Ficha Corrida

21/12/2015

História bonsai da privada

privadanEvite o mau cheiro, ao terminar de ler dê descarga! A lista das excelências da privada não para de crescer: Andrade Gutierrez, Odebrecht, Queiróz-Galvão, RBS HSBC, Rede Globo, Carlinhos Cachoeira, Eduardo CUnha, Samarco. Aliás, por falar em SAMARCO, não nos esqueçamos que por trás da SAMARCO há duas empresas multinacionais às quais foram doadas por FHC a extração de minérios: a Vale do Rio Doce, cujo preço de venda foi inferior à concessão da exploração de três aeroportos brasileiros, com a diferença de que depois de 20 anos os aeroportos voltam ao governo federal, e a Vale não; e a BHP, com um histórico de “negligências” por onde passa que transforma natureza. Literalmente, hoje são as duas maiores privadas brasileiras. O tamanho da descarga destas privadas destrói tudo o que se encontra pelo caminho e já chegou ao mar.

Imagine o que teria acontecido se a tragédia de Mariana tivesse sido provocado pela Petrobrás, os golpistas da Rede Globo, RBS, Folha, Estadão, Gilmar Mendes, Aécio Neves, Chevron, José Serra & FHC estaria pedindo sua privatização.

Por que Golpe de 64 jamais se repetiria em 2015

Coloque os bacharéis da UDN Golpista ao lado do Gilmar PSDB-MT!​

publicado 20/12/2015

Em 1964, o Golpe tinha os Estados Unidos, o embaixador americano, o chefe da CIA no Brasil e a Quinta Frota a caminho.
Em 2015 não tinha.
Em 1964, o Golpe tinha o mensalão do IBAD.
Tinha o IPES do General Golbery com sua plêiade de empresários paulistas e intelectuais de renome.
O Golpe de 2015 não tinha Golbery: seus substitutos e exegetas não chegam perto em esperteza.
Embora sejam igualmente golpistas e americanófilos.
O Golpe de 64 contou com intelectuais equivocados, mas, de respeitáveis: Antonio Callado, Carlos Heitor Coni, que estudou para padre, Otto Lara Resende, Odylo Costa, filho, Rubem Fonseca, Alberto Dines, Wilson Figueiredo.
Quem são os intelectuais do Golpe de 2015?
Ataulpho Merval de Paiva, a Urubóloga, essa Ilustre colonista da Fel-lha, e o Gaspari (se você conseguir entender o que ele diz, ao fim da décima leitura do mesmo parágrafo).
Por isso, o Gaspari se chama, aqui, de o dos chapéus.
Uns medíocres que se fazem importantes com a repetição: como se a estultice tantas vezes repetida se tornasse sabedoria.
Repetição no jornal, na rádio, na tevê aberta, na tevê paga, nos blogs  – e nas conferências que os bancos pagam, como subsídio velado.
Ponha um Merval ao lado do Callado.
A Urubóloga ao lado do Coni.
A Ilustre ao lado de … do … qualquer um.
O Gaspari ao lado do Dines.
(Ele, o de chapéu, vai adorar a sugestão…)
A comparação revelará o abismo que os separa: uns tinham solidez, quilômetros de livros lidos, tinham abrangência, alcance.
Eram Golpistas, mas não eram parvos.
Sabiam escrever o próprio nome.
Não são os “intelectuais” do Golpe de 2015.
(Suspeita-se que a Ilustre jamais tenha lido um único livro.)
São esses intelectuais de 2015 que usam o amplo espaço da Democracia brasileira para tentar destrui-la.
Outro intelectual de 2015 é o Ministro do PSDB-MT, o Ministro Sic Gilmar, do Supremo.
Coloque-o, amigo navegante, ao lado dos “bacharéis da UDN”.
Da UDN de 1964.
Todos Golpistas como o Ministro do PSDB-MT.
Mas, compare Gilmar com Milton Campos, Prado Kelly, Bilac Pinto, Pedro Aleixo, Adauto Lucio Cardoso.
Gilmar fica do tamanho de um rábula de Diamantino.
Um provincianoto com verniz de germanófilo.
Nunca viveu fora do eixo Diamantino-Brasilia.
Tem a visão de mundo de uma barata.
O Golpe de 1964 tinha no Congresso o Carlos Lacerda, máximo Golpista, profissional do Golpe.
Mas, compare-o com os congressistas Golpistas de 2015.
O Eduardo Cunha.
Ponha Cunha, Aecím, Ferraço, Pauzinho, Caiado, Mendonça Filho, Cunha Lima  – essa armada brancaleone ao lado do Lacerda.
Lacerda diria deles: são o efeito do purgante , como disse a um Cunha que o chamou de “purgante”.
O Golpe de 1964 tinha as Forças Armadas.
Hoje não tem.
As Forças Armadas se dedicam exclusivamente à superior tarefa de defender a Soberania Nacional dos que cobiçam as riquezas da Amazônia Azul.
O Golpe de 1964 tinha uma razão Moral, digamos assim.
No ambiente da Guerra Fria, o Brasil fazia parte do quadro de valores impostos pelos americanos, os vencedores da II Guerra – ao lados soviéticos, que entraram primeiro em Berlim, e dos chineses do Mao, que massacraram e imobilizaram os japoneses, depois de Nanquim.
Mas, aqui, parecia que só os americanos ganharam a Guerra.
E, na luta entre a Democracia americana  e o Comunismo, a classe média brasileira se inclinou para o lado americano.
Qual é o argumento “moral” do Golpe de 2015?
O combate à corrupção?
É uma tentativa de recriar a polaridade.
Se, antes, era a Democracia vs o Comunismo que comia criancinhas, agora é a corrupção do Estado (petista) vs a virtude privada.
A virtude do André Esteves, esse campeão do empreendedorismo pátrio!
Esse herói da Avenida Faria Lima!
Das empreiteiras que fizeram o Alckmin e o Cerra naufragar nas mãos da Conceição Lemes.
A virtude privada do Ricardo Sergio de Oliveira.
Do Preciado.
Do Paulo Afrodescendente.
Do sócio da filha do Cerra naquela sorveteria.
Quá, quá, quá!
A virtude privada dos sonegadores da Zelotes.
À falta de um argumento “moral”, os Golpistas tentaram usar o coitado do vice decorativo.
Um inocente (em termos) útil.
Só ele achava que os tucanos iam dar o Golpe para que Temer e o Wellington, aquele amigão do Paulo Dote, governassem o Brasil.
Os tucanos já tinham até nomeado o Ministro da Fazenda, o Padim Pade Cerra.
O Temer seria promovido de mordomo a rainha da Inglaterra.
O Golpe de 2015 não tinha uma linha de comando definida, clara, como em 1964.
Ia ser um general.
A Vaca Fardada, o Castello ou o Costa.
E foi um general.
(Os dois segundos mereciam o epíteto do primeiro.)
O Golpe de 2015, não!
Podia ser o Cunha, o Temer, o Cerra, o Aecím!
O FHC, por aclamação – em Higyenopolis!
Os Golpistas estavam e estão irremediavelmente divididos.
E tomara que a Presidenta tenha a clareza de manter a Casa Grande dividida como está hoje.
E  governar também com a franja progressista da Casa Grande.
Floriano enfrentou a monarquia e os carcomidos em aliança com a cafeicultura paulista, que, naquela altura, significa progresso.
Vargas não se cansou de recorrer a empresários  – Horácio Lafer, José Ermirio de Moraes – para fazer avançar a agenda social.
Porque a Casa Grande que tem a sede em São Paulo não tem base social.
Os tucanos não têm candidato a governador e o candidato a Prefeito da preferência do Alckmin vai fazer comício em Sapopemba numa BMW.
Quem simboliza a Casa Grande paulista, hoje?
O Skaf, presidente da FIE P, um industrial da galpão?
O João Dória, que vive de apresentar ricos a políticos e políticos a ricos?
O Cerra, o Alckmin, que ainda serão tragados na Lava Jato?
O Otavím?
O FHC, que não controla a… nem a vaidade?
O Golpe de 1964 não se reproduziria jamais em 2015.
Porque, se, em 1964, o Golpe tinha líderes civis, em 2015 não teve nada que se possa chamar de “líder”.
Os Golpistas de 2015 são diferentes dos Bourbon.
Os Golpistas de 2015 não aprenderam nada e esqueceram tudo.
Dilma governará até o dia 1º de janeiro de 2019, quando passará o poder ao Lula ou a quem o Lula apoiar.
Porque os defensores da Legalidade botam mais gente na rua que os Golpistas.
Paulo Henrique Amorim

Por que Golpe de 64 jamais se repetiria em 2015 — Conversa Afiada

24/11/2014

Melhor agora do que nunca

Aos poucos, pelas vias não convencionais, por fora das vias orientadas pelo Instituto Millenium, vai sendo reconstituída uma história do silêncio a respeito das falcatruas na Petrobrás. A própria história que agora vem revelada a respeito das denúncias de Paulo Francis, porque seus patrões, a famiglia Marinho, não abraçou a causa e foi fundo nas investigações. A Globo, parceira da famiglia Sarney, como revela o filme Muito Além do Cidadão Kane, poderia muito bem ter avocado a denúncia e cobrado de seu parceiro midiático, então Presidente, para esclarecer a denúncia.

Mas todos sabemos como se resolvia este tipo de informação. Uma mão lavava a outra, e as duas os cofres públicos.  Ou seria por outro motivo que a Globo escondeu na Espanha a funcionária Miriam Dutra? O que será que a Globo obteve com a captura de FHC via Miriam Dutra e filho se dizia dele, mas que um exame de DNA, recentemente, provou que não era. Todos sabemos como eram as operações da Polícia Federal, comandada pelo NSA, cuja operações não iam além de arrancar maconha pelo interior do nordeste. E quando escapava alguma coisa, sempre tinha o Engavetador Geral para disparar o tiro silenciador.

Se o roubo era grande no tempo de Sarney, imagina com o genro de FHC, David Zylbersztajn, no  comandando a Petrobrás?!

Suíça connection

Sérgio Augusto – O Estado de S. Paulo

22 Novembro 2014 | 16h 00

Operação Paulo Francis levou 17 anos para se concretizar. Lava Jato é só seu nome fantasia

REPRODUÇÃOPetroataque. Processo contra Francis era de US$ 100 mi

No dia 14 dei uma de Stanislaw Ponte Preta e gozei, no Twitter, o nome dado à Operação Lava Jato, que alguns ainda grafam com hífen. Se não havia na história um avião a jato, nem sequer um prosaico ultraleve a ser lavado, a expressão era descabida. Dada sua clara intenção de conotar uma faxina em regra, como a executada nos carros em postos de gasolina, o nome correto seria “lava a jato”.

Minha picuinha onomástica, de imediato turbinada pelo Facebook, cumpriu apenas uma parte do seu objetivo: divertir os internautas com mais essa prova de que o Febeapá (Festival de Besteiras que Assola o País), inventado há cinco décadas por Stanislaw, ainda não encerrou suas atividades.

Indiferente ao flagra vernacular e às gozações nas mídias sociais, a Polícia Federal manteve o nome (e até o hífen) de sua operação, concentrando-se nos afazeres que lhe competem, a fim de evitar bobeadas mais sérias, como os erros processuais que inviabilizaram as operações Castelo de Areia e Satiagraha, e a indevida inclusão de José Carlos Cosenza na petrorroubalheira, que por um triz não comprometeu a limpeza em andamento, àquela altura já com uma extensão: Juízo Final, nome mais que apropriado se as investigações estiverem de fato em seus versículos derradeiros e os condenados, prestes a serem punidos.

Agindo com impressionante competência e rapidez na perseguição aos saqueadores da maior empresa pública do País, a PF tem saldo credor para cometer impunemente mais umas duas ou três mancadas ortográficas.

Aliás, não me lembro de outra nas mais de 2 mil operações por ela executadas neste século, ora batizadas com nomes de bichos, ora com títulos de filmes, na maioria das vezes com personagens e episódios históricos e mitológicos. Por mais que tentem esconder quem os sugere (o segredo também é a alma do marketing), sabe-se que até 2007 quem com mais frequência o fazia era o delegado Zulmar Pimentel, diretor executivo da PF, afastado do cargo e desterrado para Manaus com a fama de boquirroto.

Ignora-se quem associou a caça aos envolvidos no escândalo da Petrobrás à lavagem de carros. Seja lá quem for, seu maior erro não foi omitir uma preposição e acrescentar um hífen, mas desperdiçar a oportunidade de homenagear quem pela primeira vez alertou publicamente para a rapinagem na Petrobrás.

Há quase 20 anos, o jornalista Paulo Francis denunciou, no programa Manhattan Connection, que “todos os diretores da Petrobrás” punham dinheiro na Suíça. Apesar do alerta em off de Lucas Mendes (“olha, que dá processo”), Francis não tirou o dedo do gatilho. Referiu-se a um amigo, advogado, que num almoço com um banqueiro suíço ouvira deste o seguinte comentário: “Bom mesmo é brasileiro, porque esses bilionários árabes depositam US$ 1 milhão, US$ 2 milhões, mas uma semana depois tiram. Os brasileiros põem US$ 50 milhões, 60 milhões e deixam”. Segundo Francis, toda aquela grana era fruto de roubalheira, de superfaturamento.

Novo alerta de Lucas, dessa vez gestual (um discreto tapinha no braço direito), novamente ignorado por Francis, que reiterou sua certeza de que a Petrobrás fora dominada “pela maior quadrilha” em atividade numa empresa pública brasileira.

Lucas suspeitou certo: deu galho. Não contra a quadrilha vagamente apontada por Francis (o que só poderia ocorrer se o então presidente da Petrobrás, Joel Rennó, tivesse mandado investigar a procedência das acusações e as tivesse comprovado), mas contra o próprio acusador.

Sem provas concretas para substanciar sua denúncia, Francis acabou processado por Rennó, no foro de Nova York. Um processo impagável de US$ 100 milhões, ao qual o jornalista ainda se referiria em outra edição do Manhattan Connection, quando citou nominalmente o presidente da Petrobrás e acusou os diretores da estatal de tentarem intimidá-lo e silenciá-lo.

Nesse programa, houve um diálogo quase cômico entre Lucas e Francis. Ao ouvir o colega afirmar que, dos “três porquinhos” que dirigiam a Petrobrás, conhecia apenas o presidente, “um rapaz gordinho” que comia “nos melhores restaurantes de Nova York”, Lucas quis saber se já haviam comido juntos alguma vez. “Infelizmente, já”, respondeu Francis, simulando um engulho.

Se Francis errou ao dizer o que disse sem provas materiais, o presidente da Petrobrás não podia tê-lo processado nos Estados Unidos por coisas ditas numa televisão brasileira e jamais transmitidas fora do Brasil, embora gravadas num estúdio nova-iorquino. Muito menos envolvendo uma indenização que, hoje sabemos, só os petrogatunos teriam condições de pagar com seu butim, guardado aqui e lá fora.

Mesmo ciente de que perderia o caso, o presidente da Petrobrás esticou o litígio até onde pôde. Queria infernizar o jornalista, e como dispunha de recursos ilimitados para cozinhar o processo, manteve-o em banho-maria, para discreto constrangimento do presidente Fernando Henrique Cardoso, que tampouco se empenhou em esclarecer se as imputações de Francis tinham ou não fundamento.

Rennó afinal venceu a parada. Mas não nos tribunais.

Estressado e deprimido pela milonga judicial, Francis morreu de um ataque cardíaco, em 4 de fevereiro de 1997. Na Folha de S. Paulo do dia seguinte, Elio Gaspari encerrou seu comentário com esta observação: “Dizer que o processo do doutor Rennó o matou seria uma injustiça piegas, verdadeira estupidez. O que aconteceu foi outra coisa. O doutor Rennó conseguiu tomar uma carona no último capítulo da biografia de Paulo Francis. E, se algum dia Rennó tiver biografia, terá Paulo Francis nela. É difícil que consiga fazer coisa melhor, sobretudo à custa do dinheiro da viúva”.

A Operação Paulo Francis demorou 17 anos para se concretizar. “Lava-Jato” é apenas seu nome fantasia.

Suíça connection – Aliás – Estadão

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