Ficha Corrida

21/09/2015

O apartheid carioca visto de Porto Alegre

Filed under: Apartheid,CPMF,Privatas do Caribe,Privatidoações,Saúde,Segurança Pública,Violência — Gilmar Crestani @ 10:48 pm
Tags:

cpmf boaNão conheço muito da realidade carioca, então vou falar da realidade porto-alegrense. Onde estão os espaços públicos para divertimento de quem não tem dinheiro pra frequenta espaços privados, até mesmo para praticarem esportes?

Os paradoxos da atualidade política podem se medidos por dois fatos vividos por mim.

Quando vim do interior para Porto Alegre, jogava futebol com um time de pedreiros da Vila Tronco nos campos do Cristal, atrás onde hoje há uma floricultura. Ali havia no mínimo dois campos. Nosso time competia com outros times da cidade em campos que já não existem mais: no Marinha, atrás do Chocolatão e onde hoje estão os prédios do TRF4 e Justiça Federal, no Humaitá, onde também havia vários campos e hoje está Arena da OAS.

Na mesma vila de onde vinham os meus colegas de time também estava localizado o Postão do INPS. Para consultar, eu tinha de ir para lá na madrugada para conseguir uma ficha e para ser atendido quase ao meio dia. Pois bem, hoje temos o SUS com atendimento gratuito, mas não temos mais os campos onde nos divertíamos. O atendimento à saúde melhorou graças ao forte investimento do governo federal. Para Lula e Dilma é investimento; para a oposição é gasto. 

A cidade está nas mãos da RBS. O PDT virou sigla de aluguel da RBS. E não é só porque albergou Lasier Martins. Começou com uma parceria com Vieira da Cunha no Governo Olívio Dutra. Olívio foi execrado por um lambe botas do Sartori. Já o atual prefeito, Fortunati, tem toda a condescendência da MAIOJAMA porque é “dado” a uma especulaçãozinha imobiliária. Desde Fogaça, Porto Alegre virou um mercado atrativo de espigões. O Cais Mauá é a cereja do Bolo. Não há espaço público para o público. Só pensam na privada. A RBS tomou conta até do gauchismo. No mês de setembro, os gaúchos botam uma fantasia e vão para o parque  Mauricio Sirotsky Sobrinho. Terminada a micareta da RBS, o espaço do acampamento volta a ser chamado pelo seu verdadeiro nome, Parque da Harmonia.

Como colorado, lembro do esforço que a RBS fez para que melasse o contrato do Inter com a Andrade Gutierrez. Queriam porque queriam participar da construção do estádio mas também do complexo hoteleiro ao redor.

Coincidentemente, a região da Vila Tronco continua nos noticiários. Não pelos pedreiros que lá moram e ganham a vida trabalhando duro, mas pelos constantes tiroteios envolvendo o narcotráfico. De nada adianta a polícia entrar lá atirando e assassinando pelas costas, como fizeram recentemente, com Ronaldo de Lima. Se houvesse real interesse em combater o narcotráfico bastaria cobrarem pela continuidade das investigações do heliPÓptero. Aliás, a região da Vila Tronco pode distribuir, mas quem tem poder aquisitivo para consumir cocaína mora nos bairros de onde parte marcha dos zumbis. Atualmente, o consumo de cocaína veste camisa Padrão FIFA com escudo da CBF.

Aliás, a CPMF é um bonito exemplo de como se pode financiar a saúde com dinheiro do narcotráfico. Mais vai ver se os narcotraficante e seus clientes são a favor da CPMF!

Há uma triste coincidência que irmanam gaúchos e cariocas: Rede Globo & RBS, assoCIAdas ao Instituto Millenium.

A praia será privatizada

O festival de arrastões nas praias no último fim de semana fez com que as autoridades e parte significativa da imprensa voltassem com força total a pedir medidas de exceção, tipo dar à Polícia Militar o direito de entrar num ônibus e retirar dele quem acharem com cara de ladrão. É muito mais fácil reprimir direitos individuais do que atacar as causas da proliferação de desajustados, entre elas a concentração de renda, a falência da educação federal, municipal e estadual, a falta de saneamento básico, de moradia digna etc.
A solução encontrada é novamente dar aos PMs o direito de entrar num coletivo e pinçar aqueles que lhes parecerem assaltantes. Mesmo que retirem dezenas de jovens que realmente iriam à praia roubar, se apenas uma pessoa que queria se divertir no fim de semana for impedida de aproveitar seu dia de folga já terá sido cometida uma injustiça irreparável.
Como ainda não está em vigor a solução simplista e inócua da redução da maioridade penal, querem subverter o estado de direito, que admite prisão de menores apenas em flagrante delito. Como não dão mais conta de policiar as praias, acham agora que a solução é manter os pobres longe delas. Ingenuamente, o secretário de Segurança disse que só vão andar nos ônibus, jovens que tiverem dinheiro para pagar a passagem. Ué, não deveria ser sempre assim?
Não sei se o fascismo à carioca _ vitaminado pelo pavor da classe média e pela revolta dessas legiões de jovens das periferias _ vai perder a queda de braço para o estado democrático de direito. Pra mim, falta pouco para colocarem grades e bilheteria nas praias. Vão acabar privatizando: entregam Ipanema, por exemplo, a uma grande empresa, como a Vivo ou a Coca-Cola, e esta toma conta do lugar, com cercas, bilheteria, segurança privada e banheiro químico pra todo mundo ficar numa boa enquanto o mundo explode lá fora. Já tiraram os pobres do Maracanã, está chegando a hora de tirá-los também das praias.
A onda nazi é tão forte que o próprio governador do Rio apoiou a ação repressiva dita preventiva, que escancara nosso fracasso como sociedade. A medida de Pezão, Beltrame e cia., ditatorial, racista e discricionária, é prima da tal presunção de culpa, usada em julgamentos quando se quer condenar o réu de qualquer jeito. E olhe que, diante do ódio que parte da classe média está nutrindo, essas iniciativas do estado são até moderadas. Tem coxinha que nem quer mais baixar a maioridade penal, quer é colocar todos esses adolescentes no paredão mesmo. Resta saber se os pitboys justiceiros de Copacabana serão tratados pela polícia e pela justiça da mesma forma que os ladrões da periferia.
O que me assusta é que os arrastões não têm ocorrido só nas praias, já se espalharam pelas ruas de Copacabana, Ipanema e Lagoa. A tragédia já se antecipou às medidas fascistas paliativas. Ouso dizer que nosso futuro, se a coisa continuar nessa progressão, é viver ao lado de uma faixa de Gaza cercada pelo Exército para que os ensandecidos não nos trucidem.
Para um país onde querem porque querem tirar uma presidente do cargo na marra, é um futuro bem factível.

http://www.rioacima1.blogspot.com.br/

17/06/2015

Sociedade semelhante à escravocrata? Em São Paulo tem!

OBScena: manifestação coxinha com babá a tiracolo que ninguém é de ferro

babaPara quem achava que as manifestações tentando entronizar Aécio Neves no lugar da Dilma tinha chegado ao ápice da hiPÓcrisia, a ponto de levarem babá para fazerem selfie na parada dos vadios, de repente se defronta com a informação de que o Clube Pinheiros obriga as famílias identificarem as babás vestindo-as de branco. Assim, os demais membros da agremiação conseguem separar as honestas dos salafrários. É a típica demonstração da separação do trigo do joio. O joio são estas joias representativas de uma sociedade de classes, típicas de uma mente feudal e toxicômana!

A partir do momento que o MBL é instrumentalizado para tentar emplacar um toxicômano, não admira que outras tantas idiotices apareçam. Uma sociedade manietada pelos meios de comunicação que, ao modo de Goebbels, busca criminalizar  uma parte da sociedade como cortina de fumaça para que continuem perpetrando sonegação como a vista na Operação Zelotes, vê-se que não são infundadas as comparações da Marcha dos Zumbis com a marcha dos fascistas sobre Roma. Aliás, a estrela amarela nos campos de concentração e as vestimentas brancas nas babás guardam muito mais do que semelhanças. Mostram, isso sim, que os assoCIAdos do Instituto Millenium conseguiram com conquistar 12% da população para uma mentalidade não só de apartheid como a provar que o déficit civilizatório está mais presente nos centros urbanos que nos cafundós do Judas. Até quando nós, os 88% da população permaneceremos à mercê de Arnaldo Jabor, Luis Carlos Prates, Lobão, Danilo Gentile, Kim Kataguiri, Aécio Neves, José Serra, Geraldo ALckmin, Reinaldo Azevedo, Rachel Sheherazade, William Bonner, William Waack, Frias, Marinho, Mesquita, Civita & Sirotsky?!

Para quem, neste momento, esteja pensando que foi deslocado para o Paraná a incubadora do nazi-fascismo, saiba que São Paulo ainda é a locomotiva que espalha PCC e apartheid para todo Brasil. E por aí se entende porque o José Serra boicotou a implantação do trem bala até Campainhas:"Serra confessa ter sabotado projeto do trem-bala"

Clube Pinheiros terá de explicar exigência de uniformes de babá

DE SÃO PAULO– O Ministério Público Estadual apura uma denúncia de discriminação no clube Pinheiros, um dos mais tradicionais da capital paulista, na zona oeste de SP.

A Promotoria analisa se é irregular a exigência de uniforme branco para babás que frequentam o local.

Outro ponto investigado é a proibição do acesso das profissionais a áreas como a piscina e espaços de eventos.

Um ofício foi enviado ao Pinheiros no dia 10. A partir da resposta, O Ministério Público decidirá se entrará com ação ou se irá propor um termo de ajustamento para que a instituição reveja a regra.

O clube nega que haja discriminação e diz que a exigência do uniforme para as babás visa garantir o "bem-estar e a segurança dos associados".

04/05/2015

Conheça a Pasárgada dos Vira-Latas

Filed under: Apartheid,Complexo de Vira-Lata,EUA,Fascismo,Nazismo,Pasárgada,Racismo — Gilmar Crestani @ 8:15 am
Tags:

Nada mal para quem sonha em comprar quinquilharias chinesas em Miami. Os EUA continuam sendo a pátria que ainda não promoveu o liberação dos escravos. O apartheid continua uma das principais formas de organização social, mas ainda assim atrai cucarachas para lavar limpar banheiro, lavar prato e levar tiro pelas costas. O Caso Jean Charles de Menezes é paradigmático de como a Pasárgada dos coxinhas trata brasileiros.

Nestes temos de fascismo, como o visto agora na República das Araucárias, comandada por um pistoleiro de aluguel, Fernando Francischini, e por um filho da mãe chamado Beto Richa, nunca é demais lembrar que a ideologia do nazismo nasceu nos EUA e teve simpatia até de rei da Inglaterra, George VI, antes de chegar na Alemanha.

Assim como os veículos brasileiros que clamaram e deram sustentação ideológica à ditadura hoje querem nos ensinar ética e democracia, também os países onde o nazismo nasceu querem ensinar como o mundo deve se comportar. Problema deles e daqueles ao redor do mundo que vivem com Complexo de Vira-lata.

A eleição de Barack Obama é como a ida de Joaquim Barbosa ao STF. Um ponto fora da curva. A elite branca sempre está à procura de um capitão-de-mato para fazer o serviço sujo em seu nome.

livro

Compare a imagem da perseguição fascista do PSDB, acima, com as imagens abaixo. Por que chama a atenção dos nossos vira-latas o que acontece lá mas escondem o que acontece aqui?

Imagem de Baltimore vira capa de revista após viralizar no Instagram

POR FMAIA -30/04/15 12:28

baltimore2

A foto da capa da revista norte-americana “Time” mostra um homem fugindo de um batalhão de policiais durante os protestos contra a morte de Freddy Gray, em Baltimore, nesta semana. A imagem já era conhecida por milhares de usuários do Instagram, no qual se tornou viral.

O autor da imagem, Devin Allen, é um fotógrafo amador que costuma compartilhar sua fotografia de rua em sua conta no Instagram.

Antes de ser escolhida como capa da revista, a foto feita por Allen tinha se tornado viral, recebendo milhares de compartilhamentos no Instagram e no Twitter.

O fotógrafo disse à revista que, quando fez o clique, achou que era uma boa foto e resolveu fazer o upload para seu celular. Quando terminou, se viu no meio dos policiais e continuou fotografando o protesto. Horas depois, Allen descobriu que sua foto tinha se tornado viral.

baltimore3

Segundo a “Time”, a foto captura a intensidade e a natureza caótica dos protestos com perfeição, sendo uma escolha natural para a capa.

Mas essa não foi a única foto de Allen que se tornou viral, uma de suas imagens chegou a ser compartilhada pela cantora Rihanna, que possui 17,7 milhões de seguidores. Já outras apareceram na rede de notícias BBC e no canal de notícias CNN.

Allen, que pegou uma câmera pela primeira vez em 2013, se inspira no trabalho de fotógrafos como Gordon Parks –conhecido por suas fotos para a revista Life– e artistas como Andy Warhol.

07/09/2014

Dobradinha à moda da Folha

cp07092014 capa0709_ok

Na capa, a FOLHA, seguindo o que preconizava Judith Brito, criminaliza a instituição (petistas). Na página interna, ameniza para “Ex-diretor da Petrobras cita propina a ministro e Renan”. A Folha faz isso de propósito porque sabe que a maioria de seus leitores para na manchete. O antipetismo incrustado na velha mídia (não é por acaso que criaram o Instituto Millenium para coordenar a luta antipetista) é velho e criou uma manada de seguidores. A manada nem sabe porque, mas é antipetista. E isto basta. Que a Eliane Cantanhêde fizesse isso, tudo bem, ela tem fortes razões familiares (é casada com o PSDB), que os partidos façam isso, é da lógica política, mas que as cinco irmãs (Veja, Estadão, Folha, Globo & RBS) o façam, é porque a máfia sabe quem pode cortar os dutos que a sustenta. Não é mero acaso que o PSDB distribui milhares de assinaturas da Veja e Folha nas escolas públicas de São Paulo… E por aí também se explica porque nada de negativo em relação ao PSDB sai, e quando sai escondem o partido e as pessoas, como se a corrupção fosse do órgão onde ocorreu. Alstom, Siemens, Robson Marinho parecem que não tem nada a ver com o PSDB nem com políticos do PSDB, tudo ocorre como se fosse na Suíça ou na Alemanha, onde ambos foram condenados.

Naspers & Veja: aquela dava suporte ao apartheid; esta, aos antipetistas

apartheid_africa_do_sul1_optO Estadão, um pouco mais sóbrio, também encontra um forma criativa de botar PT no meio da manchete. A pergunta é porque, quando há políticos envolvidos em algum escândalo, só aparece o partido PT? Aliás, neste caso, as principais figuras nem são do PT. Antes pelo contrário. Eduardo Campos não é nem nunca foi do PT. Renan Calheiros é do PMDB dos Honoráveis Bandidos José Sarney e Pedro Simon… A maior parte dos envolvidos na reportagem são de outros partidos, mas, para a máfia da mídia, isso não tem a menor importância e por isso não vai para a manchete.

Que a Veja fizesse isso, seria compreensível, ela recebe dinheiro da NASPERS, o grupo sul-africano que dava suporte ao apartheid,  e todos seus maiores anunciantes já foram condenados pelos fiscais do Ministério do Trabalho por trabalho escravo.  Mais, como na fábula da rã e do escorpião, é da natureza da parceria da Veja com o submundo da arapongagem toda eleição lançar ataques ao PT.  Alguém que não seja anencefálico ainda deve lembrar do Delegado Bruno. As relações de alguns arapongas com a Veja, cujos frutos amadurecem sempre às vésperas de eleições e com rotineira parceria dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, são cultivadas durante o ano, como a repentina morte do caso do helicóptero com 450 kg de cocaína…

O erro do PT tem sido este, de ir ao cadafalso de cabeça baixa, sem reação. Fazer como a ovelha, berrar depois de passada a faca no pescoço, só acelera o efeito da degola. Não adianta contar apenas com a capacidade de discernimento dos leitores e eleitores, a velha mídia consegue vender como bom até leite contaminado, agrotóxico como remédio e transgênico como se fosse algo saudável.

NO ESTADÃO

Delator cita Campos e aliados do PT; campanha de Dilma teme prejuízos

RICARDO GALHARDO E ANDREZA MATAIS
Ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto da Costa vincula governadores, ministros e parlamentares ao escândalo de propina na estatal

NA FOLHA

Ex-diretor da Petrobras cita propina a ministro e Renan

Paulo Roberto Costa menciona ainda Eduardo Campos e o tesoureiro do PT

De acordo com a revista ‘Veja’, ex-executivo relaciona também Roseana Sarney e o ex-governador Cabral

DE SÃO PAULO

O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN), foram citados pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa como beneficiários de propina em esquema na estatal, relata a revista "Veja".

A reportagem não traz detalhes, documentos nem valores sobre o esquema.

Os ex-governadores do Rio e de Pernambuco, Sérgio Cabral (PMDB) e Eduardo Campos (PSB), morto em agosto, e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), também foram citados, assim como o ex-ministro das Cidades de Dilma Mário Negromonte (PP-BA).

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que aparece em outros episódios da investigação da Operação Lava Jato, é mencionado como o elo entre o esquema e o partido.

A revista também traz como beneficiários de propina os senadores Romero Jucá (PMDB-RR) e Ciro Nogueira (PP-PI) e os deputados Cândido Vaccarezza (PT-SP) e João Pizzolatti (PP-SC).

Os nomes, segundo a revista, surgiram no acordo de delação premiada que Costa fez com procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato.

O ex-diretor decidiu fazer a delação para tentar deixar a prisão, onde está há quase três meses. Se as informações que prestar forem relevantes para esclarecer outros crimes, ele pode ser solto.

A Operação Lava Jato foi deflagrada em março com a prisão do doleiro Alberto Youssef, acusado de liderar o esquema de lavagem que movimentou R$ 10 bilhões.

Costa é apontado como o chefe de um esquema de desvio de verbas da Petrobras no período em que foi diretor da estatal, de 2004 a 2012, nos governos de Lula e de Dilma Rousseff, ambos do PT. O doleiro cuidaria da lavagem do dinheiro para que o recurso chegasse aos políticos.

A compra da refinaria de Pasadena, no Texas, sobre a qual o Tribunal de Contas da União já apontou uma série de indícios de superfaturamento, também envolveu o pagamento de suborno, segundo o relato de Costa.

O ex-diretor da estatal já havia citado o nome do ex-governador Eduardo Campos, mas como sua testemunha de defesa. O ato foi interpretado como envio de um recado para os políticos de que outros nomes poderiam ser revelados por Costa.

APOIO

O advogado do ex-diretor à época, Nelio Machado, escreveu numa petição que poderia solicitar a convocação do ex-presidente Lula e da presidente Dilma.

Lula é apontado como uma espécie de protetor de Costa na Petrobras. Ele foi indicado ao cargo pelo PP, ganhou o apoio do PT e do PMDB, mas sentia-se abandonado pelos parlamentares após ter sido preso pela Polícia Federal.

Como diretor de distribuição da Petrobras, Costa foi responsável pela obra mais cara da estatal, a construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujo preço final deve passar de R$ 40 bilhões.

O depoimento com os nomes dos políticos terá de ser analisado pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), porque eles têm foro privilegiado.

20/08/2014

O apartheid não acabou, NY pulsa

Filed under: Apartheid,Democracia made in USA,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 9:37 am
Tags: ,

eua vergonhaA democracia made in USA é fruto da bem conduzida máquina de propaganda de Hollywood.

Todas as guerras, em qualquer parte do mundo, tem participação dos EUA. Todas as ditaduras da América Latina não teriam existido sem a participação dos EUA em todas as etapas: desestabilização, derrubada, implantação e abertura lenta e gradual dos EUA.

Todos os métodos de tortura implantados pelo Mundo, e que chegaram ao ápice em Guantánamo, foram desenvolvidos pela “maior democracia das américas”.

Quando ouço as maravilhas sobre a pátria das guerras, lembro-me da peça Liberdade, Liberdade, do Flávio Rangel e Millôr Fernandes. Pelas cenas tantas registra-se a sintomática informação de que a famosa Estátua da Liberdade nunca entrou nos EUA. Está instalada numa ilha, para obrigatória antes de entrar no continente.

Os livros de história mostra que a ideologia nazista nasce e cresceu nos EUA. Hitler se apropriou e a levou ao paroxismo. Maior prova não há do que o fato de que até 1968, negros e brancos ainda se serviam de bebedouros distinto, black/withe.

São por demais famosas as fotos que registram o apartheid nos EUA. Ignorar este fato só prova que o racismo é fruto, por ignorância, de ignorantes.

Ventanas rotas en Nueva York

La muerte de un hombre negro al ser detenido ha reabierto el debate sobre la brutalidad policial

Vicente Jiménez Nueva York 19 AGO 2014 – 19:31 CEST8

Homenaje a Eric Garner y Michael Brown en una calle de Brooklyn, Nueva York. / SPENCER PLATT (AFP)

El caso Garner es una estúpida y desgraciada historia con personajes dispares, una controvertida teoría social y un debate sembrado de minas. Los personajes son un afroamericano que murió asfixiado en plena calle cuando se resistía a ser detenido por vender cigarrillos, un agente que aplicó una llave de estrangulamiento prohibida, un jefe de policía y un fiscal partidarios del orden a cualquier precio, un reverendo negro experto en movilizar masas y un alcalde progresista que prometió mantener segura la ciudad sin vulnerar derechos civiles. La teoría es la de las ventanas rotas: si una ventana de un edificio se rompe y no se repara, al poco tiempo el resto de ventanas aparecerán rotas, es decir, que la intolerancia con los delitos menores es la base de una convivencia segura. El debate espinoso es si se puede reducir la criminalidad en Nueva York sin cometer excesos. O, dicho de otro modo, ¿lo sucedido con Garner fue un error o la manifestación de un problema más profundo?

Los sucesos de Ferguson han alimentado el debate estos días en Nueva York, y puesto en guardia a las autoridades, que, aunque se congratulan de que la ciudad haya respondido con civismo a un suceso que contenía nitroglicerina, temen el efecto contagio en los barrios más conflictivos. Hasta ahora, las protestas han sido pacíficas, pero el temor permanece. Para el sábado está prevista otra marcha en Staten Island que preocupa mucho a la policía.

Eric Garner murió el pasado 17 de julio mientras era detenido por varios agentes de policía en plena calle del barrio de Staten Island por vender cigarrillos. Garner, de 43 años, seis hijos, 150 kilos de peso y más de 1,80 metros de altura, se resistió a ser arrestado. Uno de los agentes, Daniel Pantaleo, le redujo con una llave de estrangulamiento prohibida por la policía desde 1994. Antes de fallecer, la víctima gritó “¡No puedo respirar¡” en once ocasiones. Todo ello fue grabado en vídeo por el teléfono móvil de un amigo de Garner. El forense determinó que, pese a los problemas de salud de la víctima (obesidad, diabetes, asma…), la causa de su muerte fue el estrangulamiento. La policía y Garner eran viejos conocidos. Anteriormente había sido detenido decenas de veces por la venta ilegal de pitillos. La víctima había denunciado a los agentes por lo que consideraba un acoso injustificado para un delito menor.

Hasta aquí, lo hechos. Las consecuencias no tardaron en llegar. La familia de la víctima, temiendo que el fiscal del distrito, Daniel M. Donovan, echara tierra sobre el suceso dadas sus buenas relaciones con los mandos policiales, acudió al reverendo, político y activista afroamericano Al Sharpton, de 59 años, 40 de ellos denunciando abusos policiales contra la población de color. Sharpton, uno de los líderes civiles más influyentes y polémicos de Estados Unidos, movilizó su organización, la National Action Network, en Harlem, para convocar protestas en demanda del procesamiento de los agentes implicados. La hoguera prendió cuando los sindicatos policiales salieron en defensa de sus colegas por el “vil, vergonzoso e injustificable” trato que estaban recibiendo. Y en medio, sentado sobre el barril de pólvora, el nuevo alcalde, el demócrata Bill de Blasio, que afronta su primera gran crisis desde que accedió al cargo.

“Volvemos a caminar como una ciudad unida, solidaria y justa”, dijo De Blasio el día que tomó posesión de su cargo. Ni unida, ni solidaria, ni justa. El alcalde intenta mantener un equilibrio imposible. Por un lado, calmar los ánimos de la población negra y de sus líderes, que denuncian el poco interés de las autoridades por procesar a los policías implicados y reclaman al alcalde que sea consecuente con sus promesas. Por otro lado, agradar a una policía que desconfía de él por su retórica socialdemócrata, alejada de la mano dura defendida por los exalcaldes republicanos Rudolph Giuliani y Michael Bloomberg.

De Blasio, padre de una familia interracial (su mujer y sus hijos son negros), se opone al stop-and-frisk (detener y registrar), tan practicado en la etapa de Bloomberg, y aplaude la decisión del fiscal de Brooklyn de no procesar a los poseedores de pequeñas cantidades de marihuana, algo que molesta a la policía. Su diferencias con los sindicatos del cuerpo sobre cuestiones laborales tampoco ayudan. El caso es que los 35.000 agentes de Nueva York tienen estos días un ojo en las calles y otro en De Blasio, muy atentos a todo lo que dice y hace.

“Voy a hacer todo lo que esté a mi alcance para que los responsables de esta muerte sean procesados. Después de tanto tiempo, seguimos luchando contra el uso excesivo de la fuera. Ya basta. Vamos a seguir celebrando mítines y marchas, y vamos a mantener la presión porque ningún hombre o mujer debe morir a manos de los que han jurado protegerle. El crimen no puede ser combatido si tenemos que temer tanto a la policía como a los delincuentes”, escribió en su blog, como si de un sermón se tratara, el reverendo Sharpton.

La gran cuestión que plantea la muerte de Garner es la excesiva intervención de la policía en los barrios de color"

Alex Vitale, profesor asociado del Departamento de Sociología del Brooklyn College

“No fue la llave de estrangulamiento lo que mató a Garner, fue la retórica antipolicial, que envía a los delincuentes el mensaje de que se pueden resistir a un arresto. Es una falta de respeto a la ley el trato injusto que los agentes están recibiendo por parte de agitadores raciales, políticos, expertos y funcionarios”, le respondió Patrick J. Lynch, presidente del sindicato Patrolmen’s Benevolent Association. “El oficial Pantaleo no fue a trabajar con la intención de matar a nadie. Simplemente trataba de hacer su trabajo. Los hombres y mujeres de la policía de Nueva York están siendo atacados. Esto debe terminar. La gente que trabaja duro en esta ciudad debe apoyar a la policía”, añadió su colega Edward D. Mullins, de la Sergeants Benevolent Association.

De momento, el alcalde no ha contentado a nadie. La protesta convocada para el próximo sábado por el reverendo Sharpton en Staten Island es una prueba de ello y el último capítulo de un asunto que ha despertado viejos fantasmas.

Pase lo que pase, sobre la mesa hay otra cuestión de tanto o mayor calado que los problemas de De Blasio para sostener de forma creíble su discurso sobre la igualdad, la justicia social y la atención a las minorías rezagadas. En el centro de la hoguera está el debate sobre uno de los grandes pilares de la política policial seguida durante dos décadas de Administraciones republicanas: la teoría de las ventanas rotas, presentada en sociedad en 1982, año récord de criminalidad en Nueva York, en un artículo de la revista The Atlantic firmado por los profesores George L. Kelling y James Q. Wilson. Kelling, de 78 años, ya retirado, colabora en un think tank conservador, el Manhattan Institute, y asesora a la policía de Nueva York. El segundo, que fue profesor en Harvard y en UCLA, falleció en 2012.

Kelling sigue convencido de que mantener el orden en las calles, la intolerancia hacia delitos menores, evita problemas mayores. “En una sociedad urbana, donde todos somos extraños, el civismo y el orden son un fin en sí mismos. Cuidando de las ventanas se reduce la criminalidad; cuidando de la seguridad, se reduce el número de ventanas rotas”, declaró recientemente a The New York Times.

Sin embargo, Kelling no es partidario de una aplicación maximalista de su doctrina. Considera que las autoridades deben decidir, barrio por barrio, qué comportamientos suponen un peligro para la comunidad y cuáles no. Es decir, si vender cigarrillos de forma ilegal, como hacía Eric Garner, es algo tan grave que merece la detención como respuesta porque atenta contra los negocios locales o los derechos de otros ciudadanos, o si es una actividad que no merece el empleo un castigo tan severo. Porque, ¿es un vagabundo una ventana rota? ¿Qué comportamientos deben culminar con un arresto y el consiguiente y costoso proceso judicial?

Para los críticos, la teoría de las ventanas rotas es un producto neocon, que ampara excesos policiales y encarcelaciones masivas por delitos de escasa relevancia, dirigido a negros, hispanos y pobres en general. Aseguran que no hay evidencia científica que pruebe su bondad y consideran que no tiene relación alguna con la caída de la delincuencia experimentada por la ciudad de Nueva York en los últimos años. Y ofrecen cifras: el 80% de los 400.000 arrestos al año en Nueva York son por delitos menores, como la venta ilegal. La mitad de esos arrestos se producen en barrios donde negros e hispanos son mayoría. La Civilian Complaint Review Board, una agencia independiente de Nueva York que investiga denuncias de abusos policiales, registró el año pasado unas 6.000 quejas, de las que un 4,4% se referían al uso de la llave de estrangulamiento prohibida.

El 80% de los 400.000 arrestos al año en Nueva York son por delitos menores, como la venta ilegal

Steven Zeidman, profesor de Derecho y director del programa de Defensa Criminal de la City University of New York School of Law, es muy crítico con las ventanas rotas. “La criminalidad ha descendido en las dos últimas décadas, pero hay que analizar otros factores, como los cambios demográficos o la caída del consumo de crack. Además, poner a miles de agentes a practicar detenciones, que luego acaban en un juzgado, es muy caro. Y está el daño social. Los detenidos suelen ser negros e hispanos. ¿Cómo les afectan esos arrestos por delitos menores a la hora de encontrar empleo y casa, a sus familias y sus comunidades? No se trata sólo de arreglar la ventana, sino de mejorar todo el edificio y hacerlo asequible”, declaró en un texto enviado a EL PAÍS por correo electrónico.

Alex Vitale, profesor asociado del Departamento de Sociología del Brooklyn College, es mucho más crítico. “No comparto la teoría de las ventanas rotas. Es sólo una hipótesis. Se usa para resolver problemas aislados de desorden público criminalizando a unos y contentando a otros, pero no hay una relación clara entre eso y reducir la delincuencia. Debemos dejar de confiar en la policía como la principal herramienta para reducir determinados delitos y comportamientos”, señala a EL PAÍS.

“La gran cuestión que plantea la muerte de Garner”, añade, “es la excesiva intervención de la policía en los barrios de color. Esta muerte tiene que ver con la teoría de las ventanas rotas en la medida en que los agentes se acercan a Garner en aplicación de esa política. Esta es la primera gran crisis de De Blasio, y la lección que debe extraer es que tiene que dejar de apoyar un enfoque exclusivamente policial sobre la delincuencia”. Según Vitale, “la clave para mejorar las relaciones entre la policía y la ciudadanía y para garantizar los derechos civiles es reducir nuestra dependencia de la policía. Ayudando a los jóvenes en lugar de criminalizarlos, por ejemplo”.

En un terreno más templado está Gary Orfield, profesor e investigador de la Universidad de California-Los Ángeles y codirector del Proyecto de Derechos Civiles de la citada universidad. “La muerte de Eric Garner no es atribuible a las prácticas policiales basadas en la teoría de las ventanas rotas. Una policía exigente y vigilante no tiene por qué ser brutal. Lo de Garner fue un trabajo mal hecho”, afirma a este periódico. “Tragedias como esta tienen un tremendo coste para la convivencia, ya que uno de los ingredientes necesarios para reducir la criminalidad es que la población no tema a la policía. Para eso hay que construir sólidas relaciones comunitarias. Creo que es posible encontrar un equilibrio entre derechos civiles y efectividad policial, pero siempre habrá tensiones”, advierte.

En la misma línea se manifiesta Pedro Noguera, profesor e investigador de la New York University (NYU) especializado en temas de igualdad, educación, cultura y desarrollo. “No tengo ninguna objeción a la teoría de las ventanas rotas. En este caso la policía se ha excedido. La reducción de la criminalidad en Nueva York es producto de una mayor presencia policial en áreas conflictivas. Esto es algo positivo. Pero es necesario que la policía sea capaz de manejar determinadas situaciones de forma pacífica para que su trabajo sea efectivo con las minorías”. Sobre la actitud de los sindicatos policías, Noguera lamenta que traten de “defender lo indefendible”. En su opinión, la obligación de De Blasio es encontrar un equilibrio entre seguridad y respeto por los derechos civiles: “Vistos los abusos que se cometieron con Bloomberg, va a ser necesario tiempo para que ese equilibrio se alcance”.

El ‘hijo’ de James Brown

V. JIMÉNEZ

El reverendo Al Sharpton es un tipo peculiar, repleto de aristas, admirado y odiado a partes iguales, del que nadie duda de su capacidad para movilizar la calle y del que muchos temen y critican sus métodos. Orlando Patterson, un sociólogo experto en segregación, le calificó en su momento de “pirómano racial”. Nada en la biografía de Alfred Charles Sharpton Jr., deja indiferente.

En ella se mezclan una precoz capacidad de atracción pública (con cuatro años dio su primer sermón y con diez fue ordenado ministro pentecostal) y una peculiar conciencia social salpicada de escándalos. Con 18 abrazó la causa de los derechos civiles, que alternó durante años con fracasados intentos de ser alcalde, senador e incluso candidato demócrata a la Casa Blanca. Su condición de topo del FBI, sus problemas con la Hacienda pública o el intento de asesinato que sufrió en 1991 no le han impedido ser una de las voces más oídas en cualquier caso de abusos policiales. Su activa presencia en los medios, como presentador de radio, bloguero o tertuliano en televisión agranda su figura. Aseguran quienes le conocen que Tom Wolfe se inspiró en Sharpton para su agitador reverendo Bacon de La hoguera de las vanidades.

Sea cierto o no, Sharpton no defrauda. Durante años fue productor de las giras del cantante James Brown. “Fue un padre para mí. Él me enseñó a ser un hombre”, proclama a menudo. “Recuerdo cuando el gran James Brown me contó cómo unos agentes tirotearon su coche sin motivo y casi le matan. Yo tenía 18 años. Años después, tenemos que seguir soportando abusos de la policía. Ya basta”, escribió hace días en su blog.

Ventanas rotas en Nueva York | Internacional | EL PAÍS

14/08/2014

Democracia racial made in USA: ah!ah!ah!ah!

Filed under: Apartheid,Democracia made in USA,EUA,Racismo,Terrorismo de Estado — Gilmar Crestani @ 8:44 am
Tags:

Música alegre y mucha policía en otra noche de disturbios en Ferguson

Las fuerzas del orden vuelven a lanzar gases lacrimógenes contra los manifestantes

Joan Faus Ferguson 14 AGO 2014 – 06:35 CEST14

Enviar vídeo

Manifestación en Ferguson, Misuri. / Foto: AFP | Vídeo: Reuters

El reverendo negro Spencer Booker acudía a las convulsas calles de Ferguson, un humilde suburbio de San Luis (Misuri), con un objetivo muy claro: conseguir que las cientos de personas que protestaban por la muerte el sábado de un joven negro desarmado a manos de la policía no cortaran la avenida Florissant, como habían hecho los días anteriores en medio de la ola de indignación racial desatada en esta pequeña localidad.

Booker, reverendo de la iglesia metodista africana de Saint Paul, otra ciudad dormitorio de esta zona, encabezó la tarde de este miércoles una caminata de “paz, amor y plegarias” a lo largo de un kilómetro de la avenida, que concluyó en el epicentro de las protestas, la esquina de la calle en la que murió Michael Brown, de 18 años. El martes otros reverendos negros organizaron caminatas y vigilias en honor al joven, en lo que parece ser una suerte de competición entre iglesias y organizaciones de la comunidad negra.

A las 5 de la tarde los cinco carriles de Florissant -una amplia avenida un tanto desangelada con algunos establecimientos comerciales y humildes casas a los lados- estaban ya cortados por un grupo de unas 300 personas, la inmensa mayoría afroamericanos, que coreaban “¡No nos movemos!” y “¡Sin justicia no hay paz!”, y portaban pancartas e imágenes en homenaje a Brown.

Frente a los manifestantes se situaban horizontalmente doce agentes de policía protegidos con un casco, y llevando porras y escudos. Detrás de los agentes, decenas de coches de policía cortaban la avenida. Lo mismo sucedía medio kilómetro por detrás de los manifestantes. A simple vista, solo uno de los agentes era negro.Dos tercios de la población de Ferguson es afroamericana, pero esta proporción no se ha plasmado en los cargos políticos y policiales. Una cuarta parte vive por debajo del nivel de pobreza de EE UU.

Por cuarto día consecutivo centenares de personas protestan por la muerte de un joven negro desarmado a manos de un policía

El predicador Booker consideró que uno de los mejores métodos de calmar los ánimos y lograr su objetivo era tratando de construir un ambiente festivo. Así, que se trajo a un DJ, que empezó a reproducir conocidas canciones comerciales alegres bajo una carpa blanca en una acera, al lado de un restaurante que fue asaltado en los disturbios de la noche del domingo. Un centenar de personas bailaban animadamente a su alrededor.

A los pocos minutos Booker, vestido con un traje completamente negro, se decidió a cumplir su meta. Se desplazó un par de metros hasta el centro de la avenida y empezó a dirigirse a los manifestantes, muchos de ellos sentados en el suelo. “La gente en Ferguson está marginalizada y hostigada por la policía. La gente junta nunca es derrotada”, clamó. El público lo vitoreó al instante y alzó los brazos, la imagen más repetida en las protestas. Ese fue el gesto, aseguran su familia y un testigo, que habría hecho Brown antes de ser tiroteado el sábado al mediodía por un agente. La policía asegura que el joven atacó al agente en el interior de su vehículo.

Acto seguido, el reverendo les pidió que actuaran con “paz” y sin confrontación con la policía, y les argumentó que cortar la calle no era la vía adecuada para pedir justicia por la muerte del chico. Un grupo de manifestantes le hizo caso y se levantó, pero otro, mayoritariamente de jóvenes, lo ignoró por completo.

Cuando eran casi las 6 de la tarde, la policía quiso demostrar que se le había agotado la paciencia: cuatro imponentes vehículos blindados de las fuerzas especiales del condado se plantaron frente a los manifestantes. En ese momento Booker y su DJ ya habían desaparecido del lugar. De los vehículos descendieron una cincuentena de agentes -a simple vista ninguno era afroamericano- con indumentaria militar y con un rifle de largo alcance al hombro. Y encima de cada vehículo había un tirador posicionado apuntando a los manifestantes.

Si el objetivo era intimidar, los agentes lo consiguieron al instante, pero a su vez provocaron y electrizaron a un público que hasta el momento se había mostrado contenido. “¡Que jodan a la policía!” y “¡No nos movemos!” fueron las respuestas instantáneas de los concentrados. Uno de ellos empezó a acercarse y a increpar a un agente, pero fue frenado rápidamente por otros manifestantes. Se imponía una tensa y larga contención.

Uno de los policías tardó muy poco en explicar cuál era su objetivo. “Dispersense de un modo pacífico o serán sujetos a arrestos”, anunciaba a todo volumen con un megáfono. Ante el escaso éxito, endureció el tono y se mostró desafiante: “No nos vamos a ir a ningún sitio. No está abierto a discusión, vuelvan a sus vehículos y a sus casas”. Poco a poco, unas 200 personas fueron alejándose de la primera línea, aunque siguieron observando el panorama desde lejos. A ambos lados de la avenida también se concentraban algunos curiosos, entre ellos familias con hijos a las que no había impresionado la advertencia que les había hecho unos minutos antes un agente de la policía local: “Les aviso que si no abandonan la zona pueden ser gaseados”.

Frente a los agentes y vehículos de estética militar, permanecía impasible un pequeño grupo de manifestantes. Solo reculaban ligeramente cuando avanzaba la línea de seguridad, por mucho que cada vez estuvieran más aislados. Algunos de ellos estaban perfectamente preparados para un posible desenlace de las protestas: llevaban pañuelos para cubrirse la nariz y la boca ante un eventual lanzamiento de gases lacrimógenos, como los que ocurrieron las noches del lunes y el martes cuando las protestas pacíficas derivaron en disturbios.

Y tras más de dos horas de densa calma tensa, la violencia acabó desatándose cerca de las nueve de la noche. Tras recibir varios impactos de botellas, las fuerzas especiales lanzaron gases a los manifestantes, que se dispersaron por las calles aledañas ante la persecución policial, según informan medios locales. La policía aseguró que algunos manifestantes les lanzaron cócteles molotov, mientras estos acusaron a la policía de disparar balas de goma, como hicieron el lunes.

A medianoche no se había informado de personas heridas. La madrugada del martes al miércoles un joven recibió varios disparos de un policía al qual había amenazado con una pistola, según la policía.El joven se encuentra en estado crítico. Otra mujer recibió en esa zona un disparo desde un coche, pero su vida no corre peligro y se desconocen las causas del suceso. La policía ha detenido a una cincuentena de personas desde el domingo por su participación en los disturbios.

Dos periodistas son detenidos

Dos periodistas que cubrían las protestas en Ferguson fueron detenidos el miércoles por la tarde durante cerca de una hora. Wesley Lowery, del diario The Washington Post, y Ryan Reilly, del portal Huffington Post, fueron arrestados por la policía alrededor de las 8 en un establecimiento de McDonalds, a pocos metros del epicentro de las protestas en la avenida Florissant.

La policía entró en el establecimiento e instó a los clientes a marcharse, según explicaron los periodistas en Twitter. A continuación, según sus testimonios, la policía les pidió que se indentificaran y fueron detenidos mientras uno de ellos grababa a los agentes. “Me aplastaron contra una máquina de bebidas porque estaba confundido sobre la puerta por la que me decían que tenía que salir”, escribió Lowery en Twitter. Los periodistas fueron llevados primero a un vehículo policial y luego pasaron unos 15 minutos en una celda en una comisaría hasta que fueron liberados.

En un comunicado en la página web del diario, el director ejecutivo del Washington Post, Martin Baron, criticó duramente la detención, que consideró un “asalto a la libertad de prensa”.

22/12/2013

Deu a lógica nas viúvas do apartheid

Filed under: Apartheid,Ódio de Classe,Veja — Gilmar Crestani @ 10:19 pm
Tags: ,

Não admira que um dos (sub) produtos da NASPERS seja racista, a favor do apartheid social. O contrário, sim, me espantaria. Como diria o Barão de Itararé, “de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada”. Tirando os consultórios de proctologia e os governos tucanos, quem mais assina a Veja? Aliás, deve-se ao baixo nível no gueto racista a avalição cada dia mais favorável à Dilma.

Abril perde o pudor e prega vaia contra cubanos

:

Num texto antológico, pelo que tem de pior e mais asqueroso, a retrospectiva de Veja sobre o ano de 2013 defende a agressão que médicos cearenses cometeram contra profissionais cubanos; "Vaias contra a empulhação" é o título do artigo, que compara os médicos cubanos a escravos e questiona a capacidade desses profissionais, cujo trabalho vem sendo reconhecido e aplaudido pela população brasileira; ao revelar sua verdadeira face, Veja já sinaliza que irá jogar pesado contra a candidatura de Alexandre Padilha, em São Paulo, e fará o possível e o impossível para reeleger Geraldo Alckmin

Brasil 24/7

18/12/2013

Neoliberalismo é um apartheid

Filed under: Apartheid,Neoliberalismo — Gilmar Crestani @ 9:02 am
Tags:

“El neoliberalismo, en sí mismo, es un elemento constitutivo que mantiene la dinámica racial de las cosas”.

“El neoliberalismo es…”

Por Natalia Aruguete

Las primeras elecciones multirraciales en Sudáfrica pusieron punto final a casi cincuenta años de apartheid (1948-1994). Con más del 60 por ciento de los votos, el Congreso Nacional Africano (ANC) ganó los comicios y designó a Nelson Mandela como presidente. La gran negociación iniciada entonces se concentró en la modalidad de la democracia, la unificación de Sudáfrica y la desracialización de la sociedad. Sobre ese piso legal, la Comisión por la Verdad y la Reconciliación actuó como una justicia restaurativa, contra las violaciones a los derechos humanos. La utopía de Mandela era alcanzar la reconciliación nacional: que Sudáfrica perteneciera a todos los que allí viven, negros y blancos. Sin embargo, hay problemas profundos que el postapartheid no logró resolver. La gran negociación intentó “satisfacer a la sociedad, pero sin molestar al capital”, señaló Premesh Lalu en una entrevista con Cash. Invitado por el Programa de Estudios Sur Global de la Universidad de General San Martín (Unsam), el director del Centro de Investigación en Humanidades de la Universidad de la Provincia Occidental del Cabo hizo fuertes críticas al postapartheid y advirtió sobre las cuestiones estructurales que quedaron pendientes. Fundamentalmente, la consolidación de la racialización en el ámbito económico y la falta de un debate público tendiente a politizar a una gran parte de la población, que manifiesta una profunda frustración.

¿Qué cuestiones cree que han quedado pendientes de resolución en Sudáfrica, particularmente en el ámbito económico, después del apartheid?

–El apartheid fue pensado como un proyecto económico que definía la distribución del trabajo a lo largo de diversos sectores de la economía. La explotación minera en Sudáfrica siempre dependió del sistema de trabajo migrante. No sólo migración de las zonas rurales hacia las urbanas dentro de Sudáfrica, sino que desde la región Sur de Africa venían personas a trabajar a las minas de oro. Hubo, además, momentos de industrialización masiva e industrialización secundaria. Incluso, la urbanización masiva previa y posterior a la Segunda Guerra Mundial funcionó a la par del desarrollo del sector industrial en Sudáfrica. La agricultura, por su parte, fue históricamente un ámbito de reclamo sobre la distribución del trabajo. Cuando se piensa en la historia de Sudáfrica, se piensa en cómo el apartheid funcionó como un mecanismo económico. Sin embargo, las luchas en contra del apartheid no se enfocaron en el problema de la economía.

¿Dónde pusieron el foco?

–La negociación que tuvo lugar en 1990 giró alrededor de la cuestión del establishment político. El gran debate se orientó hacia la Asamblea Constitucional, hacia la modalidad de la democracia y del sistema electoral. Se estableció un piso legal, en ese marco surgió la Comisión por la Verdad y la Reconciliación (que actuó como una justicia restaurativa, donde testificaron las personas identificadas como víctimas de violaciones graves a los derechos humanos). Algunas de las dificultades no resueltas por la Comisión de la Verdad y la Reconciliación forman parte central del postapartheid.

¿A qué cuestiones se refiere?

–En el marco de la negociación no hubo lugar para debates sobre la problemática económica. La cuestión económica fue resuelta de manera separada de la gran negociación, y estuvo subordinada a los intereses internacionales de la explotación en minería.

¿Por qué fue negociada en forma separada?

–Porque la ANC (Congreso Nacional Africano) ingresó en esa negociación con la convicción de que concretaría la idea –incluida en la “Carta de la Libertad” (Freedom Charter)– de que Sudáfrica pertenezca a todos los que viven allí, negros o blancos. Y se involucraron en un proyecto político tendiente a desracializar a la sociedad.

¿En qué consistió ese proyecto?

–Intentaron juntar las distintas piezas del rompecabezas, satisfacer a la sociedad, pero sin molestar al capital. Procuraron que la dinámica política – una política de desracialización liderara la relación entre el Estado y las instituciones. Pero el terreno económico sigue completamente racializado.

¿Qué consecuencias trajo en términos de equidad económica y social?

–Durante la presidencia de (Nelson) Mandela (1994-1999) se intentó avanzar con el proyecto de empoderamiento de la economía negra. Eso significaba que había emergido una nueva elite. Pero las discrepancias eran enormes y la lucha por dicho empoderamiento fue visto de una forma limitada, sólo se apuntó a un pequeño sector de la clase media negra en ascenso. Por eso, creo que ese intento de empoderamiento de la economía negra fue ciertamente inefectivo.

¿Por qué cree que el postapartheid se topó con esas limitaciones?

–Creo que hubo tres cosas que no se dieron después de 1994. La primera es que no hubo una negociación entre el Estado y las instituciones. El apartheid no fue sólo un proyecto de represión desde el Estado, también funcionó a nivel de las instituciones: desde las escuelas hasta las universidades pasando por los hospitales; sus infraestructuras se han multiplicado a través de una ramificación racial.

¿Cuál es la segunda cuestión no resuelta?

–Que la esfera económica creó un campo de privilegios muy particular. Se esperaba que la recomposición posterior al ’94 iniciara un proceso de desaprendizaje de ese privilegio, pero no fue así. En realidad, el sector económico se consolidó y se cerró en sí mismo.

¿En qué se evidenció los privilegios a nivel económico?

–Por ejemplo, cuando el Estado intentó promover el empoderamiento de la economía negra, desde el mercado se argumentó que se trataba de un racismo inverso. Hay una tercera cuestión: durante la lucha contra el apartheid, hubo vastas redes de movimientos políticos en las ciudades, que con el tiempo se volvieron cáscaras burocráticas. Tenían ambición y deseos, y un programa sobre algunas cuestiones económicas enfrentándose a cláusulas creadas por el Estado. Pero no es posible formar parte de un movimiento de masas y pasar al proceso de negociación al mismo tiempo. Esos procesos se fueron vaciando durante el intento de crear un nuevo concepto de pertenencia nacional en el marco del proyecto del postapartheid.

Neoliberalismo

¿Cuán estructural es la problemática que observa en Sudáfrica?

–Pienso en una estructura de relaciones de raza y de política racial. Desde este punto de vista, el neoliberalismo se ve distinto. No se trata de una racionalidad económica externa que tiene efectos sobre la población. El neoliberalismo, en sí mismo, es un elemento constitutivo que mantiene la dinámica racial de las cosas.

¿Qué opina acerca del Brics como posible alianza alternativa? ¿Qué efectos tendría para Sudáfrica?

–Las iniciativas que hemos visto a través del Brics abarcan muchas formas, pero creo que todas confluyen en una misma dinámica.

¿A cuál se refiere?

–En el sentido de producir un tipo de futuro poscolonial, algo que creo que todavía es un deseo pendiente. Propongo una forma de pensar que se ubique fuera del tipo de relaciones de colonialidad. Por eso, incluso, propongo pensar el neoliberalismo de manera distinta: no ubicado como una cuestión política o económica, sino como una problemática racial. Porque creo que el neoliberalismo está tratando de redefinir la biopolítica. El neoliberalismo es el apartheid del futuro. En nuestros países, el neoliberalismo se apoya en dinámicas de gobierno local, segregación étnica y prácticas de exclusión del mundo del trabajo que se asemejan a modelos de décadas pasadas.

¿Cree que están dadas las condiciones en Sudáfrica para hacer frente a este escenario?

–En el Sur de Africa tuvimos la oportunidad de cambiar radicalmente el discurso a la salida del apartheid, pero no lo hicimos. Ahora la pregunta debe versar alrededor del postapartheid. Pero no pensando que el primer apartheid era una cuestión solamente sudafricana, sino que fue más allá. Se debe extender la discusión a la crítica del liberalismo en general, como una especie de teoría de la raza y un intento de componer los términos de la biopolítica. Y creo que eso es lo que no estamos logrando aún en Sudáfrica.

Crisis mundial

¿Cómo ha enfrentado Sudáfrica la crisis mundial?

–El presupuesto fue lanzado recientemente por Pravin Gordon, un activista surgido de la ANC que estuvo involucrado en las luchas de los años ’80. Ahora es el ministro de Finanzas. Con Gordon estaba el anterior ministro de Finanzas, Trevor Manuel, que proviene también de la UDF, un movimiento interno de izquierda de la ANC. Ambos crearon el Plan Nacional de Desarrollo a partir de una recorrida por el país en la que intentaron ver cuáles eran las necesidades de Sudáfrica para concebirse como un Estado más democrático, con una infraestructura que pudiera sostener las demandas de la población. Desde los movimientos sindicales, por ejemplo, plantearon que ese plan “no era suficiente”. La recesión ha sido dura y los efectos llegaron tiempo después.

¿Cuáles fueron los sectores más afectados?

–Hay una significativa preocupación por el crecimiento del desempleo y el aumento de las diferencias entre ricos y pobres. Hace pocos años, se realizó un estudio desde el programa de investigación de los sindicatos para cuantificar cuántos años le llevaría a un obrero sudafricano ganar lo que un CEO sudafricano cobra en un año. La respuesta era ridícula.

¿Cuántos?

–Mil cien años aproximadamente. El problema es la cantidad de años de crisis acumulada que llevamos.

¿Desde la crisis de 2007 o se refiere a los shocks previos a ese año?

–Incluso antes. Los objetivos de tener un crecimiento económico rápido se han convertido en enormemente problemáticos.

Con un alto impacto en el mercado de trabajo.

–Sí. En ese sentido, el problema fue la inversión extranjera directa, que se ha convertido en una gran preocupación para el Estado. Hubo debates sobre la posibilidad de que el Estado permitiera a Walmart venir a Sudáfrica. Esas argumentaciones dañaron la confianza de los inversores. Al mismo tiempo, hay una enorme insatisfacción en distintos sectores de la economía. Tenemos que repensar qué significa para nosotros el neoliberalismo, especialmente en un lugar como Sudáfrica. No podemos pensarlo simplemente desde una racionalidad económica, sino como una teoría de la raza. Y el problema es que eso no ha sido debatido adecuadamente. Ese fue el motivo del inicio de la ANC en 1955: el deseo de desracializar la sociedad, una visión utópica que significaría generar una sociedad basada en la igualdad

* Con la colaboración de Laura Efron, Sección de Estudios de Asia y Africa, UBA.

Página/12 :: cash

13/12/2013

Margaret Thatcher, a hiena do apartheid

Filed under: Apartheid,Margaret Thatcher,Rupert Murdoch — Gilmar Crestani @ 8:00 am
Tags:

Vi há duas semanas, no GNT, o documentário ”Os Escândalos de Rupert Murdoch”. E a pergunta que me fiz de imediato foi: como isso foi possível na Inglaterra, um país de primeiro mundo. Que a Veja tenha este padrão mafioso no Brasil, tudo bem. Aliás, a Globo das grandes é maior. Não é mero acaso que o PSDB distribua milhares de assinaturas da Veja em escolas em São Paulo. Veja e Folha de São Paulo não inventaram o compadrio entre grupos de mídia e políticos corruptos, são apenas seguidores da mesma seita que fez crescer Murdoch. A diferença é que lá a persistência de grupos independentes fez com que o povo deixasse de ter um comportamento bovino. Aqui, é o povo continua anestesiado com picada da serpente sul-africana.

O documentário mostra a ascensão de Murdoch na Inglaterra em virtude de suas parcerias com políticos conservadores. A parceria de Murdoch (Fox) com Margaret Thatcher rendeu a ela uma imagem pública asséptica e a ele muitas libras em dinheiro. Coincidentemente, ambos eram contra Mandela e a favor do apartheid. O comportamento da FOX em nada diferencia do Grupo Abril dos Civita. Não é mero acaso que por traz da abril há o grupo sul-africano, Naspers. Margareth Thatcher e Rupert Murdoch chocaram o ovo da serpente. A serpente que hoje produz o veneno que Veja destila toda semana.

 

Em carta, Thatcher prometeu não impor sanções ao apartheid

Em troca, "Dama de Ferro" sugeriu a libertação de Mandela

LEANDRO COLONDE LONDRES

A ex-premiê britânica Margaret Thatcher prometeu ao regime do apartheid que resistiria às pressões para aplicar sanções econômicas e comerciais à África do Sul.

Em troca, sugeriu a libertação de Nelson Mandela e outras medidas de impacto internacional que a ajudassem a manter sua posição de não romper com o regime.

É o que mostra uma carta escrita no dia 31 de outubro de 1985 por Thatcher ao presidente sul-africano da época, Pieter Willem Botha (morto em 2006).

A então premiê afirmou, por exemplo, que outros países a favor de sanções contra o apartheid tinham interesses financeiros na África do Sul e defendiam punições apenas como "retórica". "Os interesses de alguns países seriam severamente atingidos se sanções forem aplicadas", disse.

CROCODILO

Conhecido como "O velho Crocodilo", Pieter Botha marcou seu governo pela resistência em soltar Mandela e pela opressão sangrenta aos negros –estima-se que 2.000 pessoas morreram e outras 25 mil foram presas sem direito a julgamento.

A carta que ele recebeu de Londres foi enviada sob o timbre de "secreto e pessoal" e está no banco de dados da Fundação Margaret Thatcher.

A "Dama de Ferro", que morreu em abril deste ano, revela que estava decidida a manter sua posição pública de não punir o regime. "Eu devo resistir a sanções porque acredito que são erradas e que não é interesse britânico fazer isso", afirmou.

Na visão dela, sanção "não funciona" e prejudica quem quer ajudar. Além disso, ela diz que o governo de Botha estaria contribuindo para mudar a situação opressora.

"Continuo acreditando que a libertação de Nelson Mandela teria mais impacto que qualquer outra ação", afirmou ela.

A ex-premiê sempre sofreu críticas por não agir contra o regime de segregação na África do Sul. Em 1987, ela chamou o CNA, partido de Mandela, de "organização terrorista".

ERRO

O atual premiê David Cameron, do Partido Conservador (o mesmo de Thatcher), afirmou em 2006 que foi um "erro" aquela posição dos anos 80.

Na carta de 85, Thatcher relata a recente pressão que sofrera na reunião da Commonwealth, comunidade britânica que hoje reúne 54 países, a maioria deles ex-colônias –a África do Sul ficou afastada do grupo entre 1961 e 1994.

"Eu estou decidida a continuar resistindo a essa pressão e encontrei determinação parecida no presidente Reagan (EUA) quando nós discutimos esse tema em Nova York semana passada, mas preciso de sua ajuda", afirmou ela a Botha.

"Fui acusada de preferir empregos britânicos a vidas africanas, de não me preocupar com os direitos humanos, e muito mais", disse ao chefe do regime do apartheid.

A situação não mudou após a carta: Thatcher se manteve contra a sanção, Mandela continuou preso até 1989 (saiu após a queda de Botha), e o regime do apartheid só terminou em 1994, quando o líder negro foi eleito presidente de seu país.

10/12/2013

Por isso que me recuso a pisar naquela pocilga

Filed under: Apartheid,Isto é EUA!,Liberdade made in USA! — Gilmar Crestani @ 9:06 am
Tags:

Millôr Fernandes e Flávio Rangel escreveram, durante a ditadura, uma peça chamada Liberdade! Liberdade! Li no final dos anos 80, quando cursava Letras na UFRGS. E até hoje uma frase me chama atenção: A estátua da liberdade, um ícone da cultura americana é obra de um … francês… E ela, como a Liberdade verdadeira, nunca entrou nos EUA! Estacionou numa Ilha, na entrada de Nova Iorque. Que me desculpem os mochileiros de quinquilharias, que adoram Miami e sua cultura kitsch, nada disso se compara a um simples café no El Ateneo de Buenos Aires ou um panino nas escadarias da Piazza di Spagna. Só o complexo de vira-lata pode justificar uma alienação tão grande. Aliás, depois da devastação que o Furacão Katrina provocou em Nova Orleans ninguém mais, que se considere bem informado, pode se dar ao luxo de ignorar o apartheid social que ainda impera nos EUA. E agora Detroit, então…

Como era o apartheid…nos EUA

9 de Dezembro de 2013 | 20:14 Autor: Fernando Brito

apartheideua

As imagens aí de cima não são da África do Sul, nos tempos do apartheid.

São também do início dos anos 60, quando Mandela já estava preso por sua luta contra o racismo, mas foram tiradas nos Estados Unidos.

É algo que não está sendo devidamente lembrado nestes momentos de reflexão sobre a morte de Nelson Mandela.

O apartheid, nos EUA, tinha outro nome: Leis Jim Crow.

Elas vigiram por mais de 100 anos, entre a abolição da escravatura, em 1860, e 1965, quando foram revogadas nos estados onde remanesciam, por força da decisão da Suprema Corte.

Elas impediam o acesso à escola, ao transporte, aos ambientes públicos e até aos banheiros de pessoas negras em igualdade de condições com os brancos.

1965, repare. Não tem sequer 50 anos.

Até pouco antes, outra lei informal, a de Lynch – origem da palavra linchamento – era aplicada quase que sem punições a negros acusados de qualquer crime, por espancamento ou por enforcamento.

Isso não lembra nada a vocês, não, não é mesmo?

A memória do poder e da mídia são deliberadamente fracas.

Essa discriminação odiosa – que pode estar abolida nas leis, mas permanece no pensamento de parte significativa da elite americana – nunca impediu a imprensa brasileira de afirmar que os EUA eram “o país mais democrático do mundo”.

Aqui, em nosso país, não faz 30 anos que a Lei Caó tornou o racismo crime inafiançável.

O que não impede que seja praticado toda hora no Brasil.

Apagar o ódio, como fez Mandela, não é o mesmo que apagar a memória.

Como era o apartheid…nos EUA | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

09/12/2013

A glamourização do apartheid

Filed under: Apartheid,Ditabranda,Ditadura,Grupos Mafiomidiáticos — Gilmar Crestani @ 8:15 am
Tags:

MandelaE de repente os mesmos que criminalizam os movimentos sociais querem faturar encima de Mandela. E ninguém ousa discutir porque os grandes grupos de mídia nascem quando outros estão em profundo sofrimento. Globo, Folha, Abril e RBS nasceram, cresceram e se firmaram com a ditadura. Daí advêm as dificuldades que enfrentam na democracia. Por isso é tão importante que eles derrotem quem enfrentou o regime com o qual eles se locupletaram. E por aí também se entende porque Mandela de repente vira herói. Para eles, Mandela é objeto de admiração porque perdoou os que o prenderam por 27 anos.

É isto que está por trás da sua repentina beatificação pelos que antes o chamavam de terrorista.

RICARDO MELO

A segunda morte de Mandela

O que significou uma das grandes atrocidades do nosso tempo é difundido como estágio para estadista

Para governantes de uma geração que mal sabe que CNA é a sigla de um partido que liderou a luta contra o racismo na África do Sul, a "unanimidade" em torno de Nelson Mandela vem a calhar. Quem entoa melhor o coral da falsidade é, sem dúvida, o arcebispo Desmond Tutu, em artigo para o jornal inglês "The Guardian" reproduzido nesta Folha.

"Mantenho que seu período [de Mandela] na prisão foi necessário porque, quando foi preso, estava cheio de raiva (…) ele não era um estadista, disposto a perdoar –era um comandante em chefe da ala armada do partido, que estava inteiramente disposta a recorrer à violência. O tempo que ele passou na prisão foi crucial (…) a prisão foi uma prova de fogo que queimou tudo que era ruim."

Mandela passou 27 anos enjaulado. Viveu num buraco inferior a quatro metros quadrados para "queimar tudo que era ruim". O que significou uma das grandes atrocidades do nosso tempo é difundido agora como estágio para estadista. Que isso venha da boca de um religioso, dá para entender. Religiões normalmente se prestam a esse papel –convencer fiéis a se conformar com o presente (ou a dar presentes…) em nome de um futuro redentor, ainda que na claustrofobia de um caixão.

Tão verdadeiro quanto isso é a patacoada ensurdecedora sobre o homem da transição pacífica, que venceu o racismo sem derramar sangue, o arquiteto da paz sem violência etc. etc. Pacífica, cara-pálida? Só para citar dois eventos: a chacina de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou pelas costas e matou mais de 70 opositores. O outro foi em Soweto, em 1976, que terminou com a morte de mais de 700 estudantes. Há inúmeros momentos como esses na história sul-africana, devidamente apagados dos registros pelo governo racista com a conivência internacional.

Seria apenas trágico, não fosse absolutamente trágico, assistir aos representantes de plantão das grandes potências renderem homenagem a Mandela.

Um dos regimes mais odiosos da história, o apartheid durou oficialmente quase meio século. Onde estavam esses países durante todo o tempo em que negros eram tratados como coisas, Mandela mofava na prisão e milhares de vidas desapareciam? Algumas pistas: a prisão de Mandela em 1962 teve a ajuda da CIA e a idolatrada Margaret Thatcher lutou até o fim para impedir o "terrorista" de deixar a cadeia. E por aí foi.

"Bem, a ONU aprovou um embargo", apressam-se os cínicos. Alguém tente lembrar como essa cortesia diplomática livrou um único cidadão das garras de P.W. Botha, o gorila que promovia pogroms sistemáticos contra a maioria negra. Será tão fácil quanto provar a existência de Deus ou que uma roda é quadrada. Mal comparando, o embargo lembra acordos de destruição de armas químicas, que libera ditadores para matar aos magotes, desde que à bala, e não por asfixia.

Nada disso reduz a importância de Nelson Mandela como símbolo de luta, persistência e tolerância. Fez a parte dele, mas dentro de um combate em que houve de tudo, menos o primado do pacifismo. Mandela não tem culpa do uso bastardo de sua imagem. Fossem sinceros, os poderosos que montam fila para reverenciá-lo deveriam, no mínimo, deixar de perseguir opositores em seus próprios países, pedir desculpas ao povo da África do Sul e oferecer meios de ressarcir materialmente os anos de cumplicidade com o racismo.

Uma metáfora da vida que prossegue apareceu um dia após a morte de Madiba. Foi no sorteio da Copa do Mundo. O minuto de silêncio em homenagem a Mandela mostrou-se concessão demasiada –durou minguados 12 segundos. E a dupla brasileira encarregada de apresentar a cerimônia (ao que se diz, e sem nada pessoal contra ninguém) foi trocada pelos organizadores. Em vez de Camila Pitanga e Lázaro Ramos, subiu ao palco um casal mais parecido com representantes de afrikâners.

27/05/2013

A morte de Roberto Civita

civita

A morte de Roberto Civita

Enviado por luisnassif, dom, 26/05/2013 – 23:01

Acaba de falecer Roberto Civita.

Foi o principal responsável por ter trazido os padrões jornalísticos norte-americanos para o Brasil, convencendo o pai a criar revistas informativas.

A primeira foi a Realidade. Segundo jornalistas que trabalharam com ele, como Luiz Fernando Mercadante, o jovem Civita tinha tino jornalístico, sabia trabalhar com talento as fórmulas importadas dos Estados Unidos.

Algum tempo depois, a Veja, copiando o modelo de jornalismo-produto norte-americano.

O padrão vinha do Times. Consistia em trabalhar a notícia como se fosse um produto da dramaturgia. Na segunda-feira, havia reunião de pauta em que se escolhiam as matérias que fossem mais atraentes para os leitores. A pauta era montada de acordo com critérios que tornassem a notícia atraente. Depois, os repórteres saíam atrás de declarações que convalidassem as teses defendidas pela revista.

Teve alguns períodos áureos. O primeiro, com Mino Carta. Depois de três anos para se firmar, atingiu o ponto de equilíbrio e nos anos 70 já se tornara a mais influente publicação brasileira.

Apesar do estilo superficial – próprio para atingir a dona de casa de Botucatu (como era o lema da revista -, a revista primava pelas pautas criativas, pelo texto rigoroso embora um tanto parnasiano nas aberturas, pela capacidade de enfiar enorme quantidade de informações (nem todas essenciais) em textos curtos.

Após a saída de Mino, a revista manteve a influência e cresceu em tiragem, acompanhando o crescimento da economia brasileira.

Nos anos 90, assim como o restante da grande imprensa, experimentou seu período de maior brilho, após ajudar a construir e a demolir a imagem de Fernando Collor.

Brilhante na criação de um universo de revistas especializadas ou temáticas, Roberto Civita falhou na transição para a era digital.

Com ACM, conseguiu concessões de TV a cabo, montou alguns canais, que não lograram se desenvolver. A experiência em TV foi um desastre financeiro. Teve oportunidade de montar o primeiro grande portal brasileiro, o BOL, tendo muito mais conteúdo para expor do que a UOL, da Folha. Mas não possuía a agilidade demonstrada por Luis Frias, à frente da UOL.

Com poucos lances, Frias propôs a fusão UOL-BOL, assumiu a gestão da nova empresa e, mais à frente, aproveitou a enorme liquidez do mercado financeiro para adquirir a metade da Abril. Hoje a UOL deve valer bem mais do que a Abril inteira.

Um dos principais obstáculos para a transição da Abril foi a resistência de um corpo de conselheiros de Civita, fortemente amarrados à tradição do papel. Mesmo quando a Internet tornara-se irreversível, a Abril não acordou. Pelos menos a duas empresas de tecnologia que foram oferecer sistemas para ela – uma das quais, a IBM – a resposta dos executivos é que a Abril iria apostar todas suas fichas em gibis e revistas para a classe C.

O advento do jornalismo online acabou consagrando outros portais, a própria UOL, o G1 e dois entrantes, o Terra e o iG.

A última aposta da Abril foi tentar ganhar protagonismo político imitando o estilo de Rupert Murdoch. A campanha contra o desarmamento revelou um perfil de leitor classe média intolerante, preconceituoso, conservador até a medula. E a Abril, que sempre buscou o leitor classe média alta, apostou todas suas fichas no novo modelo.

Foi a primeira a trazer o estilo de jornalismo tosco e virulento da Fox News. E a cometer assassinatos de reputação em larga escala, cujos casos mais conhecidos foram as guerras do Opportunity e de Carlinhos Cachoeira.

Alguns anos atrás, em péssima situação financeira, a Abril recebeu aporte de capital do grupo Nasper, da África do Sul, mais 20% de empresas offshare de Delaware, afrontando a legislação brasileira. Posteriormente, quando vendeu a TV A para a Telefônica, as duas holdings desapareceram do bloco de controle da empresa.

Nos últimos anos, o grupo passou a investir todas suas sobras de caixa no setor educacional. Com a morte do seu líder, o futuro da Abril torna-se incerto.

A morte de Roberto Civita | Brasilianas.Org

07/12/2012

Opera Mundi – "Regime de Israel é pior do que apartheid na África do Sul", diz ex-ministro de Mandela

Filed under: Apartheid,Israel,ONU,Palestina — Gilmar Crestani @ 9:37 am

Filho de família judaica, Ronnie Kasrils afirma que luta contra a discriminação por conta das lições do holocausto

“O regime imposto por Israel sobre a população palestina é muito pior do que o apartheid que marcou a história da África do Sul”. Essa foi a constatação tida pelo ativista sul-africano Ronnie Kasrils, conhecido por sua luta pelo fim do regime racista em seu país, durante as visitas que realizou à Israel e aos territórios reivindicados pelos palestinos.
“Foi como um “dèjá vu”: pessoas alinhadas nos postos de controle com esses jovens soldados arrogantes e armados. Isso é o que eu via na África do Sul”, afirmou Kasrils, ex-ministro de Defesa durante o governo Nelson Mandela (1994-1999), à reportagem de Opera Mundi no salão de encerramento do Fórum Social Mundial Palestina Livre, em Porto Alegre. “Porém, quando olhei de novo e conheci melhor a situação, vi que era pior do a apartheid”.
Marina Mattar

Defensor da solução de dois estados com base nas fronteiras anteriores a 1967, Kasrils, filho e neto de judeus, sempre adotou uma posição muito crítica em relação a Israel e apoia há décadas as causas palestinas. Liderou campanhas e é autor de livros e manifestos contra as políticas israelenses para com seus vizinhos. Em 2006, chegou a ser processado por associações judaicas sul-africanas em razão de um artigo que foi classificado por seus acusadores como “discurso de incitação ao ódio”. No ano seguinte, foi inocentado. Segundo a sentença, “Kasrils sempre defendeu negociações pacíficas, e suas declarações nunca propuseram a destruição de Israel. Tampouco seus comentários devam ser associados a negação do holocausto”.
O ativista relembra como o regime racista sul-africano (1948-1994) segregava de forma violenta a população negra: “eles tinham que andar em calçadas diferentes dos brancos, eram discriminados nas ruas e em seus trabalhos, eram espancados pela polícia e grupos de vândalos, viviam em comunidades afastadas dos centros, os “chamados bantustões”, sem nenhuma infraestrutura. Quando ousavam protestar, eram duramente reprimidos. Era horrível! Mas não tanto quanto a vida em Gaza ou na Cisjordânia. Existem muitas semelhanças, mas também muitas diferenças”.

Leia mais

De acordo com Kasrils, da mesma forma que os negros na África do Sul durante o apartheid, os palestinos sofrem discriminação e repressão das autoridades, das instituições, das forças de segurança e dos cidadãos. O ativista lembra que eles encontram grande dificuldade para realizar necessidades simples do cotidiano: ir ao trabalho, abrir um negócio, comprar terras ou construir uma casa.
“Isso é idêntico, de muitas formas, ao apartheid. Mas, as autoridades sul-africanas nunca usaram jatos militares e tanques para bombardear o local aonde os negros moravam. E os bantustões não eram cercados por muros ou postos de controle”, explica. “A vida nos bantustões era péssima, mas nem tanto quanto estar nas prisões que são Gaza e Cisjordânia”.
Filho de família judaica, o ex-militante do ANC (Congresso Nacional Africano) conta que teve sua infância marcada pelo holocausto e é por essa razão que tanto se preocupa com a discriminação e as políticas segregacionistas. O ativista diz que herdou essa lição de sua mãe, quando ainda era uma criança que via os empregados negros sendo destratados.
“Certa vez perguntei a ela: ‘é assim que os judeus na Polônia, na Alemanha, nesses países europeus que viveram o nazismo, estão sendo tratados?’ Minha mãe, uma mulher muito simples, mas boa e generosa, me respondeu: ‘Não exatamente. Porque na Europa, eles mataram os judeus nos campos de concentração. Mas, começa assim: com esse ódio e racismo’. E isso ficou na minha mente”.
Mesmo estando aposentado há quatro anos da vida política em seu país natal, o ativista não abandonou seus ideais e lutas. No Fórum Social Mundial Palestina Livre em Porto Alegre, ele defendeu a campanha do BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) contra Israel e lembrou o sucesso dessa iniciativa para acabar com o regime do apartheid.

Opera Mundi – "Regime de Israel é pior do que apartheid na África do Sul", diz ex-ministro de Mandela

28/10/2012

Dieta? Os esqueléticos de Auschwitz teriam sido anoréxicos ?

Filed under: Apartheid,Campo de Concentração,Israel,Palestina — Gilmar Crestani @ 11:30 am

Imagen: AFP

La dieta israelí

Por Juan Gelman

“La idea es que los palestinos estén a dieta, no matarlos de hambre”: son palabras pronunciadas hace más de seis años por Dov Weisglass, asesor de Ehud Olmert, primer ministro entonces de Israel, poco después de que Hamas ganara las elecciones en Gaza (www.commondreams.org, 24-10-12). Más bien parecía una metáfora esta respuesta a tal victoria. Pero no: es una política minuciosamente diseñada por el gobierno israelí.

Gisha, una organización israelí que brega por la libertad de movimiento y de comercio de los palestinos, logró tras una batalla legal de tres años y medio la desclasificación de un documento secreto atinente a las “líneas rojas” impuestas a los habitantes de la Franja. Dicho documento se redactó a comienzos de 2008, cuando Olmert decidió apretar aún más el cuello –y el estómago– del millón y medio de habitantes del territorio, bloqueado desde junio del 2006 en demanda de la libertad de un soldado de Israel prisionero de Hamas.

“El objetivo oficial de esta política era emprender una guerra económica a fin de paralizar la economía de Gaza y, según el ministro de Defensa (israelí), presionar al gobierno de Hamas”, señala un informe de Gisha (www.france24.com, 17-10-12). Fue cuidadosamente preparada. Funcionarios del sistema de salud israelí calcularon el mínimo de calorías que necesitaba cada palestino y, sobre esa base, el número de camiones con alimentos cuya entrada a Gaza debía permitirse.

El Ministerio de Salud israelí estimó que debía ascender a 170 vehículos diarios para proporcionar 2279 calorías a cada palestino de la Franja. Antes del bloqueo llegaban 400 cada día y, según el informe de Gisha, con la aplicación de la “línea roja” se redujeron a un promedio de 67, menos de la mitad del guarismo fijado en el dictamen ministerial. Los funcionarios alegaban que no hacía falta más en virtud de su evaluación más que generosa de los alimentos que se producían localmente. Al parecer, ignoraban que el bloqueo había socavado severamente la agricultura de Gaza: la escasez de semillas, por ejemplo, provocó un serio descenso de la producción alimentaria.

En realidad, ni siquiera todos los alimentos transportados por los 67 automotores llegaban a la Franja. Los retenes militares procedían a su descarga para revisar el contenido, que se derramaba al abrirse las bolsas y al volverlas a cargar en otros camiones y la exposición al sol y al aire echaba a perder a veces hasta la mitad de las frutas y vegetales frescos acarreados. No sorprende que la Cruz Roja señalara en un informe temprano de 2008 que “el bloqueo israelí de Gaza ha conducido a un incremento ininterrumpido de malnutrición crónica entre los habitantes de la Faja” (www.independent.co.uk, 15-12-08). Agregaba que las duras restricciones a todos los sectores de la economía del territorio habían aumentado la inflación en un 40 por ciento causando “un deterioro progresivo de la seguridad alimentaria a un 70 por ciento de la población”. La dieta Weisglass tenía su mérito.

El documento desclasificado indica, entre otras cosas: “Se restringirá en Gaza el movimiento de mercancías, se reducirá el abastecimiento de gas y electricidad y se impondrán restricciones al desplazamiento de personas en Gaza y fuera de Gaza (www.europalestine.com, 18-10-12). Guy Inbar, vocero del departamento del Ministerio de Defensa que coordina las actividades del gobierno israelí en los territorios palestinos, manifestó que el documento sólo “era un borrador que nunca se puso en práctica… nunca contamos calorías”. Más fácil es descontar camiones.

Las restricciones algo se suavizaron cuando el 31 de mayo de 2010 comandos israelíes atacaron en aguas internacionales a una flotilla de seis embarcaciones que llevaban alimentos y materiales de construcción a los palestinos bloqueados. La ayuda había sido organizada por el Movimiento Libertad a Gaza y la Fundación de derechos humanos de Turquía y el ataque militar israelí produjo nueve muertos, ocho nacionales turcos y uno estadounidense, provocando una condena internacional generalizada y tensiones Turquía-Israel.

Es una práctica que Israel no abandona. El sábado 20, el navío de bandera finesa Estelle, que transportaba ayuda humanitaria para los habitantes de la Franja, fue interceptado y desviado a un puerto israelí. Sus pasajeros eran legisladores europeos, el demócrata estadounidense Jim Manly y activistas pro palestinos (www.bc.ca, 23-10-12). Fueron arrestados y deportados.

El martes pasado se produjo un hecho insólito: la primera visita a Gaza de un jefe de Estado desde 1999. El emir de Qatar, Hamad bin Jalifa al Thani, prometió invertir 400 millones de dólares en la construcción de viviendas. Pareciera que los ricos países petroleros del Golfo buscan mejorar su imagen y tal vez conseguir aliados en un Medio Oriente arrasado por guerras civiles. Israel se malhumoró: consideró que esa visita “había tirado la (posibilidad de) paz bajo un autobús”. Le estaban estropeando “la dieta”.

Página/12 :: Contratapa :: La dieta israelí

06/10/2012

Para ajudar Serra, Veja troca FHC por Joaquim

Filed under: Apartheid,Joaquim Barbosa,Veja — Gilmar Crestani @ 8:49 am

Alguém tem de avisar ao “seu” Joaquim que a Veja está com o dinheiro do apartheid!

Nasce um presidenciável: o caçador de petralhas

Edição 247: joaquim barbosa, veja, batman

Joaquim Barbosa chegou lá. Veja, que lidera a oposição no Brasil, acaba de lançá-lo à presidência da República com sua capa sobre “o menino pobre que mudou o Brasil”, numa operação editorial semelhante à do “caçador de marajás”. Transformado em herói como o “vingador” que levou o PT à prisão, aplaudido em bares como o Bracarense e chamado de “nosso Batman” nas redes sociais, o ministro do Supremo Tribunal Federal é a alternativa que resta à oposição para tirar o PT do poder. Ele conseguirá?

6 de Outubro de 2012 às 07:32

247 – Joaquim Barbosa para presidente! É o berro que salta da capa da revista Veja desta semana, sobre “o menino pobre” que relatou a Ação Penal 470 e será lembrado como o responsável por colocar o PT na cadeia. José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil,  José Genoino, ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro do partido, estão prestes a ser condenados. Nas próximas sessões do Supremo Tribunal Federal, o “vingador” Joaquim Barbosa defenderá que os três sejam presos ao fim do processso. Também nesta semana, ele pode se tornar presidente da corte, caso prevaleça a tradição da casa, que prevê a entrega do comando ao ministro mais antigo, que ainda não tenha sido presidente.

Chamado de “nosso Batman” nas redes sociais, Joaquim Barbosa é o herói quase perfeito. Talvez, o único capaz de rivalizar com o ex-presidente Lula no que diz respeito às possibilidades de mistificação. Barbosa tem origem tão ou mais humilde do que a do ex-presidente, mas ascendeu graças ao estudo. Graduou-se, fez doutorado fora do País e está prestes a assumir um dos três poderes da República. Um símbolo, portanto, da chamada “meritocracia”, uma palavra tão em voga ultimamente.

No STF, Barbosa agiu de maneira implacável – e ainda que seus métodos e a consistência de seus argumentos sejam questionados, ele é sucesso inegável de público. Nas redes sociais, ele é o “nosso Batman”, super-herói responsável por colocar à beira da prisão aquele que era tido como o “capitão do time” de Lula. E mesmo seus defeitos, como a intolerância e a postura irritadiça diante dos colegas, podem ser tratados como virtudes. No país do homem cordial e conciliador, Barbosa seria o juiz intransigente diante da corrupção. E que costuma ser aplaudido em bares e restaurantes, como o Bracarense, no Rio de Janeiro.

O risco dessa operação editorial, no entanto, é a desmoralização completa do próprio Supremo Tribunal Federal. Se Joaquim Barbosa vier a abraçar um projeto político, o próprio julgamento da Ação Penal 470 poderá vir a ser considerado no futuro como um julgamento político – e não técnico. Aliás, Batman era um justiceiro que agia fora da lei. E por isso mesmo era sempre mandado de volta para a caverna

Para Veja, no entanto, pouco importa. Na sua cruzada contra o PT, o que vale é encontrar o presidenciável que seja capaz de derrotar um projeto político que, até recentemente, era tido como hegemônico. No passado, Veja lançou o “caçador de marajás” e o final da história é conhecido. Agora, acaba de nascer o “caçador de petralhas”.

Nasce um presidenciável: o caçador de petralhas | Brasil 24/7

Próxima Página »

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

%d blogueiros gostam disto: