Ficha Corrida

06/11/2016

Dono da Folha exige monopólio da estupidez

A Folha não precisa reivindicar direito à estupidez. Pratica todos os dias, e talvez considere isso em benefício próprio porque tem inscrito como uma cláusula pétrea de sua história. A estupidez da Folha, por exemplo, está muito bem documentada no livro da professora e historiadora da UNICAMP/SP, Beatriz Kushnir, “Cães de Guarda”. Lá está, completa e por inteira, a autópsia da Folha de São Paulo. Para quem tiver interesse em saber como era edificante o papel da Folha durante a ditadura o livro, que pode ser baixado AQUI, dá uma aula sobre o tamanho da estupidez da família Frias.

A Comissão Nacional da Verdade também comprovou que a Folha emprestou furgões e peruas para que os agentes da ditadura transportassem clandestinamente os pedações de corpos de presos políticos. Que nome se pode dar a um grupo que vive de negociar informação que participa, patrocina sessões de tortura, estupro, morte e esquartejamento, não necessariamente nesta ordem, e ainda empresta veículos para esconder o que restou das sevícias em valas comuns do Cemitério de Perus, em São Paulo?!

Ontem mesmo o Luis Nassif demonstrou de forma cabal a retribuição da equipe do Eduardo CUnha ao apoio recebido em mais um golpe com a participação decisiva da Folha. Nunca é demais lembrar que a ditadura, para a Folha, claro, sempre foi uma ditabranda.

Qualquer ser normal, ainda que dotado da menor capacidade racional, percebe as grosseiras manipulações da Folha. Principalmente seu apoio incondicional à beatificação dos seus correligionários do PSDB. Só saem na Folha notícias ruins sobre membros do PSDB quando há briga de bugio nos intestinos da sigla. Geralmente com viés de promover uns em detrimento da outra facção. Como aquela capa dizendo que José Serra havia recebido 23 milhões na Suíça. Mas veja a sutileza, não era propina, nem corrupção, era “caixa dois”. Coincidentemente, na mesma semana em que Gilmar Mendes, a voz mais ativa do PSDB, e o Congresso buscavam descriminalizar a corrupção via Caixa Dois. A escolha das palavras é uma das virtudes, não dos estúpidos, mas dos manipuladores. A beatificação dos próceres do PSDB não é preocupação exclusiva da Folha. Os demais sócios do Instituto Millenium agem com a mesma preocupação. Isso explica porque, para os grupos mafiomidiáticos, há dois tipos de corrupção: uma boa e outra ruim. A boa é aquela praticada por seus parceiros ideológicos; ruim é toda aquela praticada por quem ousa denunCIA-la, e aí não importa se for alguém da própria famiglia.

A inconformidade da Folha com as redes sociais não é nova. O Estadão, logo que surgiram os Blogs independentes, também patrocinou uma campanha agressiva de descrédito contra os que ousavam discordar do discurso único.

 

O direito à estupidez

06/11/2016 02h00 – Otavio Frias Filho

"Discordo de tudo o que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de dizê-lo." Essa máxima de Voltaire, que sintetiza o espírito de tolerância preconizado pelo escritor iluminista, estaria entre seus ditos mais inspirados se os estudiosos não concordassem em atribuí-la a uma biógrafa sua, a inglesa Evelyn Beatrice Hall, que a inseriu entre aspas, como se fosse dele, num livro de 1906, "The Friends of Voltaire".

Graças ao legado iluminista, a mais ampla liberdade de expressão é requisito indispensável da democracia moderna. Não se admite censura prévia; toda opinião pode ser exposta, desde que não incite à violência. Ofendidos obtêm sanção contra ofensores e compensação na Justiça apenas caso se comprove agressão infundada à imagem de pessoa física, difusão de informação falsa capaz de causar dano ou violação de privacidade sem motivo de evidente interesse público.

O pensamento conservador sempre buscou cercear a liberdade de expressão em nome de valores tradicionais (religião, pátria, família) que não deveriam ser questionados pela crítica ou conspurcados pela sátira. Já o pensamento progressista mal dissimula uma atitude instrumental em face dessa e de outras liberdades. Era o caso de expandi-la enquanto se tratava de abalar os parâmetros morais e religiosos da sociedade patriarcal.

Agora, porém, que aqueles padrões foram desmantelados, substituídos pela afirmação de identidades parciais (étnicas, sexuais etc.) e por uma estratégia justiceira de reparações voltadas a cultivar, sob pretexto de aplacar, ressentimentos politicamente organizados, a esquerda assume posição mais ambígua. Surge uma convergência bizarra na qual direita religiosa e esquerda identitária concordam que certos atrevimentos, como os do jornal "Charlie Hebdo", são intoleráveis.

"Discordo do que dizeis, mas defenderei até a morte vosso direito de ser burro"–a paródia atribuída a Oscar Wilde, sempre imbatível em matéria de frases, sob as aparências de solapar a sentença voltairiana, ressalta que somos nós, aos olhos daquele que pensa diferente, quem exerce o direito à estupidez. Exceto no que for redutível à matemática, será sempre controvertido definir que opinião é certa.

Basta mencionar como nossa civilização tratava gays e fumantes há 50 anos e como trata hoje para ilustrar quão volúveis são os juízos humanos e provisórias as suas conclusões. Mesmo a ciência, nosso melhor método, mudou de recomendação duas vezes no lapso de uma geração sobre assunto prosaico, mas vital, como o consumo de ovos. Defender opiniões categóricas não passa de sintoma de uma credulidade extrema.

Por isso os autores que primeiro condenaram a censura prévia, como o poeta John Milton ("Areopagitica", 1644), e advogaram pela máxima latitude da liberdade de expressão, como o filósofo J.S. Mill ("Sobre a Liberdade", 1859), fundamentaram seus argumentos na falibilidade do juízo. O jogo contraditório de opiniões surge como mecanismo pelo qual erros são corrigidos, a sociedade evolui e o acervo de todas as opiniões, mesmo que detestáveis, é protegido como ambiente simbólico coletivo.

O poder fetichista das palavras se parece com o dos fantasmas. Para que o insulto preconceituoso surta seu efeito ofensivo contra minha pessoa, por exemplo, é preciso que uma contrapartida do preconceito viva em mim e que eu nutra respeito inconsciente pela opinião do ofensor ou de quem lhe der ouvidos. Não é por ser reprimida que uma piada racista ou sexista perde poder venenoso, mas quando deixa de ser engraçada, no curso de um processo de esclarecimento progressivo.

O espaço público, área compartilhada por todos onde esse processo de esclarecimento acontece, depende do contraditório entre posições antagônicas para se sustentar e expandir. Seu adversário na atualidade é cada vez mais o particularismo identitário que procura justificar a intolerância como tática para obter reparações historicamente devidas.

Essa contradição se reproduz nas redes sociais da internet, que deveriam propiciar um inédito espaço de diálogo universal e livre comunhão entre os seres humanos, mas deram origem a uma sociabilidade regressiva e neotribal, pulverizada em inúmeras células constituídas por algumas centenas de pessoas que tendem a reagir em bloco e vociferar seus pontos de vista com a truculência e o fanatismo das hordas.

03/09/2016

Michel Temer, como todo golpista, é também covarde!

Filed under: Covardes,Golpe,Michel Temer — Gilmar Crestani @ 11:46 am
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Covarde

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01/09/2016

¡Canallas! ¡Canallas! ¡Canallas!

p12 01092016

¡Canallas! ¡Canallas! ¡Canallas!

Por Eric Nepomuceno

El jueves dos de abril de 1964 otro golpe de Estado, un golpe cívico-militar, se consumaba, liquidando un gobierno elegido por el voto popular y soberano. En aquella ocasión, las mismas fuerzas que ayer triunfaron recorrieron a los cuarteles. Ahora, las tropas son dispensables. Hace 52 años, presidiendo una sesión extraordinaria del Congreso que reunía a diputados y senadores, el conspirador derechista Auro de Moura Andrade decretó vacante la presidencia, afirmando que el presidente constitucional, João Goulart, había abandonado el país.

Era mentira. Goulart estaba en Porto Alegre, capital de Rio Grande do Sul, intentando reunir fuerzas suficientes para resistir al golpe. Moura Andrade lo sabía. Todos sabían. El entonces diputado Tancredo Neves, conocido por sus maneras suaves y cordiales, apuntó el dedo al rostro de Moura Andrade y disparó, con insospechada voz de trueno: “¡Canalla! ¡Canalla! ¡Canalla!”.

Pasados los años, hace dos días le tocó al nieto de Tancredo, el senador Aécio Neves, uno de los artífices del golpe contra Dilma Rousseff, ver cómo su colega Roberto Requião, del mismo PMDB de Michel Temer, lo miraba en los ojos y disparaba, a él y a su pupilo Antonio Anastasía, las mismas palabras: “¡Canallas! ¡Canallas! ¡Canallas!”.

Ayer, la palabra quedó estampada, de una vez y para siempre, en la frente de Aécio, Anastasía y otros 59 senadores. Siete más de lo que sería necesario para fulminar un mandato popular. Algunos de los 61 votos que destituyeron a la presidenta fueron emitidos por senadores que hasta hace pocos meses eran ministros del gobierno ahora liquidado. En los largos e intensos debates de los últimos días se ha visto de todo: cinismo, farsa, hipocresía, cobardía, traición.

Canalladas.

No hubo una sola prueba concreta que justificase pasar por arribe los 54 millones de votos soberanos logrados por Dilma Rousseff en octubre de 2014. Bajo el manto de las formalidades, se consumó la indignidad.

Lejos del pleno del Senado, lo que se ha visto fue la reiteración de los viejos hábitos de la más baja política brasileña: Michel Temer y sus cómplices ofreciendo el oro y el moro para asegurar votos suficientes para legitimarlo legalmente en el puesto que usurpó a base de traición. Legalmente: moralmente, imposible.

Sobran ejemplos de ese comercio de intereses. Menciono dos.

A las tres de la mañana de ayer, frente a un pleno casi vacío y a una audiencia ínfima, uno de los que se declararon “indecisos”, el ex jugador Romario, leyó, con evidente dificultad, el texto escrito por algún asesor justificando su voto favorable a la destitución de Dilma Rousseff.

Dijo que se convenció gracias a las razones expuestas por los acusadores de la mandataria.

Mentira: se convenció al lograr el nombramiento de algunos de sus apaniguados en el gobierno de Temer.

Idéntica suerte tuvo el también “indeciso” senador Cristovam Buarque, ex ministro de Educación del primero mandato de Lula da Silva: a cambio de su voto, se le prometió el luminoso puesto de embajador brasileño en la Unesco. Cambió una biografía por París.

Ese ha sido el precio de su dignidad, suponiendo que Temer cumpla lo pactado. Y suponiendo que esa dignidad alguna vez existió.

¡Canallas! ¡Canallas infames! ¡Un aquelarre de 61 canallas!

¿Por qué? Por haber asumido una farsa. Por imponer a los brasileños un programa político y económico que fue rechazado con vehemencia por las urnas electorales en las cuatro últimas elecciones. Por entregar el país a una pandilla. Por vilipendiar la historia. Por entreguistas. Por condenar el futuro. Por haber permitido que una mujer honesta sea sustituida por un bando de corruptos.

Por defender la traición.

La historia sabrá juzgarlos. Lo que cometieron ayer, sin embargo, es irreversible. El precio será pago por los humildes, como siempre. Empieza ahora un tiempo de incertidumbre. De expoliación de derechos alcanzados en los últimos trece años.

Tiempo de brumas. Tiempo de infamias. Tiempo de vergüenza.

Tiempo de canallas.

Página/12 :: El mundo :: ¡Canallas! ¡Canallas! ¡Canallas!

 

EL MUNDO › LOS PAISES ALIADOS AL GOBIERNO LEGITIMO DE BRASIL CONDENARON EL GOLPE

Repudio y retiro de embajador

Venezuela retiró a su embajador en Brasil y congeló sus relaciones con el gobierno de Michel Temer y Ecuador llamó a consultas a su encargado de negocios en Brasilia.

Los principales aliados y socios del gobierno de Dilma Rousseff en la región reaccionaron con frases y gestos de condena al nuevo régimen golpista tras a destitución de la presidenta brasilera.

Venezuela retiró definitivamente a su embajador en Brasil y congeló sus relaciones con el gobierno de Michel Temer, al tiempo que Ecuador llamó a consultas a su encargado de negocios en Brasilia como señal de rechazo a la destitución. A estas reacciones se suman declaraciones de repudio al resultado del juicio político emitidas por los gobiernos de Cuba, Brasil y Nicaragua.

El primer país de América Latina en emitir una declaración de rechazo al resultado del juicio político a Rousseff fue Ecuador, cuyo gobierno también convocó a consultas a su encargado de negocios en Brasil.

“El Gobierno del Ecuador rechaza la flagrante subversión del orden democrático en Brasil, que considera un golpe de Estado solapado. Políticos adversarios y otras fuerzas de oposición se confabularon contra la democracia para desestabilizar al Gobierno y remover de su cargo de forma ilegítima a la presidenta Dilma Rousseff”, dijo la cancillería ecuatoriana en un comunicado. También consideró que fue espurio el juicio político, debido a que no cumplió con el requisito fundamental de probar que la mandataria haya cometido delitos de responsabilidad.

El presidente ecuatoriano, Rafael Correa, afirmó que la destitución de Rousseff es una apología al abuso y la traición que recuerda las horas más oscuras de América. El mandatario, en su cuenta de la red social Twitter, mostró su preocupación por lo ocurrido y expresó su solidaridad a Rousseff. “Toda nuestra solidaridad con la compañera Dilma, con Lula y con todo el pueblo brasileño. ¡Hasta la victoria siempre!”, concluyó el mandatario ecuatoriano.

Por su parte, el Gobierno de Venezuela condenó ayer “categóricamente” lo que consideró como un golpe de Estado parlamentario. “El Gobierno de la República Bolivariana de Venezuela, en resguardo de la legalidad internacional y solidaria con el pueblo de Brasil, ha decidido retirar definitivamente a su Embajador en la República Federativa de Brasil, y congelar las relaciones políticas y diplomáticas con el gobierno surgido de este golpe parlamentario”, dijo una declaración de la cancillería venezolana publicada en Globovisión. “Esta es una decisión con la que peligrosamente se ha sustituido ilegítimamente la voluntad popular de 54 millones de brasileños, violentando la Constitución y alterando la democracia en este hermano país”, señaló el despacho de la diplomacia venezolana en el escrito.

El Ministerio de Relaciones Exteriores venezolano anunció también el inicio de un conjunto de consultas para apoyar al pueblo de Brasil, que ha visto vulnerado su sistema democrático y desesperanzado en sus conquistas socioeconómicas. El gobierno de Nicolás Maduro, uno de los más cercanos aliados de la Administración de Rousseff, acusó a las oligarquías políticas y empresariales, que en alianza con factores imperiales consumaron el Polpe de estado contra la presidenta Dilma Rousseff. “La destitución de la política brasileña fue hecha bajo artimañas antijurídicas bajo el formato de crimen sin responsabilidad para acceder al poder por la única vía que les es posible: el fraude y la inmoralidad”, indicó en el texto. “Se ha ejecutado una traición histórica contra el pueblo de Brasil, y un atentado contra la integridad de la mandataria más honesta en ejercicio de la presidencia en la República Federativa de Brasil”, añadió.

El Gobierno chavista reiteró la tesis de que la medida contra Rousseff forma parte de una embestida oligárquica e imperial contra los procesos populares, progresistas, nacionalistas y de izquierda, cuyo único fin es restaurar los modelos neoliberales de exclusión social.

Además, el presidente de Bolivia, Evo Morales, había adelantado el martes que también convocaría al encargado de negocios de su país en Brasil si el resultado del juicio político era la destitución de la ahora ex presidenta de Brasil. En el ámbito de la OEA, se reportaron las condenas de Bolivia y Nicaragua. “Aunque aún este Consejo no se haya dado por enterado, se ha dado un golpe de Estado parlamentario en el país más grande de Suramérica”, exclamó el embajador de Bolivia ante el organismo americano, Diego Pary, frente a una reunión ordinaria que transcurría sin comentarios en torno a lo que sucedía en Brasil. “Creíamos que la democracia estaba consolidada pero esto nos muestra que la democracia siempre estará frente a los desafíos siniestros de la oscura historia antidemocrática”, añadió. Por su parte, el mandatario boliviano, Evo Morales, dijo en su cuenta de Twitter: “Condenamos el golpe parlamentario contra la democracia brasileña. Acompañamos a Dilma, Lula y su pueblo en esta hora difícil”.

En su turno, el nicaragüense Luis Exequiel Alvarado opinó que las fuerzas regresivas del hemisferio siguen trabajando para provocar golpes de Estado en contra de los gobiernos progresistas de la región.

Los demás representantes guardaron silencio después de estas intervenciones, con la excepción de la delegación de Brasil, que se limitó a agradecer la solidaridad en este momento difícil de su historia y aclarar que habrá nuevos pronunciamientos sobre este asunto.

Poco después de pronunciarse Ecuador, se conoció una declaración del gobierno cubano, que comunicaba que rechazan “enérgicamente” el golpe de estado parlamentario-judicial que se ha consumado en Brasil. El pronunciamiento señala: “La destitución de Rousseff constituye un acto de desacato a la voluntad soberana del pueblo que la eligió y supone otra expresión de la ofensiva del imperialismo y la oligarquía contra los Gobiernos revolucionarios y progresistas de América Latina y el Caribe, que amenaza la paz y la estabilidad de las naciones”.

La extensa misiva de apoyo a la ex mandataria de Brasil (uno de los principales aliados de Cuba en la región) enumera los logros de la gestión de Rousseff y el Partido de los Trabajadores (PT) en defensa de la paz, el desarrollo, el medioambiente y la lucha contra el hambre. Además, destaca los esfuerzos de Lula y de Rousseff por reformar el sistema político de su país.

Página/12 :: El mundo :: Repudio y retiro de embajador

EL MUNDO › POR EL VOTO DE 61 DE LOS 81 SENADORES PRESENTES, SE CONSUMO LA DESTITUCION DE LA PRESIDENTA ELECTA DE BRASIL

Brasil se enfrenta a los ojos de la historia

El nuevo régimen, nacido de la mano del establishment económico, judicial y mediático, se impuso por el proceso de impeachment iniciado el 12 de mayo, durante el cual no fue presentada ninguna prueba de los delitos atribuidos a Dilma Rousseff.

Por Darío Pignotti

Página/12 en Brasil, desde Brasilia

La democracia quedó atrás. Dilma Rousseff, electa hace 22 meses por 54,5 millones de brasileños, fue depuesta ayer a las 13.30 por el voto de 61 senadores, sobre un total de 81 que forman la Cámara alta, entre quienes hay más de veinte con prontuario penal y denuncias de todo calibre.

“La historia será implacable con (…) el gobierno golpista” de Michel Temer, prometió Rousseff, una hora y media después de la clausura del ciclo democrático iniciado por completo en los comicios directos de 1989 (y no en los de 1985, cuando un colegio de electores escogió al primer mandatario civil post-dictadura).

“Nosotros volveremos para continuar nuestra marcha hacia un Brasil donde el pueblo sea soberano” prometió en el Palacio de Alvorada, del que se mudará en unos días, cuando lo ocupará Temer para completar el mandato hasta el 31 de diciembre de 2018.

Dilma habló al lado de la profesora y ex ministra de su gobierno Eleonora Mennicucci, una de sus compañeras de celda durante los tres años de prisión a los que fue condenada en 1970 por un tribunal militar por haber enfrentado con las armas a la dictadura. Junto a la ex presidenta y Mennicucci estaban las senadoras Gleisi Hoffmann y Fatima Bezerra, que fueron la infantería del Partido de los Trabajadores en el combate desigual contra la mayoría destituyente que hegemoniza el Poder Legislativo.

Menuda y delicada, Gleisi será recordada por haber enfrentado a una decena de hombres en el recinto, entre ellos el ganadero Ronaldo Caiado, de casi 1,90 metro, al grito de “Yo me pregunto qué moral tienen estos senadores para juzgar a una presidenta honesta”.

Un planteo que desató la furia de la alianza formada por el Partido Movimiento Democrático Popular (PMDB), de Temer; el Partido de la Socialdemocracia Brasileña (PSDB), de Aécio Neves y Fernando Henriqe Cardoso, y Demócratas (DEM), del fornido Caiado.

Ocurre que el régimen surgido ayer no consiente ofensas a las autoridades surgidas de espaldas a la voluntad popular: en su primera reunión de gabinete, Temer instruyó a sus ministros para que rebatan a quien los acuse de “golpistas”.

Esta democracia postiza, obsesionada por los rituales y la formalidad republicana, es el producto de un impeachment iniciado el 12 de mayo, durante el cual no fueron presentadas pruebas consistentes de los delitos atribuidos a la acusada. A tal punto que los adversarios de la mandataria tenían derecho de citar a seis testigos para respaldar sus acusaciones sobre la supuesta violación a las leyes de Presupuesto y Responsabilidad Fiscal y sólo presentaron dos.

En su alegato final de una hora, la abogada denunciante, Janaina Machado, dedicó menos tiempo a los aspectos técnico-jurídicos del caso que a su narrativa mesiánica anticomunista. Dijo Machado, heroína de los jóvenes neocons, que ayer festejaron con champan en la principal avenida de San Pablo, que Dios la había escogido para vengar al PT, que con sus malas costumbres “totalitarias” había llevado a Brasil hacia la desviación moral. Y a Dilma le recomendó dejar de echar mano del discurso de género porque no es verdad que la sociedad brasileña sea machista.

“Acaban de derribar a la primera mujer presidenta de Brasil. Este golpe es misógino, homofóbico, racista, es la imposición del prejuicio y la violencia” enumeró ayer Dilma entre senadoras y compañeras de militancia.

La derrota sufrida por Rousseff en el Senado, 61 a 20, fue más abultada de lo que se esperaba en el PT, donde confiaban en revertir algunos votos gracias a la negociaciones a cargo de Luiz Inácio Lula da Silva, que viajó a Brasilia. Como atenuante queda que la ex presidenta no fue privada de sus derechos políticos, como lo deseaban sus enemigos, y esto abre un horizonte posiblemente fecundo, dado que desde su separación del cargo, en mayo, Rousseff reforzó su participación en actos políticos y construyó un liderazgo bastante genuimo en las organizaciones femeninas urbanas y rurales.

A su modo, políticamente poco sofisticado, demostró su voluntad de lucha y temple como lo hizo el lunes en su exposición de 17 horas ante el Senado, durante las cuales prácticamente no dejó dudas sobre su inocencia. Con su retórica simple, por momentos torpe, Dilma calló a los legisladores que intentaron enredarla con trampas lingüísticas.

Quizá sea por esa estatura moral y su estilo llano que la ex mandataria genera tanto escozor en las derechas.

Ayer los festejos del amplio campo destituyente estuvieron preñados de promesas de venganza contra Dilma, Lula y el legado de 13 años de gobiernos petistas iniciados en 2003, cuando los formuladores de políticas del partido habían diseñado un plan estratégico que necesitaba de 20 años para corregir las desigualdades profundas a través de reformas progresistas.

La caída de Dilma es un revés grave, tal vez irremontable, porque truncó ese proyecto de equidad social y democracia política que había comenzado a desvirtuarse en 2015, con la desginación del neoliberal Joaquim Levy al frente del Ministerio de Hacienda para aplicar un ajuste ortodoxo que dejó 10 millones de desocupados y una recesión que hizo caer el PBI a -3,8 por ciento

Otra herencia dejada por el ministro Levy fue una Dilma Rousseff con un rechazo de más del 60 por ciento en la opinión pública, imagen negativa que subía al 70 por ciento entre el público blanco y de clase media tomado por un inédito fanatismo militante dictado desde la cadena Globo. Sin embargo, aquel aluvión conservador que desbordó las calles hasta marzo pasado, vociferando “Fuera Dilma”, no salió a festejar la confirmación de Temer como jefe de Estado.

Sucede que esta administración post dilmista arriba con muy baja aprobación, dado que no causa ninguna simpatía en las clases populares y despierta resquemores en el electorado medio preocupado con la corrupción. Y su falta de votos y apoyo del público las compensa con la gradual policialización-militarización del Estado.

Ayer la Policía Militar de Brasilia cargó con balas de goma y gas pimienta contra la movilización, no muy numerosa, que marchó en defensa de la democracia y coreando “Fuera Temer” por la avenida Eje Monumental hasta la Terminal Central de Colectivos. Más feroz, según los relatos de los militantes, fue la paliza propinada el martes por la Policía Militarizada a los manifestantes que se concentraron en San Pablo, donde anoche se realizaron nuevos actos de protesta al igual que en Río de Janeiro.

Este golpe “blando” neonato tiende a endurecerse con el correr de los meses, específicamente luego de los comicios municipales de octubre, cuando seguramente se confirmará la ocupación militar de las favelas de Rio de Janeiro y la represión a la disidencia política y social.

Temer repitió, tras tomar posesión del cargo, que su prioridad son las “reformas” previsional y laboral. El vector de su programa de regresión económica fue presentado por el ministro de Hacienda y ex funcionario de la banca privada Henrique Meirelles, que impulsa reformar la Constitución para congelar por 20 años (sí, veinte años) los gastos en salud y educación, pero no el monto de los pagos de intereses de la deuda.

En su primera reunión de gabinete, a las 17.30 de ayer, Temer se sentó en la cabecera de una sala del Palacio del Planalto y a su derecha se ubicó el ministro de Justicia, Alexandre de Moraes, una pieza importante en el nuevo engranaje de poder.

De Moraes, con quien Temer mantiene una relación antigua, es defensor de la nueva Ley Antiterrorista que, en algunos casos, equipara a los manifestantes con guerrilleros urbanos que ponen en peligro la seguridad nacional.

Página/12 :: El mundo :: Brasil se enfrenta a los ojos de la historia

El regreso del ajuste perpetuo

Su gabinete, sin mujeres, está integrado por hombres blancos y conservadores. Temer cuenta con el aval de los mercados y, de momento, del Congreso. Su prioridad es aprobar una reforma del sistema jubilatorio.

Michel Temer asumió como presidente de Brasil y anunció que sus primeras medidas apuntarán a un ajuste al fonde de jubilados, una ley de flexibilización laboral y un fuerte recorte fiscal.

Aún antes de formalizarse la salida de Rousseff del Gobierno, el por entonces presidente interino había anunciado que su objetivo, en caso de que la destitución tuviera lugar, pasaba por enviar al Congreso un proyecto para reformar el sistema jubilatorio en septiembre. Según informó la TV Globo, Temer dijo a esa emisora que su prioridad será “la reforma jubilatoria, la reforma laboral, la aprobación sobre una nueva ley de techo para el gasto público”.

Su gabinete, sin mujeres, está integrado por hombres blancos y conservadores. Temer cuenta con el aval de los mercados y, de momento, del Congreso, que ya aprobó la revisión de la meta fiscal –170.500 millones de reales (52.500 millones de dólares, al cambio actual) en 2016. Ahora debe usar sus argucias para hacer aprobar el ajuste fiscal rechazado cuando Rousseff lo presentó.

Además, ordenó a sus ministros que desmonten la hipótesis del golpe defendida por Dilma Rousseff. “A quienes les digan golpistas, respondan golpistas son ustedes, que están en contra de la Constitución, porque el proceso contra Rousseff fue hecho dentro del más estricto marco constitucional”, sostuvo el mandatario en su primer encuentro con su gabinete, luego de jurar el cargo ante el Congreso. “Hoy inauguramos una nueva era. Tenemos que salir de aquí con un aplauso del pueblo brasileño’’, dijo el ex vicepresidente en su discurso de asunción. “Nosotros no promovimos una ruptura constitucional y hemos sido muy discretos frente al juicio político que enfrentó Rousseff y que acabó con su destitución, decidida por el Senado por 61 votos a favor y sólo 21 en contra”, afirmó Temer.

El nuevo presidente recordó que todas las fases del proceso contra Rousseff fueron supervisadas por la Corte Suprema, cuyo titular, Ricardo Lewandowski, dirigió las etapas finales del juicio político, que la ex mandataria, una vez consumada su destitución, insistió en definir como un “golpe de Estado parlamentario”.

Más allá de sus consideraciones políticas, Temer se refirió a la crisis económica del país y, sobre todo, a los doce millones de desempleados que se calcula existen en Brasil. Pidió a sus ministros que le ayuden a poner a Brasil sobre los rieles del crecimiento económico y les advirtió que ahora ocupan otra posición, porque el gobierno dejó la condición de interino que tuvo desde el 12 de mayo, cuando Rousseff fue suspendida de sus funciones.

Asimismo, Temer destacó que, desde que está en el poder, tejió una extraordinaria relación con el Congreso, a la que en buena medida atribuyó la decisión adoptada ayer por el Senado, que desalojó del poder a Rousseff. “Tenemos un horizonte de dos años y cuatro meses”, indicó sobre el mandato que asume, que concluye el 1 de enero de 2019, y dijo que a partir de hoy la exigencia será mucho mayor, pues la sociedad “espera que se haga todo aquello de lo que hemos alardeado” y se contenga la crisis económica del país. “Espero que cuando dejemos el poder, lo hagamos con el aplauso del pueblo brasileño”, se mostró esperanzado, aunque admitió que no será fácil.

Página/12 :: El mundo :: El regreso del ajuste perpetuo

Cristina Kirchner dijo que el mismo “clima destituyente” se vivió durante sus dos presidencias.

EL MUNDO › CRISTINA KIRCHNER Y DIRIGENTES DE LA OPOSICION REPUDIARON LA DESTITUCION DE DILMA ROUSSEFF

“Se violentó la soberanía popular”

“Hay una estrategia dura contra los gobiernos populares”, afirmó CFK. La ex presidenta acusó a los sectores económicos concentrados, los medios y las potencias de promover el golpe.

La ex presidenta Cristina Kirchner calificó de “golpe institucional” la destitución de Dilma Rousseff. Dijo que se trata de una “nueva forma de violentar la soberanía popular” y destacó que América del Sur es “otra vez laboratorio de la derecha más extrema”. “Nuestro corazón junto al pueblo brasileño, Dilma, Lula y los compañeros del PT”, difundió por las redes sociales. “Hay una estrategia dura y pura sobre la región de ataque a los gobiernos populares”, completó. Otros dirigentes y políticos de la oposición también lamentaron la destitución de la presidenta brasileña.

CFK envió un mensaje por las redes sociales y luego hizo declaraciones por Radio 10. Dijo que “este clima destituyente lo vivimos también en la Argentina” durante sus dos presidencias. Señaló que a Dilma “la destituyeron sin fundamentos” y que vivimos “un momento de desestabilización regional”. “Estamos viendo una estrategia dura contra los gobiernos populares”, afirmó y acusó a las “superpotencias” de promover ese golpe que, dijo, “lo piensan estratégicamente a 50 años”. Añadió que “hay una apoyatura interna en el Congreso (de Brasil) y con los grandes medios para culminar en este episodio negro de la historia de la región” y también mencionó a “los sectores económicos concentrados internos y externos” que operan contra los gobierno populares latinoamericanos.

La ex presidenta sostuvo que el juicio político a Rousseff “se vio venir el día después de la reelección” de la mandataria brasileña.

El ex canciller Jorge Taiana y el ex ministro Agustín Rossi difundieron la declaración de la Bancada Progresista del Parlasur, que repudió el “golpe de estado” perpetrado por “los sectores oligárquicos, conservadores y reaccionarios de Brasil”. “No hay más democracia en Brasil. La misma fue sustraída por un grupo de parlamentarios corruptos y de jueces que no están del lado de la justicia”, sostiene la declaración que difundieron Taiana y Rossi. El documento repasa los antecedentes de Honduras y Paraguay, los “intentos de desestabilización política en Ecuador, Bolivia y Venezuela”, y señala que todos son protagonizados por “sectores conservadores para imponer su agenda y dar vuelta a los procesos de cambio de los gobiernos progresistas”. Los parlamentarios destacan que es “un golpe político contra el Mercosur”, cuyo desmantelamiento es “un objetivo central de los golpistas y gobiernos de derecha”.

El senador Juan Manuel Abal Medina, el ex jefe de gabinete Aníbal Fernández, diputado del Parlasur Daniel Filmus, el ex diputado Jorge Rivas y el disputado Carlos Heller, fueron otros dirigentes del Frente para la Victoria que lamentaron la destitución de Rousseff. “Una vez más, las castas políticas y judiciales, aliadas al poder hegemónico mediático, logran temporariamente torcer la dirección de un proyecto nacional y popular en América Latina”, aseguró Rivas. “El proceso llevado adelante no probó que la Presidenta Rousseff haya cometido delito y, por ello, estamos ante un golpe de Estado parlamentario”, dijo Heller.

Desde la izquierda, Myriam Bregman y Nicolás del Caño, del PTS repudiaron “el golpe de la derecha”, mientras que el Partido Obrero interpretó que “luego de años de beneficiarse del gobierno PT-PMDB, la burguesía brasileña cambia de frente”.

La diputada Margarita Stolbizer, por su parte, difundió en Twitter una reflexión ajena: “en Brasil la mani pulite se deshizo de la única persona no implicada en casos de corrupción”.

Página/12 :: El mundo :: “Se violentó la soberanía popular”

07/08/2016

Folha de São Paulo bota seu articulista na capa

OBScena: capa da Folha explica porque Lula “teria que saber” mas a Folha, não: Serra aparece; Lula, não!

Fsp 07082016

Lula teria que saber que a Folha sabia de tudo o que se passa sobre seus olhos, afinal ela não é um veículo de informação. Se um veículo de informação, que tem entre seus colaboradores José Serra e Aécio Neves não sabe, porque Lula teria que saber? Seria porque eles reputam Lula mais inteligente que eles?!

A Venezuela é aqui, Clóvis Rossi! Porque desta obsessão com a Venezuela de Maduro mas silencias sobre a Argentina de Maurício Macri? Seria pelos mesmos motivos que silenciam sobre Serra, Aécio, FHC & Alckmin, mas caçam Lula?! Há quantos anos sabes do Rouboanel e nunca te pronunciastes sobre ele?

José Tarja Preta Serra, de São Paulo, Rodrigo de Grandis, de São Paulo, Alstom & Siemens, do Rodoanel, de São Paulo. PCC, FHC, Alckmin, SABESP, todos de São Paulo. E a Folha de São Paulo descobre só agora o que todos estamos carecas de saber.

São Paulo é a loco motiva do Brasil. Sede da Folha, Veja, Estadão e Instituto Millenium onde a plutocracia não só rouba medalhas, compra pato por lebre. Busca ternos em Miami e medalhas nos bolsos do José Maria Marin.

E aí a plutocracia vaza, publica e caça Lula porque ele “teria de saber” de todos os roubos. Mas a Folha, que tem entre seus colunistas José Serra, Aécio Neves, mesmo sendo um veículo de comunicação, que vive de vender informação, não tinha esse conhecimento?! Ora, ora, ora. A Suíça mandou toneladas de informações sobre José Serra e o PSDB, mas o MPF/SP só é rápido para caçar Lula.

E não é acreditável que mais uma vez aparecem nomes dos ilustres arautos do golpe paraguaio e não aparece Dilma nem Lula? Sim, rápida no gatilho a cleptocracia já conjuga o verbo no futuro: “Santana falará à Procuradoria que Dilma sabia de caixa dois, diz revista. A Folha e a Veja leem pensamento mas não sabem o que acontece sob seus olhos. Aliás, como também não sabiam e continuaram fazendo de conta que não sabem que João Dória Jr. lava no Panama Papers. A Dilma sabia como o marqueteiro recebia, mas a Folha não sabia como seu articulista recebia!

Marcelo Odebrecht disse que entregou dinheiro vivo a Michel Temer, Eliseu Padilha, José Serra, Antonio Anastasia. Entendeu porque Lula deve ser caçado? Estão aí as provas. Lula “teria de saber” que a Odebrecht entregava dinheiro vivo aos seus detratores, ora bolas, e não fez nada para impedir! Lula é tão ladrão, mas tão ladrão que o produto do seu roubo é entregue em dinheiro vivo para seus adversários políticos. Isso lá não é motivo para confundir Hegel com Engels?

E o suprassumo dessa hiPÓcrisia do Golpe Paraguaio: José Serra foi designado Ministro das Relações exteriores porque a Odebrecht depositou pra ele no exterior….

A pergunta que não quer calar: Quantos pedalinhos podem ser comprados com R$ 23 milhões?!

José Serra recebeu R$ 23 milhões via caixa dois, afirma Odebrecht

Alan Marques – 1º.ago.16/Folhapress

BRASÍLIA, DF, BRASIL, 01.08.2016. O ministro das Relações Exteriores, José Serra, discursa no púlpito da Presidência da República (por engano) durante a Cerimônia para a troca de Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles Oficiais de Carne Bovina entre o Brasil e o EUA (FOTO Alan Marques/ Folhapress) PODER

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, discursa em evento

BELA MEGALE
ENVIADA ESPECIAL A CURITIBA

07/08/2016 02h00

Executivos da Odebrecht afirmaram aos investigadores da Operação Lava Jato que a campanha do hoje ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB-SP), à Presidência da República, em 2010, recebeu R$ 23 milhões da empreiteira via caixa dois.

Corrigido pela inflação do período, o valor atualmente equivale a R$ 34,5 milhões.

A revelação foi feita a procuradores da força-tarefa da operação e da PGR (Procuradoria-Geral da República), na semana passada, por funcionários da empresa que tentam um acordo de delação premiada.

Durante a reunião, realizada na sede da Polícia Federal em Curitiba, os executivos disseram que parte do dinheiro foi entregue no Brasil e parte foi paga por meio de depósitos bancários realizados em contas no exterior.

As conversas fazem parte de entrevistas em que os possíveis delatores da Lava Jato corroboram informações apresentadas pelos advogados na negociação da delação premiada.
O acordo, entretanto, ainda não foi assinado.

Editoria de Arte/Folhapress

Suspeita de caixa 2 de Serra

Para comprovar que houve o pagamento por meio de caixa dois, a Odebrecht vai apresentar extratos bancários de depósitos realizados fora do país que tinham como destinatária final a campanha presidencial do então candidato.

Segundo informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a empreiteira doou em 2010 R$ 2,4 milhões para o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República de Serra (R$ 3,6 milhões em valores corrigidos).

Dessa maneira, a campanha do tucano teria recebido, apenas do grupo baiano, R$ 25,4 milhões, sendo R$ 23 milhões "por fora".

DELAÇÃO

Os envolvidos nas negociações consideram o tema um dos principais anexos que integram a pré-delação da empresa. É primeira vez que o tucano aparece envolvido em esquemas de corrupção por potenciais colaboradores da operação que investiga desvios na Petrobras.

Em conversas futuras com os procuradores, os executivos também pretendem revelar que o ministro das Relações Exteriores era tratado pelos apelidos de "Vizinho" e "Careca" em documentos da empreiteira.

ACARAJÉ

O nome do tucano foi um dos que apareceram na lista de políticos encontrada na casa do presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Barbosa da Silva Júnior, durante a 23ª fase da Lava Jato, a Acarajé, em fevereiro.

A Folha também apurou que funcionários da companhia relatarão que houve propina paga a intermediários de Serra no período em que ele foi governador de São Paulo (de 2007 a 2010) vinculados à construção do trecho sul do Rodoanel Mário Covas.

O trecho em questão teve construção iniciada no primeiro ano da gestão do tucano e foi orçado em R$ 3,6 bilhões na época.

Na última quinta-feira (4), o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, falou pela primeira vez aos procuradores que investigam o petrolão. Ele está preso há mais de um ano na Lava Jato.

A reunião, realizada com nove procuradores e cinco advogados na superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde Marcelo está preso, começou por volta das 10h e terminou quase sete horas depois.
Ao longo da conversa, o executivo foi cobrado pelos investigadores a falar de maneira "explícita" dos atos de corrupção, "sem rodeios".

O ex-presidente do grupo vinha se preparando havia meses para esse dia, com reuniões semanais com advogados. Na véspera da oitiva, ele recebeu as visitas da mulher, Isabela, e das três filhas para lhe dar apoio.

‘LIÇÃO DE CASA’

Além de Marcelo Odebrecht, cerca de 30 executivos da empreiteira deram depoimentos em Curitiba.

As oitivas foram duras. Alguns executivos chegaram a ser chamados de mentirosos pelos investigadores. Parte foi ordenada a fazer a "lição de casa", trazendo mais informações sobre casos que interessam aos procuradores.

OUTRO LADO

O ministro das relações exteriores, José Serra (PSDB-SP), afirmou, por meio de nota enviada por sua assessoria de imprensa, que a campanha dele durante a disputa a Presidência da República em 2010 foi conduzida em acordo com a legislação eleitoral em vigor.

O tucano disse também que as finanças de sua disputa pelo Palácio do Planalto eram de responsabilidade do partido, o PSDB.

Ainda em nota, José Serra reiterou que ninguém foi autorizado a falar em seu nome.

"A minha campanha foi conduzida na forma da lei e, no que diz respeito às finanças, era de responsabilidade do partido", afirmou.

Segundo a prestação de contas da campanha tucana no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o Comitê Financeiro Nacional para Presidente da República, do PSDB, declarou ter recebido R$ 2,4 milhões da empreiteira na disputa de 2010.

Sobre o suposto pagamento de propina a intermediários do tucano quando ele foi governador do Estado de São Paulo, entre 2007 e 2010, e que teriam relação com a construção do trecho sul do Rodoanel, o ministro disse que considera "absurda a acusação".

"Até porque a empresa em questão já participava da obra quando assumi o governo do Estado."


18/07/2016

Se a Rede Globo for contra, é bom sinal

A democracia é bom? Tirando meio dúzia de midiotas amestrados pelos a$$oCIAdos do Instituto Millenium, não há vivalma que não entenda que a Democracia é o menos pior dos regimes. Ora, então por que a Rede Globo sempre conduz para rupturas institucionais, apoiando implícita e explicitamente golpes?! Ora, porque a Rede Globo só existe em função da ditadura. Para os desavisados que ainda propugnam pelo golpe militar, porque em 1964 ainda não havia internet nem rede internacional de televisão, basta observar o que aconteceu neste fim de semana na Turquia. Os golpes no Chile, na Argentina e no Brasil em nada diferiram do que aconteceu na Turquia. A única  diferença é que os militares da Turquia ocuparam a tv pública, enquanto os militares brasileiros contaram de livre e espontânea vontade, com a Rede Globo.

Hoje há uma fórmula muito concreta e certeira de saber qual o melhor rumo a tomar, basta seguir o sentido oposto àquele sinalizado pela Rede Globo e suas filias nas mãos de coronéis locais (Barbalho no Amapá, Sarney no Maranhão, Jereissati no Ceará, Maia no RN, Collor de Mello em Alagoas, ACM na Bahia, J. Hawilla no oeste paulista, e Sirotsky no Sul. Um exemplo bem concreto e atual é o golpe para derrubar Dilma e implantar uma cleptocracia liderada por Eduardo CUnha.

A perseguição obsessiva contra Lula, desde os tempos da ditadura, é a prova do quanto a Rede Globo odeia que não segue sua cartilha. Assim como tentou roubar a eleição de Brizola com a Proconsult, de favorecer Collor contra Lula nas eleições de 1989, e depois, como mostrou o escândalo da Parabólica, favorecer FHC também contra Lula, agora vive criando notícias fantasiosas, como cortina de fumaça, para livrar a própria cara e de seus ventríloquos. Lula não está na Lista de Furnas, na Lista Falciani do HSBC, na Lista Odebrecht, no Panama Papers, na manipulação do Carf, na Operação Zelotes, na Lava Jato nem lava dinheiro nas Ilhas Cayman, Seychelles, Ilhas Virgens, Liechtenstein. Nem Lula, nem Dilma. Mas a Rede Globo e seus parceiros de golpe estão em quase todas e em outras que sequer sabemos.

Só bandidos e anencefálicos ficam ao lado de golpistas!

A Inglaterra aplaude os Cieps que a Globo maldisse aqui

Por Fernando Brito · 17/07/2016

cieplondres

No dia em que o Complexo da Pampulha, em Belo Horizonte, primeira grande obra “solo” de Oscar Niemeyer é reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, reproduzo a reportagem sobre dois premiados arquitetos ingleses que adotaram os “brizolões”do arquiteto brasileiro como fonte de inspiração  para um programa de construção em massa de escolas no Reino Unido.

É uma remissão, em grande estilo, do monte de mesquinharias ou, simplesmente, bobagens que sobre eles se disse aqui.

Perdoem se confesso o imenso orgulho por ter –  tal como um dos autores da matéria, Luiz Augusto Erthal – participado da grande aventura dos Cieps nos dois governos Brizola.

Ainda outro dia, pela milionésima vez, respondi no Facebook “críticas” aos Cieps de gente que, embora bem intencionada, envenenou-se com as décadas de propaganda da Globo contra os Cieps, movida não só pelo ódio de Roberto Marinho a Brizola como, também, por sua ojeriza a que se fizesse um programa educacional de qualidade para as massas populares.

Era a velha história de que foram “feitos na beira de estradas” como se isso fosse para torna-los “out-doors”.

As razões, óbvio, são outras. A começar porque os que são – e centenas de Cieps são – fora da visão de vias principais simplesmente “não existem” para a classe média que não percorre os cafundós das periferias.

Outra, também evidente, é que é absolutamente funcional colocá-los próximo às vias onde passam ônibus, pela basilar razão de que o pai ou a mãe da criança não irá levá-los à escola no seu reluzente 4×4 e muito menos é racional esperar-se que caminhem um ou dois quilômetros debaixo de sol e chuva com seus pequenos.

É apenas um exemplo do que, apesar da evidente tolice, repetiu-se durante 20 anos sobre as escolas de Oscar Niemeyer e Darcy Ribeiro. Claro que existiram problemas, impossível não javer num processo que ergueu 508 prédios que somavam mais do que a área construída de Brasília quando JK a inaugurou.

Mas havia, e há, uma ideia generosa, executada dentro das melhores práticas de arquitetura e engenharia, sem um tostão de auxílio federal e sem um ato sequer que maculasse a grandeza dos seus propósitos e de suas realizações.

Uma destas coisas pelas quais valeu brigar, que segue espetada na paisagem, a lembrar que nada pode demolir um sonho.

Leia a seguir e, querendo, assine o Toda Palavra, outra paixão incorrigível do Erthal, o jornal impresso, embora também em edição eletrônica.

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Escolas de Brizola e Darcy
podem virar padrão na Inglaterra

Há quatro anos o governo britânico lançou o programa Building Schools for Futures (Construindo Escolas para o Futuro), que pretendia suprir o déficit de salas de aula na Inglaterra com a construção em larga escala de escolas pré-moldadas econômicas e de rápido processo construtivo. O plano do então secretário de educação, Michael Gove, gerou uma intensa polêmica entre os arquitetos ingleses, que viam com desconfiança a ideia de serem produzidas escolas padronizadas com um design inferior e despersonalizado.

Enquanto os empreiteiros se apressaram a apresentar ao governo projetos de kits pré-moldados baratos, ao custo de 1.465 libras (cerca de 1.950 dólares) o metro quadrado, o Royal Institute of British Architects (RIBA) desafiou os arquitetos ingleses a buscarem alternativas para oferecer um projeto escolar de alto padrão de design, pois os modelos até então propostos, segundo eles, equivaliam a galpões que, além de desconfortáveis, dificilmente poderiam ser adaptados a terrenos acidentados.

David Chambers e Kevin Haley, donos do conceituado escritório londrino de arquitetura e design Aberrant Architecture, vieram, então, ao Brasil buscar inspiração nos Centros Integrados de Educação Pública, construídos no Rio de Janeiro nos anos 80 e 90, durante os dois governos de Leonel Brizola, com projeto educacional de Darcy Ribeiro e arquitetônico de Oscar Niemeyer. Para eles, aquele seria o modelo ideal de escola pública a ser adotado pelo Reino Unido.

A pesquisa realizada por eles resultou em uma impressionante apresentação, com a exibição de réplicas em miniatura dos 508 Cieps construídos no Brasil, contendo seus nomes e localizações, dentro da exposição “Venice Takeaway: Ideas to Change British Architecture” (Veneza Takeaway: Ideias para Mudar a Arquitetura Britânica), realizada pelo British Council para a Bienal de Arquitetura de Veneza de 2012. No ano seguinte a exposição foi montada no próprio RIBA, no coração de Londres, com grande destaque na imprensa britânica, e agora a pesquisa dos dois arquitetos foi transformada em livro (Wherever You Find People: The Radical Schools of Oscar Niemeyer, Darcy Ribeiro, and Leonel Brizola) a ser lançado no final deste ano.

O programa de construção de escolas do governo britânico ainda não deslanchou por conta de dificuldades políticas, mas alguns dos conceitos dos Cieps já foram aplicados em uma escola de ensino fundamental do Leste de Londres, a Rosemary Works, cujo projeto de reforma foi assinado pela Aberrant Architecture. Sabotados pelos governos que sucederam Brizola no Estado do Rio, desprezados pela mídia e pelas elites brasileiras, os Cieps conquistam, enfim, 31 anos depois de lançados, o reconhecimento internacional como um dos mais extraordinários programas educacionais já realizados no mundo.

TODA PALAVRA entrevistou com exclusividade um dos sócios da Aberrant Architecture para saber por que um projeto de mais de 30 anos, concebido para ser executado em um país tropical marcado por grandes desigualdades sociais e por um baixo padrão de educação pública seria adequado para um país europeu como a Inglaterra. Admitindo que os britânicos também possuem problemas sociais a serem enfrentados, David Chambers destaca a importância da boa arquitetura a serviço da educação.

“Ficamos fascinados ao descobrir que a padronização no Brasil teve como objetivo estender o alcance da arquitetura de alta qualidade para todos. A maioria dos Cieps ficavam em áreas pobres, onde não havia uma boa infraestrutura pública. Então eles assumiram um papel cívico maior”, diz Chambers. “Os playgrounds cobertos, por exemplo, tornaram-se praças públicas essenciais. Era fundamental que eles fossem além do papel de uma escola: todo o programa preconizava o uso da arquitetura a favor de uma nova filosofia educacional.”

Para o arquiteto não haverá dificuldades em adaptar o projeto do calor dos trópicos para o rigoroso inverno europeu. Ele lembra que isso aconteceria aqui mesmo, caso Brizola tivesse chegado à Presidência da República e realizado o seu plano de espalhar 10 mil Cieps pelo Brasil, pois muitas dessas escolas seriam instaladas em regiões de clima mais temperado, como o Sul do país. David Chambers prefere destacar a robustez dos edifícios, que, segundo ele, estão resistindo bravamente ao tempo e ao abandono.

“Claramente o design tem sido extremamente resistente ao longo do tempo. Construções escolares às vezes sofrem com mudanças sucessivas de administração e por falta de manutenção e de recursos. Mas a alta qualidade do design e da construção tem permitido aos Cieps manterem boa aparência e permanecerem robustos até hoje.”

A Inglaterra aplaude os Cieps que a Globo maldisse aqui – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

30/06/2016

Aula magna sobre putaria mafiomidiática

 

Campos de Extermínio mental – A classe mídia e o mainstream do Golpe

24 de junho de 201625 de junho de 2016 Bajonas Teixeira

Imagem 51 de Golpe Globo 

Por Bajonas Teixeira de Brito Junior, colunista de política do Cafezinho

Ao que tudo indica, a classe média que serviu de massa de manobra para o golpe tornou-se uma autêntica classe mídia, e isso tem que ser entendido a partir do mainstream que dominou no Brasil nos últimos anos.  Para essa nova classe mídia, a televisão foi, em especial na última década e meia, um vasto campo de extermínio mental. Um dos efeitos dessa liquidação em massa da inteligência foi o ódio à cultura.  Basta atentar para a perseguição aos artistas, chamados de vagabundos, ao clima de caça às bruxas instaurado contra a Lei Rouanet, às agressões à classe artística nas redes sociais.

É difícil, porque vivemos todos sob o peso dessa atmosfera, ganhar a distância suficiente para fazer o diagnóstico desse período. Mas podemos esboçar um breve inventário da tragédia que foi a programação servida na mesa durante a última década e meia. Tomo esse período de uma década e meia porque já estamos na 16ª edição do Big Brother, portanto, já temos quase uma geração de brasileiros que nasceu e cresceu sob esse império da visibilidade, da invasão de privacidade, do desejo de devassar com o olhar espaços que, em principio, estariam resguardados dessa intrusão.

Entre outras coisas, talvez sejam esses dezesseis anos de Big Brother, mas não só eles, que tornaram tão aceitáveis os vazamentos de delações premiadas (e até as próprias delações), a divulgação de conversas grampeadas, a exposição de espaços privados (como o interior dos cômodos do sítio que a Lava Jato quer que seja de Lula a qualquer preço). Sem os vícios adquiridos nesses anos de reality shows, seria difícil que não soasse repulsivo à maioria dos brasileiros esse regime de invasão, espionagem e divulgação criminosa. Mas a mídia nos anestesiou contra a indignação.

Para se ter um breve vislumbre da dimensão do poder de impacto dessas mídias, é bom ter presente que o Brasil tinha em 2014, só contando as TVs comerciais, 6.197 retransmissoras, com 272 geradoras sendo 39 com sinal digital. A Rede Globo sozinha controla 124 dessas emissoras.  Já para as rádios, contando apenas AM e FM, as emissoras chegam a 3.089. Dessas rádios, a Globo informa possuir 11 emissoras próprias e 61 afiliadas. Esses números não deixam dúvidas quanto ao poder e ao impacto dessa mídia privada para impor interesses e reduzir as cabeças.

Mas o mais nefasto é quando se constata que o poder de fogo da artilharia pesada desse aparato da mídia se concentra em uma programação extremamente tóxica. O inventário que faremos aqui está longe de ser exaustivo. Vejamos:

1) Tivemos 16 anos de Big Brother Brasil, aos quais se deve acrescentar as inúmeras outras variações do modelo reality show no país. Uma wiki dedicada ao tema lista nada mais nada menos que 86 programas nessa modalidade no período. O que isso representa em termos de idiotização em massa está na casa do imponderável ou dos números astronômicos. O pior é a avidez pela privacidade alheia, a incitação do desejo de sobrepujar qualquer barreira posta à visão. O que esse modelo constrói é um tipo de delinquência visual que, no fundo, nos ensina que nenhuma interdição (e as leis são interdições) devem ser respeitada.

2) Outro feijão com arroz na telas dos brasileiros tem sido o telejornalismo policial em programas como Cidade Alerta, Brasil Urgente e Linha Direta, que celebrizaram o tipo de narrador autoritário, grosseiro, que simula uma caricatura de apresentador mais próxima de um bicheiro que de um comunicador de massa.  Além dos clássicos das grandes emissoras, como Datena, o formato se reproduz às centenas pelo país inteiro, em não só na TV mas também na forma do radiojornalismo policial. O medo de ser vítima daqueles tantos crimes narrados diariamente e a busca de proteção em figuras fortes (teatralizadas pelos próprios apresentadores), é um ingrediente antidemocrático. Tanto pela descrença que infunde – e uma persistente aversão aos direitos humanos, alimentada pelo bordão de que só se protege o bandido e não o “homem de bem” –, quanto pela ideia de que a solução para o crime passaria por alguma figura autoritária (juiz, justiceiro, delegado, etc.) que poria fim ao estado de violência. O debate sobre as origens da violência, o debate público e qualificado, não tem lugar nessa programação.

3) O veneno é servido na mesa também na forma dos programas humorísticos que, sob o manto da crítica ao politicamente correto, investem na propagação do assédio moral (Danilo Gentili, Rafinha Bastos, o falecido CQC, o Pânico, etc.). Uma das faces interessantes desse humorismo é que se apresenta como moderno e inovador quando, na verdade, reedita e até agrava os defeitos do velho humorismo tacanho. Lembrem-se das diversas piadas sobre o estupro protagonizadas por Danilo Gentili. Um exemplo é a piada contada e recontada em inúmeros shows pelo Brasil, um clássico da imbecilidade, desde 2011:

“─ Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia… Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço.”

Essa dose cavalar de insensatez foi reprisada em uma das pérolas do humorista em 2012, seguindo o mesmo padrão de apologia à violência sexual contra a mulher:

Imagem Twitter Gentili

Lembremos também que Gentili é uma das figuras que, através de diversas investidas grotescas, reeditou as práticas racistas que explodiram nas redes nos últimos anos. A sua ‘piada’ perguntando a um rapaz negro que o questionava no Twitter quantas bananas queria para acabar com uma discussão, foi um marco nesse sentido. Não há surpresa, principalmente depois que o caso foi julgado e o humorista absolvido por um juiz bem humorado, em que atrizes, apresentadoras e cantoras negras tenham sofrido barbaramente nas mãos dos racistas nos últimos meses.

4) Um enorme reforço a essa tendência racista vem com a predominância na TV brasileira das apresentadoras louras, por um lado, e da quase exclusão completa das negras, de outro. Não se discute a qualidade ou o talento, mas apenas o fato de que a TV insista  em privilegiar e impor um único modelo de beleza através da seleção de apresentadoras louras: Angélica, Xuxa, Eliane, Adriane Galisteu, Ana Maria Braga, Ana Hickmann, Sheherazad, Andressa Urach, etc. O mais trágico, nesse caso, é que esse modelo se repete numa infinidade de programas locais, tanto na modalidade do  entretenimento quanto nas bancadas dos telejornais regionais. Além dos nomes citados, o Brasil tem hoje centenas de apresentadores louras que se sucedem ao longo do dia nas telas de muitos milhões de espectadores pelo país afora.

E que ninguém diga que a televisão brasileira, ao conceder esse monopólio às louras, segue uma tendência internacional. Muito pelo contrário. A apresentadora mais bem paga do mundo, e mais conhecida na atualidade, é Oprah Winfrey, uma mulher negra e de meia idade.

5) Outro aspecto significativo dessa mídia é transformação crescente dos Portais em locais de exposição de corpos femininos, retalhados segundo uma lógica de fragmentação mental semelhante a que exibe peças de carne em um açougue. A mulher é exposta em partes (“barriga”, “bumbum”, “coxas”, etc.) sobre as quais se aplicam rótulos classificatórios (por exemplo, a barriga é rotulada  como barriga sarada, barriga negativa, barriga trincada, barriga chapada, barriga tanquinho, barriga definida, barriga perfeita, etc. ). Cada vez mais se impõe um modelo que se assemelha aos manequins de vitrine, quer dizer, como um objeto sem vida. O interessante desse modelo de corpo, o que faz dele um modelo de corpo morto, é que ele desconhece duas coisas, essenciais na beleza dos corpos vivos: o detalhe e os gestos. O detalhe é o que uma percepção sensível apreende no outro e que são singularidades intransferíveis (a beleza de uma boca, um nariz, ombros, de sardas, de tonalidade da pele, etc.). O gesto, evidentemente, é a expressão de um corpo com a carga de personalidade que ele carrega. A destruição dessas referências é um modo de privar os espectadores do conhecimento e da experiência, e colocar em seu lugar algo que qualquer imbecil pode reconhecer e valorizar e que, na verdade, só reconhece e valoriza porque é imbecil (o corpo sarado, a barriga trincada, etc.).

O que tem de monstruoso e trágico nessa compreensão do corpo ficou patente justamente com um dos produtos extremos dessa nossa mídia nos últimos tempos, a história da modelo e apresentadora Andressa Urach. O regime químico monstruoso ao qual submeteu seu corpo, para se enquadrar e se manter dentro de certa estética do corpo objeto, foi denunciado pela própria degradação física extrema que acabou por se manifestar. E o espetáculo chegou ao flerte total com o horror, quando a modelo posou no hospital e vendeu as imagens das suas chagas. E nisso, na verdade, não poderia haver nada de errado já que era o mesmo comércio do corpo que ela fazia enquanto apresentadora e musa e, como confessou em livro logo depois, também como prostituta. Enfim, o modelo do corpo parcelado e vendido nos Portais talvez tenha mesmo por base, como seu modelo implícito, o mercado da prostituição. E ao tentar seduzir o leitor através da venalidade desses corpos retalhados, a mídia não faz outra coisa que degradar a sociedade num imenso sistema de meretrício.

6) Muito próximas dessa exibição do corpo como objeto aparecem ainda duas modalidades de exposição violadora: a dos assassinatos flagrados por câmeras de segurança e a de cadáveres originados de mortes violentas, seja de crimes ou acidentes de trânsito. Esta segundo modalidade não é o carro chefe das redes nacionais de TV e dos grandes portais na internet, mas não está ausente deles, aparecendo com relativa frequência. Já nas televisões regionais, em especial no interior do país e nos programas do telejornalismo policial, chega-se ao paroxismo de exibir da forma mais crua corpos mutilados, vítimas agonizantes, etc. É uma normalização do obsceno em grande escala. Nessa obscenidade os grandes portais investem também, mas o fazem através daquela primeira modalidade, a dos vídeos das câmeras de segurança.  A diferença é que em grande parte dos casos, os assassinatos das câmaras de segurança são encobertos. Há alguns anos era comum que fossem apresentados mas hoje, com o público já viciado, basta apresentar algumas cenas do que as câmeras registraram.

O quadro geral é esse. Muitas coisas poderiam ser acrescentadas a ele. Por exemplo, o imenso universo do que Manuel Castells chamou de auto-comunicação de massas (as redes, os blogs, o compartilhamento de mensagens, vídeos e imagens pelos celulares, etc.).  Se entrássemos aqui o horror só faria crescer. Certamente, nesse caso, temos também muitas tendências de uma nova mídia, livre dos vícios nefastos da grande mídia brasileira. Contudo, viceja ai também o pântano da submídia que repercute, até de forma mais chocante, o universo da violência presente nas grandes redes.

Muito provavelmente, sem que a percepção fosse trabalhada maciçamente por essas formas que violam o pensamento, a compreensão, o gosto, a experiência do que é aceitável e do que não é, as interdições em relação ao mundo público e ao mundo privado, e que promovem atitudes e personagens antidemocráticos, o golpe não teria espaço para vingar no Brasil. Compreender as diversas regressões mentais, sociais, políticas e estéticas operadas pela mídia dominante no Brasil é a tarefa prévia para imaginar um sistema de comunicação democrático. Certamente, se houver luz e câmera no final do túnel escuro que atravessamos hoje, não bastará que a comunicação ganhe caráter público. Ela terá que começar encontrando formas de curar as lesões profundas causadas por esses anos em que, para a maior parte da população brasileira, a mídia tem funcionado como um campo de extermino mental.

Bajonas Teixeira de Brito Júnior – doutor em filosofia, UFRJ, autor dos livros Lógica do disparate, Método e delírio e Lógica dos fantasmas, e professor do departamento de comunicação social da UFES.

Campos de Extermínio mental – A classe mídia e o mainstream do Golpe – O Cafezinho

29/06/2016

Globo é golpe, golpe é Globo

Está no DNA da Rede Globo e de suas filiais o cromossoma do  Golpe. A Globo e a sua Rede, de norte a sul, conta com coronéis do naipe de um José Sarney, de um ACM, de J. Hawilla, de Sirotsky. Todos cevados na lama do dinheiro público por meio de golpes. O golpe existe para isso, para que desonestamente quem dá o golpe possa de apropriar do que é público. E na orgia do golpe se misturam os mesmos casais que dele nasceram. Os Frias, os Mesquita, os Civita, os Sirotskys. O Instituto Millenium nasceu para isso mesmo, para amestrar e domesticar a manada. Hipnotizados, foi como se viu a Marcha dos Zumbis, aquela que bradava, vestida de verde-amarelo, “Somos todos CUnha”, os midiotas foram às ruas atendendo ao apelo da Rede Globo.

Pelo menos desde 2002 a Rede Globo busca capturar agentes públicos, seja por meio de estatuetas, seja escondendo funcionárias na Espanha, ou seja por meio do Instituto Innovare. E cada dia fica mais escancarado, como agora em relação ao decorativo do CUnha, Michel Temer. Por aí se explica porque tudo o que Dilma e Lula fazem não presta, mas tudo o que seus ventríloquos fazem é endeusado.

Com mais esta, o caráter das pessoas já pode se medido por uma regra tão simples quando objetiva: está do lado da Globo, não presta! Defende a Rede Globo, é mau caráter!

Minha convicção é antiga e fundada em provas. O câncer do Brasil é o golpismo dos grupos mafiomidiáticos, comandados por cinco famílias (Civita, Frias, Mesquita, Marinho & Sirotsky).

Ou o Brasil acaba com a Rede Globo, ou a Rede Globo transforma o Brasil num puteiro.

Antes do decreto para “transferência contábil da Globo”, Temer jantou com Marinho

Por Fernando Brito · 29/06/2016

drive

Poucos dias antes de autorizar uma “transferência contábil” até agora inexplicada, João Roberto Marinho jantou com Michel Temer no Palácio do Jaburu, conforme revelou, no dia 13, o Drive do jornalista Fernando Rodrigues, do UOL, uma newsletter restrita a assinantes.

A empresa e o Governo ainda não deram explicações sobre a até agora misteriosa transferência e seus objetivos.

Não é a primeira vez que a Globo apela para mudanças escriturais para se livrar de maus negócios, como o blog mostrou em fevereiro, quando os irmãos Marinho aproveitaram uma microempresa adormecida para capitaliza-la, mudar seu nome e colocar nela as concessões de televisão.

Em 2013, outra jogada global foi alvo de ação da Receita Federal, que Luiz carlos Azenha narrou na reportagem da Tv Record que reproduzo abaixo, descrevendo como a empresa “conseguiu transformar uma dívida de mais de R$ 2 bilhões em um crédito de mais de R$ 300 milhões, em apenas 30 dias” com uma manobra contábil, que envolveu várias empresas: Globopar, TV Globo e a Globo Rio.

Rodrigues tem razão e a grande mídia tem culpa pelo desinteresse (ou cumplicidade): “sabe-se pouco do que se passa nos corredores do poder”, sobretudo quando a Globo está no meio.

http://player.r7.com/video/i/52a902a0596f9994e700cbdb

Antes do decreto para "transferência contábil da Globo", Temer jantou com Marinho – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

16/06/2016

Entenda porque Lula deve ser caçado como um cão sarnento

Existe força tarefa para investigar Lula, seus filhos, netos e amigos. Não sobrou ninguém nem para reunir as informações já entregues de mão beijada pela Suíça e pelos delatores sobre a cleptocracia que tomou de assalto o Planalto Central. Aliás, pari passu com o “Somos Todos CUnha” deveria haver um “Somos Todos Rodrigo De Grandis”. Não está na hora dessa gente devolver todo dinheiro gasto nestes anos todos de caça ao grande molusco? São mais de dez anos de monitoramento, investigação, grampeamento, condução coercitiva, recolhimento de computadores e documentos sem que haja uma única denúncia juridicamente válida?

Qualquer pessoa neste mundo que passasse dez anos sendo investigada teria algum indício de algum mau procedimento. Mas ninguém, em qualquer parte do mundo e em qualquer tempo, mantém tamanha obsessão. Então, a única coisa que me vem a mente para explicar esta caça obsessiva, é o ódio de classe. A construção do ódio social pela velha mídia, capitaneada pela Rede Globo e levado ao paroxismo pela Veja, tem uma explicação: criar uma cortina de fumaça para que nada aconteça a quem usa heliPÓptero para traficar. Não haja investigação sobre coronéis como Michel Temer, FHC, José Sarney, Renan Calheiros, Eduardo CUnha. Enquanto perseguiam Lula e sua família, esses larápios dilapidavam o patrimônio público. Ao invés de dar força à Dilma para continuar investigando, detonaram-na diuturnamente nos múltiplos veículos a serviço dos patos da FIESP.

Compare-se o que já existe a respeito do Aécio Neves e o que dizem do Lula! Não há termo de comparação. Mas o Napoleão das Alterosas é tratado como se fosse um príncipe herdeiro da Casa Windsor. Já passam de 15 delações apontando Aécio Neves, a ponto do Sérgio Machado, que militou no PSDB, dizer que todo mundo conhece os esquemas do toxicômano, e que seria o primeiro a ser comido… Agora se descobre que foi Aécio quem inventou o esquema também posto em prática por Eduardo CUnha. Aliás, falar em compra de deputado, no PSDB, desde a reeleição de FHC, é redundância. E nada. Apesar da longa ficha corrida, continua livre, leve e solto, cantando desabridamente, tá tranquilo, tá favorável… A pergunta que quer calar é até quando Gilmar Mendes conseguirá blindar Aécio?!

Mas há um ponto favorável na blindagem do Aécio pela plutocracia. Graças aos esforço hercúleo com que o protegem pode-se saber quem faz parte dessa cleptocracia. Ao blindarem e darem voz ao playboy mimado, chegou-se ao golpe que derrubou uma pessoa honesta. E por ser honesta. Agora, com as delações, fica-se sabendo que todas as listas que apareceram eram, como se dizia antigamente, fichinha… Temos de agradecer a obsessão em derrubarem Dilma e caçarem Lula a revelação desta imensa matilha, ou seria quadrilha, que sempre contou com a proteção da Rede Globo e sua filias, e a leniências das instituições que estão obcecadas pela prisão do Lula. Não importa que todos estes esquema de corrupção tenham surgido e se profissionalizados nas duas gestões de FHC, importa jogar a culpa pra cima do Lula. Sobejam informações de como foi montada a captura de FHC pela Rede Globo, via Miriam Dutra. A tal ponto que um gran tucano, Semler, ter escrito há já mais de ano, que nunca se roubou tão pouco. Mas, não, os pedalinhos dos filhos e netos do Lula são prova que a compra da reeleição é culpa do Lula, que os esquemas de corrupção na Petrobrax ainda nos governos FHC eram do conhecimento do Lula.

Cai o circo da hipocrisia. Todo mundo lá. Menos Dilma e e Lula, não é?

Por Fernando Brito · 15/06/2016

delata

Não há muito o que dizer depois da divulgação do depoimento de Sérgio Machado, ex-diretor da Transpetro.

A fábrica de salsichas de política real foi aberta e viu-se a massa que mistura o são e o nojento na formação da pasta que a compõe.

Há de tudo ali: dinheiro que serviu para o enriquecimento pessoal, recursos que serviram para comprar apoio do outros políticos, verbas para campanhas eleitorais milionárias e trocados para campanhas modestas, num cenário de mercantilização das eleições fez centenas de milhares de reais serem quantias modestas.

Há a corrupção histórica, própria dos canalhas e é a corrupção inevitável feita por um sistema eleitoral em que é – ou era – “legal” que um candidato pudesse receber milhares ou milhões de reais de uma empresa.

Ainda não é o pior, porque o pior está por vir.

Abriu-se a caixa de Pandora e a vintena da lista de Machado não é nada perto do que, se o fizerem, do rol que sairá das delação das empreiteiras.

Mas já coloca Michel Temer na situação de explicar, aos gaguejos, que não pediu e, adiante, ser desmentido com a prova do encontro com Machado. Tanto que que saiu pela tangente, dizendo que não pediu doações ilegais. Ilegais.

Renan, Sarney, Jucá, os sócios “beneméritos” da lista, ganhavam mesada. Os “esquerdistas” ganhavam uma “merreca”, na forma de doação. “Os políticos sabiam que o dinheiro vinha de empresas que prestavam serviços à Transpetro”, diz Machado para justificar colocar todos no mesmo saco.

Aécio sai com  trechos da delação colados em sua testa, pela farta distribuição de dinheiro a seus aliados e a “bolada” destinada a ele, pessoalmente, vinda daqui e do exterior.

Mas há dois nomes importantes.

Não por estarem na lista, mas por não estarem citados em momento algum.

Nomes que eram, diretamente, os responsáveis por manter Sérgio Machado no cargo, ainda que indicado pelo PMDB.

São exatamente Lula e Dilma.

Apontados como vilões, são dos poucos a quem, mesmo os delatores mais dispostos a tudo para salvar a pele, não apontam o recebimento de vantagem em dinheiros.

Cai o circo da hipocrisia. Todo mundo lá. Menos Dilma e e Lula, não é? – TIJOLAÇO | “A política, sem polêmica, é a arma das elites.”

10/06/2016

PSDB é filho da imunidade com a impunidade

aécio 801_nDesde que Mário Covas chegou ao governo paulista, o PSDB botou o pé no erário e não largou mais. Está aí, atuante e operante, apesar da farta documentação vinda da Suíça, o famoso Robson Marinho no TCE/SP. Neste caso, a imunidade partiu do MPF, na sempre lembrada figura do esquecido Engavetador II, Rodrigo de Grandis.

No Governo FHC, as mutretas eram tantas e públicas que cita-las todas levaria pelo menos 45 anos. Mas uma basta para dar ideia do tamanho do atentado contra o Estado Democrático de Direito e à Democracia, a compra da reeleição. Nem os dividendos distribuídos entre filhos, bastardos  e amantes, tudo somado, ultrapassam esta ignomínia. Nem o fato de ter sido finanCIAdo pelo sistema financeiro, nem o compadrio da Rede Globo, com sua Lei Rubens Ricúpero, perpetrada em parceria com Carlos Monforte, nada disso ultrapassa o ultraje contra a Democracia. O golpe não foram apenas aquele de 1964 e este de 2016. Estuprar a Constituição, o objeto mais sagrado de uma nação, foi feito às claras e testemunhada. Foi um estupro coletivo em que a Rede Globo portou-se como onanista. E todo mundo sabe que a mão que balança o berço do golpe é a do PSDB, mas quem balança o PSDB ao golpe é a mídia. Quer uma prova? Veja, após o golpe, de onde saiu Pedro Parente e para onde foi? Da RBS diretamente para a Petrobrás. Até parece que, como ficou provado com a participação do PP gaúcho, a Petrobrás já nos pertence…

Tudo isso é de domínio público, dispensa interpretação, a ponto do deputado do PSDB gaúcho, Jorge Pozzobom, marcar com ferro em brasa na própria paleta a máxima jamais refutada: “Eu entro no Poder judiciário e por não ser petista não corro o risco de ser preso”. Portanto, claro e meridiano o comportamento de Gilmar Mendes em relação ao Aécio Neves, o sempre lembrado dos delatores, aquele que seria o primeiro a ser comido… E a proteção parece se estender a familiares.

Neste caso, há diferença de tratamento até em relação à família do Eduardo CUnha. Enquanto em relação à mulher e filha deste já haja sinal de que vão ser investigadas, como se a Suíça já não tivesse entregue todas as provas, nem sinal de que Andrea Neves venha a ser “coercitada”. Em relação ao seu irmão até se poderia entender, já que é Senador e tem foro privilegiado, mas em relação a ela, que não detém cargo algum, nem Jorge Pozzobom conseguiria explicar. A menos que ela seja filiada ao PSDB, aí, sim, teríamos a contra-prova.

Como gravou o delator Sérgio Machado, ex-filiado como Romero Jucá  ao PSDB, os esquemas do Aécio e do PSDB todo mundo conhece. Agora vá encontrar esta declaração na Veja, Época, Globo, Folha, Estadão e Zero Hora. Silêncio ensurdecedor. O que fica claro é que a imunidade que o PSDB goza junto ao Poder Judiciário conta sempre com o endosso dos A$$oCIAdos do Instituto Millenium. Sem o eco das cinco irmãs (Veja, Folha, Estadão, RBS & Rede Globo), o STF não move um inciso… Até parece que há uma cláusula pétrea na Carta Magna que impede de punir os assaltos do PSDB. Só isso explica porque as transações com Alstom e Siemens, embora provadas e condenadas nos países sedes (Alemanha e Suíça), no Brasil as investigações ainda dormem em berço esplêndido.

Eu, se fosse a Cláudia Cruz, pediria isonomia de tratamento com a Andrea Neves…

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio

Termo com a Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, assinado 11 dias antes de Aécio Neves (PSDB) renunciar ao mandato de governador para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), em Montezuma; a empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai

10 de Junho de 2016 às 05:45

247 – A estatal Epamig, Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais, fechou termo de parceria com o pai do senador Aécio Neves (PSDB), Aécio Ferreira da Cunha (1927-2010), quando o tucano ainda era governador.

O termo, assinado 11 dias antes de Aécio renunciar ao mandato para concorrer ao Senado em 2010, previa pagamento de R$ 250 mil para a plantação de 1.400 kg de sementes de feijão na fazenda de Cunha em Montezuma.

A empresa foi herdada pelo atual senador e por sua irmã, Andrea Neves, após a morte do pai. As informações foram reveladas pelo jornal "O Tempo".

Na quarta (8), um deputado do PT de Minas entrou com pedido de investigação sobre o termo de parceria para apurar se Aécio beneficiou familiares no episódio.

Leia aqui reportagem de José Marques sobre o assunto.

Estatal de Minas fez parceria com firma de pai de Aécio | Brasil 24/7

08/06/2016

Por omissão ou comissão, bandidos!

OBScena: Jorge Pontual, estafeta da Rede Globo, pedalando na lama.

PontualNão se trata de uma gravação entre amigos, mas entre bandidos. Mas pior do que estes banidos, com os quais o novo inquilino do Planalto sabe lidar, são os subterfúgios utilizados por outras esferas. A seletividade darwiana não é apenas dos políticos, o que seria natural, mas perpassa Poder Judiciário (veja Gilmar Mendes se insurgindo com os vazamentos a respeito dos varões Sarney, Renan, Jucá, CUnha & Temer, mas teve orgasmos jurídicos com o vazamento da conversa da Dilma com Lula), do MPF (que usa o tempo cartesianamente para jogar politicamente) e a velha mídia, com sua Lei Rubens Ricúpero: mostrar o que ajuda o golpe, esconder tudo o que envolve os parceiros no golpe.

O azar da plutocracia que busca, por todas as forças e meios, impor-nos uma cleptocracia, é que não vivemos mais em 1954 ou 1964. Em 2016, com a globalização da informação, em que tudo acontece online, vale a velha máxima do Abraão Lincoln: “Pode-se enganar a todos por algum tempo; pode-se enganar alguns por todo o tempo; mas não se pode enganar a todos todo o tempo.” De nada adianta tentar capturar o Poder Judiciário com o Innovare, cuja única  inovação é o uso de estrangeirismo no nome, ou fazer farta distribuição de estatuetas. Se foi fácil capturar FHC mediante o enxerto de uma funcionário, Miriam Dutra, com a cobertura internacional da Brasif, com o povo não ainda vale a velha lição do abolicionista ianque. E a internet, com o trabalho de formiguinhas, sem qualquer outro intuito que não de lançar luzes, deixam nú, em praça pública, todo o poderia do maior grupo de mídia da América Latina.

Globo já é, por ação e omissão, o primeiro sinônimo de golpe.

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic

ter, 07/06/2016 – 20:34 – Atualizado em 07/06/2016 – 21:03

Jornal GGN – Analisando o áudio das conversas entre o senador Romero Jucá (PMDB-RR) e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, é possível perceber que alguns trechos, considerados inaudíveis nas transcrições publicadas pela imprensa, são possíveis de ser compreendidos. Marcelo Zelic, no Viomundo, analisou as gravações e apontou incongruências e falas que não aparecem nas degravações anteriormente publicadas.

Em determinado fala, antes omitida, Jucá diz para Machado que "o governo vai te segurar". Para Zelic, como a conversa foi em março e muito próximo à votação do impeachment, o governo a que se refere Jucá seria o de Michel Temer. Outros trechos que não aparecem em transcrições publicadas pela imprensa podem ser referências ao presidente interino. Leia mais abaixo:

Do Viomundo

Os inaudíveis de Jucá e Machado

por Marcelo Zelic*, especial para o Viomundo

Na semana passada, a comissão de impeachment no Senado negou a inclusão da conversa gravada de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, com senador Romero Jucá (PMDB-RR), na defesa da presidenta Dilma Rousseff.

O áudio mais completo disponível na internet tem nove minutos de duração. Está no pé desta matéria.

Por curiosidade, resolvemos confrontá-lo com a transcrição publicada pela Folha de S. Paulo, em 23 de maio de 2016, e com outras que circulam pela mídia.

Depois de ouvir várias vezes, notamos que alguns trechos considerados inaudíveis podem ser compreendidos.

Por cautela, limpamos um pouco os ruídos. Escutamos mais várias vezes, com fone e sem fone de ouvido, em diferentes níveis de volume.

Conclusão: há, de fato, algumas omissões e incongruências em relação ao que foi veiculado. As falas pintadas em amarelo não constam das transcrições publicadas. Ao final deste post, a íntegra de ambas.

Logo no começo, o primeiro trecho que não aparece na transcrição publicada é a afirmação de Sérgio Machado de que não sabe se a Queiroz Galvão irá refazer sua delação, o que lhe seria péssimo, segundo o próprio. O “Queiroz” é omitido. Em relação à Camargo Corrêa, ele diz que ela “vai fazer de novo (delação)” em vez de “vai fazer ou não”, como foi publicado.

3 - trechos-1

Diante disso, por que uma nova delação da Queiroz seria péssima para Machado?

Ao dizer “e, aí, amigo, eu vou falar de mim…”, ele estava ameaçando Jucá e os demais poderosos do PMDB?

Imediatamente, reagindo à situação descrita, Jucá questiona Machado sobre a situação. Aí, em meio a falas superpostas, Jucá, depois de concordar com Machado de que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, não vale um “cybazol” (cibalena, remédio antigo para dor de cabeça), solta uma frase que não aparece nas transcrições divulgadas: “o governo vai te segurar”.

4 - trechos-2

Aqui, é importante lembrar que a conversa entre os dois peemedebistas ocorreu em março de 2016.

Àquela altura dos acontecimentos e no contexto da conversa, “o governo vai te segurar” não se refere ao de Dilma Rousseff, mas, sim, ao que os golpistas buscavam instalar no país.

As forças golpistas capitaneadas pelo presidente da Câmara, o deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), na Câmara, e por Jucá no Senado, já articulavam às claras a derrubada de Dilma e a sua substituição pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).

A fala de Jucá — “o governo vai te segurar” – reforça a denúncia sobre uma conversa do deputado federal Cabuçu Borges (PMDB-AP), vazada no domingo, 17 de abril, antes da votação do impeachment.

Pelo Whatsapp, Cabuçu revela a um interlocutor não identificado a suposta promessa de Temer (que ele identifica como T) de parar a Lava Jato se o impeachment de Dilma fosse aprovado pelo Congresso.

Diante da dúvida do interlocutor, Cabuçu diz: “[ele] me botou na linha os ‘chefes do MP e Judiciário e confirmaram’; “Confirmaram q param tudo se votarmos com cunha”.

2 - conversa cubucu-001

Cabuçu não negou a autenticidade da conversa. Nem ela foi desmentida posteriormente.

Aparentemente, Cabuçu termina a conversa com o tal interlocutor sem estar convencido de que a estratégia de Cunha, Temer & cia dará certo.

Sérgio Machado também tem dúvidas sobre uma solução jurídica para o seu caso e pressiona Jucá por uma saída política.

5 - trechos-004

Após esse diálogo segue-se um longo silêncio.

Jucá retoma, perguntando a Sérgio Machado se conversou com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado.

Após manifestar sua confiança em Jucá em resolver a situação, Machado diz que quer conversar com o ex-presidente José Sarney e o “vice”.

Naquele contexto, tudo indica que se referisse ao então vice-presidente Michel Temer. Porém, pelo que foi divulgado, ficou parecendo que Machado queria um encontro apenas com Sarney e Renan.

6 - trechos-4

Portanto, os “esses três” apontados por Jucá em frase não divulgada na íntegra são: Renan, Sarney e provavelmente Temer.

Machado faz uma cobrança: que esses “encontrem uma saída” para a situação.

A conversa torna-se dramática com a exposição da suposta estratégia de Janot de enviar o processo de Sérgio Machado para o juiz Sérgio Moro, em Curitiba (PR). Descer é confessar, é fazer a delação.

Para começar, num trecho incompreensível, Temer pode ter sido citado por Machado. Ficou essa dúvida na transcrição do áudio tratado, por isso está pintada de laranja.

Pela transcrição incompleta do áudio, fica omitida também a atuação de Jucá: “Eu converso com o Renan, converso com o Sarney, ouço a eles e vamos sentar pra gente…”

Jucá diz ainda que “precisará ver também as suas coisas”.

7 - trechos-5

Na conversa, Juca e Machado reafirmam um acordo. Na transcrição divulgada, é omitida uma fala crucial de Jucá: “É o acordo, botar o Michel”.

trechos-6

Fica claro que Romero Jucá não apenas opina que a única saída política é trocar o governo.

Jucá atuava para isso e ali, na conversa com Machado, ele estava ali articulando uma ação política, como afirmou no começo da conversa. Um conluio para depor a presidenta Dilma.

Diante dessas incongruências, cabe ao ministro Teori Zavascki e ao procurador-geral Rodrigo Janot a divulgação da íntegra dos áudios e das degravações das fitas de Sérgio Machado, livres de erros de transcrição ou omissões.

É vital que a sociedade conheça, diretamente da fonte, o inteiro teor dessas conversas nada republicanas. Se ainda existe justiça neste país, os áudios não podem ficar de fora do processo de defesa da presidenta Dilma Rousseff.

*Marcelo Zelic é vice-presidente do Grupo Tortura Nunca Mais-SP e membro da Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo. Coordenador do Projeto Armazém Memória. www.armazemmemoria.com.br

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Machado: o homem-bomba detonou

Abaixo a íntegra da degravação revista do áudio publicado pela Folha de S. Paulo, em 23/05/2016.

Em amarelo partes do diálogo, cujas partes inaudíveis foram recuperadas, onde lacunas e incongruências foram corrigidas. Em laranja, trecho onde há dúvida sobre o conteúdo.

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Degravação publicada pela Folha de S. Paulo

Primeiro Trecho

Sérgio Machado – Acontece o seguinte, objetivamente falando, com o negócio que o Supremo fez [autorizou prisões logo após decisão de segunda instância], vai todo mundo delatar.

Romero Jucá – Exatamente, e vai sobrar muito. O Marcelo, e a Odebrecht, vão fazer.

Machado – Odebrecht vai fazer.

Jucá – Seletiva, mas vai fazer.

Machado – A Camargo vai fazer ou não. Eu estou muito preocupado porque eu acho que… O Janot está a fim de pegar vocês. E acha que eu sou o caminho.

Jucá – [inaudível]

Machado – Hum?

Jucá – Mas como é que está sua situação?

Machado – Minha situação não tem nada, não pegou nada, mas ele quer jogar tudo pro Moro. Como não tem nada e como eu estou desligado…

Jucá – É, não tem conexão né…

Machado – Não tem conexão, aí joga pro Moro. Aí fodeu. Aí fodeu para todo mundo. Como montar uma estrutura para evitar que eu “desça”? Se eu descer…

Jucá – O que que você acha? Como é que voc…

Machado – Eu queria discutir com vocês. Eu cheguei a essa conclusão essa semana. Ele acha que eu sou o caixa de vocês, o Janot. Janot não vale “cibazol” [algo sem valor]. Quem esperar que ele vai ser amigo, não vai… […] E ele está visando o Renan e vocês. E acha que eu sou o canal. Não encontrou nada, não tem nada.

Jucá – Nem vai encontrar, né, Sérgio.

Machado – Não encontrou nada, não tem nada, mas acha… O que é que faz? Como tem aquela delação do Paulo Roberto dos 500 mil e tem a delação do Ricardo, que é uma coisa solta, ele quer pegar essas duas coisas. ‘Não tem nada contra os senadores, joga ele para baixo’ [Curitiba]. Tem que encontrar uma maneira…

Jucá – Você tem que ver com seu advogado como é que a gente pode ajudar. […] Tem que ser política, advogado não encontra [inaudível]. Se é político, como é a política? Tem que resolver essa porra… Tem que mudar o governo pra poder estancar essa sangria.

Machado – Tem que ser uma coisa política e rápida. Eu acho que ele está querendo… o PMDB. Prende, e bota lá embaixo. Imaginou?

Jucá – Você conversou com o Renan?

Machado – Não, quis primeiro conversar contigo porque tu é o mais sensato de todos.

Jucá – Eu acho que a gente precisa articular uma ação política.

Machado -…quis conversar primeiro contigo, que tenho maior intimidade. Depois eu quero conversar com Sarney e o Renan, com vocês três. […] Eu estou convencido, com essa sinalização que conseguiu do Eduardo [incompreensível]. Desvincula do Renan.

Jucá – Mas esse negócio do Eduardo está atacando [incompreensível].

Machado – Mas ele [Janot] está querendo pegar vocês, tenho certeza absoluta.

Jucá – Não tem duas dúvidas.

Machado – Não, tenho certeza absoluta. E ele não vale um ‘cibazol’. É um cara raivoso, rancoroso e etc. Então como é que ele age? Como não encontrou nada nem vai encontrar. [inaudível]

Jucá – O Moro virou uma ‘Torre de Londres’.

Machado – Torre de Londres.

Jucá – Mandava o coitado pra lá para o cara confessar.

Machado – Pro cara confessar. Então a gente tem que agir como [incompreensível] e pensar numa fórmula para encontrar uma solução para isso.

Jucá – Converse com ele [Renan], converse com o Sarney, ouça eles, e vamos sentar pra gente…

Machado – Isso, Romero, o que eu acho primeiro: que é bom pra gente.

[…]

Segundo Trecho

Jucá – Eu acho que você deveria procurar o Sarney, devia procurar o Renan,e a gente voltar a conversar depois. [incompreensível] ‘como é que é’.

Machado – É porque… Se descer, Romero, não dá.

Jucá – Não é um desastre porque não tem nada a ver. Mas é um desgaste, porque você, pô, vai ficar exposto de uma forma sem necessidade. […]

Machado – O Marcelo, o dono do Brasil, está preso há um ano. Sacanagem com Marcelo, rapaz, nunca vi coisa igual. Sacanagem com aquele André Esteves, nunca vi coisa igual.

Jucá – Rapaz… [concordando]

Machado – Outra coisa. A frouxidão de vocês em prender o Delcídio foi um negócio inacreditável. [O Senado concordou com prisão decretada pelo STF]

Jucá – Sim, pô, não adianta soltar o Delcidio, aí o PT dá uma nota, tira o cara, diz que o cara é culpado, como é que você segura uma porra dentro do plenário?

Machado – Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara…

Jucá – Pô, pois então. Ali não teve jeito não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui, a imprensa toda, os caras não seguraram, não.

Machado – Eu sei disso, foi uma cagada.

Jucá – Foi uma cagada geral.

Machado – Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não que não dá interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez ADIN, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra…

Jucá – [incompreensível] no Brasil.

Machado – Não escapa pedra sobre pedra.

[incompreensível]

Machado – Eu estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.

Jucá – Não, tem que cuidar mesmo.

Machado – Eu estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo, da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.

Jucá – Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha… É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.

Machado – E ele [Janot] não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como ele não tem nada, ele quer ver se o Moro arranca…

Jucá -…para subir de novo.

Machado -…para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra… A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?

Jucá – Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.

Machado – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel.

Jucá – [concordando] Só o Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá – Com o Supremo, com tudo.

Machado – Com tudo, aí parava tudo.

Jucá – É. Delimitava onde está, pronto.

Machado – Parava tudo. Ou faz isso… Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?

Jucá – Não vi, não. O Moro?

Machado – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…

Jucá – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional não ganha eleição, não.

Machado – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…

Jucá – É, a gente viveu tudo.

Machado – Mas o cara não foi preso em flagrante, tem que respeitar a lei. Respeito à lei, a lei diz clara…

Jucá – Pô, pois então. Ali não teve jeito não. A hora que o PT veio, entendeu, puxou o tapete dele, o Rui, a imprensa toda, os caras não seguraram, não.

Machado – Eu sei disso, foi uma cagada.

Jucá – Foi uma cagada geral.

Machado – Foi uma cagada geral. Foi uma cagada o Supremo fazer o que fez com o negócio de prender em segunda instância, isso é absurdo total que não que não dá interpretar, e ninguém fez nada. Ninguém fez ADIN, ninguém se questionou. Isso aí é para precipitar as delações. Romero, esquentou as delações, não escapa pedra…

Jucá – [incompreensível] no Brasil.

Machado – Não escapa pedra sobre pedra.

[incompreensível]

Machado – Eu estou com todos os certificados do TCU, agora me deram, não devo nada, zero. E isso adianta alguma coisa? Então estou preocupado.

Jucá – Não, tem que cuidar mesmo.

Machado – Eu estou preocupado porque estou vendo que esse negócio da filha do Eduardo, da mulher, foi uma advertência para mim. E das histórias que estou sabendo, o interesse é pegar vocês. Nós. E o Renan, sobretudo.

Jucá – Não, o alvo na fila é o Renan. Depois do Eduardo Cunha… É o Eduardo Cunha, a Dilma, e depois é o Renan.

Machado – E ele [Janot] não tem nada. Se ele tivesse alguma coisa, ele ia me manter aqui em cima, para poder me forçar aqui em cima, porque ele não vai dar esse troféu pro Moro. Como ele não tem nada, ele quer ver se o Moro arranca…

Jucá -…para subir de novo.

Machado -…para poder subir de novo. É esse o esquema. Agora, como fazer? Porque arranjar uma imunidade não tem como, não tem como. A gente tem que ter a saída porque é um perigo. E essa porra… A solução institucional demora ainda algum tempo, não acha?

Jucá – Tem que demorar três ou quatro meses no máximo. O país não aguenta mais do que isso, não.

Machado – Rapaz, a solução mais fácil era botar o Michel.

Jucá – [concordando] Só o Renan que está contra essa porra. ‘Porque não gosta do Michel, porque o Michel é Eduardo Cunha’. Gente, esquece o Eduardo Cunha, o Eduardo Cunha está morto, porra.

Machado – É um acordo, botar o Michel, num grande acordo nacional.

Jucá – Com o Supremo, com tudo.

Machado – Com tudo, aí parava tudo.

Jucá – É. Delimitava onde está, pronto.

Machado – Parava tudo. Ou faz isso… Você viu a pesquisa de ontem que deu o Moro com 18% para a Presidência da República?

Jucá – Não vi, não. O Moro?

Machado – É aquilo que você diz, o Aécio não ganha porra nenhuma…

Jucá – Não, esquece. Nenhum político desse tradicional não ganha eleição, não.

Machado – O Aécio, rapaz… O Aécio não tem condição, a gente sabe disso, porra. Quem que não sabe? Quem não conhece o esquema do Aécio? Eu, que participei de campanha do PSDB…

Jucá – É, a gente viveu tudo.

As omissões na transcrição da conversa de Jucá e Machado, por Marcelo Zelic | GGN

30/05/2016

O Maquiavel da Cleptocracia

OBScena: há que se Temer CUnha!

Cunha & TemerO porta-voz da plutocracia ganha espaço na Folha para se contrapor à Dilma. Pior do que isso, é não só termos de ouvir as invectivas deste proprietário de contas na Suíça e de extensa FOLHA corrida, que remonta a PC Farias, mas aceitarmos que seja destituída uma Presidenta honesta para que uma verdadeira quadrilha se instalasse. Apesar da quantidade de provas produzidas, não pelas instituições brasileiras, mas pela Suíça, Eduardo CUnha age como verdadeiro comandante. Sua atitude desafiadora e despudorada, que demonstra ao mesmo tempo impunidade e desfaçatez, ilustra de forma clara e cristalina que ser corrupto é condição sine qua non para ser aceito pela plutocracia brasileira. Ao aceitar passivamente o sindicato de ladrões, nossas sociedade prova que, em termos de decência, tem hímen complacente.

A construção e condução de todas as medidas que inviabilizaram o segundo governo Dilma passaram pelas mãos de Eduardo CUnha. Faz-se necessário esclarecer, já que nenhum grupo de mídia o faz, que foi no papel de articulador político de Dilma que Michel Temer conduziu Eduardo CUnha à Presidência do Congresso. Não sou eu quem diz, são as gravações: Temer é CUnha, CUnha é Temer.

Mas nada isso nos espanta, afinal, recordista em delações, o Napoleão das Alterosas continua curtindo a vida adoidado. A descida de nível fica perceptível por conta das propostas revolucionárias entregues ao Ministro da Educação pelo ator pornô, Alexandre Frota.

Quando a máfia chega ao poder, acaba a omertà, porque o silêncio só é necessário quando busca se viabilizar. Pago o pizzu, os grupos mafiomidiáticos silenciam e aí o despudor vira ostentação. Os golpistas podem desfrutar do botim cantando o hino da complacência: “tá tranquilo, tá favorável”.  Eduardo CUnha já pode ser tratado como o Maquiavel da Cleptocracia. Seu tratado da boa política diz que Dilma, por ser uma mulher honesta e não transar em Furnas, torna-a despreparada para um governo do tipo de se Temer.

Cunha rebate Dilma e diz que petista demonstra ‘despreparo para governar’

Eduardo Cunha rebate acusações da presidente presidente afastada Dilma Rousseff

DE BRASÍLIA – 29/05/2016 12h48 – Atualizado às 14h39

Alvo de acusações feitas pela presidente afastada Dilma Rousseff, o deputado federal afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) voltou a rebater a petista neste domingo (29). Em mensagens postadas no Twitter, ele afirmou que, "além de sua arrogância e das mentiras habituais, ela demonstra a sua incapacidade e despreparo para governar".

"Dilma mente tanto que já estamos aprendendo a identificar do ela (sic) mente; basta mover os lábios. Se até o Lula se arrependeu de ter escolhido ela, imaginem aqueles que ela fez de idiota, mentindo na eleição. Para ela, apenas uma frase: tchau querida", escreveu Cunha.

Em entrevista à Folha neste domingo, Dilma afirma que o governo do presidente interino Michel Temer "terá que se ajoelhar" diante de Cunha. Dilma diz ainda que "as razões para o impeachment estão cada vez mais claras", ao citar as gravações feitas pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, e diz que Cunha é a "pessoa central do governo Temer".

Presidente afastada, Dilma Rousseff, da entrevista exclusiva à Folha no Palácio da Alvorada

"Isso ficou claríssimo agora, com a indicação do André Moura [deputado ligado a Cunha e líder do governo Temer na Câmara]. Cunha não só manda: ele é o governo Temer. E não há governo possível nos termos do Eduardo Cunha", disse a petista.

"Além da arrogância e das mentiras habituais, ela demonstra a sua incapacidade de governar. Além do crime de responsabilidade cometido e que motivou o seu afastamento, as suas palavras mostram o mal que ela fez ao país. Com o descontrole das contas públicas, aumenta a inflação e a despesa de juros da dívida pública. A sua gestão foi um desastre", rebateu o deputado.

Cunha foi afastado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) sob o argumento de que há indícios de que ele tentava impedir as investigações da operação Lava Jato e seu processo de cassação no Conselho de Ética da Câmara.

Na tarde deste sábado (28), o peemedebista também se manifestou contra a presidente afastada em seu Twitter. Ele divulgou um vídeo com um trecho da entrevista concedida à repórter Mariana Godoy, da Rede TV!, em 20 de maio, em que diz que o Brasil teve um "golpe de sorte".

No vídeo, ele toca bateria e aparece com a legenda de "O Malvado Favorito", em referência ao vilão de coração mole da animação de 2010 —e como era chamado no Palácio do Planalto na época em que era apenas um aliado incômodo.

"Pode ser que tenha tido um golpe no Brasil, mas foi um golpe de sorte, porque conseguimos nos livrar do PT e da Dilma de uma vez só", afirma no vídeo, declaração que reproduziu na sua mensagem deste sábado.

Em nota, o presidente do DEM, senador José Agripino (RN), também criticou as afirmações de Dilma. Ele afirmou que a presidente deixa claro que "sua única preocupação" é voltar ao governo.

"Não está nem aí para as mazelas que deixou para o novo governo consertar. Para ela, é criar imposto para não parar programa social, esquecendo que, quando saiu, o Minha Casa, Minha Vida já estava parando. Enganação igual àquela da conta de luz. Ela não aprendeu que, quando o povo flagra, só se deixa enganar uma vez", afirmou o senador na nota divulgada por sua assessoria de imprensa.

O líder do Governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), um dos principais aliados de Cunha, também criticou Dilma. Em nota, disse que as declarações da petista são "desajustadas, resultado do desespero pela perda do poder". "Quem se ajoelhou foi Dilma Rousseff, que se rendeu às propinas no escândalo revelado pela Operação Lava-jato", afirma o deputado, que, ao lado de Cunha, também é alvo de inquérito sob suspeita de participar do petrolão.

13/04/2016

Rede Globo & RBS conduzem a marcha para Cleptocracia

OBScena: o ponto de de chegada da marcha dos zumbis cabresteada pela Rede Globo

Há que se admirar a capacidade da Rede Globo de convencer as pessoas a se jogarem no abismo. O nonsense é tão grande que, de boa-fé, as pessoas manifestação para instalar governantes que proíbem manifestações. A prova inconteste da força manipuladora da Rede Globo pode ser medida pela total incapacidade dos governos petistas em lidarem com este fato.

De norte a sul, qualquer pessoa que tenha dois neurônios percebeu a incompatibilidade dos A$$oCIAdos do Instituto Millenium com a Democracia. E, no entanto, Executivos Federal, Estaduais e Municipais administrados pelo PT continuam drenando recursos públicos às cinco famiglias (Frias, Civita, Mesquita, Marinho & Sirotsky). Pior, em datas comemorativas dos grupos mafiomidiáticos, parlamentares sobem às tribunas para tecerem elogios aos grupos e seus respectivos donos. Com isso, não só endossam o ideário golpista que os movem, como sinaliza aos seus eleitores para amarem quem neles batem.

Só a psiquiatria para explicar porque, apesar de todo o golpismo desenfreado, políticos petistas continuam “valorizando” os espaços concedidos, quando na verdade estão apenas legitimando os arautos do golpe.

Se pessoas mais instruídas, que dizem professar ideário de esquerda, sequer conhecem a história recente, o que esperar da manada que bovinamente segue o chamado da égua madrinha do golpe?!

Como se não bastasse o fato de estes mesmos grupos já terem participado de outros golpes, frustrados ou frutíferos, na democracia por várias vezes interferiram no funcionamento da democracia. O Escândalo da Parabólica, com Carlos Monforte e Rubens Ricúpero no comando, revelou a que ponto a Rede Globo se imiscuiu para defender o amante de sua funcionária. E nem se fala no debate manipulado entre Lula e Collor, mas da fraude conhecida como a tentativa de manipular as eleições por meio da Proconsult.

No RS a situação parece ser ainda pior. A RBS conseguiu eleger sucessivos governantes, também conhecidos como Cavalos Paraguaios. E não é sem motivo que se pode associar o aparecimento da RBS Operações como a Pavlova, Portocred e Zelotes  com a influência no CARF, tCU (Augusto Nardes), com a eleição de dois senadores (Ana Amélia Lemos e Lasier Martins). Como não lembrar do Diógenes de Oliveira denunciando a existência de contas da RBS na lavanderia chamada Ilhas Cayman?! Pois bem, de lá para cá surgiram outras ilhas de lavagem e, vejam só, todos os golpistas aparecem numa destas listas: Lista Falciani do HSBC, Lista de Furnas, que teria abastecido inclusive o cavalo de tróia deixado por FHC no STF, a Lista Odebrecht, e agora o Panama Papers… E, para cúmulo, em nenhuma delas estão as vítimas do golpe: Lula, Dilma e o povo!

Se o PT não foi capaz de entender o que o Leonel Brizola falava da Rede Globo, pior ainda ficou o PDT gaúcho, que virou sigla de aluguel da Rede Baita Sonegadora. Ao contrário do golpe na Venezuela, no Brasil o Golpe será televisionado

Do Panamá às Ilhas Virgens, o know how da Globo em abrir empresas em paraísos fiscais. Por Joaquim de Carvalho

Postado em 12 Apr 2016 – por : Joaquim de Carvalho

Desde que o Mossack Fonseca se tornou o centro de um escândalo de corrupção internacional, que já derrubou o primeiro-ministro da Islândia, surge mais uma vez a pergunta que não quer calar: a Globo está no meio da papelada tirada dos arquivos do escritório?

Em pelo menos uma empresa aberta pelo escritório panamenho, aparece o nome de um membro da família Marinho. É Paula, filha de João Roberto Marinho, relacionada num manuscrito sobre contabilidade da Mossack Fonseca junto a clientes brasileiros que têm offshores administradas pelo escritório.

O nome de Paula está vinculado à empresa Vaincre, controladora da Agropecuária Veine Patrimonial, proprietária de um tríplex na praia de Santa Rita, em Paraty.

Os papéis que apontam para Paula Marinho foram obtidos na apreensão da Polícia Federal durante a Operação Lava-Jato no Brasil, em janeiro, que buscava apontar o vínculo entre a Mossack Fonseca e outro tríplex, o do Guarujá, que havia sido reservado pela empreiteira OAS para o ex-presidente Lula.

A anotação faz parte dos papéis apreendidos no escritório da empresa no Brasil, no Conjunto Nacional, Avenida Paulista, São Paulo. Sobre Lula, não se encontrou nenhum documento.

Depois da Operação Lava Jato, o nome Mossack Fonseca voltou ao noticiário no mês de março, mas não apenas no Brasil. O jornal alemão Süddeutsche Zeitung revelou ter recebido 11 milhões de documentos encontrados na matriz da Mossack Fonseca (cidade do Panamá), aparentemente fruto da ação de um hacker.

Apenas uma parcela mínima desses documentos foi divulgada até agora e nenhum dos papéis tornados públicos se relaciona à TV Globo, mas ler a descrição de uma das finalidades criminosas da administração das offshores pela Mossack é como refazer o caminho que fiz até chegar às Ilhas Virgens Britânicas, onde a Globo abriu uma empresa de papel com o objetivo de sonegar impostos no Brasil.

Era fim de uma tarde de janeiro de 2015 quando o barco que partiu de Saint Thomaz, nas Ilhas Virgens Americanas, chegou até Road Town, Tortola, uma das Ilhas Virgens Britânicas.

A capital das Ilhas Virgens Britânicas é como uma pequena cidade do litoral brasileiro – tem 35 mil habitantes. Só que muito mais rica, e com morros cobertos de vegetação verde escura, e não casas amontoadas, como se veem em muitas cidades do litoral brasileiro.

Ao contrário, as casas no alto dos morros em Road Town são grandes, distantes umas das outras, e com mais de um carro na garagem.

Ilhas Virgens é um território ultramarino britânico, seus moradores são súditos da Rainha Elisabeth, assim como os ingleses, mas têm autonomia administrativa. A moeda oficial é o dólar, o que mostra a influência dos vizinhos Estados Unidos.

Sobrou pouco da cultura inglesa, como os automóveis circulando na pista da esquerda. Mas a maioria dos carros usados ali é fabricada nos Estados Unidos, e tem volante também no lado esquerdo do veículo, o que provoca alguma confusão a quem não está acostumado. Mão inglesa com carro americano.

Talvez por isso é que existam algumas placas avisando: mantenha-se à esquerda. Outra placa curiosa é a que informa a rota de tsunami.

Os moradores contam que nunca houve ondas gigantes por lá, mas, depois da tragédia de 2004 na Ásia, a administração pública decidiu indicar a rota de fuga, em caso de tsunami.

A direção é o alto do morro, de onde se tem uma visão belíssima das Ilhas Virgens. São muitas ilhas. Tanto que o primeiro europeu a chegar aqui, Cristóvão Colombo, em 1493, deu ao local o nome de Santa Úrsula e Suas Mil Virgens.

No local, viviam índios, depois vieram espanhóis, holandeses, dinamarqueses, ingleses e americanos. O pirata inglês Edward Teach,  conhecido como Barba Negra, viveu ali. Segundo a lenda, Road Town era a base de onde Barba Negra saía para atacar navios franceses.

Com o ciclo da cana, vieram os escravos negros, para trabalhar nas fazendas locais. Com a liberdade, houve uma reforma agrária, e os negros passaram a ter pequenas propriedades.

A história das Ilhas está contada em uma grande pintura, no alto de um morro, ponto turístico dos milhares que vêm aqui todas as semanas, muitos deles em cruzeiros marítimos.

O dinheiro do turismo e das taxas de empresas atrai também pequenos comerciantes e trabalhadores do mundo todo. Conversei com um jovem que veio de Granada, e trabalha em um resort. Recebe cerca de 2.500 dólares, o salário mínimo, e nas horas vagas vendia cup cake perto de uma marina: 2 dólares cada um.

Sede da empresa que administrava a offshore da Globo no Caribe

Sede da empresa que administrava a offshore da Globo no Caribe

A renda extra se justifica: o custo de vida nas Ilhas pode ser dimensionado pelo preço de um litro de suco de laranja no supermercado: o equivalente a 20 reais.

Uma amiga dele, funcionária de uma marina, ficou impressionada ao saber que, no Brasil, o salário mínimo é de 300 dólares (à época).

“Vi o filme ‘Rio’ e tenho vontade de conhecer seu país. Mas, com esse salário, deve ter muita gente pobre lá.”

Em uma praia, vi a bandeira brasileira, colocada ao lado da bandeira das Ilhas Virgens Britânicas numa barraca que vende suvenires. “Os brasileiros são muito bons, amigos, gosto deles. Mas não gostaria de morar no seu país. Soube que tem muitos ladrões nas ruas”, disse o dono da barraca, que usa uma bandana, como a dos piratas.

Numa quadra comercial, o dono de uma loja de acessórios para celulares, contou que veio da Palestina às Ilhas Virgens por causa dos dólares. “O poder de compra é alto”, conta.

O vietnamita Pituong Nguyen saiu da cidade de Camau para abrir um restaurante de comidas rápidas, tipo bandejão, mas sem balança, onde o prato mais barato sai por R$ 35,00 – preço incrivelmente baixo para os padrões locais.

De segunda-feira a domingo, atende turistas do mundo inteiro e também moradores da ilha, muitos imigrantes como ele.

Domingo de manhã, em Road Town, veem-se homens e mulheres bem vestidos, descendo dos carros de terno e vestidos longos, para ir a uma das muitas igrejas locais. A maioria é protestante, mas há também católicos e anglicanos.

Uma faixa perto do centro esportivo anuncia um festival gospel.

A religião ocupa um grande espaço nesta pequena cidade, onde os homens de negócios nem precisam vir para abrir ou movimentar suas empresas.

Foi no ano de 1986 que as Ilhas Virgens Britânicas começaram a admitir o registro de empresas offshore e ofereceu vantagens, como tributação zero, desde que a empresa mantivesse ali apenas registros, não atividades reais.

A paisagem mudou e surgiram muitos prédios com placas de bancos, empresas de seguro e outras de suporte e intermediação de negócios, como Scotiabank, National Bank of The Virgin Islands, First Caribbean Internacional Bank, Sotheby’s… e Mossack Fonseca, instalada na rua De Castro, número 24.

Atrás desses corporações, estão as offshores, cujo significado literal é “afastado da costa”, um trocadilho sobre a natureza dessas sociedades empresariais, que ficam longe de suas matrizes, e um termo usado na indústria petrolífera – offshore é como são chamadas as operações de extração de petróleo longe da costa.

A indústria do petróleo foi a primeira a usar pequenos países estrangeiros para contornar obrigações legais. Há mais de 50 anos, gigantes do setor abriram empresas de transportes em países como o Panamá – eis a razão de se encontrar lá a Mossack.

Vendiam o petróleo a preço baixo para essas companhias (que eram deles mesmos), que o revendiam a preço elevado, mas em país de tributação favorecida.

Além disso, caso houvesse acidente, o prejuízo seria menor, já que as empresas de transporte não tinham grande patrimônio em seu nome para ser penhorado em caso de indenização.

O negócio no Panamá deu tão certo que logo mafiosos, traficantes de drogas e de armas, corruptos e sonegadores começaram a fazer o mesmo, aproveitando que, nestes locais, a propriedade real da empresa é mantida em sigilo, o que, para eles, significa o paraíso – um paraíso fiscal.

Muitos brasileiros foram para as Ilhas Virgens Britânicas, como os cartolas do futebol mundial Ricardo Teixeira e João Havelange e a TV Globo.

É na categoria de sonegador que se encaixa a TV Globo em sua incursão pelas ilhas do Caribe.

“Vários dos atos praticados pela fiscalizada estavam completamente dissociados de uma racional organização empresarial e, consequentemente, de que a aquisição dos direitos de transmissão, por meio de televisão, da competição desportiva de futebol internacional, com intuito de fugir da tributação mais desfavorecida”, anotou o auditor da Receita Federal Alberto Zile no relatório do processo contra a Globo por sonegação.

O processo foi aberto em 2005, provavelmente a partir da comunicação de um governo estrangeiro, e concluído em 2006, para apurar o contrato firmado com a Fifa para a aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.

O auditor Zile usa termos pesados contra a Globo, como fraude, crime contra ordem tributária e simulação, e junta um documento materializa o crime de sonegação.

É uma correspondência datada de 18 de abril de 2001, em que o Banco Central do Brasil comunica a dois executivos da Globo que havia aprovado o pedido da empresa de remeter de 221 milhões de dólares para “fins de investimento brasileiro no exterior, na Globinter Investment N.V, em Curaçao, nas Antilhas Holandesas.”

O documento, visto em seu aspecto formal, revela a atuação de uma empresa nacional em busca de novos mercados.  Uma ação meritória, digna de aplausos.

Quando a correspondência é confrontada com a realidade factual, não pelo que se lê, mas pelo que se vê atrás do papel, o que sobressai é a Globo enganando as autoridades brasileiras para não pagar impostos, no valor correspondente a 55 milhões de dólares, ou seja, 25% do bem adquirido.

A Globinter era uma offshore assumidamente controlada pela Globo – legal, portanto –, mas a remessa de dólares era para adquirir, por intermédio da Globinter, outra empresa, a Empire Investmente Group, com sede nas Ilhas Virgens Britânicas e proprietários ocultos.

O representante da Empire Investment Group foi quem assinou o termo de venda da empresa, que tem ainda as assinaturas dos representantes da Globinter Investments, e de Roberto Irineu Marinho e João Roberto Marinho, donos da TV Globo.

Na prática, Roberto Irineu e João Roberto estavam fazendo um negócio deles com eles mesmos. O contrato era apenas uma manobra para esconder da Receita Federal os impostos devidos pela aquisição dos direitos de transmitir a Copa do Mundo de 2002 para o Brasil.

Com suas praias belíssimas, Road Town poderia até ser cenário de novela, mas, em termos de produção de TV, a Globo não teria nada para comprar ali. Muito menos por 221 milhões de dólares em dinheiro da época.

Sobre a Empire, disse o funcionário de uma empresa de informática no térreo do prédio onde consta o endereço da offshore: “Nunca ouvi falar”.

“Já prestei serviço para muitas empresas daqui, mas nunca soube que existisse essa empresa Empire. Duzentos e vinte milhões de dólares? É muito dinheiro…”, comentou o taxista Roy George, um dos poucos que aceitam se identificar num assunto “muito delicado”, como observa o dono de uma empresa vizinha da Empire.

Verifiquei também os documentos de fundação da Empire e fui atrás da procuradora autorizada, Nancy E. A. Grant, e de uma testemunha que consta no mesmo documento, Hellen Gunn Sullivan, no antigo escritório da Ernst & Young, no Jayla Place.

O "endereço" da "Empire" nas Ilhas Virgens: empresa da Globo nunca funcionou aqui

O “endereço” da “Empire” nas Ilhas Virgens: empresa da Globo nunca funcionou aqui

“Eles se mudaram”, informou a gerente da Appleby, empresa que também administra offshore (legal, como informa em seu site), que então agora ocupava a metade do terceiro andar do edifício onde estava a Ernest & Young, a empresa que administrava a offshore da Globo.

A EY foi para prédio mais distante do centro, ao lado da marina The Moorings. “Não conheço nenhuma delas”, diz a advogada que nasceu em Santo Domingo, República Dominicana, que me atendeu em pé, na recepção do escritório. Ao ser informada do assunto, fez questão de esclarecer:

— Em Road Town, não administramos mais offshore. Somos uma empresa de contabilidade.

A EY transferiu todas as suas atividades de trust (administração por relação de confiança) para as Bahamas, e vendeu seus ativos (as empresas de papel) para a Tricor, que funciona no prédio do First Caribbean Bank.

Carol, a gerente inglesa da Tricor,  demonstrou incômodo quando me apresentei como jornalista brasileiro.

“O que você faz aqui?”, questionou, para em seguida dizer que Nancy, a procuradora da Empire (leia-se Globo), era sua antecessora na gerência da empresa. “Ela voltou para a Inglaterra, mas mesmo que estivesse aqui não poderia dar informação. Essas informações são fechadas”, disse.

Existem empresas que se instalam em Road Town, ainda que só existam no papel, e agem dentro da lei em seus países de origens, mas para a Receita Federal não foi este o caso da Globo. Não foram também as praias de água cristalina nem a floresta verde esmeralda que a fizeram aportar por aqui.

No processo que apurou a sonegação, encontrei um ofício da Globo, em resposta a uma indagação do auditor fiscal: depois de relutar, um procurador da empresa admitiu que a Empire era, sim, controlada pelos donos da TV Globo. E a empresa tinha um único bem: os direitos de transmissão da Copa do Mundo no Brasil.

Ou seja, a Globo mentiu para o Banco Central ao dizer que fazia investimento no exterior. Ela estava remetendo dinheiro para ela mesma, simulando uma compra, tudo para não recolher no Brasil o imposto de renda devido.

Diante desse quadro descrito, documentado pela Receita Federal, diminui a relevância da resposta à pergunta que está no primeiro parágrafo desta reportagem: a Globo está na papelada da Mossack Fonseca?

A Mossack Fonseca ou a Ernst Young fabricam offshores da mesma forma como a Taurus ou a Rossi fabricam revólveres.

O que o cliente faz com a offshore ou com a arma de fogo é o que importa, e define se se trata de crime ou não. No caso da Empire, não há dúvida: era sonegação.

Mas não houve denúncia, nem julgamento, sabem-se apenas os nomes dos acusados: Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho.

Na véspera de serem denunciados ao Ministério Público Federal, em janeiro de 2007, o processo que os acusava desapareceu da Receita Federal, subtraído por uma funcionária, que hoje mora num apartamento de luxo em Copacabana, Rio de Janeiro.

(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).

Sobre o Autor

Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquim.gil@ig.com.br

Diário do Centro do Mundo Do Panamá às Ilhas Virgens, o know how da Globo em abrir empresas em paraísos fiscais. Por Joaquim de Carvalho

11/04/2016

Só um golpe salva a Rede Roubo

A RBS está na Operação Zelotes, Pavlova e Portocred. A Globo está na Lista Falciani do HSBC e no Panama Pappers. Nesta corrida, na frente de ambas, está o ventríloquo do golpe, Eduardo CUnha.

A a$$oCIAção dos Quinta Colunas com os golpistas está solapando a economia e sujando o nome do Brasil que tanto custou ao Lula limpar.

A jogada é tão simples como bem ensaiada: acusa-se uns para limpar a barra dos parceiros do golpe. O golpe até poderá vingar, mas os golpistas, não. Como diz o ditado, a política adora uma traição, mas odeia os traidores.

Ou o Brasil acaba com os golpistas ou eles ainda vão transformar o Brasil em mais um Estado Norte-Americano. E tudo isso para que por ir a Miami comprar ternos chineses…

A montanha de papéis movimentada na caça ao Grande Molusco pariu uma ninhada de ratos. Só nos resta fazer uma Ratatouille com os golpistas…

A caçada ao Lula para livrar a cara de notórios salafrários da Rede Globo, RBS, Gerdau, Nardes, Capez são seu verdadeiro atestado idoneidade:

  • 4 inquéritos abertos por procuradores federais de Brasília e do Paraná;
  • 2 inquéritos diferentes sobre os mesmos fatos, abertos por procuradores federais e do estado de São Paulo, o que é inconstitucional;
  • 3 inquéritos policiais abertos pela Polícia Federal em Brasília e no Paraná;
  • 2 ações de fiscalização da Receita Federal;
  • Quebra do sigilo fiscal e bancário de Lula, do Instituto Lula, da LILS Palestras e de mais 12 pessoas e 38 empresas de pessoas ligadas ao ex-presidente;
  • Quebra do sigilo telefônico e das comunicações por internet de Lula, de sua família, do Instituto Lula e de diretores do Instituto Lula; até mesmo os advogados de Lula foram atingidos por esta medida ilegal;
  • 38 mandados de busca e apreensão nas casas de Lula e de seus filhos, de funcionários e diretores do Instituto Lula, de pessoas ligadas a ele, executados com abuso de autoridade, apreensões ilegais e sequestro do servidor de e-mails do Instituto Lula;

Nos últimos 10 meses, Lula prestou 4 depoimentos à Polícia Federal e ao Ministério Público e apresentou informações por escrito em 2 inquéritos.

Submetam a Brasif, FHC, Miriam Dutra, Aécio Neves, famiglias Sirotsky, Civita, Frias, Mesquita e Marinho à mesma avalanche persecutório e não sobraria pedra sobre pedra.

A Rede Globo e os “Panama Papers” – O que só foi divulgado na Holanda

8 de Abril de 2016

:

Fraudes, evasão de divisas, sonegação de impostos, superfaturamento, trafico de influência. Os "Panama Papers" dizem respeito aos quatro terabytes de documentos vazados sobre a Mossack Fonseca – matriz internacional de offshores, que criou centenas de empresas de papel pelo mundo com o fim principal de ocultação de patrimônio.

Repórteres de todo mundo estão agora investigando o conteúdo desses papéis. No Brasil, Fernando Rodrigues, membro do Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos, revelou que esquemas envolvem Chefes de Estado de diversos países. Centenas de bancos registraram mais de 15 mil offshores com a panamenha. Sete partidos brasileiros – PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB – têm membros com envolvimento com essas empresas.

Mas, assim como a famosa lista dos implicados no escândalo do HSBC não foi integralmente trazida ao conhecimento dos brasileiros, com os "Panamá Papers" provavelmente ocorre o mesmo. A mídia tem protegido o maior conglomerado de comunicação da América do Sul: o Grupo Globo.

As atividades Mossack Fonseca são objeto das Operações Lava Jato e Ararath. Carolina Auada e Ademir Auada, representantes da Mossack Fonseca no Brasil, foram interceptados pelos investigadores da PF destruindo provas. Por isso eles foram presos mas, pouco depois, o juiz Federal Sérgio Moro mandou soltá-los, com uma justificativa violadora dos princípios da lógica elementar, publicada na Folha de São Paulo: "Apesar do contexto de falsificação, ocultação e destruição de provas, (…) na qual um dos investigados foi surpreendido, em cognição sumária, destruindo quantidade significativa de provas, a aparente mudança de comportamento dos investigados não autoriza juízo de que a investigação e a instrução remanescem em risco".

A parcialidade se explica.

Como revelaram reportagens posteriores do "Diário do Centro do Mundo", "Tijolaço", "Viomundo", "Rede Brasil Atual", "O Cafezinho", "Revista Fórum", "Conversa Afiada" e "GGN", a mansão dos Marinho em Paraty (a Paraty House), o heliponto que fica nessa mansão e o helicóptero que a dinastia usa são ou foram, todos, de propriedade de uma dessas empresas de papel criadas pela Mossack Fonseca. Em 25 de fevereiro e em 02 de março eu e outros deputados já havíamos pedido investigações criminais a respeito ao Ministério da Justiça e à Procuradoria Geral da República.

Mas agora os "Panama Papers" revelam mais.

O portal holandês trouw.nl e o "Het Financieele Dagblad" (ou "A Tribuna Financeira"), um jornal de alta circulação na Holanda, fizeram uma análise minuciosa dos documentos vazados. No artigo "Het balletje rolt" ("Bola Rolando") , o que se retrata é o vazamento de documentos que colocam a Rede Globo no centro de um esquema de fraudes e sonegação de impostos em uma parceria criminosa com instituições ligadas ao futebol como a CONMEBOL e a FIFA e alguns de seus dirigentes, por meio de contratos falsos e garantias de exclusividades em transmissões.

Os contratos, segundo as reportagens, dizem respeito aos jogos da Copa Libertadores, cujos direitos de transmissão foram cedidos pela Conmebol "mediante pagamentos extras". Os contratos seriam muito enxutos, com objetos excessivamente amplos, e sem cláusulas de exclusividade – tudo incomum para acordos desse tipo. Isso, aliado aos valores altíssimos, levantam suspeita sobre sua veracidade. O marqueteiro de esporte holandês Frank van den Wall Bake, um dos entrevistados, é categórico: "todos os contratos que envolvem esses atores são falsos". O artigo ainda cita diversas empresas holandesas envolvidas nos esquemas. Dentre elas, duas com nome T&TSM. Uma, com sede nas Ilhas Caymann, responsável por negociar os direitos de transmissão no continente à Rede Globo, outra, com sede na Holanda, que recebeu todos os repasses.

Reiterei ao Ministro da Justiça o pedido de que as operações da Mossack Fonseca no Brasil sejam investigadas. Esperamos que esse não seja mais um caso de impunidade de crimes de colarinho branco, em que indivíduos, empresas e famílias extremamente poderosos saem ilesos de seus crimes financeiros. Os negócios da Globo – não bastasse o mal político que faz ao país, com seu monopólio de opinião que hoje novamente trabalha por um golpe de Estado – precisam ser investigados, porque sobre eles há sérias suspeitas de ilicitude. Se a grande mídia poupa os Marinho, que pelo menos a Polícia Federal faça seu trabalho de forma isenta e responsável.

A Rede Globo e os “Panama Papers” – O que só foi divulgado na Holanda | Brasil 24/7

21/02/2016

Dossiê Organizações Globo

A corrupção que faz a diferença…

Paraty House não é o único playground dos Marinho na região de Angra

publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 01:55

“Para conhecimento de vocês, eu tenho um contrato assinado para vender uma ilha das Organizações Globo”, revelou. De acordo com o ex-diretor, a ilha situa-se na rodovia Niterói-Manilha. Ele frisou que o contrato firmado com as organizações da família Marinho era para que a Costa Global procurasse um leasing imobiliário para vender a área. Segundo ele, o objetivo do negócio era dar apoio para a operação offshore que atuaria para empresas que trabalhavam com a Petrobras, com a Shell, e com outras empresas que têm atividades de produção na Bacia de Campos. “Até para as Organizações Globo estamos prestando serviço”, reafirmou Paulo Roberto. O ex-dirigente disse ainda que constituiu a Costa Global em 2012, após sua saída da estatal. Ele contou que a sua filha, Arianna Azevedo Costa Bachmann, é sua sócia e que a empresa possui 81 contratos firmados. Da Carta Maior, sobre Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras e delator da Lava Jato, em depoimento a CPI no Senado

Pérola no mercado imobiliário: Alex Meyerfreund, herdeiro da família que fundou a fábrica de chocolates Garoto, colocou à venda sua ilha particular na baía de Ilha Grande, em Angra dos Reis. A casa-sede, localizada em uma área com 99% de mata atlântica, reúne sala de estar, jantar e jogos, além de academia, spa, sauna úmida, adega subterrânea, cinco suítes com varandas em bangalôs e uma suíte máster de 135 m². O preço? Em torno de US$ 15 milhões. Do Glamurama, em 23.10.2008

Era comum vê-lo a bordo da lancha Miss Globo na região de Angra dos Reis e Cabo Frio, no Rio de Janeiro. Uma companhia constante e inseparável nos mergulhos em Angra era a do filho José Roberto, que herdou do pai o fascínio pelo mar. Em depoimento ao Memória Globo, ele conta que começou a praticar o esporte, com o pai, aos 12 anos. “Era um programa muito prazeroso. Sair de barco e ir a lugares lindos. Depois, passei a tomar conta dele nas pescarias”. José Roberto lembra dos badejos que pescava com o jornalista nas águas de Angra dos Reis e Paraty. Da Memória oficial de Roberto Marinho

Por TC, especial para o Viomundo

João Roberto e Roberto Irineu Marinho, herdeiros da TV Globo, aparecem em registros digitais como proprietários de duas ilhas no litoral brasileiro.

Uma é a ilha Josefa, em Angra dos Reis, que João Roberto comprou de Alex Meyerfreund, ex-dono da Chocolates Garoto.

Captura de Tela 2016-02-17 às 00.48.28

Para ver fotos da propriedade, clique aqui.

Uma portaria publicada em 28 de janeiro de 2010 determinou a abertura do processo administrativo (1.30.014.000048/2009-11) destinado a “apurar a existência de construção irregular situada na Ilha Josefa, Baia da Ribeira, Angra dos Reis, integrante da Apa Tamoios”.

A portaria menciona Alex Meyerfreund como dono da ilha. Apa é área de Proteção Ambiental.

A Apa Tamoios foi criada em dezembro de 1982, em parte do município de Angra dos Reis, na região mais conhecida como Costa Verde. A área é de cerca de 20.636 mil hectares.

Segundo o governo do Rio a “criação objetivou a proteção do ambiente natural, das paisagens de grande beleza cênica e dos sistemas geo-hidrológicos da região, que abrigam espécies biológicas raras e ameaçadas de extinção, bem como as comunidades caiçaras integradas naqueles ecossistemas”.

Dos três herdeiros de Roberto Marinho, José Roberto é o que se apresenta como ambientalista.  Ele é um dos conselheiros fundadores do Consig, o Conselho de Desenvolvimento Sustentável da Baía de Ilha Grande.

Ainda assim, a família Marinho se enrolou com autoridades ambientais em uma de suas propriedades, o triplex de concreto da praia de Santa Rita, em Paraty. A construção foi denunciada pelo Ministério Público Federal por ter causado danos ambientais em área de Mata Atlântica. Ela é bem maior que o permitido e avança, com uma piscina, sobre a praia pública.

A portaria que determinou a investigação na ilha Josefa considerou: “a necessidade de prosseguir com a investigação para colher elementos de prova visando embasar futuras medidas a serem adotadas pelo MPF”; “que é função institucional do Ministério Público da União a defesa do patrimônio nacional e do meio ambiente” e determinou “a instauração de inquérito civil, que deverá receber numeração seqüencial e crescente, visando apurar a existência de construção irregular situada na Ilha Josefa, Baia da Ribeira, Angra dos Reis, integrante da APA Tamoios”.

Captura de Tela 2016-02-17 às 01.59.44

Além da ilha Josefa (ver mapa acima, ao lado da ilha da Gipóia), o nome de outro Marinho, Roberto Irineu, aparece como responsável pela ilha dos Porcos Pequena, um paraíso dos mergulhadores (ver vídeo acima).

No final de 2013, uma colunista do JB anunciou que a ilha Josefa tinha sido colocada à venda:

Está à venda a Ilha Josefa na paradisíaca Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro. Com mais de 100 mil metros quadrados de extensão e casa projetada pelo saudoso Claudio Bernardes, pertence a João Roberto Marinho. A propriedade já está nas mãos de um corretor, que não revela o preço pedido. Mas a cybercoluna apurou que é coisa pra 20 milhões. De dólares. Da coluna de Anna Ramalho, no Jornal do Brasil, em 10.12.2013.

O Viomundo tentou ouvir um dos corretores de imóveis envolvidos na venda, mas não obteve retorno até o momento desta publicação. Também aguardamos retorno sobre o andamento do processo administrativo 1.30.014.000048/2009-11.

Leia também:

Empresa de aluguel de helicópteros é fake, dizem funcionários da Brasif

Captura de Tela 2016-02-17 às 01.28.47

Paraty House não é o único playground dos Marinho na região de Angra – Viomundo – O que você não vê na mídia

Exclusivo: empresa “dona” da casa dos Marinho foi criada pela Mossack, que é investigada no Guarujá

Por Fernando Brito · 18/02/2016

mossack

Desde que surgiu o caso da mansão dos Marinho, os solitários blogueiros que se dedicam a investigar o que , de fato, ocorre ali, tem esbarrado nas dificuldades, muito além de nossas próprias penúrias, em conseguir dados nos paraísos fiscais onde esta turma vai maquiar seus negócios.

Agora, porém, tenho os documentos e as provas de que o “triplex” da família Marinho em Parati está indissoluvelmente ligado à empresa Mossack Fonseca, que a Lava Jato, ao que parece, desistiu de investigar pela eventual lavagem de uns apartamentos mixurucas no Guarujá.

Primeiro, vamos atualizar a situação da Agropecuária Veine Patrimonial, sob a qual se abriga, formalmente a mansão de Parati.

Controlada antes pela panamenha Blainville International, criada – tal como as empresas offshore de Paulo Roberto Costa, sediada nas salas dos panamenhos Icaza, Gonzalez – Ruiz & Aleman, agora a Veine pertence quase que totalmente a Vaincre LLC, empresa do estado de Nevada, um dos paraísos fiscais dentro dos EUA.

Aqui está o registro da Veine na Junta Comercial do Rio de Janeiro:

veinejunta

Mas o que tem a ver a Vaincre com a Mossack Fonseca, que não aparece em seus registros cadastrais em Nevada (que reproduzo abaixo)?

vaincrenevada

Bem, havia duas coisas sugestivas, o fato de terem tido a Camile Services, do Panamá, como agente – empresa com ligações com a Mossack Fonseca e o fato de ter sido criada por uma empresa de nome – MF Corporate Services Ltda. – poderia ser as iniciais de Mossack Fonseca.

Como neste blog, ao contrário do que ocorre na vara do Dr. Sérgio Moro, sugestivo não é o suficiente para acusar ninguém, não se acusou a empresa dona da casa dos Marinho de ter sido criada pela empresa de quem a Lava Jato acusava (parece que desistiram) de lavar dinheiro com negócios imobiliários.

Mas agora, sim, afirma que é ligada, até às tripas, à Mossack Fonseca que a Lava Jato chama de lavanderia de dinheiro.

E com base para fazer isso, justamente numa sentença judicial (aqui, na íntegra) de um colega americano do Dr. Moro, o juiz Federal Cam  Ferembach, que diz que a “M. F. Corporate Services cria, ” na prateleira”, corporações que estão prontos para operar  em menos de 24 horas . Quando um dos clientes de Mossack Fonseca & Co. adquire uma corporação ” na prateleira ” , M. F. Corporate Services  começa o processo de montagem de documentos e enviá-lo à Secretário de Estado de Nevada (…) o  próprio site da Mossack Fonseca & Co.  anuncia os serviços de M. F. Corporate Services como seus”.

“Isto demonstra que M. F. Corporate Services não existe sem a Mossack Fonseca & Co. e que M. F. Corporate Services (…)é na verdade uma mera instrumentalidade “de Mossack Fonseca & Co. (…) considerar identidades separadas das empresas resultaria na fraude ou a injustiça. (…) Por conseguinte, o tribunal conclui que M. F. Corporate Services não existe sem  Mossack Fonseca & Co. e obriga ao juiz  a tratar M. F. Corporate Services como o que é na realidade : Mossack Fonseca & Co.”

Portanto, pelas conclusões do juiz Cam Federbach, é obrigatório afirmar que a empresa que criou a offshore que detém a propriedade da mansão de altíssimo luxo dos Marinho foi crada pela mesma empresa que Moro manda investigar pelo mesmo tipo de negócio no condomínio “meia boca” do Guarujá.

E porque é dos Marinho não será mais investigada? Ainda mais porque – só aqui – a empresa laranja está com seu funcionamento cancelado nos EUA desde o final de 2014, mas  opera no Brasil, onde nem endereço tem…

Aliás, só mesmo no Brasil “republicano” uma empresa laranja, em situação de ilegalidade, invade praias protegidas, ergue mansões e “não vem ao caso”.

Agropecuária dona da mansão dos Marinho divide sala e agente no Panamá com Paulo Roberto Costa

Por Fernando Brito · 17/02/2016

conexoes

Os provocadores da direita que vêm a este blog perguntar o que tem a ver a mansão dos Marinho com a Lava Jato iriam sumir, se tivessem vergonha na cara.

E o mesmo se aplicaria, se tivessem a mesma nas faces , aos policiais e procuradores do Dr. Sérgio Moro.

O que tem a ver?

Tudo.

Firme-se para não cair da cadeira: a dona da mansão dos Marinho, a controladora da Agropecuária Veine, a Blainville, dividia sala no Panamá com a empresa de picaretagem de Paulo Roberto Costa, operador supremo o “petrolão”.

No relatório “paralelo” do PDSB (e PPS/DEM) é dito que Paulo Roberto Costa montou a Sunset Global Services Ltd. Corp, no Panamá, para – transcrição literal – “comprar” uma casa em Mangaratiba, no Rio. A casa valia R$ 3,2 milhões. À época da Operação, a Polícia Federal ainda não sabia se a negociação tinha sido realizada.

O que fizeram os  Marinho, com a diferença de que a casa não era em Mangaratiba, “coisa de pobre”, mas em Paraty, numa praia que virou particular?

Constituíram um empresa no Panamá, como Costa, para comprar e fazer a sua mansão praiana, como Costa.

A Bainville International Inc foi aberta com os mesmos US$ 10 mil com que Costa abriu a sua “laranjaria no Panamá.

Pelo mesmo escritório de “laranjeiros”, o de Icaza, Gonzalez – Ruiz & Aleman.

Com o mesmo endereço, na fábrica de laranjas usada por Costa: Calle Aquilino de La Guardia, número 8, Panamá City.

Abriu-se uma empresa aqui no dia 12 de março de 2004. Abriu-se uma lá, no Panamá, no dia 23 de março.

A empresa panamenha, no dia 13 de abril, constitui Jorge Luiz Lamenza seu procurador no Brasil.

No dia 28  de abril depois de registrar uma tradução juramentada e certidões diversas, a Blainville, através de Lamenza, compra 90% da  empresa brasileira que viria a ser dona da mansão Marinho. Os 10% restantes eram de uma senhora no prosaico Grajaú carrioca.

Lá, no Panamá, a empresa tem  sede na sala que viria a ser a mesma da Global, de Paulo Roberto Costa.

Todos os documentos reproduzidos na imagem são de certidões tiradas no Registro Notarial do Panamá e na Junta Comercial de São Paulo.

Diria o Ronnie Von: a  mesma praça, o mesmo banco, as mesmas flores, o mesmo jardim.

Um é falcatrua. O outro é…não vem ao caso.

Imaginem se o sitio do Lula fosse de uma empresa no Panamá,  sócia de sala do Paulo Roberto Costa?

Pois o sítio dos Marinho é.

E não acontece nada.

 

Como uma empresa de R$ 1mil se transformou nas Organizações Globo. E como Lula transferiu a elas as concessões dos canais

Por Fernando Brito · 17/02/2016

prateleira

Espero que o Ministério Público, a Polícia Federal e o Dr. Sérgio Moro, que estão loucos atrás dos filhos do Lula,  mandem investigar outros filhos – os do Roberto Marinho –  pela transformação de uma microscópica empresa, aberta com capital social de R$ 1.400 (isso mesmo, mil e quatrocentos reais) no ano 2000 virou, hoje, as Organizações Globo Participações, com capital registrado de R$ 7.961.759.235,74 (Sete bilhões, novecentos e sessenta e um milhões, setecentos e cinquenta e nove mil e duzentos e trinta e cinco reais e setenta e quatro centavos) e dona das concessões dos canais de televisão no Rio, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.

E se houve favorecimento ao ex-presidente Lula para assinar o decreto de 23 de agosto de 2005 que fez esta transferência.

Para ajudar esse povo que tem muito trabalho arrancando delações depois de manter pessoas na cadeia por meses seguidos, vou ser cronológico e documental.

Acompanhe a história do CNPJ 03.953.638/0001-35.

Ele foi atribuído,  no dia 13 de julho do ano 2000, à empresa 296 Participações SA, registrada na Junta Comercial do Estado de São Paulo, com capital social de R$ 1 mil, pertencendo ao advogado Eduardo Duarte, CPF  024.974.417-15, como se vê na reprodução abaixo e você pode conferir na certidão expedida pela Junta.

296jucesp

Assim ficou até 2003, quando Rangel foi substituído por Simone Burck, sócia de Eduardo Duarte.

Mas porque Eduardo Duarte abriu a empresa? Para vender.

No relatório da Operação Satiagraha, ele é assim referido:

eduardo296

Ele confirma numa entrevista à Istoé a profissão de “abridor de empresa” e nega ser laranja: Afirma que, ao contrário do que diz a PF, não é mais sócio das empresas que estão com Dantas. “Se você vende um carro para alguém e o cara sai matando pelas ruas, você não pode ser acusado por isso”…

A empresa era “de prateleira, tanto que não registra nenhuma receita e  registra, em 2003, um prejuízo de R$ 700.

Então, em 2005 aparecem os compradores : os três irmãos Marinho – Roberto Irineu, José Roberto e  João Roberto.

Assumem seu controle,  mudam seu nome para Cardeiros Participações SA e a sede para o Rio.

Uma trabalheira aparentemente sem sentido para uma empresa de R$ 1 mil não é?

Mas está no Diário Oficial:

296marinho

cardeirosmarinho

Enquanto tudo isso acontecia,  a Cardeiros, ex-296, ainda com o capital de R$ 1,4 mil (no dia 23 de junho, quando já não respondia pela 296, Eduardo Duarte registrou, retroativamente a fevereiro, um aumento de R$ 400 no capital – deixo aos contadores que expliquem as possíveis razões) requeria pelo Processo Administrativo no 53000.034614/2005-74 a transferência para si das concessões, agora que era a detentora do controle total da Globo Participações.

Pediu e levou o Decreto assinado por Lula e pelo seu ex-funcionário Hélio Costa, então Ministro das Comunicação.

decreto

E assim, finalmente, o que se tem hoje é apenas a Globo Participações, registrada no Ministério da Fazenda sob o mesmo CNPJ 03.953.638/0001-35 da modestíssima 296 Participações de R$ 1 mil.

Imagine o que o Dr. Sérgio Moro faria com este CNPJ fosse de uma das empresas investigadas na Lava jato.

Pense só na matéria da Globo pegando estes documento e ampliando as datas, nomes e valores na tela da tevê de milhões de pessoas.

Que escândalo, não é?

Mas, como é a Globo, só num pobre blog como este, sem equipe de repórteres, sem estrutura e só com os poucos recursos que seus leitores “pingam” (com a minha imensa gratidão) você lê a história sobre como um dos maiores conglomerados de comunicação do mundo usa o abrigo de uma empresinha de prateleira de valor risível.

Os jornais, mesmo, estão ocupados com um barquinho de lata.

Desenhando, fica mais fácil entender?

Por Fernando Brito · 16/02/2016

aroeiratri

Hoje, com toda a razão, o Paulo Nogueira, no Diário do Centro do Mundo, saúda o cartunista Laerte por ter rompido, com sua charge de hoje na Folha (veja abaixo) o muro de silêncio que se fez em torno da descoberta de que a mansão dos Marinho em Paraty, construída em área proibida e objeto, por isso e outras coisas, de um processo judicial pertence – oficialmente –  a uma empresa “agropecuária”, 90% de propriedade de um grupo panamenho e outros 10% pertencentes a uma senhora que vive em um modesto apartamento no Grajaú, baixo da Zona Norte do Rio.

Já a localizei, mas como ela tem 70 anos, parece apavorada e é apenas uma “laranja” neste esquema, ainda preservo sua identidade, apesar dos xingamentos que me dirigiu ao telefone. Só depois de ter documentos que comprovem que continua sócia da empresa ela passa a ter relevância, porque também responde pelas ilegalidades cometidas.

Volto a postar em seguida sobre o assunto, mas não posso deixar de juntar à homenagem ao Laerte a charge, também de hoje, do genial Aroeira, de O Dia.

Os dois, não por acaso, acabam por dizer o que todos os gravatinhas das redações hipocritamente calam, sabendo.

Que Lula é culpado de tudo, ainda que não seja.

E que os Marinhos são inocentes em tudo, mesmo quando são pilhados numa flagrante maracutaia imobiliária.

A “imprensa livre”, o “jornalismo investigativo”, capazes de fuçar as latas de lixo do ex-presidente se omitem completamente diante de uma ocultação de patrimônio e de um dano ambiental evidentes.

Como o fizeram num caso de sonegação fiscal gigantesco nos direitos de transmissão da Copa.

Há centenas de repórteres, policiais, promotores atrás  de Lula, para provar que é dele um sítio que tem proprietários conhecidos, nominados e capazes de possuir o imóvel.

Somos apenas três ou quatro atrás dos Marinho, quase sem armas que não o Google. E já mostramos que é deles o que está em nome de outros, com completa incapacidade financeira de possuir mansões ou operar helicópteros de luxo.

E de fazer gente de bem, como  Aroeira e o Laerte entenderem tudo, traduzindo com seu talento todo este absurdo.

Quem sabe, desenhando, entendam.

laerte1

16/01/2016

Chico Buarque e o fascismo disléxico

odio da mdianO  comportamento fascista na internet é de fácil diagnóstico. De regra, o fascista é um sujeito monossilábico, que repete ad nauseam, termos que Goebbels da velha mídia criam para uso de seus midiotas amestrados. Como eles não conseguem sustentar uma discussão em alto nível, até porque o sobra em ódio falece em entendimento, passam à agressão simples e direta. O ódio é a face mais comum, mas há algo que é ainda pior. É a generalização, a perseguição ao grupo ao qual pertence o objeto de sublimação de suas frustrações. O fascismo ou quer resolver pelo grito, ou pela violência,duas faces da mesma moeda. Mas também pode ser por meio da violência institucional que, legalmente, pode calar e até eliminar seu divergente.

De um lado o ódio e o alvo sinalizado pelos laser da mídia, de outro uma frustração de conotação sexual; o prazer em odiar se conjuga com o eco que seu ódio encontra em quem o alimenta. É um jogo de retroalimentação. Retire da velha mídia figuras como Luis Carlos Prates, Lasier Martins, Merval Pereira, a redação completa de Veja e Época, âncoras da Rede Globo, em especial os mais identificados com a ditadura, como Alexandre Garcia e Rachel Sheherazade, e se sentirão órfãos. Os fascistas são como mariposas, se alimentam de holofotes.

Quanto ao Chico, a mim, para além de sua honestidade intelectual, está sua integridade como cidadão. Um único episódio ilustra de forma paradigmática: numa das tantas vezes em que esteve na Itália, Chico participou de um programa da RAI que era uma espécie de tributo, não de suas músicas, mas de sua personalidade cosmopolita. Em determinado momento um dos participantes fez-lhe a seguinte provocação:

– Chico, o que acontece no Brasil, que há tanta criança pelas ruas, trabalhando, mendigando?

– De fato, há, mas os problemas do Brasil prefiro tratar no Brasil. Minhas posições políticas são claras e as manifesto no Brasil. Nossos problemas temos de resolve-los com políticas nossas. Não se resolvem em foros internacionais.

Vivíamos os tempos de FHC e Chico se recusou a criticar, em solo estrangeiro, o governo de então. Chico, como artista universal que é, sabia que a crítica ao Brasil, na TV Italiana, em nada ajudaria, só pioraria.

Chico vai à Justiça por um basta nas agressões

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Artista processará o jornalista João Pedrosa, que publicou em seu perfil no Instagram, ao comentar uma foto da atriz Silvia Buarque, filha de Chico, ao lado do pai e da irmã Helena: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”; para Chico, chegou a hora de dar um basta às falsas acusações que circulam na internet, inclusive as de que ele é beneficiário da Lei Rouanet; em dezembro, o cantor foi alvo de agressão verbal ao sair de um restaurante com amigos, no Rio; o artista foi chamado de “merda” e “petista ladrão” por um grupo de jovens por fazer defesas ao governo do PT

16 de Janeiro de 2016 às 07:31

247 – Alvo recente de agressão verbal no Rio de Janeiro por defender o governo do PT, o cantor e compositor Chico Buarque processará por danos morais, junto com a atriz Marieta Severo e as filhas do casal, o jornalista paulista João Pedrosa.

No fim de dezembro, Pedrosa postou em seu perfil no Instagram ao comentar uma foto publicada pela atriz Silvia Buarque ao lado do pai e da irmã Helena: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”.

De acordo com o colunista Ancelmo Gois, para Chico, chegou a hora de dar um basta às falsas acusações que circulam sobre ele na internet, inclusive as de que ele é beneficiário da Lei Rouanet.

O colunista do Globo afirma que o artista não tem nada contra as leis do governo de incentivo à cultura, mas que nunca usou qualquer uma delas. A ação será defendida pelo advogado João Tancredo.

Em dezembro, o cantor foi hostilizado por um grupo de jovens ao sair de um restaurante com amigos no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Chico foi chamado de “merda” e “petista ladrão” por fazer defesas ao governo do PT (relembre aqui). Entre os jovens, estavam Álvaro Garnero Filho, filho do empresário e apresentador paulista Álvaro Garnero, e o rapper Túlio Dek, mais conhecido por ter namorado a atriz Cleo Pires.

Chico vai à Justiça por um basta nas agressões | Brasil 24/7

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