Ficha Corrida

19/01/2015

Jogando gasolina no fogo da liberdade de expressão

Dados que explicam o ódio ao Irã

IrãnEstou lendo Antologia da Asneira no Século XX e eis senão quando me deparo, no verbete França, com a seguinte frase atribuía ao cineasta Jean Vautrin: “Se a imbecilidade fosse gasolina, poderíamos passar sem os árabes.” São pelo menos duas afirmações numa única frase. A imbecilidade continua tão grande quanto à variedade de queijos que tornava  a França, segundo De Gaulle, ingovernável. A outra diz respeito ao sentido utilitário que a Europa em geral, e os franceses em particular, têm dos árabes. (A começar por relações, em todos os sentidos, com Muammar Kadafi…)

Tenho lido respeitáveis analistas a respeito do atentado terrorista ao hebdomadário Carlos (Charlie Hebdo). As análises variam segundo se toma o geral ou o particular. No  particular, as mortes ceifadas pelo terror. No geral, o uso coletivo da oportunidade de defender o direito à liberdade de caricaturizar o profeta Maomé. Restringir-se apenas a estes aspectos não explica porque de, repente, os que mais abrem processos, como Ali Kamel, contra quem ousa divergir.

De repente o Primeiro Ministro inglês, David Cameron, não só discorda do Papa em relação ao respeito que se deve dar às religiões, como também se dá ao direito de justificar ataque às religiões. A morte do brasileiro Jean Charles de Menezes deveria ser o suficiente para entender o verdadeiro alcance da declaração de Cameron. Tem-se liberdade para atacar a religião, sem qualquer risco. Mas qual é a liberdade de ser brasileiro de mochila nas constas no metrô diante da paranoia inglesa? Logo os ingleses que, passados 400 anos das ordenações feudais, da Idade Média, continuam escolhendo para representar-lhes o berço, a genética. E isso que dá para duvidar, com um bom exame de DNA, que a linhagem tenha permanecido pura… O caso do filho da amante de FHC, Miriam Dutra, nos é suficiente para maiores conclusões. Que democracia é essa que o simples fato de nascer de determinada família lhe outorga poderes sobre os demais? Ora, dar à casta real o poder de indicar o primeiro-ministro e dissolver o parlamento interessa à uma elite que se perpetra à margem da influência real. Só Shakespeare tinha dúvida(to be or not to be), mas, depois do affaire da Diana com o magnata de origem sírio-egípcia, a única coisa real na família é a infidelidade e o poder de castas.

Portanto, falar em liberdade de ridicularizar as religiões, quaisquer que sejam elas, é apenas álibi de de bom serviçal dos EUA. Afinal, não foi na Inglaterra que a liberdade de expressão, de Rupert Murdoch, sofreu a maior derrota?! Não é em Londres que Julian Assange está refugiado na Embaixada do Equador devido a perseguição que nega exatamente a liberdade de expressão? E nem se fale em Bradley Manning ou Edward Snowden

Quando dos famosos cables(documentos) vazados pela equipe de Julian Assange, WikiLeaks, um foi suficientemente claro em como os EUA e seus capachos constroem a hegemonia. A CIA buscava instigar no Brasil conflitos religiosos.

Embora tenha sido seminarista por seis anos, não sigo nenhuma religião, mas há um ditado romano que dá ideia de como se constrói boas relações entre os povos: “em Roma, como os Romanos”. Em terra estrangeira, respeite os costumes dos locais.

E aí volto, ao começo. Por que esta necessidade de se atacar o Profeta Maomé, mas não atacar os deuses orientais, da Índia e China, ou mesmo Japão? Simples. Mais do Maomé é a gasolina o combustível que move a liberdade de expressão ocidental… Como disse aquele Sheik “A Idade da Pedra não acabou pela falta de pedra, e a Idade do Petróleo irá acabar muito antes que o mundo fique sem petróleo”. A ganância ocidental tem feito de tudo para tornar verdadeira a frase do Sheik Ahmed Zaki Yamani.

Quando colaborava com o Observatório da Imprensa, o jornal Zero Hora fez um editorial me ameaçando com “medidas judiciais cabíveis”. São estes capachos dos EUA que agora defendem a liberdade de ofensa.

Os grupos de mídia e o desrespeito às religiões

dom, 18/01/2015 – 06:00 Atualizado em 18/01/2015 – 17:58

Luis Nassif

Em meados dos anos 90, um bispo evangélico chutou uma imagem de Nossa Senhora Aparecida em um programa da TV Record. Houve comoção nacional. A Globo aproveitou o incidente para conduzir uma feroz campanha contra o bispo e a Record.

O episódio resultou na demissão do bispo, no seu afastamento da sua igreja e em pedido de desculpas da Record.

Em Paris, o jornal “Charlie Hebdo” publica uma charge do profeta Maomé. Segue-se o atentado terrorista. A reação francesa foi uma nova edição do jornal com uma nova charge do profeta.

Nem se discute sobre o atentado: é um ato terrorista que deve ser condenado exemplarmente. O que se discute é sobre os limites da liberdade de expressão.

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No Brasil, os mesmos grupos de mídia que conduziram a campanha contra a Record levantaram-se em defesa da liberdade absoluta de expressão. E aproveitaram oportunisticamente do episódio para combater qualquer forma de regulação. Regulação, aliás, em curso em todos os países desenvolvidos.

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Vamos por partes.

Não se pode comparar a forma de expressão individual de um artista, ou mesmo de um grupo em seu meio, com a penetração de um grupo de mídia, ainda mais daqueles montados em cima de concessões públicas.

A escala é totalmente diferente. Os grupos de mídia atingem milhões de pessoas, forjam o pensamento de vastas camadas de leitores ou telespectadores. Especialmente no Brasil, detém um poder de cartel imbatível.

Por isso mesmo, tem que existir limites à sua atuação. Mas uma visão vesga do Judiciário não entende essas características e tende a colocar todos os abusos ao abrigo do conceito de liberdade de imprensa.

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Tome-se a própria Record.

Anos atrás, conduziu uma campanha pesada contra as religiões afro. O Ministério Público Federal de São Paulo abriu uma ação exigindo reparação, na forma de um programa produzido por lideranças negras, reparando os danos à imagem do negro e da religião.

Montou-se um programa digno, sem ataques à Record, mas explicando a natureza das religiões afro.

Não se conseguiu essa reparação. A sentença – absurda – dava à Record a liberdade total de veicular o que quisesse, sem que os atingidos tivessem direito à resposta.

Não há diferenças: o chute na santa, a charge do profeta, o ataque às religiões afro são atentados à religião. Por que esse tratamento diferenciado, de enaltecer o direito de Charlie Hebdo em satirizar o profeta, tirar o direito do bispo da Record de chutar a santa e conferir à mesma Record o direito de avacalhar às religiões afro?

A diferença está na ponta atingida: depende da maior ou menor influência do grupo atingido, em relação ao agressor.

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Confira-se:

  1. No episódio da santa, os católicos eram os atingidos e os evangélicos os agressores. Prevaleceu a maior influência católica.
  2. No episódio das religiões afro, atingidos foram os seguidores de religiões afro; agressores, os evangélicos da Record. Prevaleceu a maior influência dos evangélicos.
  3. No caso do Charlie, os atingidos eram muçulmanos.

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Há algo de muito errado nessas métricas diferentes. Católicos, evangélicos, seguidores de religiões afro, todos merecem o respeito dos meios de comunicação. E os abusos devem ser coibidos, sim, pela Justiça.

E viva o Papa Francisco, o que melhor está entendendo esses tempos nebulosos.

Os grupos de mídia e o desrespeito às religiões | GGN

09/09/2012

Árabes y sudamericanos estrechan lazos económicos

Filed under: América Latina,Árabes — Gilmar Crestani @ 12:17 pm

Por: Alejandro Rebossio| 07 de septiembre de 2012

A finales del siglo XIX, sirios y libaneses huyeron del Imperio Otomano con rumbo a Brasil, Chile y Argentina. Paradójicamente, en Latinoamérica a los descendientes de aquellos árabes les llaman con el gentilicio del imperio que los dominaba: turcos, porque llegaron a estas tierras con el pasaporte otomano. Se calcula que unos 20 millones de árabes y sus descendientes, sobre todo de Líbano y Siria (como los expresidentes Carlos Menem, de Argentina, Abdalá Bucaram, de Ecuador, y Antonio Saca, de El Salvador), tanto islámicos como cristianos, viven en la actualidad en toda Latinoamérica. Aquella relación sanguínea entre ambas regiones tiene más de 100 años. Ahora es tiempo de cultivar los lazos económicos.

No solo China e India han posado la mirada en los recursos naturales de América Latina. También lo han hecho los países de Oriente Medio, ricos en petróleo, como algunos países latinoamericanos, pero escasos de alimentos, agua y de ciertos minerales, todos bienes que sobran del otro lado del Atlántico. El comercio entre ambas regiones crece. También la inversión, a veces con polémica, como cuando los gobiernos de Arabia Saudí y Catar mostraron su intención de comprar tierras en Argentina o Brasil para asegurar el acceso a la comida.

La búsqueda de una relación más intensa entre las dos regiones quedará plasmada el próximo 1 y 2 de octubre en Lima, donde se celebrará la tercera cumbre de jefes de Estado y de Gobierno de la Unión de Naciones Suramericanas (Unasur) y los 22 miembros de la Liga de Estados Árabes (Argelia, Bahrein, Comoras, Djibouti, Egipto, Emiratos Árabes, Irak, Jordania, Kuwait, Líbano, Libia, Marruecos, Mauritania, Omán, Palestina, Catar, Arabia Saudí, Somalia, Sudán, Siria, Túnez y Yemen). La reunión se debía celebrar el año pasado, pero se fue postergando por las caídas de los gobiernos de Egipto, Libia, Túnez y Yemen. Ahora coincidirá con la plena disputa por el poder en Siria. Para esta tercera cumbre, el Sistema Económico Latinoamericano y del Caribe (SELA), organismo integrado por 28 países de la región cuyo fin es el fomento del diálogo y la cooperación, elaboró en 2011 un documento sobre la situación actual y las oportunidades de desarrollo de las relaciones de dos regiones en vías de desarrollo caracterizadas por el intenso crecimiento económico y demográfico y la desigualdad en comparación con los países ricos.

Países de ambas regiones comenzaron a relacionarse después de la Segunda Guerra Mundial, a partir de los procesos de independencia de Oriente Medio respecto de las mismas potencias europeas que había dominado en Latinoamérica. Pero el proceso de cumbres América del Sur-Países Árabes (ASPA) fue una idea que se le ocurrió en 2003 al entonces presidente de Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, interesado en ampliar la influencia de su país en el mundo.

En 2009 (último dato mencionado por el SELA), las exportaciones de América Latina a Oriente Medio (incluye los 22 países árabes, Irán, Turquía e Israel) fueron de US $ 15.611 millones, tres veces más que en 2001. Oriente Medio compró el 2,2% de sus importaciones en territorio latinoamericano. En cambio, las ventas externas de esta región a Latinoamérica se duplicaron respecto de 2001, hasta solo 6.435 millones, lo que refleja un claro desequilibrio en la balanza comercial birregional. Solo el 0,9% de las compras externas latinoamericanas proviene de Oriente Medio. El intercambio entre ambas partes del mundo creció más rápido entre 2001 y 2009 que el que se registró en el nivel global.

Brasil concentra más de la mitad de las exportaciones latinoamericanas hacia Oriente Medio. Le siguen Argentina, México y Colombia. Les venden a los árabes y sus vecinos sobre todo materias primas agrícolas y alimentos (carnes vacuna y aviar, aceites y piensos de soja y girasol, algodón, arroz, café, nuez moscada, tabaco) y, en menor medida, minerales (oro, cobre, hierro), tubos de acero para la industria petrolera y aviones (los brasileños Embraer). En menor medida, golosinas, leche y coches.

Arabia Saudí, Emiratos Árabes, Omán, Yemen, Jordania y Líbano figuran entre los países de Oriente Medio que más exportan a Latinoamérica. Consiguen compradores sobre todo en Brasil, México, Chile y Colombia. El 44% de lo que exportan son petróleo, gas natural y fueloil; el 8%, fertilizantes; el 7,5%, equipos eléctricos y el 5,4%, barcos.

Algunos tratados de libre comercio (TLC) se han firmado entre países de ambos lados. En general, el mundo árabe mantiene altos niveles de protección a sus productos. Mercosur ha sellado acuerdos con Egipto y Palestina,estado al que ha reconocido la mayoría de la comunidad latinoamericana. Chile ha rubricado otro con un país islámico no árabe, Turquía.

Lo que está llegando cada vez más a Latinoamérica es la inversión árabe, aunque aún no supone una competencia fuerte para la de EE UU, la Unión Europea o China. Argentina ha sellado tratados de protección de inversiones con Argelia, Egipto, Marruecos y Túnez; Chile, con Egipto, Líbano y Túnez; Cuba, con Argelia, Líbano y Catar y El Salvador, con Marruecos. Pero las inversiones fluyen de forma independiente a estos convenios y sobre todo a partir de los fondos soberanos de los países árabes que acumulan riqueza por su renta petrolera.

El  Fondo de Inversión de Kuwait, cuyo capital asciende a 158.000 millones de euros (más que el PIB de Argelia), declaró a Argentina como “destino  estratégico” y ha prestado este año 83 millones a la provincia de Santa Fe. También apunta hacia Argentina el Qatar Investment Fund (QIA), que dispone de 174.000 millones. El QIA ya invirtió 2.153 millones en la compra del 5% del Santander Brasil en 2010. Otro que ha apostado por la misma filial del banco español es el fondo Aabar Investments, de Emiratos Árabes  (unos 261 millones).

En 2009, el 3% de las fusiones y las adquisiciones del sector de servicios en Latinoamérica involucró a Emiratos Árabes, según el SELA. Sucede que este país ha apostado al desarrollo de puertos en todo el mundo. Por ejemplo, la firma Dubai Ports World (DP World) ha desembolsado 554 millones en el puerto de El Callao, Perú. En este país, las inversiones árabes ascienden a 791 millones porque incluyen también los 237 millones que ha puesto la petrolera estatal argelina Sonatrach en el proyecto Camisea, el mayor yacimiento de gas de Sudamérica. DP World prevé invertir además 237 millones en el puerto de Buenos Aires.

El poderoso fondo soberano ADIA, de Emiratos Árabes, ha invertido en bienes raíces en Río de Janeiro y en acciones y bonos de Brasil. Los alimentos y el agua de este país despiertan interés, aunque faltan más concreciones. Detrás de estos temas están el fondo Al Qudra, de Emiratos Árabes; Al Dahra Agricultural Company, del mismo país, y Hassad Food, fondo de Catar. La brasileña Cosan, la mayor productora mundial de caña de azúcar y etanol, creó una filial especializada en la localización y la valoración de tierras agrícolas, Radar, que tiene a inversores árabes como clientes.

Chile, a su vez, ha invertido en petróleo en Egipto y en producción de fertilizantes y operación de puertos en Abu Dhabi (Emiratos Árabes). En ambos países ha puesto 100 millones. También ha apostado por Irán y Yemen. En tanto, se han abierto oficinas de los bancos Itaú y do Brasil, del mismo país, en Dubai. La minera brasileña Vale instaló una acería en Omán con el desembolso de 791 millones.

El transporte aéreo se ha desarrollado de manera exponencial y en poco tiempo. En los últimos años Emirates Airlines comenzó con vuelos diarios entre Dubai, São Paulo y Buenos Aires, y Qatar Airways ha hecho lo propio entre Doha y esas ciudades sudamericanas. Por ejemplo, unos 14 vuelos semanales conectan a la capital argentina con Emiratos Árabes y Catar. Antes, no existían conexiones aéreas entre ambas regiones y había que hacer escala en Europa para conectarse.

También se han radicado otras inversiones árabes en Argentina. Así lo comentan el presidente de la Cámara de Comercio Argentino Árabe, Edgard Omar Figueredo, y el secretario general de la entidad, Sattam Mohammed Al Kaddour. Por ejemplo, el empresario saudí Alí Albwardy está invirtiendo 23 millones en remodelar el hotel de la cadena Four Seasons en Buenos Aires. El grupo Al-Khorayef, del mismo país, está apostando 356 millones en un proyecto agrícola en la selva de El Impenetrable, en la provincia norteña de Chaco.

“Hay mucho cariño por Latinoamérica porque acogió a los migrantes árabes”, recuerda Al Kaddour. Ahora del amor se pasa a los negocios y de ahí que empresarios argentinos viajen a Oriente Medio a ofrecer servicios turísticos y de informática y alimentos, entre otros productos.

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