OBScena: uma imagem que prescinde da teoria do domínio do fato. A imagem ajuda entender uma frase perdida no meio do texto da RBS: “O tucano Nelson Marchezan, único gaúcho titular do conselho — Covatti Filho (PP), Onyx Lorenzoni (DEM) e Sergio Moraes (PTB) são suplentes — prega calma”. A frase resume o verdadeiro caráter da matilha.
O hímen complacente da RBS com a corrupção revela-se bem lubrificado nesta ocasião. Por exemplo, como recomenda a Lei Rubens Ricúpero que une os assoCIAdos do Instituto Millenium, a estrela da Operação Zelotes alivia para cima do PMDB. Diferente do que faz em relação ao PT, não criminaliza a instituição que desde sempre tão bem lhe serve no Estado do RS.
O óbvio salta aos olhos, mas a RBS, por meio de seu pastiche Zero Hora, não lembra que todos os que se perfilaram com Aécio Neves no RS estão na Lava Jato. O PP gaúcho, do José Otávio Germano e da Ana Amélia Lemos está todo involucrado. O PMDB do Pedro Simon e do Tiririca da Serra, que vem a ser o mesmo de Antonio Britto e Germano Rigotto, homens caros ao sucesso da famiglia Sirotsky, está lá nas mãos do Pedro Barusco. Mas o PMDB só é lembrado pela ZH para trazer a opinião de um dos homens do Ricardo Teixeira, Darísio Perondi. A Revista Época, outro braço da Rede Globo, fez uma revelação que “não vem ao caso”: “Irmão do ex-vice-presidente Emídio Perondi, Darcísio Perondi (PMDB-RS) ganhou R$ 150 mil”, da CBF.
Agora ficam mais claros os reais motivos da marcha dos zumbis e o apoio ostensivo dos grupos mafiomidiáticos aos toxicômanos golpistas. Nem precisa ser inteligente para perceber as afinidades eletivas entre golpistas e os derrotados nas últimas eleições. É a síndrome de abstinência do Napoleão das Alterosas que os unem. Não por acaso, Eduardo CUnha, Perondi, Silas Malafaia, Marco Feliciano e Aécio Neves estão sempre do mesmo lado, dos que não têm votos. Mas sabem lavar dinheiro em templo. O ataque que fazem a Lula e Dilma é diversionismo, porque ladrão sempre grita “pega ladrão”.
É curioso que a RBS, que sempre fazia questão de botar o nome do ex-governador Tarso Genro nas matérias que buscavam incriminar o PT, não se lembra de fazer o mesmo com relação ao seu ventríloquo no Piratini agora que seu correligionário do PMDB, Eduardo CUnha, está na berlinda.
Outro exemplo caro aos métodos dos associados do Instituto Millenium é a denúncia em relação ao Collor. Como é do conhecimento até das amebas, a famiglia Sirotsky é parceira da famiglia Collor, famiglia ACM, famiglia Sarney como filiais da Rede Globo. Mas eles, que vivem de negociar informação, não sabiam de nada. As reuniões era para tratar do Zorro Total….
Coincidentemente, o clã da Rede Globo foi formado durante a ditadura, um modelo de governo defendido pelos que foram no Parcão pedir a entronização de outro CUnha, Aécio Neves da CUnha. Até parece que ninguém sabe que Neves é uma apropriação indevida do sobrenome do Tio Tancredo, já que Aécio é CUnha do cabelo ao cóccix. Estas são as personagens que a manada amestrada pelos grupos mafiomidiáticos querem para comandar o Brasil. Então viva os anencefálicos!
Rivais e aliados de Cunha veem pouca chance de afastamento da presidência da Câmara
Peemedebista ainda tem domínio da Casa e exerce influência no Conselho de Ética
Por: Guilherme Mazui – 21/08/2015 – 04h03min
Cunha procurou desqualificar o trabalho da Procuradoria-Geral da República
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) não pretende deixar a presidência da Câmara. Seu afastamento tampouco aparece em um horizonte próximo na visão de aliados e de rivais, que apontam a mesma justificativa: o peemedebista ainda tem domínio da Casa.
Responsável por derrotas em série do governo desde a sua eleição em fevereiro, quando bateu Arlindo Chinaglia (PT-SP), Cunha controla a Mesa Diretora e a Corregedoria, e exerce influência no Conselho de Ética, caminhos pelos quais passam pedidos de perda de mandato, que ainda teriam de ser aprovados no plenário, onde o presidente dispõe de maioria.
Conheça o principal teor das suspeitas contra Eduardo Cunha e Collor
Nos bastidores, há dúvidas se a denúncia no Supremo Tribunal Federal (STF), por suspeita de recebimento de US$ 5 milhões em propina, será capaz de minar a força de Cunha, que comanda a bancada do PMDB, tem em sua órbita partidos nanicos e conta com apoio de PSDB, PP, DEM e Solidariedade – além disso, é conhecido por auxiliar no financiamento das campanhas de parlamentares.
O peemedebista e seus aliados sustentam o discurso de que ele é vítima de um acordo que poupou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), também investigado na Operação Lava-Jato, e ministros petistas. Outro caminho é desqualificar o trabalho da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nesta quinta-feira, ao se reunir com 20 deputados, Cunha classificou a denúncia como “fraca” e “ridícula”.
— Por que denunciar apenas o Eduardo? Por que não denunciaram e não investigam os ministros do PT? — indaga Darcísio Perondi (PMDB-RS).
A oposição ao presidente espera reforço das ruas e redes sociais para pressioná-lo. Junto, busca assinaturas para um manifesto que cobra seu afastamento, porém o documento não tem valor legal, é apenas um ato político. PSOL e alas do PT e PSB só pretendem protocolar representação pela perda de mandato de Cunha no Conselho de Ética se o STF acolher a denúncia e torná-lo réu, decisão sem prazo para sair.
— Imagine se o STF não aceitar a denúncia, como nós vamos ficar aqui dentro? — pondera Júlio Delgado (PSB-MG).
A representação no conselho precisa ser feita por um presidente de partido. No colegiado, Cunha apoiou Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), mas foi derrotado com a vitória de José Carlos Araújo (PSD-BA) para liderar o grupo. Contudo, segue influente. O tucano Nelson Marchezan, único gaúcho titular do conselho — Covatti Filho (PP), Onyx Lorenzoni (DEM) e Sergio Moraes (PTB) são suplentes — prega calma:
– É muito cedo para fazer juízo de valor. Evidente que não é saudável para a Casa esta situação.
Outra possibilidade para derrubar o presidente da Câmara é solicitar uma investigação na Corregedoria. No entanto, caberia ao próprio Cunha avaliar o pedido e repassá-lo ao corregedor — e seu aliado —, deputado Carlos Mannato (ES), filiado ao Solidariedade. O corregedor faria um parecer encaminhado à Mesa Diretora, que enviaria ou não o caso ao Conselho de Ética — ao vencer a eleição, Cunha formou a Mesa sem membros do PT.
Caso o conselho opte por apoiar a cassação, a posição precisaria ser aprovada no plenário, com pelo menos 257 votos. Na quarta-feira, com a expectativa da denúncia, Cunha exibiu sua maioria ao aprovar com 320 votos a PEC que reduz a maioridade penal. Cientes do poder do presidente, seus adversários apostam que a pressão popular e o desgaste o forçarão a renunciar.
— Nesse momento fica claro que ele não tem mais condições de representar a instituição — sustenta o deputado Henrique Fontana (PT-RS).
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