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20/09/2016

MBL – Movimento de Boys Larápios

Filed under: Eduardo Cunha,Kim Kataguiri,MBL — Gilmar Crestani @ 12:21 pm
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OBScena: MBL expondo suas ideias

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A CASSAÇÃO DE CUNHA E O APARTIDARISMO DE FACHADA DO MBL

Publicado em setembro 19, 2016 por Luiz Müller 2 Comentários

cataguiriPor João Filho no The Intercept_

JAMAIS ESQUECEREI QUANDO câmaras da TV Amapá registraram, sem querer, o voto de Sarney nas últimas eleições. Com o adesivo de campanha de Dilma colado no peito, esse dinossauro brasileiro não teve dúvidas na hora de votar: apertou 4, 5 e confirma. O peemedebista fez campanha para Dilma, mas votou em Aécio no escurinho da urna. Uma cena que é praticamente um resumo da política partidária brasileira, em que se prega uma coisa em público, mas se faz diametralmente o oposto nas sombras.

O ex-deputado federal Eduardo Cunha é um grande expoente dessa tradição. Seu discurso de defesa na votação pela sua cassação foi um exemplo magnífico. Apreciemos este trecho:

“Estamos aqui vivendo um processo de natureza política, dentro de um conceito de denúncias do chamado petrolão, que é um esquema criminoso montado pelo governo do PT para financiar as campanhas eleitorais e para o seu enriquecimento próprio.”

Não é maravilhoso? Este homem de Deus, que recebeu propinas no esquema do Petrolão, se mostrou indignado com…as propinas no esquema do Petrolão!

Contrariando expectativas, Cunha foi massacrado na votação. O processo de cassação durou quase 11 meses e se tornou o mais longo da história da Câmara dos Deputados. Cumprida a missão do impeachment, praticamente todos os aliados abandonaram seu líder ferido na estrada. O senhor Jair Messias Bolsonaro, por exemplo, chegou a fazer uma efusiva homenagem ao proprietário da Jesus.com durante votação do impeachment na Câmara:

”Nesse dia de glória para o povo brasileiro, tem um nome que entrará para a história nessa data, pela forma como conduziu os trabalhos nessa Casa. Parabéns, presidente Eduardo Cunha!”

Qual fato novo aconteceu nesse ínterim para Jair votar a favor da cassação de Cunha? Absolutamente nenhum. Durante todo o processo de impeachment, quando Cunha liderou boa parte dos deputados, a acusação pela qual foi cassado (e muitas outras) já existia.

E onde estão os movimentos apartidários que lutavam contra a corrupção de todos os partidos? Não foram às ruas para comemorar a cassação de Cunha, mas demonstraram felicidade nas redes sociais. Uma felicidade pra inglês ver, pra Bolsonaro nenhum botar defeito.

Em sua coluna na Folha, o líder do MBL, Kim Kataguiri, disse que nunca teve ligação com o ex-deputado. Reclamou da insistência na divulgação da jáclássica foto em que aparece sorridente ao lado de Cunha, levantando o dedinho. Segundo ele, a imagem registrou apenas uma relação institucional. Cunha era o presidente da Câmara, e só ele poderia aceitar o pedido de impeachment. Ele tem razão, a foto não prova nada. O que prova a ligação do MBL com Cunha e seu grupo político são outros fatos muito mais comprometedores.

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Tweet de maio de 2015 que foi deletado

Tirando uma declaração ou outra contra Cunha para tentar manter um verniz de coerência no movimento, nunca vimos uma campanha massiva contra ele. Pelo contrário, o que se viu foi uma ligação bastante amistosa com o ex-deputado e seu partido.

Em julho do ano passado, o MBL acampou na casa de Eduardo Cunha, mas não foi para protestar contra suas contas na Suíça, mas para pedir o impeachment de Dilma e tirar selfies com o nobre deputado. Destaco esse trecho da reportagem do Estadão:

“Os ativistas chegaram ao local por volta das 20h da quarta-feira, 30. Quando Cunha chegou à residência, cumprimentou os ativistas e fez selfies com eles. ‘Ele está bastante popular. Já que o governo está impopular, e ele rachou com o governo, ele está popular’, disse o estudante de economia Maurício Bento, 23, coordenador do MBL Brasília.”

Em áudio vazado em fevereiro deste ano, Renan dos Santos, líder do grupo, afirmou:

“O MBL acabou de fechar com PMDB, PSDB, DEM uma articulação para eles ajudarem…ah, e também com a Força Sindical do Paulinho…pra divulgar o dia 13 (manifestação) usando as máquinas deles também. Enfim, usar uma força que a gente nunca teve. E foi o MBL que montou isso. A gente costurou agora com todos eles.”

O MBL estava ligado a PMDB, PSDB, DEM e a Paulinho da Força, do Solidariedade. Haja apartidarismo! Paulinho da Força era nada mais, nada menos que o principal aliado de Cunha na Câmara, um dos poucos fiéis que restaram. O sindicalista preferido dos patrões é o autor da célebre frase“Cunha é a pessoa mais correta que eu já encontrei na vida”.

Um ex-integrante do MBL se desligou do grupo após questionar “a falta de transparência e o apoio repentino do MBL ao PMDB e ao governo Temer”. Ementrevista ao DCM, Braulio Fazolo confirma o apartidarismo peemedebista do grupo:

“O movimento recebeu dinheiro do PMDB. Não só do PMDB mas de alguns outros partidos (…) É um assunto que nunca foi tratado muito bem, mas a gente sabia que existia o dinheiro que vinha do PMDB, a gente não sabia quanto, da mão de quem ele vinha e como esse dinheiro estava sendo aplicado. Para onde ele estava indo? Como ele estava sendo movimentado, na conta de quem? Ficavam sempre perguntas sem resposta.”

Entretanto, em entrevista ao The Guardian ano passado, seus líderes disseram: “Infelizmente, nós não temos nenhum grande patrocinador”.

Mas a coisa não fica só nisso. Nossos coleguinhas apartidários fizeram diversos outros brothers na política. Kim foi até a Bahia e fechou aliança com José Carlos Aleluia do DEM, famoso pelo envolvimento nos escândalos das Ambulâncias e dos Anões do Orçamento. A amizade é tão grande que eles já até se encontraram em Nova Iorque pra protestar juntinhos contra Dilma.

Outro líder do grupo, Fernando Holiday, entrou para o DEM – partido partido que lidera o ranking da corrupção – apadrinhado por Pauderney Avelino que, segundo Sérgio Machado, é o “homem mais corrupto que existe”. Não sei se é possível ser mais corrupto que Cunha, mas ele chegou a ser condenado a devolver R$ 4,6 milhões de reais aos cofres públicos por desvios da Educação quando era secretário em Manaus. Foi Pauderney também que forneceu de forma irregular crachás para os líderes do MBL circularem pela Câmara nas vésperas da votação do impeachment – com autorização de Eduardo Cunha, claro.

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Foto: Facebook

Além de apoiarem as principais ações do governo não-eleito, o MBL jáanunciou que nas próximas eleições irá apoiar 42 candidatos dos seguintes partidos: PMDB, DEM, PSDB, PP, PTB. Parece que o dinheiro repassado para os meninos apartidários protestarem foi um excelente investimento.

O MBL escolhe bem os amigos e já se adequou perfeitamente aos modos da política brasileira que finge combater. Diferente do que pregam, usufruíram das “máquinas” dos partidos para alavancar seus interesses. É essa juventude que vai renovar a política?

O grupo parece seguir com afinco a mais tradicional característica da política brasileira: a dissimulação, o peemedebismo. Se dizem apartidários, mas são financiados por partidos e irão lançar e apoiar vários candidatos nas próximas eleições. Posam de liberais modernos, avessos à politicagem tradicional, mas lançarão candidatos pelo DEM, ex-PFL e ex-Arena – o partido que sustentou a ditadura militar e hoje abriga um conservadorismo tacanho.

A verdadeira intenção do grupo não é renovar ou moralizar a política, mas contribuir para a implantação de uma agenda neoliberal no país. Nem que pra isso seja preciso se aliar a políticos corruptos que estejam alinhados à sua ideologia.

Não é difícil compreender a lógica do movimento. Ele é apartidário na fachada, mas por dentro é um PMDB de terno e tênis. O MBL é a versão yuppiedo Sarney.

A CASSAÇÃO DE CUNHA E O APARTIDARISMO DE FACHADA DO MBL | Luíz Müller Blog

01/07/2016

PSDB financiou movimento “Somos Todos CUnha”

Filed under: Eduardo Cunha,MBL,Midiota,PSDB,RBS,Rede Globo — Gilmar Crestani @ 9:20 am
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OBScena: faixa do MBL, fiannCIAdo pelo PSDB, registra o clímax da parceria entre PSDB & Eduardo CUnha. Uma foto que é uma confissão, não estivesse o MPF ocupado em caçar Lula.

somos todos cunhaA Brasif sustentou a funcionária da Rede Globo, Miriam Dutra, amante, dentre outros, de FHC, na Espanha. Heráclito Fortes sustentou, com dinheiro do Senado, Luciana Cardoso, a tricotadora filha de FHC. A Petrobrax, pelas mãos do Cerveró, priponou Paulo Henrique Cardoso, filho do mais famoso parceiro de Merval Pereira, José Sarney & Roberto Marinho na Academia Brasileira de Letras, FHC. Eu não sei se FHC tem outros filhos. Mas se tiver, todos foram religiosamente sustentados com dinheiro público. É ou não é motivo para acusar os filhos do Lula? Isso não é motivo suficiente para caçar Lula? O ódio ao grande molusco é diretamente proporcional ao envolvimento do PSDB em falcatruas. Todos os parceiros ideológicos do PSDB têm ódio mortal ao Lula. Caçam-no deste quando era sindicalista. Neste tempo todo, não conseguiram apresentar uma única acusação aceita pela Justiça. O MPF e a PF deveriam dar um atestado de honestidade e devolverem todo dinheiro gasto neste anos todos no esporte mais praticado pela dupla: caça ao Lula. Foram eles, desde que os sequestradores do Abílio Dinis, com participação ativa e passiva dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, foram vestidos com camisas do PT, que demonizam o PT ao passo que sempre santificam o PSDB. O acobertamento da corrupção do PSDB denunCIA a parceria dos mesmos que sempre demonizaram o PT, a Cleptocracia Brasileira, hoje personificada no homem da Rede Globo que comanda os destinos do país, EDUARDO CUNHA!

Compare-se a quantidade de minutos que o Jornal Nacional a Rede Globo dedicou aos pedalinhos dos netos do Lula e a tempo dedicado ao parceiro Eduardo CUnha, casado com uma sua funcionária, Cláudia Cruz?! Aliás, porque a cunhada do Vaccari pode ser presa mas a mulher do CUnha, não?!

Aqui em Porto Alegre os midiotas amestrados pela RBS, frequentadores verde-amarelos do Parcão, penduraram nas grades do Terceiro Exército o registro pronto e acabado do tamanho da bandidagem que golpeou Dilma e vive da caçar Lula e o PT:

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PSDB entra no acordão para salvar Cunha

“Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha”, afirma a colunista Natuza Nery; segundo ela, apesar do desgaste que a posição implica, o discurso é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla; “A percepção dos tucanos é que o Planalto caminha na mesma direção: se quisesse se livrar de Cunha, já o teria feito”

1 de Julho de 2016 às 05:34

247 – “Fiel da balança na Comissão de Constituição e Justiça, o PSDB não trabalhará para que seus deputados votem pela cassação de Eduardo Cunha”, afirma a colunista Natuza Nery.

Segundo ela, apesar do desgaste que a posição implica, o discurso é que o peemedebista prestou um “serviço relevante para o país” ao dar celeridade ao impeachment de Dilma Rousseff e não merece a condenação institucional da sigla.

“A percepção dos tucanos é que o Planalto caminha na mesma direção: se quisesse se livrar de Cunha, já o teria feito”, diz.

O presidente interino Michel Temer tem agido pessoalmente para promover um acordo com partidos pela salvação de Cunha.

PSDB entra no acordão para salvar Cunha | Brasil 24/7

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