Ficha Corrida

19/12/2015

Pecunia non olet; sed Aécio, olet

Enquanto a Vasa Jato mantém sua obsessão pela caçada ao Grande Molusco, o latim deita e rola nas esferas golpistas.

Como não lembrar, diante das altas cifras que correm pelas altas esferas, que foram exatamente estas personagens que mais duramente combateram a CPMF? Michel Temer, Eduardo CUnha, Rede Globo, Folha, Veja, Estadão, RBS, Marcola, Fernandinho Beira-Mar, famiglia Perrella, Aécio Neves, Marco Feliciano, Silas Malafaia lutaram bravamente contra a CPMF. Claro, e eles não o fizeram sem motivo. Se houvesse CPMF, esses milhões roubados e traficados pagariam CMPF. E com a migalha da CPMF poder-se-ia ter um sistema de saúde ainda melhor. São da mesma turma dos impostores do impostômetro. Não existiria Michel Temer sem uma FIESP sonegadora e golpista. Nem Marcola e seu PCC, contra quem a FIESP não se levanta. Por quê?! Por que a FIESP não financia uma companha contra o narcotráfico? Simples, ninguém dá tiro no próprio pé.

Todo cidadão que quer ver e viver numa sociedade mais justa deveria lembrar, ao lembrar do que se opõem a CPMF, outra contribuição do Imperador Vespasiano “Pecunia non olet”…

O latim do Temer – II: Simia spectat tuo cauda.

Por Fernando Brito · 19/12/2015

cesar

Prezado Vice-Presidente Michel Temer,

Tomo  liberdade de escrever esta humilde cartinha, a segunda, de novo inspirado no seu amor pelo latim, expresso na carta que o senhor enviou a Dilma Rousseff e tanto furor causou  com aquele “verba volant, scripta manent” com que ela se inicia.

Dada a sua erudição, hoje facilmente compensada pelo tradutor do Google, tomo a liberdade de repetir na língua de Virgílio o que eu, garoto, muitas vezes ouvi em português, da minha velha avó, lá no IAPI de Realengo.

Simia spectat tuo cauda.

Como seu latim é bom, ao contrário do meu, traduzo apenas para os que não compreenderam:

Macaco, olha o teu rabo….

Pois é…

Agora que encontraram no celular de Eduardo Cunha a mensagem de que uma doação de R$ 5 milhões feita ao senhor – ou por seu intermédio – furou a fila das verbas destinadas pela empreiteira OAS  para a “turma” – está escrito assim na mensagem – do PMDB, como é que fica o seu afetado ascetismo?

Ninguém, claro, o acusa de ter o animus furandi, a intenção de roubar, até porque auctori incumbit onus probandi, quem acusa tem a obrigação de cobrar, como se dizia antes do “neodireito” do Dr. Sergio Moro, que dispensa estas formalidades.

Mas o senhor certamente conhece a cítara Accusans debet esse melior accusato, que significa que quem aponta o dedo aos defeitos alheios deve ser melhor do que o acusado.

E como fica agora o senhor, que sabe que o dinheiro da política vem das empresas, mas que não se peja em servir-se da hipocrisia de que só um partido o faz, quando o seu também faz e, como indica a mensagem, o senhor também faz?

Acta, non verba, Dr. Temer, atos e não palavras servem para avaliar as pessoas.

Se o senhor intermediou uma doação empresarial para seu partido, se Eduardo Cunha era o “contador” que zelava para que não se “furasse fila” na caixinha, certamente está degraus abaixo da integridade moral de daquela que vem buscando derrubar, servindo-se da “onda” que se faz com aquilo que, sabe o senhor, é mais antigo na política que a Sé de Braga.

Talvez seja, aliás, por isso que suas funções fossem decorativas, para evitar que tais práticas pudessem interferir na administração partidas nada mais, nada menos, que do segundo da República.

Mas a sua carta, Dr. Temer, é já prevista no Corpus Juris Civilis, com que Justiniano lançou, desde Constantinopla, há um milênio e meio, as bases do civilismo: Acta simulata veritatis substantiam mutare non possuntos atos simulados não podem mudar a essência da verdade.

E a verdade essencial é que seus atos, como a carta, são movidos e estão impregnados pela traição e pela ambição.

Como, na Roma de Vespasiano, escreveu Caio Tácito:  Acribus initiis, incurioso fine.

Quando os princípios são ruins, são desgraçados os seus fins.

O latim do Temer – II: Simia spectat tuo cauda. – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

25/09/2015

Sociopatas do PÓ

MACONHA TRIP FHCOu de como se usa PÓ para finanCIAr golpes contra a democracia e os movimentos sociais. Nunca fumei. Como não tenho possibilidade de fazer como o Aécio Neves, sempre que precisei viajar comprei minha passagem. Meus vícios são legais. Não sou a favor da liberação da maconha, uma droga de pobre. Agora, há muita hiPÓcrisia no ar.

Tenho nojo da maneira como os grupos mafiomidiáticos criminalizam os aviãozinhos do tráfico mas silenciam ou dão emprego para os grandes consumidores. O silêncio entorno do heliPÓptero com 450 kg de cocaína diz tudo a respeito dos assoCIAdos dos Instituto Millenium. O multipremiado ator argentino, Ricardo Darín explicou muito bem como os EUA poderiam resolver o problema das drogas. A lição serve também para o Brasil. Onde mais Casagrande ganharia emprego senão no lugar que sempre acobertou o seu vício e os fornecedores de seu vício?! Não me venham dizer que é doença. Se fosse, teriam-no levado ao médico e não para a TV.

Qualquer pessoa com meio neurônio sabe que o problema do tráfico não está na Vila Cruzeiro em Porto Alegre. Está nos Bairros Moinhos de Vento, Bela Vista e no sigilo bancário. Basta ver quem é contra  CPMF, a forma mais inteligente de pegar traficante, sonegador e lavador de dinheiro. No entanto, basta folhear a Zero Hora, ver a RBS ou ouvir a Gaúcha para sentir o quanto eles odeiam a CPMF.

Entendeu ou precise que desenhe!?

Mais sobre o baile do Pó Royal

Published setembro 24, 2015 Por Ani Dabar

helicopteroPerrela

Quem aí se lembra disto? Eu sim.

Diário do Centro do Mundo em 24/09/2015

O QUE O AFASTAMENTO DE UM DESEMBARGADOR REVELA SOBRE O TRÁFICO DE DROGAS

Por Mauro Donato

Wellinton Xavier dos Santos, vulgo Capuava, é considerado um dos maiores traficantes de drogas no estado de São Paulo, senão o maior.

Em julho deste ano, a casa caiu. Capuava estava em um sítio com 1,6 tonelada de cocaína pura, 898 kg de ingredientes para misturar e aumentar o volume, 30 fornos micro-ondas para a secagem, além de centenas de utensílios típicos para o preparo e refino da droga e mais quatro fuzis e uma pistola automática.

Foi preso por policiais do Denarc.

Eis que entra em ação o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima. Analisa o caso e liberta Capuava. Disse que as provas eram frágeis. Capuava, claro, deu linha na pipa novamente. Escafedeu-se.

Mas a casa caiu para o desembargador também.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalini, já estava de olho em Otávio Henrique. Achava muito estranho e de “extrema coincidência” o sistema de distribuição do tribunal encaminhar diversos pedidos de liberdade de traficantes para Otávio Henrique e serem atendidos. Muitos deles durante plantões de finais de semana. O presidente do TJ pediu o afastamento do desembargador por tempo indeterminado.

O advogado de Otávio Henrique afirmou que seu cliente determinou primeiro a soltura do traficante e só depois foi que o desembargador “soube de alguns fatos sobre Capuava por meio da imprensa.”

Deixando de lado a galhofa do advogado (ele é pago para defender o indefensável e dizer essas patacoadas), o argumento consciente do desembargador é que é o ponto.

Se aquelas provas eram frágeis, o que dizer quando alguém é pego com um baseado?

O envolvimento de alguém do gabarito de um desembargador diz muito a respeito da política de segurança pública vigente. Ela faz um teatro gigantesco de combate às drogas mas está envolvida até o pescoço. Ou nariz.

A criminalização das drogas serve exclusivamente para fazer girar fortunas escusas e demonstrar poder nas favelas. Os grandes traficantes estão a salvo, longe dali, passeando no barco de um desembargador, nadando na piscina de um deputado, tomando whisky na cobertura de um diretor de novelas.

Um meme de sucesso nas redes sociais circula desde uma apreensão significante, em um caso que o DCM investigou a fundo:

“O helicóptero é dos Perrela; O piloto trabalha para os Perrela; A fazenda é dos Perrela; Já os 500 kg de cocaína não são de ninguém.”

O questionamento que chega ao bizarro retrata fielmente o cenário de promiscuidade entre elite, políticos, polícia e criminosos. O tal “sistema”.

Alexandre de Moraes, atuou como advogado em pelo menos 123 processos defendendo uma cooperativa de transporte suspeita de associação com o PCC para lavagem de dinheiro. Hoje é o atual Secretário de Segurança Pública de Geraldo Alckmin. Ainda que não haja nenhuma comprovação de associação do próprio Secretário com o crime organizado, é algo desprezível? Ninguém viu conflito de interesses?

E que tal entregar a responsabilidade de investigar PMs suspeitos de envolvimento em assassinatos ao promotor Rogério Leão Zagallo, um notório defensor da filosofia “bandido bom é bandido morto”? Não é um tapa na cara? Surpreende que as coisas não mudem?

Por enquanto o desembargador Otávio Henrique de Sousa Lima está apenas afastado e sendo investigado. Se comprovada sua participação, poderá receber uma advertência, ser aposentado de maneira compulsória ou mesmo demitido. Até lá, permanece recebendo salário normalmente.

Já neguinho que tomar uma geral e estiver com os olhos vermelhos…

helicóptero Perrela
E aí, tem isto também.

folha-perrela

Palavras Diversas, 26/11/2013

PERRELA, AÉCIO E LULA:
AS FALSIFICAÇÕES MANCHETADAS PELA FOLHA

“Aliado de Lula é flagrado com 500 quilos de Cocaína”. Restam dúvidas de que esta seria a manchete da capa de um grande veículo de comunicação brasileiro, se, em vez de Perrela, o senador fosse apoiador de Lula? A chamada omitiria o nome do envolvido e, em seu lugar, estamparia Lula para atrair leitores.

Pois bem, como é de conhecimento de muitos, um helicóptero foi apreendido no Espírito Santo com quase meia tonelada de cocaína.

Esta aeronave é de propriedade de um senador da República.

Este político é de Minas Gerais.

E por aquelas bandas ele é apoiador de um outro colega senador, candidato a presidência pelo PSDB…

Zezé Perrela é o proprietário da aeronave e Aécio Neves é seu aliado.

O fato não incrimina, diretamente, Perrela, muito menos pode lançar sobre o tucano qualquer respingo sobre esta ocorrência suspeita que, antes de mais nada, precisa ser investigada e oferecer mais subsídios a polícia chegar às devidas conclusões.

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Agora a análise de como se comportou a Folha de São paulo neste episódio.

Em uma chamada na Folha On Line não há menção sobre o dono do helicóptero, no lugar do nome de Perrela usam o termo “senador”.

Em nenhum momento na matéria é dito que Perrela é aliado de Neves. Acordo que agiram com correção.

Penso que seja preciso aguardar novas informações daquilo que for apurado pelas autoridades policiais. Fazer ilações ou associações, neste momento, representariam o oportunismo e o descompromisso com a verdade dos fatos.

Mas e se fosse um aliado de Lula?

Haveria calmaria nas redações?

As manchetes da grande imprensa seriam um espaço de tranquilidade e justeza no tratamento jornalístico de um fato grave como este?

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A desavergonhada manipulação da Folha On Line quando é Lula o personagem de um fato

Tenho certeza que não.

Lula quando esteve na Argentina para participar do Congresso de Responsabilidade Social, em Buenos Aires, teria sido fotografado ao lado de um deputado, acusado de abuso de poder. O detalhe é que Lula deve ter tirado dezenas de fotos com admiradores que o procuraram para registrar uma imagem ao seu lado, algo bastante comum. O ex-presidente brasileiro é uma liderança de grande popularidade no continente.

E o que fez a Folha de São Paulo?

Diferentemente do tratamento dispensado a Perrela, tratou de associar Lula ao deputado argentino, conforme a imagem impressa acima, extraída do Folha On Line, que não deixa qualquer dúvida.

Neste episódio a ética e a correção passam ao largo da oportunidade de tentar atingir uma adversário político, mesmo que seja necessário ir ao país vizinho em busca de cliques que, supostamente, possam desgastar a imagem de líder democrata de Lula.

Estes e outros exemplos apenas servem para, com enorme prejuízo para a sociedade e para a democracia, flagrar o partidarismo exagerado e a falta de ética no trato da informação por parte de alguns grandes grupos de mídia do país, especificamente a Folha de São Paulo.

Mais sobre o baile do Pó Royal | Luizmuller’s Blog

22/09/2015

CPMF: prostituta, traficante, banqueiro e sonegador todos pagam

Filed under: Adib Jatene,Aloísio Mercadante,CPMF,Janio de Freitas — Gilmar Crestani @ 8:46 am
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Basta pensar: quando extinguiram a CPMF os preços baixaram?!

Entrevistas

JANIO DE FREITAS

Os jornalistas não quiseram ou não se lembraram de ouvir Mercadante a respeito do noticiário que o solapa

A oposição à CPMF tem motivações variadas, mas o espaço de todas é ocupado por uma só: "mais imposto, não!" –o mais insustentável dos motivos. Se pensado um imposto com a finalidade de promover grande e veloz crescimento industrial, nenhum dos industriais que gritam "mais imposto, não!" ficará contra. E, se algum ficar, será um caso patológico de insuficiência excessiva de raciocínio. Mal, aliás, nada surpreendente.

O menos citado dos motivos, suponho mesmo que agora mencionado pela primeira vez, surgiu a meio de uma novidade do jornalismo brasileiro. Desde que se tornou chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante é o alvo de uma avalanche que não se esgota, novas e cansativas repetições de boatos, intrigas, maledicências, fantasias que são a moda no jornalismo político, e até alguma verdade eventual. É detestado por Lula, Lula pede sua demissão, o PMDB o culpa pela crise, Temer não o tolera, será substituído por um não político, é Mercadante quem torpedeia Levy –Mercadante faz Eduardo Cunha parecer amado pela pureza de intenções e ética dos modos.

Nem por isso, em todos esses meses e imputações, a reportagem política e seus chefes quiseram ou se lembraram de ouvir o próprio Mercadante a respeito do noticiário que o solapa. Até que no domingo as repórteres Catarina Alencastro e Simone Iglesias ("O Globo") trouxeram essa novidade jornalística: Mercadante ainda fala.

E continua franco, claro, seguro: (…) "O ex-presidente Lula, que vem pedindo a sua saída?"/ "Não. Hoje (sexta-feira) tomei café com ele. (…) A gente tem uma relação muito rica, muito próxima"/ "Lula acha fundamental que o sr. fique?"/ "Exatamente isso que ele disse". E foi por aí, até à CPMF, para um diagnóstico fundamental e, ao que me consta, nunca mencionado:

"A CPMF é necessária. O problema mais delicado é que atinge o caixa dois. Qualquer empresa que tenha um caixa dois, tem que dar um cheque. E aparece. Então, gera uma preocupação, mas isso não pode ser o fundamental."

Não pode, mas, se não é para todos, é para muitos dos que urram contra a CPMF e movem políticos para impedi-la. Caixa dois é a quantia que empresas em geral mantêm fora da contabilidade, como se não existisse, para transações não registradas, pagamentos por fora e mesmo para esconder lucro, pagando menos impostos de renda e outros. A CPMF, além de tomar algum dinheiro movimentado pelo caixa dois, faria o desagradável papel de acrescentar um importante identificador aos que visam a detectar o dinheiro por fora, que é ilegal e sonegador.

Joaquim Levy diz que a CPMF, como está proposta, nem é sentida pelo pagador. À taxa de 0,2%, em cada R$ 100 a CPMF corresponde a R$ 0,20. Para as empresas, são muitos R$ 0,20, mas não deixam de ser insignificantes. A proporção continua a mesma.

Sobre ser insignificante também para as pessoas, a CPMF, como toda taxação, tem um aspecto social: diferencia-se por ser equitatitiva, aplicar a todos a mesma taxação. No país que tem a indecência de cobrar proporcionalmente mais "imposto de renda" dos assalariados do que sobre os lucros e a renda, uma taxa ao menos idêntica é um avanço.

O ENTREVISTADO

Nem o próprio Moreira Franco imaginaria ser um dia elevado a manchete promocional da "Primeira Página" da Folha, com direito a uma página inteira de foto e entrevista (21.set). Quando governador do Rio, Moreira Franco frequentou muito as páginas da Folha, e nelas ficou para a história em socorro dos que não têm memória ou não conhecem os fatos do seu tempo histórico. Numerosas concorrências dos projetos de Moreira Franco foram anuladas por fraudes, reveladas pela Folha com antecipação do resultado sob disfarce. Várias linhas e estações do metrô, um sistema de abastecimento de água de "necessidade urgente" e até hoje dispensado, um tal "palácio da polícia", eram bilhões de dólares sob fraudes.

Os dados biográficos de Moreira Franco publicados com a entrevista são novidade, para o Rio, sobre esse piauiense. "Doutorado na Sorbonne" lembra o título do ex-ministro, também na Sorbonne, que a Folha descobriu existir só como imaginação.

21/09/2015

O apartheid carioca visto de Porto Alegre

Filed under: Apartheid,CPMF,Privatas do Caribe,Privatidoações,Saúde,Segurança Pública,Violência — Gilmar Crestani @ 10:48 pm
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cpmf boaNão conheço muito da realidade carioca, então vou falar da realidade porto-alegrense. Onde estão os espaços públicos para divertimento de quem não tem dinheiro pra frequenta espaços privados, até mesmo para praticarem esportes?

Os paradoxos da atualidade política podem se medidos por dois fatos vividos por mim.

Quando vim do interior para Porto Alegre, jogava futebol com um time de pedreiros da Vila Tronco nos campos do Cristal, atrás onde hoje há uma floricultura. Ali havia no mínimo dois campos. Nosso time competia com outros times da cidade em campos que já não existem mais: no Marinha, atrás do Chocolatão e onde hoje estão os prédios do TRF4 e Justiça Federal, no Humaitá, onde também havia vários campos e hoje está Arena da OAS.

Na mesma vila de onde vinham os meus colegas de time também estava localizado o Postão do INPS. Para consultar, eu tinha de ir para lá na madrugada para conseguir uma ficha e para ser atendido quase ao meio dia. Pois bem, hoje temos o SUS com atendimento gratuito, mas não temos mais os campos onde nos divertíamos. O atendimento à saúde melhorou graças ao forte investimento do governo federal. Para Lula e Dilma é investimento; para a oposição é gasto. 

A cidade está nas mãos da RBS. O PDT virou sigla de aluguel da RBS. E não é só porque albergou Lasier Martins. Começou com uma parceria com Vieira da Cunha no Governo Olívio Dutra. Olívio foi execrado por um lambe botas do Sartori. Já o atual prefeito, Fortunati, tem toda a condescendência da MAIOJAMA porque é “dado” a uma especulaçãozinha imobiliária. Desde Fogaça, Porto Alegre virou um mercado atrativo de espigões. O Cais Mauá é a cereja do Bolo. Não há espaço público para o público. Só pensam na privada. A RBS tomou conta até do gauchismo. No mês de setembro, os gaúchos botam uma fantasia e vão para o parque  Mauricio Sirotsky Sobrinho. Terminada a micareta da RBS, o espaço do acampamento volta a ser chamado pelo seu verdadeiro nome, Parque da Harmonia.

Como colorado, lembro do esforço que a RBS fez para que melasse o contrato do Inter com a Andrade Gutierrez. Queriam porque queriam participar da construção do estádio mas também do complexo hoteleiro ao redor.

Coincidentemente, a região da Vila Tronco continua nos noticiários. Não pelos pedreiros que lá moram e ganham a vida trabalhando duro, mas pelos constantes tiroteios envolvendo o narcotráfico. De nada adianta a polícia entrar lá atirando e assassinando pelas costas, como fizeram recentemente, com Ronaldo de Lima. Se houvesse real interesse em combater o narcotráfico bastaria cobrarem pela continuidade das investigações do heliPÓptero. Aliás, a região da Vila Tronco pode distribuir, mas quem tem poder aquisitivo para consumir cocaína mora nos bairros de onde parte marcha dos zumbis. Atualmente, o consumo de cocaína veste camisa Padrão FIFA com escudo da CBF.

Aliás, a CPMF é um bonito exemplo de como se pode financiar a saúde com dinheiro do narcotráfico. Mais vai ver se os narcotraficante e seus clientes são a favor da CPMF!

Há uma triste coincidência que irmanam gaúchos e cariocas: Rede Globo & RBS, assoCIAdas ao Instituto Millenium.

A praia será privatizada

O festival de arrastões nas praias no último fim de semana fez com que as autoridades e parte significativa da imprensa voltassem com força total a pedir medidas de exceção, tipo dar à Polícia Militar o direito de entrar num ônibus e retirar dele quem acharem com cara de ladrão. É muito mais fácil reprimir direitos individuais do que atacar as causas da proliferação de desajustados, entre elas a concentração de renda, a falência da educação federal, municipal e estadual, a falta de saneamento básico, de moradia digna etc.
A solução encontrada é novamente dar aos PMs o direito de entrar num coletivo e pinçar aqueles que lhes parecerem assaltantes. Mesmo que retirem dezenas de jovens que realmente iriam à praia roubar, se apenas uma pessoa que queria se divertir no fim de semana for impedida de aproveitar seu dia de folga já terá sido cometida uma injustiça irreparável.
Como ainda não está em vigor a solução simplista e inócua da redução da maioridade penal, querem subverter o estado de direito, que admite prisão de menores apenas em flagrante delito. Como não dão mais conta de policiar as praias, acham agora que a solução é manter os pobres longe delas. Ingenuamente, o secretário de Segurança disse que só vão andar nos ônibus, jovens que tiverem dinheiro para pagar a passagem. Ué, não deveria ser sempre assim?
Não sei se o fascismo à carioca _ vitaminado pelo pavor da classe média e pela revolta dessas legiões de jovens das periferias _ vai perder a queda de braço para o estado democrático de direito. Pra mim, falta pouco para colocarem grades e bilheteria nas praias. Vão acabar privatizando: entregam Ipanema, por exemplo, a uma grande empresa, como a Vivo ou a Coca-Cola, e esta toma conta do lugar, com cercas, bilheteria, segurança privada e banheiro químico pra todo mundo ficar numa boa enquanto o mundo explode lá fora. Já tiraram os pobres do Maracanã, está chegando a hora de tirá-los também das praias.
A onda nazi é tão forte que o próprio governador do Rio apoiou a ação repressiva dita preventiva, que escancara nosso fracasso como sociedade. A medida de Pezão, Beltrame e cia., ditatorial, racista e discricionária, é prima da tal presunção de culpa, usada em julgamentos quando se quer condenar o réu de qualquer jeito. E olhe que, diante do ódio que parte da classe média está nutrindo, essas iniciativas do estado são até moderadas. Tem coxinha que nem quer mais baixar a maioridade penal, quer é colocar todos esses adolescentes no paredão mesmo. Resta saber se os pitboys justiceiros de Copacabana serão tratados pela polícia e pela justiça da mesma forma que os ladrões da periferia.
O que me assusta é que os arrastões não têm ocorrido só nas praias, já se espalharam pelas ruas de Copacabana, Ipanema e Lagoa. A tragédia já se antecipou às medidas fascistas paliativas. Ouso dizer que nosso futuro, se a coisa continuar nessa progressão, é viver ao lado de uma faixa de Gaza cercada pelo Exército para que os ensandecidos não nos trucidem.
Para um país onde querem porque querem tirar uma presidente do cargo na marra, é um futuro bem factível.

http://www.rioacima1.blogspot.com.br/

28/08/2015

CPMF, sou a favor

Filed under: Adib Jatene,CPMF — Gilmar Crestani @ 10:03 am
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cpmfSou um antigo defensor da CPMF. Dentre os muitos impostos e contribuições, a CPMF é a mais isonômica, universal e justa. Pagariam CPMF todo os valores que circulam na corrupção, no narcotráfico, no CARF, na Globo, na RBS, no Instituto Millenium, no PCC. Se Alstom manda para o HSBC, paga. Todos os sonegadores da Lista Falciani pagariam. O Fernandinho Beira-Mar, o Aécio Neves e o Marcola também pagariam. As igrejas, incluindo a lavadora do Eduardo CUnha pagariam. Todas as empreiteiras do corruptores presos na Lava Jato também pagariam. Adib Jatene deixou este legado, que o tucanato, tão logo Lula assumiu, trataram de terminar.

Em suma, todos os bandidos pagariam. Mesmo que um helipóptero com 450 kg de cocaína possa virar pó nos jornais, o dinheiro usado para movimentar esta enorme quantidade de pó pagaria CPMF.

Os impostores do impostômetro são contra a CPMF porque é o único imposto que não dá para sonegar. Os coxinhas, cuja ignorância virou chacota mundial, também pagariam. Os reis dos camarotes vip do Itaquerão teriam de pagar. A Ambev, o Banco Itaú, a Multilaser, a Siemens, a Gerdau e o Gilmar Mendes também teriam de pagar.

Empresários e políticos se opõem à recriação da CPMF

Proposta da equipe econômica para fechar orçamento enfrenta resistência

Crise econômica reforça oposição do setor empresarial, e crise na política torna difícil aprovação no Congresso

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Empresários e líderes políticos atacaram nesta quinta (27) a proposta do governo de recriar a CPMF, imposto sobre transações financeiras que foi extinto em 2007 e agora é visto pela equipe econômica da presidente Dilma Rousseff como essencial para equilibrar o Orçamento de 2016.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que a recriação é inoportuna em meio à recessão que o país enfrenta. "Com a economia em retração, é um tiro no pé", afirmou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), considerou improvável que a proposta seja aprovada. "Sou pessoalmente contrário à recriação da CPMF nesse momento e acho pouco provável que tenha apoio", disse.

Líderes empresariais também criticaram. "Num momento de retração da economia, propor aumento de imposto é uma péssima ideia", afirmou o presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Robson Andrade. ÀFolha, ele classificou a possível medida como "um absurdo".

Ligado ao PMDB, o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, criticou o ministro da Fazenda. "Ou o ministro [Joaquim] Levy muda a política econômica ou a presidente Dilma que mude o ministro Levy". À noite, num jantar na sede da entidade, ele voltou à carga (leia abaixo).

A ideia pegou de surpresa o vice-presidente Michel Temer. Pela manhã, ele disse que havia só um "burburinho" sobre a recriação do imposto: "A primeira ideia é sempre essa: não se deve aumentar tributo, mas, por outro lado, há muitas vezes a necessidade, não estou dizendo que nós vamos fazer isso".

À tarde, Dilma mandou avisá-lo que o governo decidira propor a medida, mas ainda estava avaliando a sua viabilidade no Legislativo.

Se conseguir reduzir a resistência à medida, o governo pretende encaminhar uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) ao Congresso na segunda (31), último dia para apresentação do Orçamento para 2016.

Ministros saíram em campo em busca de apoio para a proposta, acionando economistas influentes, como o ex-ministro Delfim Netto, e procurando governadores.

Levy almoçou com Renan. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, foi escalado para defender a iniciativa publicamente. Ele afirmou que o governo pretende dividir as receitas do tributo com Estados e municípios, numa tentativa de obter apoio ao projeto.

Hoje, 4,7% do PIB é gasto com saúde, segundo Chioro. Com a nova contribuição, afirma, esse percentual poderia passar para 6%. Ele se referiu ao tributo como "Contribuição Interfederativa da Saúde".

DESENTENDIMENTO

A ideia de recriar a CPMF surgiu nesta semana por causa de um desentendimento entre Levy e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sobre o tamanho do corte de despesas necessário para equilibrar o Orçamento.

Inicialmente contrário à ideia, Levy passou a defendê-la nos últimos dias, após perceber que não conseguiria promover uma redução mais profunda das despesas.

Nos cálculos da Fazenda, um imposto com alíquota de 0,38%, ou algo próximo a isso, seria suficiente para aumentar a arrecadação em R$ 80 bilhões e, assim, bancar os gastos federais.

Criada em 1996 para financiar sobretudo o sistema de saúde pública, a CPMF foi extinta em 2007, numa votação que representou a maior derrota sofrida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.

Por incidir sobre qualquer movimentação financeira, a cobrança da CPMF atinge consumidores individuais que possuem conta em banco e qualquer empresa que faça transferências de valores no sistema bancário.
(NATUZA NERY, VALDO CRUZ, MARINA DIAS, NATÁLIA CANCIAN, ANDRÉIA SADI, RANIER BRAGON, MARIANA HAUBERT E TATIANA FREITAS)

25/08/2015

ENEM se fala mais nisso

OBScena: membro da Ku Klux Klan sendo atendido por médicos negros

KuKluxKlansendosocorridopormdicosnegrosOs grupos mafiomidiáticos, cabresteados por uma oligarquia excludente e preconceituosa, tem feito guerra contra qualquer política pública que busca abrir espaços mais republicanos de acesso aos bens e serviços públicos. Toda vez que se cria política pública de universalização e de melhoria para os mais necessitados, a gritaria é geral, mas restrita aos privilegiados de sempre. Privilegiados inclusive em se fazer ouvir.

Foi assim com o SUS, com as políticas de cotas e inclusão social, com o ENEM, com Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos.

Cotas raciais

Para combater a política de cotas do Governo Lula, a Globo escalou Ali Kamel para perpetrar um petardo chamado “Não somos racistas”. O livro teve sua serventia. A Rede Globo avocou o direito de dizer o que é e o que não é racismo. Só uma empresa de jornalismo dirigida por ETs poderia sair-se com algo tão ridículo. Assim, a política de cotas serviu não só para resgatar uma dívida histórica com amplo segmento marginalizado da nosso sociedade, mas serviu ainda mais para mostrar quem são os que ainda hoje se aproveitam deste apartheid. Que pode haver alguns problemas na política de cotas não esta dúvida. Basta citar caso do Joaquim Barbosa e Mathias Abramovic, médico carioca, branco de olhos verdes, que se inscreve mais uma vez como cotista para uma vaga reservada a negros no Itamaraty. Embora estes dois casos tenham sido usados para detonar com a política de cotas, o que fica claro que é há pessoas de mau caráter em todas as etnias. Algo bem diferente é dizer que não há necessidade de cotas porque “não somos racistas”. Para complementar os dois exemplos anteriores, e ficando somente entre os famosos, que a realidade da vida real é ainda mais cruel, basta trazer a baila mais dois nomes ligados, em lados opostos, ao racismo: Rachel Sheherazade e Maria Júlia Coutinho, a Maju, apresentadora do Jornal Nacional da Rede Globo.E, para finalizar, ainda ontem saiu a informação que a polícia do Rio de Janeiro aborda ônibus e interrompe a viagem de jovens negros com destino à zona sul da cidade. Para encerrar, a guerra do Ali Kamel e da Rede Globo contra as cotas raciais fez brotar de maneira assustadora os movimentos nazi-fascistas.

Saúde Pública

O SUS/SAMU, o maior programa de saúde pública do mundo, é uma grande vítima. Por desvios funcionais, de caráter e de informação, a parcela da sociedade que não só tem recursos próprios para tratar da própria saúde como também pode adquirir plano de saúde particular, é a que mais ataca o SUS. Veja-se o caso do MBL, um grupelho de jovens desocupados mas muito bem finanCIAdos, se insurge contra qualquer política governamental que ouse usar recursos públicos em prol dos mais necessitados. Na marcha dos vadios para Brasília, um dos onze integrantes foi atropelado. Não foi seu plano privado de saúde que o resgatou e levou ao hospital público mantido pelo SUS. Foi a SAMU. Da mesma forma, quando a global famiglia Huck sofreu acidente aéreo, quem socorreu não foi seu plano privado, foi o SUS. Ainda dentro deste assunto é importante registrar que no Governo FHC foi criada a CPMF. O dinheiro que deveria te sido usado na saúde pública foi utilizado para qualquer coisa, menos para o fim a que foi criada. Bastou mudar o governo, e para impedir que o dinheiro passasse a ser utilizado de fato em saúde pública, a mesma classe reacionária, aquela que abriga os 300 picaretas do Eduardo CUnha, extinguiu a CPMF.

Exame Nacional de Ensino Médio

Uma das maiores batalhas contra os governos Lula e Dilma deu-se com a criação do ENEM. Em uníssono, todos os assoCIAdos do Instituto Millenium martelaram dia e noite contra um dos programas de interesse público mais bem concebidos. A Veja faz sentido. Ela usa os dinheiros da venda de informação, que não é tributado, para entrar no mercado da educação. E não é só a distribuição de milhares de assinaturas pelos sucessivos governos do PSDB em São Paulo. Entrou também para o ramo dos livros didáticos. Os demais, para atenderem seus financiadores ideológicos, deste logo investiram contra. Lembro que em Porto Alegre, meninas de classe média e frequentadoras de cursos pré-vestibulares botaram narizes de palhaço e foram pra rua protestar. Elas ganharam espaço, os jovens de origem humilde e de periferia que sempre lutaram por mais acesso à educação pública gratuita e de qualidade, nunca tiveram espaço. Acontece que com o ENEM tem acesso às Universidade Públicas não aqueles filhos de classe média e média alta que puderam frequentar boas escolas particulares ou que puderam pagar caros cursinhos pré-vestibulares. Afinal, o que é público deve ser de acesso para todos os públicos. Não é engraçado que aqueles que advogam o ensino privado tenham lutado tanto para o acesso exclusivo ao ensino superior público? Por que não se contentaram com o ensino nas Faculdades Privadas? O ENEM, aliado a outras políticas públicas, como as cotas e o PROUNI, permitiram o acesso ao ensino superior a jovens que de outra forma chamais conseguiriam. As salas ficaram com uma cara mais parecida com a nossa heterogênea sociedade. Hoje, filho de pedreiro, de doméstica, de colono e outras tantas profissões mais simples tem acesso e compete com jovens de classes altamente privilegiadas. A efetiva mudança na sociedade vai demorar mais para ficar mais perceptível. Há que se esperar que essa nova leva de jovens retornem dos estudos e se integrem no mercado de trabalho para que a defesa destas políticas se torne mais contundente.

Luz para Todos

Vide o caso dos programas Minha Casa Minha Vida e o Luz para Todos. É constrangedor ver colegas que usam o financiamento da Caixa para adquirir moradia combaterem o uso de dinheiro público no programa Minha Casa Minha Vida. Embora em menor escala, também por ser um programa público, o Luz para Todos foi ferrenhamente combatido. O exemplo da luz é paradigmático e simboliza o ódio de classe que desnorteia a cabeça de nossa direita Miami. Ao contrário da última frase atribuída ao poeta alemão, Goethe, nossas elites não querem “luz, mais luz”, porque em terreno escuro quem tem lanterna de celular comando o tráfico.

Mais Médicos, Menos HiPÓcrisia

E por fim o Mais Médicos. Nada é mais emblemático do atraso mental, e por isso também mais simbólico, de nossas elites do que o programa Mais Médicos. Nem o bloqueio das contas de poupança pela Zélia Cardoso de Mello no governo Collor provou ira maior do que a vinda de médicos para atender a população onde não havia médicos. Os ataques não se devem apenas à perda do poder econômico de uma classe, mas atinge o seu mundo simbólico. Os cursos de Medicina eram redutos de acesso extremamente difícil. E um pouco devido a esta dificuldade, os formandos, genericamente falando, pensavam e alguns ainda pensam, que se tratava de uma cesso a um garimpo com pepitas garantidas. Pode-se dizer que foi este programa que fez com que a brasa do fascismo que estava coberta de cinza se destapasse. As manifestações mais raivosas, de mais baixo nível foi contra este programa de atendimento ao público mais carente de acesso à saúde pública. Se é verdade que poderia ser melhor, também é verdade que é melhor um médico nas condições atuais do que nenhum. É uma conclusão de uma clareza meridiana mas que mentes obnubiladas de ódio não captam. O problema maior continua sendo de comunicação, de informação. Acontece que há espaço para quem, por razões óbvias, condena este programa, mas pouco espaço se dá para mostrar o que aconteceu nos lugares onde eles estão. Não se ouve o público que está sendo atendido por este serviço.

Os mais jovens, por não terem vivenciado outra realidade, não têm ideia de como as coisas funcionavam há 15, 20 anos atrás. Os mais velhos hão de lembrar de como era difícil consultar um médico no INAMPS… Cursar uma faculdade pública…

12/07/2015

Galinha não voa, mas faz pensar

Filed under: CPMF,Galinha,José Fortunati,Mais Médicos,PSDB,RBS,Tucano — Gilmar Crestani @ 11:46 am
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Uma coisa é certa: no mundo animal galinha tem mais cérebro que tucano. E como tem bico é menor, diz menos bobagens.

mafia de branco só apoia consumidror de brancaNão há como não concordar com o editor do Xangri-lá, Jorge Loefler. Lendo o texto abaixo, que deu suporte ao comentário do blogueiro, fiquei com a impressão que a rede hospitalar, anterior ao Mais Médicos era excelente e quebrou com a vinda dos médicos cubanos. Ora, quem chega a esta conclusão não merece explicação posto que nem desenhando entende. Não sou nem serei defensor do Fortunati. Não só porque não votei nele como também porque vive de quatro para a RBS. Agora, parece fácil condená-lo pelas trapalhadas do tiririca da Serra, José Ivo Sartori. Devemos lembrar que, com todos os problemas, Tarso Genro aplicou os 12% constitucionais em saúde. Quem votou neste palhaço, no mau sentido, também votou nos toxicômano das alterosas, votou em Lasier Martins e em Ana Amélia Lemos. Não fosse o dinheiro sonegado pela RBS, Gerdau e demais pegos na Operação Zelotes e teríamos, sim, melhores hospitais.

A máfia de branco, que usa dedos de borracha para marcar presença, não gosta de concorrência. A máfia tem razão em defender seus interesses. A população tem direito a exigir mais saúde. O que o editor do CristalVox deveria explicar é, neste tema da saúde, porque ele votou num toxicômano para presidir o país. Afinal, qual dos dois é mais doente, o eleitor ou o Napoleão das Alterosas?!

Precisamos de Mais Médicos, Menos HiPÓcrisia! Por que a Máfia de branco apoia usuário de branca?!

O editor do CritalVox deveria se lembrar de quem, quando era governo, criou a CPMF para investir na saúde, mas quando saiu, fez por enterrá-la. Não admirar que consegui, num curto espaço de texto, dizer tanta boçalidade que só o pode fazer mediante o acompanhamento médico…

GALINHA NÃO TEM MENINGITE

“Diz o blogueiro: o editor do CristalVox foi candidato a deputado estadual obtendo alguns milhares de votos. Seu partido é o PSDB, partido que comprou votos para alterar a Constituição a fim de dar ao Vaidoso Henrique Cardoso, entreguista mor dessa direita nojenta. No segundo mandato eles venderam o que puderam do patrimônio da nação, mas lhes faltou tempo para entregarem a interesses estrangeiros o nosso petróleo. Eleito Lula este percebeu que a miséria era muito grande e em seu governo elevou o ganho dos mais pobres trazendo assim milhões de brasileiros ao mercado de consumo. Lula foi reeleito e elegeu Dilma que foi reeleita embora o outro lado tenha feito tudo o que estava ao seu alcance. Perdida a eleição já no dia seguinte caíram de pau na Presidente democraticamente reeleita. Agora eles estão desesperados, acredito eu por que lhes falta o oxigênio que move a classe política de modo geral, embora haja exceções, que é o dinheiro do Tesouro Nacional. Quando o tal Vaidoso exercia a Presidência nossos diplomas eram humilhados ao ingressarem no território americano, pois lhes era exigido tirassem os sapatos para serem revistados. Com O PT no governo as coisas mudaram.Faz pouco tempo a Presidente tinha visita marcada a Washington e ao saber da escuta de seus telefones feita pelos paladinos da democracia canelou tal visita. Isto é altivez que só os retos impõem. Agora passado algum tempo nossa Presidente esteve lá atendido a convite de Hussein Barak Obama. Faz pouco tempo que sabemos que nosso pré-sal vale trilhões de dólares e isto interessa ao senhores da democracia, nossos ‘amigos’ americanos. A direita está assanhada por saber que se retornarem ao poder poderão entregar nosso óleo aos paladinos da democracia. Isto por certo os faria multimilionários para o resto de suas nojentas vidas.Espero que nosso povo tenha consciência disto e os mantenha longe da Presidência por longo tempo pelo bem de todos nós e de meus netos.”

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Leudo Costa 11 de julho de 2015 Política

prefeito deputada galinha

fortunati regina e a galinha
Na última quinta-feira, dia 9 de julho, um prefeito ex-petista, que sente mais pena das galinhas do que dos pacientes atendidos por médicos cubanos, entrou com uma ação na justiça para que o seu município, a sua “querida” Porto Alegre, receba mais dinheiro para saúde. Disse o prefeito: “Retiramos de outras áreas e concentramos na Saúde. Mas nem isso está sendo suficiente. Se tem alguma prioridade a ser atendida, tem que ser a Saúde. Estamos lidando com vidas, o Judiciário precisa entender isso”. O que ele não disse é que ele e seu ex-secretário, aquele que gosta de livros publicados por repórteres da RBS, lideraram a frente nacional de prefeitos que trouxe o Programa Mais Médicos para o Brasil, que ajudou a destruir a rede Hospitalar e que continua despedindo médicos brasileiros para contratar cubanos em seu lugar !
Porto Alegre atende hoje, e sempre atendeu, um gigantesco número de pacientes vindos do interior. A situação agora agrava-se porque dois surtos de “meningites” atingem o Rio Grande do Sul. O primeiro é real: crianças estão morrendo devido a escassez de recursos que amontoa estudantes nas escolas e pacientes nos hospitais e manda dinheiro para construir aeroportos em Cuba e hospitais na Palestina. A segunda “meningite” é política: o RS era governado pelo peremptório poeta de mão cheia Tarso Genro. Ele quebrou o Rio Grande do Sul mas, por pior que fossem suas relações com a União, ainda assim era petista. Sartori não é do PT e os meningococos que estão matando crianças também não. Isso significa que nesse momento a cidade depende de um prefeito ex-petista relacionar-se com um governador do PMDB para que esse consiga dinheiro de uma presidente que, lá pelas tantas, é o PMDB que pode derrubar. É…não está fácil para as crianças gaúchas com meningite. Já não era fácil: agora tornou-se impossível.
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado, o Rio Grande do Sul já registra nove óbitos por doença meningocócica em 2015. As últimas três mortes confirmadas ocorreram em Cachoeirinha e Dom Feliciano. Até agora, já são 39 casos confirmados da doença bacteriana no Estado. Há também o caso de uma morte por meningite viral registrado em janeiro em Canoas. O maior Hospital Materno Infantil do Estado, controlado pela prefeitura de Porto Alegre, o Presidente Vargas, foi sucateado pela passagem de Casartelli pela Secretaria da Saúde. O Hospital da Restinga, que Fortunati diz ter “inaugurado”, não passa de uma UPA que só não é pior que aquela que existe na Assis Brasil e que tanto trabalho vem dando para um Presidente de Sindicato que tem filhos formados em Cuba em virtude das pancadaria e ameaças aos médicos. Esta última é administrada pela “chinelagem” do Grupo Hospitalar Conceição: aquele mesmo que compra aparelhos de pressão por 3 mil reais cada um e coloca próteses de quadril em pacientes que não precisam.
Sugestão para quem vai nascer em Porto Alegre: venha como galinha; não como criança. O prefeito, ele mesmo, vai parar seu carro e atender você. Na pior das hipóteses, lembre-se: Galinha não Tem Meningite!

O texto foi produzido a 04 mãos. Pelo médico Milton Simon Pires e pelo editor do Cristalvox.

Copiado de: http://cristalvox.com.br

Praia de Xangri-Lá

01/12/2014

CPMF, sou a favor!

Filed under: CPMF,Mais Médicos,Saúde — Gilmar Crestani @ 8:10 am
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Sou, desde a primeira hora, defensor da CPMF. Não só porque a Saúde Pública deve ser priorizada mas também porque é o único imposto que traficante e alguns profissionais liberais pagam. Banqueiro e camelô pagam proporcionalmente ao que faturam. O assalariado e o empresário pagam da mesma forma. A CPMF deixa pistas que favorecem a fiscalização pelos órgãos como Polícia e Ministério Público investigarem.

Quando vem a baila o assunto CPMF lembro sempre de meus tempos de bancário. A Agência do Brasdesco da Praça Oswaldo Cruz, em Porto Alegre, tinha movimentação inferior à agência de Corumbá. Isto é, o dinheiro usado na movimentação dos helicóptero do pó teria deixado rastros e as digitais na CPMF. Os desvios na Petrobrás já eram conhecidos quando houve CPMF e agora ficaria ainda mais fácil de rastrear.

Mais Médicos e CPMFGovernadores eleitos do PT articulam a volta da CPMF

Petistas vitoriosos no Nordeste querem campanha suprapartidária pelo tributo

Consultada, Dilma não discordou da proposta, mas afirmou que é importante avaliar a conjuntura política

CATIA SEABRAMARINA DIASENVIADAS ESPECIAIS A FORTALEZA

Com o consentimento da presidente Dilma Rousseff, governadores petistas recém-eleitos começaram a articular a volta da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira), o extinto tributo cobrado automaticamente a cada transmissão de valores no banco.

Encampada por Camilo Santana (Ceará), Rui Costa (Bahia) e Wellington Dias (Piauí), a proposta será apresentada ao próximo time de governadores do Nordeste num encontro regional no próximo dia 9, na Paraíba.

Os três governadores nordestinos até já submeteram a ideia a Dilma, na noite da última sexta (28), durante encontro da sigla em Fortaleza.

Sugeriram uma campanha suprapartidária pela CPMF, também conhecida como o imposto do cheque. A mobilização começaria pela região. "Queremos partir do Nordeste para outros Estados. Temos que ter a responsabilidade e a coragem de defender a CPMF", diz Santana.

Dilma, segundo contam, não discordou da articulação, que visa ampliar recursos para a saúde. Mas fez uma ressalva: "A presidente disse que é preciso avaliar a conjuntura política", lembra Costa.

Dentro do governo, em posições bem próximas a Dilma, há fervorosos defensores da volta da CPMF. Entre eles estão o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e o secretário de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini.

No sábado, um dia após Dilma discursar no evento do PT, o presidente do partido, Rui Falcão, também propôs um grande acordo nacional para reforçar a receita da saúde.

Governadores e prefeitos perderam receita nos últimos anos devido ao fraco crescimento econômico e, ainda, por causa de desonerações que reduziram repasses. Daí o interesse em encontrar novas fontes para financiar a saúde, um dos itens mais custosos do orçamento público. O raciocínio vale para mandatários de todos os partidos.

Anfitrião do encontro do dia 9, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), defende maior destinação de recursos à saúde. "Estamos sufocados", disse.

Outro defensor declarado é o tucano Beto Richa, reeleito governador do Paraná. "Preciso consultar o partido. Mas já me manifestei a favor da CPMF", afirma.

A ideia segundo a qual poderia haver um entendimento suprapartidário sobre o tema é baseada ainda na posição histórica de várias lideranças sobre o assunto.

No Senado, por exemplo, também há adeptos no próprio PSDB, a principal sigla de oposição. É o caso dos recém-eleitos José Serra, ex-governador de São Paulo, e Antonio Anastasia, ex-governador de Minas Gerais. O atual governador paulista, Geraldo Alckmin, porém, já divergiu de Serra sobre o assunto.

A CPMF tem origem no Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), criado em 1993, no governo Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso ministro da Fazenda. Tinha alíquita de 0,25%. Com nova sigla, mudança na destinação do dinheiro e alíquota de 0,38%, durou até 2007, quando o Senado rejeitou sua prorrogação, uma das mais importantes derrotas do governo Lula.

O tema foi objeto de debate na disputa presidencial deste ano. O PT acusou a rival Marina Silva (PSB) de mentir sobre sua posição em relação ao assunto. Ela gabava-se de ter votado a favor da contribuição. Mas foi contra.

O temor do governo em assumir já uma campanha aberta é acirrar os ânimos após acalorada eleição. A articulação dos governadores servirá de termômetro.

06/11/2014

Bolsa Banqueiro? Quem são mesmo os bandidos?!

sonegometroA Bolsa Família é de R$ 70,00. Divida os R$ 200 milhões e terás 2.857.142 de bolsas.

E agora, quem é mesmo bandido. Quem rouba uma galinha? Vamos lá, Aécio, ao invés de pedir menoridade penal, peça pena de morte para quem sonega acima de um milhão? É fácil bancar o machão com pobres, quero ver bancar o honesto com bandido e sonegadores? 

Aproveita e põe no pacote de aumento de pena para sonegadores os traficantes, os donos de helicópteros usados para traficar.

A prática não é nova. Só para lembrar os órfãos de Joaquim Barbosa, o Ministro do STF comprou um apartamento nos EUA por U$ 10 (dez dólares), usando a empresa de fachada ASSAS JB CORP….

Estes são os que querem falar em corrupção, em “custo Brasil”, em menoridade penal, em ética. Ao invés de condenarem o Bolsa Família porque não condenam Bolsa Banqueiro. Claro, para quem inventou o PROER, sonegação de banco é considerado prática elogiosa. Ruim mesmo, para essa cambada de sonegadores, é utilizar bancos públicos, como a CAIXA, para financiar com taxas mais baratas imóveis para a classe média.

Cada vez fica mais claro porque os bancos, e sua manada de imbecis imbecilizados pela velha mídia(Globo e seus milhões sonegados), são contra a CPMF. Simplesmente porque com o CPMF todo mundo, desde traficante a sonegador, pagavam.

Operação de bancos reduz impostos em R$ 200 mi

Medidas do Itaú e do Bradesco estão em documentos obtidos pela Folha

Práticas, que envolvem acordo com governo em paraíso fiscal europeu para reduzir lucro, não desrespeitam a lei

FERNANDO RODRIGUESDE BRASÍLIA

Uma simples troca de papéis resultou na economia de R$ 200 milhões nos impostos pagos pelo Bradesco e pelo Itaú-Unibanco. As operações foram concluídas em 2008 e 2009 em Luxemburgo, pequeno paraíso fiscal europeu.

A prática é conhecida como elisão fiscal e não se trata, em princípio, de crime. Tampouco é algo novo. Mas, desta vez, tudo está comprovado e detalhado em 1.028 documentos que expõem as operações de forma inédita.

Os arquivos secretos foram obtidos pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), ONG sediada na capital dos EUA. O acervo contém informações de 343 empresas de diversos países.

Os documentos foram produzidos pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers), que presta serviços de assessoria tributária. A Folha teve acesso aos dados por meio de parceria com o ICIJ.

O benefício que os bancos brasileiros têm em Luxemburgo é concedido por meio de um acordo de reconhecimento de "tax goodwill", ou "direito creditório sobre rentabilidade prevista no futuro", na explicação de Everardo Maciel, secretário da Receita Federal de 1995 a 2002.

Pelo acordo, os bancos são autorizados a lançar nos balanços em Luxemburgo o chamado "intangible tax asset", ou ativo fiscal intangível.

A lei brasileira impõe a cobrança de 40% sobre o lucro bancário: 25% de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e 15% de CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).

A Folha consultou técnicos da Receita Federal. A conclusão de todos é que foram realizadas operações contábeis para reduzir o pagamento de impostos no Brasil.

O subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, também analisou os documentos a pedido da Folha. A Receita não se manifesta sobre casos concretos, disse, mas acrescentou:

"[A Receita] tem identificado e autuado operações praticadas por empresas situadas no Brasil com empresas vinculadas ou pertencentes ao mesmo grupo no exterior quando estruturadas para gerar, de forma artificial, perdas no país e ganhos no exterior que não serão tributados, seja por ocorrerem em paraísos fiscais ou por estarem acobertadas por acordos de não tributação".

Para Martins, "trata-se de mais um planejamento tributário internacional abusivo, com o único propósito de gerar redução dos impostos".

O aspecto mais obscuro é o cálculo do "ativo fiscal intangível". Os bancos sugerem o valor, que é aceito pelo governo luxemburguês.

Os documentos preparados pela PwC aos bancos são quase idênticos: informam que o benefício deve ser concedido por causa de uma "contribuição oculta" feita às subsidiárias em Luxemburgo. O objetivo seria alavancar os negócios no paraíso fiscal.

IMPOSTOS

Os documentos indicam que o Bradesco obteve o direito de abater até R$ 25,3 milhões de impostos em 2009, em valores da época.

No caso do Itaú, encontra-se uma redução de impostos no Brasil equivalente a até R$ 112 milhões em 2008. O Unibanco teve abatimento máximo de R$ 62,7 milhões em 2009. À época, Itaú e Unibanco eram duas instituições –eles se fundiram em 2008.

Os documentos da PwC se referem apenas a 2008 e 2009 no caso de empresas brasileiras. Não há como saber o que se passou de lá para cá.

Não há dados disponíveis de todas as operações no exterior de bancos brasileiros. Por isso, é impossível saber com precisão quanto cada instituição economizou com contratos em paraísos fiscais.

O Bradesco, que fez a operação com o governo luxemburguês em 2008, pagou à Receita naquele ano R$ 1,8 bilhão de IR e CSLL, em valores da época. O desconto obtido em Luxemburgo (R$ 25 milhões) equivale a 1,41% do que pagou em tributos.

Já para o Itaú-Unibanco, o valor total de impostos pagos em 2008 foi de R$ 1,2 bilhão. O abatimento máximo obtido em Luxemburgo representou, então, economia de 9%. Em 2009, a fatia foi de 3,75%.

Não há evidência de irregularidade nessas operações.

Os bancos negam ter feito os contratos com Luxemburgo apenas para reduzir seus impostos devidos no Brasil.

A partir da divulgação dos documentos revelados nesta reportagem, caberá à Receita Federal do Brasil decidir se abrirá procedimentos formais para analisar os acordos das instituições financeiras com o governo luxemburguês.

02/10/2014

Diagnóstico cirúrgico da política brasileira

Filed under: Administração Pública,CPMF,Janio de Freitas,Política — Gilmar Crestani @ 7:52 am
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Instituto Milleniumj

A velha mídia tentou canalizar toda insatisfação ao governo federal. Eximiu os governos estaduais e municipais das suas responsabilidades. Para os membros do Instituto Millenium, o inimigo é o PT. Então, qualquer mau tempo a sigla tem de ser usada para demonizar o partido e seus membros. A velha mídia nunca lembra das responsabilidades dos prefeitos ou governadores, a menos que sejam prefeitos e governadores do PT.

Alguém já viu alguma boa matéria dos múltiplos veículos da RBS sobre a administração municipal de Porto Alegre? Nada de nada. Mas sobre os problemas do governo do RS a RBS age e reage sem tréguas, faça chuva ou faça sol, dia ou noite. Da mesma forma em relação ao Governo Federal. Não cobra do Município as competências municipais. Mas cobra do Governo Federal responsabilidades que são dos Estados. Ah, os Estados não tem dinheiro. Sim, como também os municípios não tem dinheiro. Por que a União teria? Se o RS não tem dinheiro, por que a RBS quer ver comandando o Estado uma sua fiel escudeira? E nem venham me dizer que a decadência da RBS sirva de exemplo de boa administração…  Se a prefeitura não tem dinheiro, porque tem tantos candidatos? Seria apenas para botarem a culpa nos outros?

E é até engraçado quando culpam o Governo Federal pela falta de recursos estaduais e municipais. Não porque não exista esta discrepância, mas ela foi criada exatamente pelos políticos que a RBS apoia.

Muitos já devem ter esquecido, mas quem tem memória e acompanha a política pelo menos desde os tempos do ditador João Figueiredo, deve estar lembrado da famigerada Lei Kandir que transferia recursos dos Estados para a União. Nestas horas ninguém lembra que a lei da centralização dos recursos tem a chancela de FHC?

Os mesmos que acusam alta carga tributária foram os que criaram a CPMF, que diga-se de passagem foi a contribuição mais justa que já existiu neste pais, mas que tão logo o PSDB foi apeado do poder contou com a participação da velha mídia para acabar.

A CPMF foi extinta porque cobrava igual de todo mundo, do traficante, do profissional liberal que não paga imposto, dos sonegadores, das empresas, dos bancos, do corrupto, do sonegador, do Edir Macedo, do Sirotsky. Todo mundo, principalmente quem lavava dinheiro, como a Odebrecht, pagavam.

JANIO DE FREITAS

De erro em erro

Dilma recebe de volta parte da perda de apoiadores sofrida quando das manifestações de junho de 2013

Ao fim da eleição presidencial, será possível concluir que seu resultado, seja qual for, mesmo no caso do vitorioso foi feito mais por erros do que por acertos.

A subida dos índices que sugerem a vitória de Dilma, por exemplo, não se faz com números próprios da campanha. Dilma recebe de volta parte da perda de apoiadores sofrida quando das manifestações de junho do ano passado. Os seus mais de 60% de apoio ruíram então à metade. A ideia consagrada é de que foi obra direta das manifestações. Mas a queda foi efeito de um erro gravíssimo de percepção política e de tática de governo.

As frustrações da esquerda, da direita e da alienação tinham a modéstia das causas municipais e estaduais. A começar do berro originário, voltado para o prefeito paulistano e as passagens de ônibus. O improviso das faixas e das palavras recitadas nem tinha consciência dos seus destinatários, na ignorância generalizada da configuração administrativa brasileira. O que inclui até a imprensa, na qual educação fundamental e saúde são sempre atiradas na conta federal, quando sua responsabilidade é dos governos municipais e estaduais. O mesmo com transporte, com a maior parte da rede de estradas, e com a segurança pública.

O que sobrava de insatisfação ia para os partidos e para políticos em geral. Sabe-se lá por quê, Dilma chamou para seus ombros o que ninguém depositava neles. Se era assim, não merecia o apoio até então recebido. Tomaram-lhe a maior parte, com toda a razão. Erros políticos devem ser pagos.

Foi com o restante que Dilma entrou na campanha. E todo o seu esforço de candidata dirige-se aos apoios perdidos, que compõem o único eleitorado capaz de oferecer-lhe adesões. Sua lenta e penosa busca da vitória é a luta contra um erro.

A campanha de Marina Silva, no final volta ao começo. Atira-se, às pressas, em campanha pró-Alckmin, que não precisa disso, e talvez nem aprove. Mas Marina precisa, e aprovou, para fazer campanha como aparente aliada do tranquilo favorito em São Paulo. Para fazer agora, portanto, aquilo mesmo que Eduardo Campos coordenou com Alckmin, lá no começo. E Marina recusou, negando-se a qualquer aproximação com o governador paulista.

As aflições atuais de Marina vêm, em boa parte, do erro de tal recusa a priori, como se repelisse um desmoralizado. E, daqui para a frente, o possível insucesso terá a marca daquela recusa. E todo êxito seu na campanha terá, provavelmente, a marca da correção de um erro inexplicável.

Aécio Neves corre atrás de um erro seu e de outro do PSDB. O primeiro, já observado aqui, foi o de relaxar a campanha quando esmagado pela elevação imediata de Marina. O segundo, pode-se sintetizá-lo todo em uma situação vista no mais recente debate: não só o candidato do PSDB paulista ao Senado, José Serra, ausentou-se sem dar o apoio ao candidato presidencial do partido, como até o vice adotado por Aécio, Aloysio Nunes Ferreira, saiu antes de começar o debate.

O PSDB é o partido do individualismo mais egoísta, isto se sabe: os maiores adversários de cada peessedebista são os outros peessedebistas. Mas, desde que Alckmin disputou a Presidência, Aécio deixou um motivo a mais para não contar com a disposição real do governador em dar-lhe forças paulistas.

23/03/2014

Paraísos fiscais são refúgio de corruptos e corruptores

Todo mundo sabe que a Suíça lava mais banco. A Europa é pródiga em paraísos fiscais. Há ilhas para a acolhida de dinheiro desviado, roubado de países e empresas.

Não há no Brasil notícia sobre os paraísos fiscais porque nossa grande imprensa é a principal cliente dos paraísos fiscais como Ilhas Cayman. Todos os grupos mafiomidiáticos têm “subsidiárias”, eufemismo usado para lavanderia, em algum paraíso fiscal. Alguém com mais conhecimento técnico poderia me explicar porque a RBS precisa de uma empresa nas Ilhas Cayman?

É por isso que empresas quebram, mas seus proprietários, não. O deles está sempre guardado em algum banco suíço, via empresa em paraíso fiscal. São os mesmos que têm casa em Punta del Este, porque a Suíça ao sul também é ponte do rito de lavagem do dinheiro. O CPMF ajudada mapear o caminho do desvio, de onde saía e para ia. Acabaram, porque traficante odeia deixar rastro.

Carlos Jiménez Villarejo | Candidato a las primarias de Podemos

“Los paraísos fiscales me enfurecieron”

El exfiscal Anticorrupción se presenta a las primarias por el joven partido de izquierdas Podemos

Carmen Pérez-Lanzac Madrid 23 MAR 2014 – 00:00 CET13

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El exfiscal jefe Anticorrupción Carlos Jiménez Villarejo este jueves en Barcelona. / Gianluca Battista

Pregunta. Nació usted en una época muy distinta a la actual.

Respuesta. Crecí en El Palo, que entonces era una barriada de Málaga. Era una sociedad empobrecida sin servicios ni ayudas; había gente que vivía aun en cuevas. El descubrimiento de la pobreza me lleva a preguntarme: ¿qué alternativas hay para superar esto?

P. ¿Dónde estudió Derecho?

R. Mis padres no pudieron costear mis estudios en otra ciudad. Fui alumno libre y cada junio iba a Granada a examinarme.

P. ¿En qué momento descubre el compromiso social?

R. Mientras estudiaba conocí a un famoso teólogo que hoy no recuerda nadie, José María González Ruiz. En Málaga cumplía una labor fundamental con los jóvenes que tenían dificultades para abrirse camino. Él me descubrió lo que significaba ser creyente, que entonces lo era.

P. ¿Ya no lo es?

R. No. Durante un tiempo mi mujer y yo participamos en grupos cristianos progresistas. Hasta que llegó un punto en que perdí la fe, no pudimos seguir creyendo…

Perfil

Carlos Jiménez Villarejo nació en Málaga hace 78 años. De familia humilde fue militante comunista. Siendo fiscal se querelló contra Jordi Pujol por el escándalo de Banca Catalana, finalmente sobreseído. Durante sus años como Fiscal Anticorrupción se midió con los bajos fondos del poder. Ahora se presenta a las primarias al Europarlamento de Podemos, un partido de izquierdas que defiende una democracia representativa.

P. ¿Ya no cree en Dios?

R. No lo sé, yo creo que no. Soy agnóstico, mantengo un distanciamiento total con la fe y con la Iglesia Católica.

P. Militó en un partido comunista.

R. En el Partido Socialista Unificado de Cataluña, pero no nos identificamos con el comunismo soviético. Creí en un eurocomunismo con derechos y libertades.

P. Sufrió un castigo en los últimos años del franquismo.

R. Me marcó descubrir la tortura impune, que empecé a ver de cerca en los juzgados. La gota que colma el vaso es cuando pido el procesamiento del jefe de la policía política en Manresa (Barcelona). Me trasladan forzosamente a Huesca.

P. Cuando salta el escándalo Gürtel o los papeles de Bárcenas, ¿siente añoranza de sus años como fiscal anticorrupción?

R. No, aunque me produce una gran satisfacción ver que ahora hay más capacidad y mejor respuesta en la lucha contra la corrupción. En la Audiencia Provincial de Palma de Mallorca, por ejemplo, trabajan estupendamente.

P. Procesó a Mario Conde…

R. A Luis Roldán, a Jesús Gil… Y descubro la delincuencia financiera, que coloca capitales obtenidos ilícitamente fuera del alcance de las autoridades. Los paraísos fiscales me enfurecieron.

P. ¿Recuerda algún caso en particular?

R. En 2000 cuando descrubrí que el Banco Bilbao Vizcaya tenía en la isla de Jersey una filial con centenares de cuentas cuyo titular no estaba acreditado. No logramos que nos dieran sus nombres.

P. ¿Ve más intención ahora que entonces en acabar con los paraísos fiscales?

R. No. Soy muy escéptico.

P. Usted fue uno de los primeros fiscales que obligó a declarar a un político, Jordi Pujol.

R. Sí, y nunca me perdonó. Al final, cuando estaba a punto de irme como fiscal jefe, me saludó. Pero con la boca pequeña.

P. Con 78 años se presenta a las primarias de candidatos al Parlamento Europeo de un joven partido de izquierdas, Podemos.

R. Es una forma de mantener mi compromiso político. Podemos representa una nueva forma de hacer política. Es una iniciativa ciudadana que reclama una democracia representativa de la que nadie se acuerda nunca.

P. ¿Y cuál sería su objetivo si lograra escaño?

R. Recuperar el espíritu fundacional de la Unión Europea que ha caído en manos del poder oligárquico que ha originado las desigualdades más graves.

P. ¿No hubiese sido más interesante presentar un único candidato por todos los partidos de izquierdas?

R. Mucho más provechoso y el resultado hubiese sido más contundente. Ha habido diálogo con Izquierda Unida pero se ha frustrado. Las estructuras de los partidos son muy burocráticas, en IU también.

P. ¿De dónde se siente usted?

R. Catalán y español. La solución al problema catalán es un modelo de estado federal con Cataluña integrada. Y, si puede ser, una España republicana, pero eso ya es más complicado. Me opondría a una segregación, me parecería insolidario y una traición a los pueblos de España.

P. Su hermano José, que fue magistrado del Supremo, decía antes de fallecer que la muerte no le producía terror. ¿A usted?

R. A mí sí, me inquieta el vacío, la nada que se va a hacer tras la muerte.

“Los paraísos fiscales me enfurecieron” | Política | EL PAÍS

19/03/2014

Nelma era contra a CPMF, mas foi presa por outro motivo…

Todos os que têm empresas e contas em paraísos fiscais eram e são contra a CPMF. No mesmo rol estão todos os contrabandistas e traficantes… Há também os que são contra a CPMF porque ela era usada para melhorar o sistema de saúde.

PF prende doleira com 200 mil euros na calcinha

Nelma Kodama se autodefine como a ‘grande dama do mercado de câmbio’

Ela é um dos alvos da Operação Lava a Jato, que deteve 17 suspeitos de movimentar cerca de R$ 10 bi ilegalmente

FERNANDA ODILLADE BRASÍLIA

Presa em flagrante levando € 200 mil na própria calcinha, Nelma Kodama se autodefine, segundo a Polícia Federal, como "a grande dama do mercado de câmbio" do Brasil. Ela foi detida na última sexta, quando embarcava no aeroporto de Guarulhos com destino à Europa.

Argumentou que usaria o dinheiro para comprar móveis no exterior e que não declarou a quantia porque a Receita Federal estaria fechada.

O que Nelma não sabia é que todos os seus passos já estavam sendo monitorados pela PF. A doleira é um dos alvos da Operação Lava a Jato, deflagrada para apurar um esquema de lavagem de dinheiro. Os investigados movimentaram de forma atípica, diz a PF, R$ 10 bilhões.

As circunstâncias da prisão de Nelma foram reveladas na edição de ontem do jornal "O Estado de S. Paulo".

A polícia afirma que praticamente todos os presos na operação já foram investigados, denunciados ou condenados por crimes como lavagem, evasão ou remessa ilegal de divisas. Agora, eles são investigados por lavar dinheiro do tráfico de drogas, de contrabandistas de diamante extraídos na reserva indígena dos Cinta-Larga (divisa do MT com RO) e também de obras de engenharia de grandes empreiteiras.

Nelma, por exemplo, já foi investigada pela CPI dos Bingos e também pela PF. Em 2011, foi condenada pela Justiça Federal em SP a três anos e meio de reclusão por lavagem de dinheiro. A pena acabou sendo substituída por prestação de serviços.

Nelma Kodama está presa e a Folha não conseguiu ontem contatar o advogado da investigada. A PF ainda procura três pessoas consideradas foragidas.

A investigação começou depois que a polícia identificou o contato de um doleiro em Brasília com empresas ligadas a assessores do ex-deputado federal José Janene, um dos réus do mensalão, morto em 2010.

A PF ontem disse ter divulgado número errado de presos na operação –no total, 17 foram detidos, e não 24.

20/12/2013

As viúvas de Mário Amato

Filed under: Ódio de Classe,CPMF,IPTU,Mário Amato,Paulo Skaf — Gilmar Crestani @ 9:55 am
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Haddad diz que Fiesp prejudicou saúde no Brasil e agora quer lesar SP

A burguesia perversa e cínica

SEVERINO MOTTA

O prefeito Fernando Haddad (PT) disse nesta quinta-feira (19) que a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), após ter prejudicado a Saúde no Brasil lutando pela derrubada da CPMF, quer prejudicar São Paulo com as ações que impediram o aumento do IPTU na capital paulista.

A declaração foi dada após uma reunião com o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa. Caberá a ele analisar um pedido da prefeitura que tenta derrubar a decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que impediu o aumento do imposto. A expectativa é que Barbosa dê uma solução para o caso antes do Natal.

O presidente da Fiesp, Paulo Skaf (PMDB-SP), autor de uma das ações que levou o TJ-SP a vetar o aumento, havia se encontrado com Barbosa pouco antes de Haddad, também na tarde desta quinta. A outra ação foi movida pelo PSDB.

"A Fiesp lutou contra a CPMF. Isso tirou R$ 60 bilhões da saúde. Fez bem para a saúde? Acho que não. Nós economizamos muito pouco individualmente e prejudicamos muito a saúde pública em função do fim da CPMF. Acho que a Fiesp está tentando fazer agora a mesma coisa com a cidade de São Paulo", disse o prefeito.

Para Haddad, a suspensão do aumento –de até 20% para imóveis residenciais e até 35% para comerciais– trará problemas para a saúde e a educação do município, uma vez que 50% dos recursos do IPTU são direcionados a estas áreas.

O prefeito também destacou que o orçamento da cidade foi feito com a expectativa desta arrecadação e disse que o imposto não representará um peso muito grande no bolso dos paulistanos.

"Estamos diluindo isso em 4 anos para que fique leve para todo mundo. Trata-se de um aumento médio de R$ 15 por mês apenas. Todos esses argumentos foram trazidos para o presidente do STF que vai emitir o seu juízo", disse.

SQN

29/11/2013

Deu pra entender porque traficante é contra a CPMF?

Filed under: Aécio Neves,Ódio de Classe,CPMF,Narcotráfico,Zezé Perrela — Gilmar Crestani @ 9:19 am
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Com a CPMF qualquer otário descobriria de onde saiu e onde entrou o dinheiro, sem contar que o imposto arrecadado tinha por destino a saúde. FHC, com o apoio da mídia, criou a CPMF, e com o apoio da mídia detonou quando o PT chegou ao poder. Acoca, Brasil, o ódio é mortal, do pó viemos ao pó eles voltam no fim de semana…

Dica à PF: peça ajuda ao BC para saber quem pagou pela droga no helicóptero

sex, 29/11/2013 – 07:33

Por Luiz Alberto Franca

Cocaína em helicóptero de deputado amigo de Aécio Neves

Levantamentos da Polícia Federal revelam que o quilo da cocaína pura, vinda de países produtores como a Colômbia, chega a custar R$ 5 mil no Brasil. Segundo dados uma grama de cocaína pura chega a custar de R$ 80.00 a R$ 100,00 reais nas altas rodas. Levando em conta o valor acima 500 kg valem R$ 2.500.000,00 reais. Portanto essa grana não deve ter vindo da conta de um pé de chinelo ou da conta do piloto do helicóptero. Uma dica a PF deve pedir ajuda ao Banco Central para descobrir quem da cadeia de responsabilidade do helicóptero sacou tal quantidade de grana viva.Droga não se paga com cheque ou Ted . Segundo, inquirir o tal piloto para saber quem entregou a droga e qual o local onde ele carregou meia tonelada de cocaína.

Dica à PF: peça ajuda ao BC para saber quem pagou pela droga no helicóptero | GGN

11/10/2013

O _fabeto político

Filed under: Analfabetismo,Analfabeto Político,CPMF,Lula,Marina Silva — Gilmar Crestani @ 9:28 am
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O fim da CPMF foi pior acontecimento para a democracia, e o maior ganho dos corruptos. Desde sempre achei isso. E cada vez me convenço mais. Era o único imposto que traficante pagava, que corruptor pagava, que banco pagava para transferir recursos para a matriz. Era o único imposto que a Rede Globo pagava. Todos os demais, a Globo e demais corruptos, sonegam.

Lula pede cuidado com o(a)s blábláblás

Lula aos jovens nas ruas: “Eu tô aí, com mais vontade do que nunca !”.

Para celebrar o lançamento da nova Carta Maior, o presidente Lula recomendou muito “cuidado com o analfabeto político”.
Jamais o presidente Lula, elegante e sutil, admitiria que se referia à Bláblárina.
Como não é elegante nem sutil, o ansioso blogueiro interpreta a advertência do Nunca Dantes como uma advertência contra o pseudo-apolitismo da Bláblá.
Disse ele:
– Nada mais ignorante que o analfabeto político.
– Eu sei porque já fui um.
– Eu saía por aí dizendo que detestava política, que todo mundo era ladrão.
– E os ricos me adoravam.
– Três meses depois eu subi num palanque para pedir voto para o Fernando Henrique, que era candidato a senador.
– Dois anos depois, criei um partido.
– Porque eu vi que a coisa só muda com política.
– O analfabeto político é contra a política mas não tem coragem de dizer em quem votou.
– Eu costumo dizer aos analfabetos políticos: se todo mundo é ladrão, quem sabe o político não está dentro de você ?
– Se todo mundo é ladrão, candidate-se !

Lula sugeriu ao PT imprimir e distribuir milhões de cópias do poema do Brecht sobre o “analfabeto político”:

O Analfabeto Político

Bertolt Brecht
“O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão,
do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta,
o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista,
pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.”

Navalha

Lula também faz observações sobre os movimentos de rua: “o povo tá brigando? Ótimo!”.

A escada tem dez degraus.

Já subimos dois.

Temos que subir mais, diz ele.

Pede uma Ley de Medios, porque o PiG (*) desistiu de informar – publica só a versão, a desinformação.

Se você acordar de manhã e assistir ao Mau Dia Brasil (não foi bem isso o que ele disse – PHA) vai achar que o Brasil faliu.

Sobre corrupção, ele se orgulha de ter criado mecanismos para fiscalizar e dar transparência.

E fica indignado com a leviandade com que se inventam corruptos.

E deu o exemplo de Erenice Guerra, que trabalhava com Dilma Rousseff na Casa Civil.

Ela foi execrada e depois o canalha que a denunciou disse que não era verdade.

A imprensa a absolveu?, Lula perguntou.

E ainda reclamam que ela trabalha, que tem uma banca de advocacia em Brasília… Não querem nem que ela trabalhe !

Estão reclamando dos médicos cubanos ?

Deveríamos dar graças a Deus se um país que vive sob bloqueio há 60 anos pode nos emprestar médicos.

Para ir trabalhar onde os nossos médicos não querem ir.

Tomara que, um dia, a gente possa exportar conhecimento, exportar médicos para a África.

Falta dinheiro para a Saúde ?

Ele quer discutir isso com os jovens que vão às ruas.

Quem acabou com a CPMF ?

Sumiram com R$ 50 bilhões da Saúde.

Só porque a CPMF era um meio de combater a sonegação.

E nenhum empresário reduziu o preço de seu produto porque a CPMF caiu !

Ele se orgulha de, assim que foi descoberto o pré-sal, decidir que o Brasil não ia exportar óleo cru, e ia usar o dinheiro para a Saúde, a Educação e a Tecnologia.

Ele quer discutir isso tudo.

“Eu tô aí, com mais vontade do que nunca !”, ele concluiu.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Lula pede cuidado com o(a)s blábláblás | Conversa Afiada

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