Ficha Corrida

22/06/2015

Mico internacional: Inspetor Clouseau amadrinha operação Pantera Cor-de-Rosa

SóRRindo! O Inspetor Clouseau de Pindorama, Eduardo Saboia, flagrado disfarçado de barba e óculos, amadrinha trupe da Pantera Cor-de-Rosa numa missão internacional: Micosos e cheirosos…

Os cavaleiros do apocalipseO mico dos quatro cavaleiros do apocalipse não tem preço. Ronaldo Caiado, como diria seu colega de DEM, Demóstenes Torres, sem voz continua sua marcha da insensatez em busca de um cérebro. Agripino Maia, Aloysio Nunes, Aécio Neves juntos só fazem sombra à marcha dos vadios do Kim Kataguiri.

Tem que ser muito mau caráter para continuar levando a sério o gazeteiro das alterosas. O pior senador do ranking da Veja é também o pior da missão de ataque à Venezuela. O episódio lembra de outra grande aventura brasileira no exterior, na Guerra do Paraguai, magistralmente descrita pelo brilhante escritor Dionísio da Silva: Avante, soldados: para trás!

Por falar em Paraguai, por que eles não foram ao Paraná visitar seus financiadores ideológicos presos e as vítimas da dupla Beto Richa & Fernando Francischini nos hospitais de Curitiba?

Eles que se dizem favoráveis à liberdade de expressão, por que não foram aos EUA visitar Bradley Manning, ou à Londres, na embaixada do Peru, se encontrarem com Julian Assange? De lá poderiam prosseguir e aproveitar a viagem até Moscou a fim de se encontrarem Edward Snowden.

Só faltou o porta-voz do golpe paraguaio, Álvaro Dias. Aliás, que fim levou o valentão das araucárias. Anda mais quieto que gato cagando na chuva. Seria ele que o peessedebista sacrificado na Lava Jato para justificar a prisão dos adversários?!

Diplomata que trouxe senador boliviano estava na comitiva de Aécio

dom, 21/06/2015 – 20:13

Atualizado em 21/06/2015 – 22:53

Do Jornal GGN – A comitiva dos senadores que foi até Caracas tinha um acompanhante especial, que foi ignorado pela reportagem do Jornal Nacional, apesar de ter enviado repórteres até a cidade para cobrir o evento e de tê-lo filmado de relane no ônibus (http://migre.me/qnwjq).

Trata-se do diplomata Eduardo Saboia o mesmo que, dizendo-se movido por sentimentos humanitários, trouxe da embaixada da Bolívia para o Brasil o senador  boliviano Roger Molina (http://migre.me/qnvBL).

Saboia refutou qualquer insinuação de que agiria por motivação política. O incidente custou o cargo do chanceler Antônio Patriota

Saboia levou uma suspensão de vinte dias. Na época, seu gesto foi saudado como humanitário, o chefe do posto diplomático que supriu a falta de ação do Itamarati e da presidente da República (http://migre.me/qnvJz).

Na ocasião, Saboia ameaçou o Itamarati: "Se vierem para cima de mim, tenho elementos de sobra para me defender e para acusar. Tenho os e-mails das pessoas, dizendo olha, a gente sabe que é um faz de conta, eles fingem que estão negociando [a saída do senador da embaixada] e a gente finge que acredita”, segundo a Folha (http://migre.me/qnvPG).

Durante a entrevista – segundo o jornal – Saboia chorou a disse ter “ouvido a voz de Deus”.

Seu gesto foi reconhecido pela oposição. O Senador Aloysio Nunes Ferreira convidou-o para ser assistente da Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Na página “Pró-Eduardo Saboia”, do Facebook (http://migre.me/qnw4H) ele revela ter entrado com uma ação contra o Itamarati.  Seu advogado é o ex-presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) nacional, Ophir Cavalcante Jr.

Diplomata que trouxe senador boliviano estava na comitiva de Aécio | GGN

 

Organizadores da visita a Caracas desmentem Aécio ao Estadão

dom, 21/06/2015 – 23:12

Do Estadão

Grupo de senadores não foi ‘jogado aos leões’ em Caracas, dizem fontes

ERICH DECAT, ENVIADO ESPECIAL – O ESTADO DE S. PAULO

21 Junho 2015 | 14h 02

Organização da viagem afirma que senadores da oposição que foram à Venezuela sabiam que embaixador não iria acompanhá-los

CARACAS – Alvo de ataques de senadores da oposição, fontes ligadas à organização da malsucedida viagem dos parlamentares brasileiros a Caracas, na Venezuela, na última semana, alegam reservadamente que a narrativa dos fatos é diferente do que tem sido declarado pelos parlamentares. Sob acusação de parte do grupo de senadores de oposição de que teria abandonado a comitiva na última quinta-feira, 18, o embaixador brasileiro em Caracas, Rui Pereira, pode ser convocado para prestar esclarecimentos ao Congresso.

Representantes da organização da viagem alegam, porém, que o grupo de senadores "não foi jogado aos leões" e que os parlamentares já tinham o conhecimento prévio de que o embaixador Rui Pereira não iria acompanhá-los nas atividades em Caracas. A decisão, tomada para evitar ruídos diplomáticos, foi comunicada ao embaixador pelo Ministério de Relações Exteriores do Brasil.

Aécio Neves teria dito ao embaixador que agradecia a recepção dele e que entendia ‘as limitações’ de ele prosseguir com o grupo

O entendimento do governo brasileiro seria o de que a presença de um integrante da embaixada nas atividades do grupo de senadores poderia ser vista como inadequada por parte das autoridades venezuelanas. Na agenda dos parlamentares, estavam encontros com os principais líderes opositores ao governo local, Leopoldo López, Antônio Ledezma, ambos presos, e o governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles.

A ausência de Rui Pereira junto ao grupo teria sido informada pessoalmente pelo embaixador ao ministro diplomata Eduardo Saboia, assessor da Comissão de Relações Exteriores do Senado, que se deslocou para Caracas na véspera do desembarque dos senadores. No dia em que os senadores chegaram para cumprir a agenda, ao entrar no micro-ônibus que aguardava o grupo, o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), sinalizando ter tomado conhecimento da ausência de Pereira, teria dito ao embaixador que agradecia a recepção dele e que entendia "as limitações" de ele prosseguir com o grupo.

A programação dos senadores na capital venezuelana só foi entregue aos organizadores da viagem na Venezuela cerca de três horas antes do desembarque dos parlamentares brasileiros. Na ocasião, Saboia também teria sido alertado sobre a dificuldade de as esposas de políticos venezuelanos opositores entrarem na base aérea, como estava previsto no cronograma. Foi aconselhado, então, que a recepção delas aos senadores ocorresse em outro local. O encontro aconteceu no estacionamento do terminal auxiliar do aeroporto de Maiquetía Simón Bolívar. Integrantes da comitiva de senadores afirmaram na ocasião que tiveram que furar o esquema de segurança para serem recebidos pelas lideranças opositoras locais.

Batedores. As tratativas entre representantes dos governos brasileiro e venezuelano sobre a viagem tiveram início dois dias antes da chegada dos senadores. Comunicado da ida da comitiva, o embaixador brasileiro foi pessoalmente até a ministra de Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, na terça-feira (16), para informar sobre o pedido dos parlamentares brasileiros. A chanceler, na ocasião, não teria feito nenhuma objeção. O comunicado da autorização para os senadores desembarcarem teria ocorrido poucas horas depois por mensagem encaminhada para o celular do embaixador pela chanceler.

Segundo organizadores da viagem, na quarta-feira (17), quando houve a confirmação da ida do grupo já havia a autorização do governo da Venezuela. Na lista inicial dos senadores também constava o nome de José Serra (PSDB-SP) e Romero Jucá (PMDB-RR), que acabaram não integrando o grupo.

No encontro ocorrido entre a ministra de Relações Exteriores e o embaixador, não foi feito pedido de batedores, mas Rodríguez teria informado que o governo venezuelano forneceria segurança e teria comentado que a última coisa que queria era qualquer tipo de incidente. No dia do desembarque dos senadores, foram disponibilizados dois carros e duas motos com objetivo de se fazer uma "cápsula de segurança" em torno do micro-ônibus alugado pela embaixada brasileira e disponibilizado aos senadores. Apesar desse esquema de segurança, também chamou a atenção dos organizadores da viagem o fato de os batedores não terem aberto caminho para o veículo dos senadores passarem pelo trânsito, que estava congestionado na região da saída do aeroporto.

Ligações. Apesar do engarrafamento, os senadores tentaram deixar o local e foram cercados a um quilômetro do aeroporto por um grupo de manifestantes pró-governo Maduro que hostilizou a comitiva batendo com as mãos na lataria do veículo, jogando objetos e gritando palavras de ordem. No momento das agressões, o embaixador já tinha deixado o local e estava preso no trânsito, na autopista que liga o aeroporto a Caracas. Ele teria sido comunicado do incidente por telefone pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Desde então, teria mantido permanente contato com o senador, e também teria falado com o senador Aécio Neves. Na ligação, o mineiro cobrou um posicionamento oficial do governo brasileiro.

Entre as medidas adotadas pelo organizadores da viagem estaria um pedido de reforço policial a um representante do serviço de Custódia Diplomática e Proteção de Personalidades do Corpo da Polícia Nacional Bolivariana. O reforço, até o momento do retorno dos senadores ao Brasil, não havia chegado. Logo após as manifestações contra o micro-ônibus, uma alternativa levantada por representantes de oposição ao governo Maduro que acompanhavam os senadores foi a de tentarem se deslocar até Caracas pela "estrada velha". Os senadores foram desaconselhados pela organização da viagem, uma vez que a via não estaria em boas condições, passaria por barrancos sem guarda corpo e sairia numa região de favela.

Preso no engarrafamento por cerca de 2 horas, o embaixador brasileiro, além dos contatos com parte do grupo de senadores, também teria realizado cerca de 15 ligações para o Itamaraty em Brasília para informar do incidente. Entre os destinatários dos telefonemas estava o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e integrantes do gabinete do ministro.

Organizadores da visita a Caracas desmentem Aécio ao Estadão | GGN

06/07/2014

Quinta coluna, Aloysio trocou a guerrilha pelo Paulo Preto

aloysioUm tucano na querrilha

Escolhido como vice na chapa de Aécio Neves, Aloysio Nunes lembra de sua atuação na luta armada para tentar derrubar a ditadura

DANIELA LIMADE SÃO PAULO

Na noite de 9 de agosto de 1968, Aloysio Nunes Ferreira dividia insone uma cama de casal com outras três pessoas, num pequeno apartamento próximo à praça Roosevelt, na capital paulista. Preparava-se para o assalto que se tornou uma das mais célebres ações de guerrilha durante a ditadura no Brasil.

"Às vezes eu lembro da sensação, da incerteza", contou. "E se não der certo? E se eu for preso? E, se preso, for torturado? E se, torturado, eu falar? Sabe… Era um pavor. Muito medo. Me lembro disso, mas de ter dormido, não."

O relato –feito pelo hoje senador tucano à Folha, dias depois de ter sido escolhido candidato a vice-presidente da República na chapa de Aécio Neves (PSDB-MG)– é sobre a noite que antecedeu o assalto ao trem pagador Santos-Jundiaí, em 10 de agosto.

Aloysio, na época com 23 anos, integrava a ALN (Ação Libertadora Nacional), organização liderada por Carlos Marighella. A função do tucano foi dirigir o veículo –um Fusca roubado– usado na fuga dos parceiros.

Na guerrilha, Aloysio teve muitos nomes. Notabilizou-se por "Mateus", mas usou outros, como "Lucas". "Eram sempre evangelistas", lembra. Abriu exceção aos codinomes bíblicos quando escreveu para a "Voz Operária", publicação do PCB (Partido Comunista Brasileiro), e assinou "Nicanor Fagundes".

"Nicanor pela música do Chico Buarque [Onde andará Nicanor?’, diz o primeiro verso da canção] e Fagundes porque daí ficava NF [iniciais de Nunes Ferreira]."

Aloysio nunca escondeu sua relação com a guerrilha. Iniciou a militância no PCB quando estudante de direito da USP. Dentro do "partidão", seguiu a ala de Marighella, que via como "herói", e partiu para a luta armada.

AO LADO DE DILMA

Na disputa presidencial de 2010, foi contra a exploração eleitoral da atuação da então candidata Dilma Rousseff (PT) na organização VAR-Palmares, também de guerrilha.

"Fui mais longe do que ela. Mas isso não me impede de hoje ter uma visão absolutamente crítica, não só da tática, mas da concepção desses movimentos", avalia. "Atacávamos a ditadura por uma via que não era democrática."

No regime militar, Dilma guardou armas e dinheiro para a VAR-Palmares, mas não há registro de que participou de assaltos e ações armadas.

A revisão de Aloysio sobre sua atuação na guerrilha não é recente. Ironicamente, o próprio Marighella desencadeou esse processo ao providenciar a ida do tucano para Paris, em 1968. Com documentos falsos, embarcou com a missão de divulgar a guerrilha do Brasil na Europa.

Passou a acompanhar o Partido Comunista Francês e diz ter visto ali que a saída estava na "revolução com as massas" e não com as armas.

Na França, emplacou textos de Marighella na revista do filósofo francês Jean-Paul Sartre. "Aloysio tinha essa visão de guardar cartas do Marighella. A gente se preocupava, porque aquilo era fogo puro, dinamite [se fossem descobertas]", lembra a socióloga Ana Corbisier.

Era ela quem traduzia para o francês os textos de Marighella. Amiga de infância do senador, foi quem o abrigou no pequeno apartamento na véspera do assalto ao trem.

Hoje, os dois militam em campos opostos. Ana ficou pouco em Paris e partiu para Cuba. Tornou-se amiga do ex-ministro José Dirceu, exilado na ilha na época. Filiada ao PT, diz ter sido "uma pena" que Aloysio, de volta ao Brasil, tenha se filiado ao MDB, embrião do PMDB. Depois migrou para o PSDB.

OPÇÃO

No partido, aproximou-se daquele que viria a ser um dos amigos mais próximos, José Serra. A primeira vez que viu Serra, ele era presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes) e fazia um discurso pela mobilização anti-golpe no Comício da Central do Brasil, em 13 de março de 1964.

Depois, os dois se encontraram em Paris, na década de 1970, quando jantaram com um amigo em comum. Serra só lembra de Aloysio já no Brasil. "Tenho com ele grande afinidade eletiva. Quando nos conhecemos, depois do exílio, foi como se fôssemos amigos desde criancinha. Isso facilitou a aproximação política, que se desdobraria por décadas, naturalmente com flutuações", afirmou.

Em sua gestão no governo de São Paulo (2007-2010), Serra fez de Aloysio chefe da Casa Civil e o homem mais poderoso de seu círculo.

Cabia a ele negociar com prefeitos e deputados, além do acompanhar as principais metas do governo. Durante a eleição de 2010, quando Serra saiu candidato à Presidência, surgiram acusações de que um homem próximo a Aloysio, conhecido como Paulo Preto, havia desviado dinheiro da campanha.

Nada ficou comprovado. Aloysio sai em defesa do engenheiro, a quem chama pelo nome: Paulo Vieira de Souza, ex-dirigente da Dersa.

"O Paulo já era rico antes de entrar no governo e a acusação era absurda", afirma.

O cacife acumulado durante a gestão Serra e a capilaridade de seus contatos com políticos no Estado o colocaram entre os cotados para a vaga de vice na chapa de Aécio. A aproximação do mineiro, com quem Serra disputou protagonismo no PSDB por anos, levou às "flutuações" mencionadas pelo ex-governador.

"A trajetória do Aloysio foi marcada pela defesa da democracia. Como ele mesmo diz, é um jovem idealista. Não poderia estar em melhor companhia", disse Aécio.

05/07/2014

Incesto entre fratricidas

A coalização do mal causa mal até entre os malvados. Vade retro, Satanás! Se lhes retiramos o apoio dos grupos mafiomidiáticos, dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, veremos que a manada que lhes resta quebra o próprio cabresto.

A grande contribuição de Aécio, com o convite a Aloysio Nunes, é trazer a público o que a velha mídia teima em esconder: o propinoduto tucano na Alstom e Siemens.

Candidatura Aécio Neves, um incesto entre fratricidas?

sab, 05/07/2014 – 11:49

Sergio Saraiva

Com apoios problemáticos e sob a má influência de Serra, Aécio inicia a fase oficial da campanha para a presidência da República com o PSDB isolado e dividido.

Definidas as chapas que concorrerão às eleições de 2014, é possível ver-se melhor o quadro político atual. Nele, o PT nacional formou um gigantesco bloco partidário de apoio, o PSB não conseguiu projeção nacional com sua união ao Rede, que começa a fazer água, e o PSDB, o principal partido da oposição, está velho, dividido e isolado.

Com respeito ao PSDB, sintomático disso é sua chapa "café com leite" para as eleições presidenciais de outubro de 2014 – Aécio e Aloysio – é um mau sinal para o partido.

No nosso modelo político, a existência de uma chapa formada por um único partido quase sempre é uma demonstração de fraqueza. Mais ainda, conhecendo-se a relação entre os PSDBs mineiro e paulista, sua união nestas eleições soa quase um incesto entre fratricidas.

O que os levaria a tal pecado?

Não, não é uma tentativa de finalmente unir o partido. É antes mais um fruto envenenado de sua divisão de sempre.

Só e mal acompanhado.

É certo que o PSDB não atraiu grandes nomes para o seu lado: Paulinho – ”discurso calibrado” da Força e o seu Solidariedade. Paulinho pode ser da Força, mas não há garantias que a Força seja de Paulinho, já que sindicalistas dessa central de trabalhadores apoiam Dilma. Trouxe também o PTB – ”suguem mais um pouco” – mas só trouxe a parte de Roberto Jefferson. Aécio segue a tradição fernandina de permitir que a arrogância lhe saque bobagens da boca. E, por fim, recebeu o apoio do DEM de sempre.

Não é lá muita coisa, mas ao menos o DEM poderia compor ainda que simbolicamente, o papel que lhe resta, uma coligação. Mas não, vai PSDB com PSDB.

E a razão disso é a divisão interna. E essa divisão tem um nome: José Serra.

Um incesto entre fratricidas?

A ausência de Serra seria um grande apoio ao PSDB, mas mais uma vez ele forçou a sua presença em uma eleição. Se eleito senador, seu foco muda imediatamente para 2018. E José Serra não perdoa, nem perde as esperanças, já está fazendo o que pode para minar Aécio e Alckmin.

Com sua candidatura ao senado, impediu uma coligação estadual paulista com o PSD e obrigou Alckmin a buscar apoio no PSB, ampliando para São Paulo os problemas que Aécio e Eduardo Campos já cultivavam em Minas.

Alckmin foi obrigado a dividir o palanque com um adversário de Aécio que dificilmente apoiará este em um ainda hipotético segundo turno. Aliás, se Dilma e Alckmin vencerem, Aécio e Alckmin passam a ser adversários diretos dentro do PSDB. Como Aécio não passou até agora dos 20% de intenção de voto, ideias podem estar surgindo na mente de um Alckmin precavido.

José Serra é um paradoxo, não se explica, após três derrotas seguidas, como tenha ainda tanta força dentro do PSDB.  Aloysio Nunes parece ser a pessoa interposta por José Serra na chapa de Aécio dada a inviabilidade de ser ele próprio o candidato a vice. Se é que um dia Serra desejou realmente ser vice de Aécio. Essa pretensão manifestada sempre teve mais jeito de bode na sala.

Mas Aloysio é um nome que deveria ser evitado. O vídeo em que ele ofende e agride o blogueiro Rodrigo de Grassi já seria o suficiente para inviabilizá-lo. Mas é muito pior, Aloysio é um nome facilmente associável ao escândalo do propinoduto Metro-Siemens, quando não pelas acusações de pessoas envolvidas ou mesmo indiciadas pela Polícia Federal, por simplesmente ter retirado seu nome da CPI que investigaria o caso.

Não é uma exclusividade de Aloysio, o PSBD sai em Minas de Pimenta da Veiga e seus inexplicados 300 mil reais valerianos e em São Paulo com  José Aníbal, na vice de Serra, e Andrea Matarazzo de coordenador. Ambos investigados no mesmo escândalo que Aloysio Nunes.

Nunca o PSDB necessitou tanto da lentidão da Justiça e do manto da invisibilidade da grande imprensa.

Mas, de qualquer modo, Aloysio Nunes é uma bomba-relógio com seu temperamento e com suas ligações perigosas. Aécio comprou um problema que não era seu. Logo, que Aécio o tenha aceitado como vice só demonstra o quanto o PSDB não tem nomes alternativos de peso, e ainda está influenciado e dividido por Serra.

E Serra é como o pássaro cuco, mata seus irmãos no ninho.

Logo, para Aécio, seria melhor estar só que mal acompanhado por Serra. Batalhou por isso e a presença de Aloysio na chapa é a prova de que não conseguiu tal feito. Mais uma vez, não foi desta vez que um candidato do PSDB à presidência conseguiu unir o partido.

Candidatura Aécio Neves, um incesto entre fratricidas? | GGN

30/06/2014

Aécio faz 69 com Aloysio

Filed under: Aécio Neves,Aloysio 300 Nunes,Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 7:09 pm
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alô isioTirem as crianças da sala. Sabe aquele papo do “vamos conversar”? Aécio alterou, na convenção do PSDB, para “vamos sugar”. E nesse lero-lero levou no papo Aloysio Nunes.

E quem conversa de boca cheia vota em quem? Nas redes sociais, Aloysio recebeu o sobrenome de 300, por suas preocupações sociais…

Vem aí a concorrência aos mãos leves do mercado, Aloysio 300

Aécio anuncia hoje que senador Aloysio Nunes será seu vice

Depois de meses de especulações sobre seu companheiro de chapa, mineiro escolheu nome que agrada mais ao PSDB

O sigilo da decisão até o limite do prazo busca ampliar exposição na mídia; Alckmin e FHC foram avisados ontem

DANIELA LIMADE SÃO PAULONATUZA NERYDE BRASÍLIA

O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) foi avisado por interlocutores do mineiro Aécio Neves que será anunciado como vice na chapa do presidenciável tucano nesta segunda-feira (30).

A indicação encerrará meses de especulações sobre quem seria o companheiro de Aécio na disputa presidencial de outubro. A comunicação foi feita no fim da noite deste domingo (29).

Ao longo do dia, o senador ainda dizia a aliados ter duas opções: Aloysio Nunes e a ex-ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie.

Aécio fez um cálculo político para manter o sigilo de sua decisão. Quis criar um fato novo no ambiente eleitoral depois de os principais adversários, a presidente Dilma Rousseff (PT) e o ex-governador Eduardo Campos (PSB), terem feito suas convenções e apresentado seus aliados.

Com o anúncio tardio, Aécio quer garantir mais exposição na imprensa.

Aloysio sempre foi o mais cotado entre os tucanos. Senador mais bem votado em São Paulo nas eleições de 2010, a escolha de seu nome simboliza que São Paulo é uma prioridade de Aécio em sua campanha e fortalece o discurso de que o partido está unido em torno da candidatura do mineiro.

O senador é um dos nomes mais ligados ao ex-governador José Serra, com quem Aécio disputou por anos o protagonismo no PSDB.

SUSPENSE

O último passo para a decisão foi dado por Aécio na noite de domingo, quando ele consultou, pelo telefone, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. A interlocutores, disse que "só depois de ouvi-los" bateria o martelo.

Desde a formalização de sua pré-candidatura, pessoas próximas a Aécio apresentaram à imprensa diversos nomes como possíveis candidatos a vice do mineiro.

Já estiveram na lista o ex-senador e ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati, o ex-governador José Serra e até FHC, que se apressou em dizer que, aos 83 anos, não seria mais candidato.

A deputada federal Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi cotada para a vaga, mas as negociações não prosperaram. Até domingo, ela não havia sido contatada por Aécio para tratar do assunto.

Nos últimos dias, o presidenciável tucano deu pistas de que poderia trazer "uma surpresa". A aliados, chegou a dizer que tinha um terceiro nome "em sua cabeça", além de Aloysio e Ellen Gracie, e depois, em agenda no Nordeste, afirmou que sua vice poderia ser uma mulher.

No fim de domingo, no entanto, sinalizou ter feito a opção mais segura e com maior amparo dentro do PSDB e entre os partidos aliados.

Aécio 69: “- me suga que eu te sugo”

Filed under: Aécio Neves,Aloysio 300 Nunes,Jânio Quadros,Sanguessugas — Gilmar Crestani @ 12:43 pm
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Aecio QuadrosRICARDO MELO, NA FOLHA

Imagina nas eleições

Se com a Copa foi assim, imagine doravante, quando está em jogo o cargo mais importante da República

Poucas vezes viu-se tamanha desinformação como antes desta Copa. A previsão era dantesca. Caos nos aeroportos, estádios incompletos, gramados incapazes de abrigar jogos de várzea, tumulto, convulsões sociais, epidemias. Os profetas do caos capricharam: alguns apostaram que as arenas só ficariam prontas após 2030. Só faltou pedirem à população que estocasse alimentos em face da catástrofe.

Diante de um cenário diametralmente oposto, os mensageiros do apocalipse ensaiam explicações. A principal é a de que a alegria do povo brasileiro suplantou a penca de problemas que estava aí, a olhos vistos, e ninguém queria enxergar. Desculpa esfarrapada.

Se é inquestionável que os brasileiros têm uma tradição amistosa, ela por si só não ergue estádios decentes, melhora aeroportos, acomoda milhares de turistas e garante acesso aos locais das partidas. Problemas? Claro que houve, mas infinitamente menores do que os martelados pela imprensa em geral. Muita gente mentiu, ou, no mínimo, não falou toda a verdade –o que em geral dá no mesmo.

Durante um tempo quase infinito, os brasileiros foram vítimas de uma carga brutal de notícias irreais. Se tudo estava tão atrasado e fora dos planos, como a Copa acontece sem contratempos maiores do que os de outros eventos do gênero? Talvez o maior legado deste choque entre fantasia e realidade seja o de que, acima de tudo, cumpre sempre duvidar de certas afirmações repetidas como algo consumado.

A profusão de instrumentos de informação atual, ainda bem, oferece inúmeras alternativas para que opiniões travestidas de certezas sejam postas à prova. Mais do que nunca, desconfiar do que se ouve, assiste e lê é o melhor caminho para tentar, ao menos, aproximar-se do que é real.

No final das contas, é bom que essa distância entre versão e fato tenha ficado escancarada num ano eleitoral. Se com a Copa foi assim, imagine doravante, quando está em jogo o cargo mais importante da República. A enxurrada de algarismos para mostrar um país à beira do abismo ocupa boa parte do noticiário "mainstream". Na outra ponta, estatísticas de toda sorte surgem para falar o inverso. Quem tem razão?

Nessa hora, o decisivo é avaliar como está a vida do próprio cidadão e como ela pode ficar se vingar a proposta de cada candidato. O mais difícil, como sempre, é descobrir se estes têm coragem de dizer o que realmente pretendem realizar.

ME SUGA QUE EU TE SUGO

O ciclo de convenções partidárias dá uma ideia do nível da campanha pela frente. A convenção do PSB de Campos e Marina elegeu como lema tirar o país do "atoleiro". Antes disso, porém, seria preciso tentar resgatar a própria legenda do lodaçal. Anunciado como terceira via, o acordo entre Campos e Marina até agora não exibiu nada de diferente da velha política que dizia combater. Mas suas alianças país afora parecem autoexplicativas.

Já a convenção estadual paulista do PSDB seria apenas cômica, não fosse ainda mais cômica. O ponto alto, se é que houve algum, foi o discurso do candidato à Presidência Aécio Neves. Ao se referir ao PT, ele disse: "Infelizmente, a vitória para eles não significou apenas uma oportunidade de exercer uma proposta de poder mas a possibilidade de ascensão econômica."

O impressionante é que ele não ficou sequer ruborizado, embora seu partido acoberte pessoas como Robson Marinho, para citar apenas São Paulo, e outros tantos que enriqueceram na base da rapinagem do dinheiro do povo. Bem, tudo se pode esperar de quem outro dia recomendou a eventuais futuros aliados hoje no governo federal: "Vão sugar um pouco mais. Façam isso mesmo: suguem mais um pouquinho e depois venham para o nosso lado". De preferência com a mala cheia.

23/04/2014

A Folha abre espaço à hipocrisia do Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB/SP)

Aloyisio NunesNa Folha de hoje, 23/04/2014, Aloysio Nunes Ferreira (único sentado na imagem ao lado) tem espaço para falar da aprovação do Marco Civil da Internet. Consegue escrever: “Um dos três pilares do Marco Civil, a neutralidade da rede foi garantida na Câmara dos Deputados.” Quem bom que ele comemore, em artigo para a Folha, a aprovação de um projeto que garante a liberdade de expressão da internet. Mas nestes tempos de internet livre, a hipocrisia não dura uma manhã. Em oposição ao seu festejado artigo, imagem de sua participação e entusiasmo, assim como de seu parceiro de partido, Agripino Maia, é comovedora.

As imagens fornecidas por  Moreira Mariz/Agência Senado são, desculpe a redundância do mau trocadilho, reveladoras de como o PSDB e DEMo lutaram pela liberdade de expressão na internet.

Para quem não lembra, o Senador do PSDB de São Paulo foi um dos agraciados por Paulo Preto com R$ 300 mil…

ALOYSIO NUNES FERREIRA

Marco Civil é bom, mas poderia ficar melhor

Ao especificar de antemão o que deve ser colocado no lugar do conteúdo considerado ofensivo, o Marco Civil limita o poder decisório do juiz

Um dos três pilares do Marco Civil, a neutralidade da rede foi garantida na Câmara dos Deputados. Todo conteúdo será tratado da mesma maneira, e o provedor é proibido de diminuir a velocidade de um serviço em favor de outro.

Ao Senado, caberia ampliar o debate a respeito da guarda de dados dos usuários. Ficaria para a Casa a tarefa de amarrar as pontas que envolvem os outros dois pilares do projeto: privacidade e segurança. Essa discussão, porém, não aconteceu.

O PLC (projeto de lei da Câmara) nº 21/2014 foi aprovado ontem às pressas para atender ao cronograma da presidente Dilma Rousseff com pouquíssimas emendas acatadas: apenas aquelas que alteram a redação do texto e não obrigam sua devolução à Câmara. Defensor da internet livre e da neutralidade da rede, apresentei 16 emendas. Quase todas foram rejeitadas.

Concordo com o pai da web, Tim Berners-Lee, que alertou para questões que ainda precisam ser discutidas, embora o texto represente o que a internet deve ser –aberta, neutra e descentralizada. Havia, porém, artigos que precisavam ser modificados em nome dessa liberdade.

Um deles é eliminar o acesso a informações pessoais por autoridades administrativas porque dá margem à possibilidade de criação de um "big brother" oficial. Por isso, sugeri que a competência local para requisitá-las é do delegado de polícia e do Ministério Público.

Reforcei também a inviolabilidade: "O conteúdo das comunicações privadas será solicitado por ordem judicial e para fins de investigação criminal ou processual penal". O texto atual exige apenas ordem judicial, sem discriminar em quais situações é permitido obtê-las.

Um assunto que está na ordem do dia é a superexposição, e o Marco Civil traz exigência desnecessária: substituir conteúdo ofensivo por motivação judicial ou fundamentação da ordem de retirada. Não se pode limitar o poder decisório de um juiz, uma vez que a lei já permite ao ofendido incluir pedido de retratação ou resposta. Ao especificar de antemão o que deve ser colocado no lugar do conteúdo considerado ofensivo, o Marco Civil limita a aplicação da lei.

Outra questão delicada é a punição a provedores de aplicação caso não tomem providências, após ordem judicial específica, para "tornar indisponível" conteúdo apontado como infringente. O uso da expressão "tornar indisponível", aliado à ideia imprecisa do interesse da coletividade, pode ser instrumento de censura, contrariando o propósito da lei. E pode resultar em uma avalanche de ações em juizados especiais, porque o texto atrai para esse foro simplificado a competência para processar essas causas.

A não especificação de conteúdos sujeitos a indisponibilização pode abrir brecha contra a liberdade de imprensa sempre que uma notícia for reputada como desfavorável.

Uma resposta importante que o Marco Civil dá é exigir apenas uma notificação do usuário para retirada de conteúdo que viole a intimidade pela divulgação não autorizada de imagens ou vídeos com cenas de nudez ou ato sexual. Essa regra de exclusão, porém, não oferece tratamento igual a situações que violem a dignidade humana, como o caso da garota cuja tortura feita por uma colega motivada por ciúme foi filmada e postada nas redes sociais. Ou do jovem que compartilhou o vídeo do assassinato de sua ex-namorada.

Houve tentativa de assegurar a ampla defesa e o contraditório no caso de infrações cometidas por provedores de conexão e de aplicação, e a multa representará 10% do faturamento bruto do grupo, e não o faturamento sem tributos, como previsto. Da forma como está, a penalidade abrange impostos federais, estaduais ou municipais, além de contribuições sociais e taxas. Se implantada, a medida fere o princípio da isonomia.

A chamada Constituição da internet é boa, mas poderia ficar melhor. Votei a favor do Marco Civil, mas fui contra esse afogadilho. Ontem, o Senado não pôde exercer seu dever de aprimorá-lo. Parlamentares, temos a obrigação de revisar as leis originárias na Câmara para, posteriormente, aprimorá-las. É o que diz a Constituição brasileira.

ALOYSIO NUNES FERREIRA, 69, advogado, é líder do PSDB no Senado Federal

25/09/2012

Por que os campeões da Ficha Suja tem medo do Zavascki?

Filed under: Aloysio 300 Nunes,Álvaro Dias,Isto é PSDB!,Teori Albino Zavaschi — Gilmar Crestani @ 11:43 pm

Na prática, o Teori é outro. Como sabemos, o Partido Saqueador Do Brasil é o campeão da Ficha Suja. Cientes disso, entraram em parafuso e o desespero faz com que vejam fantasma até atrás da porta do próprio gabinete. Pesadelo brabo que só se explica em virtude da enorme diferença de tamanho entre o bico e o cérebro. Estou falando de tucanos…

Oposição comemora adiamento sobre Zavascki

Teori dizendo para Álvaro Dias: deste tamanhinho, ó!

Comissão de Constituição e Justiça do Senado suspende sabatina ao juiz indicado pela presidente Dilma ao STF; nova convocação deve ser feita apenas após as eleições; Álvaro Dias (PSDB) comemorou pelo Twitter: "Fato consumado: O nome do ministro Teori não será submetido ao plenário do Senado antes de outubro"; Aloysio Nunes também foi à rede: "Achei enigmática a resposta sobre sua participação no julgamento do mensalão"

25 de Setembro de 2012 às 18:13

247– A suspensão temporária da sabatina do candidato a ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, favore os parlamentares que se opõem ao que consideram uma rápida tramitação da indicação. Depois de ser interrompida na tarde desta terça-feira, na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, devido à ordem do dia, a votação deve ocorrer agora só depois das eleições municipais. De acordo com o presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), diante do calendário eleitoral, a comissão só será convocada para concluir a sabatina quando houver quórum suficiente para votação também no plenário. "Não vou convocar os senadores antes de que o plenário do Senado esteja em funcionamento. Senão nós correríamos o risco de votar na comissão, mas não haver quórum para votação em plenário. Não faria sentido", disse o senador.

Após a suspensão, o primeiro a comemorar o feito foi o líder do PSDB na Casa, Álvaro Dias: "Fato consumado: O nome do ministro Teori não será submetido ao plenario do Senado antes de outubro", escreveu no Twitter. A prevalecer essa situação, o juiz indicado pela  presidente Dilma para o STF não poderá participar do julgamento da Ação Penal 470. Também pela rede social, o senador Aloysio Nunes (PSDSP) criticou a resposta de Zavascki quanto à sua participação no julgamento da AP 470, primeira pergunta a ser feita na sabatina. "Achei enigmática a resposta do Teori Zavascki na sabatina do Senado sobre sua participação no julgamento do mensalão". Zavascki afirmou durante a sabatina que "o juiz não escolhe os processos em que irá atuar", diante da pergunta de Álvaro Dias: "Ao assumir, o senhor participará do julgamento do mensalão?".

Zavascki explicou que "quem decide sobre a participação num processo em andamento não é o juiz individualmente", mas sim "o órgão colegiado", no caso o STF. Segundo ele, no entanto, a regra dita que se o juiz não esteve nos debates sobre o processo, não deve participar, muito menos pedir vistas do julgamento. O receio da oposição é de que, participando da AP 470, Zavascki possa atrasar o caso, que atinge diretamente líderes do PT.

O ministro fez questão de deixar claro seu interesse em não permitir que "paire qualquer dúvida a respeito de eventuais motivos que possam ter determinado a minha escolha". Sobre o caso do chamado "mensalão", acrescentou: "Eu não tenho ideia do que eu terei de decidir se for decidido". E explicou também que sua entrada no processo não seria determinante para o resultado do placar porque, caso seja concluído em cinco a cinco – no caso do Supremo com dez membros – o benefício não recai sobre o acusado.

O ministro mineiro também foi questionado por Alvaro Dias se faz parte da corrente garantista de juízes, aquela que zela pelas garantias do réu. "Eu não gosto muito de rótulos. Ser garantista ou não ser garantista, é tudo uma terminologia. Se ser garantista é assegurar aquilo que está na consttituição, eu sou garantista. Acho que todos são garantistas", respondeu o sabatinado. "Eu não sei se sou [garantista], mas tenho me esforçado para garantir aquilo que está na constituição", completou.

Tentativa de adiamento

Mais cedo, os senadores de oposição ao governo tentaram adiar a sabatina do candidato indicado pela presidente Dilma Rousseff. Na opinião do senador Aluysio Nunes (PSDB-SP), "não há urgência" em aprovar o nome de Zavascki e "nem houve tempo" para analisar seu nome. Ontem, Alvaro Dias disse que tentaria adiar a sessão por considerar a tramitação do nome do ministro mineiro "inusitadamente acelerada".

Os argumentos foram de que a "pressa não homenageia o candidato", como disse o senador do PSOL, Randolfe Rodrigues. Para Nunes, a pressa na análise chega a ser um desrespeito ao ministro. Diante dos argumentos, o presidente da Comissão, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), colocou em votação um requerimento de adiamento da sessão, rejeitado pela maioria dos parlamentares.

Dado início ao questionamento, a primeira pergunta feita ao sabatinado foi em relação à Ação Penal 470. "Ao assumir, o senhor participará do julgamento do mensalão?", questionou Alvaro Dias, conforme prometeu ontem. O senador tucano também quis saber se Zavascki faz parte da corrente garantista de juízes, que tem como princípio zelar pelas garantias do réu, condenando restritivamente com base nas provas. Antes de dar seu posicionamento, Zavascki ouve a outros questionamentos dos senadores.

Argumentos da oposição

Dias argumentou ontem que a indicação foi bastante rápida – sete dias depois da aposentadoria do ministro Cezar Peluso no STF – a fim de que Zavascki possa votar na Ação Penal 470, o chamado "mensalão". Apesar de ainda não ter falado sobre o assunto, o novo ministro pode, se assim desejar, participar do processo, o que é defendido por alguns colegas, como o ministro Luiz Fux. "Defendo que ele possa votar".

Uma vez aprovado pela CCJ, o nome de Zavascki pode ser levado ainda nesta terça ao plenário do Senado, último passo para que ele seja um novo ministro do STF. A oposição, no entanto, pretende adiar esse processo, com receio de que o mineiro atrase o julgamento do chamado "mensalão", que atinge diretamente lideranças petistas.

"Há uma pressa inusitada e sem nenhuma justificativa (na análise da indicação)", disse Alvaro Dias na segunda-feira. "Não estou afirmando que há algum objetivo excuso por trás dessa celeridade. Mas nós não podemos criar nenhuma situação que possa colocar no ar nenhuma suspeição (sobre o ministro)."

Ao blog Poder Online, do portal iG, Álvaro Dias declarou achar um "aburdo" realizar a sabatina com tal rapidez. "Parece que querem empossá-lo imediatamente para atrasar o julgamento do Mensalão. Isso diminui o Senado, o STF e o próprio jurista. Se houver a sabatina, pretendo perguntar ao doutor Zavascki se ele vai pedir vistas no processo do mensalão".

O tucano procurou ontem o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e tentou uma conversa com o presidente da CCJ, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE). Mas não obteve sucesso. Mais cedo, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), também criticou a rapidez com que houve a marcação da sabatina, embora tenha elogiado a "seriedade" e a "competência" de Zavascki.

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