A Folha é useira e vezeira de exigir dos adversários políticos, conforme admitiu Judith Brito, o que não exige de si nem dos seus parceiros. Por exemplo, o Deputado André Vargas teria que saber que o avião em que viajou pertencia a alguém que um dia seria preso. Então, vamos ver quem mais deveria saber de coisas que não sabia.
Comecemos pela própria Folha. A Folha sabia ou não sabia que os torturadores a quem ela emprestava os carros para transportarem clandestinamente os presos políticos que, depois de torturados, estuprados e mortos, precisavam ser desovados esquartejados para que a família não pudesse reconhecer, um dia seria execrados como facínoras torturadores e estupradores?!
Agora vejamos o caso do Estadão. Será que a família Mesquita sabia, ao manter Pimenta Neves como Diretor de Redação, que este animal assediava moral e sexualmente a colega de trabalho, Sandra Gomide, a ponto de vir a assassina-la?!
Quando Roberto Marinho fez aquela parceria com os milicos e turbinou a Rede Globo, ele já sabia que os gorilas eram torturadores e ladrões? Quando a RBS transformou o Ultima Hora, que combatia os golpistas, em Zero Hora, amiga de primeira hora dos gorilas, ela sabia que seus parceiros prendiam, torturavam, estupravam, matavam e esquartejavam suas vítimas para que os familiares não pudessem reconhece-los?!
Marco Aurélio Mello, ao soltar o banqueiro Salvatore Cacciola, que havia causado um rombo de milhões de reais na quebra do Banco Marka, sabia que ele iria fugir para a Itália? Ou Gilmar Mendes dando dois habeas corpus, numa produção fordiana, para soltar o banqueiro Daniel Dantas…
Partimos para os parceiros da Folha. Ao proteger o PSDB, a Folha também acha que Mário Covas colocou no Tribunal de Contas do Estado –TCE, Robson Marinho, porque sabia ou porque não sabia que era o operador do esquema que desviou bilhões nos contratos da Alstom e da Siemens?! Quando Sérgio Motta passou o trator por cima dos deputados, pagando duzentos mil para conseguir a reeleição para FHC, o amante da Miriam Dutra sabia ou não sabia?!
E mais não digo porque quando o imbecil nasce sem cérebro a única coisa que entra na cachola é só merda mesmo.
Vice da Câmara viajou em avião emprestado por doleiro preso
Vargas diz que pegou jato porque voos comerciais estavam caros, mas que pagou combustível
Em outra conversa, segundo a PF, Vargas e Youssef falam de empresa investigada na Operação Lava a Jato
ANDRÉIA SADIDE BRASÍLIA
O vice-presidente da Câmara dos Deputados, André Vargas (PT-PR), pegou emprestado um avião com o doleiro Alberto Youssef, pivô da Operação Lava a Jato, da Polícia Federal, que apura esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões em operações suspeitas.
A viagem a João Pessoa, na Paraíba, foi discutida em uma conversa entre os dois por um serviço de mensagem de texto, no dia 2 de janeiro, segundo documentos da investigação da PF aos quais a Folha teve acesso.
De acordo com a troca de mensagens de um aplicativo chamado BBM”, Youssef agendou voo em jato particular para Vargas às 6h30 em avião de prefixo PR-BFM.
Tudo certo para amanhã", diz mensagem originada pelo celular do doleiro. Não fica claro se o avião pertence a ele.
"Boa viagem se (sic) boas férias", acrescenta. Procurado pela Folha, Vargas disse que conhece o doleiro há mais de 20 anos e que pediu o avião porque voos comerciais estavam muito caros no período, mas que pagou o combustível.
Não sei se o avião é dele, ele foi dono de hangar e eu perguntei se ele conhecia alguém com avião", disse o petista. Apesar disso, Vargas diz ter cometido uma imprudência". "Eu não sabia com quem eu estava me relacionando. Não tenho nenhuma relação com os crimes que ele eventualmente cometeu."
O petista integra a ala do partido mais ligada ao ex-presidente Lula e se destacou nos últimos meses pela defesa dos colegas condenados no processo do mensalão.
Na sessão de reabertura do Congresso, em fevereiro, ele chegou a provocar o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa –que estava sentado ao seu lado–, erguendo o punho cerrado. O gesto foi usado por petistas ao se entregarem à polícia.
Em outra conversa, Vargas e Youssef discutem, segundo a PF, um assunto de interesse do doleiro no Ministério da Saúde. A transcrição não deixa claro que assunto seria esse, mas indica que ele teria sido tratado com o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do ministério, Carlos Gadelha.
A empresa citada é a Labogen, cuja folha de pagamento é de R$ 28 mil mensais e que, segundo a Operação Lava a Jato, que prendeu o doleiro, teria sido usada por Youssef para fazer remessas ilegais de US$ 37 milhões ao exterior.
O relatório de análise da PF identificou uma conversa onde Vargas diz que a reunião com Gadelha foi boa demais”. "Em outro momento, diz que Gadha’ –possivelmente referindo-se a Gadelha– garantiu que vai nos ajudar’."
Vargas nega contato com Gadelha. Ele diz que Youssef o procurou para saber como funcionavam parcerias com o ministério. Segundo ele, Youssef e um grupo de investidores estavam tentando recuperar uma farmoquímica.
Sobre a mensagem, ele diz lembrar de ter encontrado um representante de Youssef no aeroporto, que não se recorda do nome, e que este o relatou que teria tido uma boa reunião com Gadelha.
O Ministério da Saúde diz que Gadelha nunca recebeu o deputado em audiência e nem tratou com ele do contrato citado na investigação da PF. A Folha não localizou ontem o advogado do doleiro.
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