Ficha Corrida

22/02/2016

FHC e Aécio não têm amigos

Quem tem amigo é Lula, por isso sou amigo do grande molusco. A caçada ao nine (nove dedos) equivale à queima das bruxas da Inquisição. Só mentes obtusas e desvairadas pelo ódio cego para não perceberam tamanho pesos e medidas.

Lobista foi marqueteiro informal de FHC em 94

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Fernando Lemos, cunhado de Mirian Dutra, ex-amante de FHC, não fazia apenas o contato entre ela e o tucano; segundo a colunista Mônica Bergamo, ele era também conselheiro de FHC e chegou montar equipe paralela de marketing na campanha dele à Presidência em 1994; ‘Lemos, que morreu em 2012, contratou o marqueteiro espanhol Carlos Pedregal para ser uma espécie de ombudsman do marketing de FHC. Ele falou tão mal do trabalho da equipe, comandada por Nizan Guanaes, que os dois tiveram briga "com direito a cadeiradas"’

22 de Fevereiro de 2016 às 05:59

247 – O jornalista Fernando Lemos, cunhado de Mirian Dutra, ex-amante de FHC, não fazia apenas o contato entre ela e o tucano. Segundo a colunista Mônica Bergamo, ele era também conselheiro de FHC e chegou montar equipe paralela de marketing na campanha dele à Presidência em 1994:

‘Lemos, que morreu em 2012, contratou o marqueteiro espanhol Carlos Pedregal, considerado "bruxo", para ser uma espécie de ombudsman do marketing de FHC. Ele falou tão mal do trabalho da equipe, comandada por Nizan Guanaes, que os dois, segundo relato da Folha na época, tiveram briga "com direito a cadeiradas"’, diz ela.

De acordo com a jornalista, a gota d’água, segundo lembrança de profissional do grupo, foi quando Pedregal viu um dos anúncios da campanha de TV de FHC e perguntou: "Mas o que é essa pelota azul no meio desse pano?". Era simplesmente a bandeira do Brasil (leia aqui).

Lobista foi marqueteiro informal de FHC em 94 | Brasil 24/7

24/06/2015

Com João Dória, Alckmin impõe seu padrão FIFA

Filed under: CBF,Geraldo Alckmin,João Dória Jr.,Padrão FIFA,PSDB — Gilmar Crestani @ 9:45 am
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A desfaçatez do governador Geraldo Alckmin tem nome: senso de impunidade. A cada dia que passa o PSDB fica mais afoito, sente que pode fazer ou desfazer qualquer coisa que nada lhe acontece. É um partido menor, no sentido de inimputável…

Tem imunidade para roubar, já que mesmo tendo sido mencionado por Alberto Youssef, Aécio Neves jamais foi denunciado. Tem razão o deputado gaúcho do PSDB, Jorge Pozzobom. Seu partido tem carta branca tanto junto às instituições encarregadas de investigarem como junto aos a$$oCIAdos do Instituto Millenium.

Mesmo com todos os escândalos envolvendo a FIFA, CBF, José Maria Marin, Ricardo Teixeira, Del Nero ainda assim Alckmin dá um choque de gestão nos paulistas, e, por meritocracia, encarrega o notório da LIDE para dar conselhos sobre assuntos de saúde aos paulistas.

Além de brilhar na CBF, João Doria é nomeado conselheiro na área da saúde por Alckmin. Por Kiko Nogueira

Postado em 22 jun 2015 -por : Kiko Nogueira

Eles No último Dia dos Namorados, 12 de junho, o governador Geraldo Alckmin nomeou os membros do Conselho Superior de Gestão em Saúde do Estado de São Paulo.

Entre os vinte contemplados no Diário Oficial, “na qualidade de representantes de áreas da iniciativa privada e do setor público”, está um nome que trafega com desenvoltura em várias plataformas: João Doria Jr.

Tucano desde quando isso não existia, Doria é dono da Lide, que se define como uma “associação de empresários, destinada a fortalecer o pensamento, o relacionamento e os princípios éticos de governança corporativa no Brasil”. Na prática, ele organiza reuniões para aproximar governos de empresários. O encontro anual em Comandatuba, na Bahia, é tradicional.

Tem também uma editora de revistas para divulgar as atividades do grupo e, principalmente, as dele mesmo. Essa editora recebeu 600 mil reais do governo Alckmin por um contrato de seis meses em 2014.

O mesmo Doria organizou um jantar em Nova York em torno de Fernando Henrique Cardoso no mês de abril. No dia seguinte, com o apoio da Câmara de Comércio dos EUA, levou empresários para tomar um café da manhã com Geraldo Alckmin. De acordo com o site Glamurama, estava lá o “top do top” (é inacreditável a capacidade que esse tipo de jornalismo tem de se superar na indigência sabuja).

Em maio, por indicação de Aécio Neves, amigo de Marco Polo del Nero e José Maria Marin, João Doria assumiu como chefe de delegação da seleção brasileira. No dia seguinte à estreia do time no Chile, voltou ao Brasil. Acabou retomando o “trabalho” depois de dois dias.

Doria não tem qualquer intimidade com o futebol e muito menos com a saúde, a não ser a própria — mas não é disso que se trata, obviamente. Em 2013, Alckmin afirmou o seguinte sobre o tal conselho: “Essa heterogeneidade é muito positiva porque conta com a presença de vários setores da sociedade”.

Geraldo anunciou um programa de ajuste fiscal em 2015. Cortou em várias pontas, menos na área que precisa estar vitaminada para divulgar seus feitos: a propaganda.

Despesas com assessoria de imprensa subiram mais de 24% em relação ao ano anterior e os gastos com “serviços de publicidade institucional” cresceram 140% nesse mesmo período.

O povo de São Paulo fica aliviado com a nomeação de João Doria Jr. como conselheiro num setor tão sensível. Parabéns aos envolvidos.

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Sobre o Autor

Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Diário do Centro do Mundo » Além de brilhar na CBF, João Doria é nomeado conselheiro na área da saúde por Alckmin. Por Kiko Nogueira

16/06/2015

PCC se consolida e dita política de segurança em São Paulo

Filed under: Geraldo Alckmin,PCC,PSDB,São Paulo,Segurança Pública — Gilmar Crestani @ 9:21 am
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PCC

A política do Estado Mínimo com outro nome: choque de gestão. Mas também pode chamar de meritocracia. Tudo isso embalado por milhares de assinaturas de Veja, Estadão e Folha distribuídos pelas escolas públicas de São Paulo. Se as assinaturas não é uma forma mensalão então não sei o que seja. Uma mão lava a outra, as duas, a bunda. Mas por mais que se lave, com HSBC e tudo o mais, continua o aniquilamento do Estado para beneficiar grupos privados. Só tem segurança quem consegue pagar. Só tem água quem consegue pagar. Em São Paulo a única coisa disponível igualmente para todos é a epidemia de dengue!

Número de PMs em São Paulo diminui em ano que aumenta assaltos

seg, 15/06/2015 – 10:05

Jornal GGN – A Polícia Militar de São Paulo diminuiu 1.513 homens do efetivo, neste ano, que foi também o período recorde de assaltos no estado. Os números foram divulgados em balanço pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB).

A redução foi maior nos cargos de soldados, cabos e sargentos, aqueles que têm presença mais constante no patrulhamento nas ruas. Já o número de oficiais da PM teve um aumento de 40 e as equipes das polícias civil e técnico-científica também saltou para 154 homens a mais.

Segundo especialistas, o reforço do efetivo da PM seria uma das medidas que poderiam ajudar a conter os roubos. No ano passado, já houve uma diminuição no número de policiais militares – de 87.667 em 2013 para 86.154 em 2014 -, concomitantemente ao aumento no número de assaltos, que cresceram 21% em relação ao ano anterior.

"Existe uma relação entre efetivo, sentimento de medo e prevalência de crime. E isso está diretamente ligado não só à quantidade, mas à forma com esse efetivo está distribuído", afirmou o professor da FGV e especialista em segurança, Renato Sérgio de Lima, à Folha de S. Paulo.

A Secretaria de Segurança Pública de Alckmin não respondeu aos questionamentos do jornal.

Com informações da Folha de S. Paulo.

Número de PMs em São Paulo diminui em ano que aumenta assaltos | GGN

26/12/2014

Choque de causar indigestão

E se não fosse a quase centena de processos contra quem ousa questiona-lo, a popularidade seria ainda “maior”… Quando O Estado de Minas abraçou a defesa de Aécio Neves naquele episódio desencadeado por José Serra, pelas mãos do Mauro Chaves, revelou-se que também em Minas o PSDB havia adotado a fórmula mágica da seção paulista de se obter popularidade. As milhares de assinaturas distribuídas pelo PSDB de São Paulo era fichinha diante das sinecuras perpetradas pelo playboy das alterosas.

Ou, como diria aquele outro mineiro, Ziraldo, Aécio Neves é o verdadeiro Menino Maluquinho, com a diferença que sua maluquices foram feitas com dinheiro público. E por aí também se explica o maniqueísmo da velha mídia: tudo o que o PSDB faz é bom; tudo o que o PT faz não presta. Claro, o dinheiro explicar as razões que a própria razão conhece…

Em MG, publicidade do Choque de “Jestão” custou mais de meio bilhão aos cofres públicos

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Foi o que gastou o tucanato mineiro em 12 anos de bombardeio midiático para disseminar e consolidar a bandeira da eficiência administrativa como trampolim para suas pretensões políticas

Ficou caro para os mineiros o bombardeio midiático com que o agora tão contestado “choque de gestão” foi alçado ao posto de bandeira publicitária número um das pretensões políticas do candidato derrotado à Presidência,  senador Aécio Neves (PSDB-MG): mais de meio bilhão de reais.

Os R$ 547 milhões em publicidade oficial, não incluídos os dispêndios das estatais mineiras, foram gastos entre a posse, no primeiro mandato do agora candidato derrotado à presidência, em 2003, até este ano (2014), quando o sucessor e pupilo Antônio Anastasia deixou o governo ao qual chegou pelas mãos do padrinho para conseguir uma cadeira no Senado Federal.

O dado, divulgado nessa terça-feira (23), foi omitido das prestações de contas do estado ao público, eleitores, contribuintes e cidadãos do terceiro maior estado do país durante 12 anos, período em que as despesas com propaganda multiplicaram-se por 10 vezes, ou mais de 900%, de acordo com reportagem da “Folha de S. Paulo” desta quarta-feira (24).

A longa espera acaba sendo uma demonstração explícita e agravante de que o “choque de gestão” ainda não se traduziu em ganho de eficiência na máquina administrativa do estado. Todo o gasto foi, sob a ótica do marketing, em vão, inócuo, até mesmo para assegurar os votos que o Estado precisava canalizar para ungir PSDB e seu ex-governador ao cargo de presidente. Aécio perdeu a eleição feio, casa.

O argumento da administração estadual para a demora foi que “só agora foi concluído levantamento realizado com mais de 500 mil documentos referentes às despesas com a veiculação de publicidade oficial em televisão, rádio, jornais, revistas, internet e cinema”, diz a reportagem.

Mas as explicações oficiais apresentaram um atenuante para a longa espera: ”Segundo cálculos do PSDB, que divulgou nota sobre o assunto, empresas de comunicação controladas pela família de Aécio que veicularam publicidade oficial durante seu governo receberam menos do que seus concorrentes”, diz a reportagem.

A família Neves é proprietária das rádios Arco Íris (retransmissora da Jovem Pan em Belo Horizonte), São João e Colonial, além do jornal “Gazeta de São João Del Rey”, todos na cidade de igual nome.

Divisão do bolo – Segundo o comunicado tucano, as emissoras de televisão, TV Globo à frente, ficaram com mais da metade (quase 52%) da bolada publicitária: R$ 290 milhões.

O maior jornal mineiro, o “Estado de Minas” (Diários Associados), beneficiou-se de R$ 138 milhões para apoiar o governo Aécio e sua candidatura presidencial. Por isso, o jornal viu seus negócios com estado multiplicarem-se mais de 15 vezes (1.428%) no mesmo período de 12 anos.

De acordo com a “Folha”, os gastos foram divulgados em documentos no formato PDF, gerando uma dificuldade adicional para sua análise. “Os valores nas tabelas só podem ser processados após a conversão dos documentos em planilhas de cálculo, com o uso de ferramentas especiais. A divulgação dos dados foi coordenada com o PSDB, que minutos depois distribuiu nota para rebater acusações feitas pelo PT, de que as empresas da família de Aécio foram privilegiadas na distribuição das verbas de publicidade”, relatou.

Em MG, publicidade do Choque de “Jestão” custou mais de meio bilhão aos cofres públicos « Poços10 – Poder e Política

29/11/2014

A miséria cresce mais sob as barbas do Instituto Millenium

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Não é sintomático que Folha sonegue o partido e o governante onde a miséria aumentou? Bem que Judith Brito tenha dado a ordem, mas que fica feio, lá isso fica. Imaginemos o contrário, que a miséria tivesse crescido num Estado governado pelo PT há 20 anos, qual teria sido a manchete da Folha?

De que adianta São Paulo abrigar Veja, Folha, Época, Estadão, Istoé, se não consegue enxergar o que se passa sob os próprios olhos? De que serve a São Paulo sediar o Instituto Millenium se o que acontece sob as próprias barbas não os incomodam? Como sempre, a direita paulista contou com o Judiciário paulista, onde o PSDB joga em casa (vide Rodrigo de Grandis), para barrar o aumento.

Ontem mesmo Folha/Estadão deram em manchete que o IPTU estava aumentando 35% na capital paulista. Esqueceram de dizer, claro, que o aumento de 35% incidia sobre imóveis da Avenida Paulista, e desonerava imóveis da periferia. Fica evidente que, para os membros do Instituto Millenium, apenas os moradores dos bairros centrais são paulistanos. A impressão que os dois jornalões querem passar é que o aumento é para todos. Ontem a Folha contrariava inclusive a principal entrevista do dia, com Thomas Piketty. Nela, o autor do "O Capital no Século 21" dizia: “Acrescento que uma parte das desigualdades grandes do Brasil se explica pela relativamente baixa progressividade do sistema fiscal.” A Folha publicou mas não entendeu?! A meritocracia do PSDB já é por demais conhecida: dar a cada um o que é seu: ao rico a riqueza, ao pobre a pobreza!

Três coisas aumentaram nestes 20 anos de governo do PSDB em São Paulo: a concentração de renda, a miséria, e a falta d’água…

iptu

Miséria cresceu mais em SP que em Estados do Nordeste

Estado mais rico gerou 15% do aumento do número de miseráveis em 2013

Piora no acesso da população mais pobre ao mercado de trabalho explica queda mais lenta da miséria no país

JOÃO CARLOS MAGALHÃESDE BRASÍLIA

Estado mais rico e populoso, São Paulo foi a unidade da Federação que mais contribuiu para a piora da miséria no país no ano passado.

A conclusão é de um estudo feito a pedido da Folha por pesquisadores associados ao Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade) com base nas informações da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em 2013, a pobreza extrema parou de cair pela primeira vez desde 2003. Como o aumento em números absolutos foi muito pequeno e a pesquisa é feita com base numa amostra, os estatísticos preferem falar em estagnação da miséria em vez de aumento.

O trabalho de Andrezza Rosalém e Samuel Franco focou nas pessoas que disseram viver com renda mensal inferior a R$ 70. Esse era o limite adotado pelo governo na época da Pnad para definir quem é miserável. O valor foi reajustado para R$ 77 neste ano.

De acordo com o estudo, surgiram em 2013 no país mais 834 mil pessoas extremamente pobres. Desse total, 125 mil viviam em São Paulo, o equivalente a cerca de 15%. Em nenhum outro Estado, o aumento do número de miseráveis foi maior nesse ano.

Como São Paulo é o Estado mais populoso do país, com 44 milhões de habitantes, naturalmente um mau resultado tem peso numérico maior.

Em segundo lugar está o Maranhão, com um aumento de 118 mil miseráveis numa população de quase 7 milhões de pessoas. Em terceiro, está o Pará, que aparece com 80 mil pessoas a mais abaixo da linha de miséria entre 8 milhões de habitantes.

O estudo ajuda a qualificar a noção de que o Nordeste é a região que mais contribui para a extrema pobreza no país. Ela ainda é a área com maior número de miseráveis, com 3,6 milhões, mais da metade do total de pessoas extremamente pobres do país.

Somados todos os Estados do Nordeste, a região foi a que teve maior aumento da extrema pobreza, seguida pelo Sudeste. Mas três Estados nordestinos (Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte) estão entre os que menos contribuíram para a evolução da miséria em 2013, segundo o estudo.

O número de miseráveis na Bahia diminuiu nesse ano. Com 61 mil pessoas a menos abaixo da linha adotada para definir a extrema pobreza, o Estado foi o que teve maior diminuição da miséria em 2013. Além dela, só o Distrito Federal teve também decréscimo.

TRABALHO

Não estão claras ainda as causas da desaceleração da queda da miséria no país, nem suas especificidades regionais, mas os números da Pnad oferecem algumas pistas.

Primeiro, apontam uma uma piora generalizada no acesso da população extremamente pobre ao mercado de trabalho. As taxas de ocupação na semana da pesquisa e no ano foram as mais baixas desde 2004, diz o estudo.

Houve também uma deterioração da qualidade dos postos de trabalho. O tempo médio de permanência no trabalho entre os ocupados, em meses, caiu quase 32%.

Por outro lado, a Pnad mostrou que a escolaridade dos miseráveis melhorando e o analfabetismo continuou diminuindo em 2013, ainda que num ritmo mais lento do que nos anos anteriores.

Procurada pela Folha para comentar os dados do estudo, a Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado de São Paulo não quis opinar.

Em nota, o Ministério do Desenvolvimento Social afirmou que os números da Pnad mostram apenas "uma flutuação estatística", e que a miséria é menor do que sugerem algumas interpretações.

Segundo o Iets, 6% dos brasileiros eram extremamente pobres em 2013. Para o ministério, a taxa cai para 3% se forem descontadas da amostra pessoas que se declararam sem renda e os que não têm perfil de miseráveis, pelo nível de educação e pelo acesso a bens e serviços.

"Significa que o país alcançou 15 anos antes a meta [de redução da pobreza] estabelecida para 2030 pelo Banco Mundial para o conjunto de países do mundo", diz a nota.

15/06/2014

Sujou? A velha mídia limpa!

fhc-trip-maconhaOnde o PSDB governa não é só a boca que é suja. Além de cometerem necrofilia hídrica, gostam de cuspir no prato em que comem. Se no país de maior quantidade de água doce do mundo e com chuvas que inundam e destroem, não conseguem garantir água, querem mais o quê?! Depois do apagão nos tempos de FHC, agora o racionamento d’água que assola os paulistanos. Deve ser esta crise de abstinência que irritou o público VIP dos reis dos camarotes… Diarreia e vômito na população que não consegue comprar água mineral, como dito abaixo, não causa nenhuma indignação da elite paulistana.

Por que este assunto não ganha as manchetes dos jornais das cinco irmãs (Folha, Estadão, Veja, Globo & RBS) nem espaço nos telejornais? Será pelo mesmo motivo que um helicóptero com 450 kg de cocaína ganhe menos espaço que uma tapioca? O Uruguai, com Mujica legalizou a maconha. FHC até já faz campanha pela legalização no Brasil.

E Aécio, será que ele teria coragem de desencadear uma campanha pelo tráfico livre para helipóperos pelo Brasil como já acontece em Juiz de Fora, Minas Gerais?! Será mera coincidência que a cocaína vinda dos países limítrofes seja distribuída pelo Brasil a partir da cidade mineira de Juiz de Fora? Será porque a história com um helicóptero com 450 kg virá pó no noticiário dos velhos parceiros mafiomidiáticos?

Note que a Folha consegue tratar do assunto sem informar que é mais uma obra tucana, no estado mais rico da federação, onde o PSDB está no poder há mais de 20 anos. E o problema nem é a parceria entre os a$$oCIAdos do Instituto Millenium com a direita brasileira, pois se trata de uma tradição que encontrou seu ápice na ditadura e que pro$$egue na democracia, mas o espírito de manada de pessoas com curso superior que ou não conseguem ver ou veem e compactuam. Ou são mal informados ou mal intencionados!

Com medo, paulistano troca torneira por galão de água

Apesar de Sabesp  garantir qualidade, morador desconfia de cor e cheiro

Após crise hídrica, vendedora que ganha R$ 900 por mês passou a gastar R$ 70 para comprar água mineral

ARTUR RODRIGUESEDUARDO GERAQUEDE SÃO PAULO

Moradora da Vila Guilherme, na zona norte de São Paulo, a artesã Magda da Silva, 63, aposentou o filtro de barro que usava havia mais de 40 anos. "Tem aquele volume morto, né? Aquela água que fica no fundo da represa, com cheiro de fossa", diz.

"Antes, lavando o quintal, eu até bebia água da torneira. Agora, nem para o meu cachorro eu dou", diz ela, que gastou R$ 400 em um purificador de água superpotente.

Um mês após o governo Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar o uso do chamado volume morto do sistema Cantareira para conter o risco de racionamento, é comum a desconfiança sobre a água que sai da torneira –apesar de a Sabesp garantir a qualidade.

O volume morto é formado pela água que fica no nível mais profundo dos reservatórios. Por estar abaixo da tubulação que capta o líquido, ela precisa ser bombeada para a superfície.

O termo "morto" contribui para a má impressão. Mas a maioria das queixas é ao cheiro de cloro e à cor esbranquiçada da água, que começaram antes do uso da reserva.

Na casa do professor Vitor Hugo Pereira, 53, na Vila Guilherme, a água chega branca feito leite. "Começamos a cozinhar com água mineral porque a da torneira dava gosto na comida e azia, chegaram até a vomitar", diz.

A Sabesp afirma que a coloração se deve a um fenômeno relacionado ao cloro (leia texto na pág. C2).

A explicação não convence o comerciante Ademir Bueno, 54. "Estão usando água mineral para tudo. A da Sabesp, só para lavar roupa", conta, mostrando um copo de água marrom recém-tirada da sua torneira.

Na Brasilândia (zona norte), o telefone dos depósitos de água também tem tocado mais. "Tem mais gente comprando galões pela primeira vez", diz Juscelino Santos, 32.

No seu estabelecimento, o galão de 20 litros custa R$ 25 na primeira compra e R$ 9 se o cliente já tem o vasilhame.

O novo hábito afeta o bolso de gente como Ângela da Silva, 44, que trabalha vendendo Yakult em um carrinho no bairro. Para comprar dois galões por semana, ela acaba gastando R$ 70 dos R$ 900 que ganha todo mês.

Alérgica a cloro, a aposentada Eliana Sabó, 64, moradora da Consolação, reclama. "Atacou o meu estômago. Acho que estão aumentando os bactericidas."

A dona de casa Lucicleide Santos, 28, da Freguesia do Ó (zona norte), proibiu o filho de beber água na torneira.

"Ele teve diarreia, ânsia de vômito. Depois que começamos a comprar água, parou."

09/06/2014

Privatizando o ensino

EnsinoComo se constrói uma justificativa de privatização?

Nós gaúchos conhecemos muito bem como Antônio Britto sucateou a CRT. Para isso, contou com a parceria da RBS. Ao mesmo tempo que impedia a Companhia Riograndense de Comunicações fazer investimentos e se modernizar, contava com a campanha sistemática da RBS contra os serviços públicos. E aí foi fácil montar um parceria entre RBS e Telefônica de Espanha para abocanharem o filé gaúcho. Os mesmos que falavam mal da participação do Estado na CRT, ao mesmo tempo que nada diziam a respeito participação da estatal espanhola Telefônica na aquisição da CRT. Hoje, todos os altos lucros da Vivo no RS, devido ao preço escorchante dos serviços, são investidos na Espanha…

O ensino é o outro lado da mesma moeda. Falam mal do  ensino público, mas em todos os rankings as Universidades Públicas dão de lavada nas privadas. Está aí a UFRGS para mostrar isso. No entanto, quando Olívio Dutra criou a UERGS, toda direita gaudéria ficou arrepiada. Seus sucessores sucatearam, como a justificar a privatização. E depois ainda têm coragem de saírem a público cobrar mais investimento na educação.

O que está acontecendo com a USP é paradigmático da situação política atual. Todos os que saem à rua cobrar mais saúde e educação do Governo Federal nada dizem ou fazem para que os governos Estaduais cumpram com sua parte. E a razão disso é muito simples. Trata-se de uma manada que segue a pauta dos velhos grupos mafiomidiáticos. Se a mídia diz que a pauta de reivindicação é esta, repetem o mantra como autômatos.

Choque de Gestão. Toda vez que esta palavra apareceu veio da boca de incompetentes do PSDB. Desde FHC, Cássio Cunha Lima, Geraldo Alckmin, Yeda Crusius e agora Aécio Neves.

Não é mera coincidência que seja exatamente num dos governos mais queridos, amados da velha mídia e da direita brasileira que duas empresas paulistas emblemáticas  estejam sucateadas: USP e SABESP?! Não é inacreditável que depois de 8 anos de governo FHC não tenha criado uma única universidade pública? Não, não é inacreditável. Ele não foi posto lá para construir, mas para destruir, vender, sucatear, doar. Não é por acaso que FHC seja o campeão da rejeição.

Outra constatação. Os mesmos que festejam os EUA para tentarem denegrirem o  Brasil, não  adotam os bons costumes ianques. Lá, os empresários financiam universidades. Onde estão os empresários paulistas, da locomotiva do Brasil? Ao invés de investirem em educação, só pensam em faturarem com educação. Onde investe a GERDAU, a Votorantim, o Itáu, a Natura? Em políticos! E tvs. Se gastassem em educação o que investem nas cinco famílias (Frias, Mesquita, Civita, Marinho & Sirotsky) o Brasil estaria melhor.

RICARDO MELO

Querem acabar com a USP

Cobrar mensalidades é o primeiro passo para vedar o acesso dos mais humildes a centros de excelência

Os defensores da implantação do ensino pago na Universidade de São Paulo podem ser acusados de tudo, menos de originalidade. No que parecia lá longe, em 1958, um certo Rudolph Atcon propunha o seguinte:

"A universidade latino-americana deve consolidar sua autonomia e adquirir um grau de independência real. O melhor sistema legal para alcançar este grau de liberdade é a transformação da universidade estatal em universidade privada. […] A responsabilidade financeira poderia estabilizar-se eventualmente na divisão, pelo estudante e pela universidade do custo real do mesmo. Deve ser estabelecido um fundo assistencial de bolsas adicionais para compensar o desaparecimento de uma educação gratuita".

Atcon não se trata de qualquer um. Americano, escreveu um relatório que serviu de base aos famigerados acordos MEC-USAID e ao relatório Meira Mattos da década de 60. Os documentos orientaram as tentativas da ditadura militar de modelar a universidade brasileira ao gosto das elites. Não por acaso, suas recomendações vinham escoltadas por medidas como extinção de centros acadêmicos, DCEs, UNE, decreto 477 e tudo o mais que desviasse os estudantes de sua "missão de aprender".

Graças à mobilização estudantil e acadêmica, as ideias de Atcon vingaram apenas em parte. A resistência ao ensino pago serviu de bandeira para batalhas memoráveis, embora insuficientes para impedir a proliferação desenfreada de faculdades privadas, conhecidas como fábricas de diplomas.

Mas sempre que alguma universidade pública apresenta problemas no balanço, o fantasma de Atcon/MEC-USAID emerge repaginado. A capa da assombração varia, mas sempre dourada com uma pílula social: a gratuidade do ensino favorece os ricos. Aí surgem pesquisas as mais variadas, com metodologias ao gosto da tese que se quer provar. A ombudsman desta Folha, a propósito, chamou atenção para isso em sua última coluna de domingo.

Qualquer um interessado no progresso social sabe que, num país como Brasil, o grande desafio é expandir o ensino público. Cobrar mensalidades nos últimos bastiões de educação gratuita (qual o critério socialmente justo?) é o primeiro passo para vedar o acesso dos mais humildes a centros de excelência. Gente pobre que, aliás, já paga para ter o direito de estudar a cada centavo de imposto que deixa no caixa do mercado. Por que não melhorar o ensino básico gratuito de forma a qualificar os que têm menos dinheiro a concorrer a uma vaga numa universidade de ponta em vez de cobrar mensalidade de quem estuda na USP?

A pergunta incomoda, claro. Ainda mais quando se aproxima a lente das raízes da crise financeira da universidade paulista. As suspeitas são várias. Vão desde a "contabilidade criativa" na hora de calcular salários do topo da burocracia e ausência de fiscalização independente até previsões mal explicadas em peças orçamentárias. Exemplo: gastos de cerca de R$ 800 milhões no orçamento de 2013 reprovados, sem sucesso, por representantes de professores, alunos e funcionários. A denúncia está lá, em artigo publicado na página 3 desta Folha no dia 6 de junho. Permanece incontestada pelos cardeais da USP.

A impressão, no final de tudo, é de que a maior universidade do país virou nas últimas décadas um centro de negócios escusos. Ao mesmo tempo em que despenca nos rankings internacionais, dá-se ao luxo de pagar salários faraônicos a reitores, abrir escritórios em Cingapura (!) e manter um navio oceanográfico de R$ 23 milhões parado em Santos por falta de condições de navegar.

Enquanto isso, milhares de alunos perambulam como zumbis pela cidade de São Paulo porque a decantada USP Leste foi alojada em cima de um lixão e hoje está interditada. Falta de dinheiro ou gestão irresponsável?

02/06/2014

Na USP, 6 a cada 10 dos alunos são contra SISU, ENEM, PROUNI, Cotas

Filed under: Educação Pública,FHC,Lula,Meritismo,Meritocracia,USP — Gilmar Crestani @ 7:45 am
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universidades lula x fhc A diferença entre Lula e FHC pode ser medida pelo histórico de vida de ambos em comparação com o que fizeram quando tiveram oportunidade. Embora FHC, e talvez por isso, tenha tido boa educação, estudado em boas universidades, não só não criou nenhuma universidade pública, como também proibiu, por meio da Lei nº 9.649, de 27 de Maio de 1998, que a União criasse Escolas Técnicas.

Lula, um retirante nordestino, sem as mesmas oportunidades, investiu em educação mais que todos os seus antecessores. E aí a gente vai ver como foi a continuidade de 20 anos de PSDB em São Paulo e vemos essa decadência da USP. Muito diferente, por exemplo, do que fez Olívio Dutra no RS. Na contramão e sob fogo cerrado da RBS, Olívio criou a Universidade Estadual do RS. Foi enxovalhado por isso. A direita e os ignorantes têm na ignorância uma forma de dominação. Não é também por acaso que as políticas sociais voltadas às famílias de baixa renda propostas por FHC jamais condicionaram aos estudo das crianças. Já o Bolsa Família tem esta preocupação, o seu recebimento está condicionado à frequência escolar dos filhos.

Mas isso não é tudo. Pior é que o PSDB e seus parceiros ideológicos combateram todas as formas de pessoas mais pobres entrarem nas Universidades. Fizeram de tudo para combaterem o ENEM. As cotas, ainda não engoliram. O PRONATEC e o PROUNI não recebe uma linha de apoio dos Grupos MafioMidiáticos. Pelo contrário, combatem incessantemente, só porque, ao contrário do Crédito Educativo, não exige que o aluno seja rico e tenha bens para garantir. Pelo contrário, é destinado aos que, sem dinheiro, querem estudar.

O fato de de que seis em cada dez alunos da USP possam pagar não deveria servir de justificativa para privatizar o ensino. Aliás, foi o Governo do PSDB em São Paulo, José Serra e Geraldo Alckmin que condenaram o uso do ENEM. Simplesmente porque eles não queriam que pobres entrassem na USP. O meritismo da direita é este. Meritocracia é o mérito da direita de fruir dos privilégios sem pagar e sem culpa. O único mérito do Nelson Sirotsky, para ganhar a RBS, foi ser filho de Maurício Sirostky.

Quem tem dinheiro tem direito de estudar na USP. E o que o PSDB fez para mudar isto. Fez. Mas para manter o que só hoje a Folha constata.

E por aí se entende porque o ódio ao Lula. Afinal, como pode este ignorante querer que pobres estudem?

cp02062014Mensalidade poderia ser paga por 60% dos alunos

Em cenário analisado pela Folha, arrecadação chegaria a R$ 1,8 bilhão

Valor representa 44% do repasse do Estado e seria alcançado com parcela de R$ 2.600; Constituição veta

ÉRICA FRAGAFÁBIO TAKAHASHIDE SÃO PAULO

Seis em cada dez alunos da graduação da USP têm condição econômica para pagar mensalidade, segundo critérios do Prouni (programa federal de bolsas em faculdades privadas).

A arrecadação anual da maior universidade pública do país poderia aumentar R$ 1,8 bilhão, caso fosse adotado um modelo que combinasse cobrança na graduação e pós-graduação e concessão de bolsas para estudantes da graduação.

O cálculo leva em conta uma mensalidade próxima ao valor médio cobrado pela PUC-Rio (R$ 2.600), melhor instituição superior privada do país segundo o RUF (Ranking Universitário Folha).

O valor potencial arrecadado representa 44% do subsídio de R$ 4,1 bilhões recebido pela USP em 2013 do governo estadual –que é a principal fonte orçamentária da USP.

A legislação estabelece que 5% do ICMS do Estado seja transferido à universidade.

A Folha analisou diferentes cenários hipotéticos de financiamento para a USP, que enfrenta uma de suas maiores crises orçamentárias.

Os problemas financeiros forçaram a universidade a usar R$ 1,3 bilhão dos R$ 3,6 bilhões de sua poupança, principalmente devido aos seguidos reajustes salariais.

Atualmente, a folha de pagamentos sozinha excede o que a USP recebe por ano do governo estadual.

PERFIL DOS ALUNOS

Dados oficiais da USP indicam que 34% dos alunos vêm de famílias com renda mensal superior a dez salários mínimos (R$ 7.240). Pelas normas do Prouni, esses estudantes não teriam direito seja à bolsa integral seja aos 50% de desconto.

Também segundo o critério do Prouni, outros 30% dos alunos da USP poderiam ter acesso a bolsa de 50% por terem renda familiar entre cinco e dez salários mínimos.

Se esses 64% dos alunos de graduação, mais todos os de pós-graduação, pagassem a mensalidade média da PUC-Rio, a USP levantaria R$ 1,8 bilhão ao ano.

Caso a mensalidade considerada nesse cenário fosse o valor médio da Universidade Mackenzie (R$ 1.061), o montante arrecadado por ano seria R$ 730 milhões (18% do orçamento da USP).

Qualquer mudança na gratuidade na USP, porém, exigiria alteração da Constituição, que proíbe cobrança de mensalidade em instituições públicas de ensino.

Mas a discussão a respeito desse tema é recorrente em razão de limitações orçamentárias do poder público.

No caso da USP, se a universidade não contasse com repasse do governo, a mensalidade teria de ser R$ 3.900 para todos os alunos. Pelo menos 35% deles têm renda familiar total inferior a isso.

Esse valor é maior que o cobrado por instituições de ponta privadas como o Insper –faculdade de elite paulista–, em que a mensalidade média é de R$ 3.260. Para atrair estudantes de diversas classes sociais, o instituto oferece bolsas integrais não reembolsáveis e financiamento parcial.

DADOS

As simulações feitas pela Folha possuem algumas limitações. Para definir o perfil socioeconômico dos alunos, por exemplo, a reportagem utilizou os dados dos calouros do vestibular de 2013.

Foi considerada a mesma mensalidade média para graduação e pós-graduação.

Além disso, o orçamento de R$ 4,1 bilhões da USP não mostra quanto é destinado especificamente à extensão, à pesquisa e ao ensino.

23/04/2014

Vala comum, como nos tempos da ditadura

Filed under: PSDB,Vala Comum — Gilmar Crestani @ 10:21 am
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cp23042014O PSDB não faz história, repete, como farsa. Dá continuidade ao que existia de pior ao que existia na ditabranda da Folha… É por isso que 20 anos de PSDB em São Paulo deveria também ser enterrado em vala comum. E nem vão poder lavar as mãos, porque conseguiram o impossível, racionamento de água no País da abundância d’água.

Alguém ainda lembra da história do bebê japonês da Yeda Crusius?! Este é PSDB do Aécio, do Serra, do Alckmin, do FHC.

Ministério Público de SP vai pedir exumação de ‘indigentes com RG’

Promotoria processará governo do Estado por enterrar pessoas identificadas em valas comuns

Como revelou a Folha, 3.000 foram enterrados sem aviso às famílias nos últimos 15 anos em cemitérios da capital

REYNALDO TUROLLO JR.ROGÉRIO PAGNANDE SÃO PAULO

O Ministério Público vai processar o governo de São Paulo por ter enterrado milhares de pessoas como indigentes, apesar de estarem identificadas quando morreram.

A ação será coletiva, isto é, movida em nome das cerca de 3.000 famílias que tiveram os corpos de seus parentes mandados para valas comuns da capital de 1999 para cá.

Além de indenizar as famílias, a ação pedirá à Justiça a exumação dos corpos e exames de DNA que comprovem a identidade dos mortos.

Como a Folha revelou ontem, os enterros foram feitos sem que as famílias fossem procuradas. Em alguns casos, elas buscavam por parentes mortos há 14 anos, como se estivessem desaparecidos.

Os promotores também querem a mudança dos procedimentos adotados pelo governo paulista, criando mecanismos para avisar as famílias.

Será provavelmente a maior ação já movida pelo Ministério Público contra o Estado de São Paulo –o processo poderá se estender a outras cidades, já que outros serviços funerários serão investigados.

A decisão de processar o Estado foi tomada após uma reunião de emergência no Ministério Público, depois da publicação da reportagem.

Participaram o procurador-geral de Justiça, Márcio Elias Rosa, e a promotora Eliana Vendramini, que investiga o caso. Ela descobriu os chamados "indigentes com RG" durante uma investigação sobre desaparecidos.

Agora, a promotora está cruzando os nomes de desaparecidos do Estado com os cerca de 3.000 nomes de enterrados como indigentes.

"Nós estamos olhando um por um da lista para comunicar [parentes que ainda estiveram à procura]. Eu não encontro um nome para o que o Estado fez", afirmou.

"[A ação pedirá para] exumar, fazer o DNA, retificar o registro [de óbito], trasladar o corpo e indenizar", disse.

Os 3.000 corpos passaram pelo SVO (Serviço de Verificação de Óbitos), ligado à Faculdade de Medicina da USP. O órgão faz autópsias em casos de mortes sem suspeita de violência, quando a causa dela ainda é desconhecida.

Foi o SVO quem mandou para valas públicas os corpos que não foram reclamados pelas famílias no prazo de 72 horas, valendo-se de uma norma instituída em 1993, no governo Fleury (PMDB), e mantida nos governos de Covas, Serra e Alckmin (PSDB).

A Promotoria questiona o fato de as famílias não terem sido procuradas, uma vez que todos os mortos estavam identificados, o que teria evitado as buscas sem fim.

Buscas como a da família de Cláudio Rocha, 53, que teve o pai desaparecido em 2000, mas até a semana passada ainda tinha esperança de encontrá-lo com vida. Foi Vendramini quem deu a Cláudio a notícia da morte do pai, ocorrida ainda naquele ano.

O governo não deve alterar a regra de 72 horas para reclamação de corpos antes do enterro, até por falta de geladeiras (leia nesta página).

O SVO afirma que segue a legislação, que não obriga o serviço a procurar as famílias. Até por isso não tem equipe para esse fim. Diz, porém, que está disposto a seguir as orientações da Promotoria.

Ficarão de fora da ação coletiva famílias que tiverem autorizado o enterro como indigente, por falta de condições financeiras. Para saber quantas foram, a Promotoria pedirá ao SVO documentos que provem o aval dos familiares.

02/02/2014

Choque de gestão é isso aí; eu fiquei chocado!

Filed under: Isto é PSDB!,Violência — Gilmar Crestani @ 5:50 pm
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Só 1 em cada 3 latrocínios é esclarecido pelos distritos policiais da capital

Índices foram obtidos com exclusividade pelo ‘Estado’ e são considerados baixos; menor média de elucidação de roubos seguidos de morte pertence ao Deic, com 12%

02 de fevereiro de 2014 | 2h 00

Lourival Sant’Anna – O Estado de S. Paulo – O Estado de S. Paulo

O Departamento de Investigações Criminais (Deic) esclareceu apenas 12% dos latrocínios – roubos seguidos de morte – que lhe foram encaminhados no Estado de São Paulo de janeiro a novembro do ano passado. Segundo dados obtidos com exclusividade pelo Estado, a taxa média de esclarecimento desse crime por todos os departamentos da Polícia Civil foi de 40%. O número é puxado para cima pelo melhor desempenho no interior.

Veja também:
link ‘Deram 30 dias para resolver, mas já foram 7 meses’
link Delegado diz que há mais jovens no crime
link Delegado propõe prazo para investigação

A taxa de esclarecimento de crimes é um segredo bem guardado pelas polícias brasileiras, porque dá a medida de sua ineficiência. O latrocínio é um crime relativamente raro, e de grande repercussão, o que o leva a ser mais investigado. O roubo, por exemplo, tem taxa de elucidação de apenas 3% no Estado. Os dados são fornecidos pela Polícia Civil, sem controle externo.

O Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) teve desempenho melhor do que o Deic: 27%. A alçada sobre essa modalidade de crime foi transferida do DHPP para o Deic (especializado em crime organizado) em abril do ano passado. Ambos atuam mais na capital. No interior, as delegacias não especializadas ficam a cargo de quase todos os crimes, exceto entorpecentes. O Decap, que reúne as delegacias comuns da capital, esclareceu 30% dos latrocínios; o Demacro, que abrange os 38 municípios da Região Metropolitana, menos a capital, 31%.

Fora da Grande São Paulo, a única região que se saiu pior foi a de Santos: 22%. As taxas sobem no interior a partir de Piracicaba, com 53%, e chegam a 100% em Presidente Prudente e Araçatuba (veja infográfico).
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) anunciou na segunda-feira que foram registrados 385 latrocínios em todo o ano passado.

“Este é um daqueles números guardados a sete chaves pela SSP, pois em geral as nossas taxas de esclarecimento são bem baixas”, disse Túlio Kahn, ex-coordenador de Análise e Planejamento da secretaria, ao ver os dados obtidos pelo Estado.
“Infelizmente ainda é muito baixo e isso resulta da política de investigação cartorária, nos moldes do século 19”, definiu um ex-integrante da cúpula da Polícia Civil, que pediu para não ser identificado. “Hoje o inquérito passeia de viatura. Vai para o promotor e o juiz para pegar carimbo e volta para o armário, sem nenhuma providência. Se tenho três testemunhas de um homicídio, convoco uma para março, outra para abril e outra para maio. Assim, dou ares de que estou trabalhando para meu chefe perceber, e vou tocando minha vidinha.”

Inflados. Mesmo diante de índices tão baixos, o coronel José Vicente da Silva Filho, ex-comandante da Polícia Militar e ex-secretário nacional de Segurança, duvida. Ele explica que a Polícia Civil só deveria contabilizar como esclarecidos os crimes cujo autor não tenha sido preso em flagrante, já que esses casos não demandam investigação. Só em novembro, a PM fez 143 mil flagrantes. “Muitos desses podem estar contaminados pela prisão em flagrante. Não sabemos qual a porcentagem deles. É frequente que inflem.”

Além disso, “muitas vezes o esclarecimento é precário”, adverte José Vicente. “A polícia coloca em um relatório um palpite de que muito provavelmente foi fulano. Bate no MP (Ministério Público), que verifica a qualidade das evidências para incriminar suposto autor, e é comum retornar para novas diligências.” Geralmente, diz o coronel, “o entusiasmo do investigador não se confirma: faltam testemunhos, evidências”.

“Os disparates são tão grandes”, disse o coronel, analisando os números. “A referência de esclarecimento ainda é o DHPP, porque, apesar de já ter tido momentos melhores, é um grupo especializado em esclarecimento de morte.” Na visão dele, “tudo o que passa dos 27%” apurados pelo DHPP deve ser visto com cautela. “Acho exagerados os dados do interior.”

Tanto o coronel quanto o delegado consideram um erro a transferência do latrocínio do DHPP para o Deic. “Sempre foi da delegacia de homicídios, porque o humano é muito mais afetado do que o patrimônio”, disse o delegado. “O Deic tem de investigar crime organizado, não batedor de carteira que mata uma senhora em assalto mal feito no trânsito. Isso é para Homicídios.”O coronel diz que o DHPP desenvolveu uma coordenação com as delegacias comuns, que dão a primeira resposta, e capacitou os distritos com maior incidência de homicídios. “O delegado corre lá com a equipe, isola o local e interroga pessoas em volta do cadáver. Quanto mais tempo demora, piora a condição de esclarecimento.”

Argumento. O secretário Fernando Grella Vieira justificou a mudança. “O latrocínio é o roubo que não deu certo”, disse ele ao Estado. “Quem comete latrocínio não é o homicida. É o ladrão, que está aí para assaltar. Então é mais natural, está na linha de desdobramento do roubo.”

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