Na aurora da minha vida, de minha infância querida, descobri que o dedo em riste dos moralistas é mais sujo que o dos proctologistas. O tCU era tido como albergue de políticos fracassados. Mudou de ramos.
Os moralistas mais vigilantes, os mais sectários investigadores da moralidade alheia antes de apontarem o dedo, lembram da última visita a mãe no puteiro?!
Rodamos no programa Esfera pública, ontem, na Rádio Guaíba, dois áudios da Operação Zelotes que mostram como se comprava o trabalho de um conselheiro do Carf ainda em 2014. Na linguagem jornalística, um “furo” nacional. O Carf é o organismo que julga recursos de dívidas com a Receita Federal. Passou a ser o atalho para empresas que desejavam pagar apenas 10% do que deviam.
Os grampos telefônicos, feitos com autorização judicial, que veiculamos tratam da negociação de um operador das empresas Bozano e Safra, Jeferson Salazar, com o então conselheiro do Carf, Jorge Víctor Rodrigues, para acertar o esquema a um custo módico de R$ 28 milhões sobre R$ 280 milhões devidos.
Os áudios exibem a desfaçatez dos negociantes. Nomes de interessados e dos interesseiros são citados sem a menor cerimônia. Em determinado momento, Salazar observa em tom de cautela a Jorge: “Você assumiria aí o comando de 20 (milhões) e aí o problema é seu” sendo que “nesses 20 está também a Procuradoria, que eles têm a boca grande”. Tudo é tratado com informalidade, mas com requintes burocráticos. Fala-se em contrato de quatro a cinco meses “para evitar uma troca de governo”.
Foi em agosto de 2014. Jorge Víctor aceita a tarefa, pede o número do processo, acerta detalhes de encaminhamento e de novos contatos.
No segundo áudio, Salazar passa a ligação de Jorge Víctor para o parceiro Eduardo, que trata de minúcias da operação. É preciso fazer o parecer que será assinado “por quem decide” com a ajuda do homem providencial dentro do Carf. Um aspecto importante é a transferência do dinheiro, chamado pomposamente de honorários, que deve se dar através de uma empresa com suficiente biografia para não ser barrada pelos instrumentos bancários de controle. Afinal, não é qualquer laranja que recebe R$ 28 milhões sem dar na vista. Bem pensado, são áudios educativos, pedagógicos, instrutivos: ensinam como comprar um conselheiro do Carf, como sonegar impostos em grandes proporções, como agem grandes empresas flagradas pela Operação Zelotes, que não desperta o interesse da maior parte da mídia, e como atuar em equipe para fraudar a Receita Federal enquanto se critica a corrupção e a carga tributária apresentadas quase sempre com a maior e mais injusta do mundo.
Morro e não ouço tudo. É melhor do que ser surdo. Quanto saber utilizado para ludibriar a sociedade brasileira. Quanto cinismo destilado em doses cavalares com a tranquilidade de quem discute temas de direito administrativo e tributário. Quanta manha. Quanta “boca grande”. Os áudios que rodamos revelam o modo de operação de todos os envolvidos no esquema descoberto pela Zelotes. A Lava-Jato é só um conta-gotas. No país em que Eduardo Cunha até poucos dias era herói do combate à corrupção, as negociatas do Carf são apenas mais um capítulo da novela da sujeira que faz a água do Tietê parecer limpa. Aprendi muito ouvindo as conversas que divulgamos. Aprendi que a cara de pau de alguns é extraordinária. Será que é o poder fascinante dos dez por cento que explica o Brasil?
Quem quiser entender como funciona golpe mafiosos via sonegação de impostos, o canal 254 da Sky, History, vez que outra passa O Guia Completo da Máfia. Neste documentário Michael Franzese, o ex-capitão da família Colombo, explica de forma didática como ele fez funcionar um esquema, dentre muitos outros, de distribuição de combustíveis que lhes dava milhões de dólares por semana.
Os esquemas de sonegação, que a turba da marcha dos zumbis diz que não é crime, é o crime mais praticado exatamente por aqueles que cobram austeridade, ética e estado mínimo. Quer saber quem são eles? É fácil, consulte a Lista Falciani, do HSBC. Ou então descubra quem está envolvido na Operação Zelotes. Encontrarás toda semelhança aos métodos descritos por Franzese.
Como nossa sociedade é hiPÓcrita, o sonegador de milhões é aplaudido. O batedor de carteira, linchado. Veja se tem falatório encima da sonegação milionária da Rede Globo, da RBS ou da Gerdau!? Necas pitibiriba.
Para entender como Eduardo CUnha chegou à presidência da Câmara Federal basta ler nas entrelinhas o poema Quadrilha, do Carlos Drummond de Andrade:
Jornal GGN – O presidente da Câmara Eduardo Cunha pode alegar, em sua defesa, nunca ter sido condenado.
Mas é inegável o extraordinário grau de conhecimento que tem de pessoas envolvidas em algumas das grandes patifarias da República.
A IstoÉ desta semana traz denúncia sobre um desdobramento do golpe ocorrido com o Fundo Postalis. A denúncia se baseia em delação de funcionário do grupo Galileo Educacional (http://migre.me/qnwXs).
Com base nos recebíveis dos alunos, o grupo lançou debêntures do mercado que acabaram adquiridas pelo Postalis e ela Petros. Depois se constatou que as duas principais universidades do grupo estavam em crise séria, prestes a serem fechadas pelo MEC (Ministério da Educação).
Segundo a matéria o dinheiro desviado teria ido para os senadores Renan Calheiros, Lindbergh Farias e o deputado Luiz Sérgio.
Curiosamente, a revista apresenta uma pista mas não vai atrás. Segundo a fonte da Polícia federal, o dinheiro do Postalis pode ter ido parar na conta de Ricardo Magro, dono da Refinaria de Manguinhos, alvo de inquéritos da polícia por fazer parte do grupo de aventureiros que passou a dar golpes do setor petrolífero através da sonegação de ICMS.
Magro é estreitamente ligado ao presidente da Câmara Eduardo Cunha.
Em reportagem de Chico Otávio, em O Globo de 22.11.2010 (http://migre.me/qnwZD) fala-se das investigações da Polícia Civil para apurar o envolvimento de Eduardo Cunha com um esquema de fraude envolvendo a refinaria.
Cunha admitiu relações com Magro, mas disse “não ter qualquer atividade comercial de nenhuma natureza com ele”.
A Polícia grampeou conversas de Magro com um deputado que prometera a ele pressionar determinada empresa a retomar a venda de gasolina de Manguinhos, vendida no mercado fluminense em operações ilegais de sonegação de ICMS.
O tal deputado falava de um telefone da rádio Melodia, de propriedade do próprio Cunha.
Na época, Cunha não tinha ainda retomado a aliança com a Globo e atribuiu a reportagem a uma “desavença pessoal com o diretor do mais importante órgão das Organizações Globo”.
O episódio da sonegação de Manguinhos foi relatado pelo GGN em 14 de maio de 2013 (http://migre.me/qnxgi).
Cunha foi livrado do inquérito pelo então Procurador Geral da República Roberto Gurgel. A alegação era a de que a empresa que teria sido pressionada – a Brasken - é uma sociedade anônima. Portanto, não haveria como enquadrá-lo no artigo 312 do Código Penal, que menciona especificamente órgãos da administração pública. Essa opinião foi acatada pelo Ministro Celso de Mello.
Magro é um empresário com tão pouca visibilidade que as únicas menções a ele no Google são relativos a golpes que aplicou. E a única foto é uma ¾ amarelada, que a revista Época conseguiu anos atrás.
OBScena: coxinhas se manifestando a favor da sonegação
No RS, depois do envolvimento da Gerdau e RBS, dos falsificadores de leite e queijo, dos contrabandistas de arroz, o Sonegômetro ultrapassou o Impostômetro!
É por fatos como este que me pergunto por que o Eduardo CUnha não pede maioridade penal para fraudador? Seria porque eles são sua razão de ser?! Afinal, como na máfia, não se criminaliza membro da família não é mesmo?! A lei do mafioso é eliminar a família rival!
Graças aos grupos mafiodidiáticos, 12% da população odeia o PT. Em compensação, amam fraude fiscal. Onde estão os simpatizantes do MBL e da marcha dos zumbis que não se manifestam a respeito da fraude para financiar a campanha do Richa, ou diante das empresas envolvidas na Operação Zelotes? Ora, são parceiros. Uma não existiria sem o outro.
Compare-se as fraudes relativas à sonegação fiscal no arroz, carnes, combustíveis, leites, queijos com as acusações contra a cunhada do Vaccari ou mesmo com aquelas com que José Genoíno foi preso é assim se pode entender a marcha da máfia rumo à captura das instituições públicas. Agora mesmo no Paraná, e onde mais poderia ser, foi descoberto uma fraude longeva que financiava, ora bolas, Beto Richa, Álvaro Dias, Fernando Francischini… Onde estão os impostores do impostômetro?!
É preciso, pois a literatura jurídica me permite, retirar todos os entraves para que a bandidagem privada tome conta do Estado. É por aí também que não se vislumbra qualquer manchete virulenta contra os envolvidos na Operação Pavlova, Operação Zelotes, na Lista Falciani do HSBC. Os envolvidos na Operação Leite Compensado e agora no Queijo Compensado não são pintados com cores demoníacas. Por quê? Por que são eles os financiadores ideológicos dos grupos mafiomidiáticos. Compare-se o volume de impostos que envolvem o mega empresário Gerdau no CARF com o montante que pôs a cunhada do Vaccari na cadeia. A justiça é cega, os coxinhas são estrábicos, por isso temos de ficar de olho! Pesos e medidas segundo afinidades eletivas, fisiológicas ou ideológicas é tudo o que vemos hoje entre os meios de comunicação e magarefes comprados com estatuetas.
Operação combate fraude milionária no segmento de arroz
Grupo enviou mais de R$ 320 milhões em mercadorias para fora do Estado
Operação combate fraude milionária no segmento de arroz | Foto: Receita Estadual / Divulgação / CP
Na manhã desta terça-feira, a Receita Estadual (RE) e o Ministério Público (MP) deflagraram operação conjunta com objetivo de combater fraude fiscal estruturada no ramo de arroz, que enviou para fora do Rio Grande do Sul cerca de R$ 320 milhões em mercadorias desde 2010. Na operação Oryza, que significa arroz em latim, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão judiciais em Arroio dos Ratos, Camaquã, Porto Alegre e Viamão, onde estão localizadas as empresas e as residêndas de pessoas que participavam do esquema. Investigação Os trabalhos investigativos começaram há mais de um ano, quando a Receita Estadual passou a verificar as fraudes existentes no comércio atacadista de arroz, principalmente no que se refere à criação de empresas de fachada em nome de “laranjas”, inscritas na modalidade Simples Nacional (SN) ou Geral. Foram identificadas mais de 40 empresas, possuindo como “sócios-laranjas” pessoas que de fato trabalham como “flanelinhas”, que são usuárias de drogas e/ou possuem extensa ficha policial (tráfico, roubo, estelionato, furto qualificado, lesão corporal, homicídios etc.) e até mesmo pessoas fictícias, ou seja, que nunca existiram. Com o advento do SN e a consequente dispensa do pagamento antecipado do ICMS nas vendas de arroz para fora do RS, os mentores do esquema passaram a constituir empresas em nome de “laranjas”, conseguindo remeter para fora do Estado milhares de toneladas de arroz pagando pouco ou nenhum imposto. A sistemática adotada consistia em operar diversas empresas de “fachada” ao mesmo tempo, manipulando-as de forma a distribuir a receita bruta sem extrapolar o limite de enquadramento do SN. Caso o Fisco identificasse uma delas, bastava parar de utilizá-la, deixando dívidas para trás. Já com empresas cadastradas na categoria Geral (que possuem débito e crédito de ICMS), além da sonegação fiscal apurada e do não pagamento de eventual ICMS declarado, foi constatado que elas também são utilizadas para a obtenção de financiamentos bancários de forma fraudulenta. O esquema criminoso era operado por dois mentores (pai e filho), compreendendo um grupo expressivo de empresas e pessoas relacionadas com a fraude fiscal estruturada. O pai possui um longo histórico com a fiscalização do ICMS, operando há mais de 30 anos no mercado do arroz, sempre de forma refratária às obrigações fiscais, possuindo condenações anteriores por crimes contra a ordem tributária. A Receita Estadual apurou uma série de irregularidades nas operações com arroz, tais como: uso de empresas de outros ramos para dar saídas de arroz sem o conhecimento e/ou permissão dos respectivos sócios; reabertura de empresas já existentes na Junta Comercial, com adaptação do objeto social para comércio de arroz; emissão de NF-e sem pagamento de ICMS; simulação de exportação de arroz em saídas para fora do Estado; saídas por empresas do SN formadas por sócios laranjas sonegando o ICMS que deveria ser pago; saídas de arroz para fora do RS com falsos rementes e até destinatários, dificultando a identificação da real operação pelo Fisco; e por fim, “aluguel” de empresas de fachada para emissão de NF-e, possibilitando a remessa de arroz para fora do estado sem nenhum pagamento do ICMS correspondente. Durante as investigações, ainda foram identificados outros fatos praticados pela organização criminosa, como a falsificação de assinaturas em documentos constitutivos de empresas na Junta Comercial. O grupo também recebia suporte contábil e jurídico do esquema fraudulento, tanto para a criação de empresas de fachada como para a apresentação de liminares em Mandados de Segurança contra baixas de ofício feitas pela Receita Estadual devido à inexistência das empresas nos endereços cadastrais. O subsecretário da Receita Estadual, Mario Luiz Wunderlich dos Santos, salientou que “com a operação, busca-se estancar a sonegação fiscal e a concorrência desleal praticada pelo grupo no ramo do arroz, onde o RS é responsável por mais de 60% da produção nacional”. De acordo com o chefe da divisão de Fiscalização e Cobrança da RE, Edison Moro Franchi, “grande parte destas empresas se encontra em dívida ativa, ficando evidente, portanto, que, independente da modalidade escolhida – GERAL ou SN – o objetivo desta associação criminosa é ludibriar o Fisco, suprimindo impostos e, consequentemente, gerando um grande prejuízo à sociedade.”
Por que ninguém pede penas mais duras para os sonegadores? Por que a marcha dos zumbis portavam cartazes dizendo que sonegação não é crime? Ora, porque sonegação é crime praticado por quem tem dinheiro. Se fosse praticado por pobre se chamaria roubo. Rico não rouba, é cleptomaníaco… Assim, quando um menor mão leve bate uma carteira os reacionários saem do armário pedido menoridade penal. Quando um empresário põe soda cáustica no leite, silenciam. Quando Gerdau & RBS sonegam bilhões, dizem que não é crime.
A Operação Zelotes acabe de revelar que a RBS e Gerdau, juntas, deixaram de pagar aos cofres públicos mais que todo dinheiro roubado da Petrobrás. Por que ninguém os chama de corruptos, de bandidos? Por que são eles que fazem a lavagem cerebral. São eles que dizem o que é correto e o que não é correto.
Quantos postos de saúde, quantas escolas poderiam ter sido construídos com o dinheiro sonegado por esta fornecedora de bebida do litoral norte?
Virou que nestas horas não aparece nome. Por que não são presos e seus revelados? E eu que pensava que eram contra a corrupção!? Por que nestas horas não aparecem os raivosos de sempre para dizerem que bandido bom é bandido morto?!
Receita realiza operação contra sonegação fiscal no Litoral Norte
Empresa fornecia bebidas energéticas e teria movimentado R$ 16 milhões
Receita realiza operação contra sonegação fiscal no Litoral Norte | Foto: Receita Estadual / Divulgação
Comentários
Lucas Rivas / Rádio Guaíba
A Receita Estadual, em parceria com o Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (GAECO) de Santa Catarina, realizou uma operação contra sonegação fiscal interestadual contra uma empresa fornecedora de bebidas situada no Litoral Norte do Estado, na manhã deste sábado. O atacado distribuía energéticos e outras bebidas para todas as regiões do Rio Grande do Sul. Os produtos eram fabricados em Santa Catarina. A companhia movimentou R$ 16 milhões com a venda das bebidas, entre 2013 e 2014. A equipe da Receita Estadual tem o objetivo de cumprir 19 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão na busca de provas de sonegação fiscal na fábrica catarinense e na distribuidora gaúcha. Além de energéticos, outras bebidas quentes, como chás, eram produzidas no lado catarinense. A investigação teve inicio há sete meses. Como os produtos eram comercializados para todo o Brasil sem notas fiscais, o Fisco gaúcho autuou o estabelecimento em mais de R$ 3,5 milhões. Com o esquema, bens como carros importados de luxo, imóveis e embarcação foram adquiridos por falsas empresas.
Do Gerdau lembro de um episódio na campanha eleitoral de 1989, quando emprestou o sistema de comunicação por satélites, ao candidato Collor de Mello. Na época não havia celular, e as comunicações eram precárias. Collor teve este diferencial graças ao desinteressado empresário gaúcho. Não é mera coincidência que seja patrocinador de golpistas que vivem alcovitados no Instituto Millenium.
Lembro também que uma das Siderúrgicas Gerdau jogava fuligem, cinzas, sobre casas. Cobrado, Gerdau disse que suas empresas cumpriam a lei. De fato, estavam dentro da lei. O que não estava dentro da lei era a poluição que jogava para cima das casas.
Embora seja um dos maiores empresários brasileiros, Gerdau sempre dependeu de políticas governamentais, sob as mais diversas formas. De incentivo fiscal, programas como o FUNDOPEM, ou empréstimos subsidiados por bancos públicos. Não é engraçado que eles patrocinem um tal de impostômetro. O impostômetro de impostores…
É engraçada esta gente do Fórum a Liberdade, que vivem de atacar servidores e empresas públicas, mas só tomam empréstimo de bancos… PÚBLICOS! Alguma semelhança com a “liberal” RBS?!
Zelotes:delação premiada pode complicar Gerdau
Em depoimento na Superintendência da PF em Brasília, o conselheiro Paulo Roberto Cortez, do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, confirmou o uso de empresas de fachada e laranjas para vender facilidades no orgão, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões, e manifestou interesse em um acordo para redução de pena; disse ainda que era ele quem escrevia os votos que o conselheiro e auditor aposentado da Receita Federal José Ricardo Silva apresentaria no Carf; o grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina do esquema: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões
7 de Abril de 2015 às 05:32
247 – O conselheiro Paulo Roberto Cortez, do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), do Ministério da Fazenda, sinaliza o primeiro acordo de delação premiada na operação Zelotes, da Polícia Federal.
Em depoimento, divulgado pelo “O Globo”, na Superintendência da PF em Brasília, Cortez confirmou o uso de empresas de fachada e laranjas e manifestou interesse em um acordo para redução de pena.
Ele explicou que era ele quem escrevia os votos que o conselheiro e auditor aposentado da Receita Federal José Ricardo Silva apresentaria no Carf. Cortez tem uma empresa com a sócia de José Ricardo, Adriana Ribeiro, para “branquear” pagamentos de clientes pela prática de advocacia administrativa.
A Operação Zelotes fisgou uma quadrilha especializada em vender facilidades no Carf, causando um prejuízo estimado em R$ 19 bilhões. O grupo Gerdau, do empresário Jorge Gerdau, é suspeito de pagar a maior propina do esquema: R$ 50 milhões para cancelar uma dívida tributária de R$ 4 bilhões.
Reúno aqui tudo o que precisas para entender o pouco que já se sabe a respeito da mega fraude via HSBC.
No Brasil, HSBC rima com FHC. Foi ele quem trouxe o mega lavador de grana suja. A privatização da Petrobrás, segundo os anencefálicos, serviria para acabar com a corrupção. Os tucanos diziam isso do BANESTADO, do Meridional, da Vale do Rio Doce.
O HSBC prova que não é a privatização que evita a corrupção.
Se FHC tivesse exonerado, ao invés de nomear Paulo Roberto da Costa, talvez não houvesse Operação Lava Jato. Se o Poder Judiciário já tivesse punido o PP gaúcho na Operação Rodin, talvez o PP gaúcho não estivesse todo atolado na Lava Jato.
Se ao invés de engavetar todas as falcatruas o PSDB mandasse investigar, talvez não houvesse necessidade da Lista Falciani. Veio a público agora, mas a lavanderia internacional é algo com que os golpistas de sempre estão muito bem acostumados.
Nunca um apelido, Ratinho, casou tão bem com as práticas…
É nestas horas que se descobre toda importância do Impostômetro que os impostores usam a mídia para fazer propaganda. Quem não paga imposto patrocina impostômetros…
Suiçalão é a ponta do iceberg?
14 de março de 2015 | 12:09 Autor: Miguel do Rosário
O Suiçalão ainda vai dar o que falar.
Nossas suspeitas, de que aquilo era um ninho de tucanos gordos, se confirmaram.
Que tucanos são mais gordos que os barões da mídia, quase todos com contas secretas no Suiçalão?
Eles são mais tucanos e mais gordos do que qualquer dirigente do PSDB.
Poderíamos dizer até que eles – os barões da mídia – são os tucanos originais, a matriz, os fundadores do tucanismo.
E hoje são seus guardiões, suas lideranças, seus acionistas principais.
O blog Ponto & Contraponto fez algumas especulações interessantes sobre a conta secreta da família Frias, donos da Folha.
E aponta duas coincidências estranhas.
Frias abriu a conta justamente no ano do confisco da poupança, feito por Collor.
E depois fechou exatamente antes da desvalorização da moeda nacional, aquele golpe cambial que os tucanos deram na economia brasileira.
Pode não ser nada.
O faro do blogueiro, porém, está seguindo o caminho certo.
O segredo não está apenas nos nomes das contas.
Agora queremos saber os valores guardados nessas contas, se os valores foram informados à Receita Federal, e se o envio de dinheiro ao exterior guarda alguma relação com informações privilegiadas concedidas pelos governos Collor e depois FHC, aos barões da mídia.
Queremos, enfim, uma coisa bem simples: a verdade.
Frias manipulou dinheiro no exterior com informações privilegiadas de Collor e FHC?
Muito previsíveis as informações que barões da mídia estão na lista dos sonegadores do Swissleaks. A dúvida é se um dia viriam a público.
Com a exclusividade dos dados repassados pela ICIJ, o jornalista Fernando Rodrigues se portou com arrogância, tentou culpar o governo e proteger poderosos, mas agora acossado por vazamentos que conclui serem inevitáveis, resolve liberar a parte que atinge justamente veículos de mídia que estavam responsáveis pela “investigação” no Brasil.
Nesse post vamos nos atentar para a conta da família Frias, que e dona do conglomerado Folha/UOL, onde o jornalista trabalhou por anos e agora tem seu blog hospedado.
Apesar de não revelar o montante que os Frias enviaram para o Suiçalão, duas informações foram publicadas, muito provavelmente por descuido do jornalista, que revelam a relação espúria que Otávio Frias mantinha com os governos Collor e FHC.
Informação privilegiada nº 1
Fernando Rodrigues diz que a conta foi aberta em 1990, ano que foi realizado o confisco de todos os brasileiros que estavam depositados em bancos brasileiros.
O jornalista não revelou o mês, o plano Collor, com o confisco aconteceu em março desse ano, parece que não atingiu o dono do império jornalístico, que espertamente enviou seu rico dinheiro para longe do apetite confiscatório que só atingiu pessoas comuns.
Tratando de salvar apenas sua pele, embora soubesse da informação a sonegou dos distintos leitores.
Informação privilegiada nº 2
Outra informação de enorme coincidência relatada por Fernando Rodrigues e o encerramento da conta: 1998.
Como todos sabem o governo FHC manteve até 1998 o Dólar ancorado para se reeleger, pouco tempo depois de se reeleger, no início de 1999, decidiu liberar o câmbio e o Dolar passou de próximo de um Real para quatro Reais numa estilingada.
Coincidência que Frias retirasse seus Dólares da Suíça justamente às vésperas da disparada do Dolar, tornando a conversão super lucrativa ou, mais uma vez passarinhos amigos o avisaram do “bom negócio”?
(…)
Barões da mídia, tremei: a CPI do Swissleaks vem aí
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, está determinado em investigar todos os brasileiros envolvidos com as contas secretas do HSBC; ele disse, neste sábado (14), que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior; Randolfe também convocará todos os órgãos de fiscalização e bancos para explicar como o sistema permite a sonegação de impostos; para ele, “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”; “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta
247 – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, disse que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos do HSBC na Suíça, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior.
“Para a CPI é muito fácil fazer uma lista de todos os nomes e contas bancárias que o UOL e o Globo já publicaram, enviar tudo para a Receita Federal e requerer a quebra do sigilo fiscal. Vamos pedir que nos digam quem dessas pessoas declarou Imposto de Renda e incluiu nas suas declarações de bens as contas no exterior, na Suíça”, diz Randolfe.
Ele afirma que “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”. “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta.
No entanto, a CPI ainda precisa que os partidos indiquem os nomes para compor a CPI. No momento, falta apenas a indicação do PMDB. “Espero que o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, indique os nomes já no começo da semana”, diz Randolfe. Mas existe também a hipótese de a investigação começar a funcionar mesmo sem os nomes peemedebistas, pois já haveria quórum suficiente. Essa interpretação depende da direção do Senado.
Outro objetivo de Randolfe é investigar as brechas do sistema financeiro que permitem dar “guarida a quem comete crimes ou pretende sonegar impostos”. “O primeiro ato da CPI será convocar todos os órgãos responsáveis por fiscalizar os bancos e os fluxos financeiros. Vamos convocar o Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], a Receita Federal, o Banco Central e o Ministério da Fazenda. Todos terão de explicar muito bem como é possível ter um sistema tão poroso que permite evasão de divisas e sonegação de impostos como parece ter sido o caso que agora está sendo revelado por essas reportagens do SwissLeaks”, afirma.
O silêncio dos “inocentes” ou de como pessoas de bem reagiriam à “lista da mídia” no HSBC suíço?
14 de março de 2015 | 16:24 Autor: Fernando Brito
Espero há algumas horas, rodando sites e facebooks, para ver se há reação dos empresários e jornalistas apontados na lista de depositantes do HSBC na Suíça.
Nada, nenhuma manifestação além daquele “não sei, nunca vi” que consta da matéria de O Globo, que procurou todos os citados.
Não lhes faltam espaços para se manifestarem: ou são donos de empresas de comunicação ou dispõem de acesso a elas, além de seus proprios sites, facebooks e contas no Twitter.
Bom, damo-lhes a presunção da inocência a que todos têm direito…
Mas a questão seguinte é inescapável: não parece obvio que estariam, neste instante, anunciando a interpelação judicial de O Globo e do UOL, onde se veiculou a denúncia para que entregassem os documentos que usaram para apontá-los, se os tem.
Providência básica para, a seguir, propor uma ação de danos morais contra o jornal.
Afinal, não se espalham ações contra os blogueiros, com muito menos causa de pedir – até “sacripanta” rendeu condenação do Miguel do Rosário pelo Ali Kamel?
Afinal, ao meu modestíssimo juízo, ser apontado nos maiores veículos de comunicação como detentor de conta na Suíça causa um abalo moral muito mais grave que um “sacripanta” num blog.
Mas certamente há a prova da presença nos arquivos do Banco e, saí, duas possibilidades: ou é declarada ou é clandestina.
Se é declarada, cada um tem o direito de, querendo, exibir sua declaração de bens ao Imposto de Renda e, neste caso, era só pegar o papelório – ou agora o arquivo de computador – e mostrar que a declarou, bem declaradinha, como eu e você declaramos o apartamento modesto ou a conta bancária com nossos caraminguás.
Até agora, alguém fez isso? Anunciou isso? Algum deles disse que vai fazer isso segunda-feira, embora todos tenham sido avisados, pela equipe de jornalistas que publicou a informação, pois deram respostas?
Não.
Portanto, acaba-se ficando livre para imaginarmos que, na maioria ou em todos os casos, não foram declaradas.
Portanto, clandestinas.
Os inocentes não costumam ficar tão quietos quando são ofendidos.
Pimenta ao 247: ‘Mídia fez sua defesa prévia’
Vazamento de nomes de proprietários de veículos de comunicação e jornalistas atende a estratégia preventiva diante da iminência do repasse da lista completa do Swissleaks ao governo brasileiro pelo Fisco francês; a afirmação é o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que cobra das diversas instituições a apuração de eventuais crimes na remessa de dinheiro à filial do Banco HSBC na Suíça; segundo ele, a seletividade no vazamento de nomes pelo portal Uol e agora pelo jornal O Globo tenta esconder possíveis malfeitos entre 1997 e 2001, época das privatizações do governo FHC, período que jaz nos subterrâneos da vida pública nacional
Realle Palazzo-Martini, do 247 – A divulgação pelo portal Uol e pelo jornal O Globo de que proprietários de importantes veículos de comunicação e jornalistas brasileiros mantiveram contas secretas no Banco HSBC na Suíça atende a uma estratégia prévia de defesa dos “barões da mídia”. Foi o que sustentou ao Brasil247 neste sábado (14) o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). O surgimento dos nomes acontece menos de uma semana após a Embaixada da França firmar compromisso com o governo brasileiro para repassar a lista completa dos 8.667 brasileiros relacionados no escândalo.
A notícia veiculada no Uol e em O Globo é sintomática, avalia Pimenta. Segundo ele, a pressão da sociedade, por meio das redes sociais, pela revelação dos brasileiros relacionados no escândalo precipitou o surgimento dos nomes dos empresários da mídia. “Não parece um paradoxo que o jornalista Fernando Rodrigues tenha convidado justamente O Globo para auxiliar na pesquisa dos dados do Swissleaks?” questiona. Rodrigues, que trabalha no Uol, tem exclusividade de acesso aos dados das contas secretas no HSBC divulgados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos.
Na reportagem deste sábado de Uol e O Globo, surgiram nomes como Otavio Frias, do Grupo Folha, que controla o Uol. E também Lily Marinho, falecida em 2011, ex-mulher do fundador das Organizações Globo, Roberto Marinho (também já morto). Há ainda nomes como o do apresentador Ratinho, do SBT, Jhonny Saad, do Grupo Bandeirantes, e de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril (leia mais aqui).”Não podemos aceitar essa seletividade filtrada por Uol e Globo”, critica Pimenta. “Essa reportagem só confirma nossa denúncia de vazamento seletivo de modo a conduzir a opinião pública numa direção específica”, reforça.
Privatizações
O deputado Paulo Pimenta já encaminhou requerimentos ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República (mais aqui) pedindo ações para investigar eventuais crimes na remessa de dinheiro para o HSBC suíço. Também esteve no Banco Central e com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Nesta semana, em reunião com o ministro José Eduardo Cardozo, Pimenta recebeu a informação de que estão adiantadas as tratativas com o Embaixada da França para que o Fisco daquele país, depositário institucional das informações do consórcio de jornalistas, entregue todos os dados às autoridades nacionais.
O gaúcho lembra que países como a própria França, Inglaterra, Alemanha, Bélgica, Argentina e Austrália já conseguiram repatriar US$ 1,360 bilhão das contas secretas do HSBC em razão de movimentações irregulares. Pimenta pondera, entretanto, que nem todas as contas podem ser consideradas ilegais. Mas sustenta que o histórico do dinheiro que chegou às contas do banco suíço pode levar ao crime original, como já revelado em casos envolvendo contraventores e traficantes de drogas.
O deputado petista tem interesse especial em por a lupa sobre possíveis personagens envolvidos nas privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) entre os anos de 1997 e 2001. “Tenho convicção de que esta investigação vai nos permitir fazer o caminho inverso ao dinheiro e resgatar um período importante da vida pública nacional que até hoje permanece nos subterrâneos”, acredita.
Pimenta também mantem contatos frequentes com o senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP), artífice da CPI do HSBC (ou CPI do Swissleaks), instalada no Senado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). Os líderes dos partidos já indicaram representantes. O deputado acha que a comissão pode jogar luz em muitos casos envolvendo evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.
PT: arautos da moralidade caíram por terra
A Agência PT de Notícias publicou neste sábado (14) um texto que trata sobre a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, “um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo”; “A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade”, ressalta o partido; o PT diz ainda que “o material caiu como uma bomba dentro da Globo que tentou desviar a atenção do caso”
247 – A Agência PT de Notícias publicou texto neste sábado (14) um texto que trata sobre a lista dos nomes brasileiros com contas no HSBC na Suíça, “um dos maiores esquemas de evasão fiscal e de divisas já relevados no mundo”. “A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade”, pontua.
Abaixo o texto na íntegra:
Nesta madrugada, foi divulgada a lista com os nomes de brasileiros com contas no HSBC da Suíça, envolvidos num dos maiores esquema de evasão fiscal e de divisas já revelados no mundo. A relação traz representantes de grandes grupos de comunicação no País. Dentre eles, Folha, Globo, Abril, Bandeirantes, Verdes Mares, Rede Transamérica e outros arautos da moralidade.
O material foi divulgado após as manifestações em defesa da democracia, realizadas nesta sexta-feira por movimentos sindicais e sociais de todo o Brasil, e à véspera dos atos marcados para 15 de março, numa estratégia para tentar diminuir a repercussão do caso junto à sociedade.
A lista mais recente, divulgada pelo jornalista Fernando Rodrigues e pelo site do jornal “O Globo”, contém o nome do já falecido empresário Otávio Frias, fundador do Grupo Folha, e de seu filho, Luís Frias, um dos donos do Uol, como beneficiário de conta no paraíso fiscal.
O material também revela o nome de Lily Marinho, viúva de Roberto Marinho, da Globo, morta em 2011, com nada menos que US$ 750,2 mil. O material caiu como uma bomba dentro da organização que tentou desviar a atenção do caso relacionando o ex-marido de Lily, Horácio de Carvalho, morto em 1983, aos recursos.
Quatro integrantes da família Saad, da Rede Bandeirantes, também mantinham contas no HSBC, em Genebra. São eles, João Jorge Saad, a empresária Maria Helena Saad Barros, Ricardo Saad e Silvia Saad Jafet.
A conta de José Roberto Guzzo, colunista e membro do conselho editorial da Abril, um dos mais raivosos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, também foi revelada.
O apresentador do SBT, Carlos Massa, conhecido como Ratinho, manteve a bagatela de US$ 12,4 milhões nos cofres suíços.
Mona Dorf, jornalista ligada à Rádio Eldorado, tinha US$ 310 mil na conta.
Arnaldo Bloch, do extinto grupo Manchete, também foi correntista, assim como a família Dines, que, à época, manteve US$ 1,3 milhão no banco suíço.
Com US$ 120,5 milhões, Aloysio de Andrade Faria, dono da Rede Transamérica, tem a maior soma das contas. Em suas rádios críticas contra à corrupção são comuns por parte de seus jornalistas e apresentadores.
Depois dele, aparecem Yolanda Queiroz, Lenise Queiroz Rocha, Paula Frota Queiroz e Edson Queiroz Filho, do grupo Verdes Mares, afiliado da Globo no Ceará, com US$ 83,9 milhões.
Ao Blog do Fernando Rodrigues, do Uol, todos eles disseram não terem cometido irregularidades. Além deles, aparece na lista Luiz Fernando Levy, que quebrou a Gazeta Mercantil, deixando dívidas tributárias e trabalhistas. Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram.
No Senado, a CPI do HSBC aguarda a indicação dos membros pelos partidos para que as investigações sobre o caso sejam iniciadas.
DCM: Rodrigues é o investigador que virou engavetador
O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirma que o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora em relação à divulgação da lista dos brasileiros com contas no HSBC da Suíça; “Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes. A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu. Rodrigues está desmoralizado, é certo”, diz
247 – O jornalista Paulo Nogueira, do Diário do Centro do Mundo, afirma que o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora em relação à divulgação da lista dos brasileiros com contas no HSBC da Suíça. “Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes. A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu. Rodrigues está desmoralizado, é certo”, diz.
Não só os Frias lutarão por sua reputação, a rigor. Também o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora.
Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes.
A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu.
Rodrigues está desmoralizado, é certo. Mas não é fácil a vida de um jornalista que recebe uma lista de predadores e, ao examiná-la, descobre o nome de seus patrões.
Isso tem que ser reconhecido.
Ratinho HSBC dizia que Dilma teria que ‘fugir’
O empresário Carlos Massa, o Ratinho do SBT e do HSBC, chegou a dizer que a presidente Dilma Rousseff poderia ser forçada a “fugir do País” quando a população acordasse para ir às ruas e protestar contra a corrupção; com US$ 12,4 milhões no HSBC em 2007, ele tem um filho político, Ratinho Júnior, que concorrerá à prefeitura de Curitiba em 2016, com apoio do tucano Beto Richa, um dos governadores menos populares do País; será que agora, com o escândalo do HSBC público, o apresentador também defenderá que os envolvidos sejam expulsos do país pela população?
Paraná 247 – O empresário Carlos Massa, o Ratinho do SBT e do HSBC (saiba mais), chegou a dizer que a presidente Dilma Rousseff poderia ser forçada a “fugir do País” quando a população acordasse para ir às ruas e protestar contra a corrupção.
Ratinho aparece na lista do HSBC com depósitos de US$ 12,4 milhões em 2007 – ano em que as informações foram obtidas pelo ex-funcionário do banco Hervé Falciani. Segundo ele, a conta foi declarada à Receita Federal.
Ele é pai do político Ratinho Júnior, aliado do governador tucano Beto Richa, do Paraná, que é hoje um dos mais impopulares do País. Ratinho Júnior deve concorrer à prefeitura de Curitiba em 2016, com apoio do pai.
Confira, abaixo, o vídeo em que ele previa a necessidade de que Dilma fugisse do País:
Barões da mídia, tremei: a CPI do Swissleaks vem aí
O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, está determinado em investigar todos os brasileiros envolvidos com as contas secretas do HSBC; ele disse, neste sábado (14), que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior; Randolfe também convocará todos os órgãos de fiscalização e bancos para explicar como o sistema permite a sonegação de impostos; para ele, “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”; “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta
247 – O senador Randolfe Rodrigues (PSOL), autor do requerimento que cria a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do SwissLeaks, disse que a primeira medida do colegiado será pedir a quebra de sigilo de todos os correntistas já conhecidos do HSBC na Suíça, para verificar se de fato eles declararam à Receita Federal o dinheiro depositado no exterior.
“Para a CPI é muito fácil fazer uma lista de todos os nomes e contas bancárias que o UOL e o Globo já publicaram, enviar tudo para a Receita Federal e requerer a quebra do sigilo fiscal. Vamos pedir que nos digam quem dessas pessoas declarou Imposto de Renda e incluiu nas suas declarações de bens as contas no exterior, na Suíça”, diz Randolfe.
Ele afirma que “essas contas secretas no HSBC reúnem personagens de todos os escândalos recentes da história do país, dos últimos 20 anos”. “É ali que muito corruptos iam esconder o resultado de seus crimes. Aliás, não é apenas os corruptos que deverão ser investigados, mas também o papel que teve o HSBC ao ser leniente com a entrada de dinheiro suspeito na instituição”, ressalta.
No entanto, a CPI ainda precisa que os partidos indiquem os nomes para compor a CPI. No momento, falta apenas a indicação do PMDB. “Espero que o líder do partido no Senado, Eunício Oliveira, indique os nomes já no começo da semana”, diz Randolfe. Mas existe também a hipótese de a investigação começar a funcionar mesmo sem os nomes peemedebistas, pois já haveria quórum suficiente. Essa interpretação depende da direção do Senado.
Outro objetivo de Randolfe é investigar as brechas do sistema financeiro que permitem dar “guarida a quem comete crimes ou pretende sonegar impostos”. “O primeiro ato da CPI será convocar todos os órgãos responsáveis por fiscalizar os bancos e os fluxos financeiros. Vamos convocar o Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras], a Receita Federal, o Banco Central e o Ministério da Fazenda. Todos terão de explicar muito bem como é possível ter um sistema tão poroso que permite evasão de divisas e sonegação de impostos como parece ter sido o caso que agora está sendo revelado por essas reportagens do SwissLeaks”, afirma.
Fel-lha, #globogolpista e Band! O PiG se afogou no HSBC!
DO UOL
Ao menos 22 empresários do ramo jornalístico e seus parentes, além de 7 jornalistas, estão na relação dos que mantinham contas na agência do HSBC em Genebra, na Suíça, em 2006 e 2007.
Os registros indicam que 14 contas já estavam encerradas em 2007, quando os dados vazaram no escândalo que ficou conhecido como SwissLeaks. Todos os citados foram procurados. Parte negou irregularidades e alguns preferiram não comentar.
Ter uma conta bancária na Suíça ou em qualquer outro país não é ilegal, desde que seja declarada à Receita Federal. Os titulares também devem informar ao Banco Central quando o saldo for superior a US$ 100 mil.
Entre os correntistas do HSBC na Suíça estão ou estiveram pessoas ligadas a algumas das maiores empresas de comunicação do país.
É o caso de Lily de Carvalho, viúva de dois jornalistas e donos de jornais, Horácio de Carvalho e Roberto Marinho. Roberto Marinho (1904-2003) foi dono das Organizações Globo, hoje Grupo Globo. Lily morreu em 2011.
Na relação de correntistas do HSBC em Genebra também constam os nomes de proprietários do Grupo Folha.
Tiveram conta conjunta naquela instituição financeira os empresários Octavio Frias de Oliveira (1912-2007) e Carlos Caldeira Filho (1913-1993). Luiz Frias (atual presidente da Folha e presidente/CEO do UOL) aparece como beneficiário da mesma conta, criada em 1990 e encerrada em 1998. Em 2006/07, os arquivos do banco ainda mantinham os registros, mas a conta estava inativa e com o seu saldo zerado.
O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira “informam não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”.
Quatro integrantes da família Saad, proprietária da Rede Bandeirantes, também detinham contas no HSBC à época, entre eles o fundador da companhia, João Jorge Saad (1919-1999).
Quá, quá, quá !
Os donos da Fel-lha e seu “segurança”, o “repórter” investigativo do UOL, Fernando Rodrigues, montaram durante certo tempo uma fraude: não podiam divulgar o nome dos flagrados no escândalo de lavagem de dinheiro no HSBC porque o Governo não tomava a iniciativa de pegar a lista.
Quá, quá, quá !
Afinal, dizia o “repórter” investigativo do UOL, ter conta no exterior não significa nada.
Desde que o correntista declare no Imposto de Renda.
Deve ser muito provável que certo colonista (no ABC do C Af), da Fel-lha, membro da família Steinbruch se dê ao trabalho de depositar dinheiro num banco especialista em lavar dinheiro e, ao mesmo tempo, confessar ao Imposto de Renda (brasileiro).
É muito provável !!!
Quá, quá, quá !
Depois, a Fel-lha e seu implacável “repórter” investigativo identificaram ladrões envolvidos na Lava Lato e que lavavam HSBC.
Aí, a dona Guevara, dona da lista lá na Europa, e que mereceu generosa correspondência do Amaury Ribeiro Jr, sentiu a batata assar e entregou a lista não à Carta Capital ou à Carta Maior, mas à #globogolpista !
Esperta a dona Guevara…
Entregar à Fel-lha e ao Globo.
E achar que ninguém percebe …
Acontece que a #globogolpista também sentiu a batata assar e começou a revelar uns nomes.
A batata assava.
E se, de repente, o Amaury, que pertenceu à organização (?) da dona Guevara mete a mão na lista toda ?
Foi o que fez o Otavinho, dono da Fel-lha e chefe do “repórter” investigativo.
“Bem, vamos revelar alguns nomes, para não sermos definitivamente desmoralizados”, teria pensado o dramaturgo e ensaista herdeiro da Fel-lha.
E enterrou a notícia lá embaixo, quase caindo pra fora, na página B6 (página par, menos lida que a ímpar), numa seção de nome “Mercado”, que ninguém do Mercado ou fora dele lê.
E fez isso num dia de sábado, o dia da semana em que menos se lê jornal – ou o acessa na internet.
Estão lá o pai do Otavinho, o sócio do pai do Otavinho e o irmão do Otavinho, Luis Frias, que é quem manda, de fato, no UOL, que sustenta Fel-lha.
Mas, segundo a Fel-lha, eles nem sabiam que tinham dinheiro lá.
Gente desatenta, não, amigo navegante ?
Não sabem que tem uma graninha no HSBC da Suíça.
Quá, quá, quá !
A doce Dona Lily, viúva do Dr Roberto Marinho estava lá.
Assim como a família Saad, dona da Bandeirantes, que exibe no Jornal da Band e no Boris Casoy catilinas furiosas em defesa da Moral e Ética !
Já imaginaram se o Boris Casoy pegasse a filha da Dilma na lista do HSBC ?
Com aqueles finos e reveladores lábios, com o timbre de camelô de muambas “made in China”, bradar furioso: “isso é uma vergonha !”
Logo na primeira linha diz que “ao menos 27 (ôba !) empresários do ramo jornalístico, além de sete (ôba !) jornalistas estão na relação”…
Sete jornalistas ?
Jornalistas ?
Que jornalistas têm grana suficiente para lavar dinheiro no HSBC ?
Que empresa jornalística pagaria salários tão altos para justificar essa lavagem ?
Mas, a Fel-lha não cita nenhum jornalista.
Que pena !
E quais são os outros empresários ?
É corporativismo da Fel-lha, poupar os amigos de jantar no Fasano ?
Ah, se o Amaury trabalhasse para o Conversa Afiada…
A Casa Grande caía.
Em tempo: o excelente repórter Chico Otávio (que sabe da vida do Imaculado Cunha (agora também no ABC do C Af), no Globo, acrescenta alguns nomes do PiG no HSBC: – Ratinho
– Yolanda Queiroz, da TV Verdes Mares, repetidora da #globogolpista e sogra do senador tucano Tasso tenho jatinho porque posso Jereissati;
– Aloysio Faria, dono do banco Alpha (ex-dono do Real) e do grupo Rede Transamérica de rádio, com US$ 120 milhões !!!;
– José Roberto Guzzo, diretor da Abril e colonista (no ABC do C Af) furioso, direitista do gênero ISIS, no detrito de maré baixa;
(Outro colonista do gênero ISIS, no detrito sólido, um tal de “rola bosta” figura de forma exuberante, na companhia do tucaníssimo Andrea Matarazzo, na lista da Camargo Correia, divulgada pela excelente Conceição Lemes);
– Familia Dines, do Globo e da falecida Manchete;
– Fernando Luis Vieira de Mello, dono da Jovem Pan, também conhecida como “Jovem Ku Klux Pan”, que compete com a CBN, “a rádio que troca a notícia”, para ver quem verte mais ódio contra a Dilma;
– e Mona Dorf, da Ku Klux Pan.
É essa a turma (tudo a mesma sopa, diria o Mino) que vai bater panela quatro anos e perder a eleição em 2018.
Deu nisso, Otavinho: acabar na lista do Ratinho !
Quá, quá, quá !!! Em tempo2: mas ainda falta a lista do Amaury !
Em tempo3: esse Bessinha …
Paulo Henrique Amorim
Otavinho, vem cá, Otavinho ! Traz o Fernandinho ! Vem fazer o DNA !
Incluído de forma torta na lista de jornalistas com contas na Suíça (divulgada também de forma torta e suspeita em “O Globo”), o veterano Alberto Dines desferiu um duro ataque contra o jornal conservador mantido pela família Marinho.
Ele acusou o jornal carioca de, malandramente, ter indicado os recursos em nome dos filhos dele (Dines) como pertencentes à “família Dines”. Mas na hora de identificar a conta de Lily Marinho, o jornal preferiu chamá-la de “Lily de Carvalho”, poupando os irmãos Marinho de qualquer esclarecimento sobre uma conta suspeita aberta na Suíça.
Vejam as ponderações de Dines:
“Entre os sete profissionais vivos [incluídos na lista] estão os quatro filhos deste observador agrupados como “Família Dines”. Embora classificados como “jornalistas independentes”, adultos e efetivamente independentes, aparecem identificados pelo nome do pai que apenas se prontificou a prestar esclarecimentos ao repórter já que três deles vivem no exterior há cerca de 30 anos, não têm conta bancária nem declaram rendimentos no Brasil.
O mesmo e perverso sistema que consiste em identificar as proles pelo nome dos pais não foi usado ao mencionar a conta secreta da falecida Lily de Carvalho, viúva do também falecido Roberto Marinho, cujos três filhos comandam o mais poderoso grupo de mídia da América Latina.
Seguindo a infame lógica que levou o jornal a colocar este observador no meio de supostos infratores, também os filhos de Roberto Marinho – o primogênito Roberto Irineu Marinho, o filho do meio João Roberto Marinho e o caçula, José Roberto Marinho (ou um deles em nome dos demais) – deveriam ter sido nomeados e feito declarações para explicar os negócios da madrasta.
O certo seria dar voz a João Roberto Marinho (que fala em nome da empresa e dos acionistas majoritários, além de comandar o segmento da mídia impressa) para dar as explicações que o Globo generosamente preferiu encampar no próprio texto da matéria para não macular a imagem do grande chefe.”
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Entendo a indignação de Dines – jornalista de posições dúbias, que apoiou o golpe de 64, mas depois se arrependeu.
Os Marinho jogaram a Débora Dines (que, inclusive trabalhou na Globo Rio como repórter), o pai dela e outros jornalistas nessa lista – para criar confusão.
Dines, no texto intitulado “Vazamentos brasileiros, canalhices brasileiras” (clique aqui para ler na íntegra), explica que os recursos contabilizados em nome dos filhos são fruto de herança recebida da mãe deles (oriunda da família Bloch – da falida Manchete), de quem Dines é separado há décadas.
Não informa, no entanto, se são recursos declarados ou não. Aliás, é muito dinheiro: 1,3 milhão de dólares estavam nas contas da Suíça em nome dos filhos de Dines.
O que interessa é que a madrasta dos irmãos Marinho (Lily – com quem Roberto Marinho dividia uma casa com flamingos e um lago, no Cosme Velho) está na lista. E a família Frias (dona da Folha) também está lá.
Os Frias, aliás, precisam explicar ao Brasil como abriram contas na Suiça em abril de 1990, um mês depois do confisco do Plano Collor – quando os brasileiros tiveram suas contas bloqueadas.
Os Frias guardavam dinheiro em casa e levaram pra Suíça?
Vejam a diferença: o Dines ao menos tenta se explicar, já os Frias dão uma resposta que beira o cinismo:
“O Grupo Folha e a família de Octavio Frias de Oliveira informam não ter registro da referida conta bancária e manifestam sua convicção de que, se ela existiu, era regular e conforme à lei”.
Ah, eles não têm registro. Entendi. Eu também vivo perdendo meus extratos nessa bagunça aqui em casa…
O jornal O Estado de São Paulo revelou nesta sexta feira (13) que obteve, através do jornal suíço Le Temps, informações de que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa – que confessou ter recebido propinas de empreiteiras – está na papelada do Swissleaks, ou seja, na lista de clientes do HSBC suíço
Outro ex-gerente da Petrobras pego na operação Lava Jato, Pedro Barusco Filho, também tem sua ficha lá. Estranhamente, no caso de Barusco, o jornal diz “segundo sua ficha, a conta foi mantida entre 1998 e 2005 e, em certo momento, chegou a ter US$ 992 mil”… Leia mais aqui
Sabendo que a imprensa estrangeira já estava fazendo matérias sobre a blindagem do PIG a brasileiros no Suiçalão (brasileiros com contas secretas no HSBC suíço vazadas no projeto Swissleaks), o jornal “O Globo” resolveu se antecipar e desistiu de tampar o sol com a peneira. Soltou alguns nomes de barões da mídia e jornalistas.
Eis os ilustres “suiçaleiros” do PIG: Donos do Grupo Folha/UOL:
Luiz Frias, atual presidente do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL.
Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho (já falecidos), foram donos da Folha.
Foram beneficiários de contas entre 1990 e 1998. Donos do Grupo Band (TVs, Rádios):
Ricardo Saad, acionista e membro do Conselho do Grupo Band, filho de João Saad.
Silvia Saad Jafet, sobrinha de João Saad.
João Jorge Saad, fundador da TV (já falecido).
Maria Helena Saad Barros (falecida esposa de João Saad e filha do ex-governador de SP Ademar de Barros). Donos da afiliada da Rede Globo tinham US$ 83,9 milhões:
Lenise Queiroz Rocha;
Yolanda Vidal Queiroz;
Paula Frota Queiroz
(todos membros do conselho de administração do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste” no Ceará).
Edson Queiroz Filho (falecido). Viúva de Roberto Marinho (TV Globo):
Lily Marinho, já falecida, viúva do patriarca da TV Globo, tinha saldo US$ 750,2 mil em 2006/2007 na conta da Fundação Horácio de Carvalho Jr. Horácio de Carvalho foi seu primeiro marido, dono do extinto jornal “Diário Carioca”. Ratinho do SBT teve US$ 12,5 milhões.
O apresentador de TV Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007 com saldo acima. J. R. Guzzo, da revista Veja.
José Roberto Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo é diretor editorial da revista Exame, colunista da revista Veja, e integra o Conselho Editorial da Abril. A reportagem só disse que teve conta mas não informou datas e disse que em 2006/2007 estava zerada. Jornalista do jornal “O Globo”
Arnaldo Bloch teve conta encerrada, mas a reportagem não informa datas. Jornalistas da rádio Jovem Pan
Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, tinha US$ 310,6 mil
Fernando Luiz Vieira de Mello (falecido), ex-diretor da rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999. Dono da TV Tribuna, afiliada ao SBT, no Espírito Santo tinha US$ 10 milhões
Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, tem a TV, rádio e jornal Tribuna no Espírito Santo, além de rádio FM em Pernambuco. Tinha duas contas com saldo totalizando US$ 10 milhões. Dono da Rede Transamérica tinha US$ 120,6 milhões:
Aloysio de Andrade Faria, do Banco Alfa e da Rede Transamérica. Filho de banqueiro do Banco Itaú e “Catão” golpista da UDN:
Luiz Fernando Ferreira Levy (falecido), teve conta secreta entre 1992 e 1995.
Herdou o extinto jornal “Gazeta Mercantil” do pai Herbert Levy, ex-deputado da UDN e da Arena, golpista de 1964, ex-banqueiro do Banco América, fundido com o Itaú, do qual foi presidente do conselho por 17 anos. Família do jornalista Alberto Dines tinha US$ 1,395 milhão:
Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines, tinham a cifra acima. Dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM:
João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios no Paraná, tinha US$ 167,1 mil em 2006/2007. Dono da Rede CBS de rádios:
Dorival Masci de Abreu (falecido), era proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras), teve conta entre 1990 a 1998. Viúva do antigo dono do grupo Manchete:
Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), dono da antiga revista e TV Manchete, fechou sua conta no ano 2000.
Interessante a informação publicada no blog do jornalista Fernando Rodrigues sobre Fernanda Mano de Almeida, filha de Paulo Celso Mano Moreira da Silva, 70 anos.
Trata-se de um engenheiro e ex-diretor de operações do Metrô de São Paulo, durante o governo de José Serra, do PSDB.
Rodrigues, membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês), é dono, na imprensa brasileira, da lista de mais de 8 mil brasileiros pegos no chamado “SwissLeaks”, o megavazamento de contas numeradas do HSBC na Suíça.
Hoje, ao revelar a existência de uma conta de Moreira da Silva, o jornalista do UOL trombou, sem querer, com um caso emblemático de indignação seletiva nas redes sociais.
Fernanda, 41 anos, filha de Moreira Silva, é uma das beneficiárias da conta do pai, na Suíça. Apenas entre 2006 e 2007, o ex-diretor do Metrô de São Paulo tinha, na agência de Genebra do HSBC, a bagatela de 3 milhões de dólares (9 milhões de reais).
Assim como o colega Ademir de Araújo, ex-diretor de obras da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), o engenheiro Moreira da Silva abriu a conta numerada no paraíso fiscal suíço em 1997, justamente no período em que a estatal paulista se envolveu numa série de falcatruas com a empresa francesa Alstom.
E como se comporta Fernanda, beneficiária de uma conta clandestina na Suíça aberta por um pai acusado de corrupção?
Primeiro, junta-se ao coro dos revoltados on line contra a corrupção no Brasil.
Isso mesmo: como boa parte da direita nacional, Fernanda esconde-se atrás da velha banda udenista anticorrupção por pura hipocrisia.
Depois, declara-se eleitora de Aécio Neves, do mesmo PSDB que deu guarida e autoridade ao pai, alegre correntista do HSBC, durante a gestão de Serra.
É a velha tática de roubar a carteira e gritar “pega ladrão” – uma imagem muita cara à retórica tucana, embora usada sempre com propriedade discutível.
Nas ruas, no dia 15 de março, não tenham dúvida, haverá uma multidão de Fernandas horrorizadas com a corrupção do PT e os desvios na Petrobras.
Desvios, aliás, iniciados no mesmo período em que o papai engenheiro, também sob as asas de um governo tucano, montou a milionária poupança para a filha numa conta secreta na Suíça.
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Sobre o Autor
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.
O nome mais interessante entre os empresários de mídia listados no Swissleaks é, de longe, Luís Frias, presidente da Folha e do UOL.
Seria em qualquer circunstância, dada a arrogância grosseira com que a Folha regularmente dá lições de moral.
Mas o que torna especialmente picante a presença de Frias na lista é que a notícia foi dada pelo Globo.
Os Marinhos são sócios dos Frias no UOL, e não costumam ser severos com amigos, como se viu pela forma como trataram Aécio na campanha.
Qual a explicação?
Três coisas podem ter se juntado aí. A primeira: o desejo da Globo de não ser a única empresa de mídia a carregar a pecha de sonegadora. Dividir com a Folha pode aliviar a vergonha.
A segunda: dar aquela lista foi uma forma de os Marinhos mostrarem que, ao contrário do que tantos suspeitavam, eles não estão no Swissleaks. Melhor os Frias embaraçados que eles, os Marinhos.
A terceira: Luís Frias é amplamente odiado entre os barões da mídia. Na Abril, lembro bem, quando a sociedade dos Civitas com a Folha no UOL foi desfeita, o comentário no alto escalão foi o seguinte: “Nos livramos do pior sócio do mundo.”
Na Globo, sócios dos Frias no Valor, os ânimos não devem ser muito diferentes. Numa reunião de diretoria da qual participei, o presidente Roberto Irineu Marinho se referiu aos Frias como os “anões da Barão”, em referência à estatura da família.
(Farpas assim não são exatamente incomuns. Uma vez, o caçula dos Marinhos, José Roberto, me perguntou se era verdade que Roberto Civita se referia a ele e aos irmãos como os Três Patetas. Respondi que nunca ouvira RC fazer isso.)
Bem, pessoalmente acho que o motivo do artigo que embaraça os Frias é uma mistura das três hipóteses que mencionei.
Outro ponto torna ainda mais excitante o artigo do Globo. Como a Folha vai reagir?
No caso da sonegação da Globo na compra dos direitos da Copa de 2002, a atitude da Folha foi abjeta.
Ela deu uma nota, e depois o assunto sumiu do jornal para sempre.
Os Frias agora devem estar arrependidos de poupar os Marinhos, ou por deliberação própria ou depois de um telefonema dos sócios.
É previsível que, além de tentar limpar sua imagem no escândalo, os Frias se dediquem nos próximos tempos a retaliar a Globo.
Assuntos não faltam, sabemos todos.
Se a lista do Globo representar o fim da proteção que as grandes empresas de mídia são umas às outras, a sociedade sairá lucrando.
Não só os Frias lutarão por sua reputação, a rigor. Também o jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, está numa situação constrangedora.
Por vários dias ele teve o monopólio da lista no Brasil, e o que se viu foi um engavetamento descarado de nomes.
A relação das contas foi depois passada também ao Globo, e deu no que deu.
Rodrigues está desmoralizado, é certo. Mas não é fácil a vida de um jornalista que recebe uma lista de predadores e, ao examiná-la, descobre o nome de seus patrões.
Isso tem que ser reconhecido.
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Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.
Sabendo que a imprensa estrangeira já estava fazendo matérias sobre a blindagem do PIG a brasileiros no Suiçalão (brasileiros com contas secretas no HSBC suíço vazadas no projeto Swissleaks), o jornal “O Globo” resolveu se antecipar e desistiu de tampar o sol com a peneira. Soltou alguns nomes de barões da mídia e jornalistas.
Eis os ilustres “suiçaleiros” do PIG:
Donos do Grupo Folha/UOL:
Luiz Frias, atual presidente do jornal Folha de São Paulo e do portal UOL.
Octavio Frias de Oliveira e Carlos Caldeira Filho (já falecidos), foram donos da Folha.
Foram beneficiários de contas entre 1990 e 1998.
Donos do Grupo Band (TVs, Rádios):
Ricardo Saad, acionista e membro do Conselho do Grupo Band, filho de João Saad.
Silvia Saad Jafet, sobrinha de João Saad.
João Jorge Saad, fundador da TV (já falecido).
Maria Helena Saad Barros (falecida esposa de João Saad e filha do ex-governador de SP Ademar de Barros).
Donos da afiliada da Rede Globo tinham US$ 83,9 milhões:
Lenise Queiroz Rocha;
Yolanda Vidal Queiroz;
Paula Frota Queiroz
(todos membros do conselho de administração do Grupo Edson Queiroz, dono da TV Verdes Mares e do “Diário do Nordeste” no Ceará).
Edson Queiroz Filho (falecido).
Viúva de Roberto Marinho (TV Globo):
Lily Marinho, já falecida, viúva do patriarca da TV Globo, tinha saldo US$ 750,2 mil em 2006/2007 na conta da Fundação Horácio de Carvalho Jr. Horácio de Carvalho foi seu primeiro marido, dono do extinto jornal “Diário Carioca”.
Ratinho do SBT teve US$ 12,5 milhões.
O apresentador de TV Ratinho e dono da “Rede Massa” (afiliada ao SBT no Paraná) tinha uma conta com sua mulher, Solange Martinez Massa, em 2006/2007 com saldo acima.
J. R. Guzzo, da revista Veja.
José Roberto Guzzo, conhecido como J.R. Guzzo é diretor editorial da revista Exame, colunista da revista Veja, e integra o Conselho Editorial da Abril. A reportagem só disse que teve conta mas não informou datas e disse que em 2006/2007 estava zerada.
Jornalista do jornal “O Globo”
Arnaldo Bloch teve conta encerrada, mas a reportagem não informa datas.
Jornalistas da rádio Jovem Pan
Mona Dorf, apresentadora da rádio Jovem Pan, tinha US$ 310,6 milFernando Luiz Vieira de Mello (falecido), ex-diretor da rádio Jovem Pan, teve uma conta, que foi encerrada em 1999.
Dono da TV Tribuna, afiliada ao SBT, no Espírito Santo tinha US$ 10 milhões
Fernando João Pereira dos Santos, do Grupo João Santos, tem a TV, rádio e jornal Tribuna no Espírito Santo, além de rádio FM em Pernambuco. Tinha duas contas com saldo totalizando US$ 10 milhões.
Dono da Rede Transamérica tinha US$ 120,6 milhões:
Aloysio de Andrade Faria, do Banco Alfa e da Rede Transamérica.
Filho de banqueiro do Banco Itaú e “Catão” golpista da UDN:
Luiz Fernando Ferreira Levy (falecido), teve conta secreta entre 1992 e 1995.
Herdou o extinto jornal “Gazeta Mercantil” do pai Herbert Levy, ex-deputado da UDN e da Arena, golpista de 1964, ex-banqueiro do Banco América, fundido com o Itaú, do qual foi presidente do conselho por 17 anos.
Família do jornalista Alberto Dines tinha US$ 1,395 milhão:
Arnaldo Dines, Alexandre Dines, Debora Dines e Liana Dines, filhos de Alberto Dines, tinham a cifra acima.
Dono das rádios Curitiba e Ouro Verde FM:
João Lydio Seiler Bettega, dono das rádios no Paraná, tinha US$ 167,1 mil em 2006/2007.
Dono da Rede CBS de rádios:
Dorival Masci de Abreu (falecido), era proprietário da Rede CBS de rádios (Scalla, Tupi, Kiss e outras), teve conta entre 1990 a 1998.
Viúva do antigo dono do grupo Manchete:
Anna Bentes, que foi casada com Adolpho Bloch (1908-1995), dono da antiga revista e TV Manchete, fechou sua conta no ano 2000.
Em todos os grandes escândalos de corrupção no Brasil há sempre um empresário querendo tirar vantagem. É a tal de “leis do mercado”, em que faturar tudo e sempre é regra. Sabemos que nada feito sem ética é bom nem no curto nem no longo prazo. Há valores que independem do cifrão. Quando um empresário põe soda cáustica no leite, ninguém levanta a voz para reclamar. Quando um miserável rouba no supermercado, ganha páginas nos jornais e o processo de condenação vai até o STF. Aécio Neves levantou a bandeira, movendo mundos e fundos para aprovar a menoridade penal, para punir menores infratores. Para punir os maiores infratores ele não move uma pena.
Esquema de fraude no IR provoca perdas de R$ 1 bi, dizem fisco e PF
Investigação aponta que auditores auxiliavam empresários e contadores a fraudar declaração
Nomes das empresas não são divulgados; delegado vê indícios de enriquecimento ilícito de servidores da Receita
MARCO ANTÔNIO MARTINS, DO RIO, para a FOLHA
Após dois anos de investigações, a PF e a Receita Federal descobriram fraudes ao Imposto de Renda que podem atingir R$ 1 bilhão.
Entre os 35 investigados, dez auditores da ativa e dois aposentados auxiliavam empresários e contadores a fraudar a declaração de renda.
A prática levou a Receita a determinar uma nova auditoria na declaração de 40 empresas localizadas nas cidades do Rio e de Niterói.
Segundo os investigadores, nenhuma prestava serviço público. Os nomes das empresas não foram revelados.
Além das buscas, a 2ª Vara Federal Criminal de Niterói expediu 35 mandados de condução coercitiva para depoimentos de empresários, contadores e auditores. Não foi pedida a prisão dos suspeitos.
Todos os auditores investigados tinham mais de 20 anos na Receita e trabalhavam no setor de fiscalização. Alguns possuíam empresas.
Os auditores foram afastados do setor, mas continuam na Receita. O prazo para apuração e conclusão do processo disciplinar é de dez anos. O corregedor da Receita, Antônio D’ávila espera reduzir a apuração para um ano.
Dos 35 mandados, 29 foram cumpridos. Seis pessoas não foram encontradas.
"O que chamava a atenção é que eles não tinham a mínima vergonha de pedir propinas. Eles não tinham limites", afirmou o delegado Enrico Zambrotti, da PF.
As buscas realizadas pela polícia nesta terça (25) surpreenderam os policiais. Em um apartamento de 550 m? de um auditor foi encontrada uma adega de 100 m?. Havia 2.400 garrafas de vinho, algumas no valor de R$ 18 mil.
Em outro endereço, o auditor fiscal morava numa cobertura na praia de Icaraí, em Niterói, avaliada em R$ 4 milhões e cuidava da reforma de outra cobertura.
"Há fortes indícios de que houve enriquecimento ilícito. Eles prestaram assessoria tributária, advocacia administrativa e parece que por isso tinham padrão de vida elevado", disse D’ávila.
A compra de um apartamento por U$ 10 (dez dólares), pela Assas JB Corp, Ministro Joaquim Barbosa virou jurisprudência para todos os que podem e tem interesse em sonegar. Se mesmo sendo proibido pela Loman Joaquim Barbosa se sentiu à vontade pra infringir a lei, o que se dirá de um banco cuja natureza é a burla Quando a velha mídia transforma sonegador em herói, a tendência é que seu comportamento não só seja adotado mas também incentivo.
Joaquim Barbosa pode estrelar campanha dos paraísos fiscais ou será o advogado dos Bancos Itaú e Bradesco?! Agora fica explicado a urgência com que JB buscava carteira na OAB para poder advogar.
Depois da Suíça, agora também Luxemburgo lava mais Banco!
G20 anunciará pacote contra manobra fiscal de empresas
Países querem que bancos deem informações mais claras sobre tributos
Medida seria forma de coibir casos como os que envolvem Luxemburgo, revelados ontem pela Folha
CLÓVIS ROSSICOLUNISTA DA FOLHA
A cúpula do G20 adotará, no próximo fim de semana, um pacote de medidas para coibir malabarismos fiscais como o que a Folha apontou nesta quinta (6), envolvendo os bancos Itaú e Bradesco.
Trata-se de um acordo entre as maiores economias do mundo, que formam o G20, para exigir dos bancos um "padrão comum de informação", ou seja, que os bancos identifiquem e informem assuntos tributários de seus correntistas não residentes.
No caso dos bancos brasileiros, uma simples troca de papéis resultou numa economia de R$ 200 milhões nos impostos pagos pelo Bradesco e pelo Itaú-Unibanco.
Essas operações foram concluídas em 2008 e 2009 em Luxemburgo, um pequeno paraíso fiscal europeu.
A prática é conhecida como elisão fiscal –deixar de pagar impostos usando ao máximo todas as brechas que a lei oferece. Não se trata, em princípio, de um crime. Tampouco é algo novo, mas desta vez tudo está comprovado e detalhado em 1.028 documentos inéditos que expõem essas operações de uma forma nunca antes vista.
Tanto Bradesco como Itaú-Unibanco negam ter celebrado acordos para pagar menos tributos no Brasil.
IKEA
A Folha tratou apenas dos documentos relativos a empresas brasileiras, mas entre os demais papéis está o caso da Ikea, multinacional sueca de mobiliário e produtos para casa, que talvez seja mais ilustrativo.
De acordo com os documentos liberados, as lojas australianas da Ikea tiveram um movimento de mais de US$ 4,76 bilhões (R$ 11,92 bilhões) entre 2002 e 2013, mas pagaram comissões a subsidiárias da própria empresa em Luxemburgo e na Holanda.
Com isso, a Ikea declarou lucro antes do pagamento de impostos de apenas US$ 103 milhões (R$ 258 milhões), do que resultaram magros US$ 31 milhões (R$ 77,7 milhões) em impostos, embora suas vendas tenham crescido 500% no período.
O G20 também aprovará um pedido (portanto, não obrigatório, ao contrário do padrão comum de informação) para que as empresas multinacionais detalhem suas atividades país por país.
Os dados não seriam públicos, mas reservados às autoridades tributárias.
Seria a maneira de evitar casos como o da Ikea, que lucra muito em um país, mas declara atividades em outro, com taxação baixa ou inexistente, um mecanismo que é eufemisticamente chamado de "profit shifting" ou transferência de lucros.
Um cálculo preliminar feito pela ONG Oxfam informa que esses dois malabarismos fiscais custam US$ 114 bilhões (R$ 285,7 bilhões) anuais em perda tributária para os países em desenvolvimento.
A Bolsa Família é de R$ 70,00. Divida os R$ 200 milhões e terás 2.857.142 de bolsas.
E agora, quem é mesmo bandido. Quem rouba uma galinha? Vamos lá, Aécio, ao invés de pedir menoridade penal, peça pena de morte para quem sonega acima de um milhão? É fácil bancar o machão com pobres, quero ver bancar o honesto com bandido e sonegadores?
Aproveita e põe no pacote de aumento de pena para sonegadores os traficantes, os donos de helicópteros usados para traficar.
A prática não é nova. Só para lembrar os órfãos de Joaquim Barbosa, o Ministro do STF comprou um apartamento nos EUA por U$ 10 (dez dólares), usando a empresa de fachada ASSAS JB CORP….
Estes são os que querem falar em corrupção, em “custo Brasil”, em menoridade penal, em ética. Ao invés de condenarem o Bolsa Família porque não condenam Bolsa Banqueiro. Claro, para quem inventou o PROER, sonegação de banco é considerado prática elogiosa. Ruim mesmo, para essa cambada de sonegadores, é utilizar bancos públicos, como a CAIXA, para financiar com taxas mais baratas imóveis para a classe média.
Cada vez fica mais claro porque os bancos, e sua manada de imbecis imbecilizados pela velha mídia(Globo e seus milhões sonegados), são contra a CPMF. Simplesmente porque com o CPMF todo mundo, desde traficante a sonegador, pagavam.
Operação de bancos reduz impostos em R$ 200 mi
Medidas do Itaú e do Bradesco estão em documentos obtidos pela Folha
Práticas, que envolvem acordo com governo em paraíso fiscal europeu para reduzir lucro, não desrespeitam a lei
FERNANDO RODRIGUESDE BRASÍLIA
Uma simples troca de papéis resultou na economia de R$ 200 milhões nos impostos pagos pelo Bradesco e pelo Itaú-Unibanco. As operações foram concluídas em 2008 e 2009 em Luxemburgo, pequeno paraíso fiscal europeu.
A prática é conhecida como elisão fiscal e não se trata, em princípio, de crime. Tampouco é algo novo. Mas, desta vez, tudo está comprovado e detalhado em 1.028 documentos que expõem as operações de forma inédita.
Os arquivos secretos foram obtidos pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos), ONG sediada na capital dos EUA. O acervo contém informações de 343 empresas de diversos países.
Os documentos foram produzidos pela consultoria PwC (PricewaterhouseCoopers), que presta serviços de assessoria tributária. A Folha teve acesso aos dados por meio de parceria com o ICIJ.
O benefício que os bancos brasileiros têm em Luxemburgo é concedido por meio de um acordo de reconhecimento de "tax goodwill", ou "direito creditório sobre rentabilidade prevista no futuro", na explicação de Everardo Maciel, secretário da Receita Federal de 1995 a 2002.
Pelo acordo, os bancos são autorizados a lançar nos balanços em Luxemburgo o chamado "intangible tax asset", ou ativo fiscal intangível.
A lei brasileira impõe a cobrança de 40% sobre o lucro bancário: 25% de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica e 15% de CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido).
A Folha consultou técnicos da Receita Federal. A conclusão de todos é que foram realizadas operações contábeis para reduzir o pagamento de impostos no Brasil.
O subsecretário de Fiscalização da Receita, Iágaro Martins, também analisou os documentos a pedido da Folha. A Receita não se manifesta sobre casos concretos, disse, mas acrescentou:
"[A Receita] tem identificado e autuado operações praticadas por empresas situadas no Brasil com empresas vinculadas ou pertencentes ao mesmo grupo no exterior quando estruturadas para gerar, de forma artificial, perdas no país e ganhos no exterior que não serão tributados, seja por ocorrerem em paraísos fiscais ou por estarem acobertadas por acordos de não tributação".
Para Martins, "trata-se de mais um planejamento tributário internacional abusivo, com o único propósito de gerar redução dos impostos".
O aspecto mais obscuro é o cálculo do "ativo fiscal intangível". Os bancos sugerem o valor, que é aceito pelo governo luxemburguês.
Os documentos preparados pela PwC aos bancos são quase idênticos: informam que o benefício deve ser concedido por causa de uma "contribuição oculta" feita às subsidiárias em Luxemburgo. O objetivo seria alavancar os negócios no paraíso fiscal.
IMPOSTOS
Os documentos indicam que o Bradesco obteve o direito de abater até R$ 25,3 milhões de impostos em 2009, em valores da época.
No caso do Itaú, encontra-se uma redução de impostos no Brasil equivalente a até R$ 112 milhões em 2008. O Unibanco teve abatimento máximo de R$ 62,7 milhões em 2009. À época, Itaú e Unibanco eram duas instituições –eles se fundiram em 2008.
Os documentos da PwC se referem apenas a 2008 e 2009 no caso de empresas brasileiras. Não há como saber o que se passou de lá para cá.
Não há dados disponíveis de todas as operações no exterior de bancos brasileiros. Por isso, é impossível saber com precisão quanto cada instituição economizou com contratos em paraísos fiscais.
O Bradesco, que fez a operação com o governo luxemburguês em 2008, pagou à Receita naquele ano R$ 1,8 bilhão de IR e CSLL, em valores da época. O desconto obtido em Luxemburgo (R$ 25 milhões) equivale a 1,41% do que pagou em tributos.
Já para o Itaú-Unibanco, o valor total de impostos pagos em 2008 foi de R$ 1,2 bilhão. O abatimento máximo obtido em Luxemburgo representou, então, economia de 9%. Em 2009, a fatia foi de 3,75%.
Não há evidência de irregularidade nessas operações.
Os bancos negam ter feito os contratos com Luxemburgo apenas para reduzir seus impostos devidos no Brasil.
A partir da divulgação dos documentos revelados nesta reportagem, caberá à Receita Federal do Brasil decidir se abrirá procedimentos formais para analisar os acordos das instituições financeiras com o governo luxemburguês.
Empresas coordenadas pelo Instituto Millenium usam deste expediente há mais tempo. Os jornalistas já não são mais jornalistas, são PJ. Eles não são funcionários, são pessoas jurídicas contratadas para prestarem serviço. É o tal de jeitinho brasileiro que só não vale quando for aplicado pelo povão. As grandes empresas são os maiores empregadores… do jeitinho. Por isso criticam o governo, para que o governo faça vistas grossa mantém os grandes com o privilégio com jeitinho. E pau no povão que dá um jeitinho para reforçar o orçamento. É mais fácil reunir no Planalto os Civita, Mesquita, Marinho, Frias & Sirotsky do que os representantes do povo. Quando um barnabé para mais imposto que um profissional liberal que fatura 10 vezes mais há algo de errado, e a culpa do Governo Federal.
Crescimento do número de ‘PJs’ ameaça Previdência
LU AIKO OTTA – O ESTADO DE S. PAULO
21 Junho 2014 | 03h 00
Para economista, fenômeno de trabalhadores pessoa jurídica tem proporções inéditas, afeta arrecadação e põe sistema em xeque
BRASÍLIA – O crescimento do número de pessoas que se “transformam em empresa” para pagar menos impostos pode ter atingido, no Brasil, uma extensão inédita no mundo. Isso obrigará as futuras discussões sobre reforma tributária tenham esse tema na pauta, dado seu efeito sobre a arrecadação da Previdência. É o que afirma o economista José Roberto Afonso, do Ibre-FGV, no estudo “IRPF e desigualdade em debate no Brasil: o já revelado e o por revelar.”
No trabalho, Afonso analisou estatísticas sobre o pagamento do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) produzidos pela Receita Federal. Ficou com a impressão que o fenômeno de “transformação de trabalho em capital”, embora conhecido e aparentemente intenso, não está no centro do radar do governo e até mesmo dos estudiosos da distribuição de renda.
“É grave o País não saber ao certo quantos são e quem ganha as rendas mais elevadas e as riquezas de maior porte”, comentou ele, em entrevista ao Estado. “O debate sobre distribuição de renda e equidade fiscal pode eventualmente mudar de rumos se tivermos mais e melhores dados fiscais.” A falta de estatísticas mais detalhadas sobre a renda no Brasil ganhou evidência depois de o economista francês Thomas Piketty, autor do best-seller Capital no século XXI, dizer que não estudou o País por falta de dados. Mas, diz Afonso, essa realidade é velha conhecida dos pesquisadores brasileiros.
Na falta de informações mais completas, ele analisou as estatísticas disponíveis e reuniu um conjunto de pistas que reforçam a necessidade de olhar com mais atenção para os trabalhadores “PJ”. A evidência mais forte, diz ele, é que no período entre 1999 e 2011as rendas declaradas e tributadas por meio da tabela do IRPF cresceram menos do que as que não são. O total de rendimentos informados somavam, em 1999 (ano-base 1998), o equivalente a 31,89% do PIB. Em 2011 (ano-base 2010), eram 41,57% do PIB, um avanço de 10 pontos porcentuais.
No mesmo período, os rendimentos tributáveis pela tabela passaram de 22% do PIB para 25,1% do PIB, um avanço de três pontos. Já os rendimentos declarados, mas isentos de tributação passaram de 7,02% do PIB para 12,56% do PIB, um crescimento de 5,5 pontos. É nesse grupo, de maior expansão, que estão os lucros e dividendos.
Para as empresas, contratar funcionários como ‘PJs’ reduz a carga tributáriaPaulo Liebert/Estadão
Escapando da tabela. Outro indicativo de que as rendas podem estar “escapando” da tabela do IRPF é o perfil das pessoas que são tributadas por ela. O topo do grupo, com as maiores rendas, é formado por funcionários públicos, além de empregados de empresas estatais e de bancos. Não é exatamente um retrato da elite brasileira.
A suspeita é reforçada também porque o número de pessoas que declaram IRPF e informam que são empresários ou autônomos chega a 8,4 milhões, ante 6,7 milhões de empregados de empresas privadas. A desproporção chama a atenção, mesmo levando em conta que os funcionários públicos não estão nesse cálculo.
O crescimento dos trabalhadores “PJ” não é exclusivo do Brasil. Mas, observa Afonso, os números indicam que ele pode ser muito extenso aqui.
Antes restrito a salários muito altos, como os pagos aos artistas e jogadores de futebol, agora esse expediente vem sendo utilizado em larga escala. E há uma explicação para isso.
Do ponto de vista das empresas, a contratação de funcionários como pessoas jurídicas, ou “PJ”, reduz o pagamento de encargos e contribuições previdenciárias. Isso tem um atrativo especial no Brasil, pelo fato de o País cobrar a segunda maior contribuição para programas sociais das Américas: 37,65%, perdendo só para os 38,15% da Colômbia.
Daí porque essa tendência reforça as preocupações sobre o futuro da Previdência Social. O conjunto de contribuintes está cada vez mais restrito à base da pirâmide social. “É um erro crasso acreditar que basta tratar e ampliar os empregos de menor qualificação e baixa renda, girando em torno do salário mínimo, porque o sistema de proteção social brasileiro está baseado nos princípios de solidariedade e de subsídios cruzados”, afirmou. “Os mais ricos devem contribuir proporcionalmente mais que os mais pobres.”
Todo mundo sabe que a Suíça lava mais banco. A Europa é pródiga em paraísos fiscais. Há ilhas para a acolhida de dinheiro desviado, roubado de países e empresas.
Não há no Brasil notícia sobre os paraísos fiscais porque nossa grande imprensa é a principal cliente dos paraísos fiscais como Ilhas Cayman. Todos os grupos mafiomidiáticos têm “subsidiárias”, eufemismo usado para lavanderia, em algum paraíso fiscal. Alguém com mais conhecimento técnico poderia me explicar porque a RBS precisa de uma empresa nas Ilhas Cayman?
É por isso que empresas quebram, mas seus proprietários, não. O deles está sempre guardado em algum banco suíço, via empresa em paraíso fiscal. São os mesmos que têm casa em Punta del Este, porque a Suíça ao sul também é ponte do rito de lavagem do dinheiro. O CPMF ajudada mapear o caminho do desvio, de onde saía e para ia. Acabaram, porque traficante odeia deixar rastro.
Carlos Jiménez Villarejo | Candidato a las primarias de Podemos
“Los paraísos fiscales me enfurecieron”
El exfiscal Anticorrupción se presenta a las primarias por el joven partido de izquierdas Podemos
El exfiscal jefe Anticorrupción Carlos Jiménez Villarejo este jueves en Barcelona. / Gianluca Battista
Pregunta. Nació usted en una época muy distinta a la actual.
Respuesta. Crecí en El Palo, que entonces era una barriada de Málaga. Era una sociedad empobrecida sin servicios ni ayudas; había gente que vivía aun en cuevas. El descubrimiento de la pobreza me lleva a preguntarme: ¿qué alternativas hay para superar esto?
P. ¿Dónde estudió Derecho?
R. Mis padres no pudieron costear mis estudios en otra ciudad. Fui alumno libre y cada junio iba a Granada a examinarme.
P. ¿En qué momento descubre el compromiso social?
R. Mientras estudiaba conocí a un famoso teólogo que hoy no recuerda nadie, José María González Ruiz. En Málaga cumplía una labor fundamental con los jóvenes que tenían dificultades para abrirse camino. Él me descubrió lo que significaba ser creyente, que entonces lo era.
P. ¿Ya no lo es?
R. No. Durante un tiempo mi mujer y yo participamos en grupos cristianos progresistas. Hasta que llegó un punto en que perdí la fe, no pudimos seguir creyendo…
Perfil
Carlos Jiménez Villarejo nació en Málaga hace 78 años. De familia humilde fue militante comunista. Siendo fiscal se querelló contra Jordi Pujol por el escándalo de Banca Catalana, finalmente sobreseído. Durante sus años como Fiscal Anticorrupción se midió con los bajos fondos del poder. Ahora se presenta a las primarias al Europarlamento de Podemos, un partido de izquierdas que defiende una democracia representativa.
P. ¿Ya no cree en Dios?
R. No lo sé, yo creo que no. Soy agnóstico, mantengo un distanciamiento total con la fe y con la Iglesia Católica.
P. Militó en un partido comunista.
R. En el Partido Socialista Unificado de Cataluña, pero no nos identificamos con el comunismo soviético. Creí en un eurocomunismo con derechos y libertades.
P. Sufrió un castigo en los últimos años del franquismo.
R. Me marcó descubrir la tortura impune, que empecé a ver de cerca en los juzgados. La gota que colma el vaso es cuando pido el procesamiento del jefe de la policía política en Manresa (Barcelona). Me trasladan forzosamente a Huesca.
P. Cuando salta el escándalo Gürtel o los papeles de Bárcenas, ¿siente añoranza de sus años como fiscal anticorrupción?
R. No, aunque me produce una gran satisfacción ver que ahora hay más capacidad y mejor respuesta en la lucha contra la corrupción. En la Audiencia Provincial de Palma de Mallorca, por ejemplo, trabajan estupendamente.
P. Procesó a Mario Conde…
R. A Luis Roldán, a Jesús Gil… Y descubro la delincuencia financiera, que coloca capitales obtenidos ilícitamente fuera del alcance de las autoridades. Los paraísos fiscales me enfurecieron.
P. ¿Recuerda algún caso en particular?
R. En 2000 cuando descrubrí que el Banco Bilbao Vizcaya tenía en la isla de Jersey una filial con centenares de cuentas cuyo titular no estaba acreditado. No logramos que nos dieran sus nombres.
P. ¿Ve más intención ahora que entonces en acabar con los paraísos fiscales?
R. No. Soy muy escéptico.
P. Usted fue uno de los primeros fiscales que obligó a declarar a un político, Jordi Pujol.
R. Sí, y nunca me perdonó. Al final, cuando estaba a punto de irme como fiscal jefe, me saludó. Pero con la boca pequeña.
P. Con 78 años se presenta a las primarias de candidatos al Parlamento Europeo de un joven partido de izquierdas, Podemos.
R. Es una forma de mantener mi compromiso político. Podemos representa una nueva forma de hacer política. Es una iniciativa ciudadana que reclama una democracia representativa de la que nadie se acuerda nunca.
P. ¿Y cuál sería su objetivo si lograra escaño?
R. Recuperar el espíritu fundacional de la Unión Europea que ha caído en manos del poder oligárquico que ha originado las desigualdades más graves.
P. ¿No hubiese sido más interesante presentar un único candidato por todos los partidos de izquierdas?
R. Mucho más provechoso y el resultado hubiese sido más contundente. Ha habido diálogo con Izquierda Unida pero se ha frustrado. Las estructuras de los partidos son muy burocráticas, en IU también.
P. ¿De dónde se siente usted?
R. Catalán y español. La solución al problema catalán es un modelo de estado federal con Cataluña integrada. Y, si puede ser, una España republicana, pero eso ya es más complicado. Me opondría a una segregación, me parecería insolidario y una traición a los pueblos de España.
P. Su hermano José, que fue magistrado del Supremo, decía antes de fallecer que la muerte no le producía terror. ¿A usted?
R. A mí sí, me inquieta el vacío, la nada que se va a hacer tras la muerte.
O funcionário da RBS traz informação importante a respeito do cidadão alemão, Uli Hoeness. O ex-jogador foi pego pelo fisco e resolveu cumprir a pena. Pena que a Rede Globo, a quem o patrão do Zeni se filia, não cumpre. Aliás, no final zombeiteiro, esqueceu-se providencialmente do patrão, e do patrão do patrão. Há anos circula a informação de que a RBS possui empresas em paraísos fiscais. No auge da CPI contra Olívio, veio a informação de que a RBS tinha uma empresa nas Ilhas Cayman… A RBS não negou, apenas disse que se tratava de algo legal. É legal, tri-legal… Tenho guardado um exemplar da Folha de São Paulo, imagem acima, do tempo em que a Folha ainda não havia formado consórcio com a Globo para lançar o jornal Valor Econômico, que traz a informação de como a parceria da Globo com a RBS envolvia sonegação fiscal em paraíso fiscal.
Aliás, nem Globo, nem Maluf (Sentença judicial diz que Maluf tratou de dinheiro no exterior) nem RBS seria alguém sem um paraíso fiscal à mão. Há uma campanha na internet para a Globo apresentar o darf de recolhimento dos mais de 650 milhões de sonegação. Zini ainda não passou o Pires pra recolher da Globo…
É por essas e outras que é até engraçado ler o celetista da RBS jogando a culpa da sonegação fiscal do patrão, do patrão do patrão, e dos amigos do patrão, no Governo Federal. Ele recebe um mensalinho, religiosamente, todos os meses para perpetrar isso!
Na terça-feira, acomodado na tribuna de honra da Allianz Arena, Uli Hoeness (foto acima, AFP, BD), 62 anos, presidente do Bayern de Munique, bateu palmas para o time no final da decisão contra o Arsenal londrino. O empate classificou a superesquadra alemã para disputar as quartas de final da Copa dos Campeões, em abril. Na noite gelada da Baviera, no mais exclusivo dos lugares do portentoso estádio da Copa do Mundo de 2006, quase todos estavam felizes.
Na próxima partida do campeão europeu e mundial da temporada passada, Hoeness precisará ligar a TV da cadeia. Ele foi condenado a 41 meses de cárcere por sonegação fiscal. A dívida tributária atinge R$ 88,4 milhões. Os compromissos financeiros com o fisco alemão são resultado de lucros por especulação em bolsas de valores, obtidos através de uma conta secreta em bancos suíços.
Ontem, ele renunciou ao estratégico posto no clube que arrecadou R$ 1,3 bilhão em 2013 – atrás só de outros gigantes, Real Madrid e Barcelona.
Em um comunicado breve, ele explicou:
– Depois de conversar com minha família, decidi aceitar a decisão do tribunal. Pedi a meus advogados que não recorram. Isto corresponde ao meu conceito de decência. Esta fraude fiscal é o erro da minha vida. Enfrento as consequências deste erro.
Uli Hoeness é um nome popular no país. Começou de chuteiras, atacante do grande Bayern dos anos 1970. Foi campeão com a seleção no Mundial de 1974, destruindo a mítica Holanda, de Cruyff, na decisão, e ganhou três edições da atual Copa dos Campeões.
No final da carreira, trocou de posição. De terno e gravata ajudou a inovar a Bundesliga. Ganhou o prêmio de executivo do ano em diferentes momentos. Sua foto, só sorrisos, está no “hall of fame” do futebol alemão, como atacante, depois como gerente geral do Bayern (1979 e 2009) e então presidente.
Paralelo a vida de quarta e sábado nos estádios lotados, Hoeness construiu uma sólida empresa no ramo dos alimentos. Ganhou milhões de euros. Sua proximidade com a chanceler Angela Merkel estava em capas de revistas, em páginas de jornais e em encontros privados. Atuava como consultor informal da maior autoridade política do país. Merkel se disse chocada ao descobrir que seu aliado era um especulador financeiro com contras secretas no Exterior.
Quando percebia um jornalista nas redondezas, antes de fuzilar sua imagem no maior escândalo do esporte alemão do século 21, Hoeness insistia em criticar os gastos sem fronteira dos dirigentes europeus, especialmente de ingleses e de espanhóis, com jogadores, a má gestão financeira, as dívidas astronômicas dos clubes e a deslealdade com o fisco dos países. No interior do seu luxuoso escritório em Munique, se transformava. Atuava como um fora da lei.
A boa vida do cidadão alemão se sustenta numa pesada carga de impostos, mas, quando um milionário é descoberto fraudando o Leão, a condenação da sociedade é imediata. Antes mesmo do julgamento, ele já havia sido sentenciado pela mídia e pelas redes sociais. Sua queda não demorou, nem a torcida, que o idolatrava, ficou em silêncio.
A Justiça tem sido severa com os dirigentes do futebol europeu em 2014. O espanhol Sandro Rosell pediu demissão da presidência do Barcelona por irregularidades na contratação de Neymar. Jose María Del Nido, ex-Sevilla, passará sete anos preso por sonegação.
O governo federal do Brasil e seus diferentes braços, que não conseguem fazer com que os grandes clubes paguem os R$ 2,31 bilhões que devem em impostos, ainda não alcançaram alguns obscuros gabinetes do nosso futebol.
Ninguém sabe se um dia irão escalar os postos mais altos. A torcida, mesmo cansada, confia no time da Justiça.
Como disse ser feita Porfírio Diaz: "Pobre México. Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos." No México, um traficante compra um carro pela metade do preço do Brasil. Com o carro, o mesmo traficante pode cortar pela metade qualquer um que se atravessa no seu caminho. Como também não esconde o sempre defensor dos impostores do impostômetro: “Empresas fecham as portas com medo da violência no México”. Neste caso não há o tal de custo México, já para tudo há o tal de “custo Brasil”?!
Civis fazem cerco contra cartel no México
Milícias retomam Apatzingán, ponto estratégico de traficantes dos Cavaleiros Templários, que dominam Michoacán
Forças públicas não conseguem conter crime, e governo diz que vai integrar guerrilhas ao controle do Exército
SYLVIA COLOMBOENVIADA ESPECIAL A MICHOACÁN
Ao escutar o ruído de helicópteros e de carros acelerando rumo às saídas da cidade, os habitantes de Apatzingán sabiam que o sábado passado não seria um dia normal.
Enquanto a cidade despertava, integrantes das milícias de "autodefesa", com camisas brancas e rosto tapado, tomaram as ruas da cidade e fecharam seus acessos. Logo passaram a revistar quem entrava e saía. "Hoje o mundo será testemunha de nossa libertação", dizia a mensagem veiculada no Twitter.
Ontem, a polícia local anunciou a prisão de 14 suspeitos de tráfico na região.
Quarta maior cidade (80 mil habitantes) do Estado de Michoacán, Apatzingán é um centro de trânsito de bens agrícolas, escoados pelo porto Lázaro Cárdenas, no Pacífico. É conhecida, ainda, pelos laboratórios de metanfetaminas de suas montanhas.
Desde a decadência dos cartéis colombianos nos anos 1990, o México se tornou polo de atuação do tráfico, além de servir de passagem de drogas da América Latina para consumo nos EUA.
TEMPLÁRIOS
Há alguns anos, a região de Michoacán caiu nas mãos dos Cavaleiros Templários, cartel que se define como uma ordem cristã mística que diz lutar para libertar o povo dos desmandos do Exército.
"É mentira, o que eles fazem é nos extorquir, levam nossas mulheres e as devolvem grávidas. Cobram imposto sobre tudo que se produz ou vende em Michoacán", diz à Folha Fabián Mesa, comerciante de Tepalcatepec, cidade vizinha a Apatzingán.
Muitos comerciantes fecharam suas portas por tempo indefinido. Os ouvidos pela Folhadizem que os Templários cobram até 10% do que ganham. Escolas da região também estão fechadas, e há 80 mil alunos sem aulas.
O Exército não consegue conter o avanço criminoso. A população acusa a polícia de estar "vendida" ao cartel. "Exército e polícia não podem atuar aqui porque os governos regionais aliam-se aos cartéis. Em Michoacán isso chegou a um extremo, mas é igual em outros Estados", diz o jornalista Juan Méndez, que atua na imprensa local.
MILÍCIAS
Há cerca de um ano, pequenos empresários rurais e trabalhadores da região decidiram tentar conter a onda de extorsões e sequestros –que atinge também turistas, como o francês Harry Devert, que ia de moto dos EUA ao Brasil e desapareceu na região duas semanas atrás.
Os habitantes locais se organizaram para formar milícias civis. As "autodefesas" retomaram mais de 20 municípios controlados pelos "narcos". "Vamos até a morte, até que se vá o último templário’", diz Estanislao Beltran, líder de um setor da milícia em Tepalcatepec.
Os indígenas da chamada Nação Purépecha, de 200 mil habitantes, também armaram trincheiras e estabeleceram postos de vigia. "Aqui não entra nem narco nem Exército", diz Juan Rincón, habitante de Zacán, onde foram encontradas na última quarta quatro cabeças de membros da comunidade. "É uma provocação. Mas os purépechas resistiram aos astecas e não será agora que nos derrubarão."
Os indígenas dizem que há membros de um cartel rival dos Templários no Exército.
O presidente Enrique Peña Nieto esteve em Michoacán na semana passada. Anunciou um plano de infraestrutura e referendou o acordo feito entre o governo e as "autodefesas" que prevê sua integração às chamadas "guardas rurais" do Exército.
"TEATRINHO"
A oposição alertou para o significado de legalizar as guerrilhas. Órgãos internacionais também. A ONG Insight Crime disse que "na Colômbia, na Guatemala e no Peru, a legalização dos grupos não trouxe resultados".
Peña Nieto insiste que a guerrilha atuará sob controle do Exército. Mas os próprios "autodefesas" discordam: "O que fizemos foi um teatrinho’, vamos registrar umas pistolinhas’ e fingir que estamos sob controle. Mas vamos agir como achamos certo para livrar Michoacán dos Templários", disse José Manuel Mireles, líder das "autodefesas", ao "El País".
A credibilidade do governo está abalada. Conversar com comerciantes e transeuntes deixa claro. Ou mesmo ligar a TV, que traz entrevistas com líderes "narcos".
Conhecido como "La Tuta", um dos chefes dos Templários aparece andando na rua. Depois, fala com um repórter. Como no estereótipo vigente, leva, na mão, um copo de uísque, e, nos bolsos, uma pistola e um punhado de dólares. "Isso aqui é um negócio, nada mais", sorri.
A tensão em Michoacán inseriu o debate sobre a legalização das drogas na agenda política mexicana. Nas eleições de 2012, o assunto foi evitado, até que movimento de estudantes confrontou os candidatos.
Na imprensa da Cidade do México, é possível hoje ler artigos defendendo uma diferença de postura, apontando o Uruguai (que legalizou a maconha) como um exemplo.
A capa da revista de celebridades "Quién" de fevereiro trazia artistas e intelectuais, como o cineasta Guillermo Arriaga, pedindo uma discussão sobre o tema.
Segundo estimativas de grupos de direitos humanos, desde 2006 já morreram mais de 100 mil pessoas na guerra entre cartéis e o Exército. A violência se intensificou após o governo de Felipe Calderón (PAN, 2006-12) decidir combater belicamente a expansão do crime organizado.
Esta informação permite pelo menos duas leituras. A primeira, dos jornais e dos amestrados, é a de que o Brasil tem alta carga tributária. A segunda leitura não é para todas as pessoas. Mas não deve ser descartada. A desonestidade e a infração à lei não é privilégio de pobres, pretos, putas e petistas: são R$ 190 bilhões de reais que deixam de ser investidos em infraestrutura, saúde e educação, sonegados exatamente por aqueles que acusam os outros de corrupção. Se for pobre, é roubo. Se é rico, é sonegação.
Não é surpresa que o Itaú, parceiro da Rede Globo, seja um dos campeões.
Bem que poderia haver manifestações, durante a Copa, com o lema “Não vai ter sonegação”! Quem sabe até a Rede Globo acabe pagando os 650 milhões que sonegou em 2002…
Autuações do fisco em 2013 batem R$ 190 bi
Valor é recorde; indústria é setor líder
SOFIA FERNANDES, DE BRASÍLIA, para a FOLHA
O valor das autuações a empresas e pessoas físicas com irregularidades tributárias em 2013 atingiu R$ 190,1 bilhões, o maior resultado na história da Receita Federal.
Houve um aumento de 63,5% em relação ao recorde de 2012, quando foram contabilizados R$ 116,4 bilhões de impostos e contribuições devidas, mais multas e juros.
O fisco avaliou como "extraordinário" o desempenho e espera resultado inferior neste ano: R$ 140 bilhões.
Mais de 80% das empresas autuadas são grandes contribuintes, ou seja, têm faturamento anual superior a R$ 120 milhões. O setor campeão de multas foi a indústria, com R$ 74,4 bilhões (alta de 77%).
O financeiro veio em seguida, com R$ 42,1 bilhões. Segundo a Receita, foi o setor que teve o maior aumento nos autos de infração, de 167,5%.
A multa de R$ 18,7 bilhões aplicada ao Itaú Unibanco pesou na estatística, mas os bancos e outras instituições financeiras são, historicamente, dos maiores contribuintes na mira do fisco.
Como quase todos os grandes contribuintes optam por discutir a autuação, tanto na esfera administrativa como na judicial, o dinheiro que chega de fato aos cofres públicos gira em torno de 3% do valor das autuações.
Em 2013, o total pago foi de R$ 30,7 bilhões, sendo R$ 21,8 bilhões referentes ao programa do governo de parcelamento de débitos em atraso.
Vejo isto também no meu trabalho. É o verdadeiro voo da galinha…
Todo aquele que não tem méritos, advoga em favor da meritocracia, mas só até conseguir um cargo, que não vai além de dois metros distante de quem o alçou. O guindaste quebra quando o peso do afilhado afoga também o padrinho. São os mesmos que veem problemas em tudo, inclusive na carga tributária, e a culpa por todos os problemas são sempre dos outros. Mas não hesitam em tirar vantagem, inclusive na hora de declarar a própria renda… Como diria Sartre, L’enfer sont les autres!
Por trás da campanha antifisco das empresas de mídia se esconde a vontade de pagar ainda menos impostos.
Otávio Frias Filho, dono da Folha
Estava na Folha, num editorial recente.
A carga tributária brasileira é alta. Cerca de 35% do PIB. Esta tem sido a base de incessantes campanhas de jornais e revistas sobre o assim chamado “Custo Brasil”.
Tirada a hipocrisia cínica, a pregação da mídia contra o “Custo Brasil” é uma tentativa de pagar (ainda) menos impostos e achatar direitos trabalhistas.
Notemos. A maior parte das grandes empresas jornalísticas já se dedica ao chamado ‘planejamento fiscal’. Isto quer dizer: encontrar brechas na legislação tributária para pagar menos do que deveriam.
A própria Folha já faz tempo adotou a tática de tratar juridicamente muitos jornalistas – em geral os de maior salário – como PJs, pessoas jurídicas. Assim, recolhe menos imposto. Uma amiga minha que foi ombudsman era PJ, e uma vez me fez a lista dos ilustre articulistas da Folha que também eram.
A Globo faz o mesmo. O ilibado Merval Pereira, um imortal tão empenhado na vida terrena na melhora dos costumes do país, talvez pudesse esclarecer sua situação na Globo – e, transparentemente, dizer quanto paga, em porcentual sobre o que recebe.
A Receita Federal cobra uma dívida bilionária em impostos das Organizações Globo, mas lamentavelmente a disputa jurídica se trava na mais completa escuridão. Que a Globo esconda a cobrança se entende, mas que a Receita Federal não coloque transparência num caso de alto interesse público para mim é incompreensível.
A única vez em que vi uma reprovação clara em João Roberto Marinho, acionista e editor da Globo, foi quando chegou a ele que a Época fazia uma reportagem sobre o modelo escandinavo. Como diretor editorial da Editora Globo, a Época respondia a mim. O projeto foi rapidamente abortado.
Roberto Irineu Marinho, presidente da Globo
Voltemos ao queixume do editorial da Folha.
Como já vimos, a carga tributária do Brasil é de 35%. Agora olhemos dois opostos. A carga mais baixa, entre os 60 países que compõem a prestigiada OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, é a do México: 20%. As taxas mais altas são as da Escandinávia: em redor de 50%.
Queremos ser o que quando crescer: México ou Escandinávia?
O dinheiro do imposto, lembremos, constrói estradas, portos, aeroportos, hospitais, escolas públicas etc. Permite que a sociedade tenha acesso a saúde pública de bom nível, e as crianças – mesmo as mais humildes — a bom ensino.
Os herdeiros da Globo – os filhos dos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto – estudaram nas melhores escolas privadas e depois, pelas mãos do tutor Jorge Nóbrega, completaram seu preparo com cursos no exterior.
A Globo fala exaustivamente em meritocracia e em educação. Mas como filhos de famílias simples podem competir com os filhos dos irmãos Marinhos? Não estou falando no dinheiro, em si – mas na educação pública miserável que temos no Brasil.
Na Escandinávia, a meritocracia é para valer. Acesso a educação de bom nível todos têm. E a taxa de herança é alta o suficiente para mitigar as grandes vantagens dos herdeiros de fortunas. O mérito efetivo é de quem criou a fortuna, não de quem a herdou. A meritocracia deve ser entendida sob uma ótima justa e ampla, ou é apenas uma falácia para perpetuar iniquidades.
Recentemente o site da Exame publicou um ranking dos 20 países mais prósperos de 2012 elaborado pela instituição inglesa Legatum Institute. Foram usados oito critérios para medir o sucesso das nações: economia, empreendedorismo e oportunidades, governança, educação, saúde, segurança e sensação de segurança pessoa, liberdade pessoal e capital social. A Escandinávia ficou simplesmente com o ouro, a prata e o bronze: Noruega (1ª), Dinamarca (2ª) e Suécia (3ª).
Se quisermos ser o México, é só atender aos insistentes apelos das grandes companhias de mídia. Se quisermos ser a Escandinávia, o caminho é mais árduo. Lá, em meados do século passado, se estabeleceu um consenso segundo o qual impostos altos são o preço – afinal barato – para que se tenha uma sociedade harmoniosa. E próspera: a qualidade da educação gera mão de obra de alto nível para tocar as empresas e um funcionalismo público excepcional. O final de tudo isso se reflete em felicidade: repare que em todas as listas que medem a satisfação das pessoas de um país a Escandinávia domina as posições no topo.
O sistema nórdico produz as pessoas mais felizes do mundo.
A Escandinávia é um sonho muito distante? Olhemos então para a China. À medida que o país foi se desenvolvendo economicamente, a carga tributária também cresceu. Ou não haveria recursos para fazer o extraordinário trabalho na infraestrutura – trens, estradas, portos, aeroportos etc – que a China vem empreendendo para dar suporte ao velocíssimo crescimento econômico.
Hoje, a taxa tributária da China está na faixa de 35%, a mesma do Brasil. E crescendo. Com sua campanha pelo atraso e pela iniquidade, os donos da empresa de mídia acabam fazendo o papel não de barões – mas de coronéis que se agarram a seus privilégios e mamatas indefensáveis.
@NandoGross Como se Moro e a PF fossem confiáveis. A parceria deles destruiu o Brasil, elegeu Bolsonaro e empoderou o fascismo.@crestani 3 days ago
@correio_dopovo A se julgar pelo Correio do ➕️Cedo, a seca começou agora, porque não havia essa mesma pressão sobre a milicocraCIA.@crestani 1 week ago
@A_MelhorNoticia Tem de prender e deixar dormindo como morcegos até toda merda que fazem sair pelo nariz.@crestani 1 week ago