Ficha Corrida

21/11/2014

Coisas que não encontrarás nas cinco irmãs (Veja, Globo, Folha, Estadão & RBS)

Há informações que não saem nos grupos mafiomidiáticos. E é por isso que mesmo que os chamo de mafiomidiáticos. Corrupção no PSDB/DEMo não as caras na velha mídia, simplesmente porque são parceiros. Uma mão lava a outra; as duas, a bunda. Ao mesmo tempo que aumentam em relação aos seus adversários, escondem as informações dos parceiros. Rubens Ricúpero deu nome a este fenômeno no famoso Escândalo da Parabólica: “o que é bom para o PSDB  a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”. Toda vez que a Polícia Federal bota a mão dos larápios do PSDB os a$$oCIAdos do Instituto Millenium se transformam em biombos aos seus correligionários.

Tirando Gilmar Mendes, os demais PSDBistas não um zero à esquerda. Só Gilmar Mendes, usando de expedientes antidemocráticos os salva.

Operação Plateias da PF pega irmão de Marconi Perillo (PSDB) e o tucano Expedito Júnior

O ex-senador e dirigente do PSDB, Expedito Junior (RO), estão entre os investigados.

A Polícia Federal cumpriu na manhã desta quinta-feira, 20, mandado de condução coercitiva do governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB). Ele foi levado a prestar depoimento na Superintendência da PF no Estado. A ação da PF ocorre dentro da Operação Plateias que investiga desvio de verbas públicas e direcionamento de licitações.

O irmão do governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), o empresário Marcelo Reis Perillo, também foi levado pela Polícia Federal, nesta quinta-feira, 20 para prestar depoimento sobre denúncia de participação em esquema de corrupção que teria desviado R$ 57 milhões do governo de Rondônia.
A investigação, iniciada em 2012, apurou que empresas interessadas em participar nos processos licitatórios no Estado precisavam doar financeiramente, formal ou informalmente, para campanhas eleitorais. As licitações eram direcionadas para serem vencidas por empresas do esquema. Foi criado até um "fundo da propina", que chegava a movimentar R$ 2 milhões por mês. Os contratos corrompidos ocorreram em secretarias da Saúde e Justiça, entre outras, e superam R$ 290 milhões.

Trata-se da maior operação da Polícia Federal nos últimos anos em número de mandados. Aproximadamente 300 policiais cumprem 193 mandados judiciais: 163 de condução coercitiva; 26 de buscas; e quatro de prisão temporária. A Operação Lava Jato,  por exemplo, cumpriu 85 mandados judiciais na sétima etapa da investigação.
Os mandados da Operação Plateias são cumpridos em Rondônia, Acre, Amazonas, Bahia, Goiás, Pará, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe e no Distrito Federal. Uma das conduções coercitivas ocorre na Espanha. Em Brasília, foi presa a pessoa que distribuiria o dinheiro da corrupção. O nome ainda não foi divulgado.
Tucano Expedito Júnior também é investigado em Rondônia
O dirigente do PSDB no Estado de Rondônia e ex-senador Expedito Júnior, que disputou o segundo turno das eleições para o governo local neste ano, também é investigado na Operação Plateias, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, 20. A PF cumpre mandado de busca e apreensão na casa dele e também há mandado de condução coercitiva para que Expedito Júnior preste depoimento sobre as denúncias do esquema criminoso, formado por lobistas e agentes públicos para desviar verbas públicas e direcionar licitações no Estado.
A defesa do ex-senador informou à PF que ele está em uma fazenda dele na cidade Ji-Paraná e que irá se apresentar à polícia no município. Expedito Júnior disputou o segundo turno para o governo de Rondônia com o governador reeleito, Confúcio Moura (PMDB), também investigado na operação Agência de Notícias Estadão
E a presidenta Dilma disse hoje: ‘Combate à corrupção nunca foi tão firme e severo’
Leia também. Em 2010: MP investiga rombo de primo do senador Marconi Perillo (PSDB-GO), em contratos na Saúde da gestão José Serra (PSDB)

Os Amigos do Presidente Lula

12/06/2013

Diversionismo

E por aí também se entende o espaço que a Folha deu ao assunto. Umas duas linhas na coluna de fofocas seria o suficiente para informar sobre o evento. O cheiro que está no ar é a jogada para dissociar Carlinhos Cachoeira de seu parceiro, Marconi Perillo. O ensaio da dissociação, ou distrato, contou com a participação dos grupos mafiomidiáticos goianos e paulistas, como a Folha. Quem acredita na briga entre Perillo e Cachoeira, ganha uma nota de três reais… Por falar em falsidade, por onde anda Policarpo Junior?!

Em defesa da mulher, Cachoeira desafia governador a um duelo

DE BRASÍLIA

Condenado a quase 40 anos de prisão sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal, o empresário Carlos Cachoeira publicou ontem artigo em um jornal de Goiás em que chama o governador Marconi Perillo (PSDB) para a briga e o ameaça com a revelação de supostas irregularidades de seu governo.

A atitude de Cachoeira –que recorre da condenação em liberdade– se deu após ele afirmar que a mulher, Andressa Mendonça, foi tratada pelo governo de Goiás como "penetra" em uma solenidade no Estado.

"Se quiserem saber onde estão os maiores problemas e as principais sangrias dentro desse governo, é só encarar a briga que estou pronto para o embate. Em bom brasileirês’ falo com a cabeça erguida e com o peito arfante: cai pra dentro quem quiser que eu sustento o desafio. Escolham as armas."

Segundo a versão descrita por Andressa nas redes sociais, a assessoria de imprensa de Perillo divulgou que ela entrou sem ser convidada em um desfile beneficente na sexta-feira no Palácio das Esmeraldas, sede do governo de Goiás. Os ingressos para o evento custavam R$ 350.

"Estou pronto para o embate e não medirei esforço nem terei compaixão para defendê-la [Andressa] e desde já aviso que o céu será meu limite. Depois de entrar na arena para digladiar não permitirei recuo de quem quer que seja e só sairei dela vitorioso ou morto", diz Cachoeira no artigo publicado no jornal "Diário da Manhã".

No mesmo texto, ele ameaçou abrir a "caixa de Pandora" contra o tucano.

A referência é à investigação da Polícia Federal de 2009 — batizada com o nome do mito grego sobre a origem dos males da humanidade– que investigou irregularidades no governo do Distrito Federal. O caso resultou na queda do governador José Roberto Arruda, então no DEM.

"Minha esposa é uma mulher digna e honesta, que encara a vida e as dificuldades de cabeça erguida. Quando estive recluso na violência do cárcere, ela não me negou amparo, apoio, auxílio e sobretudo amor", escreveu.

Cachoeira foi o pivô de uma CPI no Congresso criada para investigar o envolvimento de políticos com o jogo ilegal. Em 2012, ele ficou preso durante 266 dias.

A assessoria de imprensa de Perillo negou que tenha tratado Andressa como "penetra". Segundo o governo, "essa senhora deve ter comprado um convite de uma das patronesses. Mas nenhuma se identificou".

(CATIA SEABRA)

20/11/2012

Os bons companheiros

Os bons companheiros dos grupos mafiomidiáticos têm sorte. Não têm origem em camadas mais pobres da população, são brancos. E contam com ajuda de “empresários’. Tanto é verdade é que Carlinhos Cachoeira é bicheiro, como Castor de Andrade, mas como se aliou a Demóstenes Torres, Veja, Policarpo Junior, Gilmar Mendes, Marconi Perillo e tutti quanti, os grupos mafiomidiáticos entenderam por bem chamá-lo de “empresário”.

Relator da CPI pede indiciamento de Perillo

Em seu relatório, Odair Cunha (PT-MG) deve citar ligações do governador tucano de GO com Carlinhos Cachoeira

O texto final também pedirá o indiciamento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB) por sete crimes

NATUZA NERYANDREZA MATAISDE BRASÍLIA

O relator da CPI do Cachoeira, Odair Cunha (PT-MG), decidiu pedir o indiciamento do governador Marconi Perillo (PSDB-GO) por suas relações com o empresário Carlos Ramos, o Cachoeira.

O relatório final da CPI, porém, não havia sido finalizado até o encerramento desta edição e poderia sofrer mudanças de última hora.

Segundo a Folha apurou, Perillo foi avisado sobre o pedido de indiciamento e começou a operar apoios para derrubar essa parte do texto.

O relatório de Cunha tem cerca de 4.000 páginas e sua votação, prevista para hoje, foi adiada e deve ocorrer na quinta-feira. Havia dúvidas se daria tempo para impressão.

Ontem, Cunha chegou a considerar um recuo no indiciamento do governador após tomar conhecimento de uma liminar do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, segundo o qual Perillo não poderia mais ser convocado a depor na CPI.

Os advogados do governador sustentaram que, se não pode ser ouvido, Perillo também não poderia ser investigado e indiciado. Horas depois, o magistrado esclareceu: "Nada impede que o relatório da CPI diga que existem indícios de que o governador cometeu crimes e mande para a foro competente, no caso o STJ [Superior Tribunal de Justiça]. A CPI pode indicar qualquer um, até mesmo o presidente da República."

Segundo integrantes da CPI com acesso ao texto preliminar, "há provas contundentes" de envolvimento, evidenciadas pela compra de uma casa do tucano por Cachoeira e por nomeações de aliados do empresário em Goiás.

Cachoeira está preso desde fevereiro, acusado de exploração ilegal de jogos e de corromper agentes públicos.

O pedido de indiciamento cumpre um roteiro traçado pelo PT desde o início da CPI, já criada para investigar integrantes da oposição flagrados em escutas da PF.

À época, aliados de Perillo reclamaram que o tucano se transformara em alvo no ano do julgamento do mensalão por vingança. Ele sustenta que, em 2005, avisou o então presidente Lula sobre a compra de votos.

O relator também pedirá o indiciamento do deputado Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO) por sete crimes: lavagem de dinheiro, corrupção passiva, advocacia administrativa, tráfico de influência, formação de quadrilha, violação do sigilo funcional e crime contra a ordem tributária.

O pedido de indiciamento do tucano é baseado numa entrevista à Folha na qual ele admite que sabia que Cachoeira operava esquema de jogo ilegal. "Se eu falar para você que não tinha conhecimento de que ele mexia com jogo, seria hipócrita", disse.

Colaborou FELIPE SELIGMAN, de Brasília

13/10/2012

A manobra rasteira de Marconi Perillo

Filed under: Marconi Perillo — Gilmar Crestani @ 8:33 am

Por Vassil Oliveira, no sítio Diário de Goiás:
Jogada de mestre?
O governador Marconi Perillo (PSDB) vai nomear um delegado da Polícia Federal para o comando da Secretaria de Segurança Pública de Goiás.
Vai sair um dos principais secretários do governador, João Furtado, fonte de desgaste constante nos últimos meses e nome citado no caso Cachoeira.
A tacada de mestre seria colocar na SSP-GO alguém insuspeito, o que mostraria compromisso com a arrumação da casa. Não foi a PF que prendeu Carlinhos Cachoeira e deflagrou todo o imbróglio que envolveu Marconi e cia? Então.
O caso lembra outro. No mesmo instante em que Cachoeira era preso e caía por terra o castelo de moralidade do promotor e então senador Demóstenes Torres, tomava posse na Secretaria de Meio Ambiente o promotor Umberto Machado.
Nas semanas, meses, seguintes, o que se viu foi o Ministério Público de Goiás cada dia mais envolvido em suspeitas de ligações de integrantes seus com o Caso Cachoeira. Inclusive o procurador-geral de Justiça, Benedito Torres, irmão de Demóstenes.
Viu-se outra coisa: uma reação interna no MP para forçar a saída de Umberto, que carimbava o MP como ligado umbilicalmente a Marconi. Foi uma guerra de bastidores.
Promotores independentes agiram por acreditaram que estava em jogo a credibilidade do MP. Não queriam ver todos colocados na mesma rede de Cachoeira e Marconi.
Tanto fizeram que Umberto teve de sair do governo Marconi. E Demóstenes corre o risco até de ser expulso.
Agora, é a PF que, depois de investigar o governo, vai para dentro dele avalizá-lo. Uma jogada de mestre, sim, para Marconi. Principalmente, uma jogada de marketing com aval da PF.
Aval apenas do PF?
Aval do governo do PT de Dilma (ou seria possível de outra forma?).
O governo goiano corre para dar ares de institucionalidade ao ato. É o governo Dilma acima de picuinhas visando o bem de Goiás.
Do ponto de vista político, a mensagem é outra: mais uma vez, um governo do PT dá uma forcinha ao inimigo tucano. Um inimigo que nunca contemporiza com os petistas de Goiás: age com mão de ferro, como fez na disputa em Goiânia.
Que o diga o ex-governador Alcides Rodrigues, aliado que ficou com o prejuízo de não resolver o caso Celg, bônus delegado pelos companheiros de Lula ao tucano goiano, que não pensa duas vezes para acusá-lo de todos os seus males, especialmente os que caem sobre sua cabeça a partir da CPMI do Cachoeira.
Que o diga Paulo Garcia, candidato à reeleição do partido que sofreu duros ataques da máquina de comunicação marconista durante todo o processo eleitoral.
Nos bastidores, a avaliação é de que a presença de um delegado da PF na SSP-GO é uma tacada, sim, mas para evitar uma intervenção federal no Estado.
Marconi, assim, está se antecipando, ou agindo antes de ter de reagir.
Se o governo federal apoiou, quer dizer que está, sim, dando uma força a Marconi, evitando mais um desgaste: subliminarmente, assume a Segurança.
Se não é isso, significa, verdadeiramente, que o governo Dilma está deixando o tucano fazer seu jogo de cena calado.
No que se refere à Polícia Federal, fica a questão: e aí, o que esperar da instituição que apontou o governo Marconi como extensão de Cachoeira, agora que vai defender este mesmo governo?
Tem mais uma coisa: o que pensam as Polícias Civil e Militar goianas de ficarem subordinadas a um delegado da PF?

Altamiro Borges: A manobra rasteira de Marconi Perillo

01/08/2012

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir?

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir?Foto: Divulgação_Reprodução/O Globo

Ex-ministro da Justiça levou R$ 5 milhões e sua vara mágica em favor do mafioso não funcionou; na pior hora para o cliente, o advogado o abandona; decisão de Thomaz Bastos foi temerária não só por transformar Cachoeira num pária jurídico, mas também pelo sinal que transmite a outros clientes

01 de Agosto de 2012 às 06:26

247 – A charge da primeira página do jornal O Globo desta quarta-feira 1, assinada por Chico Caruso, é simplesmente fantástica. Carlos Cachoeira pergunta a Don Vito Corleone, o “Poderoso Chefão”, interpretado por Marlon Brando na trilogia de Francis Ford Coppola, se devem deixar Marcio Thomaz Bastos, que sai da cena com uma mala (de dinheiro?) nas mãos.

Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça que aceitou defender um notório contraventor, tomou uma decisão temerária. Abandonou o cliente na pior hora. Ofereceu seus serviços por R$ 15 milhões – o que, em tese, é preço de influência, e não de advocacia – e perdeu todos os habeas corpus que impetrou. No primeiro pretexto para sair, a ação tresloucada de Andressa Mendonça, que tentou chantagear um juiz ameaçando-o com a publicação de um dossiê na revista Veja, ele pulou fora antes mesmo de averiguar o que há de verdade ou mentira na história. Ou seja: transformou seu cliente num pária jurídico.

Ao abandonar Cachoeira, Thomaz Bastos praticamente sacramentou sua condenação. Sinalizou para sociedade que o bicheiro de Anápolis é uma figura tão reles e tão vil, que não merece seus serviços. No entanto, em momento algum, falou em ressarci-lo pelos R$ 5 milhões pagos até agora – a primeira parcela de um pagamento acordado R$ 15 milhões.

Para pagar os honorários de Thomaz Bastos – mais próximos da influência, do que da advocacia, repita-se – Cachoeira decidiu vender um de seus principais negócios limpos: o ICF, Instituto de Certificação de Fármacos, em Anápolis, que aprova medicamentos genéricos e era uma máquina de dinheiro. A participação do bicheiro, preso há cinco meses, foi comprada pelos sócios dos laboratórios União Química e Teuto.

Abandonado pelo advogado que até ontem falava do “desafio” de enfrentar o Estado, Cachoeira terá enormes dificuldades para sair da cadeia. Mas, mesmo preso, ele terá oportunidades de falar. No dia 8, por exemplo, estará na CPI criada pela Assembleia Legislativa de Goiás. Também em agosto, voltará a ser chamado pela CPMI da Operação Monte Carlo, no Congresso.

Era Thomaz Bastos quem vinha recomendando seu silêncio. Agora, mesmo preso, Cachoeira está livre. Até para dizer qual era sua expectativa ao contratar o ex-ministro da Justiça que vendeu seus serviços ao contraventor e o abandonou quando se deu conta de que não tinha força suficiente para resolver os problemas do cliente. Será esse o comportamento com outros clientes da banca mais cara do País?

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir? | Brasil 247

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir?

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir?Foto: Divulgação_Reprodução/O Globo

Ex-ministro da Justiça levou R$ 5 milhões e sua vara mágica em favor do mafioso não funcionou; na pior hora para o cliente, o advogado o abandona; decisão de Thomaz Bastos foi temerária não só por transformar Cachoeira num pária jurídico, mas também pelo sinal que transmite a outros clientes

01 de Agosto de 2012 às 06:26

247 – A charge da primeira página do jornal O Globo desta quarta-feira 1, assinada por Chico Caruso, é simplesmente fantástica. Carlos Cachoeira pergunta a Don Vito Corleone, o “Poderoso Chefão”, interpretado por Marlon Brando na trilogia de Francis Ford Coppola, se devem deixar Marcio Thomaz Bastos, que sai da cena com uma mala (de dinheiro?) nas mãos.

Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça que aceitou defender um notório contraventor, tomou uma decisão temerária. Abandonou o cliente na pior hora. Ofereceu seus serviços por R$ 15 milhões – o que, em tese, é preço de influência, e não de advocacia – e perdeu todos os habeas corpus que impetrou. No primeiro pretexto para sair, a ação tresloucada de Andressa Mendonça, que tentou chantagear um juiz ameaçando-o com a publicação de um dossiê na revista Veja, ele pulou fora antes mesmo de averiguar o que há de verdade ou mentira na história. Ou seja: transformou seu cliente num pária jurídico.

Ao abandonar Cachoeira, Thomaz Bastos praticamente sacramentou sua condenação. Sinalizou para sociedade que o bicheiro de Anápolis é uma figura tão reles e tão vil, que não merece seus serviços. No entanto, em momento algum, falou em ressarci-lo pelos R$ 5 milhões pagos até agora – a primeira parcela de um pagamento acordado R$ 15 milhões.

Para pagar os honorários de Thomaz Bastos – mais próximos da influência, do que da advocacia, repita-se – Cachoeira decidiu vender um de seus principais negócios limpos: o ICF, Instituto de Certificação de Fármacos, em Anápolis, que aprova medicamentos genéricos e era uma máquina de dinheiro. A participação do bicheiro, preso há cinco meses, foi comprada pelos sócios dos laboratórios União Química e Teuto.

Abandonado pelo advogado que até ontem falava do “desafio” de enfrentar o Estado, Cachoeira terá enormes dificuldades para sair da cadeia. Mas, mesmo preso, ele terá oportunidades de falar. No dia 8, por exemplo, estará na CPI criada pela Assembleia Legislativa de Goiás. Também em agosto, voltará a ser chamado pela CPMI da Operação Monte Carlo, no Congresso.

Era Thomaz Bastos quem vinha recomendando seu silêncio. Agora, mesmo preso, Cachoeira está livre. Até para dizer qual era sua expectativa ao contratar o ex-ministro da Justiça que vendeu seus serviços ao contraventor e o abandonou quando se deu conta de que não tinha força suficiente para resolver os problemas do cliente. Será esse o comportamento com outros clientes da banca mais cara do País?

De Cachoeira a Corleone: deixamos MTB partir? | Brasil 247

31/07/2012

Opinião pública não é a opinião que se publica

Filed under: FHC,Gilmar Mendes,Isto é PSDB!,José Serra,Marconi Perillo — Gilmar Crestani @ 9:34 am

MENSALÃO O JULGAMENTO

STF precisa ouvir a opinião pública, diz FHC

Ex-presidente afirma que os juízes devem analisar o caso sabendo que a lei não é algo sem ‘relação com a vida’

Em um vídeo postado na internet, tucano diz acreditar que o Supremo mostrará que as ‘instituições valem’

DE SÃO PAULO

Ao comentar o julgamento do mensalão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) contestou ontem as críticas que os ministros do Supremo Tribunal Federal têm recebido por levarem em conta a opinião pública em decisões recentes.

"Claro que o juiz julga pela lei, mas a lei não é algo que não tenha relação com a vida. Claro que [a opinião pública] não pode substituir a lei. Mas a existência de opiniões da sociedade faz parte de um processo eminentemente político", afirmou o ex-presidente da República.

Para o tucano, os ministros do Supremo deverão, contudo, saber separar no julgamento o "joio do trigo".

O tribunal começará a julgar os 38 réus do mensalão depois de amanhã.

De acordo com o ex-presidente, o caso deve marcar a história política do Brasil.

Ele afirmou ainda que o julgamento ocorre em um momento que o Supremo vem assumindo atitudes para a consolidação da democracia.

"Eu tenho muita confiança em que o Supremo mostrará que as instituições no Brasil valem", afirmou.

IMPUNIDADE

FHC também pediu a atenção da população ao resultado, pois ele pode rebater a ideia de que a corrupção no Brasil está ligada à não punição de envolvidos.

O ex-presidente defendeu um julgamento isento e afirmou que o Supremo tem tomado decisões corajosas.

"O que for correto absolve, e o que for crime castiga", afirmou o tucano.

A declaração do ex-presidente foi feita em video postado no site "Observador Político", criado por ele. O tucano promete publicar outros dois vídeos sobre o assunto nesta semana.

Ontem, o PSDB também divulgou um vídeo no qual afirma "explicar o escândalo do mensalão".

O partido se esforça para ligar o mensalão ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não é réu do processo.

"Mesmo diante de todos esses fatos, o PT e o presidente Lula insistem em negar a existência do mensalão", afirma o narrador do vídeo.

Depois de exibir diversas declarações do petista, a peça tucana termina com a frase: "Lula, o povo não é bobo".

Cachoeira e Perillo, mais provas de união

Filed under: Carlinhos Cachoeira,CPI da Veja,Isto é PSDB!,Marconi Perillo — Gilmar Crestani @ 9:19 am

27/07/2012Alguém comentou

Grampos da PF indicam que Cachoeira marcou jantar com governador de Goiás

Rafhael Borges
Do UOL, em Goiânia (Via Esquerdopata)

Interceptações telefônicas da operação Monte Carlo, da Polícia Federal, gravadas com autorização da Justiça Federal, e às quais o UOL teve acesso, mostram Edivaldo Cardoso, ex-presidente do Detran de Goiás, e Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, combinando um jantar com um governador, cujo nome não é citado.

Segundo relatório da PF apresentado à CPI do Cachoeira, no Congresso Nacional, a confirmação do jantar por uma funcionária do governo de Goiás, e posteriormente pelo ex-vereador Wladimir Garcez, apontado como braço político no esquema do contraventor no Estado, sugerem que o governador citado nas conversas é Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. O governador, por meio de sua assessoria de imprensa, negou o encontro. Cachoeira está preso desde fevereiro acusado de diversos crimes e envolvimento com agentes públicos e privados.

No primeiro diálogo sobre o encontro, em 24 de março de 2011, Cardoso conta a Cachoeira que uma funcionária da Casa Civil de Goiás, conhecida como Glorinha –que seria Glória Miranda Coelho, também chefe do gabinete particular de Perillo–, disse que o governador tinha pré-agendado um jantar em sua casa, e que era para ele “se preparar”. Cachoeira responde: “Oh, doutor, excelente! Valeu”. Glória permanece no cargo, mas não comenta o assunto.

A tentativa de encontro do grupo de Cachoeira com Perillo ocorre pouco tempo depois de concluídas as negociações da casa que pertencia ao governador e que teria sido adquirida pelo contraventor –foi neste imóvel que Cachoeira foi preso em fevereiro.

Em depoimento à CPI do Cachoeira, em junho, Perillo negou que tenha feito negócios com Cachoeira. O governador manteve a versão, difundida por ele desde março, de que tratou da venda da casa apenas com Wladimir Garcez e que não prestou atenção no emitente dos cheques –no caso, um sobrinho de Cachoeira.

Ainda segundo os áudios da PF, o jantar só é confirmado dois dias antes da data marcada. Cachoeira liga para Cardoso. “Ele confirmou, então, quarta-feira?”, pergunta o ex-presidente do Detran, mas é Wladimir Garcez quem responde, ao ser chamado pelo contraventor ao telefone. “Confirmado, viu. Quarta-feira”.

Cachoeira e Cardoso mostram intimidade ao acertarem detalhes do jantar em outro telefonema. “Aí você passa pra ver o que eu devo levar. Champanhe, né?”, diz Cachoeira. Cardoso afirma: “É. Escuta, vamos buscar um cara pra tocar um violão?” Cachoeira responde: “Uai, eu tenho. Leva, né?”. E Cardoso: “Não, eu tenho um cara legal também pra ir, eu acho que ele gosta, seresteiro”. Cachoeira completa: “Ah, leva, né, tá bom?”. “Vou levar, né? Se ele não for, a gente fica lá tomando um vinho e ouvindo uma música, não é não?”, responde Cardoso.

No mesmo dia, que seria 30 de março, os dois voltam a se falar. Cardoso combina com Cachoeira quem eles iriam levar ao encontro –e chegam a conclusão de que seria “no máximo umas oito pessoas”. Mais tarde, Cardoso pede para Cachoeira levar um vinho e confirma que o jantar seria às 21h. Ambos concordam que é melhor não levar Wladimir Garcez ao encontro, sem especificar o motivo.

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30/07/2012

Mulher de Cachoeira tentou chantagem com dossiê de Policarpo, diz juiz

Segundo Andressa, dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da “Veja”.

Saiu no G1:

Juiz afirma que mulher de Cachoeira tentou chantagem para soltar bicheiro


O juiz federal Alderico Rocha Santos afirmou ao G1 nesta segunda-feira (30) ter sido chantageado por Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Santos é responsável pelo processo da Operação Monte Carlo na Justiça Federal, que culminou na prisão do bicheiro em fevereiro.
Segundo o magistrado, Andressa o procurou na quinta-feira (26) afirmando que teria um dossiê contra o magistrado e, em troca da não-publicação, teria pedido um alvará de soltura para Cachoeira.
O juiz diz ter encaminhado ao Ministério Público um papel com nomes escrito por Andressa e imagens de sua entrada e saída no prédio da Justiça Federal.
Andressa prestou esclarecimentos nesta manhã na Polícia Federal em Goiânia e saiu sem falar com a imprensa. A mulher do contraventor terá de pagar fiança de R$ 100 mil e está proibida de visitar o marido, informou a PF.
Segundo o delegado Sandro Paes Sandre, “caso essas medidas não sejam atendidas, Andressa terá a prisão preventiva decretada e ficará presa na PF”.
A suposta conduta de Andressa está prevista no artigo nº 333 do Código Penal, que trata de corrupção ativa, diz a PF em nota.
O G1 tenta contato por telefone com Andressa Mendonça e seus advogados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Dossiê

Conforme relatou o juiz ao G1, na versão de Andressa, o dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da sucursal da revista “Veja”, em Brasília.


Procurada, a direção da “Veja” afirmou que seu departamento jurídico “está tomando providências para processar o autor da calúnia que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos”.
Ainda segundo Santos, Andressa teria pedido para falar com ele mesmo sem a presença do seu advogado. Como ela insistiu em ser atendida, o juiz diz que concordou em recebê-la e chamou uma de suas assessoras para acompanhar a reunião.
Depois de cerca de 20 minutos, diz ainda o magistrado, Andressa teria dito para que a assistente fosse retirada sala. Depois de mais 25 minutos, teria insistido. “Ela disse: ‘Quero falar com o senhor a respeito das minhas visitas ao Carlos e vou falar de questões pessoais. Não queria que questões da minha intimidade fossem reportadas a terceiros’. Então concordei com a saída da minha assessora”, relatou.
Conforme o juiz, Andressa teria dito: “Doutor, tenho algo muito bom para o senhor. O senhor conhece o Policarpo Júnior? O Carlos contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê”.
O juiz diz também que respondeu que não tinha nada a temer, quando teria ouvido de Andressa: “O senhor tem certeza?”.
A mulher de Cachoeira, conforme o relato do juiz, teria então escrito o nome de três pessoas em um pedaço de papel e perguntado se ele os conhecia: o ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), que teve o mandato cassado em setembro de 2009 por suspeita de abuso de poder político nas eleições de 2006; um fazendeiro da região do Tocantins e Pará, conhecido como Maranhense; e Luiz, que seria um amigo de infância do juiz e supostamente responderia a processo por trabalho escravo.
De acordo com o juiz, Andressa teria dito que o jornalista teria fotos do magistrado com essas três pessoas.
“Não tenho nada a temer. Eu não vejo Marcelo Miranda há mais de quatro anos. O Maranhense, ou quem imagino que possa ser o Maranhense, também não vejo há bastante tempo. Já o Luiz é meu amigo de infância. As terras da família dele fazem divisa com as do meu pai, no Maranhão, há mais de 50 anos”, disse Santos.
O magistrado afirmou ter voltado a dizer a Andressa não ter nada a temer, momento em que ela teria se retirado de sua sala. “Quando ela saiu, guardei o papel onde ela escreveu os três nomes, solicitei as imagens que mostram a sua entrada e saída do prédio da Justiça Federal e encaminhei um documento ao Ministério Público relatando o fato.”
“Eles entenderam que a ação dela se caracteriza crime e que ela deve pagar uma fiança de R$ 100 mil sob pena de prisão”, relatou.

Clique aqui para ver 73 ligações sobre e com Policarpo. A CPI vai começar !.

Mulher de Cachoeira tentou chantagem com dossiê de Policarpo, diz juiz | Conversa Afiada

Mulher de Cachoeira tentou chantagem com dossiê de Policarpo, diz juiz

Segundo Andressa, dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da “Veja”.

Saiu no G1:

Juiz afirma que mulher de Cachoeira tentou chantagem para soltar bicheiro


O juiz federal Alderico Rocha Santos afirmou ao G1 nesta segunda-feira (30) ter sido chantageado por Andressa Mendonça, mulher do contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Santos é responsável pelo processo da Operação Monte Carlo na Justiça Federal, que culminou na prisão do bicheiro em fevereiro.
Segundo o magistrado, Andressa o procurou na quinta-feira (26) afirmando que teria um dossiê contra o magistrado e, em troca da não-publicação, teria pedido um alvará de soltura para Cachoeira.
O juiz diz ter encaminhado ao Ministério Público um papel com nomes escrito por Andressa e imagens de sua entrada e saída no prédio da Justiça Federal.
Andressa prestou esclarecimentos nesta manhã na Polícia Federal em Goiânia e saiu sem falar com a imprensa. A mulher do contraventor terá de pagar fiança de R$ 100 mil e está proibida de visitar o marido, informou a PF.
Segundo o delegado Sandro Paes Sandre, “caso essas medidas não sejam atendidas, Andressa terá a prisão preventiva decretada e ficará presa na PF”.
A suposta conduta de Andressa está prevista no artigo nº 333 do Código Penal, que trata de corrupção ativa, diz a PF em nota.
O G1 tenta contato por telefone com Andressa Mendonça e seus advogados, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
Dossiê

Conforme relatou o juiz ao G1, na versão de Andressa, o dossiê teria sido produzido a pedido de Cachoeira pelo jornalista Policarpo Júnior, repórter da sucursal da revista “Veja”, em Brasília.


Procurada, a direção da “Veja” afirmou que seu departamento jurídico “está tomando providências para processar o autor da calúnia que tenta envolver de maneira criminosa a revista e seu jornalista com uma acusação absurda, falsa e agressivamente contrária aos nossos padrões éticos”.
Ainda segundo Santos, Andressa teria pedido para falar com ele mesmo sem a presença do seu advogado. Como ela insistiu em ser atendida, o juiz diz que concordou em recebê-la e chamou uma de suas assessoras para acompanhar a reunião.
Depois de cerca de 20 minutos, diz ainda o magistrado, Andressa teria dito para que a assistente fosse retirada sala. Depois de mais 25 minutos, teria insistido. “Ela disse: ‘Quero falar com o senhor a respeito das minhas visitas ao Carlos e vou falar de questões pessoais. Não queria que questões da minha intimidade fossem reportadas a terceiros’. Então concordei com a saída da minha assessora”, relatou.
Conforme o juiz, Andressa teria dito: “Doutor, tenho algo muito bom para o senhor. O senhor conhece o Policarpo Júnior? O Carlos contratou o Policarpo para fazer um dossiê contra o senhor. Se o senhor soltar o Carlos, não vamos soltar o dossiê”.
O juiz diz também que respondeu que não tinha nada a temer, quando teria ouvido de Andressa: “O senhor tem certeza?”.
A mulher de Cachoeira, conforme o relato do juiz, teria então escrito o nome de três pessoas em um pedaço de papel e perguntado se ele os conhecia: o ex-governador do Tocantins, Marcelo Miranda (PMDB), que teve o mandato cassado em setembro de 2009 por suspeita de abuso de poder político nas eleições de 2006; um fazendeiro da região do Tocantins e Pará, conhecido como Maranhense; e Luiz, que seria um amigo de infância do juiz e supostamente responderia a processo por trabalho escravo.
De acordo com o juiz, Andressa teria dito que o jornalista teria fotos do magistrado com essas três pessoas.
“Não tenho nada a temer. Eu não vejo Marcelo Miranda há mais de quatro anos. O Maranhense, ou quem imagino que possa ser o Maranhense, também não vejo há bastante tempo. Já o Luiz é meu amigo de infância. As terras da família dele fazem divisa com as do meu pai, no Maranhão, há mais de 50 anos”, disse Santos.
O magistrado afirmou ter voltado a dizer a Andressa não ter nada a temer, momento em que ela teria se retirado de sua sala. “Quando ela saiu, guardei o papel onde ela escreveu os três nomes, solicitei as imagens que mostram a sua entrada e saída do prédio da Justiça Federal e encaminhei um documento ao Ministério Público relatando o fato.”
“Eles entenderam que a ação dela se caracteriza crime e que ela deve pagar uma fiança de R$ 100 mil sob pena de prisão”, relatou.

Clique aqui para ver 73 ligações sobre e com Policarpo. A CPI vai começar !.

Mulher de Cachoeira tentou chantagem com dossiê de Policarpo, diz juiz | Conversa Afiada

25/07/2012

O braço armado do PSDB

Não devemos nos esquecer de outra queima de arquivo, Marcelo Cavalcanti, que apareceu boiando no Lago Paranoá. A morte de ambos beneficia a quem? Coincidentemente, são mortes que beneficiam de alguma foram Maroni Perillo e Yeda Crusius, respectivamente.

PM abordou o policial morto que investigava Cachoeira, diz agente

Procurador afirma que policiais fizeram abordagens durante diligências da PF

DO ENVIADO A GOIÂNIA

Testemunha da ação penal contra o grupo de Carlinhos Cachoeira, o agente da Polícia Federal Fábio Alvarez Shor disse ontem que o agente Wilton Tapajós, morto na semana passada, foi abordado por policiais militares durante diligência da Operação Monte Carlo.

A apuração sobre a morte de Tapajós, que, assim como Shor, era agente da PF trabalhou na operação -que levou à prisão do empresário- não estabeleceu relação entre a morte e a operação, embora a hipótese de queima de arquivo tenha sido levantada pela polícia (que também suspeita de acerto de contas de dívidas do morto).

Shor falou na condição de testemunha da acusação contra o grupo de Cachoeira. As audiências da ação começaram ontem, em Goiânia, e continuarão hoje, quando Cachoeira pode ser ouvido.

Questionado pelo Ministério Público Federal, Shor disse que Tapajós foi abordado por PMs durante uma missão de vigilância na casa de Sônia Regina de Melo, uma das 81 pessoas denunciadas pelo Ministério Público Federal.

A Procuradoria afirma que Sônia, servidora da Delegacia Regional de Luziânia (GO), tinha o papel de cooptar policiais que dariam cobertura às atividades do grupo de Cachoeira e também fazia pagamentos de propinas.

Segundo Shor, as diligências no local eram constantes, pois a casa da servidora era usada para encontro com policiais. Ao ser abordado durante a vigília, Tapajós afirmou aos policiais que estava lendo a Bíblia enquanto esperava seu chefe ligar. Os PMs então deixaram o local.

Shor disse que ele mesmo chegou a ser abordado por PMs em outra ocasião, quando seguia outro investigado.

O agente disse que não era possível afirmar com certeza se a abordagem se deu a mando de alguém. "Poderia ser uma abordagem ostensiva", questionou Dora Cavalcanti, advogada do empresário.

O procurador Daniel de Resende afirmou na audiência que várias diligências da PF coincidiram com abordagens policiais, pois nos locais onde funcionavam bingos e nas casas de investigados havia uma espécie de segurança informal feita por policiais.

O policial Shor disse ainda que, por meio de grampos e da apreensão da contabilidade da exploração de jogos de azar, foi possível descobrir que o termo "assistência social" era utilizado para tratar de propina paga a servidores públicos.

(FERNANDO MELLO)

21/07/2012

Para refrescar a memória

 

PIG ensaia abandonar mais outro “companheiro ferido” na estrada

Posted by eduguim on 20/07/12 • Categorized as Crônica

Só para que não passe batido também esta. Você se lembra do que o PIG disse logo após a cassação de Demóstenes Torres? Vamos lá, puxe pela memória. Faz só uma semana… Lembrou-se? Vejamos: um se lembrou, dois se lembraram…

Ah, você, aí no fundo, não se lembra? Então vou lhe refrescar a memória. Segundo o Partido da Imprensa Golpista, a CPI do Cachoeira, com a cassação de Demóstenes, seria “esvaziada”.

O que está acontecendo, porém, desmente o PIG.  De novo.

Lembra-se de que esses “colonistas” (By PHA) disseram que Lula teria “errado a mão” quando engendrou a CPI do Cachoeira para “se vingar” de Marconi Perillo por ter dito publicamente, há alguns anos, que teria “avisado” o ex-presidente sobre o “mensalão”?

Lembra-se, leitor, de quando o PIG disse que a CPI que Lula teria engendrado para “se vingar” havia se tornado um “bumerangue” que se voltaria contra ele mesmo, seu partido e até contra o governo Dilma?

Lembra-se, leitor, de quando o PIG disse que havia muito mais indícios contra Agnelo Queiroz do que contra Perillo?

O fato é que a situação do governador de Goiás se agravou muito, da cassação de Demóstenes para cá. E se agravou exatamente na CPI que o PIG dizia que seria “esvaziada”. Apesar do recesso parlamentar, porém, os trabalhos continuaram e já flagraram contradições graves de Perillo.

Como foi dito aqui, tudo o que os depoentes disserem na CPI poderá ser usado contra eles.

Alguns se preservam e se valem do direito constitucional de não produzirem provas contra si, mas os governadores de Brasília e Goiás, entre outros, não puderam se valer desse estratagema porque foram convidados a depor como “testemunhas”.

Quando o PIG e o PSDB desandaram a defender Perillo após seu depoimento à CPI, foi dito aqui que seu depoimento fora ruim, evasivo, e que as absolvições in limine que estava recebendo eram vãs porque ele seria confrontado, mais adiante, com as próprias palavras.

É o que está acontecendo. A CPI já fala em “reconvocar” o governador de Goiás, o que está produzindo um fenômeno inédito: o núcleo duro da mídia tucana, assim como fez com Demóstenes (quando não teve mais jeito), agora ameaça abandonar Perillo.

Jornalistas da Veja e da Globo que só sabem atacar o PT, de repente começam a clamar que o PSDB pare de defender Perillo e até que o expulse, caso contrário o partido cairia “na mesma vala que o PT”.

É piada, não? Segundo a Justiça Eleitoral quem está na vala não é o PT, mas o DEM e o PSDB, dois dos partidos com maior índice de cassação de mandatos por corrupção dos que elegem. Muito acima, aliás, do PT, que ostentava, no último dado divulgado, a 10ª colocação.

Esses movimentos desses “colonistas”, assim, são uma péssima notícia para Perillo. Sua expulsão do PSDB significaria estar a dois passos da cassação de seu mandato de governador com as conseqüências todas que isso encerra, tal como perda de foro privilegiado.

Contudo, há um fator que embaralha todo o previsível. Note-se que esses jornalistas do PIG que já começam a pedir a cabeça de Perillo estão atacando o PSDB mais do que o normal, do que se depreende que o partido pode receber um baque logo, logo.

Uma possibilidade: Perillo fez voarem por aí ameaças de retaliação ao PSDB caso este o “abandonasse ferido na estrada”. E, à época, o partido afinou e cerrou fileiras em torno dele.

Outra possibilidade: o silêncio de Serra, que nem parece estar em campanha. A CPI do Cachoeira está cada dia mais perto dele. Perigosamente perto. E poucos sabem quão perto.

Neste momento, vale lembrar as palavras do filósofo tucano Paulo Preto: “Não se abandona um companheiro ferido na estrada”. Ele sabia do que estava falando. Só não se sabe se o PIG sabe o que ele sabe. Mas, se não souber, irá descobrir.

PIG ensaia abandonar mais outro “companheiro ferido” na estrada | Blog da Cidadania

O Estado ameaçado pelos parceiros da VEJA

 

O Estado ameaçado

O caso Cachoeira já envolve medo, ameaça e, talvez, morte. O esquema não é inofensivo

21 de Julho de 2012 às 07:43

Leonardo Attuch

No dia 15 de junho, há pouco mais de um mês, o desembargador Tourinho Neto publicou uma sentença que quase colocou o contraventor Carlos Cachoeira em liberdade. “Os jogos de azar não constituem crime, e sim contravenção, um ilícito menor”, escreveu o juiz. “A prática é largamente aceita pela sociedade em geral, ainda que seja ilegal”, pontuou. Se dependesse de Tourinho Neto, não só Cachoeira estaria em liberdade, como os grampos da Operação Monte Carlo teriam sido invalidados. Cachoeira só continuou preso porque outra operação da Polícia Federal, a Saint-Michel, impedia sua libertação.
Depois disso, Andressa Morais, esposa do contraventor, concedeu entrevistas comparando seu marido a um “preso político”. Disse ainda que, por não ter cometido crime hediondo, ele já deveria estar em liberdade. Não deu certo. E há até rumores de que Cachoeira tenha escrito uma carta direta ao STF, sugerindo uma liberdade vigiada, com uma tornozeleira eletrônica.
Ocorre que a Operação Monte Carlo, a cada dia, assume ares sombrios. Responsável direto por sua prisão, o juiz Paulo Augusto Moreira Leite pediu afastamento do caso, relatando preocupação com a sua família. Depois disso, a procuradora Léa Batista, que conduziu o caso pelo Ministério Público, recebeu ameaças de um cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio, que foi preso. Agora, nesta semana, o policial Wilton Tapajós Macedo, que investigou a quadrilha, foi assassinado em Brasília. Se isso não bastasse, outro delegado que atuou em Goiás, Hylo Marques Pereira, está desaparecido.
Ainda que seja precipitado ligar a morte de Wilton Tapajós à Operação Monte Carlo, o quadro que vai se formando é preocupante. “Não estamos diante de contraventores menores, mas do crime organizado que ameaça o Estado”, tem dito o senador Pedro Taques (PDT-MT), uma das principais vozes da CPI. Ele tem razão. O jogo é muito mais do que um ilícito menor, como definiu o desembargador Tourinho Neto. E o risco que se deve evitar é o de mexicanização do País.

O Estado ameaçado | Brasil 247

19/07/2012

Cerra foge mais do Paulo Preto que do Amaury

Filed under: Carlinhos Cachoeira,CPI da Veja,José Serra,Marconi Perillo,Paulo Preto — Gilmar Crestani @ 9:39 am

Interessante essa brincadeira de espelhos tucanos: Paulo não é Preto, mas Vieira de Souza, que não é Afrodescendente, mas Paulo.

Enquanto não vem a CPI da Privataria, cujo relator será o Amaury Ribeiro Jr,  a prioridade do Cerra, hoje, é o Paulo Preto.
Mal sabe ele que o Gontijo está ali, atrás da porta.
Interessante essa brincadeira de espelhos tucanos: Paulo não é Preto, mas Vieira de Souza, que não é Afrodescendente, mas Paulo.
Todos eles trabalharam na Dersa, na jestão (?) Cerra.
Tanto faz.
Lembra muito a ministra do Supremo Ellen Grace: o Dantas não é o Dantas, mas o Dantas.
É a hipocrisia em ilimitada dimensão.
Até quando prevalecerá a inimputabilidade do Cerra ?
Leia a seção Painel da Folha (*), que recebe o Cerra com tapete vermelho (imagine …):

PSDB negocia cancelamento da convocação de ‘Paulo Preto’ em CPI

Esquadrão antibomba
O PSDB aproveita o recesso para tentar desarmar a bomba que atende pelo nome de “Paulo Preto” na CPI do Cachoeira. O partido negocia com a base aliada o cancelamento do depoimento em troca da anulação das convocações de Fernando Cavendish, da Delta, e Luiz Pagot, ex-Dnit. Outra hipótese avaliada é que o ex-diretor da Dersa encaminhe esclarecimentos por escrito. Tudo para evitar justamente o que o PT deseja: que a oitiva prejudique a campanha de José Serra.
Paiol
Já o PT rastreia no TCE e na Assembleia Legislativa documentos que comprometeriam o ex-dirigente da empresa responsável pelas obras viárias paulistas.
Quem?
Paulo Vieira Souza, que tem dito a pessoas próximas que gostaria de ir à CPI, foi orientado a não responder caso seja chamado de “Paulo Preto”, seu apelido.
(…)

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

Cerra foge mais do Paulo Preto que do Amaury | Conversa Afiada

18/07/2012

Modus Operandi d’Os Bons Amigos da Veja

Filed under: Carlinhos Cachoeira,CPI da Veja,Isto é PSDB!,Marconi Perillo — Gilmar Crestani @ 8:56 am

Juiz com medo, promotora ameaçada, policial mortoFoto: Edição/247

O magistrado Paulo Augusto Moreira Leite (esq.) pediu para deixar o caso, a promotora Léa Batista foi ameaçada e o agente Wilton Tapajós acaba de ser assassinado (dir.); até agora, este é o saldo da Operação Monte Carlo, o que revela que a PF pode ter desbaratado bem mais do que um esquema de jogos ilegais e achaques a poderosos, com apoio da imprensa

18 de Julho de 2012 às 07:47

247 – Há pouco mais de duas semanas, o juiz Paulo Augusto Moreira Leite, responsável pela prisão do bicheiro Carlos Cachoeira e de todos os seus comparsas, como os espiões Idalberto Matias e Jairo Martins, pediu para deixar a condução da Operação Monte Carlo. Estava amedrontado.

Depois disso, a Polícia Federal prendeu, em Anápolis, o cunhado de Cachoeira, Adriano Aprígio, que estaria enviando ameaças anônimas à promotora Léa Batista.

Nesta quinta-feira, com dois tiros à queima-roupa, foi assassinado o policial federal Wilton Tapajós Macedo, num cemitério em Brasília.

O que une os três personagens é o fato de terem participado da Operação Monte Carlo, a ação da policial federal de maior repercussão nos últimos anos por ter desbaratado uma quadrilha de jogos ilegais, mas também com ampla influência em todos os poderes, inclusive nos meios de comunicação.

Por ora, a polícia do Distrito Federal trabalha com a hipótese de latrocínio: roubo seguido de morte. Mas não descarta as hipóteses de queima de arquivo ou de vingança. Tido como policial exemplar, Wilton Tapajós Macedo trabalhou também em casos de pedofilia e tráfico de drogas, além da Operação Monte Carlo.

Dos presos na Operação Monte Carlo, já foram soltos os policiais Jairo Martins e Dadá, bem como o diretor Claudio Abreu, da Delta, e o ex-vereador Wladimir Garcez. Cachoeira quase saiu da prisão por decisão do desembargador Tourinho Neto, do TRF, que resumiu o caso a um esquema de jogos, amplamente tolerado pela sociedade brasileira.

Após a prisão do cunhado de Cachoeira, que vinha ameaçando a promotora Léa Batista, Tourinho Neto foi duramente criticado pelo senador Pedro Taques (PDT/MT). “Como fica agora o desembargador Tourinho Neto?”, indagou Taques, da tribuna do Senado. “Estamos diante do crime organizado, que ameaça servidores públicos”.

Juiz com medo, promotora ameaçada, policial morto | Brasil 247

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