Ficha Corrida

01/11/2014

Sheherazade e seus justos fornecedores

Filed under: Ódio de Classe,Linchamento,Narcotráfico,Rachel Sheherazade,Racismo — Gilmar Crestani @ 11:10 pm
Tags: ,

 

E aí, Sheherazade? Seus “justiceiros” eram traficantes. É compreensível?

31 de outubro de 2014 | 10:38 Autor: Fernando Brito

sheherazade

Vocês lembram, certamente, do caso do adolescente negro, espancado e acorrentado a um poste no Flamengo, não é?

E lembram também quando Rachel Sheherazade, disse que era “compreensível”  que rapazes de bem, ameaçados violência, reagissem assim, não é?

E ontem veio a notícia.

Os “bons rapazes” eram…traficantes de drogas!

Nos seus apartamentos, em  Laranjeiras, Catete e Flamengo, na Zona Sul do Rio, foram apreendidos, segundo a polícia, além de R$ 27 mil em dinheiro, vários tipos de drogas, material para endolação, balança de precisão, armas e…máscaras de “Anonymous”.

É “compreensível”, Dona Sheherazade?

Mesmo que não seja, ninguém aqui quer amarrá-los no poste. colocar uma corrente em seus pescoços, chutá-los e  humilhá-los.

Têm direito a defesa, a julgamento, a respeito em sua condição de – apesar do que fazem – pertencerem à espécie humana.

Tanto quanto o rapaz negro do poste, que nunca teve 1% do que estes rapazes tiveram.

Leia a matéria de O Dia:

Jovens de classe média são presos acusados de fazer justiça com as próprias mãos

Grupo agia nos bairros do Flamengo, Catete e Laranjeiras. Dos 15 mandados de prisão, oito já foram cumpridos

Rio – A prisão de oito jovens de classe média da Zona Sul na manhã desta quinta-feira — acusados de integrar quadrilha de traficantes de drogas que agia nos arredores da Praça São Salvador, em Laranjeiras — colocou atrás das grades, segundo a Polícia Civil, autores de outros crimes. Entre os detidos em flagrante durante o cumprimento de 15 mandados de busca e apreensão, está um acusado de agredir um adolescente e amarrá-lo nu a um poste, em fevereiro, e ‘black blocs’ que respondem por dano ao patrimônio público em atos violentos no ano passado.

A imagem do menor preso por uma trava de bicicleta, feita pela socióloga Yvone Bezzerra de Melo, coordenadora do Projeto Urerê, correu o mundo e foi motivo de discussões acaloradas em redes sociais na internet. O crime aconteceu na esquina das ruas Oswaldo Cruz e Rui Barbosa. Três motoqueiros mascarados, intitulados ‘Os justiceiros’, seriam os responsáveis pela agressão.

De acordo com o delegado Roberto Gomes Nunes, da 9ª DP (Catete), o grupo foi delatado, inicialmente, por telefonema ao Disque-Denúncia (2253-1177). As ligações apontavam a venda de drogas pela internet e telefone. Porém, o inquérito revela a estreita ligação dos presos com traficantes de morros próximos. “Ao todo, são 44 pessoas citadas. Havia um serviço de disque-drogas, além do comércio por meio de ‘atravessadores’, para entrega de LSD, haxixe e maconha na Praça São Salvador, aos finais de semana.

Analisaremos os computadores e smartphones apreendidos para localizar os ‘clientes’ da quadrilha através do histórico deles nas redes sociais”, disse o delegado. Os agentes apreenderam na operação pistolas de diferentes calibres, R$ 28 mil em espécie, joias e eletrônicos importado, além de máscaras, gás paralisante, caderno de contabilidade do tráfico. Ainda segundo a polícia, a movimentação financeira do bando, no entanto, ainda não pode ser estimada. Entre os presos também há acusados de roubos de carros e estupros. “Os materiais apreendidos com eles reforçam as provas que reunimos”, garantiu o delegado Nunes.

Reuniões para definir estratégias de ataque a policiais

De acordo com o delegado Roberto Gomes Nunes, cada um dos presos será indiciado por crimes diferentes. Coquetéis molotov e máscaras usadas por ‘black blocs’ durante manifestações, que foram encontrados na casa de alguns dos acusados, deram para a polícia a certeza de que eles, anteriormente presos por atos de destruição, ainda continuavam adeptos da tática utilizada durante os protestos.

“Em depoimento, eles confirmaram que se reuniam e discutiam estratégias de ataque à polícia na Praça São Salvador”, garantiu o delegado.

(Continua em O Dia)

E aí, Sheherazade? Seus “justiceiros” eram traficantes. É compreensível? | TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

Jovens que amarraram infrator em poste são detidos por tráfico

Rapazes de classe média são suspeitos de vender drogas na Zona Sul.
Na casa de um deles, a polícia apreendeu drogas, armas e dinheiro.

Henrique Coelho Do G1 Rio

Dez pessoas foram detidas na manhã desta quinta-feira (30) durante ação da polícia para combater o tráfico de drogas na Zona Sul do Rio. Segundo a polícia, entre os detidos e 44 investigados por relação com a quadrilha estão jovens que participaram do episódio em que um jovem foi amarrado a um poste no Aterro do Flamengo, além de membros da tática black bloc.

Agentes de diferentes delegacias deixaram a Cidade da Polícia, no Jacarezinho, às 6h da manhã, para cumprir mandados de busca e apreensão em apartamentos de jovens de classe média, em dois bairros da Zona Sul do Rio. Segundo as investigações, eles são suspeitos de vender drogas na área da praça São Salvador, em Laranjeiras, que fica a poucos metros de um quartel do Corpo de Bombeiros.

Na operação de busca e apreensão, foi apreendida farta quantidade de maconha, haxixe, LSD, skunk e outras drogas. Na casa de um dos presos foi apreendida, inclusive, uma balança de precisão.

saiba mais

"Recebemos muitas denúncias no Disque-Denúncia e usuários prestaram depoimento, indicando os locais de compra e venda de drogas, e essas pistas foram corroboradas pela nossa apreensão", afirmou o delegado Roberto Gomes Nunes, da 9ª DP (Catete), responsável pelo caso, que tem quase duas mil páginas de investigação.

Logo no início da manhã, os agentes fizeram buscas em apartamentos nas ruas Marquês de Abrantes e Senador Vergueiro, no Flamengo.

Outro alvo da operação foi um prédio na Rua das Laranjeiras, onde foi realizada uma prisão, além da apreensão de drogas, arma e dinheiro. O rapaz não resistiu à prisão e com ele foram encontrados uma pistola, munição, haxixe e R$ 27 mil.

O filho do zelador de um prédio da Rua Ipiranga também foi preso. Com ele, os policiais apreenderam maconha e um computador. Os dois jovens presos em flagrante foram levados para a Cidade da Polícia. As investigações duraram 10 meses e agora a polícia espera identificar outros integrantes da quadrilha.

Ao todo, quarenta e quatro pessoas estão sendo investigadas pela Polícia Civil por tráfico e associação por tráfico de drogas.

Jovens são presos por tráfico de drogas na Zona Sul do Rio de Janeiro. (Foto: Henrique Coelho/ G1)Jovens são presos por tráfico de drogas na Zona Sul do Rio de Janeiro. (Foto: Henrique Coelho/ G1)

19/03/2014

Nelma era contra a CPMF, mas foi presa por outro motivo…

Todos os que têm empresas e contas em paraísos fiscais eram e são contra a CPMF. No mesmo rol estão todos os contrabandistas e traficantes… Há também os que são contra a CPMF porque ela era usada para melhorar o sistema de saúde.

PF prende doleira com 200 mil euros na calcinha

Nelma Kodama se autodefine como a ‘grande dama do mercado de câmbio’

Ela é um dos alvos da Operação Lava a Jato, que deteve 17 suspeitos de movimentar cerca de R$ 10 bi ilegalmente

FERNANDA ODILLADE BRASÍLIA

Presa em flagrante levando € 200 mil na própria calcinha, Nelma Kodama se autodefine, segundo a Polícia Federal, como "a grande dama do mercado de câmbio" do Brasil. Ela foi detida na última sexta, quando embarcava no aeroporto de Guarulhos com destino à Europa.

Argumentou que usaria o dinheiro para comprar móveis no exterior e que não declarou a quantia porque a Receita Federal estaria fechada.

O que Nelma não sabia é que todos os seus passos já estavam sendo monitorados pela PF. A doleira é um dos alvos da Operação Lava a Jato, deflagrada para apurar um esquema de lavagem de dinheiro. Os investigados movimentaram de forma atípica, diz a PF, R$ 10 bilhões.

As circunstâncias da prisão de Nelma foram reveladas na edição de ontem do jornal "O Estado de S. Paulo".

A polícia afirma que praticamente todos os presos na operação já foram investigados, denunciados ou condenados por crimes como lavagem, evasão ou remessa ilegal de divisas. Agora, eles são investigados por lavar dinheiro do tráfico de drogas, de contrabandistas de diamante extraídos na reserva indígena dos Cinta-Larga (divisa do MT com RO) e também de obras de engenharia de grandes empreiteiras.

Nelma, por exemplo, já foi investigada pela CPI dos Bingos e também pela PF. Em 2011, foi condenada pela Justiça Federal em SP a três anos e meio de reclusão por lavagem de dinheiro. A pena acabou sendo substituída por prestação de serviços.

Nelma Kodama está presa e a Folha não conseguiu ontem contatar o advogado da investigada. A PF ainda procura três pessoas consideradas foragidas.

A investigação começou depois que a polícia identificou o contato de um doleiro em Brasília com empresas ligadas a assessores do ex-deputado federal José Janene, um dos réus do mensalão, morto em 2010.

A PF ontem disse ter divulgado número errado de presos na operação –no total, 17 foram detidos, e não 24.

15/02/2014

A escola de espionagem do Tio Sam não descansa

Filed under: Arapongagem made in USA,Colômbia,Espionagem made in USA,FARC,NSA — Gilmar Crestani @ 10:48 pm
Tags:

A parceria da Colômbia de Álvaro Uribe com os serviços de espionagem dos EUA continua produzindo escândalos. A Base Militar dos EUA implantada na Colômbia, para combater o narcotráfico, levou a DEA a se infiltrar e hoje são os EUA quem dominam o tráfico internacional, via México. Recentemente um ator multipremiado dos EUA morreu de overdose. É o resultado da abundância. Como a infiltração dos serviços de inteligência os EUA dominam o tráfico e abastecem o mercado interno. Foi assim também no Afeganistão.

A espionagem da inteligência colombiana afetou jornalistas

O escândalo das escutas ilegais que compromete a inteligência militar se estende aos repórteres que cobrem as negociações de paz com as FARC

Elizabeth Reyes L. Bogotá 12 FEV 2014 – 20:47 BRST

O chefe negociador da Colômbia com as FARC, em Havana. / Ernesto Mastrascusa (EFE)

O escândalo das escutas ilegais feitas aos negociadores de paz do Governo colombiano por parte de membros do Exército do país deu na segunda-feira uma reviravolta depois que se descobriu que também foram interceptadas conversas de jornalistas que cobrem o processo de paz feito com a guerrilha das FARC em Havana.

Assim revelou no domingo a cadeia norte-americana Univisión, que teve acesso a duas contas de emails interceptados com um total de 2.638 mensagens entre dois guerrilheiros que fazem parte da delegação das FARC em Havana e jornalistas colombianos, de agências internacionais e outros meios da América Latina e Europa. Nas mensagens, os repórteres pediam entrevistas com membros dessa guerrilha que permanecem na ilha desde novembro de 2012.

Segundo a cadeia de televisão, eles foram interceptados por “grupos de hackers da inteligência militar colombiana”. Marisol Gómez, jornalista do El Tiempo, cujas mensagens estavam na lista de conversas interceptadas, disse à Univisión que “não a incomodava particularmente a interceptação de suas mensagens porque as FARC é uma organização que os jornalistas sabem que é visada pelos serviços de inteligência”. Por sua vez, Ignacio Gómez, presidente da Fundação para a Liberdade de Imprensa na Colômbia, FLIP, assinalou a meios locais que “este tipo de interceptações afeta um dos valores mais importantes para o exercício do jornalismo, que é a confiança da fonte nos jornalistas”.

Estas revelações são divulgadas justamente no momento em que a Colômbia celebra o dia do jornalista e quando a FLIP lançou seu relatório anual sobre o estado da liberdade de imprensa em 2013. Segundo a análise, registraram-se 123 agressões diretas que deixaram 194 vítimas, incluindo dois assassinatos (que acumulam 142 desde 1977). “Em boa parte dos casos, as agressões mais graves aconteceram a jornalistas que tratavam de assuntos relacionados com irregularidades do interior do Estado, que tiveram como consequência atentados de morte, assassinatos e ameaças coletivas”, diz o relatório, que destacou que embora os jornalistas não tenham maiores dificuldades para conseguir a proteção do Governo, a Unidade Nacional de Proteção teve dificuldades administrativas e orçamentas para a implementação oportuna destas medidas.

Um dos casos de agressão mais destacados foi o que sofreu Ricardo Calderón, jornalista da revista Semana que sobreviveu a um atentado em maio de 2013. Seu carro recebeu cinco impactos de bala quando investigava temas de denúncia que envolviam o Exército. Também estão no exílio Ariel Ávila e Claudia López, depois que se revelou um plano para assassiná-lo supostamente por suas investigações que envolviam um governador eleito e um narcotraficante.

Embora o número de ameaças tenha diminuído em relação a 2012, a FLIP esclarece que a quantidade de vítimas foi a mesma e que aumentaram as obstruções à imprensa. Também mostrou preocupação pelo risco que representa para os repórteres cobrir os protestos sociais, como os que ocorreram entre junho e agosto passados. Nesse momento registraram-se 24 agressões à imprensa, em sua maioria das mãos da Força Pública. “Os jornalistas foram objeto de prisões ilegais, tiveram  retidos seus equipamentos de trabalho, que em muitos casos não voltaram a ser vistos. Também foram atacados com pedras e acusados de pertencer a grupos guerrilheiros ou de ser policiais infiltrados pelo fato de cumprir com seu trabalho”.

A justiça também segue em dívida com o jornalismo. A FLIP ressalta que durante 2013 prescreveram cinco casos de assassinato e ficaram assim na total impunidade. “O único caso que se salvou deste destino foi o de Eustorgio Colmenares, ex diretor do diário A Opinião (assassinado em 1993), que foi declarado crime de lesa humanidade”. Diante deste panorama, Colômbia ocupa o quinto lugar de impunidade em agressões contra a imprensa no mundo.

A espionagem da inteligência colombiana afetou jornalistas | Internacional | Edição Brasil no EL PAÍS

15/10/2013

PSDB terceirou ao PCC a segurança pública de São Paulo

Filed under: Insegurança,Isto é PSDB!,Segurança Pública — Gilmar Crestani @ 7:38 am
Tags: , , ,

E por  aí se entende porque FHC virou porta-estandarte da liberação da maconha. Eles não tem propostas, capacidade nem vergonha na cara. Agora fica mais fácil entender porque o Estadão mandou aquele recado ao Aécio Neves: Pó pará, governador! O Casagrande não é do PSDB? A Globo e seus limpa trilhos não apoiam o ator da bolinha de papel?

Alckmin anuncia força-tarefa para investigar facção criminosa

Grupo também vai apurar envolvimento de policiais militares e civis com a quadrilha

Escuta telefônica do Ministério Público flagrou PM oferecendo transporte de drogas a traficante

DE SÃO PAULO

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou ontem a criação de uma força-tarefa para investigar ações da facção criminosa PCC e o envolvimento de policiais civis e militares com a quadrilha.

De acordo com ele, os membros do Ciisp (Centro Integrado de Inteligência em Segurança Pública) vão atuar 24 horas por dia para apurar denúncias e rastrear as ligações telefônicas entre detentos.

Uma das alternativas para ajudar no combate ao tráfico será a implantação de bloqueadores de sinais de telefone celular.

Inicialmente, o governo havia afirmado que iniciaria a instalação dos equipamentos em outubro. Agora, diz que a licitação ainda não foi concluída e a instalação em 23 unidades prisionais ocorrerá até dezembro.

‘LINHA DIRETA’

Na investigação do Ministério Público que denunciou 175 suspeitos de integrar a facção criminosa em São Paulo, há casos que demonstram uma relação próxima entre policiais e bandidos.

"Já deixei uma linha direta para quando ela [uma traficante] quisesse fazer o transporte, fazer alguma coisa segura e com quem confia. Tem uns meninos [PMs] que trabalha com isso aí [transporte de droga], que é PM também, vai de motinha, entrega lá, recebe e vai embora."

O diálogo, obtido por meio de escuta telefônica, consta da apuração. Realizada em 23 de janeiro, a gravação flagrou o diálogo em que um policial militar, que não foi identificado, travou com um traficante apelidado de Boy.

Na ocasião, eles discutiam a prisão de uma mulher que administrava uma das bocas de fumo que eram de responsabilidade de Boy, na zona oeste de São Paulo.

Além de dizer que poderia fazer o transporte da droga, o PM afirmou para o traficante que ele não precisaria se preocupar, porque seus "meninos" nem sabem o que estão carregando.

"Não sabem de quem que é nem para onde vai… Os meninos que abordaram só querem medalha’ e dia de folga’, entendeu? Não sei se você compreende", disse o PM.

TELEFONE

A investigação descobriu também que o telefone usado pelo policial estava registrado em nome da Polícia Militar e que a ligação para Boy havia sido feita de dentro de uma delegacia, onde estava sendo registrado o boletim de ocorrência da prisão da mulher por porte de 3,5 kg de cocaína.

A apuração dos promotores flagrou também a conversa de criminosos do Brasil com um paraguaio responsável por enviar maconha e cocaína para a facção.

16/07/2013

Em 20 anos de PSDB em São Paulo, a segurança pública virou isso

Filed under: Isto é PSDB!,Segurança Pública — Gilmar Crestani @ 8:19 am
Tags: ,

Policiais são presos sob suspeita de receber ‘mesada’ de traficantes

Grupo é acusado de ganhar até R$ 660 mil por ano para informar criminosos ligados ao PCC

Um dos detidos é chefe do setor de inteligência do departamento de narcóticos; ele nega ter relação com os crimes

DE SÃO PAULODO "AGORA"DE RIBEIRÃO PRETO

Dois delegados e cinco investigadores da Polícia Civil de São Paulo foram presos ontem sob suspeita de participação em uma quadrilha que vendia informações para traficantes de drogas ligados à facção criminosa PCC.

Mais seis policiais estavam com mandados de prisão e eram considerados foragidos.

Entre os sete presos estão Clemente Castilhone Junior, chefe do setor de inteligência do Denarc (departamento de narcóticos), homem de confiança do diretor do órgão e integrante do grupo de trabalho dos governos estadual e federal para medidas de combate ao crime organizado.

Ele e Fábio Alcântara, também delegado do Denarc, são suspeitos de vazarem informações sobre a operação.

Além do crime de formação de quadrilha, policiais investigados são suspeitos de corrupção, extorsão, sequestro, tortura e roubo.

O Ministério Público diz que eles recebiam propinas de até R$ 660 mil por ano para informar os criminosos sobre operações e evitar que eles fossem detidos.

Os valores eram divididos em uma anuidade de até R$ 300 mil e mensalidades que chegavam a R$ 30 mil.

Os pedidos de prisão surgiram de uma investigação do Gaeco (grupo de promotores que investigam crime organizado) de Campinas.

Os alvos iniciais eram traficantes ligados a Wanderson Nilton Paula Lima, conhecido como Andinho, que está há 11 anos preso e é considerado um dos chefes do PCC.

No decorrer das investigações, os promotores flagraram policiais que atuam ou já atuaram no Denarc tomando dinheiro dos traficantes. Em alguns casos torturavam familiares dos criminosos para obter os recursos.

Em um grampo telefônico, Andinho chegou a reclamar para um bandido que estava cansado de pagar propina para policiais civis. Apesar de estar preso na penitenciária 2 de Presidente Venceslau, o criminoso tem acesso a telefone celular "o dia inteiro", segundo o promotor de Justiça Amauri Silveira Filho.

AMEAÇAS

Ontem, um traficante ligado a Andinho também foi preso. Flaviano de Lima de Oliveira, 36, foi detido na casa dele, em Serrana, a 313 km da capital paulista.

Conforme a Promotoria, Oliveira, também conhecido por Gardenal ou Aquiles, era um dos fornecedores de drogas para a região de Campinas. Ele é suspeito de fazer ameaças de morte contra os promotores do Gaeco de Campinas a mando de Andinho.

OUTRO LADO

O advogado do delegado Castilhone, João Batista Augusto Filho, disse que seu cliente não tem relação com os crimes pelos quais está sendo investigado.

A Folha não encontrou ontem o defensor do delegado Fábio Alcântara.

Ao ser detido em Serrana, Flaviano Oliveira disse à polícia que só falaria à Justiça.

(AFONSO BENITES, JOSMAR JOZINO E JULIANA COISSI)

20/03/2013

Se Bergoglio chegou lá, porque não Beira-Mar

Filed under: Fernandinho Beira-Mar — Gilmar Crestani @ 8:34 am
Tags:

E por aí se vê que o Papa Francisco, apesar de suas relações com os facínoras da ditadura argentina, não está impedido de voltar a ser cristão. Para seguir Bergoglio, Fernandinho Beira-Mar agora só falta aderir a Opus Dei..

Fernandinho Beira-Mar agora é aluno de teologia na prisão

LUIZ CARLOS DA CRUZCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE CASCAVEL

Considerado um dos maiores traficantes do país, Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, começou a cursar a faculdade de teologia no presídio federal de Catanduvas (PR), onde cumpre pena atualmente.

Aprovado no vestibular da FTBP (Faculdade Teológica Batista do Paraná), Beira-Mar realizará o curso à distância, por meio de apostilas. A primeira já foi entregue.

A faculdade prevê, ao todo, 3.180 horas de aulas com temas relacionados a sociologia, filosofia, história, teologia, sociopolítica, metodologia, entre outros.

Todas as provas serão acompanhadas por um professor da instituição, escolhido por sorteio.

Estudar ou trabalhar pode ajudar condenados a reduzirem suas penas, segundo lei aprovada em 2011.

O traficante demonstrou interesse pela teologia durante culto evangélico ministrado pelo capelão Luiz Magalhães, pastor da Igreja Batista do Bacacheri, de Curitiba.

Beira-Mar, segundo o capelão, disse crer em Deus, mas afirma ter algumas dúvidas sobre a fé. "Eu falei: se a tua dúvida é verdadeira, Deus vai ter prazer em saber que você está duvidando", relata.

No final de fevereiro, um professor aplicou as provas dentro da cela. Aprovado, o traficante foi matriculado no curso com aval da Justiça.

A mensalidade, no valor de R$ 242, será paga pela igreja, que decidiu doar uma bolsa de estudo ao traficante.

    11/05/2011

    Nos tempos Panair (do Serra)

    Filed under: Isto é PSDB! — Gilmar Crestani @ 9:49 am
    Tags: ,

     

    Lembra deste avião, Seu Serra?

    Hoje, o jornal O Dia, do Rio de Janeiro, traz uma matéria muito a propósito das acusações levianas de José Serra, em seu blog recém inaugurado. Fala da prisão, ontem, por agentes da Polícia Federal, do traficante José Roberto Monteiro Zau, que estava foragido há 12 anos, desde que uma das remessas de cocaína que fazia para a Europa em aviões da Força Aérea Brasileira foi interceptada quando este avião Hércules C-130 da foto ao lado se preparava para decolar para a Espanha.

    Isso foi em 1999, quando o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o Ministro da Saúde era…José Serra.

    Já pensaram se pegassem um avião da FAB carregado de cocaína no Governo Lula ou agora, com Dilma?

    Não ia dar outra: José Serra estaria falando em “descalabro”, falta de combate ao tráfico e talvez, até, responsabilizando diretamente as autoridades.

    Pois já faz isso mesmo diante de um relatório da ONU que diz que as apreensões de cocaína – e nos países latinoamericanos produtores da folha da coca – aumentaram, enquanto as na Europa e Estados Unidos caíram de forma imensa.

    Serra, agora que você virou blogueiro, com seu “Bolotaço.com”, vou lembrar que aqui não tem este negócio de “esqueçam o que escrevi…”

    Tijolaço – O Blog do Brizola Neto

    27/04/2011

    A Máfia, na língua-mãe

    Filed under: Cosa Nostra — Gilmar Crestani @ 8:18 am
    Tags: , ,
    Emiliano Di Marco

    Emiliano Di Marco

    Operatore sociale precario, pacifista, sindacalista, antirazzista, ambientalista e antimafioso militante dell’hinterland casertano. Napoletano per scelta e per vocazione. Seminatore fiducioso di tracce nella rete…

    Profilo personale, articoli e statistiche

    La nascita della "multinazionale" del traffico internazionale di droga

    Capitale sociale e culturale formatosi sul contrabbando e sul narcotraffico, grazie a reti etniche, savoir-faire e riciclaggio nelle attività industriali con la mediazione storica dei mercati della finanza. Per provare a capire la mafia bisogna tentare di ingrandire l’immagine.

    A Cuba, Ernest Hemingway (nella foto) vi si trasferì, nel 1946, per rimettere in sesto il suo stato di salute fisico e psichico, dando ascolto finalmente alle grida d’allarme del suo fegato. Un periodo di relax dopo la fine di una guerra che gli era costata un processo a Nancy per "violazione della convenzione di Ginevra", un incidente di macchina, emicranie, due polmoniti, un divorzio ed un esaurimento nervoso causato dalla cattura del figlio da parte dei tedeschi. In quell’anno sposò Mary e trascorse un periodo lontano dai bagordi etilici, completò la scrittura de "Il giardino dell’Eden", interrompendo la scrittura di "Morte nel pomeriggio". Una nuova dimensione intellettuale anche l’assunzione dei superalcolici, se è vero ciò che lo scrittore cubano, Leonardo Padura Fuentes, ci racconta nel suo romanzo “Addio Hemingway”. Al Floridita, in una delle sue lunghe disquisizioni, Hemingway avrebbe rifiutato al cocktail di rum Papa Doble la grazia salvifica di un cucchiaino di zucchero di canna, capace di segnare la differenza tra un ottimo cocktail ed un Ron mal battezzato. Va bevuto così anche oggi.

    Ma a dispetto degli aneddoti sullo scrittore americano, pesca d’altura nel mare caldo dei caraibi e chiacchierate con gli anziani pescatori a cui dedicherà "Il vecchio ed il mare", piuttosto che essere un’isola visceralmente letteraria, quando era ancora un protettorato americano e viveva il suo "periodo d’oro" nell’egida del dittatore fantoccio degli USA, Fulgencio Batista, detto "El Sargento", rimpianto ancora oggi dagli esuli cubani di Miami, sull’isola caraibica era frequente incontrare mafiosi e uomini d’affari americani ed europei, intellettuali e businessmen che, indisturbati, giravano per i locali notturni, ristoranti e postriboli dell’Havana, all’epoca una delle capitali internazionali della malavita.

    Ah! ‘E bei tiemp’ e ‘na vota!

    Lucky LucianoGrazie alla sua situazione "politica" e per la sua vicinanza alle coste orientali degli Stati Uniti, Cuba era così diventata una base strategica delle mafie, uno snodo nevralgico lungo la rotta EuropaPanama, dove i carichi di stupefacenti potevano essere immagazzinati prima di proseguire la navigazione verso i docks di Miami, New Orleans, New York e Montreal, al punto che, verso la fine degli anni ’50, lo stesso Lucky Luciano, alias Salvatore Lucania – l’ex capo della commissione di Cosa Nostra a New York, condannato all’ergastolo e scarcerato per meriti di guerra dopo soli 10 anni di detenzione, che si era trasferito a Napoli, dove la NATO aveva stabilito la base strategica per le operazioni militari per tutto il mediterraneo – stava progettando di andare a vivere proprio a Cuba.

    Il 22 dicembre 1946, subito dopo la guerra, si tenne proprio all’Havana, all’Hotel Nacional, un incontro di mafiosi italoamericani e del "Jewish Syndicate", noto alle cronache storiche come la Havana Conference, organizzata da Meyer Lanski e da Charles "Lucky" Luciano, i due uomini che avevano il controllo assoluto sui docks di New York.
    Meyer LanskyLa fine della guerra prometteva affari d’oro e, nel summit dell’Havana, furono definite le competenze e gli affari delle famiglie mafiose e dei cartelli criminali negli USA. Uno dei punti fondamentali su cui si trovò l’accordo fu l’organizzazione del primo cartello internazionale di contrabbando verso l’Europa e di narcotraffico verso gli Stati Uniti, attraverso le rotte provenienti dal nord Africa, dal Medio Oriente e dal sud America.

    JPEG - 17.1 Kb
    Charles Poletti

    Da Napoli, Lucky Luciano, Giuseppe Antonio Doto, alias Joe Adonis; Frank Coppola (detto “tre dita”), Pietro Davì (detto “Jimmy l’americano”) ed il mafioso italo-americano Vito Genovese, che durante la guerra era stato aiutante del comandante delle forze alleate nelle operazioni nel sud Italia, Charles Poletti (un noto ex avvocato penalista newyorkese); gestiva una vasta rete di narcotraffico e contrabbando nel mediterraneo occidentale grazie ad un accordo con malavitosi marsigliesi, banditi principalmente corsi e francesi di origine marocchina o napoletana, cresciuti nel milieu del quartiere Panier di Marsiglia, che fu distrutto dai nazisti proprio perché considerato luogo di malaffare e di resistenze "naturali" al nazifascismo. Comandati da Pierre Maurice Chiarena, i "marsigliesi" celebrati nei film noir con il famoso cappello Borsalino, si erano specializzati nella raffinazione della pasta base della morfina, grazie anche ai solidi appoggi garantiti dallo SDECE, i servizi segreti francesi. Non era una novità, già durante la repubblica di Vichy, l’utilizzo dei corsi per reprimere la resistenza contro i collaborazionisti, aveva portato due personaggi della mala corsa, Paul "Venture" Carbone e Francesco "Lydro" Spirito, ad allearsi con il sindaco collaborazionista Simon Sabiani, dirigendo la polizia segreta. Carbone fu poi ucciso, ma Spirito, dopo la guerra, emigrò a New York dove divenne un narcotrafficante di eroina.

    Importante anche il ruolo politico svolto dai corsi dal 1945 a Marsiglia, città all’epoca governata da una coalizione di comunisti e socialisti. I sindacati attuarono uno sciopero rifiutandosi di caricare i beni sulle navi da guerra destinati ai soldati in Indocina, dove i francesi combattevano contro il generale Ho Chi Minh. La paralisi del porto allarmò anche gli americani, in quanto proprio da Marsiglia venivano caricati sulle navi gran parte dei primi beni destinati per l’attuazione del piano Marshall nei paesi che affacciavano nel mediterraneo. Lo sciopero fu represso nel sangue, causando una protesta nazionale che coinvolse milioni di francesi. La destra di De Gaulle ritornò al potere, a Marsiglia, nel 1947, solo grazie alla spaccatura del fronte tra comunisti e socialisti, quest’ultimi convinti da un milione di dollari inviati dalla federazione sindacale statunitense AFL-CIO.

    Michele Carlini diventò sindaco di Marsiglia dopo una brutale repressione delle proteste sindacali ed il deciso intervento dello SDECE e della OSS/CIA, che coinvolsero la teppaglia del clan corso dei Guerini nella repressione degli scioperi e nell’assassinio di molti sindacalisti.

    Il network di traffici illeciti che coinvolgeva i marsigliesi aveva una delle principali basi strategiche a Tangeri, all’epoca città caratterizzata da un cosmopolitismo di tipo alessandrino, popolata da europei, principalmente spagnoli, ebrei sefarditi e mercanti marocchini, ma anche luogo di commercio e di transito per attività criminali: prostituzione, gioco d’azzardo, emigrazione clandestina negli USA, droga, contrabbando; attività nelle quali eccellevano banditi corsi ed ex ufficiali di marina inglesi e francesi, al comando di navi utilizzate durante il secondo conflitto mondiale e poi rivendute ad armatori privati.

    John BowlesAlcuni tra i massimi esponenti della letteratura americana quali Tennesse Williams, Gertrude Stein, Gore Vidal, Truman Capote, resero celebre Tangeri, la cui atmosfera non somigliava affatto a quella di Casablanca, almeno nelle immagini del film diretto da Michael Curtiz, con Ingrid Bergman ed Humphrey Bogart. La fama della città deve infatti a Jack Kerouac, Allen Ginsberg, a Paul Bowles con il suo romanzo "The Sheltering Sky” (tradotto in italiano "Un tè nel deserto") e soprattutto al romanzo “Il pasto nudo” di William Burroughs – che si perse a Tangeri dopo aver ucciso accidentalmente la moglie, Joan Vollmer, mentre giocavano al Guglielm Tell in Messico con una pistola – l’essere diventata uno dei luoghi immaginari della cultura beat e psichedelica, una interzona, aperta ad esperienze bi-tri-sessuali ed allo spazio sfinito della coscienza. Una località leggendaria ed invisibile, destino di viaggi catartici, di percorsi psicogeografici, letterari e musicali. Già negli anni ’50 era infatti possibile trovarvi tutte le droghe disponibili all’epoca, specialmente il celebre hashish prodotto sulle montagne del Rif, ben prima che il Marocco diventasse (come oggi) il maggior produttore mondiale di cannabis, con l’80% dei prodotti derivati consumati in Europa.

    JPEG - 7.4 Kb

    Tangeri, il cui status di città libera internazionale fu dichiarato nel 1912, dal 1923 era stata affidata ad un "comitato di controllo" formato da Francia, Spagna e Gran Bretagna, a cui si aggiunsero, nel 1928, Italia, Portogallo e Belgio. Meta di contrabbandieri e latitanti di tutto il mediterraneo, porto dove poteva transitare qualsiasi tipo di merce illegale che andava in direzione dell’Europa o degli Stati Uniti, somigliava più alle città pirate algerine del 1500, un porto franco nel quale era libera ogni forma d’impresa, dove era facile depositare o prelevare il denaro nelle oltre 85 banche e nelle oltre quattromila società anonime (esistenti solo nel 1950). La città ha visto poi cessare il suo status con l’indipendenza del Marocco nel 1956, a cui Tangeri fu annessa nel 1960.
    Nel giro di un paio d’anni, con la fine dello status di "città internazionale" e di porto franco nel 1956, poi con la rivoluzione castrista a Cuba nel 1959, era cambiata tutta la geopolitica dei traffici illeciti nel mediterraneo, da e per l’Atlantico.

    I marsigliesi che gestivano le basi di raffinazione dell’eroina in Costa Azzurra ed in Corsica, si approvvigionavano della pasta base, ricavata dal papavero da oppio, proveniente dall’Indocina. La qualità era la migliore, pura al 90%. A partire dal ritiro dei francesi dal sud est asiatico, nel 1954, e dal conseguente rafforzamento della presenza militare USA nell’escalation vietnamita, la banda di Chiarena si trovò a fronteggiare da un lato la carenza di approvvigionamenti di pasta base per l’eroina, dall’altro la concorrenza dei turchi, i quali conseguentemente anche al rafforzamento dei legami politici e strategici con gli USA, avevano iniziato ad importare l’oppio dall’Asia Centrale, oltre a lavore quello coltivato in Turchia, raffinanando l’eroina in Anatolia ed aprendo la rotta per i Balcani.

    Nel corso degli anni ’70, a gestire il traffico di eroina dalle "basi" turche, ebbero un ruolo strategico i Lupi Grigi (bozkurtlar), una organizzazione nazionalista nata nel 1969, al comando della Gladio turca, che ebbe un forte coinvolgimento nel colpo di stato del 1980, assassinando centinaia di attivisti di sinistra, esponenti delle organizzazioni kurde e dei diritti civili. La rotta turca interessava anche i produttori libanesi, che producevano la pasta base nelle piantagioni di oppio della valle della Bekaa, i cui proventi, durante il conflitto civile scoppiato nel 1975 nel Libano, la "Svizzera del Medio Oriente", furono utilizzati per acquistare le armi di alcune formazioni paramilitari nel sud del Libano.

    La nascita di Cosa Nostra in Sicilia

    La rivoluzione cubana aveva portato ad una generale instabilità politica in tutta la regione caraibica, culminata con la crisi dei missili del 1962, ed avvantaggiò i traffici di droga dal mediterraneo, che con la perdita di Tangeri, portarono la Sicilia a diventare, negli anni ’60 e ’70, per gli Stati Uniti e per parte dell’Europa, una stazione di raffinazione dell’eroina, grazie alla collaborazione con i "chimici" marsigliesi.

    Anche la nascita della prima commissione provinciale di Cosa Nostra in Sicilia, che aveva influenza solo su Palermo, in quanto vennero escluse le famiglie del resto della Sicilia, fu opera di Lucky Luciano, che organizzò un vero e proprio "summit internazionale" tra le famiglie mafiose palermitane ed americane, il 16 settembre del 1957, all’Hotel delle Palme di Palermo, presenti Joseph Bonanno, Camillo Carmine Galante, Giovanni Bonventre, Joe Di Bella, Vito Vitale, Charles Orlando, John Priziola e Santo Sorge, in rappresentanza delle famiglie americane.

    Gli americani proposero ai siciliani di creare una “commissione” di Cosa Nostra in Sicilia, sul modello di quella esistente a New York. La commissione che venne fuori, al cui interno erano presenti i Greco, i La Barbera, Luciano Liggio, ed i Torretta, aveva però mandato solo su Palermo, in quanto vennero escluse le famiglie del resto della sicilia, come i trapanesi.

    La nascita di Cosa Nostra in Sicilia è da considerarsi all’origine di uno scontro tra opposte tradizioni e filosofie della vecchia cultura arcaica della mafia siciliana, sullo sfondo della decadenza aristocratica del capoluogo siciliano, i cui referenti politici regionali (democristiani) di peso diventarono in quegli anni uomini dell’entroterra siciliano.

    La mafia delle borgate, espressione di un controllo che, su un territorio interessato dalle speculazioni edilizie sui suoli, negli anni del sacco di Palermo, gestite dal potente assessore ai lavori pubblici, il corleonese Vito Ciancimino, uomo di Cosa Nostra e membro di Gladio, richiedeva un nuovo dinamismo “imprenditoriale”, una capacità di fare "rete", di accedere alla liquidità finanziaria garantita dai proventi del narcotraffico e dal contrabbando, e di interloquire con i nuovi referenti politici. La vecchia mafia si trovò così a fronteggiare una nuova generazione di mafiosi che traevano la forza non più sul radicamento nell’isola siciliana, ma dalla capacità di fare network con le famiglie siciliane emigrate in USA, Canada, America Latina e nel "continente". Una trasformazione che portava fuori dal "centro" insulare la mentalità e gli interessi della mafia, e che portò i Greco ed i La Barbera in una inevitabile rotta di collisione, dopo che i corleonesi di Liggio e Riina eliminarono la famiglia storica della mafia corleonese, i Navarra, ufficialmente per impedire la realizzazione di una diga.

    Il controllo di importanti rotte del contrabbando e del narcotraffico fu, in verità, il vero motivo dello scontro militare. Parte dei clan mafiosi avevano già strutturato, sin dagli anni ’20, interessi nel narcotraffico, trasportando oppio e morfina a New York nelle casse di agrumi. Una attività che è testimoniata dal sequestro di 100 Kg. di morfina in partenza per gli USA nel luglio del 1926 (cfr. Salvatore Lupo, Storia della Mafia, pag. 260). Lo stesso Lucky Luciano importava droga dalla Sicilia negli anni ’30 grazie a Pietro Davì, in rapporti con alcune industrie farmaceutiche ed arrestato nel 1935 a Milano per narcotraffico. Davì negli anni ’50 diventò poi importatore di morfina dalla Germania per Lucky Luciano.

    Il traffico creato da Luciano, sfruttando i contatti con le industrie farmaceutiche del nord Italia ed in Germania, e poi stringendo rapporti con i raffinatori marsigliesi, sfociava tutto negli Stati Uniti, sfruttando la “tolleranza” delle istituzioni italiane. Anche in seguito al ritiro francese dall’Indocina infatti, l’oppio prodotto in Medio Oriente passava, o veniva prodotto, in Libano e Turchia, ed anche quando arrivava a Marsiglia o in Corsica per essere raffinato, per essere trasportato negli USA doveva sempre passare per le mani dei siciliani, in grado di fare arrivare l’eroina in America grazie ad uno strutturato network etnico costituito dagli emigrati. Il legame fiduciario che rendeva affidabili le famiglie siciliane, anche presso i marsigliesi, spesso non coincideva con le famiglie che avevano aderito alla Cosa Nostra palermitana, legata principale al controllo delle risorse territoriali, modificando nei fatti gli accordi presi tra le famiglie mafiose.

    JPEG - 37.9 Kb
    Strage di Ciaculli

    Lucky Luciano morì avvelenato, sorseggiando un caffè all’aeroporto di Capodichino (Napoli), il 26 gennaio 1962, mentre in Sicilia era scoppiata la prima guerra di mafia tra le famiglie palermitane ed i corleonesi di Liggio, Totò Riina e Provenzano. Un conflitto che mandò all’aria la commissione di Cosa Nostra di Palermo per dieci anni. Lo scontro culminò con la strage di Ciaculli del 30 giugno del 1963, nella quale morirono sette uomini delle forze dell’ordine, causando la prima repressione della mafia da parte dello Stato nell’Italia repubblicana.

    Allargando l’immagine, può risultare interessante segnalare, ai patiti delle teorie complottiste, le tesi relative all’assassinio del presidente J.F. Kennedy, il 22 novembre 1963, le quali ipotizzerebbero un coinvolgimento della mafia americana nell’ambito del contrasto alla politica estera di Kennedy su Cuba, sulla mafia e sui sindacati dei trasportatori. Tesi che collocherebbero lo scenario della prima guerra di mafia (1961-63) su uno scacchiere molto più vasto della lotta di potere tra le "famiglie siciliane", alle porte della rivoluzione dei costumi giovanili che trasformò il consumo di droga in "cultura e consumo di massa", prima negli USA e poi in Europa.

    I don’t know just where I’m going
    But I’m gonna try for the kingdom, if I can

    (Velvet Underground – Heroin)
    Quando fu riorganizzata la commissione di Cosa Nostra, agli inizi degli anni ’70, con la presenza del "principe di Villagrazia", Stefano Bontate – l’uomo che portò la mafia all’interno della massoneria e nei circoli più esclusivi della finanza nazionale -, di Tano Badalamenti e Luciano Liggio, sancendo la pace tra la mafia palermitana e quella corleonese e di Cinisi, il conflitto militare tra USA e Vietnam aveva già aperto una nuova rotta dell’oppio dal sud est asiatico, sia in direzione Stati Uniti che verso l’Europa.

    Nel corso degli anni ’70, per assicurarsi l’egemonia nelle rotte dei traffici illegali del mediterraneo centrale, Cosa Nostra decise di eliminare la concorrenza dei marsigliesi, i quali si videro contrastati efficacemente anche in Francia dalla nuova politica di De Gaulle verso gli USA. Cosa Nostra realizzò l’obiettivo alleandosi con alcuni importanti boss della camorra campana, che furono affiliati all’organizzazione, come Michele Zaza, i fratelli Nuvoletta, Antonio Bardellino e Carmine Alfieri. La Sicilia diventò la principale base logistica di raffinazione dell’eroina verso New York, Miami ed il Canada e verso il "continente".

    Con la nuova guerra di mafia, scoppiata all’inizio degli anni ’80, i corleonesi acquisirono il potere assoluto in Cosa Nostra, eliminando Bontate e gli uomini della Famiglia di Gesù di Palermo. Analogamente i loro alleati campani della Nuova Famiglia chiusero i conti con i cutoliani, che intendevano costruire una organizzazione camorristica autonoma dai siciliani.

    JPEG - 20.4 Kb

    Il controllo assoluto del traffico di eroina e del contrabbando di sigarette portò Cosa Nostra ed i corleonesi al massimo della loro potenza economica, militare e "politica". Lo scenario del narcotraffico, basato principalmente sull’eroina e sull’hashish, dall’inizio degli anni ’80, contrastato solo dalla mentalità dei (pochi) vecchi mafiosi a causa dei suoi devastanti "effetti collaterali" sociali, era però già destinato ad una ulteriore trasformazione, in grado di seguire l’evoluzione delle culture giovanili in Italia ed in Europa, dove il mercato della droga cominciava a raggiungere i livelli dei consumi negli USA.

    Accadde in concomitanza con il ritiro americano dal Vietnam, con il conflitto tra Israele e Libano, cominciato nel 1978, che aveva chiuso uno dei canali di rifornimento per i traffici, i quali dirottarono definitivamente verso la Turchia; e con l’invasione sovietica dell’Afghanistan, nel 1980, dove veniva prodotta l’80% della pasta base per la raffinazione dell’eroina che passava per il mediterraneo.

    Verso la metà degli anni Ottanta, circa metà dell’eroina che entrava negli Stati Uniti proveniva dalle regioni dell’Afghanistan controllate dai Mujadeen e dal Pakistan. Mentre le rotte del narcotraffico e del contrabbando in Europa si spostarono nei Balcani e lungo le sponde dell’Adriatico.

    Intanto stava già cominciando l’era del "petrolio bianco", proveniente dal sud America… ma questa è un’altra storia.

    La nascita della "multinazionale" del traffico internazionale di droga – AgoraVox Italia

    15/02/2011

    EUA e o Tráfico

    Filed under: Tio Sam — Gilmar Crestani @ 11:00 am
    Tags: , , , , ,

    Não foram apenas armas para a Argentina, como antes no caso conhecido como Irã-Contras, mas também veneno para assassinar opositores do muy amigo de Washington, Pinochet. Como se vê, o histórico dos EUA em infiltrações,tráfico de armas, interferência direta em outros países, apoio a ditadores e a manifestantes no Irã.

    O histórico dos EUA nos faz crer que seus cidadãos, quando em nossos países, estão sempre sob suspeição de estarem a serviço de jogo sujo.

    La familia Frei pide a EE UU que aclare si envió a Chile elementos para elaborar venenos

    Reclama mayor colaboración con la investigación de la muerte del expresidente

    MANUEL DÉLANO – Santiago – 10/02/2011

    La familia del expresidente chileno Eduardo Frei Montalva, por cuya muerte en una clínica en 1981, presuntamente a manos de terceros un juez chileno ha procesado a seis personas, pidió mayor colaboración a Washington para determinar si las autoridades estadounidenses enviaron a Chile elementos químicos y biológicos para elaborar venenos, que pudieron haber sido usados en asesinatos políticos durante la dictadura del general Augusto Pinochet (1973-1990).

      Tras la publicación el martes por parte de EL PAÍS de un cable secreto filtrado por Wikileaks, en el que la Embajada de EE UU en Santiago planteaba en 2009 al Departamento de Estado su convicción de que la muerte del presidente Frei Montalva no será aclarada jamás, el caso se reactivó en Chile. El presidente, Sebastián Piñera, anunció la presentación de una querella criminal para que el caso no quede en la sombra, pero la familia Frei se mostró escéptica ante esta acción y la oposición acusó al Gobierno de aplicar un "doble estándar" en derechos humanos.

      La exsenadora Carmen Frei, hija de Frei Montalva, sostuvo que tienen antecedentes para "sospechar que Estados Unidos proporcionó elementos químicos y biológicos a la dictadura militar y con ellos se produjeron venenos para eliminar personas". El material químico y biológico, según el proceso, fue transportado en aviones de pasajeros a Chile, terminando en el laboratorio bacteriológico del Ejército, lo cual refuerza las sospechas de la familia del expresidente.

      Para el abogado de la familia Frei, Juan Pablo Hermosilla, es "vital" y "superimportante" que haya una colaboración más clara de Washington en torno a si hubo o no "suministro de material biológico de Estados Unidos a autoridades chilenas". Esta información puede estar en "organismos a cargo del desarrollo de estas partículas biológicas usadas en Defensa y actividades de control bacteriológico en Estados Unidos y eventualmente (en) servicios de inteligencia", agregó el abogado.

      La presión de la familia Frei apunta a que, con motivo de la visita que realizará a Chile en marzo próximo el presidente Barack Obama, Washington responda a las cuestiones planteadas en varias ocasiones, sin recibir respuesta, por el juez Alejandro Madrid, quien investiga el caso. Hasta ahora, la Casa Blanca no ha entregado "ninguna ayuda" y los anteriores Gobiernos de Estados Unidos han dicho que carecen de antecedentes, afirmó Carmen Frei. Ella cree que es el momento de que Obama refleje en este caso el cambio que ha habido en la política de derechos humanos de Washington, y añade que un apoyo del Gobierno de Piñera en este terreno sería más útil que declaraciones. "Si el Gobierno chileno actual tiene interés en conocer la verdad, en saber lo que pasó, es el momento de saber por qué Estados Unidos envió estos elementos", agregó.

      La oposición acusó ayer al Gobierno de utilizar políticamente sus anuncios de querellas en torno a las muertes de los expresidentes Salvador Allende (en La Moneda, mientras el palacio era atacado en 1973 por los militares golpistas) y Eduardo Frei. El presidente del Partido Socialista, Osvaldo Andrade, criticó que el Ejecutivo de derechas de Piñera tiene un "doble estándar tremendo" en temas de derechos humanos, pues al mismo tiempo que se interponen estas querellas se desmantelan los equipos de investigadores especializados que han logrado esclarecer buena parte de los crímenes de la dictadura. La Moneda salió al paso de las críticas a través del ministro del Interior, Rodrigo Hinzpeter, quien señaló que se presentó la querella para esclarecer el "homicidio terrible" de Frei. "Hay gente que ve la pequeñez y que ve intenciones que están absolutamente alejadas" de las del Gobierno.

      Entretanto, la defensa de varios de los médicos procesados por la muerte del expresidente Frei restó trascendencia a la presentación de la querella por parte del Ejecutivo. "Es como si lo hiciera (presentar la querella) un periodista, una persona que va por la calle", afirmó el abogado Luis Valentín Ferrada.

      La familia Frei pide a EE UU que aclare si envió a Chile elementos para elaborar venenos · ELPAÍS.com

      Blog no WordPress.com.

      %d blogueiros gostam disto: