Ficha Corrida

21/11/2016

Caiado por fora, merda por dentro!

caiado por foraSe você, que a marchou ao lado do Movimento de Bundas Liberadas ainda não vomitou, não se preocupe. Eu vomito por ti! Pedro Taques, outro da turma turma do Ronaldo Caiado e do Demóstenes Torres, é também parceiro do Napoleão das Alterosas. Como disse o Rodrigo Duvivier, Dani Schwery tem jeito de quem limpa o chão merda. Não bastasse a pomba gira da Janaína Paschoal e da “mulher selva” dos cogumelos alucinógenos, agora aparece Dani Schwery posando de Madalena Arrependida

Nem a República de Saló reuniu tanta gente escrota.

O resultado disso tudo é esse cheiro insuportável. De Geddel Vieira Lima à Rede Globo, passando por José Sarney, Gerdau, RBS, Lista de Furnas, Lista Falciani, Lista Odebrecht e Panama Papers.

Tem razão o Michel Temer, como se sentir normal com tanta ânsia de vômito. Agora, se o Mi Shell resolver proibir nosso vômito teremos de defeca-lo!

Aécio e Caiado financiaram e organizaram grupos pró impeachment, diz ex-ativista de SP ligada ao PSDB. Por Donato

Postado em 20 Nov 2016 -por : Mauro Donato

Dani Schwery em seus tempos de militância pró impeachment

Dani Schwery em seus tempos de militância pró impeachment

Um plano encabeçado e financiado por Aécio Neves e Ronaldo Caiado; eleições indiretas são para salvar FHC; movimentos pró impeachment como o MBL são fantoches.

Quem afirma é Daniela Schwery, uma das primeiras manifestantes a conclamar a população a ir para as ruas ‘contra a ditadura comunista que seria a reeleição de Dilma’, cujos vídeos atingiam 70 mil views.

Dizendo-se enganada pelo PSDB, hoje Schwery desfiliou-se do partido e ganha a vida como assessora do humorista Juca Chaves. Ela conversou com o DCM na última sexta-feira. A seguir, os principais trechos da entrevista.

DCM: Esses grupos sempre se disseram independentes, espontâneos, apartidários que não recebiam dinheiro de partidos ou de políticos. Mesmo quando todo mundo já sabia que o Vem Pra Rua, por exemplo, tinha dinheiro do Jorge Paulo Lehmann, sócio da cervejaria Ambev.

Schwery: Espontâneo o cacete. Eu fui a uma reunião quando o Vem Pra Rua estava querendo surgir no cenário com o Rogerio Chequer. Era gente que não queria aparecer, sempre ficou escondida, não subia nos carros de som. Essa turma é PSDB.

DCM: Você diz que MBL, Vem Pra Rua e afins não são movimentos sociais? O que são então?

Schwery: Eles são profissionais da comunicação. Eles estudam as massas e tal. Rogério Chequer é um profissional da comunicação. Quando ia a eventos ele orientava até na hora de tirar fotos. A Carla Zambelli é amiga do Augusto Nunes. A cúpula do PSDB é toda ligada ao Reinaldo Azevedo. Eles foram se infiltrando e forjando ser algo espontâneo. Mas nós nunca reconhecemos nenhum desses grupos como liderança. A gente criticava o Lula por não ter estudo e daí vem o Kim Kataguiri? Me poupe.

Mas você não fazia parte? A todo momento usa termos como ‘nós’ e ‘eles’. Quem são os ‘nós’ e os ‘eles’?

‘Eles’ são essa turma liberal. Eles caíam matando em cima de mim porque eu era do PSDB e para eles PT é igual PSDB. Eu também acho isso, mas eles são uns hipócritas porque fazem esse discurso enquanto a cúpula deles… Humm.

Tudo encenação?

O que foi aquela marcha a pé até Brasília? Ridículo. Saíam da marcha, comiam bem, dormiam em hotéis e voltavam para a estrada para fazer fotos. A Carla Zambelli é amicíssima do Danilo Amaral do ‘Acorda Brasil’, um cara que ia para manifestação contra corrupção mas que foi citado 18 vezes na Lava Jato.

Quem então é a cúpula, quem puxou todo esse processo?

Aécio e Caiado. No começo houve um acordo ‘todo mundo com todo mundo’ para unir forças, ignorando nossas diferenças. Mas a cúpula dessa galera não era clara pras pessoas. E quem conduziu dessa maneira foi o Aécio junto ao Caiado, que fizeram um acordão para que o pedido de impeachment produzido pelo Helio Bicudo fosse adiante numa grande jogada. Caiado pagou a Carla Zambelli para liderar esse processo todo de empurrar o impeachment do Bicudo, por isso queremos CPI desses ‘movimentos’.

Mensagem de celular de Carla Zambelli, dos Nas Ruas

Mensagem de celular de Carla Zambelli, dos Nas Ruas

Mas impeachment não era o desejo de vocês?

A gente queria novas eleições, derrubar o Temer também, mas depois começaram a fantasiar a coisa toda, separar as contas da Dilma e do Temer, do PT e do PMDB. Pegaram a pior argumentação, que era a das pedaladas. Nós ficamos putos.

As coisas que vocês (referindo-se ao DCM) criticam, nós concordamos. Temos a autocrítica de que tudo que serviu para Dilma serviria para o Alckmin também. Nós sempre alertamos que se o PT fosse derubado a Lava Jato iria chegar no PSDB também. Repare que no começo o PSDB se dizia contra o impeachment.

Havia vários pedidos de impeachment. Por que brigaram para fazer valer o capitaneado por Helio Bicudo, Janaína Paschoal e Reale Junior?

O primeiro pedido de impeachment quem fez foi o Bolsonaro. Tinha fundamentação para derrubar os dois, a chapa. Apoiamos. Não se tratava de ser pró Bolsonaro ou não. Mas já tinha um pedido lá, então que fosse aquele. Mas a cúpula depois entrou com outros pedidos para retardar o processo enquanto construía o marketing todo. Foi então que apareceram a Carla Zambelli, a Janaína Paschoal, para fazer toda essa engrenagem em torno do pedido do Helio Bicudo.

Tudo ficou aparelhado. Conseguiram o ‘aval’ de 43 ‘movimentos sociais’ e pronto. Mas que movimentos? Alguém que tinha uma página no facebook com 600 curtidas era um ‘movimento’. Um grupinho de WhatsApp era um ‘movimento’, tinha um nome, assinaram lá e pronto. Muita gente foi enganada, não concordou depois de ter assinado, mas a Carla dizia ‘agora já era, sua assinatura já foi’.

Tudo isso com qual a intenção?

Eleições indiretas. A gente alertava sobre isso. O FHC, se você perguntar ele vai dizer que não, mas ele aceita voltar. Deve estar com o c… na mão com o avanço da Lava Jato e já fez as continhas de que antes de 2018 a operação chegaria nele. Então o Xico Graziano [um dos principais assessores do ex-presidente, autor do artigo “Volta, FHC”] já veio arquitetando isso, visando o foro privilegiado.

Quando então a ficha caiu? Há uma mensagem entre vocês de Heduan Pinheiro de um tal Movimento Brasil Melhor instruindo como fazer para a mobilização ‘parecer’ democrática, que deveria ‘parecer’ espontânea perante a mídia… termos explícitos revelando que tudo sempre foi uma farsa. Por que demorou tanto para perceber?

É difícil. Eu era uma idiota, iludida. Essa turma de Aécio Neves, Ronaldo Caiado, eles iam enfiando os assessores de imprensa nos grupos de WhatsApp. A gente não sabia quem era quem.

O DEM aos poucos ‘contratava’ essas lideranças dos grupos como assessoria de comunicação, mas era pagamento pois eles não podiam falar claramente: “Vou te dar uma grana para você fazer o que eu quero”. Mas somos umas formigas contra o poderio. Eu tentava alertar as pessoas. Dizia: “O populismo mudou de lado, gente. Vamos tomar cuidado, vamos raciocinar”, poucos percebiam. Eu fiquei tomando porrada e agora muita gente me dá razão.

Em meu artigo sobre a rixa atual entre os movimentos, creditei a falta de vaga no camarote como um dos motivos. Argumento que você concorda em sua réplica. Você diz que o pessoal da Movimentomania conseguiu o que queria. Quem conseguiu o quê?

Não está vendo que agora todos são pró Temer? O Kim Kataguiri não conseguiu a coluna dele na Folha? Jornalistas sem emprego e aquele menino vazio escrevendo na Folha, não é uma conquista? Do Vem Pra Rua, nove pessoas conseguiram cargos na FIESP. O tal Forum Internacional da Carla quem financiou foi o DEM.

Captura de Tela 2016-11-19 às 23.48.32

Só o DEM?

Tem dinheiro da Companhia Suzano também, os Feffer.

Neste domingo ocorrerá uma manifestação puxada pelo Vem Pra Rua em defesa da Lava Jato e das 10 Medidas Contra a Corrupção. É mais uma mentira então?

Sobre eles eu concordo quando você diz que posam de indignados. Eles são profissionais. Sentam com o pessoal do PSDB e começam a contar prazo, eles sabem quando irá acontecer tal coisa e se mobilizam previamente para as datas ficarem próximas. Eles fazem uma coisa bem trabalhada, com profissionalismo, com marketing.

Esse negócio das 10 Medidas é tudo palhaçada, Onyx está sendo populista. Quem não gosta de ouvir aquilo? Se querem reconhecer caixa 2 como crime agora é porque querem deixar todo um passado para trás. Só agora é crime? Isso é para salvar o rabinho deles. Por isso o pessoal da intervenção militar entrou de sola na última quarta-feira e a gente entrou para defendê-los.

Defendê-los?

Eu os admiro porque são resilientes. Pode ser que o mote deles não seja o mais adequado, mas para quebrar essa estrutura que está aí, eles são loucos o suficiente. É um desespero. A gente vê que a Lava Jato está murchando e que o PSDB vai sair ileso e ainda mais fortalecido disso tudo… não é de ‘emputecer’? Sei que não é ideal nem adequado, mas é desespero.

Tem recebido ameaças?

Sim, já foram atrás até da minha mãe. Sinceramente, tenho mais medo do pessoal do PSDB que do pessoal do PT. Eles são ardilosos, são requintados na maldade.

Diário do Centro do Mundo Aécio e Caiado financiaram e organizaram grupos pró impeachment, diz ex-ativista de SP ligada ao PSDB. Por Donato

12/07/2015

Caiado por fora, Demóstenes por dentro

Filed under: Bandidagem,Demóstenes Torres,Direita Hidrófoba,Ronaldo Caiado — Gilmar Crestani @ 8:58 pm
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Quem seria, hoje, a face paradigmática da direita? Quem pensou em Aécio Neves está engando. Aécio é um paspalhão, uma pilhéria ambulante, um Napoleão de Hospício. Para mim, é Ronaldo Caiado. A desfaçatez vem chancelada pelo próprio colega de partido, Demóstenes Torres. Encarna a face mais fascista, da violência pura e gratuita, aliadas de uma corja da imprensa que aplaude seu histrionismo boçal. Caiado tem cara e jeito de animador de estupro, do tipo que aplaude e tira saro do defeito físico de Lula. O costume de andar a cavalo, de lidar com bovinos facilita a condução de uma manada. Mentiroso contumaz, compraz-se com a diminuição do outro se isso lhe servir de pedestal.

Ronaldo Caiado e os "bandidos frouxos"

Por Altamiro Borges
O ex-presidente Lula ingressou nesta semana com um pedido de queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO). Seus advogados pedem a condenação do demo pelos crimes de "calúnia, injúria e difamação". Em fevereiro último, o senador escreveu em sua conta no Twitter uma mensagem típica de um jagunço, fundador da organização criminosa União Ruralista Democrática (UDR): "Lula tem postura de bandido. E bandido frouxo! Igual à época que instigava metalúrgicos a protestar e ia dormir na sala do delegado Tuma".

Para a defesa do líder petista, a postagem configura crime de calúnia e difamação. No documento, os advogados argumentam ainda que a afirmação de Ronaldo Caiado extrapola a imunidade parlamentar – com isto, eles tentam evitar que o senador fuja de suas responsabilidades e use o seu mandato para se eximir de culpabilidade pela mensagem criminosa nas redes sociais. O pedido de queixa-crime foi protocolado nesta quarta-feira (8) e ainda aguarda distribuição para um ministro relator. Se depender da maioria dos ministros do STF, o líder dos demos no Senado não deverá sofrer qualquer punição.

Em abril passado, o ex-senador Demóstenes Torres – um dos criadores da patética figura de Ronaldo Caiado – acusou seu filhote ruralista de "roubar, mentir e trair". Em texto publicado no jornal goiano Diário da Manhã, ele garantiu que o líder do DEM recebeu dinheiro do mafioso Carlinhos Cachoeira nas suas campanhas eleitorais e que curtia suas férias as custas da construtora OAS. Num dos trechos, o "mosqueteiro da ética" da Veja ainda desafiou o "frouxo" Ronaldo Caiado, a quem rotulou – numa definição preciosa – de "uma voz a procura de um cérebro":

"Quero ver se você é homem mesmo… Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai. Talvez o meu silêncio tenha sido entendido por você como um sinônimo de covardia, de pusilanimidade. Essas palavras não existem no meu dicionário. Não posso dizer que você seja um mau-caráter, pois você simplesmente não o possui. É , na verdade, um espécie de Zelig oportunista e bravateiro… Me deixe em paz senador… Toque sua vida, se fizer troça comigo novamente não o pouparei. Continue fingindo que é inocente e lembre-se que não está na sarjeta porque eu não tenho vocação para delator. Tome suas medidas prudenciais e faça-se de morto".

Até hoje, nenhuma providência foi tomada contra o líder dos demos e outros "bandidos frouxos". Os ministros do STF, os integrantes do Ministério Público e os delegados da Polícia Federal, que adoram os holofotes da imprensa tucana, nada fizeram para investigar as graves denúncias do ex-compradre de Ronaldo Caiado. Tudo indica que a queixa-crime apresentada pelo ex-presidente Lula também não dará em nada. A mídia tucana, com a sua escandalização seletiva, fará de tudo para abafar o caso. O jagunço que se projetou como líder de uma milícia ruralista seguirá impune como vestal da ética. A conferir!

*****

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Postado por Miro às 22:58

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05/04/2015

O repente dos bugios

Filed under: Demagogo,Demóstenes Torres,DEMo,Ronaldo Caiado — Gilmar Crestani @ 11:52 pm
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Dia 12 de abril a HBO retorna com a 5ª Temporada de Game of Thrones. Enquanto isso, não perca o game entre Ronaldo Caiado e Demóstenes Torres. Do pescoço pra baixo é canela. O melhor é que dá para acreditar em tudo o que um diz do outros. São correligionários, tocavam juntos e afinados sob a batuta de FHC. Para se ter uma idéia do nível do que se passa na cabeça dos dois, o melhor amigo de Demóstenes Torres é Gilmar Mendes. Por aí já se pode ter uma idéia do que rola nessa briga de bugio. Diz-se, inclusive, que o Agripino Maia é juiz mais isento para esta contenda…

Demóstenes dá a tréplica. Avisa que senador perderá mandato. Caiado foge e se cala.

A briga dos "demos" de Goiás, esquentou. Depois do ex-senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) dizer que o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO) rouba e foi financiado por Cachoeira, e depois da resposta o acusando de bandido, psicopata, corrupto, Demóstenes deu a tréplica.

Disse que Caiado "reconheceu quase todos os fatos que apresentei, tentando lhes dar um ar de normalidade (…) O senador comete um ato falho. Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran. Ou teve, Caiado?"
E fechou com um enigmático recado:

… o decorrer dos dias próximos o fará perder o mandato
(…)
A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando.

Depois disso, Caiado fugiu da briga e se calou. Emitiu apenas três linhas dizendo que "Prefiro combater em vez de bater boca com bandido…".

Eis a íntegra da nota de Demóstenes:

Ronaldo Caiado, à míngua de qualquer argumento, partiu para a adjetivação. Deu uma sapituca, reconheceu quase todos os fatos que apresentei, tentando lhes dar um ar de normalidade. Traz apenas três pontos novos e inverídicos: que eu tenha chorado perante ele e dispensado sua lealdade; que tenha Eurípedes Barsanulfo contido o então diretor-Geral da Polícia Civil, Marcos Martins, em uma suposta invasão do meu gabinete na Secretaria de Segurança Pública; e que o meu suplente de senador José Eduardo Fleury tenha tentado me chantagear.
Quanto ao primeiro, ninguém jamais me verá nessas condições. Além do quê, Caiado acredita que o sentimento de lealdade é apenas uma doença de cachorro. No segundo, ainda que fosse verdade, o que nego, nunca pedi para que comprassem minhas brigas. Sempre fui homem o suficiente para enfrentar os meus próprios desafios. O terceiro é apenas mais uma da safra caiadista de invencionices. José Eduardo Fleury foi um suplente honesto e dedicado, a quem sempre respeitei.
O senador comete um ato falho. Eu jamais disse que Agripino Maia teve qualquer esquema com o Detran. Ou teve, Caiado? Sua mitomania atravessa todas as frases e se consubstancia na afirmação de que os integrantes da CPI ouviram 250 mil horas de gravações e o inocentaram. Isso seria o equivalente a passar mais de 28 anos ouvindo, 24 horas por dia, todos os grampos da Operação Monte Carlo. É apenas mais uma fantasia construída para dar ar de veracidade à personagem que o senador canastrão representa.
Essa madrugada fez Ronaldo perder a voz, mas o decorrer dos dias próximos o fará perder o mandato. Não adianta grunhir porque se gritaria resultasse em algo, os porcos não morreriam daquela forma. E repito: comigo é nos termos que já propus, exceto em uma disputa intelectual, porque cérebro Caiado não possui. Aguarde. Quem viver, verá.
A partir de agora a Justiça vai resolver a minha situação e a dele. Reafirmo tudo o que disse. A minha agonia está no fim e a de Ronaldo Caiado apenas se iniciando. Tenho dito.

Demóstenes dá a tréplica. Avisa que senador perderá mandato. Caiado foge e se cala. | Os Amigos do Presidente Lula

 

Caiado xinga, mas veste carapuça e confirma o que Demóstenes disse.

Depois de ser acusado por Demóstenes Torres de roubar e ser financiado pelo bicheiro Cachoeira, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), chamou o seu ex-colega do DEMos de bandido, rato, corrupto, bicheiro. Mas …

Caiado acabou confirmando boa parte do que disse Demóstenes. Eis trechos da resposta:
1) Proximidade com a família Cachoeira:
Caiado: Como médico, atendi um filho dele [de Cachoeira] a pedido de Demóstenes. A criança, que possuía uma displasia, foi a meu encontro acompanhada apenas de sua mãe, ex-mulher de Cachoeira. Encaminhei o paciente para o professor Carlos Giesta, especialista nesse assunto.
Comento: Desde a década de 1980 Caiado se dedica mais à política do que à medicina. Essa consulta foi em encontros sociais com a família Cachoeira?
2) Ex-delegado que supostamente exploraria caça-níqueis:
Caiado: Eurípedes Barsanulfo, amigo de meu pai, tem o hábito de jogar, mas eu jamais soube da participação dele em esquema de caça-níqueis. Não acredito que ele tenha envolvimento com isso.
3) Cortesias da empreiteira OAS:
Caiado: Há vários anos passo o Réveillon na companhia de Carlos Suarez, meu amigo e padrinho de minha filha caçula, que há anos não faz mais parte da OAS. Nossas esposas são amigas fraternas, desde a infância na Bahia.
4) Rolos com o senador José Agripino (DEM-RN):
Caiado: Essas mentiras de que intermediei contatos para o senador José Agripino são descabidas e sem sentido. Até porque de Detran quem entende é Demóstenes e sua turma.
Comento: Demóstenes não tinha falado em Detran. Caiado vestiu a carapuça. Carlos Suarez (ex-OAS) é dono da Controlar, empresa de inspeção veicular enrolada com o escândalo das propinas para Agripino na eleição de 2010.

Caiado xinga, mas veste carapuça e confirma o que Demóstenes disse. | Os Amigos do Presidente Lula

Ronaldo Caiado, pelo ex-paladino Demóstenes Torres: “rouba, mente e trai”

31 de março de 2015 | 13:38 Autor: Fernando Brito

caiado

Hoje, no Diário da Manhã, de Goiânia, o ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o mandato por conta de suas ligações com o banqueiro do bicho Carlinhos Cachoeira, publica um violentíssimo artigo contra o líder ruralista Ronaldo Caiado.

Torres despeja todo o seu ódio ao ex-colega de DEM que, segundo ele, é “o Judas Ronaldo”, que viu em sua desgraça a oportunidade de “afundar-me no buraco”.

“(…)Caiado se passava como uma espécie de irmão mais velho pra mim, falava da afinidade de nossas teses, que era um conservador não beligerante, pra isso não poupando sequer seus antepassados, e que desejava um futuro liberal para o Brasil. Ronaldo fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era, inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente   nas campanhas  de 2002, 2006  e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro”. (…)

“Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado, Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um “relato”, segundo “Carta Capital”, onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o conselho de ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã de Goiânia, publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito”.(…)

“Ano passado sua degradação se expandiu. Ronaldo Caiado, no afã de ser candidato a Senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano. Um pouco mais vexatório, mandou a própria esposa num evento na cidade de Americano do Brasil, onde a apedeuta, além de usar a palavra, pregou o voto em Perillo, alegando que ele era um grande estadista e que esperava sua reeleição para o bem de Goiás. Relembre-se: quem teve negócios com Cachoeira foi Perillo, eu não.”

“Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor. Parecerá até o fim um coerente, um habanero puro. Seguirá as ordens de seu chefe político ACM Neto, que financiou sua última campanha em Goiás e que lhe assegurou, caso perdesse a eleição, o confortável posto de secretário de saúde em Salvador, em cuja região Caiado  costuma passar suas férias às expensas da empresa OAS.”

“Pois agora, Ronaldo Caiado, quero ver se você é homem mesmo. Nos mesmos termos que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho.(…) Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai.”

É pouco? Tem mais no catatau de Demóstenes. Aquele clássico “Duelo em OK Corral” é fichinha.

Mas como Caiado é peça importante na aliança oposicionista, silêncio quase total na mídia.

01/04/2015

Briga de bugio

Filed under: Corrupção,Demóstenes Torres,DEMo,Gilmar Mendes,Ronaldo Caiado,Veja — Gilmar Crestani @ 9:08 am
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Gilmar Mendes, Demóstenes Torres & Ronaldo Caiado

morcegosOs paladinos da moralidade alheia, e por isso frequentadores das páginas amarelas da Veja, Ronaldo Caiado e Demóstenes Torres fazem em público o que os bugios fazem nas florestas: brigam jogando merda um no outro. E não é que ambos têm razão! E são sujos porque dormem da mesma forma, pendurados no pau do DEMo.

Como duvidar do melhor amigo de Gilmar Mendes, Demóstenes Torres, de que "Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro". O líder do DEM no Senado está sendo acusado, só agora, de tudo o que sempre se soube mas os jornais não se interessam porque são parceiros ideológicos. Colega de Agripino Maia, Ronaldo Caiado e Demóstenes Torres eram os paladinos da moralidade, os varões de Plutarco que se revezavam com Gilmar Mendes nos ataques a Lula.

Um a um os arautos da moralidade alheia vão deslizando pescoço abaixo como cocô de morcego. É sabido que morcegos dormem dependurados, de modo que as fezes acabam escorrendo pela boca. É como morcegos que eles se alimentam, chupando o sangue de suas vítimas. Ao viverem de ataques sorrateiros, noturnos, ganham espaço na mídia por que as vítimas, no escuro, não têm direito à defesa.

O que espanta é alguém do Ministério Público, Demóstenes Torres, vir a pública agora em 2015, para acusar colegas de crimes cometidos em 2010. Onde ele guardou estas informações por tanto tempo? Por que, enquanto permanecia na tribuna do Senado não fez as denúncias que só agora faz?

Tirando seus familiares, os anencefálicos e seus amestrados na mídia, qualquer outra pessoa sabe que são farinha do mesmo saco roubado. O caráter bateu na cabeça e não entrou.

Ronaldo Caiado, pelo ex-paladino Demóstenes Torres: “rouba, mente e trai

31 de março de 2015 | 13:38 Autor: Fernando Brito

Hoje, no Diário da Manhã, de Goiânia, o ex-senador Demóstenes Torres, que perdeu o mandato por conta de suas ligações com o banqueiro do bicho Carlinhos Cachoeira, publica um violentíssimo artigo contra o líder ruralista Ronaldo Caiado.

Torres despeja todo o seu ódio ao ex-colega de DEM que, segundo ele, é “o Judas Ronaldo”, que viu em sua desgraça a oportunidade de “afundar-me no buraco”.

“(…)Caiado se passava como uma espécie de irmão mais velho pra mim, falava da afinidade de nossas teses, que era um conservador não beligerante, pra isso não poupando sequer seus antepassados, e que desejava um futuro liberal para o Brasil. Ronaldo fazia sim, parte da rede de amigos de Carlos Cachoeira, era, inclusive, médico de seu filho. Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente   nas campanhas  de 2002, 2006  e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído. Siga o dinheiro”. (…)

“Ronaldo Caiado é chefe de um dos mais nocivos vagabundos de Goiás, o delegado de polícia civil aposentado, Eurípedes Barsanulfo, que era o melhor amigo de Deuselino Valadares, o delegado de polícia federal que fez um “relato”, segundo “Carta Capital”, onde me acusava de ser beneficiário do jogo do bicho. Esse relato jamais apareceu oficialmente, mas serviu para que o PSOL dele se utilizasse para representar-me perante o conselho de ética do Senado. No final do ano passado, o jornal Diário da Manhã de Goiânia, publicou uma matéria assinada em que acusa o dito delegado de ter forjado o documento a mando de um seu chefe político. Quem era ele? Ronaldo Caiado, todos sabem. Aliás, Eurípedes Barsanulfo, este sim, era prócer das máquinas caça-níqueis em Goiás. Ronaldo uma vez, inclusive, me pediu para interferir junto a Carlos Cachoeira para ampliar a atividade de Eurípedes no jogo ilícito”.(…)

“Ano passado sua degradação se expandiu. Ronaldo Caiado, no afã de ser candidato a Senador ao lado de Marconi Perillo, foi atrás de Aécio Neves e Agripino Maia (este dependente financeiro de Perillo) para que eles compusessem a chapa com coerência nacional, apesar de todo histórico de desavenças com o carcamano. Um pouco mais vexatório, mandou a própria esposa num evento na cidade de Americano do Brasil, onde a apedeuta, além de usar a palavra, pregou o voto em Perillo, alegando que ele era um grande estadista e que esperava sua reeleição para o bem de Goiás. Relembre-se: quem teve negócios com Cachoeira foi Perillo, eu não.”

“Na fusão do DEM com o PTB irá para o PMDB, possibilidade constitucionalmente aceita de adesão partidária. Irá, oficialmente, se opor. Parecerá até o fim um coerente, um habanero puro. Seguirá as ordens de seu chefe político ACM Neto, que financiou sua última campanha em Goiás e que lhe assegurou, caso perdesse a eleição, o confortável posto de secretário de saúde em Salvador, em cuja região Caiado  costuma passar suas férias às expensas da empresa OAS.”

“Pois agora, Ronaldo Caiado, quero ver se você é homem mesmo. Nos mesmos termos que você mandou oferecer ao frouxo Marconi Perillo, eu me exponho.(…) Você diz em seus discursos que Caiado não rouba, não mente e não trai. Você rouba, mente e trai.”

É pouco? Tem mais no catatau de Demóstenes. Aquele clássico “Duelo em OK Corral” é fichinha.

Mas como Caiado é peça importante na aliança oposicionista, silêncio quase total na mídia.

Ronaldo Caiado, pelo ex-paladino Demóstenes Torres: “rouba, mente e trai” | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

 

NA FOLHA:

Ex-senador cassado em 2012 acusa ex-colegas do DEM

Demóstenes Torres diz que Caiado teve campanhas pagas por Cachoeira

Em nota, o líder da sigla no Senado rebateu dizendo que o acusador possui comportamento ‘típico de um psicopata’

DE BELÉM

O ex-senador Demóstenes Torres (sem partido) publicou um artigo na imprensa goiana repleto de críticas a colegas do DEM, seu último partido. O líder da sigla no Senado, Ronaldo Caiado (GO), é o principal alvo dos ataques.

No texto "Ronaldo Caiado: uma voz à procura de um cérebro", no jornal "Diário da Manhã", Demóstenes afirma que Caiado teve suas campanhas de 2002, 2006 e 2010 financiadas por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, acusado de comandar o jogo ilegal em Goiás.

Diz ainda que o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), foi beneficiados em 2010 por um "esquema goiano" com intermediação de Caiado.

"Ronaldo fazia sim parte da rede de amigos de Cachoeira, era, inclusive, médico de seu filho", afirma. "Mas não era só de amizade que se nutria Ronaldo Caiado, peguem as contas de seus gastos gráficos, aéreos e de pessoal, notadamente nas campanhas de 2002, 2006 e 2010, que qualquer um verá as impressões digitais do anjo caído."

Demóstenes diz ainda que Caiado pediu a ele que abordasse Cachoeira em favor de Eurípedes Barsanulfo, um delegado aposentado que supostamente também tinha esquema de jogos ilegais. O ex-senador não nega ser amigo de Cachoeira. Diz, no entanto, que quem fez negócios com o ele foi o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB).

Flagrado pela PF em diálogos com Cachoeira, Demóstenes foi cassado do Senado em 2012 e acusado de peculato, corrupção e formação de quadrilha. Sua defesa diz que as provas são ilegais e recorre.

No artigo, ele afirma que pretendia ficar em silêncio até a Justiça dar o veredito final, mas foi provocado quando Caiado declarou à revista "Veja" que ele era uma "grande decepção" em sua vida.

‘PSICOPATA’

Em nota, Caiado negou as acusações e disse que Demóstenes tem comportamento "típico de um psicopata".

"Em seus momentos de alucinação, por não suportar a sua derrocada política e moral, ele tenta lançar mentiras contra mim", afirmou.

Disse também que nunca intermediou contatos para Agripino, que, por meio de sua assessoria, reafirmou a posição de Caiado.

Sobre Barsanulfo, Caiado afirmou que o delegado é amigo de seu pai e "tem o hábito de jogar", mas "jamais soube da participação dele em esquema de caça-níqueis".

Perillo afirmou, por meio de sua assessoria, que já prestou todos os esclarecimentos a respeito do assunto.

A Folha não conseguiu localizar Barsanulfo.

22/03/2015

Streck denuncia padrão Demóstenes Torres do MP

Pensava que não haveria possibilidade, depois de Roberto Gurgel, de piorar a qualidade dos representantes do MP. Pode. E muito. A cada dia que passa a decepção aumenta. Além da parceria para esconderem um helipóptero com 450 kg de cocaína, tem a o conveniente esquecimento na gaveta dos papéis do envolvimento tucano dos desvios do metrô paulista, por Rodrigo de Grandis. Como se tudo isso não bastasse, já que ninguém investiga, o MP se outorga Corregedor Moral da Nação. Pelo histórico, um padrão moral de Demóstenes Torres

O que fazer quando o Ministério Público quer violar a Constituição? Por Lenio Luiz Streck

dom, 22/03/2015 – 18:25

do ConJur

REGRAS MUTANTES

O que fazer quando o Ministério Público quer violar a Constituição?

Por Lenio Luiz Streck

Quando eu era pequeno, tinha um menino que não jogava muito bem, mas era o dono da bola. Quando não conseguia ganhar, pegava a bola e ia embora. Pois o Ministério Público — instituição à qual pertenci, com muita honra, durante 28 anos, sempre acreditando em seu papel de guardião o Estado Democrático — agora quer pegar a bola ou mudar as regras. Parece que não está gostando “do jogo”. Penso que isso é muito feio, para usar as palavras que usávamos para criticar o menino-dono-da-bola.

Com efeito, leio que o Ministério Público, na linha do Poder Executivo, acha que o problema do combate à corrupção é a deficiência das leis. Simples assim. Não acredita na Constituição. Nem o Poder Executivo e nem o MP parecem acreditar nas regras do jogo. Como parecem estar perdendo a luta contra o crime — isso está implícito nos discursos — propõem mudar as regras (clique aqui para ler). Querem regras mais fáceis… para o MP. E para a Polícia. Pouco importa o que diz a Constituição.

Há alguns anos, estávamos Jacinto Coutinho, Fernando Faccury Scaff, Luís Alberto David de Araújo, Antonio Avelãs Nunes, Gabriel Ciríaco e eu em um Congresso em Maceió. Ouvimos uma promotora de Justiça defender exatamente o que defendeu agora o procurador Nicolao Dino Neto: a relativização da prova ilícita. Dizia ela: "onde já se viu absolver alguém que se sabe que cometeu o crime só porque a prova foi ilícita?" Todos caímos de pau no discurso da promotora. Pois passados tantos anos, o assunto volta à baila.

Consta no noticiário que o MPF quer mudar o Código de Processo Penal para que até mesmo provas ilícitas possam ser usadas nas ações penais, quando "os benefícios decorrentes do aproveitamento forem maiores do que o potencial efeito preventivo" (sic). A medida está em um pacote anticorrupção apresentado pelo MPF nesta sexta-feira (20/2) e faz ressalvas, para casos de tortura, ameaça e interceptações sem ordem judicial, por exemplo. Ufa. Ainda bem que essas ressalvas foram feitas. Caso contrário, seria a institucionalização de uma jihad!

O discurso é velho. Serôdio. Na ditadura não se fazia pior. E nem melhor. Quando não se consegue pelas vias normais — institucionalizadas pela democracia (sim, a democracia, cara pálida, essa que conquistamos) — tenta-se pela via do Estado de Exceção. O governo faz a mesma coisa. Em vez de lutar — não só agora, mas há muito — pelo combate à impunidade, quer surfar na onda. Bonito isso…. Não conheço ninguém — a não ser corruptos, proxenetas etc — que sejam contra o combate à impunidade. Até as pedras querem isso, o combate à impunidade. E jornalistas e jornaleiros também. Então é fácil vir com discurso tipo “tem recursos demais”, “a prescrição é muito curta”, “as penas tem de ser hediondas”, “a proibição de prova ilícita atrapalha o combate ao crime” e assim por diante. Assim, fica fácil propor que se violem cláusulas pétreas, como a presunção da inocência e a vedação de provas ilícitas.

Diz o Procurador Nicolau Dino Neto: “É preciso fazer uma ponderação de interesses e verificar em que medida a eventual irregularidade na produção da prova pode indicar prejuízo à parte. Se não houver algo que evidencie prejuízo à defesa, nada justifica a exclusão dessa prova”.

Não faltava mais nada. Tinha que aparecer a tal da “ponderação”, a famosakatchanga real (ver aqui). O que é a ponderação de interesses? Interesses de quem? Estamos tratando de direitos ou de interesses? Voltamos ao inicio do século XX? Estão lendo os livros errados lá no MPF? Ninguém estuda nesse país? Por que o MP manda seus agentes estudarem no exterior? Para “descobrirem” que prova ilícita pode ser relativizada em nome do interesse público? Se for isso, temos de pedir o dinheiro de volta!

E o que é "eventual irregularidade"? Quem diz o que é e o que não é irregularidade? O MP? O juiz, com sua consciência? Ah, bom. Vamos depender das boas consciências de juízes e promotores. A história nos demonstra bem isso. Em pleno século XXI, todos os 27 tribunais da Federação invertem o ônus da prova em Direito Penal em casos de furto, estelionato e trafico de entorpecentes… Vou demonstrar isso em uma coluna específica. Os dados eu já tenho. É uma boa amostra de como isso vai anda em Pindorama…

O exemplo sobre a prova (i)lícita que o procurador Dino dá é inadequado e infeliz. Quer dizer que a interceptação telefônica pode ser feita inconstitucionalmente? Quer dizer que os fins justificam os meios? E os efeitos colaterais? E o precedente que isso gera, procurador? Ah, mas era uma carga de cocaína. Ótimo. E quem diz que o juiz ou o promotor ou o policial não vão usar isso em outras ocasiões? Abrir a porteira do ilícito cometido pelo Estado é cair na barbárie. Isso mesmo.

A propósito: quem deve defender a Constituição não pode aprovar uma violação. Penso que até deveria ser analisada no plano disciplinar a declaração do Procurador, quando aprova o uso de prova ilícita. Explico: se o uso de prova ilícita é crime (Lei 9.296/96), quem aprova o seu uso incentiva o crime. Ou o incita. Estou sendo duro, mas, por vezes, as coisas devem ser ditas nas palavras exatas. Há muita demagogia nessa coisa de combate ao crime em Pindorama.

Outra coisa: que história é essa de justificar o uso de prova ilícita a partir da garantia da subjetividade do juiz, que tem discricionariedade? Ops. Todos lutamos contra isso. Parece que, na contramão do novo Código de Processo Civil, o MPF apoia o livre convencimento. E a livre apreciação da prova. Claro. Porque, agora, interessa. É uma coisa “boa ad-hoc”. Um voluntarismoad hoc. E um utilitarismo pós-moderno. O que diz a Constituição? Não importa. O que importa é o resultado. Sim: uma política publica de combate à criminalidade de resultados.

E que “coisa” é essa de “os ajustes no CPP também preverem que o juiz só anule atos se fundamentar claramente a decisão. Se isso acontecer, o juiz deverá ordenar as providências necessárias a fim de que sejam repetidos ou retificados’”.

Como assim, Excelência? Quer dizer que, se existir uma prova ilícita, o juiz pode mandar consertá-la? Vou estocar comida. Passaram dos limites.

Outra das medidas é acabar com alguns recursos. Isso. Quem sabe o MPF sugere num artigo novo no CPP dizendo:

"Art. X: O acusado é culpado até provar a sua inocência."

E um parágrafo único:

"Se o agente for encontrado na posse do objeto do crime e não conseguir explicar, desde logo estará condenado, dispensando-se a formação do processo."

Bingo. Genial também é a ideia de transformar a corrupção de altos valores em crime hediondo. Pronto. Essa é uma solução supimpa. Na Inglaterra do século XVIII transformaram o ato de bater carteiras em pena de morte por enforcamento. No dia dos primeiros enforcamentos — em praça pública — foi o dia em que mais carteiras furtaram. O exemplo fala por si. Lembro quando transformaram o crime de adulteração de remédios em hediondo. Maravilha. Os resultados estão aí. Todos conhecemos.

Numa palavra final.

Despiciendo dizer que estamos todos de saco cheio da corrupção, do proxenetismo com o dinheiro público etc. Não conheço jurista que não queira uma sociedade melhor. Mas, por favor, para isso não precisamos romper com o pacto constituinte. Se um deputado apresentasse esse pacote, diríamos que “esse edil não conhece a Constituição”. Mas o Ministério Público apresentar um projeto em que se relativiza provas obtidas por meio ilícito e outros quetais? Não pega bem.

Aliás, se o parlamento aprovasse um projeto nos moldes desse apresentado pelo MPF, a primeira coisa que eu esperaria é: o Procurador-Geral da República ingressará com Açãoo Direta de Inconstitucionalidade. Só que, neste caso, ele é quem propôs a inconstitucionalidade. Ups.

Compreendem o que quero dizer?

And I rest my case. Tinha de dizer e escrever isso. Depois de vinte e oito anos de Ministério Público, em que, diuturnamente, procurei zelar pela Constituição. Já no primeiro dia depois de sua entrada em vigor, fiz a primeira filtragem hermenêutico-constitucional. Lá na Comarca de Panambi, que, por coincidência, chegou a se chamar Pindorama! E continuei fazendo controle difuso anos e anos a fio. Preocupa-me que, passados tantos anos, que a própria Instituição venha a propor coisas como a relativização da prova obtida por meios ilegais. Afora outras anomalias. Pode até haver coisas interessantes no pacote. Mas o saldo não me parece bom, pela simples questão que vem contaminado pela “questão da relativização da prova ilícita”.

Post scriptum: E não venham dizer, depois, que “não era bem isso que o MPF queria dizer”. OK. Mas, então, por que propuseram alterações para “alterar o regime da prova ilícita”? Hein?

O que fazer quando o Ministério Público quer violar a Constituição? Por Lenio Luiz Streck | GGN

15/03/2015

Crime organizado pela mídia

A Veja tinha o Demóstenes Torres; a RBS, Pedro Simon. A Veja tinha o DEM; a RBS, PMDB, PP e seus próprios funcionários. A Globo paira sobre ambas pois endossava Veja e encobria, sob suas asas, a filial a RBS. Todas as páginas cor de merda da Veja trazia políticos que, depois, se revelavam o que sempre foram. E só a Veja não sabia. Os tais de cavaleiros da ética, José Roberto Arruda & caterva faziam as páginas amarelas da Veja. Recentemente, Álvaro Dias, Fernando Francischini, Renan Calheiros e Eduardo Cunha adornam a galeria de heróis da Veja.

No Brasil, não há crime organizado sem a participação e organização do coronelismo eletrônico. Até porque o tráfico de informação é a moeda valiosa dos grupos mafiomidiáticos. À captura de FHC, mediante Miriam Dutra, seguiu-se a captura e cooptação, mediante espaço e emprego do filho, Joaquim Barbosa. Basta lembrar o passeio que Assas JB Corp proporcionou à funcionária da Globo pelas Costas Ricas… Não deu na Globo, mas internet revelou

O avanço político do crime organizado

dom, 15/03/2015 – 06:00 – Atualizado em 15/03/2015 – 08:45 –Luis Nassif

A lista HSBC expõe, de forma ampla, o que foi o ambiente cinza do mercado financeiro internacional depois da liberalização financeira, uma mixórdia onde se misturavam caixa 2, dinheiro do narcotráfico, do terrorismo internacional, da corrupção política, das jogadas financeiras.

É essa zona cinzenta que favorece a proliferação do crime.

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Na política também existe uma zona cinzenta, um cenário que favorece a expansão da influência do crime organizado. No caso brasileiro, a zona cinzenta ganhou dimensão quando o STF implodiu o sistema partidário e permitiu a proliferação dos pequenos partidos. E, depois, quando o financiamento privado de campanha decidiu investir na sua própria bancada, em vez de bancar políticos individualmente.

Sempre houve políticos bancados pelo crime mas, em geral, eram subordinados à organização partidária que restringia sua capacidade de atuação no Congresso. Com o pluripartidarismo à brasileira, esse disciplinamento deixou de existir. Abriu-se uma caixa de Pandora de difícil equacionamento, especialmente depois que os partidos majoritários passaram a se engalfinhar em uma luta fratricida.

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O avanço do crime organizado não se deu apenas na atividade parlamentar, mas também em outros territórios extra-institucionais, como a imprensa.

O episódio que inaugurou essa nova fase foi a parceria entre a revista Veja e a organização criminosa de Carlinhos Cachoeira. Não era mais a imprensa se aliando a colarinhos brancos sofisticados, a golpistas do mercado financeiro, a banqueiros suspeitos, mas à corrupção chula de bicheiros e contraventores.

Cachoeira elegeu um senador, Demóstenes Torres. Veja transformou-o em um cruzado contra a corrupção, deu-lhe status de celebridade no mercado de opinião. Com o poder conquistado, Demóstenes fazia os jogos de interesse de Cachoeira e da Abril.

A CPMI de Cachoeira poderia ser o início da grande luta política contra o crime organizado ao desvendar as ligações de Cachoeira com a Veja e com empreiteiras – como a Delta -, que por sua vez mantinham ligações estreitas com o mundo político, a começar do então governador do Rio Sérgio Cabral.

A CPMI mostrou a especialização que se formara no mercado de corrupção. O bicheiro prospectava contratos e licitações no setor público, passíveis de corrupção, uma atuação que poderia começar nas discussões de projetos de leis e emendas orçamentárias e se desdobrar por repartições públicas federais e estaduais; aliava-se a uma empresa parceira, que assumia a fase legal do projeto; garantia a blindagem com a parceria com a mídia e com os padrinhos políticos.

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O Ministério Público cochilou ao não avançar nas investigações abertas pela CPMI de Cachoeira. Seria o ponto de partida para o início da verdadeira guerra contra a corrupção política mais visceral, aquela que envolve o crime organizado. A Lava Jato abre uma nova possibilidade para se desbaratar esse modelo, ao identificar seus desdobramentos regionais. E o MPF terá que sair da zona de conforto e enveredar por caminhos nunca dantes navegados: as interseções do crime organizado com o país institucionalizado, incluindo aí a mídia.

O avanço político do crime organizado | GGN

01/03/2015

Tem mais bandidos na Veja que no Presídio Central

A quadrilha Abril usa o braço Veja para achacar. Foi assim com Policarpo Jr em parceria com Demóstenes Torres e Carlinhos Cachoeira. Desta feita o ataque coube ao trombadinha Ulisses Campbell. Por vezes a Veja conta com o braço do jagunço de Diamantino, em outras terceira aos demais a$$oCIAdos do Instituto Millenium. Hoje a maior quadrilha do Brasil, que tem ódio aos brasileiros e tudo de bom que por aqui se constrói, está alcovitada no coronelismo eletrônico. Agem como verdadeiros grupos mafiomidiáticos.

Nem a máfia siciliana, nem Al Capone foi tão longe no assassinato de reputações. Pior do que o comportamento de quadrilha do Grupo Abril é a passividade das autoridades. Segundo o código penal, tanto o executor como o mandante devem ser punidos. Mas, como o ódio de classe, ao PT, Lula e Dilma está liberado, as autoridades que deveriam dar um basta ao comportamento criminoso são capturados pelas penas de aluguel destes veículos.

O covil da Veja já deveria ter sido desbaratado. No mínimo, dedetizado!

Repórter da Veja se comporta como assaltante no prédio do irmão de Lula e é detido pela polícia.

Na última quarta-feira (25), por volta das 10hs da manhã, a babá dos netos de Frei Chico (irmão do presidente Lula) atendeu um sujeito que se identificou pelo interfone como entregador de livro.
Ao abrir a porta, o elemento anotou o nome, RG e CPF dela, e passou a ter um comportamento suspeito. Em vez de entregar livro como havia dito, começou a perguntar sobre os horários de chegada dos moradores.
Percebendo o comportamento típico de assaltante, a babá trancou a porta e avisou a portaria. A Polícia Militar foi chamada.
O elemento fugiu das dependências do condomínio, sendo detido nas redondezas pela PM, quando se identificou como Ulisses Campbell, jornalista da Veja.
A família de Frei Chico registrou boletim de ocorrência na delegacia de polícia.
Esse é o final da história de assédio pelo elemento da Veja, que começou dias antes com telefonemas e ameaças.
Ulisses Campbell é o elemento que publicou uma mentira absurda revista Veja de Brasília, dizendo que "Thiago, que seria sobrinho do ex-presidente Lula, terá uma festa de aniversário de três anos com custo de 220 mil reais e Ipads de presente para os convidados".
Lula desmentiu em seu instituto. Sequer tem sobrinho com este nome residindo em Brasília.

O elemento da Veja, pego na mentira, tentou fabricar outra matéria. Viajou de Brasília para o estado de São Paulo, e passou a usar nomes falsos e assediar a família de Frei Chico.
No boletim de ocorrência, o filho de Frei Chico relatou:

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Os Amigos do Presidente Lula

02/11/2014

É, JA NO Temos mais Gurgel…

demostenes e veja

A dobradinha nascida nas entranhas de um mundo subterrâneo, que incluía de Carlinhos Cachoeira a Demóstenes Torres, sob as batutas de Roberto Gurgel e Gilmar Mendes. O mensageiro do subterrâneo foi o sempre lembrado Policarpo Jr.. Para as patacoadas de Gilmar Mendes o valentão Joaquim Barbosa simplesmente botou o rabo entre as pernas. Ou, como diria a brilhante Ministra Rosa Weber, a “literatura jurídica me permite”.

Janot resiste a informar Congresso sobre delação

Procurador disse a parlamentares que primeiro decidirá rumo da Lava Jato

Presidente da CPI da Petrobras afirma que a Constituição garante o acesso a depoimentos de ex-diretor e Youssef

RUBENS VALENTE, DE BRASÍLIA, para a FOLHA

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse a três parlamentares que só entregará ao Congresso Nacional cópias das delações premiadas do escândalo da Petrobras depois que formalizar uma denúncia sobre o assunto, o que não tem prazo determinado para ocorrer e pode nem mesmo ser feito.

A informação foi dada por Janot ao presidente da CPI da Petrobras, o senador Vital do Rêgo (PMDB-RN), e dois membros da comissão, o deputado Rubens Bueno (PPS-PR) e o senador José Agripino (DEM-RN), em reuniões diferentes no final de setembro.

"Janot colocou que o sigilo só poderia ser quebrado após a denúncia. Mas o acesso é um direito que nós temos", disse Vital do Rêgo.

O presidente da CPI deu entrada a um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para tentar acesso aos papéis.

"Janot disse que só depois da denúncia. Não estimou quando isso vai ocorrer", confirmou Bueno. "O ponto fundamental para a CPI desse caso todo são as delações", disse Agripino.

Do atual estágio da investigação até a denúncia, há um longo caminho, que inclui a tomada de depoimentos, checagem de dados e diligências. Na melhor das hipóteses, esses procedimentos devem demorar muitos meses. Na pior, alguns anos.

Com a remessa das delações da Justiça Federal do Paraná para o STF, Rodrigo Janot –nomeado para o cargo em setembro do ano passado pela presidente Dilma Rousseff– se tornou o principal responsável pelo destino da investigação sobre as autoridades com foro privilegiado.

Citando jurisprudência, os ministros do tribunal têm escrito seguidamente em decisões que não cabe a eles recusar um pedido de arquivamento feito pelo procurador-geral. Significa dizer que, na prática, Janot tem o poder de "absolver" os citados em investigações com foro privilegiado, incluindo Dilma.

Quando o arquivamento é indicado por Janot no curso do inquérito, a recomendação tem sido seguida sempre por um único ministro, relator do inquérito, sem precisar passar pelas turmas ou pelo plenário do Supremo.

Levantamento feito pela Folha revela o arquivamento de pelo menos 82 inquéritos e ações penais relativas a parlamentares, ministros e ex-ministros do governo por decisão de Janot desde sua posse, há 13 meses.

Em 62 casos, o procurador-geral não viu provas suficientes para continuar as investigações. Em 16 casos, ele afirmou que houve a prescrição da possível e futura pena relativa ao caso. Nos casos restantes, o inquérito tramitou em segredo de Justiça do começo ao fim, de modo que nunca, com exceção das partes, será possível ao cidadão comum saber por que o inquérito foi instaurado e por que foi arquivado.

As 82 "absolvições" excluem arquivamentos motivados por perda do foro (quando a autoridade deixa o cargo) e três casos em que Janot não arquivou os autos, mas pediu que eles saíssem do STF para retornar à primeira instância, pois considerou fracos os indícios sobre os parlamentares.

A Procuradoria não comentou os números, sob o argumento de que, a pedido da reportagem, ainda trabalhava em levantamento que ficará pronto só na terça-feira (4).

18/02/2014

Só lhes restaram Gilmar Mendes & Joaquim Barbosa…

Filed under: Demóstenes Torres,Gilmar Mendes,Joaquim Barbosa,STF,Veja — Gilmar Crestani @ 9:07 am
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Eis um dos homem de bens, segundo a revista dos consultórios de proctologia!

A violência usurpou a democracia

Sim, há algo de podre na política brasileira, mas enganam-se os que presumem que a podridão esteja só no Legislativo ou que de lá provenha.


Wanderley Guilherme dos Santos

Há algo de podre na política brasileira. O discurso do ódio contaminou a cultura. A violência física que assusta não é mais condenável do que a degradação pela palavra. Introduzido durante os debates da Ação Penal 470, a televisão propagou Brasil a fora o escárnio como argumento, a salivação como prova irrefutável e a falta de compostura de alguns magistrados como aparte retórico. Surpreendente a cada dia, durante todo o segundo semestre de 2013, os indiscutíveis mestres do STF, solidamente preparados, transformavam-se em arengueiros pernósticos a vociferar vitupérios em latim, em alemão e em inglês. À língua portuguesa reservaram-se rebuscadas construções gramaticais com que degradavam de modo vil os réus em julgamento. O valor intrínseco das evidências, muita vezes nulo, era irrelevante para o altissonante juízo que os homens de capas fúnebres proferiam.

Foi negado aos acusados a preservação última da dignidade de pessoa, a mesma que foi concedida ao assassino de Tim Lopes, Elias Maluco, ao ser descoberto: “prende, mas não esculacha”. Com linguajar de estilo maneirista, as capas fúnebres do Supremo Tribunal Federal esculacharam quanto quiseram os réus da Ação Penal 470 perante uma audiência nacional, nela incluídos os “Elias Malucos” em liberdade. E continuam, buscando proibir que sejam depositários da solidariedade de cidadãos e cidadãs em pleno gozo de seus direitos civis e políticos. Não podendo oficialmente matá-los ou bani-los, apostam impor-lhes o ostracismo. É o discurso da vingança impotente movido a ódio.

O estímulo ao linguajar desabrido e ao julgamento apressado e irrecorrível encontrou na já virulenta blogosfera a ecologia apropriada para reprodução cancerosa. Com a ferramenta do anonimato e a indulgência prévia a qualquer desvario, o Caim em nós desabrochou com velocidade sônica. A filosófica vontade de morte, a definição humana de um ser para morte, revela-se menos conceitual e inocente na real inclinação para matar. A internet veicula milhares de assassinatos virtuais e de convocatórias à destruição. Sem não mais do que o subterfúgio de códigos primários, quando muito, ações predatórias são incentivadas a qualquer título. É total o descompasso entre avanço social e econômico do País e as toscas bandeiras eventualmente desfraldadas. Na internet ou nas manifestações selvagens até mesmo os partidos radicais perdem importância. Não são eles que se aproveitam da turba para propaganda e crítica ao governo, é a violência irracional que se serve deles como escudo e defesa ideológica.

As antigas irrupções de quebra-quebra, de confronto entre polícia e manifestantes, e até mesmo episódios de grande magnitude, como a destruição das barcas em Niterói, no século passado, não têm parentesco próximo com o vírus do ódio contemporâneo. Aquelas eram manifestações tópicas, de enredo conhecido e de duração previsível. Estas são projetos de vida e morte. Tempo mal empregado o debate sobre a responsabilidade partidária dos confrontos atuais. O novo é a capacidade de mobilização a-e-trans-partidária das convocações subliminarmente homicidas.

A agressão pela palavra é companheira da agressão à palavra, à linguagem. A amputação da língua portuguesa tem sido o resultado não antecipado da linguagem de Caim. São as frases, os verbos, as concordâncias as primeiras vítimas de todos os blocos de suposta vanguarda. Essas agressões são antigas, mas da blogosfera estão sendo trasladadas ao vocabulário jornalístico e da televisão. Não só os textos de colunistas, repórteres e comentadores trazem conteúdo hiperbolicamente crítico, mas o vocabulário que utilizam é vulgar e de cada vez mais miserável. Não mais m…, pqp, fdp ou c……o.

Agora, intelectuais e jornalistas se esmeram  por extenso na vulgaridade da frase e na crueza dos termos. É uma violência à palavra, ajudando a violência pela palavra, destruindo importante fonte de transmissão de cultura. Não se aprimora o aprendizado da língua portuguesa lendo os jornais, as revistas, seus colunistas e editoriais rasteiros. Tornaram-se tão decadentes quanto o ressentimento que difundem.  Nem se discorda mais, se ofende. A violência está usurpando a democracia.

Sim, há algo de podre na política brasileira, mas enganam-se os que presumem que a podridão esteja só no Legislativo ou que de lá provenha. Para essa há remendos que asseguram a sobrevivência democrática. Em putrefação está a cultura nacional pelo envenenamento de parte de suas fontes de elite: a cultura jurídica, o debate político e a cultura da informação. O péssimo é que, tal como os políticos costumam absolver seus pares, é mínima a probabilidade de que juízes ou professores ou jornalistas reconheçam a responsabilidade que lhes toca nessa podridão. São castas auto-imunes. 

SQN

25/01/2014

A profecia de Raimundo Correa e as bombas da Veja

Filed under: Demóstenes Torres,InVeja,Roberto Gurgel — Gilmar Crestani @ 10:22 pm
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Eis o homem que soçobrou o Supremo. Ou, como diria Joaquim Barbosa após périplo pela PRADA,  o seu STF é a mídia e suas circunstâncias

Como no poema de Raimundo Correa, chegou a tardinha para cada um dos heróis que voaram pelas páginas da Veja. Enquanto as pombas atacadas pelos magarefes da Veja voltam aos braços do povo, os ventríloquos da honestidade alheia às páginas da Veja não voltam mais; estão todos nas páginas policiais. E pensar que o Ministério Público Federal comeu pelas mãos deste elemento.

Demóstenes Torres é a cara do Roberto Gurgel sem peruca!

demostenes e veja

Advogado acusa Demóstenes de ameaçá-lo de morte

sab, 25/01/2014 – 10:14

Sugerido por Gão

Do Estadão

Advogado acusa Demóstenes de ameaçá-lo de morte

Neilton Cruvinel registrou boletim de ocorrência na polícia de Goiás no qual diz também que ex-senador prometeu degolá-lo

O advogado Neilton Cruvinel, primeiro defensor do ex-senador Demóstenes Torres no processo em que ele pode perder o cargo de procurador de Justiça, registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil de Goiás no qual o acusa de tentar agredi-lo e de ameaçá-lo de morte. O caso é do dia 19 de dezembro.

Anteontem, Demóstenes virou réu em ação criminal em Goiás, acusado de corrupção passiva e advocacia administrativa – uso indevido de facilidades do cargo. Ele é acusado de receber R$ 5 milhões do empresário Carlinhos Cachoeira, além de outras vantagens. A ligação com Cachoeira, que é réu por corrupção ativa, levou à cassação do mandato de Demóstenes no Senado, em 2012.

No boletim de ocorrência, Cruvinel registrou que, após frustrado um projeto entre ele e Demóstenes para montarem um escritório de advocacia juntos, o ex-senador "passou a agir de forma dissimulada, visando prejudicar a relação" de Cruvinel com conhecidos de ambos.

Segundo o advogado, Demóstenes se aproveitou de um desentendimento financeiro entre Cruvinel e o empresário Maurício Sampaio para "fomentar a discórdia" entre os dois. Na versão de Cruvinel, o ex-senador disse que Sampaio se sentia prejudicado no acerto financeiro e por isso estaria disposto a matar o advogado. A Sampaio, segundo a versão apresentada à polícia, Demóstenes teria dito que Cruvinel é quem se sentia prejudicado no acerto, e por isso decidira agredir o empresário fisicamente com um tapa na cara.

Encontro. O advogado afirmou que Demóstenes o chamou para um encontro no seu apartamento em 13 de dezembro. Ao chegar, estavam lá Sampaio e Carlinhos Cachoeira. Na versão de Cruvinel, Demóstenes passou a xingá-lo, a dizer que tinha feito intrigas, e a acusá-lo de haver dito para várias pessoas que o escritório de advocacia de ambos seria também de Cachoeira.

Cruvinel declarou que Demóstenes tentou agredi-lo, mas foi contido por Sampaio e por Cachoeira. Ele disse que só conseguiu sair do apartamento porque o ex-senador era contido pelo empresário, mas Demóstenes se desvencilhou e segurou a porta do elevador para dizer que iria "matá-lo, degolá-lo e que iria acabar com sua vida". Cruvinel disse que "não tinha como deixar de relatar essa ameaça porque sabe que é real, que Demóstenes planeja atentar contra sua vida".

Procurado, Demóstenes Torres afirmou que dois advogados comentariam a suposta ameaça. Porém, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, disse que apenas defende o ex-senador no processo no TJ de Goiás e que não tinha conhecimento do caso. Pedro Paulo Medeiros também afirmou desconhecer as ameaças, e disse que Neílton Cruvinel "talvez tenha ficado inconformado" por sair do caso em que defendia o ex-senador. Carlinhos Cachoeira nega ter participado da reunião. Maurício Sampaio não foi encontrado.

Advogado acusa Demóstenes de ameaçá-lo de morte | GGN

15/12/2013

A justiça é cega; Cachoeira, não

 

Com 39 anos de prisão, Cachoeira está livre, atuando e costura candidatura da mulher

dom, 15/12/2013 – 10:53

Sugestão de Assis Ribeiro

do Brasil 247

CACHOEIRA, A LUXUOSA VIDA DE UM CONDENADO

:

A Justiça só é cega para alguns; enquanto petistas históricos amargam o cárcere, a 200 quilômetros do presídio da Papuda, em Goiânia, contraventor mais famoso da atualidade está livre para rearticular seus negócios, frequentar os melhores restaurantes da cidade e figurar nas colunas sociais; desde que se livrou das grades (mesmo condenado a mais de 39 anos), Cachoeira se casou, passeou por resorts da moda e já pensa mesmo em recompor sua bancada parlamentar, tendo à frente a mulher, Andressa Mendonça, ensaiando candidatura à Câmara dos Deputados

Goiás 247 – José Dirceu precisa pedir autorização à Justiça para atualizar seu blog, Delúbio Soares tenta um emprego na CUT e para isso precisa da gentileza dos magistrados. E José Genoino; esse precisou provar, de forma involuntária até, que sofre mesmo de um grave problema cardíaco. Tudo isso tem como cenário o presídio da Papuda, nos arredores de Brasília.

A pouco mais de 200 km dali, em Goiânia, um condenado a 39 anos de cadeia não precisa de autorização judicial para frequentar os melhores bares e restaurantes, reativar sua vida de empresário e até mesmo costurar articulações políticas. Esse é Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Se a Justiça Brasileira produz disparates como esse, Cachoeira não tem culpa e aproveita para refazer a vida ao lado da mulher, Andressa Mendonça, com quem se casou com pompa e circunstância logo após a breve estadia na Papuda. Enquanto isso, os fundadores históricos do PT mofam nas celas do presídio brasiliense e clamam por uma benevolência da Justiça para talvez cumprirem uma pena domiciliar ou mesmo uma tarefa simples, como escrever texto num blog.

Carlinhos Cachoeira conhece bem a Papuda. Ele ficou nove meses presos na penitenciária em 2012 e agora o máximo que chega perto do complexo presidiário é quando vai a Anápolis visitar familiares, frequentar igrejas e saber como andam seus negócios.

Nem tudo, porém, foi alegria na vida do contraventor. Desde a eclosão da Operação Monte Carlo Cachoeira perdeu a mãe. Não pode sequer velar seu corpo, pois estava trancafiado na papuda. Meses depois foi a vez do pai, o folclórico Tião Cachoeira, um dos pioneiros do jogo do bicho em Anápolis, ir-se embora, ceifado por um enfarte.

Diversificação

Reportagem do jornal O Popular, de Goiânia, publicada em 23 de novembro, mostrou como está a vida do ex-contraventor. Cachoeira agora atua no ramo imobiliário e, com seus olhos de lince, mira investimentos em Goiânia, Anápolis e outras cidades do interior. Em Goiás Cachoeira tem fama de Midas, onde tudo que toca, qualquer negócio a que se dedique, prospera, vira ouro. A atuação profissional voltou a ser prioridade após ele transformar seu cotidiano pessoal numa espécie de reality show.

Ao sair da cadeia, ele cumpriu a promessa que fez a Andressa ainda na Papuda. Os dois se casaram na residência do casal, num condomínio de luxo na Capital, e a foto que rodou o Brasil foi Cachoeira beijando os pés da esposa na frente de um batalhão de fotógrafos. Cachoeira é frequentemente avistado na movimentada noite goianiense, sempre presente nos melhores restaurantes da cidade. Até suas idas ao cabeleireiro são razões para notícias de jornais.

O ex-amigo de Demóstenes Torres também se fez flagrar num resort luxuoso na Bahia, no começo deste ano. Bermuda florida de grife, óculos escuros e Andressa, de biquíni, ao lado, exibindo os dotes que fizeram a musa do CPI que levou o nome do marido. Trajes bem diferentes e liberdade de darem inveja aos petistas condenados.

Com a vida conjugal ajeitada e a atuação empresarial retomada, Cachoeira estendeu seus tentáculos no ambiente que lhe fulminou, na Operação Monte Carlo, a política. A esposa se filiou ao PSL e os boatos – estrategicamente negados pelo próprio Cachoeira – de uma possível candidatura de Andressa a deputada federal se espalharam.

O mandato que Genoino renunciou na Câmara Federal é agora cobiçado por Cachoeira e esposa. Nem mesmo Joaquim Barbosa sonharia com tamanha ironia. O jornal Tribuna do Planalto, de Goiânia, divulgou no mês passado que Cachoeira comandaria um grupo de três partidos (PMN, PSL e PT do B) e seu objetivo é fazer uma bancada forte no Congresso em 2014. É articulação política de fazer inveja ao agora preso ex-ministro José Dirceu.

Com 39 anos de prisão, Cachoeira está livre, atuando e costura candidatura da mulher | GGN

02/11/2013

Os métodos de Gurgel, na PGR, deram cria

Qualquer cidadão medianamente informado sabe que Roberto Gurgel protelou enquanto pode o andamento de ações de desinteresse de notórios corruptos, como a parceiro da Veja com Demóstenes Torres. Sem falar que o Processo do Mensalão do PSDB, capitaneado pelo Eduardo Azeredo na eleição de FHC, continua esquecido nos escaninhos. E nem se fala na compra da reeleição…

Vai sobrar para De Grandis, um subalterno,  por simplesmente ter adotado os mesmos métodos do “Capo dei Capi”, Roberto Gurgel.

Investigação no caso Alstom é reaberta a pedido da Suíça

Ministério Público promete atender agora pedido de cooperação feito em 2011

Autoridades suíças renovaram interesse em pagamentos feitos a consultores durante governos tucanos em SP

FLÁVIO FERREIRADE SÃO PAULO

Após uma demora de dois anos e oito meses, o Ministério Público Federal anunciou ontem que realizará as investigações que a Suíça pediu em 2011 sobre consultores acusados de distribuir propina paga pela multinacional francesa Alstom a políticos e funcionários públicos de São Paulo.

A decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi anunciada uma semana após a Folha informar que as autoridades suíças haviam desistido de esperar pela ajuda dos colegas brasileiros e tinham arquivado as investigações em relação a três suspeitos do caso Alstom.

O requerimento da Suíça havia sido recebido pelo procurador da República em São Paulo Rodrigo de Grandis em fevereiro de 2011.

Na semana passada, Grandis afirmou que a solicitação não foi atendida porque foi guardada por engano em uma pasta de arquivo e ficou esquecida desde então.

Como a Folha informou ontem, Grandis recebeu pelo menos três cobranças do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), do Ministério da Justiça, para que respondesse ao pedido.

Segundo a Procuradoria-Geral da República, nesta semana o Ministério Público da Suíça renovou o pedido de cooperação, após negociação com a Secretaria de Cooperação Jurídica Internacional do Ministério Público Federal.

As medidas solicitadas serão realizadas após a indicação de um novo procurador parar tratar da cooperação.

O Ministério Público da Suíça havia solicitado interrogatórios de quatro suspeitos e a realização de buscas na casa de um deles, o ex-diretor da estatal CPTM João Roberto Zaniboni, acusado de receber propina da Alstom entre 1999 e 2002, durante os governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, do PSDB.

Os procuradores da Suíça também haviam pedido o envio de relatórios da polícia e laudos produzidos no Brasil sobre a movimentação financeira dos quatro suspeitos.

Por meio de nota, a Procuradoria-Geral da República disse que não poder revelar quais providências serão tomadas agora para não alertar os alvos da investigação.

A procuradoria também informou ter descoberto um erro no andamento do pedido.

Segundo apuração interna determinada por Janot na terça-feira, o requerimento não passou por um órgão da instituição que acompanha a colaboração com outros países. Esse setor poderia ter fiscalizado o cumprimento do pedido, diz a Procuradoria.

O caso levou Janot a determinar um levantamento sobre todos os pedidos de cooperação que saíram do DRCI para a Procuradoria, bem como a criação de normas internas para evitar que o problema ocorra novamente.

O caso já levou à abertura de dois processos em relação a Grandis. Um deles é conduzido pela corregedoria interna da Procuradoria e o outro foi aberto pela corregedoria do Conselho Nacional do Ministério Público, órgão responsável pelo controle externo do Ministério Público.

O processos podem resultar em penas que vão desde censura até perda do cargo.

24/06/2013

O gigante acordou…

Filed under: Carlinhos Cachoeira,Demóstenes Torres — Gilmar Crestani @ 11:36 pm
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Sentido o bajo quente na nuca, os adversários da PEC 37 resolveram arregaçar as mangas. Vão entregar os dedos (Demóstenes Torres) para salvarem as mães (Veja e Globo)…

Promotoria denuncia Demóstenes e Cachoeira por corrupção

Provas colhidas durante investigação resultaram na cassação de Torres do cargo de senador e afastamento de suas atividades como Procurador; diretor da Delta também foi denunciado

24 de junho de 2013 | 17h 54

Rubens Santos – Agência Estado

O Ministério Público de Goiás denunciou à Justiça o ex-senador Demóstenes Torres por crimes de corrupção passiva e prática de advocacia administrativa. A acusação formal foi ajuizada nesta segunda-feira. Foram denunciados também por corrupção ativa o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o ex-diretor da Delta Construções, Cláudio Abreu. Demóstenes foi acusado de corrupção em oito tipificações.

"O fundamento das denúncias é que Demóstenes Torres recebeu, por diversas vezes, e em razão da função de senador que ocupava, vantagens indevidas", disse Lauro Machado Nogueira, procurador-geral do MP goiano.

Segundo ele, os crimes de corrupção passiva foram materializados em provas colhidas durante investigação de documentos contidos nos autos do processo do Supremo Tribunal Federal (STF). Os documentos que resultaram na cassação do senador, no ano passado, foram vasculhados por uma equipe de oito promotores de Goiás.

Luxo.  A equipe apurou, por exemplo, que entre junho de 2009 e fevereiro de 2012, na função de senador, Demóstenes recebeu uma lista de vantagens indevidas – incluindo viagens em aviões particulares,vinhos importados de alto valor, eletrodomésticos de luxo, uma cozinha completa importada dos Estados Unidos e dinheiro. Uma das quantias apuradas somou R$ 5,1 milhões, além de repasses menores em valores de R$ 20 mil, R$ 3 mil, e o celular importado para falar com Cachoeira.

O ex-senador também é acusado de cobrar propina do prefeito petista de Anápolis, Antônio Gomide. Em 2011, segundo a Promotoria, Demóstenes ofereceu dinheiro ao prefeito em troca de um contrato com a Construtora Queiroz Galvão.

Para os crimes de corrupção passiva, a pena prevista é de dois a 12 anos de prisão além de multa. O procurador-geral disse que a acusação pede que as penas sejam somadas. A pena prevista para o crime de advocacia administrativa varia de um a três meses de reclusão.

O MP de Goiás também pediu a quebra de sigilo fiscal de Demóstenes e a suspensão cautelar da sua função pública de procurador de Justiça.

No início do mês, uma decisão do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) manteve o afastamento de Demóstenes por mais 60 dias. Mesmo afastado, o ex-senador mantém o direito a salário de cerca de R$ 26 mil.

Não foram localizados ou não responderem as ligações, o advogado Nabor Bulhões, defensor de Carlinhos Cachoeira, e Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, advogado de Demóstenes Torres.

Já o procurador-geral afirmou que todos crimes ocorreram no período em que Demóstenes Torres exerceu mandato de senador, pelo DEM de Goiás. Cassado no ano passado, ele está inelegível até 2027.

Promotoria denuncia Demóstenes e Cachoeira por corrupção – politica – politica – Estadão

25/04/2013

Em casa de ferreiro, espeto de pau

E por aí vemos porque o MP luta tanto para ter a prerrogativa da investigação. Para investigar os outros. Quando se trata dos seus, o silêncio é ensurdecedor! Bastou alguns anos para a corporação demonstrar que atua com ainda menos isenção que a Polícia Federal. Demóstenes Torres é a cara do MP atual: tira o dedo do rabo para apontar o mau cheiro dos outros.

Agora, só uma decisão da Justiça pode tirar cargo de Demóstenes

Conselho decide que senador cassado é vitalício como promotor

DE SÃO PAULO

O CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) decidiu que o senador cassado Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) tem direito à vitaliciedade no cargo de promotor no Ministério Público de Goiás.

Por causa disso, o conselho não poderá demitir Demóstenes no processo administrativo no qual investiga a relação dele com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

A decisão sobre a vitaliciedade foi por 7 votos a 5.

A dúvida em relação ao ex-senador ocorreu porque ele entrou no Ministério Público em 1983.

A partir da Constituição de 1988, todos os integrantes do Ministério Público se tornaram vitalícios no cargo –o que impediria a demissão somente por meio de processo administrativo.

A vitaliciedade é uma garantia constitucional dada a certas funções públicas, como juízes e procuradores.

Agora, para que ele Demóstenes seja demitido do cargo de promotor, será preciso uma decisão da Justiça.

A pena máxima que o CNMP pode aplicar diretamente a Demóstenes é a aposentadoria compulsória.

Na sessão de ontem, o conselho ainda ratificou a decisão da relatora do caso, Claudia Chagas, de prorrogar a investigação contra o ex-senador por 60 dias. A extensão do prazo vale a partir da notificação, 1º de abril.

Depois de deixar o Senado, em julho do ano passado, Demóstenes reassumiu o cargo de promotor de Justiça de Goiás, mas foi afastado logo depois, em outubro, após o CNMP iniciar a investigação.

24/11/2012

Cabeça de bagre com rabo de baleia

Ou rabo de baleia com cabeça de bagre. Em todo caso, ao contrário do cão, é o rabo(preso) que balança o corpo.

Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney

publicado em 24 de novembro de 2012 às 11:37

     

Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF

Gurgel acuado

por Mauricio Dias, em CartaCapital

É sinal positivo o clamor da oposição, em coro com trêfegos parlamentares da base governista, contra o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPMI sobre as atividades  criminosas e as afinidades eletivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.

Cunha incomodou muita gente e contrariou variados interesses. Não se sabe se o relatório conseguirá cruzar a tempestade provocada pelos contrariados e chegar a porto seguro. Na partida, se assemelha a um barquinho navegando sob bombardeio. E pode afundar antes de ancorar.

A lista de indiciados e de responsabilizados, elaborada por Cunha, é uma carga pesada. O relator julgou suficientes as provas colhidas que, em princípio, são capazes de derrubar o governador tucano Marconi Perillo (GO); de incriminar jornalistas que, ao romper limites éticos, transitaram do campo da investigação para o da associação, e de provocar danos graves ao empresário Fernando Cavendish, da Delta, entre outros casos.

Notadamente, o relatório pode desestabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Gurgel é peixe graúdo. A contrariedade da mídia, com a inclusão do nome dele na lista de Cunha, comprova. Ele tornou-se um procurador heterodoxo. Virou peça do jogo político de curto e de longo prazo. Em linhas gerais, passou a atuar afinado com a oposição a Dilma, a colaborar com o esforço de neutralização de Lula e, por fim, mas não menos importante, a agir com o objetivo de encerrar o ciclo do PT no poder.

Caso aprovado, o relatório de Cunha pode abalar Gurgel e, inclusive, interferir na própria sucessão dele, na PGR, em julho de 2013.Roberto Gurgel é acusado por crimes constitucional, legal e funcional. A aprovação do relatório, nesse ponto, levará a questão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, competente para processar o procurador-geral por crime de responsabilidade.

No STF, Gurgel seria julgado por improbidade administrativa e por prevaricação.O procurador-geral foi fisgado porque manteve engavetadas as denúncias da Operação Vegas. Assim atraiu a suspeita de ter sido conivente com as atividades criminosas de Cachoeira, apuradas pela Polícia Federal. Ele alegou à CPI que tinha detectado somente desvios no “campo ético”, insuficientes para abrir ação penal.

Gurgel, no entanto, mantém outros problemas na gaveta. Há quase cem dias guarda o processo enviado ao Ministério Público, no qual a governadora Roseana Sarney (MA) é acusada de assinar convênios com as prefeituras, no valor aproximado de 1 bilhão de reais. Cabe a ele dar um parecer que pode levar Roseana a perder o mandato.

Há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?

Mas há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).

Seria “morosidade gurgeliana”? Ou seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa história uma vergonhosa troca de favores?

Mauricio Dias: Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney « Viomundo – O que você não vê na mídia

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