Ficha Corrida

08/08/2016

Outro mau negócio: Odebrecht comprou pato por Serra

Filed under: Delação Premiada,José Serra,Odebrecht,Paulo Preto,PSDB,Tarja Preta — Gilmar Crestani @ 9:14 am
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Tanto mais procuram pelas digitais de Lula, mais encontram as dos parceiros ideológicos. Do primeiro a ser comido a José Serra, sem falar na Brasif de FHC, o PSDB é completo é o por inteiro o teúdo e manteúdo da corrupção. O PSDB, não fosse a blindagem que goza na plutocracia, não existiria sequer pra lotar um Fiat 147.

Isso explica o ódio da cleptocracia ao PT, a Dilma e Lula. E há uma “boa” explicação: enquanto caçam Lula, Dilma e o PT, a quadrilha pode continuar atuando, a ponto de perpetrarem um golpe paraguaio. Sim, viu-se muito político blindado, do PMDB e do PSDB, na Lista de Furnas, na Lista Falciani, na Lista Odebrecht, no Panama Papers, em Liechtenstein. Só não se viu Dilma e Lula!

Embora seja trágico, não há como não citar o hilário Barão de Itararé: “Homem que se vende sempre recebe mais do que vale”…

Odebrecht comprou Cerra por R$ 34 milhões

A propina era entregue aqui e "lá fora"…

publicado 07/08/2016

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Saiu na Fel-lha:

O Padim Pade Cerra recebeu da Odebrecht aqui e lá fora o que, em dinheiro de hoje, equivale a R$ 34,5 milhões!

É um guloso!

Recebeu para a campanha presidencial (e a derrota fulgurante) de 2010.

As doações "legais" eram a décima parte do "por fora".

Recebeu também uma mixaria pelas obras do "Roubanel Tungano", quando foi "governador" de SP.

Cerra está incurso na Lista de Furnas e nos múltiplos esquemas do metrô de São Paulo – em que os MPs e a Justiça não conseguem encanar ninguém.

O Conversa Afiada sustenta que Cerra deve ser um dos homens mais ricos do Brasil.

Entre outros motivos, porque ele é suspeito de roubar desde quando foi Secretário do Planejamento do Governo Montoro, em 1983, em São Paulo.

São 33 anos de militância suspeita, segundo a denúncia do então deputado Fábio Bierrembach.

Como se sabe, então, Bierrembach chamou Cerra de ladrão, Cerra o processou, o Juiz Walter Maierovitch concedeu a Bierrembach a "exceção da verdade" e Cerra impediu a Justiça de provar que ele não era ladrão…

Precisa desenhar, amigo navegante?

Ontem, a Veja – a Veja! – mostrou que o Temer e seu fiel escudeiro, aquele a quem o ACM se referia como o Eliseu "Quadrilha", também recebiam dinheiro (vivo!) da Odebrecht.

A denúncia da repórter Bela Megale, da Fel-lha, certamente provocará o primeiro fenômeno extra-terrestre dessa Olimpíada: o olho direito do Cerra sairá de órbita em direção ao espaço sideral!

Em tempo: ah … é disso que ele vive!

(Em parte…)

PHA

Odebrecht comprou Cerra por R$ 34 milhões — Conversa Afiada

Carta aberta a José Serra & CIA

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‘O que o senhor tem a dizer dos 23 milhões da Odebrecht?’: carta aberta a Serra. Por Paulo Nogueira

Postado em 07 Aug 2016 – por : Paulo Nogueira

Corrupto e inepto

Esta é mais uma das Cartas aos Golpistas. No futuro, elas poderão ser reunidas num livro para recapitular o golpe de 2016. O destinatário da presente carta é o chanceler José “23 milhões” Serra.

Caro Serra: imagino que você tenha passado este domingo no telefone. Não para tratar de assuntos nacionais, mas para resolver problemas pessoais.

Se conheço você, você telefonou para todos os donos de empresas jornalísticas para uma operação abafa. Você sempre fez isso na vida: procurar os barões da imprensa para garantir um noticiário amigo, fraternal, positivo.

Não foi fácil, para quem sempre foi protegido, acordar com a notícia de que Marcelo Odebrecht lhe deu 23 milhões de reais em caixa 2 nas eleições de 2010.

Quer dizer: 23 milhões em dinheiro da época. Hoje, são quase 35 milhões.

Você batizou sites independentes como “blogs sujos”. Sujo mesmo é este dinheiro, chanceler, que é apenas parte de um todo colossal.

É um dinheiro viajado. Ele percorreu rotas no exterior para não ser detectado e não pagar imposto, um expediente tão comum entre os plutocratas brasileiros e seus fâmulos, como você.

Sim, você é um fâmulo da plutocracia, a exemplo de seus companheiros de partido Aécio, FHC e Alckmin.

E é também a pior espécie de corrupto. O demagogo, o cínico, o hipócrita, aquele que à luz do sol brada contra a corrupção e na escuridão faz horrores.

Penso em seu caso e lembro o de Feliciano, o pastor. O moralista inflamado que pregou castração química para estupradores está no centro de um escândalo de tentativa de estupro. O mesmo homem tão intolerante em relação à vida sexual alheia escreveu, segundo um print gravado pela acusadora, que a “carne é fraca”.

Sim, a carne é fraca, chanceler. Nos faz desejar não apenas corpos, como aparentemente foi o caso do pastor, mas também cargos acima de nosso talento e de nossas possibilidades.

É seu caso.

Há muitos anos você trava um duelo de vontades com os brasileiros em torno da presidência da República. Você acha que nasceu para ser presidente não se sabe com base em que: votos não. Você não tem votos para tanta ambição, e nem competência. Você não foi capaz de conter sequer os pernilongos quando prefeito de São Paulo.

Em sua louca cavalgada presidencial, você chegou até a simular ter sido vítima de um atentado. Foi o infame Atentado da Bolinha de Papel. Nem a Globo, que contratou um especialista para confirmar a mentira, conseguiu evitar que o episódio passasse para a história como uma das maiores trapaças de uma campanha presidencial.

E agora, para culminar uma carreira sórdida, você é um dos baluartes do golpe.

Volto à expressão que você usou para designar os sites independentes. Não apenas um golpista — mas um golpista sujo.

Sinceramente.

Paulo

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Paulo Nogueira

Sobre o Autor

O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Diário do Centro do Mundo ‘O que o senhor tem a dizer dos 23 milhões da Odebrecht?’: carta aberta a Serra. Por Paulo Nogueira

21/12/2015

Corrupção boa? Em São Paulo, graças aos Rodrigo de Grandis, tem!

 

Alckmin e Cerra se enterraram na Lava Jato

Dr Moro, não vem ao caso ? – publicado 19/12/2015

helicoca

O Conversa Afiada reproduz do Viomundo irrepreensível reportagem da Conceição Lemes sobre esses moralistas sem moral do PSDB de São Paulo (FHC, toc toc toc – batata tá assando!):

Empreiteiras denunciadas na Lava Jato têm contratos de R$ 210 bi com governos de São Paulo; adesão paulista ao impeachment é para barrar investigações?

por Conceição Lemes
Em 5 de novembro, saiu no Diário Oficial da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo: Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da Alesp aprovou as contas do governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) referentes ao exercício de 2014.
Na mesma edição, o DO Legislativo publicou, da página 90 a 124, o voto em separado de dois deputados da Comissão, que desaprovaram as contas: João Paulo Rillo e Teonílio Barba (PT-SP).
Eles elencam diversas justificativas para a rejeição, entre as quais 17 ressalvas e 114 recomendações do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Em 2014, o TCE-SP fez 92 recomendações em relação às contas de 2013. Alckmin atendeu plenamente somente 7. Das 85 restantes, 43, ele cumpriu parcialmente  e 40, não fez nada. Duas estavam prejudicadas.
Em consequência, agora em 2015, as recomendações subiram para 114. A primeira é justamente cumprir as de 2013. Daí, as ressalvas aprovadas, que podem levar à rejeição das contas nos próximos anos:



Todas as ressalvas são consideradas graves, mas duas se destacam: a 11 e 16.
Em ambas há indícios sérios de que o governo paulista pode estar maquiando números e descumprindo a legislação.
A restrição 11 refere-se aos recursos do petróleo, que, por força da Lei de Diretrizes Orçamentárias, são considerados do Tesouro do Estado. Logo, podem ser incluídos no gasto com a Saúde e a Educação.
Só que isso vai contra o que estabelece a Constituição Federal, que prevê recursos de impostos – basicamente, ICMS e IPVA – para a Saúde e Educação. Consequentemente, é possível que os números divulgados não sejam reais e o governo paulista esteja aplicando menos em Educação e Saúde.
A ressalva 16 refere-se a uma “pedalada” de Alckmin na Educação, visto que as despesas restantes de um ano para pagar no exercício seguinte são grandes. De modo que, havia um total descontrole, como aponta TCE-SP desde 2007.
Mas o que mais chama atenção no voto em separado dos dois parlamentares são três fatos provavelmente conectados:
1) As empreiteiras denunciadas na Lava Jato pelo pagamento de propina a agentes públicos da Petrobras sempre atuaram em obras do governo do Estado de São Paulo.
2) O envolvimento do doleiro Alberto Youssef com grandes empreiteiras em obras públicas de Norte a Sul do Brasil, inclusive no Estado de São Paulo.
Na reportagem A planilha de Youssef, publicada na edição de 6 de dezembro 2014 de CartaCapital, o jornalista Fábio Serapião mostrou que o doleiro mantinha uma lista de 750 obras, entre as quais construções da Sabesp, do Monotrilho e do Rodoanel. Ele salienta:
“Outro caso parecido é o trecho do monotrilho entre a estação Oratório e Vila Prudente, na capital paulista, integrante da linha 15-Prata do Metrô.
No documento apreendido [a planilha do Youssef], a Construtora OAS, consorciada com a Queiroz Galvão e a canadense Bombardier, seria o cliente do doleiro em um contrato de cerca de 8 milhões de reais. Prometida pelo governador Geraldo Alckmin para janeiro deste ano, o monotrilho ainda não entrou em operação.
O presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, o vice-presidente do setor Internacional, Agenor Medeiros, e mais três dirigentes foram presos pela PF.
Na planilha aparecem ainda outros projetos de estatais paulistas, a começar por duas adutoras da Sabesp e obras no trecho Sul do Rodoanel. No caso da construção do anel rodoviário, em 2009, o TCU havia apontado ao menos 79 irregularidades graves, inclusive sobrepreço.
Na planilha do doleiro, a menção ao Rodoanel precede a inscrição do valor de 1,5 milhão de reais.
Além disso, o esquema de Youssef operou também na Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, revelaram reportagens do Estadão sobre a máfia dos fiscais paulistas.
3) Adir Assad,  preso desde março em Curitiba (PR) por decisão do juiz Sérgio Moro por suposto envolvimento nos desvios da Petrobras, é o doleiro das obras tucanas no Estado de São Paulo, segundo reportagem de Henrique Beirangê, publicada na edição de 30 julho de CartaCapital.
O nome de Adir aparece associado, por exemplo, ao Rodoanel Sul 5 e à ampliação das marginais do rio Tietê, anunciada em 4 de junho de junho de 2009, com bumbos e fanfarras, pelo então governador José Serra (PSDB) e o prefeito Gilberto Kassab (na época DEM, hoje PSD).
Beirangê observa:
A prisão de Assad revigora outro escândalo já esquecido: o esquema da Construtora Delta e do bicheiro Carlinhos Cachoeira. O doleiro aparece principalmente nas histórias de desvios de obras no estado São Paulo, governado há mais de duas décadas pelo PSDB. Um novo documento nas mãos de procuradores e policiais federais tem o poder de revelar detalhes de um escândalo de proporções ainda desconhecidas no ninho tucano. Os promotores de São Paulo sabem da existência das operações e pretendem abrir inquéritos para apurar as operações financeiras.
O documento é um relatório de análise do Ministério Público Federal que enumera uma série de tabelas de pagamentos a cinco companhias. Segundo a PF, trata-se de empresas de fachada criadas para lavar o pagamento de propinas intermediadas por Assad.
Entre elas aparece a Legend Engenheiros, responsável por movimentar 631 milhões de reais sem nunca ter tido um único funcionário, conforme a Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho.
A contabilidade da empresa exibe polpudos pagamentos de consórcios e empresas que realizaram obras bilionárias no governo de São Paulo durante os últimos 20 anos.
O primeiro pagamento que salta aos olhos é um depósito de 37 milhões de reais ao Consórcio Nova Tietê. Liderado pela Construtora Delta, o consórcio levou as principais obras de alargamento das pistas da principal via da capital paulista em 2009, durante o governo de José Serra.
O valor inicial do contrato previa gastos de 1 bilhão de reais, mas subiu para 1,75 bilhão, ou seja, acréscimo de 75%. Um inquérito sobre a inflação de custos chegou a ser aberto pelo Ministério Público de São Paulo. Acabou, como de costume em casos que envolvem tucanos, arquivado.
A obra foi acompanhada na época pela Dersa, empresa de economia mista na qual o principal acionista é o estado de São Paulo. Na assinatura do contrato entre o governo e o consórcio, o nome do representante da empresa estatal que aparece é o de um velho conhecido: Paulo Vieira de Souza, o famoso Paulo Preto, cuja trajetória e estripulias foram bastante comentadas durante a campanha presidencial de 2010. Acusado de falcatruas, Preto fez uma acusação velada a Serra e ao PSDB à época. “Não se abandona um líder ferido na estrada”, afirmou.
A propósito. Em 30 de abril de 2012, o Viomundo denunciou: São Paulo fez contratos de quase um bi com a Delta; Paulo Preto assinou o maior deles, no governo Serra.
Estávamos em plena CPI do Cachoeira e a mídia se “esqueceu” das conexões Dersa-Delta-Ampliação da Marginal Tietê-Paulo Preto-José Serra.
O doleiro Adir Assad até agora não abriu o bico. Será que fará delação premiada, relatando o que sabe sobre o esquema de fraudes e corrupção em São Paulo ou ficará calado para não incriminar os tucanos?
SERRA FECHOU R$78 BI EM CONTRATOS COM EMPREITEIRAS DENUNCIADAS NA LAVA JATO; ALCKMIN, R$ 52,3 BI
De qualquer forma, um levantamento inédito revela que, nos últimos 27 anos, 16 grandes empreiteiras denunciadas na Lava Jato por envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras receberam, em valores corrigidos, mais de R$ 210 bilhões dos cofres públicos paulistas. As contas referem-se  apenas às empresas do chamado clube das empreiteiras. Não estão incluídas aquelas que ocasionalmente faziam “negócios” com empresas do “clube”, como, por exemplo, a Serveng-Civilsan.  Os dados constam do voto em separado dos deputados João Paulo Rillo e Teonílio Barba.

Artesp (Agência de Transporte do Estado de São Paulo, por conta das concessões rodoviárias), Companhia do Metrô, Sabesp, Dersa e Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) são os órgãos do governo paulista que firmaram maiores contratos com essas empreiteiras envolvidas em irregularidades na Lava Jato.

Somente em 2014 o governo Geraldo Alckmin contratou junto a essas empreiteiras mais de R$ 8 bilhões.
Mas o ano de 2009, com o tucano José Serra à frente do governo do Estado de São Paulo,  foi o campeão. Em 2009, houve o maior número de contratos entre o governo paulista  e as empreiteiras implicadas na Operação Lava Jato.  Em valores corrigidos, somaram a bagatela de R$ 43,436 bilhões.
Mas tal honraria não foi apenas em 2009.
A gestão José Serra (2007 a 2010) foi a grande vencedora no quesito dinheiro público para as empreiteiras. De 2007 a 2010, os contratos com elas carrearam R$ 72,118 bilhões dos cofres públicos paulistas.
O governo Alckmin é o vice-campeão. De 2011 a 2014, os contratos com empresas denunciadas na Lava Jato totalizaram R$ 52,386 bilhões. Só em 2013 somaram R$ 41, 236 bilhões.


TCE-SP E MPE-SP JÁ COMEÇAM A APONTAR IRREGULARIDADES
Repetimos:  as 16 integrantes do “clube das empreiteiras” , denunciadas na Lava Jato pelo pagamento de propinas a executivos da Petrobras atuaram muito no Estado de São Paulo. Os contratos dessas 16 grandes empresas com sucessivos governos paulistas somam mais de R$ 210 bilhões, em valores atualizados.
Alguns resultados das investigações  sobre a Lava Jato paulista já são conhecidos. Ao longo do tempo, o TCE-SP considerou irregulares 58 contratos de mais de R$ 5,2 bilhões, envolvendo o governo paulista e empreiteiras denunciadas na Lava Jato.
Em dezembro de 2014, Serapião revelou que Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, da PEM Engenharia, denunciada pelo pagamento de propina no esquema da Petrobras, foi citado no cartel do Metrô paulista, o trensalão, também conhecido como propinoduto tucano.
O MPE-SP investiga, pelo menos, duas licitações ganhas pela PEM Engenharia. Uma delas, de mais de R$ 1,5 bilhão, foi para a fase I da linha 5 do Metrô. A outra, de mais de R$ 200 milhões, para a linha 2 do Metrô.
Outras empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção da Petrobras e na mira do MPE-SP por conta de contratos com o governo paulista:
* Toyo Setal, que até recentemente tinha como consultor Júlio Camargo, um dos delatores da corrupção na Petrobras. Em1998, ela assinou contrato de R$ 11 milhões para executar serviços de engenharia, projeto, fornecimento, montagem e instalação de sistema destinado ao trecho Artur-Guaianases da linha Leste/Oeste do Metrô paulista.
* A Queiroz-Galvão e a Serveng-Civilsan, que em 2013 assinaram com o governo Alckmin contrato para a construção de trecho da Rodovia Nova Tamoios (SP-099), que terá 33,9 km de extensão e ligará Caraguatatuba a São Sebastião, no litoral Norte paulista. A obra ficará  R$ 860 milhões mais cara que o custo previsto inicialmente de  R$2,34 bilhões. Curiosamente, em 2014,  a Queiroz Galvão ganhou também a licitação para a PPP da Rodovia Nova Tamoios, que envolve quase R$ 4 bilhões.
* A Jamp, empresa associada à Engevix, do esquema da Lava Jato.  Ela atuou na CDHU (Companhia de Desenvolvimento da Habitação Urbana), FDE (Fundação de Desenvolvimento da Educação) e na CPTM (Companhia de Transportes Metropolitanos). Chegam a dezenas os seus contratos com o governo paulista.
Várias outras empresas denunciadas na Lava Jato também estão envolvidos na obra da linha 5 – Lilás do Metrô (aqui e aqui).
Segundo a Justiça, a obra apresentava superfaturamento de mais de R$ 300 milhões
Agora, o Estadão publica que, além de atrasar mais de 4 anos, a vai custar R$ 1 bilhão a mais.
Esses são alguns exemplos de empresas denunciadas no esquema de corrupção da Petrobras e que continuam ganhando licitações ou aditivos do governo paulista.
Aliás, a Queiroz Galvão ganhou uma licitação de R$ 88 milhões para contratar as  empresas que executarão para a execução as obras complementares de trecho da rede de veículos leves sobre trilhos – VLT da Região Metropolitana da Baixada Santista, compreendido entre o Terminal Barreiros, em São Vicente, e a Estação Porto, em Santos.
A Serveng-Civilsan ganhou também contrato de R$ 555 milhões para elaborar o projeto e executar as obras da interligação entre as represas Jaguari (da bacia do rio Paraíba do Sul) e Atibainha (Sistema Cantareira).
Em 9 de dezembro, nós especulamos:
Eduardo Cunha e Michel Temer lideram um golpe parlamentar para se livrar da Operação Lava Jato, com a conivência do PSDB, agora que as investigações vão bater neles por conta da delação premiada do ex-líder do PT no Senado, Delcídio do Amaral.
De quarta, 16, para quinta-feira, 17, o golpe de Eduardo Cunha e Michel fez água.
Primeiro, os atos do dia 16 pelo Brasil todo mostraram que, finalmente, a ficha caiu para a sociedade.
O impeachment, como mostraram muito bem os professores no ato em defesa da democracia na Faculdade de Direito da USP, seria apenas o primeiro passo para o desmonte de todas as conquistas sociais da Constituição de 88 e dos últimos 13 anos.
Segundo, o pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para afastamento de Eduardo Cunha do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara.
O PGR faz um retrato devastador do homem do impeachment: atacadista de venda de emendas parlamentares.
Terceiro, a decisão do STF nesta quinta-feira sobre o rito de impeachment: a comissão que avaliará o caso será definida por chapa única, a votação será em aberto, e caberá ao Senado a decisão final.
Diante desse quadro e desses dados, ficam várias perguntas:
Será que, por temerem o avanço da Lava Jato, Serra, Alckmin & amigos abraçaram o impeachment para desviar o foco deles?
Como fica a operação-abafa da Lava Jato que estava sendo negociada pelo vice Michel Temer, o traidor, com os tucanos?
Será que a força-tarefa da Lava Jato vai finalmente abrir a linha de investigação tucano-paulista, a Lava Jato paulista?

Alckmin e Cerra se enterraram na Lava Jato — Conversa Afiada

25/11/2015

Amigos da Folha

OBScena: operação de guerra de um lado, operação esconde-esconde no outro.

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A capa da Folha de São Paulo de hoje, 25/11/2015, faz-me lembrar do Poema em linha reta do Fernando Pessoa. Chega a ser engraçado a diferença com que a Folha trata do cartel montado nos trens de São Paulo com a prisão deste pecuarista. Enquanto a manchete de hoje, como foto do Exército de Xian ocupando toda parte superior da capa, a informação sobre o conluio para esconder a corrupção nos três fica ao pé da página, sem fotos. Hoje a Folha consegue, numa única manchete envolve Lula e o PT. Na dos trens, nem Rodrigo De Grandis aparece, quanto mais FHC, Geraldo Alckmin, José Serra ou PSDB. É assim que funciona a máquina de caça ao Lula Gigante!

Quando a Folha vai botar na capa uma foto de Aécio Neves com a famiglia Perrella? Ou de Aécio Neves com seus aviões e os ilustres passageiros, Roberto Civita & FHC, transportados com dinheiro público?

Todos os investigados da Lava Jato são amigos do Lula. Só Lula tem amigos?

Aliás, só Lula tem filhos, genros e noras? Quando veremos na capa da Folha de São Paulo que David Zylbersztajn,  genro de FHC, foi diretor-geral da recém-criada Agência Nacional do Petróleo (ANP), e reconduzido ao cargo novamente em janeiro de 2000. Liderou a quebra do monopólio da Petrobras na exploração do petróleo no Brasil, realizando o primeiro leilão de áreas de exploração aberto à iniciativa privada, nos dias 15 e 16 de junho de 1999.

Por que Verônica Serra, filha de José Serra, mesmo se assoCIAndo ao homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lehman, nunca foi capa de revista ou jornal? A maneira e a desenvoltura com que ela transitou durante os governos FHC não vem ao caso, né.

Então vamos fazer o seguinte:

Bumlai é amigo do Lula!

Paulo Preto não é amigo do José Serra?

Pimenta Neves não é amigo do Fernão Mesquita?

Quem se encontrou mais vezes: Lula com Bumlai ou Geraldo Alckmin com Marcola?

José Maria Marin não é amigo de FHC?

Zezé Perrella não é amigo de Aécio Neves?

Eduardo CUnha não é amigo da Rede Globo, de Carlos Sampaio ou do Aécio Neves?

Marco Polo del Nero não é amigo de Marcelo Campos Pinto? Afinal, quem é Marcelo Campos Pinto? Ele tem amigos?

J. Hawilla não é amigo dos filhos do Roberto Marinho? Por que ele está preso nos EUA? Ele tem amigos?

Rodrigo de Grandis é amigo do Robson Marinho?

30/07/2015

Paulo Preto, podemos tirar ser achar melhor

Por que o jornalismo tarja preta tem urticária quando ouve o nome de Paulo Preto? Por que significaria tocar na hagiografia de José Serra e demais membros do panteão tucano.

Como sabemos, na velha lição do deputado gaúcho do PSDB, Jorge Pozzobom, o PSDB ganhou imunidade judicial para roubar. Tanto que a trupe da CBF e até o Eduardo CUnha já estão providenciando filiação ao PSDB como forma de não mais serem importunados por inoportunas perseguições judiciais….

Diante das obscenas parcialidades da velha mídia e da parcela do Poder Judiciário caudatário dos interesses midiáticos, o negócio é rir. Rir para não chorar. Como diria a Marta Suplicy, a nova musa do PCC, o negócio é relaxar e gozar. Gozar, apesar do excrementos em forma de jornalismo, jogados na nossa cara, como se fôssemos estátuas sem compreensão e sentimento. A seletividade dos assoCIAdos do Instituto Millenium é maior prova de que não combatem a corrupção, combatem, sim, a concorrência na corrupção.

Não admira que os velhos grupos mafiomidiáticos estejam se decompondo em praça pública. Como afogados, se grudam em qualquer merda para não afundarem.

As relações de Paulo Preto com as empresas investigadas na Lava Jato

qua, 29/07/2015 – 20:22

Por esquiber

Nassif,  acho que temos obrigação de contribuir com as investigações da Lava Jato apontando para Moro um arrecadador tucano que ficou esquecido, apagado pela poeira do tempo. Trata-se do engenheiro Paulo Vieira de Sousa, vulgo Paulo Preto, que segundo reportagem da Istoé,  "possuía relações estreitas com as empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix." As mesma investigadas na Lava Jato, com exceção da carioca.

Paulo Preto teria sumido com quase 5 milhões em dinheiro vivo da campanha tucana a presidente de José Serra, dinheiro arrecadado de empreiteiras. Moro talvez ignore este fato, embora não esqueça de João Vaccari Neto, o qual mantém trancafiado por razões de campanha de 2010, a mesma que Paulo Preto apareceu numa citação pra lá de criminosa.

Nos tempos áureos de Paulo Preto, "em São Paulo, foi responsável pela medição de obras e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou 5 bilhões de reais, a expansão da avenida Jacu-Pêssego e a reforma na Marginal do Tietê, estimada em 1,5 bilhão, diz reportagem de Carta Capital, assinada por Cynara Menezes.

Quando é que Moro vai mandar prender Paulo Preto para que este faça uma delação premiada contando tudo que sabe sobre as relações das empreiteiras com os governos tucanos? Corrupção de empreiteira só é crime se for no governo federal?

Da Carta Capital

Quem é Paulo Preto

por Cynara Menezes

Levada à campanha por Dilma Rousseff, a história do ex-diretor da Dersa causa constrangimento no tucanato e gera versões desencontradas de Serra

Na noite do domingo 10, ao fim do primeiro bloco do debate da TV Bandeirantes, o mais acalorado da campanha presidencial até agora, cobrada pelo adversário tucano José Serra sobre as denúncias contra a ex-ministra Erenice Guerra, a petista Dilma Rousseff revidou: “Fico indignada com a questão da Erenice. Agora, acho que você também deveria responder sobre Paulo Vieira de Souza, seu assessor, que fugiu com 4 milhões de reais de sua campanha”. Serra nada disse – ou “tergiversou”, como acusou a adversária durante todo o encontro televisivo –, e o País inteiro ficou à espera de uma resposta: quem é Paulo Vieira de Souza?

Numa eleição em que o jornalismo dito investigativo só atuou contra a candidata do governo, Dilma Rousseff serviu como “pauteira” para a imprensa. O pauteiro é quem indica quais reportagens devem ser feitas – e, se não fosse por causa de Dilma, Vieira de Souza nunca chegaria ao noticiário. Nos dias seguintes ao debate, finalmente jornais e tevês se preocuparam em escarafunchar, mesmo sem o ímpeto habitual quando se trata de denúncias a atingir a candidatura governista, um escândalo que envolvia o tucanato. A acusação contra Vieira de Souza, vulgo “Paulo Preto” ou “Negão”, apareceu pela primeira vez em agosto, na revista IstoÉ.

No texto, que obviamente teve pouquíssima repercussão na época, o engenheiro Paulo Preto era apontado como arrecadador do PSDB e acusado pelos próprios tucanos de sumir com dinheiro da campanha. “Como se trata de dinheiro sem origem declarada, o partido não tem sequer como mover um processo judicial”, dizia a reportagem, segundo a qual o engenheiro possuía relações estreitas com as empreiteiras Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, OAS, Mendes Júnior, Carioca e Engevix.

Após a citação feita por Dilma, os jornalistas cuidaram de cercar Serra para tentar extrair a resposta que ele não deu no debate. De saída, o candidato disse não conhecê-lo. “Eu não sei quem é o Paulo Preto. Nunca ouvi falar. Ele foi um factoide criado para que vocês fiquem perguntando”, declarou, na segunda-feira 11.

No dia seguinte, ameaças veladas feitas pelo ex-arrecadador em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo foram capazes de refrescar a memória de Serra. “Não somos amigos, mas ele me conhece muito bem. Até por uma questão de satisfação ao País, ele tem de responder. Não tem atitude minha que não tenha sido informada a ele”, disse Paulo Preto. “Não se larga um líder ferido na estrada em troca de nada. Não cometam esse erro.”

A partir da insinuação de que o já apelidado “homem-bomba do tucanato” possui fartos segredos a revelar, Serra não só se lembrou do desconhecido como o defendeu e o elogiou. “A acusação contra ele é injusta. Não houve desvio de dinheiro de campanha por parte de ninguém, nem do Paulo Souza”, afirmou o tucano, fazendo questão de dizer que o apelido “Preto” é preconceituoso. “Ele é considerado uma pessoa muito competente e ganhou até o prêmio de Engenheiro do Ano (em 2009). Nunca recebi nenhuma acusação a respeito dele durante sua atuação no governo.”

O último cargo público do engenheiro em governos do PSDB foi como diretor de engenharia da empresa Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), cargo do qual foi demitido em abril, poucos dias após Serra se lançar à Presidência. Mas sua folha de serviços prestados ao PSDB é extensa. Há 11 anos ocupava cargos de confiança em governos tucanos e era diretor da Dersa desde 2005, primeiro nas Relações Institucionais e depois na engenharia, nomeado por Serra. Trabalhou no Palácio do Planalto durante os quatro anos do segundo governo Fernando Henrique Cardoso como assessor especial da Presidência, no programa Brasil Empreendedor Rural. Em São Paulo, foi responsável pela medição de obras e pagamentos a empreiteiras contratadas para construir o trecho sul do Rodoanel, que custou 5 bilhões de reais, a expansão da avenida Jacu-Pêssego e a reforma na Marginal do Tietê, estimada em 1,5 bilhão.

Quem levou Vieira de Souza para o Planalto foi Aloysio Nunes Ferreira, recém-eleito senador pelo PSDB, de quem Paulo Preto se diz amigo há mais de 20 anos. Ferreira dispensa apresentações. Em 3 de outubro foi o candidato ao Senado mais votado do Brasil, depois de ter sido chefe da Casa Civil no governo paulista.

De acordo com a IstoÉ, familiares de Vieira de Souza chegaram a emprestar 300 mil reais para Ferreira, quantia -assumidamente utilizada pelo novo senador para quitar o pagamento do apartamento onde vive, em Higienópolis. O engenheiro mantém, aliás, um padrão de vida elevado, muito acima de quem passou boa parte da carreira em cargos públicos. É dono de um apartamento na Vila Nova Conceição em um edifício duplex com dez vagas na garagem, sauna privê e habitado por banqueiros e socialites. Pela média de preços da região, um apartamento no prédio não custa menos de 9 milhões de reais.

Vieira de Souza foi demitido da Dersa oito dias após aparecer ao lado de tucanos graduados na festa de inauguração do Rodoanel e atribuiu sua saída a diferenças de estilo com o novo governador, Alberto Gold-man, que assumiu na qualidade de vice.

Goldman parecia, de fato, incomodado com a desenvoltura, para dizer o mínimo, de Paulo Preto no governo, e deixou esse descontentamento claro em um e-mail enviado a Serra, em novembro do ano passado, no qual acusava o então diretor da Dersa de ser “vaidoso” e “arrogante”, como revelou a Folha de S.Paulo. “Parece que ninguém consegue controlá-lo. Julga-se o Super-Homem”, escreveu o atual governador na mensagem ao antecessor, também encaminhada ao secretário estadual de Transportes, Mauro Arce. Mas Paulo Preto só deixou o governo quando Serra saiu.

Dois meses após sua exoneração, em junho, Vieira de Souza seria preso em São Paulo, acusado de receptação de joia roubada. O ex-diretor da Dersa alega ter comprado de um desconhecido um bracelete de brilhantes da marca Gucci por 18 mil reais. Ao levar a joia a uma loja do Shopping Iguatemi para avaliar se era verdadeira, foi preso em flagrante, após ser constatado pelo gerente que o objeto havia sido furtado ali mesmo no mês anterior. Solto no dia seguinte, passou a responder à acusação em liberdade. Hoje, ele atribui o imbróglio a “uma armação”.

Seu nome aparece ainda na investigação feita pela Polícia Federal que resultou na Operação Castelo de Areia. Na ação, -executivos da construtora Camargo Corrêa são acusados de comandar um esquema de propinas em obras públicas. A empresa nega. No relatório da PF há várias referências ao trecho sul do Rodoanel, responsabilidade de Paulo Preto, que teria recebido quatro pagamentos mensais de 416 mil reais da empreiteira. Vieira de Souza também nega. “A mim nunca ninguém entregou absolutamente nada. O lote da Camargo Corrêa na obra era de 700 milhões de reais e a obra foi entregue no prazo, só com 6,52% de acréscimo. É o menor aditivo que já houve em obra pública no Brasil.”

À revista Época, que publicou uma pequena reportagem sobre o caso em maio, Ferreira reconheceu a amizade antiga com Paulo Preto, mas negou ter recebido doações ilegais da construtora. Afirmou ainda que o Rodoanel foi aprovado pelos órgãos fiscalizadores. “O Rodoanel teve apenas um aditivo de 5% de seu valor total, um recorde para os padrões do Brasil”, disse o senador eleito. Atualmente, a operação Castelo de Areia encontra-se paralisada em virtude de uma liminar deferida pelo ministro Cesar Asfor Rocha, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), até que seja julgado o pedido da defesa da Camargo Corrêa, que reclama de irregularidades na investigação.

O vice-presidente do PSDB, Eduardo Jorge, que teria servido de fonte para a reportagem da IstoÉ, deu entrevista nos últimos dias na qual nega ter afirmado que Paulo Preto arrecadara, por conta própria, “no mínimo” 4 milhões de reais – o próprio engenheiro diz que esse número foi subestimado. Segundo Eduardo Jorge, não existe nenhum esquema de “arrecadação paralela”, o famoso caixa 2, entre os tucanos. Paulo Preto processa EJ, o tesoureiro-adjunto Evandro Losacco e o deputado federal reeleito José Aníbal, chamados por ele de “aloprados” por tê-lo denunciado à revista. Curiosamente, na entrevista à imprensa, Eduardo Jorge faz mistério sobre os nomes dos reais arrecadadores da campanha tucana, a quem chama de “fulano” e “sicrano”.

Na quinta-feira 14, a bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo entrou com uma representação no Ministério Público Estadual. Solicita uma investigação contra o ex-diretor da Dersa por improbidade administrativa. Além da acusação sobre os 4 milhões de reais arrecadados irregularmente para a campanha tucana, os parlamentares petistas acusam a filha de Paulo Preto, a advogada Priscila Arana de Souza, de tráfico de influência, por representar as empreiteiras que tinham negócios com a empresa pública desde 2006, quando o pai era responsável pelo acompanhamento e fiscalização das principais obras viárias do governo paulista, como o Rodoanel e a Nova Marginal, vitrines da campanha tucana na corrida presidencial.

Documentos do Tribunal de Contas da União revelam que Priscila Souza era uma das advogadas das empreiteiras no processo que analisou as contas da construção do trecho sul do Rodoanel. Ao contrário do que disse o ex-chefe da Casa Civil de Serra, uma auditoria da empresa Fiscobras apontou diversas irregularidades na obra, entre elas um superfaturamento de 32 milhões de reais em relação ao contrato inicial, despesa que teria sido repassada ao Ministério dos Transportes, parceiro no projeto. A filha do engenheiro aparece ainda em uma procuração, datada de maio de 2009, na qual os responsáveis da construtora Andrade Gutierrez autorizam os advogados do escritório Edgard Leite Advogados Associados a representarem a empresa em demandas judiciais.

“Já havíamos encaminhado ao MP uma representação, em maio, pedindo investigação sobre a suposta arrecadação ilegal de dinheiro para a campanha tucana, com base nas denúncias da IstoÉ. Conversei com o procurador-geral, Fernando Grella, e ele me garantiu que a investigação foi aberta, mas corre em sigilo de Justiça, por ter sido anexada aos autos da Operação Castelo de Areia, que está suspensa”, disse o deputado estadual do PT Antonio Mentor.
Para o presidente estadual do PT, Edinho Silva, há indícios suficientes de uma relação “pouco lícita” entre o ex-diretor da Dersa e as construtoras. “Como pode a filha representar as mesmas empresas que são fiscalizadas pelo pai? O poder público não pode se relacionar dessa forma com a iniciativa privada”, afirmou Silva, recém-eleito deputado estadual. “Além disso, é preciso apurar essa história do dinheiro arrecadado ilegalmente pelo engenheiro. Quem denunciou isso não foi a gente, foi o PSDB, que não viu a cor do dinheiro e reclamou à imprensa.”

Por meio de nota, o escritório de -advocacia classificou de “inconsistentes e maldosas” as acusações do PT. “A advogada Priscila Arana de Souza ingressou no escritório em 1º de junho de 2006. O escritório presta, há mais de dez anos, serviços jurídicos a praticamente todas as empresas privadas que compõem os consórcios contratados para a execução do trecho sul do Rodoanel de São Paulo”, registra o texto.

Procurado por CartaCapital, Paulo Preto não foi encontrado. Seus assessores informaram, na quinta-feira 14, que o engenheiro estava viajando. Na entrevista que deu à Folha, o engenheiro insinuou que sua função era a de facilitar as doações de empresas privadas com contratos com o governo de São Paulo ao PSDB. “Ninguém nesse governo deu condições de as empresas apoiarem (sic) mais recursos politicamente do que eu”, disse. Isso porque, sustentou, cumpriu todos os prazos e pagamentos acertados com as empreiteiras nas obras sob seu comando.

Nos últimos dias, Serra tem se mostrado irritado com as perguntas de jornalistas sobre o tucano honorário Paulo Preto. Em Porto Alegre, na quarta-feira 13, chegou a acusar o jornal Valor Econômico de atuar em favor da campanha de Dilma Rousseff. Perguntado por um repórter do diário, o presidenciável disse que o veículo, pertencente aos grupos Folha e Globo, “faz manchete para o PT colocar no horário eleitoral gratuito”, evidenciando como se incomoda de provar do próprio remédio. O destempero deu-se minutos depois de o candidato declarar seu apreço pela liberdade de imprensa. Além do mais, a reclamação é estranha: as manchetes de jornais e capas de revistas com críticas e denúncias contra Dilma Rousseff são matéria-prima do programa eleitoral do PSDB.

No domingo 17, Dilma e Serra voltam a se enfrentar no debate promovido pela Rede TV! Ninguém espera que se cumpra o vaticínio frustrado de “paz e amor” dado pelos jornais antes do primeiro confronto. A petista vai, ao que tudo indica, continuar a questionar Serra sobre as privatizações do governo Fernando Henrique e insistirá na comparação dos feitos do governo Lula com aqueles de seu antecessor. Segundo a pesquisa CNT-Sensus divulgada na quinta 14, os entrevistados consideraram Dilma Rousseff a vencedora do debate na Band.

Durante o debate, Serra nem sequer defendeu a própria mulher, Mônica, apontada por Dilma como uma das líderes de uma campanha difamatória de cunho religioso contra o PT, ao declarar a um evangélico no Rio de Janeiro que a candidata governista “gosta de matar criancinhas”. O fez depois, em seu programa eleitoral, ao tentar assumir o papel de vítima (segundo ele, a adversária tinha partido para a baixaria e atacado até a sua família).

As relações de Paulo Preto com as empresas investigadas na Lava Jato | GGN

06/07/2014

Quinta coluna, Aloysio trocou a guerrilha pelo Paulo Preto

aloysioUm tucano na querrilha

Escolhido como vice na chapa de Aécio Neves, Aloysio Nunes lembra de sua atuação na luta armada para tentar derrubar a ditadura

DANIELA LIMADE SÃO PAULO

Na noite de 9 de agosto de 1968, Aloysio Nunes Ferreira dividia insone uma cama de casal com outras três pessoas, num pequeno apartamento próximo à praça Roosevelt, na capital paulista. Preparava-se para o assalto que se tornou uma das mais célebres ações de guerrilha durante a ditadura no Brasil.

"Às vezes eu lembro da sensação, da incerteza", contou. "E se não der certo? E se eu for preso? E, se preso, for torturado? E se, torturado, eu falar? Sabe… Era um pavor. Muito medo. Me lembro disso, mas de ter dormido, não."

O relato –feito pelo hoje senador tucano à Folha, dias depois de ter sido escolhido candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG)– é sobre a noite que antecedeu o assalto ao trem pagador Santos-Jundiaí, em 10 de agosto.

Aloysio, na época com 23 anos, integrava a ALN (Ação Libertadora Nacional), organização liderada por Carlos Marighella. A função do tucano foi dirigir o veículo –um Fusca roubado– usado na fuga dos parceiros.

Na guerrilha, Aloysio teve muitos nomes. Notabilizou-se por "Mateus", mas usou outros, como "Lucas". "Eram sempre evangelistas", lembra. Abriu exceção aos codinomes bíblicos quando escreveu para a "Voz Operária", publicação do PCB (Partido Comunista Brasileiro), e assinou "Nicanor Fagundes".

"Nicanor pela música do Chico Buarque [Onde andará Nicanor?’, diz o primeiro verso da canção] e Fagundes porque daí ficava NF [iniciais de Nunes Ferreira]."

Aloysio nunca escondeu sua relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de direito da USP. Dentro do "partidão", seguiu a ala de Marighella, que via como "herói", e partiu para a luta armada.

AO LADO DE DILMA

Na disputa presidencial de 2010, foi contra a exploração eleitoral da atuação da então candidata Dilma Rousseff (PT) na organização VAR-Palmares, também de guerrilha.

"Fui mais longe do que ela. Mas isso não me impede de hoje ter uma visão absolutamente crítica, não só da tática, mas da concepção desses movimentos", avalia. "Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática."

No regime militar, Dilma guardou armas e dinheiro para a VAR-Palmares, mas não há registro de que participou de assaltos e ações armadas.

A revisão de Aloysio sobre sua atuação na guerrilha não é recente. Ironicamente, o próprio Marighella desencadeou esse processo ao providenciar a ida do tucano para Paris, em 1968. Com documentos falsos, embarcou com a missão de divulgar a guerrilha do Brasil na Europa.

Passou a acompanhar o Partido Comunista Francês e diz ter visto ali que a saída estava na "revolução com as massas" e não com as armas.

Na França, emplacou textos de Marighella na revista do filósofo francês Jean-Paul Sartre. "Aloysio tinha essa visão de guardar cartas do Marighella. A gente se preocupava, porque aquilo era fogo puro, dinamite [se fossem descobertas]", lembra a socióloga Ana Corbisier.

Era ela quem traduzia para o francês os textos de Marighella. Amiga de infância do senador, foi quem o abrigou no pequeno apartamento na véspera do assalto ao trem.

Hoje, os dois militam em campos opostos. Ana ficou pouco em Paris e partiu para Cuba. Tornou-se amiga do ex-ministro José Dirceu, exilado na ilha na época. Filiada ao PT, diz ter sido "uma pena" que Aloysio, de volta ao Brasil, tenha se filiado ao MDB, embrião do PMDB. Depois migrou para o PSDB.

OPÇÃO

No partido, aproximou-se daquele que viria a ser um dos amigos mais próximos, José Serra. A primeira vez que viu Serra, ele era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e fazia um discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964.

Depois, os dois se encontraram em Paris, na década de 1970, quando jantaram com um amigo em comum. Serra só lembra de Aloysio já no Brasil. "Tenho com ele grande afinidade eletiva. Quando nos conhecemos, depois do exílio, foi como se fôssemos amigos desde criancinha. Isso facilitou a aproximação política, que se desdobraria por décadas, naturalmente com flutuações", afirmou.

Em sua gestão no governo de São Paulo (2007-2010), Serra fez de Aloysio chefe da Casa Civil e o homem mais poderoso de seu círculo.

Cabia a ele negociar com prefeitos e deputados, além do acompanhar as principais metas do governo. Durante a eleição de 2010, quando Serra saiu candidato à Presidência, surgiram acusações de que um homem próximo a Aloysio, conhecido como Paulo Preto, havia desviado dinheiro da campanha.

Nada ficou comprovado. Aloysio sai em defesa do engenheiro, a quem chama pelo nome: Paulo Vieira de Souza, ex-dirigente da Dersa.

"O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda", afirma.

O cacife acumulado durante a gestão Serra e a capilaridade de seus contatos com políticos no Estado o colocaram entre os cotados para a vaga de vice na chapa de Aécio. A aproximação do mineiro, com quem Serra disputou protagonismo no PSDB por anos, levou às "flutuações" mencionadas pelo ex-governador.

"A trajetória do Aloysio foi marcada pela defesa da democracia. Como ele mesmo diz, é um jovem idealista. Não poderia estar em melhor companhia", disse Aécio.

14/01/2013

Quem vai inaugurar o anel do Serra?

Filed under: Geraldo Alckmin,Isto é PSDB!,José Serra,Paulo Preto,Rodoanel — Gilmar Crestani @ 8:46 am

 

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CONCLUSÃO DO RODOANEL NORTE (SÃO PAULO) VAI ATRASAR DOIS ANOS – CHAMEM O PAULO PRETO

SE FOSSE NA CHINA ISTO NÃO ACONTECERIA !


Segundo matéria do Jornal O Estado de São Paulo, a conclusão do trecho Norte do Rodoanel Metropolitano não será possível antes de janeiro de 2016, e, portanto, não será inaugurado no atual governo de Geraldo Alckmin. O jornal não faz nenhuma critica ao governo do tucano, pelo atraso monumental da obra, como sempre faz, quando se reporta a atrasos em obras de responsabilidade do governo federal.

O jornal aponta os vários motivos pelos quais a obra atrasou. Exigências do BID (que financia 2 BILHÕES) para o projeto viário, exigências do Tribunal de Contas e recursos interpostos por consórcios derrotados durante o processo de licitação, estão entre as principais.


Estivéssemos nós na China, ou sob um regime de governo igual ao da China, e isto não aconteceria. No Brasil, existem uma série de Leis, que regulam desde o processo licitatório até à parte ambiental, que por vezes, para o bem ou para o mal, certo ou errado, justo ou não, acabam por atrasar obras, interrompem seu andamento, obrigam a refazer projetos e a apresentar licenças de órgãos do Meio-Ambiente.


Não há o que fazer quanto a isso, exceto aprimorar a maneira de se lidar com a parte técnica e burocrática dos projetos, minimizando os recursos e liminares na Justiça, que, fatalmente sempre são apresentados e tem de ser respeitados, respondidos, resolvidos dentro da Lei.


Por estas e por outras, é que, USINAS HIDRELÉTRICAS, ATÔMICAS, PARQUES EÓLICOS, TREM BALA, ESTRADAS, FERROVIAS, ARCO METROPOLITANO, RODOANEL… e tantas outras obras acabam por atrasar e até custar muito mais caro.


Que as administrações precisam ser mais aplicadas e competentes para destravar estes empecilhos não há a menor dúvida, mas, que as exigências de um Estado Democrático tem grande peso nessa questão, é certo.


É preferível, porém, um atraso ainda que de dois anos, do que os problemas (inclusive desabamento de parte do RODOANEL) que estavam ocorrendo na DERSA, ao tempo do senhor Paulo Preto.

007BONDeblog: CONCLUSÃO DO RODOANEL NORTE (SÃO PAULO) VAI ATRASAR DOIS ANOS – CHAMEM O PAULO PRETO

13/10/2012

Quando o bico é maior que o cérebro, dá nisso

Faltou falar na confissão de Ronivon Santiago que vendeu por R$ 200 mil seu voto para a reeleição da égua madrinha. E nos Estados? Cássio Cunha Lima, da Paraíba, está preso. No RS, Yeda Crusius tambémd deveria. Logo chegará Marconi Perillo. E não é mero acaso que sejam os campeões da Ficha Suja. Não fossem as relações umbilicais com os grupos mafiomidiáticos, o PSDB estaria atrás do DEM. Não é mero acaso também o fato de terem escolhido como mascote um pássaro conhecido por ter o bico maior que o cérebro.

Fantasmas explicam fiasco “ético” na campanha tucana

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Escândalos que envolveram personagens como Eduardo Jorge, Ricardo Sérgio de Oliveira e Paulo Vieira de Souza ajudam a entender por que o mensalão não tem turbinado a candidatura de José Serra, em São Paulo; assombrações atormentam candidato

13 de Outubro de 2012 às 06:30

247 – Em editorial publicado ontem, a Folha de S. Paulo constatou que o escândalo do mensalão teve pouco efeito prático nas urnas. Em São Paulo, segundo o jornal, Fernando Haddad, do PT, é favorito, e José Serra, do PSDB, deve insistir na estratégia de associar o candidato petista aos personagens condenados no julgamento da Ação Penal 470. Ontem mesmo, Serra cumpriu a profecia, ao dizer que “Haddad segue as lições de José Dirceu”.

A estratégia, no entanto, tem sido malsucedida até agora, e não porque o eleitor desconsidere a questão ética ao votar. O ponto central é o histórico de escândalos do PSDB nos governos federal e de São Paulo – muitos deles, conectados ao financiamento de campanhas políticas de José Serra.

O personagem mais emblemático da era tucana é o ex-tesoureiro Ricardo Sérgio de Oliveira, que foi colocado, por Serra, na diretoria internacional do Banco do Brasil e no comando dos fundos de pensão estatais. Tal era seu poder, que Ricardo Sérgio foi capaz de organizar todos os principais consórcios das privatizações, especialmente nas telecomunicações. No caso da Telemar, a valor noticiado pela imprensa sobre a propina foi de R$ 90 milhões. Ricardo Sérgio só caiu quando, em 1998, fisgado em grampos telefônicos, dizia agir “no limite da irresponsabilidade”. No governo FHC, Ricardo Sérgio tinha como missão preparar o terreno para a candidatura de Serra à presidência da República, em 2002, assim como um parente do tucano, chamado Gregorio Marin Preciado, que organizava consórcios no setor elétrico.

Mais recentemente, Serra se viu envolvido em outro escândalo ligado ao financiamento ilegal de campanhas. Na disputa de 2010, o então tesoureiro do PSDB, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, foi acusado de desaparecer com R$ 4 milhões que teriam sido doados em espécie por uma empreiteira. Ex-diretor da Dersa, responsável pelas obras bilionárias do Rodoanel, em São Paulo, Paulo Preto usou a imagem de um gambá, em entrevista à revista Piauí, para descrever sua relação com Serra – "podem afastar, mas o cheiro permanece", afirmou.

Também na campanha de 2010, José Serra teve como um dos coordenadores de campanha o ex-secretário-geral do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Eduardo Jorge Caldas Pereira. Dados apontaram depósitos de R$ 3,9 milhões em suas contas, mas Eduardo Jorge partiu para a ofensiva e denunciou a quebra do seu sigilo fiscal, declarando ainda que os recursos eram fruto de herança e tinham origem lícita.

Seja como for, o histórico do PSDB jamais permitiu ao partido se apropriar da ética como uma bandeira, tamanha a quantidade de escândalos.

José Genoino, ex-presidente do PT, foi condenado por ter sido avalista num empréstismo tomado junto ao Banco Rural. Mas não há notícia de que ele tenha fugido com R$ 4 milhões, como se disse em relação a Paulo Preto.

Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, vive em condições muito mais modestas do que Ricardo “no limite da irresponsabilidade” Sérgio de Oliveira.

E como o eleitor intui essa realidade, e também rejeita a hipocrisia, o discurso moralista, até agora, tem fracassado.

Fantasmas explicam fiasco “ético” na campanha tucana | Brasil 24/7

25/08/2012

Serra é a bomba, e pode ser desativada por Paulo Preto

Filed under: Isto é PSDB!,José Serra,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 12:33 pm

 

Paulo Preto renova ameaça a Serra

Paulo Preto renova ameaça a SerraFoto: Divulgação

Na CPI, arrecadador do PSDB dirá que candidato tucano era sua “bússola” na Dersa, que fez a obra do Rodoanel

25 de Agosto de 2012 às 08:20

247 – O engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, continua mandando recados ao ex-chefe José Serra. Ex-diretor da Dersa e também arrecadador de recursos do PSDB no período em que Serra governou São Paulo (2006-2010) e construiu o trecho Sul do Rodoanel, além de ter feito a ampliação das marginais com a participação da Delta, Paulo Preto irá depor na próxima quarta-feira na CPI da Operação Monte Carlo.

A interlocutores próximos, ele disse novamente que citará José Serra no depoimento. Afirmará que Serra era sua “bússola” na estatal e que dispõe até de documentos assinados por ele. Na campanha presidencial de 2010, Paulo Preto foi acusado de desviar R$ 4 milhões arrecadados para a candidatura tucana.

Paulo Preto não apresentou requerimento para permanecer calado na CPI, assim como o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, Luiz Antônio Pagot, que depõe um dia antes. Ambos prometem movimentar uma CPI que vinha perdendo o fôlego nas últimas semanas e o ex-diretor da Dersa pode tornar ainda mais delicada a situação da candidatura Serra em São Paulo.

Paulo Preto renova ameaça a Serra | Brasil 247

20/08/2012

PSDB: Preto Sabe Das Boas

Filed under: Isto é PSDB!,José Serra,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 8:36 am

Na Folha, deu declaração que o PSDB pode ficar tranquilo. Dirá tudo, menos o que sabe. Pois é, "não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada"…

Paulo Preto avisa: “Vou falar tudo”

Convocado a depor na CPI do Cachoeira no dia 29, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, afirmou que não vai pedir habeas corpus à Justiça e que está disposto a responder às perguntas dos parlamentares. Paulo Preto deixou a Dersa – estatal paulista, governada pelo PSDB encarregada das rodovias – em abril de 2010."Vou falar tudo o que eu desejo falar desde 2010 para cá", afirmou

Paulo Preto teria desviado doações recebidas pelo PSDB para campanha de José Serra quando foi candidato a Presidência. Reportagem publicada na Revist IstoÉ, afimra que Paulo preto "fugiu com R$ 4 milhões" que seriam usados na campanha de Serra. Paulo Vieira de Souza assumiu a Diretoria de Engenharia da Dersa durante a gestão do tucano no governo do Estado.

O ex-dirigente indicou que ficará na defensiva em relação a acusações feitas pelo ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot. Pagot disse à revista IstoÉ ter ouvido de um procurador de uma empreiteira que dinheiro de obras do Rodoanel teria sido desviado para uso em campanha eleitoral de José Serra.

"Pelo que conheço da personalidade do Pagot, ele vai falar sobre os esquemas de arrecadação", avaliou Vieira de Souza, que vai à CPI um dia depois do ex-diretor do Dnit.

Autor de uma das frases mais marcantes da eleição de 2010, Paulo Preto mandou recado para José Serra (PSDB) -: "Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada" disse Paulo Preto, em referência ao fato de Serra ter dito que não o conhecia após o debate em que seu nome foi citado – No dia seguinte, José Serra lembrou de Paulo Preto e definiu-o como um engenheiro competente.

Até agora, ‘CPI do Silêncio’

Em funcionamento há quatro meses, a CPI do Cachoeira transformou-se na CPI do Silêncio, onde impera o mutismo dos envolvidos com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos.

Dos 32 depoentes, apenas 13 falaram. Em geral os que tinham pouco a dizer. A lei do silêncio em vigor é fruto de acordo entre governistas e oposição, que decidiram pela dispensa de depoentes com habeas corpus para ficar calados.

A estratégia teve como objetivo poupar futuros depoentes, como Fernando Cavendish, principal acionista da Delta, que só vai depor no dia 29. "Vai ficar muito ruim para esta CPI o senhor Cavendish ficar calado", diz o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). "O mais importante são as provas técnicas e não os depoimentos", rebate o presidente da CPI, Vital do Rêgo (PMDB-PB).

Para o relator, Odair Cunha (PT-MG), o fato de o depoente não falar sinaliza seu envolvimento com Carlos Cachoeira. Mesmo diante da falta de avanços na investigação, a CPI deve acabar até 4 de novembro. Cunha já começou a alinhavar o relatório, que pretende apresentar entre o primeiro e segundo turnos da eleição, provavelmente no dia 16 de outubro. No relatório, Cunha deverá propor ao Ministério Público o indiciamento do governador tucano Marconi Perillo (GO) e do prefeito petista de Palmas, Raul Filho.

Saiba mais

Em fevereiro de 2012, a operação Monte Carlo, da Polícia Federal, revelou as íntimas relações do bicheiro Carlos Cachoeira com políticos, tanto da oposição como da base aliada.

O senador goiano Demóstenes Torres (ex-DEM), figura de proa da oposição, foi o primeiro atingido. Visto como um dos mais combativos políticos do Congresso, usava sua influência e credibilidade para defender os negócios de Cachoeira. Acabou cassado.

Os grampos da PF também complicaram parlamentares de pelo menos seis siglas (PT, PSDB, PP, PTB, PPS e PCdoB), governadores e a Delta, de Fernando Cavendish, empreiteira com maior número de obras no PAC. As revelações levaram à abertura de inquéritos no Judiciário e à constituição da CPI.

Os Amigos do Presidente Lula

21/07/2012

Para refrescar a memória

 

PIG ensaia abandonar mais outro “companheiro ferido” na estrada

Posted by eduguim on 20/07/12 • Categorized as Crônica

Só para que não passe batido também esta. Você se lembra do que o PIG disse logo após a cassação de Demóstenes Torres? Vamos lá, puxe pela memória. Faz só uma semana… Lembrou-se? Vejamos: um se lembrou, dois se lembraram…

Ah, você, aí no fundo, não se lembra? Então vou lhe refrescar a memória. Segundo o Partido da Imprensa Golpista, a CPI do Cachoeira, com a cassação de Demóstenes, seria “esvaziada”.

O que está acontecendo, porém, desmente o PIG.  De novo.

Lembra-se de que esses “colonistas” (By PHA) disseram que Lula teria “errado a mão” quando engendrou a CPI do Cachoeira para “se vingar” de Marconi Perillo por ter dito publicamente, há alguns anos, que teria “avisado” o ex-presidente sobre o “mensalão”?

Lembra-se, leitor, de quando o PIG disse que a CPI que Lula teria engendrado para “se vingar” havia se tornado um “bumerangue” que se voltaria contra ele mesmo, seu partido e até contra o governo Dilma?

Lembra-se, leitor, de quando o PIG disse que havia muito mais indícios contra Agnelo Queiroz do que contra Perillo?

O fato é que a situação do governador de Goiás se agravou muito, da cassação de Demóstenes para cá. E se agravou exatamente na CPI que o PIG dizia que seria “esvaziada”. Apesar do recesso parlamentar, porém, os trabalhos continuaram e já flagraram contradições graves de Perillo.

Como foi dito aqui, tudo o que os depoentes disserem na CPI poderá ser usado contra eles.

Alguns se preservam e se valem do direito constitucional de não produzirem provas contra si, mas os governadores de Brasília e Goiás, entre outros, não puderam se valer desse estratagema porque foram convidados a depor como “testemunhas”.

Quando o PIG e o PSDB desandaram a defender Perillo após seu depoimento à CPI, foi dito aqui que seu depoimento fora ruim, evasivo, e que as absolvições in limine que estava recebendo eram vãs porque ele seria confrontado, mais adiante, com as próprias palavras.

É o que está acontecendo. A CPI já fala em “reconvocar” o governador de Goiás, o que está produzindo um fenômeno inédito: o núcleo duro da mídia tucana, assim como fez com Demóstenes (quando não teve mais jeito), agora ameaça abandonar Perillo.

Jornalistas da Veja e da Globo que só sabem atacar o PT, de repente começam a clamar que o PSDB pare de defender Perillo e até que o expulse, caso contrário o partido cairia “na mesma vala que o PT”.

É piada, não? Segundo a Justiça Eleitoral quem está na vala não é o PT, mas o DEM e o PSDB, dois dos partidos com maior índice de cassação de mandatos por corrupção dos que elegem. Muito acima, aliás, do PT, que ostentava, no último dado divulgado, a 10ª colocação.

Esses movimentos desses “colonistas”, assim, são uma péssima notícia para Perillo. Sua expulsão do PSDB significaria estar a dois passos da cassação de seu mandato de governador com as conseqüências todas que isso encerra, tal como perda de foro privilegiado.

Contudo, há um fator que embaralha todo o previsível. Note-se que esses jornalistas do PIG que já começam a pedir a cabeça de Perillo estão atacando o PSDB mais do que o normal, do que se depreende que o partido pode receber um baque logo, logo.

Uma possibilidade: Perillo fez voarem por aí ameaças de retaliação ao PSDB caso este o “abandonasse ferido na estrada”. E, à época, o partido afinou e cerrou fileiras em torno dele.

Outra possibilidade: o silêncio de Serra, que nem parece estar em campanha. A CPI do Cachoeira está cada dia mais perto dele. Perigosamente perto. E poucos sabem quão perto.

Neste momento, vale lembrar as palavras do filósofo tucano Paulo Preto: “Não se abandona um companheiro ferido na estrada”. Ele sabia do que estava falando. Só não se sabe se o PIG sabe o que ele sabe. Mas, se não souber, irá descobrir.

PIG ensaia abandonar mais outro “companheiro ferido” na estrada | Blog da Cidadania

19/07/2012

Cerra foge mais do Paulo Preto que do Amaury

Filed under: Carlinhos Cachoeira,CPI da Veja,José Serra,Marconi Perillo,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 9:39 am

Interessante essa brincadeira de espelhos tucanos: Paulo não é Preto, mas Vieira de Souza, que não é Afrodescendente, mas Paulo.

Enquanto não vem a CPI da Privataria, cujo relator será o Amaury Ribeiro Jr,  a prioridade do Cerra, hoje, é o Paulo Preto.
Mal sabe ele que o Gontijo está ali, atrás da porta.
Interessante essa brincadeira de espelhos tucanos: Paulo não é Preto, mas Vieira de Souza, que não é Afrodescendente, mas Paulo.
Todos eles trabalharam na Dersa, na jestão (?) Cerra.
Tanto faz.
Lembra muito a ministra do Supremo Ellen Grace: o Dantas não é o Dantas, mas o Dantas.
É a hipocrisia em ilimitada dimensão.
Até quando prevalecerá a inimputabilidade do Cerra ?
Leia a seção Painel da Folha (*), que recebe o Cerra com tapete vermelho (imagine …):

PSDB negocia cancelamento da convocação de ‘Paulo Preto’ em CPI

Esquadrão antibomba
O PSDB aproveita o recesso para tentar desarmar a bomba que atende pelo nome de “Paulo Preto” na CPI do Cachoeira. O partido negocia com a base aliada o cancelamento do depoimento em troca da anulação das convocações de Fernando Cavendish, da Delta, e Luiz Pagot, ex-Dnit. Outra hipótese avaliada é que o ex-diretor da Dersa encaminhe esclarecimentos por escrito. Tudo para evitar justamente o que o PT deseja: que a oitiva prejudique a campanha de José Serra.
Paiol
Já o PT rastreia no TCE e na Assembleia Legislativa documentos que comprometeriam o ex-dirigente da empresa responsável pelas obras viárias paulistas.
Quem?
Paulo Vieira Souza, que tem dito a pessoas próximas que gostaria de ir à CPI, foi orientado a não responder caso seja chamado de “Paulo Preto”, seu apelido.
(…)

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Cerra foge mais do Paulo Preto que do Amaury | Conversa Afiada

18/07/2012

CPI deve investigar Delta/Serra

Filed under: Carlinhos Cachoeira,CPI da Veja,José Serra,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 9:16 am

Por Altamiro Borges

A assessoria técnica do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo analisou os dados publicados pelo "Portal da Transparência Estadual", que é gerenciado pelo governo tucano no estado. O resultado é muito instigante. Eles revelam que, entre 2002 e 2011, a construtora Delta – acusada de ser empresa "laranja" da quadrilha de Carlinhos Cachoeira – assinou pelo menos 27 contratos com estatais e órgãos públicos em São Paulo. Eles totalizam quase R$ 1 bilhão em obras.

Na lista das empresas contratantes consta o Desenvolvimento Rodoviário S.A. (Dersa), o Departamento de Estradas de Rodagem (DER), o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "Eles somam cerca de R$ 800 milhões em valores nominais. Em valores corrigidos (considerando a inflação do período) os contratos chegaram a R$ 943,2 milhões".

Dersa e Paulo Preto
O maior contrato da Delta foi feito pela Dersa para executar a ampliação da marginal do rio Tietê, num total de R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos). O pomposo lançamento da obra, em junho de 2009, contou com as presenças do então governador José Serra (PSDB) e do prefeito Gilberto Kassab, na época no DEM. A Dersa tinha como um dos seus principais executivos o sinistro Paulo Preto, que depois ganhou fama por ser o "operador" na coleta de recursos para o presidenciável do PSDB.
Os dados do próprio portal do governo estadual reforçam as suspeitas de que muita grana pode ter sido desviada para a campanha do tucano. Diante destes graves indícios, os deputados petistas João Paulo Rillo, Adriano Diogo e Enio Tatto protocolaram representação junto ao Ministério Público Estadual para apurar possíveis irregularidades e ilegalidade nos contratos formalizados pela Dersa com empresas e consórcios para ampliação da Marginal do Tietê.
Pistas para novas investigações
Na representação, os deputados citam reportagem veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo que revela que o custo da Nova Marginal ficou em R$ 1,75 bilhão, 75% acima do estimado no primeiro orçamento, em 2008. A CPI do Cachoeira, que já resultou na cassação do ex-demo Demóstenes Torres e colocou na guilhotina o governador Marconi Perillo (PSDB-GO), deveria seguir as pistas dadas pelo próprio portal do governo de São Paulo. Será que é isso que explica o medo da oposição demotucana e da sua mídia venal, que insistem em decretar que a CPI "está morta"?

Altamiro Borges: CPI deve investigar Delta/Serra

As ligações de Paulo Preto com o grupo de Cachoeira

Enviado por luisnassif, qua, 18/07/2012 – 08:47

Por implacavel

Do Correio do Brasil

Cerco sobre Serra e Paulo Preto se fecha após doação milionária

O cerco à ligação entre o esquema criminoso do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, apoiado por um grupo de empresários de vários Estados brasileiros, começa a se fechar sobre o candidato tucano à administração municipal de São Paulo, José Serra. Ele e assessores próximos têm sido pressionados a explicar a série de ligações com integrantes do grupo acusado de fraude, contravenção e formação de quadrilha, liderado pelo contraventor goiano. Em 2010, durante a campanha derrotada ao Palácio do Planalto, o grupo de Serra recebeu uma doação de R$ 8,2 milhões, feita pela esposa do empreiteiro José Celso Gontijo, Ana Maria Baeta Valadares Gontijo. O valor foi um ponto fora da curva para uma pessoa física, uma vez que a lei eleitoral permite apenas que se doe 10% do valor ganho num determinado ano. A situação se agrava devido ao fato de Gontijo aparecer em um dos vídeos gravados por Durval Barbosa, ex-secretário do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, no qual ele paga propina para manter seus contratos de tecnologia no Distrito Federal. Arruda e Serra eram da mesma facção dentro do PSDB e foi cogitado para ser companheiro de chapa do tucano na corrida presidencial, descartado após o escândalo.

A doação milionária de Ana Gontijo para a campanha tucana de 2010, como pessoa física, é comparável somente às doações dos grandes bancos e grandes empreiteiras e, naquele ano, bateu todos os recordes. Ana Gontijo precisaria ter ganhado cerca de R$ 7 milhões por mês de salário bruto ou renda ao longo de 2009 (cerca de R$ 82,5 milhões de renda anual). Um processo em curso na Receita Federal verifica a autenticidade da fortuna doada pela Srª Gontijo, cujo marido foi filmado entregando maços de dinheiro para o esquema conhecido como Mensalão do DEM, desvendado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal (PF). No relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o escândalo, produzido pela Câmara Legislativa do Distrito Federal, vale destacar o tópico inteiro dedicado a Celso Gontijo:

“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO figura ainda como proprietário da empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA, de CNPJ no 05003257/0001-10, empresa citada no Inquérito n° 650/STJ como financiadora do esquema de corrupção, e que possui contratos com a CODEPLAN e o DEFRAN, totalizando repasses no valor de R$ 109.347.709,17 (cento e nove milhões, trezentos e quarenta e sete mil, setecentos e nove reais e dezessete centavos) entre os anos de 2000 a 2010.

“O Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO aparece em gravação feita pelo Sr. DURVAL BARBOSA, entregando-lhe dois pacotes contendo diversas notas de R$ 100,00 (cem reais). Esse vídeo compõe o inquérito nº 650/STJ e foi gravado na gestão do governador José Roberto Arruda, conforme foto do ex-governador disposta na parede oposta da gravação. Segundo o Sr. DURVAL BARBOSA, esse encontro ocorreu no dia 21 de outubro de 2009 na Secretaria de Assuntos Institucionais (v. 4, p. 528). Ainda segundo o declarante esse encontro tinha como objetivo fazer um “acerto” do recurso arrecadado como propina de um contrato com a empresa CALL TECNOLOGIA E SERVICOS LTDA (v. 4, p. 529). A propina era entregue diretamente pelo Sr. JOSÉ CELSO GONTIJO, por seus funcionários, e em uma ocasião pelo Sr. LUIS PAULO DA COSTA SAMPAIO. Ressalta ainda o delator que essa propina era paga desde o governo passado, equivalendo a um percentual entre 7% (sete por cento) e 8% (oito por cento) do total pago à empresa, já descontado o valor dos impostos. Esse dinheiro era inclusive arrecadado à época da campanha do Sr. JOSÉ ROBERTO ARRUDA ao governo do DF”.

Gontijo e Paulo Preto

A CPMI do Cachoeira visa os depoimentos de José Gontijo e Paulo Vieira de Souza, ou Paulo Preto, como é conhecido o ex-captador de recursos para as campanhas eleitorais de Serra, em São Paulo, agendados para o mês que vem. Coincidência ou não, assim que soube da convocação de Paulo Preto, o senador tucano paulista Aloysio Nunes, responsável pelo caixa de campanha em 2010, pediu para se afastar da Comissão, sendo substituído por Cyro Miranda (PSDB-GO). Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta Construções; e Luiz Antonio Pagot, ex-diretor-geral do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) do Ministério dos Transportes; além de Adir Assad, empresário de São Paulo que atua nos segmentos de construção civil e eventos também falarão aos senadores.

Call Center

Ao todo, o Estado de São Paulo fez contratos de quase R$ 1 bilhão com a Delta; R$ 178, 5 milhões, celebrados nas gestões Alckmin (2002 a março de 2006 e de janeiro de 2011 em diante) e R$ 764,8 milhões no governo Serra (janeiro de 2007 a abril de 2010). Paulo Preto assinou o maior parte deles. A Dersa contratou a Delta, em 2009, para executar a ampliação da marginal do Tietê por R$ 415.078.940,59 (valores corrigidos). Pela Delta, assinou Heraldo Puccini Neto, que teve a prisão preventiva decretada em abril e continua foragido.

– A CPMI está complementando esse trabalho que, aliás, foi muito bem feito. Está dissecando todo o fluxo de recursos da organização criminosa: quais empresas alimentavam-na e quais ela alimentava. Ou seja, origens, destinos, valores… A CPMI tem agora uma equipe grande de técnicos do Banco Central, Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União, Polícia Federal, Senado, que está analisando os dados. São técnicos fazendo uma análise financeiro-contábil da circulação do dinheiro. Nós queremos ter um diagnóstico rápido da organização e provas consistentes para levar a julgamento célere as pessoas envolvidas – disse o vice-presidente da CPMI do Cachoeira, Paulo Teixeira (SP), ao site Viomundo.

A presença de José Celso Gontijo na administração tucana de São Paulo também foi identificada desde 2006, quando a empresa Call Tecnologia, também conhecida como Call Contact Center, passou a administrar as chamadas para os serviços dispostos pela prefeitura de SP, durante a gestão de José Serra. À época, os pagamentos mensais para a empresa chegavam a R$ 1,2 milhão, algo próximo dos R$ 30 milhões por dois anos de serviço. Na atual gestão do prefeito Gilberto Kassab, o contrato foi prorrogado.

Em abril de 2009, a Call Tecnologia fechou outro contrato, desta vez com o governo estadual de São Paulo, com Serra no Palácio dos Bandeirantes, um ano antes dele se candidatar à Presidência da República, pelo partido que recebeu os R$ 8,25 milhões da mulher de Gontijo.

As ligações de Paulo Preto com o grupo de Cachoeira | Brasilianas.Org

06/05/2012

É vacina contra a Delta?

Filed under: Carlinhos Cachoeira,Construtora Delta,CPI da Veja,Isto é PSDB!,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 6:30 pm

É vacina contra a Delta?Foto: Haroldo Junior/Futura Press/AE

Governador Geraldo Alckmin vacinou José Serra contra a gripe neste sábado, mas o vírus que começa a rondar o Palácio dos Bandeirantes é a construtora de Fernando Cavendish; reportagens do fim de semana apontaram influência do bicheiro Carlos Cachoeira também em São Paulo

06 de Maio de 2012 às 07:44

247 – Geraldo Alckmin e José Serra nunca foram, propriamente, grandes amigos. Em 2006, quando Alckmin foi candidato à presidência da República, Serra se sentiu traído. Depois, instalado no governo paulista, Serra escanteou antigos aliados de Alckmin– que deu o troco, quatro anos depois. Neste sábado, em clima de campanha eleitoral, Alckmin decidiu vacinar Serra contra a gripe. Mas o vírus mais perigoso que se aproxima do Palácio dos Bandeirantes se chama Construtora Delta.

Reportagem da revista Istoé deste fim de semana aponta que a Delta começou a existir em São Paulo quando José Serra se tornou prefeito da cidade, em janeiro de 2005. Dois anos depois, a empreiteira de Fernando Cavendish foi carregada para o Palácio dos Bandeirantes, muitas vezes em contratos emergenciais, fechados sem licitação. Na semana passada, Alckmin disparou o alarme, ao dizer que contratos da Delta em São Paulo poderão ser revistos – mas, se o fizer, a decisão joga um problema para a candidatura de Serra em São Paulo.

A questão é que o Ministério Público já decidiu abrir investigação para apurar como se deu o crescimento da Delta em São Paulo. E o problema é que, ainda que a construtora tente circunscrever a Operação Monte Carlo ao Centro-Oeste, o bicheiro Carlos Cachoeira foi flagrado em conversas telefônicas tratando de negócios da Delta em São Paulo.

Leia, abaixo, a reportagem deste fim de semana da Istoé:

O esquema Cachoeira e o governo Serra

CPI e Ministério Público investigam como o grupo do bicheiro Carlinhos Cachoeira atuou em São Paulo através de contratos da construtora Delta com a Prefeitura e o Estado em obras na marginal Tietê

Pedro Marcondes de Moura

Os desdobramentos da Operação Monte Carlo, que investiga as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com governos estaduais e municipais, chegaram ao principal bunker da oposição: o Estado de São Paulo. Em Brasília, parlamentares que compõem a “CPI do Cachoeira” já tiveram acesso a conversas telefônicas gravadas com autorização judicial entre junho do ano passado e janeiro deste ano. Elas apontam que a construtora Delta, braço operacional e financeiro do grupo do contraventor, foi favorecida nas gestões de José Serra (PSDB) e de seu afilhado político Gilberto Kassab (PSD) na prefeitura e também quando o tucano ocupou o governo do Estado. Em 31 de janeiro deste ano, por exemplo, Carlinhos Cachoeira telefona para Cláudio Abreu, o representante da empreiteira na região Centro-Oeste, atualmente preso sob a acusação de fraudar licitações e superfaturar obras. Na ligação (leia quadro na pág. 43), o bicheiro pergunta se Abreu teria conversado com Fernando Cavendish, oficialmente o dono da construtora, sobre “o negócio do Kassab”. Em seguida, diz a Abreu que o prefeito de São Paulo “triplicou o contrato”. Essa conversa, segundo membros da CPI e do Ministério Público de São Paulo, é um dos indícios de que a organização de Cachoeira também teria atuado com os tucanos e seus aliados em São Paulo. “Os depoimentos de Cachoeira e Abreu serão fundamentais para que se descubra o alcance das relações entre a empreiteira e políticos”, diz o relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

A Delta começou a prestar serviços à capital paulista em 2005, quando Serra assumiu o comando do município. Inicialmente, os contratos somavam R$ 11 milhões. A partir de 2006, quando Serra deixou a prefeitura e venceu as eleições para governador, os negócios da empreiteira com o município se multiplicaram, em muitos casos sem licitação. Em 2010, ano em que o tucano disputou a Presidência, os repasses chegaram a R$ 36,4 milhões. Entre 2008 e 2011, os pagamentos da prefeitura para a Delta ultrapassaram R$ 167 milhões. O que chama mais a atenção da CPI e do Ministério Público de São Paulo, porém, é o fato de a Delta ter vencido em outubro do ano passado uma concorrência para limpeza urbana no valor de R$ 1,1 bilhão. O MP abriu um inquérito para apurar se houve fraude na licitação. Há suspeitas de uso de documentos falsos e de edital dirigido. “Se a Delta cometeu essas irregularidades em outros Estados e municípios, precisamos apurar se isso ocorreu também em São Paulo”, diz o promotor Silvio Marques, do Patrimônio Público. Na quarta-feira 2, ele encaminhou ofício à PF, solicitando acesso às investigações da Operação Monte Carlo.

Entre a papelada, o promotor receberá a transcrição de uma conversa gravada com autorização judicial ocorrida em 4 de agosto do ano passado. No diálogo, a que ISTOÉ teve acesso, um homem identificado como Jorge pergunta para Gleyb Ferreira, segundo a PF uma espécie de “faz-tudo” de Cachoeira, sobre o edital de uma licitação. “E aí, evoluiu aquele negócio?”, pergunta Jorge. “Aguardamos estar com o edital hoje à tarde. O Carlinhos (Cachoeira) quer que a gente converse com o Heraldo (Puccini Neto, representante da Delta na região Sudeste). Já estamos conseguindo uma prorrogação com o secretário para o dia 31 ao invés do dia 15”, responde Gleyb. Para a PF, o diálogo se refere à concorrência de R$ 1,1 bilhão vencida pela empresa ligada ao bicheiro. O Ministério Público já apurou que foram necessários dois editais para a concorrência. No primeiro, a Delta foi desclassificada.

Se a Delta multiplicou seus contratos com a prefeitura entre 2005 e 2011, um movimento semelhante ocorreu com o governo de São Paulo, quando Serra chegou ao Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 2007. Durante o mandato do tucano, a construtora recebeu R$ 664 milhões do governo paulista. O valor corresponde a 83% de todos os 27 convênios firmados pela Delta com o Estado de São Paulo na última década. A obra mais polêmica é a ampliação da Marginal Tietê, um dos cartões de visita da campanha presidencial de Serra em 2010. Além de inúmeros problemas, como atrasos e falta de compensação ambiental, o valor pago ao consórcio Nova Tietê, liderado pela Delta, sofreu um reajuste de 75%. Na quarta-feira 2, o Ministério Público de São Paulo instaurou Inquérito Civil para apurar a existência de irregularidades na licitação, superfaturamento e conluio entre agentes públicos.

Segundo documentos obtidos por ISTOÉ, a obra da Marginal era acompanhada dentro do governo de São Paulo por Delson José Amador e Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, que no PSDB é identificado como um dos arrecadadores das campanhas eleitorais de Serra. Tanto Paulo Preto como Amador são citados na Operação Castelo da Areia, da Polícia Federal, por suposto envolvimento com empreiteiras. Pelo lado da Delta, o responsável pelo gerenciamento da obra era o diretor da empreiteira para a região Sudeste, Heraldo Puccini Neto. Ele está foragido, após ter a prisão preventiva decretada por envolvimento em suposto esquema de fraude em licitações na área de transporte público do Distrito Federal. “A apuração sobre os contratos da Delta com o governo paulista pode levar ao caixa 2 dos tucanos em São Paulo”, afirma o deputado estadual João Paulo Rillo (PT). “Não podemos nos limitar a fazer uma análise política”, diz o líder tucano Álvaro Dias (PR). “Devemos checar todos os contratos da Delta para saber de que forma foram celebrados e se os preços praticados foram justos. Afinal, a empresa foi a principal patrocinadora da relação do bicheiro Cachoeira com os recursos públicos.”

É vacina contra a Delta? | Brasil 247

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