Ficha Corrida

30/03/2016

Quem finaCIA a caçada ao Lula?

Sim, temos de perguntar o preço da caçada. Afinal, como disse Milton Friedman, “não existe almoço grátis”. A mobilização deste exército de incursão alma a dentro de um homem tem, para além da remuneração de seus agentes, o preço da logística. A invasão de sua vida e de seus familiares já é, por si só, um excesso. Executar várias vezes, pelos mais variados vieses, denota uma obsessão para lá de doentia. Nenhuma ficção conseguiu prever tamanho arsenal envolvido numa caçada humana. Nem nos faroestes se viu tamanha obsessão na perseguição a bandidos. O drama é que o caçado não tem sequer uma acusação formal da qual possa se defender.

Qual o custo em diárias, auxílio refeição, auxílio alimentação, hospedagens, gastos com aluguéis, combustíveis, telefones? Quantas bolsas famílias poderiam ter sido pagas com o salário dos seus perseguidores? Afinal, se em tanto tempo não conseguiram sequer uma açãozinha que justificasse tantos gastos, temos de admitir que ou são incompetentes, ou que, sim, é só perseguição?! Não seria o caso de se pensar pelo desligamento do serviço público deste exército de incompetentes?! Até porque são os impostos que a população paga que sustenta esta matilha de incompetentes.

Quanto tempo os agentes de perseguição perderam perseguindo Lula? Por que não houve o mesmo afinco para esclarecer quem era o dono do jatinho que vitimou Eduardo Campos? Por que ninguém se interessou para esclarecer a quem pertencia os 450 kg de cocaína do heliPÓptero? Por que estes mesmos agentes não fizeram e não fazem o mesmo em relação ao Aécio Neves, octa deletado? Por que Eduardo CUnha, mesmo com a avalanche de documentos repassados pela Suíça continua sendo o agente executor deste complô?

Por que todos os delatados nas enésimas operações da Vaza a Jato não são devassados como o foi Lula? O que a mulher de Eduardo CUnha, Cláudia Cruz, e a irmã de Aécio Neves, Andrea Neves, não são devassadas se existe contra elas acusações e provas consistentes? Seria porque fazem parte do exército de caça ao Lula os crimes praticados pelos comparsas não vem ao caso?

Por que tanto ódio? Simples, e tomando por parâmetro as pessoas próximas a mim que o odeiam, o ódio a Lula deve-se a sua ousadia de implementar políticas sociais. A decisão da Rede Globo em publicar um petardo chamado “Não somos racistas” só para servir de instrumento contra as políticas raciais já demonstra de onde vem o ódio. As cotas raciais, as políticas públicas que permitem a ascensão e emancipação de classes sociais menos privilegiadas via acesso às universidades públicas foi como se Lula tivesse dado um soco no estômago de quem tinha na universidade pública seu direito adquirido.

Os privilegiados odeiam dividir o que eles entendem como sendo seus por direito divino, com “subalternos”… Como se em cidadania houvesse hierarquia!

Eraldo Peres:

Instituto Lula divulgou nesta terça-feira uma nota em três idiomas (português, inglês e espanhol) para rebater as suspeitas levantadas contra o ex-presidente pelo Ministério Público e pela Polícia Federal:  ‘O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime. Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições’, afirma o ex-presidente

30 de Março de 2016 às 05:14

247 – O Instituto Lula divulgou nesta terça-feira uma nota em três idiomas (português, inglês e espanhol) para rebater as suspeitas levantadas contra o ex-presidente pelo Ministério Público e pela Polícia Federal:  ‘O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime. Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições’, afirma o ex-presidente. Leia abaixo:

NOTA À IMPRENSA

1) LULA NÃO É RÉU, NÃO COMETEU NENHUM CRIME NEM É INVESTIGADO PELA JUSTIÇA

Em inglês: http://www.institutolula.org/en/lula-is-not-a-defendant-nor-is-he-being-investigated-by-justice

Em espanhol: http://www.institutolula.org/es/lula-no-es-acusado-y-no-ha-sido-investigado-por-la-justicia

No Brasil, a função de investigar é da Polícia e do Ministério Público. A função de denunciar é exclusiva do Ministério Público, de seus promotores e procuradores.

No Brasil, juízes não investigam, não acusam, não denunciam. Juízes julgam. E só participam de investigações indiretamente, autorizando ou não atos invasivos (apreensões, escutas) e coercitivos (conduções, prisões temporárias) formalmente solicitados pelo Ministério Público e pela Polícia.

Somente depois que o Ministério Público apresenta denúncia formal, e se essa denúncia for aceita por um juiz, é que um cidadão torna-se réu, ou, como se diz popularmente, torna-se acusado.

O ex-presidente Lula não é réu, ou seja: não responde a nenhuma ação judicial que o acuse de ter praticado algum crime.

A denúncia apresentada contra ele por três promotores de São Paulo notoriamente facciosos, a partir de um inquérito considerado ilegal pelo Conselho Nacional do Ministério Público, não foi aceita pela Justiça. Portanto, não há ação nem réu.

O ex-presidente Lula não é acusado nem mesmo investigado, porque esta figura não existe no direito brasileiro. Aqui investigam-se fatos, não pessoas. Policiais e promotores que fazem acusações a pessoas em entrevistas, fora dos autos, cometem crime.

Levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus é, sim, o objetivo da plutocracia, do mass media e de agentes partidarizados da Polícia e do Ministério Público, que representam exceções dentro destas Instituições.

Mas nenhum desses agentes apresentou uma acusação fundamentada para justificar a abertura de ação penal contra o ex-presidente. E não apresentou porque Lula sempre agiu dentro da lei, antes, durante e depois de ser presidente da República.

Os únicos juízes que um dia condenaram Lula eram membros de um tribunal de exceção, criado pela odiosa Lei de Segurança Nacional da ditadura militar.

Em 1980, Lula foi preso porque lutava pela democracia e pelos trabalhadores.

2) LULA É O ALVO DE UMA CAÇADA PARAJUDICIAL

Em mais de 40 anos de vida pública, a vida do ex-presidente Lula foi vasculhada em todos os aspectos: político, fiscal, financeiro e até pessoal.

Desde a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, um exército de jornalistas, policiais, promotores, procuradores e difamadores profissionais está mobilizado com o objetivo de encontrar um crime – qualquer um – para acusar Lula e, dessa forma, afastá-lo do processo político.

Nada menos que 29 procuradores e promotores de 5 instâncias já se envolveram nesta verdadeira caçada parajudicial, além de 30 auditores fiscais da Receita Federal e centenas de policiais federais.

Os movimentos desse exército tornaram-se frenéticos em meados do ano passado, quando ficou claro que as investigações da Operação Lava Jato não alcançariam o ex-presidente.

Nenhuma conta bancária, nenhuma empresa, nenhuma delação, nada liga Lula aos desvios investigados em negócios milionários com poços de petróleo, navios, sondas, refinarias. Nada.

Desde então, Lula, sua família, o Instituto Lula e a empresa LILS Palestras tornaram-se alvo de uma avalanche de inquéritos e fiscalizações por parte de setores do Ministério Público, da Polícia Federal e da Receita Federal:

  • 4 inquéritos abertos por procuradores federais de Brasília e do Paraná;
  • 2 inquéritos diferentes sobre os mesmos fatos, abertos por procuradores federais e do estado de São Paulo, o que é inconstitucional;
  • 3 inquéritos policiais abertos pela Polícia Federal em Brasília e no Paraná;
  • 2 ações de fiscalização da Receita Federal;
  • Quebra do sigilo fiscal e bancário de Lula, do Instituto Lula, da LILS Palestras e de mais 12 pessoas e 38 empresas de pessoas ligadas ao ex-presidente;
  • Quebra do sigilo telefônico e das comunicações por internet de Lula, de sua família, do Instituto Lula e de diretores do Instituto Lula; até mesmo os advogados de Lula foram atingidos por esta medida ilegal;
  • 38 mandados de busca e apreensão nas casas de Lula e de seus filhos, de funcionários e diretores do Instituto Lula, de pessoas ligadas a ele, executados com abuso de autoridade, apreensões ilegais e sequestro do servidor de e-mails do Instituto Lula;

Nos últimos 10 meses, Lula prestou 4 depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público e apresentou informações por escrito em 2 inquéritos.

Lula prestou informações ao Ministério Público sobre todas as suas viagens internacionais, quem o acompanhou, onde e quando se hospedou, como foram pagas essas despesas, as pessoas com quem se encontrou nessas viagens, inclusive chefes de estado e de governo; sobre as palestras que realizou, onde, quando e contratado por quem; o Instituto Lula e a empresa LILS Palestras prestaram informações ficais, bancárias e contábeis de todas suas atividades;

Apesar de ter cumprido todos os mandados e solicitações e de ter prestado esclarecimentos às autoridades até voluntariamente, Lula foi submetido, de forma ilegal, injustificada e arbitrária, a uma condução coercitiva para depoimento sem qualquer intimação anterior;

Lula foi alvo de um pedido de prisão preventiva, de forma ainda mais ilegal, injustificável e arbitrária, pedido que foi prontamente negado pela Justiça.

Ao longo desses meses, agentes do estado vazaram criminosamente para a imprensa dados bancários e fiscais de Lula, de seus filhos, do Instituto Lula e da LILS Palestras.

Por fim, o juiz Sergio Moro divulgou ilegalmente conversas telefônicas privadas do ex-presidente Lula, sua mulher, Marisa Letícia, e seus filhos, com diversos interlocutores que nada têm a ver com os fatos investigados, inclusive com a presidenta da República.

Conversas entre advogados e clientes também foram divulgadas pelo juiz Moro, rompendo um dogma mundial de inviolabilidade das comunicações.

Nenhum líder político brasileiro teve sua intimidade, suas contas, seus movimentos tão vasculhados, num verdadeiro complô contra um cidadão, desrespeitando seus direitos e negando a presunção da inocência.

E apesar de tudo, não há nenhuma ação judicial aberta contra Lula, nenhuma denúncia do Ministério Público Federal, nenhuma ação da Receita Federal por crime tributário ou fiscal.

O resultado desse complô de agentes do estado e meios de comunicação é a maior operação de propaganda opressiva que já se fez contra um homem público no Brasil.

Foi a incitação ao ódio contra a maior liderança política do País, num momento em que o Brasil precisa de paz, diálogo e estabilidade política.

3) LULA NÃO FOGE DA JUSTIÇA; LULA RECORRE À JUSTIÇA

O ex-presidente recorreu sistematicamente à Justiça contra os abusos e arbitrariedades praticadas por agentes do estado, difamadores profissionais e meios de comunicação que divulgam mentiras a seu respeito.

A defesa de Lula solicitou e obteve a abertura de Procedimentos Disciplinares no Conselho Nacional do Ministério Público contra dois procuradores da República que atuaram de forma facciosa;

Apresentou ao CNMP e obteve a confirmação de ilegalidade na abertura de inquérito por parte de promotores do Ministério Público de São Paulo;

Apresentou ao STF e aguarda o julgamento de Ação Cível Originária, com agravo, para definir a quem compete investigar os fatos relacionados ao sítio Santa Bárbara e ao Condomínio Solaris;

Recorreu ao Tribunal de Justiça de São Paulo e aguarda julgamento contra decisão da juíza da 4a Vara Criminal sobre o mesmo conflito de competência;

Apresentou ao STF habeas corpus contra decisão injurídica do ministro Gilmar Mendes, corrigida e revogada pelo ministro Teori Zavascki em mandado de segurança da Advocacia Geral da União;

Apresentou ao STF recurso contra decisão do ministro Gilmar Mendes que o impede de assumir o cargo de Ministro de Estado, embora Lula preencha todos os requisitos constitucionais e legais para esta finalidade;

Apresentou ao juiz Sergio Moro 4 solicitações de devolução de objetos pessoais de noras e filhos de Lula, apreendidos ilegalmente pela Polícia Federal.

É nas instituições que Lula se defende dos abusos e, neste momento, quem deve explicações ao STF não é Lula, é o juiz Sergio Moro; e quem tem de se explicar ao Conselho Nacional do Ministério  Público são dois procuradores do Ministério Público Federal.

Contra seus detratores na imprensa, no Congresso Nacional e nas redes subterrâneas de difamação, os advogados do ex-presidente Lula apresentaram:

  • 6 queixas crime;
  • 6 interpelações criminais;
  • 9 ações indenizatórias por danos morais;
  • 5 pedidos de inquéritos criminais;
  • e formularam duas solicitações de direito de resposta, uma das quais atendida e outra, contra a TV Globo, em tramitação na Justiça.

Quem deve explicações à Justiça e à sociedade não é Lula; são os jornais, emissoras de rádio TV que manipularam notícias falsas e acusações sem fundamento de procuradores e agentes de estado notoriamente facciosos.

4) LULA NÃO PEDIU NEM PRECISA DE “FORO PRIVILEGIADO”

É importante esclarecer que a prerrogativa de foro (erroneamente chamada de foro privilegiado) do STF se exerce sobre parlamentares, ministros do governo, presidente e vice-presidente da República e membros dos tribunais superiores.

Neste caso, processos e julgamentos são feitos diretamente na última instância, o que não permite recursos a outras cortes ou juízes.

Lula tem o compromisso de ajudar a presidenta Dilma Rousseff, de todas as formas possíveis, para que o Brasil volte a crescer e gerar empregos, num ambiente de paz, estabilidade e confiança no futuro.

A convocação da presidenta Dilma para Lula ser ministro veio depois, e não antes, de o juiz Sergio Moro autorizar uma série de arbitrariedades contra Lula: violação de domicílio, condução coercitiva injustificada, violação de garantias da família e de colaboradores do ex-presidente.

Não existe nenhum ato ou decisão judicial pendente de cumprimento que possa ser frustrada pelo fato de Lula assumir o cargo de ministro.

E além disso: a mais grave arbitrariedade cometida pelo juiz Sergio Moro – pela qual ele está sendo chamado a se explicar na Suprema Corte – ocorreu no momento em que o ex-presidente Lula detinha a prerrogativa de foro.

Momentos depois de Lula ter sido nomeado ministro, a Força Tarefa da Lava Jato grampeou ilegalmente uma conversa entre ele e a presidenta Dilma, conversa que foi divulgada quase instantaneamente pelo juiz Moro.

Ou seja: nem mesmo nas poucas horas em que foi ministro Lula ficou a salvo das arbitrariedades do juiz – nem ele nem a presidenta da República.

Não existe salvo-conduto contra a arbitrariedade. Contra a arbitrariedade existe a lei.

Para garantir seus direitos, Lula recorre e continuará recorrendo à Justiça em todas as instâncias, todos os tribunais, pois juízes tem de atuar como juízes desde a mais alta Corte à mais remota comarca.

Além disso, as fortes reações – dentro e fora do Brasil – à condução coercitiva de Lula e ao grampo ilegal da presidenta servem de alerta para que novas arbitrariedades não sejam cometidas neste processo.

5) SÃO FALSAS E SEM FUNDAMENTO AS ALEGAÇÕES CONTRA LULA

Em depoimentos, memoriais dos advogados e notas do Instituto Lula, o ex-presidente Lula esclareceu os fatos e rebateu as alegações de seus detratores.

Lula entrou e saiu da Presidência da República com o mesmo patrimônio imobiliário que possuía adquirido em uma vida de trabalho desde a infância.

Não oculta, não sonega, não tem conta no exterior, não registra bens em nome de outras pessoas nem de empresas em paraísos fiscais.

Um breve resumo das respostas às alegações falsas, com a indicação dos documentos que comprovam a verdade:

Apartamento no Guarujá: Lula não é nunca foi dono do apartamento 164-A do Condomínio Solaris, porque a família não quis comprar o imóvel, mesmo depois de ele ter sido reformado pelo verdadeiro proprietário. Informações completas em: http://www.institutolula.org/documentos-do-guaruja-desmontando-a-farsa

Sítio em Atibaia: Lula não é nunca foi dono do Sítio Santa Bárbara. O Sítio foi comprado por amigos de Lula e de sua família com cheques administrativos, o que elimina as hipóteses de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio. As reformas feitas no sítio nada têm a ver com os desvios investigados na LavaJato.

Informações completas e documentos sobre Atibaia e o patrimônio de Lula em:

http://www.institutolula.org/o-que-o-ex-presidente-lula-tem-e-o-que-inventam-que-ele-teria

Palestras de Lula: Depois que deixou a presidência da República, Lula fez 72 palestras contratadas por 40 empresas do Brasil e do exterior, recolhendo impostos por meio da empresa LILS Palestras. Os valores pagos e as condições contratuais foram os mesmos para as 40 empresas: tanto as 8 investigadas na Lava Jato quanto às demais 32, incluindo a INFOGLOBO, da Família Marinho. Todas as palestras foram efetivamente realizadas, conforme comprovado nesta relação com datas, locais, contratantes, temas, fotos, vídeos e notícias:

http://institutolula.org/uploads/relatoriopalestraslils20160323.pdf

Doações ao Instituto Lula: O Instituto Lula recebe doações de pessoas e empresas, conforme a lei, para manter suas atividades, e isso nada tem a ver com as investigações da Lava Jato. A Força Tarefa divulgou ilegalmente alguns doadores, mas escondeu os demais e omitiu do público como esse dinheiro é aplicado, o que se pode ver no Relatório de Atividades Instituto Lula 2011-2015:

http://www.institutolula.org/conheca-a-historia-e-as-atividades-do-instituto-lula-de-1993-a-2015

Acervo presidencial: O ex-presidente Lula não desviou nem se apropriou ilegalmente de nenhum objeto do acervo presidencial, nem cometeu ilegalidades no armazenamento. Esta nota esclarece que a lei brasileira obriga os ex-presidentes a manter e preservar o acervo, mas não aponta meios e recursos:

http://www.institutolula.org/acervo-presidencial-querem-criminalizar-o-legado-de-lula

É falsa a notícia de que parte do acervo teria sido desviada por Lula ou que ele teria se apropriado de bens do palácio. A revista que espalhou essa farsa é a mesma que desmontou o boato numa reportagem de 2010:

http://www.institutolula.org/epoca-faz-sensacionalismo-sobre-acervo-que-ela-mesmo-noticiou-em-2010

6) O INTERROGATÓRIO DE LULA

Neste link, a íntegra do depoimento de Lula aos delegados e procuradores da Operação Lava Jato, prestado sob condução coercitiva no aeroporto de Congonhas em 4 de março de 2016.

http://www.institutolula.org/leia-a-integra-do-depoimento-de-lula-a-pf-em-14-03

Em nota, Lula afirma ser vítima de ‘complô’ | Brasil 24/7

23/01/2016

Povo que tem preconceito acaba por ser escravo da mídia golpista

No auge dos combates da elite branca sulista contra o ENEM, a RBS tangeu um bando de patricinhas e mauricinhos com nariz de palhaço pelas ruas de Porto Alegre. Coincidentemente, não havia nenhuma branca na tropa que seguia bovinamente a campanha contra a instituição do Exame Nacional de Ensino Médio. Nem poderia ser diferente num estado que tivera recém excluído de uma competição nacional um clube de futebol.

Aliás, é sintomático que no início das políticas de inclusão social, um amestrado da Rede Globo, um capitão-de-mato do coronelismo eletrônico, tenha perpetrado um torpedo intitulado “Não somos racistas”. Na esteira dos combates contra as políticas de cotas estava um ódio de classe jamais visto e bem comprovado. A principal alegação vendida aos seus midiotas amestrados era de que as cotas raciais criaria racismo inverso. Nem precisavam ter ido tão longe neste raciocínio canhestro, bastava atentarem para o que dizia Danusa Leão, Luis Carlos Prates, Lasier Martins e Luis Carlos Heinze. Eles tornaram público o que antes hibernava nos corredores da casa grande. De repente a desfaçatez, a boçalidade foi perdendo a contenção e avançou para que o mundo visse o tamanho do mau caratismo. Não trata de pessoas sem educação formal, mas de falta de caráter!

Ao xingarem a Presidenta Dilma na abertura da Copa do Mundo, deram mostras ao mundo de que escolaridade não guarda nenhuma relação com caráter, e que educação não rima com dinheiro. O ápice da canalhice aconteceu na marcha dos zumbis, quando desinformados com diploma de curso superior se assumiram “somos todos Cunha”. Era o compromisso público de que estavam ao lado dos corruptos para combaterem a continuidade de políticas sociais. O ódio foi ganhando espaço a partir das a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Sob a coordenação da Rede Globo, os bovinos foram embretados em direção ao golpe paraguaio. Para os que sempre mamaram nas tetas do erário, dividir espaço em aeroportos, faculdades já havia passado dos limites. Quando viram que o PROUNI não tinha mais volta, começaram a desovar as Mayara Petruso. O pior do preconceito é sua sublimação de instituições que endossam o golpismo com a justificativa de combater a corrupção… dos outros…

O Hino Rio-Grandense, cantado pelos gaúchos enquanto é executado o Hino Nacional, prova porque os gaúchos desejam que suas patranhas sirvam de modelo a toda terra: “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”. O hino quer nos convencer que os negros foram feitos escravos, pelo virtuoso homem branco, porque não tinham virtude…

A história deste menino de ASSU, abaixo, se soma aquele de Sergipe, mais abaixo, que, achincalhado por ter passado, com 14 anos, repetiu o exame este ano e passou com nota ainda melhor.

Bem, agora fica fácil entender o ódio às políticas de inclusão social…

De Assu, no Rio Grande do Norte, o aluno nota mil na redação do ENEM

De Assu, no Rio Grande do Norte, o aluno nota mil na redação do ENEM

qui, 21/01/2016 – 14:26

Do Instituto Federal do Rio Grande do Norte

Aluno do Campus Ipanguaçu obtem nota mil na redação do ENEM

Fábio Constantino fez o técnico integrado em Agroecologia e foi um dos 104 estudantes de todo Brasil a conquistar a nota máxima

Fábio Constantino Lopes Júnior terminou em 2015 o curso técnico integrado em Agroecologia do Campus Ipanguaçu. Com os conhecimentos e experiências adquiridos durante o curso, se identificou com a disciplina de Biologia e viu nascer um sonho: tornar-se médico. Após uma rotina de estudos de cerca de 10 horas diárias, conseguiu um feito realizado apenas por 104 estudantes em todo Brasil, obter mil, a pontuação máxima, na redação do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) 2015. Com a nota, ele vê se aproximar a concretização do seu sonho.

Fábio é de Assu, cidade do Rio Grande do Norte próxima de Ipanguaçu, onde fica o Campus do IFRN no qual ele viria a fazer o ensino médio integrado ao técnico. Ele tentou o processo seletivo para o Instituto porque viu a oportunidade de ingressar em uma instituição pública, com ensino de excelência e que lhe daria ainda no ensino médio uma formação profissional. "Ouvia muito falar da qualidade do ensino da instituição", disse o estudante.

O assuense fazia o ensino fundamental em uma escola privada, com bolsa. Ao passar para o ensino médio, além de perder a bolsa, a família teria de arcar com os custos dos livros. Fábio é filho de Elione Rosa de Farias e do também Fábio Constantino, empregada doméstica e vendedor de materiais de construção que nunca mediram esforços para garantir uma boa educação ao filho. "Eles sempre me apoiaram nos estudos. A educação era prioridade máxima na minha casa. Para que eu estudasse com livros de qualidade, minha mãe já aceitou trabalhar em três turnos, abandonando prazeres individuais e dedicando a vida em minha função. Meus pais são tudo para mim", comentou emocionado.

O carinho com o qual fala dos pais também é direcionado ao IFRN. "Estudar no IF me fez a pessoa que sou hoje. Parafraseando Viola Davis na cerimônia do Emmy, o que separa a população negra da população branca são as oportunidades. Elas são mais raras quando você considera uma pessoa pobre e do interior do Nordeste. No entanto, o IF me ofereceu tais oportunidades de crescer. Desde cedo aproveitei todas as chances de melhorar minha experiência como estudante, participando de congressos, palestras, fazendo pesquisa e aproveitando as aulas e a disponibilidade dos professores e da instituição de nos ajudar", declarou.

Fábio cita com destaque especial os professores do Instituto Efraim de Alcântara Matos, seu orientador, ao qual ele chama de melhor amigo, e Adriano Jorge Meireles de Holanda, do Campus Mossoró do IFRN. Segundo o estudante, os 2 professores ajudaram tanto na trajetória acadêmica no IFRN quanto na preparação para o ENEM. "O professor Adriano, inclusive, mesmo trabalhando em outro campus, acreditou na minha capacidade e lutou para conseguir uma bolsa em um bom cursinho para mim. Sobre Efraim, nossas discussões, trabalhos e seus ensinamentos foram fundamentais para meu bom desempenho na redação", destacou o aluno, que também fez questão de falar dos professores Ana Mônica Britto Costa, Tiago Medeiros, Aurélia Alexandre, Fabio Duarte, Alexandre Barros, Aline Peixoto e Rodrigo Cavalcanti. "Eles me construíram como cidadão", completou.

Para Belchior Rocha, reitor do IFRN, Fábio seguirá a trajetória de Everton Frutuoso, que fez o técnico integrado em Informática também no Campus Ipanguaçu e foi aprovado na primeira colocação das cotas para o curso de Medicina da UFRN, através da nota do ENEM, em 2014. "Tenho certeza que serão médicos humanos, que darão muito orgulho aos seus familiares, colegas de profissão e pacientes", disse o reitor.

O tema da redação do ENEM 2015 foi "A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira". Em seu perfil em uma rede social, Fábio compartilhou uma imagem da personagem Val, interpretada por Regina Casé, do filme "Que horas ela volta", da diretora Anna Muylaert. O filme tem personagens femininas bastante fortes e conta a história de Jéssica, que sai do Nordeste para tentar ingressar na faculdade de Arquitetura da Universidade de São Paulo (USP), considerada uma das melhores do país. Jéssica é filha de Val, que trabalha como empregada doméstica em São Paulo. Perguntado se se identificava de alguma forma com o filme, Fábio foi rápido em responder. "Eu me enxergo muito na personagem Jéssica, como pobre, nordestino, que sonha em entrar em uma faculdade, filho de empregada doméstica. Val também lembra muito minha mãe em sua simplicidade, dedicação e amor para com a filha. Aquele filme é uma metáfora da minha vida!", afirmou.

Fábio Constantino fez o ENEM no ano de conclusão do IFRN e, com a nota, começou a cursar Engenharia Química na UFRN. Mas decidiu abrir mão do curso para realizar o sonho de fazer medicina. Como resultado dos estudos, de acordo com o site do SiSU, ele está entre os primeiros colocados para as vagas de cotistas destinadas ao curso na UFRN. O resultado final sai no dia 18 de janeiro.

"Minha meta como profissional é tratar os meus pacientes como meus familiares. Fico muito preocupado com a qualidade dos médicos que se formam apenas movidos por interesses pessoais e ganância. Medicina é por a vida do outro em nossas mãos. Quero retribuir o esforço dos meus pais, dando-os orgulho de mim e mostrando que tanta dedicação por minha educação valeu a pena. Quero ajudar a minha mãe, oferecendo uma vida melhor, pois ela merece muito! Anseio ajudar pessoas que necessitam tanto quanto a gente", revelou o técnico em Agroecologia pelo IFRN.

O Instituto também teve outros alunos com destaque no ENEM 2015, como Bruno Maximiliano e Gabriel Dantas, do Campus Mossoró, que obtiveram notas acima de 900 na redação do Exame.

De Assu, no Rio Grande do Norte, o aluno nota mil na redação do ENEM | GGN

 

Aos 15 anos, "bovino" passa de novo em Medicina

Será que o Mainardi já recebeu aquele e-mail?

publicado 21/01/2016

jose victor

Quanto mais o José Victor (na direita, com rosto pintado) estuda, mais ele tem sorte… (Foto: Jadilson Simões/UOL)

Saiu no UOL:
Sergipano passa de novo em medicina: "Fiz para mostrar que não foi sorte"

E a história se repete. O sergipano José Victor Menezes Teles, agora com 15 anos, está entre os aprovados do curso de medicina da UFS (Universidade Federal de Sergipe). No ano passado, ele conquistou a vaga no mesmo curso, aos 14 anos. O garoto, natural de Itabaiana, diz que resolveu fazer mais uma vez um Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), para mostrar que no primeiro sucesso não foi uma questão de sorte.
"O pessoal não disse que foi sorte? Então pensei: vamos ver se essa sorte acontece duas vezes. Ouvia piadas de que passei na sorte. Resolvi fazer e está aí o resultado e com mais intensidade", comemorou o garoto. No Enem 2015, José Victor obteve 767,74 pontos na média final contra 751,16 do ano passado. Na redação foram 940 pontos no Enem 2015 contra 960 pontos do ano anterior.
Com esta média final, José Victor obteria vaga nos cursos de medicina nas universidades federais do Ceará, de Goiás, de Viçosa (MG), e da própria UFS, porém descartou a possibilidade de se transferir para uma dessas universidades. "Como disse, só fiz para mostrar que minha aprovação no Enem do ano passado não foi uma questão de sorte. Fiz 16 pontos a mais", afirmou.
Junto com o resultado da aprovação do Enem 2015, José Victor iniciou na última segunda (18) as aulas do curso de Medicina na UFS. As aulas deveriam ser iniciadas em agosto do ano passado, mas a greve de quase cinco meses dos professores e de servidores técnicos administrativos da Universidade atrasaram o início do ano letivo. Mas isso não tirou a alegria do garoto. "Um desafio na minha vida. A turma é muito jovem e mostra que os jovens vêm conquistando espaço e isso mostra que não devemos julgar pela idade, mas pela maturidade", analisou.
Apesar da correria de se deslocar os cerca de 55 quilômetros entre Itabaiana e o Campus da UFS, na cidade de São Cristóvão, José Victor avisa que não deixará de realizar palestras que fez ao longo deste intervalo entre a aprovação no Enem e o início da aulas, como também pretende divulgar o livro lançado no final do ano passado "Como vencer aos 14".

21/01/2016

A política de cotas do PSDB também explica meritocracia e aparelhamento do Estado

Na imagem um provável ancestral de Ali Kamel, autor do tijolaço “Não Somos Racistas”…

cotasSou do tempo em que José Hildebrando Dacanal, mestre da velha guarda jornalística e emérito professor da UFRGS, era o ghost-writer de sua colega e correligionária Yeda Crusius. Em seu discurso ferino e demolidor, Dacanal condenava o que ele entendia por “nova classe”, à qual pertenciam os petistas. Para Dacanal, a emancipação, via políticas sociais/cotas raciais, criaria uma casta oposta ao que ele e o PSDB, que ele dizia possuir os “melhores quadros”, propunhar sem o oposto da meritocracia. A “nova classe” do professor eram os professores e sindicalistas que, com as sucessivas eleições do PT em Porto Alegre, no RS e depois do âmbito Federal, ascendiam a postos políticos e de comando em empresas, autarquias e fundações comandadas pelos executivos. Seu elitismo rastaquera, logo ele que carregava seus livros com uma bolsa do Mercado Público com os dizeres “Lembrança do RS”, era mais de despeito do que de fundamento. Via seus colegas à esquerda ocupar postos que ele, montado em sua imensa sabedoria, nunca fora capaz de ocupar.

Esse discurso caro às elites do lumpenjornalismo era diuturnamente comprovado como falacioso, mas a força da mídia, que sempre foi a força do PSDB, teimava em recrutar novos midiotas. A religião que combatia o “aparelhamento do stado” e a política de cotas com propostas de “choque de gestão” e “meritocracia” sempre foi um discurso hipócrita. Ninguém aparelhou mais as instituições, seja no RS seja em outros Estados da Federação ou mesmo em Brasília, do que o PSDB.  A quem FHC entregou a ANP? Dentro lógica meritocrática, ao seu genro, David Zylbersztejn. Em pouco tempo rei David quebrou dois monstros, seu vínculo com o sogro e o monopólio da exploração do petróleo. O choque de gestão se deu no momento em que se separou da filha de FHC: perdeu o emprego na ANP… O aparelhamento da Petrobrás estava, desde o artigo do tucano Ricardo Semler (Nunca se roubou tão pouco) comprovado. Mas há também a confissão de FHC em seu livro “Diários da Presidência – volume 1".

Outro exemplo edificante perpetrado pelo príncipe dos sociólogos foi dado pela sua filha Luciana Cardoso. Por anos adormecia em casa recebendo salários do Senado, sob os olhares concupiscentes do Varão da República, o Senador Heráclito Fortes

O PSDB tem outro predileção. Entregar postos chaves a outro tipo de familiares. Como sabemos, as máfias são famílias… que podem ser reconhecidas em figuras como Robson Marinho, Geraldo Brindeiro & Gilmar Mendes, produtos tipicamente tucanos.

Portanto, os constantes ataques às políticas sociais e às cotas raciais dão a exata dimensão do papel do PSDB, um partido a serviço de status quo via apropriação do Estado. Veja que há figuras no Judiciário, MPF e PF que se fizeram à custa do Estado e assim querem manter para que sua famiglia continue sendo beneficiárias exclusivas do Estado. É a tal de meritocracia. O combate ao ENEM e PROUNI, que democratizam o acesso ao ensino superior, é uma confissão de uma classe média rastaquera que se acha no direito divino em relação às políticas públicas.

Infelizmente a nova classe que tanto assustou o prof. Dacanal não sobe por cavalinho de pau. É um processo longo e demorado. Lula, um torneiro mecânico sem formação superior, fez mais pela ascensão social do que o príncipe dos sociólogos. Em termos de educação, por deve transitar a meritocracia, Lula criou mais Universidades que todos seus antecessores juntos. É disso que nasce o ódio dos hiPÓcritas a Lula e suas políticas de emancipação.

Portanto, a informação do Correio do Povo de hoje, abaixo, a respeito do nepotismo tucano só surpreende marcianos. Os gaúchos, quando souberem quantos aspones a primeira dama Sartori espalhou pelos órgãos do Estado também ficarão chocados. Mas este não é um assunto que a velha mídia costuma se ocupar quando um dos seus está à seu serviço…

Ministério Público pede a parlamentares que demitam parentes até quarto grau

Três senadores foram notificados diretamente nesta quarta-feira

Notificação foi enviada ao Senado e à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira | Foto: Ana Vope / Senado Federal / CP

O Ministério Público Federal no Distrito Federal enviou nesta quarta-feira notificação ao Senado e à Câmara dos Deputados pedindo que sejam demitidas todas as pessoas contratadas em funções de confiança nos gabinetes das duas Casas e que tenham parentesco em até quarto grau com os parlamentares.
Na recomendação, o MPF também sugere que pessoas com essas características sejam destituídas de cargos em comissão e funções gratificadas, mesmo no caso de servidores concursados que estejam em posições de chefia, direção o assessoramento – caso tenham parentesco até quarto grau com deputados e senadores.
No Senado, foram notificados diretamente três senadores: Telmário Mota (PDT-RR), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). No gabinete dos três parlamentares, uma investigação prévia do Ministério Público identificou que há contratação de parentes. No entanto, o documento enviado deixa claro que não se trata de imposição, mas de recomendação, para evitar que uma ação direta de inconstitucionalidade seja movida contra eles. Na notificação, o prazo para que os funcionários nessas condições sejam exonerados é de 30 dias.
O senador Telmário Mota, no entanto, alega que o MPF está "extrapolando" suas competências e tentando se sobrepor a uma súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal, que estabelece como nepotismo a contratação de parentes até terceiro grau. Telmário Mota tem contratado como motorista um parente em quarto grau, mas alega que, para isso, consultou previamente o Departamento Jurídico do Senado, que o autorizou a fazer a contratação por estar em acordo com a determinação do Supremo."Se dissesse que se trata de algo legal, mas imoral, tudo bem. Mas nem imoral é. Esse rapaz já trabalhou pra mim antes e atualmente exerce diversas atividades, honestamente, em meu gabinete. Agora eu vou demitir o rapaz porque a lei diz uma coisa, mas a Procuradoria quer outra?", questionou.
Mota informou que repassou a recomendação do Ministério Público para o Departamento Jurídico e que vai provocar o STF para se manifestar sobre o caso e esclarecer se a contratação de parentes mais distantes do que os de terceiro grau é nepotismo. "Se for este o caso, eu estou pedindo que o STF mude a súmula, porque ela está induzindo as pessoas a erro. Eu tomei o cuidado de questionar previamente se a contratação era legal e agora quero saber se estou ou não fazendo errado", afirmou.
O senador Cássio Cunha Lima informou que o primo que trabalha como seu chefe de gabinete é funcionário do Senado há 33 anos e abdicou da gratificação a que teria direito quando foi convidado para trabalhar com ele. Cunha Lima disse que acatará a recomendação do Ministério Público e fará a exoneração do funcionário, mas, segundo ele, isso acarretará em mais despesa para o erário.
"Eu o convidei para trabalhar comigo, primeiro, porque isso não geraria despesa, ao contrário, geraria economia, uma vez que ele já era funcionário do Senado e permaneceria com o mesmo salário. E, segundo, porque a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal estabelecia a proibição de contratação de parentes até terceiro grau, e não de quarto grau, como é o caso. Portanto, eu não estava fazendo nada ilegal. Mas vou acatar a recomendação, exonerar o meu chefe de gabinete – que voltará às suas funções normais no Senado – e contratar outra pessoa, gerando mais despesa", afirmou o parlamentar paraibano.
Em nota, a assessoria de Flexa Ribeiro disse que os consultores jurídicos do senador estão analisando o caso antes de decidir se será acatada a recomendação sobre a demissão da servidora que é parente em quarto grau do senador. "A Súmula Vinculante nº 13 define que é vedada a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau da autoridade nomeante para o exercício de cargo em comissão ou de confiança, não sendo este o caso da servidora supracitada, que tem vínculo colateral de quarto grau com o senador Flexa Ribeiro", diz a nota.
O MPF reconhece que a súmula do STF estabelece como nepotismo a contratação de parentes apenas até tereceiro grau. No entanto, a procuradora Marcia Brandao Zollinger, que assina o documento, afirma que a súmula pretende impedir de forma "absoluta" o nepotismo e que ela não estabelece "impedimentos à determinação do quarto grau de parentesco para se confirmar, objetivamente, a ocorrência" desse tipo de irregularidade.

Correio do Povo | Notícias | Ministério Público pede a parlamentares que demitam parentes até quarto grau

26/10/2015

Meritocracia, a “que horas ela volta”?

Meritocracia e choque de gestão são apenas mais duas patranhas do PSDB e da velha mídia que o protege que se somam àquela primeira, “os melhores quadros”…

Enem: A meritocracia e outras fábulas para ninar adultos, por Leonardo Sakamoto

Enem: A meritocracia e outras fábulas para ninar adultos, por Leonardo Sakamoto

dom, 25/10/2015 – 18:34

Do blog do Sakamoto

Enem: A meritocracia e outras fábulas para ninar adultos

Leonardo Sakamoto

Passando perto de um local de realização do Enem, neste sábado, parei um pouco para ver o pessoal que seguia, cheio de pensamentos, para as salas de prova. Perto de mim, dois pais conversavam sobre o futuro de suas filhas e, claro, sobre o país. Não consigo reproduzir exatamente as palavras, mas a conversa foi mais ou menos esta:

– Nunca poupamos investimento na minha família para a educação. Educação sempre em primeiro lugar. A Paulinha, desde cedo, frequentou os melhores colégios, teve todos os livros que pediu, viajou para fora para ampliar a cultura…
– Se o Brasil fosse justo, um lugar em que o mérito fosse levado a sério, nossas filhas estariam com vaga garantida. Mas essas cotas distorcem tudo.
– É. Acaba entrando quem não merece, quem não se esforçou o bastante.

Sempre acho que essas coisas são pegadinha. Olho em volta, procuro câmeras escondidas, fico esperando surgir o Sérgio Mallandro e gritar “Rá! Te peguei!”. Mas, não. Ele nunca aparece.

Deu até vontade de, educadamente, perguntar se eles acreditam mesmo que a meritocracia é hereditária. E se crêem que suas filhas saíram do mesmo ponto de partida que outras pessoas às quais foram negadas todas as condições para poderem conseguir o melhor de si.

Pois, desse ponto de vista, quem tem o mérito maior: quem saiu do zero e, apesar das adversidades, conseguiu estar na média ou quem sempre teve todos os recursos à mão, mas avançou muito pouco, ficando um pouco acima da média?

Pois, se por um lado, as cotas garantem um acréscimo de condições para o candidato pobre, negro e/ou indígena, por outro a desigualdade social garante um acréscimo de condições para os candidatos mais ricos.

Contudo, reclamar do primeiro é “justiça” e, do segundo, “inveja”.

A “meritocracia” funciona em um debate como um coringa num jogo de buraco: quando falta carta para bater, ela aparece para salvar uma sequência incompleta. Não fica lá a coisa mais bonita do mundo, mas resolve sua vida porque todo mundo aceita que aquela carta pode preencher um vazio de sentido.

Não sou contra que competência e experiência individuais sejam parâmetros de avaliação. Mas muitas vezes não é o “mérito” que está sendo avaliado em um contexto que desconsidera fatores externos. Além do mais, uma coisa é o mérito em si e, outra, um sistema de poder criado em torno dele como justificativa para manutenção do status quo.

O problema é que o uso dessa palavra como verdade suprema acaba servindo a quem ignora que as pessoas não tiveram acesso aos mesmos direitos para começarem suas caminhadas individuais e que, portanto, partem de lugares diferentes. Uns mais à frente, outros bem atrás.

Há muita gente contrária a conceder benefícios para tentar equalizar as condições de recebeu menos sorrisos da sorte. Acreditam que a única forma de garantir Justiça é tratar desiguais como iguais e aguardar que as forças do universo façam o resto.

E esse discurso é tão bem contado que, não raro, são apoiados por pessoas que, apesar de largarem em desvantagem, venceram. “Tive uma infância muito pobre e venci mesmo assim. Se pude, todos podem.” Parabéns para você. Mas ao invés de pensar que todos têm que comer o pão que o diabo amassou como você, não seria melhor pensar que um mundo melhor seria aquele em que isso não fosse preciso?

Espero que ambas as filhas tenham ido bem no exame, se tiverem se dedicado para isso, claro. Mas, olhando como não conseguimos compreender os outros, pensamos primeiro em nossos umbigos e consideramos que sucesso diz respeito apenas ao esforço individual, penso que falta muito para deixarmos de ser uma espécie com tamanho nível de mesquinharia.

Enem: A meritocracia e outras fábulas para ninar adultos, por Leonardo Sakamoto | GGN

16/03/2015

Por que será que são os brancos de olhos azuis que nutrem ódio às políticas sociais?!

Na imagem, formandos de Medicina da UFBA: na capital com maioria negra, procure um negro!

Medicina-UFBAParadoxal mas na capital onde há, proporcionalmente, o maior número de negros, as manifestações contra Dilma, Lula e o PT partiram exatamente da parcela branca, de olhos azuis. As manifestações pelas ruas de Salvador são auto explicativas. Trata-se de uma classe média conservadora, que odeia as políticas sociais.

As cotas raciais e as leis em benefícios às domésticas e das camadas mais necessitadas da população enlouquece quem sempre achou que o Estado era seu. Quer enlouquecer essa classe média, branca de olhos azuis, e olha que meu filho tem olhos azuis, fale que o Curso de Medicina da UFRGS será frequentado também por alunos oriundos das escolas públicas.

Antes, quase só pessoas oriundas de escolas particulares, cujo ensino custa caro, sei porque pago, chegava às universidades públicas. Por que quem estuda em escola particular não estuda em Universidade… Particular?

Ah, agora também nas Universidade Particulares há, graças ao FIES e PROUNI, alunos oriundos de escolas públicas, filhos das camadas sociais menos privilegiadas.

Torço para que meu filho de olhos azuis, que estuda em escola particular, possa cursar Universidade Pública ou Particular, em turmas com alunos das mais diversas cores e origens. A miscigenação é a cara do Brasil. Querer um Brasil com políticas destinadas apenas às camadas que sempre foram privilegiadas é coisa de gente com ascendência nazista.

Governo chama Gilmar às falas

Ministros reiteram necessidade da reforma política e do fim do financiamento empresarial de campanha.

Os ministros José Eduardo Cardozo, da Justiça, e Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral da Presidência, foram escolhidos pelo Governo para comentar as manifestações populares realizadas hoje (15) e na última sexta-feira (13).
Ambos respeitaram o caráter democrático das manifestações, rejeitaram qualquer tentativa de golpe e impeachment, e apontaram os caminhos a serem seguidos para combater a corrupção: reforma política e fim do financiamento empresarial de campanha. Além disso, novas medidas contra a corrupção serão anunciadas pela presidenta Dilma Rousseff.
O Supremo Tribunal Federal já rejeitou, por 6 votos a 1, o financiamento empresarial de campanha. O ministro Gilmar Mendes, por sua vez, pediu vistas e suspendeu a votação. Desde então o Brasil aguarda o voto de Gilmar, que segura a ação há quase um ano.
O ministro da Justiça ressaltou a necessidade de uma reforma política e do fim do financiamento empresarial nas eleições. “Um ponto deve ser debatido por todos os brasileiro: não é mais possível permitir o financiamento empresarial de campanhas eleitorais”, declarou José Eduardo Cardozo.
Rossetto reforçou a posição do Governo no combate à corrupção e deixou claro que o financiamento empresarial das campanhas é um grande elemento corruptor.
Durante a entrevista dos ministros, foram relatados panelaços em diversos bairros do Brasil, como Higienópolis e Moema, em São Paulo, e Leblon, no Rio de Janeiro.
Em tempo:
comentário de Rodrigo Vianna no Twitter:
210 mil em SP (diz Folha), 5 mil no Rio, 25 mil em BH, 20 mil em POA, 10 mil em Curitiba. Nao chega a 500 mil! Kamel quer apavorar vcs!
João de Andrade Neto
, editor do Conversa Afiada

Governo chama Gilmar às falas | Conversa Afiada

29/09/2014

Os paulistas jogam voto no lixo?

pinheirinho-240112-alckminEstou buscando entender porque os paulistas estão prestes a reelegerem Geraldo Alckmin:

– Seria em função do crescimento da violência, que já ultrapassa o Rio de Janeiro como estado mais violento?

– Talvez porque foi o Estado que criou o PCC, decorrente desta maravilha de política de segurança?

– Seria pelo choque de gestão na administração da SABESP?

– Ou a meritocracia em ter provocado a crise d’água e o consequente racionamento?

– Pelas estatísticas que mostra o que roubo cresce pelo 14º mês consecutivo?

– Ou será para dar mais uma oportunidade ao PSDB de fazer o que ainda não fez em 20 anos?

– Dilema do salgadinho: porque a meritocracia do PSDB provocou  a decadência da USP e da UNESP ou a decadência da USP e UNESP são a prova da meritocracia do PSDB?

– O consumo do volumo morto do Sistema Cantareira matou os últimos neurônios que a poluição havia poupado?

Ex-secretário chama sucessor de ‘lixo’

Em cerimônia da Polícia Militar, Ferreira Pinto ofende Fernando Grella (Segurança Pública) e não o cumprimenta

Ex-titular é candidato a deputado pelo PMDB, partido que tenta desbancar Alckmin (PSDB) com Paulo Skaf

DE SÃO PAULO

O ex-secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo e candidato a deputado federal pelo PMDB Antonio Ferreira Pinto ofendeu o atual ocupante do cargo, Fernando Grella Vieira, ao chamá-lo de "lixo" e deixar de cumprimentá-lo em cerimônia da Polícia Militar na quinta-feira (25).

O episódio, registrado em vídeo obtido pela Folha e também divulgado pela TV Bandeirantes, ocorreu em um evento da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), um dos batalhões da Tropa de Choque da Polícia Militar paulista.

Em um dos momentos da cerimônia, Grella estava parado recebendo cumprimentos de pessoas organizadas em uma fila.

Quando Ferreira Pinto se aproximou, deixou de apertar a mão do atual secretário e disse: "Lixo". Grella apenas olhou para Ferreira Pinto e não reagiu à ofensa.

O secretário informou, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar.

À reportagem, Ferreira Pinto não fez comentários sobre o episódio.

TROCA RUIDOSA

A troca de Antonio Ferreira Pinto, no cargo havia três anos, por Fernando Grella Vieira na Secretaria Estadual de Segurança Pública de São Paulo em 2012 foi ruidosa.

Em meio a uma escalada da violência e criminalidade no Estado, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) procurava havia três meses um novo nome para a pasta.

A avaliação era que o discurso de combate à corrupção nas polícias Civil e Militar do então titular, ex-capitão da PM, havia reavivado o racha entre as corporações.

Alckmin temia melindrar a Polícia Civil. Escolheu Grella, ex-procurador-geral de Justiça de São Paulo.

Desde o início deste ano, com a candidatura acertada, Ferreira Pinto vem fazendo críticas à política de segurança de Alckmin nas redes sociais. O PMDB, seu partido, tenta eleger Paulo Skaf ao cargo de governador.

Em carta ao "Painel do Leitor", publicada na Folha em junho, Ferreira Pinto chamou a gestão Alckmin de "frouxa".

"O governo não deixa a Polícia Militar trabalhar. Já deu provas de que discrimina a corporação e que a hostiliza com medidas odiosas, embora dela dependa para seu projeto eleitoral", afirmou.

Em julho, o governo trocou comandantes da PM na capital num período de recorde de roubos. "Os indicadores obrigam uma revisão das práticas de policiamento", disse Grella.

Assista ao vídeo
folha.com/no1523988

26/08/2014

Aécio tem política para 1%

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Política,Política de Cotas,Políticas Sociais,PSDB — Gilmar Crestani @ 9:16 am
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aecioporto 100servonha -ayres-brittoVamos fazer as contas. Se em Minas ele alcança apenas 1% por cento dos estudantes, quanto alcançaria no Brasil todo? Se não consegue o menor, alguém acredita que conseguirá o maior? Pelo menos é coerente. Os aecioportos também só beneficiam 1% dos seus parentes, o titio Múcio Guimarães Tolentino!

Benefício para estudantes criado por Aécio só atinge 1% das cidades de MG

Implementado em 2007, o Poupança Jovem prevê recursos de R$ 3.000 a alunos do ensino médio

Em Minas, os cerca de 11 mil formandos de 2012 receberam os valores apenas em novembro de 2013

PAULO PEIXOTODE BELO HORIZONTE

O benefício a estudantes que o candidato tucano Aécio Neves promete ampliar para todo o país caso seja eleito presidente atingiu apenas 1% das cidades mineiras.

Criado em 2007, durante a gestão dele no governo de Minas Gerais, o Poupança Jovem atende 9 das 853 cidades do Estado. O governo local abre uma poupança para o aluno, que pode retirar R$ 3.000 no final do ensino médio, se cumprir requisitos de frequência e atividades extras.

No último fim de semana, Aécio disse que o pagamento ocorre no "dia da formatura". Em Minas, porém, o repasse demora até um ano após a conclusão do ensino médio.

O objetivo do programa, segundo o governo mineiro, é evitar a evasão escolar, fomentar a inclusão no mercado de trabalho e a geração de renda, incentivando o aluno a prosseguir com os estudos ou iniciar um negócio próprio.

A promessa integra uma série de propostas na área social que o tucano tem feito nos últimos dias, para tentar rebater a ideia de que cortaria benefícios associados ao PT –como o Bolsa Família.

Em Minas, os cerca de 11 mil formandos do ensino médio de 2012 receberam os valores apenas em novembro de 2013, conforme anúncio feito naquele mês pelo então governador Antonio Anastasia (PSDB) –hoje candidato ao Senado e coordenador do programa de Aécio. Ou seja, o aluno que tenha planejado usar o recurso logo após a formatura não pôde fazer isso. Estudantes de cidades como Ribeirão das Neves e Teófilo Otoni reclamaram dos atrasos.

As nove cidades do programa tinham 71,5 mil alunos no ensino médio em 2013 –10% do total de estudantes desse nível na rede estadual.

A iniciativa começou em 2007 apenas em Ribeirão das Neves, na Grande Belo Horizonte. Sete anos depois, mais oito municípios foram incluídos: Esmeraldas, Montes Claros, Ibirité, Sabará, Juiz de Fora, Governador Valadares, Teófilo Otoni e Pouso Alegre.

Segundo o governo mineiro, o programa é "abrangente onde tem de ser", porque tem foco em cidades com evasão acima da média, com violência alta e IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) baixo. Disse ainda que quase 120 mil alunos já foram beneficiados, entre formados e estudantes. O governo de Minas diz que, até o final deste ano, serão 139,5 mil. O governo informou que o prazo para liberação do pagamento é necessário para "confirmar o êxito do beneficiário nos três anos do ensino médio", isto é, verificar o cumprimento de condições obrigatórias.

A campanha de Aécio informou que o Poupança Jovem em Minas vem sendo implantado "de forma progressiva em grandes cidades".

"A lógica não é estar presente em todos os municípios, e sim combater o abandono escolar onde ele ocorre de forma mais acentuada."

Sobre Aécio ter dito que o recurso é liberado no "dia da formatura", a campanha dele informou que o aluno fica apto a receber os recursos neste dia, mas que a liberação "ocorre após a escola enviar procedimentos administrativos e pedagógicos comprobatórios".

06/06/2014

Trem pagador

pinheirinho-240112-alckminDilma, como astuta política da escola mineira de Milton Campos, encontra a melhor solução às demandas sociais. Diz-se que o político mineiro, Milton Campos tornou-se figura lendária pelo exemplo de bom senso foi quando diante de uma interminável greve de ferroviários (em Divinópolis) alguns assessores lhe haviam sugerido que enviasse soldados da policia estadual para acabar com a greve, em resposta retrucou: “Não seria melhor mandar o trem pagador?”

Quando da greve em virtude do preço das passagens, desonerou itens que compunham o preço das passagens e baixou o PAC da mobilidade urbana. Hoje, só em Porto Alegre, há uma dezena de obras decorrentes desta política, como o BRTs. Para as demandas das comunidades onde os médicos brasileiros não iam nem querem ir, criou o programa Mais Médicos, já existente em vários outros países para suprirem a carência de atendimento básico aos menos favorecidos. Insere-se nesta política a construção do Hospital da Restinga, em Porto Alegre, uma dos locais mais carentes da cidade.

E agora este exemplo de hoje, em São Paulo. Ao invés de fazer como Geraldo Alckmin, seguiu a lógica de Milton Campos. Ao invés de polícia para bater no MTST, como fez Alckmin na Desocupação do Pinheirinho, habitação popular!

É evidente que, depois do propinoduto da ALSTOM e SIEMENS, falar em trem pagador em São Paulo enseja interpretações, mas que cada um tire suas próprias conclusões…

Governo pede, e sem-teto suspendem ato

Grupo que invadiu terreno próximo ao Itaquerão prometia atrapalhar trânsito em área de amistoso da seleção

Gestão Dilma Rousseff estuda comprar o terreno, por meio da Caixa, e destiná-lo à habitação popular

NATUZA NERYVALDO CRUZ, DE BRASÍLIA, para a FOLHA, 06/06/2014

Emissários do governo federal negociaram uma trégua com os sem-teto para analisar a pauta de reivindicações do movimento.

Segundo a Folha apurou, interlocutores de Dilma Rousseff pediram a suspensão das manifestações previstas para esta sexta-feira (6), durante amistoso da seleção brasileira na capital paulista.

Líderes do MTST (Movimentos dos Trabalhadores Sem-Teto) concordaram em esperar, ao menos até esta sexta, uma resposta mais concreta do governo federal.

A presidente Dilma Rousseff estuda comprar a área próxima ao estádio Itaquerão, palco da abertura da Copa, invadida por 4.000 famílias do MTST em 3 de maio.

Nas últimas duas semanas, os sem-teto intensificaram exigências para a desapropriação da área da ocupação, chamada de Copa do Povo, e a destinação para habitação.

O grupo também pede mudanças no programa federal Minha Casa, Minha Vida e uma proposta de Lei do Inquilinato que controle os reajustes de aluguel.

O movimento quer a inclusão do terreno hoje ocupado, uma área de 150 mil m², em programas de moradia.

O grupo ameaça continuar com as manifestações e resistir à reintegração de posse.

Durante visita a São Paulo no mês passado, Dilma recebeu líderes do movimento e prometeu analisar a possibilidade de compra do imóvel. Mas as negociações pouco avançaram de lá para cá.

Apesar do compromisso de não haver protestos na sexta-feira, o Planalto não sabe por quanto tempo consegue evitar uma nova manifestação.

Entretanto, há disposição do Executivo de negociar uma solução com os sem-teto.

Na quarta (4), após ato próximo ao Itaquerão, os sem-teto ameaçaram protestar nos arredores do estádio do Morumbi, onde o Brasil jogará contra a Sérvia –última partida da seleção antes da Copa.

Interlocutores do governo disseram à Folha que há uma sinalização positiva para resolver o impasse em relação ao terreno. Até mesmo representantes do movimento afirmam em São Paulo que houve avanço nas negociações sobre o terreno. Há expectativa de que algum anúncio seja feito em breve.

O jogo amistoso do Brasil será contra a Sérvia e acontecerá no estádio do Morumbi.

Oficialmente, o MTST diz que cancelou o ato porque vai aguardar uma resposta das negociações que do poder público com a construtora Viveiros, proprietária do terreno.

Colaboraram ANDRÉIA SADI, de Brasília, e GUSTAVO URIBE e FELIPE SOUZA, de São Paulo

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