Ficha Corrida

25/11/2015

Amigos da Folha

OBScena: operação de guerra de um lado, operação esconde-esconde no outro.

fsp 25112015FSP 23112015

A capa da Folha de São Paulo de hoje, 25/11/2015, faz-me lembrar do Poema em linha reta do Fernando Pessoa. Chega a ser engraçado a diferença com que a Folha trata do cartel montado nos trens de São Paulo com a prisão deste pecuarista. Enquanto a manchete de hoje, como foto do Exército de Xian ocupando toda parte superior da capa, a informação sobre o conluio para esconder a corrupção nos três fica ao pé da página, sem fotos. Hoje a Folha consegue, numa única manchete envolve Lula e o PT. Na dos trens, nem Rodrigo De Grandis aparece, quanto mais FHC, Geraldo Alckmin, José Serra ou PSDB. É assim que funciona a máquina de caça ao Lula Gigante!

Quando a Folha vai botar na capa uma foto de Aécio Neves com a famiglia Perrella? Ou de Aécio Neves com seus aviões e os ilustres passageiros, Roberto Civita & FHC, transportados com dinheiro público?

Todos os investigados da Lava Jato são amigos do Lula. Só Lula tem amigos?

Aliás, só Lula tem filhos, genros e noras? Quando veremos na capa da Folha de São Paulo que David Zylbersztajn,  genro de FHC, foi diretor-geral da recém-criada Agência Nacional do Petróleo (ANP), e reconduzido ao cargo novamente em janeiro de 2000. Liderou a quebra do monopólio da Petrobras na exploração do petróleo no Brasil, realizando o primeiro leilão de áreas de exploração aberto à iniciativa privada, nos dias 15 e 16 de junho de 1999.

Por que Verônica Serra, filha de José Serra, mesmo se assoCIAndo ao homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lehman, nunca foi capa de revista ou jornal? A maneira e a desenvoltura com que ela transitou durante os governos FHC não vem ao caso, né.

Então vamos fazer o seguinte:

Bumlai é amigo do Lula!

Paulo Preto não é amigo do José Serra?

Pimenta Neves não é amigo do Fernão Mesquita?

Quem se encontrou mais vezes: Lula com Bumlai ou Geraldo Alckmin com Marcola?

José Maria Marin não é amigo de FHC?

Zezé Perrella não é amigo de Aécio Neves?

Eduardo CUnha não é amigo da Rede Globo, de Carlos Sampaio ou do Aécio Neves?

Marco Polo del Nero não é amigo de Marcelo Campos Pinto? Afinal, quem é Marcelo Campos Pinto? Ele tem amigos?

J. Hawilla não é amigo dos filhos do Roberto Marinho? Por que ele está preso nos EUA? Ele tem amigos?

Rodrigo de Grandis é amigo do Robson Marinho?

13/09/2014

A ética da malandragem

Collor_de_Mello_Cacador_de_MarajasA partir do momento em que a Constituição obrigou a realização de concurso público pessoas com a ética da Ana Amélia Lemos começaram a bater no servidor público. Houve até uma orquestração da Veja com Globo, RBS e demais membros do Instituto Millenium para eleger o tal de caçador de marajás…

Fazer concurso público para preencher cargos virou aparelhamento do Estado. Quando o marido empregava a mulher para ganhar, por mês, R$ 8.115,00, para não fazer nada, a RBS e seus colegas de Instituto Millenium não tinham fixação no serviço público. Tanto que a RBS terceirizou o pagamento do salário de sua funcionária ao Senado Federal e não se viu na obrigação tornar público esta pilantragem.

Aliás, pilantragem deve ser, a julgar pela prática política de Antonio Britto, Yeda Crusis, Ana Amélia Lemos, Lasier Martins, a única coisa que se aprende na RBS.  O grupo sempre disposto a apontar o dedo na ferida alheia “não enxerga” o que se passa embaixo do seu nariz.

Vivem acusando Dilma de não saber o que se passa na Petrobrás mas vamos ver dois casos escandalosos nos que estão sempre de dedo em riste para acusar: a RBS, que não via, não sabia o que sua diretora da Sucursal de Brasília fazia. O outro caso aconteceu no Estadão: Pimenta Neves era o Diretor de Redação. Assediava moral e sexualmente a colega de redação, Sandra Gomide. O miopismo da família Mesquita com o que acontecia sob seus olhos resultou no assassinato, pelas costas, de Sandra Gomide, pelo Diretor de Redação.

E um outro caso, ainda mais emblemático. Miriam Dutra, jornalista da Rede Globo, era amante de FHC. E dizia ter dele um filho. A Globo escondeu o fato e escondeu a funcionária na Espanha para não atrapalhar suas relações com o então Presidente. Apesar de ter tantos meios de informar, a Rede Globo se recusou a falar sobre isso. A ironia da história é que os filhos da D. Ruth Cardoso, ex-mulher de FHC, conheciam tão bem o pai que têm que resolveram pedir exame de DNA e aí descobrem que o filho que a Globo e sua jornalista dizerem ser dele, não era.

São estes grupos mafiomidiáticos que querem nos ensinar ética na política, que querem falar aparelhamento do Estado.

Eu sempre suspeito do moralismo exacerbado e a cada dia que passa descubro que as pessoas de dedo em riste para apontar a mazela dos outros, e por isso ocupam espaço na velha mídia, são os piores que existe. Nestas horas, e só nestas horas, lamento que não exista inferno.

Ana Amélia Lemos é da mesma escola, a escola do mau caratismo, de um Pimenta Neves, Lasier Martins, Antonio Britto, Augusto Nunes, Demóstenes Torres, Silas Malafaia, Reinaldo Azevedo, Eliane Cantanhêde, Arnaldo Jabor et caeterva…

12/set/2014, 17h31min

Ana Amélia divulga nota mas não explica como conciliava cargo no Senado e emprego na RBS

Ana Amélia Lemos foi a primeira a se pronunciar | Foto: Camila Cabrera/OABRS

Ana Amélia Lemos divulgou nota sobre o emprego no Senado | Foto: Camila Cabrera/OABRS

Ana Ávila

A candidata ao governo do Estado pelo PP, Ana Amélia Lemos, divulgou nota sobre o período em que ocupou Cargo em Comissão no gabinete do marido, o senador biônico Octávio Cardoso, entre 1986 e 1987, ao mesmo tempo em que dirigia a sucursal do Grupo RBS em Brasília. No entanto, na declaração, a candidata não responde a questões como de que modo conciliava os empregos. Desde a tarde de quinta-feira (11), o Sul21 tenta falar com a progressista, mas conseguiu contato apenas com seus assessores e com o presidente do PP, Celso Bernardi. Ana Amélia concedeu entrevistas a outros veículos na manhã desta sexta (12), mas sua assessoria informou que ela está cumprindo agenda de campanha no interior do Estado, e não pode falar com o Sul21.

Leia também:
Ana Amélia foi CC do marido no Senado enquanto era diretora da RBS

Ana Amélia não informou até agora, nem na nota oficial, nem nas declarações à imprensa, como cumpria a carga de 40 horas semanais de trabalho como CC, que deveriam ser atestadas pelo titular do Gabinete, juntamente com a função de diretora da sucursal da empresa de comunicação gaúcha em Brasília.

Questionado sobre o assunto, o presidente o PP, Celso Bernardi, disse que ainda não havia conversado com Ana Amélia, mas falou um pouco sobre o modo como acredita que seja cumprida a carga horária pelos CCs. “Essa exigência de oito horas é meio interessante”, disse Bernardi. “O CC é Cargo em Comissão. Muitas vezes, a pessoa tem escritório fora, trabalha de noite. Por exemplo, o deputado que tem escritório em Porto Alegre, tu achas que oito horas é uma exigência? É muito mais, é a campanha, viajando junto. Eu não sei. Tu estás pegando um ponto que não fazia oito horas. Eu não sei. Na época, quem controlava isso é que tinha que avaliar se a pessoa fazia, ou não fazia”, afirmou o presidente do PP.

Ao ouvir que seria de interesse público saber se o funcionário cumpria as horas pelas quais recebia, Bernardi disse que “desde 1988, foi bem mais assegurado isso aí. Eu não posso avaliar um assunto que aconteceu há 28 anos. Eu não estou em Brasília, eu não estou no Senado”.

Na nota que divulgou nesta sexta (12), Ana Amélia também se refere à Lei do Nepotismo, de 1988, que passou a coibir a prática. “Após a Constituição de 1988 é que foi admitido o impedimento de parentes no setor público! O fato de ter ocupado esse cargo não me proíbe, hoje, de criticar os abusos nessas contratações!”, diz o texto, sem entrar na discussão do aspecto moral.

A candidata afirmou também, em entrevista ao Portal Terra, que não havia incompatibilidade na função que desempenhava: “Fiz uma assessoria com um ‘salariozinho’ para o meu marido. Não havia nenhuma incompatibilidade porque o salário na época era baixo”, disse Ana Amélia. O salário ao qual Ana Amélia se refere era de Cr$ 9 mil, (cerca de R$ 8.115,00 em valores atualizados). A quantia corresponderia hoje a mais de nove salários mínimos regionais.

Segundo Ato da Comissão Diretora do Senado nº12, de 1978, a função de Secretária Parlamentar exercida pela então jornalista tinha como tarefa prestar “apoio administrativo ao titular do Gabinete, preparar e expedir sua correspondência, atender as partes que solicitam audiência, executar trabalhos datilográficos, realizar pesquisas, acompanhar junto às repartições públicas assuntos de interesse do Parlamentar e desempenhar outras atividades peculiares à função”.

Confira a nota na íntegra:

“Na política brasileira, alguns partidos se especializaram em tentar destruir reputações, como ocorreu recentemente com as biografias de dois conhecidos jornalistas. Agora, vasculham minha vida e o que encontram? Trabalho! Um contrato de 1986, no qual prestei por 11 meses assessoria parlamentar no Senado quando era jornalista em Brasília! Naquela época, não havia a tecnologia de hoje e eu fazia pautas e clipagens, que não eram incompatíveis com a minha função na RBS! Após a Constituição de 1988 é que foi admitido o impedimento de parentes no setor público! O fato de ter ocupado esse cargo não me proíbe, hoje, de criticar os abusos nessas contratações! Meu gabinete é a prova que valorizo os CCs porque a maior parte deles está nessa condição! Lembro também que esses cargos não têm direito a FGTS, assistência médica, etc! O que critico é o excesso de CCs no Rio Grande do Sul, pois o atual governo possui 6 mil funções comissionadas! Com gasto mensal de R$ 10,5 milhões mensais, não incluindo aí todas as despesas desse contingente com diárias, telefone e outros gastos inerentes às funções desempenhadas. Em quatro anos, o atual governo terá gasto mais de meio bilhão de reais somente com CCs! Devo ser avaliada pelo meu mandato no Senado e não por um fato de 30 anos que não possui ilegalidade!”

Senador biônico

Octávio Omar Cardoso, marido de Ana Amélia, morto em 2011, era filiado à Arena, partido que dava apoio aos governos da ditadura. Ele foi vereador entre 1950 e 1954, deputado estadual entre 1962 e 1966 e suplente de Nelson Marchezan na Câmara, em 1974. Durante o regime militar, foi suplente do senador Tarso Dutra, em 1978, também ele senador biônico. Em 1983, quando o partido já se chamava PDS, assumiu definitivamente o cargo de senador, após a morte de Dutra. Cardoso foi secretário de Economia do governador Ildo Meneghetti e ocupou diretorias na Companhia Rio-grandense de Mineração (CRM) e na Caixa Econômica Federal.

A inclusão de um percentual de senadores eleitos indiretamente por colégio eleitoral foi instituída pela chamada Emenda Constitucional n° 8 , de 1977, que também ampliou o mandato presidencial de cinco para seis anos, instituiu governadores e prefeitos biônicos e ampliou o número de deputados federais nos estados menos populosos. O dispositivo garantiu maioria aos militares no Congresso Nacional.

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09/04/2014

De pai para fdp

Filed under: Fernão Mesquita,Pimenta Neves,Ruy Mesquita,Sandra Gomide — Gilmar Crestani @ 8:39 am
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A famiglia Mesquinha não sabia de nada. Quem sabia era Pimenta Neves, o Diretor de Redação que perseguia moral e sexualmente a subalterna, nos antros do Estadão, Sandra Gomide, a quem veio a assassinar com um tiro, na nuca, pelas costas, claro, igual ao jornalismo praticado pela casa.

Meu pai era um criminoso e eu me orgulho disso

MESQUITA EM 1964: "MEU PAI ERA CONSPIRADOR E TENHO O MAIOR ORGULHO"

Fernão Mesquita sobre seu pai Ruy Mesquita. Não foi por acaso que ele contratou o  Pimenta Neves para o cargo de Diretor de redação do Estadão.

SQN

SQN

Filed under: Fernão Mesquita,Pimenta Neves,Ruy Mesquita,Sandra Gomide — Gilmar Crestani @ 8:15 am
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A famiglia Mesquinha não sabia de nada. Quem sabia era Pimenta Neves, o Diretor de Redação que perseguia moral e sexualmente a subalterna, nos antros do Estadão, Sandra Gomide, a quem veio a assassinar com um tiro, na nuca, pelas costas, claro, igual ao jornalismo praticado pela casa.

Meu pai era um criminoso e eu me orgulho disso

MESQUITA EM 1964: "MEU PAI ERA CONSPIRADOR E TENHO O MAIOR ORGULHO"

Fernão Mesquita sobre seu pai Ruy Mesquita. Não foi por acaso que ele contratou o  Pimenta Neves para o cargo de Diretor de redação do Estadão.

SQN

01/04/2014

A todos os que devem saber e não sabem

folha_04A Folha é useira e vezeira de exigir dos adversários políticos, conforme admitiu Judith Brito, o que não exige de si nem dos seus parceiros. Por exemplo, o Deputado André Vargas teria que saber que o avião em que viajou pertencia a alguém que um dia seria preso. Então, vamos ver quem mais deveria saber de coisas que não sabia.

Comecemos pela própria Folha. A Folha sabia ou não sabia que os torturadores a quem ela emprestava os carros para transportarem clandestinamente os presos políticos que, depois de torturados, estuprados e mortos, precisavam ser desovados esquartejados para que a família não pudesse reconhecer, um dia seria execrados como facínoras torturadores e estupradores?!

Agora vejamos o caso do Estadão. Será que a família Mesquita sabia, ao manter Pimenta Neves como Diretor de Redação, que este animal assediava moral e sexualmente a colega de trabalho, Sandra Gomide, a ponto de vir a assassina-la?!

Quando Roberto Marinho fez aquela parceria com os milicos e turbinou a Rede Globo, ele já sabia que os gorilas eram torturadores e ladrões? Quando a RBS transformou o Ultima Hora, que combatia os golpistas, em Zero Hora, amiga de primeira hora dos gorilas, ela sabia que seus parceiros prendiam, torturavam, estupravam, matavam e esquartejavam suas vítimas para que os familiares não pudessem reconhece-los?!

Marco Aurélio Mello, ao soltar o banqueiro Salvatore Cacciola, que havia causado um rombo de milhões de reais na quebra do Banco Marka, sabia que ele iria fugir para a Itália? Ou Gilmar Mendes dando dois habeas corpus, numa produção fordiana, para soltar o banqueiro Daniel Dantas…

Partimos para os parceiros da Folha. Ao proteger o PSDB, a Folha também acha que Mário Covas colocou no Tribunal de Contas do Estado –TCE, Robson Marinho,  porque sabia ou porque não sabia que era o operador do esquema que desviou bilhões nos contratos da Alstom e da Siemens?! Quando Sérgio Motta passou o trator por cima dos deputados, pagando duzentos mil para conseguir a reeleição para FHC, o amante da Miriam Dutra sabia ou não sabia?!

E mais não digo porque quando o imbecil nasce sem cérebro a única coisa que entra na cachola é só merda mesmo.

Vice da Câmara viajou em avião emprestado por doleiro preso

Vargas diz que pegou jato porque voos comerciais estavam caros, mas que pagou combustível

Em outra conversa, segundo a PF, Vargas e Youssef falam de empresa investigada na Operação Lava a Jato

ANDRÉIA SADIDE BRASÍLIA

O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), pegou emprestado um avião com o doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava a Jato, da Polícia Federal, que apura esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em operações suspeitas.

A viagem a João Pessoa, na Paraíba, foi discutida em uma conversa entre os dois por um serviço de mensagem de texto, no dia 2 de janeiro, segundo documentos da investigação da PF aos quais a Folha teve acesso.

De acordo com a troca de mensagens de um aplicativo chamado BBM”, Youssef agendou voo em jato particular para Vargas às 6h30 em avião de prefixo PR-BFM.

Tudo certo para amanhã", diz mensagem originada pelo celular do doleiro. Não fica claro se o avião pertence a ele.

"Boa viagem se (sic) boas férias", acrescenta. Procurado pela Folha, Vargas disse que conhece o doleiro há mais de 20 anos e que pediu o avião porque voos comerciais estavam muito caros no período, mas que pagou o combustível.

Não sei se o avião é dele, ele foi dono de hangar e eu perguntei se ele conhecia alguém com avião", disse o petista. Apesar disso, Vargas diz ter cometido uma imprudência". "Eu não sabia com quem eu estava me relacionando. Não tenho nenhuma relação com os crimes que ele eventualmente cometeu."

O petista integra a ala do partido mais ligada ao ex-presidente Lula e se destacou nos últimos meses pela defesa dos colegas condenados no processo do mensalão.

Na sessão de reabertura do Congresso, em fevereiro, ele chegou a provocar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa –que estava sentado ao seu lado–, erguendo o punho cerrado. O gesto foi usado por petistas ao se entregarem à polícia.

Em outra conversa, Vargas e Youssef discutem, segundo a PF, um assunto de interesse do doleiro no Ministério da Saúde. A transcrição não deixa claro que assunto seria esse, mas indica que ele teria sido tratado com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha.

A empresa citada é a Labogen, cuja folha de pagamento é de R$ 28 mil mensais e que, segundo a Operação Lava a Jato, que prendeu o doleiro, teria sido usada por Youssef para fazer remessas ilegais de US$ 37 milhões ao exterior.

O relatório de análise da PF identificou uma conversa onde Vargas diz que a reunião com Gadelha foi boa demais”. "Em outro momento, diz que Gadha’ –possivelmente referindo-se a Gadelha– garantiu que vai nos ajudar’."

Vargas nega contato com Gadelha. Ele diz que Youssef o procurou para saber como funcionavam parcerias com o ministério. Segundo ele, Youssef e um grupo de investidores estavam tentando recuperar uma farmoquímica.

Sobre a mensagem, ele diz lembrar de ter encontrado um representante de Youssef no aeroporto, que não se recorda do nome, e que este o relatou que teria tido uma boa reunião com Gadelha.

O Ministério da Saúde diz que Gadelha nunca recebeu o deputado em audiência e nem tratou com ele do contrato citado na investigação da PF. A Folha não localizou ontem o advogado do doleiro.

08/09/2013

Pimenta Neves era pau mandado de quem existe para atacar só Lula e Dilma

E sobre isso não ninguém lê em nenhum dos veículos a$$oCIAdos ao Instituto Millenium. Como na velha máfia siciliana, os grupos mafiomidiáticos adotam a lei da omertà.

Pimenta Neves e o poder da mídia

Por Altamiro Borges

Numa decisão que gerou forte agito nas redes sociais, a Vara de Execuções Criminais de Taubaté, no interior paulista, concedeu nesta quarta-feira (4) o cumprimento de pena de regime semiaberto para o jornalista Antonio Pimenta Neves, de 76 anos, condenado pelo assassinato de Sandra Gomide. A juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani argumentou que o réu, que foi condenado por homicídio doloso, tem direito ao benefício por ter cumprido um sexto da pena e manter bom comportamento carcerário. Pimenta Neves já foi considerado um dos homens mais influentes da mídia tupiniquim. Quando do assassinato, em agosto de 2000, ele era diretor de redação do Estadão.

Pimenta Neves foi condenado em 2006 a 19 anos de prisão. Ele assassinou a ex-namorada Sandra Gomide, ex-editora de economia do mesmo Estadão, com dois tiros pelas costas em um haras em Ibiúna (SP). Ele inclusive confessou a autoria do crime quatro dias após o ocorrido. Dois anos após a condenação, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou recurso da defesa e reduziu a pena para 15 anos de reclusão. Ele cumpria pena na Penitenciária 2 de Tremembé, em São Paulo, desde maio de 2011, quando saiu a decisão definitiva após 11 anos do bárbaro homicídio. Segundo matéria do sítio do jornal O Globo, a Promotoria de Justiça de Taubaté ainda avalia se recorrerá da decisão.

O advogado de defesa da família de Sandra Gomide, Sergei Cobra, lamentou a sentença, mas disse que é difícil contestá-la. "Para esse tipo de decisão, não encontro elementos para contraditá-la. Ele foi beneficiado pela legislação, que retroage em favor do réu", argumentou. Já o irmão da jornalista assassinada, Nilton Gomide, manifestou sua revolta com a proteção dos poderosos. "Do começo ao fim, a Justiça nunca foi feita. Ele levou 11 anos para ser preso e agora vai sair. É muito fácil ser criminoso no Brasil… A Justiça tem essas lacunas horrorosas, que soltam assassinos, dignas do século passado", desabafou.

Altamiro Borges: Pimenta Neves e o poder da mídia

25/05/2013

Pimenta Neves

Filed under: Estadão,Pimenta Neves,Renato Pompeu — Gilmar Crestani @ 10:13 pm
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colagem-pimentaPimenta Neves não é um nome, é um verbete na história dos grupos mafiomidiáticos. O Estadão, que está sempre pronto a denunciar as mazelas dos outros, com o dedo em riste para apontar os adversários políticos, acolheu Pimenta Neves e deu a ele instrumentos para continuar sendo o que era. Pimenta Neves não era nem é diferente dos que o empregaram. Aliás, se os fatos que antecedem já eram suficiente para recomendar distância de personagem tão sinistro, como explicar que a famiglia Mesquita não soubesse que ele assediava moral e sexualmente a colega e também funcionária do Estadão, Sandra Gomide? Se não sabiam o que acontecia entre o Diretor de Redação e a funcionária, como poderiam saber o que se passa fora, longe das redações? E, se sabiam, são cúmplices do assassinato, no mínimo por omissão. Então ficamos assim, dentre as famiglias que conduzem o Instituto Millenium e definem o que teremos acesso a título de informação, temos O Globo, que escreveu um editorial saudando a chegada da Ditadura. A Folha de São Paulo que emprestava carros aos torturadores para desovarem os presos clandestinos mortos em alguma vala nos arrabaldes. Na RBS, o estuprador de Florianópolis diz o suficiente sobre o caráter de quem nasceu, cresceu e se firmou durante a ditadura e que diuturnamente ataca os movimentos sociais. São estas famiglias e seus tanques de guerra travestidos de veículos de informação que agora são contra a Comissão da Verdade, que falam em não mexer na lei de anistia feita pelos parceiros deles na ditadura. E o que mais espanta pela clareza com que ninguém nota é o fato de nenhum veículo ser notícia para outro. Como nas associações mafiosas mais fechadas, uma não fala da outra para que mutuamente se alcovitem no banditismo.

Livro sobre Pimenta Neves: contra o jornalismo real

O artigo abaixo saiu também no Observatório da Imprensa: Livro sobre Pimenta Neves, obra-prima do jornalismo. Contra o jornalismo real. – Renato Pompeu

– Permitam-me os leitores e leitoras, sair do meu usual e proclamar, alto e bom som: este livro “Pimenta Neves

–Uma reportagem – Os bastidores do crime que abalou a imprensa brasileira. E a história do homem que o cometeu”, de autoria do jornalista Luiz Octavio de Lima, colega do DC, Editora Scortecci, é na minha opinião um dos quatro livros mais importantes jamais escritos por mãos brasileiras, ao lado dos romances “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; “Grande Sertão: Veredas”, de Guimarães Rosa, e “Um Defeito de Cor”, de Ana Maria Gonçalves. Mais este livro sobre Pimenta Neves, na minha opinião, pode ser incluído entre os 350 a 400 livros mais importantes jamais escritos por quaisquer seres humanos em todo o planeta ao longo de milênios de história da escrita, tais como foram escolhidos pela Enciclopédia Britânica ou seja, escolhidos por um conjunto de centenas de especialistas em literatura, em ciências humanas, em ciências biomédicas, em ciências exatas, em artes plásticas, etc., ligados à Universidade de Chicago, a que tem mais titulares do Nobel em todas as áreas em todo o mundo. A lista da Britânica inclui 300 livros e os demais 50 a 100 provêm de regiões e países não contemplados na relação da Enciclopédia.

Apenas algumas atrações do livro, só para espicaçar o leitor: décadas antes de matar a colega sua amante, o grande jornalista Pimenta Neves já havia estuprado e espancado uma jovem sua subordinada na Folha de S. Paulo. Como na época, ainda muito mais do que hoje, a Polícia presumia que uma queixa de estupro provinha na verdade de um ciúme da mulher após a interrupção, pelo homem, de uma relação consensual, aquela jovem não se queixou á Polícia, e sim a todos os jornalistas que pôde encontrar na redação da Folha, que simplesmente não a levaram a sério. Traumatizada, ela se mudou para os Estados Unidos.

Décadas depois, lá mesmo, ela ficou sabendo que Pimenta Neves se tornara diretor de redação de O Estado de S. Paulo, um dos poucos jornais brasileiros de renome internacional. Imediatamente ela mandou uma enxurrada de e-mails a todos os endereços de e-mails de jornalistas do Estadão, numa época em que já começava a ficar público e notório, na redação do Estado e mesmo em outras, que a relação entre Pimenta e a subordinada sua amante se estava deteriorando. Esses e-mails insistiam infatigavelmente em que Pimenta tinha de ser afastado daquele cargo, que o tornava um dos poucos jornalistas mais poderosos do mundo, pois, segundo os e-mails, Pimenta tendia a aproveitar suas situações de poder para tratar com violência e arbitrariedade as pessoas suas subordinadas, Os e-mails a vários jornalistas do Estadão diziam ainda que, como o poder de Pimenta havia se tornado imenso, aquilo com certeza ia acabar muito mal. Ninguém lhe deu atenção e os e-mails viraram motivo de piadas folclóricas sobre os delírios de uma mulher histérica. Deu no que deu. Em suma, é a crônica de uma morte ainda muito mais anunciada do que a de García Márquez. A crônica de um crime ainda mais hediondo do que o “Crime e castigo” de Dostoievski. Dos desvãos da alma humana ainda mais profundos do que os explorados em “Confissões de uma máscara”, de Yukio Mishima. Um livro-reportagem sobre um crime espetacular ainda mais bem feito do que “A sangue frio”, de Truman Capote, pois não tem cenas imaginárias para “ajudar a verdade”, como dizem os jornalistas quando inserem uma inverdade para tornar mais patente, aos olhos do leitor e da leitora, o verdadeiro significado de um fato. Um livro sobre as mazelas do jornalismo ainda mais impactante do que “O reino e o poder”, de Gay Talese, pois este trata das arbitrariedades das decisões editoriais, isto é, se cinge ao mundo do pensamento e da consciência, enquanto Lima trata das relações concretas entre o físicos das pessoas e entre seus inconscientes. Mais descritivo de costumes hipócritas do que a “Comédia Humana” de Balzac. Mais profundo e mais contundente, psicanaliticamente, do que o filme “Psicose”, de Alfred Hitchcock. O livro mais perspicaz sobre a região paulista da Mogiana jamais escrito. O mesmo se diga sobre a vivência cultural e a rede dos artistas criadores durante o regime militar. Uma obra que trata direitistas e esquerdistas como eles realmente são: pessoas quase sempre bem intencionadas que se formaram em situações sociais, culturais e econômicas diversificadas e que não são tão diferentes entre si, como pessoas, em relação ao que são no campo da política. Um livro que mostra a estreiteza da elite de um grande país ainda mais rarefeita e ainda mais autorreferente do que a aristocracia descrita nos grandes romances russos, onde um nobre de Moscou encontrava uma sua conhecida condessa de Tsaritsin por acaso em algum vagão de trem em plena Sibéria. Um livro que mostra a interligação das elites culturais mundiais. Um só exemplo para cada uma dessas afirmações: Pimenta era amigo e chefe de Vlado Herzog e o pai da amante de Pimenta depois por este assassinada atendia, em sua oficina mecânica, como cliente, o delegado Sérgio Fleury. A jovem estuprada por Pimenta muitas décadas atrás era filha de uma prima do cartunista americano que criou os imortais personagens Betty Boop e Marinheiro Popeye e ela própria se tornou uma artista plástica de renome mundial. Um livro que, apesar de tudo, tem o tom caridoso cheio de amor da oração que aprendi como o Padre Nosso e que piedosamente pede perdão para os nossos pecados com a candura da Ave Maria. Um livro que chora a morte com o profundo pesar e com a consoladora solenidade do Kaddish judaico. Um livro, que na verdade, é o suspiro de uma coletividade oprimida bradada aos céus, como acontece às sextas-feiras em Meca. Um livro que tem a profundidade filosófica de um tratado dialético hindu. Um livro que, como o Buda, nos mostra que, na verdade, o prazer, como tudo que nos chega pelos sentidos, é apenas uma outra forma de sofrimento. Como toda obra-prima que se preza, “Pimenta Neves” foi com toda certeza rejeitado pelas grandes e mesmo pelas médias e pequenas editoras. Sai por uma editora especializada em bem cuidadas edições financiadas pelo autor e seus amigos. Apesar de seu extremo interesse para os grandes jornais, não teve a repercussão merecida na mídia, apenas neste ousado DC e na CBN, a mais ousada instituição de informações do País para o público geral, onde Lima foi entrevistado pela sempre corajosa âncora Tania Morales. Em suma, é ler para crer.

Tags Luiz Octavio de Lima, Pimenta Neves

Blog do Renatão

11/12/2012

A famiglia Mesquita deu OK a Pimenta Neves?

Filed under: Assassinato,Estadão,Pimenta Neves,Sandra Gomide — Gilmar Crestani @ 11:05 pm

Assim como fica fácil acusar Lula, também não é difícil saber o que se passa na Redação do Estadão. Afinal, a famiglia Mesquita deu Ok ao Diretor de Redação do Estadão, Pimenta Neves, para assassinar Sandra Gomide? Só o que falta é a famiglia Mesquita dizer que não sabia que Pimenta Neves assediava moral e sexualmente a colega, a ponto de vir assassina-la. Quando o Estadão vir a público e contar esta história, aí, sim, darei crédito ao que disserem.

Lula deu ‘ok’ a empréstimos do mensalão e recebeu de esquema, diz Valério

Novas acusações fazem parte de depoimento prestado por empresário mineiro à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro, dias após ser condenado pelo STF

Lula deu ‘ok’ a empréstimos do mensalão e recebeu de esquema, diz Valério – politica – versaoimpressa – Estadão

04/08/2012

Dirceu sabia de tudo?

Filed under: Estupro,Pimenta Neves,Roberto Gurgel,Sandra Gomide,STF,Valerioduto — Gilmar Crestani @ 10:30 am

A acusão é tão simplória que merece relembrar outras duas situações que é de conhecimento público:

1) Pimenta Neves era Diretor de Redação do Estadão. Sob suas ordens trabalhava Sandra Gomide. Diz-se que ele assediava a moça moral e sexualmente. Tudo sob as barbas da famiglia Mesquita. Diz-se também que o Diretor de Redação é a pessoa que age sob as ordens mais diretas e vigiada de perto pelos donos do jornal. Pimenta Neves assassinou a subalterna. Qual é a culpa da famiglia Mesquita?

2) Em Florianópolis, um rebento da famiglia Sirotisky foi acuso de estupro. Sendo filho, sobrinho, neto, a famiglia Sirotisky conhecia o seu estuprador? Qual é a culpa da famiglia Sirotisky no estupro perpetrado pelo rebento?

QUESTÕES DE ORDEM

MARCELO COELHO – coelhofsp@uol.com.br

Só não acredita quem não quer

Provavelmente tudo foi como Gurgel descreve; mas constitui prova suficiente para condenar José Dirceu?

ROBERTO GURGEL, o procurador-geral, não tem o tipo físico de quem está encarregado de acusar os réus do mensalão. Sua voz não se levanta, os olhos tampouco, enquanto ele fala durante horas. De tão redondo, seu rosto de ursinho parece não ter perfil. Nada, nem o nariz, aponta para alguém.

Talvez por isso tenha ficado a impressão, na tarde de ontem, de que sua fala tenha alternado argumentos sólidos com outros não muito definitivos.

Começando pela ponta mais frágil. Gurgel fez considerações gerais sobre a questão da prova, nos casos que envolvem o crime organizado. Os esquemas mais sofisticados arregimentam laranjas, intermediários, assessores. O chefe não se envolve diretamente.

Como incriminá-lo? Gurgel invoca a teoria jurídica do "domínio do fato". Autor do crime é quem decide e planeja a atividade dos demais.

Não há impressões digitais nem gravações telefônicas numa situação dessas. Restam apenas os depoimentos de testemunhas. Foi com esses pressupostos que Gurgel passou ao grande tema: a culpa de José Dirceu.

Não faltam testemunhos contra ele. Marcos Valério, Roberto Jefferson, Valdemar da Costa Neto, todos convergem na tese de que nada era feito sem a anuência de Dirceu. O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o presidente do partido na época, José Genoino, não tinham cacife para decidir sozinhos.

Provavelmente tudo foi como Gurgel descreve. Mas será que isso constitui prova suficiente, do ponto de vista jurídico, para condenar José Dirceu? O procurador-geral raciocina pela via inversa. Não é possível acreditar, por exemplo, que Dirceu tenha se reunido com o presidente de um banco português apenas para tratar de investimentos turísticos na Bahia. Se fosse assim, o que estavam fazendo Delúbio e Marcos Valério na reunião?

Coisas desse tipo só se explicam se aceitarmos a tese de que Dirceu era o mentor do esquema. Mas não é certo que os ministros do STF achem que, com isso, está provada a culpa dele.

Seja como for, quem defende os mensaleiros terá mais problemas para continuar na tese de que tudo foi só uma redistribuição de sobras de campanha.

Roberto Gurgel mostrou, com detalhes, a ligação que havia entre os saques em dinheiro e as votações no Congresso Nacional. Difícil uma evidência mais clara de compra de votos.

Líderes do PP, do PL e do PTB recebiam seus pacotes em dinheiro vivo, dias antes de decisões importantes para o governo. Jacinto Lamas, tesoureiro do PL, pegou R$ 100 mil sete dias antes da votação da reforma tributária, mais R$ 100 mil na véspera, e outros R$ 100 mil quando seu partido completou a missão.

Um velho programa de TV usava o bordão "acredite se quiser". Aqui, depois da calma e longa fala da acusação, seria o caso de inverter a frase. "Não acredite se não quiser."

30/05/2012

Estadão sabe tudo de Dilma, mas não sabia nada de Pimenta Neves

Filed under: Estadão,Pimenta Neves,Sandra Gomide — Gilmar Crestani @ 6:31 pm

É inacreditável. O Estadão não esteve presente. Aliás, só estiveram Ayres de Brito e Dilma, mas o Estadão diz haver algo que Dilma, que participou, nega. Como o Estadão sabe mais o que se passou numa reunião entre duas pessoas que negam o que ele publica mas não sabia de nada sobre Pimenta Neves, seu diretor de Redação, que assissinou a colega Sandra Gomide?

Estadão reafirma informações questionadas pelo Planalto

Estadão reafirma informações questionadas pelo Planalto Foto: Divulgação

Conteúdo da reportagem "Para Dilma, há risco de crise institucional" foi desmentido por Dilma Rousseff por meio de comunicado do Palácio do Planalto; nota assinada pelo diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, diz que o jornal "mantém a informação publicada"

30 de Maio de 2012 às 18:07

247 – O jornal O Estado de S.Paulo publicou nota na tarde desta quarta-feira 30 para reafirmar as informações publicadas na reportagem "Para Dilma, há risco de crise institucional", em resposta a questionamento do Palácio do Planalto sobre a matéria, feito em nota (leia mais). Segundo o texto, assinado pelo diretor de Conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, "O Estado está seguro da apuração que fez e mantém a informação publicada sobre a preocupação do governo com o episódio e seu potencial de risco político, a despeito do desmentido oficial".

"A matéria publicada pelo Estado é fruto de apuração junto a fontes credenciadas do governo e desenvolvida desde a divulgação do teor da conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes", argumenta o jornal.

Confira a íntegra da nota:

O Estado está seguro da apuração que fez e mantém a informação publicada sobre a preocupação do governo com o episódio e seu potencial de risco político, a despeito do desmentido oficial.

A matéria publicada pelo Estado é fruto de apuração junto a fontes credenciadas do governo e desenvolvida desde a divulgação do teor da conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes. Segundo essas fontes, o fato preocupou profundamente a presidente Dilma Rousseff pelo seu potencial de crise. Dentro e fora do Palácio do Planalto é corrente a leitura de que é preciso evitar o envolvimento do governo com o assunto, raiz da orientação presidencial de silêncio sobre o tema.

A audiência entre a presidente e o ministro Ayres Britto, nesta terça-feira, 30, foi marcada a pedido deste em razão de sua posse como presidente do Supremo Tribunal Federal. Foi, portanto, o primeiro encontro formal de ambos na condição de dirigentes máximos dos dois poderes da República, quando a pauta é de natureza necessariamente institucional.

Diante da crise política deflagrada depois do encontro entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes, é natural que a versão oficial da reunião entre a presidente Dilma e o presidente do STF enfatize o evento Rio+20, embora este não tenha ocupado a pauta mais que o tempo necessário ao convite a Britto para o evento.

Ricardo Gandour
Diretor de Conteúdo do Grupo Estado

Estadão reafirma informações questionadas pelo Planalto | Brasil 247

25/05/2012

Pimenta Neves, o bom companheiro de Demétro Magnoli

Onde é mesmo que Demétrio Magnoli dá expediente? No Estadão. Então, óbvio ululante. As fontes do Estadão são tão podres quanto às da Veja. Aliás, eles não são parceiros do Instituto Millenium? O diretor de redação do Estadão, Pimenta Neves, colega de Demétrio Magnoli, assassinou Sandra Gomide. Elementar, caro Watson! Pelo que se tem visto, há mais bandidos no coronelismo eletrônico dos grupos mafiomidiáticos que no Presídio Central. Chamem o camburão!

Em artigo de defesa, Demétrio Magnoli condena a revista Veja

Em artigo de defesa, Demétrio Magnoli condena a revista VejaFoto: Montagem/247

Sociólogo foi mais um a defender Policarpo Júnior, ao dizer que jornalistas podem ter fontes criminosas, desde que não soneguem do público notícias relevantes (exatamente o que Veja fez)

25 de Maio de 2012 às 08:36

247 – O sociólogo Demétrio Magnoli bem que tentou socorrer a revista Veja, mas seu artigo “Os bons companheiros”, publicado ontem, no jornal O Globo, na prática, condena o jornalismo praticado pela revista – e, em especial, pelo diretor da sucursal brasiliense, Policarpo Júnior.

Na sua argumentação, Magnoli sustenta que jornalistas podem, sim, se aproximar de fontes criminosas, desde que essa aproximação os ajude a revelar fatos e notícias de interesse público. Mas, na frase seguinte, ele afirma que jornalistas não têm, no entanto, o direito de sonegar do público notícias relevantes.

É exatamente aí que Magnoli se trai e acaba condenando o jornalismo praticado por Veja. Na sua relação de uma década com Carlos Cachoeira, Idalberto Matias e Jairo Martins, Policarpo Júnior tinha plena ciência de quem eram e do que faziam os personagens. Chamava Cachoeira de “empresário de jogos”, quando, no Brasil, essa espécie, proibida por lei, não existia – o que há são bicheiros.

Veja também tinha total conhecimento de que Cachoeira era o verdadeiro "segredo do sucesso" da empreiteira Delta no Centro-Oeste – há, inclusive, um grampo em que um repórter da revista tranquiliza Dadá sobre uma reportagem que sairia no fim de semana, dizendo que o alvo não era a construtora (leia mais aqui).

Segundo Magnoli, o suposto ataque à liberdade de imprensa, nas críticas que vêm sendo feitas a Policarpo Júnior, teria sido organizado por uma máfia de “bons companheiros”. No entanto, o que ficou claro com a Operação Monte Carlo é que os verdadeiros “goodfellas” eram Policarpo, Dadá, Jairo e Cachoeira.

Leia, abaixo, o artigo de Magnoli:

‘Os bons companheiros’, um artigo de Demétrio Magnoli

PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA

DEMÉTRIO MAGNOLI

De “caçador de marajás”, Fernando Collor transfigurou-se em caçador de jornalistas. Na CPI do Cachoeira, seu alvo é Policarpo Jr., da revista “Veja”, a quem acusa de associar-se ao contraventor “para obter informações e lhe prestar favores de toda ordem”. Collor calunia, covardemente protegido pela cápsula da imunidade parlamentar. Os áudios das investigações policiais circulam entre políticos e jornalistas ─ e quase tudo se encontra na internet. Eles atestam que o jornalista não intercambiou favores com Cachoeira. A relação entre os dois era, exclusivamente, de jornalista e fonte ─ algo, aliás, registrado pelo delegado que conduziu as investigações.

Jornalistas obtêm informações de inúmeras fontes, inclusive de criminosos. Seu dever é publicar as notícias verdadeiras de interesse público. Criminosos passam informações ─ verdadeiras ou falsas ─ com a finalidade de atingir inimigos, que muitas vezes também são bandidos. O jornalismo não tem o direito de oferecer nada às fontes, exceto o sigilo, assegurado pela lei. Mas não tem, também, o direito de sonegar ao público notícias relevantes, mesmo se sua divulgação é do interesse circunstancial de uma facção criminosa.

Os áudios em circulação comprovam que Policarpo Jr. seguiu rigorosamente os critérios da ética jornalística. Informações vazadas por fontes diversas, inclusive a quadrilha de Cachoeira, expuseram escândalos reais de corrupção na esfera federal. Dilma Rousseff demitiu ministros com base naquelas notícias, atendendo ao interesse público. A revista na qual trabalha o jornalista foi a primeira a publicar as notícias sobre a associação criminosa entre Demóstenes Torres e a quadrilha de Cachoeira ─ uma prova suplementar de que não havia conluio com a fonte. Quando Collor calunia Policarpo Jr., age sob o impulso da mola da vingança: duas décadas depois da renúncia desonrosa, pretende ferir a imprensa que revelou à sociedade a podridão de seu governo.

A vingança, porém, não é tudo. O senador almeja concluir sua reinvenção política inscrevendo-se no sistema de poder do lulopetismo. Na CPI, opera como porta-voz de José Dirceu, cujo blog difunde a calúnia contra o jornalista. Às vésperas do julgamento do caso do mensalão, o réu principal, definido pelo procurador-geral da República como “chefe da quadrilha”, engaja-se na tentativa de desqualificar a imprensa ─ e, com ela, as informações que o incriminam.

O mensalão, porém, não é tudo. A sujeição da imprensa ao poder político entrou no radar de Lula justamente após a crise que abalou seu primeiro mandato. Franklin Martins foi alçado à chefia do Ministério das Comunicações para articular a criação de uma imprensa chapa-branca e, paralelamente, erguer o edifício do “controle social da mídia”. Contudo, a sucessão representou uma descontinuidade parcial, que se traduziu pelo afastamento de Martins e pela renúncia ao ensaio de cerceamento da imprensa. Dirceu não admitiu a derrota, persistindo numa campanha que encontra eco em correntes do PT e mobiliza jornalistas financiados por empresas estatais. Policarpo Jr. ocupa, no momento, o lugar de alvo casual da artilharia dirigida contra a liberdade de informar.

No jogo da calúnia, um papel instrumental é desempenhado pela revista “Carta Capital”. A publicação noticiou falsamente que Policarpo Jr. teria feito “200 ligações” telefônicas para Cachoeira. Em princípio, nada haveria de errado nisso, pois a ética nas relações de jornalistas com fontes não pode ser medida pela quantidade de contatos. Entretanto, por si mesmo, o número cumpria a função de arar o terreno da suspeita, preparando a etapa do plantio da acusação, a ser realizado pela palavra sem freios de Collor. Os áudios, entretanto, evidenciaram a magnitude da mentira: o jornalista trocou duas, não duzentas, ligações com sua fonte.

A revista não se circunscreveu à mentira factual. Um editorial, assinado por Mino Carta, classificou a suposta “parceria Cachoeira-Policarpo Jr.” como “bandidagem em comum”. Editoriais de Mino Carta formam um capítulo sombrio do jornalismo brasileiro. Nos anos seguintes ao AI-5, o atual diretor de redação de Carta Capital ocupava o cargo de editor de “Veja”, a publicação na qual hoje trabalha o alvo de suas falsas denúncias. Os editoriais com a sua assinatura eram peças de louvação da ditadura militar e da guerra suja conduzida nos calabouços. Um deles, de 4 de fevereiro de 1970, consagrava-se ao elogio da “eficiência” da Operação Bandeirante (Oban), braço paramilitar do aparelho de inteligência e tortura do regime, cuja atuação “tranquilizava o povo”. O material documental está disponível no blog do jornalista Fábio Pannunzio, sob a rubrica “Quem foi quem na ditadura”.

Na “Veja” de então, sob a orientação de Carta, trabalhava o editor de Economia Paulo Henrique Amorim. A cooperação entre os cortesãos do regime militar renovou-se, décadas depois, pela adesão de ambos ao lulismo. Hoje, Amorim faz de seu blog uma caixa de ressonância da calúnia de Carta dirigida a Policarpo Jr. O fato teria apenas relevância jurídica se o blog não fosse financiado por empresas estatais: nos últimos três anos, tais fontes públicas transferiram bem mais de um milhão de reais para a página eletrônica, distribuídos entre a Caixa Econômica Federal (R$ 833 mil), o Banco do Brasil (R$ 147 mil), os Correios (R$ 120 mil) e a Petrobras (que, violando a Lei da Transparência, se recusa a prestar a informação).

Dilma não deu curso à estratégia de ataque à liberdade de imprensa organizada no segundo mandato de Lula. Mas, como se evidencia pelo patrocínio estatal da calúnia contra Policarpo Jr., a presidente não controla as rédeas de seu governo ─ ao menos no que concerne aos interesses vitais de Dirceu. A trama dos bons companheiros revela a existência de um governo paralelo, que ninguém elegeu.

Em artigo de defesa, Demétrio Magnoli condena a revista Veja | Brasil 247

15/09/2011

Os macaquinhos do Estadão

Filed under: Estadão,Pimenta Neves,Sandra Gomide — Gilmar Crestani @ 7:57 pm
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O Estadão, na sua perseguição implacável à Lula, busca por todos os seus meios, imputar a Lula algo que nega para si. Se é verdade que Lula devesse saber de tudo o que ocorria sob seu governo então por que a famiglia Mesquita não poderia saber de tudo que acontecia na própria cozinha. Será que os donos do Estadão não sabiam que Pimenta Neves assediava moral e sexualmente a colega de trabalho Sandra Gomide? E, convenhamos, o Governo Federal é algo bem maior que a Redação do Estadão. Pois então… O Chefe de Redação do Estadão, Pimenta Neves, levou o ato de assediar às últimas consequências, assassinou aquela que não o queria, Sandra Gomide.

O Estadão, e, via de consequência, a famiglia Mesquita, pelo raciocínio exposto no texto abaixo, podem ser considerados cúmplices de um assassinato?!

O xis da questão do mensalão
(15.09.11)

Com o término, na quinta-feira passada (8) do prazo para os réus do mensalão apresentarem suas alegações finais no processo aberto contra eles em 2007, vieram a público os argumentos graças aos quais pretendem ser absolvidos os mais notórios protagonistas do escândalo de suborno de deputados federais para favorecer o presidente Lula, no seu primeiro mandato.
É o caso dos integrantes do "núcleo principal da quadrilha", conforme definição contida na denúncia formulada pelo então procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza – e ratificada em sua quase totalidade pelo seu sucessor, Roberto Gurgel.
Reconduzido pela presidente Dilma Rousseff para um novo período no cargo, Gurgel corroborou, por exemplo, a conclusão de Souza, segundo a qual o então ministro e depois deputado cassado José Dirceu foi o "chefe da quadrilha" que arquitetou e conduziu, a partir do PT, o esquema de compra de apoios ao governo Lula no Congresso Nacional.
Dos 40 réus originais, um (o ex-deputado José Janene, do PP) faleceu;  outro (o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira) foi excluído do processo em troca de prestação de serviços comunitários;  e dois (o ex-ministro Luiz Gushiken e um irmão do tesoureiro do PL, Antonio Lamas) foram excluídos por falta de provas, pelo atual procurador.
Os advogados de José Dirceu reiteraram, nas razões finais, que inexiste no processo algo "que possa sequer sugerir" que o seu cliente interferisse ou mesmo estivesse a par do que se passava na administração ou com as finanças do partido do qual já tinha sido presidente, no período que esteve à frente da Casa Civil.
Os criminalistas que defendem Jósé Dirceu referem que "todas as provas mostram que Delúbio Soares atuava com independência".
Ainda a peça der razões finais sustenta ser "completamente descabida" a versão de que Dirceu tivesse qualquer vínculo com o publicitário Marcos Valério, tido como o operador do mensalão.
Caberá ao STF, a partir do relatório final e voto do relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, acolher ou rejeitar essas negativas.
Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, "se fossem ao menos verossímeis, o procurador-geral Gurgel não teria endossado com tamanha convicção o juízo do predecessor sobre o dirigente petista".
É bem verdade que Delúbio chamou a si a responsabilidade exclusiva pelos negócios do partido com Marcos Valério. "Mas é o que se espera de qualquer pezzonovante mafioso conhecedor do implacável código de conduta da organização" – analisa o jornal paulista.
Já o então deputado e presidente da legenda, José Genoino, tenta se distanciar dos suspeitos empréstimos tomados em 2003 por Delúbio, no Banco Rural e no BMG, no valor de R$ 2,4 milhões, em benefício de companheiros e dos novos amigos do governo Lula.
A defesa de Genoino, para quem os empréstimos se destinavam a "fazer frente ao verdadeiro caos financeiro vivenciado pelos diretórios regionais do PT", afirma que ele assinou os papéis apenas "por condição estatutária".
Por esse raciocínio, "a legalidade, a viabilidade e o cabimento das transações" não eram da alçada do titular do partido, sendo o seu autógrafo "requisito meramente formal para a execução do empréstimo".
Genoino, assim como Dirceu e Delúbio, foram denunciados por formação de quadrilha e corrupção ativa.
Marcos Valério (condenado ontem em Minas Gerais por outro crime) responde ainda por lavagem de dinheiro, peculato e evasão de divisas.
O advogado de Marcos Valério pergunta como pode o seu cliente ser condenado por supostamente intermediar o financiamento do esquema, sem que estejam em julgamento "as condutas dos interessados no suporte político ´comprado´ (presidente Lula, seus ministros e seu partido) e dos beneficiários financeiros (partidos políticos da base aliada)".
Assinala ser esse "um raríssimo caso de versão acusatória de crime" que deixa mandantes e beneficiários em segundo plano, "alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio presidente Lula".
Em editorial, o Estadão conclui que "esse sempre foi o xis da questão: a tentativa de Lula de fazer crer que ignorava o esquema por completo – cego, surdo e mudo como os macaquinhos da metáfora". (Ação Penal nº 470).

ESPAÇO VITAL – bro-xis-questao-do-mensalao

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