EBC vai voltar a comprar conteúdo da Globo
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Sob o comando de Laerte Rimoli, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai voltar a comprar conteúdo produzido pela rede Globo, em detrimento do investimento na produção própria; a prática tinha sido abolida durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff
4 de Novembro de 2016 às 05:39 // Receba o 247 no Telegram
247 – No governo Temer e sob o comando de Laerte Rimoli, a EBC (Empresa Brasil de Comunicação) vai voltar a comprar conteúdo produzido pela rede Globo, em detrimento do investimento na produção própria. A prática tinha sido abolida durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, informa a Coluna do Estadão.
Confira a nota:
“A EBC decidiu comprar conteúdo da TV Globo, retomando uma política abandonada na gestão petista. Justificativa é que a programação é mais barata e de qualidade. O presidente da EBC, Laerte Rimoli, esteve no Rio para encontro na emissora. "
04/11/2016
Os grupos mafiomidiáticos engordam os patos, com ajuda da FIESP, para depois come-los
18/04/2016
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Por trás deste amontoado de “agás” se esconde a frase em alemão “Himmlers Hirn heisst Heydrich, «o cérebro de Himmler se chama Heydrich».
A carreira de Eduardo CUnha, no estado sede da Rede Globo, é tão longeva quanto suas ligações com a malversação do dinheiro público. Ganhou notoriedade quando da parceria com PC Farias. Foi, digamos assim, um aprendizado, com pós-graduação na obtido na Telerj, a CRT carioca. Lá, como cá no RS, a primeira e única obra do PMDB foi entregar as companhia telefônica para grupos internacionais.
A lógica, desde sempre vendida pela RBS e Rede Globo, é que a iniciativa privada faz mais e melhor. Ora, então porque entregaram para empresas públicas da Espanha (Telefônica) e Itália (Telecom)? Nem serve de disfarce a entrega da CRT, de mão beijada, ao consórcio RBS & Telefônica, até porque a RBS é uma concessão pública…
Esta mesma lógica é que patrocina o evento golpista comandado por Eduardo CUnha. Por baixo do verniz que a Globo vende aparecem as digitais de cleptocracia nacional. Aliás, nada poderia ser mais emblemático na entrega do Estado à cleptocracia do que um processo comandado por alguém com a maior e mais longeva ficha corrida em lavagem de dinheiro. Assim como a máfia siciliana comprou a Forza Itália nortista, para poupar seus deputados sulistas da ligação direta, a FIESP compra, via Eduardo CUnha, o “somos todos CUnha” no analfabetismo político e no Congresso.
O poder do Eduardo CUnha também passa pela sua blindagem no MPF, PF e se consolida, devido ao medo da Rede Globo, com os Pôncio Pilatos do STF.
Na Rede Goebbels a campanha difamatória contra a esquerda e qualquer política social (vide “Não somos racistas”), é serventia da casa. A construção do ideário golpista está no DNA da Rede Globo. O amestramento deu certo devido ao espírito de manada de uma massa de brasileiros que a assiste bovinamente. O resto, como o dinheiro faz. A frase do Eliseu Rima Rica é emblemática do divórcio patinhos x cleptocratas: "Nós temos aviões para buscá-los". O poder econômico, mais uma vez, quer fazer o povo pagar o pato. Não por acaso a Lava Jato já começa a vazar documentos que a tornam nula. Será fácil ao consórcio Temer & CUnha provocar a Queda da Bastilha, digo, o Castelo de Areia da Lava Jato.
E assim, com Michel Temer e Eduardo CUnha nasce, sob a bandeira da Rede Globo, Terceiro Reich tupiniquim.
O primeiro foi em 1954, que culminou com o suicídio de Getúlio Vargas. O Segundo Reich foi instalado, também sob os auspícios da Rede Globo (veja Editorial), em 1964, e durou 21 anos. A obra mais marcante deste período foi a prisão, tortura, estupro e esquartejamento de quem quer suspeitassem. A ditadura só era democrática na escolha das vítimas. Não distinguia em sexo, idade, raça, cor ou dinheiro. Não importava se fosse criança (Araceli), jovem (Wanda) ou mesmo deputado (Rubens Paiva). Bastava o desejo de sexo ou morte e a vítima poderia ser qualquer um.
O papel desempenhado pela Rede Globo no golpe em construção tem todos os cromossomas na doutrina hitlerista. A implantação e, principalmente, a consolidação da Alemanha Nazista deu-se com a construção prévia, via Goebbels, da campanha cujo objetivo era provocar o ódio. A marca de ódio implantado pela Rede Globo está tatuada na face dos “camicia gialla”…
Himmler era uma espécie de Eduardo CUnha, cujo cérebro é a Rede Globo. A Rede Globo cumpriu, com as Marchas dos Zumbis, a distribuição providencial de estatuetas, o mesmo papel das SS. Mas nada poderia ser mais próximo da o nazismo do que Os Carrascos Voluntários do Golpe Paraguaio no Congresso Pralamentar.
“A propaganda consiste em forçar uma doutrina nos povos inteiros. A propaganda atua na sociedade, no ponto de vista de uma ideia e fá-las maduras para a vitória desta ideia”. – Hitler, no Mein Kampf.
31/03/2016
Fiesp patrocina pirataria
Uma sociedade composta por varões fake só pode ter pato por mascote. A FIESP, que também patrocinou a Operação Bandeirantes – OBAN, agora também vende a imagem ao seus patinhos de que, no jogo do Golpe Paraguaio, tudo é permitido, inclusive praticar a pirataria. Não, não estou decepcionado. Decepcionado estaria se eu acreditasse no golpismo de nossa elite com Complexo de Vira-Lata. O uso de um pato holandês diz muito sobre a mentalidade e a criatividade do Federação das Indústrias de São Paulo. Nossos impolutos empresários querem sempre uma empresa já construída pelo Estado. Não desenvolvem uma Petrobrás, querem que o Estado lhes entregue de graça, como fez com a Vale do Rio Doce.
O exemplo gaúcho, que conheço melhor, ajuda a entender o método da FIESP. No RS, os sucessivos ventríloquos da RBS que chegaram ao Piratini sempre defenderam o Estado Mínimo e o lucro máximo da RBS. O ápice desta estratégia foi a eleição do cavalo paraguaio. A RBS apostou todas as fichas naquele que abria o Jornal Nacional com a fatídica frase: “Senhores, trago-vos boas notícias, Tancredo ainda não morreu”. E Tancredo sendo embalsamando no Sara Kubitschek enquanto ajustavam a Faixa Presidencial no já então embalsamado Sarney. Pois bem, com o aval dos grupos mafiomidiáticos nacionais, Antonio Britto foi ungido, embalsamado e preparado para assumir o Brasil a partir do RS. A decadência proposital da empresa de telefonia gaúcha serviu de escada para o início da entrega das empresas desenvolvidas pelos Estados Brasil afora. Foi assim que, como por milagre, a CRT caiu nos braços da famiglia Sirotsky. Poderia ter sido pior se a Telefonica de Espanha não tivesse passado a perna da RBS.
A qualidade destes grupos empresariais depende do grau de capacidade em corromper servidores e órgãos públicos. A Lista Odebrecht é a prova disto. Estão lá os que fizeram, mediante corrupção, a grandeza da Odebrecht. Hoje mesmo mais está sendo colhida mais uma Safra de corruptores. O que é a Lista Falciani do HSBC senão o encontro dos arautos da privataria com seu finanCIAdores na lavanderia?! O que é a Operação Zelotes senão a reunião da fina flor dos corruptores gaúchos (Gerdau, RBS – sempre ela!) com os corrompidos do CARF?! E nem vamos falar em outras operações made in RS, como a Leite Compensado, a Pavlova, Ouro Verde(Portocred). São todas operações envolvendo a fina flor do Macarthismo Gaudério…
Que coincidência, a principal avalista e propagandista do Golpe, a Rede Globo, é, mesmo tempo, segundo a Revista Forbes, a mais rica e, também, a maior sonegadora. O FBI sabe, mas por aqui a capitã-mor da sonegação captura se se salva mediante a farta distribuição de estatuetas… Pelas mesmas razões, a CBF que patrocina a marcha dos zumbis, tem todos seus ex-presidentes sem poderem por os pés nos EUA. Aqui no Brasil, se a Rede Globo não “denunciar” no Jornal Nazional Socialista, não existe.
Quer saber quem é golpista basta ver quem são os finanCIAdores do golpe! Quem anuncia em veículo golpista é o que se não golpista! O Banco Itaú, que sempre patrocina a nata da corrupção, hoje passa a contar com a parceria do Banco Safra…
O tempora, o mores! E como não poderia ser diferente partindo de grupos golpistas, a Federação que deveria zelar pela honestidade nas relações comerciais, inclusive para não prejudicar seus representados, utiliza-se de produto pirata. A desfaçatez dos que condenam as políticas de inclusão social, por meio das cotas, tem sua maldade revelada por inteiro nas bilionárias transações de captura de agentes públicos (CARF).
Fiesp vai ter de pagar o pato a artista holandês de quem roubou o o pato gigante
Por Fernando Brito · 30/03/2016
Da BBC, agora há pouco, reportagem de Ricardo Senra:
O artista plástico holandês Florentijn Hofman acusa a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) de plagiar, em sua campanha contra aumento de impostos chamada “Não vou pagar o pato”, a obra Rubber Duck(ou pato de borracha), exposta em São Paulo, em 2008, e em cidades como Amsterdã e Hong Kong.
A BBC Brasil entrou em contato com a fábrica de Guarulhos (SP) que produziu a obra para o artista holandês em 2008 e descobriu que se trata da mesma que tem produzido os patos em contrato com a Fiesp.
Denilson Sousa, dono da Big Format Infláveis, reconheceu que empresa produziu os dois patos e disse que a Fiesp enviou uma foto da obra do artista como “referência”, mas que “nem sabe mais se tem o projeto de Hofman”.
À BBC Brasil, a equipe de Hofman afirmou que a Fiesp transformou o projeto artístico original em uma “paródia política” e que o uso do desenho é “ilegal” e “infringe direitos autorais”.
Como, por óbvio, não foi a fábrica de infláveis que “teve a ideia” da campanha, fica evidente que algum marqueteiro da Fiesp viu trabalho e “meteu a mão” não apenas na ideia, mas nos moldes do holandês.
Ou seja, além de não pagar pelos direitos do artista, sequer o consultou sobre o propósito com que ia usá-lo.
No meu tempo isso era crime e quem praticava crime era criminoso.
E. além do mais, para ficar diferente ou em homenagem àqueles que querem enganar com sua campanha pelo golpe, tiraram os olhos do patinho. Ceguinho, coitado, não pode ver que está sendo usado para enganar os “patos”.
19/12/2015
Pecunia non olet; sed Aécio, olet
Enquanto a Vasa Jato mantém sua obsessão pela caçada ao Grande Molusco, o latim deita e rola nas esferas golpistas.
Como não lembrar, diante das altas cifras que correm pelas altas esferas, que foram exatamente estas personagens que mais duramente combateram a CPMF? Michel Temer, Eduardo CUnha, Rede Globo, Folha, Veja, Estadão, RBS, Marcola, Fernandinho Beira-Mar, famiglia Perrella, Aécio Neves, Marco Feliciano, Silas Malafaia lutaram bravamente contra a CPMF. Claro, e eles não o fizeram sem motivo. Se houvesse CPMF, esses milhões roubados e traficados pagariam CMPF. E com a migalha da CPMF poder-se-ia ter um sistema de saúde ainda melhor. São da mesma turma dos impostores do impostômetro. Não existiria Michel Temer sem uma FIESP sonegadora e golpista. Nem Marcola e seu PCC, contra quem a FIESP não se levanta. Por quê?! Por que a FIESP não financia uma companha contra o narcotráfico? Simples, ninguém dá tiro no próprio pé.
Todo cidadão que quer ver e viver numa sociedade mais justa deveria lembrar, ao lembrar do que se opõem a CPMF, outra contribuição do Imperador Vespasiano “Pecunia non olet”…
O latim do Temer – II: Simia spectat tuo cauda.
Por Fernando Brito · 19/12/2015
Prezado Vice-Presidente Michel Temer,
Tomo liberdade de escrever esta humilde cartinha, a segunda, de novo inspirado no seu amor pelo latim, expresso na carta que o senhor enviou a Dilma Rousseff e tanto furor causou com aquele “verba volant, scripta manent” com que ela se inicia.
Dada a sua erudição, hoje facilmente compensada pelo tradutor do Google, tomo a liberdade de repetir na língua de Virgílio o que eu, garoto, muitas vezes ouvi em português, da minha velha avó, lá no IAPI de Realengo.
Simia spectat tuo cauda.
Como seu latim é bom, ao contrário do meu, traduzo apenas para os que não compreenderam:
Macaco, olha o teu rabo….
Pois é…
Agora que encontraram no celular de Eduardo Cunha a mensagem de que uma doação de R$ 5 milhões feita ao senhor – ou por seu intermédio – furou a fila das verbas destinadas pela empreiteira OAS para a “turma” – está escrito assim na mensagem – do PMDB, como é que fica o seu afetado ascetismo?
Ninguém, claro, o acusa de ter o animus furandi, a intenção de roubar, até porque auctori incumbit onus probandi, quem acusa tem a obrigação de cobrar, como se dizia antes do “neodireito” do Dr. Sergio Moro, que dispensa estas formalidades.
Mas o senhor certamente conhece a cítara Accusans debet esse melior accusato, que significa que quem aponta o dedo aos defeitos alheios deve ser melhor do que o acusado.
E como fica agora o senhor, que sabe que o dinheiro da política vem das empresas, mas que não se peja em servir-se da hipocrisia de que só um partido o faz, quando o seu também faz e, como indica a mensagem, o senhor também faz?
Acta, non verba, Dr. Temer, atos e não palavras servem para avaliar as pessoas.
Se o senhor intermediou uma doação empresarial para seu partido, se Eduardo Cunha era o “contador” que zelava para que não se “furasse fila” na caixinha, certamente está degraus abaixo da integridade moral de daquela que vem buscando derrubar, servindo-se da “onda” que se faz com aquilo que, sabe o senhor, é mais antigo na política que a Sé de Braga.
Talvez seja, aliás, por isso que suas funções fossem decorativas, para evitar que tais práticas pudessem interferir na administração partidas nada mais, nada menos, que do segundo da República.
Mas a sua carta, Dr. Temer, é já prevista no Corpus Juris Civilis, com que Justiniano lançou, desde Constantinopla, há um milênio e meio, as bases do civilismo: Acta simulata veritatis substantiam mutare non possunt, os atos simulados não podem mudar a essência da verdade.
E a verdade essencial é que seus atos, como a carta, são movidos e estão impregnados pela traição e pela ambição.
Como, na Roma de Vespasiano, escreveu Caio Tácito: Acribus initiis, incurioso fine.
Quando os princípios são ruins, são desgraçados os seus fins.
24/09/2014
FIESP troca Maluf por Marina
Marina troca o ovo da sua mãe pelo da FIESP!
Nada mais sintomático do que aquela instituição cujo ex-presidente, Mário Amato, chegou a declarar que se Lula “Se Lula for eleito, 800 mil empresários deixarão o País”. Lula venceu e o número de empresários aumentou. Só “saíram” aqueles que Gilmar Mendes concedeu habeas corpus…
Agora, mais uma vez aquela entidade empresarial, para se opor à candidata dos trabalhadores apoia a candidata do agronegócio e dos banqueiros. Na Classe A+ Marina tem 100%, desde os donos das velhas mídias, aos banqueiros e agora ao empresários da FIESP.
O apoio escancarado da Rede Globo, sabe se lá a troco de quê, também não deve ser desprezado sobre o que poderia significar um governo Marina. A Globo já saudou, em editorial, a chegada da ditadura. Ela, se isso lhe fosse proveitoso, também saudaria a eleição de Marina, não só em editorial, mas em suas contas bancárias.
Ingmar Bergman fez um filme primoroso para explicar a ascensão do nazismo: “O ovo da serpente”. A trajetória e a retórica entre Marina e Hitler se assemelham. Nada dos outros presta, por todos os lugares por onde passa faz terra arrasada, se a$$oCIA a o que é de mais atrasado. A retórica do ovo por quem mora na Av Paulista em apartamento cedido por empresário do agronegócio, já condenado por trabalho escravo, é um acinte. Prometer Banco Central independente por que o Banco Itaú a banca não é outra coisa que senão a promessa de desmatamento das ideias e dos ideais. Ao abandonar o Acre colhe dos acreanos um forte rejeição nas urnas. Não é também sintomático que o irmão de Darli Alves da Silva, que matou Chico Mendes, apoie Marina, e que a filha de Chico Mendes não vote em Marina?! Por que nos Estados natais de Marina e Aécio os rejeitem eleitoralmente? Por que Silas Malafaia manda mais em Marina que nos próprios negócios de sua igreja? Por que, para Marina, é mais fácil explicar o que acontece na Petrobrás mas tão difícil de explicar as 100 viagens no jatinho fantasma do PS(d)B e do Eduardo Campos… Por que Marina ser arvora em ser o “novo na política” mas se cerca do que há de mais atrasado, desde Heráclito Fortes, famiglia Bornhausen, Silas Malafaia, Pedro Simon, Ana Amélia Lemos…
O pior de um ser humano e renegar suas origens, esquecer de seu passado, e se bandear de mala e cuia para os lados dos maiores responsáveis pelos atrasos do Brasil! Por que Marina só condena o partido dos trabalhadores, mas não condena a FEBRABAN, a UDR, o agronegócio, a CIA e os Grupos MafioMidiáticos. Por que Marina sempre vai com as outras?! Por que quanto maior é o tempo de exposição Marina só aumenta em rejeição? Por que Marina sempre volta atrás no que diz, como num samba do crioulo doido?
Oremos, porque, diante destes apoios, se Marina ganhar o trabalhar escravo vai ser seu lema de governo!
Presidente da Fiesp diz que Marina é ‘boa opção para o Brasil’
Em entrevista ao SBT, Steinbruch afirma que Dilma é centralizadora e fechada em si mesma
DE SÃO PAULO
O empresário Benjamin Steinbruch, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), considera a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, "uma boa opção para o Brasil andar para a frente."
Já a presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, é classificada por ele de centralizadora, "fechada em si mesma" e alguém que "se distancia da realidade".
As opiniões de Steinbruch foram manifestadas em entrevista ao SBT que foi ao ar nesta terça-feira (23).
Foi a segunda manifestação de um empresário de peso favorável a Marina em menos de um mês. O primeiro foi o banqueiro Roberto Setubal, que disse ver "com naturalidade" a eleição de Marina, durante a festa de 90 anos do Itaú Unibanco.
Ao avaliar as chances dos principais candidatos à Presidência, Steinbruch disse que Dilma é favorita "por ser presidente e ter a máquina do governo à sua disposição".
Sobre a candidata do PSB, afirmou que tem "substância" e é "consistente", por ter resistido a "12 minutos de bombardeio do PT, mais 6 minutos de bombardeio do PSDB e se defendeu com 2 minutos do PSB [no horário eleitoral de rádio e TV]".
O empresário não mostrou muita fé numa reação do senador Aécio Neves (PSDB), terceiro colocado nas pesquisas de intenção de votos. "Tinha uma boa oportunidade. Foi atropelado, como todos, por uma onda. Ainda não terminou. vamos ver qual é o final da história."
Dono da siderúrgica CSN e colunista da Folha, Steinbruch fez várias críticas ao governo durante a entrevista. Disse que a gestão petista gasta dinheiro de forma desordenada, vai mal na condução da economia e não tem política industrial.
Steinbruch disse também que o país está à beira de uma recessão, com desemprego crescente, e criticou a atuação da Receita Federal, que na sua visão aplicaria autuações desproporcionais às empresas.
ATRITOS
O empresário discute com o fisco uma autuação de R$ 4 bilhões aplicada à CSN, por supostamente ter deixado de pagar impostos sobre os ganhos na venda de parte de uma mineradora em 2008. A siderúrgica recorreu.
Sobre Dilma, afirmou que a presidente "trabalha duro, quer acertar". Mas que por ser muito "dura com as pessoas, inibe aqueles que a cercam de falar a verdade ou de levar os problemas".
Steinbruch e Dilma já tiveram atritos por causa da Transnordestina, ferrovia de 1.700 quilômetros projetada para começar no sertão do Piauí e cortar três Estados até chegar ao litoral de Ceará e Pernambuco.
Dona da concessão, a CSN atrasou a obra e irritou Dilma, que enxergava na demora uma tentativa de pressionar o governo a rever pontos do contrato. No ano passado, o governo fez concessões e a operação ficou mais parecida com o que a CSN pedia.
02/06/2014
Para FIESP e deficientes mentais, não havia corrupção na ditadura
Aproximação da Fiesp com militares estimulou negócios
Indústrias se organizaram para vender às Forças Armadas, dizem documentos achados na Escola Superior de Guerra
Grupo criado para apoiar o golpe de 1964 mobilizou empresas para possibilidade de guerra civil no Brasil
RICARDO MENDONÇADE SÃO PAULO
Um conjunto de documentos dos anos 70 arquivados na ESG (Escola Superior de Guerra) mostra que a união dos empresários paulistas com os militares nos preparativos do golpe de 1964 ajudou a estimular negócios para as empresas nos anos seguintes.
A conclusão surge da leitura das transcrições de palestras que os próprios industriais ministraram na ESG entre 1970 e 1976, material obtido pela Folha na instituição.
Tudo começou poucos dias após o golpe, quando a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) criou um órgão de apoio aos militares em seu próprio interior.
A iniciativa era de industriais que diziam ter ajudado com dinheiro e equipamentos na derrubada do governo João Goulart, ação que resultou em 21 anos de ditadura.
Subordinado à presidência da Fiesp, o órgão foi batizado de GPMI (Grupo Permanente de Mobilização Industrial). Seu objetivo era converter a indústria paulista em fornecedora de material bélico, caso grupos de esquerda reagissem contra o golpe e deflagrassem uma guerra civil.
Numa apresentação feita em 1972, o então presidente da Fiesp, Thobaldo De Nigris, explicou que cabia ao GPMI planejar a "implantação do maior número de fábricas capazes de, no menor prazo industrialmente possível, produzirem os artigos de que necessitará o país na hipótese de uma mobilização geral".
Uma siderúrgica precisava estar preparada para fabricar aço para granadas de artilharia ou morteiros, exemplificou. Uma tecelagem, apta para, com rápidos ajustes, fornecer levas de uniforme verde-oliva. E assim por diante.
Não houve reação ao golpe de 1964, e a guerra não aconteceu. Mesmo assim, o GPMI foi mantido pela Fiesp e passou a ter como tarefa a organização da participação de indústrias paulistas nas concorrências das Forças Armadas.
O grupo recebia os pedidos dos militares, encaminhava as demandas aos sindicatos das indústrias capazes de entregar a encomenda e fazia o contato entre o comprador e as empresas escolhidas para fornecer às Forças Armadas.
Em sua fundação, semanas após o golpe de 1964, o GPMI era composto por dez representantes da elite do empresariado e 11 militares.
Entre os civis estavam Raphael Noschese, presidente da Fiesp, De Nigris e Mário Amato, empresários que assumiriam a presidência da entidade nos anos seguintes.
No time dos militares, os mais destacados eram o major brigadeiro Márcio de Souza Melo, que depois foi ministro da Aeronáutica no governo Castello Branco, e o general Edmundo Macedo Soares e Silva, ex-governador do Rio e depois ministro da Indústria do governo Costa e Silva.
Arquivos do jornal "Correio da Manhã" mostram que já em 1966 o industrial Vitório Ferraz, o primeiro presidente do GPMI, trabalhou com militares pela instalação de uma fábrica de aviões no Ceará. Ele falava em investimentos de até Cr$ 40 bilhões (cerca de R$ 440 milhões hoje).
Em 1967, o GPMI encaminhou uma intenção de compra de navios pela Marinha.
ORGULHO
Numa exposição na ESG em 1970, Ferraz afirmou que "até hoje orgulha-se o GPMI de dizer que todas as solicitações feitas foram atendidas".
Na palestra de 1972, De Nigris disse que o GPMI havia encaminhado 61 concorrências das Forças Armadas em 1970 e 66 no ano seguinte.
O empresário mencionou como bom exemplo do intercâmbio com os militares a venda de 10 mil unidades da "primeira ração racional de combate totalmente brasileira, com duração de seis meses, à prova de água e totalmente balanceada".
A primeira década da ditadura instalada pelo golpe de 1964 foi um período de expansão dos gastos militares. Até 1964, essas despesas não passavam de 1,7% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 1970, elas bateram um recorde e alcançaram 2,5% do PIB.
Em 1973, o empresário Quirino Grassi propôs na ESG a criação de um fundo com contribuições de cada ministério militar para facilitar os negócios com o setor privado. Ele também pediu incentivos fiscais para "indústrias consideradas mobilizáveis".
Já era, porém, o início de um período de esfriamento nas relações dos militares com os empresários. Em 1974, depois do primeiro choque do petróleo, as despesas totais das Forças Armadas despencaram para 1,3% do PIB.
O governo Ernesto Geisel, a partir de 1974, foi o momento em que parte do empresariado começou a se distanciar do regime, lembra o historiador Marco Napolitano, professor da USP. Em 1979, os gastos das Forças Armadas ficaram abaixo de 1% do PIB.
Veja a íntegra dos documentos da ESG
folha.com/no1463425
23/12/2013
22/12/2013
23/11/2012
Mega quadrilha: FIESP, Mário Amato, OBAN, Cidadão Boilesen
Comissão acusa agentes da ditadura por cinco mortes
Grupo que investiga período militar divulgou ontem seus primeiros textos
Documento elaborado por Claudio Fonteles liga Fiesp à produção de armas para militares que derrubaram Goulart
RUBENS VALENTEMATHEUS LEITÃODE BRASÍLIA
O coordenador da Comissão da Verdade, Claudio Fonteles, divulgou ontem textos que acusam 11 agentes do Estado, militares e civis, pela morte sob tortura de cinco militantes de esquerda durante a ditadura militar (1964-1985).
Com base numa análise de três peritos da Polícia Civil de Brasília que colaboram com a comissão, ele também afirmou que o guerrilheiro Carlos Marighella (1911-1969) foi morto sem esboçar reação ou tentar pegar sua arma, ao contrário da versão oficial.
Ele atribuiu a responsabilidade pela morte ao general Milton Tavares (1917-1981), ex-chefe do CIE (Centro de Informações do Exército): "De tudo, resta claro que Marighella foi eliminado por agentes públicos do Estado, sob a supervisão do general Milton".
Fonteles divulgou ontem, no site da comissão, 11 textos sobre episódios diversos da ditadura. É a primeira vez que a comissão torna públicos textos produzidos por algum de seus integrantes. Para Fonteles, a intenção é "abrir amplo espaço de diálogo, visando enriquecer essa pesquisa inicial com sugestões e críticas".
Os principais documentos citados por Fonteles já foram objeto de reportagens jornalísticas, estudos acadêmicos e livros. Com seus textos, ele antecipa conclusões que a comissão poderá vir a adotar.
Ele afirmou que o metalúrgico Manoel Fiel Filho (1927-1976), o militante da ALN (Ação Libertadora Nacional) Joaquim Câmara Ferreira (1913-1970), o padre Antônio Henrique Pereira da Silva Neto (1940-1969), o engenheiro Raul Amaro Nin Ferreira (1944-1971) e o sargento da Aeronáutica João Lucas Alves (1935-1969) morreram sob tortura por agentes do Estado.
No caso de Câmara Ferreira, cita o envolvimento do delegado Sérgio Paranhos Fleury, do extinto Dops (Departamento de Ordem Política e Social) de São Paulo.
Fonteles disse que agentes e médicos legistas encobriram a morte de Aldo de Sá Brito Souza Neto (1951-1971), da ALN. Documento citado por Fonteles diz que quando a família foi reclamar o corpo, militares afirmaram que Aldo estava vivo, e mostraram o corpo de outra pessoa.
Fonteles disse ainda que houve obstrução do Ministério da Justiça na apuração da morte do padre Silva Neto.
ARMAMENTOS
Em outro texto, Fonteles relacionou a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) à produção de armas para o movimento de militares que derrubou o presidente João Goulart, em 1964. Fonteles citou relatório confidencial produzido pelo SNI (Serviço Nacional de Informações), hoje sob guarda do Arquivo Nacional, que descreve a criação do GPMI (Grupo Permanente de Mobilização Industrial) no dia 31 de março de 64, data do golpe militar.
Tal órgão, segundo o documento, teve a função de "fornecimento de armas e equipamentos militares aos revolucionários paulistas". Procurada pela Folha, a Fiesp não havia se manifestado até a conclusão desta edição.
Fonteles apontou: "Portanto, a Fiesp na data mesma da eclosão do golpe militar, que em nosso país redundou no Estado ditatorial-militar, celebrou ‘a primeira tentativa de união industrial-militar’, sob o fundamento de que ‘não é possível existir qualquer poderio militar sem uma indústria que faça esse poderio’".
A tese não é inédita e foi abordada em estudos acadêmicos sobre as relações entre os militares golpistas e setores da sociedade civil.
Um total de 75 documentos produzidos pelo GPMI está hoje sob guarda da PUC (Pontifícia Universidade Católica) de São Paulo.
04/11/2011
A corrupção e a tartaruga de Alice
Marcos Coimbra – mcoimbra@br.inter.net
Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi. Também é colunista do Correio Braziliense.
03.11.2011 11:54
A corrupção e a tartaruga de Alice
A mídia brasileira não hesita no emprego de sua peculiar aritmética. Foto: Gildo Lima/AE
Em uma das passagens mais conhecidas de Alice no País das Maravilhas, a heroína entabula um diálogo com a Falsa Tartaruga, um ser melancólico, sempre triste por ter deixado de ser uma tartaruga de verdade.
A alturas tantas, a tartaruga relembra os dias na escola e as matérias que estudara: “Reler e escrevinhar, é claro (…) e os diferentes ramos da aritmética: Ambição, Distração, Enfeiamento e Escárnio”. Quando a menina lhe pede que explique o que quer dizer o terceiro, ela responde: “Você sabe o que é embelezar, imagino (…) então você sabe o que é enfeiar”.
A mídia conservadora brasileira é uma espécie de Falsa Tartaruga. Ela não hesita no emprego de sua peculiar aritmética de enfeiar, confundir e escarnecer.
Sua proeza mais recente é a fabricação de uma conta sobre o tamanho da corrupção no Brasil, seguida de sua difusão maciça. Faz como ensinava um famoso propagandista alemão: para transformar uma mentira em verdade, é preciso repeti-la mil vezes.
Hoje, ela fala em 85 bilhões de reais anuais, como se pode ver na capa da principal revista da direita nativa. Ontem, eram 70 bilhões. Amanhã, sabe-se lá. E não importa. O relevante é trombetear uma cifra que impressione, qualquer que ela seja.
A mídia conservadora pega o número e o põe nas manchetes, na boca de comentaristas televisivos, em suas “análises”. Ficam todos compungidos com o tamanho do problema. Como se não fosse ela mesma que lhe deu a dimensão que tanto a assusta.
Tudo começou com a divulgação de um estudo do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp, que tinha a intenção de estimar os “custos econômicos da corrupção” no Brasil. Como passou a ser referência, vale a pena entender o que fizeram seus autores.
Seu ponto de partida foi usar de forma questionável algo banal, os estudos sobre percepção de corrupção, que perguntam a determinado público se acha que ela existe e se seria grande ou pequena. Como as respostas decorrem de impressões, o resultado, óbvio, é subjetivo.
Se, por exemplo, a mídia estiver falando muito do assunto, os entrevistados podem imaginar que a corrupção aumentou, sem que tenha crescido um só milímetro objetivamente. Vice-versa, podem achar que diminui enquanto cresce.
O que o estudo da Fiesp fez de mais condenável foi usar uma medida de percepção da corrupção para inferir seu custo real. Inovaram, fazendo algo que, mundo afora, ninguém faz.
Um problema adicional da metodologia é a fragilidade de suas bases de dados. Para chegar à “corrupção percebida”, a fonte são avaliações de técnicos -estrangeiros (vinculados, tipicamente, a empresas de cálculo de risco), somadas a alguns poucos e modestos estudos com empresários brasileiros. Exemplificando: o Fórum Econômico Mundial faz, em média, 98 entrevistas por país; o Institute for Management Development, 83. Qualquer um vê que seu tamanho é insuficiente.
São pesquisas que usam questionários autorrespondidos, o que as complica ainda mais. Quando a Transparência Brasil quis fazer algo parecido, convidou 4 mil empresas, mas obteve apenas 76 respostas. Como imaginar que essas 0,019% sejam representativas, se foram só elas que quiseram participar?
Os técnicos da Fiesp utilizaram o Índice de Percepção da Corrupção (IPC), calcula-do pela Transparência Internacional para 180 países, e resolveram inventar (verificaram que o Brasil melhorou de 1996 para 2009, mas preferiram deixar isso de lado).
O IPC brasileiro, em 2009, era 3,7 (em uma escala que chega a 10, que significa zero de corrupção percebida). E se nosso índice fosse maior, se a percepção fosse menor?
Mas quanto? Talvez achando que suas especulações pareceriam mais “científicas”, escolheram 12 países a esmo para calcular seu IPC médio. Ficaram, sabe-se lá por que, com Coreia do Sul, Costa Rica, Japão, Chile, Espanha, Irlanda, Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Canadá, Cingapura e Finlândia.
Se a corrupção percebida no Brasil fosse igual (por alguma razão misteriosa) à média desses países, nosso IPC iria para 7,45. E daí? Iria para menos se substituíssemos a Finlândia pela Holanda, “mais corrupta”. Para mais, se trocássemos a Espanha pela Eslovênia, “menos corrupta”. E daí?
Daí vem a prestidigitação do estudo da Fiesp. Tomaram um modelo neoclássico de crescimento econômico e resolveram torná-lo “sensível ao índice de percepção da corrupção”. Para isso se deram ao direito de modificar o modelo (sem dizer como) para “incluir os efeitos da corrupção sobre o crescimento de longo prazo do produto per capita” (embora continuassem a falar, somente, de percepções).
Se, então, nosso IPC fosse 7,45 e se o modelo que inventaram fosse verdadeiro, o produto per capita brasileiro seria 1,36% maior ao ano, entre 1990 e 2008. Como o IPC real é menor, teria havido, nessa lógica estranha, um “prejuízo” (o “custo da corrupção”) de 41,5 bilhões de reais anuais.
E se o IPC brasileiro fosse 10? Se ne-nhum dos empresários ouvidos achasse que há qualquer tipo de corrupção no Brasil? Se fôssemos o único país do mundo com esse índice (melhor que o da Dinamarca, o “menos corrupto”)?
Aí o “prejuízo” de ter o IPC de 3,7 seria maior. Chegaria a 69,1 bilhões de reais anuais (a preços de 2008), que nossa mídia arredondou para 70 bilhões.
E assim se explicam os números que andam por aí: pesquisas limitadas, metodologias discutíveis, inferências sem fundamento. Eles não dizem simplesmente nada.
Se alguém quiser um exemplo melhor da aritmética da Falsa Tartaruga, vai ter trabalho. Faz tempo que não vemos uma discussão tão sem pé nem cabeça. •