas gaúchas envolvidas em sonegação seria mais fácil para a RBS defender seu governo títere no RS. Se as empresas envolvidas na corrupção do CARF tivessem pago o que deveriam, o RS não estaria, como quer nos fazer crer para aumentar ainda mais a corrupção, o Tiririca da Serra.

Qualquer brasileiro medianamente informado sabe da Lista Falciani, que contém o rol dos brasileiros que usaram o HSBC para lavar dinheiro. Nela aparecem os cães  mais raivosos da mídia. Passam os dias rosnando contra a corrupção, mas usaram o HSBC para lavar dinheiro na Suíça. Não bastasse isso, também corromperam funcionários do CARF para favorecer sonegação trilionária. E como se tudo isso não bastasse, a Rede Globo, CBF, J. Hawilla estão envolvidos na sonegação internacional, padrão FIFA. Por que a delação premiada neste caso não provoca prisão preventiva nem linchamento nos meios mafiomidiáticos? Simples, porque os grupos mafiomidiáticos assoCIAdos ao Instituto Millenium são os maiores corruptos e corruptores do Brasil.

EUA caçam Del Nero, Suíça acusa acordo de TV e Brasil finge investigar

Augusto Diniz– -sex, 18/09/2015 – 06:45 Atualizado em 18/09/2015 – 07:05

Por Augusto Diniz

Procuradores responsáveis pelo caso FIFA nos Estados Unidos e Suíça informaram nesta segunda (15/9), que indiciarão mais dirigentes envolvidos em corrupção no futebol – especula-se que o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, é presença certa na lista. A autoridade suíça disse que as investigações não chegaram nem ao fim do primeiro tempo.

O canal de TV público SRF, da Suíça, acusou dias atrás o presidente da FIFA, Joseph Blatter, de ter vendido ao ex-presidente da Concacaf, Jack Warner, direitos de transmissão das duas últimas Copas do Mundo, por 5% do valor de mercado – ao contrário da imprensa brasileira, que costuma acusar sem provas consistentes, os suíços mostraram os contratos sob suspeita assinados por Blatter. Warner usou empresa em paraíso fiscal para revender os direitos por pelos menos US$ 18 milhões.

As investigações do FBI apontam que este prática (de venda de direitos de transmissão de competições por valores abaixo do mercado) foi recorrente na FIFA. As motivações vão desde revenda ilegal por valores infinitamente maiores, passando por sonegação fiscal, até pagamento de suborno.

A CPI do Futebol no Senado faz duas semanas que não se reúne. Nesta terça-feira (15/9) aconteceria uma audiência reunindo ex-jogadores (Pelé, Zico, Cafu, Roque Júnior, Ricardo Rocha e Juninho Pernambuco) e representante do Bom Senso FC (Paulo André), mas foi cancelada (a CPI alegou que não conseguiu reunir todos os convidados) – na verdade, o que tem a dizer esses profissionais em uma CPI que investiga a CBF?

Alguns deles mantem relações promíscuas com a entidade há anos. Além disso, todos jamais se contraporiam a patrocinadoras e emissoras de televisão, cujos acordos são objetos de investigação do FBI, da Suíça e “provavelmente” da CPI -, simplesmente por que estes profissionais são também beneficiários de alguma forma dos possíveis acusados, por meio de patrocínios, direitos de imagem e participação constante como comentaristas em jogos e programas esportivos da TV.

A CPI, com mais de um mês em funcionamento, ainda não conseguiu levar um suspeito para falar ao colegiado, nem tampouco apresentou dados relevantes sobre as operações da CBF.

A Polícia Federal também diz que investiga contratos entre a CBF e a Globo, mas não há nenhuma notícia sobre o caso há pelo menos três meses.

Como disse o depoente da CPI do Futebol, quando a comissão caminhava melhor, o jornalista Leandro Cipoloni, o que mais o chama atenção desde que produziu um livro sobre corrupção no futebol, é a conivência das autoridades com os malfeitos de dirigentes do esporte no País. Está aí mais uma prova.

EUA caçam Del Nero, Suíça acusa acordo de TV e Brasil finge investigar | GGN

24/08/2015

Zelotes, o patinho feio das operações

zelotes rbs zhEstá aí a diferença. Quando uma operação atinge os bastões usados para vergastar a esquerda o eufemismo campeia solto. Evita-se inclusive nominar quais são as empresas envolvidas, mas sempre sobra espaço para mencionar JD Consultoria e André Vargas…  O engraçado é que nos outros países em que se investigou a lavagem de dinheiro no HSBC houve agilidade e enfoque nos corruptores.

De certa forma, o discurso do coordenador-geral de investigação se coaduna com os cartazes da marcha dos zumbis de que se trata do crime sonegação, mas corrupção dos agentes públicos. Não é por acaso que impostores do impostômetro estejam todos no sonegômetro.

E assim, volta-se ao passado para continuar jogando a culpa no corrompido para aliviar a culpa do corruptor. Aliás, esta é a grande diferença da Operação Lava Jato.

Na Lava Jato estão sendo incriminados as duas pontas, o cartel dos corruptores e os corrompidos. Ou pelo menos os corrompidos que se quer condenar. Parece claro, na Lava Jato, que há uma seletividade nos vazamentos. E os vazamentos só fazem sentido na medida que forma uma parceria da mídia com o que se busca na Lava Jato.

Mas como construir uma parceria entre investigadores, mediante o uso de vazamento seletivo, se as empresas de comunicação estão entre os principais investigados?! Este é o ponto que difere as duas operações. É por isso também que não se vê manchetes escandalosas a respeito dos envolvidos e do volume de dinheiro movimentado.

Tanto a Operação Zelotes como a Lista Falciani do HSBC não envolvem políticos de esquerda, mas pegam por cheiro seus algozes. Eis aí a razão que sugere a grande diferença entre Lava Jato e Zelotes. Pode-se brigar com os fatos, pois se eles não estão de acordo com as versões, pior para eles.

Entrevista. Gerson Schaan

Investigação se refere a processos de dívidas tributárias, e não se pode esperar que dinheiro será recuperado rapidamente

‘Operação Zelotes não vai ajudar no ajuste fiscal

Andreza Matais

24 Agosto 2015 | 05h 00

O coordenador-geral de investigação da Receita Federal, o auditor fiscal Gerson Schaan, afirmou ao Estado que a Operação Zelotes conseguiu confirmar ilegalidades envolvendo 20 grandes empresas que questionaram dívidas tributárias no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), mas alertou que o governo não deve contar com o resultado da investigação para fazer caixa e aliviar as contas públicas. “Trata-se de um caso de corrupção, e não de sonegação fiscal”, explicou.

Schaan quebrou o silêncio que envolve seu cargo e criticou a Polícia Federal, que chegou a comparar a Zelotes à Lava Jato, criando uma expectativa de que R$ 19 bilhões poderiam retornar ao cofres públicos em decorrência das investigações. “São casos completamente diferentes.”

Na Receita, o coordenador geral de investigação montou e comanda três equipes de auditores fiscais que se dedicam exclusivamente às investigações sobre a Zelotes, a Lava Jato e o HSBC. “A Lava Jato é sem dúvida a maior investigação que já fizemos.” O caso HSBC não fica muito atrás. No ano passado, a equipe de Schaan produziu cem investigações. Apenas os relatórios referentes ao HSBC envolvem 8 mil contas.

Leia os principais trechos da conversa de Schaan com o Estado:

A Zelotes será maior do que a Lava Jato?

A comparação com a Lava Jato nunca foi oportuna por conta do tipo de esquema. Não posso comparar milhões que foram superfaturados numa obra com autos de infração que estão sendo julgados no Carf. Existem casos em que o julgamento em si não teve problema, mas a tramitação do processo. Temos julgamentos que foram manipulados de forma a cair numa turma que tenha o voto que a quadrilha quer, a favor do contribuinte. Se fosse em outra turma, o voto seria a favor da Fazenda. A questão não envolve sonegação, mas corrupção.

Mas não se pagou para anular multas que chegavam a R$ 19 bilhões?

Deu-se uma falsa impressão de que é uma fraude, de que se poderia buscar aí o ajuste fiscal, não é isso. Tem alguns “bi” desse montante que, se fosse de novo a julgamento, a Fazenda iria perder outra vez porque a fraude não está no voto, mas na tramitação. Não é porque eu estou julgando auto de infração que há crime de sonegação. Se eu manipulo o processo de forma a só julgar quando for bom para mim, eu estou fraudando o sistema. Por isso, achar que esses valores que vão ser arrecadados irão ajudar o ajuste fiscal, não dá.

Pode dar um exemplo?

Nos casos analisados na investigação que envolvem ágio interno, por exemplo, os contribuintes têm uma interpretação a respeito e a usam para diminuir o valor do imposto a pagar. A Receita entende de outra forma e multa. No Carf tinha decisões dos dois lados. O que a quadrilha fazia era direcionar o julgamento para uma turma que já tinha esse entendimento a favor do contribuinte. Isso não é sonegação, você está interpretando a lei de outra forma. É diferente de usar nota fria, conta de laranja. Isso é caso de sonegação. O cara sabe que tem de pagar aquele imposto, mas ele usa artifícios para não pagar e o conselheiro vota a favor dele. E aí na Zelotes tem de tudo.

Em que fase está a investigação agora?

No momento, o Ministério Público trabalha algumas denuncias e nós estamos trabalhando para dar seguimento a outros processos que ensejam novas quebras de sigilo bancário, fiscal. Não vejo horizonte para terminar. Neste momento são 20 empresas que já têm substância mais forte. Não posso citar, mas são 20 e poucas empresas diferentes. Os conselheiros se repetem.

Há queixas relativas ao primeiro juiz do caso, que não autorizou a continuidade das escutas. Isso prejudicou as investigações?

Isso de fato atrasou algumas decisões, inviabilizou determinada linha de investigação.

A Receita já havia iniciado a investigação quando a PF entrou no caso. Como foi o trabalho?

Já participei de investigações mais harmônicas. Causa prejuízo porque algumas coisas poderiam ter produzido resultados mais cedo e eventualmente mais robustos.

Existe um limite para as investigações?

A investigação é pautada por onde as provas nos levam.

Quando as investigações do caso HSBC serão concluídas?

É um trabalho de longo prazo. No ano passado fizemos cem investigações e, neste caso, são 8 mil. Já identificamos quem tem irregularidade tributária e agora analisamos os casos mais relevantes. Encontramos procuradores e advogados que controlam várias contas bancárias.

Quantas pessoas da sua equipe trabalham só na Lava Jato?

É o maior trabalho que já fizemos sem dúvida alguma. Temos 242 procedimentos de fiscalização abertos e uma equipe de 55 auditores fiscais, mais 15 alocados no apoio a investigação criminal.

O que sua equipe identificou?

Quando o Paulo Roberto Costa foi solto pelo STF, nós demonstramos que ele tinha dinheiro não declarado na Suíça (o ex-diretor da Petrobrás voltou a ser preso por causa dessa informação). O esquema de lavagem de dinheiro do André Vargas fomos nós que identificamos. Também fomos nós que identificamos pagamentos das empreiteiras para a JD Consultoria (empresa de José Dirceu). Na fase Radioatividade, identificamos o caminho do dinheiro até chegar à empresa do real beneficiário, o diretor preso.

16/08/2015

Marcha dos Zumbis II

OBScena: sonegadores amestrados pela RBS cantam “sirvam nossas patranhas de modelo a toda terra”

sonegar é legitima defesaO Napoleão das Alterosas teve de botar o rabo entre as pernas e voltar correndo para seu hospício. A louca cavalgada em busca do golpe paraguaio acabou como sói acontecer com cavalo paraguaio. Ninguém melhor do que o povo mineiro para falar do toxicômano de casa. Não por acaso, perdeu em Minas. Quem o conhece, não vota nele. Em todo caso, Aécio Neves trabalhou mais hoje do que nestes oito meses de Senado.

As imagens disponibilizadas pelos sites que patrocinam a marcha dos zumbis são elucidativas. Temos desde as vivandeiras dos quartéis, as tais de viúvas dos estupros nos porões do DOI-CODI pedindo um golpe militar. Temos os golpistas paraguaios, que pediam um simulacro de justiça para que o Napoleão das Alterosas possa, enfim, tomar posse. E, como das outras oportunidades, não foi possível distinguir um negro na marcha dos zumbis, nem mesmo na Bahia, o que prova que se trata de uma classe média ressentida em ter de disputar espaços com uma classe social ascendente.

A PEC das domésticas revoltou as senhoras dos bairros Bela Vista e Moinhos de Porto Alegre que saíram do Parcão, onde normalmente levam os poodles e gatos para fazerem em público o que as senhoras fazem na privada, em marcha até Meca, a sede da RBS.

Nos bairros Restinga, Lomba do Pinheiro e IAPI não se viu ninguém fantasiado com camisetas da CBF. Tivemos hoje um autêntico movimento Padrão FIFA, incluindo a bandeira da sonegação, tudo em busca de legitimar os crimes arrolados na Lista Falciani do HSBC e dos envolvidos na Operação Zelotes.

Sob gritos de "ladrão", Aécio bate em retirada da manifestação.

#CarnaCoxinha
A aparição do senador Aécio Neves (PSDB-MG) na manifestação dos coxinhas a favor da ditadura, do golpe e da corrupção tucana foi relâmpago.
Apesar do ambiente controlado e do cordão de isolamento formado pela assessoria tucana em Belo Horizonte, o que seus assessores temiam ocorreu.
Ao ver a presença do tucano, um manifestante gritou: "Eu quero é o povo na rua, não político ladrão".
Aécio mal ficou meia hora na manifestação. Chegou por vota das 11h30 em um carro que parou perto de um caminhão de som, caminhou alguns metros, cercado de seguranças e assessores tucanos. Subiu no caminhão e falou pouco, logo batendo em retirada, com medo de sua presença atrair hostilidade como ocorreu com o manifestante que gritou "político ladrão".
Em uma área mais reservada dos olhares do público, protegido pela claque tucana, gravou cenas para os telejornais, posou para fotos e falou rapidamente para a imprensa. Foi embora às 12hs. (Com informações de "O Tempo").

Sob gritos de "ladrão", Aécio bate em retirada da manifestação. | Os Amigos do Presidente Lula

03/07/2015

FBI aperta o cerco aos bandidos padrão FIFA

 

Televisa, "a Globo do México", é alvo do FBI por corrupção na Fifa. PF investiga CBF-Globo.

http://www.futbolpasion.mx/index.php?seccion=noticias&idn=32636

A TV Globo não pode mais dizer que "as empresas de mídia (TVs) não são alvo das investigações do FBI no escândalo de corrupção da FIFA". São sim.
O FBI adotou a linha de investigar diretamente as emissoras de TV, suspeitando que as empresas de marketing que intermediavam os direitos televisivos funcionam apenas como "fachada" para viabilizar e despistar o pagamento de propinas. Os verdadeiros corruptores seriam algumas emissoras de TV.
O FBI identificou que no México a FIFA vendeu os direitos de transmissão para a empresa de marketing Mountrigi. Esta vendeu para a Televisa. Só que a empresa Mountrigi é do próprio grupo Televisa. Para que criar uma empresa de fachada em vez da Televisa comprar diretamente da FIFA, perguntam os investigadores?
No Brasil também ocorreu um esquema de negociação semelhante. Federações de Futebol filiadas à Fifa venderam para o grupo Traffic direitos televisivos, que revendeu para a Globo. J. Hawilla, o dono da Traffic, é sócio de donos da Globo em afiliadas da TV Globo.
Chama atenção também a FIFA ter dispensado de fazer licitação no Brasil e vendeu diretamente para a Globo os direitos de transmissão das Copas de 2018 e 2022, alegando parceria de 40 anos com a emissora brasileira. A Record ameaçou processar a Fifa por conduta nociva à livre concorrência.
Segundo a coluna de Ricardo Feltrin, a Polícia Federal investiga os contratos da Globo com a CBF.
"Trata-se, inclusive, de parte da colaboração que o país vem fazendo com as investigações do FBI, que jogaram parte da cúpula do futebol mundial na cadeia (…) como sua relação [da Globo] com a CBF, especialmente a gestão Ricardo Teixeira, foi e ainda é atávica, ela entra no foco da investigação também", diz o colunista.

http://celebridades.uol.com.br/ooops/ultimas-noticias/2015/07/02/pf-investiga-relacoes-entre-cbf-e-globo.htm

Televisa, "a Globo do México", é alvo do FBI por corrupção na Fifa. PF investiga CBF-Globo. | Os Amigos do Presidente Lula

21/05/2015

Vão pedir a exumação do Maurício Sirotsky Sobrinho e do Roberto Marinho?!

zelotes rbs zhSe para esclarecer a participação do PP gaúcho da Ana Amélia Lemos na Operação Lava Jato precisa exumar o corpo do líder, então para esclarecer todas lavagens do Grupo RBS, Gerdau, Rede Globo e demais partícipes da Operação Zelotes e da Operação Pavlova também teria de ser exumado os corpos dos que comandaram as lavanderias.

Não ouço, vejo ou leio os moralistas da RBS vociferando contra os envolvidos nos escândalos de sonegação no CARF e na lavagem de dinheiro no HSBC. A seletividade moral dessa gente inescrupulosa é uma luz sobre seu verdadeiro caráter.

Não há editoriais moralistas contra a Gerdau, a RBS e Rede Globo, o Márcio Fortes, o PP Gaúcho. Não há reportagens especiais mostrando como funcionava o esquema.

E, como sempre, a culpa é do Lula e da Dilma. Sim, deve dar um ódio danado de quem não joga para debaixo do tapete as denúncias de corrupção.

Imagine o que aconteceria se Lula ou Dilma comprassem a própria reeleição?! Se ao invés de Luciana Cardoso fosse Lulinha empregado na casa do Demóstenes Torres ou na Fazenda no Ronaldo Caiado?!

A pergunta que não quer calar: Por que os assoCIAdos do Instituto Millenium não se revoltam contra a corrupção praticada pelos políticos do PSDB? Será que as cinco irmãs (Globo, RBS, Folha, Estadão e Veja) entendem que o PSDB tem licença para roubar? Por que será que não foram atrás de mais informação para esclarecer o sumiço do helipóptero com 450 kg de cocaína?!

Onde está a hiena do DEM gaúcho, Onyx Lorenzoni, que não pede esclarecimentos aos seus parceiros da RBS & Gerdau? Por que tanta seletividade na indignação?!

OBScena:  domínio do fato é a confraternização entre Jorge Pozzobom, do PSDB gaúcho, e a famiglia Sirotsky, do Grupo RBS

pozzobom y Sirotsky

 

Zelotes: “Crimes tributários têm tratamento diferenciado de crimes comuns”, critica delegado da Polícia Federal

Published maio 20, 2015

zelotes - audiencia 20 de maio

Na mesa: os delegados Hugo Correia (E) e Marlon Cajado (D); no centro, o deputado Valtenir Pereira (Pros-MT)

Do VIOMUNDO

A subcomissão da Câmara dos Deputados que acompanha a Operação Zelotes recebeu, na manhã desta quarta-feira (20), os delegados da Polícia Federal Marlon Oliveira Cajado dos Santos, da Divisão de Repressão a Crimes Fazendários, e Hugo de Barros Correia, da Coordenadoria Geral da Polícia Fazendária. Os dois são responsáveis pela investigação da Operação Zelotes, que apura o esquema de corrupção no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), em que empresas com débitos tributários com a Receita Federal pagavam propina a conselheiros que atuavam no órgão para escaparem das dívidas.

Na audiência pública, que foi acompanhada durante boa parte somente por deputados petistas, os delegados fizeram críticas à legislação, à composição do Carf e à Súmula Vinculante 24 do Supremo Tribunal Federal que, segundo eles, reduziu pela metade os inquéritos policiais contra crimes tributários nos últimos cinco anos.

“Não é que diminuiu a quantidade de crimes tributários, ou que a Polícia está investigando menos. A Súmula do STF, de 2009, consolida o entendimento de que a PF não pode instaurar inquérito policial se a Receita Federal, em sua última instância, não constituir definitivamente o crédito tributário. Isso dificulta e impede o início de uma investigação”, lamentou o delegado Hugo Correia.

O delegado informou que muitas das investigações relacionadas ao Carf só foram possíveis a partir de evidências de crimes de corrupção, advocacia administrativa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Os delegados enfatizaram que a legislação brasileira permite um tratamento diferenciado para crimes tributários em relação aos crimes comuns. Segundo eles, a leis são mais condescendentes no âmbito do direito penal tributário.

De acordo com delegado Marlon Cajado dos Santos, a conclusão do inquérito deverá ocorrer em quatro meses, e que a ideia é desmembrar a investigação para dar mais celeridade. Marlon Cajado dos Santos também criticou a fórmula de composição do Carf, que possui 216 conselheiros, sendo metade de servidores de carreira da Receita Federal e a outra metade composta por representantes da sociedade civil. “Está demonstrada que a paridade do Carf facilitava a atuação de pessoas que buscavam cometer irregularidades”, disse com base nas investigações.

Deputado Pimenta defende “investigação dentro da investigação”

Relator da subcomissão, o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) defendeu que seja feita uma “investigação dentro da investigação”. O deputado disse temer que haja uma contaminação das “esferas superiores” no andamento dos processos, em razão dos vultuosos valores e do envolvimento de pessoas e empresas muito influentes no País.

Pimenta classificou como “estranho” o fato de a Justiça ter negado os 26 pedidos de prisão solicitados pelo Ministério Público Federal e ter decretado o sigilo das investigações. Diante desses fatos, o deputado Pimenta anunciou que, na próxima semana, fará uma representação ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pedindo a instauração de procedimento para apurar possíveis irregularidades na prestação jurisdicional na 10ª Vara Criminal Federal do DF.

“Não é razoável que um País como o nosso, com as necessidades e as dificuldades que possui, tenha créditos bilionários sem que haja uma agilidade ou prioridade por parte do Poder Judiciário. Como é possível existir processos bilionários como esses prescrevendo em prejuízo da União em varas especializadas de combate à lavagem de dinheiro e aos crimes de colarinho branco?”, questionou o deputado Pimenta.

De acordo com o relator, deputado Paulo Pimenta, os próximos convidados para falarem à subcomissão serão o Presidente do Carf, Carlos Alberto Freitas Barreto,  e a Corregedora Geral do Ministério da Fazenda, Fabiana Vieira Lima.

Luizmuller’s Blog | Espaço de divulgação de textos e ações que defendem trabalho decente no Rio Grande e no Brasil

04/05/2015

Denúncia de lavagem de dinheiro avança. Na Argentina!

O parceiro dos assoCIAdos do Instituto Millenium na SIP, o Grupo Clarín está sendo investigado por lavagem de dinheiro no HSBC. No Brasil também foram encontradas as digitais dos grupos mafiomidiáticos na Lista Falciani, mas aqui os procuradores do Tipo Deltan Dallagnol só têm interesse em criminalizar o PT.

Como faz falta um Ricardo Semler no Ministério Público brasileiro!

El fiscal le solicitó al juez Luis Rodríguez que libre nuevos exhortos para investigar a Clarín.

Una jugada con olor a lavado

Es por dos préstamos millonarios tomados por la firma GCSA Investments, radicada en Delaware y propiedad de Clarín, que utilizó ese dinero para comprar acciones de Cimeco, otra firma de Clarín. Buscan datos en Londres y Estados Unidos.

El fiscal federal Diego Iglesias le solicitó la semana pasada al juez Luis Rodríguez que envíe nuevos exhortos a Estados Unidos y a Inglaterra requiriendo información sobre dos préstamos por 20 millones de dólares cada uno otorgados a la empresa GCSA Investments, vinculada al Grupo Clarín. La Justicia sospecha que esas operaciones formaron parte de una maniobra del Grupo Clarín destinada a lavar dinero que supuestamente tenía depositado en cuentas no declaradas en el extranjero. Rodríguez ya había pedido informes sobre esas operaciones a fines de 2013, pero las entidades reguladoras de esos países reclamaron mayores precisiones sobre el tema.

En el escrito elaborado por la fiscalía a partir de aclaraciones aportadas por la Unidad de Información Financiera, se afirma que el Grupo Clarín “creó una sociedad en Delaware –GCSA Investments LLC– con el único propósito de triangular el ingreso de fondos a la Argentina, ingreso que la empresa no puede realizar en forma directa en atención a que su tenencia no ha sido declarada ante el fisco y su origen es ilícito”.

La sociedad GCSA se creó con un capital mínimo de 100 dólares y consiguió un préstamo de 20 millones de dólares de parte del banco Credit Suisse Londres. Según la denuncia, esa operación sólo se explica gracias al aval otorgado por el Grupo Clarín como sociedad controlante. Con el dinero obtenido del préstamo, aquella sociedad adquiere acciones de otra firma radicada en Argentina y perteneciente al Grupo Clarín –Cimeco SA–. “De ese modo, las acciones de esta empresa argentina nunca salen del patrimonio del Grupo Clarín –ya que la sociedad radicada en Delaware también pertenece al grupo–, siendo el único objetivo de la operación la repatriación de dinero ilícito que los integrantes del Grupo Clarín ocultan en cuentas abiertas en el JP Morgan Chase Bank. Justamente por ello, aquel primer préstamo es posteriormente cancelado mediante la toma de otro crédito por parte de la firma de Delaware, pero esta vez en el JP Morgan Chase Bank y garantizado por el propio Grupo Clarín, que posee cuentas en el mismo”, agrega la denuncia.

El fiscal sostiene que la aseveración de que el Grupo Clarín constituyó la sociedad en Delaware para lavar dinero no reposa sólo en el hecho de que el capital inicial de GCSA haya sido de 100 dólares sino porque su único capital desde su creación fue el préstamo de 20 millones de dólares que utilizó para hacer una única operación de compra de acciones de manos del Grupo Clarín, su único socio y controlante. “De la descripción efectuada queda claro que los integrantes del Grupo Clarín habrían desarrollado una maniobra típica de lavado de activos, bajo el paraguas de un préstamo de los denominados back to back e instrumentado mediante la constitución de una firma pantalla radicada en el exterior que se utiliza para simular una trasferencia de acciones que habilita el ingreso de fondos ilícitos al circuito financiero argentino”, remarcó Iglesias.

Las hipótesis que maneja la Justicia son dos: 1) Que los fondos no provienen de préstamos otorgados por el Credit Suisse de Londres, sino que corresponden a fondos ilícitos de origen desconocido hasta el momento; o bien, 2) Que los fondos provienen de préstamos otorgados por el Credit Suisse de Londres garantizados con fondos ilícitos que, al no poder ser directamente utilizados, requirieron la conformación de una estructura de préstamos y compra de acciones para poder reinvertirlos en Argentina intentando asignarle apariencia de licitud.

Página/12 :: Economía :: Una jugada con olor a lavado

03/05/2015

PIG, de caso com o estupro

estuproEstupro, taí um termo que os velhos grupos mafiomidiáticos tem atração fatal. A comissão da verdade apurou que empresários que finanCIAram a OBAN também presenciavam as sessões de tortura, estupro e morte daqueles que os ditadores entendiam como perigosos. Se o milico via algo perigoso em alguém, este alguém era simplesmente preso sem qualquer mandado judicial. Aí levavam ele para o DOI-CODI, aplicavam choques elétricos, estupravam homens e mulheres até a morte. Não satisfeitos, ou para que pudessem ter orgasmos, esquartejavam as vítimas e espalhavam pedaços dos corpos para impedir que familiares identificassem os corpos. A Folha de São Paulo ficou famosa por empresar as peruas que distribuíam os jornais para distribuir os corpos dilacerados por valas clandestinas, como aquela localizada no Cemitério de Perus.

Recentemente, a família que controla a Rede Brasil Sul – RBS, teve um de seus herdeiros envolvido em crime de estupro em Florianópolis, naquilo que na internet ficou conhecido como o estuprador de Florianópolis. O autor da denúncia morreu. Ainda não se sabe se foi, como diria João Cabral de Mello Neto, de morte matada ou de morte morrida.

Quem mantém como diretor de redação alguém que assedia moral e sexualmente colega de trabalho, a ponto de vir assassina-la pelas costas, como fez Pimenta Neves com Sandra Gomide, é capaz de qualquer coisa. Só falta seu Mesquita vir dizer que não sabia o que fazia seu principal homem de confiança, colocado lá como Diretor de Redação exatamente pela sua capacidade de manipular.

O que impressiona nos estupros diários perpetrados pelo velho coronelismo eletrônico é que fazem isso à luz do sol. E se fazem isso hoje, na democracia, quando a internet desmente antes mesmo de o jornal ou revista chegar ao assinante, imagine-se o que não faziam durante a ditadura com quem mantiveram uma simbiose de interesses que ia muito além das torturas e estupros.

Tanto menos se combate a máfia, tanto mais afoita vai ficando. As Operação Zelotes e Operação Pavlova explicitam o senso de impunidade com que atuam. Ou a Lista Falciani, que entregou os donos de mídia que, junto como os traficantes, são os maiores sonegadores brasileiros descobertos no HSBC.

Ao invés de o Brasil botar as cinco famílias no paredón, fica esperando que elas façam como Hilter, casem Eva Braun

(Eva Braun foi esposa de Hilter por menos de 40 horas, porque a morte era seu único orgasmo…)

O estupro permanente da notícia

dom, 03/05/2015 – 06:00

Atualizado em 03/05/2015 – 08:21

Luis Nassif

Há dois tipos de leitores de jornais: os que querem se informar, e os que querem ler apenas aquilo que lhes agrada. Os primeiros, são leitores; os segundos, torcedores.

Nos últimos anos, os grandes grupos jornalísticos abriram mão dos leitores. A notícia tornou-se uma ferramenta de guerra, que, como em toda guerra, pode ser estuprada, manipulada, distorcida.

***

Há inúmeros temas relevantes para se criticar Dilma, Lula e o PT: os erros da política econômica, o envelhecimento das ideias, a falta de propostas novas, o aparelhamento de muitas áreas, os problemas enfrentados pela Petrobras.

Mas, aparentemente, entre Pulitzer e William Randolph Hearst – o pai do jornalismo marrom -, a grande imprensa brasileira escolheu o segundo.

***

O Estado de S. Paulo, o augusto Estadão, que historicamente se colocava como um baluarte conservador, mas respeitador dos fatos, divulgou em sua versão online a manchete de que a Petrobras destruira gravações de reuniões do Conselho de Administração para sumir com provas.

O repórter entregou uma matéria responsável. Consultou dois diretores que lhe asseguraram que não era hábito, mesmo, guardar gravações de reuniões de Conselho. Serviam apenas para instruir as atas. Depois das atas escritas, as gravações eram destruídas. Só depois que estourou a Lava Jato é que decidiu-se preservar as gravações, caso houvesse necessidade.

Ao longo do dia, a manchete foi desmentida por diversos veículos online. No dia seguinte, na edição impressa, manteve-se o enfoque errado.

Em outros tempos, poucos saberiam. Na era da Internet, o erro já tinha se espalhado. Ao insistir em mantê-lo os editores expuseram o jornal e sua história a milhares de leitores que já tinham conferido os desmentidos.

***

O mesmo aconteceu com a revista Época, em conluio com procuradores da República do Distrito Federal.

Desde que saiu da presidência, Lula assumiu o compromisso público de aproximar-se da África e trabalhar negócios brasileiros por lá. Por seu lado, há décadas a Construtora Odebrecht investiu na área e em outros países emergentes. Hoje em dia, atua em 28 países construindo todo tipo de obra.

Finalmente, há décadas o BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social) dispõe de uma linha de financiamento às exportações de produtos e serviços, o Proex, da qual o maior cliente – por ser a empreiteira brasileira com mais obras no exterior – é a própria Odebrecht.

***

No entanto, procuradores irresponsáveis foram investigar as obras da Odebrecht no exterior e montaram um inquérito com base nos seguintes fatos:

Lula visitou Gana e dois meses depois a Odebrecht conquistou um projeto por lá. Os procuradores tentaram criminalizar o que se tratava de uma estratégia bem sucedida. E ligaram a visita de Lula ao fato da Odebrecht ter conseguido um financiamento do BNDES – sendo que ela já tem 35 financiamentos, para suas obras internacionais.

Esse conluio mídia-procuradores teve repercussão em todos os jornais.

Os jornais atingiram seus objetivos políticos. Mas o jornalismo saiu mais uma vez sangrando do episódio. E mostrou que não há diferença mais entre blogs partidários e jornais.

O estupro permanente da notícia | GGN

26/04/2015

Precisamos falar sobre a Lista Falciani, o HSBC e o silêncio dos indecentes

hsbc globoComo os assoCIAdos do Instituto Millenium estão ocupados em instrumentalizar o golpe, via MBL, não sobra tempo para tratar da lavagem de dinheiro perpetrada por nossos homens de Benz no HSBC. Hoje o jornal Argentino Pagina12 publica entrevista, abaixo, com o autor dos vazamentos, Hervé Falciani.   Para quem tem complexo de vira-latas, as palavras de Falciani são estricnina pura:

Hay que entender que existen lugares, y entre esos lugares América del Sur, donde, pese a todo, hay menos corrupción y, por consiguiente, son muy prometedores para la acción judicial.

A Lista Falciani ainda não foi descoberta pelos grupos de mídia que apoiaram a ditadura e agora passam o tempo tentando dar novo golpe. Os golpes em Honduras e no Paraguai inspira a Rede Globo e seus amestrados na política. Apesar das baixas de alguns velhos representantes do golpismo, como Demóstenes Torres, Ronaldo Caiado, Fernando Francischini, Álvaro Dias, Beto Richa, Aécio Neves, auto nocauteados, a capacidade de recrutamento da Rede Goebbels é maior do que Hitler antes da queda de Berlim. Agora eles já estão recrutando jovens de classe média desocupados, como aquele grupelho finanCIAdo por ONGs norte-americanas, o MBL.

Apesar dos muitos políticos envolvidos, a pessoa física que depositou valores maiores no HSBC foi Márcio Fortes, quando tesoureiro do PSDB. Assim fica fácil de entender porque o velho coronelismo eletrônico entrou em silêncio obsequioso. É a tal Lei Rubens Ricúpero, na prática. O ataque golpista é uma espécie de diversionismo para esconder os próprios crimes. Apesar de ter uma CPI para investigar, ninguém ouve, lê ou vê os velhos grupos mafiomidiáticos tocando neste assunto.

Também conhecido como SwissLeaks, a Lista Falciani traz personagens que todo dia ocupam espaço para apontar o mal feito dos outros. Globo, Folha, Band e Abril estão involucradas, mas parece que a parceria que o Ministério Público fez com a Globo implica em não implica-la. E quanto aos outros? Será que todo mundo no MP é Rodrigo de Grandis? A entrevista com Falciani ajuda a entender o método Rodrigo de Grandis, com também ao método Armando Toledo. É um método que todos conhecemos, mas foi materializado em letras garrafais, graças à soberba decorrente da impunidade,  pelo Deputado Jorge Pozzobom, do PSDB gaúcho.

Quando a marcha dos zumbis clamava dizendo que sonegação não é crime não estava só mentindo, estava também tripudiando sobre nossa inteligência. São os mesmos que não se importam com o sumiço de um helipóptero com mais de 450 kg de cocaína, só porque o proprietário é do PDT do Carlos Lupi e primeiro amigo do Aécio Neves, Zezé Perrella. Ou alguém viu algum zumbi portando algum cartaz pedido providências em relação ao sumiço do helicóptero do pó?!

O que tem a ver 450 kg de cocaína, lavagem de dinheiro no HSBC, fraude fiscal em julgamentos na Receita Federal e o golpismo? Tudo. Se forem presos, acaba o golpismo.

Não é sintomático que os principais envolvidos sejam grupos de mídia e seus anunciantes, exatamente aqueles que vivem de achacar o poder público, aqui ou na Argentina? O Grupo Clarin, partícipe da ditadura, e inimigo confesso do governo Cristina Kirchner, é o maior fraudador individual identificado na Lista Falciani.

Sonegação é crime. Há lei e todos devemos nos submeter a ela, gostemos ou não. SIMPLES ASSIM!

EL PAIS › EL INGENIERO INFORMATICO HERVE FALCIANI CUENTA LAS CLAVES DE SU INVESTIGACION SOBRE EL HSBC

“El secreto crea la impunidad”

Sus revelaciones sobre el sistema financiero internacional conmovieron al mundo y desataron investigaciones judiciales en varios países, incluida la Argentina, donde además se conformó una comisión parlamentaria para estudiar los mecanismos de lavado de dinero y fuga de capitales. Falciani acaba de publicar un libro donde cuenta su aventura en “el corazón del escándalo HSBC”, y propone medidas para aumentar el control sobre los bancos. De todo ello habla con Página/12.

Por Eduardo Febbro

Desde París

La isla Bouvet es un paraíso para focas, pingüinos, leones de mar, pájaros de ensueño y plantas. En este lugar inhabitado del planeta, situado entre el Antártico y Africa, no hay ni una sola casa, ni la sombra de un alma humana. Sin embargo, existe un habitante con domicilio declarado en esta isla cuya superficie está cubierta de hielo la mayor parte del año: es uno de los más de 130.000 ciudadanos evasores fiscales que abrieron una cuenta en uno de los bancos más grandes del mundo, el HSBC. Este improbable habitante de la isla Bouvet forma parte de la trama planetaria de fraude y evasión fiscal montada por el HSBC y denunciada, con nombres completos, montos y países de donde provienen, por el ingeniero en sistemas informático franco italiano Hervé Falciani. Ex empleado de la sucursal ginebrina del HSBC entre 2001 y 2008, Falciani facilitó a varios países la lista de los evasores fiscales y los métodos diseñados por este banco para facilitar esta operación ilícita de alcance prácticamente planetario. A la Argentina, a través del Estado francés y del jefe de la Administración Federal de Ingresos Públicos (AFIP), Ricardo Echegaray, Falciani le entregó información sobre la fuga de los 3500 millones de dólares que se volatilizan cada año así como la lista de los 4000 argentinos con cuentas en el HSBC. Su historia es una novela policial y con ese pulso la cuenta en el libro que acaba de publicar en Francia: Terremoto en el planeta financiero. En el corazón del escándalo HSBC.

Hervé Falciani vive entre varios mundos. Se ha convertido en una suerte de nómada perseguido por la Justicia suiza y alabado por otras. Poder encontrarse cara a cara con él es ya toda otra novela. Nadie diría que este joven esbelto que ahora conversa con soltura, impecablemente vestido, con modales delicados y cara de galán de cine es uno de los hombres que hizo temblar los cimientos de uno de los bancos más poderosos de la tierra. Su libro narra desde las entrañas los montajes fabulosos del HSBC y otros bancos para evadir impuestos, el papel destructor de las multinacionales, los sistemas judiciales y los funcionarios corruptos, los policías a sueldo del sistema financiero, la telaraña de los intermediarios, la guerra interna en la profundidad de los Estados entre corrompidos y honestos, la ceguera voluntaria de los controladores y la frondosa gama de herramientas que la informática brinda para robar con total impunidad. Es el relato policial de un sistema compuesto por ladrones y el de un hombre controvertido que lo puso al desnudo. Hervé Falciani es más que el Edward Snowden del HSBC. Es el hombre que le dio identidad a la sombra de la sospecha.

Varias versiones circulan sobre su actuación. Su ex compañera, la franco libanesa Georgina Mikhael, asegura que Falciani “no es un Robin Hood sino un ladrón que robó datos y luego quiso negociarlos”. No hay pruebas de esa acusación. Lo cierto es que Falciani viajó al Líbano para hacer circular su lista, luego a Francia, donde fue arrestado, al fin a España, donde también fue arrestado. Sobre él se dice de todo, pero lo trascendente es que Falciani reveló la información más importante sobre evasión fiscal que se conozca hasta hoy, así como la metodología bancaria con que se organiza. España, Estados Unidos, Portugal, Argentina, México, Francia, Venezuela, Luxemburgo, Bélgica, no hay país que no tenga su club de evasores patentados y su agente local, el HSBC. Los españoles de la lista Falciani tenían, por ejemplo, 1800 millones de dólares atesorados en Suiza. En esta entrevista exclusiva con Página/12, realizada en París, Hervé Falciani vuelve sobre este camino sembrado de estafadores, mentirosos y ladrones internacionales impunes.

Argentina y el mundo

–Usted trató con varios sistemas judiciales, con muchos jueces y policías. ¿Cómo resultó su colaboración con la Argentina?

–En Argentina me encontré con un equipo excepcional, tanto por la rapidez de la acción como por la diversidad de los medios de trabajo que se pusieron en juego. Sé que no será fácil avanzar, hay muchos obstáculos, pero también una gran posibilidad de acción desde la Argentina. En Brasil, México o Venezuela, en suma, en buena parte de América latina, se debe conocer lo que pasa y observar cómo se actúa en la Argentina. Debo señalar que la mayor resistencia se encuentra en Europa, no en América latina. Lo que suceda en América latina y en los Estados Unidos va a darnos un mayor campo de acción. Hay que entender que existen lugares, y entre esos lugares América del Sur, donde, pese a todo, hay menos corrupción y, por consiguiente, son muy prometedores para la acción judicial. Una vez más, incontestablemente, la Argentina es un país que, en cuanto tomó conciencia de lo que estaba en juego, actuó más rápido y con más fuerza.

–Una de las revelaciones de su libro contradice lo que se sabía o se pensaba, e incluso lo que afirma la Justicia suiza. Usted sostiene que no actuó solo en esta trama, que con usted trabajó una red. Si es así ¿cuál fue la meta de esa red y quiénes son sus integrantes?

–Es el caso típico del progreso humano: se empieza por uno y se termina con mil. El caso HSBC fue el elemento que atrajo a unas 150 personas que se pusieron a colaborar juntas. Uno empieza solo y luego termina acompañado. Ese es el sentido de la red. Nada se puede hacer si uno está solo. Hay un momento en que coinciden las voluntades. Lo que constituye la red es la diversidad, la comunidad de la acción para ir en la misma dirección. Para mí ha sido una aventura excepcional porque había muchas cosas en juego.

–¿Cómo consiguió salir con vida, eludir las amenazas, los servicios secretos, el alcance inaudito de los bancos, la calumnia, los intereses de los Estados y de los poderes económicos?

–Es un caso particular, y también está el grupo. Lo importante es también no tener miedo. Yo siempre pedí ayuda y busqué las competencias que me faltaban. No hubo un control único. Si hubiese habido un arquitecto, si hubiese habido un organizador central, esa persona estaría hoy muerta. Pero éramos varios. Yo siempre busqué que el control de la información fuese compartido. Diría que lo que me salvó fue precisamente la pérdida de control. Todas las ramificaciones judiciales o políticas que se desarrollarán serán posibles porque esto no depende de una sola persona. Desde luego, lo que me permitió salir con vida, a mí y a otros, es haber golpeado las puertas allí donde había un elemento sensible, una posibilidad de acción. Cuando viajé al Líbano fue para utilizar el arma del secreto fiscal contra el sistema para que se abra al fin una investigación. Cuando fui a España, eso sirvió para presentar ante la Justicia los elementos de prueba de que disponía. En España me pusieron preso, pero no hay que olvidar que la cárcel también está hecha para proteger. En la cárcel me pude entrevistar con funcionarios y magistrados muy valientes. España cuenta con un sistema jurídico que permite también lanzar una investigación. Esto dio lugar a que Francia nombrara un juez para investigar. En realidad, ese es el método con el que trabajan los bancos para sus clientes: buscan el lugar en el cual pueden saltar por encima del problema. Tal vez dentro de algunas semanas viaje a otro país.

El sistema HSBC

–Si nos atenemos al corazón del escándalo, o sea, la evasión fiscal organizada por un banco, se puede decir que el HSBC es una lavadora de dinero que debió ir a los impuestos.

–Es más que esto. El HSBC es un sistema para borrar las huellas. Por ejemplo, yo entré a trabajar a ese banco para que este banco cumpla su función. Pero luego interviene otro elemento que se explica por un solo término: la corrupción. Digamos que se trata de “un archivo corrompido”. Y un archivo corrompido es un archivo que no cumple más con su misión. La corrupción consiste entonces en no cumplir con la misión inicial. Y el banco era exactamente eso: cuando el banco dejó de cumplir con su misión de control se volvió una lavadora. Todo lo que, en principio, debe ser impedido mediante los controles internos no lo es, está corrompido. Por ejemplo, quienes hacen las auditorías miran lo que está delante de ellos y no lo que está al costado. Y hay que actuar para que esto cambie. Si no hay voluntad política no habrá una necesidad reglamentaria real. Sólo habrá impunidad. Esos bancos, que ya con lo que es legal pueden actuar de forma amoral, van a actuar también de manera ilegal gracias a la impunidad. Algún día habrá que romper ese círculo. La única manera de hacerlo es rompiendo el secreto.

–¿Cuál es el modelo, el patrón de la evasión fiscal organizada?

–El fraude fiscal es, de hecho, una cuestión de ingeniería judicial o jurídica. Por ejemplo, en lo que atañe a lo judicial, el fraude se realiza cuando se frenan las investigaciones, cuando las comisiones rogatorias y otros pedidos quedan en la nada. Y en lo que toca a lo jurídico, es más simple: basta con desviar o alterar el sentido de las reglamentaciones y, a partir de allí, lanzar un nuevo servicio y comercializarlo. El fraude fiscal se construye gracias a la ausencia de controles, así como a partir de la complejidad de los dispositivos financieros que los bancos inventan. Cuanto más complejo es, más difícil resulta detectar o desmontar el fraude. Hoy tenemos la prueba absoluta de que esa falta de controles fue voluntaria. Por eso escribí este libro, para explicar qué se puede cambiar y cómo. Es un libro de combate, un libro de inteligencia económica para que se pueda ampliar el combate.

–A ver, cito un ejemplo de su libro: usted cuenta que las informaciones sensibles que detenta un banco, en este caso el HSBC, están deslocalizadas. O sea: toda la información comprometedora se manda a la cloud (la nube), al mundo sin fronteras de la red, y a otras zonas del mundo. Es un caso claro de ocultación de la información.

–En el HSBC había un proyecto llamado “Zorro”. Este proyecto consistía en identificar los datos que se podían enviar al extranjero y deslocalizar la información que estaba en Zurich o Ginebra para enviarla a Asia. Por ejemplo, muchos elementos del back office partieron a la India. El banco HSBC posee la red de computadoras privadas más grande del mundo, el HSBC Net. Era muy simple transferir dinero a través del mundo sin que jamás ese dinero saliera del banco y sin que hubiese la más mínima huella de la transacción. Esta se hacía sin recurrir al código Swift, que es el código de 8 cifras que se usa para identificar los giros internacionales. Cuando una administración fiscal le pedía a Suiza información sobre una cuenta bancaria, esta última decía “no”. ¿Qué quiere decir este “no”? Quiere decir que la información estaba en el banco y que la administración fiscal suiza tiene muy poco control sobre lo que pasa en los bancos. También está Bélgica, que es un poco el hermano menor de Suiza. El caso de Bélgica es un tema central para todos los negocios. Por suerte, hay dos jueces capaces de lanzar investigaciones que conciernen a miles de millones de dólares. Hace poco vimos cómo el responsable de las investigaciones sobre el mercado de diamantes en Bélgica fue preso por corrupción.

–En suma, todo apunta a probar que se trata de un sistema orientado a captar el dinero de la corrupción en los diferentes puntos del globo.

–Eso es precisamente lo que muestran las investigaciones en curso. Yo lo viví desde el interior. Hoy hay una enorme porción de la economía financiera que se nos escapa. Miles de millones de dólares pasan por los bancos. Las comisiones sobre las ventas de armas o petróleo, las coimas, el dinero de los mafiosos o de la corrupción política, todo pasa a través de los bancos. Las exigencias a las que responden estas operaciones son cualquier cosa menos morales.

El triángulo en las sombras

–Hay un triángulo: bancos, multinacionales, Estados. Un poder en las sombras, que usted describe paso a paso, que amenaza los principios mismos de la igualdad democrática.

–Este triángulo funciona a la perfección justamente porque cada parte tiene competencias complementarias. El papel de las multinacionales es determinante. Las multinacionales, por ejemplo, pactan acuerdos que se llaman tax ruling. Este dispositivo legal le permite a una empresa conocer por adelantado cuál será su tratamiento fiscal en un Estado determinado. Entonces, cuando una multinacional establece un acuerdo de tax ruling el dinero que no se le paga a los Estados termina en lugares donde no se abonan impuestos. Todo esto funciona mediante el secreto, y el secreto crea la impunidad. Por eso yo hablo de combate. En el medio ambiente mundial, el actor que modela la democracia es el banco, no el elector. Estamos avanzando cada vez más hacia una democracia corrompida. Es un esquema particular, un poco como en esas películas que se hacen ahora para los adolescentes, The Hunger Games por ejemplo, donde se muestran ciudades totalitarias. Vamos hacia eso: no es exactamente una dictadura, no es del todo una democracia, es algo intermedio. En este caso también debemos llevar a cabo acciones operacionales. El hecho de que las multinacionales tengan la posibilidad de sacar el dinero de un país sin pagar impuestos, o sea, de deslocalizar los beneficios, no se puede tolerar. Es preciso actuar. Si una empresa puede evitar la presión fiscal ya no estamos más en democracia. Para mí ha sido esencial luchar contra ese autoritarismo, es decir, contra el secreto. El secreto de las tax ruling, de los acuerdos, el secreto de la tecnocracia.

–Hay un cinismo fundamental de Occidente: los grandes bancos mundiales son occidentales, los países que son auténticas lavadoras de plata sucia, Suiza, Bélgica, Luxemburgo y Gran Bretaña, son grandes democracias de Occidente. Y encima, el actual presidente de la Comisión Europea, Jean-Claude Juncker, es el ex primer ministro de Luxemburgo que organizó y defendió con uñas y dientes el fraude fiscal en contra de sus socios europeos.

–Sí, tenemos un poder corrupto, un poder que no cumple con su misión, que no está al servicio de todos sino de ciertos intereses particulares, intereses que pueden ser incluso de los narcotraficantes. Las democracias funcionan con intereses pervertidos, corrompidos. Hay que preguntarse si existe algo que se oponga a esas acciones. En Europa hoy hay alguien que se opone a todo esto: se trata de Grecia. Atenas denuncia en voz alta lo que hicieron otros ministros, como el ministro de Defensa que firmó contratos con Siemens a través de bancos franceses en Suiza. La pregunta más importante es: ¿quién va a apoyar la iniciativa griega en el mundo? Hay que intervenir, hay que votar leyes para contraatacar y desmontar esa tecnocracia que prospera con la complejidad. Debemos comprender que todos estos acontecimientos no son una invitación a resignarse sino a observar cuál es el eslabón débil.

–Usted habla en su libro de “vías alternativas”. ¿Cuáles son?

–Para empezar, está la comprensión del sistema. Cuando se escribe un libro sobre la evasión fiscal, sobre la opacidad financiera, se está mostrando que los flujos financieros no se pueden controlar, que hay una voluntad de no controlarlos. No hay que esperar que cambie por sí solo un sistema tan eficaz. ¿Qué nos queda entonces? Se montó toda una ingeniería para deslocalizar los beneficios. Lo que habría que hacer entonces es terminar de una buena vez con esa estrategia fiscal basada en los beneficios. No somos nosotros quienes nos beneficiamos con las riquezas, sino las empresas. Y fue el impuesto sobre las empresas y los beneficios el que permitió ese robo. Debemos entonces destruir este principio. Los bancos no ganan plata con los beneficios de los clientes sino con las comisiones que cobran por las transacciones. Podríamos inspirarnos en los predadores para ser tan fuertes como ellos. Francia, por ejemplo, es un paraíso fiscal menos eficiente que el modelo suizo. Para los ciudadanos, Francia es un infierno fiscal, para las empresas no. Otra vía alternativa consistiría en que se vote una ley para proteger y compensar a quienes revelan informaciones sobre empresas o prácticas que son desleales con la economía del país. Esto sería un arma eficaz contra la impunidad. La Argentina podría dar un ejemplo mundial con una ley así. Sin embargo, hoy debemos reconocer que nuestros enemigos son más fuertes. El dinero no es un referente moral sino un referente operativo. Insisto en esto: todo el problema que tenemos proviene del secreto. Si no le ponemos fin al secreto todo esto se seguirá desarrollando y nos perjudicará siempre más. No hay alternativa.

efebbro@pagina12.com

Página/12 :: El país :: “El secreto crea la impunidad”

25/04/2015

No Brasil, HSBC rima com FHC

OBScena: Gerdau & Sirotsky, rindo de quem paga imposto?!

gerdau e nelsonO que liga a Operação Zelotes aos narcos mexicanos? O crime de sonegação e lavagem de dinheiro via HSBC. O sistema de lavagem de dinheiro começou a ser desmontado pelos EUA quando suspeitaram que a lavagem financiava o terrorismo internacional. Sim, finanCIA o terrorismo. É com a falta de deste dinheiro que muito serviços sociais, essenciais, são sonegados aos que dele necessitam. Os mesmos que condenam o Bolsa Família usaram o HSBC para lavar dinheiro mal havido. Lá está um tal de Márcio Fortes, homem forte das campanhas e tesoureiro do PSDB. E por aí se explica o silêncio obsequioso que a velha mídia golpista dedica ao assunto. Só tem gente de Benz, aqueles que dizem pagar impostos. São os mesmos impostores que criaram o impostômetro. São, sim, sonegadores!

Quem foi que trouxe o HSBC? Quem foi que se fez de camelô e entregou nossas maiores empresas aos sistema financeiro internacional senão o exterminador do futuro, FHC. É dele a privataria tucana que entregou de mão beijada a Vale do Rio Doce. Com a concessão por 20 anos de três aeroportos Dilma arrecadou mais que FHC pela entrega da Vale. A diferença que cumprido o prazo, os aeroportos voltam às mãos do poder público. Como no soneto do Raimundo Correia, As Pombas, a Vale ao Governo Federal não volta mais. É por isso que se diz que não há legado da era FHC que se use tijolos e cimento. Igual aos seus pares latinos, Fujimori e Menem, FHC foi apenas um camelô do patrimônio alheio. Diferente deles, é que no Brasil, como assegura o deputado gaúcho do PSDB, Jorge Pozzobom, o PSDB tem licença e impunidade para roubar. Fujimori e Menem estão presos, FHC está solto como estão todos os larápios que não sejam do PT. A Operação Zelotes, assim como a Lista Falciani do HSBC, estão aí para provar que nosso impoluto Ministério Público só tem olhos para criminalizar o PT. Não porque sejam contra a corrupção, como já demonstrou Rodrigo De Grandis, mas porque não querem concorrência na corrupção.

Quando irão invadir os escritórios da GERDAU e da RBS para apreenderem papéis que comprovam a sonegação bilionária? Será que se Gerdau e os Sirotsky fossem petistas já não estariam presos à espera de uma delação premiada. Que me perdoem os estrábicos, mas não encontro outra figura de linguagem para explicar a diferença de comportamento de nossas polícias, ministério público e judiciário.

Todo mundo sabe há muito tempo que a Suíça lava mais banco. É para lá que todo sonegador brasileiro encaminha o dinheiro sonegado à construção de hospitais e escolas públicas.

Ao invés da maioridade penal, haveria de ter a sênior penal, para evitar que os crimes praticados pela direita amiga dos velhos coronéis eletrônicos os tornem inimputáveis quando completam 70 anos. Ao invés de descer aos 16, suba aos 100 anos. Não deve haver limite máximo de idade para bandido! É um escárnio, como denunciou a própria Folha de São Paulo em editorial, que os criminosos do PSDB fiquem impunes porque a Justiça só é rápida para os quatro pês: pobre, preto, puta e petista. Quando envolve RBS, Bradesco, Rede Globo, Gerdau, Márcio Fortes e tutti quanti, não há pressa nem delação premiada. É silêncio, e não se fala mais nisso.

Clima de apreensão nos bastidores da Operação Zelotes

Rrevista dedicou a capa da edição de 10 de abril à operação, que segue na pauta | Reprodução JÁRrevista dedicou a capa da edição de 10 de abril à operação, que segue na pauta | Reprodução JÁ

Elmar Bones

A matéria mais completa publicada até agora sobre a “Operação Zelotes”  está na Carta Capital desta semana, assinada por Fábio Serapião. A revista dedicou ainda a capa da edição do dia 10 de abril ao assunto.

Além de detalhar a operação (em que consiste, quais são os envolvidos e como se operavam as fraudes) o autor registra o temor dos delegados que conduzem o processo: pelo poderio e a influência dos envolvidos, eles temem pela continuidade das investigações.

Diz ele:

“Enquanto os documentos amealhados nas buscas e as transações financeiras das outras empresas ligadas aos integrantes do esquema são analisados, nos bastidores da Zelotes o clima é de apreensão. Com o retrospecto negativo na relação com o juiz Ricardo Leite, os investigadores duvidam que novas diligências e quebras de sigilo sejam autorizadas. Cientes do poder financeiro e político dos envolvidos, a frase mais repetida entre as autoridades é: “Precisamos de um Sergio Moro em Brasília”.”

Eis a integra:

A OPERAÇÃO ZELOTES CAMINHA COM DIFICULDADES

por Fabio Serapião

A dimensão da Zelotes estarrece: o valor investigado soma o dobro daquele até o momento apurado na Operação Lava Jato. E, mais ainda, fere a consciência dos cidadãos honestos a constatação de como a corrupção faz parte do estilo de vida dos poderosos do Brasil. Está sobretudo neste poder a dificuldade de uma investigação profunda e independente. Ao comparar Zelotes com Lava Jato, em primeiro lugar, na análise dos comportamentos das autoridades judiciárias atuantes nos procedimentos, verifica-se de imediato a inexorável discrepância política entre graúdos sonegadores e funcionários petistas destinatários do propinoduto da Petrobras.

Última instância à qual o contribuinte brasileiro pode recorrer para reverter dívidas com a Receita Federal, o Carf  acumula, atualmente, cerca de 105 mil processos cujo valor ultrapassa 520 bilhões de reais. Até então esquecido dentro da estrutura do Ministério da Fazenda, o órgão ganhou o noticiário após a Polícia Federal desarticular um esquema responsável por negociar votos de seus conselheiros e fraudar votações que causaram um prejuízo estimado em 6 bilhões de reais. São 74 processos investigados no valor de 19 bilhões de reais em dívidas de bancos, montadoras de automóveis, siderúrgicas e inúmeros grandes devedores que apostavam na corrupção de agentes públicos para burlar o pagamento de impostos. Na opinião dos investigadores da PF, trata-se da maior fraude tributária descoberta no Brasil.

Com números tão expressivos e nomes acostumados a frequentar as mais badaladas listas de grandes empresas, a Operação Zelotes acumula muitos dos requisitos necessários a uma investigação de futuro incerto. Ciente desse cenário nada favorável, a PF, desde o recebimento da denúncia anônima que deu origem ao inquérito, toma todos os cuidados para evitar um desfecho sem punições. Para desviar do caminho de operações como a Castelo de Areia, aniquilada pelo fato de ter começado com uma denúncia não identificada, os investigadores realizaram uma série de diligências preliminares que resultaram em um acervo probatório capaz de tirar o sono de grandes empresários cujas dívidas fiscais foram abatidas pelo Carf entre 2005 e 2015.

Os recursos de dívidas tributárias funcionam da seguinte maneira. O processo administrativo fiscal, o PAF, começa com o auto de infração pela delegacia da Receita de cada estado. Caso o contribuinte reclame, o procedimento segue para a Delegacia da Receita Federal de Julgamento, a DRJ, considerada a primeira instância. Posteriormente, os recursos seguem para o Carf, onde passam primeiro pelas turmas ordinárias e especiais e, caso prossiga o impasse, são decididos no pleno da Câmara Superior de Recursos Fiscais. O órgão é composto de 216 conselheiros, dos quais 108 indicados pela RF e 108 pelos contribuintes. Eles não recebem remuneração e na prática as indicações são todas políticas. “O que vimos e foi demonstrado é que muitos conselheiros agem em benefício de causa própria, utilizando o órgão como um meio de obter acesso fácil a clientes e causas importantes, utilizando-se das facilidades de acesso a sistemas e outros servidores e conselheiros, tudo em prol do seu interesse particular de enriquecimento em detrimento dos cofres da União, fazendo do Carf um lucrativo balcão de negócios”, descreveu o delegado federal Marlon Oliveira Cajado dos Santos no pedido de busca e apreensão contra os integrantes da organização criminosa.

Foi ao solicitar as prisões, em janeiro deste ano, que os investigadores tiveram certeza das dificuldades a serem enfrentadas. O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Criminal de Brasília, única especializada em lavagem de dinheiro na capital, negou todos os pedidos de prisão contra integrantes do esquema. Mas antes, ainda em 2014, os investigadores perceberam que algo estranho ocorria. Após as diligências preliminares confirmarem a denúncia anônima, a PF solicitou a quebra de sigilo fiscal das empresas e pessoas apontadas como integrantes do esquema. Os arquivos com as informações bancárias revelaram aproximadamente 163 mil transações financeiras entre as empresas e pessoas investigadas. A soma alcançou a cifra de 1,3 bilhão de reais. Com esses números, ficou evidente para os delegados a necessidade de interceptações telefônicas a fim de descobrir qual era o modus operandi do grupo e quem eram seus clientes finais. Nesse primeiro momento, estavam na mira dos federais dois núcleos de empresas de fachada intermediadoras do pagamento de propina.

O primeiro deles era comandado pelo ex-conselheiro José Ricardo da Silva. Filho do também ex-conselheiro Eivany Antonio da Silva, investigado no passado em esquemas de fraudes tributárias parecidas com os que são alvos da Zelotes. Silva, diz a PF, “esteve envolvido em associação criminosa com João Batista Grucinki, o ex-conselheiro Edison Pereira Rodrigues, Adriana Oliveira e o conselheiro Paulo Roberto Cortez”. Para os investigadores, as interceptações telefônicas e telemáticas comprovaram que José Ricardo da Silva, quando conselheiro, foi corrompido para atuar em processos da Gerdau de 1,2 bilhão de reais. Embora tenha atuado diretamente em votações, a PF descobriu que Silva, após deixar o Carf, passou a utilizar ao menos oito empresas de fachada para receber vultosas quantias de partes integrantes de processos na Receita Federal.

Por conta da extensa quantidade de informações colhidas com a quebra do sigilo das empresas de Silva, a PF conseguiu, na primeira fase da Zelotes, apenas mapear e analisar as transações da SGR Consultoria Empresarial. Entre 2005 e 2013, a empresa movimentou cerca de 115 milhões de reais. Ao mapear as 909 transações financeiras, a PF descobriu que a origem dos valores são empresas com processos pendentes no Carf. Com 11,9 milhões em depósitos, a RBS, afiliada da Globo no Rio Grande do Sul, lidera o ranking de empresas que mais depositaram nas contas da SGR. Diz a PF sobre a relação das duas empresas. “A empresa RBS foi citada como tendo sido beneficiada com a venda de decisão favorável pelo esquema do Carf. Em que pese ainda não tenhamos prova cabal da corrupção, o fato de José Ricardo se declarar impedido no julgamento somado com as transferências de dinheiro para as contas da SGR acaba dando provas de que ele defendia o interesse privado da RBS.” A empresa discutia uma dívida de 672 milhões de reais no órgão.

Três bancos também foram responsáveis por depósitos nas contas da SGR. O Brascan depositou 2,7 milhões de reais em 22 de setembro de 2011. O banco possui ao menos três processos no Carf. Em um deles, Silva participou de um dos julgamentos mesmo com sua empresa mantendo vínculo com o Brascan. Envolvido em um escândalo mundial de lavagem de dinheiro, o HSBC figura na lista como depositário de 1,5 milhão de reais efetuado em 2005. Dois processos em desfavor do banco foram encontrados no Carf. O julgamento dos recursos, segundo a PF, coincide com os depósitos. O terceiro banco que manteve relações com a SGR foi o Opportunity. Por meio de sua gestora de recursos, segundo a PF, o banco de Daniel Dantes depositou, em 2009, 177 mil reais nas contas da empresa. Foram encontrados 18 processos no Carf relacionados ao grupo alvo da Operação Satiagraha.

Outras empresas que depositaram nas contas da SGR são: a Marcondes e Mautoni Emprrendimentos, com 4,7 milhões, Via Engenharia (1,8 milhão), GRV Solutions (1,1 milhão), Tov Corretora (566 mil), Suzano Celulose (469 mil), Votorantim (469 mil), Werebe Associados (422 mil), Incobrasa (405 mil), Electrolux (387 mil), Qualy Marcas (305 mil), Caenge SA (300 mil), Avipal (292 mil), Merck SA (257 mil), Hotéis Royal Palm (217 mil), Gestão Planejamento (128 mil), Vinicio Kalid Advocacia (222 mil) e Lemos Associados (117 mil). Por sua vez, a PF registrou um depósito de 12 mil reais da empresa de Silva para Silas Rondeau. Ex-ministro das Minas e Energia, entre 2005 e 2007, Rondeau ocupou cadeiras nos conselhos da Eletrobras, Petrobras e Eletronorte.

Embora inicialmente Silva fosse o alvo principal, com o andamento da investigação um segundo grupo foi descoberto. O núcleo era formado por Jorge Victor Rodrigues, tendo como parceiros o assessor de Otacilio Cartaxo, atual presidente do Carf, Lutero Nascimento, o genro de Cartaxo, Leonardo Manzan, o chefe da delegacia da Receita em São Paulo, Eduardo Cerqueira Leite, e o ex-auditor do Tesouro Jeferson Salazar. Sócio da SBS Consultoria Empresarial, o conselheiro Jorge Victor foi flagrado nos grampos telefônicos ao negociar o pagamento de propina em vários casos envolvendo recursos bilionários no Carf. Em um deles, uma dívida 3,3 bilhões de reais do Banco Santander, o conselheiro aparece em conversas com Lutero Nascimento, assessor de Cartaxo, nas quais eles tratam os detalhes do plano para cooptar o conselheiro Jorge Celso Freire da Silva.

Entre setembro e outubro de 2014, as coversas entre os dois, segundo a PF, demonstram que o plano teve êxito e contou com a participação de Manzan, genro de Cartaxo. De acordo com o levantamento feito pelos investigadores, o processo em questão era relativo à compra do Banespa pelo banco espanhol e a comissão para o grupo conseguir barrar a cobrança ficaria entre 1% e 1,5% do valor da dívida abatida. Diz o relatório da investigação sobre o caso Santander: “Entendemos restar demonstrado que o grupo corrompeu o Presidente da Turma Jorge Celso Freire da Silva para fazer o exame de admissibilidade e colocar em pauta, tendo este cobrado 500 mil reais”.

Enquanto acompanhavam o desenrolar das negociações envolvendo o Santander, os agentes federais perceberam que Jorge Victor também atuava em outros casos milionários. Em um deles, sobre um processo do Banco Safra de 767 milhões de reais, foi possível detalhar a ação do grupo e a participação de João Inácio Puga, integrante do Conselho de Administração do banco. Para este caso, diz a PF, foi acordado um pagamento de 28 milhões de reais para o grupo de Jorge Victor “a fim de que fossem distribuídos entre o pessoal de São Paulo, Jorge Victor e conselheiros para a agilização dos processos dentro do Carf”. Outros 2,5 milhões de reais foram solicitados em forma de adiantamento a “pretexto de localizar e cooptar a pessoa certa para a manipulação”. Com o objetivo de comprovar as negociações, a Polícia Federal acompanhou o encontro agendado por telefone entre Puga e os integrantes do esquema. No dia 25 de agosto de 2014, os agentes fotografaram desde o encontro dos envolvidos no aeroporto, a reunião em um restaurante na capital paulista e o retorno de Puga para a sede do Safra na Avenida Paulista (quadro ao lado).

Foi a ação do grupo de Jorge Victor em um processo do Banco Bradesco o responsável por acender o alerta vermelho, em 2014, dentro da PF. Após as diligências preliminares e quebras de sigilo, o juiz Ricardo Leite autorizou que as interceptações telefônicas começassem em 28 de julho de 2014. A partir desse momento, as suspeitas, uma a uma, foram confirmadas pelas conversas entre membros do grupo criminoso, conselheiros e representantes das empresas beneficiadas. Tudo ia bem, até que no início de setembro os grampos mostraram os preparativos para uma reunião entre integrantes do grupo criminoso e a cúpula do Bradesco.

Em conversas realizadas entre setembro e outubro, o conselheiro Jorge Victor fala ao ex-auditor do Tesouro Jeferson Salazar e ao chefe da Delegacia Especial da Receita em São Paulo, Eduardo Cerqueira Leite, dos detalhes do encontro. Diz o relatório da PF: “As ligações corroboram não só o encontro, mas também as tratativas para o julgamento. Salazar chega a dizer que Eduardo foi bem em suas colocações na reunião com o BRA(Bradesco). Estavam todos, os vices e o presidente. O Trabu (Trabuco) esteve presente, cumprimentou a todos e saiu”. A PF chegou a mobilizar uma equipe para acompanhar o encontro, mas não teve êxito em registrar com fotos, porque os policiais foram convidados a se retirar do prédio da presidência do banco, em Osasco.

A partir desse primeiro encontro, em outubro, os investigadores acompanharam várias conversas entre os integrantes do núcleo de Jorge Victor sobre as negociações com o Bradesco. As expectativas do grupo melhoraram em 12 de novembro, quando o Carf negou por unanimidade um recurso do banco. Com a negativa, os integrantes do grupo debateram nas conversas interceptadas ser momento de tentar fechar um contrato para intermediar, como aponta a PF, “a reversão do resultado do processo na Câmara Superior”. Seria prometido achar “o paradigma para o recurso especial e alguém para apreciar e aceitar” a argumentação. Um dia após a votação, em 13 de novembro, a negociação com a cúpula do Bradesco fica explícita em um grampo. Em conversa grampeada com Eduardo Leite, o empresário Mário Pagnozzi, apontado pela PF como responsável por captar clientes para o esquema, comenta que o próprio Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, conversou com ele e afirmou: “Mário, fico feliz de você estar aqui, ajudando o banco”.

Com essas informações, os investigadores se animaram e aguardavam o desenrolar das negociações para provar a corrupção envolvendo o Bradesco e o grupo. Entretanto, sete dias após a conversa interceptada citar a fala de Trabuco a Pagnozzi, em 20 de novembro, o juiz Ricardo Leite mandou cessar as interceptações telefônicas e impediu a PF de confirmar se o banco aceitara a proposta. A decisão irritou os investigadores e confirmou as desconfianças sobre a dificuldade em investigar os desmandos dentro do Carf. Nos bastidores, os agentes federais fazem questão de lembrar que o ministro da Fazenda Joaquim Levy, também ex-funcionário do banco, logo que assumiu nomeou como vice-presidente do Carf a advogada do Bradesco Maria Teresa Martinez Lopes.

Questionado, o banco esclareceu que “possui estrutura própria suportada por renomados escritórios contratados para atuar em sua defesa no âmbito judicial e administrativo, os quais são os únicos autorizados a representar em nosso nome nos processos”. Sobre a reunião com integrantes do grupo investigado pela PF, o banco informou que ela foi solicitada por eles e contou com a participação dos executivos Domingos Abreu e Luiz Carlos Angelotti. “Não procede a informação de que o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, tenha participado.” Sobre a nomeação da advogada Maria Lopes para a vice-presidência do Carf, o banco diz que ela faz parte do conselho do órgão há 15 anos.

Por meio de nota, a Gerdau informou não ter sido procurada até o momento e que todos os processos referentes à empresa ainda estão em trâmite no Carf. “Com relação a estes processos, nenhuma importância foi paga, a qualquer título, a qualquer pessoa física ou jurídica por conta de sua atuação em nome da Gerdau.” A RBS, por meio de nota, afirmou ter “a convicção de que, no curso das investigações, ficará demonstrada a correção dos procedimentos da empresa. Tão logo seja contatada pelas autoridades competentes, o que ainda não ocorreu, a empresa terá a oportunidade de colaborar para a plena elucidação dos fatos”.

O Santander informou que “a defesa da empresa é sempre apresentada de forma ética e em respeito à legislação aplicável e que o banco está à disposição dos órgãos competentes para colaborar com qualquer esclarecimento que seja necessário”. A Electrolux afirmou que até o presente momento não foi notificada por qualquer autoridade e defendeu que “seus negócios são guiados por um código de ética e compliance independente”. O HSBC também disse não ter sido comunicado pelos órgãos responsáveis pela investigação e negou qualquer pagamento com “vistas a influenciar a atuação de agentes públicos”.

Enquanto os documentos amealhados nas buscas e as transações financeiras das outras empresas ligadas aos integrantes do esquema são analisados, nos bastidores da Zelotes o clima é de apreensão. Com o retrospecto negativo na relação com o juiz Ricardo Leite, os investigadores duvidam que novas diligências e quebras de sigilo sejam autorizadas. Cientes do poder financeiro e político dos envolvidos, a frase mais repetida entre as autoridades é: “Precisamos de um Sergio Moro em Brasília”.

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Elmar Bones

Autor: Elmar Bones

Nasceu em Cacequi (RS) em 1944. Começou na Folha da Tarde, de Porto Alegre, em 1967. Trabalhou em Veja, IstoÉ, Gazeta Mercantil, O Estado de São Paulo, Folha da Manhã. Foi um dos fundadores do Coojornal, do qual foi editor.

Website: http://jornalja.com.br/author/elmar/

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Clima de apreensão nos bastidores da Operação Zelotes | Jornal Já | Porto Alegre | Rio Grande do Sul

21/04/2015

Mistura explosiva: mau caratismo e hipocrisia

sonegacedNo programa desta terça-feira, do Ricardo Vidarti, na Rádio Grenal, empresários e também conselheiros de Inter e Grêmio entenderam por bem fazer, em primeiro lugar, apologia das privatizações. Entendem que as privatizações eliminam “petrolões”. Se a Petrobrás tivesse sido privatizada não teria havido necessidade de uma Operação Lava Jato.

Ué, mas a Gerdau e a RBS não foram privatizadas mas estão na Operação Zelotes?!

É óbvio. Por este tipo raciocínio, se a pessoa morre jovem, de acidente, não vai morrer mais tarde de câncer. Com raciocínio tão tosco só a sonegação explica o sucesso deles. Eu também, se não tivesse 1/3 (um terço) do meu salário retido em IR e Previdência, também teria muito mais sucesso. Eu não sonego. Não lavo dinheiro no HSBC, não tenho conta no HSDB, não abro filial em paraíso fiscal nem tento corromper para me livrar do que tenho de pagar. A Operação Zelotes mostra o modus operandi da GERDAU, este grande exemplo de iniciativa na privada. Um método sui generis de fazer sucesso cantado em prosa e verso na RBS. Que coincidência, né!?

A indignação seletiva se torna ainda mais hipócrita quando se descobre que a corrupção investigada pela Lava Jato não foi dentro da Petrobrás, mas dentro das empresas privadas. As tais de empreiteiras. Todas as empreiteiras com dirigentes presos são privadas. Não há empreiteira estatal. Não é o Governo Federal que tem contas em paraísos fiscais. Não é governo Federal que abriu filial nas Ilhas Cayman. Não é o Governo Federal que bota detergente, formol e soda cáustica no leite. Por que eles não se indignam com seus colegas empresários que envenenam o leite que nossas crianças bebem? Simples. Estão apenas esperando a oportunidade de fazerem algo logo ali adiante. Para isso é importante que haja um Governo Federal fraco, um engavetador geral, uma Polícia Federal que faça operações para arrancar maconha no triângulo da seca ao invés de investigar empresário corrupto.

A Operação Rodin antes e agora a Operação Zelotes? A corrupção descoberta da participação da RBS & Gerdau, para ficar com exemplos gaúchos por acaso sugerem que é culpa do Governo Federal ou que decorrem da necessidade de privatização? Quem eles pensam que enganam? Será que eles pensam que todo mundo é idiota, uma manada de bovinos a sermos tropeados para a privada?

Pelo que pude ouvir, todos têm curso superior. Portanto, não se pode dizer que sejam ignorantes. Duvida-se, sim, do caráter.  Os ladrões pegos na Lista Falciani do HSBC, com bilhões lavados no exterior, não envolviam o Governo Federal. Eram todos empresários bem sucedidos. Alguns, como Márcio Fortes, ferrenhos defensores da privatização da Petrobrás.

Usam um raciocínio típico do estuprador que culpa a vítima. Ela estava de short…

Ora, nem mesmo havia terminado o programa e já estavam pedindo empréstimo subsidiado e condenando os investimentos do governo no exterior. É claro que eles sabem que o Porto de Muriel em Cuba foi feito por empresas privadas, que eles tanto defendem, com empréstimos do BNDES, que também passaram a pedir. A menos que os empresários que construíram o porto cubano se comportem como os debatedores da Rádio Grenal, o empréstimo será pago na forma avençada em contrato.

Estes debatedores representam o típico empresário que adora falar mal do ente público federal para esconder a própria incompetência e assim justificar o mau caratismo.

Hipocrisia!

Há um ditado que diz que a ocasião faz o ladrão. Meia verdade. A ocasião proporciona o furto. O ladrão aprende em casa. Quem busca justificar a própria sonegação botando a culpa no Governo Federal deveria se olhar no espelho.

É importante notar que estes tais empresários só veem corrupção no Governo Federal. Não há corrupção no governo do Estado de São Paulo. O fato de o Governo Alckmin pagar R$ 70 mil reais mensais para um jornalista falar mal do PT e da Dilma não só não é corrupção como também deve ser recomendável. O nível educional deste tipo de empresário é tão grande que devem se espelhar na Multilaser, AMBEV e Banco Itaú que promoveram o aluguel de pessoas para xingarem Dilma na abertura da Copa do Mundo. No Paraná há Operação Voldemort mas ninguém ousa discutir em público. O que está por traz da indignação seletiva senão a hiPÓcrisia de certo tipo de político empresarial. Não vêem problema em que um helipóptero suma do noticiário ou que aeroportos sejam construídos em terras do Tio Quedo.

É do tipo de empresário que não é contra a corrupção. São contra a concorrência na corrupção. Por que aquelas que os beneficiam são bem-vindas!

São os mesmos empresários que estão nos conselhos ou mesmo como administradores dos dois clubes. Portanto, são eles os responsáveis pelas respectivas grandes dívidas fiscais de Inter e Grêmio. E assim se revela o grande segredo de um grande empresário. Sonegação!

Vociferam contra a carga tributária como o zagueiro que, dando condições, levanta a mão pedindo o impedimento do atacante que fez o gol.

Por que, para tocar o negócio próprio quer empréstimo de banco público? Subsidiado? Eles não se dizem favoráveis à privatização? Então por que tem de ser empréstimo do BNDES? Por que não vão pedir ao Santander, ao Bradesco? Por que o HSBC só serve para lavar dinheiro sonegado mas não serve para tomar empréstimo? Por que os empréstimos tem de ser com o BB e a CEF? Peçam ao Itaú!

Não querem pagar impostos mas querem que o governo tenha dinheiro para emprestar em jurinhos camaradas… Ah, como são engraçadinhos esses Carlinhos Cachoeiras

05/04/2015

O staff de FHC também rima com HSBC

Esse pessoal pego nas Operações Lava Jato, Zelotes, CARF da Receita Federal e HSBC lembra aquela turma do CANSEI. Gente que tem nojo do Brasil. Onde vive esta gentalha que elege para Presidente quem não tem culhão para impedir que gente de BENZ seja molestada pelos crimes que comete. Bons tempos aqueles da ditadura, quando quem denunciava aparecia morto. Quando aparecia, já que a Folha de São Paulo sempre tinha suas peruas à disposição para desovar os presuntos em valas clandestinas. Hoje, não. Tudo aparece no jornal, e o que os jornais escondem, a internet mostra. Tempos difíceis estes, não?! Até para dar golpe hoje em dia está mais difícil. Afinal, apesar de todo patrocínio dos ao Instituto Millenium, a Marcha dos Zumbis foi um fracasso de público. Só teve derrotados nas eleições.

O teria acontecido se ao invés de pegar todo este pessoal ligado a FHC, seus genros e que tais, tivesse sido familiares do Lula ou da Dilma?! As constantes acusações ao Lulinha, filho do Lula, agora não precisamos mais do Freud para explicar. Eles acusavam exatamente do que estavam fazendo. A raiz do ódio é que eles pensavam que o Lula e sua família era igual a de FHC.

Por aí se explica também a razão de tanto ódio à Dilma. Afinal, como que ela não pôs na PGR um Geraldo Brindeiro, não há como trancar processos. Restou Gilmar Mendes e sua PEC da Bengala. Mas até quando? Bons tempos aqueles do Engavetador Geral quando as operações vitimavam apenas pés de maconha. O resto tinha o mesmo destino do helipóptero: virava pó. Agora, não. Nada de botar a sujeira para debaixo do tapete.

Assim se descobre porque a AMBEV, a Multilaser e o Banco Itaú patrocinaram os reis dos camarotes vips do Itaquerão para ofenderem a Dilma na abertura da Copa do Mundo.

O Instituto Millenium viu seu Mecenas, Gerdau, aparecer na Operação Zelotes. Uns no HSBC, outros na Zelotes. Sem contar a fina flor das empreiteiras se lambuzando na Petrobrás. Estes são os tais que querem nos ensinar ética nas relações de trabalho.

Quando algum funcionário da RBS, Rede Globo ou Gerdau vier com o dedo em riste nos dar lição de moral já sei onde vou manda-lo enfiar o dedo.

Coincidência mesmo é que todos os amigos botaram a mão na cumbuca. A começar por Demóstenes Torres. Não se ouve mais falar no Álvaro Dias, no Fernando Francischini, no Aécio Neves. Tomaram chá de sumiço. Até o Antônio Imbassahy apareceu com o TCU sujo.

Steinbruch, Esteves e Faria estão na mira da Receita

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Levantamento de planilhas vazadas no Swissleaks identificou barões do mercado financeiro brasileiro e nomes importantes do empresariado nacional, como Benjamin Steinbruch e família, da Companhia Siderúrgica Nacional, cujas contas tinham saldo de US$ 543,8 milhões; André Esteves e outros ex-gestores do banco BTG Pactual aparecem nas planilhas com US$ 140 milhões em contas; na mesma situação está o banqueiro Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa, e membros do Grupo Edson Queiroz, da TV Verdes Mares; juntos, eles chegaram a um saldo de US$ 2 bilhões e serão os alvos prioritários da Receita Federal; característica comum a todas as contas com depósitos superiores a US$ 50 milhões era o uso de offshores para movimentar o dinheiro; não é crime ter conta no exterior, desde que seja declarada à Receita Federal; até agora, entre os cerca de 200 nomes já analisados e divulgados, só sete mostraram documentos comprovando a legalidade das contas

5 de Abril de 2015 às 12:03

247 – A lista de brasileiros com contas numeradas no HSBC, que ficou conhecido como Swissleaks, identificou barões do mercado financeiro brasileiro e nomes importantes do empresariado nacional. Entre os clientes divulgados pelo ex-funcionário do HSBC Hervé Falciani estão integrantes da família de Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional, do bilionário André Esteves, do banco BTG Pacutal, e Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa.

A característica comum dos que operavam contas no HSBC é o uso de empresas offshore. Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer pagar menos impostos, e, desde que o envio e retorno dos valores ao país de origem seja declarado, não caracterizam ilegalidade. As offshores, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar dinheiro sem origem comprovada.

Não é crime ter conta no exterior, desde que seja declarada à Receita Federal. Até agora, entre os cerca de 200 nomes já analisados e divulgados, só sete mostraram documentos comprovando a legalidade de suas contas. O grupo de correntistas com maiores saldos será um dos principais alvos da investigação da Receita, cujo objetivo prioritário é descobrir se houve sonegação de impostos e, em caso positivo, recuperar esses valores.

Levantamento feito pelo Globo, em parceria com o UOL, revela que havia 14 depósitos acima dos US$ 50 milhões nas planilhas vazadas. Juntos, eles chegaram a um saldo de US$ 2 bilhões, mais de um quarto dos US$ 7 bilhões que brasileiros possuíam na filial suíça do banco. Para movimentar esses recursos — que devem ser um dos principais alvos de investigação da Receita Federal —, foram usadas 68 offshores.

No topo do ranking dos milionários, aparecem integrantes da família Steinbruch. Sete deles(Eliezer, Dorothea, Mendel, Clarice, Ricardo, Benjamim e Elizabeth) chegaram a ter, ao todo, um saldo de US$ 543,8 milhões ao longo de 2006/2007, a maior parte em contas compartilhadas. Do empresário Jacks Rabinovitch, que foi sócio dos Steinbruch no Grupo Vicunha e na CSN, apurou-se um saldo de US$ 228 milhões em contas conjuntas com a família.

Ao todo, os Steinbruch tinham 15 empresas relacionadas às suas contas nas planilhas. Das dez que possuíam alguma referência de localização, cinco tinham o endereço principal em Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.

Entre os que tinham saldo de mais de US$ 50 milhões no banco suíço, ainda aparece a família Waiswol, de indústria têxtil paranaense, e Habib Esses, da Adar Tecidos. O empresário e delegado aposentado de São Paulo Miguel Gonçalves Pacheco e Oliveira aparece com US$ 194 milhões.

Ainda há nessa lista do HSBC nomes do mercado financeiro, como Gilberto da Silva Sayão, André Santos Esteves e Eduardo Plass, ex-gestores do Banco Pactual, que dividiram contas. Renato Frischmann Bromfman, também ex-diretor do Pactual, aparece nas planilhas com US$ 140 milhões. André Roberto Jakurski, da gestora de recursos JGP, também aparece na lista das maiores fortunas.

Neste grupo de correntistas, também estavam o médico Antônio Rahme Amaro e o advogado Roberto Saul Michaan. Ainda havia os empresários de mídia Aloysio de Andrade Faria, do Grupo Alfa, e quatro membros do Grupo Edson Queiroz, da TV Verdes Mares.

Leia aqui reportagem do Globo sobre o assunto.

Steinbruch, Esteves e Faria estão na mira da Receita | Brasil 24/7

Suiçalão: comprador da Vale tinha quase R$ 2 bilhões em conta secreta

5 de abril de 2015 | 15:27 Autor: Miguel do Rosário

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Em 2012, a ong Tax Justice Network divulgou estudo em que estimava a fortuna de brasileiros no exterior em mais de R$ 1 trilhão.

Parte desse dinheiro deve estar nas contas secretas no HSBC suíço.

A lista ficou presa por vários meses com o jornalista Fernando Rodrigues, da UOL, que a vendeu para a Globo, que está fazendo um trabalho cuidadoso para divulgar os números, sem melindrar os paneleiros milionários que tem conta por lá.

Hoje o Globo divulgou mais 38 nomes.

Somente a família Steinbruch tinha meio bilhão de dólares. Isso corresponde, no dolar de hoje, a R$ 1,7 bilhão.

Benjamin Steinbruch foi um dos que mais lucrou com as privatizações desvairadas do governo Fernando Henrique Cardoso. Primeiro comprou a CSN, nossa principal siderúrgica, feita no tempo de Getúlo. Depois comprou a Vale, usando títulos podres e pagando um preço 30 vezes menor ao que a empresa valeria alguns anos depois.

*

A lista dos 38 brasileiros com mais de 50 milhões de dólares no HSBC

Do Uol:

Milionários brasileiros utilizaram 97 contas no banco HSBC da Suíça, segundo registros de 2006 e 2007, e fizeram uso de 68 empresas conhecidas como “offshores” para movimentar os seus recursos.

Essas companhias ficam em paraísos fiscais, como Panamá e Ilhas Virgens Britânicas, no Caribe. São usadas principalmente por quem quer pagar menos impostos. Se o envio e depósito dos valores em offshores e a volta dos recursos ao país de origem forem declarados, não há ilegalidade. Essas empresas, porém, podem servir a propósitos ilícitos, como ajudar a camuflar dinheiro sem origem comprovada.

Levantamento feito pelo UOL e pelo jornal o “Globo” entre os brasileiros ligados a contas no HSBC da Suíça encontrou 38 pessoas divididas em 14 grupos (de integrantes da mesma família ou sócios), que compartilhavam as mesmas operações financeiras, vinculados a contas com saldo acima de US$ 50 milhões.

Somadas, essas contas registravam um depósito máximo de cerca de US$ 2 bilhões em 2006 e 2007, período ao qual os dados se referem. Esse valor representa mais de um quarto dos US$ 7 bilhões vinculados a pessoas relacionadas ao Brasil na filial do HSBC em Genebra. Foram usadas 68 offshores para movimentar esses recursos.

A discrição é uma das principais características desse tipo de empresa. É praticamente impossível localizar qualquer rastro consistente de informação. Nas planilhas do HSBC, as offshores se caracterizam por nomes curiosos como Spring Moonlight, Blue Green Pine, Demopolis e Coast to Coast. Como os arquivos completos do banco vazaram, é possível saber, de maneira inédita na história financeira mundial, quem exatamente era dono de qual empresa.

As offshores servem para que empresários protejam seu patrimônio pessoal de turbulências financeiras em seus países e dão aos investidores o benefício de pagar impostos mais baixos quando obtêm lucros. Essa vantagem se dilui quando os recursos são devidamente declarados ao Fisco do país de origem, que cobra sobre os ganhos, não importando onde foram obtidos.

Os brasileiros que apareciam com saldos acima de US$ 50 milhões em contas ligadas a offshores localizados pelo UOL e o “Globo” não quiseram comentar a relação com essas empresas, nem dar detalhes sobre sua utilidade.

Eis a lista dos 14 grupos de pessoas vinculados a contas com saldo acima de US$ 50 milhões nos arquivos do SwissLeaks:

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Suiçalão: comprador da Vale tinha quase R$ 2 bilhões em conta secreta | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

 

HSBC e Zelotes atingem coração da direita no País

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Juntos, os escândalos das contas secretas no HSBC (o chamado Swissleaks) e das propinas pagas para aliviar multas tributárias (a Operação Zelotes) fazem um strike em personalidades que alimentam o pensamento conservador no Brasil; na Zelotes, o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, mantenedor do Instituto Millenium, aparece como pagante da maior propina (R$ 50 milhões); na mesma operação, está também a RBS, de Eduardo Sirotsky e Armínio Fraga (R$ 15 milhões), que é afiliada da Globo; no Swissleaks, um dos nomes é o de José Roberto Guzzo, diretor da Abril, que é também mantenedora do Millenium; a direita, no Brasil, não gosta de pagar impostos?

3 de Abril de 2015 às 18:22

247 – Dois escândalos recentes, batizados como Swissleaks e Zelotes, evidenciam uma realidade brasileira: ricos não gostam de pagar impostos, nem de declarar todo seu patrimônio.

O caso Swissleaks, alvo de uma CPI no Senado, envolve 8.667 brasileiros que mantêm ou mantiveram contas secretas na Suíça, no HSBC de Genebra.

A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões.

Os dois casos tratam de um mesmo fenômeno: sonegação fiscal. O que une as duas pontas é a presença de nomes ilustres da direita brasileira, que tentam impor uma agenda conservadora à toda sociedade.

Nesta sexta-feira, uma reportagem do jornal Estado de S. Paulo revelou que o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina da Operação Zelotes: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões. Um "bom negócio", com o pagamento de um real para cada 80 devidos (saiba mais aqui).

Gerdau é o principal mantenedor do Instituto Millenium, um instituto criado por empresários brasileiros para consolidar um pensamento único no País, alinhado à direita e ao neoconservadorismo.

Na página do Millenium, aparece como "grupo líder" (confira aqui), ao lado da Editora Abril, que publica Veja e cujo conselheiro editorial José Roberto Guzzo, um de seus principais articulistas, publicou artigo sobre como é insuportável viver no Brasil de hoje (leia aqui) – Guzzo, para quem não se lembra, foi um dos jornalistas citados no Swissleaks.

Voltando ao Millenium, abaixo do "grupo líder" aparece o "grupo apoio", onde desponta a RBS, afiliada da Globo na Região Sul, comandada por Eduardo Sirotsky. O envolmento da RBS, assim como o de Gerdau, é com a Operação Zelotes, onde a empresa teria pago uma propina de R$ 15 milhões para abater uma dívida de R$ 150 milhões. Um negócio bom para quem gosta de levar vantagem, mas não tão bom quanto o de Gerdau. No caso da RBS, a relação seria de um real pago para cada dez devidos.

Nesta sexta-feira, como lembrou Fernando Brito, editor do Tijolaço, a RBS é sócia de ninguém menos que o economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo Fernando Henrique Cardoso e ex-futuro ministro da Fazenda de Aécio Neves (leia mais aqui).

Em sua página, o Instituto Millenium informa trabalhar pela promoção da democracia, da liberdade, do Estado de Direito e da economia de mercado. Mas, e os impostos?

HSBC e Zelotes atingem coração da direita no País | Brasil 24/7

 

Maior fortuna do HSBC tem elo com privatização de FH

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Família Steinbruch, capitaneada pelo empresário Benjamin, aparece com a maior fortuna brasileira no HSBC e, provavelmente, uma das maiores do mundo: nada menos que US$ 543 milhões; dono do grupo Vicunha, que enfrentava dificuldades no setor têxtil, Benjamin deslanchou depois de contratar como assessor, ainda em 1995, o filho do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Paulo Henrique, como assessor especial; na era das privatizações, Benjamin comprou a Companhia Siderúrgica Nacional, a Light e até a Vale, sempre com apoio do BNDES ou dos fundos de pensão estatais; em nota, a família Steinbruch afirmou que não irá comentar "vazamentos ilegais"

5 de Abril de 2015 às 20:01

247 – De todos os sobrenomes de brasileiros envolvidos no chamado ‘Swissleaks’, nenhum chama tanta atenção quanto Steinbruch.

Ao todo, a chamada ‘Família Steinbruch’ possuía nada menos que US$ 543 milhões depositados na filial de Genebra, na Suíça, do HSBC.

Capitaneada por Benjamin, o mais notório integrante do clã, a família prosperou como um foguete na era das privatizações, durante os oito anos do governo FHC.

Antes dos anos 90, os Steinbruch possuíam apenas um grupo têxtil, o Vicunha, que enfrentava as dificuldades decorrentes do processo de abertura econômica.

Com a chegada de FHC ao poder, no entanto, Benjamin enxergou a grande oportunidade para uma guinada completa nos negócios da família. Com as privatizações, o grupo Vicunha conseguiu arrematar três ícones da era estatal: a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), a Light e até a Vale.

Coincidência ou não, Benjamin contratou em 1995, primeiro ano do governo FHC, ninguém menos do que Paulo Henrique Cardoso, filho do ex-presidente, como assessor especial.

Em 11 de maio de 1997, Steinbruch já era retratado pela Folha de S. Paulo, em reportagem de Igor Gielow, como o primeiro "megaempresário" gerado na era tucana.

"A identificação com o poder tucano não é apenas retórica. Steinbruch é amigo há vários anos de Paulo Henrique Cardoso, o filho mais velho do presidente da República. Até fevereiro, empregava o "primeiro-filho" na Diretoria de Comunicação e Marketing da CSN. Agora, Paulo Henrique está na Light", escreveu Gielow.

Em sua reportagem, Gielow também escreveu que Benjamin cultivava outros dois nomes fortes do tucanato. "Avesso a badalações, frequenta estréias de teatro e leilões chiques de cavalos acompanhado de expoentes do tucanato paulista. Entre eles, David Zylberstajn (secretário estadual de Energia e "primeiro-genro", casado com Beatriz Cardoso). E Andrea Matarazzo (presidente da Cesp), amigo há mais de 20 anos e frequente conselheiro." (leia aqui).

Em 2000, uma reportagem de Veja, assinada por Policarpo Júnior e Consuelo Dieguez, apontou que o aconselhamento de Paulo Henrique Cardoso foi crucial para que o BNDES se associasse a Steinbruch na compra da Light. "Foi forte também a ligação entre Paulo Henrique e Benjamin Steinbruch, há alguns anos. O filho de FHC estava ao lado do empresário na época da privatização da Light, leiloada em maio de 1996. Steinbruch, um dos controladores da CSN, queria que o BNDES participasse do consórcio formado pela Electricité de France e dois grupos americanos, além da própria CSN. Pessoas que então conviviam com o empresário dizem que o filho do presidente contribuiu para que o banco realmente entrasse no grupo. Como se sabe, esse foi o consórcio vencedor. Nessa tempo, Paulo Henrique trabalhava na CSN como coordenador de comunicação. Com a Light privatizada, foi convidado a ir para lá", dizia o texto (leia aqui).

Outro escândalo conectando Steinbruch às privatizações diz respeito à privatização da Vale. O empresário foi apoiado pelos fundos de pensão estatais, mas em contrapartida teria recebido um pedido de propina do ex-tesoureiro do PSDB, Ricardo Sérgio de Oliveira. Em 2002, o instituto Datafolha realizou uma pesquisa que apontou que, para 49% dos brasileiros, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tinha conhecimento do pedido de propina (leia mais aqui).

Com um vínculo tão forte com as privatizações, e uma conta tão parruda no HSBC de Genebra, Steinbruch será um dos principais alvos não apenas da Receita Federal, como também da CPI instalada no Senado para investigar o Swissleaks.

Em nota, a família Steinbruch afirmou que não comentaria "vazamentos ilícitos".

Maior fortuna do HSBC tem elo com privatização de FH | Brasil 24/7

31/03/2015

Menos corrupção, mais educação

rbs rapinaE se de repente, a Multilaser, o Banco Itaú, o Instituto Millenium, a AMBEV resolvessem, ao invés de financiar grupos para ofender a Presidente Dilma na abertura da Copa do Mundo, no Itaquerão, (reis dos camarotes vips) tivessem usado o dinheiro para melhorar a educação de suas socialites de aluguel?!

E se a RBS investisse no nível de educacional dos seus funcionários de rádio, tv e jornal os R$ 150 milhões de que é acusada no Operação Zelotes?!

E se Luciano Huck, para vender mais camisas, ao invés de incentivar a pedofilia, o racismo e toda sorte de preconceitos começasse a investir o dinheiro gasto neste tipo de publicidade em mais em educação?!

E se Ronaldo Nazário, ao invés de maltratar travestis, de fazer festas como aquelas denunciadas pela TMZ, começasse a investir o dinheiro gasto com eles, em orgias, em mais educação de seus correligionários políticos?!

E se o Aécio Neves, ao invés de mandar construir aeroportos em terras do Tio Quedo tivesse usado o dinheiro para pagar melhorar os salários dos professores de Minas Gerais?!

E se a Rede Globo, ao invés de sonegar 650 milhões relativos às transmissões da Copa de 2002, destinasse estes recursos para promover a educação? E se ao invés de desviar os recursos do Criança Esperança, como revelou o WikiLeaks, destinasse, de verdade todos os recursos na educação das crianças?!

E se as empreiteiras que formaram o Cartel revelado na Operação Lava Jato tivessem investido em educação aqueles milhões usados para corromper?!

E se os corruptores tivessem usados em educação os bilhões usados para corromperem servidores públicos?!

E se o MBL, ao invés de tentar derrubar um governo eleito democraticamente, fizesse um rolézinho e usasse o dinheiro da CIA para incentivar a educação na periferia?!

E se, ao invés de esconderem do noticiário o helipóptero com 450 kg  de cocaína, a Globo não só mostrasse quem está por trás, e incentivasse para que o dinheiro fosse usado para dar uma bolsa família sob condição de que os jovens deixassem de entregar papelotes aos seus artistas?!

E se aqueles que esconderam o dinheiro na Suíça destinassem a parte referente só aos impostos para dar mais educação ao Luis Carlos Prates e ao Luis Carlos Heinze?!

E se o PP gaúcho destinasse o dinheiro desviado da Petrobrás para as prefeituras do interior do RS porem as peruas que transportam os alunos para às escolas?!

E se o dinheiro que o tesoureiro do  PSDB, Márcio Fortes, escondeu no HSBC da Suíça tivesse sido investido em educação?!

26/03/2015

HSBC rima com FHC

Primeiro foi descoberto o nome do Senhor X, Narciso Mendes,  agora aparece também o Banco por onde transitou  o dinheiro da compra…

fhc-valoriza-deputadosComo no samba do Gonzaguinha, “Não dá mais pra segurar”. Explode o coração do HSBC. E nele encontram a rima rica e outras aves de rapina.

É verdade que este costume de povo aculturado, colonizado, de investir em países do hemisfério norte é um ímã para “novo rico”. Que o diga o capitão-de-mato da Rede Globo, Joaquim Barbosa e sua Assas JB Corp. Contra qualquer princípio de ética, JB comprou um apartamento em Miami por U$ 10 (dez) dólares, dando o endereço funcional em Brasília. No que ele difere destes coxinhas pegos no HSBC?!

Tucano, nas mãos de alguns membros do Poder Judiciário, não é ave, é enguia. Liso. Cresce entre os dedos, se esvai e foge. Difícil encontra-los no autos. Veja se não é verdade.

Na Operação Rodin, a égua madrinha era tucana. Está solta. Na CPI da Petrobrás tinha dois tucanos. A Lava Jato pegou só o morto. O vivo, sobrevive sob ajuda de aparelhos. No Paraná.

O catão das araucárias está sumido. Sumido da internet, do Congresso, do Paraná, dos jornais. Deve ter atravessado a Ponte da Amizade, afinal, como já dizia o Língua de Trapo, para o Paraguai tudo pode, pó de cocaína, pó de guaraná…

Márcio Fortes é FHC no HSBC

Marcio Fortes Revista ExameA sugestão do dia, no google, é pesquisar “FHC, Serra e Márcio Fortes”. Lá m 2002, Serra se viabilizou candidato do PSDB graças aos seus Fortes. Se o seu forte era Márcio, seu fraco era a arapongagem. Teria sido a arapongagem contratada, vejam só, pelo Márcio Fortes, que montou o flagra na Lunus. Foi isso que detonou sua principal concorrente no campo da direita, Roseana Sarney, naquilo que ficou conhecido como o Caso Lunus. Assim como na força tarefa da Lava Jato há os delegados aecistas, no Caso Lunus tinha os delegados serristas sob coordenação de Marcelo Itagiba… 

O mesmo grupo viria a montar o caso que ficou conhecido como os aloprados do PT. Os aloprados caíram na armadilha, mas a Máfia dos Sanguessugas existiram. Claro, só não existiriam onde, segundo o deputado do PSDB gaúcho, Jorge Pozzobom, o PSDB não sofre punição…

Márcio Fortes, com o BNDES numa mão e o FHC na noutra, tinha tanta grana que comprou, só para si, uma capa da revista exame.

A Lista Falciani tem alhos  e bugalho, mas bugalhos. A maioria fez parte da marcha dos zumbis, como o próprio Agripino Maia, égua madrinha do catão dos pampas, Onyx Lorenzoni

Hoje, O Globo, tentando se antecipar à CPI, solta um pitadinha da biografia do tesoureiro desta gente emplumada sempre acobertada, que aparece de corpo inteiro no Swissleaks: “Fortes é empresário da construção civil e um tradicional doador de campanha. Em 2000, foi a pessoa física que mais doou ao PSDB — o equivalente a 21% do total arrecadado. Fortes já foi presidente do BNDES (1987-1989) e secretário municipal de Obras do Rio (1993-1994).” O Globo aplica a lei Rubens Ricúpero para esconder o nome por trás da prática, FHC. Era ele o presidente no período em que Márcio Fortes lubricava as engrenagens do PSDB, inclusive aquela que comprou a reeleição.

A compra da reeleição por FHC não deu tempo suficiente para nomear um Gilmar Mendes na Suíça. Em compensação, sempre há um Rodrigo De Grandis para engavetar as informações que a justiça da Suíça liberou ao MP, este Mistério Púbico que só chuta, na esquerda, com a direita. Robson Marinho é uma prova viva das falcatruas do PSDB, mas os arapongas dos pinhais só encontram peessedebista morto. Deve ser pelo cheiro. Urubu só encontra carniça pelo cheiro.

Essa massa cheirosa é muito engraçada. Hoje FHC sabe de tudo. Mas como confiar num cara que é traído até pela amante. FHC assumiu como seu um filho com a funcionária da Rede Globo, Miriam Dutra, que selou a sua captura pela Globo. Os filhos da D. Ruth, desconfiando daquele que, segundo a mãe, seria o pai, pediram exame de DNA. Bingo! Esse é o cara que, hoje, sabe de tudo e, por isso é onipresente no coronelismo eletrônico. Esta diuturnamente nas páginas dos grupos mafiomidiáticos tentando surfar na marcha golpista dos zumbis.

23/03/2015

Saiba porque os anencefálicos odeiam Dilma

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,HSBC,Lista de Furnas,Lista Falciani,Lista Youssef — Gilmar Crestani @ 9:43 am
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Aecio e psdbPor despeito, por não terem alguém como Dilma, de quem não se pode dizer nada de desabonador e, pior, por terem de defender um helipóptero com 450 kg de cocaína, convenientemente aspirado pelo noticiário, por terem de defender um candidato que, com 17 anos ocupava cargo em Brasílía enquanto estudava no Rio, votarem no candidato considerado o pior senador no ranking da Veja.

Em todas as falcatruas, está a no meio da lista o nome Aécio Neves. Da Lista de Furnas, na Lista do Alberto Youssef, na Lista Falciani. A sorte deste construtor de aeroportos clandestinos, com dinheiro público, nas terras do tio Quedo, é ter de seu lado uma manada de anencefálicos e todos os a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Tirem os grupos mafiomidiáticos, que diuturnamente aplicam a lei Rubens Ricúpero em relação ao Aécio, e ele não conseguiria chegar à janela de qualquer penitenciária.

Tirem o patrocínio da CIA a grupelhos como o MBL, ou os patrocínios da AMBEV, Multilaser ou Banco Itaú e Aécio será um nada da e à direita.

Pelo que sê do coronelismo eletrônico, Aécio Neves detém licença para roubar!

Vexame do UOL: esconde propinas a tucanos envolvendo doleiro pego no Suiçalão.

http://bit.ly/1FfjcQL

Fernando Rodrigues do UOL, que sentou em cima da lista do Suiçalão, deu mais um vexame jornalístico para blindar tucanos.

Soltando nomes de suiçaleiros a conta gotas, Rodrigues soltou o nome de alguns doleiros que tiveram contas no HSBC Suíço.

Um deles é Raul Henrique Srour, através da empresa offshore "Cristal Financial Services Ltd" criada no paraíso fiscal das Ilhas Virgens Britânicas.

Rodrigues só disse que este doleiro foi citado na Operação Lava Jato como parte do grupo de Youssef e fraudou identidade para fazer operações de câmbio.

O que Rodrigues não disse está escancarado em toda a internet e documentado:
Está provado em uma investigação internacional feita em Luxemburgo e na Suíça, que a offshore "Cristal Financial Services Ltd" do doleiro recebeu dinheiro de uma conta clandestina da Siemens, aberta por diretores da filial brasileira, ao que tudo indica, usada para pagar propinas nos contratos de trens no governo tucano de São Paulo.

Por: Zé Augusto

sexta-feira, 20 de março de 2015

Filha do Serra patrocina fundação de ex-diretor que deu suporte ao golpismo neoliberal

O "VemPraRua" é um projeto criado por empresários (o fundador é Rogério Chequer) para derrubar o governo Dilma e implantar um governo neoliberal, anti-trabalhista, nos moldes do governo demotucano de FHC, apesar de mais esconderem do que revelarem estas verdadeiras intenções em sua pregação politica.
O registro do site "vemprarua.org.br" foi comprado pela Fundação Estudar, criada pelo homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann, dono da cervejaria Ambev, que a mantém ao lado do banco BTG Pactual.
Depois que essa conexão veio a público, Lemann se declarou apartidário, a Fundação emitiu nota dizendo que o uso da entidade para registro do site foi um erro individual do ex-diretor-executivo Fábio Tran, que já não faz mais parte do quadro da instituição. Por fim cancelou o registro do site em em nome da Fundação.
O "VemPraRua" também se diz “suprapartidário”. Na maior cara de pau, pois fez campanha para Aécio Neves (PSDB-MG) e outros tucanos nas eleições passadas. José Serra (PSDB-SP) anda lado a lado com Rogério Chequer e discursa no caminhão do som deles.
Quem tem um histórico de forte ligação com a Fundação Estudar é Verônica Serra, filha do senador José Serra (PSDB-SP).
Recém-formada, ela ganhou uma bolsa de estudos desta Fundação para fazer um curso de MBA na Universidade de Harvard (EUA) entre 1995 e 1997. Na época, José Serra era ministro do planejamento de FHC. Mais tarde ele foi Ministro da Sáude e só regulou restrições na propaganda de cigarros, sem tocar na propaganda de cerveja. Sequer campanha educativa contra abuso no consumo houve.
Em 2008, Verônica Serra já era diretora da própria Fundação. Hoje ela aparece como parceira patrocinadora da Fundação. Ela também é sócia de Jorge Paulo Lemann no ramo de sorvetes de luxo, e de Marcel Telles, outro bilionário dono da Ambev, no ramo de TV a cabo.
Em tempo: é por estas e por outras que eu só compro cerveja Itaipava há algum tempo.

Os Amigos do Presidente Lula

Globo golpista vive apagando pistas

suiçalão da GLobo

Aécio e as contas secretas da Suíça

Por Patricia Faermann, no Jornal GGN:
Com um dos maiores e mais importantes bancos de dados secretos em mãos, os jornais O Globo e Fernando Rodrigues não fazem o jornalismo de dados, com o cruzamento completo das informações. Ao analisar os arquivos disponibilizados nas reportagens, é possível constatar que, além do que divulgaram os jornalistas, de o PSDB ter sido o maior beneficiado dos doadores para campanhas eleitorais com contas secretas no HSBC, o senador Aécio Neves foi também o candidato à presidência que mais recebeu. Esta última informação foi omitida dos jornais.
Diretamente para a sua campanha foi destinado R$ 1,2 milhão de doadores que tinham contas secretas na filial do banco em Genebra. Em seguida, a também candidata à presidência, Marina Silva (PSB) angariou R$ 100 mil desses doadores. A presidente da República, Dilma Rousseff, não teve doações diretas dos proprietários dessas contas.
Excluindo o que foi depositado para o Comitê de Aécio Neves, os demais comitês (estaduais e contas de políticos) do PSDB receberam um total de R$ 1,725 milhão. Já o PT recebeu R$ 1,505 milhão, incluindo direção estadual e para os deputados federais Vicente Cândido (SP) e Janete Rocha Pietá (SP). O PMDB contabilizou R$ 568 mil de doadores com contas na Suíça.
Esses dados integram um novo episódio do Swissleaks, em um seleto grupo de 976 doadores, que entregaram no mínimo R$ 50 mil para as campanhas eleitorais do último ano. Destes, 16 nomes aparecem nos arquivos que tinham contas secretas no banco suíço HSBC.
O balanço foi um resultado da integração do jornal O Globo no acesso aos dados disponibilizados ao Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ), no qual Fernando Rodrigues também participa.
Até então, somente personagens pontualmente selecionados, de todas as 5.549 contas secretas de brasileiros, foram vazadas. Com a adesão da equipe de O Globo, informações sobre políticos ligados ao PSDB e à escândalos de corrupção que envolveram diversos partidos foram, aos poucos, sendo divulgadas.
Dessa vez, os jornalistas elencaram os 976 empresários que doaram mais de R$ 50 mil nas campanhas eleitorais de 2014. Encontraram, então, 16 nomes que estão na lista investigada do HSBC da Suíça.
Fábio Roberto Chimenti Auriemo, Filho de Fábio Roberto Chimenti Auriemo e Armínio Fraga teriam apresentado provas, de acordo com o blogueiro do Uol, de que suas contas foram declaradas à Receita Federal. O fato isentaria a ilegalidade das contas.
Cláudio Szajman, Benjamin Steinbruch, Carlos Roberto Massa e Hilda Diruhy Burmaian não apresentaram provas, mas afirmaram que foi declarado ou que as contas eram regularizadas.
Francisco Humberto Bezerra e Miguel Ricarto Gatti Calmon negaram que tivessem uma conta na filial suíça. Alceu Elias Feldmann, Edmundo Rossi Cuppoloni, Cesar Ades e Roberto Balls Sallouti disseram que não iriam responder sobre o assunto. José Antonio de Magalhães Lins, Gabriel Gananian e Jacks Rabinovich não responderam. E Paulo Roberto Cesso confirmou que teve uma conta, mas não disse se foi declarada à Receita.
Frente à essas informações é possível verificar, ainda, que curiosamente os doadores de Aécio Neves provaram ou afirmaram que as contas foram declaradas, segundo as divulgações de O Globo e Fernando Rodrigues.
Por outro lado, ainda que com todos esses números em mãos, a redação de O Globo não publicou tudo. Nem Fernando Rodrigues.
Para identificar que o senador e candidato derrotado Aécio Neves (PSDB-MG) liderou o índice de doações de contas suspeitas, foi preciso transcrever as quantias que cada empresário, donos das contas, repassou a cada político ou comitê. Neste caso, a ordem dos fatores altera o resultado. Uma vez separados por partidos, a visualização dos dados permite outras notícias.
O Jornal GGN também elencou de acordo com as respostas dos empresários:


Postado por Miro às 19:25

Altamiro Borges: Aécio e as contas secretas da Suíça

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