Ficha Corrida

16/01/2016

Chico Buarque e o fascismo disléxico

odio da mdianO  comportamento fascista na internet é de fácil diagnóstico. De regra, o fascista é um sujeito monossilábico, que repete ad nauseam, termos que Goebbels da velha mídia criam para uso de seus midiotas amestrados. Como eles não conseguem sustentar uma discussão em alto nível, até porque o sobra em ódio falece em entendimento, passam à agressão simples e direta. O ódio é a face mais comum, mas há algo que é ainda pior. É a generalização, a perseguição ao grupo ao qual pertence o objeto de sublimação de suas frustrações. O fascismo ou quer resolver pelo grito, ou pela violência,duas faces da mesma moeda. Mas também pode ser por meio da violência institucional que, legalmente, pode calar e até eliminar seu divergente.

De um lado o ódio e o alvo sinalizado pelos laser da mídia, de outro uma frustração de conotação sexual; o prazer em odiar se conjuga com o eco que seu ódio encontra em quem o alimenta. É um jogo de retroalimentação. Retire da velha mídia figuras como Luis Carlos Prates, Lasier Martins, Merval Pereira, a redação completa de Veja e Época, âncoras da Rede Globo, em especial os mais identificados com a ditadura, como Alexandre Garcia e Rachel Sheherazade, e se sentirão órfãos. Os fascistas são como mariposas, se alimentam de holofotes.

Quanto ao Chico, a mim, para além de sua honestidade intelectual, está sua integridade como cidadão. Um único episódio ilustra de forma paradigmática: numa das tantas vezes em que esteve na Itália, Chico participou de um programa da RAI que era uma espécie de tributo, não de suas músicas, mas de sua personalidade cosmopolita. Em determinado momento um dos participantes fez-lhe a seguinte provocação:

– Chico, o que acontece no Brasil, que há tanta criança pelas ruas, trabalhando, mendigando?

– De fato, há, mas os problemas do Brasil prefiro tratar no Brasil. Minhas posições políticas são claras e as manifesto no Brasil. Nossos problemas temos de resolve-los com políticas nossas. Não se resolvem em foros internacionais.

Vivíamos os tempos de FHC e Chico se recusou a criticar, em solo estrangeiro, o governo de então. Chico, como artista universal que é, sabia que a crítica ao Brasil, na TV Italiana, em nada ajudaria, só pioraria.

Chico vai à Justiça por um basta nas agressões

:

Artista processará o jornalista João Pedrosa, que publicou em seu perfil no Instagram, ao comentar uma foto da atriz Silvia Buarque, filha de Chico, ao lado do pai e da irmã Helena: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”; para Chico, chegou a hora de dar um basta às falsas acusações que circulam na internet, inclusive as de que ele é beneficiário da Lei Rouanet; em dezembro, o cantor foi alvo de agressão verbal ao sair de um restaurante com amigos, no Rio; o artista foi chamado de “merda” e “petista ladrão” por um grupo de jovens por fazer defesas ao governo do PT

16 de Janeiro de 2016 às 07:31

247 – Alvo recente de agressão verbal no Rio de Janeiro por defender o governo do PT, o cantor e compositor Chico Buarque processará por danos morais, junto com a atriz Marieta Severo e as filhas do casal, o jornalista paulista João Pedrosa.

No fim de dezembro, Pedrosa postou em seu perfil no Instagram ao comentar uma foto publicada pela atriz Silvia Buarque ao lado do pai e da irmã Helena: “Família de canalhas!!! Que orgulho de ser ladrão!!!”.

De acordo com o colunista Ancelmo Gois, para Chico, chegou a hora de dar um basta às falsas acusações que circulam sobre ele na internet, inclusive as de que ele é beneficiário da Lei Rouanet.

O colunista do Globo afirma que o artista não tem nada contra as leis do governo de incentivo à cultura, mas que nunca usou qualquer uma delas. A ação será defendida pelo advogado João Tancredo.

Em dezembro, o cantor foi hostilizado por um grupo de jovens ao sair de um restaurante com amigos no bairro do Leblon, no Rio de Janeiro. Chico foi chamado de “merda” e “petista ladrão” por fazer defesas ao governo do PT (relembre aqui). Entre os jovens, estavam Álvaro Garnero Filho, filho do empresário e apresentador paulista Álvaro Garnero, e o rapper Túlio Dek, mais conhecido por ter namorado a atriz Cleo Pires.

Chico vai à Justiça por um basta nas agressões | Brasil 24/7

24/12/2015

Gilberto Dimenstein, o jumento da Folha

Filed under: Chico Buarque,Fascismo,Gilberto Dimenstein,Violência — Gilmar Crestani @ 9:21 am
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E ainda há gente que não descobriu quem chocou a horda fascista. Além dos donos, há penas de aluguel, como esta do Gilberto Dimenstein. Não existisse internet, e todos ficaríamos com as versões das cinco irmãs mafiosas (Folha, Estadão, Veja, Estadão, Globo & RBS). Eles são os verdadeiros chocadores do ovo da serpente.

Como o Dimenstein não é um idiota, só posso concluir que seus fascismo, seu estrabismo ideológico é de caso pensado. Não se trata de alguém manipulado, mas de alguém que, por interesses escusos, manipula. Se fosse um idiota eu perdoaria, como ele tem conhecimento suficiente para discernir, só posso achar que se trata de um fdp, de um mau caráter.

Desde quando é bate boca alguém ser interpelado na rua por quem não conhece e ser cobrado por suas posições políticas? Se isso não fascismo então não sei o que seja fascismo.

Maria Frô perde a paciência com Dimenstein: e se fosse o inverso?

publicado em 23 de dezembro de 2015 às 19:05

Captura de Tela 2015-12-23 às 18.54.55

por Conceição Oliveira, a Maria Frô, no Instagram

Não vejo petistas atacando na rua gente como Dimenstein, Noblat e o restante daqueles que perderam a vergonha em defender o golpe.

Petistas não  atacam nas ruas os tucanos envergonhados, desses que se dizem defensores da educação, mas apoiam Serra, Richa, Perillo, Aécio e o fechador de escolas e batedor de alunos: Alckmin.

Se os petistas agissem como esses asnos que tentaram acossar Chico, Dimenstein iria ver a ‘boa medida’ de aprovação dos governos tucanos que ele não cansa de defender.

Que sorte que entre os petistas não tem fascistas, asnos, gente ignara, estúpida e inútil.

PS do Viomundo: Em sua página no Facebook, a blogueira traz informações sobre o Rolezinho do Chico, marcado para o próximo dia 29 no Leblon, além da impagável reprodução abaixo:

Captura de Tela 2015-12-23 às 19.00.35

Maria Frô perde a paciência com Dimenstein: e se fosse o inverso? – Viomundo – O que você não vê na mídia

23/12/2015

Rapaz de vida fácil odeia quem não se prostitui

Dizer que se trata de um playboy nazi-fascista é deixar passar em branco quem pôs e chocou o ovo da serpente. Os nazi-fascista estão cada vez mais desenvoltos a partir do momento em que o Napoleão das Alterosas frustrou a expectativa dos a$$oCIAdos do Instituto Millenium de voltarem a encher as burras de dinheiro, como nos bons de tempos de FHC. O que seria num governo Aécio pode ser visto em São Paulo: os sucessivos governos do PSDB nestes mais de 20 anos que transformaram São Paulo numa Capitania Hereditária milhares de assinaturas da Veja, Estadão, Folha são distribuídos pelas escolas públicas de São Paulo. São eles, os grupos mafiomidiáticos os que plantam e espalham ódio. Estes fascistas não se sentiriam tão à vontade não fosse a cobertura e o incentivo que lhe dão os verdadeiros mentores.

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico

ter, 22/12/2015 – 22:52 – Luis Nassif

O primeiro instante de celebridade do neto foi fotografar-se aos beijos com o ex-jogador Ronaldo.

O rapaz que ofendeu Chico Buarque é pouco informado sobre as aventuras de seu avô, Mário Garnero com o PT.

Garnero foi uma liderança estudantil importante. Depois, casou-se com uma herdeira do grupo Monteiro Aranha e passou a representar o sogro no capital da Volkswagen. Lá, como diretor de Recursos Humanos, conheceu e aproximou-se de Lula e dos sindicalistas do ABC.

Mas toda sua carreira foi pavimentada no regime militar.

Foi responsável por um seminário internacional em Salzburg, visando vender o país aos investidores externos no momento em que os ecos do Brasil Grande projetava a imagem do país no mundo.

Do seminário nasceu o Brasilinvest, um dos primeiros bancos de investimento do país tendo como acionistas diversos grupos internacionais. Garnero arrebentou com o banco desviando recursos para holdings fantasmas, como forma de se capitalizar para conquistar o controle absoluto da instituição. Quando terminou a operação, viu-se dono de um banco quebrado.

Antes disso, era o menino de ouro dos militares. Tornou-se num anfitrião de primeiríssima acolhendo em sua casa, ou em um almoço anual nas reuniões do FMI, a fina nata do capitalismo mundial. Tornou-se, de fato, um dos brasileiros mais bem relacionados do planeta. Mas jamais conseguiu transformar o relacionamento em negócios legítimos. Não tinha a visão do verdadeiro empreendedor. Terminou cercado por parceiros de negócio algo nebulosos.

Acabou se convertendo na bomba relógio que João Batista Figueiredo deixou para Tancredo Neves. A desmoralização final dos militares foram os escândalos da Capemi, brilhantemente cobertos para a Folha pelo nosso José Carlos de Assis.

Figueiredo impediu Delfim Netto de ajudar Garnero, vaticinando: o Brasilinvest será a Capemi do Tancredo. A razão maior era a presença, no Conselho de Administração, de Aécio Cunha, pai de Aécio e genro de Tancredo. E também de personagens de peso na vida nacional da época, como o presidente da Volskwagen Wolfgang Sauer, Helio Smidt, da Varig  e o publicitário Mauro Salles.

Colhi depoimento de Sauer sobre o episódio e testemunhei o alemão de ferro chorar na minha frente pela traição do amigo Garnero.

Percebendo a armadilha, Tancredo incumbiu seu Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, de não facilitar em nada a vida da Brasilinvest. Da derrocada de Garnero, valeu-se Roberto Marinho para tomar-lhe o controle da NEC Telecomunicações.

Depois disso, continuou a vida tornando-se uma espécie de João Dória Junior internacional. Aos encontros anuais da Brasilinvest comparecia a fina flor do capitalismo – e modelos belíssimas. Aliás, a capacidade de selecionar mulheres era uma das especialidades de Garnero, que conseguiu um encontro de Gina Lolobrigida para seu sogro.

No início do governo Lula, Garnero valeu-se da familiaridade dos tempos de ABC para se aproximar de José Dirceu, ainda poderoso Ministro da Casa Civil. A aproximação lhe rendeu prestígio e bons negócios.

Graças a ela, conseguiu levar o Instituto do Coração para Brasília, em um episódio controvertido que estourou tempos depois, com boa dose de escândalo. Aliás, até hoje respondo a um processo maluco do Mário Gorla, o sócio de Garnero no empreendimento. Esteve também por trás dos problemas do Instituto do Coração em São  Paulo.

Quando os chineses começaram a desembarcar no Brasil, fui procurado por analistas da embaixada da China interessados em informações sobre o país. E me contaram que estavam conversando com um BNDES privado. Indaguei que história era essa. Era o Brasilinvest – na ocasião um mero banco desativado, localizado em uma das torres do conjunto Brasilinvest na Avenida Faria Lima. Não sabiam que Garnero já se desfizera totalmente do patrimônio representado pelas torres. E tinha um banco de fachada.

Garnero ajudou na aproximação de Dirceu com parte dos empresários norte-americanos. Na véspera do estouro do "mensalão" Dirceu já tinha uma viagem agendada para Nova York organizada por ele.

Sem conseguir se enganchar no governo Lula, Garnero acabou se dedicando ao setor imobiliário. Os filhos não seguiram sua carreira, internacionalmente brilhante, apesar dos tropeços. Ficaram mais conhecidos pelas conquistas e pela vida vazia.

Já o neto consegue seu segundo instante de celebridade. O primeiro foi em um vídeo polêmico, simulando um agarra com o ex-jogador Ronaldo.

A história do avô do rapaz que ofendeu Chico | GGN

 

O jovem incoerente que provocou Chico Buarque

22 de dezembro de 201523 de dezembro de 2015Marcelo Auler

Matéria reeditada no dia 23/12, às 07h43, para acerto de informações. Errei ao postar que Alvaro Garnero Filho filiou-se ao PRB. Na verdade, foi seu pai, Alvaro Garnero, quem se filiou e chegou a se inscrever para disputar a Câmara Federal em 2014, mas acabou renunciando. Peço desculpas pelo erro. Mas ele não compromete as demais informações.

Marcelo Auler

A esta altura, na internet, já “viralizou” o vídeo que a Glamurama , de Joyce Pascowitch, postou com o bate-boce entre Chico Buarque e os jovens Alvaro Garnero Filho e Tulio Dek, em mais uma clara demonstração de intolerância política com quem pensa diferente. É óbvio, que nos dias atuais de radicalismo à flor da pele, haverá sempre quem defenda um ou outro. Dependerá da ideologia política de cada um. A questão, porém, passa por outra discussão comum nos dias atuais: a incoerência.

chico buarqueEla veio de um dos jovens que cobraram do compositor, cantor e, escritor o fato dele “morar em Paris” com base, certamente, como disse o próprio Chico, na leitura de Veja.

Erraram, pois, é público que ele mora no Rio, onde anda diariamente pelas ruas e passa por centenas de pessoas sem ser importunado como ocorreu na noite de segunda-feira, na saída de um restaurante.

O importunaram e ainda filmaram a provocação, na expectativa de posarem de heróis – da direita xiita – por alguns momentos nas redes sociais.

Mas, enquanto Chico não faz de seu imóvel na cidade luz e de suas temporadas de recolhimento por lá um trampolim para as páginas de jornais e menos ainda colunas sociais, o mesmo não se pode falar de um dos rapazes que o provocaram com base em informação errada: “Para quem mora em Paris é fácil, não? Você mora em Paris”.

Álvaro Garnero Filho, assim como o pai, é figurinha fácil nas colunas de fofoca e futilidades. Basta googlar seu nome que logo aparecem fotos das quais deve ser orgulhar. Afinal, há gosto para tudo.

Não se sabe se os familiares de Alvarinho, forma como Lu Lacerda o trata em sua coluna social, possui imóveis no exterior. Certamente sim, pois seu bisavô era Joaquim Monteiro de Carvalho, que entre outros feitos trouxe para o Brasil empresas como a Volkswagen, a Peugeot e a Moët & Chandon. Já o avô, Mario Garnero, é o dono do Brasilinvest, um banco de negócios que em 1985 foi liquidado extrajudicialmente pelo Banco Central.

Alvarinho pode até não dispor de imóveis da família em outros países, nem por isso, porém, deixa de desfrutar “.La Doce Vita”. E isto está mais registrado nas colunas de fofoca do que as visitas de Chico Buarque a Paris.

Alvarinho e Álvaro Garnero com o DJ Jach E em Saint-Tropez férias com o filho 29.07.2013

Alvarinho e Álvaro Garnero com o DJ Jach E em Saint-Tropez férias com o filho 29.07.2013

   Em julho de 2013, por exemplo, a coluna de Lu Lacerda registrava o curioso ingresso do Alvaro Garnero pai no mundo político. Ele assinou a ficha de filiação ao Partido Republicano Brasileiro (PRB) do senador “Marcelo Crivella (RJ) que, na época, ocupava o Ministério da Pesca, por conta de seus  conhecimentos em piscicultura.

Pois, enquanto o pai se filiou ao partido cujo político maior ocupou um ministério do governo Dilma Rousseff, do  Partido dos Trabalhadores, o fiçlho e seus amigos classificam os petistas e seus apoiadores, como Chico Buarque de “merdas”.

A nota do anúncio da filiação tinha como ilustração uma foto de pai e filho. Não estavam em nenhum evento político. Muito menos em uma atividade produtiva. Mas ao lado do  do DJ Jack-E  em uma boite em Saint Tropez, uma pequena comuna francesa, localizada na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur, no departamento de Var, na definição da enciclopédia livre Wikipédia.

Um ano depois, Alvaro Garnero Filho voltou não apenas a uma, mas a algumas colunas sociais. Foi em  agosto de 2014. Todas registravam, com louvor o grande feito do jovem, então com 18 anos, estava “pegando”, ops!, namorando a socialite, atriz, cantora, empresária, escritora, estilista de moda, modelo, compositora e produtora norte americana, Paris Hilton, quinze anos mais velha.

Na coluna de Brfuno Astuto, de Época, o registro da pegação de Alvarinho com Paris Hilton. Namoro aprovado pelo pai.

Na coluna de Brfuno Astuto, de Época, o registro da pegação de Alvarinho com Paris Hilton. Namoro aprovado pelo pai.

As fotos do casalzinho enamorado foram feitas em Ibiza, na Espanha, lugar frequentado pelos mais endinheirados e badalados. Aliás, vale aqui repetir o que o colunista da revista Época – ele não lê apenas Veja, viu Chico Buarque! – registrou na nota:

“O verão europeu, mais precisamente em Ibiza, na Espanha, é o palco de um novo casal jet setter que tem dado o que falar: a socialite Paris Hilton e o estudante brasileiro Álvaro Garnero, conhecido entre os endinheirados paulistas como Alvarinho, filho do empresário e apresentador homônimo, que mora em St Moritz, na Suíça. “Estive com a Paris em Mônaco e ela é supersimpática, engraçada e bonita”, diz Álvaro pai, que aprovou o novo affair do rebento, de apenas 18 anos. “Ele tem 1,98 m de altura, é bonito de doer, gente boa, esportista e onde passa a mulherada fica louca. Eles estão empolgados, mas ele mora na Europa e ela nos Estados Unidos. Só com o tempo para saber se vai dar certo”

Descobre-se então que Alvarinho mora (ou morou) na Europa. Quem diria, logo ele que foi questionar Chico Buarque por ter um apartamento em Paris, pelo menos em agosto do ano passado, morava em St Moritz, na Suíça.

Estava na Suíça, namorando a atriz famosa e posando para colunas sociais enquanto no Brasil se desenrolava a eleição mais disputadas para a presidência da República. Nela, seu pai que chegou a se inscrever como candidato a deputado federal por São Paulo, fazendo uma previsão de gasto de R$ 6 milhões, acabou renunciando à candidatura.

Já Chico Buarque, como todos sabem, participou da campanha eleitoral, coerentemente, apoiando partidos e políticos em que sempre confiou, por motivos que nunca escondeu.

Abaixo, reproduzimos o vídeo postado pela Glamurama, da discussão de Alvaro Garnero e Túlio Deck com Chico Buarque na noite de segunda-feira (21/12) no Leblon. Mesmo aqueles que já o assistiram, vale a pena ver de novo, sabendo destes pequenos detalhes sobre o jovem Alvarinho. Mas, por favor, não cobrem coerência dele.

Inserir legenda de vídeo aqui

O jovem incoerente que provocou Chico Buarque | Marcelo Auler

 

No Rio, jovem diz que Chico Buarque é “um merda”; Folha e Estadão reproduzem vídeo sem xingamento e “culpam” a vítima

publicado em 22 de dezembro de 2015 às 18:16

Da Redação

Restaurante Sushi Leblon, Rio de Janeiro. Chico Buarque estava acompanhado por Eric Nepomuceno, Miguel Faria Jr. e Cacá Diegues. Na saída do jantar, foi abordado por um grupo de jovens.

Dentre eles estavam o rapper Tulio Dek e, segundo a colunista Heloisa Tolipan, Alvarinho, filho do empresário paulista Álvaro Garnero. Um terceiro jovem se identificou no vídeo como Guilherme Mota.

Tulio e Alvarinho tem em comum a amizade com o jogador Ronaldo, que chegou a participar da gravação de um videoclipe do rapper.

Alvarinho causou polêmica ao aparecer em um vídeo beijando e mordendo o pescoço de um Ronaldo bêbado.

Durante o bate boca, Chico Buarque foi chamado de “merda” por um dos playboys.

A TV Folha reproduziu vídeo do Glamurama — que primeiro noticiou o acontecido — que não inclui o xingamento a Chico Buarque.

O mesmo fez o Estadão.

Os jornais paulistas não mencionaram a ofensa, mas apenas o questionamento às convicções políticas de Chico Buarque. O Estadão enfatizou que Chico “bateu boca” e a Folha, que foi “questionado”. Uma forma descarada de culpar a vítima.

No Facebook, fãs de Chico repreenderam o comportamento do rapper.

Abaixo, trecho de uma das letras de Tulio Dek, em O Que Se Leva da Vida:

E nessa levada
Eu vou levando a minha vida
E não to nem aí se alguém duvida
Se a vida é guerra
Então vou guerrear
Se é zoação
Então deixa eu zoar
E se no Arpex eu relaxo
Vou relaxar
E se na Lapa eu batalho
Quero batalhar
E se o mar tá bombando
Então eu vou surfar
E se as mulheres tão dando mole
Por que não aproveitar?
Se vai rolar a festa
Vamos festejar
Se a barra tá pesada
Vamos segurar
Se o mundo acabar
Vou improvisar
Se só amor faz bem
Então deixa eu amar
Se teu amor é falso
Então sai pra lá
Se não tiver humildade
É melhor parar
Se tudo der errado
Então deixa eu te ajudar
Mas se eu pegar no mic
Não peça pra eu parar

Agora fiquem com Trocando em miúdos, de Chico Buarque e Francis Hime:

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim!
O resto é seu

Trocando em miúdos, pode guardar
As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós
As marcas de amor nos nossos lençóis
As nossas melhores lembranças

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar
Ou derreter

Mas devo dizer que não vou lhe dar
O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel
Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade
Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde.

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No Rio, jovem diz que Chico Buarque é "um merda"; Folha e Estadão reproduzem vídeo sem xingamento e "culpam" a vítima – Viomundo – O que você não vê na mídia

04/05/2015

Madureira: hoje só há dois artistas no Brasil, Chico e Caetano!

Filed under: Caetano Veloso,Chico Buarque,Marcelo Madureira — Gilmar Crestani @ 7:55 am
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Os humoristas de aluguel da Rede Globo estão soltando as penas de tucano. Ao invés de recrutar suas ovelhinhas para engrossar a manada na marcha dos zumbis, pensa que todo artista é bovino igual a ele.

Por que ele não cobra da turma dele, dos fascistinhas a serviço dos sem voto, que querem vencer no tapetão, e quando não vem, querem dar golpe paraguaio?!

Por que ele não se revolta com o sumiço do helipóptero?  Pela cara, é síndrome de abstinência! Seria ele parte interessada? Mil vezes tabajaras iguais a Chico Buarque e Caetano Veloso que ventríloquos de cheiradores!

Esta foi a melhor piada deste Caganeira de Aluguel.

Madureira cobra adesão de Chico e Caetano aos protestos

:

Humorista Marcelo Madureira, do antigo programa “Casseta & Planeta”, diz que a esquerda contemporânea tem "formação política tabajara" e afirma que é lamentável o papel da classe artística nesse contexto político: “É digno de pena. Em um momento como esse, os artistas completamente omissos. Cadê o Caetano Veloso, o Chico Buarque?”

4 de Maio de 2015 às 05:54

Madureira cobra adesão de Chico e Caetano aos protestos | Brasil 24/7

24/11/2014

Chico Buarque

Filed under: Chico Buarque,Cultura — Gilmar Crestani @ 12:29 am
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Chico Buarque, o maior artista brasileiro, é autor e personagem da Vida Cultural Brasileira. Seu mais recente livro trata de algo que parece ficção. A história de um seu meio-irmão que não chegou a conhecer. Quem com tanta maestria escreveu teatro e música popular Brasileira, além de tantos outros livros de ficção, agora fala daquela parte de sua biografia que nem mesmo ele bem conhecia.

Se Midas convertia em outro tudo o que tocava, Chico converte tudo, lixo, luxo e ouro, em cultura.

Irmão alemão de Chico Buarque também cantava, diz historiador

Postado em 22 nov 2014 – por : Diario do Centro do Mundo 

Publicado no site DW.

Voz mesmo tinha teu irmão, disse Klug a Chico

Voz mesmo tinha teu irmão, disse Klug a Chico

O compositor, poeta e romancista brasileiro Chico Buarque acaba de lançar seu novo livro, O irmão alemão. Ele se inspira no meio-irmão, fruto do relacionamento de seu pai, Sérgio Buarque de Holanda, com uma alemã, durante sua passagem pelo país entre 1929 e 1930, como correspondente de O Jornal.

O irmão alemão nasceu em 1930. Seis anos depois, o também historiador Sérgio Buarque se casou no Brasil e teve outros filhos. A existência do meio-irmão era conhecida pela família brasileira. No entanto a última notícia que havia dele datava da Segunda Guerra Mundial, gerando a suposição que pudesse ter morrido nesse período.

A história mudou em maio de 2013, quando, a pedido da editora Companhia das Letras e do próprio Chico Buarque, o historiador brasileiro João Klug e o museólogo alemão Dieter Lange identificaram o irmão desconhecido. E ele se revelou uma celebridade da comunista República Democrática Alemã (RDA), com a mesma profissão do pai e o talento do meio-irmão brasileiro.

“Há quem diga que o talento artístico estava no DNA, pois coincidentemente esse irmão do Chico foi alguém que se destacou no meio artístico na RDA e, de fato, ele era um ótimo cantor”, conta Klug em entrevista exclusiva à DW Brasil.

DW Brasil: Você já estava em Berlim desde outubro de 2012, onde ia morar por um ano, fazendo sua pesquisa de pós-doutorado, quando a Companhia das Letras o contatou, em maio de 2013. Como a editora chegou até você?

João Klug: Foi através do historiador Sidney Chalhoub, da Unicamp, que também estava em Berlim para uma pesquisa. Ele me chamou para conversar, mas eu não tinha a mínima noção do que se tratava. Como ele publica seus livros pela Companhia das Letras, o Luiz Schwarcz, que é editor da empresa, pediu um auxílio para o livro que o Chico Buarque estava começando a escrever, relacionado à trajetória do pai dele em Berlim e à questão do irmão. O Sidney disse que não sabia por onde começar, e também não sabia alemão, e me pediu um auxílio.

Como vocês descobriram a identidade do irmão do Chico Buarque?

Tínhamos, no início, duas ou três cartas do Sérgio Buarque de Holanda trocadas com o Ministério alemão das Relações Exteriores, falando dessa criança e do interesse do Sérgio Buarque de repatriar esse menino. Deu para ver um empenho muito grande na tentativa de trazer a criança para o Brasil. Mas já era 1934, em uma correspondência era exigido do Sérgio Buarque um atestado de arianismo e claro que ele não tinha. Em 1935 cessava tudo, e não havia mais nada sobre esse filho.

Fiz uma cópia dos documentos e conversei com meu amigo Dieter Lange que conhece muito bem esses caminhos da arquivologia. Assim, resolvemos pesquisar em alguns arquivos.

Na pesquisa, vocês descobriram que essa criança havia sido adotada. Vocês tinham outras informações sobre ela, inclusive o nome. Como chegaram à família do irmão alemão?

Descobrimos que ele havia entrado para o coral do Exército na Alemanha Oriental aos 16 anos e que se projetou em função da sua voz, além de ter sido apresentador. Eu e o Dieter frequentávamos um bar, uma lojinha de vinhos, de um espanhol no bairro de Prenzlauer Berg, onde se reuniam algumas pessoas da velha guarda da RDA, entre elas, dois jornalistas, o Werner Reinhardt e o Manfred.

Numa tarde, lançamos ao acaso a pergunta: alguém de vocês conhece um tal de Sergio Günther? No ato, o Werner afirmou que sim, “ele foi muito meu amigo”. Então a coisa se abriu no momento dessa descoberta quase que por acaso. O Werner tinha trabalhado junto com o Sergio Günther, e nos forneceu muitas informações.

O que aconteceu depois?

Escrevi para o Luiz Schwarcz, informando os detalhes sobre o irmão, e ele imediatamente comunicou ao Chico, que ficou em êxtase. O Chico veio para Berlim e nós fizemos uma espécie de trilha, seguindo os rastros do seu pai – onde ele provavelmente morou, que cafés frequentava – e também do irmão.

Quais são os motivos que levaram à adoção dessa criança?

Essa é a grande interrogação, por que a mãe entregou a criança para a adoção. Isso não está claro, ainda estamos tentando investigar nos arquivos de Berlim, mas não conseguimos nada concreto até agora.

O irmão de Chico Buarque foi um jornalista e cantor famoso na Alemanha Oriental e faleceu em 1981. Na procura, você encontrou a família dele e intermediou um encontro com o irmão brasileiro. Como foi esse encontro?

Nós localizamos a viúva do Sergio Günther, a filha e a neta. Elas concordaram em conhecer a família brasileira, mas eu não revelei quem era o Chico Buarque no Brasil, e elas também não tinham a mínima noção. O primeiro encontro foi de operação de reconhecimento, a sobrinha do Chico trouxe documentos e fotos.

O encontro foi de tarde no Hotel Adlon. Na semana seguinte, foi marcado outro encontro, dessa vez veio a viúva de Sergio e foi muito agradável. Eu fiquei meio de “papagaio de pirata” no meio disso tudo, tentando traduzir e ajudando.

Como esse encontro marcou o Chico? Qual a importância dele para o livro?

Eu percebi que para o Chico o fato, como ele mesmo falou, de conhecer o lado alemão da família, foi altamente inspirador. E eu acho que inspirou o título do livro. Eu ainda não li o romance e também desconheço o conteúdo, mas à medida que o Chico ia escrevendo, ele me telefonava para perguntar detalhes.

A preocupação dele era com eventuais informações históricas, para não cometer nenhum deslize, com alguma frequência a gente estava em contato para tratar dessa questão.

Quem foi Sergio Günther?

Pelas informações que a gente teve, ele era o homem da TV. Ele apresentava, por exemplo, um programa intitulado Berlin bleibt Berlin[Berlim permanece Berlim], no qual saía pelos bairros fazendo entrevistas, com o objetivo de mostrar como tudo funcionava bem e harmônico na RDA.

Há quem diz que o talento artístico estava no DNA pois, coincidentemente, esse irmão do Chico foi alguém que se destacou no meio artístico na RDA e, de fato, ele era um ótimo cantor. Quando eu enviei a primeira música que achei do irmão para o Chico, eu ainda brinquei com ele e disse: “Isso aí que é voz, não a tua.” O Chico me respondeu dizendo: “É, o alemão tem lá o seu suingue.”

E como foi seu primeiro encontro com o Chico Buarque?

No primeiro momento, devo confessar, que a adrenalina aumentou um pouquinho, porque, afinal de contas, era o Chico, aquele indivíduo que a gente admirava de ver televisão e ouvir as músicas. Mas, logo no primeiro encontro, foi algo muito agradável, talvez o termo melhor é “muito natural”, como se fosse uma outra pessoa qualquer, com que a gente tivesse lidando.

O Chico é uma pessoa extremamente humilde e de fácil trato. Essa relação se tornou uma amizade.

Diário do Centro do Mundo » Irmão alemão de Chico Buarque também cantava, diz historiador

14/10/2014

Lob(ã)otomizado!

Filed under: Aécio Neves,AécioPorto,Chico Buarque,Cocaína,Drogas,FHC,Lobão,Maconha — Gilmar Crestani @ 9:39 pm
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Drogas? Tô fora! Mas tô de Chico!!!

fhc-trip-maconhaMaconha é a porta de entrada da coca, ou é o contrário do inverso.

Agora começa a fazer sentido a campanha de FHC pela liberação da Maconha. Também começa a ficar mais claro o sumiço dos noticiários dos 450 kg do helipóptero.

Dizem que a maconha prejudica a memória e outras coisa de que FHC não se lembra, como aquela em que chamou os aposentados de vagabundos; ou os nordestinos de ignorantes. Ou, pior, quando mandou que esquecêssemos tudo o que havia escrito.

Onde o consumo de cocaína é maior? Por quê? Onde fica, segundo a ADPF, o centro de distribuição de drogas para o nordeste? Por que a construção de aeroportos clandestinos são tão úteis a tráficos? Quem tem propensão em construir aeroportos clandestinos?

Lobotomizados unidos, pelas drogas vencidos!

Agora já sabemos quem é favor das drogas.

Vou votar em Dilma, nem que seja para testar a memória do Lobão…

Chico Buarque X Lobão: quem influencia seu voto?

Começou a circular o pequeno vídeo em que o cantor e compositor Chico Buarque de Hollanda declara seu voto à presidente Dilma Rousseff, no dia 26; entusiasta da política externa, Chico apoia Lula e o PT desde 1989; no outro campo, o roqueiro Lobão, que foi petista em 1989, hoje declara seu voto em Aécio Neves e diz que pretende deixar o País caso a presidente se reeleja; Lobão se diz alvo de perseguição e aponta o suposto "bolivarianismo" do PT; guerra eleitoral chegou também aos artistas; assista ao vídeo

Brasil 24/7

06/08/2012

“Apesar de você”, “A Banda” “Vai passar”

Filed under: Chico Buarque,José Dirceu,Roberto Gurgel,STF,Valerioduto — Gilmar Crestani @ 8:32 am

ENTREVISTA DA 2ª JOSÉ LUIS OLIVEIRA LIMA

Me baseio na Constituição, e não em Chico Buarque

Acusação contra José Dirceu é desprovida de provas, diz advogado, que faz defesa oral hoje no STF do ex-ministro

VERA MAGALHÃES
EDITORA DO PAINEL

Aos 46 anos, o advogado criminalista José Luis Oliveira Lima terá hoje, ao abrir a participação da defesa no julgamento do mensalão, o desafio maior de sua carreira.

Defensor há sete anos do ex-ministro José Dirceu, principal réu do processo, Juca, como é conhecido, sustenta que não há provas nos autos para condenar seu cliente.

Diante do risco de um placar apertado, ele evita entrar em polêmicas com ministros.

E ironiza a sustentação oral feita semana passada pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel: "Minha defesa se baseia processo e na Constituição, e não em Chico Buarque". Gurgel finalizou sua acusação com um trecho de "Vai Passar".

Leia a seguir trechos da entrevista concedida à Folha no sábado, por escrito:

Folha – Em sua sustentação oral, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chamou José Dirceu de "autor intelectual" e "principal figura" do mensalão. Como o sr. responde a essas acusações?

José Luis Oliveira Lima – A defesa responde com as provas dos autos, produzidas durante o contraditório. Minha defesa se baseia no processo e na Constituição, e não em Chico Buarque.

São centenas de depoimentos que afastam taxativamente a acusação da Procuradoria-Geral da República e demonstram a inocência do ex-ministro José Dirceu.

É importante ressaltar que, após cinco anos da Ação Penal 470 [como o processo do mensalão é conhecido no STF], a Procuradoria não foi capaz de apontar nenhuma prova contra ele e admitiu isso ao sustentar sua tese com menção a pouquíssimos testemunhos indiretos ou colhidos na fase extrajudicial.

O que o sr. acha da tese, defendida por ele, de que o autor intelectual de um crime dificilmente deixa provas materiais e, nesses casos, valem as provas testemunhais?

O único ponto em que a defesa concorda com a Procuradoria é a sua afirmação que a prova consistente da Ação Penal 470 é a testemunhal. E, nesse sentido, todas inocentam José Dirceu.

O procurador-geral não utilizou nenhuma prova da ação penal, desprezou o devido processo legal. Preferiu o "ouvir dizer".

É gravíssima a tese da Procuradoria de condenar sem provas, agredindo a nossa Constituição Federal.

O sr. avalia que, ao evocar o domínio do fato sobre o das provas materiais, o procurador-geral faz uma acusação mais política do que técnica?

Na nossa análise, toda a argumentação da Procuradoria no tocante a Dirceu é desprovida de provas técnicas. O Ministério Público Federal fechou os olhos para as provas e chega à Suprema Corte do país reconhecendo a sua ausência absoluta.

Há chance de o STF, com sua composição atual e dada a repercussão do caso, optar por um julgamento exemplar, acatando os argumentos do Ministério Público?

O julgamento exemplar pressupõe um julgamento justo, realizado de maneira técnica, com base nas provas dos autos que foram produzidas com a presença das partes: acusação e defesa. E nesse caso, no nosso entender, a absolvição é a única solução.

Roberto Gurgel terminou sua sustentação pedindo a expedição imediata de mandados de prisão contra 36 réus. Teme que Dirceu seja preso?

Essa hipótese jamais passou pela análise da defesa. José Dirceu é inocente e isto está fartamente provado.

Para que a tese do mensalão prevaleça, avaliam advogados e ministros, é forçoso que haja o elo do governo, representado por José Dirceu. Isso agrava a situação do seu cliente?

Tenho certeza que o Supremo Tribunal Federal não julga sobre teses, mas sim para que a verdade das provas seja revelada.

Nas suas alegações finais, o sr. sustenta que, se houve malfeitos no PT, são da responsabilidade de Delúbio Soares. A estratégia é que o ex-tesoureiro assuma toda a culpa?

O que sustentamos em nossa defesa, com base em dezenas de testemunhos que foram prestados com o compromisso de dizer a verdade, e que jamais foram contraditados pela acusação, é que José Dirceu, enquanto esteve na Chefia da Casa Civil, deixou de exercer qualquer influência nas decisões da Executiva Nacional e na vida do partido, inclusive na administração e nas finanças.

Vários depoentes, como o ex-tesoureiro do PTB Emerson Palmieri, dizem que ninguém no PT decidia nada sem consultar Dirceu. Como o sr. vê essas afirmações?

Não é verdade que existem vários depoimentos, tanto que nenhum deles foi mencionado pelo procurador-geral em sua fala. Pelo contrário. Durante o processo, Palmieri desmentiu essa afirmação, assumindo que nunca conversou ou mesmo viu pessoalmente José Dirceu.

É inegável que o ex-ministro tinha influência política no governo, o que não significa nenhuma ilegalidade.

O procurador aponta a influência de Dirceu em todos os núcleos do mensalão. Como o sr. responde a isso?

Com que prova a Procuradoria faz essa afirmação? Nenhuma. Nós estamos em um julgamento perante o STF, um julgamento técnico. Qual a prova que corrobora essa colocação? Repito: nenhuma.

Em sua defesa, Dirceu não nega ter recebido Marcos Valério na Casa Civil. Houve quantos encontros, para tratar de quê?

O ex-ministro não recebeu Marcos Valério, mas em apenas duas oportunidades recebeu presidentes de empresas a que Marcos Valério prestava serviços, o que é bem diferente. Aliás, essa é uma prática comum. Quando a Folha recebe um empresário para um almoço, ele não vem acompanhado de seus assessores?

Importante lembrar que é função do ministro-chefe da Casa Civil se reunir com empresários e banqueiros. Havia até um setor próprio para isso, a sala de investimentos.

A ex-mulher de Dirceu, Angela Saragoza, obteve empréstimo e emprego no BMG e vendeu um apartamento para Rogério Tolentino, sócio de Marcos Valério e também réu. É só coincidência?

Todas as testemunhas que foram ouvidas na Ação Penal 470 -e, ao contrário do Ministério Público, nós arrolamos testemunhas presenciais- negaram categoricamente que José Dirceu tivesse conhecimento desses fatos.

Se o mensalão não existiu, a que o sr. atribui o repasse de recursos para parlamentares?

Não é a defesa que diz que o mensalão não existiu, são as provas dos autos. Os recursos foram entregues a parlamentares com um único fim: pagar dívidas de campanhas.

Cabe recurso em caso de condenação? Dirceu falou em recorrer a cortes internacionais.

Tenho convicção da absolvição, não analisamos nenhuma outra hipótese.

O sr. tinha pronto recurso contra eventual tentativa de impedir o ministro Dias Toffoli de votar. Por que o voto dele é tão importante para a defesa?

A defesa não tinha questionamento sobre pedido de afastamento do ministro Toffoli. Os votos de todos os ministros são importantes.

O fato de Toffoli ter sido advogado do PT e subordinado de Dirceu na Casa Civil não o torna suspeito para julgá-lo?

Essa questão está superada e não cabe à defesa qualquer manifestação nesse sentido.

Como o sr. vê o clima acirrado entre ministros nas primeiras sessões do julgamento?

O Supremo tem a sua dinâmica e os ministros são o quadro mais elevado da magistratura brasileira. Nosso papel perante a corte é apenas o de apresentar a defesa, mencionando as provas produzidas que demonstram a inocência de José Dirceu.

O sr. questiona a legitimidade de um eventual voto adiantado do ministro Cezar Peluso, que vai se aposentar? Por quê?

O ministro Peluso é um dos mais experientes magistrados do país. Foi juiz de carreira, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, é um legalista. O voto dele engrandecerá o julgamento.

Como o sr. avalia a condução do processo pelo relator, ministro Joaquim Barbosa?

Muito correta, não houve nenhum problema com o ministro ao longo dos cinco anos da Ação Penal 470.

Qual a importância desse caso para a sua carreira, já que o sr. é um advogado relativamente jovem e em ascensão?

É lógico que esse julgamento traz um grande aprendizado para qualquer advogado, a convivência com os colegas mais experientes é muito rica, bem como ouvir as colocações do Ministério Público e dos magistrados mais competentes do país. É um momento único para a carreira de qualquer profissional.

Quanto o sr. cobrou de honorários de José Dirceu?

É uma relação sigilosa que só interessa a defesa e cliente.

14/07/2012

“Chico Buarque canta canciones prohibidas”

Filed under: Chico Buarque,Ditadura — Gilmar Crestani @ 10:16 am

Chico, el irrespetuoso, y Caetano, el homosexual, censurados.

Avanza en silencio la Comisión de la Verdad

EL MUNDO › LA OPINION DE UN CENSOR EN LOS ARCHIVOS DE LA DICTADURA

“Chico Buarque canta canciones prohibidas”

En los papeles secretos de la dictadura brasileña, ahora abiertos al público, hay de todo. Y el conjunto revela cómo funcionó la alucinada red de presión y opresión durante la larga noche de la dictadura que se instaló en 1964 y sobrevivió hasta 1985. La vigilancia sobre académicos, artistas e intelectuales revela lo insólito del trabajo de los espías, su ignorancia, sus prejuicios. Un rápido vistazo a los documentos referentes a Chico Buarque de Hollanda, el más vigilado y monitoreado de todos, muestra obsesiones que oscilan entre el ridículo y lo enfermizo.

En el informe sobre un concierto histórico, que reunió en Bahía, en 1972, a Caetano Velloso y a Chico Buarque de Hollanda, el censor dedica amplio espacio a especular sobre la sexualidad de los artistas. Decía en su informe: “Hubo situaciones que herían la moral de las familias allí presentes. Pudimos observar en Caetano Veloso ademanes homosexuales, un tanto exagerados, mucho más apropiados para una persona del sexo femenino”. Pero aclaraba: “Cantó músicas que, a mi entender, nada representan de anormal”.

Chico Buarque era descripto como “un individuo de postura masculina normal”, pero, eso sí, “que no respeta la censura y canta músicas prohibidas”. El mismo burócrata, un cierto Eduardo Henrique Almeida, agrega: “Ya en Belo Horizonte, donde estuve, constaté las provocaciones de Chico Buarque de Hollanda, siempre irrespetuoso de las determinaciones de la censura. Es necesario ponerle un fin a esos episodios que no hacen más que desgastar a la autoridad”.

Acusado de haber financiado a organizaciones armadas, Chico comenta: “Jamás he dado dinero a organizaciones o a partidos. Puede que haya ayudado a algún miembro de alguna organización o partido de izquierda, pero en aquel tiempo uno no le pedía el carné a nadie. Ayudaba, y listo. En general, yo contribuía con lo que recibía como premios, o con la renta de conciertos. Lo hice durante años, de mediados de los ’70 a fines de los ’80, y todo el mundo sabía que yo donaba, ayudaba.”

Entre los documentos, se afirma que, en 1969, Chico era uno de los que financiaban el Partido Comunista. “Lo único que sé es que en 1969 yo estaba exiliado en Roma, en un período de grandes aprietos financieros, porque no lograba cobrar derechos en Brasil. Aunque quisiera, no tendría con qué ayudar…”

Parte sustancial de la documentación sobre Chico Buarque se refiere al viaje que hizo a Cuba, en 1978, para integrar el jurado del concurso literario de la Casa de las Américas. A aquellas alturas, Chico acumulaba vasta experiencia en ser llevado, bajo amenazas de todo tipo, para sesiones de interrogatorio. Pero esa vez, no se contuvo.

Tan pronto bajó del avión en compañía de la actriz Marieta Severo, con quien estaba casado, fueron detenidos para un primer interrogatorio. Una semana después, nueva convocación. Y entonces, él se negó a contestar a las preguntas. “Al contrario de las ocasiones anteriores, donde me regañaban y amenazaban, aquella vez el tono fue de provocación, y contesté en el mismo tono”, recuerda Chico. Dijo, y quedó registrado: “Estoy obligado a contestar preguntas en lugar de trabajar. Trabajo diez horas al día y a cada rato pierdo un tiempo precioso en la policía”. Y se rehusó a seguir.

Antes de abandonar la sala, escribió en un papel: “El 27 de febrero de 1978, al ser interrogado, me negué a contestar las preguntas que me formularon”. Y firmó.

Cuando llegó a la calle, temblaba de ira y de temor. Y siguió cantando.

Página/12 :: El mundo :: “Chico Buarque canta canciones prohibidas”

02/12/2011

Supremacia, também Intelectual

Filed under: Chico Buarque,Inter,Luis Fernando Verissimo — Gilmar Crestani @ 8:37 pm

Agora só falta saber, e isso saberemos domingo, se é pé quente ou pé frio… 

Chico Buarque recebe homenagem do Inter

Um dos maiores compositores brasileiros de todos os tempos recebeu uma homenagem do Sport Club Internacional na noite da última segunda-Feira, em Porto Alegre, depois do seu primeiro show na capital. Chico Buarque foi presenteado com uma camisa oficial do Inter com seu nome às costas das mãos do presidente da Assembléia Legislativa, Adão Villaverde, e do escritor Luis Fernando Verissimo. Chico é torcedor do Fluminense, mas tem simpatia pelo Inter no Rio Grande do Sul. A idéia do presente partiu do deputado Villaverde, que é amigo dos produtores de Chico Buarque. Em contato com o presidente Giovanni Luigi, o deputado obteve a camisa especial para o grande compositor e ficou encarregado de prestar a homenagem.


Chico com a camisa em sua homenagem ao lado de Villaverde (E) e Verissimo (D)

Quando recebeu a camisa, Chico ouviu de um gremista próximo que esta atitude estaria dividindo o Rio Grande. Chico então mostrou todo seu apreço do Inter ao responder que "Pelo que sei, o Rio Grande é bem mais vermelho". Depois da homenagem, Chico, um grande fã de futebol, disse ainda que está torcendo pela classificação do Inter para a próxima Libertadores.


Chico sorri com a camisa e diz que vai torcer pela classificação do Inter à Libertadores

Site oficial do Sport Club Internacional de Porto Alegre – Chico Buarque recebe homenagem do Inter – 30/11/2011

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