Certos acontecimentos dão força a essa frase, transforma tudo que veio antes em preliminar, em mero antecedente, ou para usar outro termo literário, em prefácio.
Você se da conta de que tudo que houve até ali, toda uma vida, toda uma história foi simplesmente preparação para aquele certo momento, depois do qual, nada será como era.
E o passado ganha uma lógica que não tinha. Você passa a entender tudo em retrospecto, tudo tinha um sentido em que você apenas ão perceberá, na falta do momento máximo.
A vitória do gremio, em Tókio em 83 nos anos medíocres, o quase rebaixamento, as finais desperdiçadas, os vexames, as desilusões, tudo era prólogo para ontem.
Agora ficou claro, agora ficou lógico.O próprio destaque como melhores do mundo, conquistado pelo Barcelona e pelo Ronaldinho fazia parte da preparação para o nosso 17 de dezembro que não teria o mesmo gosto épico se o adversário fosse outro.
Tudo era armação para aumentar o brilho e o drama do nosso momento máximo, tudo se encaixava, ou você pensa que a saída do Pato e do Fernandão foi obra do acaso, esse autor sem imaginação?
O resultado veio sendo construído aos poucos, desde antes da fundação do Internacional, antes de Pedro Alvares Cabral, antes de Onero e das Pirâmides, e eu sabia que havia uma justificativa histórica para o topete do Gabirú!
Há dias a leitora Poliana Lopes me lembrou de um texto que eu tinha escrito e esquecido, ela teve a gentileza de me mandar o texto e eu peço licença para repeti – lo agora, era assim:
“Meu caro Colorado, desculpe essa carta a céu aberto, é por que não sei seu nome nem seu endereço. Na verdade, só vi você na rua de mãos dadas com seu pai e cercado pelos seus irmãos que vestiam a camiseta do Grêmio, suponho que fossem seu pai e seus irmãos. Você estava com a camiseta do Internacional, quase parei o carro para olhar melhor, mas não era miragem. Você tinha uns quatro ou cinco anos e estava de camiseta vermelha, seu pai vestia uma camiseta branca exemplarmente neutra, mas posso imaginar como tem sido a sua vida em casa. As provocações, os petelecos, a flauta, o martirio. E lá estava você de camiseta vermelha o antigo escudo orgulhosamente no peito, desafiando todas as provações. Não sei se você sabe que vários colorados da sua geração não aguentaram, e trocaram de time. Levaram pais e avós ao desespero, mas não suportaram a pressão do sucesso gremista, você aguentou! Você não sabe, mas é um herói. E fiquei pensando que quando for a nossa vez de novo teremos certamente a torcida mais dedicada, fiel, convicta e feliz do Brasil. Por que será a torcida dos que resistiram! Aguente só mais um pouco, meus respeitos.”Mas isso tudo também pode ser um sonho, se for, por favor, não me acorde!”
Crônica da Luis Fernando Veríssimo quando do Mundial FIFA do Inter
Conheço Laurício Apolônio Pinto Brandão desde 1989, quando nos tornamos colegas de trabalho.
Após perambular como atleta, Laurício fez concurso para Justiça Federal onde ingressou em 1980.
Aposentado desde 1998, por força da natureza do meu trabalho, vejo-o com certa frequência, mas a cada ano que passa, cada vez menos. E toda vez que nos encontramos, sempre faço recordar seus tempos de Inter.
Laurício – 1990
Nascido em Campos dos Goytacazes, em 09/02/1943, se destacou no futebol carioca, primeiro pelo Madureira e depois, com muito sucesso, pelo Fluminense, de onde saiu para vir jogar no Inter.
Lateral de direito de muita marcação, se vangloria de ter sido um grande adversário do Grêmio, tanto que atribui a sua saída a intrigas que teriam sido arquitetadas por gremistas.
Jogou na lateral direita de 1966 a 1970. Passou pelos Eucaliptos e inaugurou o Beira-Rio.
Lauricio 1972
Quando lembra do time, abre um largo sorriso para falar do Escurinho:
– O negão me deu muitos bichos…
Os “bichos” a que se refere não são animais de estimação, mas o prêmio pelas vitórias.
Escurinho “deu” bichos ao Laurício e me tornou colorado. Mas esta é outra história….
Na inauguração do Beira-Rio, contra o Benfica, Daltro Menezes escalou o Inter com Gainete no gol, Laurício, Scala, Pontes e Sadi; Tovar e Dorinho; Valdomiro (Urruzmendi), Bráulio (Sérgio), Claudiomiro e Gilson Porto.
Foi uma grande vitória, 2 X1, que selou a sorte da nova casa.
Só não gosta de falar da saída, que teria sido provocada por uma intriga arrumada por gremistas, mas joga toda responsabilidade nas costas do Daltro Menezes, que preferiu ir atrás de intrigas do que confiar na sua palavra. Prova que quem bate esquece mas quem apanha, não…
Depois do Inter, só jogou, por apenas um ano, no Londrina.
Voltou pra Porto Alegre onde fixou residência definitiva.
Com Laurício, em março de 2019
Fico ainda mais feliz pelo atleta ao saber que Laurício tinha como sonho, se não fosse jogador de futebol, se tornar militar. Sonhava em se tornar general. E foi. Felizmente, na zaga do Inter…
E se Lula estiver na Lista Odebrecht? Se ele não estiver, seria possível exigir sua inclusão sob pena de não aceitar delação?
E se Lula não estiver no Panama Papers? A Mossack & Fonseca poderia, a pedido de seus caçadores, substituir um tríplex da famiglia Marinho por um que nunca lhe pertenceu?
E se Lula tivesse orquestrado para derrubar Dilma para, com isso, tentar barrar a Lava Jato?
E se Lula fosse amigo do José Sarney, tivesse com ele de uma rede de televisão, se reunisse com ele na ABL?
E se o Michelzinho fosse filho do Lula? Pois é, Lula e seus filhos seriam donos da Friboi, da Boing, de hotéis e ressortes. Tudo isso foi vendido e difundido com a omissão da comissão dos golpistas instalados nas cinco irmãs (Globo, Veja, Estadão, Folha & RBS).
E se Lula não fosse um estadista reconhecido e admirado, a ponto de ter uma das mais extensas listas de títulos Honoris Causa jamais concedidos por universidades públicas e particulares espalhadas nos quatro cantos do mundo?
Lula não só teria sido preso. Teria sido enforcado, esquartejado e exposto em praça pública. Sobre seu corpo Marchariam os Zumbis vestindo camisas verde-amarelas com escudo da CBF, padrão FIFA. Em Porto Alegre seus membros esquartejados seriam expostos no Parcão para que os manifestantes arrebanhados pela RBS, fiel da Rede Globo, pudessem fazer com ele o que índios fizeram com o Bispo Sardinha!
O ódio em relação ao Lula atualizou uma prática dos grupos mafiomidiáticos, cujo expoente em seu tempo foi Carlos Lacerda, em relação às pessoas de esquerda que assumem Executivos, de Getúlio, Brizola, Lula, Olívio & Dilma: “Esse homem não pode ser candidato; se for é capaz de vencer; se vencer será impossível impedi-lo de assumir; se assumir pode fazer outro grande governo.”
Como o ódio atual, um função das redes sociais, é exponencial, eles não se resumem em destituí-lo. Há que se caça-lo, a ele, seus filhos, seu partido, seus amigos. Não se trata da crítica, salutar em qualquer circunstância. É puro ódio em estado bruto. Brutal!
E o estofo de seus críticos pode ser medido pelos que eles, por formas heterodoxas, buscam colocar em seu lugar. A plutocracia amestrada pelas velhas mídias preferem um toxicômano, com lavagem de dinheiro em paraísos fiscais, que usa do dinheiro público para construir aeroportos em terra de familiares. Esta mesma plutocracia conduz uma manada de beócios a ocuparem praças públicas para destituir uma presidente honesta e colocar em seu lugar uma autêntica cleptocracia, um sindicato de ladrões.
Não basta prender os golpistas contra a democracia e os interesses nacionais e seus finanCIAdores ideológicos. Há que se atentar para os que sempre estão de tocaia para impor golpes. Hoje sabemos que está incrustado no DNA da Rede Globo o autêntico golpismo de uma República das Bananas. Há precedentes, há jurisprudência golpista em seus cromossomas. Se não se fizer nada para corrigir esta anomalia, de nada adianta prender Temer, Calheiros ou Sarney. A Rede Globo, ao amadrinhar com tanta facilidade uma manada de beócios, tem uma capacidade infinita de produzir Collor e CUnhas. E para distrair seus ventríloquos e seus métodos, o jeito é criar uma cortina de fumaça. Caçar Lula é sempre um bom subterfúgio. Um par de pedalinhos são introduzidos, em horário noturno, sob o nome de Jornal Nacional, como autênticos cavalos de troia, convertendo-os em cavalo de batalha para tirar o foco de cima dos corruptos que tomaram o Planalto Central de assalto.
A historiadora Barbara Tuchman escreveu um livro chamado A Marcha da Insensatez. Trata do seguinte: como os governantes (homens públicos), em certos momentos, cometem erros homéricos, destruindo sua nação ou sua reputação. Quatro grandes acontecimentos da história são detalhadamente abordados no livro: como puderam os troianos imbecilmente puxar o famigerado cavalo de madeira para dentro dos muros de Tróia, como os papas da Renascença toscamente não foram capazes de captar as forças reformistas, impedindo a cisão protestante, como a arrogância dos lordes ingleses forjaram a libertação da América do Norte e como os americanos nesciamente se meteram na guerra do Vietnã.
A Marcha da Insensatez brasileira está sendo conduzida pela Rede Globo, secundada pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Como pode grupos nacionais trabalharem tão arduamente contra os interesses do povo brasileiro?
Estes varões não seriam o que são não fosse um grupo monopolista de mídia chamado Grupo Globo. Felizmente, a imprensa internacional, por incrível que pareça, furou o bloqueio e está divulgando que GOLPE é GOLPE!
Qual foi o primeiro herói erguido pela turba golpista?
A corrupção!
Mas aí descobriram que a corrupção é teúda e manteúda por quem segurava o mastro da bandeira “Somos todos CUnha”.
Os propulsores do combate à corrupção atendem por Rede Baita Sonegadora, Rede Globo de Sonegação, Augusto “Zelotes” Nardes e Aroldo & Thiago Cedraz, ambos do teuCU…
Aécio Neves, octa delatado nas premiadas da Vaza à Jato, apareceu, com a irmã Andrea, em todas as listas posteriores a de Schindler…
O menino pobre que mudou o Brasil, Joaquim Barbosa, é assíduo frequentador das lavanderias panamenhas… Coincidentemente, aparece em dobradinha de quem com ele fez atuou na Ação 470. Pela teoria do domínio do fato, pois a “literatura jurídica me permite”, há mais elementos incriminadores nos fatos envolvendo o Batman da Rede Globo do que contra José Genoíno…
O japonês da federal, outro herói dos golpistas, com seus olhinhos orientais, tinha mais visão que seus adoradores. Pelo menos em relação ao “descaminho” de Foz do Iguaçu…
Não poderia faltar na lista um representante do MPF, o procurador Douglas Kirchner, da mesma seara que pariu Rodrigo de Grandis, que, em breve, deve mudar de profissão. Vai virar pastor…
E o pato da FIESP tem a cara do seu feitor. Dizem que o presidente-candidato é holandês, sem royalties… Skaf! Skaf! Skaf!
E aí chegamos na pomba-gira, Janaína Paschoal. Convenhamos, essa moça só é motivo de vergonha alheia. Nem em sonhos banhados e viajados pelo heliPÓptero sairia uma quixotada mais fiespina.
Só uma alucinação coletiva justifica que pessoas, dotadas de bom senso, ainda vistam a camisa amarela Padrão FIFA, com escudo da CBF brilhantemente bordado por Ricardo Teixeira e pintado por José Maria Marin, para pedir um golpe contra a única que não aparece em nenhuma das listas que correm por aí.
Neste manicômio que se transformou o Brasil, só o Dr. José Bacamarte ainda permanece fora da Casa Verde.
Eu, que há muito me ressentia, pois meus heróis morreram de overdose, já estou pensando em fugir desta planeta.
Janio de Freitas é nosso Émile Zola. Da mesma sorte que o fascismo que brotava na França nos estertores do século XIX, também hoje vivemos as vicissitudes de um processo Dreyfus. A lucidez com que dá nome aos bois deveria chamar os golpistas à razão. Se não forem quebrados agora os ovos desovados pelas serpentes fascistas, poderemos ter logo ali uma guerra civil. O ódio de classe destilado pela direita hidrófoba devido à síndrome de abstinência eleitoral já foi visto na Alemanha. E deu no que deu. A conclusão do artigo é uma constatação deste momento com os atores e autores do Incêndio no Reichstag: "As redes sociais amplificam e a mídia quintuplica". Entregou. Delação de dar inveja aos gatunos da Petrobras.”
Janio ataca golpismo da Câmara e da mídia
Em duro artigo publicado neste domingo (16), o jornalista Janio de Freitas, da Folha, acusa "falsos democratas instalados no Congresso e em meios de comunicação" de tentar dar um golpe na democracia brasileira usando justamente como argumento os princípios democráticos; "O que se passa hoje na Câmara, como método e objetivos da atividade, não é próprio de Congresso de regime democrático. Em muitos sentidos, restaura a Câmara controlada e subserviente da ditadura", alerta; ele critica inclusive o STF, com referência direta ao ministro Gilmar Mendes, que congelou a discussão sobre o financiamento das campanhas eleitorais; "Um juiz pode impedir a conclusão de um julgamento tão significativo como o financiamento das eleições dos governantes e congressistas. É uma evidência perfeita da prepotência primária, apenas ilusoriamente culta, que sobreviveu muito bem à ruína do seu sistema escravocrata", diz
16 de Agosto de 2015 às 07:24
247 – Em duro artigo publicado neste domingo (16), o jornalista Janio de Freitas, da Folha, acusa "falsos democratas instalados no Congresso e em meios de comunicação" de tentar dar um golpe na democracia brasileira usando justamente como argumento os princípios democráticos.
As regras existem, precisas e claras na Constituição, mas o respeito é negado por quem mais deveria fortalecê-las
"Isso é democracia". Não é, não. Um dos componentes essenciais e inflexíveis da democracia é o respeito às regras que a instituem. As regras existem no Brasil, precisas e claras na Constituição, mas o respeito é negado onde e por quem mais deveria fortalecê-las. O que está sob ataque não é mandato algum, são as regras da democracia e, portanto, a própria democracia que se vinha construindo.
Não há disfarce capaz de encobrir o propósito difundido por falsos democratas instalados no Congresso e em meios de comunicação: reverter a decisão eleitoral para a Presidência sem respeitar as exigências e regras para tanto fixadas pela Constituição e pela democracia. Há mais de nove meses, a cada dia surge novo pretexto em busca de uma brecha –no Congresso, em um dos diferentes tribunais, nas ruas– na qual enfim prospere o intuito de derrubar o resultado eleitoral.
O regime democrático é tratado na Constituição como "cláusula pétrea", que se pretende com solidez granítica. O que não significa ser impossível transgredi-lo. Mas significa que quem o faça ou tente fazê-lo comete crime. E quem o comete criminoso é de fato, haja ou não a condenação que assim o defina. Tal é a condição que muitos ostentam e outros tantos elaboram para si.
A pregação de parlamentares identificáveis como um núcleo de agitação e provocação atenta contra a democracia. A excitação de hostilidades que esses parlamentares propagam pelo país é indução de animosidade antidemocrática –sem que isso suscite reação alguma, o que é, por si mesmo, indício da precária condição da democracia e da Constituição.
O que se passa hoje na Câmara, como método e objetivos da atividade, não é próprio de Congresso de regime democrático. Em muitos sentidos, restaura a Câmara controlada e subserviente da ditadura. Em outros aspectos, assume presunções autoritárias, de típico teor antidemocrático, ao ameaçar até aprovações do Senado de punitivas suspensões da sua tramitação.
Afinal, um dos focos da corrupção é arrombado. Os procuradores e juízes do caso receberam tarefa de importância extraordinária. Mas não é garantido que estejam plenamente respeitados nessa tarefa os limites das regras democráticas. À parte condutas funcionais que não cabe considerar neste sobrevoo do momento do país, é notória no grupo, e dele difundida, uma incitação a ânimos não condizentes com investigações e justiça na democracia. Pôr-se como salvadores da pátria, a partir dos quais "o Brasil agora será outro", não é só um equívoco da ingenuidade. É uma ameaça, senão já algumas práticas, de poderes e atitudes exacerbados que fogem às regras.
Um exemplo que recebeu tolerância incompatível com sua importância: difundir informações inverídicas e sensacionalistas à imprensa, e ao país, "para estimular mais informantes" –como feito e dito por um procurador–, não é ético nem democrático. É autopermissão abusiva. E incitação a ânimos públicos que já recebem das realidades circundantes o bastante para serem exaltados.
O espírito antidemocrático não é alheio nem ao Supremo Tribunal Federal. É nele que um juiz pode impedir a conclusão de um julgamento tão significativo como o financiamento das eleições dos governantes e congressistas. Ou seja, dos que determinam os destinos do país e de seus mais de 200 milhões habitantes. Se alguém achar que é deboche, não vale a pena contestar. Mas convém lembrar que é uma evidência perfeita da prepotência primária, apenas ilusoriamente culta, que sobreviveu muito bem à ruína do seu sistema escravocrata.
Movimentos de ocupações urbanas e rurais são acusados de violar a democracia. É engano. Ilegais, sim, mas não são democráticos nem antidemocráticos. Sequer estão incluídos na democracia, desprovidos que são, todos os padecentes de grandes desigualdades econômicas sociais, de meios democráticos para obter os direitos que a Constituição lhes destina.
E os jornais, a TV, as revistas, o rádio –na verdade, os jornalistas que os fazem– nesse país que concebe a democracia como uma bola, tanto a ser chutada sempre, como a oferecer grandes e efêmeras euforias? Agradeço à sogra de um jogador de futebol, Rosangela Lyra, que me dispensa de alguns desagrados. Disse ela, à Folha, das pequenas e iradas manifestações que organiza pela derrubada do resultado da eleição presidencial: "As redes sociais amplificam e a mídia quintuplica". Entregou. Delação de dar inveja aos gatunos da Petrobras.
"Isso é democracia" como slogan de antidemocracia só indica que o Brasil ainda não é ou já não é democracia.
O PIG se move. Jogaram a toalha do impeachment da Dilma para concentrar esforços na caça ao grande molusco.
A matéria da Folha de São Paulo de hoje serve apenas para confirmar quem é a égua madrinha dos golpistas que estão desembarcando, a Rede Globo. A opção pela coordenação da Globo, via Instituto Millenium, deve-se ao know how adquirido em golpes anteriores bem sucedidos.
Tanto é verdade que o a Globo era a principal fomentadora da marcha dos zumbis que após desembarcar do roteiro, o movimento arrefeceu. O que só aumentou a síndrome de abstinência do Napoleão das Alterosas.
Família Marinho teve reuniões com ministros e líderes de partidos
João Roberto Marinho expressou preocupação com a crise política e seus efeitos para a atividade econômica
DANIELA LIMA, DE SÃO PAULO, para a FOLHA
O vice-presidente do Grupo Globo, João Roberto Marinho, procurou nas últimas semanas líderes das principais forças políticas do país e integrantes do governo para expressar preocupação com o agravamento da crise e pedir moderação para evitar que ela se aprofunde ainda mais.
Um dos proprietários do maior grupo de comunicação do país, que inclui a maior rede de televisão e o jornal "O Globo", Marinho encontrou-se com três ministros do governo Dilma Rousseff (PT) e reuniu-se com o vice-presidente Michel Temer (PMDB) na semana passada.
No dia 5, quando o Senado organizou uma sessão solene em homenagem aos 50 anos da TV Globo, Marinho se reuniu com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e conversou reservadamente com as bancadas do PT e do PSDB no Senado.
Segundo um integrante do governo, Marinho também esteve com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, principal auxiliar de Dilma, o chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e o ministro do Turismo, Henrique Alves, dono de uma afiliada da TV Globo no Rio Grande do Norte.
Na conversa com Temer, que ocorreu na última terça (11), Marinho pediu uma avaliação das chances de o Planalto conseguir recompor sua base no Congresso e questionou o vice sobre os caminhos que o PMDB vê para o país.
O empresário esteve ainda com o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), na reunião com a bancada do PSDB, e falou com outros dois líderes de prestígio na sigla, o governador paulista, Geraldo Alckmin, e o senador José Serra (SP).
Conforme relatos obtidos pela Folha sobre essas conversas, Marinho manifestou em todos os encontros preocupação com a situação econômica, mencionando a queda acentuada do faturamento dos grupos de mídia e de outros setores da economia.
Outros líderes empresariais transmitiram mensagens semelhantes nas últimas semanas, mas os apelos de Marinho tiveram ressonância maior entre os políticos por causa da influência da Globo na opinião pública. Por meio de sua assessoria, ele disse à Folha que preferia não comentar o assunto.
O empresário já manifestava preocupação com o cenário econômico e o risco de descontrole no ambiente político há cerca de dois meses, quando recebeu o governador Geraldo Alckmin na sede da Globo, no Rio.
A preocupação dos empresários aumentou após a decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de romper com o governo e patrocinar projetos que ameaçam o equilíbrio das finanças públicas.
Nos últimos dias, porém, o governo começou a discutir com líderes do PMDB no Senado uma agenda de reformas e ganhou fôlego para enfrentar os opositores que defendem a saída de Dilma como solução para a crise.
A manipulação golpista vê tudo com dois pesos e duas medidas. E assim se descobre que na UTC dos outros é refresco. Deve ser por isso que os grupos mafiomidiáticos transformam alforria em colírio para Aécio Neves.
Em inacreditável ato falho, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) confessou que só tinha a oferecer "alforria" (livrar) a empreiteira UTC em troca das doações eleitorais para sua campanha. Aécio disse "alforria" do governo do PT, mas a expressão cai como uma luva na prática delatada de tucanos pedirem CPI’s da Petrobras e depois exigirem propinas dos empreiteiros envolvidos para enterrar a investigação. O ex-diretor corrupto da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delatou o ex-presidente do PSDB, Sérgio Guerra. Declarou que o tucano exigiu R$ 10 milhões de propina para dar "alforria" na CPI da Petrobras, realizada em 2009. Costa confirmou no depoimento da CPI atual. Aécio Neves é sucessor de Sérgio Guerra na presidência do PSDB, e promoveu outra CPI em 2013. Anotações apreendidas pela PF na sede da UTC apontam Aécio negociando "alforria" a empreiteiros na CPI. Anotações apreendidas pela PF no escritório da UTC em São Paulo, no ano passado, apontam negociações de bastidores de empreiteiros com o senador Aécio Neves para não aprofundar na CPI. As anotações dizem que Aécio teria escalado Mario Couto (PSDB-PA) e Álvaro Dias (PSDB-PR) para “fazer circo”. Uma das anotações diz que no Senado a apuração estava esvaziada e que o problema maior seria no Judiciário. E ainda destacava que objetivo da CPI não era apurar, somente “gerar noticiário” (só contra o PT, é claro).
A manipulação dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium é escandalosa. É claro que o Brasil não vive o melhor dos mundos, que há muito que melhorar, que a corrupção continua escandalosamente grande. Mas é também verdade que há avanços evidentes na qualidade de vida, no combate à corrupção, no fortalecimento das instituições. Só há algo que não muda. O comportamento golpista da velha mídia. Não é sintomático que tenham sido exatamente as cinco irmãs que tenham dado suporte à ditadura que agora combatem diuturnamente qualquer avanço social?!
O exemplo paradigmático do quanto a melhoria econômica dos menos privilegiados prova ojeriza aos privilegiados de sempre foi dado por Danusa Leão, ex-articulista da Folha: “Ir a Nova York já teve sua graça, mas, agora, o porteiro do prédio também pode ir, então qual a graça?” Ou daquele comentário do funcionário da RBS, Luis Carlos Prates, atacando a facilidade com que os pobres agora podem adquirir carro… O ódio de classe, o fascismo golpista tem raízes plantadas bem fundas pela velha mídia.
Os mesmos que mamam nas tetas públicas mas agridem qualquer chance de que outros mais necessitados possam também ser atendidos pelo Estado. Como na corrupção, a velha mídia não combate a corrupção, apenas combate a concorrência.
Não fosse assim dariam o mesmo tratamento aos casos de corrupção envolvendo administrações do PT, PMDB, PSDB, DEM.
O movimento no embarque internacional de Guarulhos, em São Paulo, cresceu 22% em voos da TAM no período de 16 até a segunda-feira, 22 de dezembro, em comparação à média observada no início deste mês.
Foram cerca de 6.000 passageiros por dia nos voos internacionais da companhia, que é responsável por boa parte das decolagens do aeroporto, considerado seu principal "hub".
A média diária registrada entre os dias 4 e 10 de dezembro foi de pouco menos de 5.000 passageiros por dia.
Na comparação com o período próximo ao Natal no ano passado, o aumento foi de 10% no volume de passageiros que viajaram.
Ao longo dos dias restantes no período das festas, a demanda fica menos concentrada, segundo Claudia Sender, CEO da TAM.
A executiva afirma não ter observado cancelamentos em razão da alta do dólar. "Pessoas que procuram passagens no último momento apareceram menos", diz. "O mais complicado para o setor não é o aumento da taxa de câmbio, e sim a variação muito forte da moeda americana." A volatilidade deixa o passageiro inseguro para viajar.
"Se o turista sabe que o dólar está alto, ele se organiza, fica em hotel mais barato."
Dos embarques no período, cerca de 40% são de menores de 18 anos, o que dificulta as partidas, afirma.
SÃO PAULO – Não é fácil evitar a reeleição de um presidente da República, dadas as prerrogativas e as condições de disputa extraordinárias do mandatário no Brasil. Quando, além disso, a continuidade é defendida por um partido forte, como o PT, destroná-lo torna-se uma façanha.
A supremacia da campanha de Dilma Rousseff neste primeiro turno sobre a de Marina Silva faz imaginar uma partida de futebol entre o Barcelona de Messi e Neymar, de um lado, e o Juventus de Osman e Fernandinho, do outro.
Não se trata da poderosa Juventus de Turim. Falo do clube paulistano da rua Javari, na Mooca, da camisa púrpura, pelo qual tantas lágrimas derramou o professor Pasquale, colunista desta Folha.
Meu avô tinha uma definição para o estilo de jogo dos times que atuavam com 11 atletas recuados, apenas para se defender, destruir os lances do rival e mandar a bola para o mato. Chamava de "joguinho do Juventus". Zero a zero era o objetivo.
Uma bobeada do adversário mais forte e habilidoso às vezes rendia uma magnífica vitória por 1 a 0. Daí vem a fama adquirida pela esquadra juventina, carinhosamente apelidada de Moleque Travesso.
Marina Silva não tinha alternativa a não ser praticar o joguinho do Juventus no primeiro turno. Nanica no rádio e na TV, desarticulada das principais campanhas estaduais e carente de penetração partidária, a candidata do PSB recuou e tenta aguentar o tranco do ataque barcelonista.
Tome bola na área da independência do Banco Central, tabelinha contra programas sociais, lançamento na relação com banqueiros. A zaga de Marina está com a cabeça inchada de tanto rebater bolas do acachapante volume de jogo adversário.
A seis dias da eleição, o Juventus entretanto ainda resiste ao Barcelona. Se não terminar o primeiro tempo em grande desvantagem, talvez ainda se mantenha capaz de fazer travessura na etapa final.
13 de setembro de 2014 | 08:52 Autor: Miguel do Rosário
Veja, Folha, Globo, os grandalhões da mídia, aparentemente resignados que o seu candidato dos sonhos, Aécio Neves, não tem chances de ir ao segundo turno (e mesmo se fosse, perderia fácil), iniciaram uma nova estratégia.
Pintar Marina Silva como uma coitadinha.
Uma vítima.
E o PT – e os blogueiros, claro, esses lobos malvados – como um vilão do mal que tenta “destruir” sua imagem.
A ideia partiu da própria Marina.
Ela não deu um pio contra as ameaças do Pastor Malafaia.
Horas depois do pastor, hoje o principal símbolo da homofobia no país, agredir-lhe violentamente no twitter, Marina Silva veio à público dizer que o capítulo de seu programa que trazia referências à política LGBT tinha sido um “erro processual de editoração”.
Erro processual de editoração…
Em seguida, o coordenador do setor LGBT de sua campanha pediu as contas e saiu.
O Pastor Malafaia, então, aderiu entusiasticamente à sua campanha, tecendo elogios à Marina e gabando-se de sua vitória.
Desde então, Malafaia, sentindo-se fortalecido, intensificou seus impropérios contra o que chama de “ativismo gay” e contra Dilma e o PT.
Nem Dilma, nem o PT, nem os ativistas LGBT, porém, vieram à público “chorar” e lamentar estarem sendo perseguidos por Malafaia.
Para Marina, contudo, o vilão é o PT, o partido no qual militou por mais de 20 anos, e que foi responsável por tudo que ela conquistou na vida.
Marina elegeu-se como a senadora mais jovem do país, em 1994, com recursos financeiros, partidários e humanos do PT. Lula a nomeou ministra de Estado em 2003, por ser então um importante quadro petista.
Seu guru, Chico Mendes, foi fundador do PT no Acre e candidato a deputado estadual pelo partido.
E agora, aí está Marina. Posando de coitadinha injustiçada na Folha, no Globo e na Veja.
E tudo porque, tadinha, 83% dos recursos (R$ 1 milhão) que abasteceram o Instituto Marina vieram de Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que hoje é coordenadora de seu programa de governo.
Só porque, pobrezinha, vive num apartamento pertencente a um dono de postos de gasolina e de fazendas no Mato Grosso e Pará.
Só porque, ó vida, andou “algumas poucas vezes” (para lembrar a expressão usada por Aécio quando confessou ter usado, ilegalmente, o aeroporto de Claudio) no jatinho sem dono do PSB.
Quanta injustiça! Quanta difamação!
A nova injustiçada da sociedade vem recebendo manifestações comovidas de solidariedade de Reinaldo Azevedo, Demétrio, Merval Pereira, Roberto Freire, Marcos Feliciano e… Silas Malafaia.
Nem vou entrar nesta história da Saúde, que, apesar de ter melhorado extraordinariamente em comparação aos tempos de FHC, pode e deve melhorar ainda mais. Quem tem dúvida, pode assistir ao documentário S.O.S. Saúde, com Michel Moore (segue abaixo o filme completo para quem quiser ter parâmetros de primeiro mundo). Alguém que não seja retardado há de lembrar que no tempo de FHC foi criado a tal de CPMF, aliás, um grande invento do Adib Jatene. Os mesmos que a criaram, quando Lula assumiu e passou a destinar seus recursos à Saúde, deram um jeito de extingui-la.
O que chama atenção é a abordagem que a velha mídia faz. Quando o assunto é o aeroporto superfaturado construído na terra do tio, a culpa é de Minas. Não entra nem sai o nome do dito cujo governante de Minas. Já, quando se trata da compra da refinaria de Pasadena, o nome de uma das pessoas envolvidas, aquela que o TCU inocentou, aparece sempre como a grande culpada.
No episódio da Santa Casa de São Paulo a Folha abre o debate sobre o financiamento da saúde, para retirar o nome de quem tomou do Governo Federal e não repassou o montante recebido à instituição. Aí vem quem ficou com a parte do leão e diz que a culpa da quebra é do Governo Federal. Como são políticos e estamos em ano de eleição, vou dar de barato que seja assim mesmo. O que chama a atenção são os pesos e medidas da Folha. Será que o jornalista, seu chefe, o Diretor de Redação, o dono não vêem que não conseguem ir além do que diz o parceiro político local. Fosse culpa exclusiva dos repasses federais, caberia a pergunta que o jornalista não faz: por que só a de São Paulo quebrou?
Os jornalistas da velha mídia tem este vezo de não fazerem a pergunta certa quando parceiros se enleiam nos controvérsias. Não fazem a fatídica pergunta porque teriam de fazer tantas outras, como por exemplo: Por que, desbancando o Rio, São Paulo se tornou o Estado mais violento do Brasil? Aliás, por que o CV quase foi extinto no Rio e o PCC nasceu em São Paulo? Por que a crise d’água só está provocando racionamento em São Paulo?
O que chateia não é a patota de políticos se acusando mutuamente, mas ver a manada abestalhada que não enxerga a parcialidade da velha mídia. Se a culpa é Federal, porque só São Paulo, onde o “choque de gestão” deveria fazer milagres, quebra?
O PSDB está também quebrando o que restava de credibilidade da velha mídia. Santa paciência!
Crise na Santa Casa abre debate sobre financiamento da saúde
Defasagem na tabela SUS chega a 600% em alguns procedimentos; ministro nega subfinanciamento
Ministério da Saúde cobrou esclarecimentos sobre a diferença entre valores repassados e utilizados no hospital
DE SÃO PAULO
A crise na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, que nesta semana chegou a interromper os atendimentos de urgência e emergência, trouxe à tona a discussão sobre o financiamento da saúde e abriu uma disputa entre os governos federal e estadual.
Desde o início do mês, um inquérito do Ministério Público Federal em São Paulo investiga a queda percentual do financiamento federal na saúde e a defasagem da tabela básica do SUS de remuneração de procedimentos médicos.
Para a procuradora do Ministério Público de Contas Elida Graziani Pinto, as dívidas das instituições filantrópicas, como a Santa Casa, estão ligadas ao "subfinanciamento" federal ao setor.
Em 2000, a União respondia por 59,8% dos gastos com ações e serviços públicos na área. Em 2011, o índice passou para 44,7%, segundo pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada).
No mesmo período, a participação de Estados e municípios passou de 18,5% para 25,7% e de 21,7% para 29,6%, respectivamente.
Segundo a procuradora, a disparidade se intensificou com a aprovação da Emenda 29, em 2000.
A emenda, regulamentada em 2012, prevê que o investimento da União na saúde deve ser equivalente ao total do ano anterior mais a variação nominal do Produto Interno Bruto (PIB). Os Estados devem aplicar 12% dos impostos, e os municípios, 15%.
"A falta de recursos públicos para o SUS decorre de um cenário onde a sociedade perde e os agentes públicos tentam postergar o problema, sem resolvê-lo", afirma.
Segundo a pesquisadora do Ipea Luciana Servo, a queda percentual nos investimentos federais era esperada após a emenda, uma vez que os gastos de Estados e municípios eram menores e tendiam a aumentar. Porém, ela afirma, os valores destinados ainda são menores do que o necessário.
TABELA SUS
Apontada na quarta-feira (23) pelo Estado e pela Santa Casa como uma das causas da crise na instituição, a defasagem da tabela SUS chega, em alguns casos, a 600% entre o que é pago e o valor preconizado por entidades médicas.
Segundo a Associação Paulista de Medicina, o SUS repassa por uma consulta R$ 10. Já os planos de saúde pagam entre R$25 e R$70, valor este recomendado pela entidade.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, afirma que o país vem criando alternativas de financiamento para substituir a tabela. "A tabela está em fase de extinção", diz ele.
"Um parto que o SUS paga cerca de R$ 440, a Santa Casa recebe R$ 800. O valor dobra com os incentivos", afirma ele, referindo-se ao programa federal que complementa o repasse da tabela com igual valor a 762 hospitais filantrópicos.
Segundo ele, não há subfinanciamento e nos últimos sete anos, a tabela foi reajustada 37 vezes –o que atualizou mil dos 2.400 procedimentos.
REPASSES
Na quinta-feira (24), o governo federal cobrou em ofício uma explicação sobre R$ 74,7 milhões enviados pelo ministério e que não foram repassados pelo Estado à Santa Casa entre 2013 e este ano.
Em nota, o governo do Estado diz que "está rigorosamente em dia com a entidade [Santa Casa] e não deixou de repassar um centavo sequer dos recursos do SUS encaminhados pelo ministério."